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Dia Mundial da Conscientização do Autismo Em 18 de Dezembro de 2007, a Organização das Nações Unidas decretou o 2 de abril como o “Dia Mundial da Conscientização do Autismo”. Em 2008 houve a primeira comemoração da data pela ONU. Em novembro de 2010, a ciência, falou pela primeira vez em cura do autismo, com a publicação na revista científica Cell da descoberta de um grupo de cientistas nos EUA, liderado pelo pesquisador brasileiro Alysson Muotri, na Universidade da Califórnia, que conseguiu "curar" um neurônio "autista" em laboratório. O estudo que se baseou na Síndrome de Rett (um tipo de autismo com maior comprometimento e com comprovada causa genética). O autismo foi descrito pela primeira vez em 1943, pelo médico austríaco Leo Kanner, trabalhando no Johns Hopkins Hospital, em seu artigo Autistic disturbance of affective contact, na revista Nervous Child, vol. 2, p. 217-250. Em 1944, o também austríaco Hans Asperger descreveu, em sua tese de doutorado, a psicopatia autista na infância. Embora ambos fossem austríacos, devido à Segunda Guerra Mundial não se conheciam. O trabalho de Asperger só veio a se tornar conhecido nos anos 1970, quando a médica inglesa Lorna Wing traduziu seu trabalho para o inglês. Foi a partir daí que um tipo de autismo de alto desempenho passou a ser denominado Síndrome de Asperger. Em 18 de fevereiro celebra-se o “Dia Internacional da Síndrome de Asperger”, data do nascimento de Hans Asperger, que deu nome à síndrome. A chamada síndrome de Asperger, transtorno de Asperger ou desordem de Asperger é uma síndrome do espectro autista, diferenciando-se do autismo clássico por não comportar nenhum atraso ou retardo global no desenvolvimento cognitivo ou da linguagem do indivíduo. A palavra "autismo" foi criada por Eugene Bleuler, em 1911, para descrever um sintoma de esquizofrenia, que definiu como sendo uma "fuga da realidade". Kanner e Asperger usaram a palavra para dar nome aos sintomas que observavam em seus pacientes. O autismo é um transtorno definido por alterações presentes antes dos três anos de idade e que se caracteriza por alterações qualitativas na comunicação, na interação social e no uso da imaginação. Segundo a definição da ASA - Autism Society of American (Associação Americana de Autismo), o autismo é uma inadequacidade no desenvolvimento que se manifesta de maneira grave por toda a vida. É incapacitante e aparece tipicamente nos três primeiros anos de vida. Acomete cerca de 20 entre cada 10 mil nascidos e é quatro vezes mais comum no sexo masculino do que no feminino. É encontrado em todo o mundo e em famílias de qualquer configuração racial, étnica e social. Não se conseguiu até agora provar qualquer causa

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Dia Mundial da Conscientização do Autismo

Em 18 de Dezembro de 2007, a Organização das Nações Unidas decretou o 2 de abril como o “Dia Mundial da Conscientização do Autismo”. Em 2008 houve a primeira comemoração da data pela ONU.

Em novembro de 2010, a ciência, falou pela primeira vez em cura do autismo, com a publicação na revista científica Cell da descoberta de um grupo de cientistas nos EUA, liderado pelo pesquisador brasileiro Alysson Muotri, na Universidade da Califórnia, que conseguiu "curar" um neurônio "autista" em laboratório. O estudo que se baseou na Síndrome de Rett (um tipo de autismo com maior comprometimento e com comprovada causa genética).

O autismo foi descrito pela primeira vez em 1943, pelo médico austríaco Leo Kanner, trabalhando no Johns Hopkins Hospital, em seu artigo Autistic disturbance of affective contact, na revista Nervous Child, vol. 2, p. 217-250. Em 1944, o também austríaco Hans Asperger descreveu, em sua tese de doutorado, a psicopatia autista na infância. Embora ambos fossem austríacos, devido à Segunda Guerra Mundial não se conheciam.O trabalho de Asperger só veio a se tornar conhecido nos anos 1970, quando a médica inglesa Lorna Wing traduziu seu trabalho para o inglês. Foi a partir daí que um tipo de autismo de alto desempenho passou a ser denominado Síndrome de Asperger. Em 18 de fevereiro celebra-se o “Dia Internacional da Síndrome de Asperger”, data do nascimento de Hans Asperger, que deu nome à síndrome.

A chamada síndrome de Asperger, transtorno de Asperger ou desordem de Asperger é uma síndrome do espectro autista, diferenciando-se do autismo clássico por não comportar nenhum atraso ou retardo global no desenvolvimento cognitivo ou da linguagem do indivíduo. A palavra "autismo" foi criada por Eugene Bleuler, em 1911, para descrever um sintoma de esquizofrenia, que definiu como sendo uma "fuga da realidade". Kanner e Asperger usaram a palavra para dar nome aos sintomas que observavam em seus pacientes.O autismo é um transtorno definido por alterações presentes antes dos três anos de idade e que se caracteriza por alterações qualitativas na comunicação, na interação social e no uso da imaginação.

Segundo a definição da ASA - Autism Society of American (Associação Americana de Autismo), o autismo é uma inadequacidade no desenvolvimento que se manifesta de maneira grave por toda a vida. É incapacitante e aparece tipicamente nos três primeiros anos de vida. Acomete cerca de 20 entre cada 10 mil nascidos e é quatro vezes mais comum no sexo masculino do que no feminino. É encontrado em todo o mundo e em famílias de qualquer configuração racial, étnica e social. Não se conseguiu até agora provar qualquer causa psicológica no meio ambiente dessas crianças que possa causar a doença.

É relevante salientar que nem todos os indivíduos com autismo apresentam os mesmos sintomas, porém a maioria está presente nos primeiros anos de vida da criança. Estes variam de leve a grave e em intensidade de sintoma para sintoma. Adicionalmente, as alterações dos sintomas ocorrem em diferentes situações e são inapropriadas de acordo a idade. Vale salientar também que a ocorrência desses sintomas não é determinista no

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diagnóstico do autismo, para tal, se faz necessário acompanhamento com psicólogo ou psiquiatra.

Destacando também a importância do “diagnóstico precoce", porque quanto mais cedo é identificado um transtorno, mais rápido o curso normal do desenvolvimento pode ser retomado. Porém os resultados não dependem somente da identificação dos atrasos e da indicação dos tratamentos adequados e eficazes, mas da aceitação dessa condição diferenciada pelas famílias e pelo futuro de cada um, que não dominamos nem sabemos".