1. servicio público y derechos fundamentales (mariano bacigalupo)

Upload: jorge-carvajal

Post on 07-Jul-2018

216 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • 8/18/2019 1. Servicio Público y Derechos Fundamentales (Mariano Bacigalupo)

    1/22

    BOLETÍN DE LA  FACULTAD   DE DERECHO nú m . 21 , 2003

    SERVICIO PUBLICO Y DERECHOS

    FUNDAMENTALES*

    MA R I A N O

      B A C I G A L U P O S A G G E S E * *

    SUMARIO: I . CONSIDERACIONES Y PREC ISIONE S PREVIAS. 1.

    Sob re el con cep to de servicio púb lico. 2. Sob re la com patib ilida d del

    servicio público con el Derecho comunitario.— II. LA COMPATIBILIDAD DEL SERVICIO PÚBLICO CON LOS DERECHOS FUNDA

    MENTALES. 1. La polémica general. 2. La compatibilidad del servi

    cio público en sentido subjetivo con los derechos fundamentales

    reconocido s en la Consti tución E spañola. A) E n general . B) E n par

    ticular, la com patib ilidad de la configuración de la radio y la televi

    sión com o servicios públicos en sen tido subjetivo co n el artículo 20.1

    CE.—   III. SERVICIO PÚBLICO EN SENTIDO OBJETIVO Y DERE

    CH OS FUNDAMENTALES.— III. BIBLIOGRAFÍA SELE CC IÓN).

    I . CONSIDERAC IONES Y PRE CISION ES PREVIAS

    Un a reflexión sob re la relac ión e ntr e el servicio pú blic o y los dere

    cho s funda m entales exige realizar un a serie de cons ideracio nes y pre

    cisiones previas. Cuand o m enos , son dos, a mi juicio, las con sidera

    ciones o precisiones previas que parecen obligadas:

    * Texto ina l tera do de la intervenc ión del au to r en el Cu rso de Veran o de la

    UNE D sob re « Interés gene ral y servicio público» Ávila, 22-26 de jul io de 20 02).

    ** Profesor Ti tu lar de De recho Ad m inis t ra t ivo UN ED).

    169

  • 8/18/2019 1. Servicio Público y Derechos Fundamentales (Mariano Bacigalupo)

    2/22

    MARIANO BACIGALUPO SAGGESE

    E n p r i m er l u g ar , s o b re el co n cep to d e s e rv i c io p ú b l i co d e l q u e u n o

    s e p r o p o n e p a r t i r , p u es d i f í c i lm en te s e p u ed e p r e t e n d e r d ec i r a l g o

    s o b re s u r e l ac ió n co n l o s d e rech o s fu n d amen ta l e s s i s e i g n o ra q u é e s

    lo que por t a l se ha de en tender .

    U n a v e z a b o r d a d a l a c u e s t i ó n a n t e r io r , s e i m p o n d r á u n a s e g u n -

    d a co n s id e rac ió n p rev i a s o b re e l en ca j e d e l s e rv i c io p ú b l i co en e l

    D e r e c h o c o m u n i t a r i o e u r o p e o , y a q u e s i a q u é l r e s u l t a s e i n c o m p a t i -

    b l e co n é s t e , c a rec e r í a d e t o d o s en t i d o p o r i n n ec es a r io y e s t é r i l ) ,

    d a d a e n p a r t i c u l a r la p r i m a c í a d e l D e r e c h o c o m u n i t a r i o s o b r e el

    D e r e c h o n a c i o n a l i n c l u i d o e l D e r e c h o c o n s t i t u c i o n a l d e l o s E s t a d o s

    m i e m b r o s ) , r e fl e xi o na r , a d e m á s , s o b r e l a c o m p a t i b i l i d a d d e l s e r v i ci o

    p ú b l i c o c o n l o s d e r e c h o s f u n d a m e n t a l e s r e c o n o c i d o s e n l a C o n s t i -

    t u c i ó n E s p a ñ o l a .

    A m b a s c o n s i d e r a c i o n e s d e c a r á c t e r p r e v i o a f e c t a n a l o b j e t o d e a l

    m e n o s d o s p o n e n c i a s a n t e r i o r e s d e l p r e s e n t e c u r s o , l a d e l p r o f e s o r

    Lu i s O r t eg a r e l a t i v a a l co n c ep to d e s e rv i c io p ú b l i co ) y l a d e l a p r o -

    f e s o r a E l i s e n d a M a l a r e t q u e t u v o p o r o b j e t o l a p e r s p e c t i v a e u r o p e a

    d e la cu es t i ó n ) , p o r l o q u e , a fin d e ev i t a r en l o p o s ib l e r e i t e r ac io n es

    i n n e c e s a r i a s y s o b r e t o d o c a n s i n a s , p r o c u r a r é h a c e r l a s d e l a m a n e -

    r a m á s b r e v e , e s q u e m á t i c a y c l a r a p o s i b l e .

    SO RE EL CONCE PTO DE SERVICIO PÚ LICO

    P u e s b i e n , d e l c o n c e p t o d e s e r v i c i o p ú b l i c o s e h a d i c h o q u e e s

    p l u r í v o c o , a n f i b o l ó g i c o , p r o t e i c o , a m b i g u o , e l á s t i c o , i m p r e c i s o ,

    v a g o ,

      m u d a b l e , e t é r e o , e v a n e s c e n t e y n o s é c u a n t a s c o s a s m á s d e l

    m i s m o o p a r e c i d o t e n o r. N o e n v a n o h a h e c h o f o r t u n a l a a f i r m a -

    c i ó n , u n t a n t o t ó p i c a y a , d e q u e e x i s t e n t a n t a s n o c i o n e s d e s e r v i c i o

    p ú b l i c o c o m o a u t o r e s s e h a n o c u p a d o d e e ll a y n o r m a s l a h a n i n v o -

    cad o a l o l a rg o d e l o s ú l t imo s c i en añ o s . En e s t e s en t i d o , e s d e t o d o s

    s a b i d o q u e l a p r i m e r a y m á s a n t i g u a — a u n q u e n o l a ú n i c a , c o m o

    v e r e m o s — o b j e c i ó n f o r m u l a d a a l a t e o r í a d e l s e r v i c i o p ú b l i c o e s ,

    p r e c i s a m e n t e , la q u e s e r e f i e r e a l a i m p r e c i s i ó n c o n c e p t u a l d e s u

    o b j e to .

    A h o r a b i e n , t r a t a n d o d e s i m p l i f i c a r a l g o l a s c o s a s , c a b e d e c i r q u e

    l a n o c i ó n d e s e rv i c io p ú b l i co cu an d o n o s e l a u t i l i z a s i n m ás , l o

    q u e t a m p o c o h a v e n i d o s i e n d o d e l t o d o i n f r e c u e n t e , c o m o e x p r e -

    s i ó n s i n ó n i m a d e a c t i v i d a d a d m i n i s t r a t i v a — c o m o s u c e d e , p o r

    170

  • 8/18/2019 1. Servicio Público y Derechos Fundamentales (Mariano Bacigalupo)

    3/22

    SERVICIO PÚBLICO Y DERECHOS FUNDAMENTALES

    e j e m p l o , e n e l a r t í c u l o 106 .2 CE —, s i no e n un se n t i do m á s p r e c i so ,

    a l u s i v o a u n a a c t i v i d a d d e n a t u r a l e z a p r e s t a c i o n a l ) :

    — C o m p r e n d e , e n p r i m e r l u g a r y e n t o d o c a so , u n e l e m e n t o

    o b j e t i v o , m a t e r i a l , f u n c i o n a l o t e l e o l ó g i c o , p o r c u a n t o h a c e

    r e f e r e n c i a a u n a a c t i v i d a d p r e s t a c i o n a l d i r i g i d a a l a s a t i s

    f a c c i ó n r e g u l a r y c o n t i n u a d e u n a n e c e s i d a d c o l e c t i v a d e

    i n t e r é s g e n e r a l ;

    — y, e n s e g u n d o l u g a r, t a m b i é n  puede  c o m p r e n d e r p a r a a lg u

    n o s i n c l u s o  de e  c o m p r e n d e r , a u n q u e p r e c i s a m e n t e e n t o r

    n o a e s t e a s p e c t o c o m i e n z a la d i s p a r i d a d d e c r it e r i o ) u n e l e

    m e n t o s u b j e t i v o , f o r m a l u o r g á n i c o ; t a l c o s a s u c e d e c u a n d o

    l a t i t u l a r i d a d d e l a a c t i v i d a d p r e s t a c i o n a l d e q u e s e t r a t e s e

    r e s e r v a a l s e c t o r p ú b l i c o .

    C u a n d o l a n o c i ó n d e s e r v i c i o p ú b l i c o c o m p r e n d e a m b o s e l e

    m e n t o s , a c o s t u m b r a m o s a h a b l a r d e u n s e r v i c i o p ú b l i c o e n s e n t i

    d o e s t r i c t o , m i e n t r a s q u e s i n o c o m p r e n d e e l s e g u n d o d e l o s e l e

    m e n t o s r e c i é n m e n c i o n a d o s , s e s u e l e h a b l a r , a l o s u m o , d e u n

    s e r v i c i o p ú b l i c o e n s e n t i d o a m p l i o , e s d e c i r , e n u n s e n t i d o m e r a

    m e n t e o b j e ti v o , m a t e r i a l o f u n c i o n a l . L a d i f e r e n c i a r a d i c a , c l a r o

    e s t á , e n que e n e s t e ú l t i m o c a so e l e j e r c i c i o de l a a c t i v i da d p r e s t a

    c i ona l e n que c ons i s t a e l s e r v i c i o púb l i c o e s t á a d i spos i c i ón de l a

    l i b r e i n i c i a t i v a p r i v a d a e n e s t o s s u p u e s t o s , y p o r i n f lu j o d e l D e r e

    c h o c o m u n i t a r i o , s e h a b l a ú l t i m a m e n t e , p a r a h u i r d e l a m b i g u o

    c o n c e p t o d e s e r v i c i o p ú b l i c o , d e « s e r v i c i o s d e i n t e r é s g e n e r a l q u e

    s e p r e s t a n e n r é g i m e n d e c o m p e t e n c i a » — t e l e c o m u n i c a c i o n e s , s e r

    v i c i o s p o s t a l e s , e t c . — ) , m i e n t r a s q u e e n e l s u p u e s t o i n v e r s o l a

    r e s e r v a d e l s e r v i c i o a l s e c t o r p ú b l i c o i m p i d e q u e e l m i s m o p u e d a

    s e r l i b r e m e n t e p r e s t a d o p o r l o s p a r t i c u l a r e s , y a q u e d i c h a r e s e r v a

    o b i e n c o m p o r t a d i r e c t a m e n t e u n m o n o p o l i o d e g e s t i ó n p ú b l i c a l a

    l l a m a d a g e s t i ó n d i r e c t a d e l s e r v i c i o p ú b l i c o p o r s u p r o p i a A d m i

    n i s t r a c i ó n t i t u l a r , y a s e a e n r é g i m e n d e D e r e c h o p ú b l i c o , y a s e a e n

    r é g i m e n d e D e r e c h o p r i v a d o a t r a v é s d e u n a p e r s o n i f i c a c i ó n i n s

    t r u m e n t a l j u r í d i c o - p r i v a d a — u n a s o c i e d a d m e r c a n t i l o u n a f u n

    d a c i ó n — ) , o s i s e p r e v é l a g e s t i ó n i n d i r e c t a d e l s e r v i c i o p o r p a r t i

    c u l a r e s , é s t a n o e s n a t u r a l m e n t e m a n i f e s t a c i ó n d e l a l i b r e i n i c i a t iv a

    p r i v a d a o d e l e j e r c i c io d e u n d e r e c h o p r e e x i s t e n t e y m e n o s f u n

    d a m e n t a l ) , s i n o d e u n a p r e v i a y n e c e s a r i a r e l a c i ó n c o n t r a c t u a l d e

    n a t u r a l e z a a d m i n i s t r a t i v a , e n c u y a v i r t u d l a A d m i n i s t r a c i ó n t i t u

    l a r d e l s e r v i c i o o t o r g a a u n o o v a r i o s p a r t i c u l a r e s l a g e s t i ó n i n d i -

    171

  • 8/18/2019 1. Servicio Público y Derechos Fundamentales (Mariano Bacigalupo)

    4/22

    MARIANO BACIGALUPO SAG GESE

    rec ta de l m ism o hace m os referencia , c la ro es , a l

      contrato de ges-

    tión de servicios públicos

      en cualq uiera de sus d iversas mo dal ida

    des:  conces ión , ges t ión in teresada , concier to o soc iedad de econo

    mía mixta —art . 156 TRLCAP—).

    Pues bien, esta distinción entre servicio público en sentido estric

    to y servicio público en sen tido a m plio es , com o a na die se le ocul

    ta , de capital importancia a la hora de establecer su respectiva in

    cidencia sobre los derechos fundamentales , ya que, cuando la

    declaración de servicio público recae sobre una actividad en prin

    cipio incluida o incluible en el ámbito de protección de un derecho

    fundamental , su reserva al sector público comporta en r igor su el i

    minación como actividad susceptible de ser desarrollada en ejercicio

    de un derech o fun dam enta l en definitiva, en régim en de l ibe rtad ),

    cosa que no ocurre , como es na tura l , cuando es tamos en presencia

    de un servicio público en sentido meramente objet ivo, material o

    funcional o , en la term inolo gía de origen com un itar io hoy en día

    ya p lenamente ar ra igada , un

      servicio de interés general que se presta

    en régimen de competencia ,

      dad o que éste hac e referencia , por defi

    nición, a una actividad prestacion al qu e está a disposición d e la l ibre

    iniciat iva privada, es decir , que los part iculares pueden desarrollar

    en ejercicio de sus derecho s fundam entales , en part icu lar de la l iber

    tad de em pres a art . 38 CE). Eso sí , au nq ue sea de inten sida d ob via

    m ente menor , tambié n la configurac ión de un a ac t iv idad pres tac io

    nal como servicio público en un sentido meramente objet ivo,

    m ateria l o funcional conlleva un a afectación im po rtan te de los dere

    chos fundam entales en cuyo ám bito de pro tecc ión se inserte la acti

    vidad en que su prestación consista , ya que es precisamente su con

    dición de servicio de interés general la que obliga de ordinario a

    som eterla a un a inte nsa regu lación púb lica la l lam ada «re-regula

    ción» o «neorregulación»), que en lo esencial suele perseguir, como

    es sab ido , tre s gra nd es finalidades:

    — En pr im er lugar , gara nt iza r e l cum plim iento de un as condi

    c iones y uno s requis i tos mín im os po r par te de los pres tado

    res del servicio, a cuyo efecto su pr es tac ió n se sujeta a la exi

    gencia de previa obten ción de un t í tulo hab il i tante repárese,

    así pues, en que la l iberalización de un servicio público en

    modo alguno comporta la superación de la c lásica interven

    ción administrat iva consistente en someter e l e jercicio de

    una determinada actividad a la reserva de previa autori

    zación).

    172

  • 8/18/2019 1. Servicio Público y Derechos Fundamentales (Mariano Bacigalupo)

    5/22

    SERVICIO PÚBLICO Y DERECHOS FUNDAMENTALES

    E n s e g u n d o l u g a r , l a r e g u l a c i ó n p e r s i g u e h a c e r p o s i b l e , p r i

    m e r o , y g a r a n t i z a r , d e s p u é s , l a c o m p e t e n c i a e n s e c t o r e s d e

    a c t i v i d a d e n q u e é s t a n o s u e l e s e r u n a r e a l i d a d e s p o n t á n e a

    no e n va no se ha b l a e n e s t o s c a sos de a u t é n t i c os «me r c a dos

    d e l a b o r a t o r i o » ) . C o m o e s s a b i d o , lo s s e c t o r e s r e g u l a d o s s o n

    s e c t o r e s c a r a c t e r i z a d o s p o r u n a c i e r t a t e n d e n c i a e s t r u c t u r a l

    a l m on op o l i o o , a l m e n os , a l o l i gopo l i o ) , ya s e a p o r qu e l a

    p r e s t a c i ón de l s e r v i c i o s e r e a l i z a ne c e sa r i a me n t e sob r e c os

    t o sa s y a ve c e s i nc l u s o ún i c a s e s de c ir , no i n f i n i t a m e n t e m u l

    t i p l i c a b l e s ) i n f r a e s t r u c t u r a s e n r e d p i é nse s e e n l a r e d f e r r o

    v ia r i a , en l a red e l éc t r i ca , en l a s redes de o leoduc tos y

    gasoduc tos , e t c . ) , ya sea por l a s d i f i cu l t ades de acceso a l mer

    c a d o d e n u e v o s e n t r a n t e s , d e r i v a d a s d e l c o p a m i e n t o d e a q u é l

    p o r e l a n t i g u o o p e r a d o r m o n o p o l i s t a p ú b l i c o o p r i v a d o ) d e l

    se r v i c i o , que , de no r e gu l a r se e l me r c a do , pod r í a f á c i l me n t e

    i m p e d i r l a c o m p e t e n c i a m e d i a n t e s u b v e n c i o n e s c r u z a d a s

    e n t r e l o s s e c t o r e s r e n t a b l e s y no r e n t a b l e s de l a a c t i v i da d u

    o t r a s c on du c t a s a n t i c o m pe t i t i v a s a su a l c a n c e . A e s t o s e f e c

    t o s l a r e gu l a c i ón a l a que se some t e l a p r e s t a c i ón e n r é g i me n

    de c o m pe t e n c i a de s e r v ic i o s de i n t e r é s ge ne r a l c a r a c t e r i z a d os

    p o r t a l e s r a s g o s e s t r u c t u r a l e s p re v é , p o r e j e m p l o s i n g u l a r

    m e n t e e n e l á m b i t o d e la s t e l e c o m u n i c a c i o n e s ) , la o b l i g a c i ó n

    de i n t e r c o ne x i ón de l a s r e d e s a r t . 22 L GT e l ), l a i n t e r op e r a -

    bi l id ad de los serv ic ios a r t . 11.1 .7 .° LG Tel) , la ob l ig ac ión de

    l o s t i t u l a r e s d e l a s r e d e s n o r m a l m e n t e e l a n t i g u o o p e r a d o r

    monopo l i s t a de l s e r v i c i o ) de pe r mi t i r e l a c c e so a l a s mi sma s

    de t e r c e r o s p r e s t a d o r e s de se r v i c io s e n c ond i c i on e s ob j e t iva s ,

    t r a n s pa r e n t e s y no d i s c r i m i na t o r i a s a r t . 24 L GT e l) y, e n fin ,

    o t r a s m e d i d a s d e r e g u l a c i ó n

      asimétrica

      e n f a vo r de l o s nu e

    v o s e n t r a n t e s t a le s c o m o e l e s t a b l e c i m i e n t o d e m o r a t o r i a s

    p a r a q u e e l o p e r a d o r d o m i n a n t e p u e d a c o m e n z a r l a p r e s t a

    c i ón de de t e r mi na dos se r v i c i o s o e l e s t a b l e c i mi e n t o de un

    r é g i m e n m á s e s t r i c t o e n m a t e r i a t a r i f a r i a p a r a d i c h o o p e r a

    d o r ) .  De a h í que se ha g a h i nc a p i é e n qu e no s ha l l a m os e n p r e

    s e n c i a d e u n a r e g u l a c i ó n  para la competencia,  m á s q u e e n

    p r e s e n c i a d e u n a r e g u l a c i ó n de la com.petencia  o d e u n a c o m

    p e t e n c i a  regulada .

    Y, en t e rce r luga r , l a r egu lac ión de los se rv ic ios de in t e rés

    g e n e r a l q u e s e p r e s t a n e n r é g i m e n d e c o m p e t e n c i a p e r s i g u e

    a s e g u r a r l a s a t i s f a c c i ó n — e n c o n d i c i o n e s r a z o n a b l e s y a s e

    q u i b l e s — d e l a s p r e s t a c i o n e s n o c o m p e t i t i v a s q u e é s t o s t a m -

    173

  • 8/18/2019 1. Servicio Público y Derechos Fundamentales (Mariano Bacigalupo)

    6/22

  • 8/18/2019 1. Servicio Público y Derechos Fundamentales (Mariano Bacigalupo)

    7/22

    SERVICIO PÚBLICO Y DERECHOS FUNDAMENTALES

    L o s T r a t a d o s c o m u n i t a r i o s u t i l i z a n l a e x p r e s i ó n « s e r v i c i o p ú b l i -

    co» en u n a so la oc as ión en e l a r t í c u lo 73 TC E) , y lo ha ce n en u n sen-

    t i do m e r a m e n t e ob j e t i vo , m a t e r i a l o f unc i ona l , pue s s e ha c e a l l í

    r e f e r e n c i a a l a s ob l i g a c i on e s de se r v i ci o pú b l i c o «ob l i ga c i on e s i nhe -

    r e n t e s a l a noc i ón de se r v i c i o púb l i c o» ) e n e l s e c t o r de l o s t r a n spo r -

    t e s .  E s na t u r a l que a s í s e a , da do que e l c onc e p t o sub j e t i vo , f o r m a l u

    o r g á n i c o d e s e r v ic i o p ú b l i c o n o es c o n o c i d o e n lo s o r d e n a m i e n t o s d e

    t od os l o s E s t a d os m i e m br os s í l o e s , po r e j e m p l o , e n F r a n c i a o e n

    E s p a ñ a , p e r o n o e n A l e m a n i a o e l R e i n o U n i d o ) .

    De ah í qu e el D erec ho c om un i t a r io , en los a r t í cu los 16 y 86 .2 TC E,

    u t i l ic e u n a n o c i ó n n e u t r a — y e n t o d o c a s o m a t e r i a l u o b j et iv a — p a r a

    r e f e r i r s e a l a s a c t i v i d a d e s p r e s t a c i o n a l e s d e n a t u r a l e z a e c o n ó m i c a

    d i r i g i da s a l a s a t i s f a c c i ón de ne c e s i da de s c o l e c t i va s de i n t e r é s ge ne -

    ra l , a saber : la de  «servicios de interés económ ico general».  Se gún e l

    a r t í c u l o 86 .2 T CE , l a p r e s t a c i ón de t a l e s s e r v i c i o s , s i e ndo i nd i f e r e n -

    t e qu i é n o qu i é ne s l o s p r e s t e n e l s e c t o r pú b l i c o , l o s pa r t i c u l a r e s o

    a m b o s e n c o n c u r r e n c i a ; e n e s t e s e n t i d o , e l p r e c e p t o h a b l a g e n é r i c a -

    m e n t e d e l a s  «empresas encargadas de la gestión de servicios de inte-

    rés económ ico general» ,  e s t á s o m e t i d a  «a las reglas del presente Tra-

    tado, en especial a las normas sobre competencia».

      A ho ra b ie n , e s é s t a

    u n a  regla  q u e , c o m o t a l , a d m i t e  modulaciones  e i nc l u s o  excepciones,

    ya que l a s e m pr e sa s e nc a r ga da s de l a ge s t i ón de se r v i c i o s de i n t e r é s

    e c o n ó m i c o g e n e r a l s ó l o e s t a r á n s o m e t i d a s a l a s n o r m a s s o b r e c o m -

    p e t e n c i a

      «en la med ida en que la aplicación de dichas norm as no impi-

    da, de hecho o de derecho, el cump limiento de la misión específica a

    ellas confiada».

    Así pue s , e s ve r da d que l a   regla  que f o r m u l a e l a r t í c u l o 86 .2 T CE

    l a p r e s t a c i ón de l o s s e r v i c i o s de i n t e r é s e c onóm i c o ge ne r a l e n r é g i -

    m e n d e c o m p e t e n c i a ) c o m p o r t a , a n t e t o d o , l a n e c e s i d a d d e s i t u a r

    d i c hos se r v i c i o s e n e l á m b i t o de l i b r e d i spon i b i l i da d de l a i n i c i a t i va

    p r i va da , da do que , e n e f e c t o , no ha y c om pe t e nc i a s i n l i b r e i n i c i a t i -

    v a p r i v a d a p o r m u y i n t e n s a q u e p u e d a s e r l a r e g u l a c i ó n p ú b l i c a a

    l a que e s t é som e t i da l a p r e s t a c i ón de d i c hos se r v i c i o s ) . De a h í p r e -

    c i s a m e n t e q u e e n el a r t í c u l o 8 6 .2 T C E t e n g a s u f u n d a m e n t o y o r i g e n

    e l p r oc es o de l ibe ra l i za c ión d e se rv ic ios pú b l i co s a l qu e a s i s t im os d es-

    d e h a c e a ñ o s e n el s e n o d e l a U n i ó n E u r o p e a .

    A h o r a b i e n ,  excepcionalmente  — i ns i s to— , c u a n do l a p r e s t a c i ón de

    d i c ho s se r v i c i o s e n r é g i m e n de c o m pe t e n c i a e s t o e s , de l i b r e d i spo -

    n i b i l i da d pa r a l a i n i c i a t i va p r i va da ) i m p i da , de he c ho o de de r e c ho ,

    175

  • 8/18/2019 1. Servicio Público y Derechos Fundamentales (Mariano Bacigalupo)

    8/22

    MARIANO  BACIGALUPO SAGGESE

    el cumplimiento de la misión específica a ellos confiada, el Derecho

    comunitario no sólo no se opone, s ino que exige su prestación con

    arreglo a un rég im en dist in to al de la com peten cia, po r ejemplo (sin

    ser ésta la única alternativa posible) , mediante su reserva al sector

    púb lico. En este sentido ca be citar , en part icular , la im po rtan te juris-

    prudencia sentada por e l TJCE en sus conocidas sentencias recaí-

    das en los asuntos  Corbeau^  y   lmelo  ̂ a pr inc ip ios y mediados de

    los años noventa.

    De ahí que pueda af i rmarse , a modo de resumen, que e l serv i-

    cio público en sentido subjetivo, formal u orgánico (es decir , la

    reserva de su t i tu lar idad a l sec tor públ ico , y más aún s i és ta con-

    l leva as imismo e l monopol io de ges t ión públ ica)  no es absoluta-

    mente pero sí tendencialmente incompatible  con e l De recho com u-

    n i ta r io .

    Com o es na tura l , todo lo con trar i o se pred ica del serv icio públ i -

    co en sentido meramente objetivo, material o f i íncional, dado que,

    como ya nos consta , la condic ión mater ia l de servic io públ ico no

    es s ino la c i rcunstancia que legi t ima especia lmente la regulac ión

    púb l ica del e jercic io de un a ac t iv idad pres tac io nal de in terés gene-

    ra l ,  que en este caso, por definición, se l leva a cabo en régimen de

    competencia, es decir , de l ibre disponibil idad para la iniciativa pri-

    vada .

    II.  LA COMPATIBILIDAD DE L SERV ICIO PUBL ICO

    CON LOS DEREC HO S FUNDAMENTALES

    1

    LA POLÉMICA GENERAL

    El de los derech os ñ ind am ent ales es, en efecto, ju nt o con el argu-

    m en to relativo a su imp recisión con ceptu al y el m ás reciente referi-

    do al Derecho comunitario (ambos anteriormente aludidos), e l ter-

    cer flanco desde el que se ha venido atacando la teoría del servicio

    público.

    PST JCE de 19 de m ay o de 1993 (as . 320/91) .

    2 PST JCE de 27 de abr i l de 1994 (as . 393/92).

    176

  • 8/18/2019 1. Servicio Público y Derechos Fundamentales (Mariano Bacigalupo)

    9/22

    SERVICIO

     PÚBLICO Y DERECHOS FUNDAMENTALES

    Como es obvio, quienes combaten el servicio público en nombre

    de los der ech os fun dam enta les se refieren sólo al servicio pú blic o en

    sentido subjetivo, formal u orgánico (es decir, a aquel entendimien

    to del mismo que comporta la reserva de su t i tularidad al sector

    público, y que, consecuentemente, excluye su l ibre disponibil idad

    pa ra la iniciativa privada) y no asim ism o al servicio púb lico en sen

    tido me ram en te objetivo, m aterial o funcional, q ue, en la m edid a en

    que no excluye a la iniciativa privada de su prestación, es precisa

    mente el concepto de servicio público que reivindican y al que se

    refieren co m o «el nuev o servicio público»3.

    Naturalmente, esta tendencia doctrinal sólo se manifiesta en

    aquellos países cuyos ord ena m iento s con ocen la noción subjetiva de

    servicio púb lico, espec ialmen te Franc ia y E spa ña. E n Fran cia ha sido

    un eminente iusadministrativista, el profesor Fierre Devolvé^, quien

    desde m edia dos de los och enta h a encab ezado la bata lla con tra el ser

    vicio público, al que (del mismo modo que otros autores significa

    dos,  como, por ejemplo, el profesor D. Truchet)^ considera textual

    m ente una am enaza intr ínseca para los derechos fundamentales , en

    pa rticu lar la l ibertad de em presa, ya que la reserva de la t i tu larida d

    de una actividad prestacional al sector público conlleva su sustrac

    ción del régimen de libre iniciativa privada, esto es, impide que la

    misma pueda ser desarrollada por los particulares en régimen de

    libertad o, lo que es lo m ism o, en ejercicio de derecho s fundam en

    tales preex istentes.

    En España esta tesis (según la cual —insisto— el servicio públi

    co es, en esencia y por antonomasia, liberticida, la antítesis de la

    liber tad) h a sido defend ida, en particular, p or el profeso r G asp ar Ari-

    ño Ortiz y —con distinta intensidad, eso sí— por sus discípulos y

    colaboradores m ás cercanos (entre quienes cabe c i tar señ aladam en

    te a los profesores Juan Miguel de la Cuétara Martínez o José Luis

    M artínez L ópez-M uñiz). A m od o de ejemplo, y po r ser gráficamen

    te ilustrativa de su ma ne ra de ver las cosas, parec e op ortu no extrac-

    3

      Vid. G.

      ARIÑO OR TIZ/J . M . DE LA CUÉTARA MA RTÍNE Z/ I . L . MARTÍNEZ LÓPEZ -

    M U Ñ I Z ,

      El nuevo servicio pú blico,

      M. Pon s , M adr id , 1997.

      Vid.

      «Service public et l ibertes publiques»,

      Revue F rangaise de Droit Adm i-

    nistr tif 1985, núm. 1.

    5  Vid.  «Label de service publ ic et s ta tut du service publ ic»,  Actualité Juri-

    dique-Droit Administratif AJDA ),  1982.

    177

  • 8/18/2019 1. Servicio Público y Derechos Fundamentales (Mariano Bacigalupo)

    10/22

    MARIANO BACIGALUPO SAGGESE

    t a r l a s igu i en t e a f i rmac ión rea l i zada po r e l p ro feso r A r iño en un t r a

    bajo de 19926;

    «Es m i firme convicción —dice el au tor ci tado— que la do ctri

    na del servicio público), tan to en este sup ues to se refiere a la rad io

    y la televisión) como en el de la libertad de enseñanza, está conde

    nada a desaparecer en los próximos años. Lo que en verdad resul

    ta difíci l de entender es que países —y personas— amantes de la

    l ibertad hayan soportado durante tantos años este mito del servicio

    público y la fe hegeliana en el Esta do. Pero esto ha ter m ina do afor

    tuna dam ente , aun que , como los elefantes , se m anten ga en pie des

    pués de muerto».

    E s t a a f i r m a c i ó n s e c o m p l e t a c o n o t r a p o s t e r i o r d e l m i s m o a u t o r ,

    e n s u s t é r m i n o s a l g o m á s c o n d e s c e n d i e n t e c o n l a t e o r í a d e l s e r v i c i o

    p ú b l i c o , p u e s l a f o r m u l a e l p r o f e s o r A r i ñ o c i n c o a ñ o s m á s t a r d e d e s

    de l a con v icc ión ín t im a de qu e su t e s i s sob re el s e rv i c io pú b l i c o co m o

    n o c i ó n p e r i c l i t a d a e s y a d e f i n i t i v a m e n t e v e n c e d o r a . D i c e A r i ñ o e n

    19977;

    «El servicio público fue un instrumento de progreso y también

    de socialización, espe cialme nte en los países pobr es, a los que per

    mitió mejorar la si tuación de todos. Pero su ciclo ha terminado.

    Cumplió su misión y hoy —como dice José Luis Villar— hay que

    hacerle un digno ent ierro . Es inút i l empeñarse en embalsamarlo ,

    como intentan los franceses, por si de esta forma pudiéramos man

    tene rlo vivo. La situació n hoy es otra, casi la inversa. S on los hec hos

    los que m an da n, m ás que la ideología o la polí t ica, y hoy han cam

    biado radicalm ente los presupu estos económ icos y sociales — tam

    bién los políticos y culturales— sobre los cuales esta institución

    nació y se desarrolló».

    D e e s t a m a n e r a d e v e r l a s c o s a s d i s c r e p a n f r o n t a l m e n t e q u i e n e s ,

    t a n t o e n F r a n c i a c o m o e n E s p a ñ a , e n t i e n d e n p o r e l c o n t r a r i o q u e e l

    s e r v i c i o p ú b l i c o , t a m b i é n e n s u s e n t i d o s u b j e t i v o p e r o s o b r e t o d o e n

    su s en t ido ob je t i vo , ma te r i a l o func iona l , e s una t écn i ca a l s e rv i c io

    ^

      Vid.

      «Servicio público y libertades públicas», en AA.W., Actualidad y pers-

    pectivas

     del erecho

     público

     a

     fines

     del siglo

     XX

    Libro homenaje al Profesor Fer

    nando Garrido Falla, UCM, Madrid, 1992, págs. 1315 ss.

    ^  Vid.  «Significado actual de la noción de servicio público», en G.  ARIÑO

    OR TIZ/J. M . DE LA CUÉTARA M ARTÍNEZ/J. L . MARTÍNEZ LOPEZ-MU ÑIZ, E l nuevo ser-

    vicio público cit., págs. 25 ss.

    178

  • 8/18/2019 1. Servicio Público y Derechos Fundamentales (Mariano Bacigalupo)

    11/22

    S E R V I C I O P Ú B L I C O Y D E R E C H O S F U N D A M E N T A L E S

    de la satisfacción real y efectiva de los derechos de los ciudadanos

    (entre los autores que han sostenido este punto de vista cabe ci tar

    especialmente a Chevallier^ y Regourd^ —en Francia— y a Carmen

    Chinchilla^'^ —en España—). Según Chevallier, si bien es cierto que

    el servicio público afecta siempre de alguna manera a la libertad, y

    en part icular a la l ibertad de empresa, lo hace siempre también en

    nombre y al servicio de la satisfacción de otros derechos y liberta-

    des de igual o supe rior valor, y, po r eso, lejos de ser ne ce sari am en te

    inco m patible con la libertad, la creación de un servicio púb lico sup o-

    ne,

      la mayoría de las veces, la conquista de nuevos derechos y liber-

    tades .  En este mismo sentido, sostiene la profesora Carmen Chin-

    chilla entre nosotro s que el servicio público , antes que un a am ena za

    pa ra los derecho s fundam entales y las l ibertades públicas, puede ser

    una garantía para los mismos. Según ella , en determinados casos

    consti tuye un a respons abil idad de los pod eres públicos garan tizar la

    prestación de ciertos servicios. Cuando esto ocurre —prosigue— el

    servicio público o pera com o un a técnica de realización o satisfacción

    de los derechos fundamentales, y no como un instrumento de ani-

    quilación de los mismos.

    Desde luego, esto es así no sólo cuan do estam os en pre sencia de

    derechos fundamenta les de natura leza genuinamente pres tac ional

    (que cierta m ente son los m enos , pues los «derechos» consti tucion a-

    les de esta natu ralez a suelen estar juríd icam ente co nfigurados com o

    m eros «principios rectores de la polí t ica social y económ ica»), s ino

    también cuando, aun tratándose de un clásico derecho de l ibertad,

    su vigencia efectiva requiere de acciones positivas por parte de los

    poderes públicos, a cuya adopción, como es sabido, éstos vienen

    consti tucionalmente obligados en vir tud de lo dispuesto por el ar t í-

    culo 9.2 CE.

    ^  Cfr. Le service public PUF, París, 1978.

    ^  Vid.  «Le serv ice publ i c e t l a doc t r ine : pou r un p la ido yer da ns l e p rocés

    en cours» ,  Revue de Droit Public  (RDP), tomo 103, 1987, núm. 1.

    ' Vid.  «El se rv ic io públ i co , ¿una amenaza o una garan t í a para los dere-

    chos fundamentales? Reflexiones sobre el caso de la te levis ión», en  Estudios

    sobre la Constitución Española

    Libro homenaje a l Profesor Eduardo Garc ía de

    En terr ía , Tomo II , Civi tas , M adrid , 1991; asim ism o, «Servicio pú bl ico : ¿cr i s i s

    o renovac ión?» , en E .

      MALARET

      (dir.). Régim en jurídico de los servicios públicos

    Cuadernos de Derecho Judic i a l , Conse jo Genera l de l Poder Jud ic i a l , Madr id ,

    1997,  págs. 61 ss. (en part icular, 84 ss.) .

    179

  • 8/18/2019 1. Servicio Público y Derechos Fundamentales (Mariano Bacigalupo)

    12/22

    MARIANO BACIGALUPO SAGGESE

    De todos modos, no se puede dejar de reconocer que al argu

    m en tar en ta les térm inos los autores que sost ienen este últ imo pun

    to de vista suelen poner el énfasis en la noción objetiva o material

    (m ás que en la subjetiva o formal) d e servicio público , pu es es c om ún

    que se subraye que «el servicio público no significa monopolio —ni

    público ni privado— de gest ión»ii .

    2 .

      L COM P TIBILID D DEL SERVICIO PÚBLICO

    EN SENTIDO SUBJETIVO CON LOS DERECHOS

    FUND MENT LES RECONOCIDOS EN L CONSTITUCIÓN

    ESP ÑOL

    A En gene ral

    Como ya se ind icó an ter iormente , n inguna duda cabe de que

    cuando una act ividad prestacional en pr incipio incluida o inclui -

    ble en el ámbi to de act ividad protegido de un derecho fundamen

    tal (siquiera se a el del de rec ho a la l ibe rtad de em pre sa, art . 38 CE)

    se configura como servicio público en sent ido subjet ivo (es decir ,

    cuya t i tular idad se reserva al sector públ ico) , dicho derecho fun

    damental resul ta l imi tado o rest r ingido, dado que ya no es posible

    desarrol lar aquel la act ividad como manifestación del e jercicio de

    u n de rech o fund am enta l . Y esto es así con inde pen den cia de s i la

    declaración de servicio público (la publicado compor t a a s i mi smo

    el monopolio de gest ión pública (en este caso, la l imitación del de

    recho fundamental es obvia) o se prevé la gest ión indirecta del ser

    vicio por par t iculares , porque en este úl t imo supuesto éstos no

    están ejerciendo un derecho fundamental (preexis tente) , s ino

    a c t u a n d o  por encargo  del poder públ ico (esto es , de la Adminis t ra

    ción t i tular del servicio) . Pre cisam ente po r e llo los par t icula res no

    son t i tulares de un d erech o públ ico subjetivo al otorg am iento de las

    concesiones de servicio públ ico, las cuales , además, suelen estar

    con t inge ntad as (y no abie r tas a cu an tas pe rso na s deseen sol ic i tar

    su o torgamiento) .

    Vid.  C.  CHINCHILLA,  «El s e rv ic io púb l ico : ¿cr i s i s o r eno vac ión? » , c i t .,

    pág . 89 .

    180

  • 8/18/2019 1. Servicio Público y Derechos Fundamentales (Mariano Bacigalupo)

    13/22

    SERVICIO PÚBLICO

      Y

     DERECHOS FUND MENT LES

    P u e s b i e n , l a C o n s t i t u c i ó n E s p a ñ o l a c o n t i e n e u n a e x p r e s a h a b i

    l i t a c i ó n q u e p e r m i t e a l l e g i s l a d o r l i m i t a r l o s d e r e c h o s f u n d a m e n t a

    l e s —y , en p a r t i cu l a r , l a l i b e r t ad d e em p res a ( a r t . 3 8 C E)— m ed ian

    t e l a r e s e r v a a l s ec to r p ú b l i c o d e s e rv i c io s d e n a tu r a l e za e s en c i a l . E n

    e fec to , e l a r t í cu lo 1 2 8 .2 C E p e rm i t e q u e m ed ian t e l ey s e r e s e rv e « a l

    s e c t o r p ú b l i c o r e c u r s o s o s e r v ic i o s e s e n c i a l e s , e s p e c i a l m e n t e e n c a s o

    d e m o n o p o l io (...) cu an d o a s í l o ex ig i e re e l i n t e r é s g en e ra l» . Do s s o n ,

    p u e s , l o s r e q u i s i t o s q u e i n t e g r a n e l p r e s u p u e s t o h a b i l i t a n t e d e l a

    facu l tad regu lada en e l a r t í cu lo 128 .2 CE, a saber : por un lado , e l

    ca r ác t e r e s en c i a l d e l s e rv ic io q u e se p r e t e n d a r e s e rv a r a l s ec to r p ú b l i

    co ;  y, p o r o t ro , q u e e s t a r e s e r v a v en g a ex ig id a p o r el i n t e ré s g en e ra l .

    E n a m b o s c a s o s s e t r a t a d e c o n c e p t o s c o n s t i t u c i o n a l e s a l t a m e n t e

    i n d e t e r m i n a d o s , p o r l o q u e e l l e g i s l a d o r g o z a d e u n . i n n e g a b l e m a r

    g e n d e a p r e c i a c i ó n a l a h o r a d e a p r e c i a r l a c o n c u r r e n c i a d e l p r e s u

    p u e s t o h a b i l i t a n t e ; m a r g e n é s t e q u e , a u n q u e n o im p i d e , sí l i m i t a c o n

    s i d e r a b l e m e n t e l a i n t e n s i d a d d e l c o n t r o l d e c o n s t i t u c i o n a l i d a d d e

    ta les l eyes por e l Tr ibuna l Cons t i tuc iona l (en lo suces ivo , TC)^^ . En

    e s t e s e n t i d o , si b i e n el T C o f re c ió t e m p r a n a m e n t e u n a i n t e r p r e t a c i ó n

    d e l a n o c ió n d e « s e rv i c io s e s en c i a l e s » , é s t a e s m u y g en e ro s a , p u es

    s ó lo ex ig e q u e e l s e rv i c io q u e s e p re t en d a r e s e rv a r a l s ec to r p ú b l i co

    reca ig a s o b re u n a « p re s t ac ió n v i t a l o n eces a r i a p a ra l a v id a d e l a

    c o m u n i d a d » 13,  u n c o n c e p t o j u r í d i c o n o m e n o s i n d e t e r m i n a d o q u e e l

    q u e —a s u t r av és — s e p re t en d e p rec i s a r .

    E n t o d o c a s o , e s i m p o r t a n t e r e c a l c a r q u e l a s i t u a c i ó n d e m o n o

    p o l io ,

      a l a que se re f ie re t ambién e l a r t í cu lo 128 .2 CE, no es un requ i

    s i to i m p r e s c i n d i b l e d e

      la publicatio

    s in o

      un plus

      que re fuerza su l eg i

    t im id ad co n s t i t u c io n a l , y s i g n i f i ca q u e l a r e s e rv a p o d rá l l ev a r s e a

    c a b o

      sobre todo

      —

    pero no solamente

    — c u a n d o s e t r a t e d e ac t i v id a

    d es q u e , d e d e j a r s e en m an o s d e l a l i b re i n i c i a t i v a p r iv ad a , e s t a r í an

    ab o cad as a e j e rce r s e en r ég im en d e m o n o p o l io i ' * .

    2̂ El pro fes or G.  A RIÑ O O RT IZ  va aún más le jos , pues cons idera que no se

    t ra ta de genuinos conceptos ju r íd icos inde te rminados , s ino de conceptos ab ie r

    tos o es tándares ju r íd ico-pol í t icos que no admiten una so la in te rpre tac ión jus

    ta y que, en consecuencia , e l TC no puede judicial izar .

      Vid.

      «Servicio público y

    l ibertades públicas», c i t . , págs. 1316 s .

    13   Vid.  STC de 17 de julio de 1981.

    i *  Vid.  C.  CHINCHILLA,  «Serv ic io públ ico : ¿c r i s i s o renovac ión?» , c i t . ,

    pág. 86.

    181

  • 8/18/2019 1. Servicio Público y Derechos Fundamentales (Mariano Bacigalupo)

    14/22

  • 8/18/2019 1. Servicio Público y Derechos Fundamentales (Mariano Bacigalupo)

    15/22

    SERVICIO PÚBLICO Y DERECHOS FUNDAMENTALES

    determina una tendencia ol igopolís t ica que condiciona el carácter

    de los servicios que se pueden prestar, el st tu quo  jurídico y polí

    tico del medio y en definitiva el derecho mismo a una diftisión e

    información l ibres».

    A s í p u e s , el T C a c a b a c o n c l u y e n d o q u e

    « .. .) la configuración de la televisión como servicio público, aun

    que no sea una afirmación necesaria en nuestro ordenamiento jurí-

    dico-político, se en cu en tra d en tro de los po dere s del legislador. ...)

    adoptar el sistema de gestión indirecta del servicio público requie

    re una decisión del legislador y un desarrollo que este Tribunal no

    pu ed e sup lir ...). La llam ad a «televisión privad a» ...) no está nec e

    sariamente impuesta por el art . 20 de la Consti tución. No es una

    derivación n ecesa ria del artículo 20, au nq ue , como es obvio, no está

    tampoco consti tucionalmente impedida. Su implantación no es una

    exigencia jurídico-constitucional, sino una decisión política, que

    pue de ad optarse , den tro del marco de la Consti tución, po r la vía de

    una ley orgánica».

    M á s a d e l a n t e e l T C h a v a r i a d o a m b a s l í n e a s a r g u m é n t a l e s , t a n

    t o l a u t i l i z a d a p a r a j u s t i f i c a r l a c o n s t i t u c i o n a l i d a d d e l a

      public tio

    c o m o a q u e l l a o t r a q u e , u n a v e z a f i r m a d a l a c o n s t i t u c i o n a l i d a d d e

    l a dec l a r ac i ón de s e rv i c i o púb l i co , s e r e f i e r e a l a d i s cu t i da ob l i ga

    t o r i e d a d c o n s t i t u c i o n a l d e p r e v e r l a p o s i b i l i d a d d e s u g e s t i ó n i n d i

    r ec t a p o r p a r t i c u l a r e s . E n e fec t o , en 1990 S TC 206 / 1990 , de 13 de

    d i c i e m b r e ) , p a r a j u s t i f i c a r l a c o n s t i t u c i o n a l i d a d d e l a d e c l a r a c i ó n

    de s e rv i c i o púb l i co , e l TC de j a de pone r e l én fa s i s en l a s l i mi t ac i o

    n e s d e c a r á c t e r t é c n i c o , a r g u m e n t a n d o a p a r t i r d e e n t o n c e s s o b r e

    la ba se d e l a dimensión objetiv d e l o s d e r e c h o s f u n d a m e n t a l e s r e c o

    n o c i d o s e n e l a r t í c u l o 2 0 . 1 C E ; d i m e n s i ó n o b j e t i v a c u y a g a r a n t í a

    c o n s t i t u c i o n a l m e n t e d e b i d a  puede  c o n s i s t i r a u n q u e n o n e c e s a r i a

    m e n t e  debe  cons i s t i r ) en l a dec l a r ac i ón de l a TV como s e rv i c i o

    p ú b l i c o :

    « ...) el der ech o de tod os a recibir in form ación — dice el TC— tiene

    una dimensión de garantía de una inst i tución fundamental , cual es

    la opinión pú blica l ibre, que trasciende a lo que es com ún y pro pio

    de otros derecho s fundam entales .. . y que exige tam bién). . . la pre

    servación de un determinado modo de producirse de los medios de

    com unica ción social , porq ue tanto se viola la com unica ción l ibre al

    pon erle ob stáculos desde el poder, com o al pon erle ob stáculos des

    de los propios medios de difusión. Así, la calificación de servicio

    público es consti tucionalmente legít ima desde el momento en que

    183

  • 8/18/2019 1. Servicio Público y Derechos Fundamentales (Mariano Bacigalupo)

    16/22

    MARIANO BACIGALUPO SAGGESE

    el legislador la considera necesaria para garantizar —en términos

    de igualdad y efectividad— dete rmin ado s derechos fundam entales

    de la colectividad».

    C om o aca bo de s eña la r, e l T C t a m b i én va r ió a pa r t i r de 1990 ( ST C

    206 /1990) su pos tu r a e n cu an to a si e l a r t í c u lo 20 CE ex ige o n o r ec o

    noce r l a pos ib i l i dad de l a ges t ión ind i r ec t a de l s e r v i c io púb l i co de

    t e l ev i s ión p o r pa r t i c u l a r es . A sí , s i en 1982 e l T C sos t e n ía qu e la ges

    t i ón ind i r ec t a de l s e r v i c io púb l i co de t e l ev i s ión po r pa r t i cu l a r es «no

    es u n a de r iva c ión ne ce sa r i a de l a r t í c u lo 20 CE » , en 1990 , s in e m ba r

    g o ,  pa sa a a f i r m ar lo s igu ien te :

    «(...) la calificación de la TV co m o servicio público es con stitucio -

    na lm ente legít ima ( .. .) , pe ro no es, en absoluto, una etique ta que,

    una vez colocada sobre el medio, permita cualquier regulación de

    la misma, ya que hay en juego derechos subjetivos —los de comu

    nicar l ibremente el pensamiento y la información— que la   publica

    do  limita y sacrifica en favor de otros derechos, pero que no puede

    en modo alguno eliminar ( . . .) Los cambios en los condicionamien

    tos técnicos (...) y también en los valores sociales, pueden suponer

    una revisión de la justifícación de los límites que supone la  publi-

    catio tan to en lo que se refiere a la consti tuc ionalidad de un m ono

    polio público en la gestión televisiva, como a los límites que esta

    blezca la regulación de una gestión privada del servicio que el

    legislador está obligado a realizar resp eta nd o los princip ios de liber

    tad, igualdad y pluralismo».

    Co n o t r a s pa l a b r as , e l T C v iene a so s t en e r aho r a , a d i f e r en c ia de

    l o q u e m a n t u v o i n i c i a l m e n t e , q u e l o s d e r e c h o s f u n d a m e n t a l e s a l a

    l i b e r t a d d e e x p r e s i ó n y d e i n f o r m a c i ó n s í obligan  a p r e ve r l a pos ib i

    l i dad de una ges t ión ind i r ec t a o p r ivada de l s e r v i c io púb l i co de t e l e

    v i s i ó n . E s t a n u e v a p o s t u r a l e p e r m i t i ó a l T C d e c l a r a r p o c o s a ñ o s m á s

    t a r d e e n s u i m p o r t a n t e S T C 3 1 / 1 9 9 4 , d e 3 1 d e e n e r o , q u e

    «en vir tud de la conf iguración, const i tucionalmente legí t ima, de

    la TV como servicio público, cualquiera que sea la técnica emple

    ada y el a lcance de la emisión, los derechos a comunicar l ibre

    m en te el pen sam iento y la informa ción p ued en resul tar l im itados

    en favor de otros derechos. Pero lo que no puede hacer el legisla

    dor es diferir  sine die m ás al lá de todo t iem po raz ona ble y s in que

    exis tan razo nes qu e jus t i f iquen la dem ora, la regulación de u na

    actividad, como es en este caso la gestión indirecta de la TV local

    por cable, que afecta directamente al ejercicio de un derecho fun

    damental ( . . .) pues la ausencia de regulación legal comporta, de

    184

  • 8/18/2019 1. Servicio Público y Derechos Fundamentales (Mariano Bacigalupo)

    17/22

    SERVICIO PÚBLICO Y DERECHOS FUNDAMENTALES

    he ch o . .. ), no un a regu lación l imitat iva del dere cho fun dam ental ,

    s ino la prohibición l isa y l lana de aquella act ividad que es ejer

    c icio de la l iber tad de comu nicación que garan t izan los a par ta do s

    a) y d) del ar tíc ul o 20.1 CE ...)• Ni

     la. publicatio

      de la activid ad de

    difusión televisiva permite en modo alguno el iminar los derechos

    de com un icar l ibrem ente e l pen sam iento y la informa ción ...) ni ,

    en lo que a tañe a derechos fundamentales de l iber tad, puede e l

    legislador n egar los po r la vía de no re gu lar el ejercicio d e la act i

    vidad en que consisten, pues no es de su disponibil idad la exis

    tencia misma de los derechos garant izados

      ex Constitutione

      ...).

    Por el lo, s in negar la conveniencia de una legislación ordenadora

    del medio, en tanto és ta no se produzca, no cabe, porque subs is

    ta la laguna legal , sujetar a concesión o autorización administra

    t iva —de impo sible con secuc ión, p or lo dem ás— el ejercicio d e la

    actividad de em isión de televisión local po r cable, pu es el lo im pli

    ca e l desco nocim iento tota l o supres ión del derech o funda m ental

    a la l ibertad de expresión y de com un icació n q ue garan tiza el art í

    culo 20.1

     a yd

    CE».

    E n mi op i n i ó n , e s t a po s t u ra s egún e la cua l , po r u n l ado , l o s de re

    c h o s f u n d a m e n t a l e s a l a l i b e r t a d d e e x p r e s i ó n y d e i n f o r m a c i ó n o b l i

    gan a p re ve r la po s i b i l i da d de u n a ge s t i ón i nd i r e c t a o p r i v ada de l s e r

    v i c i o púb l i co , y de acue rdo con l a cua l , po r o t ro l ado , d i cha ge s t i ón

    i n d i r e c t a e s m a n i f e s t a c i ó n d e l e j er c ic i o d e u n d e r e c h o f u n d a m e n t a l )

    r e s u l t a , d e s d e el p u n t o d e v i s ta d o g m á t i c o , h e t e r o d o x a , p a r a d ó j i c a o

    c o n t r a d i c t o r i a , d a d o q u e , c o m o y a t u v e o c a s i ó n d e s e ñ a l a r a n t e r i o r

    m e n t e , l o s p a r t i c u l a r e s q u e g e s t i o n a n i n d i r e c t a m e n t e u n s e r v i c i o

    púb l i co cuya t i t u l a r i dad e s t á r e s e rvada a l s ec t o r púb l i co no e j e r cen

    a l h a c e r l o u n d e r e c h o f u n d a m e n t a l p r e e x i s t e n t e , s i n o q u e s i m p l e

    m e n t e a c t ú a n

      por encargo

      de l po d er pú bl i co es dec i r , de l a A dm i

    n i s t r ac i ón t i t u l a r de l s e rv i c i o ) . C omo s e d i j o , e s é s t a , p r ec i s amen t e ,

    l a r azón por l a que l o s pa r t i cu l a r e s no s on t i t u l a r e s de un de recho

    púb l i co s ub j e t i vo a l o t o rgami en t o de l a s conces i ones de s e rv i c i o

    p ú b l i c o .

    C o m o r a z o n a a c e r t a d a m e n t e l a p r o f e s o r a C a r m e n C h i n c h il la ,

    «no deja de ser con tradicto rio q ue el TC, po r un lado, considere con

    forme con la Con stitución la calificación legal de la televisión c om o

    servicio público y, por otro, reconozca la existencia de un derecho

    fundam ental a crear una emisora de televisión en su m oda lidad de

    TV local por cable), y tache de inconstitucionalidad la omisión del

    legislador al no regu lar un régim en de concesiones pa ra ese t ipo de

    televisión. Si es un derecho fundamental que nace de la Constitu-

    185

  • 8/18/2019 1. Servicio Público y Derechos Fundamentales (Mariano Bacigalupo)

    18/22

    MARIANO BACIGALUPO SAGGESE

    ción, ¿cómo pued e depender su ejercicio de u na concesión,

     que,

     por

    definición, supone la negación de la preexistencia del derecho que

    se concede?»•^.

    A m i juicio, si se cons idera qu e una d ete rm ina da actividad de be

    ser accesible a los pa rticu lare s, po r com po rta r el ejercicio de un dere

    cho fundamental , sólo cabe una única solución: entender que su

    declaración como servicio público reservado al sector público no es

    conforme con la Consti tución. Casar la

     publicatio

      o declara ción de

    servicio público (en sentido orgánico-subjetivo) co n un dere cho su b

    jetivo de los pa rt icu lares a la gestión ind irecta d el servicio me p are

    ce sencil lamente la cuadratura del círculo, una afirmación, en defi

    nit iva, que entraña una notoria contradicción en los términos. Si se

    reconoc e el derec ho fun dam ental a la gestión privada de la actividad,

    enton ces no se pue de prete nd er ha blar de un servicio público en sen

    tido subjetivo, s ino, a lo sumo, de un servicio público en sentido

    meramente objetivo, material o funcional, o , por emplear la termi

    nología de or igen com unita r io hoy en d ía ya p lena m ente arra igada ,

    de un servicio de interés general que, aunque sometido a regulación

    (incluso es posible que muy intensa), se presta en régimen de com

    petencia.

    SERVICIO PÚBLICO EN SENTIDO OBJETIVO

    Y DERECHOS FUND MENT LES

    La anter ior consideración me conduce derechamente a l ú l t imo

    punto de mi ponencia , que , para terminar , abordo ya muy breve

    mente: la incidencia sobre los derechos fundamentales que conlleva

    la regulación de los servicios de interés general que se prestan en

    régimen de competencia, es decir , la incidencia que sobre los dere

    chos fundamentales comporta la configuración de una actividad

    prestacional de interés general como servicio público en un sentido

    meramente objetivo, material o funcional.

    Como ya señalé anteriormente, la regulación de los servicios de

    interés general que se prestan en régimen de competencia persigue,

    en lo esen cial, tre s gr an de s finalidades:

    ^  Vid «Servicio públ ico: ¿cr is is o renovación?», c i t . , pág. 96.

    1 8 6

  • 8/18/2019 1. Servicio Público y Derechos Fundamentales (Mariano Bacigalupo)

    19/22

    SERVICIO PÚBLICO Y DERECHOS FUNDAMENTALES

    — En pr ime r lugar, garan t izar e l cum pl imiento de un as condi

    ciones y uno s requis itos m ínimo s por pa r te de los pres tado

    res del servicio, a cuyo efecto su prestación se sujeta a la exi

    gencia de previa obtención de un t í tulo habil i tante.

    — E n segu ndo lugar , la regulación pre tend e gar antiz ar la com

    petencia en sectores de act ividad en que ésta no suele ser

    espon tánea, d ebido a un a cier ta tendencia e structural del sec

    to r al m on op olio o, al m eno s, al oligopolio). Com o se dijo,

    a estos efectos la regulación prevé, por ejemplo en el ámbito

    del Derecho de las telecomunicaciones, la obligación de

    intercon exión de las redes, la interop erab il idad de los servi

    cios,

      la obligación de los ti tulares de las redes de permitir el

    acceso a las mismas de terceros prestadores de servicios en

    cond iciones objet ivas, t ranspa rente s y no d iscr im inatoria s y,

    en f in, otras m edid as de regulación asimétrica  en favor de los

    nuevos ent rantes .

    — Y, en terce r lugar, la regu lación d e los servicios de in terés

    general que se prestan en régimen de competencia persigue

    asegurar la sat isfacción de las prestaciones no competi t ivas

    que éstos tam bién com pren den , es decir , de aquellas que, p or

    falta de rentab ilidad, el m erc ado p or sí solo no satisfaría. Esto

    se logra, como ya se dijo, mediante la imposición a los pres

    tadores del servicio de las l lamadas  obligaciones de servicio

    público,  entre las que destacan señaladamente —vuelvo a

    insistir— el denominado servicio universal y los servicios

    obligatorios.

    Como es evidente, todas estas medidas de regulación son cier ta

    mente l imitat ivas o restr ict ivas de derechos fundamentales —espe

    cialm en te del de rec ho a la liberta d de em pre sa art . 38 CE) y, en el

    caso de las m edid as de regulación  asimétrica,  del derecho a la igual

    dad ar t . 14 CE)—, pero con st i tuciona lm ente legít imas en la m edi

    da en que, po r un lado, pro cu ran g arant izar la m isma com petencia

    o el funcionam iento del m ercad o, que es precisam ente el presup uesto

    con sti tucion al de la pro pia libertad de em pres a com o así se reco

    noce expresamente en el artículo 38 CE: «Se   reconoce la libertad de

    empresa en el marco de la economía de mercado» ,

      y, por otro, son

    medidas que procuran asegurar de manera proporc ionada y razo

    na ble la satisfacción del inte rés gen eral, o, lo qu e es lo m ism o, la de

    los derechos prestacionales de todos los ciudadanos. En este senti-

    187

  • 8/18/2019 1. Servicio Público y Derechos Fundamentales (Mariano Bacigalupo)

    20/22

    MARIANO  BACIGALUPO SAGGESE

    do , e l TC ha recalcad o en re i terad as oc as iones que  «la vigencia de la

    libertad de empresa no resulta constitucionalmente resquebrajada por

    el hecho de limitaciones derivadas de las reglas que disciplinen, pro-

    porcionada y razonablemente, el mercado»^ ^.

    En defini t iva, aunque sea de intensidad obviamente menor, tam

    bién la configuración de una act ividad prestacional como servicio

    púb lico en sentido m era m en te objetivo, matericd o fimcional y no sólo

    su reserva al sector público) conlleva una afectación importante —si

    bien, insisto, po r lo gene ral plena m en te justificada y po r ello legítima

    desd e el pu n to d e Adsta con stitucional— de los de rech os fimdam enta-

    les en cuyo ám bito d e protecc ión se inse rta la actividad en qu e su pres

    tación consis te. En cualquier caso, en ninguno de los sectores abier

    tos a la com peten cia energía, telecom unicacio nes, servicios postales ,

    etc.) se ha entendido que las medidas de regulación previs tas en sus

    respectivas leyes l iberal izado ras con st i tuyan , abstractamente   conside

    radas, restr icciones o l imitaciones desproporcionadas o irrazonables

    —es decir, genuinas  vulneraciones— del derecho fiíndamental a la

    l ibertad de empresa o del derecho a la igualdad.

    III.  BIBLIOGRAFÍA SELECCIÓN)

    A R I Ñ O O R T I Z , G . ,

      « S e rv i c io p ú b l i c o y l i b e r t a d e s p ú b l i c a s » , e n A A . W . ,

      Actua-

    lidad y perspectivas del Derech o pú blico a fines del siglo XX,  L i b r o h o m e

    n a j e a l P r o f e s o r F e m a n d o G a r r i d o F a l l a , U C M , M a d r i d , 1 9 9 2 .

    A R I Ñ O O R T I Z , G . ; D E LA C UÉ TA R A M A R T Í N E Z , y M A R T Í N E Z L Ó P E Z - M U Ñ I Z , J . L . ,

      El

    nuevo servicio público,

      M . P o n s , M a d r i d , 1 9 9 7.

    B E L T R A N D E F E L I P E , M . ,

      Reflexiones sobre el estado actual de algunas políti-

    cas públicas y de las formas clásicas de intervención administrativa en la

    economía,

      E sp e r i a , L o n d r e s , 1 9 9 9 .

    B E R N A L D O D E Q U I R Ó S , L . ,  « L i b e r a l i z a c i ó n , d e s r e g u l a c i ó n y m e r c a d o » , e n

    E . M a r t í n O r t e g a d i r .) ,  Derecho Administrativo Económico,  C u a d e r

    n o s d e D e r e c h o J u d i c i a l , C o n s e j o G e n e r a l d e l P o d e r J u d i c i a l , M a d r i d ,

    2 0 0 0 .

    C H IN C H IL L A M A R Í N ,   C.,La radiotelevisión como servicio público

      esencial

    Tec-

    n o s , M a d r i d , 1 9 8 8 .

    17   Vid.,  p o r to da s, STC 127/1994 FJ 6.° D).

    188

  • 8/18/2019 1. Servicio Público y Derechos Fundamentales (Mariano Bacigalupo)

    21/22

    SERVICIO PÚBLICO Y DERECHOS FUNDAMENTALES

    — «El servicio púb lico, ¿una am ena za o un a garan tía pa ra los derec hos fun

    dam entale s? Reflexiones s obre el caso de la televisión», en AA.W.,  Estu-

    dios sobre la Constitución Españ ola

    Libro homenaje al Profesor Eduar

    do García de Enterría, tomo II, Civitas, Madrid, 1991.

    — «Servicio púb lico: ¿crisis o renovación?, en E. M alaret García din). Régi-

    men jurídico de los servicios públicos Cuadernos de Derecho Judicial ,

    Consejo General del Poder Judicial, Madrid, 1997.

    FERNÁNDEZ RODRÍGUEZ,

      T.-R.

    «Empresa pública y servicio público: el final

    de una época», REDA núm. 89, 1996.

    — «Del servicio público a la l iberalización desde 1950 hasta hoy»,   RAP

    núm. 150, 1999.

    GARCÍA DE ENTERRÍA, E.,  «La actividad industrial y mercantil de los muni

    cipios», RAP núm. 17, 1955.

    GARRIDO FALLA, F.,  «La crisis de la noción de servicio públic o», en Las trans-

    formaciones del régimen administrativo lEP, Madrid, 1954.

    — «El mo delo econ óm ico de la Con st i tución y la revisión del conce pto de

    servicio público», REDA nú m . 29, 1981.

    GONZÁLEZ RIVAS, J. J.,  «Introducción al régimen jurídico gen eral de los ser

    vicios púb licos», en E. M alaret García dir.). Régimen jurídico de los ser-

    vicios públicos.

      Cuadernos de Derecho Judicial, Consejo General del

    Poder Judicial, Madrid, 1997.

    GONZÁLEZ-VARAS IBÁÑEZ, S.,  El reto de los servicios públicos en Europa

    Documento de Trabajo, Dirección General de Estudios del Parlamento

    Eu rope o, Serie Eco nóm ica, W-26, Luxem burgo, 1996.

    — «El Derecho comunitario ante el servicio público y la competencia»,

    cet Jurídica de la CE . y de la Com petencia Boletín, núm. B-124, 1997.

    — «Derecho com unita rio y actividad económ ica de los poderes públicos en

    espe cial los servicios público s)». Noticias de la Unión Europea núm. 183,

    2000.

    JIMÉNEZ-BLANCO,  A., «Servicio público, interés general, monopolio: recien

    tes apo rtes del Tribunal de Justicia de la C om un idad 1993-1994)»,

    REDA

    núm. 84, 1994.

    MALARET GARCÍA, E.,  «Servicios públicos y Unión Europea: los servicios

    públicos telefónicos en el marco de la l iberalización de las telecomuni

    caciones. La reducc ión del ámb ito del mo nopo lio, pas o previo a su desa

    parició n», en E. M alaret G arcía dir.).  Régimen jurídico de los servicios

    públicos.  Cuadernos de Derecho Judicial , Consejo General del Poder

    Judicial, Madrid, 1997.

    — «Servicios pú blicos , funciones p úblicas , ga ran tías de los dere cho s de los

    c iudadan os: peren nidad de las necesidades, t ransformación de l contex

    to»,

     RAP núm. 145, 1998.

    189

  • 8/18/2019 1. Servicio Público y Derechos Fundamentales (Mariano Bacigalupo)

    22/22

    MARIANO BACIGALUPO SAGGESE

    MARTÍN REBOLLO, L . ,

      «De nuevo so bre e l servic io púb l ico: p lante am iento s

    ideológicos y funciona l idad técnica»,  RAP núm. 100-102, 1983, volu

    men III .

    MUÑOZ MACHADO, S.,

      Servicio público y mercado 4 vols., Civitas, Madrid,

    1998.

    QUADRA-SALCBDO, T.

     de la, Liberalización de las telecomunicaciones servicio

    público y Constitución económica europea CEC, Madrid, 1995.

    — «Los servicios televisivos», en E. M alaret Garc ía din), Régimen jurídico

    de los servicios púb licos Cuadernos de Derecho Judicial , Consejo Gene

    ral del Pod er Judicial , Mad rid, 1997.

    ROLDAN MARTÍN,

     A., «Los nue vos co nto rn os del servicio público », en E. Mar

    tín Orte ga dir.).

      erecho Adm inistrativo Económ ico

    Cuad ernos de Dere

    cho Judicial , Consejo General del Poder Judicial , Madrid, 2000.

    TRONCOSO REIGADA, A..

      Privatización empresa pública y Constitución M.

    Pons ,

      Madrid, 1997.

    — «Dogmática administrat iva y Derecho Consti tucional: el caso del servi

    cio público», REDC núm. 57, 1999.

    VILLAR EZCURRA, J. L.,

      Derecho Adm inistrativo Especial. Adm inistración Pú-

    blica y actividad de los particulares

    Civitas, Madrid, 1999.

    VILLAR PALASÍ, J. L.,

      «La actividad indu strial del Estad o en el Derech o Administrat ivo»,

     RAP

    núm. 3, 1950.