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12 SETEMBRO 2019 Diretor: ANTÓNIO NOVAIS PEREIRA Preço 0,50 c/ IVA PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS BRAGA TAXA PAGA Autorizado pelos C.T.T. a circular em invólucro de plástico fechado. Autorização N.º D.E. DE00192009SNC/GSCCS Ano XCI – N.º 4483 SEMANÁRIO REGIONALISTA DE INSPIRAÇÃO CRISTÃ Página 2 Página 4 Manuel Monge – Um homem de Cáritas A morte, apesar de ser a realidade humana mais certa, surge sempre como uma surpresa. Sabia que, de há muito, a saúde do meu amigo Monge estava bastante fragilizada. Contudo, não es- perava pela notícia da sua morte, que me foi dada por um amigo comum. Nem eu nem ninguém. Partiu, inesperadamente, sem nos ter dado a possibilidade de lhe dizermos: até logo, Monge! Quem o socorreu foi uma das equipas de apoio ao domicílio da sua Cáritas Diocesana de Beja. Não foi um mero acaso. Tinha de ser assim: Com a ajuda de dedi- cados colaboradores e a con- fiança de D. Manuel Falcão e de D. António Vitalino, ele tinha erguido o serviço de higiene pessoal e da casa, bem como o fornecimento de refeições na residência das pessoas com debilidades sociais e/ou eco- nómicas. Foram, precisamente, algumas das pessoas que agora prestam este serviço que o er- gueram do chão onde o en- contraram prostrado. Apresentação dos “Caminhos de Santiago” A ideologia de género, a imprensa e as redes sociais Página 8 Bispos apelam ao voto, recordando princípios fundamentais do pensamento social católico O porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) disse hoje em Fátima que a Igreja Católica espera uma “partici- pação ativa” nos próximos atos eleitorais, recordando o “docu- mento de fundo” que publicou em abril, sobre este tema. “O apelo é de sempre: é que as pessoas tenham uma partici- pação ativa e a participação ativa é votando, mas para votar é bom que conheçam bem todos os projetos”, referiu o padre Manuel Barbosa, em conferência de im- prensa, após a reunião mensal do Conselho Permanente da CEP. A Conferência Episcopal pu- blicou em abril o texto intitulado ‘Um olhar sobre Portugal e a Europa à luz da Doutrina Social da Igreja’, valorizando a “pau- latina ultrapassagem da crise” e alertando para a “quebra de investimento na saúde e na educação”. O padre Manuel Barbosa su- blinhou que este documento quis ser um contributo da CEP, como “voz da Igreja”, num ano de eleições (Europeias, Regio- nais na Madeira e Legislativas), para salientar quatro valores fundamentais do pensamento social católico: dignidade hu- mana, bem comum, solidarie- dade e subsidiariedade. O secretário da CEP deixou votos de que “todos os cidadãos participem neste ato tão im- portante na democracia em Por- tugal”, a respeito das próximas Legislativas, de 6 de outubro, realçando que “o voto é sempre pessoal, livre, responsável e consciente”, fruto de um “correto discernimento”. No final do mês de agosto, o organismo episcopal divulgou no seu site oficial o documento sobre a chamada “ideologia do género,” publicado em 2013, no qual se questiona a “difusão” da mesma no ensino, bem como os vários documentos sobre a Eu- tanásia, rejeitando a sua eventual legalização em Portugal. Segundo o padre Manuel Bar- bosa, o objetivo foi promover um “esclarecimento sobre estas temáticas, afirmando as posi- ções” da Igreja Católica, dese- jando que essas reflexões sejam “tidas em conta” na hora do voto e na próxima Legislatura. “O contributo da Igreja con- tinua, afirmando esses prin- cípios, que estão em docu- mentos”, acrescentou. Fonte: Agência Ecclesia Encontro do Clero em Mértola No próximo dia 16 de setembro (segunda-feira) terá lugar, na Vila de Mértola, o Encontro do Clero da Diocese de Beja, com início às 10 horas. Na escolha desta localidade são apontadas duas razões: o conhe- cimento do seu rico e vasto património histórico, que nos leva até à entrada do cristianismo nesta zona sul de Portugal e o facto da última visita pastoral se ter realizado no Arciprestado de Almodôvar, de que Mértola faz parte. Assim, o programa deste dia será o seguinte: Eucaristia na igreja matriz, visita guiada pelos núcleos museo- lógicos da vila (igreja, alcáçova, castelo e basílica paleocristã, almoço em restaurante local e, pelas 15.00 horas, início de uma Conferência pelo Cónego Luís Manuel, pároco da Sé de Lisboa e membro do Secretariado Na- cional de Liturgia. Prevê-se o final deste encontro pelas 17.00 horas. O encontro proporcionará o convívio e a partilha de expe- riências pastorais, tão necessária na vida da Igreja.

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Page 1: 12 setembro 2019 - Diocese de Beja · 2019-10-09 · 12 de setembro de 2019 «Cristo veio salvar os pecadores» RELIGIÃO Notícias de Beja – 3 XXIV Domingo do Tempo Comum O nosso

12 de setembro de 2019

12SETEMBRO

2019

Diretor: ANTÓNIO NOVAIS PEREIRAPreço 0,50 • c/ IVA

PUBLICAÇÕESPERIÓDICAS

BRAGATAXA PAGA

Autorizado pelos C.T.T.a circular em invólucrode plástico fechado.

AutorizaçãoN.º D.E.

DE00192009SNC/GSCCSAno XCI – N.º 4483

SEMANÁRIO REGIONALISTA DE INSPIRAÇÃO CRISTÃ

Página 2

Página 4

Manuel Monge– Um homem de Cáritas

A morte, apesar de ser a realidadehumana mais certa, surge semprecomo uma surpresa. Sabia que,de há muito, a saúde do meuamigo Monge estava bastantefragilizada. Contudo, não es-perava pela notícia da sua morte,que me foi dada por um amigocomum. Nem eu nem ninguém.Partiu, inesperadamente, sem noster dado a possibilidade de lhe

dizermos: até logo, Monge!Quem o socorreu foi uma dasequipas de apoio ao domicílio dasua Cáritas Diocesana de Beja.Não foi um mero acaso. Tinha deser assim: Com a ajuda de dedi-cados colaboradores e a con-fiança de D. Manuel Falcão e deD. António Vitalino, ele tinhaerguido o serviço de higienepessoal e da casa, bem como ofornecimento de refeições naresidência das pessoas comdebilidades sociais e/ou eco-nómicas. Foram, precisamente,algumas das pessoas que agoraprestam este serviço que o er-gueram do chão onde o en-contraram prostrado.

Apresentação dos“Caminhos de Santiago”

A ideologia degénero, a imprensae as redes sociais

Página 8

Bispos apelam ao voto, recordandoprincípios fundamentais do pensamento

social católico

O porta-voz da ConferênciaEpiscopal Portuguesa (CEP)disse hoje em Fátima que a IgrejaCatólica espera uma “partici-pação ativa” nos próximos atoseleitorais, recordando o “docu-mento de fundo” que publicouem abril, sobre este tema.“O apelo é de sempre: é que aspessoas tenham uma partici-pação ativa e a participação ativaé votando, mas para votar é bomque conheçam bem todos osprojetos”, referiu o padre ManuelBarbosa, em conferência de im-prensa, após a reunião mensal doConselho Permanente da CEP.A Conferência Episcopal pu-blicou em abril o texto intitulado

‘Um olhar sobre Portugal e aEuropa à luz da Doutrina Socialda Igreja’, valorizando a “pau-latina ultrapassagem da crise” ealertando para a “quebra deinvestimento na saúde e naeducação”.O padre Manuel Barbosa su-blinhou que este documentoquis ser um contributo da CEP,como “voz da Igreja”, num anode eleições (Europeias, Regio-nais na Madeira e Legislativas),para salientar quatro valoresfundamentais do pensamentosocial católico: dignidade hu-mana, bem comum, solidarie-dade e subsidiariedade.O secretário da CEP deixou votos

de que “todos os cidadãosparticipem neste ato tão im-portante na democracia em Por-tugal”, a respeito das próximasLegislativas, de 6 de outubro,realçando que “o voto é semprepessoal, livre, responsável econsciente”, fruto de um “corretodiscernimento”.No final do mês de agosto, oorganismo episcopal divulgouno seu site oficial o documentosobre a chamada “ideologia dogénero,” publicado em 2013, noqual se questiona a “difusão” damesma no ensino, bem como osvários documentos sobre a Eu-tanásia, rejeitando a sua eventuallegalização em Portugal.Segundo o padre Manuel Bar-bosa, o objetivo foi promover um“esclarecimento sobre estastemáticas, afirmando as posi-ções” da Igreja Católica, dese-jando que essas reflexões sejam“tidas em conta” na hora do votoe na próxima Legislatura.“O contributo da Igreja con-tinua, afirmando esses prin-cípios, que estão em docu-mentos”, acrescentou.

Fonte: Agência Ecclesia

Encontro do Clero em MértolaNo próximo dia 16 de setembro(segunda-feira) terá lugar, na Vilade Mértola, o Encontro do Cleroda Diocese de Beja, com início às10 horas.Na escolha desta localidade sãoapontadas duas razões: o conhe-cimento do seu rico e vastopatrimónio histórico, que nosleva até à entrada do cristianismonesta zona sul de Portugal e ofacto da última visita pastoral seter realizado no Arciprestado deAlmodôvar, de que Mértola fazparte.Assim, o programa deste dia seráo seguinte:Eucaristia na igreja matriz, visitaguiada pelos núcleos museo-lógicos da vila (igreja, alcáçova,

castelo e basílica paleocristã,almoço em restaurante local e,pelas 15.00 horas, início de umaConferência pelo Cónego LuísManuel, pároco da Sé de Lisboae membro do Secretariado Na-

cional de Liturgia. Prevê-se o finaldeste encontro pelas 17.00 horas.O encontro proporcionará oconvívio e a partilha de expe-riências pastorais, tão necessáriana vida da Igreja.

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12 de setembro de 2019SOCIEDADE2 – Notícias de Beja

Sonhos erealidades

Nas Residências para Pes-soas Idosas, com alguma fre-quência, escutamos da partede quem está em cadeira derodas, ao ver passar outroresidente que se movimentacom facilidade: “Eu só queriater as pernas daquele, mas acabeça (dele) não”.Este facto faz-me pensar nosmelhores projectos que “nãotêm pernas para andar”, nasmuitas actividades que “nãotêm cabeça” ou são execu-tadas sem a prévia ponde-ração quanto à oportunidadee reais capacidades para oslevar ao seu termo, podendo,em situações extremas, levarà conclusão de que “não têmpés nem cabeça”.Esta expressão, foi usada,entre outros, por Cícero, e porMarco Pórcio Catão, esteúltimo, para se referir a umaembaixada (sem pé, sem ca-beça e sem coração) que osenado romano enviou paramediar a guerra entre PrúsiasII da Bitínia e seu filho Ni-comedes, formada por Licínio,

Editorial

António Novais Pereira, Diretor

que sofria de gota, Mancino,que teve sua cabeça esma-gada por um tijolo e quasetodos os ossos removidos, eLúcio, um homem sem ne-nhuma percepção.Ao olharmos atentamentepara a sociedade actual, comos projectos, empreendi-mentos e sonhos não reali-zados ou, embora realizadosderam lugar ao fracasso edesilusão, vem-nos à me-mória esse velho ditado que,pela sua grandeza, sempre érecordado. As incapacidadespróprias, aliadas à sede porvãs glórias reforçam a aten-ção às horas oportunas desuperação individual, emdetrimento do bem colectivoe com o alheamento dosfrutos daquilo que se realiza.Em Portugal, o mês de Se-tembro, marcado pela cam-panha eleitoral na rua, com ospolíticos à pesca, nas praçase nas redes sociais e de co-municação desejando os afa-mados banhos de multidão,vivemos na expectativa doque está para acontecer, nãotanto antes das eleições masprincipalmente, na concre-tização das promessas en-tretanto feitas.Desde já, no que me diz res-peito e, ao iniciar um novoano pastoral, prefiro seguir oconselho do Divino Mestre:Sentar-me durante algumtempo, em oração e em diá-logo com o Senhor e osirmãos, para avaliar e re-conhecer, atento e humil-demente, o melhor modo parao cumprimento do que me éconfiado.

Manuel Monge – Um homem de CáritasMas não foi só este rasto de bem-fazer que Manuel Monge deixou;muitos outros que se tornaramvisíveis e outros que levou nosegredo do seu coração. Estou apensar no cuidado que colocavano acolhimento a pessoas queprocuravam a Cáritas por falta demeios para subsistirem com omínimo de dignidade. Criou umserviço de atendimento social deproximidade com muita qualidadee eficaz, tanto quanto as cir-cunstâncias o permitiam, nasrespostas aos problemas apre-sentados. Procurou ter sempreuma atenção mais especial aos“últimos dos últimos”. Por isso,muitas vezes o ouvi falar dassuas preocupações com a pro-moção comunitária do Bairro deNossa Senhora da Esperança,onde a Cáritas tinha uma açãomuito intensa. Era também comesperança na recuperação do serhumano por muito profundo quefosse o seu estado de degra-dação que colocava todos osseus empreendimentos sociais eespirituais. A este propósitorecordo o nascimento da “HortaNova”. Sou testemunha do seuentusiasmo e das lutas que tevede travar para conseguir criar aComunidade terapêutica des-tinada a pessoas dominadas poraditivos de qualquer tipo. Pas-sava lá tanto tempo que muitasvezes lhe cheguei a perguntar se

a sede da Cáritas Diocesana tinhasido transferida para lá. Muitosuor e grande pedaço da sua vidadespendeu nesta resposta social.Tudo isto sem esquecer a criaçãoe animação de grupos paroquiaisde ação caritativa, pois sabia queera na paróquia que estava aeficácia e eficiência do cuidadoaos pobres.Sempre apreciei em ManuelMonge o seu sentido de lealdade.Fui beneficiário desse seu nobresentimento não só como seucolega, mas também enquantocolaborador da Cáritas Dio-cesana de Setúbal, partilhandoexperiências e realizando visitasmútuas. Esta relação manteve-sequando partilhámos as mesmastarefas na última da Direções daCáritas Portuguesa, presidida poresse sublime ser humano, o Dr.Acácio Catarino, que sei ter peloMonge (a morte não destróisinceros sentimentos afetivos)um apreço muito grande. Quandofui convidado para ser eu areceber o testemunho do cargoexercido pelo Dr. Acácio, tive neleum disponível cooperante semreceios de se sentir ensombradopela minha nova missão. Tambémnão deveria ter sido por coin-cidência que tomei posse no diada celebração do seu aniversárionatalício. Já lá vão 19 anos.Sempre foi um amigo.Nos últimos anos, não contac-

támos tanto, por opção dele. Asaída da Cáritas alterou a suavida, tal era o amor que lhe tinhae a quantidade de tempo quepreenchia a sua vida. Mas tudoo que é terreno, tem um princípioe um fim e neste tipo de funçõeshá que saber sair. Ao deixar a suamissão optou por se ocupar como cultivo do pedacinho de terraque, entretanto, tinha adquirido.Talvez isso tivesse estado naorigem do seu isolamento. Masesta sua escolha em nada dimi-nuiu o apreço dos que éramosseus amigos.Tinha imperfeições? Quem nãoas tem? Prefiro deixar a Deus amissão de as julgar, pois só Eleo sabe fazer com justiça, por-que sempre rico de infinitamisericórdia.Manuel Monge foi um homem deCáritas, ou seja, impregnado deamor pelos outros. Também foida Cáritas. Pelo tanto a que a eladeu era sua pertença e assimcontinuará, agora com respon-sabilidades acrescidas que são asde interceder por esta instituiçãoda Igreja junto de Deus.Amigo, não te esqueças de mim.Bem sabes como preciso. Comonão tive oportunidade de te dizerde viva voz, faço-o por este meio:até logo, Monge!

Eugénio Fonseca

Câmara Municipal de Aljustrelapoia alunos necessitados

À semelhança dos anos ante-riores, a Câmara de Aljustrelatribuiu auxílios económicos a 112alunos, provenientes de famíliasmais necessitadas, que irão fre-quentar o 1.º ciclo do EnsinoBásico.Esta medida abrange 66 alunos do

escalão A que beneficiaram deapoio em livros de fichas e materialescolar, e 46 alunos do escalão Bque receberam apoio para aqui-sição dos livros de fichas.Considerando a importância dodesenvolvimento de serviços deapoio às famílias durante o perío-

do letivo e nas suas interrupções,a autarquia assegura que vaicontinuar a desenvolver ativi-dades de animação e de apoio àfamília para o pré-escolar e acomponente de apoio à famíliadestinada aos alunos do 1º ciclodo concelho.

Irmã Beatriz SantosRumo ao Algarve

A Irmã Beatriz Santos, Carmelita Missionária, após ter trabalhadodurantre nove anos na Diocese de Beja, partiu para o Algarve,onde passa a integrar a comunidade das Irmãs CarmelitasMissionárias, em Faro.Na nossa Diocese de Beja colaborou principalmente com oSecretariado Diocesano da Educação Cristã, a Cáritas Diocesana,onde coordenou o Projecto + Próximo e acompanhou o CarmeloMissionário Secular, na qualidade de assessora.

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12 de setembro de 2019

«Cristo veio salvar os pecadores»

RELIGIÃO Notícias de Beja – 3

XXIV Domingodo Tempo Comum

O nosso Domingo

Ano C15 de setembro de 2019

Leitura do Livro do ÊxodoNaqueles dias, o Senhor falou a Moisés, dizendo: «Desce depressa,porque o teu povo, que tiraste da terra do Egipto, corrompeu-se. Nãotardaram em desviar-se do caminho que lhes tracei. Fizeram um bezerrode metal fundido, prostraram-se diante dele, ofereceram-lhe sacrifíciose disseram: ‘Este é o teu Deus, Israel, que te fez sair da terra doEgipto’». O Senhor disse ainda a Moisés: «Tenho observado estepovo: é um povo de dura cerviz. Agora deixa que a minha indignaçãose inflame contra eles e os destrua. De ti farei uma grande nação».Então Moisés procurou aplacar o Senhor, seu Deus, dizendo: «Porque razão, Senhor, se há-de inflamar a vossa indignação contra ovosso povo, que libertastes da terra do Egipto com tão grande forçae mão tão poderosa? Lembrai-Vos dos vossos servos Abraão, Isaace Israel, a quem jurastes pelo vosso nome, dizendo: ‘Farei a vossadescendência tão numerosa como as estrelas do céu e dar-lhe-eipara sempre em herança toda a terra que vos prometi’». Então oSenhor desistiu do mal com que tinha ameaçado o seu povo.

I Leitura

Leitura da Primeira Epístola do apóstolo São Paulo a TimóteoCaríssimo: Dou graças Àquele que me deu força, Jesus Cristo, NossoSenhor, que me julgou digno de confiança e me chamou ao seuserviço, a mim que tinha sido blasfemo, perseguidor e violento.Mas alcancei misericórdia, porque agi por ignorância, quando aindaera descrente. A graça de Nosso Senhor superabundou em mim,com a fé e a caridade que temos em Cristo Jesus. É digna de fé estapalavra e merecedora de toda a aceitação: Cristo Jesus veio aomundo para salvar os pecadores, e eu sou o primeiro deles. Masalcancei misericórdia, para que, em mim primeiramente, Jesus Cristomanifestasse toda a sua magnanimidade, como exemplo para osque hão-de acreditar n’Ele, para a vida eterna. Ao Rei dos séculos,Deus imortal, invisível e único, honra e glória pelos séculos dosséculos. Amen.

Evangelho

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São LucasNaquele tempo, os publicanos e os pecadores aproximavam-se todosde Jesus, para O ouvirem. Mas os fariseus e os escribas murmuravamentre si, dizendo: «Este homem acolhe os pecadores e come com eles».Jesus disse-lhes então a seguinte parábola: «Quem de vós, que possuacem ovelhas e tenha perdido uma delas, não deixa as outras noventa enove no deserto, para ir à procura da que anda perdida, até a encontrar?Quando a encontra, põe-na alegremente aos ombros e, ao chegar acasa, chama os amigos e vizinhos e diz-lhes:‘Alegrai-vos comigo, porqueencontrei a minha ovelha perdida’.Eu vos digo: Assim haverá maisalegria no Céu por um só pecador que se arrependa, do que por noventae nove justos, que não precisam de arrependimento. Ou então, qual é amulher que, possuindo dez dracmas e tendo perdido uma, não acendeuma lâmpada, varre a casa e procura cuidadosamente a moeda, até aencontrar? Quando a encontra, chama as amigas e vizinhas e diz-lhes:‘Alegrai-vos comigo, porque encontrei a dracma perdida’. Eu vos digo:Assim haverá alegria entre os Anjos de Deus por um só pecador que searrependa».

Estava morto e voltou à vida

1 Tim 1, 12-17

Aleluia

+ J. Marcos, Bispo de Beja

II Leitura

Salmo Responsarial Salmo 50 (51)

Fazei brilhar sobre mim, Senhor, a luz do vosso rosto e ensinai-meos vossos mandamentos.

«O Senhor desistiu do mal com que tinha ameaçado o seu povo»

Ex 32, 7-11.13-14

Refrão: Vou partir e vou ter com meu pai.

1 - Na primeira leitura da missado próximo domingo vemos opovo de Israel, na ausência deMoisés, mergulhar numa situaçãograve de pecado, fabricando eadorando uma imagem de Deus.Aquela imagem de Deus não era,notemo-lo bem, imagem de umdeus do Egito ou de um deus dealguma tribo do deserto. O bezer-ro de ouro era, na intenção dosseus autores e adoradores, ima-gem daquele Deus que os liber-tara da escravidão do Egito, doDeus de Israel. A violenta reaçãodo Senhor a esta falta e a inter-cessão de Moisés, ajudou o povoa reconhecer a transcendência ea santidade de Deus que nãocabem em nenhuma imagem feitapela mão do homem. Por querazão se fazem imagens, se cons-troem imagens de Deus? O queé, e para que serve, uma imagem?Quem fabrica uma imagem fabricaum duplo, ou seja, cria um su-porte artístico, naturalmenteimperfeito, mas que tem a funçãode tornar presente para quem ocontempla, aquilo ou Aquele querepresenta. Que re-apresenta,mas que, realmente, não é. Ahistória das imagens no cristia-nismo não foi pacífica até aoséculo IX, e ainda não o é hoje,em algumas franjas da populaçãobatizada, em muitas formas erra-das de se lhes prestar culto.Contemplá-las pode ajudar-nos aprogredir na vida cristã, mastambém pode induzir-nos emerro, prendendo-nos a elas demodo irracional. Esquecendo quesão imagens, facilmente as trans-formamos em ídolos e as ador-amos porque são bonitas, ou asdesprezamos por serem feias oufalsas.2 – A problemática das falsasimagens de Deus está no centroda parábola chamada do filhopródigo. A imagem que o filhomais novo tem do seu Pai e que oleva a matá-l’O no seu coração ea pedir-Lhe a parte da herançaque lhe tocava para ir gozar a suavida, era falsa, assim como tam-

Em Cristo, Deus reconcilia o mundo consigo e confiou-nos apalavra da reconciliação.

2 Cor 5, 19

Lc 14, 25-33

bém o era a imagem legalista eforreta que o filho mais velhotinha do seu Pai. Ambos viviamcom Ele, mas o conhecimento quedele tinham impedia-os de Oconhecerem realmente. Conhe-ciam-n’O por fora, mas esseconhecimento exterior não lhespermitia conhecê-l’O a partir dedentro. E este Pai que é Deus,porque é puro Espírito, só a partirde dentro pode ser conhecido.Para isso ser possível, é neces-sário que se desmoronem essasfalsas imagens que d’Ele seformaram em cada um de nós.Todos serão ensinados por Deus,diz Jesus no Evangelho.Confesso que me parece muitoeloquente aquele difícil silênciodo Pai para com o filho mais novoque O matou, cortando com Ele,voltando-Lhe as costas. Que Omatou? Não, que se matou a simesmo, porque cortar com o Paique é a fonte da vida, é, de facto,um suicídio. O filho mais novo,afastando-se do Pai, mata-seespiritualmente. O Pai di-lo aosservos e repete-o ao filho maisvelho: esse teu irmão estavamorto e voltou à vida!A história de pecado do filhomais novo e a situação de fome ede extrema pobreza que se lheseguiu ajudou a desfazer nele, emparte, essa imagem falsa do Pai.Em parte, porque não é o reco-nhecimento do amor do seu Paique o motiva a regressar, mas afome. E que pode significar estasua expressão: já não soudigno de ser chamado teu filho,trata-me como um dos teusjornaleiros senão a sua desis-tência de ser reconhecido comofilho por aquele Pai que tinhaabandonado?Mas o seu regresso abre a portaà surpreendente manifestação doPai como amor misericordioso,superabundante, que tudo per-doa, fonte de vida e de festa. E érecebido tão festivamente peloPai que o trata como filho, que ocobre de beijos e o reveste comuma túnica nova e com sandáliase o adorna com um anel, pelo Paique não lhe deixa sequer terminar

o discurso que tinha preparado eordena que se faça festa rija!E o filho mais velho, símbolo dopovo de Israel que se recusa aentrar na festa da salvação dasnações? Entrou, ou não? Jesus,no evangelho, deixou a parábolaem suspenso. Historicamente,vemos que, lentamente, vaientrando. Mas quantos filhosmais velhos estão hoje na IgrejaCatólica, muito fiados da suaprópria justiça, pensando quesão justos porque vivem, pensameles, sem transgredirem uma sóordem de Deus, mas com ocoração fechado aos irmãos,desconhecem o amor miseri-cordioso do Senhor e escan-dalizam-se dos Seus exagerospara com os pecadores que searrependem e regressam à vidada graça! Como precisam essasmulheres e homens autojus-tificados de conhecer o amor deCristo que relega essa justiçafarisaica à condição de lixo!3 – Na segunda leitura da missado próximo domingo, tirada daCarta a Timóteo, vemos S. Paulodar graças a Jesus Cristo que ochamou para O servir, a ele quetinha sido blasfemo, perseguidore violento. Mas alcancei mise-ricórdia (…). A graça de NossoSenhor superabundou em mim.(…) É digna de fé esta palavra emerecedora de toda a atenção:Cristo Jesus veio ao mundosalvar os pecadores, e eu sou oprimeiro deles. Mas alcanceimisericórdia… Assim se vêPaulo a si mesmo, assim seentende a si próprio qualquercristão iluminado pelo amor deCristo! Como um pecador quealcançou misericórdia! Comoalguém que pelo pecado experi-mentou a morte, e recebeu deDeus, por meio do Seu Filhomorto e ressuscitado, a Vida novado Seu amor misericordioso, aVida própria dos Seus filhosadotivos. Esses vivem, não àcusta do Pai, mas a partir d’Ele epara Ele, fazendo, em tudo esempre, e por amor, a Sua von-tade e procurando, sempre e emtudo, e por amor, a Sua glória.

ENTRADAEscutai, Senhor a prece – A. Cartageno, CEC II,113, ou CNL, 415.

SALMO RESPONSORIALVou partir – M. Luis, SR, 318~

Sugestões de Cânticos

COMUNHÃOO Bom Pastor , in “Cânticos Alentejanos”, 21,ou CNL, 325 ou: O cáliceda bênção - F. Silva, CEC II, 116.

Significado das sigas: CEC II – Cânticos de Entrada e Comunhão II (livro verde);CNL – Cantoral Nacional para a Liturgia (livro recente).

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12 de setembro de 2019IGREJA4 – Notícias de Beja

Encontro de formadores de Seminários

Entre dois e quatro de Setembro,nas instalações do Seminário deSão José, em Bragança, decorreuo Encontro Nacional de For-madores dos Seminários Dio-cesanos. Este encontro foi pro-movido pela Comissão Episcopaldas Vocações e Ministérios,tendo como tema «Novas cul-turas juvenis e desafios à matu-ridade», apoiado no DocumentoFinal do Sínodo dos Bispossobre “Os jovens, a fé e o discer-nimento espiritual”, bem comoa Exortação Apostólica Pós-sinodal “Christus Vivit”. Pre-

sidiu aos trabalhos D. AntónioAugusto de Oliveira Azevedo,presidente da CEVM e, paraalém dos cerca de 50 formadoresdas várias dioceses de Portugal,participaram também D. JoséCordeiro, Bispo da Diocese deBragança Miranda e os vogais damesma Comissão, D. João Mar-cos e D. Nuno Almeida.Foram conferencistas neste en-contro o Pe. Jesús Rojano Mar-tínez (Salesiano) com a 1º con-ferência subordinada ao tema«Cultura Juvenil e Vocação»; airmã Fabrizia Raguso (Braga)

sobre «Cultura Juvenil e Matu-ridade Afetiva nos Candidatos aoSacerdócio»; o Padre Rui Nunes(Jesuíta) com o tema «A CulturaDigital nos Jovens». No encer-ramento, D. José Cordeiro, Bispode Bragança-Miranda, refletiusobre «Percursos para a Matu-ridade na Fé».Foi apresentada também a pro-posta de formação para agentesde Pastoral que terá lugar emFátima de 23 a 27 de setembrosobre o tema “Acompanhar osJovens Hoje – Uma propostaformativa a partir do Sínodo”.Além das conferências, a oraçãoem comum, a partilha de boaspráticas e os desafios entre asvárias Diocese foi uma constante.Houve também espaço para acultura, um passeio até Miranda(tarde de terça-feira), onde fomosrecebidos pelo presidente daCâmara Municipal e a celebraçãoda Eucaristia na Co-Catedral,depois de um belo passeio poráguas do Douro internacional.O encontro terminou com umavisita guiada à Catedral da Bra-gança, orientada por Dom JoséCordeiro e a celebração daEucaristia.

F.E.

Início de novo anono Seminário de Beja

No passado dia 7 de setembro,pela tarde, deu-se início ao novoano no nosso Seminário.Foi tempo de reencontro, oraçãoe partilha das experiências vivi-das durante o verão. Dêmosgraças a Deus pela vida e avocação do seminarista Fran-cisco Molho que, Domingo, foiapresentado na Paróquia deMelides, onde trabalhará duranteeste ano Pastoral. Acolhemoscom muita alegria o seminaristaTiago Graça, que depois do anopropedêutico realizado no Al-garve irá frequentar o SeminárioMaior.Na tarde de sábado, pelas 17horas, rezamos o rosário e oraçãode vésperas com a comunidadedas irmãs da Divina Providênciae Sagrada Família que colaboramno nosso seminário e, pelas18,30h, celebramos a Eucaristia,presidida pelo nosso Bispo.Nesta, deu-se também o encer-ramento de dois campos de fériasque decorreram na zona de Mér-tola e que terminou na Capelagrande do nosso Seminário.Nesta Eucaristia de encerra-mento, entre adolescentes ejovens, animadores e familiares,participaram mais de 300 pessoas.O jantar foi festivo, com a pre-sença do nosso Bispo e dasirmãs, no refeitório pequeno donosso Seminário.Pela noite, tivemos Adoração aoSantíssimo, rezando ao Senhorpela Vocações Sacerdotais, pelo

nosso Seminário e por este anoque está a começar.No Domingo celebramos Euca-ristia com oração de Laudes naCapela das irmãs, onde, ilumi-nados pela Palavra de Deus quenos foi servida neste XXIII Do-mingo do Tempo Comum, fomosconvidados a reflectir sobre aexigência do ser cristão e arenúncia à família, à própria vidae aos bens que o Senhor pede aquem quer ser seu discípulo.Temos forças para seguir emfrente? Sozinhos não. Mas coma ajuda de Deus, a proteção e deNossa Senhora, a quem esta casaé dedicada, o apoio e oração dosirmãos desejamos caminhar napresença do Senhor e na fide-lidade ao chamamento.Depois do Pequeno-almoço foitempo de preparar os quartos ealguma logística para o regressoa Évora que teve lugar ao inícioda tarde.Oração de Vésperas e convíviofizeram parte do final de tarde enoite de Domingo.Na segunda-feira após a oraçãode laudes e o pequeno-almoço,foi o regresso ao Instituto Su-perior de Teologia de Évora, parao início do nosso ano lectivo.Rezemos ao Senhor da Messepelo nosso Seminário e pelosnossos seminaristas e que oSenhor continue a chamar outrosjovens para o seguirem.

F.E.

África: Missionários portugueses sublinham mensagensem favor da paz e justiça social lançadas por Francisco

A viagem do Papa Francisco aMoçambique, Madagáscar eMaurícia, que se encerrou, no dia10, ficou marcada, na opinião dedois missionários portuguesespelas mensagens em favor da paze justiça social.Frei Armindo Carvalho, atualministro provincial dos Fran-ciscanos em Portugal, foi missio-nário em Moçambique entre 1966e 2004, tendo acompanhado comparticular atenção a passagem doPapa pelo país lusófono, naexpectativa de que possa dar vidaa um real acordo de paz, umsonho para uma população “mas-sacrada por interesses” alheios.Frei Armindo Carvalho evoca umpaís com riquezas naturais, mar-cado pela instabilidade política,apesar do seu povo “pacífico efraterno”, e destaca a mensagemde “reconciliação” deixada peloPapa.O religioso franciscano sublinha

ainda o encontro com a juv-entude moçambicana, “generosae alegre”, que precisa de “mo-delos de vida”.Em relação à vida da IgrejaCatólica, o entrevistado refere àAgência ECCLESIA que foi visí-vel o “encanto e entusiasmo”dos momentos de celebraçãolitúrgica.“Hoje são os próprios moçam-bicanos que são missionários”nas comunidades católicas, comuma atividade “muito forte” dosleigos, acrescenta.O Papa encerrou a sua quartaviagem ao continente africano, nanunciatura em Madagáscar, ondesaudou uma dezena de idosaspobres, representando as pes-soas assistidas todas as sextas-feiras pela representação diplo-mática em Antananarivo.O padre Joaquim António Ma-galhães, religioso dehoniano quefoi missionário na maior ilha

africana, destaca o “banho demultidão” que Francisco rece-beu, fruto do “crescimento espan-toso” do Cristianismo.O religioso português fala de umacomunidade católica muito pre-sente no território através da suaação social, as suas escolas ehospitais, além de todo o trabalhoem favor da “pacificação” e danormalização da vida política,afetada por vários golpes deEstado.Outro foco de preocupação é a“destruição da floresta”, como foisublinhado pelo Papa.Para o padre Joaquim AntónioMagalhães, a Igreja “tem umaresponsabilidade muito impor-tante”, para a construção dajustiça social.“O problema de fundo é a po-breza”, com uma “minoria a explo-rar a maioria”, denuncia.O Papa voltou a Roma depois depedir, em África, caminhos inova-dores capazes de questionar oatual modelo económico-finan-ceiro, tornando os povos prota-gonistas da construção de umfuturo mais justo, mais solidário,mais respeitador da dignidade davida, da natureza, das culturas edas tradições.

HM/OC / Ecclesia

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12 de setembro de 2019 Notícias de Beja – 5IGREJA

Apresentação dos“Caminhos de Santiago”

“Por iniciativa da Entidade Re-gional de Turismo do Alentejo eRibatejo (ERT), sob a coor-denação do Dr. Pedro Beato ecom uma grande e multidis-ciplinar Equipa, foram apre-sentados, no passado dia 04 deSetembro, na Igreja Matriz deSantiago do Cacém,os Cami-nhos de Santiago, que atra-vessam o Alentejo e o Ribatejo,numa extensão de cerca de 1.400Km. Além do nosso Bispo, D.João Marcos, que abriu a sessãoe procedeu à bênção simbólicado Caminho, estiveram tambémpresentes o Arcebispo de Évora,(que proferiu uma excepcionalconferência), o Bispo de Por-talegre e Castelo Branco, o Vigá-rio Geral de Santarém e também

Estado do Turismo, a DiretoraRegional de Cultura do Alentejo,o Presidente da ERT, o Presidenteda Câmara Municipal de Santiagodo Cacém e muitos Presidentesde Câmara, de Assembleias Muni-cipais e Juntas de Freguesia, dosterritórios por onde passam osCaminhos, e uma significativarepresentação da Galiza, bemcomo numerosas Associações eInstituições ligadas aos Ca-minhos. Uma numerosa e magnâ-nima assembleia preenchia a belaIgreja Matriz de Santiago doCacém, que nesse dia se tornoupequena para acolher esta inicia-tiva. Ficam algumas imagensdeste promissor projecto, jádevidamente implantado no terre-no e com frutos à vista.”

M.R.

o Vigário Geral de Portalegre eCastelo Branco e Sacerdotesdestas 4 Dioceses. Estiveramtambém presentes a Secretária de

Núcleo de Paramentosde Grândola

A Paróquia de Grândola apresentou no dia 15 de Agosto, Solenidadede Nossa Senhora da Assunção, Padroeira da Paróquia, mais umacoleção de Paramentos Litúrgicos, dos Séculos XVII e XVIII, bem comoalgumas peças que não podem ser apresentadas no Museu de ArteSacra, que celebrou no dia 23 de Agosto a bonita idade de 8 anos,contabilizando até ao momento cerca de 33.000 Visitantes, provenientesde todo o Mundo.

Catequistas debateram ciclode formação até à JMJ 2022

O Centro Catequético de Fátima recebeu, no dia 7, a primeira formaçãopara catequistas que vão levar o projeto ‘Say Yes, aprender a dizerSim’, de preparação para a JMJ 2022, a todas as dioceses porutguesas.80 participantes estiveram reunidos em volta das etapas e roteiros quefarão parte da proposta catequética rumo à Jornada Mundial daJuventude em Lisboa, um projeto de Catequese com Adolescentes,explica o portal ‘Educris’, do Secretariado Nacional da Educação Cristã.No total mais de 30 mil adolescentes e 3 mil catequistas estão inscritospara participar na iniciativa, que “serve de ‘laboratório’ para o novoprojeto de catequese que entrará em vigor após a experiência da JornadaMundial da Juventude”, refere uma nota enviada à Agência ECCLESIA.D. António Moiteiro, presidente da Comissão Episcopal da EducaçãoCristã e Doutrina da Fé, referiu que a formação congregou representantesde 19 das 20 dioceses portuguesas, “o que reflete as expetativas que oagente de pastoral tem para com este projeto”.“Não poderíamos, enquanto Igreja e como catequese deixar passar aoportunidade de caminharmos com os mais novos, com aqueles quevão ser jovens em 2022. Desta certeza nasce esta proposta de caminho,de crescimento, de dinamismo que marque a fé das novas gerações”,explicitou o bispo de Aveiro, a respeito do projeto nascido em Lisboa e“alargado a todo o país”.O padre Tiago Neto, diretor do setor da Catequese no Patriarcado deLisboa, lembrou que o projeto de catequese com os adolescentes rumoà JMJ 2022 surgiu num contexto “propício” para colocar em práticaalgumas perspetivas catequéticas que têm vindo a ser refletidas nacatequese com os adolescentes.“Não se trata de organizar a JMJ propriamente dita. Para isso haveráequipas de trabalho. O que queremos é ajudar ao trabalho prévio, àpreparação espiritual e pastoral desse acontecimento único da vida decada um de nós que vai ser a JMJ de Lisboa”, acrescentou.O projeto ‘Say Yes, aprender a dizer Sim’ quer ser “espaço para osadolescentes crescerem na fé criando grupo uns com os outros e coma comunidade cristã”.

OC/ Ecclesia

Cáritas e Instituto de Apoio à Criança dinamizamcampanha de «regresso à escola»

A Cáritas Portuguesa e o Insti-tuto de Apoio à Criança (IAC)promoveram uma campanhasolidária de regresso à escola,com o apoio da Missão Conti-nente, este sábado e domingo.“É verdade que há já algumasajudas que hoje já são propor-cionadas na área do ensino, masa campanha, ainda que decorrano início do ano escolar, temcomo objetivo ajudar as famíliasmais carenciadas durante todo oano”, explicou o presidente daCáritas Portuguesa, EugénioFonseca.Num comunicado enviado àAgência ECCLESIA, a instituiçãocatólica assinala que a campanha

de regresso à escola “é já umainiciativa esperada pelas muitasfamílias” que conhecem as difi-culdades deste momento do anoe têm como “missão fazer crian-ças felizes”.A Cáritas lembra que “uma gran-de percentagem” das famílias emPortugal, especialmente as famí-lias mais vulneráveis, “enfrentambarreiras financeiras” para apoiaros seus filhos na escola e “oscustos são mais elevados quandoquerem continuar” os seus estu-dos na Universidade”, segundoo estudo ‘Educação: a chave paraquebrar o ciclo da pobreza’,publicado em conjunto com aCáritas Europa.

“É urgente inverter esta situaçãoe criar todas as condições neces-sárias para que as famílias pos-sam apoiar os seus filhos nosestudos e promover, assim, o seubem-estar não apenas econó-mico, mas sobretudo emocionale contribuindo assim para umafeliz integração social”, sublinhaEugénio Fonseca.A instituição explica que os bensrecolhidos nos dias 7 e 8 desetembro, nas lojas Continenteaderentes, serão “entreguesdiretamente às famílias” que sãoapoiadas pela rede Cáritas nasdiferentes dioceses.Com esta campanha solidária aCáritas Portuguesa também assi-nala o Dia Internacional daCaridade, que se comemorou nodia 6, aniversário da morte deMadre Teresa de Calcutá (1910-1997), padroeira da Cáritas emtodo o mundo.

CB/OC/Ecclesia

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12 de setembro de 2019OPINIÃO6 – Notícias de Beja

‘Geração Z’ dos sozinhos

Sílvio Couto

Apareceu na comunicação socialcom algum destaque e fortepromoção: vendem-se abraços,alugam-se companheiros depasseio, amigos e até mães.Esta tendência – explorada parti-cularmente à americana – trouxemais à luz do dia o tema da solidão,considerada já uma pandemia emcertos lugares… com a inclusãode jovens entre os dezoito e osvinte e dois anos, consideradosa tal ‘geração z’ dos nativosdigitais.Ora, para atenuar os efeitos dasolidão vão surgindo serviços decompanhia com preços e com

Postal de férias 2019. Vem comigovoar sobre as coisas criadas, aBíblia da Natureza onde o Criadorfala à criatura, o corpo quemanifesta as muitas e surpreen-dentes manifestações do Es-pírito. Diz a Bíblia: «O Espíritode Deus movia-se sobre a super-fície das águas» (Gén. 1,2b). Eeu acrescento: «E sobre tudoquanto existe”. Estou no ribeiroda Carqueijeira, a minha sala deestar, um habitat ideal para apassarada. O rouxinol voltou eajudou-me a orar, a sorrir, a vivermelhor. As aves, esvoaçando porentre a ramada abundante doribeiro, têm água e comida, ramosfrágeis e frescos para baloiçar, umlindo espaço para habitar, umagarganta fina e afinada paracantar. Evocam as palavras deJesus: «Olhai para as aves docéu: não semeiam, nem ceifam,nem recolhem em celeiros; é ovosso Pai do Céu que as ali-menta» (Mt 6, 26) Os sangri-nheiros, com milhares de bagaspretas, prontas a comer, ilu-minadas pelo sol nascente, pare-cem árvores de Natal. É certo oque diz o Papa, ao comentar o

Um olhar para além do verAntónio Aparício

canto de S. Francisco: «é a nossacasa comum que se pode com-parar, ora a uma irmã, com quempartilhamos a existência, orauma boa mãe, que nos acolhenos seus braços» (L.S.1).S. Francisco chama irmão e irmãa cada coisa criada, não por serpoeta ou amante da natureza, maspor ser crente e santo, pela

capacidade de passar do visívelao invisível, da criatura ao Cria-dor. Constatava, com espanto,emoção e lágrimas agradecidas,que o espírito que nele vivia,aparecia e transparecia, estavapresente e atuante em cada ser,em cada criatura. Reconhecia opoder de Deus por quem tudoexiste e subsiste e cantava a

bondade da Providência divina,visivelmente presente na obracriada. Ora, se o Espírito que oanimava a ele, o via presente emcada ser, Francisco estava emfamília, a natureza era a sua casa,tudo era irmão e irmã. O monteque vejo em frente, majestoso ealtaneiro, proclama - «glória aoDeus Altíssimo, sobe mais alto,irmão!» O desfiladeiro, cavado ameus pés, a ponto de causarvertigens, segreda, em silêncio:«olha o Deus que por ti se fezbaixíssimo e que te convida a serservo, pequeno e humilde», Eleque veio a este mundo pelopresépio e pela cruz. As colinas esuas réplicas a perder de vista,as montanhas para além dasmontanhas, o poder que a na-tureza tem de se regenerar, reju-venescer, a beleza duma flor, adiligência duma formiga, o zum-bido gracioso de uma abelha, osmatagais rasteiros, as florestas degrande porte, os rebanhos pas-tando tranquilamente, tudo o queé diverso e uno, tudo nos fala dabeleza e harmonia, da omni-potência e grandeza, da bondade,ternura e presença amorosa donosso Deus e Senhor.A brisa da manhã enche o am-

biente de frescura. Além, no altoda montanha, que divide o terri-tório das freguesias da Erada ede Alvoco, levanta-se um gigan-tesco conjunto eólico. O vento ésímbolo do Espírito presente emcada ser. Cada elemento doconjunto, abrindo as hélices aovento, põe-se em movimento,produzindo energia, força motriz,riqueza que ilumina, aquece,ameniza, torna mais fácil e có-moda a vida de cada homem e decada mulher. Cada unidade é umaprofecia do crente, o conjuntoeólico é um símbolo da igrejaaberta, animada e conduzida pelaforça e poder do Espírito, que nosoferece os seus sete dons: sabe-doria, inteligência, conselho,fortaleza, ciência, piedade e temorde Deus. S Paulo enumera, assim,os frutos do Espírito Santo, navida do crente; «Caridade, ale-gria, paz, paciência, benignidade,bondade, fidelidade, mansidão,temperança» (Gal 5, 22-23). Mastodas estas obras que Deus crioupara ti, para se revelar a ti, nãotêm voz, nem vez, nem coração.És tu a voz, vez e coração, paraas coisas criadas voltem amoro-samente para Deus.

sugestões variáveis ao gosto dofreguês, segundo as capacidadesdos trabalhos prestados e osmontantes cobrados.

= Ensaiemos uma espécie dedefinição de termos, delimitandoainda o preçário mais ou menosconhecido pela execução dospréstimos usados.– ‘Geração Z’ – os ditos nativosdigitais, nascidos entre 1990 e2010, muito familiarizados com ainternet, com os telemóveis,vivendo no ‘sempre conectado’,têm uma forte compreensão datecnologia e da abertura social àstecnologias; vivem um senti-mento de insatisfação e de inse-gurança quanto à realidade e aofuturo da economia e da política;o seu habitat é o do desempregoe da precariedade; mais do queas gerações anteriores (*) estageração é tida como mais to-lerante e aberta, em questões deíndole moral, quanto à legalizaçãode relacionamentos entre pes-soas do mesmo sexo, que é consi-derado mais na vertente da

igualdade de género…– Perante essa tal pandemia dasolidão quais são os serviçosapresentados para a combater equais os custos? Usamos osnomes traduzidos – ‘passeadorde pessoas’ de seis a dezanoveeuros, fazem companhia de formasegura e confiável; ‘alugar umamigo’ para um evento social, umcasamento ou uma festa, ir aocinema ou jantar fora – variandode cidade pode atingir até 120euros por um dia; ‘preciso de umamãe’ pode atingir trinta e seis aquarenta euros à hora, permi-tindo a quem possa estar maiscarente ter acesso a uma espéciede mãe temporária, que tantopode cozinhar como ajudar aarrumar a casa, a dar bons conse-lhos ou a conversar; ‘abraça-te amim’ – um site onde são dispo-nibilizados ‘abraçadores certifi-cados’, com sessões com cercade setenta euros à hora…

= Esta lista de ‘serviços’ poderáparecer uma questão de explo-ração de sentimentos a quem se

possa encontrar em maré dedebilidade mais ou menos per-manente. Mas, numa sociedadecada vez mais anónima, estaspropostas como que denunciamque não basta alguma como-didade para ter a pretensa quali-dade de vida e nem sequer a (dita)boa onda económico-financeiraconsegue disfarçar quanto da-quilo que mais profundamentenão é preenchido com coisasmateriais, por mais positivas quepossam parecer.Perante estas condições e cara-terísticas temos de encontrar nãosó explicação para esta fase dequase exploração da solidão, mastemos de estar atentos às causase não só cuidar das consequên-cias. De facto, as pessoas refu-giam-se nas conexões à distânciae esquecem-se daqueles que lhesão próximos. Cada vez com maisfacilidade sabemos o que acon-tece a quilómetros porque esta-mos conectados com a internet eignoramos o que está a acontecerna mesma rua senão no mesmoprédio.

Como é sabido e reconhecidoeste fenómeno não atinge só osmais velhos, mas cada vez maisos de tenra idade, que podemhabituar-se a viverem no seucasulo dourado, sem repararemque ao seu lado há pessoas queesperam algum sinal de apro-ximação. Urge, por isso, reeducar-nos para os valores da proxi-midade, da vizinhança, da convi-vialidade, do diálogo… e de tudoquanto nos faça sair de mesmospara atendermos aos outros. Quea tecnologia – tão benéfica esalutar – não nos escravize comoaconteceu com outros fatores dedesenvolvimento… As pessoasvalem mais do que tudo o resto!

(*) Nota – tem havido outrasdesignações para nascidos emépocas mais recentes: ‘geraçãoy’ ou também chamada ‘geraçãodo milénio’ são os que nasceramentre 1980 e 1990; ‘geração x’envolve os que nasceram após orescaldo da segunda guerramundial, isto é, os que nasceramentre 1960 e 1970; os ‘babyboomers’ são os que nasceramimediatamente a seguir ao con-flito bélico, entre 1946 e 1964…

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12 de setembro de 2019

Diretor: António Novais PereiraRedação e Administração:Rua Abel Viana, 2 - 7800-440 BejaTelef. 284 322 268E-mail: [email protected]

Assinatura 35 Euros anuais c/IVAIBAN PT50 0010 0000 3641 8210 0013 0

Impressão:Gráfica do Diário do MinhoRua de Santa Margarida, n.º 4-A - 4710-306 Braga

5setembro

2019

Depósito Legal

N.º 1961/83

Editado emPortugal

Propriedade da Diocese de BejaContribuinte Nº 501 182 446

RegistoN.º 102 028

Tiragem1.500

SOCIEDADE Notícias de Beja – 7

Bom humorBom humorBom humorBom humorBom humorPassou no vermelho

Um homem é parado pela polícia:- O senhor passou num semáforo vermelho!- O quê? Não passei nada! Eu não vi!- Passou sim, que eu vi! Quero ver os documentos do carro!- Não tenho!- Não tem?! Como não tem?!- Como é que eu ia ter se o carro é roubado?!- Roubado?! Saia já do carro!- Afinal lembrei-me! Eu tenho os documentos! Estão no porta-luvasao lado da pistola!- O quê?! Uma pistola?- Então?! Para matar o dono do carro!- Você matou o dono do carro?!- Sim, e pus o corpo no porta-bagagens!Com a situação, o polícia chama reforços. Quando o chefe do políciachega, ele abre o porta-bagagens e não encontra nenhum corpo.Abre o porta-luvas, não encontra pistola e encontra os documentos.O chefe confuso pergunta: Então não tinha dito que tinha morto um homem, tinha uma pistolae tinha roubado o carro?!- Não! O polícia que me parou é que é um mentiroso! Se calhartambém lhe disse que eu parei no vermelho...

Suicídio

Estava um polícia a fazer uma investigação e diz, convicto:

- Não há dúvida. Este homem suicidou-se.

- Mas como é que é possível? Então não foi o outro que o matou,

com a metralhadora? - pergunta o colega, admirado.

- Foi. Mas quem o mandou fazer frente-a-frente a uma metralhadora

com uma simples pistola?

Atividade operacional semanalO Comando Territorial de Bejalevou a efeito um conjunto deoperações, no distrito de Beja, nasemana de 2 a 8 de setembro, quevisaram a prevenção e o combateà criminalidade violenta, fisca-lização rodoviária, entre outras,registando-se os seguintes da-dos operacionais:1. Detenções: Nove detidos emflagrante delito, destacando-se:Cinco por condução sob o efeitodo álcool; Dois por tráfico de

estupefacientes; Um por possede arma proibida. 2. Apreensões:- Uma dose de haxixe; Uma dosede cannabis; Uma arma de fogo;Uma arma branca; Um ferro; 28munições, caibre 12mm. 3. Trânsito:Fiscalização: 225 infrações dete-tadas, destacando-se: 65 porexcesso de velocidade; 13 por

condução com taxa de álcool nosangue superior ao permitido porlei; Oito por falta ou incorretautilização do cinto de segurançae/ou sistema de retenção paracrianças; Sete por falta de ins-peção periódica obrigatória;Cinco por uso indevido do tele-móvel no exercício da condução.Sinistralidade: 44 acidentes regis-tados, resultando: Um morto;Quatro feridos graves; Seteferidos leves.

PSP - SUMULA SEMANAL

O Comando Distrital de Beja daPSP (CD Beja), no âmbito dassuas competências de pre-venção e combate permanenteà prática de ilícitos criminais econtraordenacionais, entre23AGO e 06SET2019, na suaárea de jurisdição, registou edestaca os seguintes resul-tados operacionais:Detenção de 4 pessoas, comidades compreendidas entre os

23 e 41anos de idade, por con-dução de veiculo automóvel sobo efeito de álcool, tendo acusadouma TAS de 1,87; 2,00; 3,22 e 1,42g/l; Detenção de 1 pessoa de 55anos de idade, por condução deveículo automóvel sem habi-litação legal.

Operações de Fiscalização:2 Operações de FiscalizaçãoRodoviária, em Beja, com recurso

a Radar, que contabilizou 3951veículos controlados, com adeteção de 31 infrações; 26Operações de Fiscalização Rodo-viária, enquadradas na AtividadeOperacional de CD Beja e noPlano Nacional de Fiscalização,que contabilizam: 343 Veículosfiscalizados; 260 Condutoressubmetidos ao teste de alco-olémia; 79 infrações detetadas.

CERTIFICO, para fins de publicação, quefoi lavrada neste Cartório Notarial, no diade hoje, de folhas cinquenta e quatro afolhas cinquenta e seis verso do Livro deNotas para Escrituras Diversas número“Duzentos e Oitenta e Nove - E”, escriturade justificação, na qual se declarou que:1) Luciana dos Santos GuerreiroBatista Vicente, viúva, residente na RuaQuinta de Betunes, número 43, rés-do-chão direito, Loulé; Joana BatistaVicente Gonçalves, casada, residentena Praceta Tossan, Edificio Bacará, LoteC, 1º esquerdo, Loulé; Susana IsabelBatista Martins Vicente, casada,residente na Rua dos Combatentes daGrande Guerra, número 5, 3º esquerdo,Loulé; 2) Armando José MendesMarques, viúvo, residente na RuaArmando Cortesão, número 17, rés-do-chão, Feijó, Almada; 3) Glória MamedeMarques, casada, residente na Rua D.Pedro V, número 290, Vila Nova de Gaia e4) Manuel Mamede Marques, viúvo,residente em Largo do Poço Novo, VilaNova de Milfontes, Odemira;São donos e legítimos possuidores naproporção de uma quarta parte para asprimeiras; de uma quarta parte para osegundo; de uma quarta parte para aterceira e de uma quarta parte para o quartooutorgante do seguinte imóvel:Prédio Urbano, situado no Largo doPoço Novo, lugar e freguesia de Vila Novade Milfontes, concelho de Odemira;composto de casa de rés-do-chão, parahabitação, com a área coberta decinquenta metros quadrados e logradouro

com novecentos e setenta e cinco metrosquadrados; inscrito na respectiva matrizapenas quanto à área coberta sob o artigo2228; a confrontar de Norte e Poente comherdeiros de Vítor Vicente Marques e aSul e a Poente com Rua Pública; nãodescrito na Conservatória do RegistoPredial de Odemira; Que a parcela de terreno que serve deassento e logradouro àquele imóvel é adesanexar da parte rústica inscrita namatriz sob o artigo 341 da Secção F, doPrédio rústico, denominado “Cerca doPoço Novo”, situado na freguesia de VilaNova de Milfontes, concelho de Odemira,inscrito na respectiva matriz predial rústicasob os artigos 340 e 341 da Secção F,descrito na Conservatória do RegistoPredial de Odemira sob o número mil edoze da dita freguesia;Que nesta descrição predial encontra-seregistada a aquisição a favor dos oraprimeiras, segundo, terceira e quartooutorgantes, conforme inscrições Ap. umde vinte de Maio de mil novecentos enoventa e dois; Ap vinte e cinco, vinte eseis e Ap. vinte e sete todas de quinze deNovembro de dois mil e dois.Que apesar deste facto o prédio urbanoacima identificado veio à posse deJoaquim Vicente ou Joaquim VicenteMarques, sogro e avô das primeiras, paido segundo, terceira e quarto outorgantes,por doação meramente verbal feita porsua mãe Francisca Vicente Silva Marques,em data que não podem precisar mas queterá sido por volta de mil novecentos esetenta e um, a quem aquele imóvel

Cartório Privado de Odemira Notária: Ana Paula Lopes António VasquesCertificado

Publ.

passou a pertencer após divisão mera-mente verbal de coisa comum para pôrtermo à situação de compropriedade feitacom os demais comproprietários em dataanterior que também não conseguemprecisar dada a antiguidades dos factos;Que, assim, primeiro seu pai, sogro e avôe agora eles outorgantes possuem oidentificado prédio há mais de vinte anos,em nome próprio, de boa fé, na convicçãode serem os únicos donos e plenamenteconvencidos de que não lesavam quaisquerdireitos de outrém, à vista de toda a gentee sem a menor oposição de quem querque fosse desde o inicio dessa posse, aqual sempre foi exercida sem interrupção,retirando dele todas as suas utilidades,habitando-o por largos períodos de tempo,fazendo obras de conservação e restauro,guardando nele alguns dos seus haveres,pagando as respectivas contribuições edemais encargos, tudo como fazem osverdadeiros donos.Trata-se, por conseguinte, de uma posseexercida em nome próprio, de uma formapública, contínua e pacifica.Que, dado o modo de aquisição invocadose encontram impossibilitados de com-provar o seu direito de propriedade plenapelos meios extrajudiciais normais.Está conforme, nada havendo na parteomitida além ou em contrário do que secertifica;

Odemira, 26 de Agosto de 2019.

A NotáriaAna Paula Vasques

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12 de setembro de 2019ÚLTIMA PÁGINA

Os Perdigotos

“Os Perdigotos” é um campo deférias católico que existe desde2017 e que tem como objetivochegar ao maior número dejovens do Alentejo, dando aconhecer Jesus Cristo, atravésda Sua Palavra e do testemunhode vida de cada um dos ani-madores, muitos deles asso-ciados e ativos nas Paróquiasda Diocese de Beja, Évora ouLisboa. Pela primeira vez, esteano, e como forma a dar res-posta a mais jovens do Alen-tejo, abrimos dois campos deférias a decorrer simultanea-mente de dia 1 a 7 de Setembrono Concelho de Mértola.É um projeto muito especialpara nós, uma vez que não foisó semeado e rezado, comonasceu no coração de duasjovens Alentejanas! Tinha deser aqui e por aqui!Este campo, não é um campode férias qualquer, é um campoonde há tempo! Tempo paraviver, para se ser, para sorrir,para se rezar, para animar, parafazer silêncio... um campo ondeJesus se manifesta tanto naalegria e animação das violas,como no entusiasmo dos jogoscom água e lama, ou mesmo na

meditação do Terço ao final dodia! Tempo para se fazer aexperiência concreta de JesusCristo vivo, jovem e presentena vida uns dos outros. Vidasdiferentes, mas que se unemalegremente nesta “sede” deprocurar cada vez mais a ver-dadeira fonte de vida, Aquelaque nos sacia e que nos traz afelicidade plena!

Este ano, “Levanta-te e vai comEle” foi o tema que nos acom-panhou ao longo da semana, eque trabalhámos com os ani-mados. Todos os dias, paraalém da missa diária, e do acom-panhamento espiritual do Pe.Valter e do Pe. Dariusz, apro-fundámos as obras de Mise-

ricórdia nos BDS, o momentodo dia a que chamamos “Bomdia Senhor”.Estes jovens que já regres-saram às suas casas, contam-nos agora como foi viver“Perdigotos”:Vasco: “Quando aprendes queDeus quer que te sintas feliz econcretizado, aprendeste a serPerdigoto!

Ser Perdigoto é saber ver nopróximo Jesus vivo e quer essemesmo seja feliz!Aprender que a Fé pode servivida de forma alegre e di-vertida é aprender a ser umPerdigoto!Os Perdigotos é o culminar deuma experiência de Deus ini-gualável, junto de irmãos paraa vida!Sentires-te Perdigoto é sen-tires que nunca estás sozinhoe deves enfrentar o mundocom o um sorriso na cara,pois sabes que Jesus caminhaao teu lado!”Zé: “Os perdigotos foram umasemana em que estive comDeus ao meu lado, onde Ele memostrou o caminho para a fé.”

Os Perdigotos

A ideologia de género,a imprensa

e as redes sociaisCom o título supra escreveu o P. Gonçaçalo Portocarrero umartigo de que transcrevemos o seguinte:“O Governo, por via dos Secretários de Estado para a Cidadaniae a Igualdade e da Educação, publicou no passado dia 16 oDespacho nº 7247/2019, que “estabelece as medidasadministrativas para a implementação do previsto no nº 1 doartigo 12º da Lei nº 38/2018”, enquanto o país estava a banhose a imprensa entretida com a greve dos motoristas decombustíveis. Esta lei é a que impõe a ideologia de géneronas escolas. Por ser de muito duvidosa constitucionalidade, asua fiscalização foi recentemente pedida por mais de um terçodos deputados. À socapa do parlamento e no mais absolutodesrespeito pelo Tribunal Constitucional, dois membros dogoverno, em fim de mandato, apressaram-se a implementar, àsescondidas dos órgãos de soberania e do país – numa sexta-feira de Agosto, em plena ponte do feriado do dia 15! – medidasque decorrem de uma ideologia que não tem qualquerfundamento científico e, muito provavelmente, é incons-titucional. Como se todos estes atropelos ao normalfuncionamento das instituições democráticas não bastassem,a notícia foi praticamente silenciada pelos principais meios decomunicação social. Com efeito, o referido despacho foipublicado no passado dia 16, mas a primeira notícia do mesmosó foi dada, a 19, pelo Notícias Viriato. O que diz muito daimprensa e das redes sociais que temos….”Vem muito a propósito, algumas considerações proferidas pelaPresidente da Federação Portuguesa pela Vida, Isilda Pegado,nas Jornadas de actualização do Clero do Sul de Portugal, emjaneiro passado:“A ideologia do género mina a linguagem, anula a realidade,esvazia a sexualidade, destrói a família, a maternidade, apaternidade e a escola, mina o poder e a política, os corpossociais intermédios e destrói a Igreja, a arquitetura, a arte”,afirmou, acrescentando tratar-se de uma corrente que, paraalém de alterar a organização social, tem ainda repercussõesna ciência, na economia e até na justiça. “Acresce que a istose junta a perseguição e o combate ao Cristianismo.... Overdadeiro combate é à verdade”, disse . Segundo a ex-deputada à Assembleia da República, aquela ideologia é aterceira da época contemporânea, depois do comunismo e dofascismo. “O que se pretende é que o próprio homem sejaescravo desta ideologia como aconteceu com as outras e queo poder e o Estado não tenham limites, nem sequer o que éimposto pela natureza”, completou, aludindo ao “interesse dopróprio poder em controlar a intimidade do homem”. Aideologia do género “implica uma nova forma de conceber oser humano e a sociedade” que parte de uma “antropologiadualista”, segundo a qual o “homem é cultura e dimensãofísica” e em que “a cultura é a dimensão dominante”. De acordocom esta linha de pensamento, homens e mulheres “nãodependem da sua natureza sexuada, mas foram construídosculturalmente através da história”.O assunto é gravíssimo e as nossas crianças, adolescentes ejovens estão expostos aos maiores perigos. Quem já reagiu aestas imposições do Estado (que são também da U.E.)? Oque dizem os média portugueses, os pais, as Associações depais, os professores? O assunto será debatido na campanhaeleitoral que se avizinha? Ou todos se remetem ao silêncio,deixando as coisas acontecer? Talvez andemos todos a dormir,e quando acordarmos pode ser tarde de mais…