1) introdução e acolhimento. -...
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1) Introdução e Acolhimento.
Queridos irmãos e irmãs membros deste Concílio.
Em nome do Pai, Justo e Amoroso, do Deus Filho, Salvador e
Amigo, do Deus Espírito Santo, Capacitador e Solidário, o qual nos
constituiu como Sua Igreja e nos envia a ser: “Discípulos e
Discípulas nos Caminhos da Missão e que Produzem Frutos de
uma Vida Santificada.”, é que expresso minha saudação fraterna,
como companheiros na Missão a que todos fomos chamados.
É uma alegria indescritível servir a Deus na companhia de
todos vocês, como eu, pecadores/as, mas sustentados/as pela
graça e poder do Espírito Santo.
Quando olho para trás, vejo na caminhada, as várias
operações dos milagres de Deus, digo ainda que diante de uma
crise mundial: Há esperança!!! Servimos a um Deus Forte e
Poderoso, que nunca nos abandona. Ele é a razão de todas as
bênçãos alcançadas nestes anos de Episcopado. Vejo mesmo os
erros cometidos por mim, que mostram o quanto pecador e limitado
sou. Isto me deixa mais admirado com sua Graça que opera,
apesar de nossas limitações. “Então ele me disse: A minha graça te
basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade,
pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse
o poder de Cristo.” (2 Co 12.9). Sim, confiados no amor e na Graça
de Deus é que chegamos até aqui e prosseguimos. “Não que eu o
tenha já recebido ou tenha já obtido a perfeição; mas prossigo para
conquistar aquilo para o que também fui conquistado por Cristo
Jesus.” (Fl 3.12).
A Escola de Missões, a Multiplicação da 1ª Região
Eclesiástica, e o nascimento da 7ª Região Eclesiástica, se juntam a
tantas outras conquistas. Preciso reconhecer que tais resultados se
devem a um trabalho em equipe. Do qual fazem parte os seguintes
segmentos e irmãos e irmãs:
Secretaria do Gabinete Episcopal - Ester Machado Monteiro e
Marília Moreira Lopes Onofre,
Gerência Administrativa da Sede Regional - Júlio Cesar
Fernandes (1ª RE) e Carlos Alberto da Silva (7ª RE);
AIM - Dayse Ellen Gomes E Lady Pereira Tavares Portella;
Informática – Vagner Rosa de Carvalho;
MAAD - Nuclécio de Lima Sabiá e Kelly Francis Alves de Matos
Marques;
DRH - Maria Helena Lemos Batista;
Recepção - Lady Pereira Tavares Portella;
ASG - Jair Gomes da Silva e Carlinda Mariano;
Tesouraria Regional - Lydia Faleiro Monteiro;
Comunicação - Nádia Pinto de Mello, Camila Alves de Souza e
Carla Tavares dos Santos Dias;
Colaboradores: Thiago Manso Ribeiro, Pablo Massolar, Roberto
de Carvalho Rocha, Luiz Daniel do Nascimento, Henrique Carlos de
Moraes, André Marmelo, Almir Lemos Nogueira e José Dorimar de
Moraes Cortinhas.
Editora Chama: Heraldo Batista da Costa.
Secretários/as Executivos/as: Clóvis de Oliveira Paradela,
Rosemarí Pfaffenzeller, Ronan Boechat de Amorim, Júlio César
Fernandes, Deise Luce de Sousa Marques, Edvandro Machado
Cavalcante e Clinger Cosme Campos.
Coordenadoras de Ministérios: Selma Antunes da Costa e
Thaiana Kerlla Santos de Assis.
Coordenadores/as de Pastorais: Ruth Silva, Maria do Carmo
Moreira Lima, Maria da Fé da Silva Viana, Edvandro Machado
Cavalcante, Denise Alcântara Lourenço, Rosinete Marques Ferreira
Siqueira, Roberto Silva e Cláudia Tavares.
Assessores episcopais
Superintendentes Missionários: Lúcio de Sant’Anna Ferreira
(1ªRE) e Carlos Roberto de Oliveira Queiroz (7ªRE).
Assessor Pastoral do Ministério de Ação Episcopal - Filipe Pereira
de Mesquita
Secretário de Coordenação e Supervisão Ministerial - Marcello José
Pimenta Fraga
Assessor para assuntos internacionais – Marcelo Moraes
Gonçalves
A todos estes/as minha mais profunda gratidão, em destaque minha
secretaria Ester e sua assistente Marilia, sem todos eles não seria
possível ter alcançado os resultados que obtivemos. Agrego a estes
com destaque singular a minha esposa, Gláucia que me inspira,
cuida e me ama, são 41 anos de vida conjugal feliz. Com ela
agradeço a Deus por toda minha família, meus filhos Guilherme,
Paula, Angela, Pr. Fernando, meus genros Pr. Ewander e o Chef
Bob, minha nora Ana, e os meus 6 netos, Lucas, Samuel, Isabela,
Nicolas, Leon e Sienna Julie. Netos são sementes que plantamos
para o futuro.
2) Nosso Momento Missionário
A Igreja Como Comunidade de Discípulos e Discípulas
A) O que é a Igreja?
A Igreja é a comunidade dos salvos, de todos os que
confessam a Jesus como Senhor e creem que Deus O ressuscitou
dentre os mortos (cf. Rm 10.9). Jesus foi quem criou a Igreja ao
chamar seus discípulos para O seguirem. A Igreja é a comunidade
dos discípulos e discípulas, dos homens e mulheres, adultos e
crianças que seguem a Jesus. Certa vez, Jesus perguntou aos seus
discípulos acerca do que as pessoas em geral diziam sobre Ele. Em
seguida, perguntou aos discípulos suas próprias opiniões. Os
discípulos foram respondendo de diferentes formas, então, Pedro
declarou: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”. (Mt 16. 16). Jesus
tomou a declaração de Pedro e disse que sobre essa pedra
(fundamento da fé, ou seja, a fé de que Jesus era o Messias
prometido) Ele edificaria sua Igreja, e que as portas do inferno não
prevaleceriam contra ela.
B) Qual é o propósito da Igreja?
Em setembro empreendemos a avaliação dos trabalhos dos
anos de 2014/2015 e já começamos a reunir e adequar desde a
igreja local o planejamento para 2016/2017. Tínhamos muitos
planos neste biênio, e, certamente, conseguimos realizar boa parte
deles. Devemos, no entanto, nos perguntar sobre a eficácia dos
resultados trazidos para a expansão do Reino de Deus, no fazer
discípulos e discípulas, que, de fato, é o alvo da missão da Igreja.
Isso porque, muitas vezes, temos visto a Igreja perder-se em
relação ao verdadeiro objetivo da Missão dada pelo Senhor Jesus
(cf. Mt 10.5-8; 28.18-20). Desse modo, seria útil avaliarmos sempre
nossa caminhada. Sim, gostaria de estimular pastores, pastoras e
toda a liderança leiga a manter o clima de avaliação. Convoquem a
CLAM, a Coordenação Local de Ação Missionária, para, durante um
dia inteiro, pensar a missão, planejar o avanço missionário, à luz do
Plano Estratégico Regional e o Plano Missionário Nacional.
C) O que é ser uma Comunidade ou Igreja Corpo de Cristo?
Ser uma comunidade não é tornarmo-nos como as igrejas das
Comunidades, a denominação que não deseja ser uma
denominação cristã. Mas significa ser uma comunidade no sentido
de Atos dos Apóstolos: “Da multidão dos que creram era um o
coração e a alma. Ninguém considerava exclusivamente sua nem
uma das cousas que possuía; tudo, porém, lhes era comum.” (At
4.32). Hoje, está cada vez mais forte o individualismo, as notícias
da televisão e dos jornais reforçam isso, lá se identifica o fato, o
fenômeno, e dizem: o acidentado, os mortos, o criminoso, a
parturiente, os aidéticos, as prostitutas, os sem-teto. Não falam da
vida, da família, da história das pessoas. Houve tempo em que se
falava do João, filho da dona Maria e do seu Manuel, que mora na
Penha e trabalha no Jornal O Dia. As pessoas pertenciam a uma
família, tinham um lugar para moradia, onde constituíam uma
comunidade, trabalhavam anos em uma mesma empresa. Havia
vários laços que nos ligavam a várias comunidades; nós
cultivávamos tais laços. Hoje, a situação está mudando
rapidamente; os laços, embora mais frágeis, ainda existem, mas a
luta pela sobrevivência, as péssimas condições de vida impedem a
formação e o fortalecimento do sentimento de pertencer, de sentir-
se parte de uma comunidade de discípulos. Agora vivemos a lei dos
mais fortes, é cada um por si. Nesse contexto é que entra a nossa
pergunta, pois, inclusive, as Igrejas estão entrando nesse clima, os
templos estão cheios, mas não necessariamente de pessoas que
constituem uma comunidade de discípulos e discípulas. A grande
maioria das igrejas quer público, de preferência que contribua bem,
mas não necessariamente ser uma comunidade discipuladora, com
irmãos e irmãs, uma comunidade de discípulos e discípulas dá
trabalho, temos que pastorear, enfim, discipular. “Ora, o Deus de
paciência e da consolação vos conceda o mesmo sentir de uns para
com os outros, segundo Cristo Jesus, para que concordemente e a
uma voz glorifiqueis ao Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo.
Portanto, acolhei-vos uns aos outros, como também Cristo nos
acolheu para glória de Deus.” (Rm 15.5-7), como verdadeiros
discípulos e discípulas de Cristo. Como diz o livro de Atos dos
Apóstolos: um coração, uma só alma, nenhum necessitado, quando
um chora, todos choram com ele, quando um se alegra, todos se
alegram com ele. Mas, como vamos ser um só coração, se não
conhecemos o sentimento um dos outros, ou qual é a tristeza ou
alegria de cada um? Nesse sentido, é que devemos nos avaliar
como Igreja, Comunidade de Discípulos/as de Cristo. No fundo, as
pessoas estão em busca de um lugar onde as chamem pelo nome,
se interessem pelos seus sonhos, onde as ouçam, orem por elas, e
com elas, onde sejam amadas. Por isso nossa ênfase no
discipulado, nos grupos de discipulado, ali crescemos em
comunhão, em santidade e em levar a carga uns dos outros,
exalamos o bom perfume de Cristo, e isto atrai outras vidas que se
integram aos grupos e aceitam a Jesus.
D) O que é ser Igreja Missionária?
Essa pergunta toca no coração da Igreja, na natureza e razão
de ser. Essa pergunta deveria ter resposta óbvia: Sim,
naturalmente!!! Mas, quando lemos atentamente o Novo
Testamento, percebemos que, embora seja da natureza da Igreja
ser missionária (cf. Mt 10.5-8, 16.15-18, 24.14, 28.18) houve
momentos, ainda no I século, em que ela esmoreceu, perdeu a
visão. O primeiro caso que eu cito é a igreja de Corinto; essa,
poucos anos depois do ministério de Paulo, já estava dividida e,
portanto, missionariamente estagnada, isso por causa de divisões
(cf. 1 Co 3.1-3), insubmissão à autoridade de Paulo como Apóstolo
(cf. 1 Co 4.9-19), imoralidade no meio da Igreja (cf. 1Co 5.1-7),
desagregação familiar (cf.1Co 7.1-17), discriminação durante a Ceia
do Senhor (cf. 1Co 11.17-22), confusão e ignorância sobre os dons
espirituais (cf. 1Co 12-14), etc. Isso só em Corinto! Vejam o que
ocorrera com a igreja na Galácia: Depois de terem experimentado a
salvação pela graça, mediante a fé, e o poder do Espírito Santo,
foram influenciados por judaizantes, e estavam se submetendo a
todas as regras do Judaísmo. Isso descaracterizava o Evangelho,
criando embaraço para a evangelização aos gentios. Paulo reage
energicamente “Ó gálatas insensatos! Quem vos fascinou a vós
outros, ante cujos olhos foi Jesus Cristo exposto como crucificado?
Quero apenas saber isto de vós: recebestes o Espírito pelas obras
da lei ou pela pregação da fé? Sois assim insensatos que, tendo
começado no Espírito, estejais, agora, vos aperfeiçoando na carne?
Terá sido em vão que tantas coisas sofrestes? Se, na verdade,
foram em vão. Aquele, pois, que vos concede o Espírito, e que
opera milagres entre vós, porventura, o faz pelas obras da lei, ou
pela pregação da fé?” (Gálatas 3.1-5).
Finalmente, todos conhecemos as advertências de Jesus
através das revelações ao Apóstolo João no Apocalipse, quando
escreve às sete igrejas da Ásia, estimulando-as a voltar ao “primeiro
amor”, ou seja, à paixão por Cristo e pela ação missionária. Sim, em
todas as épocas, a Igreja correu o risco de acomodar-se e deixar o
estilo missionário de vida, para tornar-se uma Igreja de
manutenção. Todos os movimentos de avivamento espiritual
surgiram como reação à acomodação e à falta de dinâmica
missionária; alguns se perderam no caminho, mas muitos foram à
base para um redescobrir da visão e dinâmica missionária. O
avivamento metodista na Inglaterra é um exemplo disso. Aqui,
temos que nos perguntar: Somos uma igreja voltada para fora do
templo? Sensível em relação às necessidades das pessoas a nossa
volta? Nossas dependências estão à disposição do povo? Nossas
ações não visam somente aos membros da Igreja, mas sim às
pessoas e famílias carentes de atenção, amor, enfim, de Jesus
Cristo? E, finalmente, nessa linha de nos avaliarmos, cabe sublinhar
a expressão final do novo tema, dentro da questão missionária, que
é: “Discípulas e Discípulos nos caminhos da missão produzem
frutos de uma vida santificada". Há, na experiência metodista, um
lugar para o anúncio da graça perdoadora, curadora, salvadora e
santificadora. Isso quer dizer que, embora reconheçamos um
conteúdo de anúncio no serviço que prestamos aos marginalizados
e sofredores em geral, há também uma ação urgente a ser feita
diante de todos, que é proclamar em alto e bom som: Jesus ama,
perdoa, salva, cura e liberta os pecadores, e faz deles discípulos e
discípulas dEle, que é o Senhor e Cristo.
Somos ainda vulneráveis aos modismos que venho
denunciando como distorção do padrão de uma Igreja Bíblica e
Metodista. Tais como o neo judaísmo, práticas que se justificam
numa Sinagoga, ou nem mais nelas, são repetidas por alguns
lideres em nosso meio evangélico; outros em vez de se dedicar a
oração e atrair o povo pela unção que está na vida deles, preferem
práticas neo pentecostais chegadas à ideologia da prosperidade,
algo incompatível com a mensagem do Evangelho. Vejam o que
disse Jesus: “Dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, a si
mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me. Pois quem
quiser salvar a sua vida perdê-la-á; quem perder a vida por minha
causa, esse a salvará. Que aproveita ao homem ganhar o mundo
inteiro se vier a perder-se ou a causar dano a si mesmo?” (Lc 9.23-
25). Paulo ensinando a Timóteo diz: “Ora, os que querem ficar ricos
caem em tentação e cilada, e em muitas concupiscências
insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e
perdição. Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os males, e
alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se
atormentaram com muitas dores.” (1Tm 6.9-10). É verdade que ele
também ensinou que os presbíteros que presidem bem merecem
dobrados honorários, mas isto não é riqueza, mas sim sustento
generoso. O que chamo atenção é quando as riquezas ocupam o
lugar da entrega, da cruz, da salvação. As pessoas são atraídas
não por arrependimento e mudança de vida, mas por atrativos
materialistas. Amados e amadas, o que faz crescer a Igreja é o
poder transformador do Espírito Santo, através do discipulado, da
pregação e do ensino das Sagradas Escrituras, bem explicitado nas
nossas Escolas Dominicais.
3) Atividades Pastorais
Reporto ao Concílio todas as atividades pastorais
desenvolvidas neste biênio de 2014/2015.
Prezo muito as palavras de João Wesley sobre o coração da
ação pastoral: “Os/As Pastores/as devem ir à frente do rebanho,
guiá-los em todos os caminhos da verdade e da santidade;
precisam alimentá-los com as Palavras de Vida Eterna, e nutri-los
com o puro leite da Palavra." J. Wesley.
Atendimentos a pastores e pastoras
Na Sede Regional e em outros eventos atendi 360 pastores e
pastoras. Através das redes sociais respondi e aconselhei via E-
mail e WhatsApp, foram mais de 600 mensagens, orando,
orientando, aconselhando. As redes sociais ao mesmo tempo em
que nos facilitam, também facilitam o acesso, propiciando alguns
atendimentos, e com isso multiplicando as demandas.
Reuni com grupos de pastoreio de pastores/as 05 vezes no
biênio. Participei de Café da Manhã por 09 vezes no biênio, sempre
reunindo dois ou mais distritos. Nestas ocasiões, ministrei a
Palavra, compartilhamos preocupações, ouvimos e fomos ouvidos.
Realizamos 04 Ministeriais no biênio, já então reunindo a 1ª
Região Eclesiástica e a 7ª Região Eclesiástica em separado, dando
inicio ao processo de consolidação da Multiplicação da 1ª Região
Eclesiástica em mais uma Região Eclesiástica. Ação que se
acrescentou a diversas outras, todas elas enfatizando as Ênfases
Nacionais do Biênio que se encerra: “Discípulos e Discípulas nos
caminhos da missão formam uma comunidade de fé, comunhão e
serviço”. As avaliações dos/as colegas que participaram foram entre
ótimo e bom. Trouxemos no Ministerial da 1ª Região Eclesiástica
em 2014, os bispos João Carlos Lopes e o bispo Carlos Alberto
Tavares Alves, e na 7ª Região Eclesiástica ministraram o bispo
José Carlos Perez, e o Pr. Emanuel Adriano Siqueira da Silva, da 6ª
Região Eclesiástica, ambos sobre Pastoreio, Discipulado e Serviço.
Em 2015, na 1ª Região Eclesiástica, recebemos o Pr. Neil
Barreto da Igreja Batista Betânia em Sulacap, Rio de Janeiro, além
da colaboração de um de nossos colegas, o Pr. Marcello Fraga, da
Igreja Metodista do Catete. O ministerial da 7ª Região Eclesiástica
recebeu o Pr. Carlito Machado Paes, pastor da 1ª Igreja Batista de
São José dos Campos, o qual com simplicidade nos ajudou a
conhecer os frutos de uma igreja que contagiou a sua cidade,
sobremodo, com discipulado, Escola Dominical e trabalho com a
juventude. Recebeu também a Pra. Rosangela Donato da Igreja
Metodista de Muriaé, onde realiza impactante ministério. Os
Ministeriais da 1ª Região Eclesiástica e 7ª Região Eclesiástica, além
de aprofundar a comunhão, tem sido instrumento para influenciar a
classe pastoral, com ministérios que na linha da tradição
Wesleyana, desafiam e inspiram. Em ambos ministeriais como
Bispo, ministrei três vezes aos/às pastores/as, além de nos horários
livres fazer atendimentos pastorais a alguns que tinham maior
urgência.
Como ação pastoral, escrevi ao todo 23 cartas pastorais até
novembro. Nelas tratei das questões que afligem o mundo, o país, a
Igreja e seu ministério pastoral. E junto a estas enviei notas
pastorais voltadas a questões pontuais da vida do pastor/a e da
Igreja. Os temas bíblicos, teológicos foram os que seguem:
E tudo se fez Novo! (2 Co 5.17)
Procura Apresentar-te a Deus Aprovado/a (2 Tm 2.15)
Por um Novo Avivamento (Mq 2.11)
A Páscoa de Jesus (Lucas 22.14-23)
Variações sobre a Igreja, Neo Judaismo e Pastoreio (2 Tm 4.
2-4)
Pentecoste e Vida Missionária (Atos 2.1-47)
Falando ao Coração de Jerusalém (Is 40.3-5)
Por uma Igreja Viva!
Aprendendo com o Apóstolo João (João 14)
O Poder do Evangelho (Rm 1.16-17)
Servindo a Deus e Continuando a Sonhar com um Milhão
Discípulos/as
Natal: Bendito seja o Senhor... que nos suscitou plena e
poderosa Salvação! (Lc 1.68-69)
Olha para o Céu!
O Reino de Deus e seu crescimento entre nós
Do Jardim do Éden ao Lava Jato (Gn 1.29-30; 3.3)
Enfrentando a Cruz em Oração (Mateus 26.36-46)
Um Pastor chamado John Wesley
A boca fala do que está cheio o Coração - Lucas 6.45b (Tiago
3.1-12) – Parte I
A boca fala do que está cheio o Coração - Lucas 6.45b (Tiago
3.1-12) – Parte II
E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos se
esfriará... (Mt. 24.12)
A Ética com fundamento cristão de relacionamentos
Sobre Pastores e Pastoras e o Momento que Vivemos (Atos
20.28)
Somente a Bíblia
Ainda no campo da pastoral, fiz diversas visitas a colegas que
viviam momentos difíceis, tanto de doenças, e ou problemas com a
Igreja. Nesta tarefa contei muito com os Superintendentes
Missionários, Pr. Lúcio de Sant'Anna Ferreira e Pr. Carlos Roberto
de Oliveira Queiroz. Registro aqui a gratidão da Igreja a estes
abençoados irmãos, que prontamente deixaram suas igrejas e
foram para estrada com o Bispo, visitando, consolando, desafiando
e cuidando de Campos Missionários e pastores/as.
Neste período reuni com o Ministério de Apoio Episcopal por
16 vezes. Na maioria das vezes em retiros de dois dias, onde
estudamos a Palavra, e pensamos a Igreja como comunidade
discipuladora. Discutimos problemas pastorais de toda ordem.
Enfrentamos juntos os mais variados problemas da família pastoral.
Choramos juntos os problemas que redundaram na saída de alguns
pastores e pastoras, mesmo que errados, e em nossa opinião fora
da visão de um ministério Metodista; consideramos que foram
perdas, pelos prejuízos para igreja e a missão. O corpo de
Superintendentes Distritais neste biênio se ampliou, até porque
criamos mais dois novos distritos, que foram consequência da
multiplicação da 1ª Região Eclesiástica, visto que precisávamos ter
número par de distritos em cada Região. Então criamos os distritos
de Bangu na 1ª Região Eclesiástica, assim como o Distrito de
Araruama na 7ª Região Eclesiástica. Os Superintendentes Distritais
deste período foram:
Distritos da 1ª Região Eclesiástica:
Barra Mansa - Rev. Ananias Lúcio da Silva;
Bangu - Rev. Paulo Vieira;
Campo Grande - Rev. Paulo Vieira;
Cascadura - Rev. Paulo Rangel dos Santos Gonçalves;
Catete - Rev. Antonio Faleiro Sobrinho;
Duque de Caxias - Rev. Marco Antônio da Silva
Ferreira;
Jacarepaguá - Rev. Flávio dos Santos;
Nilópolis - Rev. Paulo César Braga de Abreu;
Nova Iguaçu - Revda. Fátima da Cruz Valente;
Penha - Rev. José Magalhães Furtado;
Realengo - Rev. Maximiliano Miler;
Resende - Rev. Rodrigo Vieira Buçard;
Santa Cruz - Rev. Bruno Leonardo Soares do Couto;
São João de Meriti - Revda. Carmen de Souza;
Valença - Rev. Cleber Rosa França
Volta Redonda - Rev. Anselmo Francisco do Amaral
Distritos da 7ª Região Eclesiástica:
Araruama - Rev. Bruno Fernandes Soares;
Cabo Frio - Rev. Elson Amaral Brum;
Itaocara - Rev. Giovani Ferreira Zainotte;
Macaé - Rev. Rogério da Silva Oliveira;
Niterói - Rev. Régison Marcos Coutinho Santos;
Santo Antônio de Pádua - Rev. Ricardo Fróes de
Cnopp;
Petrópolis - Rev. Ewander Ferreira de Macedo;
São Gonçalo - Rev. Nelson Magalhães Furtado;
Teresópolis - Rev. Cesar dos Santos Silva;
Três Rios - Rev. Nelson Santos de Souza.
Na caminhada pastoral missionária, visitei ao todo 107 igrejas
e ou Campos Missionários. Tanto por programas locais, como por
programas distritais ou regionais, como de federações e ministérios.
Vejo crescimento e expansão, em muitos lugares, havia pessoas
assistindo o culto pela janela, dado à falta de espaço para acolher
os convertidos. Isto gerou um bom problema, temos um campo de
obras em todos os distritos, vários templos com mais de 500
lugares estão sendo construídos, e outros tantos com mais de 1.000
lugares.
Nomeações pastorais
Acabou o tempo que o Bispo fazia uma nomeação no biênio,
fazendo alguns acertos no meio do período. Atualmente é raro o
mês que não faço nomeação em nova frente missionária. Estamos
abrindo um novo ponto missionário, em média, 2 a 3 por mês. Estou
muito feliz! Perdi o Controle! O processo de multiplicação dos
convertidos vai à frente de qualquer planejamento. Louvado seja
Deus!!! Todavia, precisamos intensificar o treinamento do ministério
pastoral para as novas demandas que a sociedade nos impõe. Para
isto, teremos programa de Educação Continuada para pastores/as,
desenvolvido pelo Seminário César Dacorso Filho em dois
momentos no ano, e na Escola de Missões três vezes por semestre,
convocados pelo próprio bispo, sempre com um grupo de pelo
menos 40 pastores/as.
Discipulado
Esta área que é o centro da ênfase nacional da Igreja
Metodista também terá seu próprio relatório, porém destaco aqui o
trabalho de alta qualidade da Pra. Carla Simone Ferreira Alves
Rosa, como Coordenadora do Ministério, e do Pr. Clinger Cosme
Campos, como Secretário Executivo, ambos de impacto
inquestionável. Os treinamentos do TDM (Treinamento de
Discípulos e Mestres) se estenderam em vários distritos, inclusive
nacionalmente, pois temos contribuído com a REMNE, REMA, e
outras regiões.
Escrevi, como é do conhecimento de todos, diversos estudos
orientativos sobre o padrão bíblico e Wesleyano e de nossa visão
de discipulado. Ajudaram muito nossos dois Congressos de
discipulado, quando tivemos em média mais de 600 participantes
em ambos os Congressos.
Atos de Governo
Como Presidente dos Concílios Regionais da 1ª Região
Eclesiástica e 7ª Região Eclesiástica, cumpri diversas funções de
natureza administrativas. A principal delas foi a instalação da 7ª
Região Eclesiástica, que se consubstanciou no Concílio
Extraordinário de Instalação realizado em 22 de novembro de 2014,
com a assistência do bispo Presidente do Colégio Episcopal,
Adonias Pereira do Lago e dos/as delegados/as da 7ª Região
Eclesiástica, na nossa Escola de Missões.
Este Concílio coroou o processo que foi aprovado no 41º
Concílio Regional Ordinário da 1ª Região Eclesiástica em 07 a 09
de novembro de 2013, e que ensejou encaminhamento por parte do
Colégio Episcopal à Comissão Geral de Constituição e Justiça
sobre a legalidade da COGEAM para criar uma Região Eclesiástica.
Culminando em aprovação da proposta do Concílio Regional da 1ª
Região Eclesiástica pela COGEAM, decisão esta que irá como
anexo deste relatório à todos os delegados por CD.
Com as COREAM’s constituídas a partir do Concílio,
passamos a organizar todos os segmentos, Comissões Regionais e
Secretarias. A AIM está funcionando, e o processo de novo CNPJ
das igrejas da 7ª Região Eclesiástica está em andamento. Nossa
tesouraria também começou a operar, havendo ainda parte do
orçamento com contas compartilhadas, que fazem parte do acordo
firmado na criação da 7ª Região Eclesiástica.
Reuni a COREAM da 1ª Região Eclesiástica por 16
(dezesseis) vezes, sempre com cerca de 3 a 4 horas de reunião.
Tratamos de uma diversidade de temas envolvendo as Igrejas
Locais e Campos Missionários, isto está reportado no próprio
relatório da COREAM. Do mesmo modo reuni a nova COREAM da
7ª Região Eclesiástica por 6 (seis) vezes, em nossa sede localizada
adjacente ao Campo Missionário de Nova Itaipava. Compartilhando
os custos, nossa sede está funcionando com 04 funcionários, e
estamos dando conta do recado. A localização foi aprovada pelo
corpo de Superintendentes Distritais, e referendada pela COREAM,
com vistas a facilitar o trabalho do Bispo, mas também pela falta de
recursos para maiores investimentos no momento.
Reuni o Ministério de Apoio Administrativo por 16 (dezesseis)
vezes, sempre buscando atender demandas de relatórios,
supervisão da execução do orçamento programa. Atendi
pessoalmente a Secretaria da AIM para encaminhamento de temas
patrimoniais e jurídicos. Registro minha gratidão pelo trabalho
realizado pelo MAAD, tanto na tesouraria pela irmã Lydia Faleiro
Monteiro, como na Secretaria de Finanças pelo nosso irmão Júlio
César Fernandes, e também na Secretaria da AIM, pela irmã
Rosemarí Pfaffenzeller, assim como pelo nosso administrador irmão
Carlos Alberto da Silva, que nos auxiliou em várias demandas.
Reuni com o grupo de trabalho de vendas de propriedades
ociosas, da AIM, composto pela Dra. Rosemari Pfaffenzeller, irmão
Carlos Alberto da Silva, Pra. Giselma de Souza Almeida Matos e Pr.
Nelson Santos de Souza. Dra Rosemari irá certamente relatar sobre
o tema.
Reuni ainda com diretores das Instituições Regionais algumas
vezes, assim como com os respectivos Conselhos Diretores, os
quais também constam dos relatórios da COREAM.
Controle de Obreiros
A Região tem, no momento, em seu quadro de obreiros e
obreiras: 144 Presbíteros Ativos e 32 Presbíteras Ativas, 7
Ministros/as inativos/as, 9 Pastores Ativos, 3 Pastoras Ativas, 59
Aspirantes à Ordem Presbiteral, 9 Missionários Designados.
Licença
Eliana Ramalho Silva dos Santos
Antonella Nicotina Gomes
Pastores/as que pediram desligamento e tiveram credenciais
canceladas.
Edilson José dos Santos
Rosangela Francelino Ferreira dos Santos
Alex Sandro de Oliveira
Luciano Amorim Ferreira
Falecido
Dario Ladeira
Supervisão das Secretarias Regionais de Áreas e outros
Segmentos.
Acompanhei, na medida do possível, as atividades das áreas
de ação regional, cujo Secretário de Supervisão Ministerial é o Pr.
Marcello José Pimenta Fraga, o qual foi muito útil no apoio aos
segmentos e ao bispo. Cada Secretaria vai apresentar também seu
relatório ao Concílio, mas destaco aqui que apreciamos os vários
encontros de treinamento realizado pelo Pr. Edvandro Machado
Cavalcante, assim como nossos Congressos da Escola Dominical,
tanto em 2014 como 2015, onde tivemos participação massiva, o
que nos entusiasmou e mostrou que a nossa Escola Dominical está
bem viva. Nossa gratidão às irmãs Lorely Del Valle de Souza, Deise
Luce de Sousa Marques, Pra. Cerlândia Aguiar Barbosa e Pra.
Thaiana Kerlla Santos de Assis.
Registro ainda a contribuição da Expansão Missionária com o
trabalho do Pr. Ronan Boechat de Amorim e Pra. Selma Antunes da
Costa, ambos visionários como o bispo. Graças ao empenho do Pr.
Ronan e do trabalho direto do Superintendente Missionário Lúcio de
Sant'Anna Ferreira, ocupamos o último município da área da 1ª
Região Eclesiástica que ainda não tinha a presença missionária da
Igreja Metodista, que é o município de Paraty. Registro também a
contribuição do Distrito de Santa Cruz, através do Superintendente
Distrital, Pr. Bruno Leonardo Soares do Couto, na área da 7ª
Região Eclesiástica, onde que recentemente consolidamos o
trabalho em dois municípios, em Bom Jesus do Itabapoana e Duas
Barras. Mais informações serão reportadas pelos próprios
segmentos.
Participação no Colégio Episcopal e Órgãos Gerais.
Durante o biênio participei de 07 Reuniões do Colégio
Episcopal, sendo todas reuniões de 3 dias, onde cuidamos de toda
área pastoral, teológico-doutrinária, e também a Missionária, e em
alguns momentos Institucional, no caso a faculdade de Teologia da
Igreja Metodista. No ministerial da 2ª Região Eclesiástica fui
responsável pela ministração da Palavra, assim também, por duas
vezes na Faculdade de Teologia. Participei de 06 reuniões do
Conselho Diretor da Faculdade de Teologia, como representante do
Colégio Episcopal. Hoje nossa Faculdade de Teologia é a maior
Escola de teologia Evangélica do país, pois contando com os
cursos à distância, ultrapassam 2.000 alunos, de todas as
denominações.
Presidência do Concílio Mundial e outras participações
Internacionais.
Como é do conhecimento de todos, por delegação e apoio do
Colégio Episcopal, fui eleito em 2011, Presidente do Concílio
Mundial Metodista (CMM). Tarefa esta que me toma algum tempo,
mas nos coloca como Igreja no Brasil, e no Rio de Janeiro, numa
posição de Destaque. Na verdade a função de maior ocupação é a
de secretário executivo, ocupada pelo bispo emérito Ivan Abraham,
da Igreja Sul Africana, com dedicação exclusiva.
Na qualidade de Presidente não recebo nenhuma ajuda nem
pró labore, e ainda por economia viajo em Classe Econômica na
maioria das vezes. Neste biênio foram estas as minhas viagens:
Em 2014 viajei a serviço do CMM, nas seguintes ocasiões:
De 29 de março a 2 de abril, estive em Dublin para reunião da
Mesa do Concílio e dar posse a nova Vice-Presidente, Gillian
Kingston Ireland, que substituiu a bispa Sarah F. Davis, falecida em
novembro de 2013.
Em Junho e Julho, como Presidente e Biblista, fui convidado a
dar 2 Conferências para Associação dos Professores de Teologia
Pastoral dos Seminários Evangélicos dos EUA em Millwalke.
Em agosto de 18 a 23 estive na reunião do Comite Mundial
Metodista de Evangelismo em Nashville.
Presidi a Reunião do Comitê Executivo do Concílio Mundial
em Atlanta nos dias 02 a 06 de setembro. Em seguida viajei a
Antuérpia, na Bélgica, para a Conferência Mundial pela Paz nos
dias de 07 a 09, onde como Presidente do Concílio Mundial
participei de dois painéis, com os temas: Fé Cristã e Direitos
Humanos. Estes eventos nos aproximam e nos tornam parceiros
especialmente de irmãos Ortodoxos e Coptas que sofrem com
conflitos armados e perseguições das mais diversas.
Em 2015, participei de reunião da Mesa do Concílio Mundial
em Londres, do dia 1 a 5 de fevereiro, quando nos reunimos com a
liderança da Igreja da Inglaterra, discutindo parcerias para manter
lugares históricos do Metodismo neste país.
Em junho de 01 a 05 participei da reunião do Colégio de
Bispos do CIEMAL na Colômbia.
Nos dias de 02 a 07 de setembro, viajei à Albânia – Tirana,
para participar da Conferência Mundial da Paz 2015, onde o tema
era "A Paz é Possível". Tive oportunidade de conversar com lideres
cristãos da Síria e do Egito, queremos iniciar uma integração com
os organismos que já vêm ajudando a estes irmãos que vivem sob
opressão e Martírio. Martírio foi o tema do painel que participei com
irmãos de várias partes do mundo. Este conflito tem gerado a maior
onda de refugiados de toda história Cristã. Nós Metodista, de
diversas formas os estamos acolhendo na Alemanha, Noruega e
Inglaterra, mas as questões políticas são altamente discriminatórias.
Após Albânia viajei aos EUA, de 09 a 13 de setembro, e em
Houston presidi a reunião do Comitê Executivo do Concílio Mundial
em reunião dedicada a organização da Conferência Mundial para o
próximo ano o qual ocorrerá também em setembro de 2016.
Esperamos que diversos irmãos e irmãs se organizem para ir a este
evento que contamos ter cerca de 4.000 metodistas de mais de 100
países, uma verdadeira festa e de encontro missionário do povo
metodista.
Refletindo e Avaliando as Ênfases Missionárias.
À luz do Plano Nacional e Regional considero algumas das
nossas ênfases:
a) Zelo Evangelístico da Igreja.
Há um evidente esforço nas nossas igrejas por novas formas
de evangelização. Mutirão social/evangelístico se multiplicam em
nosso meio e várias igrejas desenvolvem ações que tendo um viés
social levam junto um apelo evangelizador. Não se faz mais a ação
social sem incluir nela visível ação evangelizadora. O que falta
ainda é aprofundar o aspecto de consolidar os alcançados. A
cuidado recomendado pelo Bispo reinteradas vezes, é que somos
pastores e pastoras do bairro e da cidade. Isto nos coloca na
condição de conhecermos o delegado, o chefe de posto de saúde, o
prefeito, no caso de cidades menores, e enfim, chegarmos às
lideranças comunitária do entorno do bairro e da cidade.
Vejo com muita alegria que igrejas em suas reuniões, retiros e
cultos em geral, têm feito apelos à conversão. Recomendo e oriento
que todas as igrejas devem aprofundar seu vigor evangelístico-
missionário.
b) Valorização do Ministério Leigo.
Está claro que como evangélicos temos compromisso com a
máxima da Reforma do Ministério Universal de todos os Crentes. O
curso de diaconato veio para ficar e ajudar a responder a tal tarefa.
Assim como, vários cursos ministeriais da Escola de Missões, onde
temos tido semestres com mais de 600 alunos/a. A pergunta que
precisa ser feita é o quanto o ministério pastoral e a igreja local tem
lançado mão destes obreiros e obreiras. Nossos Evangelistas estão
todos sendo desafiados a ganhar vidas em cadeias, hospitais, e ou
abrindo novas frentes de trabalho?
Nossa origem Wesleyana nos compromete com a visão de
Wesley dos pregadores leigos. Alcançar vidas passa sempre pelo
discipulado e este começa pessoa a pessoa, lembrem do que disse
Wesley, "Todos podem ser salvos, todos podem saber que são
salvos, todos podem anunciar a salvação...". A valorização do
ministério leigo inclue reconhecer segmentos de trabalho leigos
como os ministérios da Igreja, os grupos societários, etc. Enfim
todos que de forma concreta estão empenhados em fazer missão
ainda que com diferentes linguagens.
c) Promover o Discipulado na perspectiva da Salvação,
Santificação e Serviço.
Sem sombra de dúvida esta foi a ênfase mais desenvolvida na
1ª RE e 7ª RE. Chego às igrejas e uma das principais informações
que os colegas pastores e pastoras me dão é, quantos grupos de
discipulado há em sua igreja e as dificuldades que enfrentam.
Percebo que as igrejas mais novas conseguem desenvolver a
dinâmica do discipulado com mais rapidez. As razões são várias,
mas a mais frequente é o temor do que consideram o novo ou
prática estranha ao metodismo. Todos sabem que Wesley
conseguiu consolidar as multidões de convertidos do avivamento
Metodista, através dos grupos pequenos, classes, bands, etc., mas,
sobre esta ênfase veremos mais no relatório do Ministério do
Discipulado.
d) Fortalecer a Identidade, Conexidade e Unidade da Igreja.
Temos tido um grande esforço em promover o pastoreio de
pastores, através do qual, nossa identidade e comunhão podem, e
na verdade são grandemente estimuladas. Avanços e também
resistências acontecem, mas segue sendo uma das prioridade que
o bispo, com ajuda dos pastores Clair Fernandes, Carlos Wesley,
Urias Bello e Ewander Ferreira de Macêdo vem enfatizando, e
desenvolvendo através de oficinas, estudos e encontros.
Outra linguagem, são os cafés da manhã feitos com o bispo, e
até com os Superintendentes Missionários, onde criamos ambiente
de Unidade e fortalecimento da nossa Identidade. Tais eventos
podem e devem ser melhorados e estimulados. Incluem-se aí, a
reunião mensal dos/a pastores/as com os Superintendentes
Distritais nos distritos. Nesta linha entra os estudos e reflexões
pastorais, escritas mensalmente pelo Bispo.
Para o próximo biênio estamos programando voltar com os
Seminários Integrados, onde reunimos, lideranças de 2 ou mais
distritos, treinando, fortalecendo a comunhão em visão de unidade.
e ) Promover maior resposta da Igreja ao Clamor do Desafio
Urbano.
As cidades, eis o nosso desafio! Como podemos
missionariamente contribuir para melhoria da qualidade de vida nas
cidades?
Nesta questão, me avaliaria e à Igreja na 1ª RE e 7ª RE com
uma nota baixa.
Isto se dá pelos gigantescos desafios não plenamente
respondidos como ações simples em favor do meio ambiente, as
quais vejo que nossas igrejas não desenvolvem, como por exemplo,
o lixo seletivo na promoção da reciclagem.
Tampouco, grande número de nossos templos não são
adaptados para os deficientes de necessidades especiais. E outras
poucas, muito poucas, das nossas igrejas têm a linguagem para
alcançar pessoas com necessidades visuais, usando folhetos em
braile, e ou pessoas treinadas em linguagem de libra para alcançar
deficientes auditivos. Isto põe fora do alcance da missão, centenas
de pessoas com necessidades especiais.
Outro segmento que vem crescendo a cada dia nas cidades, e
demanda assistência, e que já temos ministérios e ações na Igreja é
o dos idosos. É nesta ênfase temos que melhorar em muito.
f) Evangelismo, Ação Missionária e Crescimento.
Nesta ênfase temos sim bons resultados. Em 31 de dezembro
de 2010, antes do último Concílio Geral, tínhamos a soma de
105.632 membros. Agora com as estatísticas até setembro do
corrente ano, chegamos a 126.479 membros. Este dado, preliminar,
dado que há ainda pastores e pastoras que não haviam entregue
esta estatística.
Minha projeção é que chegaremos a cerca de pelo menos
131.000 até 31 de dezembro de 2015 incluindo os/as clérigos/as. O
que daria crescimento de 25.368 membros, representando
crescimento de cerca de 25 por cento, longe ainda do que podemos
chegar.
Fiz uma simulação aplicando o principio de crescimento anual
de 10 por cento, no período de 5 anos entre 31 de dezembro de
2010 a 31 dezembro de 2015, ou seja, ao invés de 131.000, que é o
nível projetado, e plausível que chegaremos, teríamos cerca de
155.447 membros leigos/as, não incluídos aí clérigos/as. Isto
significa um desafio modesto, pois seria nesta hipótese que uma
igreja com 100 membros cresceria de 100 em 2010 para 110 em
2011, e assim sucessivamente. Houve um grupo expressivo de
igrejas que cresceram mais do que isto, mas muitas ainda nem 10
por cento cresceram.
Por que é importante o crescimento da Igreja?
Deixe-me mostrar a razão bíblica:
ATOS DOS APÓSTOLOS
1.15 - 120 DISCÍPULOS
2.41- 42 - 3.000 ACRÉSCIMOS
4.4 - 5.000 HOMENS, MULHERES E CRIANÇAS
6.1-7 - MAIS AUMENTO, MUITOS SACERDOTES
8.1-4 - CRISTÃOS ESPALHADOS EM VIRTUDE DE
PERSEGUIÇOES
9.31-35 - MAIS IGREJAS INSTALADAS - ALDEIAS INTEIRAS
VOLTAM- SE PARA CRISTO
11.21-24 - GENTIOS TORNAM-SE CRISTÃOS
13.5;14.1-21 - IGREJAS ERGUIDAS NA ÁSIA MENOR (TURQUIA)
16.11; 17.4 - IGREJAS ERGUIDAS NA EUROPA
21.20 - DEZENAS DE MILHARES DE JUDEUS TORNARAM-
SE CRISTÃOS
Por fim deixe-me mostrar o Metodismo de Wesley:
No livro da biografia de Wesley, Mateo Leliévre conta: "Só em
Londres em 1741, as sociedades Metodistas contavam 1000
membros." Se reconhecermos que havia começado com não mais
de 30 pessoas em 1738, em 3 anos alcançou mais 970 pessoas
que se reuniam em classes (discipulado), onde eram encaminhadas
após aceitar Jesus nas pregações de Wesley. Isto só em Londres,
quando sabemos que ele viajava o tempo todo, e Bristol era outro
grande centro Metodista.
Percebemos claramente que há em nossa raiz um DNA de
expansão missionária e crescimento, bem mais expressivo que
10%.
Não preciso falar mais. Todos sabem que nossa tradição
histórica é de crescimento. E que o Bispo crê nisto e vive isto.
Conclusão:
Concluo este relatório com a sensação de dever cumprido,
mas com a certeza de que Deus tem mais para nós. Que podemos
sim, crescer e ganhar 1 milhão de vidas no estado do Rio de
Janeiro.
Vejam o que nos reporta o Dr. Gonzalo Baez Camargo, em
um de seus livros: “O que mais era criticado do Metodismo primitivo
pelos clérigos ritualistas da Igreja Anglicana, e pelos senhores ricos
da alta sociedade inglesa era o entusiasmo. O movimento esteve a
beira de se chamar "entusiasmismo", no lugar de "metodismo”, isto
porque o apelido entusiasta andava de braço dado com os
metodistas. Imaginem, seríamos hoje a Igreja Entusiasta invés de
Metodista. O primeiro sermão que Wesley pregou depois de sua
experiência de Aldersgate foi sobre o texto: "E esta é a vitória que
vence o mundo: a nossa fé". Foi um canto de vitória: O Metodismo
nasceu ao som de trombeta triunfal, levando o canto de libertação
nos lábios e um desejo de sagrada exaltação no coração. "Esta
noite - escreve Wesley no seu diário - me atacaram fortemente, um
grande número de pessoas, me chamando de entusiasta. "E
quando Carlos Wesley se dispôs a ir aos campos e praças, levando
seus hinos imortais, de graça, amor, gozo e vitória espiritual, o
metodismo se tornou um cântico contagiante e as míseras e
oprimidas massas populares, irromperam em ondas de entusiasmo.
Sobre isto disse ainda Wesley: "Uma piedade azeda é uma religião
do diabo" de compreender um dos aspectos importantes ali
presentes. Quem fala ou escreve num golpe de vista ou de ouvidos
sobre a "frieza do protestantismo", passando por cima do gozo, da
manifestação de entusiasmo e alegria que se tem encarnado no
movimento moravo e metodista, deixa de compreender um dos
aspectos importantes ali presentes. As populações inglesas não
tinham conhecido mais que a alegria tórpida e artificial dos licores,
nem outros cantos dos que eram ouvidos nos bares. Um dia, se
sentiram possuídos de uma embriagues espiritual - como a dos
Apóstolos no Pentecostes. Assim irmãos, se recuperarmos nossa
alegria espiritual, nosso ardor missionário, alcançaremos e
viveremos a visão de:
“O Evangelho para cada pessoa, um grupo de discipulado
em cada rua, uma igreja em cada bairro ou cidade”.
Que Deus não nos permita perder a visão ou deixar de sonhar
com vidas, salvas e discipuladas.
Que Deus nos abençoe nesta nobre tarefa.
O irmão amigo e servo,
Bispo Paulo Lockmann.