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UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL
ÁREA DO CONHECIMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
NOME DO ALUNO
MANUAL MODELO PARA MONOGRAFIAS DE CONTÁBEIS
CAXIAS DO SUL
2017
NOME DO ALUNO
MANUAL MODELO PARA MONOGRAFIAS DE CONTÁBEIS
Monografia apresentada como requisito para a obtenção do Grau de Bacharel em Ciências Contábeis da Universidade de Caxias do Sul
Orientador TCC I: Prof. (Titulação - Esp. Ms. ou Dr. – e nome do orientador)Orientador TCC II: Prof. (Titulação - Esp. Ms. ou Dr. – e nome do orientador)
CAXIAS DO SUL
2017
NOME DO ALUNO
MANUAL MODELO PARA MONOGRAFIAS DE CONTÁBEIS
Monografia apresentada como requisito para a obtenção do Grau de Bacharel em Ciências Contábeis da Universidade de Caxias do Sul
Orientador TCC I: Prof. (Titulação - Esp. Ms. ou Dr. – e nome do orientador)Orientador TCC II: Prof. (Titulação - Esp. Ms. ou Dr. – e nome do orientador)
Aprovado (a) em ____/_____/_____
Banca Examinadora:
Presidente
--------------------------------------------------Prof. (Titulação - Esp. Ms. ou Dr. – e nome do orientador do TCC II)Universidade de Caxias do Sul - UCS
Examinadores:
----------------------------------------------------------------------Prof. (Titulação - Esp. Ms. ou Dr. – e nome do professor examinador/banqueiro)Universidade de Caxias do Sul - UCS
----------------------------------------------------------------------Prof. (Titulação - Esp. Ms. ou Dr. – e nome do professor examinador/banqueiro)Universidade de Caxias do Sul - UCS
Dedico a todos vocês, sempre estiveram ao meu lado, que me incentivando, em especial a (pessoas a que se deseja fazer a dedicatória) que muito contribuiu para que este trabalho atingisse seus objetivos.1
1 A inclusão ou não da dedicatória é de escolha do aluno (não é obrigatória a sua existência). Se o aluno optar pela inclusão, então cabe a ele também escolher o conteúdo, sendo que, o texto apresentado é apenas um exemplo que pode servir como base para o texto final.
AGRADECIMENTOS
Quero expressar meus agradecimentos a todas as pessoas que, de uma
forma ou de outra, colaboraram para que este trabalho fosse realizado. Em especial
ao meu orientador, Prof. (informar a titulação - Esp. Ms. ou Dr. – e nome do
orientador), pela sua competência e orientação durante todo o desenvolvimento
desta monografia. Agradeço de forma toda especial, (pode-se citar instituições,
familiares ou pessoas que contribuíram de alguma forma durante a pesquisa,
informando o motivo do agradecimento: ex: pelo amor, compreensão e apoio
dedicados, que foram fundamentais para o desenvolvimento deste trabalho ou por
acreditarem ou por acreditarem em minhas escolhas, apoiando-me e esforçando-se
junto a mim, para que eu suprisse todas elas)2.
2 O texto aqui apresentado é um mero exemplo, cabendo ao aluno definir a quem cabe os agradecimentos. No entanto, deve-se evitar um número de agradecimentos muito extenso, devendo-se colocar sempre os agradecimentos por ordem hierárquica de importância, sendo padrão, o orientador ser o primeiro a receber os agradecimentos.
“Toda vitória é alcançada com luta e sofrimento; porém a luta passa, o sofrimento é apenas temporário, mas a vitória que se consegue permanece.”
James Allen3
3 A inclusão ou não de pensamento/epígrafe é de escolha do aluno (não é obrigatória a sua existência). Se o aluno optar pela inclusão, então cabe a ele também escolher o conteúdo, sendo que, o texto apresentado é apenas um exemplo.
RESUMO
O conhecimento das normas e procedimentos para elaboração de trabalhos científicos é essencial para a produção da monografia. A monografia, por ser um trabalho de pesquisa científico deve, além de abordar um assunto que contribuía para o conhecimento científico, ser elaborado seguindo as normas técnicas. No Brasil, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o órgão que estabelece essas normas. No entanto, a maioria dos órgãos responsáveis pelas pesquisas elabora o seu manual próprio, tomando como base as normas da ABNT e adequando-as aos seus objetivos. Essa pesquisa busca responder a seguinte pergunta: O que o aluno deve saber e seguir para reduzir suas dificuldades na elaboração de sua monografia? Para responder essa questão elaborou-se uma pesquisa bibliográfica e documental das normas técnicas existentes, de manuais adotados por várias instituições (inclusive o da Universidade de Caxias do Sul) e livros que tratam do tema pesquisado. Também se buscou identificar os pontos de maior dificuldade dos alunos na elaboração da monografia. O estudo apresenta as normas técnicas entendidas como básicas para a elaboração da monografia e aborda a sequência a ser seguida e o conteúdo necessário de cada elemento. O estudo está escrito seguindo as normas de uma monografia, podendo assim, sendo assim, ele poder ser utilizado como modelo, tanto na formatação como na forma de elaboração do conteúdo de seus elementos. Concluiu-se que existem muitas normas que regem a elaboração de trabalhos científicos, sendo que, em muitos casos apresentam regras conflitantes, tornando-se indispensável o estabelecimento de um guia para reduzir as dificuldades do pesquisador. Certamente, esse estudo contribui em muito na redução dessa dificuldade, tanto por parte do aluno pesquisador como do professor orientador.
Palavras-chave: Normas técnicas. Monografia. ABNT. Trabalhos científicos. Formatação. Delimitação do tema. Contabilidade4.
4 Observar que apenas a primeira letra de cada palavra-chave - que pode ser uma expressão - deve ser escrita em maiúscula, sendo que, ao final de cada palavra chave deve ser colocado um ponto final.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Ponto de equilíbrio e lei dos rendimentos decrescentes 110
LISTAS DE QUADROS
Quadro 1 - Vantagens e desvantagens dos sistemas de avaliação de estoques....110
Quadro 2 - Símbolos para designação de unidade de medidas..............................116
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Produção e venda da empresa Beta (em unidades) 1999-2002...........113
Tabela 2 – Produção e venda da empresa Alfa (em unidades) 2002-2005.............114
LISTA DE ABREVIATURAS
ca antes de Cristo
Dr. doutor
Esp. especialista
Ms. mestre
n. número
nº. número
p. página
prof. professor
v. volume
vol. Volume
LISTA DE SIGLAS
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas
NBR – Norma Brasileira de Regulamentação
PPGC – Programa de Pós-Graduação em Computação
SUESC – Sociedade Unificada de Ensino Superior e Cultura
UCS – Universidade de Caxias do Sul
LISTA DE SÍMBOLOS
% por cento
® marca registrada
cm³ centímetro cúbico
g grama
h horas
kg quilograma
km quilometro
l litro
m metro
m² metro quadrado
mg miligrama
min minutos
ml mililitro
mm milímetro
ºC temperatura Celsius (centígrado)
pH potencial Hidrogênio-Iônio
R$ reais
s segundos
um micrômetro
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO...........................................................................................211.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO.......................................................21
1.2 TEMA E PROBLEMA DE PESQUISA........................................................22
1.3 HIPÓTESES OU PROPOSIÇÕES.............................................................22
1.4 OBJETIVOS...............................................................................................23
1.4.1 Objetivo geral...........................................................................................231.4.2 Objetivos específicos..............................................................................231.5 ESTRUTURA DO ESTUDO.......................................................................23
2 REFERENCIAL TEÓRICO........................................................................252.1 CONCEITO DE MONOGRAFIA.................................................................25
2.2 DELIMITAÇÃO DO TEMA.........................................................................26
2.2.1 Tema.........................................................................................................262.2.2 Escolha da área de concentração..........................................................262.2.3 Escolha do tema......................................................................................272.3 CONTEXTUALIZAÇÃO DO PROBLEMA..................................................30
2.3.1 Definição da situação problemática......................................................302.3.2 Questão de pesquisa...............................................................................302.4 PRÉ-REQUISITOS PARA A ELABORAÇÃO DA MONOGRAFIA.............31
2.4.1 Época de sua realização.........................................................................312.4.2 Número mínimo de créditos...................................................................312.4.3 Disciplinas já cursadas...........................................................................322.5 TAMANHO IDEAL......................................................................................32
2.6 ETAPAS PARA ELABORAÇÃO DA MONOGRAFIA.................................32
2.6.1 Etapa 1 – Elaboração do projeto............................................................332.6.1.1 Estrutura.....................................................................................................33
2.6.1.1.1 Elementos..................................................................................................33
2.6.1.1.2 Elementos textuais.....................................................................................34
2.6.1.1.3 Elementos pós-textuais..............................................................................35
2.6.1.2 Regras gerais de apresentação.................................................................36
2.6.2 Etapa 2 – A coleta de dados...................................................................37
2.6.2.1 Fontes de informações...............................................................................37
2.6.2.2 Escolha da metodologia a ser usada na pesquisa.....................................37
2.6.2.3 Estabelecimento de um roteiro preliminar..................................................37
2.6.2.4 Compilação da bibliografia.........................................................................38
2.6.2.5 Avaliação das fontes..................................................................................38
2.6.2.6 Elaboração de anotações..........................................................................38
2.6.2.7 Recursos metodológicos............................................................................39
2.6.3 Etapa 3 – A análise dos dados...............................................................392.6.4 Etapa 4 – A elaboração escrita...............................................................402.6.4.1 A estrutura definitiva do projeto de pesquisa.............................................40
2.6.4.2 A redação final...........................................................................................40
2.6.4.3 Apresentação gráfica geral do trabalho.....................................................42
2.7 PRÉ-CONDIÇÕES PARA A ELABORAÇÃO DA MONOGRAFIA..............42
2.7.1 Vontade....................................................................................................422.7.2 Disciplina..................................................................................................432.7.3 Dedicação.................................................................................................432.7.4 Programe o tempo...................................................................................442.7.5 Concentração...........................................................................................442.7.6 Ordem.......................................................................................................442.7.7 Material.....................................................................................................452.8 ORIENTAÇÃO DO TRABALHO CIENTÍFICO...........................................45
2.8.1 O papel do Orientador.............................................................................452.8.2 O papel do estudante..............................................................................46
3 METODOLOGIA........................................................................................483.1 DELINEAMENTO DA PESQUISA.............................................................48
3.2 PROCEDIMENTOS DE COLETA E ANÁLISE DOS DADOS....................49
4 TIPOS DE PESQUISAS UTILIZADAS EM ESTUDOS CIENTÍFICOS......514.1 NATUREZAS DE PESQUISA....................................................................51
4.1.1 Qualitativa................................................................................................514.1.1.1 Características da pesquisa qualitativa......................................................52
4.1.1.2 Estratégias utilizadas pelas pesquisas qualitativas....................................52
4.1.2 Quantitativas............................................................................................534.1.2.1 Estratégias utilizadas pelas pesquisas quantitativas.................................53
4.2 NÍVEIS DE PESQUISA..............................................................................54
4.2.1 Pesquisa exploratória.............................................................................544.2.2 Pesquisa descritiva.................................................................................564.2.2.1 Estudos descritivos transversais................................................................57
4.2.2.2 Estudos descritivos longitudinais...............................................................58
4.2.3 Pesquisa explicativa................................................................................584.2.4 Pesquisa experimental / causal..............................................................584.2.4.1 Experimentos de laboratório......................................................................60
4.2.4.2 Experimentos de campo............................................................................60
4.3 TÉCNICAS (ESTRATÉGIAS) UTILIZADAS EM PESQUISAS...................61
4.3.1 Estudo de caso........................................................................................614.3.2 Pesquisa-ação..........................................................................................624.3.3 Pesquisa survey (enquête).....................................................................634.3.4 Grupos de foco........................................................................................634.3.5 Entrevistas em profundidade.................................................................644.3.6 Técnica Delphi.........................................................................................644.3.7 Pesquisa bibliografia...............................................................................644.3.8 Pesquisa documental..............................................................................654.3.9 Pesquisa participante..............................................................................654.3.10 Etnografia.................................................................................................664.3.11 Pesquisa experimental............................................................................66
5 ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS.................................................................685.1 CAPA.........................................................................................................68
5.2 LOMBADA..................................................................................................69
5.3 FOLHA DE ROSTO...................................................................................69
5.4 ERRATA.....................................................................................................71
5.5 FOLHA DE APROVAÇÃO.........................................................................71
5.6 DEDICATÓRIA...........................................................................................72
5.7 AGRADECIMENTOS.................................................................................72
5.8 EPÍGRAFE (PENSAMENTO, FRASE OU POEMA)..................................72
5.9 PÁGINA PARA O RESUMO......................................................................73
5.10 LISTA DE ILUSTRAÇÕES.........................................................................75
5.11 LISTA DE TABELAS..................................................................................76
5.12 LISTA DE SÍMBOLOS, ABREVIATURAS E SIGLAS................................76
5.13 SUMÁRIO..................................................................................................76
6 ELEMENTOS TEXTUAIS..........................................................................796.1 INTRODUÇÃO...........................................................................................79
6.2 TEXTO (DESENVOLVIMENTO)................................................................80
6.3 CONCLUSÃO............................................................................................82
7 ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS.................................................................857.1 REFERÊNCIAS..........................................................................................85
7.1.1 Elementos essenciais.............................................................................857.1.2 Elementos complementares...................................................................867.1.3 Localização e ordenação........................................................................867.1.4 Regras gerais de apresentação..............................................................867.1.4.1 Alinhamento e espaçamento......................................................................86
7.1.4.2 Texto da referência....................................................................................87
7.1.4.3 Ordenação das referências........................................................................87
7.1.4.4 Autoria........................................................................................................88
7.1.4.4.1 Autor pessoal.............................................................................................88
7.1.4.4.2 Autor repetido.............................................................................................89
7.1.4.4.3 Autores com o mesmo sobrenome............................................................89
7.1.4.4.4 Autor entidade/evento................................................................................90
7.1.4.4.5 Autoria não determinada............................................................................90
7.1.4.5 Título..........................................................................................................90
7.1.4.6 Imprenta.....................................................................................................91
7.1.4.7 Outras informações....................................................................................92
7.1.4.7.1 Indicação de número de páginas ou volumes............................................92
7.1.4.7.2 Indicação de materiais especiais...............................................................92
7.1.4.8 Pontuação..................................................................................................92
7.1.5 Modelos de referências...........................................................................93
7.2 GLOSSÁRIO..............................................................................................93
7.3 ANEXOS E/OU APÊNDICES.....................................................................94
7.3.1 Apêndices................................................................................................947.3.2 Anexos......................................................................................................947.4 ÍNDICE.......................................................................................................95
8 FORMATAÇÃO DO TEXTO......................................................................968.1 NUMERAÇÃO PROGRESSIVA DOS CAPÍTULOS E SEÇÕES...............96
8.1.1 Seções primárias.....................................................................................978.1.2 Seções secundárias................................................................................978.1.3 Seções terciárias.....................................................................................978.1.4 Seções quaternárias................................................................................988.1.5 Seções quinárias.....................................................................................988.1.6 Alíneas......................................................................................................988.1.7 Tabelas, figuras ou ilustrações e fórmulas...........................................998.1.8 Citações de indicativos.........................................................................1008.2 NOTAS DE RODAPÉ...............................................................................100
8.2.1 Notas de referência...............................................................................1008.2.2 Notas explicativas.................................................................................1018.3 FORMATAÇÃO DO TEXTO....................................................................102
8.3.1 Fonte.......................................................................................................1028.3.2 Espacejamento......................................................................................1038.3.3 Número da página.................................................................................1058.3.4 Configuração da página........................................................................1068.4 TAMANHO DO PAPEL............................................................................107
8.5 REGRAS DE ABREVIAÇÃO....................................................................107
8.6 ILUSTRAÇÕES........................................................................................108
8.6.1 Formatação de quadros........................................................................1098.6.2 Formatação de figuras..........................................................................1108.7 TABELAS.................................................................................................111
8.7.1 Formatação de tabelas..........................................................................1118.8 NÚMEROS...............................................................................................114
8.8.1 Formatação de equações e fórmulas..................................................114
8.8.2 Numerais................................................................................................1148.8.3 Frações...................................................................................................1158.8.4 Porcentagens.........................................................................................1158.8.5 Ordinais..................................................................................................1158.8.6 Datas.......................................................................................................1158.8.7 Horários..................................................................................................1168.8.8 Quantias.................................................................................................1168.8.9 Pesos e medidas....................................................................................1168.9 CITAÇÕES...............................................................................................117
8.9.1 Sistema de chamada de citação (remetendo para a lista de referências)............................................................................................117
8.9.1.1 Sistema autor-data...................................................................................117
8.9.1.2 Sistema numérico....................................................................................118
8.9.2 Citação direta:........................................................................................1188.9.2.1 Citação até três linhas:.............................................................................120
8.9.2.2 Citação com mais de três linhas:.............................................................120
8.9.3 Citação livre, indireta ou paráfrase......................................................1218.9.4 Citação de obra com um autor.............................................................1228.9.5 Citação de obra com dois ou três autores..........................................1228.9.6 Citação de obra com mais de três autores..........................................1238.9.7 Citação de diferentes obras..................................................................1238.9.8 Citações de diversos documentos de um mesmo autor publicados
num mesmo ano....................................................................................1238.9.9 Citação de entidades coletivas conhecidas por siglas......................1238.9.10 Citações de diversos documentos mencionados simultaneamente 1248.9.11 Citação de documento sem autoria ou publicação periódica
referenciada no todo.............................................................................1248.9.12 Citação de título que inicia com artigo (definido ou indefinido).......1258.9.13 Citação de citação.................................................................................1258.9.14 Informação oral......................................................................................1278.9.15 Trabalhos em fase de elaboração........................................................1278.9.16 Enfatizando trechos de citação............................................................1278.9.17 Supressões............................................................................................128
8.9.18 Interpolações ou comentários..............................................................128
9 MODELOS DE REFERÊNCIAS..............................................................1309.1 REGRAS GERAIS DE APRESENTAÇÃO...............................................130
9.2 MONOGRAFIA (LIVRO, FOLHETO, SEPARATA, DISSERTAÇÕES,
TESES, ETC.)..........................................................................................131
9.2.1 Monografia no todo com autoria..........................................................1319.2.2 Monografia no todo em meio eletrônico..............................................1319.2.3 Monografia no todo sem autoria..........................................................1329.2.4 Monografia consideradas em parte.....................................................1329.2.5 Monografia em parte em meio eletrônico............................................1349.2.6 Dissertação/Tese/Trabalho de Conclusão...........................................1349.3 PUBLICAÇÃO PERIÓDICA.....................................................................135
9.3.1 Publicações periódicas consideradas no todo...................................1359.3.2 Partes de revistas, boletim etc.............................................................1359.3.3 Artigo e/ou matéria de revista, boletim etc.........................................1369.3.4 Artigo e/ou matéria de revista, boletim etc. em meio eletrônico.......1369.3.5 Artigo e/ou matéria de jornal................................................................1379.3.6 Artigo e/ou matéria de jornal em meio eletrônico..............................1379.4 EVENTO COMO UM TODO....................................................................138
9.4.1 Evento como um todo...........................................................................1389.4.2 Evento como um todo em meio eletrônico.........................................1389.5 TRABALHO APRESENTADO EM EVENTO............................................139
9.5.1 Trabalho apresentado em evento........................................................1399.5.2 Trabalho apresentado em evento em meio eletrônico.......................1399.6 ARTIGO OU TRABALHO PUBLICADO EM CONGRESSOS..................140
9.6.1 Artigo publicado em anais de congresso............................................1409.6.2 Trabalho publicado em anais de congresso disponível em meio
eletrônico...............................................................................................1409.7 PATENTE.................................................................................................140
9.8 DOCUMENTO JURÍDICO........................................................................141
9.8.1 Legislação..............................................................................................1419.8.2 Jurisprudência (decisões judiciais).....................................................141
9.9 DOUTRINA..............................................................................................142
9.9.1 Documento jurídico...............................................................................1429.9.2 Documento jurídico em meio eletrônico.............................................1429.10 IMAGEM EM MOVIMENTO.....................................................................143
9.11 DOCUMENTO ICONOGRÁFICO............................................................143
9.11.1 Documento iconográfico......................................................................1439.11.2 Documento iconográfico em meio eletrônico.....................................1449.12 DOCUMENTO CARTOGRÁFICO............................................................144
9.12.1 Documento cartográfico.......................................................................1449.12.2 Documento cartográfico em meio eletrônico......................................1459.13 DOCUMENTO SONORO NO TODO.......................................................145
9.13.1 Documento sonoro no todo..................................................................1459.13.2 Documento sonoro em parte................................................................1469.14 DOCUMENTOS DE ACESSO EXCLUSIVO EM MEIO ELETRÔNICO...146
9.15 OUTRAS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................147
9.15.1 Entrevistas.............................................................................................1479.15.2 Informação verbal..................................................................................1479.15.3 Banco de dados.....................................................................................1479.15.4 E-mail......................................................................................................147
10 CONCLUSÃO..........................................................................................148
REFERÊNCIAS......................................................................................................150
APÊNDICE A - ORDEM SEQUENCIAL E PAGINAÇÃO DOS ELEMENTOS DE UMA MONOGRAFIA...............................................................................155
ANEXO A - BOM LEITOR X MAU LEITOR – (DÉCIO VIEIRA SALOMON).......157
ANEXO B - A ESCOLHA DE UM TEMA: TRADUÇÃO DO CAPÍTULO 1 DE “1000 IDEIAS” (ADAPTADA)............................................................................159
ANEXO C - PALAVRAS/EXPRESSÕES DE COESÃO.........................................165
ANEXO D - ESTRUTURA DE METODOLOGIA COM POSSÍVEIS ESTRATÉGIAS, TÉCNICAS DE COLETA E DE ANÁLISE...............................................170
22
1 INTRODUÇÃO
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO
A maioria dos alunos de graduação ao chegar próximo do final do curso se
defronta com a necessidade de elaborar a sua monografia. Etapa essa,
representada por uma pesquisa necessária para a conclusão do curso de graduação
e que gera uma grande ansiedade e dificuldade para a maioria dos alunos.
A dificuldade na formatação e na definição da estrutura ideal para o texto da
monografia tem se apresentado como um grande desafio para os alunos de
graduação. Para a maioria dos alunos de graduação, a monografia é o primeiro
trabalho elaborado que exige o uso das normas técnicas para trabalhos científicos. A
existência dessa situação, somada ao foto de que as normas da ABNT (normas
oficiais a serem aplicadas) nem sempre são fáceis de serem interpretadas, por
pessoas que estão mantendo seu primeiro contato, bem como a existência de
múltiplas interpretações, por parte de alguns autores em relação às mesmas,
entende-se que é de extrema importância elaborar um manual que estabeleça de
forma clara, objetiva e de fácil compreensão qual o conteúdo que uma monografia
de possuir, bem como quais são as regras de formatação devem ser seguidas na
formatação do texto final.
A realização do estudo aqui proposto também é importante na medida em
que vai permitir estabelecer um critério unificado na elaboração das monografias,
também reduzirá a dificuldade do aluno e do orientador na tarefa de elaboração,
formatação e orientação, visto que, a pesquisa pretende elaborar ir além da
elaboração de um manual (apresentando as normas de conteúdo e formatação),
apresentando um modelo de pesquisa (monografia), onde será possível facilmente
identificar através de exemplos qual o conteúdo que cada elemento deve possuir,
bem como a forma de formatação de cada um deles.
Com o objetivo de facilitar a elaboração da monografia, o estudo aqui
proposto busca demonstrar as principais regras que o aluno deve seguir na
elaboração de seu trabalho de pesquisa e o que ele deve incluir em cada parte
(elemento) de seu trabalho. Além disso, o estudo apresenta alguns questionamentos
e comentários que contribuirão na tarefa de escolha do tema, pesquisa e elaboração
23
da monografia. Ou seja, o texto será apresentado na forma de uma pesquisa
(monografia) que trata de como se deve fazer para a realização de uma monografia.
1.2 TEMA E PROBLEMA DE PESQUISA
A questão de pesquisa que o estudo pretende responder é quais são as
regras que o aluno deve seguir na elaboração de sua monografia em relação ao
conteúdo e a formatação de cada um dos elementos que devem compor o texto
escrito? Embora já existam normas específicas oficiais estabelecidas com esse fim
(ABNT), bem como a existência de um grande volume de bibliografia (livros e
manuais de universidades), ainda existem muita confusão e dificuldade por parte
dos alunos em definir qual o conteúdo que uma monografia deve ter, bem como qual
a correta forma de formatação do seu texto. Diante disso, responder essa questão é
muito importante.
1.3 HIPÓTESES OU PROPOSIÇÕES
Hipóteses são respostas provisórias que se tem em relação às situações
que se deseja confirmar. Ou seja, são respostas provisórias a questões que o
pesquisador deseja responder através de sua pesquisa. Nem todo o tipo de
pesquisa tem a definição de hipóteses. A existência delas é mais comum em
pesquisas que tem por objetivo confirmar uma situação junto a uma amostra e com
base nesse resultado generalizar junto a toda a população, de onde a amostra foi
retirada. Já as proposições é a descrição de situações que se deseja verificar se
elas existem e/ou ocorrem da forma como o pesquisador acredita que seja. No
entanto, elas não têm por objetivo generalizar. Na prática, elas não deixam de
representar objetivos que o pesquisador definiu para o seu estudo.
Entende-se que no estudo aqui proposto, não cabe a apresentação de
hipóteses e nem de proposições, uma vez que, os objetivos específicos a seguir
apresentados já contemplam o que pesquisador deseja com o presente estudo.
24
1.4 OBJETIVOS
1.4.1 Objetivo geral
Elaborar um manual-modelo de como devem ser produzidas e formatadas
as monografias elaboradas pelos alunos do curso de Ciências Contábeis da
Universidade de Caxias do Sul seguindo-se as normas técnicas científicas e as
determinações estabelecidas pelo colegiado do curso.
1.4.2 Objetivos específicos
- Realizar uma pesquisa documental, utilizando-se das normas ABNT, dos
livros e manuais já existentes, para identificar quais são as normas estabelecidas
para a elaboração das monografias.
- Fazer a comparação da posição dos autores consultados em relação à
interpretação de como as normas devem ser utilizadas e escolher a forma que mais
reflete a posição expressa em cada uma das normas da ABNT.
- Definir quais são as regras que devem ser seguidas e elaborar exemplos
que permitam uma melhor compreensão por parte dos usuários (alunos e
orientadores).
- Elaborar um manual-modelo em forma de monografia, seguindo-se todas
as regras estabelecidas, de tal forma que ele sirva de exemplo de como uma
monografia deve ser escrita (tanto em relação ao seu conteúdo como em relação à
sua formatação).
- Validar o manual-modelo elaborado junto ao colegiado do curso de
Ciências Contábeis da Universidade de Caxias do Sul.
1.5 ESTRUTURA DO ESTUDO
A elaboração desse manual-modelo tem o objetivo ser uma fonte alternativa
de consulta e de apoio para os alunos que vão elaborar suas monografias de
conclusão do curso e para os orientadores em suas atividades de orientar. Servindo
inclusive, como referência para a elaboração dos textos, uma vez que, na sua
25
elaboração se seguiu as normas e regras estabelecidas para uma boa redação dos
elementos monográficos, visando com isso servir de guia para o aluno pesquisador.
No caso específico do desenvolvimento do texto central do manual-modelo, o
objetivo da redação se ateve mais na apresentação das normas técnicas e menos
na demonstração da forma de como devem ser elaborados os parágrafos e os
textos, no entanto, o texto apresentado permitirá ao aluno escrever o seu trabalho
dentro das normas científicas. O manual-modelo elaborado tem o objetivo de ir além
de ser um simples manual que estabelece as normas de conteúdo e formatação,
tem também o objetivo de auxiliar o aluno a entender outros procedimentos e
critérios importantes que devem ser seguidos por pesquisadores, não abordados
pela maioria dos manuais disponíveis.
Este manual-modelo está dividido em dez capítulos. No primeiro capítulo
constam a importância da pesquisa, a questão da pesquisa, os objetivos. No
segundo encontram-se o referencial teórico que visa dar conhecimento do tema a
ser pesquisa,. Nele encontram-se o conceito de monografia, suas principais
características, a época de sua elaboração. Nesse capítulo também é abordado
como e o que o aluno deve considerar para escolher e delimitar o tema a ser
pesquisado. No terceiro capítulo está descrita a metodologia que foi utilizada para
esse estudo. Nele encontram-se descritos o delineamento da pesquisa e os
procedimentos de coleta avaliação e análise dos respectivos dados
No quarto capítulo estão abordadas as diversas metodologias utilizadas
para os diferentes tipos de pesquisas, tipos esses que variam dependendo do
objetivo, objeto e instrumentos que o pesquisador vai usar em seu estudo.
A partir do quarto capítulo estão evidenciados os resultados gerados a partir
da pesquisa bibliográfica e documental realizada. No quinto capítulo encontram-se
as características e as normas relacionadas aos elementos pré-textuais da
monografia. No sexto são abordadas as características e as normas relacionadas
aos elementos textuais. No sétimo são apresentadas as características e as normas
relacionadas aos elementos prós-textuais. No oitavo capítulo encontram-se as
regras de formatação geral do texto e das normas de apresentação a serem
utilizadas na elaboração da monografia. No nono encontram-se dicas do uso de
vários tipos de referências bibliográficas. No décimo e último capítulo, estão as
principais conclusões geradas com base no estudo realizado.
26
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 CONCEITO DE MONOGRAFIA
Monografia é um estudo que compreende na realização de uma pesquisa,
que pode ser de campo ou bibliográfica, com o acompanhamento de um professor
orientador. A monografia é mais um instrumento de aprendizagem que os alunos
dos cursos de graduação têm para refletir o seu modo de pensar, trabalhar e
concluir, sendo ela um requisito essencial para a obtenção do grau de bacharel. A
monografia destina-se possibilitar ao aluno aprofundar-se nos métodos e técnicas de
investigação científica, bem como a desenvolver os conhecimentos teóricos e
práticos relacionados com a problemática a estudar. Pretende-se que a monografia
seja o culminar do processo de formação do aluno.
A monografia é uma das formas de promover a pesquisa científica como um
procedimento racional e sistemático que tem por objetivo possibilitar a busca de
respostas aos problemas enfrentados pelas pessoas, sociedade e suas
organizações. A pesquisa científica tem por finalidade a investigação de
conhecimentos teóricos práticos mediante o uso de métodos e técnicas consagrados
pela ciência.
Segundo o Manual para Elaboração de Monografia de Iniciação Científica da
Universidade do Sagrado Coração (2003, p. 6):
Podemos considerar a Monografia um trabalho didático que faz parte intrínseca da formação técnica ou científica do estudante, já que leva o aluno a buscar, nas devidas fontes, elementos complementares àqueles adquiridos no próprio curso. [...] É desse tipo de trabalho que o estudante, além de ampliar seus conhecimentos, se iniciará no método da pesquisa e da reflexão.
Segundo o manual citado, pode-se considerar a monografia um trabalho
didático que faz parte intrínseca da formação técnica ou científica do estudante, já
que leva o aluno a buscar, nas devidas fontes, elementos complementares àqueles
adquiridos no próprio curso. É através desse tipo de trabalho que o estudante, além
de ampliar seus conhecimentos, se iniciará no método da pesquisa e da reflexão.
27
2.2 DELIMITAÇÃO DO TEMA
Tanto a definição do tema como a sua delimitação devem estar relacionadas
com o ensino de assuntos relacionados com o curso de graduação que o aluno está
cursando, seja de forma específica ou com algum tipo de relacionamento com o seu
campo de aplicação.
2.2.1 Tema
Quando os temas para pesquisa não constituem uma exigência de
determinada disciplina, os alunos devem selecionar temas que sejam relevantes
para a vida acadêmica, mas que estejam condizentes com o estágio de
desenvolvimento intelectual do educando.
Os trabalhos monográficos de conclusão de curso podem ter sua temática
voltada para assuntos que direcionem o educando a uma especialização, ou mesmo
para preencher lacunas teóricas que eventualmente ocorreram durante o curso.
Podem ainda dar continuidade às pesquisas iniciadas em outras monografias,
aprofundando o conhecimento em determinado assunto, estabelecendo propostas
de atuação em uma área específica ou realizando uma verificação empírica de uma
proposta de trabalho que só havia sido elaborada teoricamente.
O tema escolhido deve ser constituir num desafio, para que a motivação
para a pesquisa se mantenha até o final do trabalho. A leitura de outras
monografias, a discussão com especialistas da área, debates, filmes, são recursos
que auxiliam a escolha do tema e levam à formulação clara do problema a ser
investigado e suas possíveis soluções.
A seleção do tema começa pela escolha da área de concentração que se
deseja fazer a pesquisa, passa pela própria seleção do tema e termina com a
delimitação do mesmo.
2.2.2 Escolha da área de concentração
A escolha pela área de concentração é de livre opção do aluno que vai
realizar a pesquisa, devendo ocorrer durante o curso e oficializada no momento em
28
que o aluno realizar a matrícula na disciplina específica de monografia. A única
limitação que o aluno poderá encontrar na sua escolha é o número de vagas
disponíveis para cada disciplina (área de concentração). É importante que o aluno
não deixe para escolher a área de concentração apenas dias antes da matrícula,
pois a escolha deve levar em conta vários aspectos que vão facilitar a elaboração da
monografia, tais como: que a área de concentração tenha relação com o tema a ser
escolhido; que o aluno tenha conhecimento pretérito do tema e que o mesmo tenha
facilidade para escrever sobre ele; que durante o curso, antes da escolha da área, o
aluno troque ideias com os professores orientadores para verificar se o tema
desejado pode ser objeto de uma pesquisa e a qual área que melhor se encaixa; se
existe material abundante suficientemente para a realização da pesquisa; se o tema
é relevante; entre outros.
2.2.3 Escolha do tema
Tema é o assunto que se deseja provar ou desenvolver. Pode surgir de uma
dificuldade prática enfrentada pelo pesquisador, da sua curiosidade científica, de
desafios encontrados na leitura de outros trabalhos ou da própria teoria.
Independente de sua origem, o tema é, nessa fase, necessariamente amplo,
precisando ser mais bem delimitado para se tornar um assunto passível de ser
pesquisado.
Na escolha, o estudante poderá tomar a iniciativa, selecionando um assunto
ou problema de trabalho, de acordo com suas preferências, evidenciadas durante o
curso de graduação. Pode aceitar o tema indicado pelo professor ou escolher um
tópico, constante de uma relação oferecida pelo orientador, tendo sempre em vista o
seu interesse.
O primeiro passo, em qualquer projeto de pesquisa é obviamente a escolha
do tema a ser investigado. Se o projeto de pesquisa tem uma ampla abrangência ou
se há muita coisa nele envolvida (por exemplo, o último passo para a concessão de
um diploma), então a escolha de um tópico adequado assume importância
maiúscula.
Para selecionar um tema de pesquisa, deve-se ter presente o seguinte:
É interessante? Uma monografia não precisa constituir-se numa leitura
29
monótona. Se o autor dá um tratamento interessante ao tema, provavelmente vai
interessar seus leitores.
É muito amplo? Em quase todos os casos, há um limite oficial ao tamanho
do estudo bem definido em termos de palavras ou páginas. Isto, por si só, determina
a amplitude do tema.
Geralmente, é o professor ou editor de revista que determina o tamanho da
monografia, mas é útil ter como referência o seguinte:
a) ensaio curto – 5 a 15 páginas;
b) ensaio longo – 10 a 40 páginas;
c) trabalho de conclusão de curso (monografia) – 35 a 60 páginas;
d) dissertação de mestrado – 50 a 150 páginas;
e) tese de doutorado – 100 a 300 páginas.
Para um trabalho realmente original, onde são usados números, gráficos e
fórmulas ao invés de longas descrições, o número requerido de páginas pode ser
menor. É muito importante que os autores saibam, desde o começo, quanto se
podem estender no trabalho.
O material necessário é facilmente acessível? Por mais interessante que um
tópico possa ser, não conduzirá a bons resultados se o autor não tiver acesso aos
dados relevantes. Assim, antes de definir-se por um tema, deve certificar-se de que
existe um bom estoque de material a ser utilizado.
O tema é o assunto que se deseja provar ou desenvolver. A escolha pode
depender: das inclinações, aptidões, tendências, qualificações pessoais,
disponibilidade, existência de obras suficientes para o estudo global do tema e
possibilidade de consultar especialistas. O tema é a realidade a respeito da qual se
deseja saber alguma coisa, ou mesmo agir sobre a mesma.
A escolha do tema é a primeira e uma das mais difíceis etapas, para quem
vai elaborar uma monografia de conclusão de curso. Em função disso,
apresentamos a seguir algumas informações com o objetivo de auxiliar o aluno que
deve fazer sua monografia de conclusão no curso num futuro próximo, ou mesmo
quem esteja iniciando e que ainda não tenha definido o tema a ser trabalhado. Tal
auxílio diz respeito à primeira etapa dessa caminhada: a escolha do tema de
pesquisa. Por isto, ela é dirigida fundamentalmente àquele subconjunto de alunos
que não se fixou em nenhum tema; não obstante, mesmo o aluno que já o escolheu
30
poderá beneficiar-se da leitura deste material, no sentido de testar a qualidade do
tema escolhido, bem como visualizar algumas etapas do trabalho futuro.
A experiência tem demonstrado que um dos maiores empecilhos ao bom
desempenho de muitos alunos na atividade de escrever sua monografia final
consiste na escolha do tema de pesquisa, o que, por via de consequência, também
lhe torna difícil a identificação de um professor orientador. No que diz respeito a esta
questão é recomendável que o aluno consulte o mais cedo possível os atuais
professores orientadores para verificar se o tema a ser escolhido é por eles aceito.
Especificamente, para os alunos de contábeis, no que diz respeito à escolha
do tema, deve ficar claro que a tarefa do aluno, consistindo em elaborar uma
monografia, já implica etimologicamente, que há um tema de natureza contábil ou
com relação com a contabilidade que deve ser tratado em razoável grau de
profundidade. Para entender o que significa “razoável grau de profundidade”, pode-
se considerar dois indicadores. Primeiramente, trata-se de um trabalho de cerca de
50 (cinquenta) páginas (é claro que trabalhos com 65 e 45 páginas têm cerca de 50,
o que não ocorre com trabalhos de 20 e 280 páginas...). Em segundo lugar, trata-se
de demonstrar o domínio de conteúdos de teoria contábil relacionados ao tema, num
nível apresentado ao longo do curso de graduação e de fragmentos da literatura
especializada, divulgada em revistas técnicas e livros.
Ao longo dos semestres anteriores, o aluno teve a oportunidade de tomar
contato com diversos assuntos contábeis que o interessaram. Trata-se de selecionar
um destes, para posteriormente desenvolve-los de acordo com o conceito de
“razoável grau de profundidade” acima exposto.
Exemplificando, os alunos que optarem pela Contabilidade de Custos como
área de concentração, para realizarem sua monografia, a escolha do tema poder
ocorrer em qualquer um dos temas tratados nas disciplinas de Contabilidade de
Custos ou em outras disciplinas que tenham alguma relação com os temas
relacionados à disciplina de custos. A área de Contabilidade de Custos é bastante
abrangente, visto que, o tema custos está presente em quase todas as ações que
um administrador toma. Podemos citar como exemplos de grades temas nessa área:
a) sistemas de custeio (tipos, aplicação em teoria ou em casos práticos);
b) preços (métodos, formação, flexibilização, mercados, análise);
c) relação custo-volume-lucro (análise das variações dos componentes);
31
d) custos (formas de levantamento, de análise, de gerenciamento, de
controle);
e) levantamento e análise de atividades administrativas que envolvem
receitas e despesas.
2.3 CONTEXTUALIZAÇÃO DO PROBLEMA
Segundo Fachin (2001), problema é uma questão ainda sem solução, objeto
de discussão e de muito estudo, sendo algo significativo que, a princípio, não tem
respostas explicativas, pois a solução, a resposta ou explicação se farão por
intermédio do desenvolvimento da pesquisa. Na mesma direção, Gil (1991),
problema é qualquer questão que não possui resposta e que é objeto de discussão,
em qualquer domínio de conhecimento.
O problema deve representar algo realista e ao mesmo tempo desafiador,
baseado em dados e/ou fatos que permitam o pesquisador buscar a resposta ainda
não conhecida.
2.3.1 Definição da situação problemática
Antes de apresentar a questão de pesquisa é importante definir a situação
problemática de onde será retirada a questão de pesquisa a ser respondida pela
pesquisa proposta.
Na elaboração da contextualização/definição da situação problemática deve-
se apresentar o campo onde o problema a ser pesquisado se encaixa. Comentar
sobre a importância do tema ou os motivos que levou o pesquisador a escolher o
tema escolhido para a proposição da pesquisa. Também é interessante descrever o
ambiente que envolve o tema a ser pesquisado, apontando seus principais pontos
que lhe dão sustentação, apresentando possíveis estudos já realizados que
possuem relação à situação problemática a ser pesquisada e historiar os
antecedentes e as possíveis causas do problema, bem como, apresentar evidências
sobre os efeitos que o problema provoca.
Ao final da definição da situação problemática deve-se apresentar uma
questão de pesquisa, devendo ela ser clara e precisa.
32
2.3.2 Questão de pesquisa
Após a delimitação do tema e da caracterização da situação problemática, a
próxima etapa é a formulação do problema (questão de pesquisa) a ser respondido.
Toda pesquisa científica inicia pela formulação de uma questão de pesquisa
(problema) e tem por objetivo procurar a resposta (solução) da mesma. A questão
de pesquisa deve ser apresentada na forma de uma proposição interrogativa e deve
expressar a dúvida que se quer esclarecer sobre o tema delimitado. Para isso são
usados, normalmente, advérbios de interrogação, no início da frase que representa a
questão de pesquisa (Exs.: qual (is), como, por que, de que forma, quando, onde).
A questão de pesquisa deve representar um problema a ser resolvido pela
pesquisa, cuja resposta ainda não é conhecida, devendo ela ser formulada com
base na situação problemática apresentada, buscando focar lacunas ainda não
exploradas por estudos anteriores ou aprofundamento/continuação de estudos já
desenvolvidos.
2.4 PRÉ-REQUISITOS PARA A ELABORAÇÃO DA MONOGRAFIA
2.4.1 Época de sua realização
A elaboração da monografia, no Curso de Ciências Contábeis da
Universidade de Caxias do Sul, é uma disciplina obrigatória para que o aluno
obtenha o seu título de Bacharel. É interessante que o aluno deixe para cursá-la o
mais próximo possível do final do curso, possibilitando com isso que ele tenha um
conhecimento mais amplo dos diversos assuntos que ele pode pesquisar dentro das
diversas áreas tratadas pela contabilidade.
O Colegiado do Curso de Ciências Contábeis estabeleceu alguns pré-
requisitos para que o aluno possa cursar a disciplina – Trabalho de Conclusão de
Curso (monografia), entre eles o número de créditos e ter cursado a disciplina de
Métodos e Técnicas de Pesquisa em Contabilidade. Essas regras estão previstas no
projeto do curso.
33
2.4.2 Número mínimo de créditos
Para que o aluno de Ciências Contábeis possa matricular-se na disciplina de
monografia é necessário que ele tenha cursado, no mínimo, 140 créditos. O essa
exigência tem por objetivo fazer com que o aluno, ao fazer a monografia, já tenha
tido contato com a maioria das áreas de conhecimento apresentadas pelas
diferentes disciplinas previstas no curso. Isso possibilita que o aluno tem um
conhecimento de um número mais de temas, de forma a facilitar a escolha de um
que melhor atenda seus objetivos.
2.4.3 Disciplinas já cursadas
O aluno para cursar a disciplina de orientação de monografia já deve ter
curado a disciplina de Métodos e Técnicas de Pesquisas em Contabilidade, sendo
que, para se matricular nessa, o aluno deve ter cursado no mínimo 120 créditos.
Além da disciplina estabelecida como pré-requisito pelo projeto do curso, entende-se
ser de extrema importância que aluno também já tenha cursado as disciplinas
obrigatórias do curso que tenham relação com o tema de pesquisa proposto.
2.5 TAMANHO IDEAL
O tamanho ideal varia muito do tipo de pesquisa e de assunto a ser
pesquisado. Também é influenciado pelo número de figuras e ilustrações que ela
contém. No entanto, em reunião departamental, os professores de Ciências
Contábeis através do colegiado do curso decidiram estabelecer como tamanho ideal
para as monografias o intervalo de 30 a 60 páginas de texto (desenvolvimento). Para
isso não se consideram as páginas dos elementos pré-textuais (folha de rosto,
dedicatória, pensamento, sumário, resumo etc.) e nem as dos elementos pós-
textuais (referências bibliográficas, anexos, etc.).
O mais importante de uma monografia não é o tamanho em si (número de
páginas) e sim a qualidade de seu conteúdo. Portanto, o aluno deve se preocupar
em elaborar um texto claro, conciso, objetivo e contenha uma boa redação.
34
2.6 ETAPAS PARA ELABORAÇÃO DA MONOGRAFIA
São várias as etapas necessárias a serem concluídas na elaboração de uma
monografia. Podem-se dividir em quatro grupos as etapas para a elaboração da
monografia, sendo que, o objetivo desse estudo não é abortar em detalhe as quatro
etapas, mas sim, tratar mais detalhadamente da que trata da elaboração escrita do
estudo.
2.6.1 Etapa 1 – Elaboração do projeto
É importante a observância das diversas etapas do projeto, pois a qualidade
do projeto é sem dúvida a certeza de um trabalho tranquilo, dando segurança e
especialmente aumentando o rigor científico do mesmo.
[...], toda pesquisa cientifica, antes de ser executada, deve ser planejada. O planejamento constitui o projeto de pesquisa. Portanto, fazer um projeto de pesquisa é traçar um caminho eficaz que conduza ao fim desejado, o que implica preocupar-se com fatores como embasamento teórico, situação-problema, hipóteses e, também, envolve lidar com aspectos mais pragmáticos, como os de cronograma e orçamento. (OLIVEIRA, 2003, p.130).
A norma NBR 15287 (2011) estabelece todas as regras que devem ser
seguidas para a elaboração de um projeto de pesquisa, sendo elas distribuídas em
dois grandes grupos: estrutura e regras gerais de apresentação.
2.6.1.1 Estrutura
Segundo a NBR 15287 (2011), a estrutura de um projeto de pesquisa
compreende: elementos pré-textuais, elementos textuais e elementos pós-textuais.
2.6.1.1.1 Elementos
A seguir estão descritos os elementos chamados de pré-textuais, que
precedem os elementos textuais.
Capa – Elemento opcional, apresentando as informações transcritas na
35
seguinte ordem: nome da entidade para a qual deve ser submetido, quando o
solicitado; nome(s) do(s) autor(es); título; subtítulo (se houver, deve ser evidenciada
a sua subordinação ao título, precedido de dois-pontos (:), ou distinguido
tipograficamente); local (cidade) da entidade, onde deve ser apresentado; ano de
depósito (entrega).
Lombada – Elemento opcional. Elaborada conforme a ABNT NBR 12225.
Folha de rosto – Elemento obrigatório, apresentando as informações
transcritas na seguinte ordem: nome(s) do(s) autor(es); título; subtítulo (se houver,
deve ser evidenciada a sua subordinação ao título, precedido de dois-pontos (:), ou
distinguido tipograficamente); tipo de projeto de pesquisa e nome da entidade a que
deve ser submetido; local (cidade) da entidade, onde deve ser apresentado; ano de
depósito (entrega). Por definição do colegiado do curso de Contábeis, para fins de
apresentação das monografias do curso, estrutura desse elemento não seguirá na
integra a forma de apresentação prevista na ABNT NBR 12225, mas sim, a forma
prevista no guia da Universidade de Caxias do Sul (UCS, 2016). O guia da
Universidade de Caxias do Sul (UCS) prevê que antes do nome do autor deve-se
colocar o nome da universidade e do curso.
Lista de ilustrações – Elemento opcional. Elaborada de acordo com a
ordem apresentada no texto, com cada item designado por seu nome específico,
acompanhado do respectivo número da página. Quando necessário, recomenda-se
a elaboração de lista própria para cada tipo de ilustração (desenhos, esquemas,
fluxogramas, fotografias, gráficos, mapas, organogramas, plantas, quadros, retratos
e outros).
Lista de tabelas - Elemento opcional. Elaborada de acordo com a ordem
apresentada no texto, com cada item designado por seu nome específico,
acompanhado do respectivo número da página.
Lista de abreviaturas e siglas - Elemento opcional. Consiste na relação
alfabética das abreviaturas e siglas utilizadas no texto, seguidas das palavras ou
expressões correspondentes grafadas por extenso. Recomenda-se a elaboração de
lista própria para cada tipo.
Lista de símbolos - Elemento opcional. Elaborada de acordo com a ordem
apresentada no texto, com o devido significado.
Sumário - Elemento obrigatório. Elaborado conforme a ABNT NBR 6027.
36
2.6.1.1.2 Elementos textuais
Segundo a ABNT NBR 14724 (2011), os elementos textuais devem ser
constituídos de:
a) uma parte introdutória (introdução), que apresenta os objetivos do
trabalho, as razões de sua elaboração;
b) o desenvolvimento, que detalha a pesquisa ou estudo realizado; e
c) uma parte conclusiva (conclusão).
O colegiado do Curso de Ciências Contábeis definiu que o capítulo da
introdução da monografia deve conter as seguintes seções:
a) contextualização do estudo: essa seção deve ser composta de uma
introdução inicial do grande tema a ser pesquisado e da justificativa para
a realização do estudo (importância da realização da pesquisa);
b) questão de pesquisa: deve conter a descrição do tema e sua delimitação,
a motivação da escolha do tema e a definição do problema;
c) hipóteses ou proposições (quando couber): deve conter as hipóteses que
o pesquisador deseja testar ou as proposições que propôs para a sua
pesquisa. Nem todas as pesquisas possuem hipóteses e proposições,
portanto, essa seção não é obrigatória para todas as pesquisas;
d) objetivos: deve apresentar os objetivos (geral e específicos) que o
pesquisador pretende atingir com sua pesquisa. Eles representam um
ação e portanto sua redação inicia com um verbo no infinitivo;
e) metodologia: essa seção é composta do delineamento da pesquisa e dos
procedimentos de coleta e análise dos dados. É necessário que sejam
indicados os referenciais teóricos que o embasam, a metodologia a ser
utilizada;
f) estrutura do estudo: deve conter uma breve descrição do conteúdo dos
capítulos principais (seção primárias), inclusive da conclusão.
2.6.1.1.3 Elementos pós-textuais
A seguir estão descritos os elementos chamados de pós-textuais, que
aparecem depois dos elementos textuais.
37
Referências - Elemento obrigatório. Elaboradas conforme a ABNT NBR
6023.
Glossário - Elemento opcional. Elaborado em ordem alfabética.
Apêndice - Elemento opcional. O(s) apêndice(s) é(são) identificado(s) por
letras maiúsculas consecutivas, travessão e pelos respectivos títulos.
Excepcionalmente, utilizam-se letras maiúsculas dobradas na identificação dos
apêndices, quando esgotadas as letras do alfabeto. O texto deve ser escrito todo em
maiúsculo, negrito e centralizado.
Exemplos:
APÊNDICE A – AVALIAÇÃO DO RENDIMENTO ESCOLAR DOS ALUNOS DA ESCOLA NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS
APÊNDICE B – – AVALIAÇÃO DO RENDIMENTO ESCOLAR DOS ALUNOS DA ESCOLA MACHADO DE ASSIS
Anexo - Elemento opcional. O(s) anexo(s) é(são) identificado(s) por letras
maiúsculas consecutivas, travessão e pelos respectivos títulos. Excepcionalmente,
utilizam-se letras maiúsculas dobradas na identificação dos anexos, quando
esgotadas as letras do alfabeto. O texto deve ser escrito todo em maiúsculo, negrito
e centralizado.
Exemplos:
ANEXO A – CONSTITUIÇÃO FEDERAL ANEXO B – CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
Índice - Elemento opcional. Elaborado conforme a ABNT NBR 6034.
2.6.1.2 Regras gerais de apresentação
As regras gerais de apresentação (formatação) do projeto estabelecidas pela
NBR 15287 seguem basicamente os mesmos critérios apresentados pela NBR
38
14724 (formatação de trabalhos acadêmicos). Em função disso e pela importância
que merece esse tema, o mesmo será abordado de forma detalhada em um capítulo
específico: Capítulo 8 – Formatação do texto.
O Colegiado do Curso de Ciências Contábeis da UCS, com o objetivo de
facilitar o aluno na elaboração do seu projeto, aprovou um modelo de projeto
específico para o curso, onde além de conter os elementos estabelecidos pela NBR
15287 (2011), também fazem parte outros elementos que foram considerados
importantes.
2.6.2 Etapa 2 – A coleta de dados
2.6.2.1 Fontes de informações
Após ter feito a escolha do tema, é conveniente começar o trabalho com a
leitura de um bom livro-texto ou de um artigo numa revista recente. Referências
adicionais podem ser obtidas a partir da leitura dessas fontes, tomando-se por base
as obras citadas em notas de rodapé ou na bibliografia.
2.6.2.2 Escolha da metodologia a ser usada na pesquisa
Nessa parte do trabalho se deve relacionar o objetivo do estudo com o
referencial teórico e hipóteses do estudo e a descrição e justificativa da metodologia
utilizada. Quando cabível deve relacionar também com a população, o objeto do
estudo, a amostra, o processo de amostragem, a forma estratégica de coleta de
dados e informações, as técnicas empregadas nas análises (no caso de abordagem
quantitativa), assim como as atividades realizadas antes, durante e após a coleta de
dados.
Lakatos e Marconni (1991) sugerem que nesse momento as seguintes
questões devam ser respondidas: Como? Com quê? Onde? Quando?Por ser de muita importância, a metodologia será tratada em um capítulo
específico (capítulo 4), onde serão evidenciados os vários métodos existentes.
39
2.6.2.3 Estabelecimento de um roteiro preliminar
Antes de iniciar a usar o material disponível, deve ser feito um roteiro
preliminar ou plano de ensaio. Um meio de fazê-lo é seguir descrito.
1) Rabiscar ao acaso numa folha de papel todas as questões que se quer
ver respondidos pelo projeto de pesquisa, todos os pontos que se gostaria de ver
considerados. Alguns desses pontos podem ser retirados do sumário ou do índice
analítico do livro-texto ou da leitura do artigo de uma revista.
2) Estudar todos os pontos sugeridos e eliminar aqueles que não pareçam
relevantes.
3) Organizar os pontos relevantes em algum tipo de ordem e escrevê-los em
forma de lista.
Neste ponto, tem-se um plano para o trabalho, com capítulos e seções
indicados. Se o plano parecer muito longo, ver se alguma seção ou subseção pode
ser omitida.
2.6.2.4 Compilação da bibliografia
Antes de começar a fazer anotações de um livro particular, é importante
fazer uma bibliografia de todos os livros, folhetos, artigos, etc. referentes ao tópico, a
fim de formar uma ideia da amplitude, valor relativo, etc. do material e saber quais
são os mais importantes para serem lidos.
2.6.2.5 Avaliação das fontes
Deve-se fazer o maior esforço para chegar o mais próximo possível da
informação original (questionário, censo, etc.). No caso de citar dados de terceiros,
deve-se referir exaustivamente a fonte consultada, conferindo se não há qualquer
erro no que está sendo citado, pois a responsabilidade passa também a quem está
citando. Se se está mencionando um trabalho que referencia um terceiro, deve-se
citar a nota bibliográfica de ambos, utilizando-se a expressão “aput”.
Ao compilar uma bibliografia e, após, ao conferir as anotações, é importante
considerar o valor dessas anotações bem como do restante do material.
40
2.6.2.6 Elaboração de anotações
Ao fazer anotações de um livro, é preferível utilizar cartões. Há diferentes
tamanhos de cartões e aqueles maiores do que os de levantamento bibliográfico são
mais aconselháveis quando além das notas vai-se acrescentar algum comentário
próprio.
Todavia, quando se está preparando um projeto de pesquisa específico, é
aconselhável utilizarem-se cartões de tamanho menor para anotar somente um item
em cada cartão. Com isso, os cartões podem ser ordenados e desordenados,
formando diferentes sequências para escrever-se o texto. Ademais, os cartões não
desejados podem ser facilmente descartados. Se somente um dos lados dos cartões
é usado, então eles podem ser ainda mais facilmente rearranjados sobre uma mesa
grande de modo que se pode lê-los e decidir a ordem em que serão incluídos no
texto.
Hoje com a difusão da informática, os cartões podem ser substituídos por
anotações em arquivos eletrônicos.
2.6.2.7 Recursos metodológicos
A coleta de dados é a etapa que dará início à pesquisa propriamente dita,
com a busca exaustiva dos dados, recorrendo-se aos tipos de pesquisa mais
adequados ao tratamento científico do tema escolhido.
A coleta de dados pode ser realizada através dos seguintes recursos
metodológicos:
a) pesquisa experimental;
b) pesquisa bibliográfica;
c) pesquisa documental;
d) entrevistas;
e) questionários e formulários;
f) observação sistemática;
g) estudos de caso; e
h) relatórios de estágios.
O procedimento metodológico na coleta de dados tem sido considerado do
41
ponto de vista do instrumental e das técnicas utilizadas, o que por si garantiria uma
sistematização da pesquisa e sua qualidade científica.
2.6.3 Etapa 3 – A análise dos dados
Após o término da coleta de dados, deve-se iniciar a etapa de classificação e
organização das informações coletadas, tendo em vista os objetivos do trabalho.
Esta etapa envolve:
a) classificação e organização das informações;
b) estabelecimento das relações existentes entre os dados coletados;
c) pontos de divergência;
d) pontos de convergência;
e) tendências;
f) regularidades;
g) tratamento estatístico dos dados.
2.6.4 Etapa 4 – A elaboração escrita
Esta etapa para a realização do trabalho monográfico vai envolver:
a) estrutura definitiva do projeto de pesquisa: elaboração do plano de
assunto;
b) a redação final;
c) apresentação gráfica geral do trabalho.
2.6.4.1 A estrutura definitiva do projeto de pesquisa
Após a etapa de análise dos dados, elabora-se, com base no plano de
assunto do projeto provisório, a estrutura definitiva, isto é, o plano de assunto a partir
do qual será realizada a redação do trabalho monográfico.
2.6.4.2 A redação final
Recomenda-se que seja elaborada uma pré-forma/rascunho/versão
42
preliminar do trabalho de pesquisa, a fim de que se possa ter uma ideia do trabalho
como um todo e detectar possíveis incorreções. Em muitos casos, o professor pode
fazer uma pré-avaliação, no sentido de auxiliar na descoberta de falhas na
argumentação utilizada na redação, nos recursos ilustrativos, e outros, havendo
então a possibilidade de revisão para a versão definitiva.
Por se tratar de um trabalho científico, a redação deve seguir os princípios a
seguir descritos.
Impessoalidade: a linguagem a ser usada deve ser sempre de forma
impessoal, não devendo ser empregados termos como: “meu”, “nós”, “eu”, bem
como verbos conjugados na primeira pessoal, seja do singular ou do plural. Sempre
que se deseja expressar alguma ideia ou posição deve-se usar o verbo na forma
impessoal (ex. entende-se, apresenta-se, pretende-se, demonstra-se).
Clareza: a escrita deve ser clara e objetiva, não devendo ser empregados
termos obscuros, linguagem vulgar, bem como, deve-se evitar reticências ou “meias-
palavras”.
Precisão: por se tratar de um estudo científico é imprescindível que se
evitem termos que apresentem imprecisão (ex. muitos, alguns, certos, alto, baixo,
grande), já que eles geram uma dúvida sobre seu significado. O ideal é sempre
colocar dados e valores que conseguem evidenciar de forma precisa o que se
deseja expressar.
Concisão: o texto deve ser escrito de forma objetivo, deixando bem claro o
que se deseja expressar/informar, evitando frases longas. Em contrapartida, também
deve-se evitar frases muito curtas, de forma que a frase consiga descrever a ideia
completa, de forma clara e objetiva.
Também se deve ter o cuidado para evitar algumas situações (falhas de
redação) durante a revisão de literatura que acabam prejudicando a qualidade do
texto. A seguir estão descritas algumas delas.
Simples transcrição de frases: a revisão da literatura tem como base
textos retirados de obras já existentes, porém, não deve ser uma mera transcrição.
Os textos devem ser apresentados seguindo uma ordem lógica e possuírem uma
relação bem definida entre eles (ligação).
Texto sem a indicação do autor: sempre que for apresentada uma ideia
(citação bibliográfica) é necessário que se informe a fonte. Não devem ser
43
apresentados nenhum afirmação ou dado sem que se tenha uma fonte que dê
sustentabilidade. O autor não pode fazer qualquer afirmação sem que tenha uma
fonte que a sustente.
Apresentação juízos de valor: por ser um estudo científico, o autor não
pode apresentar expressões que significam juízos de valor. Todas as informações
apresentadas devem ter base científica, não devendo expressar opiniões, gostos ou
entendimentos pessoais.
Texto que não tem relação ao tema pesquisado: a revisão de literatura
deve estar restrita ao tema pesquisado. Informações que não possuem relação com
o tema pesquisado não devem fazer parte da revisão de literatura, evitando-se com
isso de tonar o texto desinteressante e cansativo.
Falta de ligação entre os textos/capítulos: é muito importante que os
textos/capítulos sejam apresentados de forma lógica e com uma ligação entre eles.
Na estrutura dos capítulos deve-se observar para que ela represente uma adequada
hierarquia dos temas/títulos que a compõe. Também é importante que exista uma
sequência de temas e ligação entre os capítulos
2.6.4.3 Apresentação gráfica geral do trabalho
A apresentação gráfica do trabalho é a elaboração da monografia
propriamente dita. Essa fase será o tema central do estudo proposto, onde serão
abordados os aspectos técnicos e ortográficos que devem ser observados na
elaboração da escrita da monografia.
Nesse capítulo procurou-se dar uma visão geral do que é uma monografia,
suas principais fases e os requisitos que devem ser observados em relação à
elaboração da monografia do Curso de Ciências Contábeis da Universidade de
Caxias do Sul.
Os conceitos e comentários realizados durante esse capítulo possibilitam ao
leitor ter um conhecimento preliminar necessário para a compreensão dos demais
capítulos.
O próximo capítulo tratará especificamente das normas e regras a serem
seguidas na elaboração dos elementos pré-textuais de uma monografia (elementos
da monografia que vêm antes da parte textual).
44
2.7 PRÉ-CONDIÇÕES PARA A ELABORAÇÃO DA MONOGRAFIA
Segundo Thompson (2000) existem algumas pré-condições que o aluno
deve observar para que o seu trabalho de conclusão de curso (monografia) atinja o
objetivo desejado. Embora, não seja objetivo desse estudo tratar desse tema, pois
se entende que quem se propõe a realizar uma pesquisa deve estar ciente das
condições necessárias para isso, no entanto, acredita-se oportuno apresentar o que
o autor coloca em relação a esse assunto, mesmo que seja de forma bem sintética.
2.7.1 Vontade
Quem quer fazer uma boa monografia, a vontade em buscar o melhor de si é
uma condição indispensável.
A monografia trata-se de uma oportunidade preciosa para resgatar possíveis
(e prováveis) decepções e frustrações ocorridas durante o curso, inclusive no
respeitante à deficiência dos professores, à qualidade inferior das aulas, ao regime
de massificação do ensino, com nivelamento por baixo.
Agora, tudo depende do aluno pesquisador, descabendo, em caso de
fracasso, atirar culpas em costas alheias.
Difícil empreitada? No mínimo, francamente possível.
Sofrida, Desagradável? Provoca alguma angústia, a princípio. Logo, vira
obrigação suportável. Daqui a pouco, atraente. As dificuldades torturam, mas
magnetizam. Vencidas, geram prazer.
2.7.2 Disciplina
O controle do desempenho é de total responsabilidade do aluno
pesquisador. Cobra-se de você, pois, autodisciplina e auto-iniciativa.
Ao orientador cabe aconselhar, ajudar, criticar (no bom sentido), oferecer
subsídios, sugestões, colocar a experiência à disposição – não, porém, agir como
fiscal, a lhe esporear o senso de dever.
Você é livre – e tem de arcar com o ônus da liberdade.
Estabeleça dias e horas certos para cuidar da monografia. E cumpra-os.
45
Sem isso, você não vai longe. Ao se dar por conta, esvaiu-se o prazo e está
condenado a ter que repetir no próximo semestre.
2.7.3 Dedicação
A monografia é uma pesquisa e não apenas um trabalho acadêmico. E como
pesquisa, ele requer que o pesquisador se dedique ao máximo, pois quanto maior
for o grau de sua dedicação maior será a probabilidade de ele atingir os objetivos
que uma pesquisa científica requer.
Dedicação não é só reservar parte do tempo para a pesquisa. Isso também
é dedicação, mas o mais importante é encarar o desafio de fazer um ótimo trabalho
com a maior seriedade possível e não medir esforços na busca dos meios e
informações necessárias, bem como trabalhar com “tesão”.
2.7.4 Programe o tempo
Devagar, na partida. Marque períodos não exagerados. Observe-os,
contudo, religiosamente. Sem excessos, mas sem falhas. Assim, cria o hábito.
Conforme for estreitando os laços com a matéria, alargue as medidas iniciais.
Prefira destacar poucos dias, com carga horária dilatada, há dias muito
seguidos, com pequeno número de horas. Atividade intelectual demanda
concentração intensa, só atingível após lapso razoável.
Divida as horas metodicamente pelas atividades que se fizerem necessárias.
Lembre-se de reservar tempo para a meditação. É através dela que se obtém as
boas ideias.
O tempo é tão curto que deve ser aproveitado ao máximo.
2.7.5 Concentração
Na produção intelectual, o requisito básico reside na capacidade de
concentrar os mecanismos da mente no assunto que se deseja conhecer. Quanto
menos dispersão, maior a eficiência.
Para reforçar a importância da concentração (atenção) Thompson (2000, p.
46
4) recorre a Walter Brugger 5 ao fazer a seguinte citação:
A atenção é sumamente importante para o conhecimento. Estimula a rápida eficiência dos excitantes, a clareza das imagens, intensifica o trabalho de fixação e de reprodução da memória, e influi também na vontade, reforçando as vivências valorativas.
Se você sabe estudar, tem material e dispõe de tempo, você tem condições
de escrever sobre qualquer tema.
2.7.6 Ordem
Por intensa que seja, atividade atabalhoada e confusa rende pouco.
Organize-se, pois. Eleja prioridades, hierarquize questões, classifique
dificuldades. Estabeleça um roteiro. Claro, pode – e deve – sofrer alterações no
decorrer das etapas, de maneira a se amoldar a condições surgidas.
Deseja-se um planejamento ágil, maleável, jamais uma camisa-de-força.
Nada de rigidez. O que, porém, não serve de desculpa para deixar de traçar
coordenadas para o trabalho.
2.7.7 Material
Buscar o maior volume possível de material de apoio para a pesquisa.
Quanto mais farto for o material de pesquisa maior é a probabilidade de encontrar
informações relevantes para a pesquisa.
Fazer uma adequada triagem e compilação do material. Saber separar o que
é importante para a pesquisa proposta daquilo que é apenas comentários que não
agregam ao trabalho.
Saber identificar a qualidade da fonte, ou seja, nem tudo o que está escrito
merece credibilidade e muito menos é fonte para uma pesquisa científica.
5 BRUGGER, Walter. Dicionário de filosofia. Trad. Antônio Pinto de Carvalho, São Paulo, Herder, 1982, p.72.
47
2.8 ORIENTAÇÃO DO TRABALHO CIENTÍFICO
Alexandre (2003), ao tratar desse tema evidencia uma série de direitos e
obrigações que o orientador e o estudante possuem durante o período de
orientação. Seguindo o mesmo critério utilizado no tópico anterior, serão
apresentadas, com base no texto do autor, as principais tarefas de cada um, de
forma resumida.
2.8.1 O papel do Orientador
Segundo Andrade (2003), não há trabalho científico acadêmico sem uma
orientação, sendo que, as qualidades necessárias àqueles que orientam trabalhos
científicos são competência, respaldo, segurança, apoio de dedicação, entre outras.
Entre as diversas tarefas que cabe o orientador, o autor ressalta as
seguintes:
a) apontar os caminhos que o estudante deve perseguir para atingir o seu
objetivo;
b) esclarecer dúvidas de método, forma e conteúdo do trabalho científico;
c) orientar quanto à escolha do tema, elaboração da pesquisa, à redação do
texto;
d) determinar a realização de pesquisas e de leituras específicas;
e) determinar o desenvolvimento de certas atividades acadêmicas;
f) cobrar leituras e relatórios periódicos na forma acordada com cada
orientando;
g) reservar horário semanal, de acordo com cada um de seus orientados,
para atendê-los;
h) atestar a frequência e o desenvolvimento parcial de cada orientando;
i) propor modificações no trabalho e analisá-las com o orientando;
j) orientar ao cumprimento dos prazos da coordenação dos trabalhos
científicos;
k) orientar e avaliar o projeto de pesquisa, as fases intermediárias e a
monografia final;
O projeto do curso de Ciências Contábeis da UCS estabelece as seguintes
48
obrigações do orientador de Trabalho de Conclusão de Curso – TCC (monografia):
a) formalizar, junto à Coordenação do TCC, a solicitação de um orientador;
b) cumprir o plano, o cronograma e o horário de orientação estabelecidos
em conjunto com o orientador;
c) respeitar os prazos e datas estabelecidos para a entrega de projetos,
partes do trabalho e apresentação e/ou defesa do TCC;
d) comparecer às orientações de TCC, prestando informações sobre o
andamento do trabalho, apresentando as etapas cumpridas e as
alterações requisitadas;
e) rubricar a ficha de frequência e/ou relatório de acompanhamento, por
ocasião das sessões de orientação;
f) frequentar as reuniões convocadas pelo Coordenador do TCC;
g) cumprir as normas e regulamentos do TCC.
2.8.2 O papel do estudante
Para Andrade (2003), a participação do estudante na produção científica de
uma instituição superior é uma oportunidade e ao mesmo tempo um desafio no
processo de ensino-aprendizagem. No entanto, a realização de um trabalho
científico exige qualidades mínimas do estudante. As qualidades mínimas do
estudante proponente ao trabalho científico são conhecimento, iniciativa, dedicação,
humildade e respeito.
Entre as tarefas que cabe ao estudante no desenvolvimento da pesquisa,
pode-se dizer que as principais são:
a) escolher um tema do qual tem condições de fazer a pesquisa;
b) definir a natureza do assunto, sua extensão e profundidade, obedecendo
às recomendações do orientador;
c) possuir conhecimento, iniciativa, dedicação humildade e respeito;
d) buscar material, reservar tempo, levantar dados, fazer anotações,
visando a realização de um bom trabalho;
e) ouvir atentamente as recomendações de seu orientador e seguir o que
for solicitado (desenvolver as atividades solicitadas);
f) reunir os dados e levantamentos bibliográficos que satisfaçam as
49
condições do trabalho de Monografia;
g) elaborar o projeto seguindo recomendações do orientador e apresenta-lo
ao mesmo para a sua avaliação e aprovação;
h) comparecer às aulas de orientação para apresentação do material
desenvolvido em cada fase, bem como para tirar dúvidas e ouvir as
recomendações do orientador;
i) apresentar ao orientador o material desenvolvido periodicamente para a
sua avaliação e realizar as alterações que lhe forem solicitadas;
j) redigir o texto, tantas vezes quanto necessárias, bem como a sua versão
final, obedecendo às normas técnicas de apresentação de Monografia
estabelecidas pelo departamento e, ao final, proceder a uma revisão
geral, inclusive ortográfica e gramatical;
k) apresentar e defender a sua monografia perante uma banca em data
definida.
50
3 METODOLOGIA
3.1 DELINEAMENTO DA PESQUISA
Segundo Oliveira (2003), método nada mais é que o caminho a ser
percorrido para atingir o objetivo proposto. Já para Alves (2003), metodologia é um
instrumento do pesquisador, uma vez que é através da especificação dos caminhos
a serem adotados que se torna possível delimitar a criatividade e definir o como,
onde, com quem, com quê, quando e de que maneira se pretende captar a realidade
e seus fenômenos. Para Alexandre (2003) os níveis de pesquisa do trabalho
científico são: pesquisa exploratória, pesquisa descritiva e pesquisa explicativa.
Segundo, Hair et al. (2005), colocam que um plano de pesquisa fornece as
orientações básicas ou “receita” para realização de um projeto.
O tipo de pesquisa utilizado para esse estudo pode ser enquadrado como
uma pesquisa descritiva, visto que, tem-se por objetivo descrever o que uma
monografia deve conter e como ela deve ser apresentada. Para Hair et al. (2005), os
planos de pesquisa descritiva em geral são estruturados e especificamente criados
para medir as características descritas em uma questão de pesquisa. As hipóteses,
derivadas da teoria, normalmente servem para guiar o processo e fornecer uma lista
do que precisa ser mensurado. A pesquisa descritiva descreve alguma situação.
Geralmente, as coisas são descritas com a mensuração de um evento ou atividade.
Para Gil (1999), pesquisas deste tipo têm como objetivo primordial a descrição das
características de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de
relações entre variáveis. São inúmeros os estudos que podem ser classificados sob
este tipo de uma de suas características mais significativas estão na utilização de
técnicas padronizadas de coletas de dados.
Definiu-se que o método principal de pesquisa a ser utilizado nesse estudo é
a pesquisa bibliográfica. Complementarmente também será usada a pesquisa
documental e a técnica grupo de foco, no que couber. Em relação à pesquisa
bibliográfica Gil (1999), coloca que a mesma é desenvolvida a partir de material já
elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos. A principal
vantagem da pesquisa bibliográfica reside no fato de permitir ao investigador a
cobertura de uma gama de fenômenos muito mais ampla do que aquela que poderia
51
pesquisar diretamente. Esta vantagem se torna particularmente importante quando o
problema de pesquisa requer dados muito dispersos pelo espaço. Para Mattar
(1997), as pesquisas bibliográficas são mais rápidas e econômicas de amadurecer
ou aprofundar um problema de pesquisa é através do conhecimento de trabalhos já
efetuados por outros, via levantamento bibliográfico.
Quanto à pesquisa documental Gil (1999), informa que ela assemelha-se
muito à pesquisa bibliográfica. A única diferença entre ambas está na natureza das
fontes. Enquanto a pesquisa bibliográfica se utiliza fundamentalmente das
contribuições dos diversos autores sobre determinado assunto, a pesquisa
documental vale-se de materiais que ainda não receberam ainda um tratamento
analítico, ou que ainda podem ser reelaborados de acordo com os objetivos da
pesquisa. Já em relação à pesquisa baseada em grupo de foco, Mattar (2001),
afirma que a entrevista focalizada em grupo é uma técnica muito pouco estruturada,
conduzida por um moderador experiente, simultaneamente, com um pequeno
número de participantes para obter dados sobre determinado assunto focalizado.
Com base na fundamentação dos autores consultados, entende-se que para
fins da pesquisa proposta, a pesquisa bibliográfica, a pesquisa documental e grupo
de foco são os métodos adequados para fins de metodologia.
3.2 PROCEDIMENTOS DE COLETA E ANÁLISE DOS DADOS
A pesquisa bibliográfica foi usada na análise detalhada de todas as normas
da ABNT e de manuais de universidades brasileiras e livros que tratam do tema
proposto, com o objetivo de identificar quais são as regras propostas, tanto para fins
de conteúdo, como para fins de formatação. O critério básico consistiu em seguir as
regras estabelecidas nas normas da ABNT, recorrendo-se aos manuais de
universidades e livros para as regras que não estão previstas nas normas da ABNT,
mas que o seu uso é considerado importante no meio acadêmico.
A pesquisa documental foi usada no levantamento das normas (conteúdo,
formatação, apresentação) utilizadas por trabalhos científicos (monografias,
dissertações, teses) já publicados por universidades, com o objetivo de verificar
como as instituições de ensino têm se posicionado quanto às normas técnicas.
Já a metodologia de pesquisa grupo de foco foi usada durante as reuniões
52
do colegiado do Curso de Ciências Contábeis da Universidade de Caxias do Sul.
Essas reuniões foram conduzidas pelo pesquisador e tiveram como objetivo avaliar
as como devem ser normalizadas as normas técnicas, bem como estabelecer regras
sobre temas que as normas oficiais não definem procedimentos e que o
departamento entende serrem importantes. Essas reuniões também tiveram o
objetivo verificar se o departamento deseja que algumas normas oficiais sejam
flexibilizadas.
É importante informar que, como esse manual tem por objetivo também
servir de manual oficial do departamento de Ciências Contábeis da Universidade de
Caxias do Sul, tomando-se por base o manual oficial da referida universidade, em
alguns momentos, por decisão do colegiado do referido curso, poderá ocorrer que o
manual não use na íntegra as regras estabelecidas pela ABNT. Nesses casos, será
informado o que a regra da ABNT determina e o ajuste definido pelo colegiado.
Dessa forma, será possível saber qual é a regra oficial e qual é a regra usada no
modelo e que deve ser seguida pelos alunos do referido curso.
53
4 TIPOS DE PESQUISAS UTILIZADAS EM ESTUDOS CIENTÍFICOS
Segundo Oliveira (2003), método nada mais é que o caminho a ser
percorrido para atingir o objetivo proposto. Assim, na fase de elaboração do projeto,
o pesquisador deverá caracterizar a natureza do problema, definir o tipo da pesquisa
que desenvolverá, ou seja, explicitar do que se trata a pesquisa empírica, com
trabalho de campo ou laboratório, de pesquisa teórica ou de pesquisa histórica, e
quais serão os métodos e técnicas a serem adotados. Fachin (2001) coloca que o
método é um instrumento do conhecimento que proporciona aos pesquisadores, em
qualquer área de sua formação, orientação geral que facilita planejar, uma pesquisa,
formular hipóteses, coordenar investigações, realizar experiências e interpretar os
resultados. Em sentido mais genérico, método e pesquisas, seja qual for o seu tipo,
é a escolha de procedimentos sistemáticos para a descrição e explicação do estudo.
No desenrolar da pesquisa podem aparecer outras formas de métodos. Já para
Alves (2003), metodologia é um instrumento do pesquisador, uma vez que é através
da especificação dos caminhos a serem adotados que se torna possível delimitar a
criatividade e definir o como, onde, com quem, com quê, quando e de que maneira se pretende captar a realidade e seus fenômenos.
O Anexo D apresenta uma estrutura das diferentes metodologias utilizadas
em pesquisas científicas, com possíveis estratégias , técnicas de coleta e de
análise.
4.1 NATUREZAS DE PESQUISA
4.1.1 Qualitativa
A metodologia de pesquisa qualitativa, por se tratar de uma pesquisa
exploratória (que busca definir como é um cenário), é recomendada para quem
deseja fazer uma pesquisa mais geral e depois definir pontos mais específicos.
Segundo Dantas e Cavalcante (2006), por ter caráter exploratório, a pesquisa
qualitativa estimula os entrevistados a pensarem livremente sobre algum tema,
objeto ou conceito. Mostra aspectos subjetivos e atingem motivações não explícitas,
ou mesmo conscientes, de maneira espontânea. É utilizada quando se busca
54
percepções e entendimento sobre a natureza geral de uma questão, abrindo espaço
para a interpretação. É uma pesquisa indutiva, isto é, o pesquisador desenvolve
conceitos, idéias e entendimentos a partir de padrões encontrados nos dados, ao
invés de coletar dados para comprovar teorias, hipóteses e modelos pré-concebidos
Enquanto estudos quantitativos geralmente procuram seguir com rigor um plano previamente estabelecido (baseado em hipóteses claramente indicadas e variáveis que são objeto de definição operacional), a pesquisa qualitativa costuma ser direcionada, ao longo de seu desenvolvimento; além disso, não busca enumerar ou medir eventos e, geralmente, não emprega instrumental estatístico para análise dos dados; seu foco de interesse é amplo e parte de uma perspectiva diferenciada da adotada pelos métodos quantitativos (NEVES, p. 1, 1996).
4.1.1.1 Características da pesquisa qualitativa
Os estudos de pesquisa qualitativa podem diferir entre si quanto ao método,
à forma e aos objetivos. Segundo Godoy (1995) existem várias características que
permitem identificar as pesquisas qualitativas, entre elas estão:
a) o ambiente natural como fonte direta de dados e o pesquisador como
instrumento fundamental;
b) o caráter descritivo;
c) o significado que as pessoas dão às coisas e à sua vida como
preocupação do investigador;
d) enfoque indutivo.
4.1.1.2 Estratégias utilizadas pelas pesquisas qualitativas
Entre as estratégias utilizadas pelas pesquisas qualitativas estão as
seguintes:
a) estudo de caso;
b) estudo qualitativo genérico;
c) etnografia;
d) pesquisa-acão;
e) pesquisa documental;
f) pesquisa bibliográfica.
55
Em relação à amostra não há preocupação em projetar resultados à
população e o número de entrevistados, quando existente, geralmente é pequeno.
As entrevistas quando ocorrem são feitas discussões em grupo, conhecidas também
como mesa-redonda, e entrevistas em profundidade em que é feito um pré-
agendamento do entrevistado e sua aplicação é individual. Os questionários quanto
elaborados, visam coletar as informações por meio de um roteiro. As opiniões são
gravadas e depois analisadas. As informações são analisadas de acordo com o
roteiro aplicado e registradas em relatório, dando ênfase às opiniões, comentários e
frases.
4.1.2 Quantitativas
As pesquisas quantitativas buscam quantificar os dados coletados, o que
significa traduzir em números informações e opiniões para classificá-las e analisá-
las. Requer o uso de técnicas e de recursos estatísticos (percentagem, média,
moda, mediana, desvio-padrão, coeficiente de correlação, análise de regressão
etc.).
Para Dantas e Cavalcante (2006), a pesquisa quantitativa é mais adequada
para apurar opiniões e atitudes explícitas e conscientes dos entrevistados, pois
utiliza instrumentos estruturados (questionários). Deve ser representativa de um
determinado universo de modo que seus dados possam ser generalizados e
projetados para aquele universo. Seu objetivo é mensurar e permitir o teste de
hipóteses, já que os resultados são concretos e menos passíveis de erros de
interpretação. Em muitos casos cria-se índices que podem ser comparados ao longo
do tempo, permitindo traçar um histórico de informação. Mostra-se apropriada
quando existe a possibilidade de medidas quantificáveis de variáveis e inferências a
partir de amostras numéricas, ou busca padrões numéricos relacionados a conceitos
cotidianos
4.1.2.1 Estratégias utilizadas pelas pesquisas quantitativas
As estratégias utilizadas pelas pesquisas quantitativas dependem do nível
de pesquisa a ser utilizado. Se o nível for o descritivo, então a estratégia a ser usada
56
é a enquete. Já se o nível for o explicativo, então a estratégia será o da pesquisa
experimental. Quando a estratégia escolhida for da enquete, a pesquisa será
baseada em população e amostra, já quanto a estratégia for a pesquisa
experimental, ela será baseada na atuação de participantes ou grupos.
Por ser uma pesquisa que tem por objetivo quantificar os resultados, a
amostra utilizada exige um número maior de entrevistados para garantir maior
exatidão nos resultados, sendo que os dados são divulgados para a população. O
questionário procura identificar as pessoas que serão entrevistadas pelos seguintes
critérios: sexo, idade, ramo de atividade, localização geográfica, etc. As informações
são colhidas por meio de um questionário padronizado e uniformizado, com perguntas
claras e objetivas. O relatório final, além de interpretações e conclusões, deve mostrar
tabelas de percentuais e gráficos.
4.2 NÍVEIS DE PESQUISA
Para Alexandre (2003) os níveis de pesquisa do trabalho científico são:
pesquisa exploratória, pesquisa descritiva e pesquisa explicativa. Segundo, Hair et
al. (2005), colocam que um plano de pesquisa fornece as orientações básicas ou
“receita” para realização de um projeto. Para os referidos autores, seguindo o
princípio da parcimônia, o pesquisador deverá escolher um plano que (1) oferecerá
informações relevantes sobre as questões de pesquisa e (2) desempenhará sua
função de modo mais eficiente. Ainda os mesmos autores colocam que muitos
planos de pesquisa podem ser usados para estudar problemas administrativos, mas
que podem ser agrupados em três categorias: (1) exploratório, (2) descritivo ou (3)
causal.
4.2.1 Pesquisa exploratória
Segundo Oliveira (2003), pesquisa exploratória é uma pesquisa empírica
cujo objetivo é a formulação de questões ou de um problema, com tripla finalidade:
desenvolver hipóteses, aumentar a familiaridade do pesquisador com um ambiente,
fato ou fenômeno, para realização de uma pesquisa futura mais precisa, ou
modificar e clarificar conceitos.
57
Para Gil (1999), as pesquisas exploratórias são utilizadas quando o
pesquisador visa aumentar seu conhecimento sobre uma temática específica.
A pesquisa exploratória procura levantar características inéditas
possibilitando estabelecer prioridades para futuros estudos. Seu objetivo precípuo é
desenvolver as hipóteses e as proposições que irão redundar em pesquisas
complementares. Desta forma, a pesquisa exploratória se esforça em melhor definir
novos conceitos a estudar, apontando também para a melhor maneira de medi-los.
A pesquisa exploratória visa desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e
ideias. Envolve levantamento bibliográfico e documental, entrevistas e estudo de
caso. A pesquisa exploratória busca a identificação de situações, procura descobrir
ideias e percepções, e gerar hipóteses através de investigações. Este tipo de
pesquisa é utilizado quando se tem uma ideia vaga do problema. O assunto tem que
ser conhecido com mais profundidade para se estabelecer melhor o problema de
pesquisa e para se desenvolver as hipóteses a serem estudadas.
Para Hair et al. (2005), um projeto de pesquisa exploratória é útil quando as
questões de pesquisas são vagas ou quando há pouca teoria disponível para
orientar as previsões. Às vezes, os administradores e os pesquisadores podem
achar impossível a formulação de uma afirmação básica do problema de pesquisa. A
pesquisa exploratória é usada para desenvolver uma melhor compreensão.
Segundo Mattar (1997), essa pesquisa visa prover o pesquisador de um
maior conhecimento sobre o tema ou problema de pesquisa em perspectiva, poderá
ajudar o pesquisador, a saber, quais das várias opções se aplicam ao problema de
pesquisa.
Para Malhotra (2001), a pesquisa a exploratória, por definição, é um tipo de
pesquisa que tem como principal objetivo o fornecimento de critérios sobre a
situação-problema enfrentada pelo pesquisador e sua compreensão.
A pesquisa utiliza-se de métodos bastante amplos e versáteis, entre eles
compreendem:
a) levantamentos em fontes secundárias;
b) levantamentos de experiências;
c) estudos de casos selecionados;
d) observação informal.
A pesquisa exploratória pode ser realizada através de entrevistas individuais,
58
quando o público for de difícil acesso, quando os assuntos forem constrangedores
ou quando se deseja foco na informação individual.
Segundo Hair et al. (2005), a pesquisa exploratória é particularmente útil
quando o responsável pelas decisões dispõe de muito poucas informações. Dito de
outro modo, os planos exploratórios são para o pesquisador que não sabe muito.
São orientados para a descoberta. Assim, são planos que não têm a intenção de
estar hipóteses específicas de pesquisa. A pesquisa exploratória pode assumir
várias formas. Uma completa revisão da literatura pode ser muito vantajosa para
uma melhor compreensão de uma questão. As revisões de literatura são realizadas
em arquivos de empresas, em periódicos comerciais e acadêmicos e em outras
fontes onde a pesquisa é relatada. É importante apontar que uma revisão de
literatura também pode ser a parte inicial de um plano descritivo ou casual. Para os
mesmos autores, algumas das técnicas de entrevistas exploratórias mais utilizadas
são: grupos de foco; entrevistas em profundidade; técnica Delphi, técnicas
projetivas.
4.2.2 Pesquisa descritiva
Para Hair et al. (2005), os planos de pesquisa descritiva em geral são
estruturados e especificamente criados para medir as características descritas em
uma questão de pesquisa. As hipóteses, derivadas da teoria, normalmente servem
para guiar o processo e fornecer uma lista do que precisa ser mensurado. A
pesquisa descritiva descreve alguma situação. Geralmente, as coisas são descritas
com a mensuração de um evento ou atividade. Muitas vezes, a pesquisa descritiva
consegue isso como uso de estatísticas descritivas, o que inclui contagens de
frequência (quantidade), medidas de tendência central como a média ou a moda, ou
uma medida de variação, como o desvio padrão.
Pesquisa descritiva consiste em observar, descrever um fenômeno,
apoiando-se em métodos de análise estatística qualificados de estatística descritiva.
Permite visualizar uma situação e muitas vezes classificar, categorizar as variáveis
ou as observações.
A pesquisa descritiva visa apresentar as características de determinada
população ou fenômeno ou estabelecimento de relações entre as variáveis. Estuda
59
características de grupos (Exemplo: nível de renda, idade, sexo) e determina a
natureza de relações entre variáveis. A pesquisa descritiva difere da pesquisa
exploratória, pois a elaboração das questões desta última pressupõe profundo
conhecimento do problema a ser pesquisado, por possuírem objetivos bem
definidos, procedimentos formais bem estruturados e dirigidos para a solução dos
problemas. O pesquisador precisa saber o que pretende com a pesquisa, o que
deseja avaliar, quando e onde o fará, como fará e por que deverá fazê-lo.
Para Gil (1999), pesquisas deste tipo têm como objetivo primordial a
descrição das características de determinada população ou fenômeno ou o
estabelecimento de relações entre variáveis. São inúmeros os estudos que podem
ser classificados sob este tipo de uma de suas características mais significativas
estão na utilização de técnicas padronizadas de coletas de dados.
As pesquisas descritivas compreendem grande número de métodos de
coleta de dados: entrevistas pessoais, entrevistas por telefone, questionários pelo
correio, questionários pessoais e observação. São utilizadas quando o propósito for:
a) descrever as características de grupos;
b) estimar a proporção de elementos numa população especifica que
tenham determinadas características ou comportamentos;
c) descobrir ou verificar a existência de relações entre variáveis;
No estudo descritivo quantitativo e opiniões:
a) identificar atitudes, comportamentos e opiniões;
b) definir perfil do consumidor;
c) fazer projeções para o universo.
Segundo Hair et al. (2005, p. 86), esses são os tipos de perguntas que
podem ser respondidas pela pesquisa descritiva:
Quem poderá estar mais satisfeito? Quando deveremos maximizar a produção? Quanto é necessário investir? Quais são as marcas preferidas? Que tipo de publicidade é mais eficiente? Como a experiência e o desempenho estão relacionados? Para onde as pessoas vão de férias?
Para os mesmos autores, um estudo descritivo usando dados de um scaner
poderia comparar as vendas semanais de molho Tabaco com e sem preço
promocional. Para eles, diferente dos estudos exploratórios, os estudos descritivos
60
com frequência são confirmatórios. Em outras palavras são usadas para testar
hipóteses.
4.2.2.1 Estudos descritivos transversais
Os estudos podem dar ao usuário um panorama ou uma descrição dos
elementos administrativos em um dado ponto de tempo. Esse tipo de estudo fornece
dados transversais. Os dados coletados em um único ponto no tempo e sintetizados
estatisticamente. A maioria dos surveys recai nessa categoria. Os surveys de
amostra caracterizam os estudos transversais. Uma importante característica
distintiva dos estudos transversais é a de que os elementos são medidos somente
uma vez durante o processo de investigação.
4.2.2.2 Estudos descritivos longitudinais
Os estudos longitudinais também usam uma amostra para descrever
elementos administrativos. Em vez de descrevê-los em um único ponto no tempo, no
entanto, os dados longitudinais descrevem eventos ao longo do tempo. Os estudos
longitudinais são adequados quando as questões de pesquisa e as hipóteses são
afetadas pela variação das coisas com o decorrer do tempo.
Diferentes dos estudos transversais, os estudos longitudinais exigem que os
dados sejam coletados das mesmas unidades de amostra em diversos pontos no
tempo. Os dados representam uma série temporal de observações. Os dados
longitudinais permitem mapear elementos administrativos de modo que se possam
observar as tendências.
4.2.3 Pesquisa explicativa
A pesquisa explicativa identifica os fatores que determinam ou que
contribuem para a ocorrência dos fenômenos. Aprofunda o conhecimento da
realidade, explica a razão e o porquê das coisas. Pesquisa explicativa permite
explicar os fenômenos que são analisados, diferentemente da pesquisa descritiva,
que apenas fornece uma fotografia de uma situação em um determinado momento.
61
Esse tipo de pesquisa procura analisar a forma como ocorre um determinado
fenômeno e através de dessa análise explicar os possíveis motivos que fazem com
o fenômeno aconteça da maneira que ele acontece.
4.2.4 Pesquisa experimental / causal
Para Boyd e Westfall (1971), utiliza-se da experimentação, quando se deseja
obter resultados suficientemente claros e diferenciados acerca de uma hipótese em
que estejam envolvidas relações de causa e efeito.
As vantagens propiciadas na pesquisa experimental proporcionam mais alto
grau e clareza, precisão e objetividade aos resultados obtidos, contudo quando se
trata de objetos sociais torna-se inviável, pois exige a previsão e o controle das
relações entre as variáveis a serem estudadas.
A pesquisa experimental baseia-se na interpretação do comportamento, de
acordo com as experiências e explicações dos movimentos e ações das pessoas
envolvidas no experimento.
Conforme Fachin (2001) denomina-se método experimental aquele em que
as variáveis manipuladas de maneira preestabelecida e seus efeitos suficientemente
controlados e conhecidos pelo pesquisador para observação do estudo. Este
método desempenha dupla função:
a) para descobrir conexões causais; e
b) para atingir a demonstrabilidade.
Segundo Hair et al. (2005), os planos de pesquisa causal são quase sempre
mais intrincados. Os estudos causais testam se um evento causa um outro evento
ou não. X causa Y? Mais precisamente, uma relação causal significa que uma
mudança em um evento provoca uma mudança corresponde em um evento. A
causalidade significa que uma mudança em X (a causa) faz com que ocorra uma
mudança em Y (o efeito). Existem quatro condições que os pesquisadores procuram
ao testar relações de causa e efeito.
Sequência temporal – a causa deve ocorrer antes do efeito.
Covariação – uma mudança na causa está associada com uma mudança no
efeito. Em outras palavras, as duas variáveis são relacionadas uma com a outra.
Associação não-espúria – a relação é verdade e realmente não se deve a
62
algo mais que simplesmente afeta tanto a causa quanto o efeito. Isso exige que
outras causas potencias sejam controladas.
Sustentação teórica – há uma explicação lógica para o porquê da existência
de relação entre a causa e o efeito.
O conhecimento de relações de causa e efeito são de grande auxílio para os
indivíduos responsáveis pelas decisões. Esse conhecimento possibilita-lhes predizer
o que acontecerá se efetuarem alguma mudança. A causalidade é um conceito
poderoso. Desta forma, os planos causais exigem uma execução muito precisa.
Além disso, podem ser complexos, quase sempre tomam muito tempo desde o
planejamento até a execução e põem ser muito onerosos.
Ainda para os mesmos autores, a causalidade é estabelecida através da
experimentação. Um experimento é um plano causal em que um pesquisador
controla uma causa potencial e observa qualquer mudança correspondente nos
efeitos supostos. O controle é realizado pela manipulação experimental da variável
causa. A manipulação significa que a variável causal é alterada em diferentes níveis
ou condições. A variável manipulada é chamada de tratamento experimental.
Os pesquisadores em administração escolhem entre dois tipos de
experimentos: experimentos de laboratório e experimentos de campo.
4.2.4.1 Experimentos de laboratório
Segundo Hair et al. (2005), os experimentos de laboratório manipulam a
variável causal da hipótese dentro de um ambiente artificial. Um ambiente artificial
permite controle máximo. Os experimentos de laboratório são do tipo de estudo mais
preciso cientificamente. O alto grau de controle associado com os experimentos de
laboratório produz alta validade interna. Isso significa que quaisquer diferenças
observadas são de fato um resultado da manipulação experimental.
Os experimentos de laboratório são aqueles que o pesquisador tem um alto
grau de controle sobre as variáveis envolvidas no fenômeno observado. Este
método pode observar e medir os efeitos da manipulação das variáveis, e manter
outros fatores relevantes. Ainda, tem a vantagem de permitir que o pesquisador
tenha controle sobre as variáveis no processo e a desvantagem de constituir uma
situação fictícia.
63
4.2.4.2 Experimentos de campo
Segundo Hair et al. (2005), a principal diferença entre os experimentos de
laboratório e os experimentos de campo é que um experimento de campo é
conduzido em um ambiente natural. A manipulação é implementada dentro do
contexto administrativo relevante. Como um experimento de campo é conduzido em
um ambiente real, dizemos que ele oferece alta velocidade externa. Isso significa
que já uma maior chance de os resultados encontrados em um experimento de
campo serem representativos da população.
Mattar (1997) coloca que um experimento de campo é algo da pesquisa
conduzido numa situação real, na qual uma ou mais variáveis independentes são
manipuladas pelo pesquisador, sob condições tão cuidadosamente controladas
quanto à situação o permitir, e medido seu efeito sobre uma ou mais variáveis
dependentes.
A pesquisa de capo tem a vantagem de ser conduzida em uma situação real
que dificilmente poderia ser produzida em laboratório. Em contrapartida, seu tempo
de realização e seus custos são muito mais elevados.
4.3 TÉCNICAS (ESTRATÉGIAS) UTILIZADAS EM PESQUISAS
4.3.1 Estudo de caso
Carmo-Neto (1996) diz que este tipo de estudo utiliza casos concretos ao
invés de casos hipotéticos, com a finalidade de permitir que, através da maior
convivência com a sintomatologia dos problemas e dificuldades inerentes ao caso, o
estudante aprenda a diagnosticar e prognosticar a situação e, sob orientação, indicar
a terapia e os medicamentos que lhe parecem mais adequados. Segundo Martins
(2002), o estudo de caso dedica-se a estudos intensivos do passado, presente e de
interações ambientais de uma (ou algumas) unidade social: indivíduo, grupo,
instituição, comunidade.... São validados pelo rigor do protocolo estabelecido.
Para Fachin (2001), o estudo de caso é caracterizado por ser um estudo
intensivo. É levada em consideração, principalmente, a compreensão, como um
todo, do assunto investigado. Todos os aspectos do caso são investigados. Quando
64
o estudo é intensivo podem até aparecer relações que de outra forma não seriam
descobertas.
Segundo Gil (1999), o estudo de caso é caracterizado pelo estudo profundo
e exaustivo de um ou de poucos objetos, de maneira a permitir o seu conhecimento
amplo e detalhado, tarefa praticamente impossível mediante os outros tipos de
delineamento considerados. O estudo de caso é um estudo empírico que investiga
um fenômeno atual dentro do seu contexto de realidade, quando as fronteiras entre
o fenômeno e o contexto não são claramente definidas e no qual são utilizadas
várias fontes de evidência.
Segundo Mattar (1997), o estudo de caso é um método de conhecer
problemas não suficientemente definidos através de outras fontes de pesquisas.
Esta estratégia envolve uma análise de registros existentes. O objetivo de estudo
pode ser um indivíduo, ou um grupo de indivíduos, uma organização, um grupo de
organizações ou uma situação. Sendo um método de pesquisa exploratória, seu
objetivo é o de gerar hipóteses e possibilitar a ampliação dos conhecimentos sobre o
problema em estudo.
O estudo de caso representa um esforço investigativo empírico de um
fenômeno contemporâneo dentro de seu contexto real, com especial valor nas
situações em que os limites entre o fenômeno e seu contexto não estão claramente
definidos.
Essa técnica pode ser utilizada em um estudo de caso único ou em estudos
de múltiplos casos, onde a pesquisa é feita ao mesmo tempo usando vários casos.
4.3.2 Pesquisa-ação
A pesquisa-ação é uma produção de conhecimentos ligada à modificação de
uma realidade social dada, com a participação ativa dos interessados, com a
finalidade de buscar a complementaridade. A pesquisa-ação tem como
características: situacional (visa o diagnóstico e a solução de um problema
encontrado num contexto social específico); participativa (os próprios práticos são
executores da pesquisa); auto-avaliativa (as modificações são continuamente auto-
avaliadas com vistas a produzir e a alterar na prática).
As fases da pesquisa-ação são: planejamento, ação, observação e reflexão,
65
formando um processo cíclico. Com se trata de um método de pesquisa que envolve
mudanças e várias pessoas envolvidas, a tendência é que tome muito tempo do
pesquisador para ser aplicado e provoque os resultados esperados. Para Martins
(2002), trata-se de um tipo de pesquisa social com base empírica que é concebida e
realizada estreita associação com uma ação ou com a resolução de um problema
coletivo e no qual os pesquisadores e os participantes da situação ou do problema
estão envolvidos de modo cooperativo ou participativo.
A pesquisa-ação envolve descrições e teorias num contexto/situação prática,
realizando ações de intervenção no ambiente estudado. Estrutura-se basicamente
em quatro fases:
a) fase exploratória - diagnóstico para identificar os problemas, as
capacidades de ação e de intervenção na organização;
b) fase de pesquisa aprofundada - coleta de dados;
c) fase de ação - planejamento e execução das ações, levantadas a partir
das discussões com os participantes do projeto;
d) fase de avaliação - feedback e redirecionamento das ações.
4.3.3 Pesquisa survey (enquête)
O método survey é baseado na coleta de dados primários (em campo)
através de instrumentos estruturados, aplicados a uma amostra de determinada
população e elaborada com o intuito de obter determinadas informações dos
entrevistados. É um levantamento profundo e vasculhador sobre “tudo” que é
possível encontrar a respeito de algum assunto, onde são empregadas técnicas
estatísticas para avaliação do estudo. Para Carmo-Neto (1996) a leitura e a seleção
dos tópicos devem ser muito rigorosas. Portanto, é importante que se crie
categorias, parâmetros e estruturas próprias de análises em que os vários trabalhos
à disposição possam encaixar-se com precisão inquestionável. Segundo Martins
(2002), survey (enquête) trata-se de levantamento junto às fontes primárias
geralmente através de aplicações de questionários para grandes quantidades de
pessoas. Os surveys são chamados “estudos de conjuntos”.
Os surveys de amostra caracterizam os estudos descritivos transversais. As
estatísticas descritivas baseadas em mensurações de amostras descrevem a
66
população. Estatísticas tradicionais incluem classificações (melhor/pior), contagens
de frequência simples (quantidade), classificações transversais (frequências
contingentes), médias de grupo, médias por contingente (médias por grupos) ou
correlações.
4.3.4 Grupos de foco
São entrevistas realizadas com especialistas do ramo, que dificilmente
poderiam ser reunidos em grupos, onde estes possuem um conhecimento
aprofundado e abrangente dos fatos envolvidos na questão.
Segundo Hair et al. (2005), os grupos de foco constituem uma das técnicas
de entrevista exploratória mais empregadas. Todos os tipos de organizações com ou
sem fins lucrativos os utilizam para reunir informações. Com os grupos de foco, um
pequeno número de pessoas (8-12) é reunido em um formato de discussão
conduzida por um moderador treinado (entrevistador). O moderador tem uma lista
predeterminada de tópicos para discutir, mas permite que os participantes
respondam com suas próprias palavras. Respostas específicas são acompanhadas
de questões de sondagem, tais como “Alguma coisa mais vem à mente?” A
sondagem significa que o pesquisador vai fundo em uma resposta para identificar
razões possivelmente ocultas para um determinado comportamento.
Para Mattar (2001), a entrevista focalizada em grupo é uma técnica muito
pouco estruturada, conduzida por um moderador experiente, simultaneamente, com
um pequeno número de participantes para obter dados sobre determinado assunto
focalizado.
4.3.5 Entrevistas em profundidade
Segundo Hair et al. (2005), uma entrevista em profundidade é uma sessão
de discussão individual entre um entrevistador treinado e um entrevistado. Os
entrevistados em geral são escolhidos com cuidado por terem algum conhecimento
especializado. Num grupo de foco as respostas não são estruturadas. Já uma
entrevista em profundidade permite uma sondagem muito mais profunda do que a
do grupo de foco.
67
4.3.6 Técnica Delphi
Segundo Hair et al. (2005), a técnica Delphi é uma abordagem de entrevista
exploratória. Uma entrevista Delphi concentra-se na percepção de um especialista
reconhecido, geralmente em relação à antecipação ou previsão de eventos futuros.
É uma forma específica de pesquisa de opinião. Bill Gates poderia ser um
especialista em tecnologias de software. Esse tipo de entrevistas em geral são
menos formais e mais curtas do que as de grupo de foco ou de profundidade.
4.3.7 Pesquisa bibliografia
Abrange toda a bibliografia já tornada pública em relação ao tema de estudo.
A pesquisa bibliográfica utiliza-se fundamentalmente das contribuições dos diversos
autores sobre determinado assunto. Compõe a pesquisa bibliográfica publicações
avulsas, boletins, jornais, revistas, livros, pesquisas, monografias, teses, material
cartográfico e meios de comunicação orais (rádio, gravações em fitas magnéticas e
audiovisuais, incluindo filmes e televisão).
Segundo Gil (1999), pesquisa bibliográfica é desenvolvida a partir de
material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos. A
principal vantagem da pesquisa bibliográfica reside no fato de permitir ao
investigador a cobertura de uma gama de fenômenos muito mais ampla do que
aquela que poderia pesquisar diretamente. Esta vantagem se torna particularmente
importante quando o problema de pesquisa requer dados muito dispersos pelo
espaço. Para Mattar (1997), as pesquisas bibliográficas são mais rápidas e
econômicas de amadurecer ou aprofundar um problema de pesquisa é através do
conhecimento de trabalhos já efetuados por outros, via levantamento bibliográfico.
4.3.8 Pesquisa documental
Utiliza materiais que não receberam tratamento analítico, ou que podem ser
reelaborados de acordo com os objetivos da pesquisa. Fazem parte documentos,
cartas, contratos, diários, filmes, fotografias, gravações, relatórios de pesquisa,
relatórios de empresas, tabelas estatísticas etc.
68
Para Gil (1999), pesquisa documental assemelha-se muito à pesquisa
bibliográfica. A única diferença entre ambas está na natureza das fontes. Enquanto a
pesquisa bibliográfica se utiliza fundamentalmente das contribuições dos diversos
autores sobre determinado assunto, a pesquisa documental vale-se de materiais que
ainda não receberam ainda um tratamento analítico, ou que ainda podem ser
reelaborados de acordo com os objetivos da pesquisa.
4.3.9 Pesquisa participante
Conforme Gil (1991), a pesquisa participante é conhecida pela relação
mútua existente entre pesquisadores e membros de situações investigadas. Esta
pesquisa envolve a distinção entre a ciência dominante e ciência popular e abrange
posições valorativas relacionadas a preceitos morais decorrentes do humanismo
cristão e de algumas fantasias marxistas.
4.3.10 Etnografia
Consiste em estudar a comunidade a partir dos significados que os próprios
envolvidos a atribuem, pressupondo, portanto, a aculturação do pesquisador. Estuda
um único grupo ou comunidade em termos de estrutura social, ressaltando-se a
interação entre seus componentes, seus elementos culturais.
Segundo Rebouças ([201?]) a etnografia é um método tradicional que visa
realizar a descrição dos significados pertencente a um determinado grupo. Todo
grupo social atribui significados às suas experiências de vida. A etnografia atua
enfatizando a exploração da natureza e de um fenômeno social particular; realiza
entrevistas em profundidade; inicia observação; analisa o discurso dos informantes;
investiga os detalhes de um fato; lança perspectiva microscópica; e por fim interpreta
os significado e práticas sociais. A etnografia investiga a realidade de um grupo e o
saber gerado a partir do ponto de vista do outro. Essa ferramenta antropológica
praticamente inaugurou as aplicações dos métodos na antropologia.
69
4.3.11 Pesquisa experimental
Pesquisas empíricas que objetivam testar as relações de causa-efeito, ou
seja, verificar a diferença numa situação,via experimentos
A pesquisa experimental tem como finalidade testar hipóteses que dizem
respeito à convicção do pesquisador. Ela envolve grupos de controle, seleção
aleatória e manipulação de variáveis independentes. Buscam-se generalizações por
meio de técnicas de coleta de amostragem realizadas durante a experiência.
Para Mazur [201?], pesquisa experimental é um tipo de pesquisa em que o
investigador analisa o problema, constrói suas hipóteses e trabalha manipulando os
possíveis fatores, as variáveis, que se referem ao fenômeno observado.
A manipulação na quantidade e qualidade das variáveis proporciona o
estudo da relação entre causas e efeitos de um determinado fenômeno, podendo-se
controlar e avaliar os resultados dessas relações. Consiste em manter constante
todas as causas, menos uma, que é sofre variação para se observar seus efeitos,
caso existam. A pesquisa experimental procura entender de que modo ou por que
causas o fenômeno é produzido. Para atingir os resultados o pesquisador faz uso de
aparelhos e de instrumentos que a técnica moderna coloca ao seu alcance ou de
procedimentos apropriados e capazes de tornar perceptíveis as relações existentes
entre as variáveis envolvidas no objeto de estudo.
70
5 ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS
Os elementos pré-textuais são elementos que antecedem o texto com
informações que ajudam na sua publicação. Segundo a NBR 14724 da ABNT
(2011), os elementos pré-textuais que compõem a estrutura de tese, dissertação ou
de um trabalho acadêmico estão divididos em dois tipos: obrigatórios e opcionais.
Segundo a referida norma a disposição dos elementos pré-textuais deve a
apresentada abaixo.
- Capa (obrigatória)
- Lombada (opcional)
- Folha de rosto (obrigatória)
- Errata (opcional)
- Folha de aprovação (obrigatória)
- Dedicatória(s) (opcional)
- Agradecimento(s) (opcional)
- Epígrafe (opcional)
- Resumo na língua vernácula (obrigatório)
- Resumo na língua estrangeira (obrigatória)
- Lista de ilustrações (opcional)
- Lista de tabelas (opcional)
- Lista de abreviaturas e siglas (opcional)
- Lista de símbolos (opcional)
- Sumário (obrigatório)
5.1 CAPA
Capa é a proteção externa do trabalho de monografia de curso de
graduação. Em função da decisão do Curso de Ciências Contábeis na Universidade
de Caxias do Sul ter optado em passar a exigir apenas uma via digital da monografia
como comprovante da conclusão da pesquisa, os dados pertinentes a capa devem
ser impressos em folha A4, sendo que, para a proteção externa, das vias destinadas
aos avaliadores, é utilizada uma capa de plástico, já que as mesmas devem ser
entregues encadernadas de forma espiral.
71
Segundo a NBR 14724 da ABNT (2011), os elementos da capa devem
figurar na seguinte ordem:
a) nome da instituição (opcional);
b) nome do autor
c) título;
d) subtítulo: se houver;
e) número de volumes (se houver mais de um, deve constar em cada capa
a especificação do respectivo volume);
f) local (cidade) da instituição onde deve ser apresentado;
g) ano do depósito (da entrega).
5.2 LOMBADA
Elemento opcional, onde as informações devem ser impressas, conforme a
NBR 12225:
a) nome do autor, impresso longitudinalmente e legível do alto pra o pé da
lombada. Esta forma possibilita a leitura quando o trabalho está no
sentido horizontal, com a face voltada para cima;
b) título do trabalho, impresso da mesma forma que o nome do autor;
c) elementos alfanuméricos de identificação, por exemplo: v. 2.
Em função do fato de que o Departamento de Ciências Contábeis da
Universidade de Caxias do Sul (UCS) só exige a entrega digital, então esse item não
deve ser considerado na elaboração da monografia, pelos alunos do referido curso.
5.3 FOLHA DE ROSTO
A folha ou página de rosto é a primeira página do trabalho da monografia e
deve conter os mesmos elementos da capa, acrescidos de informações
complementares necessárias à perfeita identificação do trabalho.
Segundo a NBR 14724 da ABNT (2011), os elementos da folha de rosto
devem figurar na seguinte ordem:
a) nome do autor: responsável intelectual do trabalho;
b) título principal do trabalho: deve ser claro e preciso, identificando o seu
72
conteúdo e possibilitando a indexação e recuperação da informação;
c) subtítulo: se houver, deve ser evidenciada sua subordinação ao título
principal, precedido de dois-pontos;
d) número de volumes (se houver mais de um, deve constar em cada folha
de rosto a especificação do respectivo volume);
e) natureza (tese, dissertação, trabalho de conclusão de curso e outros) e
objetivo (aprovação em disciplina, grau pretendido e outros); nome da
instituição a que é submetido; área de concentração;
f) nome do orientador e, se houver do co-orientador;
g) local (cidade) da instituição onde deve ser apresentado;
h) ano do depósito (da entrega).
O Colegiado do Curso de Contábeis da UCS decidiu por adotar o padrão de
folha de rosto estabelecido no Guia para Elaboração de Trabalhos Acadêmico da
UCS (UCS, 2016). Nele, além de estabelecer a formatação dos elementos previsto
na NBR 14724 da ABNT (2011), também informa acrescenta um elemento de
identificação da universidade e do curso ao qual o aluno pertence. Seguindo o
previsto no referido guia, os dados devem estar dispostos da seguinte forma:
- nome da universidade e do curso que o aluno pertence: escrito em
letras maiúsculas, a 3 cm da extremidade superior, fonte 12 e negrito.
- nome do aluno: escrito em letras maiúsculas, a 3 cm da extremidade
superior, fonte 12 e negrito.
- título do trabalho: grifado, acima do meio da página, centralizado,
também em letras maiúsculas e em negrito, quando houver subtítulo apenas as
iniciais serão em letras maiúsculas e fonte 12.
- número de volumes: fonte 12, palavra volume em maiúscula e minúscula
ou abreviado (Vol.), seguido do numeral arábico; se houver mais de um, deve
constar na capa a identificação do respectivo volume.
- natureza do trabalho, abaixo do título, do lado direito, deve constar uma
explicação quando à natureza do trabalho (tese, dissertação, trabalho de conclusão
– TCC, trabalho acadêmico de sala de aula); o objetivo (aprovação em disciplina ou
grau pretendido e outros); o nome da instituição a que é submetido; área de
concentração. O texto deve estar justificado com fonte 12, espacejamento simples,
sem negrito, alinhado do meio da página para a margem direita.
73
- nome do orientador e do co-orientador, se houver: deve aparecer loa em
seguida da natureza do trabalho e escrito seguindo as mesmas regras. Exemplo:
Exemplo de natureza do trabalho e nome do orientador.
Monografia apresentada para obtenção do grau de Bacharel em Ciências Contábeis da Universidade de Caxias do Sul. Área de concentração: Custos
Orientador: Prof. (Esp.; Ms. ou Dr.) Nome do professor.
- local (cidade): da instituição onde deve ser apresentado (fonte 12,
maiúscula, negrito e centralizado). Localizado logo acima da data.
- data: ano em que foi defendido o trabalho, deve estar centralizado, ao nível
da margem inferior, ficando a 2 cm da extremidade inferior,
Obs.: a contagem da numeração se inicia na página de rosto, porém ela não
deve conter o número de página, iniciando-se a numeração a partir da Introdução.
5.4 ERRATA
Esse elemento, a pesar de ainda ser previsto na NBR 14724 da ABNT
(2011), com o advento da informática, ele é praticamente inaceitável, visto que, as
correções necessárias podem ser feitas diretamente no texto, de forma fácil, dando
um melhor aspecto ao trabalho e tornando a sua leitura mais prática.
5.5 FOLHA DE APROVAÇÃO
Segundo a NBR 14724 da ABNT (2011), a folha de aprovação é um
elemento obrigatório, colocado logo após a folha de rosto (considerando-se a não
existência da errata), constituído pelo nome do autor do trabalho, título do trabalho e
o subtítulo (se houver), natureza, objetivo, nome da instituição a que é submetido,
área de concentração, data de aprovação, nome, titulação e assinatura dos
componentes da banca examinadora e instituição a que pertencem. A data de
aprovação e as assinaturas dos membros componentes da banca são colocadas
74
após a aprovação do trabalho.
5.6 DEDICATÓRIA
Página opcional, momento onde o autor presta uma homenagem ou dedica
seu trabalho a alguém que contribuiu de alguma forma para a sua consecução. Deve
estar à direita na parte inferior da folha, sendo ela considerada na numeração,
porém não deve receber o número de página.
5.7 AGRADECIMENTOS
Página não obrigatória, destinada para o aluno fazer seus agradecimentos,
caso desejar àqueles que contribuíram de maneira relevante à elaboração da
publicação (pessoas, organizações que cooperaram com o autor), destacando-se o
orientador, restringindo-se ao mínimo necessário. O agradecimento deve ser sincero
e expresso de forma simples e sóbria. Sua disposição pode ser a mesma de um
texto normal, ou à direita na parte inferior da folha quando o texto for curto. Deve-se
evitar um número de agradecimentos muito extenso, devendo-se colocar sempre os
agradecimentos por ordem hierárquica de importância. Também, como a página de
rosto, deve ser considerada na numeração, porém não deve receber o número de
sequência.
5.8 EPÍGRAFE (PENSAMENTO, FRASE OU POEMA)
Elemento opcional onde o autor apresenta uma citação, seguida de
indicação de autoria, relacionada com a matéria tratada no corpo do trabalho.
Podem também constar epígrafes nas folhas de aberturas das seções primárias, no
entanto, essa prática não seja usada nas monografias do Departamento de Ciências
Contábeis da UCS, portanto, é aconselhável incluir apenas uma citação dessa
natureza, logo após a folha dos agradecimentos. Epígrafe é uma página optativa,
destinada para colocação de um pensamento ou uma frase ou poema, sem aspas,
espacejamento simples, com indicação do autor alinhado à margem direita. Deve-se
evitar frases sentimentais, pregas ou ridículas.
75
5.9 PÁGINA PARA O RESUMO
Consiste na apresentação clara e concisa dos pontos relevantes do trabalho,
de maneira a permitir ao leitor saber da conveniência ou não da sua leitura na
íntegra. O resumo deve ser colocado em folha à parte, precedido da palavra
RESUMO.Segundo a NBR 6028 da ABNT (2003) o resumo deve ser composto de uma
sequência corrente de frases concisas e não de uma enumeração de tópicos. A
primeira frase deve ser significativa, explicando o tema principal do documento. A
seguir, deve-se indicar a informação sobre a categoria do tratamento (isto é,
memória científica, estudo de casos, análise da situação, etc.), devendo-se usar o
verbo na voz ativa e na terceira pessoa do singular.
O resumo é página obrigatória e deve conter um resumo breve da
monografia, escrito em espaço simples. Recomenda-se o uso de parágrafo único.
A NBR 6028 da ABNT (2003) estabelece que quanto a sua extensão, os
resumos devem ter:
a) de 150 a 500 palavras os de trabalhos acadêmicos (teses, dissertações e
outros) e relatórios técnico-científico;
b) de 100 a 250 palavras os de artigos de periódicos;
c) de 50 a 100 palavras os destinados a indicações breves.
O resumo é uma condensação do estudo, mencionando as principais
contribuições do trabalho para a sociedade científica e para os leitores de forma
geral e, ainda, uma visão rápida e clara do conteúdo das conclusões. Deve-se
ressaltar, de forma clara e sintética, a natureza do trabalho, seus resultados e
conclusões mais importantes. Todos os segmentos de maior importância devem ser
incluídos, constituindo-se em uma sequência de frases concisas e objetivas, e não
uma simples enumeração de tópicos. Deve ser redigido na terceira pessoa do
singular, com o verbo na voz ativa, proporcionado ao leitor entendimento geral do
estudo.
Resumo é a apresentação concisa e sintética da proposta do trabalho
científico. Destaca os aspectos centrais e significativos. Ressalta o assunto tratado,
os objetivos, métodos, resultados, conclusões e diretrizes. Deve ser elaborado com
vistas a fornecer ao leitor informações básicas para o que se dedica ou não a leitura
76
do texto.
No resumo deve constar:
a) tema da monografia;
b) as hipóteses testadas (se for o caso);
c) metodologia utilizada (pesquisa bibliográfica, estudo de caso);
d) finalidades (objetivos); e
e) os resultados e conclusões obtidas.
Nos resultados, se deve ressaltar o surgimento de fatos novos, descobertas
significativas, contradições e teorias anteriores, reações e efeitos novos verificados.
Deve-se descrever as conclusões, isto é, as consequências dos resultados e o modo
como eles se relacionam aos objetivos propostos do documento, em termos de
recomendações, aplicações, sugestões, novas relações e hipóteses aceitas ou
rejeitadas.
Segundo a BNR 6028 da ABNT (2003), na elaboração do resumo devem-se
evitar:
a) símbolos e contrações que não sejam de uso corrente;
b) fórmulas, equações, diagramas, etc., que não sejam absolutamente
necessárias, quando seu emprego for imprescindível, defini-las na
primeira vez que aparecerem.
Logo abaixo do Resumo, devem ser relacionadas as palavras
representativas do conteúdo trabalho, isto é, palavras-chave e/ou descritores que
permitam a catalogação da monografia e contribuem para a formação de índices de
assuntos, conforme a NBR 6028.
Exemplo:
Palavras-chave: Custeio direto. Margem de contribuição. Ponto de
equilíbrio.
O resumo deverá estar posicionado logo após a dedicatória /
agradecimentos / pensamento e antes das listas de ilustrações e/ou listas de
tabelas, se existirem, ou antes do sumário.
Maiores detalhes sobre a elaboração do resumo deve-se recorrer a NBR
6028 da ABNT (1990), norma específica que trata das regras da elaboração do
resumo.
77
5.10 LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Segundo a Norma ABNT 14724 (2011), a lista de ilustrações é um elemento
opcional, que deve ser elaborado de acordo com a ordem apresentada no texto, com
cada item designado por seu nome específico, acompanhado do respectivo número
da página. Quando necessário, recomenda-se a elaboração de lista própria para
cada tipo de ilustração (desenhos, esquemas, fluxogramas, fotografias, gráficos,
mapas, organogramas, plantas, quadros, retratos e outros). Figuram depois do
Sumário e podem ser agrupadas em uma única lista ou separadas por tipo.
Observação: as tabelas não são consideradas ilustrações, sendo que, elas
tratadas de forma específica.
Lista de figuras – figuras compreendem estampas, fotografias, gráficos,
lâminas, mapas, etc.
Caso haja somente um tipo de ilustração ou a conveniência em separá-las
por tipo, o cabeçalho da lista será substituído pelo título específico, como; lista de
gráficos, lista de mapas, lista de figuras, etc.
Exemplo:
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Gráfico do Ponto de Equilíbrio....................................................................25
Figura 2: Organograma da Empresa Beta S/A .........................................................43
Listas de quadros: havendo mais de quatro quadros no texto, devem ser
relacionadas em lista à parte, devendo seguir a mesma ordem em que aparecem no
texto e deve constar número, título e página.
Os quadros também devem ser listados separadamente, incluindo: números,
títulos e páginas em que aparecem no texto, podendo também o cabeçalho ser
substituído pelo termo específico.
Exemplo:
LISTA DE QUADROS
Quadro 1: Custos relativos ao mês de maio de 2003................................................42
78
Quadro 2: Preços de venda por produto....................................................................51
5.11 LISTA DE TABELAS
Segundo a Norma ABNT 14724 (2011), a lista de tabelas é um elemento
opcional, que deve ser elaborado de acordo com a ordem apresentada no texto, com
cada item designado por seu nome específico, acompanhado do respectivo número
da página.
Havendo mais de quatro tabelas no texto, devem ser relacionadas em lista à
parte, devendo seguir a mesma ordem em que aparecem no texto e deve constar
número, título e página.
As tabelas são compostas de dados tratados estatisticamente, sendo que
também devem ser listadas separadamente, incluindo: números, títulos e páginas
em que aparecem no texto, devendo constar no cabeçalho o termo: LISTA DE
TABELAS.
Exemplo:
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Faturamento mensal do ano de 2002........................................................28
Tabela 2 : Custo dos produtos vendidos mensal do ano de 2002.............................31
5.12 LISTA DE SÍMBOLOS, ABREVIATURAS E SIGLAS
Segundo a Norma ABNT 14724 (2011), a lista de símbolos é um elemento
opcional, que deve ser elaborado de acordo com a ordem apresentada no texto, com
o devido significado.
Havendo mais de dez abreviaturas, siglas e símbolos no texto, devem ser
relacionados em uma única lista ou em separado com seus respectivos significados.
As listas são ordenadas alfabeticamente, quanto possível, não sendo necessário
especificar a página onde se encontram.
5.13 SUMÁRIO
Segundo a NBR 6027 da ABNT (2003), o sumário relaciona as principais
79
divisões e seções do texto, na mesma ordem e grafia em que nele se sucedem, com
a indicação na paginação inicial, sendo que, os elementos pré-textuais não devem
constar no sumário. A mesma norma estabelece que os indicativos das seções que
compõem o sumário, se houver, devem ser alinhados à esquerda, conforme a NBR
6024 (2003), sendo que, os títulos, e os subtítulos, se houver, sucedem os
indicativos das seções, recomendando-se que sejam alinhados pela margem do
título do indicativo mais extenso.
Na NBR 6027 da ABNT (2003) as divisões são chamadas seções
(capítulos), seções secundárias, seções terciárias, etc. A numeração deve ser em
algarismos arábicos. Elementos com listas de tabelas, figuras, abreviaturas,
símbolos, não devem ser numerados e também não devem aparecer no sumário. Já
as seções referentes às Referências, Apêndices, Anexos, não são numerados (a
ordem dos Apêndices e dos Anexos é feita utilizando-se letras maiúsculas), mas
devem aparecer no sumário.
O sumário é uma listagem que retrata com fidelidade as seções do
documento. Segue a ordem da exposição, apresentando as seções primárias,
secundárias, terciárias etc. que recebem numeração progressiva. Deve-se observar
o que segue:
a) o sumário localiza-se no início do trabalho, após a folha de rosto, a
dedicatória, agradecimentos, epígrafe, listas de ilustrações e resumo;
b) é transcrito em folha separada, com título centrado;
c) deve haver destaque entre os itens que se subordinam: os títulos dos
capítulos (seções primárias), escrevê-los em letras maiúsculas e em
negrito; as secundárias em letras maiúsculas e normal; as terciárias com
a primeira letra de cada palavra em maiúscula e em negrito, as
quartenárias com a primeira letra de cada palavra em maiúscula e normal
e a quinarias com a primeira letra de cada palavra em maiúscula e em
itálico.
d) deve conter o indicativo e o título de cada seção; a numeração deve ser
da página inicial da seção ligado ao título por linha pontilhada;
e) o sumário além dos elementos textuais (que possuem numeração)
também devem conter os elementos pós-textuais, sem indicativo
numérico, alinhados na mesma margem dos capítulos;
80
f) pode-se utilizar a reentrada embaixo da segunda letra da linha anterior.
No Sumário e no texto os títulos das seções devem ser numerados em
algarismos arábicos.
Segundo Neves e Garcia, o sumário deve ser elaborado de acordo com a
norma da ABNT NBR 6027 e deve conter a indicação das páginas das diferentes
partes do trabalho.
Observações:
1) O resumo e as listas são elementos pré-textuais e por isso não devem
constar no sumário.
2) Deve-se usar o sistema e numeração progressiva para numerar as
divisões e subdivisões do texto, conforme a norma NBR-6024 da ABNT.
3) Referências, glossário, apêndice, anexo e índice não são considerados
capítulos, por isso não recebem numeração de seção e figuram no sumário como
suas respectivas páginas iniciais.
Nesse capítulo procurou-se dar uma visão geral de todas as regras e
normas que regem a elaboração dos elementos pré-textuais de uma monografia. Ao
concluir esse capítulo foi possível evidenciar quais são e como devem ser
elaborados os elementos pré-textuais, bem como quais são as principais regras que
devem ser seguidas para a sua elaboração.
O próximo capítulo tratará especificamente das normas e regras a serem
seguidas na elaboração dos elementos textuais de uma monografia (elementos
centrais da monografia que vêm depois dos elementos pré-textuais e antes dos
elementos pós-textuais). Os elementos textuais representam o corpo principal de
uma monografia, onde o pesquisador desenvolverá o relato de sua pesquisa, desde
os objetivos, metodologia, resultados e conclusões.
81
6 ELEMENTOS TEXTUAIS
Segundo Alves (2003), elementos textuais são os instrumentos pelo qual o
pesquisador irá apresentar suas ideias.
Os elementos textuais são elementos que fazem parte do trabalho em que é
exposta a matéria. Segundo a NBR 14724 da ABNT (2011), os elementos textuais
que compõem a estrutura de tese, dissertação ou de um trabalho acadêmico estão
divididos introdução, desenvolvimento e conclusão, todos eles obrigatórios e devem
seguir a disposição apresentada abaixo.
- Introdução
- Desenvolvimento
- Conclusão
Segundo as Normas para Apresentação de Monografias do Instituto de
Informática e do PPGC da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2003, p. 5),
o texto é a parte do documento onde o conteúdo é apresentado e desenvolvido.
Com relação ao estilo da redação, o trabalho deve ser escrito em linguagem
impessoal, na terceira pessoa e ser também inteiramente consistente, isto é, numa
convenção ou critério usado em uma página deve ser mantido em todo o texto. A
concisão e a clareza do texto ficam inteiramente sob a responsabilidade do
orientador, o qual orientará o aluno nas modificações que considerar necessárias.
O computador é um bom instrumento de trabalho, mas devemos lembrar que os textos devem ser apresentados segundo as normas de metodologia e devidamente acentuados e pontuados. Justificativas como: “o computador não acentua”, “a margem não é fixa”, “não sei fazer nota de rodapé no editor”, “o arquivo sumiu”, devem todas ser resolvidas pelo estudante e não são aceitas como motivo para atraso ou entrega de trabalhos que não preencham os requisitos de projeto e principalmente, requisitos da monografia. (GOMES, 2002, p. 2).
6.1 INTRODUÇÃO
Segundo a NBR da ABNT 14724 (2011) estabelece que a introdução é a
parte inicial do texto, onde devem constar a delimitação do assunto tratado,
objetivos da pesquisa e outros elementos necessários para situar o tema do
trabalho.
82
É a apresentação do assunto a ser tratado através de uma definição objetiva
do tema e finalidade da pesquisa, justificando a escolha do assunto. Deve dar uma
indicação de qual é o problema de pesquisa e do objetivo do estudo. A introdução
pode terminar com uma rápida descrição do conteúdo de cada capítulo.
Segundo os Padrões para Apresentação e Formatação do Texto
Monográfico da SUESC (2001, p. 3), a introdução tem por objetivo antecipar o que
vai ser transmitido no texto. Deve ser breve e conter os seguintes tipos de
informação: apresentação do tema; justificativa/importância do estudo; problema
e/ou hipótese desenvolvida; a delimitação do estudo; a definição dos conceitos; os
objetivos da pesquisa; o assunto principal de cada capítulo. Segundo os autores do
manual, é importante não antecipar as conclusões na introdução.
A introdução resume os objetivos do trabalho e de sua elaboração, constitui
uma síntese de caráter didático das ideias e da matéria tratada. Situa o leitor no
contexto da pesquisa. É a parte inicial de apresentação da monografia, devendo dar
ao leitor uma ideia do assunto principal e das implicações do estudo.
Segundo o Manual para Elaboração de Monografia de Iniciação Científica da
Universidade do Sagrado Coração (2003), a introdução é o capítulo onde deve
representar a essência do pensamento do autor em relação ao assunto que
pretende estudar. Na medida do possível, deve ser abrangente sem ser prolongado.
Constitui um discurso de abertura em que o aluno oferece ao leitor uma síntese dos
conceitos da literatura, expressa sua própria opinião, estabelece a importância e as
razões de ser de seu trabalho; resumindo começo, meio e fim de sua proposta de
estudo.
Do texto da introdução devem constar:
a) apresentação do tema principal;
b) explicação da importância do assunto;
c) os objetivos – geral e específicos
d) proposições que se pretende defender com a pesquisa;
e) metodologia utilizada na pesquisa
f) proposições da pesquisa (dados e/ou informações que dimensionam a
problemática; questões da pesquisa; limites da pesquisa).
83
6.2 TEXTO (DESENVOLVIMENTO)
Segundo a NBR 14724 da ABNT (2011), o desenvolvimento é a parte
principal do texto, que contém a exposição ordenada e pormenorizada do assunto.
Divide-se em seções e subseções, que variam em função da abordagem do tema e
do método.
O texto é a parte do documento onde o conteúdo é apresentado e
desenvolvido.
“Evite construir frases muito longas, usar palavras supérfluas, pedantismos,
gírias na argumentação e, ainda, aumentativos e diminutivos, ou mesmo
superlativos, o que prejudica o estilo (ALVES, 2003 p. 24).”
Frases não muito longas. Há bons escritores que gostam de frases longas, cheias de intercalações, na linha de um Ruy Barbosa. [...] Mas hoje em dia, principalmente em textos não literários, a regra é evitar períodos muito compridos, que quase sempre tendem a dificultar a compreensão. Quando a frase começa a parecer meio ‘ruy-barbosa’ demais, é hora de colocar um ponto, ou ponto-e-vírgula. (Por outro lado, não se deve cair no defeito oposto: um texto composto só de frases muito curtas adquire um ar de composição infantil). (VERSIANI, 2001, p. 6).
O desenvolvimento ou corpo do trabalho é a parte mais extensa e visa
apresentar os resultados da pesquisa. Divide-se geralmente em seções e subseções
que variam em função da natureza do problema.
Os capítulos devem ser divididos numa ordenação lógica das ideias, ou seja, os capítulos são um ajuste sequencial das ideias, de forma que todo o texto fique claro e compreensível. Por sua vez, eles devem manter certo equilíbrio em suas divisões: o número de páginas deve ser proporcional entre os capítulos, um não pode ter numeração muito maior que o outro. Esse equilíbrio é importante para uma ordenação adequada e par ao cumprimento dos procedimentos da metodologia. (FACHIN, 2001, p. 163).
No caso de elaborar tabelas e gráficos para ilustrar o texto ou apresentar os
dados obtidos, o autor deverá seguir as orientações e consultar a norma NBR 6822
da ABNT:
a) devem inserir-las o mais próximo dos textos a que se referem;
b) caso não queira inseri-la no texto, deve reuni-las em anexo. Neste caso
deve estar indicado no texto onde estas se encontram.
84
Segundo Garcia e Neves (2003), o texto deve apresentar as diferentes
correntes de pesquisadores que estudaram a questão. O texto deve ser fluido e seus
parágrafos devem possuir uma articulação entre si, isto é, os parágrafos não devem
ser simples menção de resultados de pesquisas, mas um parágrafo deve conter
ideias que evoluíram do parágrafo anterior e que preparam para o parágrafo
seguinte.
Para Alexandre (2003), o desenvolvimento é a parte mais importante do
texto, onde é exigido raciocínio lógico e clareza. Consiste na organização do
trabalho em vários capítulos ordenados logicamente (do geral ao específico, e do
teórico ao prático), apresentando os resultados do estudo. Os capítulos devem ser
de tamanho igual, ou relativamente igual, desdobrando os argumentos
apresentados.
6.3 CONCLUSÃO
Segundo a NBR 14724 da ABNT (2011), a conclusão é a parte final do texto,
na qual se apresentam conclusões correspondentes aos objetivos ou hipóteses.
Segundo a mesma norma, é opcional apresentar os desdobramentos relativos à
importância, síntese, projeção, repercussão, encaminhamentos e outros.
Segundo o Manual para Elaboração de Monografia de Iniciação Científica da
Universidade do Sagrado Coração (2003), a Conclusão constitui o desfecho do
corpo do trabalho. Deve expressar com lógica e simplicidade o demonstrado ou
deduzido com a pesquisa. É fundamental que não haja, no capítulo de
Conclusão(ões), espaço para deduções subentendidas no texto, dele devendo
constar apenas fatos definitivamente demonstrados ou claramente deduzidos e
seguramente embasados pelo trabalho como um todo.
A finalização deve ser feita a partir dos elementos e resultados levantados
ao longo do trabalho. Neste sentido, a conclusão relaciona a literatura com os
resultados mais significativos do estudo. Também pode incluir recomendações a
respeito de ações ou pesquisas futuras julgadas necessárias pelo autor. Neste
tópico são relatados e discutidos os resultados observados no processo de
investigação. Baseado nos resultados encontrados relata-se sumariamente as
conclusões obtidas.
85
A essência de um estudo está na conclusão, que deve ser fundamentada em
deduções lógicas e corresponder aos objetivos do trabalho como um todo.
Para Versiani (2001, p.16), um trabalho acadêmico, ainda que seja apenas
uma resenha da literatura, pretende, regra geral, trazer algo de novo, alguma
contribuição do autor ao conhecimento do tema, ainda que de alcance limitado.
Segundo o mesmo autor, de um lado, pode haver uma natural e louvável
cautela em não exibir pretensão excessiva, especialmente diante do peso de
autoridades consagradas da área: “quem sou eu para contradizer Keynes?”. Mas o
perigo é que o cuidado em não parecer pretensioso possa resultar numa mera
repetição de pensamentos alheios e verdades estabelecidas, ou então em
afirmativas vagas, que não trazem nada de novo. Por outro lado, há o defeito oposto
(e talvez mais comum) dos que se aventuram a tirar conclusões que vão além do
que o argumento desenvolvido, ou a evidência examinada, poderiam autorizar.
Para o mesmo autor ao se colocar as conclusões é necessário procurar um
meio caminho entre os dois extremos: de uma parte, ressaltar a contribuição do
texto, o que ele pode acrescentar ao que já foi dito antes; de outra parte, ter o
cuidado em estabelecer limites e condicionantes a essa novidade (e também
separar a análise teórica do juízo de valor). O tom adequado pode ser mais fácil de
atingir na medida em que se apresentem argumentos ou conclusões de um trabalho
de forma cuidadosa e condicional. Em particular, no que toca aos achados de um
estudo empírico, é aconselhável a utilização de expressões como: “a evidência
sugere que...”; “há indicações de que...”; “é plausível supor que....”; “a partir do que
foi observado pode-se inferir que.... ”; etc.
Vale lembrar que a conclusão é um arremate final. A conclusão não é uma
ideia nova, um pormenor ou apêndice que se acrescenta ao trabalho e, muito
menos, um simples resumo. A conclusão deve ser breve, clara, objetiva, apresentar
visão analítica do corpo do trabalho, inter-relacionando-o num todo e levando em
consideração o problema inicial do estudo. É redigida tendo em vista os resultados
obtidos. Ela é decorrente dos dados obtidos ou dos fatos observados, portanto não
se deve introduzir novos argumentos, apenas demonstrar o que foi encontrado no
decorrer do estudo. Segundo Alves (2003 p. 24) “é fundamental que os dados
contidos na Conclusão estejam em relação direta com os objetivos perseguidos e
com as questões levantadas. Não deve conter nenhum elemento novo, não
86
discutindo no corpo do trabalho”.
Nesse capítulo procurou-se dar uma visão geral de todas as regras e
normas que regem a elaboração dos elementos textuais (introdução,
desenvolvimento, conclusão). Com a conclusão desse capítulo é possível conhecer
quais são e como devem ser elaborados os elementos textuais de uma monografia,
bem como quais são as principais regras necessárias a serem seguidas para a sua
elaboração.
O próximo capítulo tratará especificamente das normas e regras a serem
seguidas na elaboração dos elementos pós-textuais de uma monografia (elementos
vêm depois dos elementos textuais). Os elementos pré-textuais são os elementos
finais da monografia, são os elementos que complementam o estudo.
87
7 ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS
Os elementos pós-textuais são os elementos que complementam o trabalho.
Segundo a NBR 14724 da ABNT (2011), os elementos pós-textuais que compõem a
estrutura de tese, dissertação ou de um trabalho acadêmico estão divididos em dois
tipos: obrigatórios e opcionais e devem seguir a sequência apresentada abaixo.
- Referências (obrigatório)
- Glossário (opcional)
- Apêndice(s) (opcional)
- Anexo(s) (opcional)
- Índice(s) (opcional)
7.1 REFERÊNCIAS
As referências incluem todas as obras utilizadas durante a execução da
pesquisa e a redação da monografia.
Referências é um conjunto de elementos que permite a identificação de
documentos utilizados, no todo ou em parte, pelo autor de um trabalho. A correta
identificação de um documento visa facilitar o processo de sua localização e
obtenção por um leitor interessado.
Segundo ABNT – NBR 6023, referência é o conjunto padronizado de
elementos descritivos, retirados de um documento, que permite sua identificação
individual. As referências constantes de uma lista padronizada devem obedecer aos
mesmos princípios. Ao optar pela utilização de elementos complementares, estes
devem ser incluídos em todas as referências daquela lista.
7.1.1 Elementos essenciais
Segundo a Norma ABNT NBR 6023, são as informações indispensáveis à
identificação do documento. Os elementos essenciais estão estritamente vinculados
ao suporte documental e variam, portanto, conforme o tipo. Sendo a referida norma,
os elementos essenciais são: autor(es), título, edição, local, editora e data de
publicação.
88
7.1.2 Elementos complementares
Segundo a Norma ABNT NBR 6023, são as informações que, acrescentadas
aos elementos essenciais, permitem melhor caracterização dos documentos. São
considerados elementos complementares: tradutor, revisor, cooperador, número de
páginas, ilustração, objetivo da elaboração, etc.
Obs.: No caso de artigo em periódico é essencial que conste o número da
página inicial e final do artigo.
Segundo a Norma ABNT NBR 6023, os elementos essenciais e
complementares são retirados do próprio documento. Quando isso não for possível,
utilizam-se outras fontes de informação, indicando-se os dados assim obtidos entre
colchetes.
7.1.3 Localização e ordenação
Embora a Norma ABNT NBR 6023 estabelece mais de uma forma de
apresentação das referências bibliográficas (no rodapé; no fim de texto e de
capítulo; em listas de referências; tecendo resumos, resenhas e recensões), o
Colegiado do Curso de Ciências Contábeis da UCS, seguindo a prática mais usual,
estabeleceu que as referências devem aparecem no final do trabalho em ordenação
alfabética de autor e título (sistema alfabético) para todo o tipo de documento
consultado, devendo ser incluída após a conclusão do trabalho.
7.1.4 Regras gerais de apresentação
7.1.4.1 Alinhamento e espaçamento
Segundo a Norma ABNT NBR 6023, as referências são alinhadas somente à
margem esquerda do texto e de forma a se identificar individualmente cada
documento, em espaço simples e separadas entre si por um espaço duplo6.
6 A partir de 2000 a Norma ABNT NBR 6023 eliminou a exigência de alinhar a segunda linha da referência pela terceira letra da primeira linha
89
7.1.4.2 Texto da referência
A norma ABNT NBR 6023 (2002) cita várias regras para o texto das
referências bibliográficas, apresentando inclusive um número grande de exemplos
de como elaborar as referências, dependendo de cada tipo fonte consultada.
Algumas regras são gerais, entre elas podemos citar:
a) os elementos essenciais e complementares da referência devem ser
apresentados em sequência padronizada;
b) a pontuação deve seguir padrões internacionais e deve ser uniforme para
todas as referências. As abreviaturas devem ser conforme a NBR 10522;
c) o recurso tipográfico (negrito, grifo ou itálico) utilizado para destacar o
elemento título deve ser uniforme em todas as referências de um mesmo
documento. Isso não se aplica às obras sem indicação de autoria, ou de
responsabilidade, cujo elemento de entrada é o próprio título, já
destacado pelo uso de letras maiúsculas na primeira palavra, com
exclusão de artigos (definidos e indefinidos) e palavras monossílabas.
7.1.4.3 Ordenação das referências
Conforme a NBR 6023 (2002), a referências dos documentos citados em um
trabalho devem ser ordenadas de acordo com o sistema utilizado para citação no
texto, conforme NBR 10520. Os sistemas mais utilizados são: alfabético (ordem
alfabética de entrada) e numérico (ordem de citação no texto). Se for utilizado o
sistema alfabético, as referências devem ser reunidas no final do trabalho, do artigo
ou do capítulo, em uma única ordem alfabética. As chamadas no texto devem
obedecer à forma adotada na referência, com relação à escolha da entrada, mas
não necessariamente quanto à grafia, conforme a NBR 10520.
Se for utilizado o sistema numérico no texto, a lista de referências deve
seguir a mesma ordem numérica crescente. O sistema numérico não pode ser
usado concomitantemente para notas de referências e notas explicativas.
Conforme a NBR 10520, qualquer que seja o método adotado, deve ser
seguido consistentemente ao longo de todo o trabalho, permitindo sua correlação
na lista de referências ou em notas de rodapé.
90
O Colegiado do Curso de Ciências Contábeis da Universidade de Caxias do
Sul decidiu por adotar exclusivamente o sistema alfabético e em função disso, esse
também será o sistema utilizado para exemplificar as diversas fontes de referências.
No entanto, com objetivo de também exemplificar como se aplica o sistema
numérico, a seguir encontra-se um exemplo com base nesse sistema.
No texto:
Quando houver autores que tenham o mesmo sobrenome e as datas forem
as mesmas, deve-se acrescentar o nome do autor (ou mesmo abreviado), seguido
do ano da obra¹.
Na lista de referências:
¹ALVES, Magda. Como Escrever Teses e Monografias – Um roteiro passo a passo. São Paulo: Campus, 2003 p.89.
7.1.4.4 Autoria
7.1.4.4.1 Autor pessoal
Referencia(m)-se o(s) autor(es) pelo último sobrenome, em maiúscula,
seguindo de vírgula, de espaço e dos prenomes e sobrenomes restantes com
apenas a primeira letra em maiúscula, sendo as demais em minúscula. Os nomes
dos autores são separados por ponto-e-vírgula, seguido de espaço.
Em obras com até três autores mencionam-se todos na entrada na ordem
em que aparecem na publicação, separados por ponto e vírgula (;) seguido de
espaço.
Exemplos:
MARTINS, Gilberto de Andrade. Manual para Elaboração de Monografias e Dissertações. 3. ed. São Paulo: Altas, 2002.
MELLO, Maria Ivone de; FERNANDES, Miriam Velci. Normas para Apresentação de Trabalhos Científicos. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2003.
MOTTA, Valter T.; HESSELN, Ligia Gonçalves; GIALDI, Silvestre. Normas Técnicas
91
para Apresentação de Trabalhos Científico. 2. ed. Porto Alegre: Médica Missau, 2001.
Quando existirem mais de 3 autores, menciona-se somente o primeiro,
seguido da expressão latina et al.
Exemplo:
MOREIRA, Júlio César Tavares et al. Administração de Vendas. São Paulo: Saraiva, 2001.
7.1.4.4.2 Autor repetido
O nome do autor de várias obras referenciadas pode ser repetido e as
referências organizadas em ordem cronológica.
Segundo a NBR 6023 (2002), eventualmente, o nome do autor de várias
obras referenciadas sucessivamente, pode ser substituído nas referências seguintes
à primeira, por um traço (equivalente a seis espaços) e ponto.
Exemplo:
LEONE, S. G. George. Custos – Planejamento, Implantação e Controle. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1991.
______. Curso de Contabilidade de Custos. São Paulo: Altas, 1997.
7.1.4.4.3 Autores com o mesmo sobrenome
Conforme o item 6.1.2 na NBR 10520, quando houver coincidência de
sobrenome de autores, acrescentam-se as iniciais de seus prenomes; se mesmo
assim existir coincidência, colocam-se os prenomes por extenso.
Exemplos:
Quanto o nome abreviado é suficiente para diferenciar
OLIVEIRA, R. (2006)
OLIVEIRA, G. (2006)
92
Quanto o nome abreviado não é suficiente para diferenciar
OLIVEIRA, Raul (2006)
OLIVEIRA, Renato (2006)
7.1.4.4.4 Autor entidade/evento
Obras com responsabilidade de entidade (órgãos governamentais,
empresas, congressos, seminários, etc) têm entrada pelo seu nome próprio, por
extenso.
Exemplo:
CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO ESTADO DE SÃO PAULO. Custo com ferramenta gerencial. São Paulo: Atlas,1995.
Quando a entidade coletiva tem uma denominação específica (sigla) que a
identifica a nível nacional e/ou internacional, pode-se indicar diretamente sua sigla:
Exemplo:
IBGE
7.1.4.4.5 Autoria não determinada
Quando não for possível identificar a autoria da obra, a entrada deve ser
feita pelo título, transcrevendo a primeira palavra com letras maiúsculas.
Exemplo:
HIGH Technoloy. Bevely Hilss: Sage, 1985.
7.1.4.5 Título
O título deve ser transcrito conforme figura na publicação, grifado com
negrito, itálico ou sublinhado e com a primeira letra em maiúscula. O recurso
utilizado para destacar o título deve ser o mesmo em todas as referências. O
subtítulo deve ser acrescentado desde que contenha informação essencial sobre o
conteúdo do documento.
Em títulos demasiadamente longos, pode-se suprimir algumas palavras,
93
desde que a supressão não incida sobre as primeiras e não altere o sentido. A
supressão é indicada por reticências.
7.1.4.6 Imprenta
A imprenta é composta pelos dados referente ao local, a casa publicadora
(editora) e a data.
I) Local
Indicar o nome da cidade tal como aparece na publicação. Quando há mais
de uma cidade para a mesma editora, indicar a primeira ou mais destacada. Não
sendo possível determinar o local, indicar entre colchetes. Exemplos: quando não
identificado [S.I.], quando identificado como provável, indicar entre colchetes a
cidade [São Paulo].
II) Editora
Indicar o nome da casa publicadora ou editora, suprimindo elementos que
designem natureza jurídica ou comercial.
Exemplo:
Atlas (para Editora Atlas)
Quando há mais de uma editora, mencionar a mais destacada. Se as
editoras estiverem com igual destaque indica-se a primeira. As demais podem ser
registradas com os respectivos locais, se necessário.
Quando a editora é mesma instituição responsável pela autoria e já tiver sido
mencionada, não é indicada.
Quando o local e o editor são desconhecidos, usa-se a expressão [S.I.: s.n.].
III) Data
Indicar a data sempre em algarismos arábicos. Quando a data exata não for
identificada, registra-se uma data aproximada entre colchetes.
[2002 ou 2003] um ano ou outro
[1997?] para ano provável
[2002] para ano certo não indicado no item
[199-] para década certa
[199-?] para década provável
[19--] para século certo
94
[19--?] para século provável
[ca.1987] para data aproximada
7.1.4.7 Outras informações
7.1.4.7.1 Indicação de número de páginas ou volumes
Quando a publicação só tem um volume, indicar o número de páginas ou
folhas seguido da abreviatura p. ou f.
Exemplos;
183 p. ou 198 f.
Quando a publicação tem mais de um volume, indicar o número destes,
seguido da abreviatura v..
Exemplo:
5 v.
Indicar números inicial e final de páginas, separados por hífen, antecedidos
da abreviatura p..
Exemplo:
p. 7-78
Quando a publicação não for paginada ou paginada irregularmente, indicar
em nota:
Exemplo:
Não pagina
Paginação irregular
7.1.4.7.2 Indicação de materiais especiais
Indicar o número de unidades físicas do material e da designação específica.
Se necessário, indicar entre parênteses outras especificações.
Exemplos:
1 fita de vídeo ou 1 CD-ROM
95
7.1.4.8 Pontuação
Segundo Siqueira (2000), a pontuação nas referências bibliográficas deve
obedecer as regras apresentadas a seguir.
Ponto ( . ) utilizado após o nome completo do autor, do título, dos dados
complementares e do último item bibliográfico;
Dois pontos ( : ) usados após o local de publicação e antes da editora,
antes do subtítulo e depois de “In”, sendo que este sempre aparece com letras
maiúsculas, pois vem após um ponto;
Vírgula ( , ) usada entre os sub-elementos, ou seja, antes do prenome,
depois da editora, após a edição, entre volume, número, paginação, nas referências
de revistas e jornais e depois do títulos dos mesmos;
Hífen ( - ) usado entre página inicial e a final da fonte utilizada e entre datas
limites de determinado período de publicação;
Ponto e Vírgula ( ; ) utilizado entre os nomes dos autores e das obras
coletivas;
Barra Transversal ( / ) usada entre os elementos do período coberto pelo
fascículos;
Colchete ( [ ] ) utilizado para indicar os elementos que não figuram na obra
referida, mas que, se tem certeza de sua origem ou em outros casos especiais,
como o de ausência do elemento ou quando não se tem certeza do elemento.
7.1.5 Modelos de referências
A norma NBR 6023 além de informar quais os procedimentos que devem ser
seguidos para a elaboração das referências bibliográficas ela apresenta uma série
de exemplos de como devem ser elaboradas as referências em função do tipo de
material consultado.
Para facilitar a consulta desses modelos, foi elaborado um capítulo
específico para esse tema, capítulo 9.
96
7.2 GLOSSÁRIO
O glossário é um elemento opcional, elaborado em ordem alfabética.
Segundo as Normas e Recomendações para Redação de Dissertações e
Teses, glossário é uma relação ou termos de uso restritos, acompanhados de suas
respectivas definições. Fazem parte tipicamente do glossário palavras em inglês,
termos técnicos poucos comuns ou de uso restrito, e palavras especiais, dentre
outras possibilidades. O objetivo do glossário é o esclarecimento do leitor quanto ao
significado destas palavras e de termos técnicos e científicos. As entradas do
glossário devem ser listadas em ordem alfabética.
O departamento de Ciências Contábeis da UCS não exige e nem estabelece
a possibilidade do uso de glossário na elaboração das monografias de seus alunos.
7.3 ANEXOS E/OU APÊNDICES
Conforme a NBR 6029 ABNT os anexos e/ou apêndices têm a finalidade de
completar a argumentação principal, documentar, esclarecer, provar ou confirmar
ideias expressas no texto, necessárias à maior compreensão do mesmo.
7.3.1 Apêndices
Segundo as NBR’s 6029 (2002), 14724 (2011) e 6022 (1994) da ABNT, são
textos ou documentos elaborados pelo autor, a fim de complementar sua
argumentação, sem prejuízo da unidade nucelar do trabalho. São suportes
elucidativos e ilustrativos, mas não essenciais à compreensão do texto. Têm o
mesmo papel das notas explicativas de rodapé, incluindo informações não
necessárias ao texto.
Segundo a NBR 14724 da ABNT (2011), os apêndices são identificados por
letras maiúsculas consecutivas, travessão e pelos respectivos títulos.
Excepcionalmente, utilizam-se letras maiúsculas dobradas, na identificação dos
apêndices, quando esgotadas as 23 letras do alfabeto. O texto deve ser escrito todo
em maiúsculo, negrito e centralizado.
Exemplo:
97
APÊNDICE A – ESTRUTURA DOS CENTOS DE CUSTOSAPÊNDICE B – MAPA DE ALOCAÇÃO DE CUSTOS
7.3.2 Anexos
Segundo a NBR 6029 e NBR 14724 da ABNT (2011), anexos são formados
por textos ou documentos não elaborados pelo autor, que servem de
fundamentação, comprovação e ilustração. Podem ser considerados como anexos:
instrumentos de pesquisa (questionários, grades de análise, entrevistas, mapas,
ilustrações, descrições, modelos de formulários e impressos, leis, decretos, etc.).
Lista de anexos: deve ser colocada no final do trabalho, após as referências
bibliográficas e dos apêndices, se existirem. Deve conter a palavra Anexo ou
Anexos.
Segundo a NBR 14724 da ABNT (2011), os anexos são identificados por
letras maiúsculas consecutivas, travessão e pelos respectivos títulos.
Excepcionalmente, utilizam-se letras maiúsculas dobradas, na identificação dos
apêndices, quando esgotadas as 23 letras do alfabeto. O texto deve ser escrito todo
em maiúsculo, negrito e centralizado.
Exemplo:
ANEXO A – ORGANOGRAMA DA EMPRESA BETA S/AANEXO B –DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS DA EMPRESA BETA S/A
7.4 ÍNDICE
Elemento opcional, elaborado conforme a NBR 6034 da ABNT.
“Trata-se de listas de entradas ordenadas segundo determinado critério que
localiza e remete o leitor para as informações contidas num texto [...] Um relatório
poderá ter um ou mais índices” (MARTINS, 2002, p.63). Já para Marion et al (2002,
p.71) “índice é uma listagem constituída por assuntos, autores, instituições ou
pessoas, organizações em ordem alfabética.[...] pode ser organizado por entradas
classificadas de acordo com assunto [...]”.
Nesse capítulo procurou-se dar uma visão geral de todas as regras e
98
normas que regem a elaboração dos elementos pós-textuais. Ao concluir esse
capítulo foi possível apresentar quais são e como devem ser elaborados os
elementos pós-textuais, bem como quais são as principais regras que devem ser
seguidas para a sua elaboração. Com o estudo apresentado nesse capítulo fica
concluída a parte que trata especificamente dos elementos integrantes da
monografia.
O próximo capítulo tratará especificamente das normas e regras a serem
seguidas na formatação de todo o trabalho, ou seja, a formatação de todos os
elementos da monografia sejam eles pré-textuais, textuais ou pós-textuais.
99
8 FORMATAÇÃO DO TEXTO
8.1 NUMERAÇÃO PROGRESSIVA DOS CAPÍTULOS E SEÇÕES
Durante o todo o desenvolvimento do texto é necessário que as ideias sejam
expostas lógica e claramente. O texto, para isso, pode ser dividido em tantos
capítulos, seções e subseções quantos forem necessárias para facilitar a
compreensão do mesmo, variando em função da natureza do problema de pesquisa,
da revisão da literatura e da metodologia adotada.
Os objetivos podem estar incluídos na Introdução ou em seção especial. A
justificativa pode estar incluída na Introdução ou em seção especial.
Segundo a NBR 14724 da ABNT (2011), para evidenciar a sistematização
do conteúdo do trabalho, se deve adotar a numeração progressiva para as seções
do texto. Os títulos das seções primárias, por serem as principais divisões de um
texto, devem iniciar em folha distinta e no anverso (quando for impresso nas duas
faces da folha: verso e anverso). O indicativo numérico de cada seção precede seu
título, alinhado à esquerda, separado por um espaço de caractere. Destacam-se
gradativamente os títulos das seções, utilizando-se os recursos de negrito, itálico ou
grifo redondo, caixa alta ou versal, e outro, no sumário e de forma idêntica no texto.
Segundo a mesma norma, o indicativo numérico de uma seção deve
preceder seu título, alinhado à esquerda, separado por um espaço de caractere.
Segundo a NBR 6024 da ABNT (2003), numeração progressiva das seções
de um documento consiste na divisão do trabalho em seções representada pelo
número ou grupo anteposto a cada seção (o indicativo de cada seção precede o
título), que permite sua localização imediata, sendo que, para a sua numeração são
empregados algarismos arábicos. A referida norma recomenda que se limite o
número das seções até a quinaria.
Segundo a mesma norma, os títulos das seções são destacados
gradativamente, usando-se racionalmente os recursos de negrito, itálico ou grifo, e
redondo, caixa alta ou versal e outro. O título das seções (primárias, secundárias
etc.) deve ser colocado após sua numeração, dele separado por um espaço. A
norma também coloca que não se deve utilizar ponto, hífen, travessão ou qualquer
sinal após o indicativo de seção ou de seu título. O texto deve iniciar-se em outra
100
linha e todas as seções devem conter um texto relacionado com elas.
O Colegiado do Curso de Ciências Contábeis da Universidade de Caxias do
Sul estabeleceu um critério próprio para esse fim, tomando por base as regras
estabelecidas no Guia para Elaboração de Trabalhos Acadêmicos da UCS (UCS,
2016), para cada tipo de divisão, apresentado a seguir.
8.1.1 Seções primárias
Correspondem à divisão do texto em capítulos. São numeradas com a série
natural dos números inteiros, a partir de um (1), pela ordem de sua colocação do
documento. O título desta seção deve ser todas em letras maiúsculas, em negrito e
fonte em tamanho 12.
Exemplo:
1 SISTEMA DE CUSTEIO
As seções primárias podem ser divididas em seções secundárias; as
secundárias, em terciárias; as terciárias, em quartenárias, e assim por diante.
8.1.2 Seções secundárias
São resultantes da subdivisão dos capítulos do texto. O indicativo de uma
seção secundária é constituído pelo indicativo da seção primária a que pertence,
seguido do número que lhe for atribuído na sequência do assunto e separado por
ponto. Repete-se o mesmo processo em relação às demais seções.
O título da seção secundária deve ser com todas as letras maiúsculas, sem
negrito, com fonte tamanho 12.
Exemplo:
1.1 CUSTO DIRETO
8.1.3 Seções terciárias
O título desta seção deve ser em estilo negrito, com apenas a primeira letra
101
da primeira palavra do título em letra maiúscula, exceto se for constituído de nomes
próprios, onde estes devem sempre ser escritos com a primeira letra em maiúscula e
siglas que devem seguir regras específicas.
Exemplo:
1.1.1 Margem de contribuição
8.1.4 Seções quaternárias
Nos títulos desta seção a fonte a ser usada é a normal e somente a primeira
letra da primeira palavra deve ser em letra maiúscula, exceto se for constituído de
nomes próprios, onde estes devem sempre ser escritos com a primeira letra em
maiúscula e siglas que devem seguir regras específicas.
Exemplo:
1.1.1.1 Fatores limitantes
8.1.5 Seções quinárias
Nos títulos desta seção a fonte a ser usada em estilo itálico e somente a
primeira letra da primeira palavra deve ser em letra maiúscula, exceto se for
constituído de nomes próprios, onde estes devem sempre ser escritos com a
primeira letra em maiúscula e siglas que devem seguir regras específicas.
Exemplo:
1.1.1.1.1 Mão de obra direta
8.1.6 Alíneas
Segundo a norma NBR 6024 da ABNT (2003), quando for necessário
enumerar os diversos assuntos de uma seção (itens), esta pode ser subdividida em
alíneas ordenadas alfabeticamente por letras minúsculas seguidas de parênteses.
Quando as alíneas forem cumulativas ou alternativas, pode ser
102
acrescentado, após a penúltima “e” / “ou” conforme o caso. As alíneas, exceto a
última, terminam em ponto-e-vírgula.
A disposição gráfica das alíneas obedece às seguintes regras e
apresentação:
a) o trecho final da seção corresponde, anterior às alíneas, termina em dois
pontos;
b) as alíneas são ordenadas por letras minúsculas seguidas de parênteses;
c) as letras indicativas das alíneas são reentradas em relação à margem
esquerda;
d) a matéria da alínea começa por letra minúscula e termina em ponto-e-
vírgula. Nos casos em que seguem subalíneas, estas terminam em
vírgula. A última alínea termina em ponto;
e) a segunda e as seguintes linhas da matéria da alínea começam sob a
primeira letra do texto da própria alínea.
Quando a exposição da ideia assim exigir, a alínea pode ser substituída em
subalíneas. As subalíneas devem começar por um hífen colocado sob a primeira
letra da alínea. As linhas do texto da subalínea começam um espaço após o hífen; a
pontuação da subalíneas é igual à das alíneas.
A disposição gráfica das subalíneas obedece às seguintes regras e
apresentação:
a) o trecho final da alínea corresponde, anterior às subalíneas, termina em
vírgula;
b) a subalínea é indicada por hífen colocado sob a primeira letra do texto da
alínea correspondente, sendo que a segunda e as seguintes linhas da
matéria da subalínea começam sob a primeira letra do texto da própria a
subalínea.
8.1.7 Tabelas, figuras ou ilustrações e fórmulas
Segundo a NBR 6024 da ABNT (2003), as tabelas, figuras ou ilustrações, e
fórmulas contidas em um documento devem ser intercaladas no texto, logo após
serem citadas pela primeira vez, e numeradas em algarismos arábicos,
sequencialmente.
103
8.1.8 Citações de indicativos
Segundo a NBR 6024 da ABNT (2003), os indicativos devem ser citados no
texto de acordo com os seguintes exemplos:
.... na seção 4 .... ou no capítulo 4....
... ver 9.2
.... em 1.1.2.2 parágr. 3º ou .... 3º parágrafo de 1.1.2.2
8.2 NOTAS DE RODAPÉ
Destinam-se a prestar esclarecimentos, comprovar uma afirmação ou
justificar uma informação que não deve ser incluída no texto limitando-se ao mínimo
necessário, sendo colocadas ao pé da página. As notas de rodapé consistem em
indicações, observações ou aditamentos ao texto feitos pelo seu autor, tradutor ou
editor. Podem ser colocadas nos trabalhos acadêmicos com o objetivo de esclarecer
ou inserir considerações complementares, cujas inclusões no texto normal
interromperiam a sequência lógica da leitura.
Segundo a NBR 14724 (2011), as notas de rodapé devem ser digitadas ou
datilografadas dentro das margens, ficando separadas do texto por um espaço
simples de entrelinhas e por filete de 3 cm, a partir da margem esquerda e com fonte
tamanho 10.
A remissão de notas no rodapé pode ser feita através de números
sequenciais ou através de asteriscos sobrescritos para não ser confundida com
outra numeração, eventualmente adotada no texto.
Segundo Cruz (2003) a numeração das notas segue uma única sequência
para cada seção ou uma numeração sequencial em todo o texto.
8.2.1 Notas de referência
As notas de referência são utilizadas para indicar a fonte de onde foi tirada
uma citação. Quando se faz uma citação de uma obra, deve-se colocar a sua
referência completa na nota de rodapé. Segundo a NBR 10520 (2002), a numeração
das notas de referências é feita por algarismos arábicos, devendo ter numeração
104
única e consecutiva para cada capítulo ou parte. Não de inicia a numeração em
cada página. A mesma norma estabelece que a primeira citação de uma obra, em
nota de rodapé, deve ter sua referência completa. Já as subsequentes da mesma
obra podem ser referenciadas de forma abreviada, sendo que, a referida norma
apresenta vários exemplos de uso de expressões abreviadas, dependendo de cada
situação.
Como o Colegiado do Curso de Ciências Contábeis decidiu por não usar
esse tipo de referência, entendeu-se não ser necessário apresentar os exemplos,
sendo que, caso o pesquisador desejar usar esse sistema de referência, então
indica-se recorrer a norma para conhecer melhor o funcionamento do mesmo.
8.2.2 Notas explicativas
As notas explicativas são utilizadas para apresentar comentários,
esclarecimento ou observações pessoais do autor e/ou informações obtidas por
meio de terceiros.
Segundo a NBR 10520 (2002) a numeração das notas explicativas é feita
em algarismos arábicos, devendo ter numeração única e consecutiva para cada
capítulo ou parte. Não se inicia a numeração a cada página.
Exemplo:
No texto:
A delimitação do tema é o primeiro grande desafio que o pesquisador tem
que vencer, sendo o sucesso da pesquisa inicia por uma adequada delimitação de
um tema importante5.
Na nota de rodapé:
____________5 Sobre delimitação do tema, ver também Furaste, 2006.
No texto:
Segundo a NBR 6023 (2002), eventualmente6, o nome do autor de várias
obras referenciadas sucessivamente, pode ser substituído nas referências seguintes
105
à primeira, por um traço (equivalente a seis espaços) e ponto.
Na nota de rodapé:
___________6 A norma coloca que eventualmente pode ser substituído por um traço. Ou seja, o uso do traço não é
uma regra obrigatória, visto que, além de colocar que o nome pode (e não deve) ser substituído por traço, também coloca que essa opção deve ser usada eventualmente.
8.3 FORMATAÇÃO DO TEXTO
A NBR 14724 da ABNT (2011) (válida a partir de 17.04.1011) estabeleceu
algumas mudanças em relação à formatação. Ela definiu que a impressão pode ser
feita também em papel reciclado (antes era só branco). Também estabeleceu que
pode-se imprimir no verso da folha (antes era só no anveso – com exceção da ficha
dos dados de catalogação).
Para melhor compreensão, a seguir está transcrita a nova redação (na
íntegra da parte da NBR 14724 da ABNT (2011) que trata do formato.
5.1 – FormatoOs textos devem ser digitados ou datilografados em cor preta, podendo ser utilizar outras corres somente para as ilustrações. Se impresso, utilizar papel branco ou reciclado, formato A4 (21 cm x 29,7 cm)Os elementos pré-textuais devem iniciar no anverso da folha, com exceção dos dados internacionais de catalogação-na-publicação que devem sir no verso da folha de rosto. Recomenda-se que os elementos textuais e pós-textuais sejam digitados ou datilografados no anverso e verso das folhas.As margens devem ser: para o anverso, esquerdo e superior de 3 cm e direita e inferior de 2 cm; para o verso, direito e superior de 3 cm e esquerda e inferior de 2 cm. Recomenda-se quando digitado, a fonte tamanho 12 para todo o trabalho, inclusive capa, excetuando-se citações com mais de três linhas, notas de rodapé, paginação, dados internacionais de catalogação-na-publicação, legendas e fontes das ilustrações e das tabelas que devem ser em tamanho menor e uniforme.
8.3.1 Fonte
Seguindo o que estabelece a NBR 14724 da ABNT (2011) o tamanho da
fonte padrão para todo o texto é 12, excetuando-se situações específicas descritas
pelas referida norma e que serão apresentadas a seguir.
106
a) fonte: Arial7;
b) Nome da universidade (na capa e folha de rosto) e do centro e curso que
o aluno pertence, na folha de rosto: fonte 12, negrito e com todas as
letras em maiúsculas.
c) título do trabalho na capa e folha de rosto: fonte 12, negrito tudo em
maiúsculas);
d) nome da cidade onde é defendido o trabalho (na capa e folha de rosto):
fonte 14, negrito tudo em maiúsculas);
e) texto do desenvolvimento: fonte 12, normal;
f) título do capítulo (seção primária): fonte 12, negrito e tudo em
maiúsculas;
g) título dos sub capítulos (seção secundária): fonte 12, normal e tudo em
maiúsculas;
h) título dos sub capítulos (seção terciária): fonte 12, negrito e só com a
primeira letra da primeira palavra em maiúscula e dos nomes próprios;
i) título dos sub capítulos (seção quartenária): fonte 12, normal e só com a
primeira letra da primeira palavra em maiúscula e dos nomes próprios;
j) título dos sub capítulos (seção quinaria): fonte 12, itálico e só com a
primeira letra da primeira palavra em maiúscula e dos nomes próprios;
k) nota de rodapé: fonte 10, simples;
l) títulos das ilustrações e das tabelas: fonte 12, normal, centralizado;
m) fonte bibliográfica de ilustrações e tabelas: fonte 12, normal, alinhado à
esquerda
n) legendas das ilustrações e das tabelas: fonte 10, normal;
o) citações longas: 10 (normal);
p) número da página: 10 (normal).
8.3.2 Espacejamento
Segundo a NBR 14724 da ABNT (2011), todo o texto deve ser digitado ou
datilografado com espaço 1,5. As citações de mais de três linhas, as notas, as
referências, as legendas das ilustrações e tabelas, a ficha catalográfica, a natureza 7 A definição pela fonte Arial ocorreu por determinação do Colegiado do Curso de Contábeis, sendo
que, as duas fontes mais recomendas são Arial e Times New Roman
107
do trabalho, o objetivo, o nome da instituição a que é submetida e a área de
concentração devem ser digitados ou datilografados em espaço simples. As
referências, ao final do trabalho, devem ser separadas entre si por espaço duplo. Os
títulos das subseções devem ser separados do texto que os precede ou que os
sucede por dois espaços 1,5 entrelinhas. Na folha de rosto e a folha de aprovação, a
natureza do trabalho, o objetivo, o nome da instituição a que é submetida e a área
alinhados do meio da mancha para a margem direita.
Segundo a NBR 14724 ABNT (2011), para o desenvolvimento do texto se
deve observar as seguintes regras para o alinhamento e espaçamento do texto:
a) alinhamento – justificado;
b) desenvolvimento (texto normal): espaçamento entrelinhas deve ser 1,5;
c) agradecimento, dedicatória, pensamento, resumo: espacejamento
simples;
d) citações longas (mais de três linhas): espaço simples com recuo de 4 cm;
e) notas de rodapé: espacejamento simples;
f) resumo: espacejamento simples
g) espaçamento entre parágrafos – espaço 1,5 (mesmo espaço utilizado no
desenvolvimento texto);
h) na indicação do título e fonte de uma ilustração: espacejamento simples;
i) títulos de seções (títulos de capítulos): devem começar na parte superior
da mancha e ser separados do texto que os sucede por dois espaços
1,5, entrelinhas. As seções primárias devem começar em nova folha. Se
o texto for impresso nas duas faces da folha (anverso e verso), então as
seções primárias devem sempre iniciar no anverso.
j) títulos de subseções (divisões do capítulo): devem ser separados do
texto que os precede e que os sucede por dois espaços 1,5.
k) título e fonte de ilustrações e tabelas: espacejamento simples
Observações:
1) Quando uma seção terminar próximo ao fim de uma página, colocar o
título da próxima seção na página seguinte.
2) A partir de 30.01.2006 (através da atualização da NBR 14724), os títulos
de seções (títulos dos capítulos principais) devem estar posicionados na parte
superior da mancha, ou seja, não devem mais iniciar a 5 cm da margem superior
108
como era anteriormente.
3) A mesma norma ao tratar dos títulos sem indicativo numérico (errata,
agradecimentos, lista de ilustrações, lista de abreviaturas e siglas, lista de símbolos,
resumos, sumário, referências, glossário, apêndice(s), anexo(s) e índice(s))
determina que os mesmos sejam centralizados. Como a referida norma não faz
menção de qual a distância que esses títulos devem ficar da borda superior, o
Colegiado do Curso de Ciências Contábeis da UCS optou por usar o mesmo critério
definido para os títulos de seção, ou seja, posicionar eles na parte superior da
mancha, sem o afastamento de 5 cm.
8.3.3 Número da página
Segundo a NBR 14724 da ABNT (2011), todas as folhas do trabalho, a partir
da folha de rosto, devem ser contadas sequencialmente, mas não numeradas. A
numeração é colocada, a parir da primeira folha da parte textual (Introdução), em
algarismos arábicos, no canto superior direito da folha, a 2 cm da borda superior
ficando o último algarismo a 2 cm da borda direita da folha. Havendo apêndices e
anexos, suas folhas devem ser numeradas de maneira contínua e sua paginação
deve dar seguimento à do texto principal.
Portanto, as folhas do trabalho devem ser contadas sequencialmente a partir
da folha de rosto, mas numeradas somente a partir da primeira página da parte
textual.
É comum encontrar trabalhos científicos em que adotam o critério de não
numerar na primeira página onde se encontram os títulos dos capítulos, embora a
norma ABNT 14724 (2011) não estabeleça essa regra. A ABNT 14724 (2011) em
seu item 5.4 – Paginação, ao se referir a numeração assim se posiciona: “A
numeração é colocada, a partir da primeira folha da parte textual....” (grifo nosso).
Se observamos detalhadamente o texto da referida norma, ela estabelece que a
numeração deve aparecer a partir da primeira folha da parte textual, sendo que, ela
representa a primeira folha da Introdução. Em nenhum momento essa norma, outra,
coloca que não se deve numerar a primeira folha dos capítulos. No entanto, muitos
são os autores que estabelecem que não se deve numerar a primeira folha de cada
capítulo, gerando com isso uma prática, pela não numeração, em muitas
109
universidades.
Segundo Martins (2002), “utilizam-se algarismos arábicos na primeira página
da introdução até o final do trabalho. O número não deve figurar nas páginas que iniciam títulos de capítulos” (grifo nosso).
As folhas do trabalho devem ser contadas sequencialmente a partir da folha de rosto, mas não são numeradas. A numeração é colocada a partir da Introdução. Os números em algarismos arábicos, são alinhados à 2 cm da margem direita e da margem superior. Bibliografia, anexos, glossários, índices, apêndices etc., devem ser incluídos na numeração sequencial das páginas. Não usar números romanos. (MELLO e FERNANDES, 2003, p. 9).
Para Nossa e Teixeira (2003, p. 3),
Todas as folhas do trabalho, a partir da folha de rosto, devem ser contadas sequencialmente, mas não numeradas. A numeração é evidenciada a partir da parte textual, em algarismos arábicos, no canto superior direito da folha. A primeira folha de cada capítulo da parte textual deve ser contada, mas não numerada. (grifo nosso)
Mesmo diante da posição de alguns autores que determinam a não
numeração da primeira página de cada capítulo, o Colegiado do Curso de Ciências
Contábeis da UCS, ao interpretar o texto da norma ABNT entendeu que a referida
norma, ao definir que a numeração deve iniciar na primeira folha da parte textual
(introdução) e não fazer qualquer exceção estabelece que a primeira folha de cada
capítulo deve ser numerada. Com base nessa interpretação, o colegiado definiu que
pela numeração da primeira página de cada capítulo.
8.3.4 Configuração da página
Com vistas a permitir uma boa visualização do texto, bem como a sua
correta reprodução e encadernação sugere-se observar as seguintes margens:
a) margem superior – 3 cm;
b) margem inferior – 2 cm;
c) margem esquerda – 3 cm;
d) margem direita – 2 cm;
110
e) margem superior de início de capítulo: Não existe mais a margem de
início de capítulo, devendo o mesmo começar na parte superior da
mancha e ser separados do texto que os sucede por dois espaços 1,5,
entrelinhas.
f) recuo da primeira linha do parágrafo: 1,50 cm;
g) recuo de parágrafo para citação direta (ou longa): 4 cm;
h) os títulos de capítulos devem começar na parte superior da margem, em
página nova e separados do texto que o sucede por dois espaços de 1,5
entrelinhas;
i) os capítulos das seções de capítulos devem estar separados por dois
espaços de 1,5 entrelinhas, tanto em relação ao texto que o precede
como ao texto de o sucede;
j) alinhamento do texto: justificado;
k) alinhamento do título de capítulo e seções: esquerda;
l) alinhamento de título sem indicação numérica (errata, agradecimentos,
lista de ilustrações, lista de abreviaturas e siglas, lista de símbolos,
resumos, sumário, referências, glossário, apêndice(s), anexo(s) e
índice(s)) – devem ser centralizados, conforme a ABNT NBR 6024. Por
definição do colegiado do Curso de Ciências Contábeis da UCS, esses
títulos devem estar distanciados 8cm da margem superior (3cm da
margem + 5cm de afastamento).
A partir de 17.04.2011, ABNT NBR 14724 (2011) estabeleceu a
possibilidade dos trabalhos acadêmicos serem impressos nas duas faces das folhas
(anverso e verso). Nesses casos, a referida norma estabelece que “As margens
devem ser: para o anverso, esquerda e superior de 3 cm e direita e inferior de 2 cm;
para o verso, direita e superior de 3 cm e esquerda e inferior de 2 cm.”
8.4 TAMANHO DO PAPEL
Para o original e cópias utilizar papel branco A4 (210 x 297 mm),
recomenda-se utilizar gramatura 75g/m².
- Folhas Largas: Quando a largura do formato for insuficiente para a
apresentação das ilustrações, adotar o formato padrão com largura ampliada,
111
definindo convenientemente dobras sucessivas no formato resultante, ou cópia
reduzida das ilustrações, desde que não prejudiquem a leitura das mesmas,
seguindo o formato padrão.
8.5 REGRAS DE ABREVIAÇÃO
Segundo a NBR 10522 da ABNT (1988), a abreviação na descrição
bibliográfica deve seguir as seguintes regras:
a) o procedimento normal de abreviação consiste em suprimir o final da(s)
palavra(s), substituindo-a(s) por um ponto (.);
b) deve-se terminar a abreviatura por uma consoante, com exceção de
alguns termos constantes na lista de abreviatura relacionadas no capítulo
5 da NBR 10522 (1988);
c) limitar-se, em alguns casos, à primeira letra da palavra seguida de um
ponto (.), salvo alguns termos constantes na lista de abreviaturas do
capítulo 5 (NBR 10522), em que o ponto (.) é omitido;
d) usar as abreviaturas no singular;
e) não abreviar palavras por meio de contração (supressão de letras no
interior da palavra), salvo algumas exceções consagradas, constantes na
lista de abreviaturas do capítulo 5 (NBR 10522);
f) manter, nas abreviaturas, a acentuação e hifenização constantes nas
palavras.
A ABNT NBR 6032 (1989) estabelece que não se abreviam palavras de
menos de cinco letras, salvo as mencionadas na lista de abreviaturas contidas em
seu capítulo 3.
8.6 ILUSTRAÇÕES
Segundo a NBR 14724 da ABNT (2011), as ilustrações (quadros, figuras, ...)
deverão ser identificados na parte superior, precedida da palavra designativa,
seguida de seu número de ordem de ocorrência no texto, em algarismos arábicos,
do respectivo título e/ou legenda explicativa de forma breve e clara, dispensando
consulta ao texto, e da fonte.
112
A ilustração deve ser inserida o mais próximo possível do trecho a que se
refere, conforme o projeto gráfico ou, quando em grande quantidade, reunidas e
colocadas como anexos. “Após a ilustração, na parte, inferior, indicar a fonte
consultada (elemento obrigatório, mesmo que seja produção do próprio autor [...]”
(ABNT NBR 14724, 2011).
As ilustrações compreendem imagens visuais que servem para
complementação de um texto. As ilustrações, títulos e legendas que acompanham
as mesmas devem ser apresentadas de forma clara e legível. Recomenda-se que os
títulos e legendas não ultrapassem a área da ilustração. Para ilustrações que não
possam ser apresentadas de acordo com as normas estabelecidas, o aluno deverá
consultar o seu orientador.
A indicação das ilustrações pode integrar o texto ou aparecer entre
parênteses no final da frase acompanhada do número a que se refere.
O título, corpo de letra tamanho 12, normal, centralizado, compreende
palavra designativa da ilustração (Quadro, Figura, ....), seguida do número em
algarismo arábico a que se refere separada do título correspondente por um
travessão, se localizado acima da mesma. Logo abaixo, deve-ser informar a fonte,
em tamanho 10 normal, alinhado à esquerda, iniciando junto à ilustração. As fontes
das ilustrações devem aparecer completas na lista de referências da monografia.
8.6.1 Formatação de quadros
Os quadros são ilustrações que apresentam informações textuais agrupadas
em colunas e devem ser fechados nas laterais, tendo traços verticais separando os
dados das colunas.
Traços horizontais para separar as linhas são recomendados. Caso algum
valor tabulado mereça explicação, este poderá ser salientado por um asterisco
abaixo do quadro (colocar o mesmo símbolo ao lado direito e acima do dado em que
se faz o destaque). Os quadros são apresentações que não empregam dados
estatísticos e devem ser numerados consecutivamente em algarismos arábicos. São
identificados na parte superior pelo termo “Quadro”, seguido do seu número de
ordem, do seu título e de sua fonte.
113
O título do quadro deve refletir o seu conteúdo. As fontes e notas eventuais
aparecem no pé do quadro, após o traço de fechamento. É obrigatória a indicação
da fonte, mesmo quando seja produção do próprio autor (ABNT NBR 14724, 2011),
devendo estar localizado após em baixo do quadro. Recomenta-se usar fonte 12 e
espaço simples no interior do quadro.
Quando um quadro ocupar mais de uma página deverá ser dividido para
continuar na página seguinte. Cada página deve ter uma das seguintes indicações:
continua (na primeira), conclusão (na última) e continuação (nas demais). Os dizeres
(continua, continuação e conclusão) devem estar no início do quadro de cada
página, entre parênteses, alinhados a margem direita, digitados em espaço simples
e fonte 10. Logo em seguida a esses dizeres deve aparecer o cabeçalho do quadro,
necessário em todas as páginas em que o quatro estiver divido.
O Quadro 1 representa um exemplo de quadro com fonte (não elaborado
pelo autor da pesquisa).
Quadro 1 - Vantagens e desvantagens dos sistemas de avaliação de estoquesMétodo Estoque Lucro Imposto de RendaUeps Menos estoques Menos lucro Menos imposto de renda
Custo Médio Meio termo entre Ueps e Peps
Meio termo entre Ueps e Peps
Meio termo entre Ueps e Peps
Peps Mais estoques Mais lucro Mais Imposto de rendaFonte: Bruni e Famá (2002, p. 57)
8.6.2 Formatação de figuras
Figura compreende imagens visuais referentes ao texto, como mapas,
fotografias, desenhos, esquemas, gráficos, etc.
O títulocompreende a palavra ”Figura”, seguida do número, um traço e título
correspondente, localizado em cima da figura a que se refere (corpo tamanho 12,
normal e centralizado). É obrigatória a indicação de fonte, mesmo quando seja
produção do autor (ABNT NBR 14724, 2011), ficando abaixo da figura, corpo
tamanho 12, normal, alinhado à esquerda, iniciando junto a figura.
A Figura 1 evidencia como devem ser apresentadas as figuras.
Figura 1 - Ponto de equilíbrio e lei dos rendimentos decrescentes
114
Unidades Monetária $ Custos
s
Lucro Receitas Máximo Quantidade de
PC1 lucro máximo PC2
Fonte: Bruni e Famá (2002 p. 257)
A figura de aparecer o mais próximo possível do texto onde foi mencionada
pela primeira vez, centrada na folha, devendo ser ela emoldurada (com borda ao
seu redor).
8.7 TABELAS
Segundo a NBR 14724 (2011), as tabelas apresentam informações tratadas
estatisticamente seguindo os critérios utilizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística IBGE (1993). As Normas de Apresentação Tabular (Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística IBGE, 1993, p.) definem Tabela como “forma não
discursiva de apresentar informações, das quais o dado numérico se destaca como
informação central”.
115
8.7.1 Formatação de tabelas
As tabelas devem ser inseridas no texto, o mais próximo possível do trecho
que ilustram, podendo ser após serem citadas, de preferência centradas na largura
útil da coluna ou da página e intercaladas. Deve-se procurar reduzir ilustrações a
uma única página, evitando ao máximo material desdobrável. Caso seja necessário,
colocar as ilustrações ao longo da página, com a parte superior na margem
esquerda. Quando uma tabela ocupar mais de uma página, não será delimitada na
parte inferior repetindo-se o cabeçalho e o título na página seguinte. Cada página
deve ter uma das seguintes indicações: continua (na primeira), conclusão (na última)
e continuação (nas demais). A indicação de fonte e notas devem aparecer na página
de conclusão da tabela.
Cada tabela deve ter um número arábico sequencial e um título. Quando for
o caso, mencionar abaixo da tabela a fonte de onde foram tirados os dados. Se
forem muito numerosas, devem vir em anexo, para não sobrecarregarem o texto.
As tabelas se apresentam basicamente informações numéricas, de forma
estatística. Toda a tabela deve ter título inscrito no topo e apresentar a natureza,
abrangência geográficas e temporal dos dados numéricos mostrados na tabela, de
maneira clara e concisa. O tamanho da fonte utilizada para a apresentação do título
deve ser 12, normal e centralizado, com a seguinte estrutura: a palavra “Tabela”
seguida de seu número em algarismos arábicos, separada de seu título por um
travessão, logo abaixo, a fonte também em fonte 12, normal, alinhado à esquerda
iniciando com a tabela. No texto a citação deve ser feita pela indicação “Tab.”
As tabelas devem ser abertas nas laterais. Nas tabelas utilizam-se fios
horizontais e verticais para separar os títulos das colunas no cabeçalho e fechá-las
na parte inferior, evitando-se fios verticais para separar as colunas e fios horizontais
para separar as linhas. Caso algum valor tabulado mereça explicação, este poderá
ser salientado por um asterisco abaixo da tabela (colocar o mesmo símbolo ao lado
direito e acima do valor tabulado em que se faz o destaque).
Na preparação de tabelas devem ser seguidos os seguintes pontos
essenciais:
a) título, em forma completa e clara, de modo a permitir a identificação do
seu conteúdo;
116
b) complementação do título com indicação do período a que se referem os
dados estatísticos, quando se tratar de séries históricas, ou data base de
informação relativa a um determinado momento;
c) fonte, indicando a entidade responsável pelo fornecimento dos dados, ou
pela sua elaboração. A fonte deve situar-se logo abaixo da tabela. É
obrigatória a indicação da fonte. Embora a ABNT NBR 14724 (2011) não
estabeleça nenhuma regra quando a obrigatoriedade da indicação da
fonte quando a tabela é produzida pelo próprio autor (ela determina que
devem ser seguidas padronizadas conforme estabelece o Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE), entende-se que deve-se
que aqui também se aplica exigência estabelecida em relação às
ilustrações: a obrigatoriedade de indicar a fonte, mesmo que seja
produção do próprio autor);
d) explicações complementares devem ser colocadas ao final da própria
tabela, na forma de “notas”;
e) quando se tratar de tabelas de grandes dimensões, utilizar o processo de
redução, mantendo, no entanto, a legibilidade;
f) as abreviações, em geral não permitidas no texto, podem ser usadas na
tabela (desde que não comprometam a plena compreensão do leitor);
g) delimitar as tabelas por traços horizontais, no início e no final, do tipo
“gras” (1 ½)
Duas ou mais tabelas podem ser inseridas em uma única página. As
palavras “Tabela", deverão constar separadamente (Tabela 1, Tabela 2, etc).
As tabelas em que são apresentados os resultados de dados coletados pelo
próprio autor não têm indicação de fonte. Nas tabelas onde há colunas totalizadas,
os totais não são separados das parcelas por traço.
A seguir serão apresentados dois exemplos de tabelas, onde o primeiro
exemplo (Tabela 1) é e uma tabela elaborada pelo próprio autor da pesquisa e o
segundo (Tabela 2) representa um exemplo onde o pesquisador utilizou uma tabela
elaborada por outro autor. A diferença entre as duas tabelas é que a primeira foi
produzida pelo próprio autor, já na segunda, foi retirada de uma obra consultada (de
outro autor).
Quando uma tabela ocupar mais de uma página deverá ser dividido para
117
continuar na página seguinte. Cada página deve ter uma das seguintes indicações:
continua (na primeira), conclusão (na última) e continuação (nas demais). Os dizeres
(continua, continuação e conclusão) devem estar no início da tabela de cada página,
entre parênteses, alinhados a margem direita, digitados em espaço simples e fonte
10. Logo em seguida a esses dizeres deve aparecer o cabeçalho da tabela,
necessário em todas as páginas em que a tabela estiver divida. Recomenta-se usar
fonte 12 e espaço simples no interior da tabela.
Tabela 1 – Produção e venda da empresa Beta (em unidades) 1999-2002Ano Produção Venda Estoque
1999 86.235 83.893 2.3422000 98.456 99.756 1.0422001 122.456 115.879 7.6192002 176.567 172.498 11.688Fonte: Produção do autor
Como se pode observar, a Tabela 1 por ser produção do próprio autor ela
não contém nome e nem data. O mesmo critério deve ser seguido no caso de
ilustrações (figuras, quadros, etc.) elaboradas pelo próprio autor. Quando as tabelas
não forem elaboradas pelo autor, deve-se indicar a fonte de onde elas foram
retiradas (nome do autor, data da obra e o nº da página onde consta a referida
tabela). Essa indicação deve aparecer no rodapé da tabela, após a linha de
fechamento conforme apresentado na Tabela 2.
Tabela 2 – Produção e venda da empresa Alfa (em unidades) 2002-2005Ano Produção Venda Estoque2002 28.475 36.452 1.3402003 41.432 41.343 1.4292004 62.345 62.245 1.5292005 77.537 76.345 2.721
Fonte: Silva e Santos (2006, p. 23)
118
8.8 NÚMEROS
8.8.1 Formatação de equações e fórmulas
Segundo a NBR 14724 da ABNT (2011), para facilitar a leitura, as equações
e fórmulas devem ser destacadas no texto e, se necessário, numeradas com
algarismos arábicos ente parênteses, alinhados à direita. Na sequência normal do
texto, é permitido o uso de uma entrelinha maior que comporte seus elementos
(expoentes, índices e outros). Quando fragmentadas em mais de uma linha, por falta
de espaço, devem ser interrompidas antes do sinal de igualdade ou depois dos
sinais de adição, subtração, multiplicação e divisão.
Exemplo:
(1)
2)
Para facilitar a elaboração de equações e fórmulas é recomendável utilizar
os recursos do Equation®, ferramenta que compõe o Word.
8.8.2 Numerais
São escritos por extenso os numerais: de zero a nove; as dezenas
redondas; as centenas redondas.
Acima do milhar é possível recorrer a dois procedimentos:
a) aproximação do número fracionário, como em 14,7 milhões,
b) desdobramento dos dois termos numéricos, como em 14 milhões e 435
mil.
As classes separam-se por pontos, exceto no caso de anos.
Exemplo: 1.350 páginas; no ano de 1350.
8.8.3 Frações
São sempre indicadas por algarismos, exceto quando ambos os elementos
119
se situam de um a dez.
Exemplo: dois terços, um quarto, 1/16, 7/14, 18/26.
8.8.4 Porcentagens
São sempre indicadas por algarismos sucedidos do símbolo próprio: 8%,
30%, 40%. O símbolo % deve figurar junto ao algarismo.
8.8.5 Ordinais
São escritos por extenso do primeiro ao décimo, porém os demais se
representam de forma numérica: quarto, 11º. Deve-se evitar o uso de ordinais no
início das frases.
8.8.6 Datas
Quando completas, são escritas da seguinte forma: o dia em algarismo, o
mês por extenso e o ano em algarismo, ou como segue, de acordo com NBR 5892
da ABNT.
- 12 de abril de 1972
- 12 abr. 1972
- 12 ABR 1972
- 12.04.1972
As abreviaturas dos meses devem adaptar-se à NBR 6023 da ABNT (2002)
Quando se indicam apenas o mês e o ano, o primeiro se escreve por
extenso e o segundo em algarismos. Exemplo: maio de 1987, agosto de 1989.
Os anos devem ser indicados por todos os números e não apenas pela
dezena final. Exemplo: 1865, 1997; 2001. Referências há décadas devem
apresentar-se com as palavras década ou decênio. Exemplo: década de 1980,
decênio de 1990.
120
8.8.7 Horários
São indicados como a seguir, de acordo com NBR 5892 da ABNT, p.
Exemplo: 12h21min32,3s. Quando a indicação for aproximada, escrevem-se os
números e a palavra horas por extenso. Exemplo: pouco depois das cinco horas, às
dez e meia horas da manhã.
8.8.8 Quantias
As quantias se escrevem por extenso de um a dez: quatro reais, dois mil
francos, cinco milhões de dólares. De onze em diante com algarismos: 15 reais, 235
mil francos, 64 milhões de dólares. Quando ocorrerem frações (cents, pences, etc.)
se registra a quantia exclusivamente de forma numérica, acompanhada do símbolo
respectivo. Exemplo: R$ 232,45.
8.8.9 Pesos e medidas
Segundo Decreto nº. 63.233, de 12 de setembro de 1968, publicado pela
Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 1979, p.18, a designação da
unidade de medida, pode ser substituída pelo respectivo símbolo, conforme Quadro
2.
Quadro 2 - Símbolos para designação de unidade de medidasGrama G Milímetro mmQuilograma Kg Miligrama mg
Metro M Micrômetro µm
Metro quadrado m² Nanômetro nmCentímetro cúbico cm³ Mililitro mlTemperatura Celsius (centígrado) ºC Litro LPotencial Hidrogênio-Iônio pH Quilômetro kmFonte: Manual para elaboração de monografia de iniciação científica (2003)
121
8.9 CITAÇÕES
Segundo a ABNT NBR 10520 (2002), citação é uma menção de uma
informação extraída de outra fonte, podendo aparecer no texto ou em notas de
rodapé.
As citações, as chamadas pelo sobrenome do autor, pela instituição
responsável ou título incluído na sentença devem ser em letras maiúsculas e
minúsculas e, quando estiverem entre parênteses, devem ser em letras maiúsculas.
Segundo a ABNT NBR 10520 (2002), deve-se especificar no texto a(s)
página(s), volume(s), tomo(s) ou seção(ões) da fonte consultada, nas citações
diretas. Este(s) deve(m) seguir a data, separado(s) por vírgula e precedido(s) pelo
termo, que o(s) caracteriza, de forma abreviada. Nas citações indiretas, a indicação
da(s) página(s) consultada(s) é opcional.
Para enfatizar trechos da citação, deve-se destacá-los indicando esta
alteração com a expressão grifo nosso entre parênteses, após a chamada da
citação, ou grifo do autor, caso o destaque já faça parte da obra consultada.
8.9.1 Sistema de chamada de citação (remetendo para a lista de referências)
Para chamada no texto, que remete à lista de referências, podem ser usados
dois sistema:
a) sistema autor-data;
b) sistema numérico.
O método adotado deve ser seguido ao longo de todo o trabalho, permitindo
sua correlação na lista de referências ou em notas de rodapé. Somente um padrão
deve ser utilizado em todo o trabalho.
8.9.1.1 Sistema autor-data
Segundo a NBR 10520 quando o(s) nome(s) do(s) autor(es), instituição(ões)
responsável(eis) estiver(em) incluído(s) na sentença, indica-se a data, entre
parênteses, acrescida(s) da(s) página(s), se a citação for direta. Neste sistema, a
indicação da fonte é feita pelo sobrenome de cada autor ou pelo nome de cada
122
entidade responsável até o primeiro sinal de pontuação, seguido(s) da data de
publicação do documento e da(s) página(s) da citação, no caso de citação direta,
separados por vírgula e entre parênteses.
8.9.1.2 Sistema numérico
O sistema numérico de chamada de citação é feito numerando-se as
citações em ordem de ocorrência no texto. Não se inicia a numeração das citações a
cada página e não deve ser usado este sistema quando há notas de rodapé. A lista
de referências, nesse caso, será numerada sequencialmente, na ordem em que
aparecem as respectivas citações no texto.
A ABNT NBR 10520 (2002) estabelece que nesse sistema, a indicação da
fonte é feita por uma numeração única e consecutiva, em algarismos arábicos
remetendo à lisa de referências ao final do trabalho, do capítulo ou da parte, na
mesma ordem em que aparecem no texto. Não se inicia a numeração das citações a
cada página. Esse sistema não deve ser usado quando há notas de rodapé. A
mesma norma estabelece ainda que a indicação da numeração pode ser feita entre
parênteses, alinhada ao texto, ou situada pouco acima da linha do texto em
expoente à linha do mesmo, após a pontuação que fecha a citação.
Exemplos: Diz Rui Barbosa: “Tudo é, previvendo.” (15)
Diz Rui Barbosa: “Tudo é, previvendo.”15
O Colegiado do Curso de Ciências Contábeis da Universidade de Caxias do
Sul, em função da determinação da ABNT NBR 10520 (2002) determina que quando
há notas de rodapé em um trabalho não se deve fazer uso do sistema numérico e
considerando-se que em boa parte dos trabalhos acadêmicos é necessário fazer
alguma nota de rodapé, optou por estabelecer que só seja usado o sistema autor-
data. Em função disso, para permitir um melhor conhecimento das variações que
utilizam o sistema autor-data, a seguir serão apresentados vários exemplos que
sequem esse sistema.
Quanto à forma de apresentação, as citações podem ser de três tipos:
citação direta, citação indireta e citação de citação.
123
8.9.2 Citação direta:
Segundo a ABNT NBR 10520 (2002), a citação direta é a transcrição textual
de parte da obra do autor consultado. É a que transcreve exatamente as palavras do
autor citado. É considerada breve quando sua extensão não ultrapassar três linhas
e, neste caso, integra-se a citação ao texto. As demais citações, tidas como longas,
devem receber destaque, com reentrada de 4 cm da margem. A distância entre as
linhas deve ser de um espaço simples. Entre o texto da citação e o restante do
trabalho, deve-se deixar dois espaços 1,5, antes e depois.
Segundo a mesma norma, devem ser indicadas as supressões,
interpolações, comentários, ênfase ou destaques, do seguinte modo:
a) supressões: [...]
b) interpolações, acréscimos ou comentários: [ ]
c) ênfase ou destaque: grifo ou negrito ou itálico.
No início ou no fim da citação, as reticências são usadas apenas quando o
trecho citado não é uma sentença completa (sentença que contenha sujeito,
predicado e seus complementos gramaticais exigidos).
Se a citação for usada para completar uma sentença do autor do trabalho,
esta terminará em vírgula e aquela iniciará sem a entrada do parágrafo e com letra
minúscula.
Se o texto do autor do trabalho for uma continuação da citação, esta
terminará por vírgula e o texto reiniciado sem entrada de parágrafo e letra
minúscula.
Quando transcrevem literalmente trechos de obras. É obrigatória a indicação
da página de onde foi retirada a citação. Quando o documento não apresenta
paginação, conforme o manual das normas para trabalhos acadêmicos da
Universidade de Caxias do Sul (UCS, 2016), o Sistema de Bibliotecas sugere incluir
a informação não paginado. Para as citações indiretas, é opcional apresentar o
número da página.
Exemplo: (BRASIL, 1989, não paginado) ou Conforme Abreu (2015, não
paginado).
Para Thompson (2000), a citação textual ocorre quanto o pesquisador
transcreve literalmente o texto de outrem, sendo que, para o mesmo autor, isso só
124
tem cabimento quando o dito texto se revestir de pequena extensão. Ele
complementa dizendo que o pesquisador deve fugir à tentação de deixar os outros
falarem em seu nome.
Existem dois tipos de citações diretas, agrupadas seguindo-se as normas a
seguir.
8.9.2.1 Citação até três linhas:
Segundo a ABNT NBR 10520 (2002) as citações diretas, no texto, de até
três linhas, devem ser colocadas entre aspas duplas. As aspas simples são
utilizadas para indicar citação no interior da citação.
Exemplo:
Motta et al (2001, p. 65), consideram a citação indireta ou livre “[...] aquela
citação na qual é expresso o pensamento de outra pessoa ou as palavras de outro
trabalho [...]”.
Ou
Outra forma de fazer citação é transcrever literalmente o texto de outro
autor, sendo ele chamada de citação direta ou textual. “É aquela em que se
transcreve exatamente um texto, ou parte dele, mantendo-se a grafia, a pontuação,
o uso de maiúsculas e o idioma.” (MOTTA et al, 2001, p. 66).
8.9.2.2 Citação com mais de três linhas:
Segundo a ABNT NBR 10520 (2002) as citações diretas, no texto, com mais
de três linhas, devem ser destacadas com recuo de 4 cm da margem esquerda, com
letra menor que a do texto utilizando e sem as aspas.
Para a elaboração das monografias do Departamento de Ciências Contábeis
ficou definido que esse tipo de citações deve constituir um parágrafo independente,
com recuo de 4 cm, letra em tamanho 10 e espaço entre linhas simples, sem aspas.
Exemplo:
Marion et al (2002, p. 75) consideram:
Citações são trechos de obras de outros autores inseridos ao longo do texto que conferem maior confiabilidade à pesquisa bibliográfica, esclarecem ou
125
complementam o que está sedo apresentado pelo autor, documentando sua interpretação. As citações podem ser textuais ou livres.
Ou
Observa-se que para citações com mais de três linhas, faz-se necessário uma entrada na margem esquerda de 4 cm. Utiliza-se letra corpo 10 e espaço simples para essa transcrição. Observa-se, ainda, que se pode suprimir uma ou mais palavras em uma citação, desde que o pensamento do autor não fique truncado. Se for para suprimir um pequeno trecho ou uma palavra, usa-se reticências dentro de dois colchetes [...] no intervalo onde ocorreu a supressão. Se, no entanto, for necessário suprimir períodos ou parágrafos, pontua-se uma linha inteira. (ALVES, 2003, p. 77).
Obs.: Foi apresentado aqui apenas o sistema de citação “autor – data”, isto
é, em que a indicação da fonte de citação foi feita no próprio texto. Uma outra forma
de indicar a fonte da citação é o sistema numérico, que consiste em colocar um
número ao final da citação e colocar a referência bibliográfica em nota de rodapé ou
numerada ao fim do capítulo.
O sistema “autor-data” é o mais utilizado atualmente, sendo este o escolhido
pelo Departamento de Ciências Contábeis da Universidade de Caxias do Sul.
Qualquer que seja a opção, ela deverá ser consistente do início ao fim do trabalho.
8.9.3 Citação livre, indireta ou paráfrase
Segundo a ABNT NBR 10520 (2002), é um texto baseado na obra do autor
consultado.
As citações indiretas são formadas por sínteses pessoais que reproduzem
fielmente as ideias de outros e nelas o nome do autor pode ser parte integrante do
texto menciona-se a data da publicação, entre parênteses, logo após o sobrenome
do autor.
A citação indireta expressa o pensamento de outra pessoa com as palavras
de quem está se utilizando da citação. A informação da fonte de onde foi tirada a
ideias pode ser feita de duas formas: depois de feita a citação indica-se o nome do
autor em letras minúsculas, entre parênteses, seguido por vírgula e o ano da
publicação da obra em que se encontra a ideia referida; fazer parte da sentença,
onde o nome do autor (sobrenome) aparece só com a primeira letra em maiúscula,
126
seguido do ano da obra entre parênteses. A identificação completa do autor, dono
do pensamento, é feita nas Referências, no fim do estudo.
Exemplos:
As citações livres são trechos que reproduzem a ideia do autor, porém com
outras palavras, ou seja, a ideia é do autor pesquisado sem, no entanto usar as suas
palavras (MARION et al, 2002).
Ou
Para Marion et al (2002), as citações livres são trechos que reproduzem a
ideia do autor, porém com outras palavras, ou seja, a ideia é do autor pesquisado
sem, no entanto usar as suas palavras.
8.9.4 Citação de obra com um autor
Exemplo:
Conforme Alves (2003, p. 76), “citações são menções inseridas no texto do
trabalho, extraídas de outras fontes de informação para esclarecimento de um
assunto em questão, ou para corroborar a ideia de um autor”.
Ou
“Sempre que houver uma citação literal, é necessário indicar o autor, o ano
da obra e a página de onde se extraiu o trecho” (ALVES, 2003, p. 76).
Ou
Segundo Alves (2003), a citações podem ser apresentadas de duas formas
(transcrição literal ou na forma de paráfrase) e podem aparecer no texto ou em nota
de rodapé.
8.9.5 Citação de obra com dois ou três autores
Exemplo:
Bruni e Famá (2002, p.254) consideram que “a margem de segurança
consiste na quantia ou índice de vendas que excedem o ponto de equilíbrio”.
Ou
“A margem de segurança [...] representa o quanto as vendas podem cair
sem que a empresa incorra em prejuízo, podendo ser expressa em quantidade, valor
127
ou percentual” (BRUNI; FAMÁ, 2002, p.254).
Ainda:
Veiga, Andrade e Pinho (2007, p.125) comentam que “deve-se observar
diversos fatores”.
Ou
“A oferta e a demanda devem ser analisadas de maneira interdependente”
(VEIGA; ANDRADE; PINHO, 2007, p. 129)
8.9.6 Citação de obra com mais de três autores
Exemplo:
Marion et al. (2002) colocam que a citação da citação é a reprodução de
informação ou ideia citada por outro autor. Os mesmos autores recomendam que
seja evitada essa modalidade de citação, recomendando-se consultar sempre a obra
original.
Ou
“A incorreção ou a dúvida ou a ênfase na citação são indicadas
respectivamente, com a expressão [sic], ou com interrogativo [?], ou com
exclamativo [!], entre colchetes” (MOTTA et al, 2001, p.67), (grifo do autor).
8.9.7 Citação de diferentes obras
Exemplo:
Citações livres são as citações compostas de trechos em que se reproduz a
ideia do autor sem, no entanto usar suas palavras (MARION et al 2002; MOTTA et al
2001).
8.9.8 Citações de diversos documentos de um mesmo autor publicados num mesmo ano
As citações de diversos documentos de um mesmo autor publicados num
mesmo ano são distinguidas pelo acréscimo de letras minúsculas, em ordem
alfabética, após a data e sem espacejamento, conforme a lista de referência.
128
Exemplo:
Silva (2006a)
Silva (2006b)
8.9.9 Citação de entidades coletivas conhecidas por siglas
Nas citações de entidades coletivas conhecidas por siglas deve-se citar o
nome por extenso acompanhado da sigla, na primeira citação.
Exemplo.
A Tab. 2 confirma os dados apresentados anteriormente (INSTITUTO
BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE, 1985).
Nas próximas citações deve-se usar apenas a sigla: IBGE (1985) ou (IBGE,
1985)
8.9.10 Citações de diversos documentos mencionados simultaneamente
Segundo a ABNT NBR 1520 (2002), as citações indiretas de diversos
documentos da mesma autoria, publicados em anos diferentes e mencionados
simultaneamente, têm as suas datas separadas por vírgula e quando forem de
diversos documentos de vários autores, mencionados simultaneamente, devem ser
separados por ponto-e-vírgula, em ordem alfabética.
Exemplos:
1) obras publicadas em vários anos de um único autor
(OLIVEIRA, 2004, 2007, 2008)
2) obras publicadas em vários anos de vários autores
(COSTA; PEREIRA; SILVA, 2004, 2005, 2008)
3) obras publicadas em vários anos de vários autores
Ela polariza e encaminha, sob a forma de “demanda coletiva”, as
129
necessidades de todos (FONSECA, 1997; PAIVA, 1997; SILVA, 1997).
8.9.11 Citação de documento sem autoria ou publicação periódica referenciada no todo
Segundo a NBR 120, nas citações de documento sem autoria ou publicação
periódica referenciada no todo se usa a primeira palavra do título seguida de
reticências e da data de publicação do documento e da(s) página(s) da citação, no
caso de citação direta, separados por vírgula e entre parênteses.
Exemplo:
No texto:
“As IES implementarão mecanismos democráticos, legítimos e transparentes
de avaliação sistemática, das suas atividades, levando em conta seus objetivos
institucionais e seus compromissos para com a sociedade.” (ANTEPROJETO....
1987, p.55)
Na lista de referências:
ANTEPROJETO de lei. Estudos e Debates. Brasília, DF, n. 13, p. 51-60,
jan. 1987.
8.9.12 Citação de título que inicia com artigo (definido ou indefinido)
A NBR 1520 estabelece que se o título iniciar por artigo (definido ou
indefinido), ou monossílabo, este deve ser incluído na indicação da fonte.
Exemplo.
No texto:
“Em Nova Londrina (PR), as crianças são levadas às lavouras a partir dos 5
anos.” (NOS CANAVIASI.... 1995, P.12)
Na lista de referências
NOS CANAVIAIS, mutilação em vez de lazer e escola. O Globo. Rio de
Janeiro, 16 jul 1995. O País, p.12
130
8.9.13 Citação de citação
A citação de citação deve ser evitada e somente usada quando não se pode
consultar o documento original sendo feita a reprodução da informação já citada por
outro autor.
No caso de citação de algo já citado em outra obra, a autoria deve ser
referenciada pelo sobrenome do autor original (do documento não consultado)
seguido da palavra latina “apud” (ou pela expressão em português “citado por”), o
sobrenome do autor da obra consultada, a data e a página. Note que não se deve
citar a data da obra original.
Segundo a NBR 10520 da ABNT (2002) a expressão apud – citado por,
conforme, segundo – pode também ser usada no texto. Como exemplos a referida
norma cita:
No texto:
Segundo Silva (1983 apud ABREU, 1999, p.3) diz ser [...]
“[...] o viés organicista da burocracia estatal e o antiliberalismo da cultura
política de 1937, preservando de modo encapuçado na Carta de 1946.” (VIANNA,
1986, p. 172 apud SEGATTO, 1995, p.214-215).
No modelo serial de Gough (1972 apud NARDI, 1993), o ato de ler envolve
um processamento serial que começa com uma fixação ocular sobre o texto,
prosseguindo da esquerda para a direita de forma linear.
No rodapé
_____________1EVANS, 1987 apud SAGE, 1992, p. 2-3
É importante observar que sempre que os nomes dos autores aparecerem
no texto da frase, fora dos parênteses, devem ser escritos apenas com a primeira
letra em maiúscula. Já se eles estiverem entre parênteses, então todo o nome deve
estar em letras maiúsculas.
Recomenda-se que em nota de rodapé sejam mencionados os dados da
obra original e na lista de referências bibliográficas sejam mencionados os dados a
obra efetivamente consultada (ver exemplo a seguir).
Segundo Lakotos e Marconi8 (1994 apud ALVES, 2003, p. 80), as notas de 8 LAKATOS, E.M.; MARCONI, M.DE A. Metodologia do trabalho científico. 4.ed. São Paulo: Atlas,
1992.
131
rodapé possuem algumas finalidades:
a) a indicação numérica da fonte de uma citação – quer seja literal ou
paráfrase – aparece no rodapé na mesma página onde se encontra o
texto citado. Esta numeração obedece à ordem crescente sempre que
indicar a fonte de uma citação;
b) definir conceitos e termos;
c) inserir alguma consideração que se julga relevante e
d) indicar a versão original de um texto traduzido.
Também se pode colocar a fonte no final do texto, devendo aparecer assim:
....(LAKOTOS e MARCONI² 1994 apud ALVES, 2003, p. 80).
Obs.: Em notas de rodapé, incluir a referência documento original (Lakotos e
Marconi) conforme exemplo apresentado. Quando a opção for por não usar a nota,
se deve incluir duas entradas nas referências bibliográficas.
Exemplo:
LAKATOS, E.M.; MARCONI, M. DE A. Metodologia do trabalho científico. 4.ed. São Paulo: Atlas, 1992.
ALVES, Magda. Como Escrever Teses e Monografias – Um Roteiro passo a passo. São Paulo: Campus, 2003.
Seguindo a regras previstas UCS (2016), a primeira opção (informar os
dados da obra original em rodapé) é que ficou definida como a que deve ser
seguida.
8.9.14 Informação oral
Segundo a NBR 10520 da ABNT (2002), quando se tratar de dados obtidos
por informação oral (palestras, debates, comunicações) indicar entre parênteses, a
expressão informação verbal, mencionando-se os dados disponíveis, em notas de
rodapé.
Exemplo:
No texto
O novo medicamento está disponível até o final deste semestre (informação
verbal)¹
No rodapé da página:
132
__________________¹ Notícia fornecida por John A. Smith no Congresso Internacional de Engenharia Genética, em Londres, em outubro de 2001.
8.9.15 Trabalhos em fase de elaboração
Na citação de trabalhos em fase de elaboração, trabalhos não publicados,
deve ser mencionado o fato, indicando os dados disponíveis.
8.9.16 Enfatizando trechos de citação
Segundo a NBR 10520 da ABNT (2002), para dar ênfase ou destaque a uma
parte do texto deve-se usar o grifo ou negrito ou itálico.
Para enfatizar trechos da citação, deve-se destacá-los indicando esta
alteração com a expressão grifo nosso entre parênteses, após a idealização da
citação. Caso o destaque seja do autor consultado, usa-se a expressão grifo do
autor.
Exemplo:
“Citações são menções inseridas no texto do trabalho, extraídas de outras
fontes de informação para esclarecimento de um assunto em questão, ou para
corroborar a ideia de um autor (ALVES, 2003, p.76).”
8.9.17 Supressões
Segundo a NBR 10520 da ABNT (2002), as supressões nas citações devem
ser transcritas do seguinte modo: [...]
Exemplo:
Citação é a indicação no texto, de forma integral ou em parte de informações retiradas de outras fontes ou publicações, [...]. Sua existência serve para esclarecer, sustentar e complementar as ideias afirmadas pelo autor do trabalho. Dessa forma estarão sendo preservados os direitos autorais [...] (MOTTA, HENSSELN, GIALDI, 2001, P.65).
133
8.9.18 Interpolações ou comentários
Segundo a NBR 10520 da ABNT (2002), as interpolações ou comentários
são transcritos da seguinte maneira: [ ]
Exemplo:
A indicação no documento das fontes citadas [existem dois sistemas de citações, o de chamada numérico e de chamada alfabético] é empregada para designar a fonte de onde se retiram as informações ou trechos de publicações consultadas para a realização do trabalho. (MOTTA, HENSSELN, GIALDI, 2001, P.69).
Chamada no texto
No texto, após a última palavra da ideia ou citação utilizada, colocar, entre
parênteses, sobrenome do autor seguido do ano de publicação do trabalho. Se o
documento não apresentar ano de publicação, registrar a década aproximada.
No caso de citação de documentos de um mesmo autor, editados no mesmo
ano, acrescentar a letra minúscula após o ano de publicação.
Exemplo:
(KOTLER, 1985a, p. 48)
(KOTLER, 1985b, p.35)
Para outras informações sobre regras de citações deve-se consultar a NBR
10520 da ABNT (2002) .
134
9 MODELOS DE REFERÊNCIAS
O modelo de referência muda em função da fonte pesquisada, visto que, os
elementos a serem apresentados variam em virtude do tipo da fonte utilizada.
Antes de apresentar os modelos de referências entendeu-se necessário
apresentar as regras gerais de apresentação.
9.1 REGRAS GERAIS DE APRESENTAÇÃO
Segundo a NBR 6023 (2002), as principais regras de apresentação das
referências bibliográficas são as seguintes:
a) os elementos essenciais e complementares da referência devem ser
apresentados em sequência padronizada;
b) as referências são alinhadas somente à margem esquerda do texto e de
forma a se identificar individualmente cada documento, em espaço
simples e separadas entre si por espaço duplo. Quando aparecerem em
notas de rodapé, serão alinhadas, a partir da segunda linha da mesma
referência, abaixo da primeira letra da primeira palavra, de forma a
destacar o expoente e sem espaço entre elas;
c) a pontuação segue padrões internacionais e deve ser uniforme para
todas as referências. As abreviaturas devem ser conforme a ABNT NBR
10522 (1988);
d) o recurso tipográfico (negrito, grifo ou itálico) utilizado para destacar o
elemento título deve ser uniforme em todas as referências de um mesmo
documento. Isto não se aplica as obras sem indicação de autoria, ou de
responsabilidade, cujo elemento de entrada é o próprio título, já
destacado pelo uso de letras maiúsculas na primeira palavra, com
exclusão de artigos (definidos e indefinidos) e palavras. O Colegiado do
Curso de Ciências Contábeis da UCS optou pelo negrito, seguindo o
critério adotado pelo Guia para Elaboração de Trabalhos Acadêmicos da
Universidade de Caxias do Sul - UCS;
e) as referências constantes em uma lista padronizada devem obedecer aos
mesmos princípios. Ao optar pela utilização de elementos
135
complementares, estes devem ser incluídos em todas as referências
daquela lista.
Com o objetivo de reduzir as dificuldades do pesquisador em montar as
referências bibliográficas, a seguir são apresentados alguns modelos das mesmas.
A ABN NBR 6023 (2002), norma específica sobre referências bibliográficas,
apresenta vários outros exemplos, além dos a seguir relacionados, bem como trata
das normas que devem ser seguidas ao elaborar as referências bibliográficas.
Sendo assim, se após a leitura desse capítulo ainda persistir alguma dúvida,
recomenda-se a leitura da referida norma.
9.2 MONOGRAFIA (LIVRO, FOLHETO, SEPARATA, DISSERTAÇÕES, TESES,
ETC.)
9.2.1 Monografia no todo com autoria
Inclui livro e/ou folheto, (manual, guia, catálogo, enciclopédia dicionário etc)
trabalho acadêmico (teses, dissertações, entre outros).
Os elementos essenciais são: autor(es), título, edição, local, editora e data
de publicação.
Exemplo:
GOMES, L.G.F.F. Novela e sociedade no Brasil. Niterói: EdUFF, 1998.
Quando necessário, acrescentam-se elementos complementares à
referência para melhor identificar o documento.
Exemplo:
GOMES, L.G.F.F. Novela e sociedade no Brasil. Niterói: EdUFF, 1998. 137p., 21 cm (coleção Antropologia e Ciência Política, 15). Bibliografia: p.131-132. ISBN 85-228-0268-8
9.2.2 Monografia no todo em meio eletrônico
As referências devem obedecer aos padrões indicados para documentos
monográficos no todo, acrescidas das informações relativas à descrição do meio
136
eletrônico.
Exemplo:
KOOGAN, André; HOUAISS, Antonio (Ed.). Enciclopédia e dicionário digital 98. Direção geral de André Koogan Breikmam. São Paulo: Delta: Estadão, 1998. 5 CD-RS
Quando se tratar de obras consultadas online, também são essenciais as
informações sobre o endereço eletrônico, apresentado entre os sinais < >, precedido
da expressão Disponível em: e a data de acesso ao documento, precedida da
expressão Acesso em:, opcionalmente acrescida dos dados referentes a hora,
minutos e segundos.
Exemplo:
ALVES, Castro. Navio negreiro. [S.I.]: Virtual Books, 2000. Disponível em <http://www.terra.com.br/virtualbooks/freebook/port/Lport2/navionegreiro.htm>. Acesso em: 10 jan. 2002, 16:30:30.
9.2.3 Monografia no todo sem autoria
Os livros no todo sem autoria têm a sua entrada pelo título com a primeira
palavra em maiúscula.
Exemplo:
ENCICLOPÉDIA Mirador Internacional. 6.ed. São Paulo: Encyclopeida Britannica, 1993. 20 v.
9.2.4 Monografia consideradas em parte
Inclui capítulo, volume, fragmento e outras partes de uma obra, com
autor(es) e/ou títulos próprios.
Os elementos essenciais são: autor(es), título da parte, seguidos da
expressão “In”., e da referência completa da monografia no todo. No final da
referência, deve-se informar a paginação ou outra forma de individualizar a parte
referenciada.
Exemplo:
137
ROMANO, Giovanni. Imagens da juventude na era moderna. In: LEVI G.; SCHMIDT, J. (Org). História dos jovens 2: São Paulo: Companhia das Letras, 1996. p. 7-16.
Quando necessário acrescentam-se elementos complementares à referência
para melhor identificar o documento.
Exemplo:
ROMANO, Giovanni. Imagens da juventude na era moderna. In: LEVI G.; SCHMIDT, J. (Org). História dos jovens 2: a época contemporânea. São Paulo: Companhia das Letras, 1996. p. 7-16.
Capítulo ou parte de Livro:Quando o autor da parte é o mesmo do todo
AUTOR. Título. Local de publicação: Editora, data de publicação. Número e páginas ou volumes. Número(s) da(s) página(s) ou volumes consultados
Exemplo:
BOGGS, James. Ação e pensamento. São Paulo: Brasiliense, 1969. 3 v. v. 3: A Revolução americana.
Quando o autor da parte é diferente do todo
AUTOR DO CAPÍTULO. Título do capítulo. In: AUTOR DO LIVRO. Título do livro. Local de publicação: Editora, data. Número(s) da(s) página(s) ou volumes consultados.
Exemplo:
BORSOI, Izabel Cristina Ferreira, A Saúde da mulher trabalhadora. In: CODO, Wanderley; SAMPAIO, José Jackson Coelho (Org.) Sofrimento psíquico nas organizações. Rio de Janeiro: Vozes, 1995. p. 115-126.
Trabalho apresentado em eventos (congressos, conferências, etc.)
AUTOR. Título. In: NOME DO CONGRESSO, nº, ano, local de realização. Título. Local, Editora, data, Páginas consultadas.
Exemplo:
138
BERNDT, Alexander. Aprendizagem Vivencial. In: ENCONTRO NACIONAL DE AVLIAÇÃO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO DO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO, 1997, Brasília. Anais... Brasília: Faculdades Integradas Sant’Ana, 1997. p. 28-36.
Autor EntidadeSão instituições, organizações, empresas, comitês, comissões, responsáveis
por publicações em que não se distingue genérica entra-se pelo órgão superior (em
maiúscula)
Exemplo:
PORTO ALEGRE. Prefeitura Municipal. Secretaria Municipal de Educação e Cultura. Caderno de restauro: Solar Lopo Gonçalves. Porto Alegre, 1987
Se a entidade tiver uma denominação específica entra-se diretamente pelo
seu nome (em maiúscula).
Exemplo:
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORAS TÉCNICAS. NBR 5801: regras de arredondamento na numeração decimal. Rio de Janeiro, 1977.
9.2.5 Monografia em parte em meio eletrônico
As referências devem obedecer aos padrões indicados para as monografias,
de acordo com 6.1.4, acrescidas das informações relativas à descrição física do
meio eletrônico (disquetes, CD-ROM, online etc.). Quando se tratar de obras
consultadas online, proceder-se-á conforme 6.1.2.
Exemplo:
MORFOLOGIA dos artrópodes. In: ENCICLOPÉDIA multimídia dos seres vivos. [S.I.]: Planeta DeAgostini, c1998. CD-ROM 9.
9.2.6 Dissertação/Tese/Trabalho de Conclusão
AUTOR. Título. Ano. Nº de páginas. Tese ou dissertação (Grau e Área) – Unidade de Ensino, Instituição, Local.
Exemplo:
139
BRAGHIROLLI, Maria Luiza Silveira. Capacidade e aprendizagem tecnológica na terceira geração da indústria petroquímica do Rio Grande do Sul. 1999. 200f. Dissertação (Mestrado em Administração) – Escola de Administração, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.
9.3 PUBLICAÇÃO PERIÓDICA
Inclui a coleção como um todo, fascículo ou número de revista, número de
jornal, caderno etc. na íntegra, e a matéria existente em um número, volume ou
fascículo de periódico (artigos científicos de revistas, editoriais, matérias jornalísticas
seções, reportagens etc.).
9.3.1 Publicações periódicas consideradas no todo
A referência de toda a coleção de um título de periódico é utilizada em listas
de referências e catálogos de obras preparados por livreiros, bibliotecas ou editoras.
Os elementos essenciais são: título, local de publicação, editora, datas de
início e de encerramento da publicação, se houver.
Exemplo:
REVISTA BRASILEIRA DE GEOGRAFIA. Rio de Janeiro: IBGE, 1939.
Quando necessário, acrescentam-se elementos complementares à
referência para melhor identificar o documento.
Exemplo:
REVISTA BRASILEIRA DE GEOGRAFIA. Rio de Janeiro: IBGE, 1939. – Trimestral. Absorveu Boletim Geográfico, do IBGE. Índice acumulado, 1939-1983. ISSN 0034-723X.
9.3.2 Partes de revistas, boletim etc.
Inclui volume, fascículo, números especiais e suplementos, entre outros,
sem título próprio.
Os elementos essenciais são: título da publicação, local de publicação,
140
editora, numeração do ano e/ou volume, numeração do fascículo, informações de
períodos e datas de sua publicação.
Exemplo:
DINHEIRO. São Paulo: Ed. Três, nº. 148, 28 jun. 2000.
Quando necessário, acrescentam-se elementos complementares à
referência para melhor identificar o documento.
Exemplo:
DINHEIRO: revista semanal de negócios. São Paulo: Ed. Três, n. 148, 28 jun. 2000. 98 p.
9.3.3 Artigo e/ou matéria de revista, boletim etc.
Inclui parte de publicações periódicas (volumes, fascículos, números
especiais e suplementos, com título próprio), comunicações, editorial, entrevistas,
recensões, reportagens, resenhas e outros.
Os elementos essenciais são: autor(es), título da parte, artigo ou matéria,
título da publicação, local de publicação, numeração correspondente ao volume e/ou
ano, fascículo ou número, paginação inicial e final, quando se tratar de artigo ou
matéria, data ou intervalo de publicação e particularidades que identificam a parte
(se houver)
Exemplo:
MÃO-DE-OBRA e previdência. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, Rio de Janeiro; v.7, 1983. Suplemento.
Quando necessário, acrescentam-se elementos complementares à
referência para melhor identificar o documento.
Exemplo:
COSTA, V.R. À margem da lei: o Programa Comunidade Solitária. Em Pauta: revista da Faculdade de Serviço Social da UERJ, Rio de Janeiro, n. 12, p. 131-148, 1998.
141
9.3.4 Artigo e/ou matéria de revista, boletim etc. em meio eletrônico
As referências devem obedecer aos padrões indicados para artigo e/ou
matéria de revista, boletim etc., de acordo com 6.2.3, acrescidas das informações
relativas à descrição física do meio eletrônico (disquetes, CD-RON, online etc.).
Quando se tratar de obras consultadas online, proceder-se-á conforme 6.12.
Exemplo:
SILVA, M.M.L. Crimes da era digital. Net, Rio de Janeiro, nov. 1998. Seção Ponto de vista. Disponível em: <http://www.brazilnet.com.br/contexts/brasilrevistas.htm>. Acesso em: 28 nov. 1998.
9.3.5 Artigo e/ou matéria de jornal
Inclui comunicações, editorial, entrevistas, reportagens, resenhas e outros.
Os elementos essenciais são: autor(es) (se houver), título, título do jornal,
local de publicação, data de publicação, seção, caderno ou parte do jornal e a
paginação correspondente. Quando não houver seção, caderno ou parte, a
paginação do artigo ou matéria precede da data.
Exemplo:
NAVES, P. Lagos andinos dão banho de beleza. Folha de S. Paulo, São Paulo, 28 jun. 1999. Folha Turismo, Caderno 8, p. 13.
Quando necessário, acrescentam-se elementos complementares à
referência para melhor identificar o documento.
Exemplo:
PAIVA, Anabela. Trincheira musical: músico dá lições de cidadania em forma de samba para crianças e adolescentes. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, p.2. 12 jan.2002.
9.3.6 Artigo e/ou matéria de jornal em meio eletrônico
As referências devem obedecer aos padrões indicados para artigo e/ou
matéria de jornal, de acordo com 6.2.5, acrescidas das informações relativas à
142
descrição física do meio eletrônico (disquetes, CD-ROM, online etc.). Quando se
tratar de obras consultadas online, proceder-se-á conforme 6.12.
Exemplo:
SILVA, Ives Gandra da. Pena de morte para o nascituro. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 19. set. 1998. Disponível em: <http://www.providafamilia.org/ pena_morte_ nascituro.htm>. Acesso em 19 set. 1998.
9.4 EVENTO COMO UM TODO
Inclui o conjunto dos documentos reunidos num produto final do próprio
evento (atas, anais, resultados, proceedings, entre outras denominações).
9.4.1 Evento como um todo
Os elementos essenciais são: nome do evento, numeração (se houver), ano
e local (cidade) de realização. Em seguida, deve-se mencionar o título do
documento (anais, atas, tópico temático etc.). seguido dos dados de local de
publicação, editora e data da publicação.
Exemplo:
IUFOST INTERNATIONAL SYMPOSIUM ON CHEMICAL CHANGES DURING FOOD PROCESSING, 1984, Valencia. Proceeding… Valencia: Instituto de Agroquímica y Tecnologia de Alimentos, 1984.
Quando necessário, acrescentam-se elementos complementares à
referência para melhor identificar o documento.
Exemplo:
REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE QUÍMICA, 20., 1997, Poços de Caldas. Química: academia, indústria, sociedade: livro de resumo. São Paulo: Sociedade Brasileira de Química, 1997.
9.4.2 Evento como um todo em meio eletrônico
As referências devem obedecer aos padrões indicados para evento como
143
um todo, de acordo com 6.3.1, acrescidos das informações relativas à descrição
física do meio eletrônico (disquetes, CD-ROM, online etc.). Quando se tratar de
obras consultadas online, proceder-se-á conforme 6.12.
Exemplo:
CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UFPe, 4., 1996, Recife. Anais eletrônicos... Recife: UFPe, 1996. Disponível em: <http://www/propesq.ufpe.br/ anais/anais.htm>. Acesso em: 21 jan. 1997.
9.5 TRABALHO APRESENTADO EM EVENTO
Inclui trabalhos apresentados em evento (parte do evento)
9.5.1 Trabalho apresentado em evento
Os elementos essenciais são: autor(es), título do trabalho apresentado,
seguido da expressão In:, nome do evento, numeração do evento (se houver), ano e
local (cidade) de realização, título do documento (anais, atas, tópico temático etc.),
local, editora, data de publicação e página inicial e final da parte referenciada.
Exemplo:
BRAYNER, A. R. A.; MEDEIROS, C. B. Incorporação do tempo em SGBD orientado a objetos. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE BANCO DE DADOS, 9, 1994, São Paulo. Anais... São Paulo: USP, 1994. p. 16-29
Quando necessário, acrescentam-se elementos complementares à
referência para melhor identificar o documento.
Exemplo:
MARTIN NETO, L., BAYER, C.; MIELNICZUK, J. Alterações qualitativas da matéria orgânica e os fatores determinantes da sua estabilidade num solo podzólico vermelho-escuro em diferentes sistemas de manejo. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIA DO SOLO, 26. 1997, Rio de Janeiro. Resumos.... Rio de Janeiro: Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, 1997. p. 443, ref. 6-141.
144
9.5.2 Trabalho apresentado em evento em meio eletrônico
As referências devem obedecer aos padrões indicados para evento como
um todo, de acordo com 6.4.1, acrescidos das informações relativas à descrição
física do meio eletrônico (disquetes, CD-ROM, online etc.). Quando se tratar de
obras consultadas online, proceder-se-á conforme 6.12.
Exemplo:
GUICHO, M. R. A educação à distância e a biblioteca universitária, In. SEMINÁRIO DE BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS,10.. 1998, Fortaleza. Anais....Fortaleza: Tec Treina, 1998. 1 CD-ROM.
9.6 ARTIGO OU TRABALHO PUBLICADO EM CONGRESSOS
9.6.1 Artigo publicado em anais de congresso
AUTOR. Título do artigo. In: NOME DO EVENTO, nº do evento, ano, local. Anais.... local de publicação: Editora, data de publicação. Página inicial e final da parte referenciada.
Exemplo:
SONNENBUR, Cláudio R. Um modelo de fluxo de dados e respectiva arquitetura. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE ARQUITETURA DE COMPUTADORES, 7, 1995, Canela. Anais.... Porto Alegre: Instituto de Informática da UFRGS, 1995. p.41-60.
9.6.2 Trabalho publicado em anais de congresso disponível em meio eletrônico
Exemplo.
SILVA, R. N.; OLIVEIRA, R. Os limites pedagógicos do paradigma da qualidade total na educação. In: CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UFPe, 4., 1996, Recife. Anais eletrônicos.... Recife: UFPe, 1996. Disponível em: <http://www.prpesq.ufpe.br/anais/educ/ce04.htm>. Acesso em: 21 jan.1997.
145
9.7 PATENTE
Os elementos essenciais são: entidade responsável e/ou autor, título,
número da patente e datas (do período de registro).
Exemplo:
EMBRAPA. Unidade de Apoio, Pesquisa e Desenvolvimento de Instrumentação Agropecuária (São Carlos, SP). Paulo Estevão Cruvinel. Medidor digital multissensor de temperatura para solos. BR n. PI 8903105-9, 26 jun. 1989, 30 maio 1995.
9.8 DOCUMENTO JURÍDICO
Inclui legislação, jurisprudência (decisões judiciais) e doutrina (interpretação
dos textos legais).
9.8.1 Legislação
Compreende a Constituição, as emendas constitucionais e os textos legais
infraconstitucionais (lei complementar e ordinária, medida provisória, decreto em
todas as suas formas, resolução do Senado Federal) e normas emanadas das
entidades públicas e privadas (ato normativo, portaria, resolução, ordem de serviço,
instrução normativa, comunicado, aviso, circular, decisão administrativa, entre
outros).
Os elementos essenciais são: jurisdição (ou cabeçalho da entidade, no caso
de se tratar de normas), título, numeração, data e dados da publicação. No caso de
Constituição e suas emendas, entre o nome da jurisdição e o título, acrescenta-se a
palavra Constituição, seguida do ano de promulgação, entre parênteses.
Exemplos:
SÃO PAULO (Estado). Decreto nº 42.822, de 20 de janeiro de 1998. Lex: coletânea de legislação e jurisprudência, São Paulo, v. 62, n. 3, p. 217-220, 1998.
BRASIL. Código civil. 46. ed. São Paulo: Saraiva, 1995.
BRASIL. Constituição (1998). Emenda constitucional nº 9, de 9 de novembro de 1995. Lex: legislação federal e marginalia, São Paulo, v. 59, p. 1966, out/dez. 1995
146
9.8.2 Jurisprudência (decisões judiciais)
Compreende súmulas, enunciados, acórdãos, sentenças e demais decisões
judiciais.
Os elementos essenciais são: jurisdição e órgão judiciário competente, título
(natureza da decisão ou ementa) e número, partes envolvidas (se houver), relator,
local, ata e dados da publicação.
Exemplo:
BRASIL.Supremo Tribunal Federal nº 14. In:_______. Súmulas. São Paulo: Associação dos Advogados do Brasil, 1994. p. 16.
Quando necessário, acrescentam-se elementos complementares à
referência para melhor identificar o documento.
Exemplo:
BRASIL.Supremo Tribunal Federal nº 14. Não é admissível por ato administrativo restringir, em razão de idade, inscrição em concurso para cargo público. In:_______. Súmulas. São Paulo: Associação dos Advogados do Brasil, 1994. p. 16.
9.9 DOUTRINA
Inclui toda e qualquer discussão técnica sobre questões legais (monografias,
artigos de periódicos, papers etc.), referenciada conforme o tipo de publicação.
9.9.1 Documento jurídico
Exemplo:
BARROS, Raimundo de. Ministério Público: sua legitimação frente ao Código do Consumidor. Revista Trimestral de Jurisprudência dos Estados, São Paulo, v. 19, n. 139, p. 53-72, ago. 1995.
9.9.2 Documento jurídico em meio eletrônico
As referências devem obedecer aos padrões indicados para evento como
147
um todo, de acordo com 6.8.1, acrescidos das informações relativas à descrição
física do meio eletrônico (disquetes, CD-ROM, online etc.). Quando se tratar de
obras consultadas online, proceder-se-á conforme 6.12.
Exemplo:
LEGISLAÇÃO brasileira: normas jurídicas federais, bibliografia brasileira de Direito. 7. ed. Brasília, DF: Senado Federal, 1999. 1 CD-ROM. Inclui resumos padronizados nas normas jurídicas editadas entre janeiro de 1946 e agosto de 1999, assim como textos integrais de diversas normas.
9.10 IMAGEM EM MOVIMENTO
Inclui filmes, videocassetes, DVD, entre outros.
Os elementos essenciais são: título, diretor, produtor, local produtora, data e
especificação do suporte em unidades físicas.
Exemplo:
OS PERIGOS do uso de tóxicos. Produção de Jorge Ramos de Andrade.. São Paulo: CERAVI, 1983. 1 videocassete.
Quando necessário, acrescentam-se elementos complementares à
referência para melhor identificar o documento.
Exemplo:
OS PERIGOS do uso de tóxicos. Produção de Jorge Ramos de Andrade. Coordenação de Maria Izabel Azevedo. São Paulo: CERAVI, 1983. 1 videocassete (30 min), VHS, son., color.
9.11 DOCUMENTO ICONOGRÁFICO
Inclui pintura, gravura, ilustração, fotografia, desenho técnico, diapositivo,
diafilme, material estereográfico, transparência, cartaz entre outros.
148
9.11.1 Documento iconográfico
Os elementos essenciais são: autor, título (quando não existir, deve-se
atribuir uma denominação ou a indicação Sem título, entre colchetes), data e
especificação do suporte.
Exemplo:
KOBAYASHI, K. Doença dos xavantes. 1980. 1 fotografia.
Quando necessário, acrescentam-se elementos complementares à
referência para melhor identificar o documento.
Exemplo:
KOBAYASHI, K. Doença dos xavantes. 1980. 1 fotografia, color. 16 cm x 56 cm.
9.11.2 Documento iconográfico em meio eletrônico
As referências devem obedecer aos padrões indicados para evento como
um todo, de acordo com 6.10.1, acrescidos das informações relativas à descrição
física do meio eletrônico (disquetes, CD-ROM, online etc.). Quando se tratar de
obras consultadas online, proceder-se-á conforme 6.12.
Exemplo:
VASO. TIFF. 1999. Altura: 1083 pixels. Largura 827 pixels. 300 dpi. 32 BIT CMYK. 3.5 Mb. Formato TIFF bitmap. Compactado. Disponível em: <C:\Carol\VASO.TIFF>. Acesso em: 28 out. 1999.
9.12 DOCUMENTO CARTOGRÁFICO
Inclui Atlas, mapa, globo, fotografia aérea entre outros. As referências
devem obedecer aos padrões indicados para outros tipos de documentos, quando
necessário.
149
9.12.1 Documento cartográfico
Conforme a NBR 6023 da ABNT (2002), documento cartográfico inclui atlas,
mapas, globo, fotografia aérea entre outros. As referências devem obedecer aos
padrões indicados para outros tipos de documentos, quando necessário. Segundo a
referida norma, os elementos essenciais para esse tipo de referência são: autor(es),
título, local, editora, data de publicação, designação específica e escala.
Exemplos:
ALTAS Mirador Internacional. Rio de Janeiro: Enciclopédia Britânica do Brasil, 1981. 1 Atlas. Escalas variam
INSTITUTO GEOGRÁFICO E CARTOGRÁFICO (São Paulo, SP). Regiões de governo do Estado de São Paulo. São Paulo, 1994. 1 altas. Escala 1:2.000.
Quando necessário, acrescentam-se elementos complementares à
referência para melhor identificar o documento.
Exemplo:
BRASIL e parte da América do Sul: mapa político, escolar, rodoviário, turístico e regional. São Paulo: Michalany, 1981. 1 mapa, color., 79 cm x 95 cm. Escala 1:600.000.
9.12.2 Documento cartográfico em meio eletrônico
As referências devem obedecer aos padrões indicados para evento como
um todo, de acordo com 6.11.1, acrescidos das informações relativas à descrição
física do meio eletrônico (disquetes, CD-ROM, online etc.). Quando se tratar de
obras consultadas online, proceder-se-á conforme 6.12.
Exemplo:
ESTADOS UNIDOS. National Oceanic and Atmospheric Administration. 1999071318.GIF. Itajaí. UNIVALI, 1999. 1 imagem de satélite. 557 Kb. GÓES-08: SE. 13 jul. 1999, 17: 45Z, IR04. 1 disquete 3 ½ pó.
150
9.13 DOCUMENTO SONORO NO TODO
Inclui disco, CD (compact disc), cassete, rolo, entre outros.
9.13.1 Documento sonoro no todo
Os elementos essenciais são: compositor(es) ou intérprete(s), título, local,
gravadora (ou equivalente), data e especificação do suporte.
Exemplo:
ALCIONE. Ouro e cobre. São Paulo: RCA Victor, p1988. 1 disco sonoro
As referências devem obedecer aos padrões indicados para evento como
um todo, de acordo com 6.12.1, acrescidos das informações relativas à descrição
física do meio eletrônico (disquetes, CD-ROM, online etc.). Quando se tratar de
obras consultadas online, proceder-se-á conforme 6.12.
Exemplo:
ALCIONE. Ouro e cobre. Direção artística: Miguel Propschi. São Paulo: RCA Victor, p1988. 1 disco sonoro (45 min), 33 1/3 rpm, estéreo, 12 pol.
9.13.2 Documento sonoro em parte
Inclui partes e faixas de documentos sonoros.
Os elementos essenciais são: compositor(es), intérprete(s) da parte (ou faixa
de gravação), título, seguidos da expressão In:, e da referência do documento
sonoro no todo. No final da referência, deve-se informar a faixa ou outra forma de
individualizar a parte referenciada.
Exemplo:
COSTA, S.; SILVA, A. Jura secreta. Intérprete: SIMONE. Face a face. [S.I.]: Emi-Odeon Brasil, p1977. 1 CD. Faixa 7.
Quando necessário, acrescentam-se elementos complementares à
referência para melhor identificar o documento.
Exemplo:
151
GINO, A. Toque macio. Intérprete: Alcione. In: ALCIONE. Ouro e cobre. Direção artística: Miguel Propschi. São Paulo: RCA Victor, p1988. 1 disco sonoro (45 min), 33 1/3 rpm, estéreo, 12 pol. Lado A, faixa 1 (4 min 3 s)
9.14 DOCUMENTOS DE ACESSO EXCLUSIVO EM MEIO ELETRÔNICO
Inclui bases de dados, listas de discussão, BBS (site), arquivos em disco
rígido, programas, conjuntos e programas e mensagens eletrônicas entre outros.
Os elementos essenciais são: autor(es), título do serviço ou produto, versão
(se houver) e descrição física do meio eletrônico. Quando se tratar de obras
consultadas online, proceder-se-á conforme 6.12.
Nota: no caso de arquivos eletrônicos, acrescentar respectiva extensão à
denominação atribuída ao arquivo.
Exemplo:
MICROSOFT Project for Windows 95. Verson 4.1 [S.I.]: Microsoft Corporation, 1995, 1 CD-ROM
Quando necessário, acrescentam-se elementos complementares à
referência para melhor identificar o documento.
Exemplo:
MICROSOFT Project for Windows 95: project planning software. Verson 4.1 [S.I.]: Microsoft Corporation, 1995, 1 CD-ROM
9.15 OUTRAS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
9.15.1 Entrevistas
AUTOR. Assunto ou título do programa. Local do depoimento, entidade onde aconteceu o pronunciamento, data em que a entrevista foi concedida. Nota indicando o tipo de depoimento e nome do entrevistador.
Exemplo:
SUSSENKIN, Arnaldo. Anteprojeto da nova CLT. Porto Alegre, Televisão Guaíba,
152
29 abr. 1979. Entrevista concedida a Amir Domingues.
9.15.2 Informação verbal
AUTOR do depoimento. Assunto ou título. Local do depoimento, instituição (se houver), data em que a informação foi proferida. Nota indicando tipo de depoimento, conferência, discurso, anotação de aula, etc.
Exemplo:
BIASIO, Roberto. Preço de Venda. Universidade de Caxias do Sul. Porto Alegre, 21 de nov.de 2003. Aula ministrada no Programa de Pós-Graduação em Gestão Financeira.
9.15.3 Banco de dados
BIRDS from Amapá: banco de dados. Disponível em: <http://www/bdt.org/bdt/ avifauna/aves>. Acesso em: 25 nov. 1998
9.15.4 E-mail
MARTINS, Eliseu. A evolução dos sistemas de custeio [mensagem pessoal]. Mensagem recebida por <[email protected]> em 25 jan. 2004.
153
10CONCLUSÃO
É através da monografia que o aluno tem a oportunidade de expressar, além
do conhecimento adquirido durante todo curso, a sua capacidade de contribuição no
estudo e desenvolvimento dos temas relacionados com a contabilidade. Portanto,
podemos considerar a monografia como sendo uma fotografia do conhecimento que
cada aluno adquiriu durante o seu curso e de sua capacidade de reflexão na
elaboração de uma pesquisa. Fotografia essa que ficará exposta da biblioteca como
prova da capacidade e da qualidade individual de cada aluno na elaboração do
conhecimento técnico e científico. Em função dessa importância que a monografia
apresenta é muito importante que cada aluno dê o máximo de si no seu
desenvolvimento, tanto no que se refere na escolha e no desenvolvimento do tema,
como também no uso adequado das normas técnicas para a sua elaboração.
Acreditamos que esse manual de apoio à elaboração de monografia, além
apresentar várias normas estabelecidas pela ABNT para a elaboração de
monografias, apresenta várias dicas que, com certeza, serão de muita utilidade para
os alunos no seu árduo trabalho de pesquisa e de elaboração de sua monografia. O
simples uso do manual não garantirá uma excelente monografia, porém com
certeza, o seu uso em muito contribuirá para que o aluno possa elaborar uma
pesquisa com qualidade e com menor grau de dificuldade.
Durante a elaboração do estudo percebeu-se que existem muitas regras que
devem ser seguidas na elaboração de uma pesquisa científica e que, mesmo
existindo uma regulamentação oficial através das normas técnicas estabelecidas
pela ABNT, são tratadas de forma divergentes entre os autores pesquisados. Essa
divergência existe em função que cada universidade ou órgão de pesquisa procura
adequar as normas da ABNT aos seus objetivos, fazendo pequenos ajustes ou
flexibilizando as normas oficiais.
Percebeu-se também que em algumas situações as normas são bastante
detalhistas, por outro lado, são omissas em alguns aspectos que geram dúvidas ao
aluno. Fato esse que dá uma grande importância ao estudo aqui apresentado, visto
que, o estudo buscou evidenciar as principais normas que o aluno deve ser seguir,
como elas devem ser aplicadas, delimitando o número de normas que o aluno tem a
obrigação de seguir e dando-lhe flexibilidade nos aspectos não normalizados.
154
Complementarmente, ele serve de guia na escolha do tema e de exemplo de como
uma monografia pode ser elaborada, tanto na sua parte estrutural como na
composição do conteúdo de cada uma de suas partes.
Não fez parte de nosso objetivo elaborar um manual que contenha todas as
regras relacionadas com a elaboração de uma monografia e nem tão pouco que
fosse capaz de eliminar todas as dúvidas do pesquisador. No entanto, temos a
certeza que ele será de muita utilidade para o aluno na tarefa de realizar sua
monografia. Também não tivemos a pretensão de elaborar um manual definitivo,
visto que, o assunto abordado é bastante amplo e polêmico, necessitando de
maiores pesquisas e debates, que poderão usar esse estudo como ponto de partida.
A pesquisa realizada nos possibilitou eliminar uma série de dúvidas e gerar
um conhecimento adicional que nos será muito importante, tanto na elaboração de
futuros trabalhos científicos como no exercício de orientador de monografias. Temos
a certeza que ele também será de muita utilidade para o aluno que desejar elaborar
um bom trabalho científico, dos demais orientadores no exercício da função de
orientação e do público em geral que pretende escrever um trabalho científico ou
simples aprofundar seus conhecimentos nessa área.
155
REFERÊNCIAS
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ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 15287 - Informação e documentação – Projeto de pesquisa - apresentação. Rio de Janeiro, 2011.
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ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 6023 - Referências bibliográficas. Rio de Janeiro, 2002.
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 6024 - Numeração progressiva das seções de um documento - Procedimento. Rio de Janeiro, 2003.
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 6027 - Sumários. Rio de Janeiro, 2003.
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 6028 - Resumos. Rio de Janeiro, 2003.
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 6029 - Apresentação de livros e folhetos - Procedimentos. Rio de Janeiro, 2002.
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ALEXANDRE, Mário J. de Oliveira. A Construção do Trabalho Científico – um guia para projetos, pesquisas e relatórios científicos. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2003.
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LISTA DE APÊNDICES
APÊNDICE A - Ordem sequencial e paginação dos elementos de uma monografia
.................................................................................................................................155
160
APÊNDICE A - ORDEM SEQUENCIAL E PAGINAÇÃO DOS ELEMENTOS DE UMA MONOGRAFIA
Anexos(opcional)
Apêndices(opcional)
Referências(obrigatório)
Conclusão(obrigatório)
Desenvolvimento (obrigatório)
Introdução(obrigatório)
Elementos Textuais:Elementos que fazem parte do trabalho
em que é exposta a matéria.
Elementos Pós-texto:Elementos que complementam o trabalho
Elementos Pré-textuais:Elementos que antecedem o texto
com informações que ajudam na sua publicação.
A capa não é contada na numeração e nem numerada
Esses elementos são contados na numeração, porém não recebem a paginação (o número da
página não deve ser impressa nas páginas desses elementos)
Todos esses elementos devem ser contados na numeração das páginas e receber a paginação
(número da página), com exceção da página onde aparece o título (primeira página) dos elementos
pós-textuais, os quais não possuem a numeração de capítulo
(referências bibliográficas, apêndices e anexos).
Ordem das Listas- Ilustrações
- Tabelas- Abreviaturas e siglas
- Símbolos
Sumário(obrigatório)
Listas(opcional)
Resumo(obrigatório)
Pensamento-Epígrafe (opc.)
Agradecimentos (opcional)
Dedicatória(opcional)
Folha de Aprov (obrig.)
Folha de Rosto (obrigatório)
Capa (obrig.)Capa dura
quando impressa e A4 quando a cópia for digital
161
Fonte: Produção do autor com base na ABNT 14724 (2011)
LISTA DE ANEXOS
ANEXO A - Bom leitor X mau leitor – (Décio Vieira Salomon)...............................157
ANEXO B - A escolha de um tema: Tradução do Capítulo 1 de “1000 ideias”
(adaptada)...............................................................................................................159
ANEXO C - Palavras/expressões de coesão...........................................................165
ANEXO D - Estrutura de metodologia com possíveis estratégias, técnicas de coleta e
de análise................................................................................................................170
163
ANEXO A - BOM LEITOR X MAU LEITOR – (DÉCIO VIEIRA SALOMON)Bom leitor Mau leitor
O bom leitor lê rapidamente e endente bem o que lê. Tem habilidades e hábitos como:
1. Lê com objetivo determinado.Exemplo: aprender certo assunto, repassar detalhes, responder a questões.
2. Lê unidades de pensamento.Abarca, num relance, o sentido de grupo de palavras. Relata rapidamente as ideias encontradas numa frase ou num parágrafo.
3. Tem vários padrões de velocidade.Ajusta a velocidade da leitura com o assunto que lê. Se lê uma novela, é rápido. Se livro científico para guardar detalhes, lê mais devagar para entender bem.
4. Avalia o que lê.Pergunta-se frequentemente: Que sentido tem isso para mim? Está o autor qualificado para escrever tal assunto? Está ele apresentando apenas um ponto de vista do problema? Qual é a ideia principal deste trecho? Quais seus fundamentos?
5. Possui bom vocabulário.Sabe o que muitas palavras significam. É capaz de perceber o sentido das palavras novas pelo contexto. Sabe usar dicionários e o faz frequentemente para esclarecer o sentido de certos termos, no momento oportuno.
6. Tem habilidades para conhecer o valor do livro.Sabe que a primeira coisa a fazer quando se toma um livro é indagar de que trata, através do título, dos subtítulos encontrados na página de rosto e não apenas na capa. Em seguida lê os títulos do autor. Edição do livro. Índice. “Orelha do livro”. Prefácio. Bibliografia citada. Só depois é que se vê em condições de decidir pela conveniência ou não da leitura. Sabe selecionar o que lê. Sabe quando consultar e quando ler.
O mau leitor lê vagarosamente e entende mal o que lê. Tem hábitos como:
1. Lê sem finalidade.Raramente sabe por que lê.
2. Lê palavra por palavra.Pega o sentido da palavra isoladamente. Esforça-se para juntar os termos para saber entender a frase. Frequentemente tem de reler as palavras.
3. Só tem um ritmo de leitura.Seja qual for o assunto, lê sempre vagarosamente.
4. Acredita em tudo o que lê.Para ele tudo o que é impresso é verdadeiro. Raramente confronta o que lê com suas próprias experiências ou com outras fontes. Nunca julga criticamente o escritor ou seu ponto de vista.
5. Possui vocabulário limitado.Sabe o sentido de poucas palavras. Nunca relê uma frase para pegar o sentido de uma palavra difícil ou nova. Raramente consulta o dicionário. Quando o faz, atrapalha-se em achar a palavra. Tem dificuldade em entender a definição das palavras e em escolher o sentido exato.
6. Não possui nenhum critério técnico para conhecer o valor do livro.Nunca ou raramente lê a página de rosto do livro, o índice, o prefácio, a bibliografia etc. antes de iniciar a leitura. Começa a ler a partir do primeiro capítulo. É comum até ignorar o autor, mesmo depois de terminada a leitura. Jamais seria capaz de decidir entre a leitura e a simples consulta. Não consegue selecionar o que vai ler. Deixa-se sugestionar pelo aspecto material do livro.
164
Bom leitor Mau leitor7. Sabe quando deve ler um livro até o fim, quando interromper a leitura definitivamente ou periodicamente.Sabe quando e como retornar a leitura, sem perda de tempo e da continuidade.
8. Discute frequentemente o que lê com colegas.Sabe distinguir entre impressões subjetivas e valor objetivo durante as discussões.
9. Adquire com frequência e cuida de ter sua biblioteca particular.Quando é estudante procura os livros de texto indispensáveis e se esforça em possuir os chamados clássicos e fundamentais. Tem interesse em fazer assinaturas de periódicos científicos. Formado, continua alimentando sua biblioteca e restringe a aquisição aos chamados “compêndios”. Tem o hábito de ir direto às fontes; de ir além dos livros textos.
10. Lê assuntos vários.Lê livros, revistas, jornais. Em áreas diversas: ficção, ciência, história etc. Habitualmente nas áreas de seu interesse ou especialização.
11. Lê muito e gosta de ler.Acha que ler traz informações e causa prazer. Lê sempre que pode.
12. O BOM LEITOR é aquele que não é só bom na hora da leitura.É bom leitor porque desenvolve uma atitude de vida: é constantemente bom leitor. Não só lê, mas sabe ler.
7. Não sabe decidir se é conveniente ou não interromper uma leitura.Ou lê todo o livro ou o interrompe sem critério objetivo, apenas por questões subjetivas.
8. Raramente discute com colegas o que lê.Quando o faz, deixa-se levar por impressões subjetivas e emocionais para defender um ponto de vista. Seus argumentos, geralmente, derivam da autoridade do autor, da moda, dos lugares-comuns, das tiradas eloquentes, dos preconceitos.
9. Não possui biblioteca particular.Às vezes é capaz de adquirir “metros de livros” para decorar a casa. É frequentemente levado a adquirir livros secundários em vez dos fundamentais. Quando estudante, só lê e adquire compêndios de aula. Formado, não sabe o que representa o hábito das “boas aquisições” de livro.
10. Está condicionado a ler sempre a mesma espécie de assunto.
11. Lê pouco e não gosta de ler.Acha que ler é ao mesmo tempo um trabalho e um sofrimento.
12. O MAU LEITOR não se revela apenas no ato da leitura, seja silenciosa ou oral. É constantemente mau leitor, porque se trata de uma atitude de resistência ao hábito de saber ler.
Fonte: Salomon (2001, p. 52-53)
165
ANEXO B - A ESCOLHA DE UM TEMA: TRADUÇÃO DO CAPÍTULO 1 DE “1000 IDEIAS” (ADAPTADA)
Identificar o tema correto é absolutamente essência para a realização de
uma boa monografia. Tal identificação se encontra subjacente e parcialmente
determina todas as fases sucessivas. Se um tema é correto, sua monografia tem um
fundamento forte; se ele é deficiente, todos os seus esforços subjacentes não
poderão disfarçar tal fato, e você vai desperdiçar enorme montante de tempo.
Quais são algumas dificuldades na escolha do tema? O mais profundo é
fixar-se em um tema muito amplo. Tal tema pode apresentar demandas muito
grandes para seu tempo e habilidade simplesmente porque ela começa a crescer e
crescer até que você se encontra completamente confuso e começa a naufragar.
Um tema muito amplo destruirá o enfoque e a organização, se não o processo de
produção inteiro. Um tema muito vago deixa-o, no final da monografia, indagando-se
o que você desejava ter dito no começo. Muitos escritores de monografias, tendo
lutado para levar um tópico vago até a conclusão respeitável, tiveram que retornar
às primeiras páginas de seus escritos e reescreve-las, a fim de torna-las condizentes
com as finais. Uma monografia deveria, dentro de certos limites, ter um caráter
exploratório, mas um tema muito vago é um mapa muito pobre.
Finalmente, um tema que também é pouco comum pode deixa-lo preso pelo
apoio autores-obras de referências – e encontrar nada além de ar muito rarefeito. E
um tema que apenas tangencia os conteúdos do curso para o qual foi escrito pode
ser absolutamente perfeito em outro conteúdo, mas mostra-se sem valor para aquilo
que se propôs.
É claro que um tema deficiente é um desastre; por outro lado, um bom tema
pode dar efetivas contribuições para sua monografia. Ele irá transmitir uma ordem
de ideias coerentes, o que fará a pesquisa, a redação e a leitura mais atraentes. Ele
poderá conferir ao seu trabalho mais força e objetividade do que o trabalho ordinário
e medíocre pode nos mostrar. Por fim, o tema correto pode fazer com que o trabalho
executado sob cânones mais rotineiros pareça interessante, simplesmente devido
ao fato de que, para começar o próprio tema era interessante.
Uma vez que a busca de um tema é tão importante, ela não pode ser
apressada. Não use esta busca como uma desculpa para simples atrasos, mas
preencha bem o seu tempo com ele. Não é comum encontrar o tema correto apenas
166
após uns poucos minutos de reflexão. Se você encontrar um tema particularmente
fascinante outro que é muito bem trabalhado para o tipo de trabalho que deseja
fazer, você pode considerar-se sortudo, ou considerar-se iludido. Pense sobre ele:
não se debruce sobre este tema, começando a fazer pesquisa imediatamente. Será
que ele apresenta as características requeridas pelo “tema certo”? Se você tem
alguma dúvida por pequena que seja, quanto a isto, pelo menos considera formas
alternativas para o tema. Se nenhuma dessas formas alternativas elimina as
dúvidas, comece a tentar um tema completamente diferente. Durante todo o tempo,
todavia, tenha presente os seguintes requisitos.
1) O tema correto é adequado a seu aprendizado e habilidade. Este é um
aspecto especialmente importante, uma vez que Contabilidade de Custos é uma
área acumulativa - tal como no aprendizado de uma linguagem estrangeira, em que
você deve conhecer a gramática e algum vocabulário, antes de aprofundar-se em
estudos mais sofisticados. O que você pode fazer em Contabilidade de Custos
depende fortemente daquilo que você já fez, de modo que você não pode escolher
um tema que requeira técnicas ou formação histórica que lhe sejam completamente
estranhas. Realisticamente, avalie a ambos: você mesmo e o tema. Uma monografia
deve conter algo de experiência de aprendizado, mas não do tipo que lhe ensina
quão incompetente você é a um nível que é sabidamente muito elevado. O tema
correto é algo que você pode fazer sem exaurir seus recursos intelectuais ou a
capacidade de crença de seu professor.
2) O tema correto atende seus limites de tempo e de espaço. Para cada
tema, há grande número de abordagens, de modo que em alguns casos, você pode
reduzir seu tema enorme pela simples escolha de uma abordagem que requeira
semanas, ao invés de meses, de tempo e esforço. Ainda, o caráter do tema tem
muito a ver com o tamanho de sua monografia. Você não pode dar um tratamento
superficial, por exemplo, uma questão teórica importante. Tendo estabelecido seus
limites de páginas e de tempo por antecipação (ou tendo eles sido estabelecidos por
seu professor), trata-se de encontrar um tema que possa ser trabalhado
razoavelmente dentro desses limites.
3) O tema correto é tão específico e concreto quanto possível,
independentemente se seu tamanho. Lembre-se de que se você define claramente a
questão antes de começar a escrever, você vai gastar toda a monografia tornando a
167
descrevê-la. Todo autor deve guarnecer-se contra a tentação de fugir de seu tema,
isto é, que o tema se expanda até tornar-se mais apropriado a virar um livro do que
um artigo de 30 páginas. A menos que você tenha estritamente limitado seu tema,
este problema pode colocar-se furtivamente enquanto você estiver escrevendo.
Subitamente, você descobre todas as ramificações do tema, devendo simplesmente
ser todas elas mencionadas. Neste caso, ou o trabalho torna-se impossível de ser
escrito, ou torna-se tão confuso e desorganizado que ninguém entende nada dele.
Portanto escolha um tema cujas ramificações sejam claras desde o início e
permaneça dentro desses limites. Se você tem uma grande ideia, corte-a a um
tamanho adequado sem pensar, pois uma análise bem pesada dessa ideia é mais
bem recebida, tanto pessoalmente como academicamente, do que uma visão geral
superficial do que você poderia dizer sobre as várias partes da ideia, caso você
tivesse tempo.
4) Finalmente o tema correto é relevante. Você pode vislumbrar como seu
trabalho se vincula com o curso para o qual foi escrito? Se não pode, então talvez
devesse dispensar muitas páginas justificando sua seleção, ao invés de desenvolvê-
la. Uma vez que praticamente qualquer tema em Contabilidade de Custos pode ser
relacionado a um curso razoavelmente amplo, este requisito não é tão restrito como
parece.
Indague-se sobre como o tema escolhido contribui para o curso. Ele parte de
alguma questão que aparece nas leituras de aulas? Ele atende a, pelo menos, o
título do curso? Coloque-se no lugar do leitor: você ficaria satisfeito em ler esta
monografia? Se você não puder responder “Sim” a todas essas perguntas, seria
inteligente de sua parte selecionar outro tema.
Tendo encontrado um tema que atenda a esses quatro requisitos, verifique a
existência de matérias que serão usadas como fonte consulta, no setor de referência
de sua biblioteca ou outra fonte de consulta. Há sólidas referências em números
suficientes? Ou você terá que perder muito tempo cavando aqui e ali? Se parece
que você terá que fazer muito mais pesquisa do que planejou, pode ser mais
conveniente escolher um tema menos obscuro. É mais fácil trocar de tema neste
ponto do que se fixar em outro que vai demandar uma pesquisa tentativa sobre
fonte, mais adiante.
É possível, naturalmente, que você não tenha nenhuma ideia do que deseja
168
estudar. Ou você pode constatar que os temas que selecionou ao acaso não
preenchem os requisitos do tema coreto. A fim de ajudá-lo se você não encontrar
uma boa ideia, e a fim de evitar a perda de tempo devido à seleção do tema com
base em sucessivas tentativas-e-erros, abaixo se encontra um método de quatro
etapas que é certamente interessante e factível. Porém, se ainda assim, você não
conseguir escolher um tema adequado para a sua monografia, então troque
algumas ideias com colegas que já fizeram suas monografias ou com professores
orientadores de monografias.
Primeiramente, determine uma área de interesse. Tal área é uma das grades
divisões da Contabilidade, tal como: Contabilidade de Custos, Contabilidade
Gerencial, Contabilidade Geral, Contabilidade Governamental, Auditoria, Análise de
Balanços, entre outras áreas que o curso apresenta. A maioria das áreas de
interesse corresponde às áreas de especialização, que muitos graduados
selecionam para nelas se aprofundarem. Muitos temas que se encontram sob uma
área de interesse também poderiam pertencer a outra. É apenas uma questão de
ênfase. Um tema que trate sobre o controle de estoque, por exemplo, poderia
classificar-se tanto em “Contabilidade de Custos, Contabilidade Gerencial,
Contabilidade Geral, Auditoria”. Seu lugar depende de que aspecto o tema
interessa-o mais fortemente. Se for a forma como esse controle gera os custos de
produção pode ser tratado como Contabilidade de Custos, se for como ocorre o seu
registro na contabilidade, estaria ligado mais a Contabilidade Geral, por outro lado
se tratarmos dos aspectos de gerenciamento dos mesmo, o assunto poderia ser
tratado tanto pela Contabilidade Custos como a Gerencial, ao passo que se o que
interessa é estudar a auditoria dos estoques, então a área deveria ser Auditoria.
É importante que você se fixe na área de interesse escolhida, ao partir para
a definição de tema específico. Deste modo, você pode evitar um tema que se
desdobra em vários outros. A área de interesse dá imediatamente um “ângulo” claro
do tema. Embora um tópico em particular possa cair em duas ou três áreas de
interesse – todas as quais você deseja considerar em seu trabalho – a melhor
estratégia ainda é enfocar fundamentalmente uma única área de interesse e
considerar as outras como sendo aspectos dependentes do tema.
Você pode encontrar facilmente uma área de interesse, mesmo que isto não
seja especificado pelo curso para o qual você está escrevendo o trabalho. Aulas,
169
reuniões, discussões e mesmo títulos de cursos podem ser guia úteis.
As etapas números dois e três na seleção de um tema são selecionar um
tema geral e adotar uma abordagem para ele. Essas etapas são amplamente
interdependentes. Uma pode determinar a outra e vice-versa. A qual delas você se
dedicará em primeiro lugar é o resultado de seus interesses e dos requisitos do
curso. Se o curso é fundamentalmente metodológico uma introdução às técnicas de
mensuração ou predicação, por exemplo então, você deve adotar a abordagem ou
método em primeiro lugar. Para tal curso, sua habilidade em aplicar as técnicas é
mais importante do que o tema geral ao qual você as está aplicando.
Simetricamente um curso que enfatiza o assunto a ser discutindo algo como história
econômica requer que você selecione o tema geral em primeiro lugar. As
abordagens ao tema podem ser várias e podem afetar a validade de seu trabalho,
mas não são, de modo nenhum, tão cruciais como a escolha do próprio tema.
Escolher uma abordagem é mais fácil do que selecionar um tema geral, pois
há menos alternativas. Mesmo assim, assegure-se de que selecionar uma
abordagem que atenda o tema. Seria difícil adotar uma abordagem altamente teórica
para um tema como “Técnicas e Métodos para Formação do Preço de Venda”, o que
requer uma abordagem descritiva. Para fixar-se em certa abordagem, faça o mesmo
teste já feito quando da escolha da área de interesse: assegure-se de que ela é
relevante e apropriada.
Se, como a maioria das pessoas, você escolhe seu tema geral antes de
fixar-se em certa abordagem, procure cientificar-se das abordagens possíveis. Seu
trabalho pode ser mais provocativo para você e para seu leitor de você adota uma
abordagem a qual você nunca considerou antes.
A quarta etapa na seleção de um tema é estreitar e especificar o tópico e a
abordagem, o que vai protegê-lo contra futuros desperdícios de esforço. Prenda-se a
alguma instância concreta de seu tema e decida exatamente como você vai abordá-
la.
Com uma abordagem definida e um tema específico, você verá que fazer
pesquisa é fácil, agradável e mesmo entusiasmaste. Sobretudo, você verá que
tornar seu tema e abordagem mais específicos dá ao seu trabalho uma tendência
central que o levará da Introdução à Conclusão com admirável unidade.
Resumindo, você terá que procurar as ideias específicas em certos locais.
170
Dê especial atenção a quaisquer dos estudos que os autores mencionam como
evidência em favor de suas conclusões gerais. Outras fontes que você pode não
conhecer, ao lado dos livros específicos, são as enciclopédias, bibliografias e
periódicos especializados. Outras fontes férteis para as ideias incluem consultas à
internet e conversas com seus professores sobre o tema geral e o pedido de
sugestões por parte deles, à retomada de leituras já feitas na área de interesse, e a
revisão de notas de aulas. Essas três fontes servem para permitir-lhe descobrir
estudos e aspectos do tema geral, mesmo que mencionados de passagem.
Fonte: ARC BOOKS – 1000 Ideas for Term Papers in Economics. New York, 1970
171
ANEXO C - PALAVRAS/EXPRESSÕES DE COESÃO1. firma
2. alega
3. argumenta
4. associa/está associado
5. assume
6. conclui que
7. considera que
8. diz respeito (a, à, ao)
9. evidencia
10. implica
11. indica
12. ousa
13. reitera
14. salienta
15. significa
16. prossegue
17. relaciona/está relacionado
18. A despeito de alegações
19. A esse respeito
20. A implicação disso é
21. Acima de tudo
22. Ademais
23. Afora isso
24. Agora
25. Ainda assim
26. Além disso
27. Algumas evidências
28. Ambas as definições
29. Antes de mais nada
30. Ao contrário
31. Ao mesmo tempo
32. Ao passo que
172
33. Assim
34. Assim sendo
35. Associado a isso,
36. Atacando o problema de frente
37. Caso contrário
38. Certamente
39. Com isso
40. Com referência
41. Como indicado
42. Como inferido antes
43. Como mostra
44. Como observou...
45. Conforme
46. Considerando que
47. Consonante a isso
48. Contrapondo-se a isso
49. Contudo
50. Da mesma forma
51. Daí
52. Dado(a)
53. De acordo
54. De fato
55. De forma semelhante
56. Deixando de lado
57. Desta forma
58. Desta maneira
59. De um lado, tem (têm)-se que
60. Diferentemente
61. É claro
62. É essa condição que...
63. E, por isso
64. Em compensação
65. Em consonância
173
66. Em contraposição a isso
67. Em detrimento disso
68. Em outras palavras
69. Em referência
70. Em resumo
71. Em seguida
72. Embora
73. Enquanto
74. Enquanto isso
75. Então
76. Entretanto
77. Especificamente
78. Essa abordagem
79. Evidentemente
80. Face (a, à, ao)
81. Frente ao fato de que
82. Finalmente
83. Fundamentalmente
84. Igualmente, ... sem rotulá-lo de...
85. Isso implica em...
86. Isso levou
87. Juntamente com
88. Justamente
89. Logo
90. Mesmo assim
91. Mesmo que
92. Na mesma medida
93. Na realidade
94. Na verdade
95. Não obstante
96. Neste momento
97. Nesse sentido
98. Nesse aspecto
174
99. Nessas condições
100. No entanto
101. O argumento de...
102. Observa-se
103. Obviamente
104. Ocasionalmente
105. Ora.
106. Ou seja
107. Outro termo que aparece com destaque
108. Para citar...
109. Para outros
110. Para tanto,
111. Paralelo a isso/paralelamente
112. Pelo contrário
113. Pois
114. Por conseguinte
115. Por enquanto
116. Por fim
117. Por intermédio
118. Por outro lado
119. Por que
120. Por si só
121. Por sua vez
122. Porém
123. Portanto
124. Primeiro
125. Provavelmente
126. Quanto a isso
127. Quanto ao...
128. Quer dizer
129. Realmente
130. Referente a isso,
131. Relacionado a isso;
175
132. Segundo
133. Sem embargo
134. Semelhante a isso
135. Sendo assim
136. Supondo que...
137. Todavia
138. Um exemplo típico
139. Uma grande suposição da literatura...
140. Uma resposta óbvia a issoFonte: Larentis (2011)
ANEXO D - ESTRUTURA DE METODOLOGIA COM POSSÍVEIS ESTRATÉGIAS, TÉCNICAS DE COLETA E DE ANÁLISE
Delineamento Participantes ou População
e Amostra
Processo de Coleta
(descrever como ocorreu a coleta, não apenas a técnica de coleta)
Processo de Análise (descrever
técnica e processo)Natureza Nível Estratégia
Qualitativa Exploratório
• Estudo de Caso
• Estudo qualitativo genérico
• Etnografia
• Pesquisa-Ação
• Pesquisa Documental
• Pesquisa Bibliográfica
Participantes
-Entrevista em profundidade (semi-estruturada ou não estruturada)
-Entrevistas em grupo (focus group)
-Questionário com questões abertas
-Dados secundários,documentos, textos
-Observação (direta ou participante)
• Conteúdo
• Discurso
Quantitativa
Descritivo Enquete População e Amostra
-Questionário estruturado
-Observação direta
Estatística
Explicativo Pesquisa Experimental Participantes ou grupos
-Testes Estatística
Fonte: Larentis (2011)