13 rhabditida - vermes gastrintestinais de ruminantes

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FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA PARASITOLOGIA I NEMATÓDEOS – VERMES GASTROINTESTINAIS DE RUMINANTES

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FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA

PARASITOLOGIA I NEMATÓDEOS – VERMES GASTROINTESTINAIS DE RUMINANTES

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Classe Ordem Família

Chromadorea Ascaridida Ascarididae Toxocaridae Heterakidae

Oxyurida Oxyuridae

Rhabditida

Strongyloididae Ancylostomatidae Metastrongylidae Syngamidae Molineidae Chabertiidae Stephanuridae Strongylidae Cooperiidae Dictyocaulidae Haemonchidae Trichostrongylidae

Spirurida Onchocercidae Habronematidae Thelaziidae

Enoplea Enoplida Dioctophymatidae

Trichocephalida Trichuridae

Phylum Nematoda

Sufixo Grupo Taxonômico

ea Classe

ida Ordem

oidea Superfamília

idae Família

inae Subfamília

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Ordem Super-Família Família Sub-Família Gênero

Rhabditida Trichostrongyloidea Cooperidae Cooperia

Haemonchidae Haemonchinae Haemonchus

Ostertaginae Ostertagia

Trichostrongylidae Trichostrongylinae Trichostrongylus

Molineoidea Molineidae Nematodirinae Nematodirus

Strongyloidea Chabertiidae Oesophagostomum

Acylostomatoidea Ancylostomatidae Bunostominae Bunostomum

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SUPER-FAMÍLIA TRICHOSTRONGYLOIDEA

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•Trichostrongylus axei

•Trichostrongylus colubriformis

•Trichostrongylus retortaeformis

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Características

Espécie Comprimento em mm Órgão

parasitado Hospedeiro

♂ ♀

T. axei 2,3 – 6,0 3,2 – 8,0 Estômago Abomaso

Equideos Ruminantes

T. colubriformis 11 - 13 14 - 20 ID Ruminantes

T. retortaeformis 5 – 7,5 6,5 - 9 ID Coelhos

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Características Morfológicas

• São pequenos, de coloração castanho-avermelhada

• Adultos com cerca de 7 mm de comprimento

• Sem cápsula bucal evidente e poro excretor na região esofágica

• Os machos possuem bolsa copuladora com seus espículos espessos, grosso e curtos, de coloração castanho escura; com gubernáculo

• Os machos de T. axei possuem espículos de tamanho desigual

• As fêmeas são anfidelfas (um ovário em cada extremidade do corpo) e cauda afina rapidamente, sem apêndice vulvar

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T. axei – espículos desiguais T. colubriformis

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Cauda curta e fina Anfidelfas

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•Cooperia punctata

•Cooperia pectinata

•Cooperia curticei

•Cooperia oncophora

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Características

Espécie Comprimento em mm Órgão

parasitado Hospedeiro

♂ ♀

C. punctata 4,7 – 5,9 5,7 – 7,5 ID Bovinos Ovinos

C. pectinata 7,0 7,5 – 9,0 ID Bovinos

C. curticei 4,6 – 5,4 5,8 – 6,2 ID Ruminantes

C. oncophora 5,5 – 9,0 6,0 – 8,0 ID Bovinos Ovinos

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Características Morfológicas

• Vesícula cefálica pequena, dando à cabeça uma forma de bulbo

• Estriações cuticulares transversais na região esofágica

• Machos com bolsas copuladoras grandes e simétricas, com dois lobos laterais grandes e o dorsal pequeno. Os espículos são de tamanho médio, sulcados e com uma dilatação na porção medial. Não apresentam gubernáculo

• As fêmeas apresentam lábio vulvar pequeno e cauda longa e pontiaguda

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•Ostertagia circumcincta

•Ostertagia ostertagi

•Ostertagia trifurcata

•Ostertagia lyrata

•Ostertagia marshalli

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Características

Espécie Comprimento em mm Órgão

parasitado Hospedeiro

♂ ♀

O. circumcincta 7,5 – 8,5 9,8 – 12,2 Abomaso Bovinos Ovinos

O. ostertagi 6,5 – 7,5 8,3 – 9,2 Abomaso Bovinos Ovinos

O. trifurcata 6,5 – 7,0 9,8 – 12,2 Abomaso

Bovinos Ovinos

Caprinos Bubalinos

O. lyrata 9,0 9,0 Abomaso Ovinos

O. marshalli 10,0 – 13,0 12,0 – 20,0 Abomaso Ovinos

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Características Morfológicas

• Coloração castanho-avermelhada, médios e delgados

• Extremidade cefálica sem dilatação cuticular e cutícula com estrias transversais. Papilas cervicais presentes

• Os machos possuem bolsa copuladora com 2 lobos laterais grandes e 1 dorsal pequeno. Espículos curtos e robustos, de coloração castanha, terminando em 3 ramificações distintas. Com gubernáculo

• As fêmeas tem a vulva na metade posterior do corpo, duplo ovejetor. Cauda cônica, sem espinho terminal

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O. trifurcata O. ostertagi O. lyrata O. circumcincta

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•Haemonchus contortus

•Haemonchus similis

•Haemonchus placei

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Características

Espécie Comprimento em mm Órgão

parasitado Hospedeiro

♂ ♀

H. contortus 10,0 – 20,0 18,0 - 30,0 Abomaso Bovinos Ovinos

Caprinos

H. similis 8,0 – 12,5 12,0 – 17,0 Abomaso Bovinos Ovinos

H. placei 10,0 – 20,0 18,0 - 30,0 Abomaso Bovinos

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Características Morfológicas

• Possuem vestíbulo na extremidade anterior, armado de lanceta dorsal

• Papilas cervicais proeminentes

• Os machos tem bolsa copuladora desenvolvida, com um lobo dorsal assimétrico e lobos laterais desenvolvidos. Espículos relativamente curtos. Com gubernáculo

• Fêmea com vulva na metade posterior do corpo, protegida por apêndice vulvar. Os ovários são brancos e enrolados em espiral ao redor do intestino

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SUPER-FAMÍLIA MOLINEOIDEA

Nematodirus spatigher

Nematodirus fillicolis

Nematodirus abnormalis

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Características

Espécie Comprimento em mm Órgão

parasitado Hospedeiro

♂ ♀

N. spatigher 10,0 – 19,0 15,0 – 20,0 ID Bovinos Ovinos

N. fillicolis 10,0 – 15,0 15,0 – 20,0 ID Ovinos

N. abnormalis 11,0 – 17,0 18,0 – 25,0 ID Ovinos

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Características Morfológicas

• Ficam enovelados, em grandes massas, no intestino dos animais

• Delgados, atenuados anteriormente, vesícula cefálica e estrias transversais na extremidade anterior afilada. Vestíbulo com um dente dorsal mais ou menos desenvolvido

• Os machos tem bolsa copuladora desenvolvida, com 2 grandes lobos laterais e 1 pequeno lobo dorsal. Espículos longos e delgados, soldados na extremidade distal. Sem gubernáculo

• Fêmea com cauda curta e truncada, terminando em apêndice delgado, em forma de espinho. Vulva situada na porção posterior

• Ovos grandes e diferenciáveis

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SUPER-FAMÍLIA STRONGYLOIDEA

Oesophagostomum columbianum

Oesophagostomum venulosum

Oesophagostomum asperum

Oesophagostomum radiatum

Oesophagostomum dentatum

Oesophagostomum longicaudum

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Características

Espécie Comprimento em mm Situação das

papilas cervicais

Asas cervicais Hospedeiro ♂ ♀

O. columbianum 12 - 16 14 - 18 Antes do anel

nervoso Desenvolvidas

Ovinos Caprinos

O. venulosum 11 - 16 13 - 24 Após o esôfago

Rudimentares Ovinos

Caprinos

O. asperum 12 - 13 15 - 17 Após o esôfago

Rudimentares Caprinos

O. radiatum 14 - 17 16 - 22 A nível de

anel nervoso Desenvolvidas Bovinos

O. dentatum 8 - 10 11 - 14 Na região

posterior do esôfago

Rudimentares Suínos

O. longicaudum 7 - 9 7 - 12 Na região

posterior do esôfago

Rudimentares Suínos

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Características Morfológicas

• São parasitas do intestino delgado e grosso dos ruminantes e suínos

• Cavidade bucal cilíndrica, geralmente estreita, com uma ou duas coroas radiadas

• Possuem vesícula cefálica ao redor da cápsula bucal e vesícula cervical, logo após a vesícula cefálica

• Machos com 2 espículos iguais e gubernáculo

• Fêmeas com a vulva a pequena distância do ânus

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CICLO BIOLÓGICO DOS TRICHOSTRONGILÍDEOS

• Os ciclos das espécies da superfamília Trichostrongyloidea são semelhantes

• Os vermes adultos parasitam o abomaso e o intestino delgado dos ruminantes

• As fêmeas põem ovos em grande quantidade, os quais são eliminados com as fezes

• Os ovos, em condições favoráveis, TºC de 27 – 30º e umidade relativa do ar superior a 70 %, eclodem rapidamente e liberam uma L1 de esôfago rabditóide

• A L1 inicia seu desenvolvimento alimentando-se de microorganismos do meio ambiente e, dentro de 24 – 48 h, sofre muda para L2, também de esôfago rabditóide

• A L2 se alimenta e, dentro de poucos dias, passa à L3, de esôfago strongilidiforme, que é a larva infestante

• O processo de muda de L1 – L3, se desenvolve em cerca de 7 – 10 dias, em condições ótima de TºC e umidade

• A L3 possui cutícula dupla e não se alimenta, sendo bastante resistente às condições do meio, o que aumenta a infestação dos campos por larvas L3

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CICLO BIOLÓGICO DOS TRICHOSTRONGILÍDEOS

• As larvas infestantes migram para a vegetação ou permanecem na superfície do solo, procurando ambientes úmidos e sombreados

• As larvas são altamente sensíveis à dessecação pelos raios solares e baixa umidade

• As L3 são ingeridas pelos ruminantes e emergem da cutícula protetora na luz do tubo digestivo

• O mecanismo quer determina o desencapsulamento das L3 depende de fatores das larvas e do próprio hospedeiro. O ambiente interno do hospedeiro induz a larva a produzir o líquido de desencapsulamento que age diretamente sobre a cutícula externa da L3, provocando sua ruptura e liberando a forma infestante

• As larvas de Haemonchus, Ostertagia e Trichostrongylus axei desencapsulam-se no rúmen, enquanto que as larvas de Trichostrongylus colubriformis e Nematodirus sofrem o mesmo processo no abomaso

• Uma vez liberadas da cutícula, as larvas entram no chamado ciclo histotrófico ou tecidual, quando se alimentam às custas do hospedeiro ou, no caso de algumas espécies, introduzem-se entre as vilosidades intestinais onde faze a muda

• A resistência do hospedeiro determina papel fundamental na fase tecidual

• O ciclo termina quando as larvas crescem, mudam para L4 e, posteriormente, atingem a maturidade sexual no órgão que parasitam (L5)

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PARTICULARIDADES DO CICLO BIOLÓGICO

• A maioria das larvas de T. axei e T. colubriformis atinge a forma de larva infestante entre 7 – 9 dias (condições ideais de TºC e umidade). O PPP destas espécies varia de 19 – 23 dias

• H. contortus, em TºC em torno dos 30ºC, os ovos eclodem e evoluem à L3 em cerca de 3 dias. O PPP é de cerca de 30 dias

• O. ostertagi, as larvas atingem a fase infestante entre 7 – 9 dias. A L4 penetra na mucosa do abomaso e, durante a fase histotrófica, vermes imaturos podem permanecer vários meses inibidos (fenômeno de hipobiose). PPP de 16 – 23 dias

• C. oncophora e C. punctata, desenvolvem-se de ovo à L3 em cerca de 5 – 7 dias. O PPP é de 17 – 22 dias

• O ciclo do Nematodirus é um pouco diferente. Os 2 primeiros estágios larvais se passam ainda dentro do ovo. À temperaturas de 28 – 30ºC, os ovos eclodem e liberam as L3 que, ao serem ingeridas, procuram o intestino delgado onde permanecem enroladas entre as vilosidades intestinais. O PPP é de 21 – 26 dias

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SUPER-FAMÍLIA ANCYLOSTOMATOIDEA

Bunostomum phlebotomum

Bunostomum trigonocephalum

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Características

Espécie Comprimento em mm Nº de lancetas

subventrais Hospedeiro

♂ ♀

B. phlebotomum 12 - 10 16 - 19 4 Bovinos e bubalinos

B. trigonocephalum 12 - 17 19 - 26 2 Ovinos e caprinos

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Características Morfológicas

• São hematófagos

• Na porção anterior, apresentam uma curvatura lateral

• Na porção posterior, os machos apresentam bolsa copuladora desenvolvida com 2 espículos médios e sem gubernáculo

• As fêmeas apresentam abertura vulvar no terço anterior do corpo e a extremidade final é truncada, sem apêndice caudal

• Ovos grandes e diferenciáveis

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Adultos, machos e fêmeas, parasitam o intestino delgado

As fêmeas são ovíparas e os ovos, juntamente com as fezes, saem ao meio onde eclodem e liberam larvas L1

As L1, trocam a cutícula e passam à L2 que adquire nova cutícula e passa à L3

As L3 penetram no hospedeiro somente de forma ativa, descrevendo o trajeto de pele, capilares, veias, coração, pulmão

Nos alvéolos pulmonares, passam à L4, chegam aos bronquíolos, brônquios, traquéia, laringe, faringe, esôfago, estômago e luz do intestino delgado, onde passam à L5

PPP de 2 – 2,5 meses

CICLO BIOLÓGICO

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AÇÃO SOBRE OS HOSPEDEIROS

VERMES GASTRINTESTINAIS DE RUMINANTES

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Haemonchus spp

• São hematófagos

• Anemia hemorrágica aguda: cada verme suga 0,05 ml de sangue/dia. Ovino com 5.000 vermes pode perder cerca de 250 ml de sangue/dia

• Hemoncose aguda: • Anemia evidente em 2 semanas, queda do hematócrito que se estabiliza num nível baixo • Aumento da eritropoiese • Inapetência, pode ocorrer edema submandibular, letargia, fezes de coloração escura, geralmente

não há diarréia • Necrópsia: lesões hemorrágicas na mucosa do abomaso, conteúdo líquido e marrom-escuro,

carcaça pálida

• Hemoncose hiperaguda: • Infecções maciças, morte súbita por gastrite hemorrágica aguda

• Hemoncose crônica:

• Infecções leves, quadro clínico crônico, perda de peso, fraqueza e inapetência

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• Particularidades • Estação seca prolongada faz com que as larvas entrem

em hipobiose (L4 sobrevive no hospedeiro sem amadurecer e produzir ovos). Retomada do desenvolvimento ocorre antes das chuvas sazonais

• Autocura: ocorre quando há infecção por larvas de H.

contortus concomitante à infecções com adultos no abomaso. Reação de hipersensibilidade induzida pelos antígenos das larvas em desenvolvimento promove eliminação dos vermes adultos. Comumente observado nas estações de chuva

• Imunidade não impede re-infestação

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Ostertagia spp

• Maiores alterações ocorrem quando as L5 emergem das glândulas gástricas

• Infecções maciças: diminuição da secreção glandular ácida, acarretando alteração da atividade gástrica, infecções bacterianas secundárias

• Edema, hiperemia e necrose da mucosa

• Linfoadenomegalia regional, hipoalbuminemia

• Observada em bezerros durante seu primeiro pastejo: • Diarréia aquosa profusa • Anorexia • Pêlos arrepiados e opacos • Anemia (moderada) • Edema submandibular • Perda de peso (até 20% em 7-10 dias)

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Ostertagia emergindo de uma glândula gástrica

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Trichostrongylus spp, Cooperia spp e Nematodirus spp

•Atrofia de vilosidades com diminuição de absorção de nutrientes •Trichostrongylus spp: Após a ingestão, a L3 forma túneis entre o epitélio e a lâmina própria • Infecções leves: inapetência, queda no ganho de peso • Infecções maciças: diarréia

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Placas no abomaso decorrentes de infestação por Trichostrongylus spp.

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Oesophagostomum spp

•Vermes adultos são pouco patogênicos • Larvas: causam enterite grave, penetram na mucosa e provocam a formação de nódulos • Infecções maciças: colite ulcerativa, quadro crônico de emaciação e diminuição da produção de carne, leite e lã •O. radiatum em bovinos: formação de nódulos de até 5 mm de diâmetro

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Nematodirus spp

•As espécies deste gênero, aparentemente, não sugam sangue

•Podem causar danos mecânicos no epitélio do jejuno, que pode levar à enterite catarral, erosão epitelial e infiltração celular, principalmente durante o PPP

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Bunostomum spp

• Vermes adultos são hematófagos

• Vermes adultos englobam porções da mucosa do intestino delgado pela cápsula bucal, provocando dilaceração dos tecidos e ingerindo quantidades significativas de sangue

• Infecções de 100 a 200 vermes podem provocar anemia hipoalbuminemia, perda de peso e, ocasionalmente, diarréia

• A penetração cutânea em bezerros pode causar prurido e o ato de bater os pés

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EPIDEMIOLOGIA

VERMES GASTROINTESTINAIS DE RUMINANTES

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Cooperia spp

•É um dos principais parasitas dos bovinos

•Pode ocorrer o ano inteiro

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Haemochus spp

• Um dos principais parasitas dos ovinos

• Ocorre, principalmente, quando as condições de TºC estão entre 20 – 25º e a umidade é maior ou igual a 70%

• A hemoncose torna-se problema quando a prevalência de larvas nas pastagens começa a surgir no final da primavera, verão e atinge seu ponto máximo nos meses de outono

• Contaminações no final do verão, principalmente em ovinos, promove uma maior quantidade de larvas nas pastagens no outono

• Baseado nessas curvas de ocorrência, podem ser determinadas estratégias de controle

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Ostertagia spp

•Ocorre em regiões de clima frio e úmido, não sendo muito prevalente em regiões de clima seco e quente

•Em nossas condições climáticas (RS), ocorre a partir do outono (Ostertagiose tipo I) ou, quando as situações de clima são impróprias, pode ocorrer inibição do ciclo, com o fenômeno de hipobiose (Ostertagiose tipo II)

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Trichostrongylus spp

•Ocorre praticamente em todos os meses do ano

•O T. axei desenvolve o fenômeno de interação com o Haemonchus contortus, onde a presença de um inibe o desenvolvimento do outro

•O T. colubriformis é importante em cordeiros, causando grandes prejuízos

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Nematodirus spp

•Ocorre principalmente em regiões de criação de ovinos

•Prefere clima frio e úmido

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Oesophagostomum spp

•São mais sensíveis ao frio e a dessecação do que outros gêneros

•Épocas quentes são mais propícias

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DIAGNÓSTICO

VERMES GASTROINTESTINAIS DE RUMINANTES

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• Diagnóstico Clínico • Os sinais clínicos são especialmente importantes e, aliados ao histórico, podem

conduzir a diagnóstico preciso

• Pesquisa de Ovos nas Fezes • Métodos de flutuação com análise quantitativa, estimando o número de ovos por

grama de fezes (OPG) – Técnica de Gordon & Whitlock com Câmara de McMaster • O rebanho deve ser considerado como uma unidade, colhendo amostras de

várias categorias animais (dependendo do tamanho do rebanho)

• Cultura de Larvas • 10g de fezes devem ser misturadas com igual quantidade de carvão vegetal ou

serragem de madeira, ligeiramente umedecidas e mantidas em estufa a 25ºC durante 7 dias

• As larvas infestantes são isoladas do material no aparelho de Baermann e identificadas de acordo com os gêneros

• Esta técnica serve para identificar qual(is) o(s) principal(is) gênero(s) envolvido(s) no parasitismo do rebanho

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•Necropsia

• É um dos métodos que fornece resultados mais precisos

• A quantidade de nematódeos considerada patogênica depende da espécie do hospedeiro, da idade e do estado nutricional e, também, da idade dos parasitas

• Além do encontro dos nematódeos, a necropsia também revela as principais lesões, tais como emaciação, edema, anemia, enterite catarral, gastrite, úlceras e hemorragias do trato digestivo