08 - traumatologia forense

348
TRAUMATOLOGIA FORENSE

Upload: nayaradeapaula

Post on 26-Jul-2015

289 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: 08 -  Traumatologia Forense

TRAUMATOLOGIA FORENSE

Page 2: 08 -  Traumatologia Forense

TRAUMATOLOGIA MÉDICO-LEGAL

• Estuda as lesões e estados patológicos, imedia-tos ou tardios, produzidos por violência sobre o corpo humano e os meios produtores das lesões.

Page 3: 08 -  Traumatologia Forense

TRAUMATOLOGIA MÉDICO-LEGAL CONCEITOS BÁSICOS

• Traumatismo ou trauma

Qualquer lesão, aberta ou fechada, produzida no organismo pela ação mecânica de um agente exógeno.

• Lesão

Alteração anatômica ou funcional do órgão. (Medicina Curativa)

Qualquer modificação de normalidade de origem externa, capaz de provocar dano pessoal em decorrência de culpa, dolo ou acidente. (Medicina Pericial)

Page 4: 08 -  Traumatologia Forense

TRAUMATOLOGIA MÉDICO-LEGAL CONCEITOS BÁSICOS

• Lesão corporal

Aquela que atinge a integridade física e psíquica de alguém.

• Violência

Toda ação material ou pressão moral exercida contra uma pessoa, visando submetê-la a von-tade de outrem (Física, Moral, Presumida).

• Causa

É o que leva a resultados imediatos e responsá-veis por determinada lesão, suscitando uma relação entre causa e efeito.

Page 5: 08 -  Traumatologia Forense

TRAUMATOLOGIA MÉDICO-LEGAL CONCEITOS BÁSICOS

• Ferida

É o retrato do ferimento e este é o ato, a ação de ferir. Exemplo: Pedro foi atropelado (ferimento) e sofreu as seguintes lesões (feridas).

• Sede das lesões

Região anatômica da vítima onde foi aplicado o trauma. É de interesse médico e jurídico.

• Saúde

Estado de completo bem estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença.

Page 6: 08 -  Traumatologia Forense

TRAUMATOLOGIA MÉDICO-LEGAL NEXO DE CAUSALIDADE

• “É uma condição lógica de vínculo, de conexão,

de liame ou de eminente coesão entre a ação e

o resultado.

• Logo, não é uma situação de imperiosa certeza

ou de um diagnóstico de absoluta precisão.

• Basta apenas que exista ligação e coerência”

(França)

Page 7: 08 -  Traumatologia Forense

TRAUMATOLOGIA MÉDICO-LEGAL NEXO DE CAUSALIDADE

• Para existir, é necessário que (Simonin):

– A lesão tenha uma etiologia traumática;

– A lesão seja real e apropriada às circunstâncias;

– O local do traumatismo tenha relação com a sede da lesão;

– Haja relação de temporalidade, ou seja, coerência entre a idade da lesão e a ocorrência dos fatos;

– Haja lógica anátomo-clínica de sinais e sintomas;

– Haja exclusão de preexistência de danos relativa-mente ao traumatismo;

– Inexista uma causa estranha à ação traumática.

Page 8: 08 -  Traumatologia Forense

TRAUMATOLOGIA MÉDICO-LEGAL NEXO DE CAUSALIDADE

• Nem sempre é tarefa fácil buscar a origem do

dano, visto que podem surgir várias causas,

denominadas concausas, concomitantes ou

sucessivas.

Page 9: 08 -  Traumatologia Forense

TRAUMATOLOGIA MÉDICO-LEGAL CAUSAS E CONCAUSAS

• Dificilmente as lesões corporais resultam de uma causa única, mas sempre de causas determinan-tes, isto é, da convergência de vários fatores, ca-da um contribuindo em proporções diversas para a sua produção.

• Causa é o fator ou a ação que isoladamente, se-ria adequada para produzir a lesão.

• Concausa é o fator ou a ação necessária, mas insuficiente, para tal.

• Juridicamente, o comportamento ilícito do agente é a causa; os demais fatores contribuintes, inde-pendentes de sua ação própria, as concausas.

Page 10: 08 -  Traumatologia Forense

TRAUMATOLOGIA MÉDICO-LEGAL CONCAUSAS

• Causas secundárias, inerentes à própria vítima.

• Causas ou fatores que se associam para o agravamento ou melhora de uma lesão.

• A lesão corporal, sempre resulta do concurso de uma causa principal (o ato ilícito) somada a uma ou várias concausas.

• Geralmente têm contribuição desprezível para o resultado mas, quando a contribuição for consi-derável, pode limitar a responsabilidade do réu.

• Costumam ser alegadas quando produzem agravamento.

Page 11: 08 -  Traumatologia Forense

TRAUMATOLOGIA MÉDICO-LEGAL CONCAUSAS

• Podem ser preexistentes, concomitantes e super-

venientes.

• As preexistentes dividem-se em (Palmieri):

– Fisiológicas (bexiga cheia facilita a rotura trau-

mática);

– Teratológicas (anomalias hereditárias ou con-

gênitas);

– Patológicas generalizadas (hemofilia, diabete);

– Patológicas localizadas (coronariopatias, aneu-

risma aórtico).

Page 12: 08 -  Traumatologia Forense

TRAUMATOLOGIA MÉDICO-LEGAL CRITÉRIOS NA AVALIAÇÃO DAS CONCAUSAS

• Cronológico (correlação entre a evolução natu-ral de um processo patológico e o comporta-mento ilícito do agente);

• Topográfico (correlação da ação local com re-percussões próximas ou distantes do organismo lesado);

• Quantitativo (correlação entre o grau do trau-matismo e o dano resultante);

• Resultante (correlação entre o traumatismo e o aparecimento de sintomas);

• Excludente (falta de nexo entre o traumatismo e sintomas e sinais posteriores).

Page 13: 08 -  Traumatologia Forense

TRAUMATOLOGIA MÉDICO-LEGAL CONCAUSAS ABSOLUTAMENTE INDEPENDENTES

PRÉ-EXISTENTES

• A quer suicidar-se e ingere veneno. Durante o processo de intoxicação recebe um ferimento por parte de B, que quer matá-lo. Contudo, pou-co depois vem a morrer, mas em conseqüência do veneno, não da lesão recebida.

• Abstraindo-se a conduta de B, o resultado apa-receria de qualquer forma.

• Logo, a ação de B não é causa porque fora do alcance do art. 13 do CP, já que causa é apenas a conduta sem a qual o resultado não teria ocorrido.

Page 14: 08 -  Traumatologia Forense

TRAUMATOLOGIA MÉDICO-LEGAL CONCAUSAS ABSOLUTAMENTE INDEPENDENTES

PRÉ-EXISTENTES

• Art. 13 do Código Penal:

“O resultado, de que depende a existência do

crime, somente é imputável a quem lhe deu

causa. Considera-se causa a ação ou omissão

sem a qual o resultado não teria ocorrido.”

Page 15: 08 -  Traumatologia Forense

TRAUMATOLOGIA MÉDICO-LEGAL CONCAUSAS ABSOLUTAMENTE INDEPENDENTES

CONCOMITANTES

• São aquelas que se dão simultaneamente ao fa-to gerador do dano.

• A e B atiram em C (fora de co-autoria) e prova-se que o projétil de B é que causou a morte de C, atingindo-o no coração, enquanto a bala disparada por A alvejou, de leve, o braço de C.

• A morte apenas é imputada a B.

Page 16: 08 -  Traumatologia Forense

TRAUMATOLOGIA MÉDICO-LEGAL CONCAUSAS ABSOLUTAMENTE INDEPENDENTES

SUPERVENIENTES

• São aquelas que ocorrem após o evento danoso.

• A atira em B, B entra em casa e o teto cai e o mata. Tentativa de Homicídio.

• A envenena B, mas, ainda sem que o veneno aja, ocorre a queda de uma viga sobre B, que então morre em razão dos ferimentos decorren-tes da queda.

Page 17: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS CAUSADORAS DE

DANOS

Page 18: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS CAUSADORAS DE DANOS

• Mecânicas (instrumentos em geral)

• Físicas (temperatura, eletricidade, pressão atmosférica, radioatividade, luz e som)

• Químicas (cáusticos e tóxicos em geral)

• Físico-químicas (asfixias)

• Bioquímicas (infecções e intoxicações alimen-tares)

• Biodinâmicas (choque)

Page 19: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM MECÂNICA

• Capazes de modificar o estado de repouso ou movimento de um corpo, produzindo lesões em parte ou no todo, com repercussões interna ou externa.

• Atuam por pressão, percussão, tração, torção, compressão, explosão, deslizamento e contra-choque.

Page 20: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM MECÂNICA

• Os meios, ações ou agentes mecânicos classifi-cam-se em:

– Perfurantes

– Cortantes

– Contundentes

– Pérfuro-cortantes

– Corto-contundentes

– Pérfuro-contundentes

Page 21: 08 -  Traumatologia Forense

AGENTES PERFURANTES

Page 22: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES PERFURANTES

• Agem sobre um ponto.

• Atuam por pressão através da ponta e afasta-

mento das fibras do tecido.

• Instrumentos punctórios, finos, alongados e

pontiagudos.

• Exemplos: Agulha, furador de gelo, compasso,

prego, espinha, etc.

Page 23: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES PERFURANTES

• Causam feridas puntiformes ou punctórias, com

predomínio da profundidade sobre a área

externa.

• Se o instrumento ultrapassar a espessura da es-

trutura atingida, a ferida será chamada transfi-

xante.

Page 24: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES PERFURANTES

• Ferida puntiforme ou punctória

Page 25: 08 -  Traumatologia Forense

AGENTES CORTANTES

Page 26: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CORTANTES

• Agem por um gume (corte) mais ou menos

afiado, sobre uma linha.

• Atuam por mecanismo de pressão e desliza-

mento sobre os tecidos.

• Causam feridas incisas, regulares, lisas, com

bordas nítidas e sem traumas nos tecidos

vizinhos.

Page 28: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CORTANTES

• Tipos de feridas incisas:

– Simples: Quando o instrumento penetra os tecidos em direção perpendicular à superfície do corpo.

– Com retalho: O instrumento penetra obliqua-mente, deixa pendente do corpo um retalho cortado em bisel, preso por uma das pontas.

– Mutilante: O instrumento, atravessando os tecidos de lado a lado, destaca certa parte saliente do corpo: pavilhão da orelha, ponta do nariz, dedo, etc. Neste tipo, se inclui o es-gorjamento, o degolamento e a decapitação.

Page 29: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CORTANTES

• Características da incisão:

– Predomina o comprimento sobre a profundida-de (ação do gume).

Page 30: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CORTANTES

• Características da incisão:

– Bordas sem irregularidades, nem sinais de

contusão.

– Em geral é retilínea, mas gumes denteados

ou cegos produzem incisões menos lisas.

1. Borda ou lábio

2. Vertente

3. Fundo

Page 31: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CORTANTES

• Características da incisão:

– Afastamento das bordas da ferida, pela elasti-

cidade e tonicidade dos tecidos, sendo maior

quando produzida em corpo vivo.

Page 32: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CORTANTES

• Características da incisão:

– Caudas de entrada e de saída, a primeira

mais profunda e a segunda mais superficial,

tangencial ao tecido.

Page 33: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CORTANTES

• Características da incisão:

– Menos profunda nas extremidades.

– O estudo da caudas serve para informar a

direção em que o golpe foi dado.

Page 34: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CORTANTES

• Ferida incisa

Page 35: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CORTANTES

• Ferida incisa

Page 36: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CORTANTES

• Ferida incisa (em cicatrização)

Page 37: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CORTANTES

• Ferida incisa (em cicatrização)

Page 38: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CORTANTES

• Ferida incisa (em cicatrização)

Page 39: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CORTANTES

PROBLEMAS MÉDICO-LEGAIS

• As características da lesão permitem identificar “genéricamente” (instrumento cortante), mas não específicamente (navalha, faca), e muito menos individualmente (esta navalha, aquela faca).

• Em regra são lesões de pouca gravidade, mas há casos em que as incisões são profundas, mu-tilantes, ou atingem importantes vasos sanguí-neos, causando hemorragias mortais.

• Incisões profundas no pescoço podem resultar em embolias gasosas ou asfixia por sufocação.

Page 40: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CORTANTES

PROBLEMAS MÉDICO-LEGAIS

• Homicídio, suicídio ou acidente?

• Lesão produzida por outrem ou autolesão?

• Podem ser respondidos levando-se em conta circunstâncias como:

– A localização das feridas, seu número, sua direção, o sentido em que foram produzidas, sua profundidade;

– A unicidade ou multiplicidade de armas;

– O fato de o ferido ser canhoto ou destro, ou se for alienado mental.

Page 41: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CORTANTES

PROBLEMAS MÉDICO-LEGAIS

• Incisões nos antebraços, mãos ou dedos podem ser feridas de defesa: a vítima procurou rebater ou agarrar a arma.

– Inexistirão se a vítima tiver sido surpreendida pelo agressor, ou se estivesse inconsciente.

– O suicida também pode produzir em si estas incisões, por imperícia ou exasperação.

Page 42: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CORTANTES

• Feridas incisas de defesa

Page 43: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CORTANTES

• O prognóstico depende da sede comprometida,

da extensão e profundidade do ferimento.

• Mortais quando atingem a região do pescoço.

– Esgorjamento, se atingir a região anterior.

– Degolamento, se atingir a região posterior.

Page 44: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CORTANTES

Degola

Lesão cervical posterior, geralmente produzida por instrumento cortante ou corto-contundente.

Esgorjamento

Lesão cervical lateral ou anterior, produzida geralmente por instrumento cortante ou até corto-contundente.

Um exemplo de instrumento é a linha de pipa adicionada com cerol (vidro moído e cola de madeira).

Page 45: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CORTANTES

• Esgorjamento

Há secção das partes moles

da região anterior do

pescoço.

Pode ser homicida ou

acidental e ser produzido por

instrumento corto-

contundente ou cortante.

Page 46: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CORTANTES

• Esgorjamento

Page 47: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CORTANTES

• Esgorjamento

Page 48: 08 -  Traumatologia Forense

AGENTES CONTUNDENTES

Page 49: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Dentre os instrumentos mecânicos, são os mai-

ores causadores de danos.

• Agem por pressão, explosão, deslizamento,

percussão, descompressão, distensão, torção,

contragolpe ou de forma mista.

• Ações contundentes são causadas quando sa-

liências obtusas (sem corte) ou superfícies du-

ras tocam com violência o corpo humano (ou

este se choca contra aquelas).

Page 50: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Exemplos de objetos:

– Órgãos naturais de pessoas e animais: mãos, pés, dentes, cascos, unhas, chifres.

– Instrumentos de ataque e defesa: bastão, chi-cote, soco inglês, cassetete, palmatória.

– Instrumentos ocasionais: martelo, barra de ferro, pedra, tijolo, garrafa, perna de cadeira.

– Outros: quedas de altura, desabamentos, desmoronamentos, atropelamentos, choques de veículos, explosões (objetos projetados contra o indivíduo), jatos de ar ou de água.

Page 51: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Causam lesões contusas:

– superficiais: rubefação, edema traumático,

bossas linfáticas e sanguíneas, escoriação,

equimose, hematoma e ferida contusa.

– profundas: fraturas, luxações, entorses,

roturas viscerais e esmagamento.

Page 52: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Mecanismo de ação:

– Ativo: Quando o objeto possuidor de força vi-

va, choca-se contra o corpo da vítima;

– Passivo: Quando o corpo da vítima, sob ação

da força viva, choca-se contra o objeto;

– Misto: Quando tanto o corpo da vítima, quan-

to o objeto possuidor de força viva, chocam-

se entre si.

Page 53: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Rubefação

Causada por mãos (tapas, agarrões, beliscões, empurrões), cinto, palmatória, etc.

A pressão libera histamina e há, apenas, vaso-dilatação capilar, responsável pela coloração avermelhada da pele.

Há autores que não a consideram lesão porque não há saída do sangue dos vasos.

É lesão porque há alteração da circulação san-guínea, mesmo transitória.

Page 54: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Rubefação

Aparece em instantes e desaparece em minutos

ou horas (o exame deve ser realizado logo).

É a mais humilde e transitória de todas as lesões

produzidas por ação contundente (França).

Diferenciar com equimose, que não desaparece

à pressão pois o sangue saiu dos vasos.

Uma equimose pode suceder uma rubefação.

Page 55: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Rubefação na coxa causado por chinelo tipo havaiana

Desaparece

em poucas

horas.

Page 56: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Rubefação em região deltoidea.

Page 57: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Desaparece logo após a compressão

Page 58: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Edema traumático

Aumento do líquido intercelular provocando dis-tensão e elevação cutânea com limites nítidos, por vezes com a forma do instrumento. Surge após 1 a 3 minutos.

Não havendo outras lesões na vizinhança, de-saparece com menos de 24 horas.

É reação vital.

Page 59: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Edema traumático no nariz

Desaparece

em menos de

24 horas.

Page 60: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Edema traumático

Page 61: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Edema traumático com equimose sobrejacente

Page 62: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Escoriação (arranhão, esfoladura, abrasão)

O agente desliza sobre a pele, com arrancamen-to da epiderme e exposição da derme.

DERME

EPIDERME

RETALHO DE

EPIDERME DIREÇÃO DA

FORÇA ESCORIATIVA

Page 63: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Escoriação

Exposição da derme devido ao arrancamento da epiderme por ação tangencial de um instrumen-to mecânico.

Não havendo secção das papilas dérmicas, há extravasamento de apenas uma serosidade al-buminosa que, ressecada, forma uma crosta branco-amarelada.

Havendo secção de cristas das papilas dérmi-cas, a área fica coberta por uma crosta cor de tijolo, a crosta sero-hematínica.

Page 64: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Escoriação

Em 4 a 10 dias, a crosta de consistência firme

começa a se levantar na periferia e expõe su-

perfície rósea pela ausência de melanina e pre-

sença de novos capilares.

Não deixa cicatriz, apenas uma mancha hipo-

crômica por algum tempo.

Em 6 meses desaparece sem deixar cicatriz,

exceto nas profundas.

Page 65: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Tipos de escoriação

– Retilíneas (instrumentos pontiagudos)

– Curvilíneas (unhas)

– Em pinceladas (cascalho)

– Em placa (asfalto)

– Apergaminhadas (no sulco do enforcamento)

Page 66: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• A localização pode sugerir o crime:

– Disseminadas pelo corpo (atropelamento)

– Em torno das asas do nariz (sufocação)

– Em torno do pescoço (esganadura)

– Coxas, nádegas e seios (atentado ao pudor)

Page 67: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Escoriação no cotovelo

Arrancamento

da epiderme

por ação

tangencial de

um instrumento

Page 68: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Escoriações ungueais no tórax

Page 69: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Escoriações ungueais

Page 70: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Escoriações ungueais

Page 71: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Escoriações ungueais

Page 72: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Escoriações ungueais

Page 73: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Escoriações em pincelada e em placa

Page 74: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Escoriação em pincelada (guidão de bicicleta)

Page 75: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Escoriação em pincelada, diferentes profundidades

Page 76: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Escoriações em arrasto, no braço direito

Page 77: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Escoriação post mortem

Por falta de circulação, o descolamento da der-me não elimina exsudados sero-albuminosos.

A quantidade de linfa ou sangue que verte é in-significante ou nula, e a exposição da derme desidratada produz placa amarelada, apergami-nhada, de consistência firme, courácea.

Page 78: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Equimose

Infiltração de sangue na malha dos tecidos, de-vido à rotura de capilares.

Atesta que houve ação contundente e que havia vida no momento da lesão.

As que surgem à distância resultam da migração do sangue extravasado ou por aumento da pressão venosa por compressão das veias de drenagem. Exemplos: Petéquias em conjuntivas oculares no estrangulamento, enforcamento.

Page 79: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Equimose

Pode representar a forma do instrumento (fivela

de cinto, gomos de pneu, arcada dentária, cas-

setete.

Page 80: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Formas de Equimose

Petéquias (pontilhadas)

Em forma de cabeça de alfinete, desaparecem mais rápido que as demais.

Sugilação (forma de grãos de areia)

Confluência de numerosas lesões puntiformes em uma área bem definida.

Sufusão (lençol)

Formada por uma "hemorragia" mais extensa, mantém o centro violáceo e as mudanças de cor ocorrem na periferia.

Page 81: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Equimose e escoriação, produzidas por toalha

Page 82: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Equimose e escoriação, produzidas por toalha

Page 83: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Equimose por prensão manual vigorosa

Page 84: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Equimose

Page 85: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Equimose

Page 86: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Equimose em lábios de cadáver

Page 87: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Equimose avermelhada (recente) e pequenas escoriações

Page 88: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Equimose na face interna do braço

A coloração

varia com a

sua evolução

Page 89: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Equimose

Page 90: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Equimose bipalpebral bilateral. Sinal do Guaxi-

nim. Fratura de base de crânio

Page 91: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Evolução cromática das equimoses

Devido à transformação química por que passa a hemoglobina fora do vaso, a coloração da equimose varia com a sua evolução.

• Espectro equimótico de Legrand du Saulle

Inicialmente vermelha

1 a 3 dias vermelho-violácea

3 a 6 dias azulada

7 a 10 dias verde

10 a 15 dias amarela

Finalmente cor natural da pele vizinha

Page 92: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Evolução cromática das equimoses

Depende de vários fatores:

– Localização da lesão

– Profundidade da lesão

– Tamanho e a extensão da lesão

– Circulação sangüínea local

– Cor da pele

– Tratamento aplicado à lesão.

Page 93: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Evolução cromática das equimoses

Não existe um processo geral, mas particular para cada equimose.

É possível um mesmo indivíduo apresentar equimoses produzidas na mesma data evoluin-do de forma diferente, algumas se tornando logo amareladas enquanto outras continuam azula-das.

Um exame que leve em consideração apenas a tonalidade afirmaria terem sido produzidas em datas diferentes.

Page 94: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Equimose amarelada (10 a 15 dias de evolução)

Page 95: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Equimose com várias tonalidades

Page 96: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Equimose com várias tonalidades

Page 97: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Equimose em barra

Apresenta a

forma do

instrumento.

Page 98: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Equimose em barra

Page 99: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Equimose em barra

Page 100: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Equimose em barra (cinto de segurança)

Page 101: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Diag. diferencial da equimose traumática:

– Petéquias equimóticas (Manchas de Tardieu),

à distância, das asfixias.

– Equimoses espontâneas das púrpuras hemor-

rágicas

– Livores hipostáticos

Page 102: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Diag. diferencial da equimose traumática:

Nos livores, o sangue não extravasa, mas fica

estagnado, em plena luz do vaso, na posição de

maior declive, devido à parada da circulação e

ao efeito da força da gravidade.

Nas equimoses espontâneas, a patogenia é

dada por uma fragilidade capilar, devido à hipó-

xia das células da parede do vaso.

Page 103: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Diag. diferencial da equimose traumática:

A equimose traumática ou espontânea não

desaparece com a compressão digital, enquanto

nos livores ainda não fixados, a mancha desa-

parece (como acontece na rubefação) para vol-

tar em seguida. Além disso, a coloração dos

livores varia com a causa mortis.

Page 104: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Hematoma

Produzido pelo derramamento de sangue nos tecidos superficiais ou profundos, devido ao rompimento de vasos.

Forma cavidade repleta de sangue.

Pouco visualizável na superfície do corpo.

Geralmente confundido com as equimoses.

Comuns em traumatismos intensos: crânio-en-cefálicos e viscerais.

É reação vital.

Page 105: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Hematoma

Pode ser encontrado:

– Sob o couro cabeludo (cefaloematoma do

recém-nascido);

– Por fora ou por dentro da dura-máter (hema-

toma extradural e subdural);

– Na massa muscular dos membros;

– No retroperitônio;

– Etc.

Page 106: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Cefaloematoma do recém-nascido

Page 107: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• No cefaloematoma, a tumoração se limita ao

osso acometido, pois trata-se de uma coleção

subperióstea, sendo delimitada pelo periósteo

do osso acometido.

• O hematoma subgaleal (galo) é uma coleção

de sangue embaixo da pele e do tecido que

envolve os ossos do crânio, chamado gálea.

Não se limita a um dos ossos cranianos, esten-

dendo-se sobre vários ossos da calota.

Page 108: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Hematoma subgaleal temporal esquerdo

Page 109: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• As membranas meníngeas

Page 110: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Hematoma subdural

Page 111: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Hematoma

Page 112: 08 -  Traumatologia Forense

• Hematoma

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

Page 113: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Hematoma

Page 114: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Hematoma subungueal

Page 115: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Hematoma subaracnóideo por PAF

Page 116: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Bossa sanguínea

Hematoma em que o derrame sanguíneo, im-possibilitado de se difundir nos tecidos moles, em geral devido a planos ósseos subjacentes, se acumula formando verdadeiras bossas.

É azul no primeiro dia e segue a evolução das equimoses, desaparecendo em 20 dias ou mais.

É reação vital.

Page 117: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Bossa linfática

Coleção de linfa produzida por contusões tan-

genciais, como acontece nos atropelamentos,

em que os pneus, por atrição, deslocam a pele

formando grandes bossas linfáticas, entre o

plano ósseo e os tegumentos.

É reação vital.

Page 118: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Mecanismo de formação de bossas e hematomas

LINFA OU SANGUE DERME

TECIDO MAIS RESISTENTE

Page 119: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Ferida contusa

O agente vulnerante não corta, mas amassa, comprime, tritura, distende, torce com uma ação diferente dos instrumentos perfurantes e cortan-tes.

Solução de continuidade que interessa toda a pele e subcutâneo.

Bordos irregulares, equimose e escoriações nas margens, irregularidade do fundo com trabéculas de tecidos atravessando de um lado para o outro, mais compridas do que profundas, descoaptação dos bordos e hemorragia difusa.

Page 120: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Ferida contusa

A ferida contusa atesta a ação contundente e

raramente indica o agente.

Deixa cicatriz larga de limites anfractuosos.

Page 121: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Ferida contusa

BORDOS

IRREGULARES EQUIMOSE NAS MARGENS

TRABÉCULAS DE TECIDOS

MAIS COMPRIDAS

DO QUE PROFUNDAS

Page 122: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Ferida contusa no lábio superior

O instrumento

contundente

não corta, com-

prime, tritura,

distende, torce

com uma ação

diferente dos

instrumentos

perfurantes e

cortantes.

Page 123: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Ferida contusa

Page 124: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Ferida contusa

Page 125: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Fraturas

Solução de continuidade de estruturas duras, mineralizadas (ossos e dentes).

Causas comuns: ações contundentes e pérfuro-contundentes.

Page 126: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Tipos de fraturas ósseas:

– Exposta (comunica-se com o exterior através

de ferida cutânea) ou fechada (não se

comunica com o exterior);

– Completa (divide o osso em dois ou mais

fragmentos) ou incompleta (galho verde);

– Única, múltipla ou cominutiva;

– Patológica (surge espontaneamente, geral-

mente no osso enfraquecido);

Page 127: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Fratura craniana cominutiva com saída de

conteúdo cerebral

Page 128: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Fraturas cranianas

Page 129: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Fraturas cranianas

Page 130: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Fratura mandibular com deformidade

Page 131: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Fratura de ambas as pernas com deformidade

Page 132: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Tipos de fraturas dentárias:

– Coronárias

Atingem a coroa e são passíveis de correção.

– Radiculares

Atingem a raiz e geralmente levam à perda dentária.

Page 133: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Fratura dentária coronária

Page 134: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Fratura dentária coronária

Page 135: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Avulsão do incisivo central superior esquerdo

Page 136: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Rotura visceral

Constitui sempre perigo de vida.

a) No tórax, as roturas pulmonares estão asso-ciadas às fraturas de costelas, que penetram o órgão causando hemopneumotórax e enfisema.

A compressão ântero-posterior pode levar à ro-tura do coração e de vasos da base.

Page 137: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Rotura visceral

b) No abdome, o impacto aumenta a pressão in-tra-abdominal e as vísceras tendem a insinuar-se pelas brechas da parede.

Vísceras ocas lesionam-se mais quando cheias de líquidos ou alimentos, especialmente o duo-deno.

Page 138: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Rotura hepática

Page 139: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Rotura esplênica

Page 140: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Esmagamento

Todos os planos anatômicos de um segmento são comprimidos e distorcidos.

Produzido por agente com grande energia cinética, geralmente de grande massa.

Há partes moles extensamente laceradas, ossos com fraturas cominutivas, destruição extensa dos tecidos e perda sanguínea importante.

Síndrome do esmagamento: Insuficiência renal aguda por depósito de mioglobina nos túbulos renais.

Page 141: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Esmagamento de perna

Page 142: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Esmagamento de crânio (acidente de trânsito)

Page 143: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Queda do World Trade Center, em 11/09/2001

Page 144: 08 -  Traumatologia Forense

TRAUMATISMOS DA CABEÇA

• Traumatismo craniano

Não há comprometimento da massa encefálica.

• Traumatismo crânio-encefálico (TCE)

Há comprometimento da massa encefálica.

Page 145: 08 -  Traumatologia Forense

TRAUMATISMOS DA CABEÇA

• Comoção cerebral (encefálica)

Há sinais e sintomas de comprometimento en-cefálico, sem hemorragia perivascular intracra-niana. Ex. típico é o do boxeador nocauteado.

• Contusão cerebral (encefálica)

Há sinais e sintomas de comprometimento en-cefálico, com hemorragia perivascular intracra-niana. Pode formar hematoma intracraniano (“coágulos” dentro da cavidade craniana).

Page 146: 08 -  Traumatologia Forense

HEMORRAGIAS INTRACRANIANAS

• Extradural ou epidural

Entre o osso e a dura-máter, sempre acompanha-

da de fratura do crânio. Pode formar hematoma.

Page 147: 08 -  Traumatologia Forense

HEMORRAGIAS INTRACRANIANAS

• Subdural

Entre a dura-máter e a aracnóide, associada a

desaceleração súbita da cabeça.

Pode formar hemato-

ma e pode se apre-

sentar do lado oposto

ao impacto (mecanis-

mo de contra-golpe).

Page 148: 08 -  Traumatologia Forense

HEMORRAGIAS INTRACRANIANAS

• Subaracnóidea

Entre a aracnóide e a pia-máter, onde circula o LCR.

De origem traumática ou espontânea, por rotura de aneurisma.

Page 149: 08 -  Traumatologia Forense

HEMORRAGIAS INTRACRANIANAS

• Cerebral (derrame cerebral)

Abaixo da pia-máter.

De origem traumática ou espontânea

Page 150: 08 -  Traumatologia Forense

HEMORRAGIAS INTRACRANIANAS

Page 151: 08 -  Traumatologia Forense

AGENTES PÉRFURO-CORTANTES

Page 152: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES PÉRFURO-CORTANTES

• Instrumentos de ponta e gume, que atuam por

um mecanismo misto: penetram perfurando

com a ponta e cortam com a borda afiada.

Page 153: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES PÉRFURO-

CORTANTES

• Exemplos:

a) Com um só gume (faca peixeira, canivete);

b) Com dois gumes (punhal);

c) Com três gumes (lima, florete).

• Causam feridas pérfuro-incisas.

Page 154: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES PÉRFURO-CORTANTES

• A ferida pérfuro-incisa:

– Forma de botoeira:

• Um ângulo agudo e outro arredondado,

nos instrumentos de um só gume;

• Ambos os ângulos agudos nos instrumen-

tos com dois gumes;

Page 155: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES PÉRFURO-

CORTANTES

• A ferida pérfuro-incisa:

• Três ângulos agudos nos instrumentos

com três gumes

Page 156: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES PÉRFURO-

CORTANTES

• A ferida pérfuro-incisa:

– Profundidade maior que a largura ou o com-

primento;

– Geralmente provoca hemorragia interna;

– Os bordos, as margens e as vertentes são

semelhantes às incisas simples.

Page 157: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES PÉRFURO-

CORTANTES

• A ferida pérfuro-incisa:

– Pode ser mais profunda que o instrumento

(Lesão em Acordeão de Lacassagne).

Page 158: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES PÉRFURO-

CORTANTES

• A ferida pérfuro-incisa:

– Pode ser penetrante (abre cavidade),

transfixante (atravessa parte do corpo), e

em fundo de saco (encontra obstáculo

resistente e não vai além).

Page 159: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES PÉRFURO-

CORTANTES

• Ferida pérfuro-incisa

Page 160: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES PÉRFURO-

CORTANTES

• Ferida pérfuro-incisa

Page 161: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES PÉRFURO-CORTANTES

• Ferida pérfuro-incisa

Page 162: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES PÉRFURO-CORTANTES

• Feridas pérfuro-incisas

Page 163: 08 -  Traumatologia Forense

AGENTES CORTO-CONTUNDENTES

Page 164: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CORTO-CONTUNDENTES

• Instrumentos que, apesar do gume, são influen-

ciados pela ação contundente, quer pelo seu

próprio peso, quer pela força ativa que os ma-

neja.

• Causam feridas corto-contusas.

Page 165: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CORTO-CONTUNDENTES

• A ferida corto-contusa:

– Características das incisas mas é produzida pelo mecanismo das contusas, isto é, por pres-são sem deslizamento.

– Em regra é extensa e profunda, seccionando até os ossos que encontra pela frente.

– Se o instrumento é rombo, os bordos são irregulares, há equimoses nas adjacências e trabéculas indo de um lado a outro.

– Se o gume está afiado, os bordos são nítidos e regulares e as vertentes se coaptam perfeita-mente.

Page 166: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CORTO-

CONTUNDENTES

• Características da ferida corto-contusa:

EQUIMOSE

EQUIMOSE

BORDOS

REGULARES OU

IRREGULARES

TRABÉCULAS

PROFUNDAS

Page 167: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CORTO-

CONTUNDENTES

• Instrumentos: Machado, dentes incisivos, facões

mal amolados, rodas de trem.

• As mordidas têm características próprias:

Formação de

dois arcos de

concavidades

voltadas uma

para a outra,

onde ficam

marcadas as

impressões dos

dentes.

Page 168: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CORTO-CONTUNDENTES

• Ferida corto-contusa no braço

Page 169: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CORTO-

CONTUNDENTES

• Ferida corto-contusa em cicatrização

Page 170: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CORTO-CONTUNDENTES

• Ferida corto-contusa (mordida humana)

Page 171: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CORTO-CONTUNDENTES

• Feridas corto-contusas (mordidas humanas)

Page 172: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CORTO-CONTUNDENTES

• Feridas corto-contusas (mordidas humanas)

Page 173: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CORTO-

CONTUNDENTES

• Feridas corto-contusas (mordidas humanas)

Page 174: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CORTO-CONTUNDENTES

• Feridas corto-contusas (mordidas de cão)

Page 175: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CORTO-CONTUNDENTES

• Feridas corto-contusas (mordidas de cão)

Page 176: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CORTO-CONTUNDENTES

• Lesões corto-contusas produzidas por facão

Page 177: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CORTO-CONTUNDENTES

• Lesões corto-contusas produzidas por facão

Notam-se

fraturas com

fragmentação

óssea.

Page 178: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CORTO-

CONTUNDENTES

• Lesões corto-contusas

Page 179: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES CORTO-CONTUNDENTES

• Lesões corto-contusas produzidas por foice

Page 180: 08 -  Traumatologia Forense

AGENTES PÉRFURO-CONTUNDENTES

Page 181: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES PÉRFURO-CONTUNDENTES

• Instrumentos que perfuram e contundem ao mesmo tempo.

• Exemplos: PAF, ponta de guarda chuva, pica-dor de gelo, amolador de facas.

• Causam feridas pérfuro-contusas.

Page 182: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES PÉRFURO-

CONTUNDENTES

• A munição compõe-se de cinco partes:

– Estojo ou cápsula: Receptáculo de latão ou papelão prensado, cilíndrico, contendo os outros elementos da munição.

– Espoleta: Parte do cartucho que se destina a inflamar a carga. Constituído de fulminato de mercúrio, de sulfeto de antimônio e de nitrato de bário.

Page 183: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES PÉRFURO-

CONTUNDENTES

– Bucha: Disco de feltro, cartão, couro, borra-cha, cortiça ou metal, que separa a pólvora do projétil.

– Pólvora: Substância que explode pela com-bustão. Pode ser negra ou branca. Esta não tem fumaça. Em geral são compostas de carvão pulverizados enxofre e salitre.

Page 184: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES PÉRFURO-

CONTUNDENTES

– Projétil: O verdadeiro instrumento pérfuro-

contundente, quase sempre de chumbo nu ou

revestido de níquel ou outra liga metálica.

Page 185: 08 -  Traumatologia Forense

AÇÕES OU AGENTES PÉRFURO-CONTUNDENTES

• Características das feridas pérfuro-contusas, quando causadas por PAF:

- Orifício de entrada (bordas invertidas, orlas de contusão e enxugo, equimótica, de queimadura, de tatuagem) e, às vezes,

- Orifício de saída (geralmente maior que o orifí-cio de entrada, com bordas evertidas, irregula-res, com apenas orla equimótica).

Page 186: 08 -  Traumatologia Forense

LESÕES DE ENTRADA DO PAF

• Produzidas pelo projétil:

– Orifício

Circular ou oval, com bordas geralmente inver-

tidas e com diâmetro geralmente menor que o

do projétil (devido à elasticidade dos tecidos).

– Orla de contusão e enxugo ou escoriação

Zona em que o projétil “limpa” na pele as im-

purezas que obteve no meio ambiente. Exclu-

siva da entrada, às vezes nas vestes.

Page 187: 08 -  Traumatologia Forense

LESÕES DE ENTRADA DO PAF

• Produzidas pelo projétil:

– Orla equimótica

Quando o projétil entra na pele, rompe os

vasos sangüínos e o sangue se infiltra nos

tecidos e criando uma equimose no orifício de

entrada. Caracteriza reação vital.

– Infiltração hemorrágica ao longo do trajeto

Observada até o orifício de saída, quando

existe.

Page 188: 08 -  Traumatologia Forense

LESÕES DE ENTRADA DO PAF

Page 189: 08 -  Traumatologia Forense

LESÕES DE ENTRADA DO PAF

• Ferida pérfuro-contusa

Tiro a

distância, pois

apresenta

apenas orla de

enxugo e

equimótica.

Page 190: 08 -  Traumatologia Forense

LESÕES DE ENTRADA DO PAF

• Ferida pérfuro-contusa

Page 191: 08 -  Traumatologia Forense

LESÕES DE ENTRADA DO PAF

• Ferida pérfuro-contusa

Tiro a

distância, pois

apresenta

apenas orla de

enxugo e

equimótica.

Page 192: 08 -  Traumatologia Forense

LESÕES DE ENTRADA DO PAF

• Ferida pérfuro-contusa (tiro à distância)

Page 193: 08 -  Traumatologia Forense

LESÕES DE ENTRADA DO PAF

• Feridas pérfuro-contusas (saída e reentrada)

Page 194: 08 -  Traumatologia Forense

LESÕES DE ENTRADA DO PAF TIRO A QUEIMA-ROUPA (40/50 CM)

• Produzidas pelas chamas:

– Orla de queimadura ou chamuscamento: Zona atin-gida pelo gás aquecido, que queima a pele e pelos. Pode se limitar à roupa.

• Produzidas pela pólvora combusta:

– Orla de esfumaçamento: Resíduos da combustão, cinza ou negra. Sai com água e sabão. Pode estar apenas nas roupas.

• Produzidos pela pólvora incombusta:

– Orla de tatuagem: Zona atingida por grãos de pólvora não queimados, fragmentos de chumbo nos projéteis não encamisados. Não sai com a lavagem. Pode se limitar à roupa.

Page 195: 08 -  Traumatologia Forense

LESÕES DE ENTRADA DO PAF TIRO A QUEIMA-ROUPA (40/50 CM)

1. Orla de enxugo;

2. Orla de

contusão;

3. Zona de

esfumaçamento;

4. Zona de

tatuagem.

Page 196: 08 -  Traumatologia Forense

LESÕES DE ENTRADA DO PAF

• Quando só o projétil atinge a vítima é conside-rado disparo à distância.

• Quando mais outro elemento atinge a vítima (ou as suas vestes), temos um disparo à queima-roupa.

• A presença de qualquer um destes sinais já in-dica o disparo à queima-roupa:

– Zona de queimadura;

– Zona de esfumaçamento;

– Zona de tatuagem.

Page 197: 08 -  Traumatologia Forense

LESÕES DE ENTRADA DO PAF TIRO A QUEIMA-ROUPA (40/50 CM)

• Zonas de enxugo, contusão (ou equimótica), tatuagem e esfumaçamento.

Page 198: 08 -  Traumatologia Forense

LESÕES DE ENTRADA DO PAF TIRO A QUEIMA-ROUPA (40/50 CM)

• Zonas de enxugo, contusão (ou equimótica), tatuagem e esfumaçamento.

Page 199: 08 -  Traumatologia Forense

LESÕES DE ENTRADA DO PAF TIRO A QUEIMA-ROUPA (40/50 CM)

• Zona de tatuagem

Observa-se ainda

hematoma e ferida

contusa palpebral

e escoriações na

região frontal.

Page 200: 08 -  Traumatologia Forense

LESÕES DE ENTRADA DO PAF TIRO A QUEIMA-ROUPA (40/50 CM)

Quanto mais afastada a arma, maior é a dispersão da

tatuagem. À esquerda vemos disparo na região

occipital e à direita, na região lateral do pescoço.

Page 201: 08 -  Traumatologia Forense

LESÕES DE ENTRADA DO PAF TIRO ENCOSTADO

• Produzidos pela pressão dos gases com plano

ósseo subjacente:

– Buraco ou Câmara de Mina de Hoffmann:

Ferida estrelada com bordas solapadas e

escurecidas.

– Sinal de Bonnet: Cone com base voltada pa-

ra dentro. Indica o sentido do PAF no osso.

– Sinal de Benassi: Anel acinzentado, resídu-

os de pólvora no osso.

Page 202: 08 -  Traumatologia Forense

LESÕES DE ENTRADA DO PAF TIRO ENCOSTADO

• Buraco ou Câmara de Mina de Hoffmann

Quando a bala entra, a ferida é mais ou menos circular.

No entanto, sai muito gás no momento do tiro; a ação mecânica dele faz com que o gás "bata e volte" na superfície. Isto alarga muito a ferida e faz com que os bordos da mesma fiquem evertidos.

Este sinal é uma ferida ampla, irregular, suja, anegrada e de bordos evertidos.

Page 203: 08 -  Traumatologia Forense

LESÕES DE ENTRADA DO PAF TIRO ENCOSTADO

• Buraco de Mina de Hoffmann

Bordas

denteadas,

desarranjadas,

descolamento

dos tecidos,

com aspecto de

cratera de mina

Page 204: 08 -  Traumatologia Forense

LESÕES DE ENTRADA DO PAF TIRO ENCOSTADO

• Buraco de Mina de Hoffmann

Page 205: 08 -  Traumatologia Forense

LESÕES DE ENTRADA DO PAF TIRO ENCOSTADO

• Buraco de Mina de Hoffmann

Page 206: 08 -  Traumatologia Forense

LESÕES DE ENTRADA DO PAF

• Três lesões por PAF disparados a distância, a

queima-roupa e encostado

Page 207: 08 -  Traumatologia Forense

LESÕES DE ENTRADA DO PAF

• Sinal de Bonnet ou do Funil

Quando o projétil atravessa um osso chato (cos-

tela, esterno, etc.), ao entrar no mesmo provoca

um orifício do mesmo diâmetro seu, mas ao sair,

provoca um orifício bem maior, dando um aspec-

to de V invertido ou de um funil.

Page 208: 08 -  Traumatologia Forense

LESÕES DE ENTRADA DO PAF

• Sinal de Bonnet ou do Funil

Page 209: 08 -  Traumatologia Forense

LESÕES DE ENTRADA DO PAF

• Sinal de Bonnet

Formação

de um cone,

com a base

na tábua

interna do

crânio,

produzido

na entrada

do PAF.

Page 210: 08 -  Traumatologia Forense

LESÕES DE ENTRADA DO PAF

• Sinal de Bonnet

Page 211: 08 -  Traumatologia Forense

LESÕES DE ENTRADA DO PAF

• Sinal de Benassi

Quando o tiro é encostado e, logo embaixo, há

um osso, a fumaça “suja” o mesmo.

Também

podemos

visualizar o

Sinal de

Bonnet

Page 212: 08 -  Traumatologia Forense

LESÕES DE ENTRADA DO PAF

• Sinal de Benassi

Orifício de

entrada de

PAF

evidenciando

depósito de

fuligem nas

bordas.

Page 213: 08 -  Traumatologia Forense

LESÕES DE ENTRADA DO PAF TIRO ENCOSTADO

• Produzidos pela pressão dos gases sem plano

ósseo subjacente:

– A pele recua mas não se rompe como no cou-

ro cabeludo.

– Caso a pressão da arma contra a pele seja

pequena vê-se um esfumaçamento raiado.

Page 214: 08 -  Traumatologia Forense

LESÕES DE ENTRADA DO PAF TIRO ENCOSTADO

A equimose decalca o

desenho do cano.

Ocorre a infiltração de

gases no subcutâneo e

praticamente não se

forma a zona de

tatuagem.

O diâmetro do orifício

costuma ser maior que

o diâmetro do projétil.

Page 215: 08 -  Traumatologia Forense

LESÕES DE ENTRADA DO PAF TIRO ENCOSTADO

• Sinal de Pupe ou Sinal do Anel

Ocorre porque, após uma série de disparos, o cano da arma fica muito quente.

Sendo assim, ao dar um tiro encostado na víti-ma, ele deixa uma queimadura no formato do cano.

Page 216: 08 -  Traumatologia Forense

Marca da alça de mira

LESÕES DE ENTRADA DO PAF TIRO ENCOSTADO

Sinal de Pupe

Werkgaertner:

Impressão da boca do

cano da arma causada

pelo calor, que logo se

apergaminha.

Page 217: 08 -  Traumatologia Forense

LESÕES DE ENTRADA DO PAF

• Produzidos pela bucha (presentes em cartuchos de múltiplos balins)

– Atingem cerca de 7 m.

– Algumas buchas plásticas se abrem em cruz.

– Lesão não coincidente com o orifício.

Page 218: 08 -  Traumatologia Forense

LESÕES DE ENTRADA DO PAF

• Lesões produzidas por bucha de espingarda

Page 219: 08 -  Traumatologia Forense

LESÕES DE ENTRADA DO PAF PAF MODIFICADO

• Balas DumDum

Page 220: 08 -  Traumatologia Forense

LESÕES DE ENTRADA DO PAF PAF MODIFICADO

• Balas explosivas

Faz-se um pequeno orifício na ponta do PAF. Põe-se uma gota de mercúrio ou glicerina no furo e fecha-se a bala com chumbo derretido.

• Após o disparo, a carga líquida, com a aceleração, se comprime para trás; quando a bala atinge o alvo, a substância se expande para frente, o líquido empurra a ponta da bala. Com isso, a bala se fragmenta tal qual uma granada, podendo causar ferimentos gravíssimos em um raio de até 20 cm a partir do ponto de impacto.

Page 221: 08 -  Traumatologia Forense

LESÕES DE ENTRADA DO PAF PAF MODIFICADO

• Balas explosivas

Page 222: 08 -  Traumatologia Forense

LESÕES DE SAÍDA DO PAF

• O orifício de saída:

– É geralmente maior que o orifício de entrada;

– Tem formato estrelado, em fenda ou circular;

– Apresenta bordas evertidas;

– Tem orla equimótica;

– Pode ter escoriação, caso comprima a pele contra anteparo;

– Pode haver mais saídas que projéteis (frag-mentação, esquírolas ósseas / dentárias).

Page 223: 08 -  Traumatologia Forense

LESÕES DE SAÍDA DO PAF

• Ferida pérfuro-contusa

Page 224: 08 -  Traumatologia Forense

LESÕES DE SAÍDA DO PAF

• Orifício de saída de PAF na região pré-auricular

Page 225: 08 -  Traumatologia Forense

LESÕES DE SAÍDA DO PAF

• Orifício de saída de PAF. Fratura óssea com

bisel voltado para fora.

Page 226: 08 -  Traumatologia Forense

LESÕES DE ENTRADA E SAÍDA DO PAF

• Trajeto de PAF transfixante em antebraço

Page 227: 08 -  Traumatologia Forense

LESÕES DE ENTRADA E SAÍDA DO PAF

• Orifícios de entrada e saída de PAF em ossada

No temporal esquerdo, evidencia-se orifício de entrada

de PAF. No lado direito, observa-se a lesão pérfuro-

contusa produzida na saída desse projétil, atingindo a

asa maior do esfenóide e o zigomático.

Page 228: 08 -  Traumatologia Forense

LESÕES DE ENTRADA DO PAF

• Tiro tangencial

Page 229: 08 -  Traumatologia Forense

LESÕES DE ENTRADA DO PAF

• Orifício de entrada tangencial

Page 230: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM MECÂNICA

• Lesão pulmonar por PAF

Page 231: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM MECÂNICA

• Lesões hepáticas e pulmonar por PAF

Page 232: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM MECÂNICA

• Lesões na parede torácica e pulmonar por PAF

Page 233: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA TERMONOSES

• Quadros resultantes da ação do calor difuso

sobre o corpo humano.

• São danos orgânicos ou morte provocados pela:

– Insolação

– Intermação.

• Ambas são agressões ao organismo causadas

pela ação prolongada do calor.

Page 234: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA TERMONOSES

• A insolação se deve à ação direta dos raios so-lares sobre a pessoa. É mais freqüente.

• A intermação ocorre com a ação do calor, tanto de origem solar indireta (locais abrigados), quanto por outras fontes, como aquecedores, saunas, fundições, caldeiras.

• Ocorrem sobretudo após esforços musculares intensos.

Page 235: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA TERMONOSES

• São mais sensíveis:

– Crianças, especialmente os bebês;

– Idosos;

– Gestantes;

– Trabalhadores em áreas expostas ao calor seco ou ao calor úmido com baixa ventilação

– Pessoas com roupas pesadas ou que rete-nham a umidade

– Pessoas na praia por muito tempo, sob o guarda-sol em horários de pico.

Page 236: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA TERMONOSES

• Manifestações clínicas:

– Falta de ar (a vítima parece sufocada);

– A vítima fica desacordada e pálida;

– Temperatura elevada do corpo;

– Extremidades quentes e arroxeadas;

– Cefaléia, náuseas e vômitos;

– Rosto avermelhado;

– Pele quente e seca;

– Pulso rápido;

– Podem ocorrer queimadura e desidratação pela perda de sais no suor, ou em casos mais intensos, convulsões e mesmo a morte.

Page 237: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA QUEIMADURAS

• Lesões produzidas por ação de agentes físicos térmicos, tais como:

– Fogo;

– Líquidos;

– Vapores;

– Sólidos aquecidos;

– Eletricidade;

– Raios solares, infravermelhos, ultra-violetas, laser, raios X, raios gama, nêutrons;

– Agentes químicos (produtos corrosivos ou inflamáveis).

Page 238: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA QUEIMADURAS

• Podem ser de:

– 1º grau (eritema)

– 2º grau (flictenas)

– 3º grau (escarificação)

– 4º grau (carbonização)

• As flictenas produzidas num cadáver são vazias, ao contrário das feitas intra vitae, que possuem plasma.

• Nas mortes por queimadura in vivo, observam-se queimaduras e fuligem na orofaringe.

Page 239: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA QUEIMADURAS

Page 240: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA QUEIMADURAS

• Queimaduras por cigarro em diversas fases de evolução (maus tratos continuados)

Page 241: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA QUEIMADURAS

• Queimaduras por cigarro

Page 242: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA QUEIMADURAS

• Queimaduras por cigarro

Page 243: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA QUEIMADURAS

• Queimaduras com borda metálica de isqueiro aquecido

Page 244: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA QUEIMADURAS POR CALOR DIRETO (FOGO)

• A severidade da lesão depende da intensidade do calor e da duração do tempo de exposição.

• A temperatura do fogo difere conforme o materi-al queimado.

• A combustão de certas substâncias químicas atingem rapidamente alguns milhares de graus, enquanto incêndios domésticos raramente excedem 600 a 700 °C.

Page 245: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA QUEIMADURAS POR CALOR DIRETO (FOGO)

• É incomum que um corpo de adulto queime completamente em incêndios, sem deixar vestí-gios, ao contrário de crianças até os primeiros anos de vida.

• A obesidade e as vestes contribuem para apres-sar e tornar mais completa a destruição de um corpo pelo fogo.

• Artigos utilizados de forma mais justa ao corpo, como cintos, meias e sapatos, preservam a pele subjacente devido à exclusão do ar.

Page 246: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA QUEIMADURAS POR CALOR DIRETO (FOGO)

• Em incêndios domésticos devastadores um cor-

po pode ser carbonizado em menos de 20 min.

• Sob uma temperatura de 700ºC, o gradeado

costal, o esqueleto facial e os ossos dos braços

são expostos em cerca de 20 min.

• A queima completa das partes moles das coxas

e dos ossos das pernas não ocorrerão antes

dos 35 minutos.

Page 247: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA QUEIMADURAS POR CALOR DIRETO (FOGO)

• A utilização de querosene ou gasolina sobre o corpo, pode apresentar irregularidade na carbo-nização, com severidade desproporcional entre os segmentos corporais.

• Se o tecido adiposo entrar em combustão, uma prolongada e lenta queima pode causar severo dano ao esqueleto, incluindo amputação.

• Os ossos carbonizados podem apresentar fratu-ras com traços encurvados.

• Os corpos calcinados (tão queimados que viram cinzas) são impossíveis de serem identificados. Nem mesmo por exames de DNA, já que a carbonização extrema destrói todo o material genético.

Page 248: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA QUEIMADURAS POR CALOR DIRETO (FOGO)

• A morte pelo fogo pode ser:

– Imediata (morte no local): Pode ocorrer tanto

por lesão térmica direta sobre o corpo (quei-

madura), como pela inalação de fumaça, o

que ocorre mais freqüentemente.

– Tardia (nos primeiros três dias): Causada por

choque, perdas líquidas ou falência respirató-

ria aguda causada por inalação de gases que

produzem lesão na árvore respiratória.

Page 249: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA QUEIMADURAS POR CALOR DIRETO (FOGO)

• A lesão por inalação de fumaça ou de gases aquecidos representa a principal causa de mor-talidade entre as vítimas do fogo.

• Processos que produzem a morte no local:

– Envenenamento por cianeto liberado na quei-ma de materiais sintéticos (nylon, seda, lã, poliuretano);

– Parada respiratória, através de laringobronco-espasmo, ou de reflexo vagal, ou ainda por choque pela inalação de calor (gases aque-cidos).

Page 250: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA QUEIMADURAS POR CALOR DIRETO (FOGO)

– Deficiência de oxigênio devido ao elevado consumo do componente atmosférico pelo fenômeno da combustão;

– Choque causado pela redistribuição do volu-me dos líquidos do sangue produzido pela lesão direta da pele;

– Rigidez torácica produzida pela lesão térmi-ca direta sobre o tronco;

– Outras causas naturais e não naturais.

Page 251: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA QUEIMADURAS POR CALOR DIRETO (FOGO)

• A explicação etiopatogênica para os óbitos:

– Distúrbios eletrolíticos conseqüentes;

– Anafilaxia;

– Produtos de destruição na circulação;

– Choque neurogênico causado pela dor;

– Embolia disseminada devido ao aumento da viscosidade sangüínea;

– Insuficiência renal devida à nefrose tubular aguda;

– Pneumonia e septicemia.

Page 252: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA QUEIMADURAS POR CALOR DIRETO (FOGO)

• Lesão produzida por calor direto (fogo)

Flexão do punho,

conseqüente à severa

contratura dos grupos

flexores musculares. Vê-

se desprendimento dos

tecidos das extremidades

dos dedos.

Page 253: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA QUEIMADURAS POR CALOR DIRETO (FOGO)

• Corpos que sofrem extensa carbonização apre-sentam-se na atitude de boxeador, devido à contração muscular produzida pelo calor.

• A pele pode apresentar rupturas.

• Quando a pele é completamente destruída, a exposição das camadas musculares pode mos-trar, também, rupturas.

Page 254: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA QUEIMADURAS POR CALOR DIRETO (FOGO)

• Postura de boxeador

Page 255: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA QUEIMADURAS POR CALOR DIRETO (FOGO)

• Postura de boxeador

Page 256: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA QUEIMADURAS POR CALOR DIRETO (FOGO)

• Postura de boxeador

Page 257: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA QUEIMADURAS POR CALOR DIRETO (FOGO)

• Lesão produzida pelo fogo

Page 258: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA QUEIMADURAS POR CALOR DIRETO (FOGO)

• Presença de hematoma extradural (ou epidu-ral) de origem postmortem, com coloração mar-rom achocolatada, com aspecto friável em favo-de-mel. São extensos, espessos, e comumente ocupam a áreas frontais e temporais.

Page 259: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA QUEIMADURAS POR CALOR DIRETO (FOGO)

• Catarata ocorre com temperaturas de 60 a 70ºC, devido à coagulação das proteínas do cristalino.

• Língua protrusa devido à retração da pele da fa-ce, devido à desidratação.

• Dentes e materiais de dentística reparatória, por serem muito resistentes ao calor, são importan-tes elementos para fins de identificação.

• Vias aéreas superiores com lesões causadas por gases tóxicos da fumaça e partículas de carvão recobertas por aldeídos e ácidos orgânicos.

Page 260: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA QUEIMADURAS POR CALOR DIRETO (FOGO)

• Nas vítimas conscientes, a depressão respira-tória e o laringoespasmo, resultante de irritação das vias aéreas, funcionam como mecanismo protetor da exposição excessiva a essas subs-tâncias.

• Nas vítimas inconscientes, ocorre perda des-sa proteção com resultante lesão mais severa das vias aéreas inferiores.

Page 261: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA QUEIMADURAS POR CALOR DIRETO (FOGO)

• No tronco, independentemente da severidade da destruição da superfície corporal, os órgãos encontram-se preservados permitindo serem avaliados na autópsia.

• Tecidos e fluidos corporais podem ser utilizados para análises toxicológicas.

Page 262: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA QUEIMADURAS POR CALOR DIRETO (FOGO)

• Lesão produzida por fogo

Page 263: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA QUEIMADURAS POR CALOR DIRETO (FOGO)

• O peso e a altura do cadáver carbonizado estão

alterados devido ao dessecamento dos tecidos,

às fraturas do esqueleto e à pulverização dos

discos intervertebrais.

• Completa destruição dos tecidos moles da face

e da calvária, onde se pode observar, na tábua

óssea externa, uma fina rede de fraturas pelo

calor, podendo mesmo esta camada externa

sofrer fragmentação e estar ausente.

Page 264: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA QUEIMADURAS POR CALOR DIRETO (FOGO)

• Lesões produzidas pelo fogo

O crânio mostra

sinais da ação do

fogo, como área de

fratura espontânea

(post mortem),

decorrente da

elevada temperatura

a que foi submetido.

Page 265: 08 -  Traumatologia Forense

GELADURAS

Page 266: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA GELADURAS

• A exposição prolongada à baixa temperatura pro-duz lesões:

– Locais: Devidas à vasoconstrição inicial e à vasodilatação paralítica posterior, levando a necrose, principalmente de extremidades (nariz, orelhas, dedos).

– Sistêmicas: Conseqüentes a isquemia e con-gestão, compensadoras da alteração vascular periférica, levando à cefaléia, sonolência, cãibras, oligúria e enfarto.

Page 267: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA GELADURAS

• Classificação:

– 1° grau: Palidez ou cianose transitória segui-

do de eritema no momento do reaquecimen-

to, diminuição da sensibilidade e cura em

alguns dias;

– 2° grau: Anestesia completa, flictenas sero-

hemáticas e um edema a montante;

– 3° grau: Necrose ou gangrena.

• Seqüelas: Perda de membros ou de órgãos

cartilaginosos.

Page 268: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA GELADURAS

• Flictenas sero-hemáticas e edema a montante

Page 269: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA GELADURAS

• Flictenas e gangrena

Page 270: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA ELETRICIDADE

• A eletricidade artificial pode causar:

- Eletroplessão, quando acidental;

- Eletrocussão, quando proposital (cadeira elétrica, por exemplo).

• A eletricidade natural (cósmica) pode causar:

- Fulminação, quando age letalmente;

- Fulguração, quando apenas provoca lesões corporais.

Page 271: 08 -  Traumatologia Forense

ELETROCUSSÃO

Page 272: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA ELETROCUSSÃO OU ELETROPLESSÃO?

• Eletrocutar vem do Inglês electrocute, soma de [electr-] + [-cute] (o final de execute, "executar"), um neologismo criado em 1889.

• Originariamente, tinha o significado específico de "executar um criminoso por eletricidade".

• À medida que a eletricidade se difundiu, o verbo passou a ser usado para designar qualquer morte causada por descarga elétrica.

• Electrocution passou a servir para qualquer morte por eletricidade - acidentais, suicídio, homicídio.

Page 273: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA ELETROCUSSÃO OU ELETROPLESSÃO?

• Na Itália, equipamentos elétricos trazem etique-tas que alertam "pericolo di elettrocuzione".

• Na França, manuais dizem que desfibriladores e bisturis elétricos podem "électrocuter" pacien-tes ou membros da equipe.

• Na língua portuguesa, houve reações conserva-doras contra eletrocussão e os opositores cria-ram "eletroplessão", [eletro] + [plessão] (do Grego plessein, "ferir"), adotado por muitos médicos legistas, que reservam eletrocussão especificamente para a morte na cadeira elétri-ca.

Page 274: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA ELETROCUSSÃO OU ELETROPLESSÃO?

• No Aurélio, os dois sentidos de eletrocussão são registrados: tanto a execução penal quanto a simples morte por eletricidade.

• No Dicionário Médico, de Rodolpho Paciornik, vemos "Eletrocussão [De eletro + execução] - O ato de matar por meio de uma corrente elétri-ca. Poderá ser acidental ou no cumprimento de uma sentença legal de pena de morte".

• O INSS e os organismos de controle de aciden-tes de trabalho falam só de eletrocussão.

Page 275: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA ELETROCUSSÃO OU ELETROPLESSÃO?

• Portanto, adotemos o termo eletrocussão tanto para as lesões, como para a morte acidental ou proposital causadas pela eletricidade artificial.

• Caso contrário teremos que dizer, também, que o indivíduo morreu eletroplessado...

Page 276: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA EFEITOS DA CORRENTE ELÉTRICA

• São térmicos, mecânicos, químicos.

• Devem-se ao calor que se desprende pela pas-sagem da corrente elétrica através do condutor, que se expressa pelo Efeito Joule (o calor pro-duzido é diretamente proporcional à intensida-de, à resistência e à duração do contacto).

Page 277: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA ELETROCUSSÃO

• A ausência de lesões características no exame interno, nos obrigam a fazer um exame externo do cadáver bem cuidadoso.

• Em alguns casos podem, também, não estar presentes no exame externo.

• A lesão externa mais característica é a Marca Elétrica de Jellinek. Mas a freqüência de sua aparição não é muito alta.

Page 278: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA ELETROCUSSÃO

• A Marca Elétrica de Jellineck resulta da faísca elétrica que salta do condutor para a pele, antes de se estabelecer o perfeito contacto entre esta e aquele.

• Ela reproduz a forma do objeto condutor.

• Tem uma cor branco-amarelada e uma consis-tência dura, com ausência de sinais inflamatóri-os e dor, com profundidade variável.

Page 279: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA ELETROCUSSÃO

• As lesões externas secundárias são:

– Queimaduras de 1º, 2º ou 3º grau, devidas ao

Efeito Joule. Dependem do trajeto da corrente

elétrica e da duração do contacto.

– Metalizações (impregnação da pele por pe-

quenas partículas metálicas), devidas à fundi-

ção e vaporização do condutor na zona de

contacto.

Page 280: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA ELETROCUSSÃO

• Também podem ser observados:

– Oftalmia elétrica (acompanhada de catarata);

– Lesões nervosas (neurites, parestesias, atro-

fias musculares, paralisia);

– Lesões vasculares (fragilidade);

– Lesões ósseas (pérolas de fosfato de cálcio,

encontradas no local do acidente).

Page 281: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA EFEITOS GERAIS DA CORRENTE ELÉTRICA

• A causa da morte:

– Fibrilação ventricular, na maior parte dos ca-sos (palidez facial) ou

– Paralisia respiratória por tetanização do dia-fragma e dos músculos intercostais (aspecto cianótico).

Page 282: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA ELETROCUSSÃO

• Queimaduras no antebraço, com destruição da

pele e tecido muscular.

Page 283: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA ELETROCUSSÃO

• Descarga de alta voltagem (40 mil volts) com

trajeto braço-braço. Primeiro dia pós-trauma.

Page 284: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA ELETROCUSSÃO

• Queimaduras nos dedos

Page 285: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA ELETROCUSSÃO

• Marca elétrica de Jellinek

Page 286: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA ELETROCUSSÃO

• Marca elétrica de Jellinek

Page 287: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA ELETROCUSSÃO

• Marca elétrica de Jellinek

Page 288: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA ELETROCUSSÃO

• Marca elétrica de Jellinek

Page 289: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA ELETROCUSSÃO

• Marca elétrica de Jellinek

Page 290: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA ELETROCUSSÃO

• Forma dos condutores elétricos

Page 291: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA ELETROCUSSÃO

• Forma do condutor elétrico

Page 292: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA ELETROCUSSÃO

• Queimaduras

Page 293: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA ELETROCUSSÃO

• Marca elétrica de Jellinek

Page 294: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA ELETROCUSSÃO

• Marca elétrica de Jellinek

Page 295: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA ELETROCUSSÃO

• Ferida de saída da corrente

Page 296: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA ELETROCUSSÃO

• Os efeitos da corrente elétrica contínua de 60 Hertz, no organismo humano:

CORRENTE CONSEQUÊNCIA

1 mA Apenas perceptível

10 mA "Agarra" a mão

16 mA Máxima tolerável

20 mA Parada respiratória

100 mA Ataque cardíaco

2 A Parada cardíaca

3 A Morte

Page 297: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA ELETROCUSSÃO

• Um caso de eletrocussão

Page 298: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA FULMINAÇÃO FULGURAÇÃO

Page 299: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA FULMINAÇÃO FULGURAÇÃO

• A eletricidade natural (cósmica) pode causar:

- Fulminação, quando age letalmente;

- Fulguração, quando apenas provoca lesões

corporais.

• Em Espanhol, fulguración é a morte por eletrici-

dade natural.

Page 300: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA FULMINAÇÃO FULGURAÇÃO

• Queimaduras no pavilhão auricular e chamusca-

mento de cabelos

Page 301: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA FULMINAÇÃO FULGURAÇÃO

• Queimaduras no dorso

Page 302: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA FULMINAÇÃO FULGURAÇÃO

• Congestão conjuntival (óbito por fulminação)

Page 303: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA FULMINAÇÃO FULGURAÇÃO

• Sinal de Lichtemberg ou Sinal da Samambaia

É o ponto de contato da energia atmosférica com

o corpo.

Com a queimadura ficam evidentes as ramifica-

ções dos nervos e vasos subcutâneos (“arboriza-

ções” ou “figuras dendríticas”).

Assim podemos ver o caminho que a corrente

percorreu no corpo da vítima.

Page 304: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA FULMINAÇÃO FULGURAÇÃO

• Sinal ou Figura de Lichtemberg (keraunografismo)

Page 305: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA FULMINAÇÃO FULGURAÇÃO

• Sinal ou Figura de Lichtemberg

Page 306: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA FULMINAÇÃO FULGURAÇÃO

• Sinal ou Figura de Lichtemberg

Page 307: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA FULMINAÇÃO FULGURAÇÃO

• Queimadura pontilhada e em forma de samam-

baia devidas a um raio

Page 308: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA FULMINAÇÃO FULGURAÇÃO

• Queimaduras pontilhadas no MIE

Page 309: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA FULMINAÇÃO FULGURAÇÃO

• Queimaduras na face posterior do MIE

Page 310: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA FULMINAÇÃO FULGURAÇÃO

• Fulguração

Page 311: 08 -  Traumatologia Forense

HIPO E HIPERBARISMO

Page 312: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA HIPO E HIPERBARISMO

• Para que a hematose seja normal, é necessá-rio que, no alvéolo pulmonar, a pressão total de O2, N e CO2 esteja em torno de 713 mm Hg, ao nível do mar.

• Como a pressão parcial de cada gás sofre as variações da pressão total, concluímos que a pressão atmosférica aumenta ou diminui a concentração de O2, N e CO2 no sangue, à medida que ela se eleva ou abaixa.

Page 313: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA HIPO E HIPERBARISMO

• A pressão atmosférica está:

- Diminuída: Nas grandes altitudes.

- Aumentada: Debaixo da água ou em túneis.

• O interesse da hipo e hiperpressão está relacio-

nado com a infortunística da marinha e da

aeronáutica.

Page 314: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA HIPOBARISMO

• Pressão atmosférica diminuída

Page 315: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA HIPOBARISMO

• Ocorre nas grandes altitudes e em ambientes de pressão muito baixa.

• A hematose torna-se difícil e impossível, sobre-vindo o Mal das Montanhas.

• Sintomas: Taquicardia, fadiga, falta de ar, tontu-ra, cefaléia, insônia, vômitos, diarréia, confusão, tosse, pupilas de diferentes tamanhos, epista-xes, diminuição do grau de consciência.

• Convulsões acima de 5.400 m. e coma, acima de 7.000 m.

Page 316: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA HIPERBARISMO

• Pressão atmosférica aumentada

Page 317: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA HIPERBARISMO

• Ocorre debaixo da água ou em túneis subterrâ-neos.

• Produz o Mal dos Caixões, com sintomas de intoxicação pelo:

– O2: Depressão do centro respiratório, teta-nia, espasmos, coma;

– N: Embriaguez;

– CO2: Dores nos seios paranasais e ouvidos.

Page 318: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA HIPERBARISMO

• A descompressão brusca produz fenômenos

embólicos, com os seguintes sintomas:

– Dores articulares;

– Equimoses generalizadas;

– Surdez;

– Paraplegia;

– Afasia;

– Paralisia dos nervos cranianos;

– Coma e morte.

Page 319: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA RADIOATIVIDADE

Page 320: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA RADIOATIVIDADE

• Os Raios X, o Rádio e a desintegração atômica

produzem lesões agudas e crônicas.

• As agudas (radiodermites), com a repercussão

local e geral, são:

– Eritematosas (1º grau)

– Papulosas (2º grau)

– Ulcerosas (3º grau).

• Nas radiodermites há necrose constante, sem

cicatrização e os pelos caem definitivamente.

Page 321: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA RADIOATIVIDADE

• As crônicas são:

– Localizadas: Úlcera atrófica teleangiectásica

e neoplásica;

– Generalizadas: Digestiva, cardíaca, estereli-

zantes e ginecológica.

Page 322: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA LUZ E SOM

• Comprometem principalmente os órgãos dos sentidos, como a visão e a audição.

Page 323: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA SOM

• Pelo menos 50 mil pessoas morrem anualmente

na União Européia devido a ataques cardíacos

causados pelo excesso de ruído rodoviário ou

ferroviário.

• De acordo com a OMS, a partir de 55 decibéis,

o ruído ambiental começa a ter efeitos negativos

sobre os humanos.

Page 324: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA SOM

• Os principais problemas relacionados com o

excesso de ruído:

– Redução da capacidade auditiva;

– Perturbação do sono;

– Interferência com a comunicação;

– Redução da concentração e aprendizagem;

– Hipertensão e isquemia;

– Gastrite.

Page 325: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA LUZ

• O excesso de luz pode prejudicar a vista

Page 326: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA LUZ

• Pessoas mais expostas à luz solar têm uma maior tendência a desenvolverem algumas doenças oculares.

• Os raios ultravioletas (UV) são o componente da luz solar mais implicados no desenvolvimento destas doenças.

Page 327: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA LUZ

• Certas pessoas são mais atingidas pela radia-ção UV:

– Aquelas que, por questões profissionais, estão mais expostas ao sol;

– As que vivem junto à praia (onde há maior reflexo de luz solar na água e na areia);

– As que vivem perto do Equador;

– As que vivem em zonas mais elevadas.

Page 328: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM QUÍMICA CÁUSTICOS

• As lesões por agentes químicos podem ser

causadas por ácidos ou bases (álcalis).

• A lesão produzida pelo ácido sulfúrico (água de

vitríolo) consagrou-se como vitriolagem, termo

empregado genericamente para qualquer lesão

produzida por ácidos.

• As lesões por agentes químicos também podem

ser internas, principalmente no trato digestivo

superior e na árvore traqueobrônquica.

Page 329: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM QUÍMICA CÁUSTICOS

• Vitriolagem

Page 330: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM QUÍMICA CÁUSTICOS

• Vitriolagem

Page 331: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM QUÍMICA CÁUSTICOS

• Vitriolagem

Page 332: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM QUÍMICA CÁUSTICOS

• Vitriolagem

Page 333: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM QUÍMICA VENENOS

• São substâncias que, introduzidas pelas mais diversas vias no organismo, danificam a vida ou a saúde.

• A ciência que estuda os envenenamentos é a Toxicologia.

Page 334: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICO-QUÍMICAS ASFIXIAS

• Asfixia é a síndrome caracterizada pelos efei-tos da ausência do oxigênio no aparelho respi-ratório.

• É a “falta de ar”, a falta de oxigenação tecidu-al.

• Pode ser produzida por meios mecânicos (ins-trumentos), meios patológicos (doenças), meios químicos (gases tóxicos), meios mistos (líquidos e/ou sólidos) e meios elétricos.

• Serão estudadas num capítulo à parte.

Page 335: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM BIOQUÍMICA PERTURBAÇÕES ALIMENTARES

• Inanição: Depauperamento orgânico produzi-

do pela redução ou privação de alimentos.

• Doenças carenciais: Alimentação insuficiente

ou carência de elementos indispensáveis, co-

mo as vitaminas.

• Intoxicações alimentares: Ingestão de ali-

mentos deteriorados ou contaminados.

Page 336: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM BIOQUÍMICA PERTURBAÇÕES ALIMENTARES

• Inanição

Page 337: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM BIOQUÍMICA AUTO-INTOXICAÇÕES E INFECÇÕES

Auto-intoxicações

Perturbações orgânicas originárias da transfor-mação química e da elaboração de substân-cias perniciosas na própria constituição física do indivíduo, por deformação endógena ou eliminação defeituosa.

Infecções

As infecções podem ser locais (abcessos, flei-mões, celulites, erisipelas, peritonites, empie-mas, etc.) ou gerais (septicemia).

Page 338: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM BIODINÂMICA CHOQUE

• É a perfusão tissular inadequada, devido à di-minuição do volume circulante, por perda san-guínea ou lesão traumática neurogênica, ou tóxica da micro e da macrocirculação.

• Pode ser desencadeado pelas hemorragias e queimaduras, lesões elétricas e cáusticas, politraumatismos e intoxicações.

Page 339: 08 -  Traumatologia Forense

ENERGIAS DE ORDEM MISTA

Fadiga

Doenças parasitárias

Sevícias

Page 340: 08 -  Traumatologia Forense

LESÕES ESPECIAIS

Decapitação (separação do polo cefálico)

Page 341: 08 -  Traumatologia Forense

LESÕES ESPECIAIS

• Decapitação

Page 342: 08 -  Traumatologia Forense

LESÕES ESPECIAIS

• Decapitação (Rebelião Febem, 2001)

Page 343: 08 -  Traumatologia Forense

LESÕES ESPECIAIS

• Decapitação (Rebelião Febem, 2001)

Page 344: 08 -  Traumatologia Forense

LESÕES ESPECIAIS

• Esquartejamento

Page 345: 08 -  Traumatologia Forense

LESÕES ESPECIAIS

• Esquartejamento

Page 346: 08 -  Traumatologia Forense

LESÕES ESPECIAIS

• Esquartejamento (acidente aéreo)

Page 347: 08 -  Traumatologia Forense

LESÕES ESPECIAIS

Empalamento

Page 348: 08 -  Traumatologia Forense

LESÕES ESPECIAIS

Empalamento