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'?<? Anno r Recife—Terça-feira 3 de ¦to" ASSIGNATURAS (Recife) Trimestre Anno.". .16$000 [(Inteiiore Provincias) Trimestre 4$500 Anno 18$000 As assignaturas come- çam em qualquer tempo e terminam no ultimo de Mar- oo, Junho, Setembro e De- zembro. Publica se to- dos os dias. PAGAMENTOS ADIANTADOS ©vembro de i875 N. 720 CORRE SPONDENCÍA 1BERAL ORGAO DO PARTIDO L 'ity ' Vejo por toda parte um symptoma, que me assusta pela liberdadédas nações e da Igreja : acentralisação. Um dia os povos despertarão clamando :—Onde nossas liberdades? T.TTthix—Ditc.no Congree. ãe Malinas.Wbi. A Redação acceita e agra* dece a collaboracção. A correspondência politica será dirigida árua Duque dc* Caxias n. 50 1-andar. Toda a demais correspon- dencia, annuncios e reclama- ções serão dirigidos para o es- criptorio datypographiaa rua do IMPERADOR, N. 77. PAGAMENTOS ADIANTADOS l ÍJdicção de lioje 1700. Aos Srs. assi^nantes Prevenimos aos Srs. assignan- es que até o fim de Dezembro, não pagarem suas assignaturas vencidas,qne ser-lhes-ha suspen- sa a. remessa da folha. a província æ.,, 11 y ¦ ¦ Recife, 2 da Novembro de 1875. O 8a\ eonseaiielro Silveira Ii«»b» e a replica «Ia colum- nn do Diário VII* Antes de tomar em consideração os demais artigos da replica do Sr. João Alfredo, deve- mos respondei- a um dos argumentos do ar- tigo 5, de que noa occupamoa anteriormente. Havíamos dito ser uma invectiva do Sr. João Alfredo a allegação de que o Sr. con- selheiro Silveira Lobo tinha mandado fome- cer ao corpo de policia 416 armas ; e acres- contamos que não era elle capaz de o provar com uma das peças officiaes que tinha para confundir seu adversário Ante uma tão formal iutimação acondiram os homens da empreitada do ódio do Sr. João Alfredo e disseram : « Responderemos com o seguinte officio do Sr. Silveira Lobo : t Ao cemmandantè do corpo de policia. Mavde Vme. fornecer ao tenente coronel commandante do batalbão-n.«40 da- guarda nacional, que se acha aquartellado na forta- leza das Cinco Pontas, 50 espingardas com bayonoias, das que estão em deposito vo quartel do corpo do seu commando.» « Deste officio se vê, continuam elles. que alem do armamento preciso para o corpo, u gr, Silveira Lobo, mandou fazer alli um de- posito do espingardas, o por conseguinte não he de estranhar que ao mesmo corpo fosse entre gue 416 armas 1 A rna e o ódio não discorrem de outro modo! Deste officio o que todos vêem claramente he que o Sr. conselheiro Silveira Lobo man- dou que o commandante do eorpo de policia fornecesse 50 espingardas ; mas ninguém verá certamente que, por esso mesmo officio ao mandasse fazer um deposito do 416 ar- mas no quartel de policia. Não ameaçou o Sr. João Alfredo confundir •0 Sr. conselheiro Silveira Lobo com as peças officiaes ? Porque não publica o officio que ordenou o deposito de 410 armas no quartel de poli- cia ? i Onde foi achar o Sr. Alfredo esse numero de armas, de que não falia o officio, que pu- blicou ? Teria sido mais prudente não se ter insis- tido sobre este ponto, para que se não tornas- se mais patente uma daa iuvardades do Sr. João Alfredo. Agora atteuda o publico para o seguinte : O corpo de policia tinha quinhentas (500) praças pela lei n. 470. A lei n. 507 reduziu-o a 400 praças, as quaes foram aiuda reduzidas a 300 pela lei n. 611. Na administração do Sr. conselheiro Sil- veiru Lobo, como se do seu rolatorioa pag. 17 faltavam ainda ao corpo de policia 60 praças para o sen estado completo. Assim, as armas dis 200 praças, que fo- ram dispensadas do serviço pelas citadaa leis us. 507 e 611, e da8 60, que ainda falta- ¦vam para o effectivo de 800, que devia ter, «atavam em deposito no quartel do corpo, a que pertenciam. Foi, pois, destas armas qne o Sr. conse- lheiro Silveira Lobo mandou fornecer as 50, de que trata o officio citado, ao coinman- dante do batalhão n. 40 da guarda nacional. Não foi de deposito, que alli mandasse fafcer o Sr. conselheiro Silveira Lobo, como impu- dentemente affirma o Sr. Joãq^Alfredo. Deixemos porem este assumpto, o trate- mos de responder ao art. 6 da replica. Falla-se ainda da não publicação das no- meações. polioiaes pelas revistas e gazetilhas doe jornaes diários, fazendo-se o Sr. cons|- lheiro Silveira Lobo responsável por esôè facto ! Depois'do que dissemos a este respeito no quinto artigo desta serie,-he por demais ri- diculo o que agora, ee lhe oppõe.¦'¦ * ; Ó presidente da provinoia não tem obíi- gação de mandar noticias dos seus actos para gazetilhas e revistas dos jornaes. Os actos do governo chegam' ao conhecimento do pu- blico pela publicatão diária do pou expedien- te na folha official. S8 houve demora nessa publicação, res- penda por ella a empreza do Diário âePer- nanibuco que contratou este serviço. _ Demais, ja o dissemos, a Situação publicou eBGas nomeações, as quaes eram logo Wprff- eiaclas pela mesma gente, que agora diz nãb ter tido conhecimento dellaBl! Os defensores do Sr. João Alfredo ad- mittem,qne o Sr. conselheiro Silveira Lobo podôsse destacar a guarda naoional de um municipio em outro ! ., Ora graças a Deus 1 « Mas, dizem elles, he indispensável que ella. aquartelle em sua localidade e dalli siga em diligencia a estacionar ou mover-se em outros pontos.» Nem na lei n. 602 de 19 de setembro de 1850, nem nae instrucções que baixaram com ob decretos n. 722 de 25 de outnbro de 1850 e n, 1554 de' 6 do abril 1854, eneqn-.. tramos disposição alguma naquelle sentido. A exigência, pois, de aqnartellamento prévio, como condicção indispensável, para que uma força da guarda nacional possa destacar em outro municipio, seria uma par- voice, senão revelasse completa ignorância da lei. E ainda he com essa ignorância; que pro- curam justificar o procedimento do comman- dante do batalhão n. 27 (de Caruaru), de re- cusár ao delegado uma força para conduzir recrutas, allegando que o Sr. conselheiro Silveira Lobo não lhe hovia ordenado, que presiasse essa força. Ou esse commandante de batalhão negou- ee a satisfazer a requisição, por espirito par- tidario, no fim de acompanhar seus coneli- giouarios no plano, que então punham em pratica, de resistência ao governo, o que de preferencia acreditamos, ou era de supiua ignorância para o lugar que oecupava ; pois que muitíssimos, não queremos fallar de of- ficiaes subalternos, mas simples inferiores não desconhecem que os commándantes de corpos, independente de ordem previa supe- rior, podem prestar força nos casos e pela forma prescripta nos arts. 23 e 40 do ja ei- tado decreto n. 1554. Não queremos aqui repetir or inuitos pon- derosos motivos, que teve o Sr. conselheiro Silveira Lobo, para tomar as providencias, que lhe eram reclamadas pela mauutenção da ordem publica, seriamente ameaçada pe- los ordeiros amigos do Sr. João Alfredo. Ja o fizemos ua serie de artigos, a que agora os empreitriros do seu ódio, respondem com futilidades, a que chamam reparos ou retificações. O Sr. oonselheiro Silveira Lobo, maudan- i do uma força para Ipojuca sob o commando | do Sr. capitão Codiceira (conservador) e áa í ordeus do delegado, recommeudou á esta aji- tbridade que deixasse entrar na igreja, todo e qualquer oidadão que o quizesse, sem dis ¦ tineção de ladoB políticos, comtanto que não estivessem armados, Fazendo Ya/w ros a este officio intenderam os solidários dp Sr. João Alfredo, que a po- licia chamou a si a attribnição do juiz de paz, único encarregado pela lei da policia da igreja! Da porta da igreja para dentro a policia pertence ao juiz de paz. ninguém o contesta; mas onde se diz naquelle officio que o dele- gado entre na igreja e ahi exerça suas func- ções ? Da porta da igreja para fora porem, a po- lioia pertence á autoridade policial ; e em- quan'.ô o cidadão não, entra na igroja, não está sujeito á policia do juiz de paz. Maros defensores do Sr. João Alfredo en- tondeos^o contrario, porque, a não ser assim, in«dapckèriam ter que<dizer contra o nosso distineto amigo t Porem', baldado, esforço t Por mais qne façam,'Jfião conseguirão diminuir o effeito esmagador dás provas, que temos exhibido, da mairrestricta e- perfeita imparcialidade, oom que se houve o Sr. conselheiro Silveira Lobo, àa eleição que teve logar, quando ad- ministrou esta provincia. :vA Todôfliaqui o sabem ; e ia» explosões vio- lentas -dè rancoroso- inimigo serio impoten- tes para apagar daoonBoiencia publica a verdade dos factos.e substitui-la pelo ódio do de8p«ÍH|!" Continuaremos;.-to i toiií' ;*'« na» 1819! Hl rg'©SÍ«Bgrain«wnü»* Transcrevemos da folha official seguintes : S. Petersburgo, 80 de Outubro. A Gazeta Official de S. Petersburgo publica um artigo acerca da revolução da Herzego- viua. Depois de diBcutir as medidas pedidas pelos facoioaos e a declaração formal do go- verno de Conetantinopla de ceder quando os facciosos tiverem deposto as armas, a Gazeta Oficial concluo asnim : - « Somos de opinião qüe será'indispensável uma intervenção das potências, afim do obri- gar a Sublime Porta a modificar ac leis que regem os paizes revolucionados, de forma a melhorar as condições das populações chris- tãas. »> Londres, 31. O artigo, publicado hontem pela manhã pela Gazeta Official de S. Petersburgo, produ- zio uma certa sensação em nossos circuloB políticas; e noticias, rocebidas de Pariz, Vi- enna e Berlim, affirmam do que a declaração do jornal official russo, que é considerada como expressão do pensamento do gabinete- de S. Petersburgo, produzio ali a mesma I impressão. i Corre o boato de que & príncipe de Gor- tschiikoff dirigio uma circ-alar, ooncobida nos mesmos termos do artigo„aos representantes diplomáticos da Rússia no estrangeiro, de- clarando que pretende provocar uma confe- rencia das grandes potências na qual ee de- libere acerca dos meios a empregar para obter uma solução definitiva sobre as relações entre os prineipados e a Sublime Porta. Lisboa, 80. Os navios procedentes do Eio de Janeiro e de Santos serão admütidos á livre pratica nos nortos do reiuo de Portugal. Para*, 80. O transporte de guerra brazileiro Purus sahio hoje d'aqui para o sul do império. Havas-Eeuter. ISTMMes Mac8aa«Io Teve lugar hontem na matriz de Snnto Antônio a com- memoração fúnebre do legendário patriota Joaquim'Nunes Machado e seus companbei- ros, mortos na revolução de 1848. A solemnidade esteve imponente. A igreja achava-se coberta de rigoroso luto, ergueu- do-so no meio da nave uma elegante eça. À6 recordações que ainda despertam a vida honrada e gloriosa e a morte tão infeliz quanto prematura do patriota Nunes Macba- do, não se estinguem no coração dos liberaes desta provincia. Fallaram os Sr." 0'Couel Jersey, Fortu- nato Pinheiro, Eamualdo d'01iveira, e os nossos collegas Dr.' José Mariano e Aprigio Guimarães. O Conservador—Chamamos a at- tenção dos nossos leitores para o artigo adio- torial periódico—Conseovador que se pu- blica na capital da Parahyba, o qual vae transeripto na secção competente deste nosso jornal. Ninguém ignora que aquella infeliz pro- vincia, mais do que nenhuma outra do im- perio, tem passado por horrível martyrio no domínio da regeneração. Tão granefes tem sido os seus soffrimentos, que os próprios conservadores, os conservadores honestos, a imprensa honesta desse partido, se levantam em nome dos princípios, da honra politica, da lei e do dever contra o estado deplorável á que a tem reduzido o doudo varrido á quem o governo do imperador entregou os seus tristes destinos. O assassinato, o roubo o as extorções do3 exactores do fisco, obrigando o cidadão á pa- gar contribuições, que a lei não reconheça ; o despreso dos direitos individuaes, a viola- ção do asylo, o aímso da força publica até os mais hediondos crimes ; eis o estado á que se acha reduzida aquella infeliz provincia na fatal administração desBe infeliz alienado, como acaba de confirmar aquelle insuspeito periódico, e de comprovar o que todos ja sabiam., Leiam os nossos leitores o artigo que transcrevemos, e admirem, como o Sr. Silvi- no em falta de liberaes a quem possa perse- guir, atira-se de espada em punho, Bobre um seu correligionário, honesto, honrado e so- brinho do Sr. visconde de Camaragibe ! Até onde consentirá o governo do impe- rador nesse estado de anarchia, de desordens e crimes ? O que faz o Sr. conselheiro Diogo Velho, que não destino conveniente ao Sr. Sil" vino ? Ep tempo de pôr termo a todos esses des- mandos ; J%rExc.xéi Parahyba, salVé süa terra do feroz despotismo de um louco. Maílaiaça «Sos pre.«i«8entes— Transcrevemos da Chronica Politica da Re- forma o seguinte: « A grande preoecupação dos homens da situação é a mudança dos presideutes. « Não se pode vencer eleição sem «elles, e è preciso que esses cabos de guerra sejam da maÍB plena confiança dos sub-chefes. « Por isso estão elles em torno do gabinete á espera do representante do poder, isto é— do chefe do partido em cada provincia. t Os actuaes prerídentes são consertado• res suspeitos, diamantes cheios de jaça,.esoo- lhas do Sr. João Alfredo ; a nomeação delles perde-se na prehistorica noite da dissiden- cia: precisa-se de delegado da harmonia. « E' un? justo anhelo dos reconciliados; mas escusa dizer que os amigos do ex-minis- tro do império não comprehendein como é que a harmonia alija conservadores que elles reputam bons... « Todavia a questão é urgente, e as elei- ções estão á porta. , « Os partidos provinciaes precisam de che- fes. « Não vimos o nobre barão de Cotegipe di- zer, que acceitou o poder* para não ser o co- veiro de sen partido ? « Pois é isso mesmo : o poder é a direcção suprema dos partidos ; o partido que não go- verna reputa-se partido morto. « Phenomeno curioso da nossa politica! Confissão solemne de uni estacháta que se fez governo para não ver seu partido enterra- do ! » I^íSÍIVÍO.** Eecebemos o Relatório, da Associação Cosnmercial Beneficente lido na assembléa geral de 5 de Agosto do corrente anno, e a scena cômica O Sr. Gregorio Meio Critico. Agradecemos a offerta. Associações—Succedendo muitas ve- zoe ser um pouco longa a publicação doa tra' balhos das sociedades, resolvemos d'hoje em diante abrir para elles uma secção especial. Assim começamos hoje, publicando no lugar competente, a ultima sessão da Propa' gadora da Instrucção Publica do Poço da Panella. Passaporte i>ara o cem —A Reforma conta o seguinte: I

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Annor

Recife—Terça-feira 3 de

¦to"

ASSIGNATURAS(Recife)

TrimestreAnno .". .16$000

[(Inteiiore Provincias)Trimestre 4$500Anno 18$000

As assignaturas come-çam em qualquer tempo eterminam no ultimo de Mar-oo, Junho, Setembro e De-zembro. Publica se to-dos os dias.PAGAMENTOS ADIANTADOS

©vembro de i875 N. 720CORRE SPONDENCÍA

1BERALORGAO DO PARTIDO L

'ity .¦ '

Vejo por toda parte um symptoma, que me assustapela liberdadédas nações e da Igreja : acentralisação.

Um dia os povos despertarão clamando :—Ondenossas liberdades?

T.TTthix—Ditc.no Congree. ãeMalinas.Wbi.

A Redação acceita e agra*dece a collaboracção.

A correspondência politicaserá dirigida árua Duque dc*Caxias n. 50 1-andar.

Toda a demais correspon-dencia, annuncios e reclama-ções serão dirigidos para o es-criptorio datypographiaa ruado IMPERADOR, N.77.PAGAMENTOS ADIANTADOS

lÍJdicção de lioje 1700.Aos Srs. assi^nantesPrevenimos aos Srs. assignan-

es que até o fim de Dezembro,não pagarem suas assignaturasvencidas,qne ser-lhes-ha suspen-sa a. remessa da folha.

a província., , 11 y ¦ ¦

Recife, 2 da Novembro de 1875.

O 8a\ eonseaiielro SilveiraIi«»b» e a replica «Ia colum-nn do Diário •

VII*Antes de tomar em consideração os demais

artigos da replica do Sr. João Alfredo, deve-mos respondei- a um dos argumentos do ar-tigo 5, de que noa occupamoa anteriormente.

Havíamos dito ser uma invectiva do Sr.João Alfredo a allegação de que o Sr. con-selheiro Silveira Lobo tinha mandado fome-cer ao corpo de policia 416 armas ; e acres-contamos que não era elle capaz de o provarcom uma só das peças officiaes que tinha paraconfundir seu adversário

Ante uma tão formal iutimação acondiramos homens da empreitada do ódio do Sr.João Alfredo e disseram :

« Responderemos com o seguinte officiodo Sr. Silveira Lobo :

t Ao cemmandantè do corpo de policia.Mavde Vme. fornecer ao tenente coronelcommandante do batalbão-n.«40 da- guardanacional, que se acha aquartellado na forta-leza das Cinco Pontas, 50 espingardas combayonoias, das que estão em deposito voquartel do corpo do seu commando.»

« Deste officio se vê, continuam elles. quealem do armamento preciso para o corpo, ugr, Silveira Lobo, mandou fazer alli um de-posito do espingardas, o por conseguinte nãohe de estranhar que ao mesmo corpo fosse entregue 416 armas 1

A rna fé e o ódio não discorrem de outromodo!

Deste officio o que todos vêem claramentehe que o Sr. conselheiro Silveira Lobo man-dou que o commandante do eorpo de policiafornecesse 50 espingardas ; mas ninguémverá certamente que, por esso mesmo officioao mandasse fazer um deposito do 416 ar-mas no quartel de policia.

Não ameaçou o Sr. João Alfredo confundir•0 Sr. conselheiro Silveira Lobo com aspeças officiaes ?

Porque não publica o officio que ordenouo deposito de 410 armas no quartel de poli-cia ? i

Onde foi achar o Sr. Alfredo esse numerode armas, de que não falia o officio, que pu-blicou ?

Teria sido mais prudente não se ter insis-tido sobre este ponto, para que se não tornas-se mais patente uma daa iuvardades do Sr.João Alfredo.

Agora atteuda o publico para o seguinte :O corpo de policia tinha quinhentas (500)

praças pela lei n. 470.A lei n. 507 reduziu-o a 400 praças, as

quaes foram aiuda reduzidas a 300 pela lein. 611.

Na administração do Sr. conselheiro Sil-veiru Lobo, como se vê do seu rolatorioapag. 17 faltavam ainda ao corpo de policia60 praças para o sen estado completo.

Assim, as armas dis 200 praças, que fo-ram dispensadas do serviço pelas citadaaleis us. 507 e 611, e da8 60, que ainda falta-¦vam para o effectivo de 800, que devia ter,«atavam em deposito no quartel do corpo, aque pertenciam.

Foi, pois, destas armas qne o Sr. conse-lheiro Silveira Lobo mandou fornecer as 50,de que trata o officio já citado, ao coinman-

dante do batalhão n. 40 da guarda nacional.Não foi de deposito, que alli mandasse fafcero Sr. conselheiro Silveira Lobo, como impu-dentemente affirma o Sr. Joãq^Alfredo.

Deixemos porem este assumpto, o trate-mos de responder ao art. 6 da replica.

Falla-se ainda da não publicação das no-meações. polioiaes pelas revistas e gazetilhasdoe jornaes diários, fazendo-se o Sr. cons|-lheiro Silveira Lobo responsável por esôèfacto !

Depois'do que dissemos a este respeito noquinto artigo desta serie,-he por demais ri-diculo o que agora, ee lhe oppõe. ¦'¦ * ;

Ó presidente da provinoia não tem obíi-gação de mandar noticias dos seus actos paragazetilhas e revistas dos jornaes. Os actosdo governo chegam' ao conhecimento do pu-blico pela publicatão diária do pou expedien-te na folha official.

S8 houve demora nessa publicação, res-penda por ella a empreza do Diário âePer-nanibuco que contratou este serviço. _

Demais, ja o dissemos, a Situação publicoueBGas nomeações, as quaes eram logo Wprff-eiaclas pela mesma gente, que agora diz nãbter tido conhecimento dellaBl!

Os defensores do Sr. João Alfredo já ad-mittem,qne o Sr. conselheiro Silveira Lobopodôsse destacar a guarda naoional de ummunicipio em outro !., Ora graças a Deus 1

« Mas, dizem elles, he indispensável queella. aquartelle em sua localidade e dalli sigaem diligencia a estacionar ou mover-se emoutros pontos.»

Nem na lei n. 602 de 19 de setembro de1850, nem nae instrucções que baixaramcom ob decretos n. 722 de 25 de outnbro de1850 e n, 1554 de' 6 do abril dé 1854, eneqn-..tramos disposição alguma naquelle sentido.

A exigência, pois, de aqnartellamentoprévio, como condicção indispensável, paraque uma força da guarda nacional possadestacar em outro municipio, seria uma par-voice, senão revelasse completa ignorânciada lei.

E ainda he com essa ignorância; que pro-curam justificar o procedimento do comman-dante do batalhão n. 27 (de Caruaru), de re-cusár ao delegado uma força para conduzirrecrutas, allegando que o Sr. conselheiroSilveira Lobo não lhe hovia ordenado, quepresiasse essa força.

Ou esse commandante de batalhão negou-ee a satisfazer a requisição, por espirito par-tidario, no fim de acompanhar seus coneli-giouarios no plano, que então punham empratica, de resistência ao governo, o que depreferencia acreditamos, ou era de supiuaignorância para o lugar que oecupava ; poisque muitíssimos, não queremos fallar de of-ficiaes subalternos, mas simples inferioresnão desconhecem que os commándantes decorpos, independente de ordem previa supe-rior, podem prestar força nos casos e pelaforma prescripta nos arts. 23 e 40 do ja ei-tado decreto n. 1554.

Não queremos aqui repetir or inuitos pon-derosos motivos, que teve o Sr. conselheiroSilveira Lobo, para tomar as providencias,que lhe eram reclamadas pela mauutençãoda ordem publica, seriamente ameaçada pe-los ordeiros amigos do Sr. João Alfredo. „

Ja o fizemos ua serie de artigos, a queagora os empreitriros do seu ódio, respondemcom futilidades, a que chamam reparos ouretificações.

O Sr. oonselheiro Silveira Lobo, maudan-i do uma força para Ipojuca sob o commando| do Sr. capitão Codiceira (conservador) e áaí ordeus do delegado, recommeudou á esta aji-

tbridade que deixasse entrar na igreja, todoe qualquer oidadão que o quizesse, sem dis ¦tineção de ladoB políticos, comtanto que nãoestivessem armados,

Fazendo Ya/w ros a este officio intenderamos solidários dp Sr. João Alfredo, que a po-licia chamou a si a attribnição do juiz depaz, único encarregado pela lei da policia daigreja!

Da porta da igreja para dentro a policia

pertence ao juiz de paz. ninguém o contesta;mas onde se diz naquelle officio que o dele-gado entre na igreja e ahi exerça suas func-ções ?

Da porta da igreja para fora porem, a po-lioia pertence á autoridade policial ; e em-quan'.ô o cidadão não, entra na igroja, nãoestá sujeito á policia do juiz de paz.

Maros defensores do Sr. João Alfredo en-tondeos^o contrario, porque, a não ser assim,in«dapckèriam ter que<dizer contra o nossodistineto amigo t

Porem', baldado, esforço t Por mais qnefaçam,'Jfião conseguirão diminuir o effeitoesmagador dás provas, que temos exhibido,da mairrestricta e- perfeita imparcialidade,oom que se houve o Sr. conselheiro SilveiraLobo, àa eleição que teve logar, quando ad-ministrou esta provincia. :vA

Todôfliaqui o sabem ; e ia» explosões vio-lentas -dè rancoroso- inimigo serio impoten-tes para apagar daoonBoiencia publica averdade dos factos.e substitui-la pelo ódio dode8p«ÍH|!"

Continuaremos;.-to i

toiií'

;*'« na»

1819! Hlrg'©SÍ«Bgrain«wnü»* — Transcrevemos

da folha official oé seguintes :S. Petersburgo, 80 de Outubro.A Gazeta Official de S. Petersburgo publica

um artigo acerca da revolução da Herzego-viua. Depois de diBcutir as medidas pedidaspelos facoioaos e a declaração formal do go-verno de Conetantinopla de sò ceder quandoos facciosos tiverem deposto as armas, aGazeta Oficial concluo asnim : -

« Somos de opinião qüe será'indispensáveluma intervenção das potências, afim do obri-gar a Sublime Porta a modificar ac leis queregem os paizes revolucionados, de forma amelhorar as condições das populações chris-tãas. »>

Londres, 31.O artigo, publicado hontem pela manhã

pela Gazeta Official de S. Petersburgo, produ-zio uma certa sensação em nossos circuloBpolíticas; e noticias, rocebidas de Pariz, Vi-enna e Berlim, affirmam do que a declaraçãodo jornal official russo, que é consideradacomo expressão do pensamento do gabinete-de S. Petersburgo, produzio ali a mesma

I impressão.i Corre o boato de que & príncipe de Gor-

tschiikoff dirigio uma circ-alar, ooncobida nosmesmos termos do artigo„aos representantesdiplomáticos da Rússia no estrangeiro, de-clarando que pretende provocar uma confe-rencia das grandes potências na qual ee de-libere acerca dos meios a empregar paraobter uma solução definitiva sobre as relaçõesentre os prineipados e a Sublime Porta.

Lisboa, 80.Os navios procedentes do Eio de Janeiro e

de Santos serão admütidos á livre praticanos nortos do reiuo de Portugal.

Para*, 80.O transporte de guerra brazileiro Purus

sahio hoje d'aqui para o sul do império.Havas-Eeuter.

ISTMMes Mac8aa«Io — Teve lugarhontem na matriz de Snnto Antônio a com-memoração fúnebre do legendário patriotaJoaquim'Nunes Machado e seus companbei-ros, mortos na revolução de 1848.

A solemnidade esteve imponente. A igrejaachava-se coberta de rigoroso luto, ergueu-do-so no meio da nave uma elegante eça.

À6 recordações que ainda despertam a vidahonrada e gloriosa e a morte tão infelizquanto prematura do patriota Nunes Macba-do, não se estinguem no coração dos liberaesdesta provincia.

Fallaram os Sr." 0'Couel Jersey, Fortu-nato Pinheiro, Eamualdo d'01iveira, e osnossos collegas Dr.' José Mariano e AprigioGuimarães.

O Conservador—Chamamos a at-tenção dos nossos leitores para o artigo adio-torial dò periódico—Conseovador que se pu-

blica na capital da Parahyba, o qual vaetranseripto na secção competente deste nossojornal.

Ninguém ignora que aquella infeliz pro-vincia, mais do que nenhuma outra do im-perio, tem passado por horrível martyrio nodomínio da regeneração. Tão granefes temsido os seus soffrimentos, que os própriosconservadores, os conservadores honestos, aimprensa honesta desse partido, se levantamem nome dos princípios, da honra politica,da lei e do dever contra o estado deplorávelá que a tem reduzido o doudo varrido á quemo governo do imperador entregou os seustristes destinos.

O assassinato, o roubo o as extorções do3exactores do fisco, obrigando o cidadão á pa-gar contribuições, que a lei não reconheça ;o despreso dos direitos individuaes, a viola-ção do asylo, o aímso da força publica até osmais hediondos crimes ; eis o estado á quese acha reduzida aquella infeliz provincia nafatal administração desBe infeliz alienado,como acaba de confirmar aquelle insuspeitoperiódico, e de comprovar o que todos jasabiam. ,

Leiam os nossos leitores o artigo quetranscrevemos, e admirem, como o Sr. Silvi-no em falta de liberaes a quem possa perse-guir, atira-se de espada em punho, Bobre umseu correligionário, honesto, honrado e so-brinho do Sr. visconde de Camaragibe !

Até onde consentirá o governo do impe-rador nesse estado de anarchia, de desordense crimes ?

O que faz o Sr. conselheiro Diogo Velho,que não dá destino conveniente ao Sr. Sil"vino ?

Ep tempo de pôr termo a todos esses des-mandos ; J%rExc.xéi dá Parahyba, salVé süaterra do feroz despotismo de um louco.

Maílaiaça «Sos pre.«i«8entes—Transcrevemos da Chronica Politica da Re-forma o seguinte:

« A grande preoecupação dos homens dasituação é a mudança dos presideutes.

« Não se pode vencer eleição sem «elles, e èpreciso que esses cabos de guerra sejam damaÍB plena confiança dos sub-chefes.

« Por isso estão elles em torno do gabineteá espera do representante do poder, isto é—do chefe do partido em cada provincia.

t Os actuaes prerídentes são consertado•res suspeitos, diamantes cheios de jaça,.esoo-lhas do Sr. João Alfredo ; a nomeação dellesperde-se na prehistorica noite da dissiden-cia: precisa-se de delegado da harmonia.

« E' un? justo anhelo dos reconciliados;mas escusa dizer que os amigos do ex-minis-tro do império não comprehendein como éque a harmonia alija conservadores que ellesreputam bons...

« Todavia a questão é urgente, e as elei-ções estão á porta.

, « Os partidos provinciaes precisam de che-fes.

« Não vimos o nobre barão de Cotegipe di-zer, que acceitou o poder* para não ser o co-veiro de sen partido ?

« Pois é isso mesmo : o poder é a direcçãosuprema dos partidos ; o partido que não go-verna reputa-se partido morto.

« Phenomeno curioso da nossa politica!Confissão solemne de uni estacháta que se fezgoverno para não ver seu partido enterra-do ! »

I^íSÍIVÍO.** — Eecebemos o Relatório, daAssociação Cosnmercial Beneficente lido naassembléa geral de 5 de Agosto do correnteanno, e a scena cômica O Sr. Gregorio MeioCritico.

Agradecemos a offerta.Associações—Succedendo muitas ve-

zoe ser um pouco longa a publicação doa tra'balhos das sociedades, resolvemos d'hoje emdiante abrir para elles uma secção especial.

Assim começamos hoje, publicando nolugar competente, a ultima sessão da Propa'gadora da Instrucção Publica do Poço daPanella.

Passaporte i>ara o cem —AReforma conta o seguinte:

I

Page 2: 1BERAL - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/128066/per128066_1875_00720.pdf · Anno r Recife—Terça-feira 3 de ¦to" ASSIGNATURAS (Recife) Trimestre Anno .16$000.". [(Inteiiore Provincias)

II

3£-A Provinçia

M

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:...''.>

«Oomo estamos em plena politica de laza jristas;

Como o gabinete da amnistia é também o Ido Apóstolo, e o que vai ad liminu apostolorum; \

Gomo o empenho de honra ó uma garantia |para o Bom Ladrão e outros órgãos da bania- jveuturauça-,!;."

'^...^ú, „Oomq fista situação ha de acabar peia ca-

nonisáção de meia dúzia de estadistas;Gomo o nobre duque de Caxias e seus

collegas do ministério-já privam com osmartyres de Marrocos e oom as onze uni Ivirgens;

Como finalmente caminhamos para o go- jverno seraphico das republicas do Equador je de S. Salvador: • j"Vamos transcrever da Revue du Nuuvenu

Monde, importante publicação belga, as se-guintes liuhas relativas a esta ultima repu-: blica. fu;

« U~_a descoberta curiosa e quasi inacre-ditavel se fez, quando, depois das scenas desangue e de petróleo, restabeleceu-se a írau*quilidade. Encontrou-se sobre os revoltosos,mortos durante o confíicto, uma espeoie depassaporte contendo estás palavras : Pedro,abre as portas dó céu, ao portador, que morreupela religião. Esse 'documento' traz a assigna*tura e o sello dó bispo de S. Salvador 1»

Dê o Apóstolo quanto antes passaportesidênticos, começando por destribuil-os ápolicia e ao conservário dramático. «

§. a-oj}. àgadora da Inat-rnc-ção B. nfoflica—Amanhã, 4, no lugar ehoras do costume, haverá sessão do conselhodirector da parochia dè N. S. dá Graça. .

Retrato — O Sr." capitão de fragataTrahoisco jose Coelho Hotto; inspector doÀrseUal dè Marinha, foi alvo,'sabbado ulti-mo, de uma manifestação de apreço da partedos empregados do mesmo Arsencl.

Ó retracto do'dighó inspector, tirado aoóleo nas ofdcinas do Sr. Lopes Cardoso,foi-lhe offerecido, havendo h'ess9. • oceasiãoquatro discursos."

Trez bandas de musica tocaram duranteaquelle acto.

Finalisou a festa com um copo d'água aspessoas presentes.

Beneflicio—Realisa-se hoje o espec-taculo, no theatro Santo" Antônio, em bene-ficio do actor Silveira.

Sobe a scena a melhor composição donosso escriptor J. Manoel de Macedo—Re-missão de-Receados, appíaudida grandementepelo nosso publico, assim como acoinedia—Duas Bengalas.

E' natural que o theatro seja hoje bastanteconcorrido.

Além de ser attrahante o espectaculo pelainteressante cornedia-drama do Dr. Macedo,

àecresce que o beneficiado merece a pro-tecção do generoso povo d'esta cidade.

O trabalho do actor Silveira denunciaquasi sempre talento e estudo,— o que égrande vantagem para o palco.

Temol-o apreciado em mais de um papel,agradando geralmente, como na Estatua deCarne, Trabalho e Honra, Remissão de Pecea-dos e na sçeha dramática—Historia de umMarinheiro.

Pena e que a empreza Viceute não o tenhaaproveitado para fazer parte do pessoal dacompanhia.

OI. ãt»aa'io—A mortalidade do dia 29do mez passado foi de 9 pessoas.

As moléstias que oceasionaram estes falle-cimentos foram as seguintes :Tuberculos pulmonares 3Espasmo 1Hemorrhagia cerebral 1Gastro enterite 1Tétano dos recera-nascidos 1Febre perniciosa 1Cancro uterino 1

' MsscelSi&Baeâas Jna^dieas—Es-ta obra pelo Sr. Dr. Joaquim Gonçalves Li-ma, ultimamente publicada, acha-se na eu-cadernação á rua do Imperador n. 29.

Mudaiiçii de escrigitorio —ODr. José Avelino Gurgel do Amaral, mudou seu escriptorio para o do Sr. Alcofora-do Irmão, á rua do Primeiro de Março.' ISazap «Ias Famílias — Estebem conhecido estabelecimento de fazendasfinas á rua Duque de Caxias n. 60 A, rece-beu um grande e especial sortimonte de objectos do ultimo gosto,'taes como :. capinhasde lã e seda, e de merinó, vestuários paracreanças, faiaS de seda, popelinas de seda,chapéos, chapelinas, arminhos etc, artigosestes mui apreciados pelos verdadeiros apre-ciadores da moda.. São, pois, todos rogadosa prover se dò que ha de melhor e por preçorazoável.

Sempre novidades e mais

novidades!—.0' Guarany, í rua doDuque de Caxias n. 75, acaba de receberpelo. ultimovapor cintos modernissimos decorrente, é de seda, assim como oha._-e'os deSol, com leques ; e, mais ainda, laços e gra-vatas para senhoras e tudo vende -por preçosrazoáveis. Ad bello sexo cumpre pois inda-.gar. Estão se acabando... , 2

O VeaB&ii» Casamenteiro —A-oha-sè essa comedia nas:livrarias : Popular,Industrial, Universal e no becco da Congregação encadernação.

issicupii:'Sociedade . -Pfro.pa&.edo-Ma da

Inatrncção B. .litoliéi- «ao 3? o-ço da H. aa&eMa.O conselho director funocionou, em ses-

são ordinária, 'no dia 7 do passado com setede seus membros;' iiwflòtj

Examinando ba pontos diários do mez fin-do, verificou o movimento das escolas e bi-bliotheoa á seu cargo.como consta do resumojá publicado. , !

-'O presidente dèu conhecimento ao Conae-lho de que fornecerá para .os aluamos pobres,oomo se havia compromettido: ao Professordo Monteiro 4 cartas de a, b, c, e 4 taboadas;ao Professor da Pedra Molle, 4 artes deaprender a lettra manuscripta, e um oom-pendio moderno de Arithmetica; e á Prpfes-sora do Encanamento 8 taboadas e, por of-feraoemimento do conselho superior, 3, livrosde teretira leitura doDr. Abilio.

O thezoureiro apresentou o balanço tri-mensal da caixa, na forma dos Estatutos, epor elle se reconheceu que era lisongeiro oseu estado, tendo sido no mez ultimo are-,ceita de 75$ e a despeza de 51$700.

Em vista dás considerações expostas pelopresidente, resolveu o Conselho addiar a con-versão do produeto dp concerto em apolioesprovinciaes ou geraes, obihó' havia sido de-terminado em uma de suas sessões anterio-res, afim de verificar-se,' na próxima reuniãodos sócios em assembléia gsral,' logo depoisdo leilão que está ánnunciado e vai reali-sar-se em 7 de Novembro correute, senãoserá mais conveniente a sooíftdade «mpregardito capital na compra' do prédio, em quefunecionam a escola e bibliqtheoa da mesmasociedade,'procuraudo-se assim realisar logoo fim a que elle foi destinado. ''

Foram apresentadas pelo mesmo presi-dente e lidas as duas cartas dirigidas pelosSrs. J. C. O. Doylo e W. Campbell, em que,aceusando a commuuicação que lhes forafeita por parte do conselho de terem sidoapprovados sócios, agradeciam a attenção, epediam desculpa de'não poderem acceitar ahonra conferida, era razão de protestos epropósitos anteriormente tomados com rela-ção a outras associações, enviando entre-tanto cada um delles a quantia de dez milreis, que offereciam oomo demonstração doapreço que ligam ao fim a que se propõe aSociedade Propagadopa.

O Conselho resolveu que se lhes respon-desse, agradecendo os referidos donativos.

Passando-se depois a tratar da admissão,de. alguns sócios, foram approvadas asExmas. Sras. D. Olegaria Gama Carneiroda Cunha, D. Euthalia Kamos de BarrosGurgel do Amaral, D. Maria AlexandrinaCavalcante de Albuquerque, D. Aqua Ale-xandrina de Hollanda Cavalcante, D. JuliaClementina dos Santos, D. Maria Amélia dosSantos Guiuaarãüá, D. Elpidia Euthalia Pi-ves de Abreu, Dr. José. Avelino Gurgel d»Amaral, Pedro Eodrigues de iriousa e PelintoElysio de Mirauda Peixoto.

Foram recebidas, com agrado para a bi-bliotheoa do Monteiro as offer*as seguintes :

Do Exmo. Sr. Commendador presidenteda província. João Pedro Carvalho de Mo-raes, um impresso contendo o parecer e pro-J6eto sobre a creação de bancos de creditoterritorial e fabrica centraes de assucar, apre-sentados á câmara dos Srs. Deputados nasessão de 20 de Julho ultimo pelas oornmis-soes de Fazenda e Especial

Do -Sr. "Luiz Epiphanio Mauricéa a Bi-blia Sagrada, contendo o velho eo novo tes-tamento, traduzida .em portuguez, segundoa vulgata latina por Antônio Pereira de Fi-gueiredo, em um volume. »

Do Dr. João José Pinto Junior—» Simplesnoções de cosmográphia e geographia » com-piladas e traduzidas para uso da infâncianas escolas de instrucção primária pelo Bevd.Padre Ignacio Francisoo dos Santos.

Para o projeotado leilão, alem das prendasconstantes dos extractos das actas publica-das nas Províncias de 30 e 31 de Março, 5,pe Máio,6 de Agosto, 1 e 24 de Setembro è10 do corrente foram entregues ao respec-tivo thenoureiro as seguintes:

116—Um lindo panno de casemira escar-late para meza, offerecido pela sócia Exma.Sra. Sra. D. Gnilhermina M. de Moraes Pi-nheiro.

117—Um frasoo d'agua de colônia, pelajovem Therezina de Jesus Moraes'Pinheiro.

U8—Um pacotesinho de sabonetes,,pelajovem Maria das dores de Moraes Pinheiro.. 119—Um bonito porta-relogio, bordadode contas* de diferentes cores, pela sócia aExma. Sra, D. Joanna Ursula MoreiraAlves.

120—Uma- rica almofada de setun azul,bordada a ouro, pela Exma. Sra. D. Mariadò Carmo Mendes Eibeiro. ••

121—Uma bem acabada rosa amarella ar-tificial, contendo.um aunel de ouro com se-gredp, pela Exrça. Sra. D.. Eosa AméliaMondes Eibeiro.

122—Urna'interessantíssima palma arte-fioial coín uma rosa e dous botões enoarna-dos,\oontendo nm frasco com segredo pelajovem Maria Rita da Costa Ribeiro.

123—Um lenço de cambraia com labyiin-to pela .Eimá...Sra. professora, D. JoaquinaEmilia Rodrigues de Souiza.

124—Idem todo de labyrintho pela Exma.Sra. professora,' D. EmiUa Cândida dé MelloLuna.

,125—Um pacote oom sabonetes da me-lhor qualidade, offerepdo por um anonymo.

126—Um lenço de labyrinto primorosa-mente acabado, pela Éxma. Sra. D. Ephi*geuia Rodrigues Villares.

127—Uma coliecção das diversas scenasoomicas e outros trabalhos impressos,' peloSr. José de,Lima Penante. '¦....,.

128—Um quadro oom um perfeitíssimo.desenho em papel, pela Exma. Sra. D. Ida-lina Perdigão. ..,..'

.. 129—Idem oom estudos de desenho peloSr.Ooramendador Joaquim í*ehppeda.Costa.

130—Um passe-partoui, pela Exml Sra. D.Placidia Jaoobina Lemos. .

181—Um lindo coque de cabello.primoro-samente arranjado, Pelo Sr. Pedro Eoutier.

132—Um balaio .de crochet sobre umtapete, com rosas pela Exma. Sra! D. Mariade Brito Bastos.

. 133_Uma linda caixa rendada de setimbordado a ouro pela sócia Exma. Sra. D.Ursulina S. da Silva Oliveira.

134—Urna caixa com 'doze frascos de

perfumaria, pela mesma Exrna. Sra.Í35_Um par de jarros (biscuit) pelo sócio

Dr. Paulo José. de Oliveira.136—Um grande guarda fumo d<s barro,

elegantemente dourado pelo mesmo sócio.Outras prendas foram apresentadas, que

não puderam ainda ser relacionadas.

iinini ...i .m

ac tos ©í-icíaesMinistério ão Império.— Por despacho de

28 do mez passado :Foi concedida ao bacharel Francisco José

da Rocha a exoneração que pedio - do cargode 6o vice-presidente da província da Ba-hia.

Foz-se mercê :Do titulo do conselho de S. M. o Impera-

dor, ao Barão de Alhandra, enviado extraor-dinãrip e ministro plenipotenciario do Bra-zil em S. Petersburgo.

Da medalha de Ia classe desigúada no ar-tigo Io das instru^ç .es a que se refere o de-croto ". 1,579 de 14 de Março de 1855 aosubdito portuquez Marcos de Oliveira Lobo,residente na capital da Eepublica do Para-guáyj que salvou no dia 14 de Junho de1871, com risco de vida, o imperial mari-nheiro Januário dos Santos Neves, praça dacanhoneira Itajahy, o qual tendo cabido aorio, estava prestes a suecumbir.

Concedeu-se a pensão diária de 400jrs. ao2o cadete reformado do exercito José Bueno

. de Azevedo, que, em conseqüência demoles-tia adquerida na campanha do Paraguay,ficou impossibilitado de prover aos meios desubsistência. ,

Ministério da Justiça.— Por decreto'damesma data:

Foram removidos a seu pedido os desem-b''

'' ' ' • ¦ ¦¦ '' ¦ ¦ ; ílli .'Inargadores :João Baptista Gonçalves Campos,.da rela-

ção de Porto Alegre para a da corte, nostormos do art. 2o do decreto n. 2,842 de 6 deAgosto de 1873.

Ignacio Carlos Freire de Carvalho, da re-lação de Belém para a de S. Salvador.

Foram nomeados desembargadores :Da relação de Porto-Alegre, o juiz de di-

reito João da Costa Lima e Castro.Da de Cuiabá, o juiz de direito Daniel

Luiz Eosa. "Da de Belém, o juiz de direito Delphino

Augusto Cavalcanti de Albuquerque.

Foram removidos os juizes do direito :Luiz Antônio Pe.eira Franco, a seu pedi-

do, da vara de orphãos, d. 3 entrancia, nacapital da província da-Bahia, para a 1 varaeivei, .da mesma ostrancia, na capital da pro-vincia do Eio de Janeiro.

João Ladisláo Japiassu ds Figueiredo eMello, a seu pocúclo,.do lugar de auditor,demarinha, de 3 entrancia, no municipio dacorte, para a vara du orphãos, da mesmaentrancia, na capital da província da Bahia.

Daniel Accioli de Azevedo, a seu pedido,da comarca de Angra dos Eeis, de 3 entran-cia, ua provinçia do Eiò de Janeiro, para olugar de auditor de marinha, da mesma en-tr/incia, no município da corte.

Serapião Euzebio de Assumpção, a seu pe-dido, da vara da provedoria de capellas eresíduos, de 3 entrancia na capital da pro-vincia do Maranhão, para a comarca de An-gra dos Eeis, da mesma entrancia, na pro-vincia do Eio de Janeiro.

Luiz Antônio Fernandes Pinheiro, da co-marca da Iguassú, de 2-, para a de Campos,de 3 entrancia, ambas na província do Eiode Janeiro.

Francisco Ferreira Corrêa,,a seu pedido,da comarca de S. João da Barra, para a deIguassú, ambas de 2 entrancia, na provínciado Eio de Janeiro.

Ernesto Júlio Bandeira de Mello, da co-marca de S. João do Príncipe, de 1, para a*S. João da Barra, de 2 entrancia, ambas naprovíncia do Rio de Janeiro.

Barão de Anadia, da comarca de Gamara-gibe, de 2 entrancia, na província das Ala-

'goas, para a da Cachoeira, de-8 entrancia,

na província da Bahia.Francisco Rodrigues Sette, da comarca

de Porto Calvo, dè' 1 para a de Camaragibe,dé 2'entrán'ciá, ambòá na província das'Ala-gòas. .' '

Francisco Luiz Corrêa de Andrade, dacomarca da Villa-Bella, de 1 entrancia, naprovíncia de Pernambuco, para das Alagoas,de 2 entrancia, na província das Alagoas.

Hermogenes Sócrates Tavares de Vascon-cellos, da comarca de Iguarassú, dè 2, paraa de Olinda de 3 entrancia, ambas na pro-vincia de Pernami?uco.

Antônio da Cunha Xavier de Andrade, dacomarca da Independência, de 1 entrancia,na província Parahyba, para a de Iguaras-sú, de 2 entrancia, na província de Peruam-buco.

Manoel da Fonseca Xavier de Andrade, aseu pMido,'da comarca de Cajazeiras, paraa da Independência, ambas de 1 entrancia,na província da Parahyba.

José Manoel de Freitas, da comarca deCaxias, de 2 entrancia, na província do Ma-ranhão, para a vara da orovodoria de capei-Ias e risiduos, de 3 entrancia, na capital damesma província.

Eneas de Araújo Torreão, da' comarca daCachoeira, de 1 entrancia, na província doPará para a de Caxias, do 2 entrancia, naprovíncia do Maranhão.

Ser afim Muniz Barreto, da comarca deCampo Maior de 1 entrancia, na provínciado Piauhy, para a de S. Bento dos Perizes,de 2 entrancia, ha província do Maranhão.

Foi nomeado ohefe de policia da provínciada Bahia o juiz de-direito João Bernardo deMagalhães.

.Foram dosignadas para nella terem exer-cicio :

Ao juiz de direito Luiz Ignacio de MelloBerroto, álcomarca de Itapicurú de 2 entran-cia, na proVincia da Bahia ; ficando semeffeito a designação anterior da 2 varadacapital de Matto Grosso. '

Ao juiz de direito Samuel Felippe de So.u-za Uchôa a comarca de Campo Maior, de 1entrancia, na província do Piauhy.

Ao juiz de direito Eutiquio Carlos de Car-valho Gama a da Cachoeira, de 1 entrancia,na província do Pará.

Ao juiz de direito Aotonio Joaquim Cor-rêa de Araújo a de Villa Bella, de 1 entran-cia, na província de Pernambucb.

Foram concedidas as demissões que pe-dirão tdo lugar de juiz municipal ode or-phãos :

Do termo do Itajubá na província de Mi-nas-Greraes, o bacharel Jose Francisco deArauj. Macedj.

Do termo de Soure, ua província do Pará,o bacharel Theotonio Raymundo de Brito.

Foram removidos a seu pedido :O juiz municipal e de orphãos Bernardo

da Gama de Souza Franco, do termo deValença, na província do Rio de Janeiro,para o de Manáos, na província do Amazo-nas.

O juiz municipal e de orphãos MartinhoCezar da Silveira Garcez, dos termos reu-nidos de Lagarto e Riachão, na proYinoia deSergipe,, para o da Parahybuna, nade Mi*nas-Geraes.

Page 3: 1BERAL - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/128066/per128066_1875_00720.pdf · Anno r Recife—Terça-feira 3 de ¦to" ASSIGNATURAS (Recife) Trimestre Anno .16$000.". [(Inteiiore Provincias)

¦*.

A Província

0 4» substituto do municipio da corte,Martinho de Freitas Vieira de Mello, para o'legar de juiz municipal e de orphãos do ter-mo de Valeuça, na provincia do Rio de Ja-neiro. .K;,;-..

Foram nomeados: .r.fj:j_v-, • . ¦: •\ O bacharel João Candidoda Silva para olugar do 4o juiz substituto do municipio dacorte. •

O bacharel João Vieira da Cunha-para olugar de juiz municipal e de orphãos do ter-mo efe It_jubá;;na provincia de Minas-Ge-raes; . ... . ,,. .

Foram reconduzidos no lugar de juiz* mu-nicipal e de orpbãos : ,

O bccbarel'Cândido Alves. Machado, dotermo do Exú, na provincia de Pernambuco.

O bacharel Henrique: Porchafc de Assis,dos termos reunidos do Santos, e S. Vioen-te, na proviucia de S. Paulo.

O bacharel Agostinho da Silva Vianna'do termo de S. Gabriel, na provincia de S.Pedro do Rio Grande do Sul..

Foi reformado a-seu pedido, no posto detenente coronel, o major ajudante de ordensdo commando superior da guarda nacionalda capital da provinoia de Pernambuco JoséGomes Leal.

Foi designado o 6- batalhão de infantariada corte, para a elle ser ággregado o aiferesdo 1* batalhão da guarda nacional da pro-vincia do Pará Arçenio Mendes Pereira.

Foi exonerado Joaquim José Monteiro, aseu pedido, do cargo de 2- supplente do sub-delegado dá freguezia, da Candelária.

Fez-se mercê da serventia vitalícia dosofficios de justiça para que'foram provisória-mente nomeados peloa respectivos presiden-tes : '

A José de Sá Cavalcanti, dos officios do2' tabellião e' escrivão do crime, oivel, or-pbãos e mais annexoa do ; termo de Maran-guape,. na provinoia do Oeará.v-

A João Agripino Alves de Castro, dos de%\ tabellião e escrivão do eivei e crime dotermo de Páo dos Ferros, na provincia doRio Grande do Norte.

Ao capitão Washington Ildefonso de No-Vaes Caltimby, dos de 1" tabellião,e escrivãode orphãos, ausentes, capellas e resíduos dotermo dè.Cabrobò, na provincia de Pernam-buco. •

Fez- se tambem mercê da serventia vita-licia: ¦''.•' >'

A José Ohrysostomo de, Almeida Costa,dos officios de 1* tabellião de notas e escri-vão das execuções eiveis e orimese da pro-vedoria de capellas e resíduos do termo deSanta Luzia do Norte, na provincia dasAlagoas.

A Satyro* da Silva Pinto, do de escrivãodo jury e das execuções criminaes do termoda Cachoeira, na provincia da Bahia..

Ministério da marinha—-Por decretos tam-bem da mesma data foram nomeados :

O 8. escripturario da contadoria da mari-nha Bento de Carvalho ó Souza para o lugardo 2. escripturario da mesma repartição.

O 4. escripturario, Júlio Augusto Pereirada Cunha, para o lugar de 3.

Oppositor incumbido do ensino de chimicaelementar applicada á pyrotechinica de guer-ra na escola de marinha, bacharel RaymundoAugusto de Carvalho Filgueiras, para o lu-gar de lente da respectiva cadeira creadapelo decreto n. .6,003 de 9 do mez passado.

Ministério da guerra—Por decretos aindada mesma data:

Foi conferida ao capitão do corpo de en-.genheiros Eduardo José de Moraes a meda-

lha de mérito militar creada pelo decreto n.4,131 de 28 He Março do 1868, visto haverse verificado que não lhe foi ella concedidapelo commandante em chefe do exercito queoperou na republica do Paraguay, em conse-quencia de se ter omittido seu nome na par-te dada pelo chefe da comiuissão de enge-nheiros junto aquelle commando, e relativaao assalto de 27 de "Dezembro do dito annoás fortificações de Lommas Valentinas.

Passarão a oggregados á arma de infanta-ria, a que pertencem.-de conformidade coma immediata e imperial resolução de 20 deJulho de 1870, tomada sobre consulta doconselho .supremo militar,,òs capitães do 4'batalhão Manoel Thomaz Moreira, do 7 Me-lauio dos Reis Pereira do Lago, do 10' Ale-xandre _. rancisco da Costa.

Woíãcii-S<íIo SmBMINAS GEBA.ÈS

.'. Fora muito festejado o nascimento dopríncipe GrãoPará, havendo feriados em to-das as repartições, publicas,' e illuminandi-sea cidade por tres dias.ate .'i.áíí.% . i OOBTE

COMMERCIOALFÂNDEGA DE PERNAMBUCO 2 DE

NOVEMBRO DE 1875.

Rendimento do dia 2. 48:768$466« Idem do dia ijji

1 í . í\lNavios a descarga para o dia 3 ãe Novembro :

Vapor inglez Chrysolite, (esperado) váriosgêneros para alfândega e trapiche Conceição.

Lugar portuguez Júlio, vários gênerospara trapiche Ooneeiçõo.

. Barca portugueza Pereira Borges,_sal jádespachado para terra. :,.•;¦

Brique hespanhol Flora, pipas vazias já, despachada para consumo para trapicheLoyo.

Lugar inglez Ethel, (atraoado) bacalháodespachado para o trapiohe Conceição.

Patacho portuguez Costa Soares, gênerosnacionaes para trapiche da Companhia.

Pataoho amerioano Annie Gàrãner, kero-sene para depo..ito no trapiche do Barão doLivramento e Cães d'Apollo.

Patacho inglez Mary, bacalháo para tra-piche Oonceição n. 2* para despachar.

Chegara, vindo da Europa, o Sr. P. S.Barlow, engenheiro cujo nome se acha liga-do ásgrandes empresas inglezas de túneis,para proceder aos estudos preliminares deuma galeria submarina que ligue a corte áNictberohy.

—No paquete Senegal chegara uma com-panhia para o theatro lyrico francez.

—A alfândega rendera de 1 á 25 de Outu-bro ultimo 2,875:247$740.

,!)' U 0'}..-..r..íÍ. :'.'-.-., A BAHIA-

Grassava cooa intensidade,, na villa de Ala-goinhas, a epidemia de váriolas.

—Arribara, para tomar carvão, o vapor in-glez Dada, pertencente á companhia telegra-phica daa índias, que se destina a Londres.'. —Fallecera no Ourralinho, o abastado fa-sendeiro e proprietaiio, coronel Firmino daFonsecaitocha Medrado.

—Encerraram-se no dia 29 do mez passa-do as aulas da Faculdade de Medecina.

—O Dr. Francisco José da Rocha, tendoregressado de sua viagem á Corte, reassu-mira a presidência do banco da Bahia.

proviucia de Santa Fé, eram thema de acresaceusações que a imprensa dirigia-ao gover-no. Ao mesmo tempo transcrevia ella comvisível satisfação a circular do governo fran-cez prohibindo a emigração para o Brazil.

Da revolução no Estado Oriental poucoou nada se sabia na capital, nem se podiasaber mais do que convinha ao governo, tal.a vigilaupia que este exercia sobre o correioe as linhas teiegraphicas. Tendo-se espa-lhado a noticia de que os1 insurgentes haviamtomado Mercedes e derrotado as forças le-gaos, com o que subio o ouro a, 200 0p0, ogoverno dirigiu uma espécie de advertênciaao commercio precavendo-o. contra noticiasque não fossem de origem official. Compe-lindo-lhe marcar a cotação por que o papel-moeda seria recebido em pagamento dos im-postos, o governo declarou que querendo estavez somente usar de magnanimidade, não to-mava por base aquelle preço, baseado em no-ticiasíalsas, más o de 174; ao mesmo tem-po, porém, por decreto de 18 prohibio, sobpena de prisão, publicar qualquer noticiasobre guerra ou fazenda não autorisada pelogoverno. A prisão duraria' até se descobriro autor da noticia, que seria tratado oomoconspiradro. Prohibio tambem toda a reu-nião nas ruas e mesmo nas casas sem licen-ça prévia da autoridade. As diligencias nãotransportariam artigo algum de guerra, eigual prohibiçâo se fez á estrada de ferro,sob pena de ser oecupada militarmente se serecusasse ás requisições do governo, sendoas linhas teiegraphicas ameaçadas oomigual rigor por este ultimo motivo.

Segundo uma folha de Buenos-Ayres ogoverno.argentino havia-se offerecido comomediador para pacificação do paiz ; porém,se confiava no resultado,

f' ¦¦¦-'IXTIJIII. -A 'A

Pelo "paquete norte-americano Ontario'que esteve em nosso porto ante-hontem, ti-vemos as seguintes noticias :

Em Buenos Ayres fallavase de revolução,e em prova de que alguma cousa havia, cita-vam-se as medidas de precaução tomadaspelo governo. Apezar de tudo pouco credi-to merecia o boato, nem costuma ser muitopara temer-se uma revolução que se annun-cia.

O que em Montevidéo se sabia era que opresidente Dr. Avellaneda partira a 17 comgrande comitiva para inaugurar a via-ferreado Rio Quarto á Villa Meríedes, tendo dele-gado o poder no vice-presidente da republica.Devia demorar-se um ou dous dias no Rosa-rio.

Na proviucia de Santiago tinham-se abertotranquillamente aB sessões da legislaturaproviucial.

Os assassinatos perpetrados pelos índiosem alguns inglezes na colônia Alexandria,

Patacho inglez Erwood, farinha de trigopara o trapiche Conceição para despachar.

Galera portugueza África, mercadoriaspara alfândega.

Brigue dinamarquez Anne, (atracado) paraalfândega.

"'T-i&ismmi -..:(DO CONSERVADOR)JProh horror!'¦ ¦ ¦

. _

Quando o Conservador subiu pela primeiravez á tribuna da imprensa, bradou aos seuscollegas : Venho advogar a causa dos oppri-midos e pedir para elles justiça! Venhoarredar do grande principio conservador aresponsabilidade por quaesquer desmandos,tropelias, crimes e horroreB que se commet-tam ou tenham sido commettidos em seunome !

Pois bem !... estamos em nosso posto !Vimos pedir justiça a quem for de direito, aquem nol a possa dar ! Viruos Reclamar quocesse o continuo alarma em que vive a po-pulação desta capital, que.se nos tire de sobreas cabeças essa medonha espada de Damo-cie» que noa ameaça iudistinetamente e acada instante !

Hoje é um pobre cidadão que morre esfa-queado om uma praça da capital, victima dopunhal do invalido : amanhan é o fiel es-cravo que se vê assaltado e gravemente fe-rido por aquelles mesmos que o deveriamproteger, deixando os malfeitores no campoda luta o bonet, o refe e a farda que a pro-vincia lhes-dá para velarem por nossa segu-rança 1

Aqui é mísera vivandeira que expira cri-vada de golpes ás mãos do seu amante, sol-dado'e defensor da lei ! Alli é o pai de fa-milia que vê sair-lhe a vida com as entra-nhas, lactando com o seu bárbaro assassinoe clamando em vão pelo inspector de quar-teirão que o contempla inerte e immovel!

Hoje é um folguedo que acaba talhadopelo refe de uma soldadesca infrene ! Atua -nhã são dous, trez, quatro pais de família aquem arrancam as filhas virgens o lh'asrestituem selladas com o ferrete da igno-rninia !

Aqui—são lettras, dinheiro, jóias e valoresde que o roubo priva ;os donos! Alli—são quintaes devastados de todas as avespela nino impune' dos gatunos I :

Hoje e o cidadão que se vê forçado,, desorpreza, a pagar uma contribuição que alei:não reconhece, e cujos exactores surgemá noute das moitas da .rua! Amanhã...são duas Messalinas que n'uma rua publica,á luz do meio dia, travara um duello cata-lão, á navalha,e a justiça cobre aface e crusaos braços 1...

E è. nesta quadra, quando se repetemsuccoBsivamente factos desta ordem, quandoos cidadãos pacíficos já não ousam aventu-rar-se alta noite pela cidade,, quando a po-pnlação daa casas térreas traucase espavo-rida, receiaudo os insultos de uma solda-deaoa demasiado celobre, quando finalmentese reproduzem a cada hora violências e inju-rias a pessoa e á propriedade, e no meiodesta affiictiva situação que o Sr. Dr. Silvinoescreve estas palavras no seu memorávelrelatório :

« — Tem melhorado consideravelmenteem toda provinoia—A SEGURANÇA IN-DIVIDÜAL E DE PROPRIEDADE ! Devoeste Bensivel melhoramento ás medidas ener-gicaB, que tenho .empregado e reteiradaiinatrucções áa autoridadea policiaee e crimi-naes na perseguição e prisão dos crimino-sos (I!) »

Proh pudor! ,..•.,. .,Mas c Sr. Dr. Silvino esquece-se de que

não se zomba impunemente de verdade tEsquece-se de que ella é, no dizer de umgrande italiano, uma voz que vem do altoe que sôa mais forte do que o clarim daguerra e o ribombo da trovoada. O Sr. Dr.Silvino esquece-se, finalmente, de que aProvidencia é o mais 'perfeito de todos ossyllogismos e que ps acontecimentos fatidi-cos se encarregam tanto de esfarelar asgrandes ousadias como de destruir os caleu-los da mentira !

Foi assim que no mesmo dia em que o Sr.Dr. Silvino mandava estampar aos olhos dapasmada capital aquellas phrases que trans-crevemos, entrava por ella uma viva maspungente prova do quanto anda a verdadedivorciada da exposição official!

Uma violência inaudita, um inqualificáveldesacato a tudo quanto de mais sagrado pos-sue o cidadão, acabava de ser praticado a 10leguas'desta cidade pelos próprios represen-tantes da força publica, capitaneados porum subdelegado de policia ; e a victima,exhausta de forças, apresentando vinte equatro ferimentos e variçts contuzões arras-tava se ate o nosso escriptorio para narrar-nos o facto e invocar o nosso compromissode honra !

Eis como correu o revoltante episódio :O paciente mora(provisoriamente, em vir-

tude de trabalhos agrícolas, no lugar deno-minado sitio de Palmeira, distante meia le-gua pouco mais ou menos, do Sipáo de ferro,onde tem casa e residência dirinitiva. E',poi., commarcão de Mamanguape, e nãomedelam mais de 10 léguas, como dissemos,entre aquelle 3Ítio e eata capital.

No dia 22 do corrente, voltando do traba-lho prpstradissirno pela fadiga e pelo iuten-ao calor que reinava, o cidadão de quem fal-.

Navio atracado do dia 2.Idem do dia

CAPATAZIA DE PERNAMBUCORendimento do dia 2...........

« Idem do dia507$651

CONSULADO PROVINCIAL... Rendimento do dia 5:666^.300

« Idem do dia $

>:¦ ,: ,: .¦:-..

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-. . • • •¦

,VO LUMES S AHI DOS '

Do dia Ú...DIA

1-—porta........2-—dita..3-—dita

1 Trapiche Conceição.....Trapiche da Alfândega

$

.i|f (•;.•>!.

46600187882

l l.i:,.»'

RECIFE DRAYNAGERendimento do- dia 2.

« Idem do dia .

$

$

:...ii

1:715SEBVIÇO MABITIMO

Alfarengas descarregadas nostrapiches d'alfandega do dia

......'' Idem no dia ^'[ M « ¦¦-."¦ ...áASf.i.' l_j. J£•/«.„ 1

RECEBEDORIA DE RENDAS INTER-NAS GERAES

Rendimento do dia 542$092« Idem do dia S

$

Farte marítimaENTEADAS—DIA 1*

Rio de Janeiro e Bahia—6 dias, vap. amer.

Ontario, de 3,520 tons. comm, G. B. Slo-cum, equip. 73, carga vários gêneros ; aHenry Forster & C,

Montevidéo—19 dias, brig. aliem. Luiza,de 222 tons. cap. T. Schultz, equip. 9.emlastro ; a ordem.

Santos—25 dias, barca franc. Lamartine,de 273 tons. cap. A.. Martine,: equip. 9,em lastro ; w ordem.

Cardiíf—37 dias, barra ing. Nebnla, de 285tons. cap. Fishevick. equip. 11, cargacarvão ao Barão do Livramento.

Falniouth—45 dias, pat. ing. Rio, de 800tons., cap. J. Casevay, equip. 10, cargacarvão a Henrs Forster & O.

SAHIDASRio Grande do Sul—pat. port. Argonauta,

cap. M. J. Magalhães, carga assucar eoutros gêneros.

New-York por S. Thomaz e Pará—vaporamer. Ontario, comm. Slocum, carga amesma que trouxe dos portos do sul.

OBSERVAÇÃOSuspendeu d.o lamarão para a Bahia o lu-

gar inglez Balgay, capitão D. Lyel!, comameima oarga que trouxe de Greeno sk.

Fundeou no lamarão a galera po; tuguezaÁfrica. Não teve communicação coru a terra.

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Page 4: 1BERAL - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/128066/per128066_1875_00720.pdf · Anno r Recife—Terça-feira 3 de ¦to" ASSIGNATURAS (Recife) Trimestre Anno .16$000.". [(Inteiiore Provincias)

A ÜPrevincia

Uma circumstanoia especial vem aggra-var seriamente a, já tão agravada, exorbitan-cia da expedição offioial. Refere o pacienteque no acto de proceder a corpo de delictoem Mamanguape perante o juiz municipal,queixando sé a este amargamente do prooe-dimento do tenente Cariri, commandante daescolta, e do subdélegado, (Manésinho fiscal)que a dirigia, o mesmo juiz o interromperadÍ7endo-lhe : Não se queixe delles, porque nãofizeram senão obedecer a instrucções superiortsque tinham !

Cumpre, pois, desvendar completamenteo enigma, e fazer justiça I... juatiça clara,nobre, inteira 1 Confiamos muito na cons-picuidade e energia do Sr. Dr. José.Paulino,actual chefe de policia ; e rogamos a Deusque illumine 0 Sr. presidente da provinciapara que sa oonvença de que, neste assumptoa sua administração não deve,—como a mu-lher de César,—nem ao menos, ter suspeitada!

Em nome da constituição, dosv direitosinauferiveia do• cidadão, do principio oon-servador, da moralidade publica e da honrada Administração, reclamamoe e esperamos :Reparação 1

Si a obtivermo8 aatisfaotoria e digna, se-remos o primeiro a preatar a devida home-nagem ao acto do governo, e a reoommen-dal-o aos nossos concidadãos. Si formos,

tranquillos no pateo, o tremendo deBfeoho da ! porém, ainda por eata vez infeliz, ob nossos

Íamos, mal pensando em alimentar-se, trac-tou de repousar, e recolheu-se com sua espo-sa e filhos ao quarto de dormir. E effecti-vãmente dormiam todos quando, pouco de-pois das nove horas da noute, esse oidadãoque repousava sob égide da Constituição,esse pae que descansava, cercado de suafamilia, na sanotidade do direito, despertasobresaltado porque 12 aoldados do 14-,invadindo lhe subitamente o aposento, o ar-rançam violentamente do leito, e do rèfecesdesembanhados procuram na esouridade....o qne ?... feril-o só ? matal-o ? não eabemos:mas o olho da Providencia o sabe-!

O que e certo, porém, é que eutâo aqueileanguato espaço do quarto de dormir tornou-se theatro de uma «cena horrível 1 Imagi-nem*08 leitores, se podem, n'ura aposentoquasi em trevas, um homem qutt«i nú, aoua-do como uma fera por outras doze de ferroom punho, que buBcam cortado, feril-o,atravessai o, uma esposa que chora, inter-cede, implora e é brutamenta repellida eatirada ao chão, criancinhas que pranteara egritam, gemidos que se exhalani a cada golpemais fundo, o tiunir significativo dos refuoea,os ruídos seccos da lueta... imaginem oaleitores, se podem I... e para o contraste—maia 8 soldados, um teuente-commandantee uma uuetoridade policial aguardando,

tragédiaO som produzido pelo baque da victima

sobre alguns mo veia do quarto, já extenuadade forças no inaano combate, pareceu indicaraqueile desfecho, pois logo em seguida aoestrepito soou nos ares esta ordem : saiam!...e oa invaaores da propriedade, os instruinen-toa do nefando arbítrio retiraram-ae, julgau-do talvez oonsummadu a sua feroz missão !...

Estas scenas, que noa transportam aobarbarismo passavam-so, no entanto, empresença de duaa auctoridudea, a 10 léguas,oomo dissemos, da capital'e a 2 talvez dacidade de Mamanguape. E traotava-se, porventura, de um deaaes panas da sociedade,sem nome, sem garantia, sem laços de fami-lia, sem domicilio Certo, sem meios e anal-phtíbetos ?

Que ee tractasae... e a violência não per-deria o seu caracter, o desacato a aua brute-za. Mas não tem o arbítrio a escusa dodasoonhecido, a attenuaute do equivoco ;porque o oidadão violentado, que vimos ori-vado de golpes e contusões,—o ráisero Pola-,co d'aquelles Russos,—è nada menoa do quoum cidadão brasileiro, intelligente e traba-lhador, proprietário e membro de uma dasmais antigas e nobres famílias da ParahybalE' o Sr. Ignacio Leopoldo Netto, sobrinholegitimo do Sr. Dr. Pelisardo, chefe do par-tido liberal da provincia ; parente próximodo ex-ohefe de policia Dr. Caldas Barretto, eirmão da digníssima consorte do nosso ami-go o Sr. Vicente do Rego. O Sr. LeopoldoNetto, é, além disso, aliado por.sua esposaa famílias não menos importantes, pois queé élhi sobrinha legitima do illustre conservadorem Pernambuco, o muito digno Sr.Visconde do Oamaragibe ! E, para que üquetudo dito de uma vez, o próprio Sr. LeopoldoNetto pertence ao partido conservador, doqual se dizem membros o Sr. Dr. Silviuo eas autoridades de sua confiança !

Soja, porem, o que fôr o Sr. LeopoldoNetto, a descommunul ággredsãp de que foivictima não pôde ser apenas entreguo ú indiguação publica. Um facto desta ordemfere de frente os direitos fundamentaes dano88a oommunhão civil, e lera ao espiritopublico ura sobresalto funesto e perigoso.

Paira sobre essa nootuma e eanguinolentaexpedição um inyaterio, atè hoje profundo,mas euja duração comprómetté gravementea adiniuistração-da província I Ha um faotoevidente : ha uma razão oceulta. Não haeffeito sem cauzu ; mus aqui o effeito é tãorevoltante e assustador que a'cnnza devo serextraordinária ! -

Um cidadão inerme, dormindo, debaixodo tecfco em que a lei fundamental lhe dá umasylo inviolável, ao lado da familia,'ua suapropriedade, ás nove horas da noute, foi as.,saltado, ferido, crivado de talhos. « deixadopor morto por urna escolta do soldados delinha, pominaudiidos por ura tenente e diri-gidospor üih subdpiégadb d? policia :—eisahi a uerdade !

Mas qual era o fim .Ia expedição? Preu-der? Ndo prendeu, nem tinha mandadopara fazêl o. Ferir ? lujuri.tr ? Em virtudede que lei ? Matar ? Trucidar ? Ede que, principio ? Vingareus ? Desabafar rancoresrazão de que direito ? Porralidade ?

Mysteriol... uiy»têriò profundo! Masesse mysterio c que nào deve, o quo nao pôdesubsistir ! A violação do direito constituem-nal está em pè : í-tlta a saneção penal !

esforços a bem da justiça, da moralidade, edo paiz, hão de tirar á posteridade o direitode dizer : Estas cousas se passaram sob o dominio dos conservadores ! permittindo-lhe ape-nas que diga : Estas cousas se passaram notempo do Sr. Dr. Silvino!

ira nomeaggréssoàs poljti-de partido ? Emforça clr' que mo-

f piicinnurasisPi'e»epl<»(i

E' notável o modo como se trata nestaterra conatituoional, o sagrado e inviolávellar doméstico!

C Sr. governador do bispado publicou hapoucos dias um edital ou uma cousaseme-lhante prohibiudò os presépios, sem exoep-ção de lugar e circunstancias, e para que nãoficasse o seu acto sem uma sauoção qualquerpt dio auxilio ao poder civil, e o Sr. CarvalhoMoraes não se fez demorar., E' o jesuíta que manda e o presidente queobdece 1

S. Exc. offiòiou ao chefe de policia fazen-zendo-lhe constar a deliberação do governa-dor do bispado, e ordenando lhe que tomasseprovidencias afim de tornar e.ffectiva áquellaresolução. E o chefe de policia abi está aba-ter de porta em porta prohibiudò presépios,como ae podesse mandar na casa alheia I

O pretexto do governo é a pouca veneraçãoque ae guarda aos actos do grande mysterioda enonrnação ; mas ae isso se tem dado ouse pode dar nessHS occaeiõea, com menoapreço a sagrada familia, representada emimagens, hoje já não existem nos presépiosimagens nem cousa quo intenda immediatamente com solerauidades religiosas. O quoexiste são feitas pastoris, profanas, folias,nos usos inveturados deate povo, e que por

j isso não são da competência do governo da; província prohibir.

Dir-se-ha, que os teques o cantilenas po-dem perturbar o sornuo de visinhos dormi-nhocos ; neste caso está na lei o remédio,façam elles assignar termo de bem viver aosque se divertem ; maa prohibir, quero porque quero, ieso não.

A ordem de S. Exc e illegal, e as ordensillegaes se resistem, por que é esse o primei-ro direito do oidadão.

Se o Sr. Carvalho Moraes u?o quer proce-ceder como a policia da corte com relação aosLazaristas, mande cassar essa ordem illegal,e deixo que o povo gose do direito de viver edivertir-se, quando com isso não offenda asleis do paiz.

Sintinella.

MutualidadeAssociação brazileira de seguros

e benefícios mútuos sobre vida,coiitra-fogo e caixa geral d'eco-noniias mutuas.

Conselho fiscalConselheiro Joaquim Salüanha Marinho.

PresidenteJosé Alves Machado

'Júnior..

SecretarioConselheiro José Maurício Fernandes P.

de Barros.Dr. Domiciano Ferreira Monteiro de Bar-

ros.Dr. Pedro Ferreira de Almeida Godinho.

VoguesDr. Joio Pedro de Miranda.

Dr. Nuno Alvares Pereira e Souza.Dr. Clemente H. Wilmot.Dr. Pedro Isidoro de Moraes.

SupplentesDirecção Geral f

Commendador João Maria Pires CarmargoDirector Geral

Thomaz Oameron.Secretario

Banco do Brazil.Thesoureiro

Seguro sobre a vida dos escravosEata important;83Íma companhia, pelas

poisa combinações que pôde desenvolver, nãosó fornece os meios de isenção do servi-ço militar, como garante a propriedadeescrava, pelo que chamamos a attenção dossenhores d'engenho para a seguinte expo-sição.

Todo o proprietário de esoravos pôde edeve entrar com elles para o seguro de vida-no quarto grupo--(sem perda de capital--nomlucros--em caso algum,,nem mesmo com amorte do segurado, com faculdade de liqui-dar—cada um anno—depoiB dos primeiroscinco) pois que enoorra esta qualidade decontractos vantagens taes que se tornam co-nhecidas ao primeiro golpe de vista.

Apropriedade escrava está eugeita á eman- !oipa9áo por pagamento pelo Estado, o quopouco e «m pequena quantidade se realisará;entretanto que é amórtalidade quem reahnen-te tem de resolver este grande problema, po-rem oom prejuiso total doa proprietários.

O seguro de vida proporcionado pola asao-oiação —Mutualidade—no quarto grupo—re-soive oompleta e satiafactoriamente o pro-blema, pois delle se aproveitando nenhumproprietário de eaoravo, pederá perder amsó real que tiver empregado n'e6ta qualidadede propriedade.

Com uma ahnualidade de 20$00ft pa-ga por dous escravos e se quizer por um aô ena mesma proporção por dez, vinte, cem oumais,terá no fim de vinte e cinco annos nãosó o valor actual do escravo Begurado, mas

•o seu duplo, como bem fielmente o demons-tram as tabellas adiante despriptas.

Ainda mais ; pôde morrer o escravo segu-rado ; desde que o proprietário subscriptorqueira obter os mesmos resultados é 6uffi-ciente continuar a realisar © pagamento daaubscripçào; porquanto ob capitães emprega-dos e Beus respectivos lucros não correm ris-co .em caso algum e podem ser recebidos empualquer anno,uma voz terminado o primei-ra qüinqüênio.

Oatra consideração ainda: desde que mor-rendo um escravo segurado não perde o sub-scriptor o seu direito, com muito maiorrazão não o perde, quando o tenha de ven-dor, porque ou o comprador compra o direitodo seguro ou o subscriptor continua com omesmo direito.

Além destas vantagens, fica existindo ou-tra, de não menor importância, como serápor certo a de ortificar e robuatecer o credi-to do proprietário de escravoB que tiver Be-gura esta qualidade de propriedade, tão su-jeita a reveses, principalmente ao de perdatotal pela eventualidade da morte.

Resta a demonstração dos cálculos do quepódee deve»produzir uma aubscripção àe20$000, paga todos os annos, no fim de25 annos, e por certo, a força produetiva dojuro composto por nenhuma maneira pôdefazer-se comprehender como apresentandoos seguintes resultados baseados na pratioa:

lOüijpOOO—pagos anuualmente devem pro-duzir em effectivo ;

a 15 OiO a 20 0[0,No fira de 5 anuos-669$750 898$000

de 10 dito—2:886$250 8:115$000de 15 dito-6:488$150 8:644$200de 20 di^o-16:801$875 22:402$500de 25 dito-42:748$225 56:637^700

a 25 0(0 a 80 0^01:0251900 1:175$600

- 4:"156$600 5:540^50018:710$800 21:747$20042:867$900 81:921$000

de 25 dito-181:848$600 322:244$490Se pois 100SJ5000 para ánnualmente e du.

rante vinte e cinco annos produzem tão ma-ravilhosoe resultados, pela mesma razão pro-duzirão os mesmos effeitoB 20$000, feita areducção na devida proporção, e assim tere-moe que20$000 subscriptos de annualidadee durante vinte e cinco annos devem pro-

No fim de 5—annos— 183$950de 10—ditos— 467$250de 15—ditos— 1:296$680de 20—ditos— 3:860$875de 25-ditos— 8:649$645

ou 4:274$>822 por escravo segurado ; e esteresultado não pôde soffrer duvida alguma,porque os exames de pessoas competentes ehabilitadas, feitos na escripturação da Asso-ciação, para serem apresentados á Assem-gembléa Geral dos Associados, prova a ponto •¦

de sorprehender que o resultado do juro com-

posto, no seguro de menor risco, produzioum lucro de 15 0[0 annual, sem oontar-se ;OOM A CADUCIDADE E MAIS VERBAS QUE DEVEM

elevar este resultado.Não é portanto de admirar que fazendo-se

um seguro de vida á todo o risco, como éodo primeiro grupo, com uma imposição de100$000 annuaes «e obtenha no fira de 25annoe mais de 320:000$000. .

Esta qualidade ie seguro não deixa de of-fereoer grandes vantagens encarada em qual-quer sentido : supponha^se uma pessoa comfilhos legítimos e que tem um ou mais filhosnaturaee, aos quaes não pôde direotamentegarantir um futuro—pois bom, ae lhe fizerum seguro no primeiro grupo, com uma im-posição annual dé 100$000 terá conseguidopara cada um destoa infelizea nm futuro ga-rantido so o segurado sobreviver ; e se mor-rer durante os 25 annos perderá o suhscrip-tor a quantia com tiver entrado para o se-guro.niaB-lhe reatará sempre a consolação dehaver cumprido nra dever. *

Para outras informaçõoB uo esoriptorio daCompanhia, á rua doa Ourives n. 49, Riode Janeiro ; o em Pernambuco, á rua doBarão da Victoria n. 15,1; andar.João Martins de Andrade,.—Inapector geral.

THEATRO .Santo Antônio

(Em preza- Vicente *

HCOOTEQuarta-feira, 3 de Novembro

(, BBNEFIOIO DO ACTOR " ?

SILVEIRASubirá á eoena pela segunda vez neste

theatro o excollente drama em 5 actos doDr. Joaquim Manoal de,Macedo, intitulado

REMISSÃO DE PESCADOSFinalisa o espectaculo com a espirituosa

oomedia, levada « scena pela primeira vea N

Duas bengalasO beneficiado, retirando-se para a Europa, e

sendo a ultima vez que se exhibe no theatrod'eata hospitaleiraoidade, agradece a protoo-ção que lhe tem dispensado o illustrado pu-blico pernambucano.

~:'%V»

No fim de 5 annos-de 10 dito-de 15 dito--de 20 dito-

NNU.NCI0S¦ ' ¦ ___»™

E' com os leiloeirosPede-se ao autor de um artigo iuBerto na

Provincia, que declare a quem se refere seuannuncio, pois nos ja o oonhecemos e p pro-vocamos a que asaigne seu nome, tomando aresponsabilidade.

Alguns leiloeiros.

Aos senhores baclia-reis.

Caixas da prata para cartas, obra de mui-to gosto e trabalho bem feito : na Coroa deOuro, á rua da Imperatriz n. 59.

Vende-se 3:00Olatas de folha nova, próprias para doce degoiaba : a tratur na rua do Coronel Suassu-na n- 244.

AO PUBLICOUma senhora habilitada, ti íèndo ainda

algumas horas desponiveis, pilo$Ce-se a lec-cionar portuguez, ealigraphiá',- geographia,historia, conta» atè proporção, ^franoez, ita-liano, uuuraeroíos trabalhos de costura, bor>dados, croídiet, tíoiíes, etc. Quem quizer uti-lisar-se de seu prôetimo deixe carta no es-criptorio deste jornaí-^À. M.

Por 25:000Aluga-se a casa térrea n. 25 á rua de Lo-

mas Valentinaa : a tratar na rua do Vigárion. 1, r andar.'

Typ. da Provincia

;11U aivíi. ,-íüi>jim ! ,