19º encontro da asphe
TRANSCRIPT
-
Associao Sul-Rio-Grandense de Pesquisadores
em Histria da Educao - ASPHE/RS
ANAIS DO 19 ENCONTRO
DA ASSOCIAO SUL-RIO-GRANDENSE
DE PESQUISADORES EM HISTRIA
DA EDUCAO - ASPHE/RS
ISBN 978-85-88667-68-6
Pelotas, novembro de 2013
Universidade Federal de Pelotas - UFPel/RS
-
Associao Sul-Rio-Grandense de Pesquisadores em Histria da Educao - ASPHE/RS
Associao criada em 11 de dezembro de 1995, em So Leopoldo/RS, que tem por finalidade
promover estudos e disseminao de informaes relacionadas histria da educao.
http://asphers.blogspot.com.br/
Diretoria (2011-2013) Presidente: Claudemir de Quadros - UFSM Vice-Presidente: Luciane Sgarbi Santos Grazziotin - UNISINOS Secretrio geral: Carla Gastaud - UFPel
Conselho Fiscal (2011-2013) Beatriz Teresinha Daudt Fischer - UNISINOS Elomar Antonio Callegaro Tambara - UFPel Maria Helena Cmara Bastos - PUC/RS
Revista Histria da Educao http://seer.ufrgs.br/asphe [email protected]
Comisso Organizadora Local do 19 Encontro da ASPHE Antnio Maurcio Medeiros Alves - UFPel Chris de Azevedo Ramil - UFPel Ccera Marcelina Vieira - UFPel Diogo Franco Rios - UFPel Mnica Maciel Vahl - UFPel Patrcia Weiduschadt - UFPel Rita de Cssia Grecco dos Santos - FURG Vanessa Barrozo Teixeira - UFPel Vnia Grim Thies - UFPel Diagramao: Chris de Azevedo Ramil
19 Encontro da ASPHE [email protected]
Comisso Cientfica Adriana Kivanski de Senna - FURG Beatriz Teresinha Daudt Fischer - UNISINOS Carla Gastaud - UFPel Carmo Thum - FURG Carmem Burget Schiavon - FURG Diogo Franco Rios - UFPel Dris Bittencourt Almeida - UFRGS Eduardo Arriada - UFPel Eliane Peres - UFPel Elomar Tambara - UFPel Flvia Obino Corra Werle - UNISINOS Gabriela Medeiros Nogueira - FURG Giana Lange do Amaral - UFPel Giani Rabelo - UNESC Helena de Arajo Neves - UFPel Julia Silveira Matos - FURG Lisiane Sias Manke- UFPel Luciane Sgarbi Santos Grazziottin - UNISINOS Marcos Villela Pereira- PUC/RS Maria Augusta Martiarena de Oliveira - IFRS/Osrio Maria Helena Cmara Bastos - PUC/RS Maria Stephanou - UFRGS Maria Tereza Santos Cunha - UDESC Patrcia Weiduschadt - UFPel Rejane Barreto Jardim - FURG Renata Braz Gonalves - FURG Rita de Cssia Grecco dos Santos - FURG Sebastio Peres - UFPel Terciane ngela Luchesi - UCS Vnia Chaigar - FURG Vnia Grim Thies - UFPel Zita Rosane Possamai - UFRGS
Magali Martins Aquino CRB 10/1180
En17 Encontro da Associao dos Pesquisadores em Histria da Educao (19: 2013: Pelotas, RS)
Histria da Educao e Culturas do Pampa: dilogos entre Brasil e Uruguai: anais do 19 Encontro da Associao dos Pesquisadores em Histria da Educao, 06 a 08 de novembro de 2013 em Pelotas, RS. Pelotas: UFPEL; ASPHE, 2013.
1294p.
ISBN 978-85-88667-68-6
1. Educao 2. Histria da Educao I. Ttulo
CDU 37(091)
-
SUMRIO 3
SUMRIO
APRESENTAO .................................................................................................. 11
PROGRAMAO ................................................................................................... 15
SESSES ............................................................................................................... 21
ARTIGOS ................................................................................................................ 35
A TOMADA DA PONTE DA AZENHA, EXPEDIO A LAGUNA E A CHEGADA DOS CASAIS AORIANOS: A TRAJETRIA DE TRS PINTURAS HISTRICAS Marlene Ourique do Nascimento .................................................................................................. 37 PROGRAMA DE SOCIOLOGIA DE AMARAL FONTOURA: NOTAS SOBRE UM COMPNDIO DA DCADA DE 1940 Marcelo Pinheiro Cigales .............................................................................................................. 44 A CIRCULAO DA CULTURA ESCRITA EM CONTEXTOS RURAIS: O CASO DE LEITORES ASSDUOS Lisiane Sias Manke ....................................................................................................................... 56 A DISCIPLINA DE EDUCAO FSICA NOS ORDENAMENTOS LEGAIS DA EDUCAO BRASILEIRA: 1961-1996 Rony Centeno Soares Jnior ........................................................................................................ 69 A DIVERSIDADE CULTURAL NA ESCOLA: UM ESTUDO COM NFASE NO PROCESSO COLONIZATRIO POLONS EM DOM FELICIANO/RS Rozele Borges Nunes ................................................................................................................... 81 A EDUCAO INFANTIL EM TUBARO/SC: ESTUDO DA ORGANIZAO E PRTICA PEDAGGICA EM UMA INSTITUIO INFANTIL (1960-1970) Marlise de Medeiros Nunes de Pieri ............................................................................................. 94 A ESCOLA RICO VERSSIMO EM VISTA GACHA - RS: MEMRIAS REVISITADAS Fabiana Regina da Silva; Cinara Dalla Costa Velsquez; Josiane Caroline Machado Carr ........................................................................................................................................... 108 A ESCRITA EPISTOLAR E O CLERO FRONTEIRIO: UMA LEITURA DAS CARTAS DE DOM JOAQUIM ACERCA DA FORMAO E ATUAO DO CLERO NA DIOCESE DE PELOTAS Cristile Santos de Souza; Carla Rodrigues Gastaud ................................................................ 119 A HISTRIA DA EDUCAO ENQUANTO CAMPO DE MLTIPLAS RELAES: APROXIMAES COM A MUSEOLOGIA E O ESTUDO DOS MUSEUS Ana Carolina Gelmini de Faria .................................................................................................... 129 A IMPLANTAO DA REFORMA EDUCACIONAL NO RIO GRANDE DO SUL: UMA ANLISE DA REVISTA DO ENSINO NA ERA VARGAS Marlos Mello ................................................................................................................................ 142 A IMPORTNCIA PEDAGGICA DO DIRETOR DE EDUCAO FSICA NA
-
SUMRIO 4
PRIMEIRA REPBLICA NA PRAA DE DESPORTOS: PRIMEIRAS APROXIMAES, O CASO DE BAG/RS Alessandro Carvalho Bica; Berenice Corsetti ............................................................................. 154 A INSTITUIO ESCOLAR DE ENSINO PRIMRIO EXTERNATO SO JOS NA DCADA DE 1950: OS DIRIOS DE CLASSE COMO FONTE DOCUMENTAL Luiza Gonalves Fagundes ........................................................................................................ 166 A LNGUA E A CULTURA POMERANA NA ESCOLA GERMANO HBNER ATRAVS DO PROJETO POMERANDO Danilo Kuhn da Silva .................................................................................................................. 179 A LITERATURA COMO PRIVILEGIADA LEITORA DOS SIGNOS DA HISTRIA Francieli Daiane Borges ............................................................................................................. 192 A MATERIALIDADE E OS PROTOCOLOS DE LEITURA: PRIMEIROS OLHARES SOBRE O JORNAL FAZENDO HISTRIA Patricia Machado Vieira .............................................................................................................. 200 A NACIONALIZAO DO ENSINO E AS CAMPANHAS DE ALFABETIZAO NAS PGINAS DO CORREIO DE SO LEOPOLDO (1937-1951) Ariane dos Reis Duarte ............................................................................................................... 211 A ORGANIZAO E O TRATAMENTO TCNICO DA HEMEROTECA DO CENTRO DE DOCUMENTAO (CEDOC-CEIHE): UM ESPAO PARA SALVAGUARDAR A HISTRIA DA EDUCAO DA CIDADE DE PELOTAS/RS Vanessa Barrozo Teixeira; Aline Sicca; Nitri Vieira; Sheila Duarte .......................................... 225 A PEDAGOGIA DA EDUCAO ANTROPOCNTRICA: OS ANIMAIS E AS PLANTAS NOS LIVROS DE ENSINO DE CINCIAS (1960-1970) Catia Elaine Alves Contante; Cynara de Oliveira Geraldo; Carlos Renato Carola .................... 238 A PRODUO GACHA DE LIVROS DIDTICOS ENTRE OS ANOS DE 1940 A 1980 Ccera Marcelina Vieira; Mnica Maciel Vahl; Chris de Azevedo Ramil; Francieli Daiane Borges ......................................................................................................................................... 252 A REVISTA O ESTUDO E SUAS FOTOGRAFIAS: ALGUNS APONTAMENTOS DE PESQUISA Andra Silva de Fraga ................................................................................................................ 267 A SOCIEDADE DE PROPAGANDA DO TIRO BRAZILEIRO DE RIO GRANDE E AS LINHAS DE TIRO: ESCOLAS DE BRASILIDADE Genivaldo Gonalves Pinto ......................................................................................................... 284 SOMBRA DAS TRS FIGUEIRAS: O NOVO COLGIO FARROUPILHA (PORTO ALEGRE/ RS 1962) Lucas Costa Grimaldi ................................................................................................................. 296 A TENDNCIA GREGRIA DOS IMIGRANTES ALEMES E TEUTO-BRASILEIROS EM PELOTAS - SCULO XIX Maria Angela Peter da Fonseca; Elomar Antonio Callegaro Tambara ...................................... 312 ABECEDRIOS EM CIRCULAO: ENTRE DICIONRIOS, LIVROS E CARTILHAS ESCOLARES Maria Stephanou; Mariana Venafre ............................................................................................ 326 ACERVOS ESCOLARES E HISTRIA DAS INSTITUIES EDUCACIONAIS: O
-
SUMRIO 5
CASO DA ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO FUNDAMENTAL GENERAL OSRIO Maria Augusta Martiarena de Oliveira ........................................................................................ 342 ANLISE E ESTUDO DE IMPRESSOS - A REVISTA "O PEQUENO LUTERANO" Patrcia Weiduschadt .................................................................................................................. 355 APONTAMENTOS HISTRICOS SOBRE A INSTRUO PBLICA NA CIDADE DO RIO GRANDE, A FUNDAO DO GINSIO LEMOS JNIOR E O CONCEITO DE INSTITUIO Fernanda Lisiane de Oliveira Sauer; Carmen Beatriz Pereira Leal ........................................... 371 APROPRIAES DAS CLASSES EXPERIMENTAIS SECUNDRIAS NO ESTADO DE SO PAULO (1955-1964) Letcia Vieira; Norberto Dallabrida .............................................................................................. 381 AS ASSOCIAES AUXILIARES DA ESCOLA EM ESCOLAS PBLICAS DO SUL DE SANTA CATARINA (1938-1988) Mariane Rocha Niehues; Vanessa Massiroli; Giani Rabelo ....................................................... 394 AS CONTRIBUIES DA IMPRENSA NO PEDAGGICA NA PESQUISA: O ASILO DE RFS SO BENEDITO Jeane dos Santos Caldeira; Jezuina Kohls Schwanz ................................................................ 409 AS ESCOLAS ISOLADAS NO PERODO DE IMPLANTAO DO MODELO ESCOLAR SERIADO NO RIO GRANDE DO SUL (1909-1942) Natlia Gil ................................................................................................................................... 422 ASPECTOS DA HISTRIA DA BIBLIOTECA PBLICA MUNICIPAL DE PIRATINI/RS (1977-1982): ACERVO, LEITURAS E LEITORES Darlene Rosa da Silva ................................................................................................................ 433 ASPECTOS DA TRAJETRIA PROFISSIONAL DA PROFESSORA PRIMRIA CECY CORDEIRO THOFEHRN E A MATEMTICA ESCOLAR (1941-1971) Antnio Maurcio Medeiros Alves ............................................................................................... 445 AUGUSTO CURY E AUTORES DE LIVROS DE AUTOAJUDA PARA PROFESSORES NA CONTEMPORANEIDADE: UM CAPTULO NA HISTRIA DAS PRTICAS DE LEITURA DE DOCENTES NO BRASIL Carine Winck Lopes .................................................................................................................... 459 CADERNOS DE DITADO: VITRINE DO ENSINO DE ORTOGRAFIA NA ESCOLA PRIMRIA (COLGIO FARROUPILHA/RS 1948/1991) Maria Helena Camara Bastos ..................................................................................................... 474 CARTAS DE FRONTEIRA: UM UNIVERSO PECULIAR Carla Gastaud ............................................................................................................................. 492 COLLEGIO ELEMENTAR CASSIANO DO NASCIMENTO: CRIAO E PRIMEIROS ANOS DE FUNCIONAMENTO PELOTAS (1913-1923) Nitri Ferreira Vieira; Aline Dauniz Sicca; Giana Lange do Amaral ........................................... 505 CONJUNTURA PARA A HISTRIA DA EDUCAO DE LOS ABAJO NA REPBLICA VELHA (1889-1930): PENSANDO UMA HISTRIA DA EDUCAO NA CIDADE DE RIO GRANDE/RS Francisco Furtado Gomes Riet Vargas; Rita de Cssia Grecco dos Santos ............................. 518 CONTRIBUIES PARA UMA ESCRITA BRASILEIRA: O ENSINO DA ESCRITA NAS
-
SUMRIO 6
PUBLICAES DE ORMINDA MARQUES Carolina Monteiro ........................................................................................................................ 531 CPIA DE ATIVIDADES DE CARTILHAS: O QUE REVELAM OS CADERNOS DE PLANEJAMENTO DE UMA PROFESSORA ALFABETIZADORA (1983-2000) Ccera Marcelina Vieira; Joseane Cruz Monks; Fernanda Noguez Vieira ................................. 548 DO ENSINO MEMRIA: OS MUSEUS ESCOLARES EM PORTO ALEGRE Nara Beatriz Witt; Zita Rosane Possamai .................................................................................. 564 EDUCACIN DEL CUERPO Y CONFIGURACIONES CURRICULARES EN LA PRIMERA MODALIDAD DE FORMACIN PARA EL DICTADO DE LA GIMNASTICA EN LA ESCUELA EN URUGUAY Paola Dogliotti ............................................................................................................................. 576 ESCOLAS TNICAS POLONESAS NO RIO GRANDE DO SUL 1875 1939 Adriano Malikoski ........................................................................................................................ 588
FACULDADE DE DIREITO DE PELOTAS/BRASIL - CONSIDERAES EM TORNO DE DOIS CONTEXTOS: SUA ORIGEM EM 1912 E CINCO DCADAS DEPOIS Valesca Brasil Costa; Beatriz T. Daudt Fischer .......................................................................... 601 HISTRIA DA EDUCAO E MUSEUS Natlia Thielke ............................................................................................................................ 610 HISTRIA DA EDUCAO PROFISSIONAL PBLICA: DAS ESCOLAS DE APRENDIZES ARTFICES CRIAO DOS INSTITUTOS DE EDUCAO, CINCIA E TECNOLOGIA Michele de Almeida Schmidt; Miguel Alfredo Orth ..................................................................... 620 HISTRIA DO ENSINO DE HISTRIA NO RS: ANLISE REFLEXIVA A PARTIR DAS LIES DO RIO GRANDE Carlos Alberto Xavier Garcia ...................................................................................................... 632 JOHN STUART MILL E A DEFESA DA ESCOLA PRIVADA E LAICA Itamaragiba Chaves Xavier ........................................................................................................ 642 JORNAL STELLA DITALIA E A DEFESA DAS ESCOLAS ITALIANAS DE PORTO ALEGRE (1902-1904) Gelson Leonardo Rech ............................................................................................................... 654 LEITURA DE MULHERES AGRICULTORAS IDOSAS DA CIDADE DE VERANPOLIS RS: ESTUDO A PARTIR DE NARRATIVAS ORAIS Janaina Carobin Marin; Renata Braz Gonalves ....................................................................... 667 MAGISTRIO, EDUCAO E POLTICA NOS JORNAIS CORREIO DO POVO E LTIMA HORA (1963-1964) Beatriz T. Daudt Fischer ............................................................................................................. 678 MATRCULA E TRAJETRIA DE ALUNOS NA ESCOLA PRIMRIA: O CASO DA 38 AULA MISTA DE PORTO ALEGRE (1910-1918) Joseane Leonardi Craveiro El Hawat ......................................................................................... 691 MEMRIAS DA PROFESSORA VANDA LIDE SCHUMACHER SOLDATELLI SOBRE A RELAO ESCOLA-COMUNIDADE, NA ANTIGA REGIO DE IMIGRAO ITALIANA/RS, 1941-1973 Jordana Wruck Timm; Lcio Kreutz .......................................................................................... 704
-
SUMRIO 7
MEMRIAS DE EX-ALUNOS SOBRE UM ENSINO DE MATEMTICA NO COLGIO DE APLICAO DA BAHIA (1966-1976) Diogo Franco Rios ...................................................................................................................... 716 MEMRIAS DE FORMAO INICIAL DE PROFESSORES DE MSICA EM CONTEXTO URUGUAIO: A INFLUNCIA DA FAMLIA Luciane Wilke Freitas Garbosa; Franciele Maria Anezi; Vanessa Weber .................................. 730 MEMRIAS QUE ECOAM NO FAZER DOCENTE: UM ESTUDO SOBRE NARRATIVAS DE PROFESSORAS Maiara Michele Carvalho Correa ................................................................................................ 742 MICUIM: O OFICIAL E IRREVERENTE JORNALZINHO DO CLUBE EXCURSIONISTA SERRA DO MAR (CESM 1948-1958) Gabriela Mathias de Castro ........................................................................................................ 755 MISSO EDUCACIONAL AO URUGUAI: APRENDIZAGEM, MTODOS, PRINCPIOS Eduardo Arriada; Elomar Antonio Callegaro Tambara ............................................................... 770 MUSEU ESCOLAR: REORGANIZAO DO ACERVO DA ESCOLA MARISTA EM SO GABRIEL RS Maria Aparecida Possati dos Santos; Carlos Alberto Xavier Garcia .......................................... 783 O CENTRO ESPRITA COMO ESPAO EDUCACIONAL: O ESTUDO SISTEMATIZADO DA DOUTRINA ESPRITA Marcelo Freitas Gil ...................................................................................................................... 791 O CIRCUITO DA PRODUO DE LIVROS DIDTICOS: O CASO DA COLEO TAPETE VERDE (dcada de 1970) Chris de Azevedo Ramil ............................................................................................................. 803
O COLGIO DE APLICAO DA UFRGS: MEMRIAS APAGADAS (1954-1996) Dris Bittencourt Almeida; Valeska Alessandra de Lima; Thaise Mazzei da Silva .................... 817 O CUIDADO NA ENFERMAGEM: COMO ENSIN-LO E APREND-LO? UMA ANLISE A LUZ DA HISTRIA ORAL EM UNIVERSIDADES GACHAS Ruy de Almeida Barcellos; Lcio Kreutz ..................................................................................... 830 O CURSO DE REFRIGERAO INDUSTRIAL E DOMICILIAR DO COLGIO TCNICO INDUSTRIAL DE RIO GRANDE: PIONEIRO NO BRASIL Josiane Alves da Silveira; Jarbas Luiz Lima de Souza .............................................................. 842 O DIRIO DA DIRETORA DO CURSO PRIMRIO DO COLGIO FARROUPILHA POA/RS (1968/1973) Alice Rigoni Jacques .................................................................................................................. 859 O HISTRICO DE INSTITUIES EDUCATIVAS E SEUS DILOGOS ENTRE OS MICRO-ESPAOS E AS MACRO-ESTRUTURAS: CORRELAES DO DIREITO EDUCAO E A OBRIGATORIEDADE DO ESTADO Ariane dos Reis Duarte; Artur Diego da Silva Alexandrino ........................................................ 874 O JORNAL ESTRELLA DO SUL COMO UMA ESTRATGIA DE INTERVENO NO DEBATE EDUCACIONAL NA PRIMEIRA METADE DE 1930 Adriana Duarte Leon ................................................................................................................... 885 O PRIMEIRO GABINETE DE LEITURA DA PROVNCIA DE SO PEDRO DO RIO GRANDE DO SUL: UM ESPAO PARA A CULTURA LETRADA DA CIDADE DO RIO
-
SUMRIO 8
GRANDE (1846-1878) Vanessa Barrozo Teixeira .......................................................................................................... 898 O PROJETO MINERVA: UMA HISTRIA (1970 1983) Jose Carlos Santos ..................................................................................................................... 910 O TRABALHO DOCENTE NO ESTADO NOVO (1937-1945) EM PELOTAS/RS Vanessa dos Santos Lemos ....................................................................................................... 922 O USO DOS ARQUIVOS UNIVERSITRIOS COMO FONTE DE PESQUISA PARA ESTUDOS EM HISTRIA DA EDUCAO Tatiane Vedoin Viero .................................................................................................................. 934 O(S) LIVRO(S) DE LEITURA QUIERES LEER? E QUERES LER?: DO URUGUAI PARA O RIO GRANDE DO SUL Caroline Braga Michel; Eliane Peres; Gabriela Medeiros Nogueira ........................................... 945 OBJETOS VENDA: A COMERCIALIZAO DE MATERIAIS ESCOLARES VEICULADA EM JORNAIS DE SANTA CATARINA (1915-1950) Slia Ana Zonin; Hiassana Scaravelli ......................................................................................... 960 ORGANIZACIONES DE EDUCACIN SUPERIOR Y TICA DE LA RESPONSABILIDAD SOCIAL. UNA MIRADA A LA MICROPOLTICA DEL INSTITUTO NORMAL RURAL. (1960) Gabriela Esteva .......................................................................................................................... 976 OS CONCEITOS DE PIERRE BOURDIEU COMO INSTRUMENTOS DE ANLISE DE INSTITUIO EDUCATIVA Clarice Rego Magalhes ............................................................................................................ 991 OS DIRIOS DE CLASSE (1930-1940) E A CARTILHA ...ESTOU LENDO!!! (1978-1989): ELEMENTOS DA PRTICA ESCOLAR MATOGROSSENSE Luiza Gonalves Fagundes; Alessandra Pereira Carneiro Rodrigues .................................... 1001 OS JOVENS E ADULTOS NA POLTICA EDUCACIONAL CUBANA: PERSPECTIVA SOCIOCULTURAL DA HISTRIA DA EDUCAO EM CUBA (1959-1985) Rita de Cssia Grecco dos Santos; Francisco Furtado Gomes Riet Vargas .......................... 1016 OS LIVROS PARA O ENSINO DA LEITURA E DA ESCRITA E OS CONTRATOS DO PROGRAMA DO LIVRO DIDTICO PARA O ENSINO FUNDAMENTAL - 1972 Mnica Maciel Vahl; Ccera Marcelina Vieira .......................................................................... 1030 OS PRIMEIROS ANOS DE IMPLANTAO DO GINSIO DE ITABAIANA/SERGIPE (1949-1953) Silvnia Santana Costa ........................................................................................................... 1043 OS PRIMEIROS TEMPOS DE ESCOLA EM LOMBA GRANDE: ESCOLA DA COMUNIDADE EVANGLICA LUTERANA (1834-1881) Jos Edimar de Souza; Luciane Sgarbi S. Grazziotin ............................................................. 1057 OSTENSOR BRASILEIRO. JORNAL LITERRIO E PICTORIAL (1845-1846): UM PROJETO EDUCATIVO DO CIDADO BRASILEIRO Tatiane de Freitas Ermel; Marcelo da Silva Rocha ................................................................. 1070 PRTICA DOCENTE EM UMA ESCOLA PAROQUIAL DE ARROIO DO PADRE RS (1950-1960) Cssia Raquel Beiersdorf; Patrcia Weiduschadt .................................................................... 1085
-
SUMRIO 9
PRIMEIROS ANOS DE FUNCIONAMENTO DO COLLEGIO ELEMENTAR FELIX DA CUNHA EM PELOTAS/RS (1913 1930) Aline Dauniz Sicca; Nitri Ferreira Vieira; Giana Lange do Amaral ........................................ 1099 PROCESSOS IDENTITRIOS E REPRESENTAES CONSTRUINDO UMA INSTITUIO ESCOLAR: O COLGIO SAGRADO CORAO DE JESUS, BENTO GONALVES/RS (1956 1972) Julia Tomedi Poletto; Lcio Kreutz .......................................................................................... 1110 RECLAME, PROPAGANDA E MARKETING EDUCACIONAL: VISIBILIDADE PARA AS INSTITUIES DE ENSINO PRIVADAS DE PELOTAS-RS NOS SCULOS XIX, XX, XXI Helena de Araujo Neves .......................................................................................................... 1124 RELAES ENTRE AS AUTORAS DE CARTILHAS, AS EDITORAS E O ESTADO NO RIO GRANDE DO SUL ENTRE AS DCADAS DE 1940 A 1970 Eliane Peres; Mnica Maciel Vahl; Chris de Azevedo Ramil .................................................. 1150 TTULOS DE LIVROS PARA O ENSINO DA LEITURA E DA ESCRITA COMO PROJETO ENUNCIATIVO (1950-2006) Joseane Cruz Monks; Eliane Peres; Vania Grim Thies ........................................................... 1166 TRAOS DENTRO E FORA DA ESCOLA: UMA ANLISE SOB A PERSPECTIVA DAS ESCRITURAS ORDINRIAS Roberta Barbosa dos Santos ................................................................................................... 1180 UM ESTUDO COMPARADO DO ENSINO SECUNDRIO DAS CIDADES DE PELOTAS E RIO GRANDE /RS (DCADAS DE 1870 a 1910). Hardalla Santos do Valle; Giana Lange do Amaral ................................................................. 1197 UM ESTUDO COMPARATIVO ENTRE AS LEIS DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAO, LEIS 4024/61 E 9394/96 NO QUE TANGE AO ENSINO SUPERIOR. Cristiane Hoffmann Moreira ..................................................................................................... 1209 UM NOVO CENRIO PARA A EDUCAO PROFISSIONAL E TECNOLOGICA NO RIO GRANDE DO SUL Edelbert Krger; ElomarTambara ............................................................................................ 1222 UMA ANLISE DOS EXERCCIOS DE SEPARAO DE SLABAS NOS DIRIOS DE CLASSE DAS PROFESSORAS ALFABETIZADORAS (1972 a 2010) Gisele Ramos Lima .................................................................................................................. 1237 UNIO DOS ESTUDANTES SECUNDRIOS DE CRICIMA (UESC): ENTRE O CONSERVADORISMO E A RESISTNCIA Marli Paulina Vitali ................................................................................................................... 1250 UNIVERSIDADE NO BRASIL: UNIVERSIDADE COMUNITRIA E REGIONAL NA SERRA GACHA Eliana Gasparini Xerri .............................................................................................................. 1263 VALORES CVICOS NOS CADERNOS ESCOLARES DO CURSO PRIMRIO (COLGIO FARROUPILHA/RS, DCADA 1950) Milene Moraes de Figueiredo .................................................................................................. 1277
-
APRESENTAO 11
19o Encontro da Associao Sul-Rio-Grandense de Pesquisadores em Histria da Educao (ASPHE)
HISTRIA DA EDUCAO E CULTURAS DO PAMPA:
DILOGOS ENTRE BRASIL E URUGUAI
6 a 8 de novembro de 2013 Universidade Federal de Pelotas / Pelotas RS
APRESENTAO
Ao longo de diversos anos, ou seja, desde o longnquo 1995, a
Associao Sul-Rio-Grandense de Pesquisadores em Histria da Educao
(ASPHE), tem pautado seus encontros no apenas com dinamismo,
responsabilidade e esprito agregador, mas tambm temos ao longo dessa profcua
caminhada procurado estreitar os laos culturais, afetivos e intelectuais com
diversas regies e pases. Para tanto, desde 1997, edita a Revista Histria da
Educao - RHE/ASPHE - e promove de forma contnua, encontros anuais. Tanto a
revista como os encontros tm se constitudo em espaos de socializao das
pesquisas, de dinamizao da produo historiogrfica e de debates no campo da
investigao histrica.
A ASPHE j realizou dezoito encontros, com o apoio institucional das
universidades do Rio Grandes do Sul representadas por seus associados e, em
alguns casos, com financiamentos das agncias de fomento, como FAPERGS,
CAPES e CNPq. Para cada evento so publicados Anais com os resumos e os
trabalhos completos apresentados nas sesses de comunicao de pesquisas.
Em 2013, realizar-se- o 19 Encontro Sul-Rio-Grandense de
Pesquisadores em Histria da Educao. O foco temtico do encontro ser as
pesquisas regionais em Histria da Educao, com nfase nas culturas do pampa,
trazendo o seguinte ttulo: Histria da Educao e Culturas do Pampa: dilogos
entre Brasil e Uruguai. Nossa regio ainda que com outra lngua (embora muito
-
APRESENTAO 12
parecida), de uma nacionalidade, de uma fronteira demarcadora de territrios, de
histrias distintas (mas no to diferentes), continuamos ainda em diversos aspectos
semelhantes e iguais. Somos - gachos/gauchos - com modos de viver e sentir que
nos identificam, que nos aproximam, que nos tornam um s.
Assim, na busca de novos horizontes, de novas perspectivas, de novos
olhares, na aproximao cada vez maior com o diferente, na troca permanente de
conhecimentos, de saberes, procuramos cada vez mais ampliar os espaos de
socializao das pesquisas, dos estudos e dos desejos. Desejos de conhecer mais e
melhor, no apenas a nossa realidade, mas tambm a dos outros.
TEMTICA
Histria da Educao e Culturas do Pampa: dilogos entre Brasil e
Uruguai
DATA
6 a 8 de novembro de 2013
LOCAL
Universidade Federal de Pelotas (UFPel)
OBJETIVOS
a) Refletir acerca da produo em Histria da Educao, tendo a Asphe
como espao de referncia;
b) Acompanhar a produo do conhecimento na rea, considerando o
tema das pesquisas regionais em Histria da Educao como objeto de
estudo e reflexo;
c) Promover a formao continuada de pesquisadores em Histria da
Educao;
d) Congregar e oportunizar espaos de relacionamento entre professores,
estudantes e pesquisadores em Histria da Educao.
-
APRESENTAO 13
PBLICO ALVO
Associados da ASPHE, professores, pesquisadores e estudantes de
graduao e de ps-graduao das reas de educao e de histria.
PROMOO
Associao Sul-Rio-Grandense de Pesquisadores em Histria da
Educao
Universidade Federal de Pelotas (UFPel) - Faculdade de Educao
(FaE) e Programa de Ps-Graduao em Educao (PPGE)
Centro de Estudos e Investigaes em Histria da Educao (CEIHE)
Histria da Alfabetizao, Leitura, Escrita e dos Livros Escolares
(HISALES)
APOIO INTERINSTITUCIONAL
Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia do Rio Grande do
Sul (IFRS)
Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia Sul-rio-grandense
(IFSul)
Pontifcia Universidade Catlica do Rio Grande do Sul - PUC/RS
Universidade de Caxias do Sul - UCS
Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS
Universidade Federal de Pelotas - UFPel
Universidade Federal de Santa Maria - UFSM
Universidade Federal do Rio Grande - FURG
Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS
-
APRESENTAO 14
COMISSO ORGANIZADORA LOCAL
Antnio Maurcio Medeiros Alves
Chris de Azevedo Ramil
Ccera Marcelina Vieira
Diogo Franco Rios
Mnica Maciel Vahl
Patrcia Weiduschadt
Rita de Cssia Grecco dos Santos
Vanessa Barrozo Teixeira
Vnia Grim Thies
-
PROGRAMAO 17
PROGRAMAO DO 19 ENCONTRO DA ASPHE - 2013
06/11/2013 - QUARTA-FEIRA (manh e tarde)
Horrio Programao
08:30 - 09:30 Credenciamento (3 andar - prximo sala 309)
Coffee Break (3 andar - prximo sala 309)
09:30 - 10:00
Sesso de Abertura 19 Encontro da ASPHE (sala 309)
Prof. Dr. Claudemir Quadros Presidente da ASPHE, Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)
Profa. Dra. Vania Grim Thies - Universidade Federal de Pelotas (UFPel)
Profa. Dra. Rita de Cssia Grecco dos Santos - Universidade Federal do Rio Grande (FURG)
10:30 - 12:15
Mesa redonda - Histria da Educao e Culturas do Pampa: dilogos entre Brasil e Uruguai (sala 309)
Profa. MSc. Andrea Cantarelli Presidente da Sociedade Uruguaia de Histria da Educao (SUHE), Universidad de la Repblica (UDELAR)
Prof. Dr. Wenceslau Gonalves Neto Integrante da Sociedade Brasileira de Histria da Educao (SBHE), Universidade Federal de Uberlndia (UFU)
Mediador: Profa. Dra. Carla Rodrigues Gastaud Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)
14:00 - 15:30 Sesso de Comunicaes1 (informaes a partir da pg. 12)
15:30 - 15:45 Intervalo (3 andar - prximo sala 309)
15:45 - 17:30 Sesso de Comunicaes1 (informaes a partir da pg. 12)
18:00 - 20:45
Momento Cultural - Local: Museu da Baronesa2
Abertura Solene do 19 Encontro da ASPHE
Coquetel de confraternizao
Apresentao musical
Inaugurao da exposio "Recuerdos: Registros da cultura material escolar em Pelotas e regio" - realizada pelos grupos de pesquisa CEIHE e HISALES
Lanamento de Livros
-
PROGRAMAO 18
07/11/2013 - QUINTA-FEIRA (manh e tarde)
Horrio Programao
08:30 - 10:00
Mesa redonda - Relaes entre Brasil e Uruguai: relatos de pesquisa em Histria da Educao (sala 309)
Prof. Dr. Agapo Palomeque Presidente do Instituto Histrico de Canelones e Membro da Comisso Diretiva da Sociedade Uruguaia de Histria da Educao (SUHE)
Profa. Dra. Ester Fraga Vilas-Bas Carvalho do Nascimento Universidade Tiradentes (UNIT)
Prof. Dr. Eduardo Arriada Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)
Mediador: Profa. Dra. Beatriz Daudt Fisher Universidade do Vale dos Sinos (UNISINOS)
10:00 - 10:30 Coffee Break (3 andar - prximo sala 309)
10:30 - 12:15
Mesa redonda - Questes tericas em pesquisas regionais (sala 309)
Profa. MSc. Andrea Cantarelli Presidente da Sociedade Uruguaia de Histria da Educao (SUHE), Universidad de La Repblica (UDELAR)
Prof. Dr. Jorge Nascimento - Universidade Federal de Sergipe (UFS)
Mediador: Profa. Dra. Maria Helena Cmara Bastos - Pontifcia Universidade do Rio Grande do Sul (PUC-RS)
14:00 - 15:30 Sesso de Comunicaes1 (informaes a partir da pg. 12)
15:30 - 15:45 Intervalo (3 andar - prximo sala 309)
15:45 - 17:30 Sesso de Comunicaes1 (informaes a partir da pg. 12)
17:30 - 18:00 Intervalo (3 andar - prximo sala 309)
18:00 - 19:30 Assembleia Geral (sala 352)
20:00 Jantar de Confraternizao - Local: Liceu de Artes e Ofcios3
-
PROGRAMAO 19
08/11/2013 - Sexta-feira (manh)
Horrio Programao
09:00 - 10:30
Mesa redonda - Questes metodolgicas em pesquisas regionais (sala 309)
Prof. Dr. Wenceslau Gonalves Neto Universidade Federal de Uberlndia (UFU)
Profa. Dra. Terciane ngela Luchese Universidade de Caxias do Sul (UCS)
Mediador: Profa. Dra. Flvia Obino Corra Werle Universidade do Vale dos Sinos (UNISINOS)
10:30 - 11:00
Sesso de Encerramento 19 Encontro da ASPHE (sala 352)
Profa. Dra. Luciane Sgarbi Santos Grazziotin Vice-Presidente da ASPHE, Universidade do Vale dos Sinos (UNISINOS)
Profa. Dra. Patricia Weiduschadt Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)
LOCAL DO EVENTO
Faculdade de Educao (FaE) - Campus das Cincias Sociais / Universidade Federal de Pelotas (UFPel) Rua Alberto Rosa, 154 - 3 andar CEP: 96.010-770 Pelotas / RS - Brasil Fone/fax: (53) 3284.5533 / 3284.5541
OBS.: A mesa de credenciamento, pagamentos, retirada de kit e de informaes estar no 3 andar (pela escada - dirigir-se esquerda / Pelo elevador - dirigir-se direita) durante o evento. O nmero das salas em que ocorrero as atividades do evento est discriminado ao lado de cada uma delas na programao.
OBSERVAES
1. A lista com a distribuio das apresentaes dos trabalhos por salas com sesso de comunicaes (06 e 07/11 - tarde) encontra-se no Caderno de Resumos (a partir da pg. 12) do evento publicado no blog da ASPHE, que foi enviado via e-mail aos participantes.
2. O Momento Cultural (06/11 - quarta-feira s 18h) foi realizado no Museu da Baronesa (Av. Domingos de Almeida, 1490 - Bairro Areal, Pelotas/RS).
3. O jantar de confraternizao (07/11 - quinta-feira s 20h) foi oferecido como cortesia da Comisso Organizadora do 19 Encontro a ASPHE, no Liceu de Artes e Ofcios (Rua Conde de Porto Alegre, 171, Pelotas/RS).
-
SESSES DE COMUNICAES 23
SESSES DE COMUNICAES DE TRABALHOS NO 19 ENCONTRO DA ASPHE - 2013
DIA 06 DE NOVEMBRO - QUARTA-FEIRA (tarde)
SC 01 Sala 206
Coordenador(a): Antonio Mauricio Medeiros Alves
Monitora: Talita Mastrantonio
HORRIO TRABALHO AUTOR(A) / AUTORES(AS)
14:00 - 14:15 A LNGUA E A CULTURA POMERANA NA ESCOLA GERMANO HBNER ATRAVS DO PROJETO POMERANDO
Danilo Kuhn da Silva
14:15 - 14:30 MEMRIAS DE EX-ALUNOS SOBRE UM ENSINO DE MATEMTICA NO COLGIO DE APLICAO DA BAHIA (1966-1976)
Diogo Franco Rios
14:30 - 14:45
MEMRIAS DE FORMAO INICIAL DE PROFESSORES DE MSICA EM CONTEXTO URUGUAIO: A INFLUNCIA DA FAMLIA
Luciane Wilke Freitas Garbosa Franciele Maria Anezi Vanessa Weber
14:45 - 15:00 MEMRIAS QUE ECOAM NO FAZER DOCENTE: UM ESTUDO SOBRE NARRATIVAS DE PROFESSORAS
Maiara Michele Carvalho Correa
15:00 - 15:30 Debate sobre os 4 primeiros trabalhos da sala
15:30 - 15:45 Intervalo
15:45 - 16:00
ASPECTOS DA TRAJETRIA PROFISSIONAL DA PROFESSORA PRIMRIA CECY CORDEIRO THOFEHRN E A MATEMTICA ESCOLAR (1941-1971)
Antnio Maurcio Alves
16:00 - 16:15 O COLGIO DE APLICAO DA UFRGS: MEMRIAS APAGADAS (1954-1996)
Doris Bittencourt Almeida Valeska Alessandra de Lima Thaise Mazzei da Silva
16:15 - 16:30 O PROJETO MINERVA: UMA HISTRIA (1970 1983)
Jose Carlos Santos
16:30 - 16:45 A ESCOLA RICO VERSSIMO EM VISTA GACHA - RS: MEMRIAS REVISITADAS
Fabiana Regina da Silva Cinara Dalla Costa Velsquez Josiane Caroline Machado Carr
16:45 - 17:15 Debate sobre os ltimos 4 trabalhos da sala
17:15 - 17:30 Tempo de tolerncia (para caso de atrasos na sala)
-
SESSES DE COMUNICAES 24
DIA 06 DE NOVEMBRO - QUARTA-FEIRA (tarde)
SC 02 Sala 301
Coordenador(a): Elomar Tambara
Monitora: Nitri Ferreira Vieira
HORRIO TRABALHO AUTOR(A) / AUTORES(AS)
14:00 - 14:15
A ORGANIZAO E O TRATAMENTO TCNICO DA HEMEROTECA DO CENTRO DE DOCUMENTAO (CEDOC-CEIHE): UM ESPAO PARA SALVAGUARDAR A HISTRIA DA EDUCAO DA CIDADE DE PELOTAS/RS
Vanessa Barrozo Teixeira Aline Dauniz Sicca Nitri Ferreira Vieira Scheila Duarte
14:15 - 14:30 MAGISTRIO, EDUCAO E POLTICA NOS JORNAIS CORREIO DO POVO E LTIMA HORA (1963-1964)
Beatriz Fischer
14:30 - 14:45 A MATERIALIDADE E OS PROTOCOLOS DE LEITURA: PRIMEIROS OLHARES SOBRE O JORNAL FAZENDO HISTRIA
Patrcia Vieira
14:45 - 15:00 PROGRAMA DE SOCIOLOGIA DE AMARAL FONTOURA: NOTAS SOBRE UM COMPNDIO DA DCADA DE 1940
Marcelo Pinheiro Cigales
15:00 - 15:30 Debate sobre os 4 primeiros trabalhos da sala
15:30 - 15:45 Intervalo
15:45 - 16:00 ANLISE E ESTUDO DE IMPRESSOS - A REVISTA O PEQUENO LUTERANO
Patrcia Weiduschadt
16:00 - 16:15 A PRODUO GACHA DE LIVROS DIDTICOS ENTRE OS ANOS DE 1940 A 1980
Ccera Marcelina Vieira Mnica Maciel Vahl Chris de Azevedo Ramil Francieli Daiane Borges
16:15 - 16:30 MICUIM: O OFICIAL E IRREVERENTE JORNALZINHO DO CLUBE EXCURSIONISTA SERRA DO MAR (CESM 1948-1958)
Gabriela Mathias de Castro
16:30 - 16:45 MISSO EDUCACIONAL AO URUGUAI: APRENDIZAGEM, MTODOS, PRINCPIOS
Elomar Tambara Eduardo Arriada
16:45 - 17:00
O JORNAL ESTRELLA DO SUL COMO UMA ESTRATGIA DE INTERVENO NO DEBATE EDUCACIONAL NA PRIMEIRA METADE DE 1930
Adriana Duarte Leon
17:00 - 17:30 Debate sobre os ltimos 5 trabalhos da sala
-
SESSES DE COMUNICAES 25
DIA 06 DE NOVEMBRO - QUARTA-FEIRA (tarde)
SC 03 Sala 304
Coordenador(a): Rita de Cssia Grecco dos Santos
Monitora: Janana Barela Meireles
HORRIO TRABALHO AUTOR(A) / AUTORES(AS)
14:00 - 14:15 A LITERATURA COMO PRIVILEGIADA LEITORA DOS SIGNOS DA HISTRIA
Francieli Daiane Borges
14:15 - 14:30 A REVISTA O ESTUDO E SUAS FOTOGRAFIAS: ALGUNS APONTAMENTOS DE PESQUISA
Andra Silva de Fraga
14:30 - 14:45 A SOCIEDADE DE PROPAGANDA DO TIRO BRAZILEIRO DE RIO GRANDE E AS LINHAS DE TIRO: ESCOLAS DE BRASILIDADE
Genivaldo Gonalves Pinto
14:45 - 15:00
A TOMADA DA PONTE DA AZENHA, EXPEDIO A LAGUNA E A CHEGADA DOS CASAIS AORIANOS: A TRAJETRIA DE TRS PINTURAS HISTRICAS
Marlene Ourique do Nascimento
15:00 - 15:30 Debate sobre os 4 primeiros trabalhos da sala
15:30 - 15:45 Intervalo
15:45 - 16:00
AUGUSTO CURY E AUTORES DE LIVROS DE AUTOAJUDA PARA PROFESSORES NA CONTEMPORANEIDADE: UM CAPTULO NA HISTRIA DAS PRTICAS DE LEITURA DE DOCENTES NO BRASIL
Carine Winck Lopes
16:00 - 16:15 JOHN STUART MILL E A DEFESA DA ESCOLA PRIVADA E LAICA
Itamaragiba Chaves Xavier
16:15 - 16:30 O TRABALHO DOCENTE NO ESTADO NOVO (1937-1945) EM PELOTAS/RS
Vanessa dos Santos Lemos
16:30 - 16:45
OS JOVENS E ADULTOS NA POLTICA EDUCACIONAL CUBANA: PERSPECTIVA SOCIOCULTURAL DA HISTRIA DA EDUCAO EM CUBA (1959-1985)
Rita de Cssia Grecco dos Santos Francisco Furtado Gomes Riet Vargas
16:45 - 17:00
UM ESTUDO COMPARATIVO ENTRE AS LEIS DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAO, LEIS 4024/61 E 9394/96 NO QUE TANGE AO ENSINO SUPERIOR
Cristiane Hoffmann Moreira
17:00 - 17:30 Debate sobre os ltimos 5 trabalhos da sala
-
SESSES DE COMUNICAES 26
DIA 06 DE NOVEMBRO - QUARTA-FEIRA (tarde)
SC 04 Sala 306
Coordenador(a): Zita Possamai
Monitora: Luza Larrossa da Fonseca
HORRIO TRABALHO AUTOR(A) / AUTORES(AS)
14:00 - 14:15 O USO DOS ARQUIVOS UNIVERSITRIOS COMO FONTE DE PESQUISA PARA ESTUDOS EM HISTRIA DA EDUCAO
Tatiane Vedoin Vieiro
14:15 - 14:30
A HISTRIA DA EDUCAO ENQUANTO CAMPO DE MLTIPLAS RELAES: APROXIMAES COM A MUSEOLOGIA E O ESTUDO DOS MUSEUS
Ana Carolina Gelmini de Faria
14:30 - 14:45 DO ENSINO MEMRIA: OS MUSEUS ESCOLARES EM PORTO ALEGRE
Zita Possamai Nara Beatriz Witt
14:45 - 15:00 ASPECTOS DA HISTRIA DA BIBLIOTECA PBLICA MUNICIPAL DE PIRATINI/RS (1977-1982): ACERVO, LEITURAS E LEITORES
Darlene Rosa da Silva
15:00 - 15:30 Debate sobre os 4 primeiros trabalhos da sala
15:30 - 15:45 Intervalo
15:45 - 16:00 HISTRIA DA EDUCAO E MUSEUS Natlia Thielke
16:00 - 16:15 MUSEU ESCOLAR: REORGANIZAO DO ACERVO DA ESCOLA MARISTA EM SO GABRIEL RS
Maria Aparecida Possati dos Santos Carlos Alberto Xavier Garcia
16:15 - 16:30
UM OLHAR SOBRE AS AES EDUCATIVAS DO PROGRAMA DE PRESERVAO DO PATRIMNIO CULTURAL DA REGIO DO ANGLO
Nris Leal
16:30 - 16:45 O(S) LIVRO(S) DE LEITURA QUIERES LEER? E QUERES LER?: DO URUGUAI PARA O RIO GRANDE DO SUL
Gabriela Nogueira Eliane Peres Caroline Braga Michel
16:45 - 17:00
O PRIMEIRO GABINETE DE LEITURA DA PROVNCIA DE SO PEDRO DO RIO GRANDE DO SUL: UM ESPAO PARA A CULTURA LETRADA DA CIDADE DO RIO GRANDE (1846-1878)
Vanessa Barrozo Teixeira
17:00- 17:30 Debate sobre os ltimos 5 trabalhos da sala
-
SESSES DE COMUNICAES 27
DIA 06 DE NOVEMBRO - QUARTA-FEIRA (tarde)
SC 05 Sala 308
Coordenador(a): Vnia Grim Thies
Monitora: Joseane Monks
HORRIO TRABALHO AUTOR(A) / AUTORES(AS)
14:00 - 14:15
A ESCRITA EPISTOLAR E O CLERO FRONTEIRIO: UMA LEITURA DAS CARTAS DE DOM JOAQUIM ACERCA DA FORMAO E ATUAO DO CLERO NA DIOCESE DE PELOTAS
Carla Gastaud Cristiele Santos de Souza
14:15 - 14:30 CONTRIBUIES PARA UMA ESCRITA BRASILEIRA: O ENSINO DA ESCRITA NAS PUBLICAES DE ORMINDA MARQUES
Carolina Monteiro
14:30 - 14:45
CPIA DE ATIVIDADES DE CARTILHAS: O QUE REVELAM OS CADERNOS DE PLANEJAMENTO DE UMA PROFESSORA ALFABETIZADORA (1983-2000)
Ccera Vieira Joseane Cruz Fernanda Noguez Vieira
14:45 - 15:00
A INSTITUIO ESCOLAR DE ENSINO PRIMRIO EXTERNATO SO JOS NA DCADA DE 1950: OS DIRIOS DE CLASSE COMO FONTE DOCUMENTAL
Luiza Gonalves Fagundes
15:00 - 15:30 Debate sobre os 4 primeiros trabalhos da sala
15:30 - 15:45 Intervalo
15:45 - 16:00 ABECEDRIOS EM CIRCULAO: ENTRE DICIONRIOS, LIVROS E CARTILHAS ESCOLARES
Maria Stephanou Mariana Venafre
16:00 - 16:15
CADERNOS DE DITADO:VITRINE DO ENSINO DE ORTOGRAFIA NA ESCOLA PRIMRIA (COLGIO FARROUPILHA/RS 1948/1991)
Maria Helena Cmara Bastos
16:15 - 16:30 CARTAS DE FRONTEIRA: UM UNIVERSO PECULIAR
Carla Gastaud
16:30 - 16:45 TTULOS DE LIVROS PARA O ENSINO DA LEITURA E DA ESCRITA COMO PROJETO ENUNCIATIVO (1950-2006)
Eliane Peres Vnia Grim Thies Joseane Monks
16:45 - 17:15 Debate sobre os ltimos 4 trabalhos da sala
17:15 - 17:30 Tempo de tolerncia (para caso de atrasos na sala)
-
SESSES DE COMUNICAES 28
DIA 06 DE NOVEMBRO - QUARTA-FEIRA (tarde)
SC 06 Sala 309
Coordenador(a): Edelbert Krger
Monitor: Cassiano Caldeira
HORRIO TRABALHO AUTOR(A) / AUTORES(AS)
14:00 - 14:15 A EXPERINCIA DAS PRIMEIRAS MULHERES DOCENTES NO COLGIO MILITAR DE PORTO ALEGRE
Patrcia Carra
14:15 - 14:30 UM NOVO CENRIO PARA A EDUCAO PROFISSIONAL E TECNOLOGICA NO RIO GRANDE DO SUL
Edelbert Krger Elomar Tambara
14:30 - 14:45 SOMBRA DAS TRS FIGUEIRAS: O NOVO COLGIO FARROUPILHA (PORTO ALEGRE/ RS 1962)
Lucas Grimaldi
14:45 - 15:00 APROPRIAES DAS CLASSES EXPERIMENTAIS SECUNDRIAS NO ESTADO DE SO PAULO (1955-1964)
Letcia Vieira Norberto Dallabrida
15:00 - 15:30 Debate sobre os 4 primeiros trabalhos da sala
15:30 - 15:45 Intervalo
15:45 - 16:00
AS ESCOLAS ISOLADAS NO PERODO DE IMPLANTAO DO MODELO ESCOLAR SERIADO NO RIO GRANDE DO SUL (1909-1942)
Natlia Gil
16:00 - 16:15
FACULDADE DE DIREITO DE PELOTAS/BRASIL - CONSIDERAES EM TORNO DE DOIS CONTEXTOS: SUA ORIGEM EM 1912 E CINCO DCADAS DEPOIS
Valesca Brasil Costa Beatriz Fischer
16:15 - 16:30
O HISTRICO DE INSTITUIES EDUCATIVAS E SEUS DILOGOS ENTRE OS MICRO-ESPAOS E AS MACRO-ESTRUTURAS: CORRELAES DO DIREITO EDUCAO E A OBRIGATORIEDADE DO ESTADO
Ariane dos Reis Duarte Artur Diego da Silva Alexandrino
16:30 - 16:45
COLLEGIO ELEMENTAR CASSIANO DO NASCIMENTO: CRIAO E PRIMEIROS ANOS DE FUNCIONAMENTO PELOTAS (1913-1923)
Nitri Ferreira Vieira Aline Dauniz Sicca Giana Lange do Amaral
16:45 - 17:00 A ESCOLA PRIMRIA NO PROJETO CIVILIZATRIO INDUSTRIAL NO BRASIL
Flvio Ancio Andrade
17:00 - 17:30 Debate sobre os ltimos 5 trabalhos da sala
-
SESSES DE COMUNICAES 29
DIA 07 DE NOVEMBRO - QUINTA-FEIRA (tarde)
SC 07 Sala 206
Coordenador(a): Lisiane Sias Manke
Monitora: Luza Larrossa da Fonseca
HORRIO TRABALHO AUTOR(A) / AUTORES(AS)
14:00 - 14:15
LEITURA DE MULHERES AGRICULTORAS IDOSAS DA CIDADE DE VERANPOLIS - RS: ESTUDO A PARTIR DE NARRATIVAS ORAIS
Janaina Carobin Marin Renata Braz Gonalves
14:15 - 14:30
OS LIVROS PARA O ENSINO DA LEITURA E DA ESCRITA E OS CONTRATOS DO PROGRAMA DO LIVRO DIDTICO PARA O ENSINO FUNDAMENTAL 1972
Mnica Maciel Vahl Ccera Marcelina Vieira
14:30 - 14:45
ACERVOS ESCOLARES E HISTRIA DAS INSTITUIES EDUCACIONAIS: O CASO DA ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO FUNDAMENTAL GENERAL OSRIO
Maria Augusta Martiarena de Oliveira
14:45 - 15:00
OS DIRIOS DE CLASSE (1930-1940) E A CARTILHA ...ESTOU LENDO!!! (1978-1989): ELEMENTOS DA PRTICA ESCOLAR MATOGROSSENSE
Luiza Gonalves Fagundes Alessandra Pereira Carneiro Rodrigues
15:00 - 15:30 Debate sobre os 4 primeiros trabalhos da sala
15:30 - 15:45 Intervalo
15:45 - 16:00 O DIRIO DA DIRETORA DO CURSO PRIMRIO DO COLGIO FARROUPILHA POA/RS (1968/1973)
Alice Rigoni Jacques
16:00 - 16:15 TRAOS DENTRO E FORA DA ESCOLA: UMA ANLISE SOB A PERSPECTIVA DAS ESCRITURAS ORDINRIAS
Roberta Barbosa dos Santos
16:15 - 16:30 A CIRCULAO DA CULTURA ESCRITA EM CONTEXTOS RURAIS: O CASO DE LEITORES ASSDUOS
Lisiane Sias Manke
16:30 - 16:45
A IMPLANTAO DA REFORMA EDUCACIONAL NO RIO GRANDE DO SUL: UMA ANLISE DA REVISTA DO ENSINO NA ERA VARGAS
Marlos Mello
16:45 - 17:15 Debate sobre os ltimos 4 trabalhos da sala
17:15 - 17:30 Tempo de tolerncia (para caso de atrasos na sala)
-
SESSES DE COMUNICAES 30
DIA 07 DE NOVEMBRO - QUINTA-FEIRA (tarde)
SC 08 Sala 251
Coordenador(a): Giana Lange do Amaral
Monitora: Aline Dauniz Sicca
HORRIO TRABALHO AUTOR(A) / AUTORES(AS)
14:00 - 14:15
UM ESTUDO COMPARADO DO ENSINO SECUNDRIO DAS CIDADES DE PELOTAS E RIO GRANDE /RS (DCADAS DE 1870 A 1910)
Hardalla Santos do Valle Giana Lange do Amaral
14:15 - 14:30
HISTRIA DA EDUCAO PROFISSIONAL PBLICA: DAS ESCOLAS DE APRENDIZES ARTFICES CRIAO DOS INSTITUTOS DE EDUCAO, CINCIA E TECNOLOGIA
Michele de Almeida Schmidt Miguel Alfredo Orth
14:30 - 14:45 MATRCULA E TRAJETRIA DE ALUNOS NA ESCOLA PRIMRIA: O CASO DA 38 AULA MISTA DE PORTO ALEGRE (1910-1918)
Joseane Leonardi Craveiro El Hawat
14:45 - 15:00
ORGANIZACIONES DE EDUCACIN SUPERIOR Y TICA DE LA RESPONSABILIDAD SOCIAL. UNA MIRADA A LA MICROPOLTICA DEL INSTITUTO NORMAL RURAL (1960)
Gabriela Esteva
15:00 - 15:30 Debate sobre os 4 primeiros trabalhos da sala
15:30 - 15:45 Intervalo
15:45 - 16:00 OS CONCEITOS DE PIERRE BOURDIEU COMO INSTRUMENTOS DE ANLISE DE INSTITUIO EDUCATIVA
Clarice Rego Magalhes
16:00 - 16:15 PRIMEIROS ANOS DE FUNCIONAMENTO DO COLLEGIO ELEMENTAR FELIX DA CUNHA EM PELOTAS/RS (1913 1930)
Aline Dauniz Sicca Nitri Ferreira Vieira Giana Lange do Amaral
16:15 - 16:30
A EDUCAO INFANTIL EM TUBARO/SC: ESTUDO DA ORGANIZAO E PRTICA PEDAGGICA EM UMA INSTITUIO INFANTIL (1960-1970)
Marlise de Medeiros Nunes de Pieri
16:30 - 16:45 UNIVERSIDADE NO BRASIL: UNIVERSIDADE COMUNITRIA E REGIONAL NA SERRA GACHA
Eliana Gasparini Xerri
16:45 - 17:00
CONJUNTURA PARA A HISTRIA DA EDUCAO DE LOS ABAJO NA REPBLICA VELHA (1889-1930): PENSANDO UMA HISTRIA DA EDUCAO NA CIDADE DE RIO GRANDE/RS
Rita de Cssia Grecco dos Santos Francisco Vargas
17:00 - 17:30 Debate sobre os ltimos 5 trabalhos da sala
-
SESSES DE COMUNICAES 31
DIA 07 DE NOVEMBRO - QUINTA-FEIRA (tarde)
SC 09 Sala 253
Coordenador(a): Eliane Peres
Monitora: Joseane Monks
HORRIO TRABALHO AUTOR(A) / AUTORES(AS)
14:00 - 14:15
A NACIONALIZAO DO ENSINO E AS CAMPANHAS DE ALFABETIZAO NAS PGINAS DO CORREIO DE SO LEOPOLDO (1937-1951)
Ariane dos Reis Duarte
14:15 - 14:30 AS CONTRIBUIES DA IMPRENSA NO PEDAGGICA NA PESQUISA: O ASILO DE RFS SO BENEDITO
Jeane Caldeira Jesuna Schwanz
14:30 - 14:45
APONTAMENTOS HISTRICOS SOBRE A INSTRUO PBLICA NA CIDADE DO RIO GRANDE, A FUNDAO DO GINSIO LEMOS JNIOR E O CONCEITO DE INSTITUIO
Fernanda Lisiane de Oliveira Sauer Carmen Beatriz Pereira Leal
14:45 - 15:00
OBJETOS VENDA: A COMERCIALIZAO DE MATERIAIS ESCOLARES VEICULADA EM JORNAIS DE SANTA CATARINA (1915-1950)
Slia Ana Zonin Hiassana Scaravelli
15:00 - 15:30 Debate sobre os 4 primeiros trabalhos da sala
15:30 - 15:45 Intervalo
15:45 - 16:00
OSTENSOR BRASILEIRO. JORNAL LITERRIO E PICTORIAL (1845-1846): UM PROJETO EDUCATIVO DO CIDADO BRASILEIRO
Tatiane de Freitas Ermel Marcelo da Silva Rocha
16:00 - 16:15
RECLAME, PROPAGANDA E MARKETING EDUCACIONAL: VISIBILIDADE PARA AS INSTITUIES DE ENSINO PRIVADAS DE PELOTAS-RS NOS SCULOS XIX, XX, XXI
Helena de Arajo Neves
16:15 - 16:30
RELAES ENTRE AS AUTORAS DE CARTILHAS, AS EDITORAS E O ESTADO NO RIO GRANDE DO SUL ENTRE AS DCADAS DE 1940 A 1970
Eliane Peres Chris de Azevedo Ramil Mnica Maciel Vahl
16:30 - 16:45
VALORES CVICOS NOS CADERNOS ESCOLARES DO CURSO PRIMRIO (COLGIO FARROUPILHA/RS, DCADA 1950)
Milene Moraes de Figueiredo
16:45 - 17:15 Debate sobre os ltimos 4 trabalhos da sala
17:15 - 17:30 Tempo de tolerncia (para caso de atrasos na sala)
-
SESSES DE COMUNICAES 32
DIA 07 DE NOVEMBRO - QUINTA-FEIRA (tarde)
SC 10 Sala 307
Coordenador(a): Diogo Franco Rios
Monitora: Talita Mastrantonio
HORRIO TRABALHO AUTOR(A) / AUTORES(AS)
14:00 - 14:15
A IMPORTNCIA PEDAGGICA DO DIRETOR DE EDUCAO FSICA NA PRIMEIRA REPBLICA NA PRAA DE DESPORTOS: PRIMEIRAS APROXIMAES, O CASO DE BAG/RS
Alessandro Carvalho Bica Berenice Corsetti
14:15 - 14:30
A PEDAGOGIA DA EDUCAO ANTROPOCNTRICA: OS ANIMAIS E AS PLANTAS NOS LIVROS DE ENSINO DE CINCIAS (1960-1970)
Catia Elaine Alves Contante Cynara de Oliveira Geraldo Carlos Renato Carola
14:30 - 14:45
DELSUAMY VIVEKANANDA MEDEIROS (1938-2004): REFLEXES SOBRE UM PERFIL PEDAGGICO-MUSICAL NO SUL DO RIO GRANDE DO SUL
Daniel Ribeiro Medeiros
14:45 - 15:00
EDUCACIN DEL CUERPO Y CONFIGURACIONES CURRICULARES EN LA PRIMERA MODALIDAD DE FORMACIN PARA EL DICTADO DE LA GIMNASTICA EN LA ESCUELA EN URUGUAY
Paola Dogliotti
15:00 - 15:30 Debate sobre os 4 primeiros trabalhos da sala
15:30 - 15:45 Intervalo
15:45 - 16:00
O CUIDADO NA ENFERMAGEM: COMO ENSIN-LO E APREND-LO? UMA ANLISE A LUZ DA HISTRIA ORAL EM UNIVERSIDADES GACHAS
Ruy de Almeida Barcellos Lcio Kreutz
16:00 - 16:15 HISTRIA DO ENSINO DE HISTRIA NO RS: ANLISE REFLEXIVA A PARTIR DAS LIES DO RIO GRANDE
Carlos Alberto Xavier Garcia
16:15 - 16:30
O CURSO DE REFRIGERAO INDUSTRIAL E DOMICILIAR DO COLGIO TCNICO INDUSTRIAL DE RIO GRANDE: PIONEIRO NO BRASIL
Josiane Alves da Silveira Jarbas Luiz Lima de Souza
16:30 - 16:45 A DISCIPLINA DE EDUCAO FSICA NOS ORDENAMENTOS LEGAIS DA EDUCAO BRASILEIRA: 1961-1996
Rony Centeno Junior
16:45 - 17:15 Debate sobre os ltimos 4 trabalhos da sala
17:15 - 17:30 Tempo de tolerncia (para caso de atrasos na sala)
-
SESSES DE COMUNICAES 33
DIA 07 DE NOVEMBRO - QUINTA-FEIRA (tarde)
SC 11 Sala 308
Coordenador(a): Patrcia Weiduschadt
Monitora: Janana Barela Meireles
HORRIO TRABALHO AUTOR(A) / AUTORES(AS)
14:00 - 14:15 ESCOLAS TNICAS POLONESAS NO RIO GRANDE DO SUL 1875 1939
Adriano Malikoski
14:15 - 14:30 A TENDNCIA GREGRIA DOS IMIGRANTES ALEMES E TEUTO-BRASILEIROS EM PELOTAS - SCULO XIX
Maria Angela Peter da Fonseca Elomar Tambara
14:30 - 14:45 JORNAL STELLA DITALIA E A DEFESA DAS ESCOLAS ITALIANAS DE PORTO ALEGRE (1902-1904)
Gelson Rech
14:45 - 15:00
OS PRIMEIROS TEMPOS DE ESCOLA EM LOMBA GRANDE: ESCOLA DA COMUNIDADE EVANGLICA LUTERANA (1834-1881)
Jos Edimar de Souza Luciane Sgarbi S. Grazziotin
15:00 - 15:30 Debate sobre os 4 primeiros trabalhos da sala
15:30 - 15:45 Intervalo
15:45 - 16:00 PRTICA DOCENTE EM UMA ESCOLA PAROQUIAL DE ARROIO DO PADRE RS (1950-1960)
Cssia Beiersdorf Patrcia Weiduschadt
16:00 - 16:15
A DIVERSIDADE CULTURAL NA ESCOLA: UM ESTUDO COM NFASE NO PROCESSO COLONIZATRIO POLONS EM DOM FELICIANO/RS
Rozele Borges Nunes
16:15 - 16:30 A ESCOLA RURAL E O PROJETO CIVILIZATRIO INDUSTRIAL NO BRASIL (1930-1945)
Flvio Ancio Andrade
16:30 - 16:45
MEMRIAS DA PROFESSORA VANDA LIDE SCHUMACHER SOLDATELLI SOBRE A RELAO ESCOLA - COMUNIDADE, NA ANTIGA REGIO DE IMIGRAO ITALIANA/RS, 1941-1973
Jordana Wruck Timm Lcio Kreutz
16:45 - 17:15 Debate sobre os ltimos 4 trabalhos da sala
17:15 - 17:30 Tempo de tolerncia (para caso de atrasos na sala)
-
SESSES DE COMUNICAES 34
DIA 07 DE NOVEMBRO - QUINTA-FEIRA (tarde)
SC 12 Sala 309
Coordenador(a): Giani Rabelo
Monitor: Cassiano Caldeira
HORRIO TRABALHO AUTOR(A) / AUTORES(AS)
14:00 - 14:15 O CIRCUITO DA PRODUO DE LIVROS DIDTICOS:O CASO DA COLEO TAPETE VERDE (DCADA DE 1970)
Chris de Azevedo Ramil
14:15 - 14:30 AS ASSOCIAES AUXILIARES DA ESCOLA EM ESCOLAS PBLICAS DO SUL DE SANTA CATARINA (1938-1988)
Mariane Rocha Niehues Vanessa Massiroli Giani Rabelo
14:30 - 14:45
A IMPLANTAO DO BANCO DE DADOS DIGITAL DO CENTRO DE DOCUMENTAO (CEDOC-CEIHE): OTIMIZANDO O ACESSO HISTRIA DA EDUCAO
Vanessa Barrozo Teixeira Magali Martins Aquino
14:45 - 15:00 OS PRIMEIROS ANOS DE IMPLANTAO DO GINSIO DE ITABAIANA/SERGIPE (1949-1953)
Silvnia Santana Costa
15:00 - 15:30 Debate sobre os 4 primeiros trabalhos da sala
15:30 - 15:45 Intervalo
15:45 - 16:00 A EXPERINCIA DAS PRIMEIRAS MULHERES DOCENTES NO COLGIO MILITAR DE PORTO ALEGRE
Patrcia Carra
16:00 - 16:15 O CENTRO ESPRITA COMO ESPAO EDUCACIONAL: O ESTUDO SISTEMATIZADO DA DOUTRINA ESPRITA
Marcelo Freitas Gil
16:15 - 16:30
UMA ANLISE DOS EXERCCIOS DE SEPARAO DE SLABAS NOS DIRIOS DE CLASSE DAS PROFESSORAS ALFABETIZADORAS (1972 A 2010)
Gisele Ramos Lima
16:30 - 16:45
PROCESSOS IDENTITRIOS E REPRESENTAES CONSTRUINDO UMA INSTITUIO ESCOLAR: O COLGIO SAGRADO CORAO DE JESUS, BENTO GONALVES/RS (1956 1972)
Julia Tomedi Poletto Lcio Kreutz
16:45 - 17:15 Debate sobre os ltimos 4 trabalhos da sala
17:15 - 17:30 Tempo de tolerncia (para caso de atrasos na sala)
-
ANAIS - ARTIGOS 37
A TOMADA DA PONTE DA AZENHA, EXPEDIO A LAGUNA E A CHEGADA DOS CASAIS AORIANOS:
A TRAJETRIA DE TRS PINTURAS HISTRICAS
Marlene Ourique do Nascimento Programa de Ps Graduao em Educao UFRGS
Resumo Este artigo insere-se no mbito dos estudos em Histria cultural e Histria da Educao e pretende uma analise da produo e circulao de trs telas a leo encomendada por Borges de Medeiros, ento governador do estado do Rio Grande do Sul para serem expostas no Palcio Piratini, sede do governo gacho. Apresento a seguir os resultados das primeiras aproximaes com o corpus emprico desta pesquisa. O percurso a ser analisado compreende os anos de 1914 a 1935, desde a encomenda das obras at a sua instalao na edificao que abrigou o pavilho de cultura da exposio do centenrio da Revoluo Farroupilha, hoje Instituto de Educao Flores da Cunha na cidade de Porto Alegre. Palavras-chave: Imagem, Histria, Educao.
Pretendo neste artigo apresentar o resultado das primeiras aproximaes
com o corpus emprico do meu projeto de dissertao de Mestrado. Este projeto
insere-se no mbito dos estudos em Histria cultural e Histria da Educao e
pretende analisar a produo e percurso de trs grandes telas a leo encomendada
por Borges de Medeiros, para serem expostas no Palcio Piratini, sede do governo
gacho. Em razo da grande dimenso das telas no foi possvel sua instalao no
palcio do governo, assim, a partir deste evento, estes objetos passam a percorrer
uma singular trajetria dentro da cidade de Porto Alegre.
O percurso a ser analisado compreende os anos de 1914 a 1935, desde a
encomenda das obras at a sua instalao na edificao que abrigou o pavilho de
cultura da exposio do centenrio da Revoluo Farroupilha, hoje Instituto de
Educao Flores da Cunha na cidade de Porto Alegre.
Durante o mapeamento das informaes sobre os eventos que envolvem
estas obras deparei-me com a total ausncia de trabalhos que as tenham como
objeto de pesquisa. Chamou-me a ateno ainda, o numero de pessoas que
desconheciam totalmente a existncia destas telas. Analisar a trajetria destas obras
e a histria que as cerca a razo principal deste projeto.
-
ANAIS - ARTIGOS 38
Ulpiano Bezerra de Meneses em seu artigo Rumo a uma Histria Visual
(2005) parte do princpio da existncia de uma dimenso visual no todo social,
(MENESES, 2005, p. 35), ou seja, que dentro das relaes sociais e da prpria
histria esto presentes campos visuais, espaos sensveis dentro das relaes
sociais. So nesses espaos sensveis que as imagens habitam.
Atentos em no reduzi-las a temas ou a meras ilustraes como vemos
recorrentemente nos livros didticos, no podemos analisar uma imagem partindo
apenas do artefato que a sustenta, mas sim, inseri-la na sociedade que a produziu e
cerc-la de informaes e perguntas. Deve-se concluir, sobretudo, pela exigncia
de examinar as fontes visuais mais do que como documentos, como ingredientes do
prprio jogo social, na sua complexidade de heterogeneidade (MENESES, 2005, p.
44). Se as imagens esto inseridas como agentes na sociedade e seus movimentos
de circulao e recepo esto ligados aos indivduos importante que haja
preocupao dos pesquisadores em analis-las criticamente, assim como a
complexa estrutura social que as abriga.
Desde o incio do projeto sabamos que um dos primeiros problemas a
serem enfrentados seria a escassa produo acadmica tendo como objeto de
estudo estas obras em questo. Por isso quando busquei construir o estado da arte
tive que voltar a minha ateno a trabalhos que pudessem me ajudar a
contextualizar o perodo em questo. Interessa-me, tanto o perodo de encomenda
das telas, que coincide com a etapa final da construo do Palcio Piratini, sede do
governo do estado do Rio Grande do Sul na dcada de 1920, quanto o contexto de
instalao delas na edificao que hoje abriga o Instituto de Educao Flores da
Cunha.
Reforo que a minha pretenso durante o estado da arte contextualizar
os eventos que fazem parte do perodo de produo destas obras, porm sem
esquecer-se de contemplar trabalhos que se aproximam deste projeto pela inteno
de pesquisa, no que diz respeito cultura visual e representaes.
Em minha metodologia de pesquisa, utilizei como palavras chave no
filtro de pesquisa da CAPS: Pintura Histrica, Arte Farroupilha, Centenrio
Farroupilha, Palcio Piratini e Borges de Medeiros. Utilizei nesta pesquisa, visto o
reduzido nmero de trabalhos que se aproximam do meu problema de pesquisa,
-
ANAIS - ARTIGOS 39
tanto a opo expresso exata quanto opo todas as palavras.
A dissertao de Mestrado de Luciana da Costa de Oliveira denominada
O Rio Grande do Sul de Aldo Locatelli: Arte, Historiografia e Memria Regional nos
Murais do Palcio Piratini para mim de extrema importncia, pois se relaciona
muito com este projeto no que diz respeito inteno de pesquisa.
Em seu captulo, O Palcio e as Artes, Oliveira trata das encomendas do
estado feitas para adornar o recm-construdo Palcio Piratini e a relao destas
encomendas com a ideologia poltica dominante, chama a ateno forma como era
utilizada a pintura histrica no sentido de construir, reforar e legitimar identidades.
Afora as questes relacionadas especificamente arquitetura, de extrema relevncia apontar, ainda, os planos elaborados para a decorao do Palcio Piratini. Esta, que no englobava apenas o conjunto escultrico de autoria do escultor francs Paul Landowski, visava, igualmente, aquisio de pinturas a leo de grande porte, executadas em telas, cuja temtica centrava-se em fatos histricos que aliceravam, no conjunto, os ideais republicanos (OLIVEIRA, 2011, p. 40).
Para que seja possvel a anlise de uma imagem faz-se necessrio um
grande nmero de pontos de vista sobre ela. Um deles, passa pelo contexto e pela
inteno da imagem. Neste sentido, a questo que se impem sobre estas trs
obras o ponto em comum entre elas: a temtica da Revoluo Farroupilha. Sobre
isso Oliveira diz:
Nesse sentido, buscando elementos na Revoluo Farroupilha (1835-1845), pois esta representou o descontentamento mximo dos sul-rio-grandenses em relao poltica imperial, nada mais justo que os mitos e os heris fossem construdos a partir da visualizao dos feitos de grandes homens e da apreenso de fatos especficos que foram levados a cabo pelos farroupilhas. Assim, a partir da heroicizao de determinados personagens e, tambm, do recorte temporal escolhido para ser rememorado, que a poltica republicana positivista encontra maneiras de reforar e legitimar seu poder atravs da criao de fortes laos entre a sociedade e seu passado (OLIVEIRA, 2011, p. 45).
No referido artigo, a autora trata das duas encomendas de Borges de
Medeiros, uma Lucilio de Albuquerque e outra a Augusto Luiz de Freitas, alm das
demais encomendas feitas ao longo deste processo a outros artistas, como Dcio
Vilares e Antnio Parreiras.
No ano de 1914 durante uma das paralisaes das obras do palcio, foi
encomendada Luclio de Albuquerque uma tela de grandes dimenses e que sua
-
ANAIS - ARTIGOS 40
temtica seguisse a linha de exaltao e celebrao dos heris e dos grandes feitos
do povo rio-grandense. Segundo Oliveira:
o assunto escolhido foi o memorvel episdio histrico do transporte por terra da esquadrilha revolucionria de 1835, da Lagoa dos Patos ao Atlntico, sob a direo de Garibaldi. A pintura Garibaldi e a esquadra farroupilha, finalizada no ano de 1919, e realizada em leo sobre tela com dimenses de grande porte (3,95 m X 6,20 m), desde o ano de 1935 encontra-se no saguo do Instituto de Educao General Flores da Cunha (OLIVEIRA, 2011, p. 50).
Da mesma forma, as outras duas telas foram encomendadas a Augusto
Luiz de Freitas, artista que tambm se destacava na pintura histrica naquele
momento. A autora tambm chama ateno para o fato de que Augusto Luiz de
Freitas teve pouca relao com o estado, apesar de ter nascido em Porto Alegre. A
este artista foram encomendadas duas telas, tambm com inteno de ficar no
Palcio Piratini.
Em 31 de agosto, o artista contratou com o governador do Estado por 60 contos de ris trs grandes composies histricas a leo sobre tela. A primeira delas, Chegada dos primeiros aorianos, era destinada sala de recepes do pavimento trreo e media 5,23 m X 4,90 m. A segunda, Combate da Ponte da Azenha, que representava o combate inicial da Revoluo Farroupilha ocorrido na Ponte de Azenha e compunha o ambiente da sala contgua primeira, media 5,46 m X 3,76 m. A ltima, representando o episdio de Lindoya, do poema Uraguai, de Baslio da Gama, que viria a decorar o gabinete de trabalho do Presidente, igualmente apresentava grandes propores, pois media 4,80 m X 3,80 (OLIVEIRA, 2011, p. 53).
Percebemos no que se refere a estas informaes o fato de ser bem
direcionada a inteno de alocar as telas de Lucilio de Albuquerque e Augusto Luiz
de Freitas no Palcio Piratini, porm, no ficamos sabendo qual foi a razo de isso
no ter acontecido. O que sabemos que elas foram postas na edificao que
abrigava o pavilho de cultura da Exposio do Centenrio Farroupilha no ano de
1935. O que nos coloca mais uma questo: onde elas estiveram por estes anos?
Esta uma das questes que sero investigas por esta pesquisa e que nada a este
respeito foi encontrado em trabalhos acadmicos at o presente momento.
Desta forma, este trabalho foi de grande importncia no sentido se
contextualizar a produo artstica desenvolvida para o Palcio Piratini. Apesar de o
trabalho no ter relao direta com a trajetria destes objetos, ele se insere
totalmente neste perodo.
-
ANAIS - ARTIGOS 41
Em 20 de Setembro de 1935 inaugurava em Porto Alegre a Exposio em
comemorao ao centenrio da Revoluo Farroupilha. O evento aconteceu na
vrzea ou campo da redeno hoje denominado Parque Farroupilha, mais
conhecido como Parque da Redeno.
Em A exposio do Centenrio da Revoluo Farroupilha nas pginas
dos jornais Correio do Povo e A Federao, dissertao de Mestrado apresentada
na Pontifcia Universidade Catlica por Giovani Costa Ceroni, temos um panorama,
no capitulo II, do contexto da exposio do centenrio.
A ideia de realizar uma grande exposio comemorativa do centenrio da Revoluo Farroupilha surgiu no final do ano de 1933, por iniciativa dos produtores rurais, atravs de sua entidade, a Federao das Associaes Rurais do estado (FARSUL), baseado no sucesso obtido por exposies anteriores realizadas no Rio Grande do Sul e no Brasil, em especial a Exposio Estadual Rural de 1931 (CERONI, 2009, p. 13).
A exposio que foi encerrada apenas em janeiro de 1936, foi evento de
grande porte organizado pelo governo do estado para celebrar a memria dos heris
farrapos. A grande exposio reuniu 3080 expositores de dentro e de fora do estado
do Rio Grande do Sul, sendo amplamente divulgado pela imprensa local durante
todo o ano de 1935. Segundo Ceroni, ainda em 1934 a imprensa gacha divulgava
matrias peridicas sobre o evento que estava por vir, frisando assim o importante
papel da imprensa no sentido de divulgar e dar grandes vultos a exposio.
De acordo com Ceroni, no relatrio de Alberto Bins sobre a exposio o
nmero de visitantes chegou a mais de um milho em um momento em que Porto
Alegre contava com cerca de 300 mil habitantes. Observamos a partir do porte do
evento o desejo de exaltao daqueles que fizeram parte da revoluo, assim como
de manter a memria daquele perodo viva no imaginrio gacho.
O que procuro ressaltar mostrando a grandiosidade deste evento o fato
de as obras em questo terem relao com a construo da memria ligada a estes
fatos. Nesse momento os membros do Instituto Histrico do Rio Grande do Sul
produzem um grande nmero de artigos e trabalhos sobre a Revoluo Farroupilha
que serviro de subsdio a historiografia do perodo.
Isso nos leva a pensar que as comemoraes do centenrio assim como
a ateno dos seus dirigentes esto para alm do estado, inserida no corrente
-
ANAIS - ARTIGOS 42
daquele perodo. E assim todo este cenrio influenciou na construo dos discursos
a cerca do centenrio da revoluo e da prpria histria da revoluo, que foi neste
momento revisitada com um novo olhar.
Em se tratando de trabalhos que tenham como objeto de pesquisa as
pinturas histricas temos a tese de Doutorado de Consuelo Alcione Borba Duarte
Schlichta, A Pintura Histrica e a Elaborao de uma Certido Visual para a nao
no Sculo XIX, apresentada na Universidade Federal do Paran no ano de 2006.
Nesta tese Consuelo aborda a relao entre arte e histria analisando o
que ela chama de patrimnio biogrfico-visual da nao. Que neste caso o
conjunto de elementos pictricos cujos smbolos contribuem para a formao de um
imaginrio nacional.
Segundo ela a iconografia pictrica fonte de representao e
compreenso dos acontecimentos histricos. Partindo do quadro Independncia ou
Morte de Pedro Amrico a autora analisa as tenses entre arte e histrica.
Nossa referncia so as obras de gnero histrico que compe o patrimnio "biogrfico-visual" da nao e retratam os grandes momentos histricos e seus heris, com destaque para a tela Independncia ou Morte, de Pedro Amrico de Figueiredo e Melo (1843-1905), na qual ele d visibilidade ao ato que anunciou a emancipao nacional. Em nosso entendimento, esta obra um dos exemplos mais reveladores no s da articulao, mas tambm da tenso entre o pictrico e o histrico, e seu autor, chave para a compreenso da Pintura Histrica brasileira poca (SCHILICHTA, 2006, p. 1).
Segundo a autora a pintura histrica vem para legitimar simbolicamente o
fato histrico em si. Sabemos claro, que os textos produzidos pelos historiadores
tambm no so uma construo exata do que foi o fato no passado. Existem
diferentes formas de anlise do texto escrito, perguntas que fazemos ao texto para
que a partir delas possamos resgatar o que mais se aproxima do passado. Com a
imagem, e no caso a pintura histrica, acontece da mesma forma, porm a
perguntas so outras. Mas, as imagens tm ainda o poder de legitimar um fato
histrico ou ainda construir uma memria a partir dele, da a relevncia de os
historiadores se apropriarem das formas de leitura de imagem e dedicarem a devida
importncia a este tema.
A montagem de um imaginrio particularmente importante na construo simblica de qualquer regime poltico, sobretudo em momentos de redefinio da identidade nacional. E, assim como o tema da independncia
-
ANAIS - ARTIGOS 43
em meados do sculo XIX ganhou destaque na historiografia, o Sete de Setembro, como momento fundador da Ptria, e o ato do Prncipe constituram objetos privilegiados da Arte nacional (SCHILICHTA, 2006, p. 16).
Aps esta explanao percebemos a grandiosidade dos eventos que
fizeram parte da trajetria das obras em questo. Tanto a construo do Palcio
Piratini quanto a Exposio do centenrio da Revoluo Farroupilha foram eventos
grandiosos que envolveram as foras polticas e intelectuais do estado e que foram
fortemente divulgados e discutidos na imprensa. Reforo aqui a importncia em
analisar a trajetria das obras em questo, pois elas se inserem em dois grandes
momentos da histria do Rio Grande do Sul.
Referncias
CERONI, Giovane Costa. A exposio do Centenrio da Revoluo Farroupilha nas pginas dos jornais Correio do Povo e A Federao. 162 p. Dissertao (Mestrado em Histria). Pontifcia Universidade Catlica do Rio Grande do Sul. 2009.
MANGUEL, Alberto. Lendo Imagens. So Paulo: Companhia das Letras, 2001.
MENESES, Ulpiano T. Bezerra de. Rumo a uma Historia Visual. In: MARTINS, Jose de Souza; ECKERT, Cornlia; NOVAES, Sylvia Cauby. O Imaginrio e o Potico nas Cincias Sociais. Bauru: Edusc, 2005.
OLIVEIRA, Luciana da Costa. O Rio Grande do Sul de Aldo Locatelli: arte, historiografia e memria regional nos murais do Palcio Piratini. 269 p. Dissertao (Mestrado em Histria). Pontifcia Universidade Catlica do Rio Grande do Sul. 2011.
SCHLICHTA, Consuelo Alcione Borba Duarte. A pintura histrica e a elaborao de uma certido visual para a nao no sculo XIX. 296 p. Tese (Doutorado em Histria). Universidade Federal do Paran. 2006.
-
ANAIS - ARTIGOS 44
PROGRAMA DE SOCIOLOGIA DE AMARAL FONTOURA: NOTAS SOBRE UM COMPNDIO1 DA DCADA DE 1940
Marcelo Pinheiro Cigales Licenciado em Cincias Sociais UFPel
Mestrando em Educao UFPel [email protected]
Resumo No incio do sculo XX, a institucionalizao da sociologia no Brasil foi marcada por uma quantidade considervel de manuais e compndios produzidos para o ensino da disciplina. Esse perodo ficou caracterizado pela diversidade terica que influenciou a escrita dos intelectuais brasileiros, empenhados na realizao dessa tarefa. Nesse sentido, o objetivo do presente artigo analisar o manual de sociologia denominado Programa de Sociologia de Afro do Amaral Fontoura publicado em 1940. Esse livro foi escrito com o intuito de servir para o Programa oficial da cadeira de sociologia na escola secundria, visto a obrigatoriedade da disciplina nessa modalidade de ensino na poca. O referencial terico-metodologico est embasado na Histria das Disciplinas Escolares e na Anlise Documental. Entre os principais resultados encontrados, podemos apontar a relao entre as ideias de Amaral Fontoura com as premissas da chamada Sociologia Crist, escola sociolgica ligada ao pensamento da Igreja Catlica e de seus postulados. Palavras-chave: Afro do Amaral Fontoura, manuais de sociologia, Sociologia Crist.
Introduo
Os manuais e compndios de sociologia utilizados para o ensino da
disciplina na educao brasileira um tema que vem despertando o interesse de
pesquisadores na rea de histria da sociologia no Brasil. Os trabalhos de Simone
Meucci (2000; 2005; 2007) Flvio Sarandy (2004) e Eliane Perez (2002) refletem
esse interesse em analisar a sociologia por meio dos manuais de sociologia no pas.
Apesar disso, possvel afirmar que ainda existe muito trabalho a ser feito, visto a
complexidade e quantidade de manuais de sociologia produzidos ainda no incio do
sculo XX.
Nesse perodo a sociologia como disciplina escolar esteve presente,
ainda que intermitente, nos trs nveis de ensino: secundrio, normal e superior. Por
se tratar de uma cincia relativamente jovem, houve no Brasil, uma facilidade na
produo de livros e manuais de ensino atrelados a concepes tericas diversas.
1 Conforme o dicionrio Aurlio (2008, p. 154) compndio significa livro para escolas. Tambm pode ser interpretado como um manual didtico para o ensino de uma disciplina.
-
ANAIS - ARTIGOS 45
Dessa forma, surgiram algumas escolas sociolgicas, entre elas a chamada
"Sociologia Crist, ligada aos pressupostos da Igreja Catlica.
Este trabalho tem por objetivo descrever e analisar, ainda que
suscintamente, o manual de Afro do Amaral Fontoura, denominado Programa de
Sociologia utilizado para o ensino da disciplina no ensino secundrio. Esse manual
de sociologia foi publicado pela primeira vez em 1940, alcanando a quarta edio
em 1944, como apresentado pela editora Biblioteca Didtica Brasileira na capa de
outro manual do mesmo autor (FONTOURA, 1957).
A metodologia desenvolvida nessa pesquisa esta embasada na anlise
documental, sobre esse mtodo Ludke e Menga (1986, p. 38) ressaltam que
embora pouco explorada no s na rea de educao como em outras reas de
ao social, a anlise documental pode se constituir numa tcnica valiosa de
abordagem de dados qualitativos.
Por tratar-se da anlise de um livro didtico para o ensino de uma
disciplina escolar, optou-se por trabalhar com uma perspectiva terica denominada
Histria das Disciplinas Escolares HDE. Viao (2008, p. 192) salienta a
importncia de se pensar as disciplinas escolares para alm dos contedos, contra
a ideia de que possvel fazer a histria de uma disciplina sem analisar seus livros
de texto e o material empregado em seu ensino.
Trabalhar na perspectiva da HDE, constitui-se portanto,
O prprio de uma reflexo sociolgica ou histrica sobre os saberes escolares contribuir para dissolver esta percepo natural das coisas, ao mostrar como os contedos e os modos de programao didtica dos saberes escolares se inscrevem, de um lado, na configurao de um campo escolar caracterizado pela existncia de imperativos funcionais especficos (conflitos de interesses corporativos, disputas de fronteiras entre as disciplinas, lutas pela conquista ou autonomia ou da hegemonia no que concerne ao controle do currculo), de outro lado na configurao de um campo social caracterizado pela coexistncia de grupos sociais com interesses divergentes e com postulaes ideolgicas e culturais heterogneas, para os quais a escolarizao constitui um trunfo social, poltico e simblico (FORQUIN, 1992, p. 43-44).
Dessa forma se pretende contribuir com os estudos histricos e
sociolgicos sobre o ensino da disciplina de sociologia na educao brasileira,
apresentando um autor ainda pouco conhecido como salientam Maciel, Vieira e
Souza (2012, p. 233).
-
ANAIS - ARTIGOS 46
Conforme Meucci (2000, p. 43-44) Afro do Amaral Fontouro, nasceu em
1912,
formou-se em magistrio e foi professor nos cursos Normais do Rio de Janeiro quando publicou o seu primeiro manual. Alguns anos depois, j formado na Faculdade de Filosofia da Universidade do Brasil, passou a dar aulas de sociologia e servio social nas principais faculdades fluminenses (MEUCCI, 2000, p. 43-44).
Alceu Amoroso Lima na introduo do Programa de Sociologia ressalta:
seu autor, embora ainda esteja cursando a Faculdade Nacional de Filosofia, j foi
Diretor e professor de estabelecimento de ensino secundrio e tem grande prtica
de ensino. (FONTOURA, 1944, p. 13).
Esse fato demostra que assim como outros autores dos primeiros
manuais de sociologia do pas, Amaral Fontoura era um escritor auto-didata em
Sociologia. Porm pelas referncias bibliogrficas que apresenta no livro, j
conhecia autores como mile Durkheim, Karl Marx, Spencer, August Comte, etc,
alm de uma ampla literatura sobre os autores brasileiros que escreviam sobre
sociologia, como Fernando de Azevedo, Pontes de Miranda, Pinto Ferreira, Delgado
de Carvalho, etc.
Apesar da extenso do manual, os assuntos nele tratado so introdutrios
e suscintos. O autor tambm se dedicou a escrita de mais dois manuais voltados ao
ensino da sociologia: Introduo Sociologia de 1948 e Sociologia Educacional
de 1951.
Fig. 01 - Programa de Socio-logia, 1944, 4 edio. Fonte: Arquivo Pessoal.
Fig. 02 - Sociologia Educa-cional, 1957, 5 edio. Fonte: Arquivo Pessoal.
Fig. 03 - Introduo Socio-logia, 1961, 3 edio. Fonte: Arquivo Pessoal.
-
ANAIS - ARTIGOS 47
Introduo Sociologia foi um aprofundamento do Programa de
Sociologia, com o objetivo de direcionar o livro ao ensino superior. Resolvemos
aproveitar a oportunidade e fazer uma reestruturao geral em nosso livro, surgindo
assim esta Introduo Sociologia. (FONTOURA, 1961, Prefcio). J o livro
Sociologia Educacional foi um trabalho voltado aos cursos normais, modalidade de
ensino responsvel pela formao de professores.
Alm dessas trs obras, o autor escreveu Fundamentos de Educao de
1949, Metodologia do Ensino Primrio de 1955, Psicologia Geral de 1957, O
ruralismo, Base da Economia Nacional de 1941, Dicionrio Enciclopdio Brasileiro
de 1943, O drama do campo de 1949, Introduo ao Servio Social de 1950,
Aspectos da vida Rural Brasileira de 1950, e Atualidade Poltica Brasileira Luz
da Sociologia de 1955.
Ainda estavam em preparo conforme a capa de divulgao de suas obras
impresso junto ao livro Sociologia Educacional de 1957, Retrato Verdadeiro do
Brasil, Tratado de Sociologia Rural Brasileira, Organizao da Comunidade,
Educao de Base e Centros Sociais Rurais e, O drama da Criana.
Programa de Sociologia (1944): consideraes iniciais
A quarta edio do livro Programa de Sociologia, ao qual se realizar a
anlise, foi publicado em 1944 pela Livraria do Globo de Porto Alegre. O livro est
dividido em 44 pontos ou captulos, somando um total de 443 pginas2. Alm disso,
contm uma introduo de Alceu Amoroso Lima e uma carta-prefcio de Jacques
Lambert, professor catedrtico da Faculdade de direito de Lyon na Frana.
Sobre Alceu Amoroso Lima, Saviani (2010) afirma,
Nascido em Petrpolis em 11 de dezembro de 1893, onde tambm faleceu em 14 de agosto de 1983, Alceu converteu-se ao catolicismo em 1928 por influncia de Jackson de Figueiredo. Com a morte deste, assumiu a direo da revista A Ordem e do Centro Dom Vital. Da em diante, com destaque especial para as dcadas de 1930 e 1940, animou o movimento leigo da Igreja, podendo ser considerado o maior lder intelectual catlico do sculo XX no Brasil (SAVIANI, 2010, p. 256).
Tambm conhecido pelo pseudnimo de Tristo de Athayde, Alceu
Amoroso Lima escreveu Preparao Sociologia 2 edio de 1942. Conforme
2 Ver em anexo descrio dos pontos, ou captulos.
-
ANAIS - ARTIGOS 48
Saviani (2010, p. 254), Tristo de Athayde, publicou grande nmero de artigos
criticando contundentemente o Manifesto e o grupo responsvel pelo seu
lanamento. O grupo ao qual se refere Saviani corresponde aos Renovadores da
Educao, tendo entre os principais representantes Fernando de Azevedo, que
escreveu o Manifesto dos Pioneiros da Educao Nova no incio da dcada de 1930.
Esse documento foi assinado por uma srie de intelectuais que pretendiam ver
garantida na Constituio seus ideais, como o direito da educao laca, gratuta e
de qualidade3.
Na introduo do livro Programa de Sociologia, Amoroso Lima afirma,
este livro um compndio e s isso pretende ser (FONTOURA, 1944, p. 13). Esta
delimitao mais adiante reafirmada por Amaral Fontoura este livro nada de
indito contm em matria sociolgica [...] nosso intuito foi fazer um compndio que
servisse ao programa oficial da cadeira. (FONTOURA, p. 15).
Os mais variados temas perpassam o manual de sociologia, entre eles
podemos citar a prpria formao da sociologia e definio do campo sociolgico; a
famlia; o feminismo; a educao; a Igreja e o Estado.
Para Amaral Fontoura a sociologia no poderia se restringir ao contedo
normativo, era uma cincia viva e, portanto deveria ser ativa. Sociologia matria
viva, Sociologia vida. Fazemos sociologia em casa, na repartio, na escola, no
clube, na igreja [...] o ensino da sociologia ou ativo, vivo, ou no ensino de
sociologia. Acrescenta tambm que no se aceita mais, em cincia nenhuma, a
figura antipedaggica do professor fala-sozinho, do mestre-disco-de-gramafone a
repetir o ano inteiro aquilo que esta escrito nos compndios (FONTOURA, 1944, p.
16). Nesse sentido possvel perceber na obra do autor uma tendncia da Escola
Nova.
Para Bomeny (2003),
A Escola Nova, inspirada em grande medida nos avanos do movimento educacional norte-americano, mas tambm de outros pases europeus, teve grande repercurso no Brasil. Os ideias que lhe deram corpo foram sempre inspirados na concepo de aprendizagem do aluno por si mesmo, por sua capacidade de observao, de experimentao, tudo isso orientado e estimulado por profissionais da educao que deveriam ser treinados especialmente para esse fim. Duvidando dos mtodos convencionais, acabava questionando toda uma maneira convencional do agir pedaggico.
3 Esse um assunto que foge dos objetivos deste artigo, ver mais em Cury (1987) e Saviani (2012).
-
ANAIS - ARTIGOS 49
O Movimento da Escola Nova no Brasil se empenha em questionar diretamente a disperso dos acontecimentos, a fragmentao, a forma como se condiziu a educao no Brasil do incio da Repblica. Mas o prprio movimento reflete essa fragmentao [...] Transitavam entre os educadores as interpretaes mais variadas das correntes e doutrinas pedaggicas sob a mesma sigla genrica de Escola Nova ou Educao Nova (BOMENY, 2003, p. 43-44).
De certa forma nesse perodo no Brasil quase todas as correntes tericas
que abordavam a pedagogia estavam de acordo com a modernizao proposta pela
Escola Nova, embora algumas fossem conservadoras, ou seja, no praticavam
aquilo que pregavam.
Alm da introduo de Alceu Amoroso Lima e da carta-prefcio de
Jacques Lambert, o livro conta com mais trs participaes. A primeira de autoria
de Silvio Jlio, refere-se a um captulo denominado A sociologia na Amrica Latina.
Em um breve comentrio Amaral Fontoura apresenta o autor,
O Programa de Sociologia tem a honra de apresentar o presente captulo escrito especialmente para ste livro por Silvio Jlio. Catedrtico de Histria da Amrica da Universidade do Brasil , sem dvida nenhuma, o maior americanista brasileiro. Colocando ao alcance da mocidade estudiosa de nosso pas um resumo do Movimento Sociolgico Hispano-Americano, assunto que pela primeira vez aparece publicado em livro didtico escrito em portugus, Silvio Jlio presta assim mais um assinalado servio causa da Cultura da America (FONTOURA, 1944, p. 86).
Tambm participaram do livro, Fbio Luiz Filho, uma das maiores figuras
do cooperativismo brasileiro (FONTOURA, 1944, p. 294) que escreve um texto
sobre O cooperativismo no Brasil. E, o jovem Luiz Aguiar Costa Pinto4, com o texto
Organizao Econmica do Brasil - Esboo. O texto de Costa Pinto, ainda aluno do
curso complementar de Direito na poca, foi vencendor do Concurso de Sociologia
Brasileira, realizado em 1939, como apresenta Fontoura (1944, p. 308).
A sociologia Crist
Na classificao das escolas sociolgicas Amaral Fontoura distingue 11
4 Luiz de Aguiar Costa Pinto foi um socilogo brasileiro, com atuao nos anos 1950 e 60 nas reas de sociologia rural, desenvolvimento scio-econmico e relaes raciais. Seus trabalhos repercutiram no Brasil e no exterior e so considerados uma das bases do pensamento social brasileiro contemporneo.Ver mais em: MAIO, Marcos Chor e VILLAS BAS, Glaucia (orgs.). Idias de Modernidade e Sociologia no Brasil. Ensaios sobre Luiz de Aguiar Costa Pinto. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 1999.
-
ANAIS - ARTIGOS 50
vertentes, entre elas est a Escola Crist ou Integral da Sociologia. Para o autor, a
Sociologia Crist,
distingue no homem dois aspectos: o indivduo e a pessoa. Como indivduo, o homem igual a todos os demais sres vivos e est subordinado ao mesmo determinismo da natureza. Mas como pessoa, o homem possue uma alma imortal e de origem divina, que lhe faculta agir de acrdo com sua conscincia, sobrepor-se aos acontecimentos, ser le mesmo, no obedecendo seno a Deus. A sociologia crist se chama integral porque considera, na anlise dos fenmenos sociais, os fatores naturais e os sobrenaturais, mostrando a impossibilidade do mundo terrestre viver em paz e harmonia quando esquece o Criador e suas leis (FONTOURA, 1944, p. 53).
Em defesa dessa sociologia, Tristo de Athayde ressalta que
diferentemente das outras escolas sociolgicas a sociologia crist deixava claro
quais eram seus postulados5,
[...] ns, partidrios de uma sociologia finalista e integral, apresentamos explicitamente quais os postulados d