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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS (UEA)
ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA (EST)
COORDENAÇÃO DE ENGENHARIA CIVIL
ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM ENGENHARIA CIVIL I:
ORÇAMENTOS DE OBRAS PÚBLICAS E PROJETOS ELÉTRICOS
MANAUS/AM
Março/2016
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MÔNICA DA SILVA ALMEIDA
ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM ENGENHARIA CIVIL I:
ORÇAMENTOS DE OBRAS PÚBLICAS E PROJETOS ELÉTRICOS
Supervisora do Estágio: Eng.ª Luciana Daou Modesto
Professora da disciplina: Dr.ª Valdete dos Santos
MANAUS/AM
Março/2016
Trabalho apresentado àCoordenação do Curso deGraduação em EngenhariaCivil, da Universidade doEstado do Amazonas, comorequisito parcial para obtençãodo título de bacharel em Engenharia Civil.
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AGRADECIMENTOS
Primeiramente, à Deus pоr me dar saúde е força pаrа superar аs dificuldades
impostas pela vida.
Aos meus pais e minha irmã pelo amor, força e apoio incondicional.
Às minhas tias, tios, primos e primas, em especial à minha prima Jéssica que
sempre me apoiam e cuidam de mim.
Às minhas amigas Beatriz e Camila que sempre me alegram e apoiam nos
momentos difíceis. Obrigada por estarem sempre presentes.
Às amigas da faculdade pela ajuda tanto na vida acadêmica como na vida
pessoal. À professora da disciplina por sempre estimular os alunos a darem o máximo de
seu potencial.
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RESUMO
O estágio supervisionado I, com carga horária de 600 horas, foi realizado
na Secretaria Municipal de Infraestrutura (SEMINF), mais especificamente no
Departamento de Projetos e Orçamentos que é responsável pelo
desenvolvimento de orçamentos para implementação de infraestrutura nas
áreas de saneamento básico, drenagem, obras públicas e urbanismo da cidade
de Manaus. O período de estágio iniciou-se em 1º de Outubro de 2015. Durante
este período de estágio, obteve-se a oportunidade de aprender a manusear os
softwares AutoCAD e Lumine V4, além da base orçamentária oferecida pela
própria SEMINF.
Palavras – Chave: Estágio. SEMINF. Orçamento. AutoCAD. Lumine V4.
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LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Base Orçamentária no Excel .......................................................... 21
Figura 2: Orçamento Feito no Word .............................................................. 22 Figura 3: Instalação elétrica no Lumine V4 .................................................... 22 Figura 4: Exemplo de pasta com as informações .......................................... 24 Figura 5: Exemplo de Projeto Arquitetônico ................................................... 25 Figura 6: Cabeçalho .................................................................................... 26 Figura 7: Informações sobre a obra .............................................................. 26 Figura 8: Base Orçamentária ........................................................................ 27 Figura 9: Demonstração de Memorial de Cálculo .......................................... 27 Figura 10: Exemplo de Especificação Técnica .............................................. 28 Figura 11: Residência Modelo....................................................................... 29 Figura 12: Distâncias a serem respeitadas para instalações elétricas ............ 30 Figura 13: Diálogo de lançamento dos pavimentos ....................................... 36 Figura 14: Janela de Projeto ......................................................................... 36 Figura 15: Linha de Comando ....................................................................... 36 Figura 16: Comando de Visualização ............................................................ 37 Figura 17: Barra de Ferramentas do Lumine V4 ............................................ 37 Figura 18: Ícone Ferramentas ....................................................................... 37 Figura 19: Ferramentas de Construção ......................................................... 38 Figura 20: Comandos de Fiação ................................................................... 38
Figura 21: Comandos de Cabeamento .......................................................... 38 Figura 22: Gerar Lista de Materiais ............................................................... 39Figura C.1: Distribuição de circuitos da residência-modelo ........................ 45
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LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Tipos de Orçamento ...................................................................... 11
Tabela 2: Fator de demanda para iluminação e pontos de tomada ................ 32 Tabela 3: Fator de demanda para circuitos independentes ........................ 33 Tabela 4: Seções mínimas do condutor de neutro (N) ................................ 35 Tabela 5: Seções mínimas do condutor de proteção (P) ............................ 35Tabela B.1: Condições para estabelecer quantidade mínima de tomadas . 44 Tabela D.1: Tipos de linhas elétricas .......................................................... 46
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ................................................................................................... 8
1. OBJETIVOS .................................................................................................. 9 1.1 OBJETIVO GERAL ............................................................................ 9 1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................... 9
2. JUSTIFICATIVA ............................................................................................. 9 3. DESCRIÇÃO DA EMPRESA ........................................................................ 10 4. REVISÃO DE LITERATURA ........................................................................ 11
4.1 TIPOS DE ORÇAMENTO ................................................................. 11 4.1.1 Orçamento Tabelado ............................................................... 11 4.1.2 Orçamento Sintético ............................................................... 12 4.1.3 Orçamento Analítico ............................................................... 13
4.2 ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL ......................................... 13 4.3 ELABORAÇÃO DO ORÇAMENTO ................................................... 15
4.3.1 Análise da Documentação Técnica ........................................ 15 4.3.2 Custo Direto da Obra .............................................................. 16 4.3.3 Composição de Preços Unitários ........................................... 16 4.3.4 Custo Horário de Equipamento .............................................. 17
4.4 ORÇAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS ............................................. 18 4.5 PROJETOS DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS ................................... 19 4.6 SOFTWARE ALTOQI LUMINE V4 .................................................... 20
5. MATERIAIS E MÉTODOS ............................................................................ 21 5.1 MATERIAIS ...................................................................................... 21
5.1.1 Trena ........................................................................................ 21 5.1.2 Microsoft Excel ........................................................................ 21 5.1.3 Microsoft Word ........................................................................ 22 5.1.4 AltoQi Lumine V4 .................................................................... 22
5.2 MÉTODOS ...................................................................................... 23 5.2.1 Tipos de Obras Realizadas e Itens do Orçamento ................. 235.2.2 Elaboração do Orçamento ...................................................... 23
5.2.3 Recomendações para a elaboração de projetos elétricos ..... 295.2.4 Projetos Elétricos com o auxílio do software Lumine V4 ...... 36 6. RESULTADOS ............................................................................................ 39 7. CONCLUSÃO .............................................................................................. 40REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................. 41 APÊNDICE ...................................................................................................... 42ANEXOS.......................................................................................................... 45
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1. OBJETIVOS
1.1 OBJETIVO GERAL
Descrever as atividades realizadas no Departamento de Projetos e
Orçamentos da Secretaria Municipal de Infraestrutura (SEMINF), durante
as 600 horas de Estágio Supervisionado.
1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Com o intuito de atender a proposta geral do Estágio Supervisionado I, as
propostas parciais foram:
Aprender a utilizar a base orçamentária da SEMINF;
Fazer orçamento de obras públicas;
Aprender a projetar instalações elétricas;
Manusear o Software Lumine V4 da empresa AltoQi.
2. JUSTIFICATIVA
O estágio é uma experiência com característica formadora que
proporciona ao estudante a participação em situações reais de trabalho,
consolida sua profissionalização e explora as competências básicas
indispensáveis para uma formação profissional ética.
A realização do estágio alia conhecimento acadêmico com a experiência
vivencial do ambiente de trabalho, porque esclarece e complementa na prática
os temas abordados nas aulas pelo professor. Assim, o estudante pode reter
melhor o conhecimento sobre Engenharia Civil através da experiência
alcançada durante o programa de estágio.
O orçamento de uma obra é de extrema importância, pois significa
identificar previamente o custo global que esta obra deverá resultar ao seu finale assim poder identificar se o empreendimento é viável ou não. Seu objetivo é
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orientar a diretoria da empresa e o engenheiro responsável pela obra quanto às
decisões a serem tomadas para o cumprimento de custos e prazos e atingir
sucesso do empreendimento.
Aliado ao orçamento, tem-se utilização de softwares na EngenhariaCivil que são de extrema importância, uma vez que os mesmos permitem
ao engenheiro civil a conclusão de um trabalho em um tempo muito mais
hábil em relação a concepção do mesmo sem o auxílio de um software
específico.
3. DESCRIÇÃO DA EMPRESA
Conforme citado anteriormente, o estágio foi realizado no Departamento
de Projetos e Orçamento da Secretaria Municipal de Infraestrutura que é
responsável pelo desenvolvimento de orçamentos para implementação de
infraestrutura nas áreas de saneamento básico, drenagem, obras públicas e
urbanismo da cidade de Manaus.
A secretaria de obras começou a funcionar nas dependências doantigo prédio da Prefeitura de Manaus, localizado na av. Sete de Setembro.
Nesta época cerca de 200 funcionários estavam lotados na secretaria, que
na década de 70 teve sua sede transferida para o prédio onde hoje
funciona a secretaria municipal de Limpeza Pública, no bairro São
Francisco.
Em 1976, na gestão do prefeito Jorge Teixeira, a sede da então
Secretaria Municipal de Obras, Serviços Básicos e Habitação (SEMOSBH)
foi construída na Rua Gabriel Gonçalves, no Aleixo, popularmente chamada
de “Garajão” e que funciona até hoje. Em 2009, o nome da secretaria
passou a ser Secretaria Municipal de Infraestrutura (SEMINF).
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4. REVISÃO DE LITERATURA
4.1 TIPOS DE ORÇAMENTO
O orçamento pode ser calculado basicamente de trás formas distintas:
Tabelado, Sintético e Analítico.
Cada tipo de orçamento possui suas peculiaridades, que estão diretamente
ligadas ao nível de informações que se possui do empreendimento, qual a
finalidade do orçamento e do grau de assertividade que se necessita.
Podemos resumir as características básicas de cada tipo de orçamento
conforme quadro abaixo:
TIPOSCARACTERÍSTICAS BÁSICAS
Informações Metodologia Finalidade
Tabelado Área ConstruídaCusto Unitário
Básico (CUB)Ordem de Grandeza
Sintético Projeto BásicoÍndices de
ConstruçãoEstimativa
Analítico Projetos Executivos Apuração Completa Preço Real
Tabela 1: Tipos de Orçamento
4.1.1 Orçamento Tabelado
O orçamento tabelado é aquele que utiliza como base para cálculo a
multiplicação da metragem quadrada da área pelo Custo Unitário Básico da
Construção Civil (Cub/m2).
4.1.1.1 Formação do CUB
O Custo Unitário Básico da Construção Civil (CUB) são calculados de
acordo com disposto na ABNT NBR 12.721/2006, com base em novos projetos,
novos memoriais descritivos e 11 novos critérios de orçamentação e, portanto,
constituem nova série histórica de custos unitários, não comparáveis com a
definição anterior, com a designação de CUB/2006.
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4.1.2 Orçamento Sintético
O Orçamento Sintético é calculado pelo método dos Índices de Construção.
Para a utilização do mesmo é imprescindível a presença de um projeto básico
de onde serão calculadas todas as atividades macros mensuráveis;
Para as atividades de fundação e estrutura utiliza-se uma metodologia que
resume basicamente na aplicação de índices e taxas pré-estabelecidas
calculadas em relação à área construída.
4.1.2.1 Detalhamento do Método Sintético
Para as atividades mensuráveis na planta baixa como: Alvenarias, Pisos,
Revestimentos, Esquadrias, Cobertura etc. utiliza-se o processo dequantificação tradicional.
Para as instalações pode-se utilizar a contagem de pontos elétricos e
hidráulicos. Hoje existem revistas especializadas como “Informador das
Construções” que apresentam preços médios por pontos elétricos e unidades
de banhos e cozinhas.
Para as atividades de fundação e estrutura deve-se proceder conforme os
critérios detalhados a seguir:
Para a Atividade de Estrutura:
- Volume de Concreto
Para o Volume de Concreto adota-se um índice uniforme determinando
uma espessura média para o volume de concreto.
Índices: Entre 12 e 15 cm - (Obras Simples)
Entre 15 e 20 cm - (Obras Robustas)
VOLUME DE CONCRETO = ÁREA CONSTRUÍDA X ÍNDICE
- Peso da Armação
Para o Peso da armação adota-se uma taxa de aço média por metrocúbico de concreto.
Índices: Entre 80 e 88 kg/m³ - (Obras Simples)
Entre 88 e 100 kg/m³ - (Obras Robustas)
PESO DA ARMAÇÃO = VOLUME DE CONCRETO X TAXA DE AÇO
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- Área de Forma
Para a área de Forma adota-se uma taxa por metro cúbico de concreto.
Índices: 12mí/m³ - (Obras Simples)
14mí/m³ - (Obras Robustas)
ÁREA DE FORMA = VOLUME DE CONCRETO X TAXA DE FORMA
Para a atividade de Fundação seguir o seguinte critério:
Como a espessura média adotada para o volume de concreto refere-se
somente a Estrutura não incluindo a fundação, para cálculo do orçamento
sintético pode-se acrescentar à área construída uma metragem referente a um
pavimento para a inclusão da fundação. Como por exemplo, se uma
determinada obra possuir 400 metros quadrados de área construída total,
sendo 100 metros quadrados por cada pavimento. Para o cálculo do concreto,
forma e aço da fundação adotar 100 metros quadrados de área, e aplicar os
índices e taxas seguindo os mesmos critérios adotados para a estrutura.
4.1.3 Orçamento Analítico
O orçamento analítico consiste no detalhamento de todas as suas
etapas resultando na confiabilidade do preço apresentado, é o tipo de
orçamento onde toda a metodologia é aplicada considerando todos os recursos
e variáveis. Em síntese no orçamento analítico o projeto é detalhado em
atividades, mensurado e composto por composições, obtendo-se o custo
direto. Posteriormente, com montagem dos custos indiretos acrescido do BDI,forma-se o preço de venda (ver ANEXO A).
4.2 ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL
Orçar é quantificar insumos, mão de obra e equipamentos necessários à
realização de uma obra ou serviço, bem como os respectivos custos e o tempo
de duração dos mesmos.
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O orçamento pode ser observado sob duas óticas: como processo e
como produto.
Como processo, quando o objetivo é definir metas empresariais em
termos de custo, faturamento e desempenho, donde participam naelaboração e se compromete com sua realização todo o corpo gerencial da
empresa.
Como produto, o orçamento tem por objetivo definir o custo e, em
decorrência, o preço de algum produto da empresa, seja a construção de
algum bem ou a realização de qualquer serviço.
4.2.1 O Orçamento Produto
A realização do orçamento produto, basicamente, pode seguir dois
procedimentos básicos:
Por avaliação e estivamtiva;
Por composição de custos unitários.
As avaliações, as estimativas e os orçamentos diferenciam-se pelo grau
de precisão, quando se compara o custo inicialmente proposto com aquele
realmente incorrido.
O grau de precisão obtido pelo orçamentista é função direta do grau de
detalhamento do projeto e das informações disponíveis. As classificações e
denominações utilizadas nesta apostilha divergem de acordo com a literatura
utilizada.
Definindo:
a) As avaliações constituem-se na valoração de empreendimentos através
de parâmetros genéricos;
b) As estimativas de custo determinam o valor das obras a partir de
projetos incompletos, cujas deficiências são supridas com a adoção de
parâmetros particulares e;
c) O orçamento é a expressão quantitativa expressa em unidades físicas e
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valores monetários, referidos a uma unidade de tempo, dos planos
elaborados para o período (ou períodos) subsequente (s).
4.2.1.1 Tipos de Orçamento Produto
O orçamento pode ser elaborado visando definir o custo e, por extensão, o
preço de bens e serviços tais como:
Elaboração de Projetos;
Elaboração de Orçamentos,
Cadernos de Encargos, Especificações;
Elaboração de Laudos Técnicos;
Serviços de fiscalização, auditoria ou assessoria técnica;
Orçamento de Serviços ou mão de obra;
Orçamento de construção ou empreitada;
Orçamento de canteiros de obras ou obras complementares.
4.3 ELABORAÇÃO DO ORÇAMENTO
4.3.1 Análise da Documentação Técnica
4.3.1.1 Projetos e Anexos
A análise dos projetos executivos e seus anexos são o primeiro passo para
a criação da planilha de orçamento, pois através dessa analise são
identificados todos os serviços com seus respectivos quantitativos integrantes
do escopo.
4.3.1.2 Cadernos de Encargos
No caderno de encargos deverá ser definida toda a metodologia
construtiva, os critérios de medição dos serviços e condições gerais de
fornecimento. Na metodologia construtiva o contratante demonstra como
tecnicamente os serviços deverão ser realizados.
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4.3.1.3 Visita Técnica
Na visita técnica realizada deverão ser coletados dados de influência direta
na elaboração do orçamento como, por exemplo:
Infraestrutura da cidade;
Condições de acesso ao local da obra;
Distância das ligações Hidráulicas e Elétricas;
Cotação de preços dos principais insumos;
Preço médio do transporte urbano;
Valor do ISS da localidade;
Lista dos principais fornecedores.
4.3.2 Custo Direto da Obra
O Custo Direto é o somatório de todos os custos provenientes dos
insumos necessários à realização das atividades para execução do
empreendimento e que podem ser levantados diretamente dos projetos,
discriminados e quantificados na planilha orçamentária. Eles compreendem nos
seguintes grupos de custo: Mão-de-obra, Materiais e Equipamentos.
4.3.3 Composição de Preços Unitários
As composições de Preços Unitários (CPU'S) consiste na apropriação
dos materiais e equipamentos aos seus consumos e mão-de-obra a suas
produtividades, associando seus respectivos preços para uma unidade de
serviço. Os insumos compreendidos pelas CPU'S são basicamente:
Mão de Obra
É o resultado do valor do salário do trabalhador e o consumo de horas para
a execução de determinada unidade de serviço. O custo horário é o salário
acrescido dos encargos sociais, complementares e quando for o caso dos
adicionais legais.
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Materiais e Equipamentos
Consiste no consumo de todos os materiais e equipamentos utilizados
para a construção do empreendimento, considerando as quantidades
levantadas com seus respectivos preços de mercado.
Todos os valores são agrupados e formam as Composições de Preços
Unitários (CPU’s), para cada tipo de atividade. Assim sendo as CPU’s são os
custos unitários dos serviços, onde são apropriadas as quantidades dos
insumos correspondentes. A formação das CPU’s consiste basicamente:
Conjunto de Insumos Aplicados;
Índices de Produtividades;
Índices de Consumos;
Preços Unitário e Totais.
4.3.4 Custo Horário de Equipamentos
Segundo Aldo (apud, Mattos, 2006, p.108) “A maneira habitual de atribuir
valor a um equipamento é por hora de utilização, pois é dessa maneira que o
equipamento aparece nas composições de custos unitários”. O custo horário de
um equipamento é o resultado da soma de componentes que são baseados
nas condições de trabalho, tipos de equipamentos e características específicas.
A hora produtiva de um equipamento é a hora total de trabalho onde
todos os componentes estão sendo utilizados, assim seu cálculo é a soma de
todos os componentes do custo horário total.
A hora improdutiva de um equipamento é a hora em que o mesmo fica
a disposição dos serviços, entretanto, fora da efetiva operação, situações
normais de ocorrência devido a várias ocorrências em uma obra, nesse caso
para o cálculo da hora improdutiva consideraram somente os componentes de
depreciação, juros e operador.
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4.4 ORÇAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS
Para começar, é preciso ficar atento a alguns pontos críticos. Em
algumas obras existem necessidades especiais – serviços diferenciados que
não são contemplados nas tabelas de composição de serviços de engenharia,
referenciais do SICRO (Sistema de Custos Rodoviários, do DNIT), SINAPI
(Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil, da
Caixa Econômica Federal), nem mesmo na tabela do órgão. Nestes casos, o
orçamentista precisa elaborar composições de serviço específicos para a obra,
apontando quais serão os insumos utilizados e suas quantidades, produção
das equipes mecânicas, mão de obra, equipamentos e etc. A dificuldade está
na obtenção destes coeficientes de consumos e principalmente nos preços de
mercado. Outra dificuldade está na qualidade do projeto. Um projeto bem
detalhado e bem definido poderá gerar um orçamento muito próximo da
realidade. Já um projeto pouco detalhado, certamente irá gerar um orçamento
com distorções, o que demandará aditivos futuros nos contratos de execução,
podendo inclusive comprometer os saldos orçamentários do contratante.
Primeira fase: projeto O processo de criação de um orçamento de obras públicas tem início
quando o projetista encaminha o quadro de serviços e quantidades necessárias
para a execução da obra para o orçamentista, que precisa gerar a planilha do
orçamento e calcular o valor previsto da obra.
Análise de composição
O orçamentista informa as características do serviço necessário e, se o
trabalho for automatizado, um software retorna os resultados. O passo seguinte
é a análise da composição mais adequada no referencial escolhido, como
SICRO (DNIT) e SINAPI (CEF), que alimentam a planilha orçamentária. Muitos
órgãos, entre eles os Departamentos de Estradas de Rodagem, dispõem de
equipes que elaboram seus próprios referenciais de preço, inclusive
publicando-os na internet, e que podem servir como apoio ao orçamentista.
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Ajuste de preços e consumo de insumos
Com o auxílio de um software, é possível ainda ajustar os preços e o
consumo dos insumos em função das características e da localização da obra
com mais facilidade. Uma obra de pavimentação rodoviária, por exemplo, émuito diferente de uma obra de pavimentação urbana, apesar de realizar quase
os mesmos serviços, pois a produtividade da equipe mecânica pode ser
afetada com as interferências do trânsito local. Além disso, é comum os
processos de contratação demorarem, deixando o orçamento desatualizado em
função das mudanças dos preços unitários dos insumos. Neste contexto
também a atualização de um orçamento antigo a partir de um novo referencial
de preços é muito mais simples com a utilização de software especialista de
composição de custos e orçamento de obras públicas.
A utilização de um software facilita a composição de um orçamento de
obras públicas e garante que os cálculos sejam efetuados corretamente,
utilizando os critérios definidos pelo órgão. Com um software especializado e
bases de composição de custos é possível ainda reduzir em até 80% do tempo
para elaboração de planilha de orçamento.
Sem um sistema automatizado, os riscos de elaborar um orçamento de
obras públicas são grandes. É preciso ficar atento às fórmulas em planilhas
eletrônicas, somatórios e os critérios de cálculo, pois é muito fácil utilizar uma
célula indevida num cálculo e cometer um grande erro. Quando o órgão conta
com equipes em diferentes localidades, a chance de erro também aumenta,
pois poderão existir diferentes padrões de orçamentos.
4.5 PROJETOS DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
Uma instalação elétrica é definida pelo conjunto de materiais e
componentes elétricos essenciais ao funcionamento de um circuito ou sistema
elétrico. As instalações elétricas são projetadas de acordo com normas e
regulamentações definidas, principalmente, pela Associação Brasileira de
Normas Técnicas, ABNT. A legislação pertinente visa a observâncias de
determinados aspectos, bem como, segurança, eficiência e qualidade
energética, entre outros.
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4.5.1 Normas
A NBR 5410:2004 – Instalações Elétricas em Baixa Tensão, baseada na
norma internacional IEC 60364, é a norma aplicada a todas as instalações cuja
tensão nominal é menor ou igual a 1000VCA ou 1500VCC [6].
Outras normas complementares à NBR 5410 são:
NBR 5456 – Eletrotécnica e eletrônica - Eletricidade geral –
Terminologia;
NBR 5444 – Símbolos Gráficos para Instalações Elétricas Prediais;
NBR 13570 – Instalações Elétricas em Locais de Afluência de Público;
NBR 13534 – Instalações Elétricas em Estabelecimentos Assistenciais
de Saúde;
É necessário considerar, ainda, as normas definidas pelas
concessionárias de energia para o projeto e execução de instalações elétricas.
No caso de uma residência localizada em Manaus, a concessionária Eletrobrásestabelece as seguintes normas, disponíveis em seu site:
Norma Técnica para Conexão de Acessantes – Minigeração Distribuída
em Média Tensão;
Norma Técnica para Conexão de Acessantes – Microgeração Distribuída
em Baixa Tensão.
4.6 SOFTWARE ALTOQI LUMINE V4
O AltoQi Lumine é um programa integrado para projeto de instalações
elétricas prediais, contendo uma base independente de CAD, que contempla o
lançamento, dimensionamento e detalhamento final da instalação. O programa
dispõe de ferramentas para inserção dos pontos elétricos, dispositivos de
comando e proteção, quadros e condutos. Com base no lançamento, o
programa inclui, de uma só vez, os condutores necessários para ligar todos os
pontos do projeto. Um Cadastro de Peças agrupa informações de simbologia,
dimensionamento e lista de materiais.
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Além de gerar os desenhos com as plantas do projeto, pode-se gerar
desenhos adicionais, automaticamente atualizados a qualquer modificação,
como listas de materiais, quadros de cargas, legendas, diagramas unifilares e
multifilares, todos a partir das plantas lançadas.
5. MATERIAIS E MÉTODOS
5.1 MATERIAIS
Os orçamentos e projetos são feitos inteiramente utilizando softwares, mas
primeiramente é necessário colher dados do local a ser construído ou
reformado.
5.1.1 Trena
Utilizada para fazer o levantamento das medidas dos locais a serem
construídos ou reformados.
5.1.2 Microsoft Excel
É o software que possui a base orçamentária, de onde se retira os valores
dos itens a serem utilizados. Seus recursos incluem uma interface intuitiva e
simples que facilita a procura dos itens.
Figura 1: Base Orçamentária no Excel.
Fonte: PrintScreen do programa.
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5.2 MÉTODOS
5.2.1 Tipos de Obras Realizadas e Itens do Orçamento
Dentre as obras orçadas no Departamento de Projetos e Orçamentos da
Secretaria Municipal de Infraestrutura pode-se citar: construção e reforma de
escolas municipais, revitalização de parques e praças, construção de
academias ao ar livre, construção e reforma de quadras poliesportivas, entre
outros.
Todo orçamento realizado segue um padrão, constando nele os seguintes
tópicos: Serviços Preliminares, Trabalhos em Terra, Infraestrutura,
Supraestrutura, Paredes e Painéis, Revestimentos, Pisos, Cercas e Proteções,
Instalações Elétricas, Instalações Hidráulicas, Pintura, Serviços Especiais,
Móveis e Equipamentos e Serviços Finais.
5.2.2 Elaboração do Orçamento Antes do início de qualquer orçamento, o engenheiro deve ser informado
sobre qual tipo de obra será responsável, por exemplo: revitalização de
estrutura, urbanização de praça, reforma de escolas municipais, construção de
academia ao ar livre, etc.; os serviços que deverão ser feitos naquela
determinada obra: reforma total ou parcial, troca da instalação elétrica ou
hidráulica, entre outros; onde será a obra: local da cidade; e a verba disponível
para obra. Para isto, o engenheiro recebe uma pasta contendo essasinformações.
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Figura 4: Exemplo de pasta com as informações.
Fonte: Acervo Pessoal.
Simultaneamente a isso, o engenheiro recebe também o projeto
arquitetônico virtualmente através da rede chamada DOAT, onde cada
computador possui acesso.
Com o projeto em mão, é feito a visita técnica ao local da obra. É
quando se pode observar com mais detalhes o que deverá ser feito e como
será feito. Além de serem pegas eventuais medidas necessárias.
Com essas informações, pode dar início ao processo orçamentário,
entendido como o conjunto de atividades desenvolvidas para a elaboração do
orçamento de uma obra de construção, a partir do projeto.
As atividades básicas que se desenvolvem no processo orçamentário
são:
a) Itemização e discriminação dos serviços que compõem o projeto, com
suas respectivas unidades;
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b) Levantamento das quantidades dos serviços;
c) Composição dos custos unitários dos serviços;
d) Cálculo do custo unitário dos equipamentos;
e) Cálculo dos salários com os encargos sociais e complementares;
f) Levantamento dos custos indiretos;
g) Cálculo do BDI - Benefício e Despesas Indiretas que é calculado por
uma outra equipe de funcionários.
Cada segmento ou o tipo de obra a ser construída, reformada ou a ser
mantida, apresenta características próprias que devem ser respeitadas e deve
conter as seguintes informações básicas:
Relação completa de todos os serviços a serem realizados constantesdos projetos básicos específicos;
Demonstração da Composição Analítica dos Custos Unitários dos
serviços, com a indicação de todos os insumos a serem utilizados e as
suas respectivas produtividades;
Especificações Técnicas dos serviços a serem executados;
Cronograma físico-financeiro onde esteja estabeleciso o prazo parcial e
total da obra Quantificação dos serviços.
O projeto arquitetônico é feito através do software AutoCAD.
Figura 5: Exemplo de projeto arquitetônico.
Fonte: PrintScreen do programa.
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O processo orçamentário é feito no software Microsoft Word, em um
documento com cabeçalho com os logos da Prefeitura de Manaus, com as
informações da SEMINF e com o período em que o orçamento está sendo
feito.
Figura 6: Cabeçalho.
Fonte: PrintScreen do programa.
As primeiras informações a serem incluídas são o tipo de projeto, a obra e
o local onde esta se encontra.
Figura 7: Informações sobre a obra.
Fonte: PrintScreen do programa.
Feito isso, tem-se início a memória de cálculo, que consiste em pegar na
base orçamentária o elemento que se julga necessário utilizar.
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Figura 8: Base Orçamentária.
Fonte: PrintScreen do programa.
Após pegar o elemento na base, junto com seu respectivo código e
unidade, coloca-o no documento do software Word onde está sendo feita a
memória de calculo. E, analisando junto ao projeto arquitetônico, julga-se a
quantidade necessária desse elemento.
Figura 9: Demonstração de memorial de cálculo
Fonte: PrintScreen do programa.
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Ao terminar o memorial de cálculo, tem-se início as especificações
técnicas, também feitas no software Microsoft Word, que descrevem, de forma
precisa, completa e ordenada, os materiais e os procedimentos de execução
de cada elemento a ser adotado na construção. Têm como finalidade
complementar a parte gráfica do projeto. Partes das especificações técnicas:
a) generalidades - incluem o objetivo, identificação da obra, regime de
execução da obra, fiscalização, recebimento da obra, modificações de projeto,
classificação dos serviços.
b) especificação dos materiais - pode ser escrito de duas formas: genérica
(aplicável a qualquer obra) ou específica (relacionando apenas os materiais a
serem usados na obra em questão).
c) discriminação dos serviços - especifica como devem ser executados os
serviços, indicando traços de argamassa, método de assentamento, forma de
corte de peças, etc.
Figura 10: Exemplo de Especificação Técnica
Fonte: PrintScreen do programa.
Feito todos os procedimentos, encaminha-se os documentos através darede DOAT.
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5.2.3 Recomendações para a elaboração de projetos elétricos
5.2.3.1 Recomendações da norma NBR 5410 para o levantamento da carga
de iluminação
Para determinar a potência total prevista para a instalação elétrica, é
preciso realizar a previsão de cargas. E isso se faz com o levantamento das
potências (cargas) de iluminação e de tomadas a serem instaladas. Para
exemplificar o cálculo de uma instalação elétrica, utilizar-se-á a residência-
modelo a seguir.
Figura 11. Residência Modelo
Fonte : SCHNEIDER, 2009.
5.2.3.2 Condições para estabelecer a quantidade mínima de pontos de luz:
Prever pelo menos um ponto de luz no teto, comandado por um
interruptor de parede;
Nas áreas externas, a determinação da quantidade de pontos de
luz fica a critério do instalador;
Arandelas no banheiro devem estar distantes, no mínimo, 60 cm
do limite do box ou da banheira, para evitar o risco de acidentes
com choques elétricos.
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Figura 12: Distância a ser respeitada para a instalação de tomadas, interruptores e
pontos de luz.
Fonte: SCHNEIDER, 2009.
5.2.3.3 Condições para estabelecer a potência mínima de iluminação
A carga de iluminação é feita em função da área do cômodo da
residência:
Em área igual ou inferior a 6 m² , atribuir no mínimo 100 VA.
Em área superior a 6 m² , atribuir no mínimo 100 VA nos primeiros
6 m², acrescidos de 60 VA para cada aumento de 4 m² inteiros.
Vamos, por exemplo, calcular a potência mínima de iluminação da
sala de nossa
A norma NBR 5410 não estabelece critérios de iluminação de
áreas externas em residências, ficando a decisão por conta do
projetista.
5.2.3.4 Recomendações da norma NBR 5410 para o levantamento da carga
de pontos de tomada e circuitos independentes.
As recomendações da norma NBR 5410 estão resumidas na Tabela B.1 do
Anexo B.
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5.2.3.5 Condições para estabelecer a quantidade de circuitos
independentes.
A quantidade de circuitos independentes é estabelecida de acordo com
o número de aparelhos com corrente nominal superior a 10 A; Os circuitos independentes são destinados à ligação de equipamentos
fixos, como chuveiro, torneira elétrica e secadora de roupas.
5.2.3.6 Divisão dos circuitos da Instalação
A instalação elétrica de uma residência deve ser dividida em circuitos
terminais. Isso facilita a manutenção e reduz a interferência entre pontos de luz
e tomada de diferentes áreas. Conforme as recomendações da norma NBR
5410, a previsão dos circuitos terminais deve ser feita da seguinte maneira:
Os circuitos de iluminação devem ser separados dos circuitos de pontos
de tomadas e dos circuitos independentes (4.2.5.5);
Todos os pontos de tomada de cozinhas, copas, copascozinhas, áreas
de serviço, lavanderias e locais semelhantes devem ser atendidos por
circuitos exclusivos (9.5.3.2);
Todo ponto de utilização previsto para alimentar equipamento com
corrente nominal superior a 10 A, de modo exclusivo ou ocasional, deve
constituir um circuito independente. Além desses critérios, o projetista
precisa considerar também as difi culdades referentes à execução da
instalação.
5.2.3.7 Cálculo das correntes
Realizada a divisão dos circuitos, calcula-se as correntes Ic (correntecalculada) e Ib (corrente de projeto) do circuito de distribuição e dos circuitos
terminais, para que, mais adiante, seja possível dimensionar as seções
(bitolas) dos fios ou dos cabos.
Quando vários fios são agrupados em um mesmo eletroduto, eles se
aquecem, e o risco de um curto-circuito ou princípio de incêndio aumenta. Para
que isso não ocorra, é necessário utilizar fios ou cabos de maior seção (bitola),
para diminuir os efeitos desse aquecimento. Então a corrente Ic é corrigida
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através do fator de agrupamento (f), resultando em uma corrente maior Ib, que
é utilizada para determinar a seção (bitola) dos condutores. Onde:
=Potência aparente do circuito
Tensão nominal
=Ic
5.2.3.8 Cálculo da corrente do circuito de distribuição
O cálculo da corrente do circuito de distribuição pode ser dividido em quatropassos:
Primeiro passo: soma-se os valores das potências ativas de iluminação
e dos pontos de tomada. O resultado é a potência instalada. Para a
residência-modelo,este valor é de: (900 W + 4.400 W) = 5.300 W.
Segundo passo: os 5.300 W de potência instalada seriam consumidos
apenas se todos os circuitos funcionassem ao mesmo tempo com a
carga máxima para a qual foram projetados. Como na prática isso não
ocorre, multiplica-se a potência instalada pelo fator de demanda
(consultar Tabela 4) correspondente para encontrar a demanda máxima,
ou seja, a máxima potência que realmente será utilizadasimultaneamente.
Tabela 2: Fator de demanda para iluminação e pontos de tomada
Fonte: SCHNEIDER, 2009.
Como os 5.300 W de potência instalada estão na faixa entre 5.001 e
6.000 W, o fator de demanda a ser utilizado é 0,45. (5.300 W x 0,45) = 2.400 W
que é a demanda máx. dos circuitos de iluminação e de pontos de tomada)
Terceiro passo: em seguida, some as potências instaladas dos circuitos
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independentes – no nosso exemplo, são os circuitos para o chuveiro e a
torneira elétrica – e multiplique o resultado pelo fator de demanda
correspondente. O fator de demanda dos circuitos independentes é
obtido em função do número de circuitos previstos no projeto.
Tabela 3: Fator de demanda para circuitos independentes.
Fonte: SCHNEIDER, 2009.
Circuitos independentes = 2 (chuveiro e torneira elétrica)
Fator de demanda = 1,00
Potência total instalada = 4.400 W + 3.500 W = 7.900 W 7.900 W x 1,00
= 7.900 W (demanda máxima dos circuitos independentes)
Quarto passo: some os valores das demandas máximas de iluminação,
pontos de tomada e circuitos independentes. (2.400 W + 7.900 W =
10.300 W).
Quinto passo: esse valor (10.300W) corresponde à potência ativa
instalada no circuito de distribuição. Para encontrar a corrente é preciso
transformá-la em potência aparente (VA). Então, divida os 10.300W pelo
fator de potência de 0,95 .
=ê
ê
Sexto passo: obtida a potência aparente do circuito de distribuição,
calcule sua corrente Ic. Para calcular a corrente Ic do circuito de
distribuição, utilize sempre a maior tensão que ele fornece. Neste caso,
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como o circuito é composto de duas fases e um neutro, utilize a tensão
entre fase e fase (220Va).
5.2.3.9 Cálculo da corrente dos circuitos terminais
Obedecendo aos critérios estabelecidos pela norma NBR 5410 na
Residência-modelo, o projeto deve possuir, no mínimo, quatro circuitos
terminais: um para iluminação; um para os pontos de tomada; dois para os
circuitos independentes (chuveiro e torneira elétrica).
Circuitos de iluminação: optou-se por dividir as cargasde iluminação
em dois circuitos, mesmo sendo pequena a potência de cada um, pois,
em caso de defeito ou manutenção, não é necessário desligar toda ailuminação.
Circuitos de pontos de tomada: optou-se por dividir as cargas dos
pontos de tomadas em três circuitos, para não misturar no mesmo
circuito os pontos de tomada da cozinha, da área de serviço, do corredor
e do banheiro com os pontos de tomada da sala e do
dormitório,conforme a recomendação 9.5.3.2 da norma NBR 5410.
O primeiro passo consiste em montar a tabela de divisão dos circuitos. E
o segundo passo é calcular a potência total de cada circuito. Com as correntes
calculadas (Ic) de todos os circuitos, deve-se encontrar os fatores de
agrupamento de cada um deles. O fator de agrupamento de um circuito é
encontrado em função do maior número de circuitos que estão agrupados em
um mesmo eletroduto. No exemplo mostrado no Anexo C, nota-se que o maior
número de circuitos agrupados em um eletroduto é de 4 circuitos.
5.2.3.10 Dimensionamento dos condutores
Para encontrar a bitola correta do fio ou do cabo a serem utilizados em
cada circuito, utiliza-se a Tabela D.1 do Anexo D, onde define-se o método de
referência das principais formas de se instalar fios e cabos em uma residência.
Para o circuito 1 da residência modelo, supondo que o teto seja de laje e que
os eletrodutos serão embutidos nela, podemos utilizar “condutores isolados ou
cabos unipolares em eletroduto de seção circular embutido em alvenaria”. É o
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segundo esquema na tabela. Seu método de referência é B1. Se em vez de
laje o teto fosse um forro de madeira ou gesso, utilizaríamos o quarto esquema,
e o método de referência mudariam.
Normalmente, em uma instalação todos os condutores de um mesmocircuito têm a mesma seção (bitola), porém a norma NBR 5410 permite a
utilização de condutores de neutro e de proteção com seção menor que a
obtida no dimensionamento nas seguintes situações:
Condutor de neutro: em circuitos trifásicos em que a seção obtida no
dimensionamento seja igual ou maior que 35 mm2, a seção do condutor
de neutro poderá ser como na tabela 6:
Tabela 4: Seções mínimas do condutor de neutro (N)
Fonte: SCHNEIDER, 2009.
Condutor de proteção: em circuitos em que a seção obtida seja igual
ou maior que 25 mm2, a seção do condutor de proteção poderá ser
como indicado na tabela 7:
Tabela 5: Seções mínimas do condutor de proteção (P)
Fonte: SCHNEIDER, 2009.
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A ferramentas de visualização auxiliam a trabalhar com maior precisão e
segurança, sobre os elementos de desenho.
Figura 16: Comando de visualização.
Fonte: PrintScreen do programa.
A barra de ferramentas do software Lumine V4 está dividida da seguinte
maneira:
Figura 17: Barra de Ferramentas do Lumine V4.
Fonte: PrintScreen do programa.
O primeiro ícone trata-se da ferramenta: Projeto. Com esta ferramenta é
possível criar um novo projeto, salvar projeto, entre outros.
Um ícone muito importante é o "Ferramentas", no qual podemos
escolher a opção "Ler DWG/DXF" para importar arquivos do AutoCAD ou a
opção "Gravar DWG/DXF" que é utilizada para exportar para o AutoCAD oprojeto elétrico já pronto. Além das ferramentas de "Posicionar Origem" e
"Converter para escala", as quais são muito importantes ao iniciar o projeto.
Figura 18: Ícone Ferramentas.
Fonte: PrintScreen do programa.
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À esquerda do programa, situam-se os ícones de construção, os quais
são utilizados para distribuir no projeto as lâmpadas, as tomadas e os
interruptores. Além de distribuir os circuitos.
Figura 19: Ferramentas de Construção
Fonte: PrintScreen do programa.
Os comandos de fiação possibilitam a inserção de tubulações e fiações.
Ao inserir a tubulação é possível escolher seu tipo, seu modo de instalação
(parede, teto, solo), entre outros fatores. Já a ferramenta de fiação possibilita a
inserção automática da fiação dos circuitos, como fase, neutro e terra, o que
facilita muito o trabalho do projetista.
Figura 20: Comandos de Fiação.
Fonte: PrintScreen do programa.
Com as fiações e as tubulações inseridas, é possível criar os quadros.
Para isso, utiliza-se o ícone cabeamento na barra de ferramentas e
dimensiona-se a distribuição e os quadros.
Figura 21: Comandos de Cabeamento.
Fonte: PrintScreen do programa.
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E, ao terminar o projeto elétrico, é possível gerar uma lista de materiais, o
que facilita ao fazer o orçamento da parte elétrica. A ferramenta "Lista de
Materiais" localiza-se no ícone "Elementos" da barra de ferramentas.
Figura 22: Gerar Lista de Materiais.
Fonte: PrintScreen do programa.
Ao terminar o projeto elétrico, é possível exportar este para o Software
AutoCAD. Para isto, deve-se selecionar a opção "Gravar DWG/DXF" como
mostra a Figura 18.
6. RESULTADOS
Durante este período de 600 horas de estágio na Secretaria Municipal de
Infraestrutura, foi possível:
Conhecer como funciona o processo de construção de obras públicas;
Aprender a fazer orçamentos e especificações técnicas;
Elaborar Projetos Elétricos;
Manuseiar os softwares de Engenharia: Lumine V4 e AutoCAD.
Obter uma melhor visão sobre como funciona um órgão público que atua
na área de obras.
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7. CONCLUSÃO
O Estágio Supervisionado em Engenharia Civil I é um grande
desafio para o estudante, visto que é onde os conhecimentos e
habilidades adquiridas durante a graduação são postos à prova, tanto
no âmbito técnico, como na maneira de interagir com a equipe de
trabalho.
A atuação do exercício profissional faz com que o estagiário
adquira características que irão permitir ao acadêmico a oportunidade
de desenvolver habilidades e potencialidades, além de contribuir para
o desenvolvimento da maturidade pessoal e profissional do discente.
Ao atuar na área de projetos, nota-se que o uso de softwares deEngenharia Civil facilita a vida profissional do engenheiro, mas não é
autossuficiente, sendo indispensável que o engenheiro/estagiário conheça
as normas aplicáveis, para ser capaz de analisar e corrigir o que foi
executado pelo programa em questão.
Conclui-se que o programa de estágio favoreceu a qualificação
técnica, emocional e, principalmente, social, permitindo a prática de
trabalhar em equipe, respeitando as diferenças e a hierarquia do local detrabalho.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MAFUANI, F. Estágio e sua importância para a formação douniversitário. Instituto de Ensino superior de Bauru. 2011. Disponível
em: Acesso em: Mar. 2016.
CARDOSO, Roberto S. Orçamento de obras em foco: um novo olhar sobrea engenharia de custos. São Paulo: Editora Pini, 2008.
ÁVILA, A. V.; LOPES, O. C.; LIBRELOTTO, L. I. Orçamento de obras.Florianópolis: Universidade do Sul de Santa Catarina. 2003. Disponívelem: Acesso em: Mar. 2016.
SCHNEIDER, M. Manual e Catálogo do Eletricista: Guia Prático paraInstalações residenciais e prediais. Instituto Schneider Eletric, 2009.Disponível em: Acesso em: Mar. 2016.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5410:Instalações elétricas de baixa tensão. Rio de Janeiro, 2004.
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APÊNDICES
APÊNDICE A: PROJETO ELÉTRICO FEITO COM O SOFTWARE LUMINE V4
DE UM QUIOSQUE PRESENTE NA OBRA DE REVITALIZAÇÃO DA PRAÇA
RODRIGO OTÁVIO
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APÊNDICE B: DIAGRAMA UNIFILAR DO QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO E O
QUADRO DE CARGAS DO PROJETO MOSTRADO NO APÊNDICE A
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APÊNDICE C: LEGENDA DO PROJETO ELÉTRICO DO APÊNCIDE A
GERADA PELO SOFTWARE LUMINE V4
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ANEXOS
ANEXO A - FLUXOGRAMA BÁSICO DA COMPOSIÇÃO ANALÍTICA
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ANEXO B - RECOMENDAÇÕES DA NBR 5410 PARA O LEVANTAMENTODA CARGA DE PONTOS DE TOMADA E CIRCUITOS INDEPENDENTES
Tabela B.1: Condições para estabelecer a quantidade mínima de pontos de tomada
Local Área (m²) Quantidade Mínima
Potência
Mínima
(VA)
Observações
Banheiros(local com
banheira e/ouchuveiro)
Qualquer 1 junto ao lavatório 600
A uma distância de nomínimo 60 cm da
banheira ou do box). Se
houver mais de umatomada, a potência
mínima será de 600 VA por tomada.
Cozinha, copa,copa-cozinha,área deserviço,
lavanderia elocais similares
Qualquer 1 para cada
3,5 m, ou fração de perímetro.
600 VA por
ponto detomada, até 3
pontos, e100VA por
ponto
adicional
Acima de cada bancadadeve haver no mínimodois pontos de tomadade corrente, no mesmo ponto ou em pontos
distintos.
Varanda Qualquer 1 100
Admite-se que o ponto
de tomada não sejainstalado na própria
varanda, mas próximoao seu acesso, quando,
por causa da construção,ela não comportar ponto
de tomada.
Salas edormitórios
Qualquer
1 para cada 5 m, ou fração de perímetro, espaçadas tão
uniformemente quanto possível
100
No caso de salas deestar, é possível que um ponto de tomada sejausado para alimentação
de mais de um
equipamento. Por isso, érecomendável equipá-las
com a quantidade detomadas necessárias.
Demaisdependências
Qualquer
1 ponto de tomada para cada5 m, ou fração de perímetro,se a área da dependência for
superior a 6 m², devendoesses pontos ser espaçadostão uniformemente quanto
possível
100
Quando a área docômodo ou da
dependência só for igualou inferior a 2,25 m²,
admite-se que esse ponto seja posicionado
externamente aocômodo ou à
dependência, no
máximo a 80 cm da porta de acesso.
Fonte: SCHNEIDER, 2009.
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ANEXO C - NÚMERO DE CIRCUITOS AGRUPADOS EM UM ELETRODUTO
Figura C.1 - Distribuição de circuitos da residência-modelo
Fonte: SCHNEIDER, 2009.
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ANEXO D - MÉTODO DE REFERÊNCIA DAS PRINCIPAIS FORMAS DESE INSTALAR FIOS E CABOS EM UMA RESIDÊNCIA
Tabela D.1: Tipos de linhas elétricas
Método de referência* Esquema ilustrativo Descrição
B1 Condutores isolados ou cabosUnipolares em eletroduto aparente deseção não-circular sobre parede
B1 Condutores isolados ou cabosunipolares em eletroduto de seçãocircular embutido em alvenaria
Condutores isolados ou cabos
unipolares em eletroduto aparente deseção circular sobre parede ouespaçado desta menos de 0,3 vez odiâmetro do eletroduto
B1 ou B2* Condutores isolados em eletroduto deseção circular em espaço deconstrução
D
Cabo multipolar em eletroduto (deseção circular ou não) ou em canaletanão-ventilada enterrado(a)
Cabos unipolares em eletroduto (deseção não-circular ou não) ou emcanaleta não-ventilada enterrado(a)
Cabos unipolares ou cabo multipolardiretamente enterrado(s) comproteção mecânica adicional
* Se a altura (h) do espaço for entre 1,5 e 20 vezes maior que o diâmetro (D) do(s)eletroduto(s) que passa(m) por ele, o método adotado deve ser B2. Se a altura (h) for maiorque 20 vezes, o método adotado deve ser B1.Fonte: SCHNEIDER, 2009.