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Ano II Número 250 Data 15 e 16.08.2012

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AnoII

Número250

Data15 e 16.08.2012

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o tempo - economia - 15.8.12

JULIANA GONTIJODébito. Fernando Alcântara Cavanelas diz ter dificuldades em não comprar o que tem vontade

As famílias brasileiras, com desta-que para a classe C, comprometem, em média, 42% da sua renda com débitos, percentual acima do recomendado pe-los especialistas, que é de no máximo 30%, conforme levantamento da Asso-ciação Brasileira de Defesa do Consu-midor (Proteste). E pouco mais de um quinto dos entrevistados contraiu uma dívida em abril. Metade o fez na tenta-tiva de quitar um débito anterior, fazen-do com que os brasileiros caiam em um labirinto de dívidas que, muitas vezes, chega a não ter saída para eles.

O mapeamento mostra que 46,5% das famílias fizeram uma dívida nova para pagar uma antiga. Entre esse gru-po de consumidores, é comum os que se desfazem de carros, máquinas de la-var, jogos eletrônicos e joias para con-seguir quitar ou renegociar o quanto devem.

Outras 9,3% recorrem a um novo empréstimo por dificuldade de manter despesas básicas, em muitos casos, de-vido ao excesso de dívidas assumidas. Conforme a entidade, a alta taxa de juros tem relação direta com a quan-tidade de financiamentos assumidos pelas famílias brasileiras, visto que foi declarado como principal motivo para contratar um novo empréstimo o fato de não terem conseguido pagar dívidas ou empréstimos anteriores.

Participaram do estudo, 200 fa-mílias, dos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, com renda média de R$ 2.401,00. Em média, os gastos delas com pagamento de dívidas são de R$ 1.009,45.

As dívidas são fruto também de outros fatores, além dos juros, como a facilidade de obtenção de crédito e a falta de planejamento familiar. O pro-fessor de finanças da faculdade IBS/FGV, Ewerson Moraes, alerta que an-tes de qualquer compra, o consumidor deve analisar a real necessidade de

adquirir um bem ou serviço. "É ne-cessário ter o planejamento financeiro como um hábito. Afinal, o consumo tem impactos na vida familiar. O fato é que boa parte das pessoas não pensam antes de fazer a dívida, pensam depois, quando sofre as consequências na sua vida", analisa.

O levantamento da Proteste cons-tatou que, quando a família assume uma dívida, paga cerca de 189% a mais por ano que o valor real do bem finan-ciado. A professora universitária A. G. (preferiu não se identificar), vítima de uma dívida que foi crescendo, também defende o planejamento financeiro. "Hoje, eu procuro comprar à vista. Eu já cheguei a comprar um aparelho de som três em um para colocar em outro cômodo da casa. Foi algo sem necessi-dade, não faço mais isso", frisa.

Ela explica que a redução das ho-ras aulas e um acidente de carro, no qual quase morreu, a fez repensar em muitas coisas, entre elas, a necessidade de poupar. "Cheguei a ficar sem tra-balhar e não tive como pagar cartões, como os de supermercado. Hoje, faço conta de cada real gasto", diz.

"A intenção da pesquisa é enca-minhar os dados ao G20 (grupo dos 20 países economicamente mais podero-sos), que abriu espaço para debater te-mas financeiros, e pedir a aprovação de propostas para coibir práticas abusivas dos bancos", diz Maria Inês Dolci, co-ordenadora da Proteste.

Consumidor não sabe gastarO uso do cartão de crédito e o não

pagamento integral da fatura são os maiores responsáveis pelo endivida-mento das famílias brasileiras da clas-se C, segundo o estudo da Proteste. O gasto médio mensal é de até R$ 500 e 38,1% dos entrevistados declaram que não pagam a fatura à vista.

Com relação à quantidade de dívi-das, o estudo mostra que a maioria das famílias possuem três dívidas ativas e 23% delas possuem cinco ou mais.

Para o professor de finanças da faculdade IBS/FGV, Ewerson Mora-

es, é preciso saber gastar. "Temos que aprender a lidar com o crédito. Falta isso na nossa cultura. E dívida não tem relação com a renda. Há consumidores ricos e pobres endividados", observa.

O metalúrgico Fernando Alcânta-ra Cavanelas confessa ter dificuldades para lidar com os apelos do consumo. "É complicado resistir. Já comprei mais do que devia. Eu gosto de com-prar. Hoje tenho dívida com cartão de crédito", diz.

Em torno de 30% dos entrevista-dos declararam que não liquidaram ne-nhuma dívida ainda. E a maioria deles declarou não ter contraído dívidas re-centes.

O levantamento também apontou que o crédito de consumo e informali-dade também são marca do mercado de crédito brasileiro. Entre os dez princi-pais credores, as pessoas físicas, como amigos ou parentes, ocupam o quarto lugar. No topo da lista há ainda quatro bancos e cinco lojas. (JG)

Questões financeiras são motivos de divórcio

As dívidas das famílias impactam na qualidade de vida, segundo o levan-tamento da Proteste, já que 57% dos entrevistados disseram que limitaram os gastos em lazer, cultura, diversão ou consumo de bens. "A questão finan-ceira e a frustração de projetos fami-liares", diz o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, seção Minas Ge-rais (OAB-MG), Luís Cláudio Chaves, especialista em direito de família, que já viu casais se separarem por motivos financeiros.

O diretor do Instituto Brasileiro de Direito de Família, Luiz Fernando Valladão, concorda que a questão pode piorar um casamento que já não está bem. "Como não se fala mais em cul-pa para o divórcio, não existe um mo-nitoramento para saber os principais motivos que levam ao término", frisa. Eles acreditam que questões financei-ras, junto com traição, são as principais causas de divórcio. (JG)

Brasileiro paga dívida com dívida e perde 42% da rendaPara especialistas, o comprometimento máximo não pode passar de 30%

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o tempo - economia - 16.8.12

BRASÍLIA. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) abre hoje o processo de consulta pública sobre a medida que pretende proibir as operadoras de efetuar cobranças para as chamadas refeitas, em até dois mi-nutos, após a queda da linha. A consul-ta vai durar dez dias.

Após esse período, o texto volta para análise da agência reguladora e precisa ser aprovado pelo conselho di-retor. As operadoras terão cerca de um mês para se adaptarem à imposição, que está prevista para entrar em vigor em setembro.

De acordo com o conselheiro Mar-celo Bechara, a menos que sejam fei-tas "contribuições revolucionárias", o plano deve permanecer nos moldes em que está - o que exigirá que as empre-sas se apressem para criar uma maneira de evitar a nova cobrança ou restituir o cliente, caso ela ocorra.

Como as empresas ainda não se manifestaram, não é possível dizer como um cliente pré-pago, que tem os créditos diminuídos imediatamente após cada chamada, poderá reaver os valores referentes às tentativas de refa-zer a ligação.

De acordo com o projeto da Su-perintendência de Serviços Privados, a regra deve ser aplicada independen-temente do motivo que levou à queda da ligação falhas no sinal da empresa, congestionamento da rede ou porque acabou a bateria de um dos celulares.

TIM. A TIM promete dar início, na próxima semana, à política de não co-brar pelas chamadas refeitas após que-da da ligação. Em nota a empresa disse que a mudança será realizada gradu-almente. Na próxima semana, apenas os usuários de seis Estados da região Nordeste deixarão de pagar pela nova tentativa de ligação após falha - a lista desses Estados ainda não foi divulgada.

Especialistas acreditam que a ope-radora será a principal afetada pela mu-dança de regra.

De propósito

Claro é a investigada da vez

SÃO PAULO E CURITIBA. O Ministério Público de Goiás instaurou, nesta semana, um inquérito civil públi-

co para apurar eventuais interrupções dos serviços do plano Pré-Ilimitado, da Claro, naquele Estado. Nesse plano, o consumidor é cobrado por ligação, e não por tempo de chamada.

O promotor Murilo de Morais in-formou, em nota, que "denúncias apon-tam que houve queda proposital do sis-tema, já que, dessa forma, a operadora cobrava nova ligação". O texto não diz a origem das denúncias.

Na semana passada, Morais ins-taurou inquérito para apurar suposta interrupção intencional, pela TIM, de ligações de usuários do plano Infini-ty, que também cobra por ligação. Ele informou já ter requisitado à Agência Nacional de Telecomunicações (Ana-tel) informações sobre os percentuais de queda de chamadas da empresa em Goiás. A reportagem procurou a as-sessoria da Claro, mas não conseguiu contato.

TIM. A ação coletiva de consumo promovida pela Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor do Ministé-rio Público do Paraná contra a TIM não será julgada pela juíza substituta da 11ª Vara Cível. Com isso, o caso será pas-sado para a Justiça Federal.

Na ação, o promotor Maximiliano Ribeiro Deliberador pedia que a Justiça estadual suspendesse a venda de chips da TIM, além de indenizar os clientes prejudicados com as quedas das liga-ções do plano Infinity. O Ministério Público vai recorrer dessa decisão.

Consulta pública sobre queda de ligações será aberta hojeProcesso vai durar dez dias; empresas terão um mês para se adaptarem

estaDo De minas - economia - 16.8.12

Em meados de setembro deverá ser aprovada em definitivo a nova re-gra da Agência Nacional de Telecomu-nicações (Anatel) que permite ao usu-ário fazer nova ligação para o mesmo número gratuitamente caso a chamada tenha caído em até 2 minutos. A medi-da favorece os usuários de planos que cobram por chamada. Nos planos em que a cobrança é por minuto, o usuário vai pagar pelo tempo efetivo que falou, caso a ligação seja interrrompida e ele precise fazer nova chamada. A proposta

foi aprovada pela diretoria e ficará em consulta pública durante 10 dias para receber contribuições. A expectativa é de que todo o processo esteja concluído em um mês.

A Anatel decidiu antecipar um ar-tigo do regulamento do Serviço Móvel Pessoal (SMP) que trata de chamadas interrompidas. O regulamento está em estudos na Procuradoria da agência. O conselheiro Marcelo Bechara disse que as empresas terão que ajustar os siste-mas de cobrança para os planos pré-

-pagos que são a grande maioria, cerca de 80% em todo o país. A nova regra valerá para todos os planos básicos e alternativos e para as ligações móvel/móvel e móvel/fixo.

“A nossa preocupação é com a me-lhoria da qualidade dos serviços, que as chamadas não caiam”, disse Bechara, que afirma que há muitas reclamações dos usuários com esse problema. As empresas que não cumprirem a nova regra poderão ser multadas ou terão de ressarcir os usuários em dobro.

Anatel aprova ligação sem custo

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PROMESSA A TIM promete dar início nos próximos dias política de não cobrar pelas chamadas refeitas após queda da ligação. De acordo com nota divulgada pela empresa, a mudan-ça será realizada gradualmente.

Na próxima semana, apenas os usuários de seis estados da Região Nor-deste deixarão de pagar pela nova ten-tativa de ligação após falha. Entretanto, a lista desses estados ainda não foi di-vulgada. Especialistas acreditam que a

operadora será a principal afetada pela mudança de regras da Anatel. A nota da TIM propõe, inclusive, que o prazo de dois minutos para rediscagem do usuá-rio possa ser ampliado, mas a operado-ra não apresenta nova proposta.

continuação - estaDo De minas - economia - 16.8.12

estaDo De minas - opinião - 16.8.12

Múcio Batista de SouzaBelo Horizonte"Há anos, venho sendo furtado mensalmente e não pre-

tendo tomar qualquer providência para recuperar os valores que me são tomados, acintosa e descaradamente, se é que se pode dizer que empresas têm ‘cara’. Refiro-me às empresas de telefonia, que incluem despesas que o assinante tem cer-teza absoluta não serem de sua responsabilidade, mas que, por serem de pequeno valor, não compensam reclamar. E os minutos além da franquia? Para reclamar valores indevidos,

entre R$ 2, R$ 3 ou mais, serão necessárias horas de aborre-cimento; idas e vindas nesse trânsito que todos conhecemos, ou horas perdidas ao telefone, ouvindo aquela ‘musiquinha’ e conversando com funcionárias sem poder de decisão e di-zendo ‘vamos estar levando o problema à direção da empre-sa’. Isso para não falar no dinheiro perdido quando se trata de linha pré-paga, pois se os créditos adquiridos não forem utilizados num determinado tempo, eles simplesmente desa-parecerão."

Aposentado reclama de serviços e preços

estaDo De minas - cultura - mário fontana - 16.8.12

Embora a Câmara Municipal de Belo Horizonte tenha apregoado aos quatro ventos que a capital foi pioneira ao banir a sacola plástica dos supermercados, a fim de atender a elogiáveis finalidades de proteção do meio ambiente, o pro-blema não se resolveu. Pelo contrário. Piorou – e muito – para o consumidor, que tem poucas maneiras de transportar as compras para casa. A esse respeito, o conhecido técnico

em problemas urbanos José Aparecido Ribeiro afirma que o principal prejudicado é o trabalhador comum, notadamen-te quem usa ônibus. Antigamente, ele ganhava a sacolinha. Hoje, não tem esse recurso, a não ser que aumente sua des-pesa comprando sacolas permanentes. Como a grana é curta, o consumidor acaba se equilibrando nos coletivos levando a mercadoria na mão.

O impasse continua

conamp - a gazeta - 16.8.12

Lei, sancionada ontem, prevê pra-zo de 360 dias para adaptação dos esta-belecimentosDe graça

Os supermercados do município da Serra terão que voltar a fornecer gratuitamente sacolas a partir de hojeMulta

Quem não cumprir a legislação deve ser multado em R$ 1,5 mil. O va-lor é dobrado em caso de reincidência, e o alvará de funcionamento pode até ser cassadoPrazo

Os estabelecimentos terão até 360 dias para se adequar à nova legislaçãoTipos

Durante esse período, poderão ser distribuídas sacolas plásticas, biode-gradáveis e de papel. Após esses 360 dias, apenas as sacolas biodegradáveis – que se decompõem mais rapidamente – e as de papel poderão ser fornecidasElton Lyrio

[email protected] supermercados da Serra vão

ter de distribuir sacolas gratuitamente a partir de hoje. A lei que torna obri-gatório o fornecimento das embalagens foi sancionada ontem pela prefeita em exercício Madalena Santana e passa a valer hoje, com sua publicação no Di-ário Oficial.

O texto prevê um prazo de 360 dias para que os estabelecimentos se adaptem. Durante esse período, os su-permercados poderão oferecer tanto as sacolas plásticas comuns, quanto as biodegradáveis e de papel.

Terminado o prazo, apenas sacolas biodegradáveis devem ser disponibili-zadas. Quem não cumprir a determina-ção será multado em R$ 1,5 mil, valor que pode dobrar em caso de reincidên-cia.Surpresa

O presidente da Associação Ca-pixaba de Supermercadistas (Acaps),

João Carlos Devens, disse que recebeu a medida com surpresa e adiantou que não será possível cumpri-la de imedia-to, porque não há sacolas suficientes.

"Fica complicado, porque se com-prarmos as sacolas amanhã a indústria vai pedir de 30 a 60 dias para entregá--las. Para acabar com elas foram seis meses. Não dá para voltar de um dia pro outro."

Ele disse que espera uma posição firme do Ministério Público – que pro-moveu a assinatura de um Termo de Compromisso Ambiental determinan-do o fim das sacolas plásticas comuns nos supermercados. "O meio ambiente chora com esse retrocesso", frisa.

Já o Ministério Público do Espírito Santo (MPES) afirmou que estuda in-gressar em juízo com Ação Direta de Inconstitucionalidade contra leis mu-nicipais que aprovarem a utilização de sacolas plásticas comuns por violarem o objetivo da não geração, previsto na Política Nacional de Resíduos Sólidos.

Sacolinhas de graça a partir de hoje na Serra

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hoje em Dia - economia - p. 9 - 16.8.12

assembléia informa - p. 2 - 16.8.12

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metro - varieDaDes - p. 12 - 16.8.12

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