1º estudo de interpretação de texto - 7º ano

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1º Estudo de Interpretação de Texto - Luiza Collet - 7º ano - 1º trimestre - 2013 1º Estudo de Interpretação de Texto Luiza Collet - 7º ano - 1º trimestre - 2013 Conteúdo 1. A Narrativa Heroica (herói clássico, contemporâneo e anti- herói); 2. Principais tipos de narrador (observador e personagem); 3. Interpretação de Textos; 4. Livro de Férias: “As Crônicas de Nárnia: Príncipe Cáspian”.

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1º Estudo de Interpretação de Texto - Luiza Collet - 7º ano - 1º trimestre - 2013

1º Estudo de Interpretação de Texto

Luiza Collet - 7º ano - 1º trimestre - 2013

Conteúdo

1. A Narrativa Heroica (herói clássico, contemporâneo e anti-

herói);

2. Principais tipos de narrador (observador e personagem);

3. Interpretação de Textos;

4. Livro de Férias: “As Crônicas de Nárnia: Príncipe Cáspian”.

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1º Estudo de Interpretação de Texto - Luiza Collet - 7º ano - 1º trimestre - 2013

1. A NARRATIVA HERÓICA

O Herói

Os heróis, é claro, têm a ideia de lutar pelo

bem. Seu caráter é de não ser humano, no sentido de

que não cometem erros, têm poderes e são perfeitos.

Um exemplo de herói clássico é o Super-Homem,

pois não é humano, têm super poderes, é perfeito e

faz o bem.

O Anti-herói

Como o herói, a ideia de ser anti-herói é lutar pelo bem. Porém,

existem diferenças entre esses dois tipos de heroísmo, pois o anti-herói se

caracteriza por ser um herói com defeitos, humano, que apresenta

impasses (Situação embaraçosa da qual é difícil sair bem).

Um exemplo de anti-herói é o Batman, um humano, tem defeitos e

tem um dilema (situação embaraçosa entre duas soluções fatais, ambas

difíceis ou penosas).

Outro exemplo é Dom Quixote, pois ele era louco, suas ideias de

defender os pobres e oprimidos, ser cortês, ter honra, e ter o

cristianismo como religião era estranho em sua época, porém percebemos

que estes seriam os ideiais (elevações dos ideiais) que deveríamos seguir.

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1º Estudo de Interpretação de Texto - Luiza Collet - 7º ano - 1º trimestre - 2013

O anti-herói é um “protagonista de uma obra sem as qualidades e

virtudes do herói clássico; o anti-herói é a personagem típica da novela

picaresca espanhola, uma personagem de pouco caráter, cínica e astuta.”

(anti-herói. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013. [Consult. 2013-04-28].Disponível na

www: <URL: http://www.infopedia.pt/$anti-heroi>.)

Herói contemporâneo

É um herói do dia-a-dia, do cotidiano, que em geral é um herói oculto,

não valorizado, mas é real.

Exemplos de heróis do cotidiano são os nossos pais, os bombeiros,

médicos professores, etc.

O HERÓI

1. Indivíduo que se destaca por um ato de extraordinária coragem,

valentia, força de caráter, ou outra qualidade considerada notável.

2. aquele que é admirado por qualquer motivo, constituindo o centro

das atenções.

3. CINEMA, LITERATURA - protagonista.

4. MITOLOGIA - personagem nascida de um ser divino e outro mortal.

(Do grego héros, «chefe», pelo latim herōe -, «herói; homem célebre»).

herói In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013. [Consult. 2013-04-28].

Disponível na www: <URL: http://www.infopedia.pt/lingua-portuguesa/her%C3%B3i>.

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-O herói, anti-herói e o herói contemporâneo são diferentes do

antagonista. Eles lutam pelo BEM.

2. PRINCIPAIS TIPOS DE NARRADOR

o Narrador observador = fatos narrados em 3ª pessoa. O

narrador não participa da história. Narra de forma neutra.

o Narrador personagem = fatos narrados em 1ª pessoa. O

narrador participa da história. Dá a sua opinião diante das

situações.

-Ao ler os textos a seguir, observe que tipo de narrador é usado

nas narrativas.

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1º Estudo de Interpretação de Texto - Luiza Collet - 7º ano - 1º trimestre - 2013

3. INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS

É preciso se levantar cedo?

A partir do momento em que a lógica popular desenrola diante

de nós sua sequência de surpresas, é inevitável que vejamos surgir a

figura do grande contador de histórias turco, Nasreddin Hodja. Ele é

o mestre nessa matéria. Aos seus olhos a vida é um despropósito

coerente, ao qual é fundamental que nós nos acomodemos.

Deste modo, quando era jovem ainda, seu pai um dia lhe disse:

– Você devia se levantar cedo, meu filho.

– E por quê, pai?

– Porque é um hábito muito bom. Um dia eu me levantei ao

amanhecer e encontrei um saco de ouro no meu caminho.

– Alguém o tinha perdido na véspera, à noite?

– Não, não – disse o pai. – Ele não estava lá na noite

anterior. Senão eu teria percebido ao voltar para casa.

– Então – disse Nasreddin –, o homem que perdeu o ouro

tinha se levantando ainda mais cedo. Você está vendo que esse

negócio de levantar cedo não é bom para todo mundo.

(CARRIÈRE, Jean-Claude. O círculo dos mentirosos: contos

filosóficos do mundo inteiro. São Paulo: Códex, 2004.)

QUESTÕES

1- O diálogo entre pai e filho permite entender que

(A) pai e filho não se dão bem.

(B) pai e filho têm os mesmos hábitos.

(C) pai e filho encontraram um saco de ouro.

(D) pai e filho pensam de forma diferente.

2- O uso do vocábulo “então”, que abre a fala final de Nasreddin,

serve para que apresente ao seu pai

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1º Estudo de Interpretação de Texto - Luiza Collet - 7º ano - 1º trimestre - 2013

(A) a conclusão que tirou da resposta. (B) a hora de encerrarem

aquela conversa.

(C) a justificativa para acordar mais tarde. (D) a hipótese de

____________________________________________que estava com a razão.

O silêncio do rouxinol

[...]

Na época de Salomão, o melhor dos reis, um comprou um

rouxinol que possuía uma voz excepcional. Colocou-o numa gaiola em

que nada faltava ao pássaro e na qual ele cantava, horas a fio, para

encanto da vizinhança.

Certo dia, em que a gaiola havia sido transportada para uma

varanda, outro pássaro se aproximou, disse qualquer coisa ao rouxinol

e voou. A partir desse momento, o incomparável rouxinol emudeceu.

Desesperado, o homem levou seu pássaro à presença do

profeta Salomão, que conhecia a linguagem dos animais, e lhe pediu

que perguntasse ao pássaro o motivo de seu silêncio.

O rouxinol disse a Salomão:

– Antigamente eu não conhecia nem caçador, nem gaiola.

Depois me apresentaram a uma armadilha, com uma isca bem

apetitosa, e caí nela, levado pelo meu desejo. O caçador de pássaros

levou-me, vendeu-me no mercado, longe da minha família, e fui

parar na gaiola deste homem que aí está. Comecei a me lamentar

noite e dia, lamentos que este homem tomava por cantos de

gratidão e alegria. Até o dia em que outro pássaro veio me dizer:

“Pare de chorar, porque é por causa dos seus gemidos que eles o

mantêm nessa gaiola”. Então, decidi me calar.

Salomão traduziu essas poucas frases para o proprietário do

pássaro. O homem se perguntou: “De que adianta manter preso um

rouxinol, se ele não canta?”. E lhe devolveu a liberdade.

CARRIÈRE. Jean-Claude. O círculo dos mentirosos: contos filosóficos

do mundo inteiro. São Paulo: Códex, 2004.

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1º Estudo de Interpretação de Texto - Luiza Collet - 7º ano - 1º trimestre - 2013

QUESTÕES

3- O fato que gera o conflito na história é o pássaro

(A) possuir uma voz excepcional. (B) ter emudecido.

(C) ser um rouxinol. (D) encantar a vizinhança.

4- No trecho “...cantava, horas a fio, para encanto da multidão.”,

a expressão “horas a fio” tem o sentido de

(A) de vez em quando. (B) durante muito tempo.

(C) pousado em um fio. (D) sem cobrar por isso.

5- A decisão de não mais cantar, comunicada pelo rouxinol a

Salomão, que a traduziu para o homem, teve, como consequência, o

homem

(A) não entender a tradução. (B) ficar desesperado.

(C) libertar o rouxinol. (D) silenciar o rouxinol.

6- O trecho do texto que contém uma opinião é

(A) “Na época de Salomão, o melhor dos reis,...”.

(B) “Pediu que perguntasse ao pássaro o motivo de seu silêncio.”...

(C) “Comecei a me lamentar noite e dia,...”.

(D) “E lhe devolveu a liberdade.”.

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(Gabarito)

1 - (D) pai e filho pensam de forma diferente.

2 - (A) a conclusão que tirou da resposta.

3 - (B) ter emudecido.

4 - (B) durante muito tempo.

5 - (C) libertar o rouxinol.

6 - (A) “Na época de Salomão, o melhor dos reis,...”.

4. COMENTÁRIOS SOBRE O LIVRO “O PRÍNCIPE

CASPIAN”

(Este livro foi escrito por Clive Staples Lewis).

O livro faz parte da coleção “As Crônicas de Nárnia”

- 1º O Sobrinho do Mago

- 2º O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa

- 3º O Cavalo e seu Menino

- 4º O Príncipe Cáspian

- 5º A Viagem do Peregrino da Alvorada

- 6º A Cadeira de Prata

- 7º A Última Batalha

Crônica

o Cronos (tempo)

o Contar a história de uma nação desde seu Nascimento

O livro começa a história com “Era uma vez” o que determina: um

passado remoto (longínquo), perene (válida para qualquer tempo).

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Comentários

É possível observar que a coleção das Crônicas de Nárnia,

uma simbologia religiosa cristã. Talvez, para facilitar o

ensinamento da religião de forma divertida e em que o

compreendimento é mais simples.

Aslam, de certa forma, representa Deus, é ele que cria

Nárnia. Essa história, essa gênese, é narrada no primeiro livro.

O Leão também é sacrificado e depois ressuscita, coisa que

acontece na vida de Cristo.

Existem vários sentidos do livro “O Príncipe Cáspian”,

um dos observados é a lição da Fé, porque muitos animais

falantes não deixaram de acreditar na antiga história de Aslam

(dos grandes reis), também acontecem muitas “conversões” a

respeito da história dos grandes reis. Trumpkin, que não

acreditava nessas histórias, converteu-se ao conhecer Aslam. O

próprio Cáspian também, pois acreditava um pouco incerto,

não tinha total fé nisso, ele só tinha gosto pela história. Se

pararmos para pensar, talvez encontremos vários, e isso para

cada livro.

BOM ESTUDO!