09 competencia leitora e habilidades de leitura
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Pedagogia – Pedagogy – Pedagogía
9. COMPETÊNCIA LEITORA E HABILIDADES DE LEITURA:
_________________________________________________________
Este artigo discorre sobre a competência leitora e as habilidades de leitura numa perspectiva de
prática docente reflexiva. A Linha de Pesquisa se dá em Educação: do saber acadêmico à prática de
ensino. O objetivo do artigo consiste em refletir sobre o significado da competência leitora e quais
são as habilidades de leitura necessárias para o desenvolvimento dessa competência
Interpretação de textos; competência leitora; formação de professores
This article approaches reading competence and reading abilities from a reflective teaching
practice perspective. The research direction is in education: from academic knowledge to teaching
practice. The goal of the article is to reflect about the meaning
reading abilities are necessary for developing this competence
Este artículo discurre sobre la competencia lectora y las habilidades de lectura
perspectiva de práctica docente reflexiva. La Línea de Investigación se da en educación: del saber
académico a la práctica de la enseñanza. El objetivo del artículo consiste en reflexionar sobre el
significado de la competencia lectora y cuáles s
desarrollo de esta competencia.
Interpretación de textos; competencia lectora; formación de profesores
1 Mestre em Linguística Aplicada aos Estudos da Linguagem, PUC
Professora de Pós-graduação da FACCAMP. Supervisora de Ensino
Linguística. [email protected]
Pedagogía | | Revista UniABC – v. 2, n. 2, 2011 -
COMPETÊNCIA LEITORA E HABILIDADES DE LEITURA:
Prática reflexiva e participação crítica
Profª. Ms. Monica Lopes de Oliveira
________________________________________________________________________________
Este artigo discorre sobre a competência leitora e as habilidades de leitura numa perspectiva de
prática docente reflexiva. A Linha de Pesquisa se dá em Educação: do saber acadêmico à prática de
consiste em refletir sobre o significado da competência leitora e quais
são as habilidades de leitura necessárias para o desenvolvimento dessa competência
Interpretação de textos; competência leitora; formação de professores
This article approaches reading competence and reading abilities from a reflective teaching
practice perspective. The research direction is in education: from academic knowledge to teaching
practice. The goal of the article is to reflect about the meaning of reading competence and what
reading abilities are necessary for developing this competence.
Text Comprehension; Reading Competence; teachers education
Este artículo discurre sobre la competencia lectora y las habilidades de lectura
perspectiva de práctica docente reflexiva. La Línea de Investigación se da en educación: del saber
académico a la práctica de la enseñanza. El objetivo del artículo consiste en reflexionar sobre el
significado de la competencia lectora y cuáles son las habilidades de lectura necesarias para el
Interpretación de textos; competencia lectora; formación de profesores
Mestre em Linguística Aplicada aos Estudos da Linguagem, PUC-SP (2007). Pesquisadora e Professora da UNIABC.
graduação da FACCAMP. Supervisora de Ensino – SEE-SP. Experiência na área de Educação e
Linguística. [email protected]
ISSN: 2177-5818
COMPETÊNCIA LEITORA E HABILIDADES DE LEITURA:
Prática reflexiva e participação crítica
Profª. Ms. Monica Lopes de Oliveira 1
_______________________
Resumo
Este artigo discorre sobre a competência leitora e as habilidades de leitura numa perspectiva de
prática docente reflexiva. A Linha de Pesquisa se dá em Educação: do saber acadêmico à prática de
consiste em refletir sobre o significado da competência leitora e quais
são as habilidades de leitura necessárias para o desenvolvimento dessa competência.
Palavras-chaves:
Interpretação de textos; competência leitora; formação de professores.
Abstract
This article approaches reading competence and reading abilities from a reflective teaching
practice perspective. The research direction is in education: from academic knowledge to teaching
of reading competence and what
Keywords:
Text Comprehension; Reading Competence; teachers education.
Resumen
Este artículo discurre sobre la competencia lectora y las habilidades de lectura desde una
perspectiva de práctica docente reflexiva. La Línea de Investigación se da en educación: del saber
académico a la práctica de la enseñanza. El objetivo del artículo consiste en reflexionar sobre el
on las habilidades de lectura necesarias para el
Palabras clave:
Interpretación de textos; competencia lectora; formación de profesores.
(2007). Pesquisadora e Professora da UNIABC.
SP. Experiência na área de Educação e
Pedagogia – Pedagogy – Pedagogía
COMPETÊNCIA LEITORA E HABILIDADES DE LEITURA:
1. Introdução
No mundo que vivemos, o texto perpassa cada uma de nossas atividades, individuais e
coletivas; verbais, não verbais, os textos se cruzam, se completam, se modificam acompanhando o
movimento de transformação do ser humano e suas formas de organização social
Por meio de textos é que convivemos, porém não se faz suficiente produzir ou receber
textos, mas interpretá-los para que ocorra a transformação em leitores competentes e para
inserção nas práticas sociais de linguagem.
Este artigo aborda a competência l
prática docente reflexiva.
Este tema foi escolhido tendo em vista que as próprias experiências docentes da
pesquisadora, que percebe que a maioria dos alunos da graduação não apresenta um nível
adequado de leitura, ocasionando dificuldades nas avaliações escritas.
O objetivo deste artigo consiste em refletir sobre o significado da competência leitora e
quais são as habilidades de leitura necessárias para o desenvolvimento dessa competência
Os objetivos específicos são:
• Compreender o significado de leitura;
• Analisar textos que possam revelar como ocorre a competência leitora;
• Refletir a importância da formação docente continuada rumo a uma perspectiva prática.
Como pressuposto teórico utiliza
noções metodológicas de leitura e interpretação de textos, Cereja (2009), que discorre sobre
como construir competências e habilidades de leitura; e Perrenoud (2001), aborda, dentre outros
temas, Formação de Professores.
A metodologia utilizada neste estudo é de abordagem qualitativa, apresenta caráter
exploratório. Os procedimentos de coleta se realizam através de levantamento bibliográfico.
Espera-se que este estudo possa contribuir para que professores possam
prática e oferecer aos alunos de cursos superiores conhecimentos indispensáveis para desenvolver
a competência leitora para a melhoria da qualidade de ensino superior
Pedagogía | | Revista UniABC – v. 2, n. 2, 2011 -
COMPETÊNCIA LEITORA E HABILIDADES DE LEITURA: Prática reflexiva e participação crítica
No mundo que vivemos, o texto perpassa cada uma de nossas atividades, individuais e
coletivas; verbais, não verbais, os textos se cruzam, se completam, se modificam acompanhando o
movimento de transformação do ser humano e suas formas de organização social
Por meio de textos é que convivemos, porém não se faz suficiente produzir ou receber
los para que ocorra a transformação em leitores competentes e para
inserção nas práticas sociais de linguagem.
Este artigo aborda a competência leitora e as habilidades de leitura numa perspectiva de
Este tema foi escolhido tendo em vista que as próprias experiências docentes da
pesquisadora, que percebe que a maioria dos alunos da graduação não apresenta um nível
o de leitura, ocasionando dificuldades nas avaliações escritas.
O objetivo deste artigo consiste em refletir sobre o significado da competência leitora e
quais são as habilidades de leitura necessárias para o desenvolvimento dessa competência
específicos são:
Compreender o significado de leitura;
Analisar textos que possam revelar como ocorre a competência leitora;
Refletir a importância da formação docente continuada rumo a uma perspectiva prática.
Como pressuposto teórico utiliza-se Andrade e Henriques (2007), que oferecem breves
noções metodológicas de leitura e interpretação de textos, Cereja (2009), que discorre sobre
como construir competências e habilidades de leitura; e Perrenoud (2001), aborda, dentre outros
ofessores.
A metodologia utilizada neste estudo é de abordagem qualitativa, apresenta caráter
exploratório. Os procedimentos de coleta se realizam através de levantamento bibliográfico.
se que este estudo possa contribuir para que professores possam
prática e oferecer aos alunos de cursos superiores conhecimentos indispensáveis para desenvolver
a competência leitora para a melhoria da qualidade de ensino superior.
ISSN: 2177-5818
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No mundo que vivemos, o texto perpassa cada uma de nossas atividades, individuais e
coletivas; verbais, não verbais, os textos se cruzam, se completam, se modificam acompanhando o
movimento de transformação do ser humano e suas formas de organização social.
Por meio de textos é que convivemos, porém não se faz suficiente produzir ou receber
los para que ocorra a transformação em leitores competentes e para
eitora e as habilidades de leitura numa perspectiva de
Este tema foi escolhido tendo em vista que as próprias experiências docentes da
pesquisadora, que percebe que a maioria dos alunos da graduação não apresenta um nível
O objetivo deste artigo consiste em refletir sobre o significado da competência leitora e
quais são as habilidades de leitura necessárias para o desenvolvimento dessa competência.
Analisar textos que possam revelar como ocorre a competência leitora;
Refletir a importância da formação docente continuada rumo a uma perspectiva prática.
drade e Henriques (2007), que oferecem breves
noções metodológicas de leitura e interpretação de textos, Cereja (2009), que discorre sobre
como construir competências e habilidades de leitura; e Perrenoud (2001), aborda, dentre outros
A metodologia utilizada neste estudo é de abordagem qualitativa, apresenta caráter
exploratório. Os procedimentos de coleta se realizam através de levantamento bibliográfico.
se que este estudo possa contribuir para que professores possam refletir sobre sua
prática e oferecer aos alunos de cursos superiores conhecimentos indispensáveis para desenvolver
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2. Noções metodológicas de leitura e interpretação de textos
Numa sociedade letrada como a nossa a leitura é fundamental, pois, além de desempenhar
suas funções informativa e recreativa, a transmissão da história, da cultura e da ciência, ainda
hoje, faz-se por meio da linguagem escrita.
O que é a leitura?
Ler: o ver de verdade.
Para Rubem Alves, “a leitura nos leva por mundos que nunca existiram nem existirão, por
espaços longínquos que nunca visitaremos. É desse mundo diferente, estranho ao nosso, que
passamos a ver o mundo em que vivemos de uma outra forma”.
“Através da leitura, é possível apurar o olhar e enxergar o que parece “invisível”, mas está o
tempo todo diante de nós”, Alice Ruiz.
Washington Olivetto ressalta que “a leitura é fundamental no aprendizado das diversas
linguagens. Mais do que fonte de inspiração, ela alimenta e realimenta meu trabalho, fornece a
vida que coloco naquilo que faço e devolvo através da mídia”.
Esclareça-se que estes depoimentos foram extraídos da Biblioteca Ideal, do site da Livraria
Cultura, www.livrariacultura.com.br2.
A palavra ler apresenta muitos sentidos. O dicionário Houaiss da língua portuguesa oferece
alguns:
1- Percorrer com a vista (texto, sintagma, palavra), interpretando-o por uma relação
estabelecida entre as sequências dos sinais gráficos escritos (alfabéticos e ideográficos) e os sinais
lingüísticos próprios de uma língua natural (fonemas, palavras, indicações gramaticais).
2- Ter acesso a (texto, obra, etc.) através de sistema de escrita, valendo-se de outro sentido
que não o da visão.
3- Conhecer, através de exame mais ou menos extenso (o conteúdo de um texto, obra, etc.)
4- Dedicar-se, entregar-se à leitura como hábito ou como paixão.
5- Interpretar (idéia, conceito mais ou menos complexo ou pensamento de um autor,
pensador, etc.); compreender.
6- Atribuir (significado, sentido ou forma) a (algo que se vê); interpretar.
7- Perceber, adivinhar, interpretar (sentimentos, pensamentos não formulados ou ocultos),
guiando-se por indícios mais ou menos subjetivos, decifrar o que não se revela facilmente, o que
está além do literal.
2 Depoimentos. Disponível em: <http://www.livrariacultura.com.br. Acesso em: 08 dez. 2010.
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COMPETÊNCIA LEITORA E HABILIDADES DE LEITURA:
8- Deduzir guiando-se por indícios objetivos (alguma coisa não explícita, não declarada, mas
indiretamente contestável); inferir.
9- Prever, resumir (algo), formular (hipótes
Paulo Freire (1985, p. 11-12) diz:
A leitura do mundo precede a leitura da palavra, daí que a posterior leitura desta não
possa prescindir da continuidade da leitura daquela. Linguagem e realidade se
prendem dinamicamente. A compreensão do texto a ser alcançada por sua leitura
crítica implica na percepção das relações entre o texto e o contexto.
Podemos entender que uma compreensão crítica do ato de ler leva à “tradução” dos
significados das palavras e até ao desenvolvimento do que se oculta “por trás” delas.
Andrade e Henriques (2007) explicam que a
necessidade óbvia, porém constitui apenas a primeira etapa do processo da leitura criativa.
A decodificação permite a
foi lido.
Em seguida, faz-se a interpretação
pelo leitor. A interpretação, muitas vezes, extrapola a letra do texto, pois se baseia nas r
entre texto e contexto.
Uma instituição de ensino que oferece uma interpretação pronta para o aluno (prática tão
comum) acaba exercitando uma interpretação única do texto, e isto significa um obstáculo à
leitura criativa.
Cumpridas as três etapas
conteúdo da leitura, de acordo com objetivo que se propôs.
Andrade e Henriques (2007) sugerem ainda algumas técnicas de leitura e interpretação de
textos, dentre outras: A técnica de sublinhar,
A técnica de sublinhar
É de grande utilidade para a intelecção e a interpretação do texto, facilitando o trabalho de
resumir, esquematizar ou fichar.
Sublinhar é uma técnica empregada com diversos objetivos: assimilar melhor o texto,
memorizar, preparar uma revisão rápida do assunto, aplicar em citações. Para sublinhar, é
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COMPETÊNCIA LEITORA E HABILIDADES DE LEITURA: Prática reflexiva e participação crítica
se por indícios objetivos (alguma coisa não explícita, não declarada, mas
indiretamente contestável); inferir.
Prever, resumir (algo), formular (hipóteses), a partir de dados objetivos, conjecturar.
12) diz:
A leitura do mundo precede a leitura da palavra, daí que a posterior leitura desta não
possa prescindir da continuidade da leitura daquela. Linguagem e realidade se
dinamicamente. A compreensão do texto a ser alcançada por sua leitura
crítica implica na percepção das relações entre o texto e o contexto.
Podemos entender que uma compreensão crítica do ato de ler leva à “tradução” dos
o desenvolvimento do que se oculta “por trás” delas.
Andrade e Henriques (2007) explicam que a decodificação da palavra escrita é uma
necessidade óbvia, porém constitui apenas a primeira etapa do processo da leitura criativa.
A decodificação permite a intelecção, ou seja, a percepção do assunto, o significado do que
interpretação, que é a continuidade da “leitura do mundo” realizada
pelo leitor. A interpretação, muitas vezes, extrapola a letra do texto, pois se baseia nas r
Uma instituição de ensino que oferece uma interpretação pronta para o aluno (prática tão
comum) acaba exercitando uma interpretação única do texto, e isto significa um obstáculo à
Cumpridas as três etapas anteriores, está o leitor apto para empreender a aplicação do
conteúdo da leitura, de acordo com objetivo que se propôs.
Andrade e Henriques (2007) sugerem ainda algumas técnicas de leitura e interpretação de
textos, dentre outras: A técnica de sublinhar, como redigir resumos e elaboração de esquemas
A técnica de sublinhar
É de grande utilidade para a intelecção e a interpretação do texto, facilitando o trabalho de
resumir, esquematizar ou fichar.
Sublinhar é uma técnica empregada com diversos objetivos: assimilar melhor o texto,
memorizar, preparar uma revisão rápida do assunto, aplicar em citações. Para sublinhar, é
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se por indícios objetivos (alguma coisa não explícita, não declarada, mas
es), a partir de dados objetivos, conjecturar.
A leitura do mundo precede a leitura da palavra, daí que a posterior leitura desta não
possa prescindir da continuidade da leitura daquela. Linguagem e realidade se
dinamicamente. A compreensão do texto a ser alcançada por sua leitura
crítica implica na percepção das relações entre o texto e o contexto.
Podemos entender que uma compreensão crítica do ato de ler leva à “tradução” dos
o desenvolvimento do que se oculta “por trás” delas.
da palavra escrita é uma
necessidade óbvia, porém constitui apenas a primeira etapa do processo da leitura criativa.
, ou seja, a percepção do assunto, o significado do que
, que é a continuidade da “leitura do mundo” realizada
pelo leitor. A interpretação, muitas vezes, extrapola a letra do texto, pois se baseia nas relações
Uma instituição de ensino que oferece uma interpretação pronta para o aluno (prática tão
comum) acaba exercitando uma interpretação única do texto, e isto significa um obstáculo à
anteriores, está o leitor apto para empreender a aplicação do
Andrade e Henriques (2007) sugerem ainda algumas técnicas de leitura e interpretação de
como redigir resumos e elaboração de esquemas.
É de grande utilidade para a intelecção e a interpretação do texto, facilitando o trabalho de
Sublinhar é uma técnica empregada com diversos objetivos: assimilar melhor o texto,
memorizar, preparar uma revisão rápida do assunto, aplicar em citações. Para sublinhar, é
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indispensável, antes de tudo, a compreensão do texto, pois este é o único processo que permite a
seleção do que é importante e do que é secundário.
Identificar por meio da compreensão as ideias centrais do texto é, portanto, condição
essencial para sublinhar com eficiência.
A técnica de sublinhar pode ser desenvolvida a partir dos seguintes procedimentos:
a) Leitura integral do texto, para tomada de contato;
b) Esclarecimento de dúvidas de vocabulário, termos técnicos e outras;
c) Releitura do texto, para identificar as idéias principais;
d) Sublinhar, em cada parágrafo, as palavras que contêm a idéia-núcleo e os detalhes importantes;
e) Assinalar com uma linha vertical, à margem do texto, os tópicos mais importantes;
f) Assinalar, à margem do texto, com um ponto de interrogação, os casos de discordâncias, as
passagens obscuras, os argumentos discutíveis;
g) Ler o que foi sublinhado para verificar se há sentido;
h) Reconstruir o texto, tomando as palavras sublinhadas como base.
Os autores oferecem ainda algumas sugestões para se obter maior funcionalidade das
anotações, estas sugestões, evidentemente, podem sofrer variações e adaptações pessoais, tais
como sublinhar com lápis preto macio, para não danificar o texto ou sublinhar com dois traços a
ideia principal e com um traço as secundárias.
Dependendo do gosto, usa-se caneta hidrocor, em várias cores, estabelecendo-se um
código particular, como vermelho = ideia principal e azul = detalhes importantes.
As anotações à margem do texto podem ser feitas com um traço vertical para trechos
importantes e dois traços verticais para os importantíssimos.
O indispensável é sublinhar apenas o estritamente necessário, evitando-se o acúmulo de
anotações que, além de causar mau aspecto, em vez de facilitar o trabalho do leitor, dificulta e
gera confusão. É muito útil, no final do trabalho, fazer uma leitura comparando-se o texto original
com o texto sublinhado.
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COMPETÊNCIA LEITORA E HABILIDADES DE LEITURA:
Como redigir resumos
Resumir significa condensar um texto, mantendo suas idéias principais. Andrade e
Henriques (2007) explicam que há vários tipos de resumo, cada qual indicado para uma finalidade
específica:
a) Resumo indicativo ou descritivo.
às partes principais do texto. Utiliza frases curtas que, geralmente, correspondem a
fundamental do texto. Quanto à extensão, não deve ultrapassar 15 ou 20 linhas. Um resumo
indicativo não dispensa a leitura integral do texto, pois descreve apenas a natureza da obra e seus
objetivos.
b) Resumo informativo ou analítico.
extensão original, abolindo-se gráficos, citações, exemplificações abundantes, mantendo
porém, a estrutura e os pontos essenciais.
A ordem das ideias e a sequência dos fatos não devem ser modificadas.
pontos de vista do autor devem ser respeitados, sem acréscimo de qualquer comentário ou
julgamento pessoal de quem elabora o resumo. Exige
não é necessário transcrever frases ou trechos do original
pessoais, com palavras do vocabulário que se costuma usar.
Um resumo bem elaborado deve obedecer aos seguintes itens:
1. Apresentar, de maneira sucinta, o assunto da obra;
2. Não apresentar juízos críticos ou comentá
3. Respeitar a ordem das idéias e fatos apresentados;
4. Empregar linguagem clara e objetiva;
5. Evitar a transcrição de frases do original;
6. Apontar as conclusões do autor;
7. Dispensar consulta ao original para a compreensão do assunto.
c) Resumo crítico. Este é um tipo de resumo que, além de apresentar uma versão
sintetizada do texto, permite julgamentos de valor e a opinião de quem o elabora. Como nos tipos
anteriores, não se deve fazer citações do original. O resumo crítico difere da
trabalho analítico mais amplo.
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COMPETÊNCIA LEITORA E HABILIDADES DE LEITURA: Prática reflexiva e participação crítica
esumos
Resumir significa condensar um texto, mantendo suas idéias principais. Andrade e
que há vários tipos de resumo, cada qual indicado para uma finalidade
Resumo indicativo ou descritivo. Neste tipo de resumo encontram-
às partes principais do texto. Utiliza frases curtas que, geralmente, correspondem a
fundamental do texto. Quanto à extensão, não deve ultrapassar 15 ou 20 linhas. Um resumo
indicativo não dispensa a leitura integral do texto, pois descreve apenas a natureza da obra e seus
Resumo informativo ou analítico. De maneira geral, reduz-se o texto a 1/3 ou 1/4 de sua
se gráficos, citações, exemplificações abundantes, mantendo
porém, a estrutura e os pontos essenciais.
A ordem das ideias e a sequência dos fatos não devem ser modificadas.
pontos de vista do autor devem ser respeitados, sem acréscimo de qualquer comentário ou
julgamento pessoal de quem elabora o resumo. Exige-se fidelidade ao texto, mas para mantê
não é necessário transcrever frases ou trechos do original; ao contrário, deve
pessoais, com palavras do vocabulário que se costuma usar.
Um resumo bem elaborado deve obedecer aos seguintes itens:
1. Apresentar, de maneira sucinta, o assunto da obra;
2. Não apresentar juízos críticos ou comentários pessoais;
3. Respeitar a ordem das idéias e fatos apresentados;
4. Empregar linguagem clara e objetiva;
5. Evitar a transcrição de frases do original;
6. Apontar as conclusões do autor;
7. Dispensar consulta ao original para a compreensão do assunto.
Este é um tipo de resumo que, além de apresentar uma versão
sintetizada do texto, permite julgamentos de valor e a opinião de quem o elabora. Como nos tipos
anteriores, não se deve fazer citações do original. O resumo crítico difere da
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Resumir significa condensar um texto, mantendo suas idéias principais. Andrade e
que há vários tipos de resumo, cada qual indicado para uma finalidade
-se apenas referências
às partes principais do texto. Utiliza frases curtas que, geralmente, correspondem a cada elemento
fundamental do texto. Quanto à extensão, não deve ultrapassar 15 ou 20 linhas. Um resumo
indicativo não dispensa a leitura integral do texto, pois descreve apenas a natureza da obra e seus
se o texto a 1/3 ou 1/4 de sua
se gráficos, citações, exemplificações abundantes, mantendo-se,
A ordem das ideias e a sequência dos fatos não devem ser modificadas. As opiniões e os
pontos de vista do autor devem ser respeitados, sem acréscimo de qualquer comentário ou
se fidelidade ao texto, mas para mantê-la
; ao contrário, deve-se empregar frases
Este é um tipo de resumo que, além de apresentar uma versão
sintetizada do texto, permite julgamentos de valor e a opinião de quem o elabora. Como nos tipos
anteriores, não se deve fazer citações do original. O resumo crítico difere da resenha, que é um
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Elaboração de esquemas
Esquematizar consiste na reelaboração do plano do autor. O esquema pode ser definido,
de forma bem elementar, como um resumo não redigido. A maneira de esquematizar um texto
também é muito pessoal: podem-se usar símbolos, palavras abreviadas, gráficos, desenhos,
chaves, flechas, maiúsculas e outros recursos que contribuam para a eficiência e compreensão do
esquema.
A elaboração de esquemas consiste em captar a estrutura da exposição do autor, quer se
trate de um livro, de uma seção ou de um capítulo. Pode-se obter o esboço inicial a partir dos
títulos, subtítulos e das epígrafes; colocar os títulos mais gerais numa margem e os subtítulos e
divisões nas colunas subsequentes e assim sucessivamente, caminhando da esquerda para a
direita; adotar o sistema de chaves, colchetes, colunas para separar divisões sucessivas; utilizar o
sistema de numeração progressiva (1, 1.1, 1.2, 1.2.1, 2, 2.1) ou convencionar o uso de algarismos
romanos, letras maiúsculas, minúsculas, números para indicar as divisões e subdivisões sucessivas;
usar alguns marcadores e estabelecer abreviaturas para poupar tempo e facilitar a captação
rápida das ideias.
É preciso que tenha compreensão e interpretação do texto, para que se possa empregar
estas técnicas com eficiência. A leitura é uma atividade necessária no mundo de hoje e não deve
restringir-se às finalidades de estudo. É preciso ler para se informar, para participar, para ampliar
conhecimentos e alcançar uma compreensão melhor da realidade atual.
3. Competência leitora e habilidades de leitura
O ensino brasileiro vem passando por uma transformação profunda há algumas décadas, à
medida que tem procurado pôr em destaque o ensino por competências, em lugar do ensino
focado apenas em conteúdos programáticos.
O que se pretende avaliar em questões de interpretação de textos em provas escritas e
avaliações externas como o ENADE, por exemplo, é se o aluno desenvolveu a competência leitora
necessária para o conhecimento e, consequentemente, para aprovação.
Segundo Perrenoud (2001), “competência é a capacidade de agir eficazmente em um
determinado tipo de situação, apoiada em conhecimentos, mas sem limitar-se a eles”.
Lino de Macedo (2003) afirma que “uma competência é mais do que um conhecimento”. O
autor ressalta que ela pode ser explicada como um saber que se traduz na tomada de decisões, na
capacidade de avaliar e julgar.
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COMPETÊNCIA LEITORA E HABILIDADES DE LEITURA:
As competências e a leitura de mundo devem ser entendidas como uma forma de ler mais
além de ler um texto, sendo necessário aprender outras linguagens além da escrita. Gráficos,
estatísticas, desenhos geométricos, pinturas, desenhos e outras manifestações artísticas, as
ciências, as formas de expressão formais e coloquiais, tudo deve ser lido e em
específicos de decifração (Cereja, 2009).
Por exemplo, quando um aluno está diante de um problema matemático, precisa ser capaz
de interpretar a pergunta para entender que tipo de resposta é esperada, da mesma maneira para
quem busca extrair conclusões de uma tabela de censo demográfico. Se o professor pede para
escrever cartas a destinatários diferentes, o aluno precisa escolher o estilo e o vocabulário
adequados a cada situação.
Assim, podemos entender que a competência significa saber
situações e problemas que se colocam diante de nós em nosso cotidiano.
Logo, se a competência está atrelada com o “saber fazer”, as habilidades estão
relacionadas com o “como fazer”: como o indivíduo mobiliza recursos, toma decisõe
estratégias ou procedimentos e opera ações concretas para resolver os problemas. Assim sendo,
competência e habilidades são interdependentes do “saber”, mas acabam se completando
mutuamente.
No desenvolvimento da leitura e interpretação de textos,
expressa por meio de habilidades de leitura, que se concretiza por meio de operações ou
esquemas de ação, como veremos mais adiante
4. Formação de professor
Para que a competência leitora e as habilidades de leitura aconteçam
prática docente reflexiva e participação crítica, é preciso que se conscientize da necessidade de
um trabalho por projetos ou equipe, autonomia e responsabilidades crescentes, pedagogias
diferenciadas, nas quais as competências emergent
formações iniciais e contínuas, aquelas que contribuem para busca de qualidade de ensino e
desenvolvem a cidadania, aquelas que recorrem à pesquisa e enfatizam a prática reflexiva.
Segundo Perrenoud (2001), a função
profissão plena. O autor enfatiza as características das profissões e dos ofícios
a. o exercício de uma profissão implica uma atividade intelectual que compromete a
responsabilidade individual de quem a exe
b. é uma atividade erudita, e não de natureza rotineira, mecânica ou repetitiva;
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COMPETÊNCIA LEITORA E HABILIDADES DE LEITURA: Prática reflexiva e participação crítica
As competências e a leitura de mundo devem ser entendidas como uma forma de ler mais
ler um texto, sendo necessário aprender outras linguagens além da escrita. Gráficos,
estatísticas, desenhos geométricos, pinturas, desenhos e outras manifestações artísticas, as
ciências, as formas de expressão formais e coloquiais, tudo deve ser lido e em
específicos de decifração (Cereja, 2009).
Por exemplo, quando um aluno está diante de um problema matemático, precisa ser capaz
de interpretar a pergunta para entender que tipo de resposta é esperada, da mesma maneira para
trair conclusões de uma tabela de censo demográfico. Se o professor pede para
escrever cartas a destinatários diferentes, o aluno precisa escolher o estilo e o vocabulário
Assim, podemos entender que a competência significa saber lidar com as diferentes
situações e problemas que se colocam diante de nós em nosso cotidiano.
Logo, se a competência está atrelada com o “saber fazer”, as habilidades estão
relacionadas com o “como fazer”: como o indivíduo mobiliza recursos, toma decisõe
estratégias ou procedimentos e opera ações concretas para resolver os problemas. Assim sendo,
competência e habilidades são interdependentes do “saber”, mas acabam se completando
No desenvolvimento da leitura e interpretação de textos, a competência leitora se
expressa por meio de habilidades de leitura, que se concretiza por meio de operações ou
esquemas de ação, como veremos mais adiante.
Formação de professor
Para que a competência leitora e as habilidades de leitura aconteçam
prática docente reflexiva e participação crítica, é preciso que se conscientize da necessidade de
um trabalho por projetos ou equipe, autonomia e responsabilidades crescentes, pedagogias
diferenciadas, nas quais as competências emergentes são aquelas que deveriam orientar as
formações iniciais e contínuas, aquelas que contribuem para busca de qualidade de ensino e
desenvolvem a cidadania, aquelas que recorrem à pesquisa e enfatizam a prática reflexiva.
Segundo Perrenoud (2001), a função de professor ainda não pode ser considerada uma
profissão plena. O autor enfatiza as características das profissões e dos ofícios
o exercício de uma profissão implica uma atividade intelectual que compromete a
responsabilidade individual de quem a exerce;
é uma atividade erudita, e não de natureza rotineira, mecânica ou repetitiva;
ISSN: 2177-5818
119
As competências e a leitura de mundo devem ser entendidas como uma forma de ler mais
ler um texto, sendo necessário aprender outras linguagens além da escrita. Gráficos,
estatísticas, desenhos geométricos, pinturas, desenhos e outras manifestações artísticas, as
ciências, as formas de expressão formais e coloquiais, tudo deve ser lido e em códigos e símbolos
Por exemplo, quando um aluno está diante de um problema matemático, precisa ser capaz
de interpretar a pergunta para entender que tipo de resposta é esperada, da mesma maneira para
trair conclusões de uma tabela de censo demográfico. Se o professor pede para
escrever cartas a destinatários diferentes, o aluno precisa escolher o estilo e o vocabulário
lidar com as diferentes
Logo, se a competência está atrelada com o “saber fazer”, as habilidades estão
relacionadas com o “como fazer”: como o indivíduo mobiliza recursos, toma decisões, adota
estratégias ou procedimentos e opera ações concretas para resolver os problemas. Assim sendo,
competência e habilidades são interdependentes do “saber”, mas acabam se completando
a competência leitora se
expressa por meio de habilidades de leitura, que se concretiza por meio de operações ou
Para que a competência leitora e as habilidades de leitura aconteçam numa perspectiva de
prática docente reflexiva e participação crítica, é preciso que se conscientize da necessidade de
um trabalho por projetos ou equipe, autonomia e responsabilidades crescentes, pedagogias
es são aquelas que deveriam orientar as
formações iniciais e contínuas, aquelas que contribuem para busca de qualidade de ensino e
desenvolvem a cidadania, aquelas que recorrem à pesquisa e enfatizam a prática reflexiva.
de professor ainda não pode ser considerada uma
profissão plena. O autor enfatiza as características das profissões e dos ofícios:
o exercício de uma profissão implica uma atividade intelectual que compromete a
é uma atividade erudita, e não de natureza rotineira, mecânica ou repetitiva;
Pedagogia – Pedagogy – Pedagogía | | Revista UniABC – v. 2, n. 2, 2011 - ISSN: 2177-5818
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120
c. no entanto, ela é prática, pois é definida como o exercício de uma arte, em vez de algo
puramente teórico e especulativo;
d. sua técnica é aprendida após uma longa formação;
e. o grupo que exerce essa atividade é regido por uma forte organização e uma grande
coesão interna;
f. trata-se de uma atividade de natureza altruísta, que presta um serviço precioso à
sociedade.
Assim, “o ofício não é imutável”, segundo Perrenoud (2001, p. 14), suas transformações
passam pela emergência de novas competências.
No livro Dez Novas Competências para Ensinar, o autor escolhe um referencial que acentua
as competências julgadas prioritárias por serem coerentes com o novo papel dos professores, com
a evolução da formação contínua, com as reformas da formação inicial e com as ambições das
políticas educativas. Este referencial apreende o movimento da profissão nas 10 grandes famílias
de competências resumidas no Quadro a seguir:
Quadro 1 - Dez Novas Competências para Ensinar
1. Organizar e dirigir situações de aprendizagem Conhecer, para determinada disciplina, os conteúdos a serem ensinados e sua tradução
em objetivos de aprendizagem
Trabalhar a partir das representações dos alunos
Trabalhar a partir dos erros e dos obstáculos à aprendizagem
Construir e planejar dispositivos e seqüências didáticas
Envolver os alunos em atividades de pesquisa, em projetos de conhecimento
2. Conceber e fazer evoluir os dispositivos de diferenciação Administrar a heterogeneidade no âmbito de uma turma
Abrir, ampliar a gestão de classe para um espaço mais vasto
Fornecer apoio integrado, trabalhar com alunos portadores de grandes dificuldades
Desenvolver a cooperação entre os alunos e certas formas simples de ensino mútuo
Uma dupla construção
3. Conceber e fazer evoluir os dispositivos de diferenciação Administrar a heterogeneidade no âmbito de uma turma
Abrir, ampliar a gestão de classe para um espaço mais vasto
Fornecer apoio integrado, trabalhar com alunos portadores de grandes dificuldades
Desenvolver a cooperação entre os alunos e certas formas simples de ensino mútuo
Uma dupla construção
4. Envolver os alunos em sua aprendizagem e em seu trabalho Suscitar o desejo de aprender, explicitar a relação com o saber, o sentido do trabalho
escolar e desenvolver na criança a capacidade de auto-avaliação
Instituir um conselho de alunos e negociar com eles diversos tipos de regras e de
contratos
Oferecer atividades opcionais de formação
Favorecer a definição de um projeto pessoal do aluno
5. Trabalhar em equipe
Pedagogia – Pedagogy – Pedagogía
COMPETÊNCIA LEITORA E HABILIDADES DE LEITURA:
Elaborar um projeto em equipe, representações comuns
Dirigir um grupo de trabalho, conduzir reuniões
Formar e renovar uma equipe pedagóg
Enfrentar e analisar em conjunto situações complexas, práticas e problemas profissionais
Administrar crises ou conflitos interpessoais
6. Participar da Administração da EscolaElaborar, negociar um projeto da instituição
Administrar os recursos da es
Coordenar, dirigir uma escola com todos os seus parceiros
Organizar e fazer evoluir, no âmbito da escola, a participação dos alunos
Competências para trabalhar em ciclos de aprendizagem
7. Informar e Envolver os paisDirigir reuniões de informação e de debate
Fazer entrevistas
Envolver os pais na construção dos saberes
8. Utilizar Novas TecnologiasA informática na escola: uma disciplina como qualquer outra, um
simples meio de ensino ?
Utilizar editores de texto
Explorar as potencialidades didáticas dos programas em relação aos objetivos do ensino
Comunicar-se à distância por meio da telemática
Utilizar as ferramentas multimídia no ensino
Competências fundamentadas em uma cultura tecnológica
9. Enfrentar os Deveres e os dilemas da ProfissãoPrevenir a violência na escola e fora dela
Lutar contra os preconceitos e as discriminações sexuais, étnicas e sociais
Participar da criação de regras
sanções e à apreciação da conduta
Analisar a relação pedagógica, a autoridade e a comunicação em aula
Desenvolver o senso de responsabilidade, a solidariedade e o sentimento de justiça
Dilemas e competências
10. Administrar sua própria formação contínuaSaber explicitar as próprias práticas
Estabelecer seu próprio balanço de competências e seu programa pessoal de formação
continua
Negociar um projeto de formação comum com os colegas (equipe, escola, rede
Envolver-se em tarefas em escala de uma ordem de ensino ou do sistema educativo
Acolher a formação dos colegas e participar dela
Ser agente do sistema de formação continua
Assim, Perrenoud (2001) sugere que professores
onde as transformações da sociedade clamam automaticamente por evoluções na escola e na
formação de profissionais, preocupem
reflexiva e participação crítica como orientaçõ
Pedagogía | | Revista UniABC – v. 2, n. 2, 2011 -
COMPETÊNCIA LEITORA E HABILIDADES DE LEITURA: Prática reflexiva e participação crítica
Elaborar um projeto em equipe, representações comuns
Dirigir um grupo de trabalho, conduzir reuniões
Formar e renovar uma equipe pedagógica
Enfrentar e analisar em conjunto situações complexas, práticas e problemas profissionais
Administrar crises ou conflitos interpessoais
Participar da Administração da Escola Elaborar, negociar um projeto da instituição
Administrar os recursos da escola
Coordenar, dirigir uma escola com todos os seus parceiros
Organizar e fazer evoluir, no âmbito da escola, a participação dos alunos
Competências para trabalhar em ciclos de aprendizagem
Informar e Envolver os pais Dirigir reuniões de informação e de debate
Envolver os pais na construção dos saberes
Utilizar Novas Tecnologias A informática na escola: uma disciplina como qualquer outra, um savoir-faire ou um
Explorar as potencialidades didáticas dos programas em relação aos objetivos do ensino
se à distância por meio da telemática
Utilizar as ferramentas multimídia no ensino
Competências fundamentadas em uma cultura tecnológica
Enfrentar os Deveres e os dilemas da Profissão Prevenir a violência na escola e fora dela
Lutar contra os preconceitos e as discriminações sexuais, étnicas e sociais
Participar da criação de regras de vida comum referentes à disciplina na escola, às
sanções e à apreciação da conduta
Analisar a relação pedagógica, a autoridade e a comunicação em aula
Desenvolver o senso de responsabilidade, a solidariedade e o sentimento de justiça
Administrar sua própria formação contínua Saber explicitar as próprias práticas
Estabelecer seu próprio balanço de competências e seu programa pessoal de formação
Negociar um projeto de formação comum com os colegas (equipe, escola, rede)
se em tarefas em escala de uma ordem de ensino ou do sistema educativo
Acolher a formação dos colegas e participar dela
Ser agente do sistema de formação continua
Fonte: Perrenoud (2001).
Assim, Perrenoud (2001) sugere que professores inseridos num contexto em mudança,
onde as transformações da sociedade clamam automaticamente por evoluções na escola e na
formação de profissionais, preocupem-se com sua formação, numa perspectiva de prática
reflexiva e participação crítica como orientações prioritárias de sua formação
ISSN: 2177-5818
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Enfrentar e analisar em conjunto situações complexas, práticas e problemas profissionais
ou um
Explorar as potencialidades didáticas dos programas em relação aos objetivos do ensino
de vida comum referentes à disciplina na escola, às
Desenvolver o senso de responsabilidade, a solidariedade e o sentimento de justiça
Estabelecer seu próprio balanço de competências e seu programa pessoal de formação
se em tarefas em escala de uma ordem de ensino ou do sistema educativo
Fonte: Perrenoud (2001).
inseridos num contexto em mudança,
onde as transformações da sociedade clamam automaticamente por evoluções na escola e na
se com sua formação, numa perspectiva de prática
es prioritárias de sua formação.
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5. Análise de textos
No âmbito da leitura e da interpretação de textos, a competência leitora se expressa por
meio de habilidades de leitura, que se concretiza por meio de operações ou esquemas de ação,
como já dito anteriormente.
No texto abaixo, Texto 1, podemos avaliar a competência leitora a partir da seguinte
análise:
O comportamento da personagem Ana no terceiro quadrinho sugere caridade, entusiasmo,
gratidão, interesse ou satisfação? Trata-se de uma pergunta que para resolver, o aluno deve fazer
várias operações: ler os balões, a fim de reconhecer os papéis sociais das personagens, mãe e
filha, e a intenção da moça no último quadrinho. Em seguida deve relacionar essas informações
com as alternativas propostas e concluir que a opção interesse é a que melhor traduz as intenções
de Ana.
Outra operação seria identificar onde está a contradição, comparando o segundo e o
terceiro quadrinho no discurso de Ana no qual se encontra o humor da tira.
Texto 2:
O Ministério da Educação, no seu objetivo de aprimoramento da educação
nacional, por meio do Prof. Reynaldo Fernandes, presidente do INEP, promoveu
uma recente reformulação no ENEM – Exame Nacional do Ensino Médio,
introduzindo algumas inovações.
Fonte: http://www.enem.inep.gov.br/enem.php, acesso em 10/12/2010.
As habilidades de leitura necessárias para desenvolver a competência leitora no Texto 2
envolve conhecimento prévio, conhecer a avaliação externa chamada ENEM - Exame Nacional do
Ensino Médio.
Pedagogia – Pedagogy – Pedagogía
COMPETÊNCIA LEITORA E HABILIDADES DE LEITURA:
Na elaboração de alternativas para que o aluno possa identificar a informação principal do
texto, analisar, comparar e concluir que dentre as cinco alternativas somente uma corresponde a
uma dessas inovações, a saber, alternativa d
a) os seus resultados serão considerados por todas as Instituições de Ensino Superior, quer
públicas ou privadas, para ingresso em seus cursos;
b) independentemente da opção do aluno pelo curso de sua preferência, todas as áreas,
objetos da prova, receberão idêntico peso na sua
c) o aluno, obrigatoriamente, deverá optar pelo curso superior de sua preferência , por
ocasião de sua inscrição e não poderá alterá
d) entre os objetivos do novo ENEM, identificamos a preocupação, não de identificar o que
o aluno aprendeu na escola, mas sim como usa este aprendizado para a vida;
e) O ENEM hoje desenvolveu um mecanismo que identifica o chamado “chute” na escolha
da resposta.
O aluno deve mobilizar recursos, tomar a decisão adotando estratégias e realizar a ação
concreta considerando a mudança significativa no perfil da prova, apesar de algumas alternativas
também se tratarem de situações verdadeiras, se traduz como reformulação recente que o
aprendizado da escola básica deve ser utilizado na vida, pois um dos objetivos da pro
se o aluno tem estruturas mentais desenvolvidas o suficiente para lhe possibilitar interpretar
dados, pensar, tomar decisões adequadas, aplicar conhecimentos em situações concretas, e
também, na vida social, uma postura ética e cidadã.
Para aferir estas capacidades, o Enem avalia cinco competências consideradas importantes
para as resoluções de questões, mas principalmente para a vida.
As cinco competências avaliadas pelo Enem são:
I Dominar a norma culta da língua portuguesa e fazer uso das
matemáticas, artísticas e científicas.
II Construir e aplicar conceitos das várias áreas do conhecimento para a
compreensão de fenômenos naturais, de processos histórico
produção tecnológica e das manifestações artísticas.
III Selecionar, organizar, relacionar, interpretar dados e informações representadas
de diferentes formas, para tomar decisões e enfrentar situações
IV Relacionar informações, representadas e, diferentes formas, e conhecimentos
disponíveis em situaç
V Recorrer aos conhecimentos desenvolvidos na escola para elaboração de
propostas de intervenção solidária na realidade, respeitando os valores humanos
e considerando a diversidade sociocultural.
Pedagogía | | Revista UniABC – v. 2, n. 2, 2011 -
COMPETÊNCIA LEITORA E HABILIDADES DE LEITURA: Prática reflexiva e participação crítica
elaboração de alternativas para que o aluno possa identificar a informação principal do
texto, analisar, comparar e concluir que dentre as cinco alternativas somente uma corresponde a
uma dessas inovações, a saber, alternativa d.
ão considerados por todas as Instituições de Ensino Superior, quer
públicas ou privadas, para ingresso em seus cursos;
independentemente da opção do aluno pelo curso de sua preferência, todas as áreas,
objetos da prova, receberão idêntico peso na sua avaliação;
o aluno, obrigatoriamente, deverá optar pelo curso superior de sua preferência , por
ocasião de sua inscrição e não poderá alterá-lo;
entre os objetivos do novo ENEM, identificamos a preocupação, não de identificar o que
a escola, mas sim como usa este aprendizado para a vida;
O ENEM hoje desenvolveu um mecanismo que identifica o chamado “chute” na escolha
O aluno deve mobilizar recursos, tomar a decisão adotando estratégias e realizar a ação
iderando a mudança significativa no perfil da prova, apesar de algumas alternativas
também se tratarem de situações verdadeiras, se traduz como reformulação recente que o
aprendizado da escola básica deve ser utilizado na vida, pois um dos objetivos da pro
se o aluno tem estruturas mentais desenvolvidas o suficiente para lhe possibilitar interpretar
dados, pensar, tomar decisões adequadas, aplicar conhecimentos em situações concretas, e
também, na vida social, uma postura ética e cidadã.
erir estas capacidades, o Enem avalia cinco competências consideradas importantes
para as resoluções de questões, mas principalmente para a vida.
As cinco competências avaliadas pelo Enem são:
Dominar a norma culta da língua portuguesa e fazer uso das linguagens
matemáticas, artísticas e científicas.
Construir e aplicar conceitos das várias áreas do conhecimento para a
compreensão de fenômenos naturais, de processos histórico-geográficos, da
produção tecnológica e das manifestações artísticas.
Selecionar, organizar, relacionar, interpretar dados e informações representadas
de diferentes formas, para tomar decisões e enfrentar situações-problema.
Relacionar informações, representadas e, diferentes formas, e conhecimentos
disponíveis em situações concretas para construir argumentação consistente
Recorrer aos conhecimentos desenvolvidos na escola para elaboração de
propostas de intervenção solidária na realidade, respeitando os valores humanos
e considerando a diversidade sociocultural.
Fonte: www.enem.gov.br, acesso em 08/12/2010.
ISSN: 2177-5818
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elaboração de alternativas para que o aluno possa identificar a informação principal do
texto, analisar, comparar e concluir que dentre as cinco alternativas somente uma corresponde a
ão considerados por todas as Instituições de Ensino Superior, quer
independentemente da opção do aluno pelo curso de sua preferência, todas as áreas,
o aluno, obrigatoriamente, deverá optar pelo curso superior de sua preferência , por
entre os objetivos do novo ENEM, identificamos a preocupação, não de identificar o que
a escola, mas sim como usa este aprendizado para a vida;
O ENEM hoje desenvolveu um mecanismo que identifica o chamado “chute” na escolha
O aluno deve mobilizar recursos, tomar a decisão adotando estratégias e realizar a ação
iderando a mudança significativa no perfil da prova, apesar de algumas alternativas
também se tratarem de situações verdadeiras, se traduz como reformulação recente que o
aprendizado da escola básica deve ser utilizado na vida, pois um dos objetivos da prova é avaliar
se o aluno tem estruturas mentais desenvolvidas o suficiente para lhe possibilitar interpretar
dados, pensar, tomar decisões adequadas, aplicar conhecimentos em situações concretas, e
erir estas capacidades, o Enem avalia cinco competências consideradas importantes
linguagens
Construir e aplicar conceitos das várias áreas do conhecimento para a
geográficos, da
Selecionar, organizar, relacionar, interpretar dados e informações representadas
problema.
Relacionar informações, representadas e, diferentes formas, e conhecimentos
ões concretas para construir argumentação consistente.
Recorrer aos conhecimentos desenvolvidos na escola para elaboração de
propostas de intervenção solidária na realidade, respeitando os valores humanos
Fonte: www.enem.gov.br, acesso em 08/12/2010.
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Assim o aluno realiza a inferência, dedução e conclusão. A inferência significa um processo
pelo qual, com base em determinados dados, chega-se a uma conclusão. A dedução significa
concluir pelo raciocínio. E conclusão significa chegar a um resultado, decisão, afirmação.
No Texto 3 apresento uma questão (questão 5) da Prova ENADE de 2010, na parte de
Formação Geral.
Em princípio, ressalto que o ENADE oferece suas competências, a saber, divulgadas na
legislação que trata das Portarias Inep dos cursos avaliados em 2010, em relação à Formação
Geral, veremos o Artigo 1º, 2º e 3º:
Art. 1º O Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), parte integrante do
Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), tem como
objetivo geral avaliar o desempenho dos estudantes em relação aos conteúdos
programáticos previstos nas diretrizes curriculares, às habilidades e competências
para a atualização permanente e aos conhecimentos sobre a realidade brasileira,
mundial e sobre outras áreas do conhecimento.
Art. 2º A prova do Enade 2009, com duração total de 4 (quatro) horas, terá a avaliação
do componente de formação geral comum aos cursos de todas as áreas e um
componente específico do Curso.
Art. 3º No componente de Formação Geral será considerada a formação de um
profissional ético, competente e comprometido com a sociedade em que vive.
Além do domínio de conhecimentos e de níveis diversificados de habilidades e
competências para perfis profissionais específicos, espera-se que os graduandos
das Instituições de Ensino Superior (IES) evidenciem a compreensão de temas
que possam transcender ao seu ambiente próprio de formação e sejam
importantes para a realidade contemporânea. Essa compreensão vincula-se a
perspectivas críticas, integradoras e à construção de sínteses contextualizadas.
§ 1º As questões do componente de Formação Geral versarão sobre alguns
dentre os seguintes temas:
I - ecologia;
II - biodiversidade;
III - arte, cultura e filosofia;
IV – mapas geopolíticos e socioeconômicos;
V - globalização;
VI - políticas públicas: educação, habitação, saneamento, saúde, segurança,
defesa, desenvolvimento sustentável;
VII - redes sociais e responsabilidade: setor público, privado, terceiro setor;
VIII - relações interpessoais: respeitar, cuidar, considerar, conviver;
IX – sociodiversidade: multiculturalismo, tolerância, inclusão;
X - exclusão e minorias;
XI – relações de gênero;
XII - vida urbana e rural;
XIII - democracia e cidadania;
XIV - violência;
XV - terrorismo;
XVI - avanços tecnológicos;
XVII - inclusão/exclusão digital;
XVIII - relações de trabalho;
XIX - tecnociência;
XX - propriedade intelectual;
XXI - diferentes mídias e tratamento da informação.
§ 2º No componente de Formação Geral, serão verificadas as capacidades de:
I - ler e interpretar textos;
Pedagogia – Pedagogy – Pedagogía
COMPETÊNCIA LEITORA E HABILIDADES DE LEITURA:
II - analisar e criticar informações;
III - extrair conclusões por indução e/ou dedução;
IV - estabelecer relações, comparações e contrastes em diferentes situações;
V - detectar contradições;
VI - fazer escolhas valorativas avaliando conseqüências;
VII - questionar a realidade;
VIII - argumentar coerentemente.
§ 3º No componente de Formação Geral, os estudantes deverão mostrar
competência para:
I - propor ações de intervenção;
II - propor soluções p
III - elaborar perspectivas integradoras;
IV - elaborar sínteses;
V - administrar conflitos.
§ 4º O componente de Formação Geral do Enade 2009 terá 10 (dez) questões,
sendo 2 (duas) discursivas e 8 (oito) de múltipla escolha, que ab
situações-problema, estudos de caso, simulações e interpretação de textos,
imagens, gráficos e tabelas.
§ 5º As questões discursivas avaliarão aspectos como clareza, coerência, coesão,
estratégias argumentativas, utilização de vocabulário adequado
gramatical do texto.
Fonte: http://www.inep.gov.br/superior/enade/default.asp, acesso em 28/11/2010.
Texto 3: Questão 5 - Prova ENADE 2010:
O mapa abaixo representa as áreas populacionais sem acesso ao saneamento básico
Philippe Rekacewicz (Le Monde Diplomatique).
Pedagogía | | Revista UniABC – v. 2, n. 2, 2011 -
COMPETÊNCIA LEITORA E HABILIDADES DE LEITURA: Prática reflexiva e participação crítica
analisar e criticar informações;
extrair conclusões por indução e/ou dedução;
estabelecer relações, comparações e contrastes em diferentes situações;
detectar contradições;
fazer escolhas valorativas avaliando conseqüências;
questionar a realidade;
argumentar coerentemente.
§ 3º No componente de Formação Geral, os estudantes deverão mostrar
propor ações de intervenção;
propor soluções para situações-problema;
elaborar perspectivas integradoras;
elaborar sínteses;
administrar conflitos.
§ 4º O componente de Formação Geral do Enade 2009 terá 10 (dez) questões,
sendo 2 (duas) discursivas e 8 (oito) de múltipla escolha, que ab
problema, estudos de caso, simulações e interpretação de textos,
imagens, gráficos e tabelas.
§ 5º As questões discursivas avaliarão aspectos como clareza, coerência, coesão,
estratégias argumentativas, utilização de vocabulário adequado e correção
Fonte: http://www.inep.gov.br/superior/enade/default.asp, acesso em 28/11/2010.
Prova ENADE 2010:
O mapa abaixo representa as áreas populacionais sem acesso ao saneamento básico
(Le Monde Diplomatique). Organização Mundial da Saúde, 2006. Disponível
em: http://www.google.com.br/mapas, acesso em 07/08/2010
ISSN: 2177-5818
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estabelecer relações, comparações e contrastes em diferentes situações;
§ 3º No componente de Formação Geral, os estudantes deverão mostrar
§ 4º O componente de Formação Geral do Enade 2009 terá 10 (dez) questões,
sendo 2 (duas) discursivas e 8 (oito) de múltipla escolha, que abordarão
problema, estudos de caso, simulações e interpretação de textos,
§ 5º As questões discursivas avaliarão aspectos como clareza, coerência, coesão,
e correção
Fonte: http://www.inep.gov.br/superior/enade/default.asp, acesso em 28/11/2010.
O mapa abaixo representa as áreas populacionais sem acesso ao saneamento básico
Organização Mundial da Saúde, 2006. Disponível
em: http://www.google.com.br/mapas, acesso em 07/08/2010.
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Profª. Ms. Monica Lopes de Oliveira
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Considerando o mapa apresentado, analise as afirmações que se seguem:
I. A globalização é fenômeno que ocorre de maneira desigual entre os países, e o progresso
social independe dos avanços econômicos.
II. Existe relação direta entre o crescimento da ocupação humana e o maior acesso ao
saneamento básico.
III. Brasil, Rússia, Índia e China, países pertencentes ao bloco dos emergentes, possuem
percentual da população com acesso ao saneamento básico abaixo da média mundial.
IV. O maior acesso ao saneamento básico ocorre, em geral, em países desenvolvidos.
V. Para se analisar o índice de desenvolvimento humano (IDH) de um país, deve-se
diagnosticar suas condições básicas de infraestrutura, seu PIB per capta, a saúde e a educação.
É correto apenas o que se afirma em:
A) I e II.
B) I e III.
C) II e V.
D) III e IV.
E) IV e V.
Trata-se de uma questão que envolve áreas do conhecimento como a Geografia e
conhecimentos gerais, atualidades. Do ponto de vista do tema, leitura de mapa representando as
áreas populacionais sem acesso ao saneamento básico, todas as afirmações poderiam indicar
contextualização, encadeamento de idéias, contudo os passos necessários para que o aluno
chegasse à melhor alternativa são:
- Ler o texto verbal e identificar a informação principal do texto;
- Observar o texto não verbal, o mapa e a legenda, analisar e comparar;
- Relacionar o texto verbal e o não verbal, estabelecendo conexões e analogias;
- Concluir que as afirmativas IV e V são as corretas.
Este conjunto de ações: observar, analisar, relacionar, inferir, comparar, concluir, entre
outras, traduzem as habilidades necessárias para lidar com a leitura e a interpretação de textos.
Pedagogia – Pedagogy – Pedagogía
COMPETÊNCIA LEITORA E HABILIDADES DE LEITURA:
Avaliar a competência leitora consiste em verificar como estas habilidades foram
desenvolvidas durante a vida escolar e pessoal.
6. Considerações Finais
Este artigo abordou a competência leitora e habilidades de leitu
prática reflexiva e participação crítica. Partiu
Pesquisa se deu em Educação: do saber acadêmico à prática de ensino. O objetivo geral do artigo
consistiu em refletir sobre o significad
leitura.
Na busca da compreensão do significado da leitura entende
verdade. Lemos para compreender ou a começar a compreender, função essa essencial, pois, a
leitura uma vez que se faz como uma atividade necessária no mundo de hoje, não deve restringir
se a decodificar sinais, mas como informação, participação, ampliação de conhecimentos e alcance
de uma compreensão melhor da realidade atual, ou seja, a leitura de mundo.
Após análise dos três textos procurou
quais são as habilidades de leitura necessárias para atingir esta competência.
Se competências e habilidades são dimensões interdependentes do saber, elas se
completam mutuamente.
Assim, no âmbito da leitura e interpretação de textos, a competência leitora se expressa
por meio de habilidades de leitura que acaba por se concretizar por meio de esquemas de ação ou
de operações. Estes esquemas de ação, conforme analisado, sã
comparar, refletir, deduzir, concluir.
A importância da formação docente continuada rumo a uma prática reflexiva e
participação crítica, terceiro e último objetivo deste estudo, revela que há uma necessidade do
professor se preparar melhor para que a competência leitora e as habilidades de leitura se
realizem no cotidiano acadêmico por meio de autonomia, responsabilidades, trabalho por
projetos ou equipe.
Ressalta-se que esta Universidade
uma cultura a ser implantada e implementada, como uma forma de aproximação com a
competência leitora e habilidades de leitura, pois os alunos precisam evidenciar a compreensão de
temas que possam transcender ao seu ambiente próprio de for
realidade contemporânea, numa perspectiva crítica, integradora e com construção de sínteses
contextualizadas, para tanto os alunos devem mostrar competência leitora realizando escolhas a
partir de procedimentos e estratégia
problema.
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COMPETÊNCIA LEITORA E HABILIDADES DE LEITURA: Prática reflexiva e participação crítica
Avaliar a competência leitora consiste em verificar como estas habilidades foram
desenvolvidas durante a vida escolar e pessoal.
Considerações Finais
Este artigo abordou a competência leitora e habilidades de leitura numa perspectiva de
prática reflexiva e participação crítica. Partiu-se do Grupo de Pesquisa da
Pesquisa se deu em Educação: do saber acadêmico à prática de ensino. O objetivo geral do artigo
consistiu em refletir sobre o significado da competência leitora e quais são as habilidades de
Na busca da compreensão do significado da leitura entende-se que ler significa o ver de
verdade. Lemos para compreender ou a começar a compreender, função essa essencial, pois, a
ez que se faz como uma atividade necessária no mundo de hoje, não deve restringir
se a decodificar sinais, mas como informação, participação, ampliação de conhecimentos e alcance
de uma compreensão melhor da realidade atual, ou seja, a leitura de mundo.
ós análise dos três textos procurou-se identificar como se dá a competência leitora e
quais são as habilidades de leitura necessárias para atingir esta competência.
Se competências e habilidades são dimensões interdependentes do saber, elas se
Assim, no âmbito da leitura e interpretação de textos, a competência leitora se expressa
por meio de habilidades de leitura que acaba por se concretizar por meio de esquemas de ação ou
de operações. Estes esquemas de ação, conforme analisado, são: identificar, analisar, inferir,
comparar, refletir, deduzir, concluir.
A importância da formação docente continuada rumo a uma prática reflexiva e
participação crítica, terceiro e último objetivo deste estudo, revela que há uma necessidade do
se preparar melhor para que a competência leitora e as habilidades de leitura se
realizem no cotidiano acadêmico por meio de autonomia, responsabilidades, trabalho por
se que esta Universidade – UniABC, está num processo de mud
uma cultura a ser implantada e implementada, como uma forma de aproximação com a
competência leitora e habilidades de leitura, pois os alunos precisam evidenciar a compreensão de
temas que possam transcender ao seu ambiente próprio de formação e sejam importantes para a
realidade contemporânea, numa perspectiva crítica, integradora e com construção de sínteses
contextualizadas, para tanto os alunos devem mostrar competência leitora realizando escolhas a
partir de procedimentos e estratégias de ação para chegar à resposta que fecha e resolve o
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Avaliar a competência leitora consiste em verificar como estas habilidades foram
ra numa perspectiva de
se do Grupo de Pesquisa da UniABC, e a Linha de
Pesquisa se deu em Educação: do saber acadêmico à prática de ensino. O objetivo geral do artigo
o da competência leitora e quais são as habilidades de
se que ler significa o ver de
verdade. Lemos para compreender ou a começar a compreender, função essa essencial, pois, a
ez que se faz como uma atividade necessária no mundo de hoje, não deve restringir-
se a decodificar sinais, mas como informação, participação, ampliação de conhecimentos e alcance
de uma compreensão melhor da realidade atual, ou seja, a leitura de mundo.
se identificar como se dá a competência leitora e
quais são as habilidades de leitura necessárias para atingir esta competência.
Se competências e habilidades são dimensões interdependentes do saber, elas se
Assim, no âmbito da leitura e interpretação de textos, a competência leitora se expressa
por meio de habilidades de leitura que acaba por se concretizar por meio de esquemas de ação ou
o: identificar, analisar, inferir,
A importância da formação docente continuada rumo a uma prática reflexiva e
participação crítica, terceiro e último objetivo deste estudo, revela que há uma necessidade do
se preparar melhor para que a competência leitora e as habilidades de leitura se
realizem no cotidiano acadêmico por meio de autonomia, responsabilidades, trabalho por
UniABC, está num processo de mudança, em busca de
uma cultura a ser implantada e implementada, como uma forma de aproximação com a
competência leitora e habilidades de leitura, pois os alunos precisam evidenciar a compreensão de
mação e sejam importantes para a
realidade contemporânea, numa perspectiva crítica, integradora e com construção de sínteses
contextualizadas, para tanto os alunos devem mostrar competência leitora realizando escolhas a
s de ação para chegar à resposta que fecha e resolve o
Pedagogia – Pedagogy – Pedagogía | | Revista UniABC – v. 2, n. 2, 2011 - ISSN: 2177-5818
Profª. Ms. Monica Lopes de Oliveira
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Assim, pode-se constatar que o ofício de professor está se transformando, conforme
Perrenoud (2001), e as transformações passam pela emergência de novas competências
coerentes, com o novo papel dos professores e com a evolução da formação contínua.
Assim como a linguagem é um poderoso instrumento de expressão do ser humano, de
forma oral ou escrita, verbal ou não verbal, a leitura vai além do universo da palavra escrita.
Assim sendo, ser um leitor competente não é compreender apenas o que está explícito,
mas o que está implícito no texto, ler nas entrelinhas, colocando-se numa postura ativa, de
análise, de resposta ao texto lido, estando atento também aos outros elementos da situação de
produção do texto: quem fala, para quem fala, em qual contexto e momento histórico, com que
intenção. É ainda aquele que, além do sentido das palavras, descobre também o significado das
pausas, dos silêncios, da pontuação, pois nenhum texto é neutro e despretensioso, está sempre
repleto de intenções e ideologias que dependem do contexto em que foi produzido.
Dentre as diversas pesquisas que lidam com o tema competência leitora e habilidades de
leitura, nenhuma delas enfocou a prática docente reflexiva e a participação crítica, conforme
proposto neste artigo, pois é preciso compreender como ocorre a competência leitora e as
habilidades de leitura para que tenhamos leitores competentes e críticos, prontos para o exercício
profissional e para a cidadania
É gratificante para a pesquisadora ter realizado este trabalho que tanto a enriqueceu, pois
acredita-se que as reflexões e apontamentos aqui contidos, possam contribuir para o trabalho
como Professora do Ensino Superior, o qual poderá trazer benefícios e poderá auxiliar outros
profissionais dessa carreira brilhante que é a Educação.
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