07/02/2015 - jornal semanário - edição 3.102

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BENTO GONÇALVES Sábado 7 DE FEVEREIRO DE 2015 ANO 48 N°3102 R$ 3,00 www.jornalsemanario.com.br Páginas 12 e 13 Dinheiro público Quanto os prefeitos gastam em viagens O gabinete do prefeito de Pinto Bandeira excedeu média de valores na comparação com outros municípios Valorização profissional Empresa terceirizada e Prefeitura não apontam solução para a baixa remuneração e a crise ganhou o âmbito Legislativo Páginas 16 e 17 Atendentes de creche clamam por valorização CRISTIANO MIGON

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07/02/2015 - Jornal Semanário - Edição 3.102 - Bento Gonçalves/RS

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Page 1: 07/02/2015 - Jornal Semanário - Edição 3.102

BENTO GONÇALVESSábado7 DE FEVEREIRO DE 2015ANO 48 N°3102 R$ 3,00 www.jornalsemanario.com.br

Páginas 12 e 13

Dinheiro público

Quanto os prefeitos gastam em viagensO gabinete do prefeito de Pinto Bandeira excedeu média de valores na comparação com outros municípios

Valorização profissional

Empresa terceirizada e Prefeitura não apontam solução para a baixa remuneração e a crise ganhou o âmbito Legislativo

Páginas 16 e 17

Atendentes de creche clamam por valorização

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A água não sai das torneiras e a crise chega com proporção de enchenteA falta de água e de recursos no Brasil é um problema

que até pouco tempo não era levado a sério por parte de autoridades ou então era algo que acontecia e se fazia que não via. Mas 2015 é o ano de mudanças financeiras im-portantes, com reajustes em tarifas e economia para todos os lados e a crise da água não pode mais ficar em segundo plano, especialmente porque se concentra nos maiores centros urbanos do País, São Paulo e Rio de Janeiro.

Além de afetar a vida de pessoas diretamente, as indús-trias, empresas e até o comércio está sendo afetado, uma vez que é preciso se reinventar para atender as demandas, antes diárias. Com a falta de água, também temos pro-blemas com as hidrelétricas, portanto o abastecimento de energia elétrica também oscila, trazendo mais um gargalo de produção. As empresas ficam menos produtivas e com isso passam a perder clientes ou ter prejuízos maiores, já que precisam investir mais para manter o mesmo padrão, sem que isso afete no preço final.

Essa crise se dá, em grande parte, pelo crescimento de-sordenado das cidades e pela falta de planejamento dos estados brasileiros, além da falta de consciência e conhe-cimento dos consumidores em desenvolvimento susten-tável. Hoje a Agência Nacional de Águas busca investir R$ 5,6 milhões para financiar projetos de proteção de mananciais e pagamento de serviços ambientais, com o intuito de tentar recuperar o que foi perdido nesses mui-tos anos de desordem, uma vez que uma parcela do pro-blema está em áreas de afluentes que viraram moradias irregulares, além de pastos.

Há muitos anos se sabe que o nordeste do país sofre com períodos de seca, porém hoje essa situação se trans-portou para outros locais do país. Em São Paulo a crise está tamanha que estuda-se um planejamento de rodízio

de água, com possivelmente 5 dias de seca para 2 de abas-tecimento. A grande questão é que existem serviços que não podem ficar sem água, como os hospitais, postos de saúde, escolas, então seria preciso uma medida um pouco menos radical, sem contar que as cidades e as empresas de abastecimento, ainda não estão preparadas para esse sistema de rodízio. Os restaurantes estão desembolsando mais dinheiro com a contratação de caminhões pipa dia sim e dia não. Prefeitos de 30 cidades pedem um comitê de crise, que estabeleça medidas a serem adotadas, que consigam se sustentar com a quantidade de chuvas.

Nos Estados Unidos, a Califórnia conseguiu economi-zar com uma política que visa evitar desperdícios, com multas para as pessoas que passarem da cota diária. Além disso, existem políticas de rodízio para regar plantas e ou-tras possíveis saídas. O grande passo é cada um se cons-cientizar do problema e adotar as pequenas economias, como fechar a torneira para escovar os dentes, ensabo-ar todas as louças e só depois abrir a torneira para lavar, banhos mais curtos e medidas de reaproveitamento da água, usando a criatividade. Além disso é preciso que as cidades desde agora planejem investimentos para trata-mentos eficazes de esgoto, fazendo com que esses dejetos sejam totalmente purificados e devolvidos para as tornei-ras, porém são demandas que requerem recursos finan-ceiros elevados, que já afetam outro vespeiro.

Artigo

O texto para esta seção deve conter aproximadamente 2.500 caracteres, incluindo os espaços, e ser enviado para o endereço de e-mail [email protected]

LUCIANO DUARTE PERES Especialista em direito financeiro

Ainda e sempre o erárioEditorial

O Semanário deste sábado traz leitura que pode não ser a mais aprazível para um final de semana de verão. Aliás, quem está curtindo férias e o dolce far niente talvez de-vesse mesmo se desligar dos meios de comunicação sob o risco de em não o fazendo, cair em melancolia. Afinal, são inúmeras as notícias desalentadoras. De “petrolão” e propinas é que vêm se alimentando as editorias de revis-tas, rádios jornais e canais de TV. Os números assustam e são cada vez mais astronômicos.

Em Bento Gonçalves, as notícias neste sentido, de malversação de dinheiro pú-blico, parecem ter sido esgotadas – isto, pelo menos, até que o Judiciário come-ce a se pronunciar. Mas há outras situa-ções mal resolvidas. Numa delas, mais especificamente e apesar das férias de algumas peças chaves, o Jornal procura elucidar a situação das atendentes de creche das escolas municipais.

Há uma promessa, uma desatenção e uma série de demissões que precisam ser melhor explicadas a fim de que se chegue a um ponto de convergência que favoreça as partes envolvidas. Parece não pairar qualquer dúvida quanto a uma questão: a má remuneração não interes-sa às profissionais nem aos pais de crianças que nelas

A má remuneração não interessa

às profissionais, aos pais, nem à prefeitura

confiam para cuidar de seus filhos. Tampouco prefeito e administração municipal querem o desgaste da situação. O que é preciso ser feito, ainda que um pouco mais tarde do que o recomendado, é encontrar uma fórmula legal para remediar a situação. E começa a surgir ambiente para tanto.

Pois quando se fala em gastos públicos (erário) não apenas o que se faz em Brasília deve ser do interesse do

cidadão. Também no município e no es-tado existem gastos que se não chegam à casa do milhão, podem ser considerados como perdulários. Veja-se o edital para a renovação do enxoval na casa de veraneio do Governador em Canela. Afrontou os gaúchos e sensível à situação, Sartori can-celou a compra.

Aqui na região o Jornal Semanário foi verificar os gastos com viagens. Explicações à parte, há um nítido descompasso do que gastam uns prefeitos e outros. Não se trata de pegar no pé, mas de trazer para a realidade o que precisa ser trazido. É legal? Ok. Mas o cidadão tem o direito de saber e de entender como e por que os recursos recolhidos na forma de impostos são gastos. Dentro destes preceitos, gasta quem pode, chora quem paga e nas eleições se faz o encontro de contas.

Sábado, 7 de fevereiro de 2015 2 Opinião

SEDEWolsir A. Antonini, 451

Bairro Fenavinho - Caixa Postal 12695 700.000 - Bento Gonçalves - RS

ESCRITÓRIO CENTRALMal. Deodoro, Centro, 101Galeria Central - Sala 501

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A pesquisa apresentada na terça-feira, 3, pelo Ibravin é um retrato 3x4 de uma indústria que sempre anda no fio da navalha, pressionada pela concorrência externa de um lado, alta carga tributária de outro e por um consumidor cada vez mais exigente.

Dados bons e dados preocupantes

Desproporção

Sábado, 7 de fevereiro de 2015 3

Painel

O governador enunciou ao aumento salarial a que teria direito, depois mandou anular edital que renovaria o enxoval da residência oficial em Canela. Qual será a próxima contra ordem do gringo?Envie sua sugestão de pergunta no e-mail: [email protected]

A pergunta que não quer calar

Por outro lado, os vinhos tranquilos, incluindo os de mesa e os de variedades vi-níferas, apresentaram redu-ção de 4,17%, com a venda de 225,2 milhões de litros. Mas o que chamou a aten-ção na exposição do diretor técnico do Ibravin, Leocir Bottega, foi o alerta para a inversão de expectativa quanto a excedentes. Desde 2013 se vende mais do que é produzido, especialmen-te dos vinhos base para es-pumantes. Como se sabe, uma nova parreira só passa a produzir em sua plenitude três ou quatro anos depois de ter sido plantada.

HUMOR Moacir Arlan

O desempenho de vendas dos produtos vitivinícolas gaúchos em 2014, que corres-pondem por cerca de 90% da produção brasileira mostra incremento importante em al-guns segmentos de produtos. Os espumantes tiveram au-mento de 5,5%, com a venda de 16,7 milhões de litros; Os espumantes moscatéis cres-ceram 14,3%, com a venda de 4,2 milhões de litros; Os sucos de uva prontos para o consu-mo, apresentaram aumento de 13,5% em relação a 2013, com a venda de 90,2 milhões de litros e os sucos naturais/integrais cresceram 15,4%, com a venda de 83,3 milhões de litros.

Segurança nas casas lotéricas

“Com toda certeza do mundo, a blindagem das lotéricas, da muito mais tranquilidade, tanto para o empresário lotérico, quanto para os funcionários, e para os clientes, mas são necessárias outras medidas de segurança, como câmeras, não usar paredes de drywall e não adian-ta blindar se o bandido te render na porta de entrada. Com todos os funcionários escondidos atrás dos guichês, o meliante não tem meio de negociação, e é obrigado a desistir do furto. Movimento de blindagem, ajuda a neu-tralizar os bandidos mal intencionados, e cada vez vai neutralizar mais. Não é o fim de assaltos, não, estamos longe, muito longe disso, mas essas medidas de seguran-ça mostram que tem muita gente no caminho certo.

Eduardo Tracz

Lixo a céu aberto

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Moradores da rua Adelai-de Basso Pasquali, no bairro Conceição estão desconten-tes. Há cerca de três anos o local está sem um depósito de lixo adequado, a lixeira

que existia no lugar foi re-movida pela Prefeitura e não foi substituída. Não há ou-tra opção a não ser despejar os resíduos na calçada. Ex-postas ao tempo e à fome de

animais domésticos as saco-las rasgam com facilidade, deixando todos os detritos a céu aberto, ocasionando as-sim, mau cheiro e a prolife-ração de ratos e insetos.

Uma reunião com a pre-sença dos líderes de bancada realizada na tarde de quinta--feira, 5, na Câmara de Ve-readores definiu as comissões técnicas da casa, em número de dez, para este ano.

No entanto, tendo em vista descontentamento do verea-dor Moacir Camerini o que foi decidido na quinta não vale e haverá nova reunião na segun-da-feira, 9. O líder da bancada petista, que é a maior desta legislatura, alega que não foi respeitada a proporcionalida-de do número de vereadores em comissões de acordo com a representatividade de cada partido na casa. É o que esta-belece o artigo 32 do Regimen-to Interno.

O vice-presidente da Câma-ra, Gilmar Pessuto acatou o pedido de Camerini e anulou as escolhas.

A propósito, as Bancadas es-tão assim representadas: PT, quatro vereadores; PP e PDT, três cada um; PPS e PMDB dois vereadores. PSDB, PRB e PTB, com um.

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Sábado, 7 de fevereiro de 20154 Geral

Deputado Postal vaipresidir a Unale

A União Nacional dos Legis-ladores e Legislativos Esta-

duais (UNALE) passou a ser pre-sidida por um gaúcho. Desde a segunda-feira, dia 2, o deputado Alexandre Postal dirige a asso-ciação. Ele ascende do cargo de vice, que ocupava desde maio de 2014, em virtude do então presi-dente, o deputado mineiro José Luís Tchê ter sido eleito deputa-do federal.

De acordo com o presidente que sai, “Alexandre Postal é a pessoa certa para o momento. Tem ótimo trânsito na entidade que já presidiu em duas opor-tunidades e excelente relacio-namento com seus pares. Neste período, de mudança de legis-latura, ninguém melhor que ele para executar esta transição”, referendou Tchê.

Na última semana de maio de

Receita EstadualLegislativos estaduais

O deputado do PMDB já era vice-presidente da entidade desde maio

Arrecadação com IPVA de R$ 300 milhões, em janeiro

Postal já presidiu a entidade antes

O pagamento antecipado do IPVA 2015 fechou o mês de janeiro com uma arreca-dação total de R$ 310 mi-lhões, quando os motoristas gaúchos puderam aprovei-tar descontos de até 23% e ainda parcelar o imposto em três vezes.

Considerando o ingresso de R$ 489 milhões registra-dos em dezembro através da cota-única, a receita com o IPVA já atinge R$ 799 mi-lhões. Destes valores, 50% são creditados diretamente para os cofres dos municí-pios. Cerca de um milhão e 220 mil veículos já estão com o tributado quitado.

Conforme o subsecretário da Receita Estadual, Mario Luis Wunderlich dos San-tos, a arrecadação está den-tro das previsões da Secre-taria da Fazenda. A partir de agora, o proprietário de

2015, a Unale realizará sua con-ferência nacional, em Vitória, no Espírito Santo, quando escolherá a diretoria que administrará a entidade até maio de 2016. “Até

lá, vamos repassar os necessários subsídios aos colegas deputados estaduais eleitos em outubro de 2014, informando-os sobre o que é a Unale, seus principais obje-tivos e propostas: a preservação dos valores democráticos, o for-talecimento do federalismo e o aprimoramento do Poder Legis-lativo Estadual, entre outros.

Para Postal, a Unale terá papel fundamental no debate de temas essenciais que estarão na pauta do Congresso Nacional, renova-do em 46,39% - 238 novos de-putados federais, entre os quais se encontram 55 deputados estaduais da atual legislatura. A entidade representa os 1.059 deputados estaduais brasileiros. No próximo dia 23 de fevereiro acontece a primeira reunião de diretoria com parlamentares de diversos estados.

veículos poderá ainda reali-zar o pagamento antecipado do IPVA em até duas par-celas, com descontos de 2% em fevereiro, e 1% no final de março.

Permanecem nestas situa-ções as deduções para bons motoristas (10% e 15%) e do Programa da Nota Fiscal Gaúcha (de 2% a 5%).

Proprietários que não op-tarem pelo pagamento an-tecipado terão seus venci-mentos entre abril e julho, conforme a placa do veículo. O RS possui uma frota de 6,5 milhões de veículos automo-tores, mas apenas 3,6 veícu-los são tributados. O IPVA pode ser pago nas agências do Banrisul, Bradesco, Itaú, Sicredi e Banco do Brasil (somente para clientes), mediante a apresentação do certificado de registro e li-cenciamento do veículo.

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Sábado, 7 de fevereiro de 20156 Geral

Opções para não sentir no bolso

Depois que o Governo Fede-ral anunciou o aumento na

energia elétrica, a população ficou mais atenta aos gastos com o recurso e os empresários passaram a buscar outras me-didas para que a conta não so-fra tantas alterações. Os donos de empresa, em meio à parada econômica, buscam reduzir custos de todas as formas pos-síveis e um aumento tão signi-ficativo impacta ainda mais na situação em que se encontram.

O engenheiro eletricista e di-retor técnico da Ludfor Ener-gia, Douglas Ludwig, apresen-ta as opções de economia de energia e medidas que as in-dústrias podem tomar. Segun-do ele, a melhor opção para as empresas é a análise do perfil de consumo, onde se verifica a possibilidade de redução de consumo nos horários onde a

Energia Elétrica

Após os aumentos registrados, engenheiro eletricista dá dicas de como as indústrias e a população podem economizar

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Vitória [email protected]

Medidas de economia em casa

Substituição de equipamentos antigos, por novos que gastem menos energia

Na última semana, a Aneel aprovou o aumento de mais de 29%

energia é mais cara. Os valo-res chegam ser 4,5 vezes mais altos para as empresas das 18h às 21h em horário normal e das 19h às 22h em horário de ve-rão. “Uma boa medida é alterar os turnos de trabalho para que não estejam ativos nestes mo-mentos”, explica.

Outra opção para empresas

de médio e grande porte é a compra de energia, , porém, só será válida se o contrato míni-mo for de 500 quilowatts. Nes-te caso, o local continua sendo atendido pela sua concessioná-ria local, como a Rio Grande Energia no caso de Bento, po-rém a maior parte da sua conta é negociada com uma empresa

que gera energia em qualquer parte do Brasil. “Essa possibili-dade é factível, porque o siste-ma brasileiro de energia é inter-ligado. Assim pode-se comprar energia de um parque eólico no Nordeste e ser atendido nor-malmente pela distribuidora local, sem investimentos muito expressivos”, destaca. A econo-mia estimada com essa opção pode variar de 5% a 40%.

Economia nas residências

A população também sofre com o aumento e muitas famí-lias buscam alternativas de re-dução de consumo para que o impacto no orçamento mensal seja o menor possível. Ludwig destaca que as soluções antigas como demorar menos no banho e apagar as lâmpadas quando não são mais necessárias ainda funcionam, mas nem sempre é possível deixar de fazer algu-

mas tarefas domésticas em prol da economia. “O que realmente tem que ser feito é aumentar a eficiência do consumo para que as pessoas possam continuar com as suas tarefas normais, mas economizando”, aconselha.

Outra medida eficiente, neste caso, é a substituição de equipamentos antigos que consomem mais eletricidade, por equipamentos novos onde o consumo é menor. “Um item que ainda é pouco explorado é a substituição do chuveiro elétrico por opções a gás ou solar. Nas residências pode-ria salientar a substituição das lâmpadas incandescentes por lâmpadas de led, que possuem fluxo luminoso equivalente ou maior e com menos consumo de energia”, completa. Ele lembra que os investimentos em relação aos ganhos são muito pequenos, sendo que alguns chegam a se pagar em menos de seis meses.

Substituição do chuveiro elétrico pelo aparelho a gás ou solar

Substituição de lâmpadas incandescentes pelas de led

Tirar da toma-da os aparelhos

que ficam em stand by, com

pequenas luzes acesas

Medidas conven-cionais como demo-rar menos no banho ou usar o ferro elétri-co apenas de uma vez ainda podem apresen-tar redução de energia

Não deixar carregadores de celular nas tomadas

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Sábado, 7 de fevereiro de 20158 Geral

nós no mundo

Desistir ou mudar?A resposta nem sempre é tão simples. Embora a maioria de nós

acredite que a desistência dificilmente seja a melhor estratégia, muitos escolhem largar tudo a enfrentar o grande desafio que uma mudança nas circunstâncias representa. Em tempos em que a sombra da crise assola cada um de nós brasileiros, é complicado rejeitar o tal espírito de derrota e buscar alternativas criativas para permanecer, perpetuar e prosseguir com sucesso.

A equipe de reportagem da NOI tem conversado com especialistas de diversas áreas para trazer a você orientações importantes sobre como se comportar em tempos negativos. Na próxima edição, Felix Polo, gerente de marketing da Todeschini, Ederson Pedro, sócio fundador da Gáutica Tecnologia e Inovação, lideranças das CDLs gaúchas como Anelice Carrer, Marcos Carbone, Fernando Palaoro e Angela Freire, além de outros nomes de destaque da região, explicam como a diferenciação pode ser a melhor estratégia. Marketing, gestão de pessoas, investimentos em tecnologia e inovação são práticas empresariais determinantes para sobreviver a uma crise, afirmam os peritos.

Eles declaram ainda que descobrir qual é e investir no diferencial (seja ele pessoal ou da empresa) fará com que você não seja mais um descartando entre tantos cortes que infelizmente acontecerão ao longo de 2015. Atender melhor, divulgar sua marca, praticar o marketing de forma mais abrangente, agregar valor a produtos e serviços, cultivar um bom relacionamento com colegas e clientes são algumas das ações que, embora óbvias, muitas vezes não são observadas com a devida atenção.

A próxima revista NOI, que circula a partir de março e será distribuída na FIMMA Brasil 2015, também traz entrevistas com o presidente da feira Volmir Dias, o presidente da Movergs Ivo Cansan e com Marcos Antônio Muller, diretor executivo do SCM Group – uma das maiores empresas do setor de máquinas para fabricação de móveis do mundo.

A última edição da NOI, que ainda está disponível, também abordou a questão da importante decisão de adaptar-se de forma positiva no intuito de agregar ao grupo em que se está inserido, na coluna FALÁCIA OU FATO (pg.14).

Leia a matéria completa em www.revistanoi.com.br ou na sua NOI impressa - disponível na Livraria Papparazzi (Shopping L’América, R: Treze de Maio, 877, sala 112), na Aquarela Livraria e Papelaria (Av. Planalto, 1115 - sala A), na Havana – Revistas e Jornais (Shopping Bento Gonçalves, Rua Marechal Deodoro, 238) e na livraria NOBEL (Shopping San Pelegrino, Caxias do Sul). Para assinar contate: 3455.4500.

Caroline [email protected]

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Sábado, 7 de fevereiro de 201512 Geral

Mais de R$ 62 mil gastos em diárias

Depois de gastar mais de R$ 53 mil em diárias de viagem

em 2013 e ser acusado de nepo-tismo no fim de 2014, o prefeito de Pinto Bandeira, João Pizzio, mais uma vez, apresenta valores extraordinários nas suas viagens pela prefeitura. Pizzio, ao longo de 2014, junto dos demais profis-sionais de seu gabinete, registrou gastos superiores a R$ 62 mil. No total do executivo local, foram gastos mais de R$ 117 mil. O pre-feito alega que o município, por ser novo, tem muitas questões a serem resolvidas em Brasília, por isso o número é tão alto.

O valor impressiona se com-parado ao que o gabinete do pre-feito de Bento Gonçalves gastou ao longo do ano, que pouco passou de R$ 22 mil. O valor do gabinete de Pizzio também é su-perior ao que foi gasto por todo o Poder Executivo do município de Monte Belo do Sul, que regis-trou R$ 52 mil no ano.

O prefeito alega que dois fato-res contribuem para que os gas-

Pinto Bandeira

O gabinete do prefeito do município gastou mais do que Bento Gonçalves e o total do executivo de Monte Belo do SulD

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Município Gabinete do Prefeito* Total Pinto Bandeira R$ 62.858,38 R$ 117.860,03Bento Gonçalves R$ 22.094,63 R$ 204.315,28Monte Belo do Sul R$ 5.072,40** R$ 52.176,37 Santa Tereza R$ 2.111,75** R$ 106.824,23

FONTE: PORTAL DA TRANSPARÊNCIA DE CADA MUNICÍPIO

* NO VALOR GASTO REGISTRADO NO GABINETE DO PREFEITO SE INCLUEM TODOS OS GASTOS DOS FUNCIONÁRIOS QUE TRABALHAM NO SETOR, NÃO SOMENTE DO PREFEITO

** VALOR GASTO APENAS PELO PREFEITO, O VALOR TOTAL DO GABINETE NÃO FOI APURADO

Valores gastos em diárias em 2014

Vitória [email protected]

Pizzio alega que o município tem deveres em Brasília As diárias do Pasin são mais as mais caras dos quatro

tos do gabinete sejam tão altos. O primeiro deles é a correção dos valores das suas diárias. Elas estariam atualizadas e a dos de-mais municípios não. “Os outros municípios são mais antigos, por isso o valor de suas diárias são mais baixas do que as minhas”, explica. Porém, ao comparar o valor das suas diárias com as do prefeito Pasin, o valor médio é mais baixo.

O segundo fator, Pizzio desta-ca que é a necessidade de buscar recursos para a cidade, que ain-da está em estruturação. “Somos um município em desenvolvi-mento, então preciso estabelecer relações em Brasília e resolver antigos problemas que ocorre-ram quando a cidade voltou a ser distrito”, justifica. Além disso, ele destaca que busca verba para aplicar em desenvolvimento. “Mais do que uma necessidade, viajar é uma escolha, porque só assim conseguiremos ascender Pinto Bandeira e fazer com que ela seja alvo de grandes empre-sas, como já está acontecendo. Com isso, muitos frutos serão co-lhidos no futuro”, finaliza.

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Ao contrário de Pizzio, o prefeito de Monte Belo do Sul, Lírio Turri, diz que o valor de suas diárias não é suficien-te para as suas necessidades. Ele conta que cada vez que vai viajar, seja no Estado ou fora dele, é preciso um incremento de valor do próprio bolso, já que suas diárias têm valores mais baixos do que os demais prefeitos da região. Turri op-tou, no início do mandato, por não aumentar o seu recurso, mas diz não ter previsto que isso seria um grande prejuízo para ele.

O prefeito destaca que os valores são reajustados anual-mente de acordo com a infla-ção e outras taxas, mas que mesmo assim ele é insuficien-te. “Os valores se reajustam automaticamente, mas mesmo assim ainda não é o ideal. Na última vez que fui a Brasília gastei, em média, R$ 800 em cinco dias, não acho que isso seja justo”, coloca.

Quando uma autoridade viaja, o valor das diárias deve cobrir todos os gastos necessários para a estadia, como o transporte lo-cal, a alimentação e as pernoites

“A cada viagem eu tiro dinheiro do meu próprio bolso”

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Município Diária no RS Diária no RS com pernoite Diária* em BrasíliaBento Gonçalves R$ 101,36 R$ 406,12 R$ 812,24Pinto Bandeira R$ 150,00 R$ 300,00 R$ 800,00Monte Belo do Sul R$ 106,00 R$ 318,00 R$ 424,00Santa Tereza R$ 107,47 R$ 214,96 R$ 644,85

*COM PERNOITE

Valores individuais das diárias dos prefeitos da região

Turri diz que seu valores diários não são suficientes Siqueira, de Santa Tereza, gastou R$ 5 mil em 2014

Sábado, 7 de fevereiro de 2015 13Geral

nos hotéis. As passagens aéreas são pagas à parte pelo Poder Pú-blico de cada município. Contu-do, o que deve ser avaliado é a qualidade do que cada prefeito escolhe. “Eu não posso ficar em um hotel cinco estrelas, ou con-vidar um senador para almoçar em um local que não é apropria-do. Precisamos sempre medir os gastos, ver quanto daria de hotel, alimentação e táxi, mas nem sempre podemos fugir de um jantar mais caro com algum parlamentar”, coloca.

Contudo, ele explica que o va-lor total das diárias de Monte Belo em 2014 deveria ser mais baixo, já que a Secretaria de Saúde utiliza o benefício irre-gularmente e de forma abusiva. Turri diz que os motoristas do órgão precisam levar os pacien-tes para fazer exames e consul-tas em outras cidades e, mesmo quando o destino é breve e o tempo é curto, eles solicitam o pagamento de diárias. “Eu ainda estou pensando em como vou resolver essa situação, porque não é justo retirar um benefício, mesmo que ele seja sem neces-sidade, enquanto outros pagam do próprio bolso”, finaliza.

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Sábado, 7 de fevereiro de 201514 Geral

FTEC abre inscrições para vestibular

O Filme da Minha Vida

Seleção de elenco teve 500 inscritosA seleção de atores e figuran-

tes para o elenco do longa--metragem “O Filme da Minha Vida”, dirigido por Selton Mello, movimentou Bento Gonçalves durante os dias 4 e 5 de fevereiro. No total, 500 pessoas foram ins-critas, as quais serão seleciona-das pelo próprio diretor para pa-péis de destaque e secundários. As filmagens ocorrem entre 7 de abril e 1º de junho. A preparação do elenco é de 23 de fevereiro a 6 de abril.

A farroupilhense Ana Caroli-na Lautert, 17 anos, foi uma das inscritas. Ela afirma que preten-de seguir carreira de atriz e já tem uma pequena experiência com teatro. “Me inscrevi mais por curiosidade mesmo, para ter uma ideia de como são os basti-dores de um filme”, comenta. A aposentada Beatriz Costa Mezza-casa, 56, também participou da seleção. “Comecei a fazer teatro há quatro anos e quis me inscre-ver pela experiência”, afirma.

O filme é o mais novo projeto de Selton Mello e será filmado nos municípios de Bento Gon-çalves, Farroupilha, Garibaldi, Santa Tereza, Monte Belo do Sul, Cotiporã e Veranópolis, nos me-ses de abril e maio. A produção conta com apoio da Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Turismo.

A Ftec Faculdades está com inscrições abertas para o Vestibular de Verão nas uni-dades de Bento Gonçalves, Caxias do Sul, Novo Ham-burgo e Porto Alegre. A prova acontece nos dias 21 e 26 de fevereiro e 5 março. A taxa se inscrição é no valor de R$ 35 e pode ser feita acessando www.fazftec.com ou ligando para 0800 606 0 606.

A Ftec oferece 26 opções de cursos de graduação presen-ciais e um curso na modali-dade educação a distância, entre as quais a nova forma-ção de Engenharia de Petró-leo. Confira as demais opções em http://www.fazftec.com/

É possível aproveitar a nota do Exame Nacional do Ensi-no Médio (Enem). Mais infor-mações: 0800 606 0 606.

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Sábado, 7 de fevereiro de 2015 15Geral

Rede municipal iniciaano letivo no dia 14

mínimo de 800 horas e 200 dias letivos.

Na esfera municipal infan-til, as aulas terão início no dia 14 de fevereiro.

O recesso escolar do meio do ano será entre 18 de julho a 2 de agosto, e o encerra-mento das aulas está previsto para o dia 23 de dezembro.

Com aproximadamente sete mil alunos matriculados

entre ensino infantil, funda-mental e médio na rede muni-cipal, o cronograma oficial de atividades, divulgado pela Se-cretaria Municipal de Educa-ção (SMED) prevê o início do ano letivo para 20 de fevereiro.

O calendário escolar gaú-cho é definido em parceria com a Assembleia Legislativa, Secretaria Estadual da Edu-cação (Seduc), União Nacio-nal dos Dirigentes Munici-pais de Educação (Undime) RS, Conselho Estadual de Educação (CEEd), Sindica-to dos Professores do Ensino Privado e de Escolas Privadas (Sinpro e Sinepe), além de entidades estudantis como a União Gaúcha de Estudantes (Uges) e União Nacional de Estudantes (UNE).

O objetivo é estabelecer um

Volta às aulas

Escolas de ensino fundamental e médio retomam atividades no dia 20

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Segundo a SMED, cerca de sete mil alunos já estão matriculados

Cristiano Migongeral [email protected]

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Sábado, 7 de fevereiro de 201516 Geral

Atendentes querem respostas

O caso das atendentes de Educação Infantil terceiri-

zadas pela CCS ainda aguarda por respostas. Depois do não pagamento do benefício da insa-lubridade e da manifestação que as profissionais realizaram no Centro da cidade, nem a empre-sa e, tampouco a prefeitura, se manifestaram de forma definiti-va sobre o assunto. Nas últimas duas semanas, algumas pro-fissionais foram desligadas da CCS com relatos de humilhação enquanto pediam explicações sobre o motivo de sua demissão.

Rosalina Garcia era atenden-te há sete anos e, sem explica-ções, foi convidada a assinar seu aviso prévio. Ela conta que no dia antes da paralisação, es-tava trabalhando e, no seu ho-rário de intervalo, foi até uma reunião que estava acontecen-do com alguns vereadores e secretários para falar sobre a insalubridade. Porém, antes mesmo de retornar ao trabalho recebeu a ligação para ir até a

A gerente da CCS, Magda Cor-nelli, afirma que o pagamento da insalubridade não estava previsto no contrato acertado com a Pre-feitura e com as atendentes, por isso ele nunca foi pago. “Eu não sei o que diz a legislação traba-lhista, eu sei o que diz o contrato que nós assinamos e em nenhum momento o contrato afirma que as trabalhadoras ganharão o be-nefício da insalubridade. É isso e ponto final, qualquer outro tipo de decisão judicial não cabe a empresa”, afirma.

Ela destaca que apenas cinco ou seis atendentes foram demi-tidas nas duas últimas semanas e que estas foram desligadas por não terem mais o perfil exi-gido. “Nós não precisamos nos manifestar sobre uma situação de demissão, é nosso direito. Algumas moças foram demiti-das outras estão no aviso pré-vio, o número é baixo e não de-vemos satisfações”, alega.

Segundo Magda, a CCS está

Caso CCS

Após demissões e constrangimento, trabalhadoras da Educação Infantil não têm justificativa da empresa, nem da Prefeitura

CCS diz que está cumprindo rigorosamente o contrato

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Vitória [email protected]

Rosalina não quis assinar seu aviso prévio e foi chamada de louca

empresa. “Eu fui até lá e então pediram para que eu assinasse o aviso prévio. Pedi explicações do porquê de eu ser demitida, já que sempre cumpri com to-das as minhas obrigações e sempre fui uma boa funcioná-ria. Não tive resposta alguma, a moça que me atendeu só ria e me chamou de louca”, relata.

Indignada, ela diz não ter as-sinado o aviso prévio e então, conforme manda a legislação, duas testemunhas foram cha-madas para assinar na sua fren-te o termo. “Essa situação toda é um absurdo, ela me chamou de louca, não me deu explica-ções e ficou assim”, completa.

Rosalina guarda um docu-mento onde a CCS haveria pro-metido o pagamento de mais de R$ 1,1 mil antes de assinar o contrato. “Eu tenho o papel que mostra nossa profissão com um salário de mais de mil reais e de-pois nós ganhamos apenas R$ 726. Eu quero saber o que houve com essa empresa e quero saber o que a prefeitura pensa disso, porque até agora não recebi ne-nhuma satisfação”, desabafa.

Rubbo é a favor do pagamento

Nesta semana, o presidente da Câmara de Vereadores da ci-dade, Valdecir Rubbo, convocou uma reunião com os vereadores, a empresa e o Executivo Muni-cipal. Segundo ele, o legislativo cobra um posicionamento de ambas. Rubbo destaca que, se-gundo a legislação trabalhista, o pagamento do benefício é discu-tível, o que está causando ainda mais impasses. “Ocorre que a le-gislação não manda pagar ou não pagar, então cada um defende seu posicionamento e a Prefeitu-ra, que é quem deveria fiscalizar o local, não se coloca contra ou a favor da medida”, explica.

Rubbo afirma que a Câmara está pressionando o executivo para que estes cobrem o paga-mento da CCS. Ele diz que o trabalho das atendentes é de ex-trema importância para a cidade e que elas merecem um melhor reconhecimento. “Eles nos pro-meteram uma resposta até a próxima semana, então estamos aguardando”, finaliza.

dentro dos padrões que foram estipulados pelo poder públi-co cumprindo rigorosamente o trabalho e dentro do que foi acordado com as atendentes. “Não devemos dar ouvidos aos boatos, devemos olhar as in-formações corretas, todas as pessoas são livres para acessar o portal da prefeitura e visua-lizar o contrato que está em vigor, ele é público”, completa.

Sobre o documento que foi entregue às atendentes antes do contrato ser acertado com o va-lor do salário contendo mais de R$ 1,1 mil, ela diz não ter o co-nhecimento, contudo, alega que também acha o salário das aten-dentes baixo. “Muitas pessoas não sabem, mas eu também sou professora e sei como o salário é baixo. Eu acho a situação da educação em geral muito triste e acredito que todos deveriam ga-nhar um salário justo, mas infe-lizmente, neste caso, não há nada que eu possa fazer”, desabafa.

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Uma das atendentes que ainda está trabalhando com as crian-ças diz que o trabalho é, muitas vezes, complicado. Ela relata que o número de crianças por atendente nem sempre é o ade-quado e que o salário abaixo do mínimo nacional por 40 horas semanais não as motiva a fazer um trabalho ainda melhor ou buscar uma qualificação. “Hoje, por exemplo, tenho 19 crianças aqui na sala e nós estamos em duas atendentes. Deveria ter também uma professora, mas ela só veio no turno da manhã. Eles estão em uma fase de gran-de desenvolvimento motor e é muito difícil dar conta de tantos pequenos”, conta.

A atendente diz que muitas vezes, o número de crianças por sala de aula chega a 25 com apenas duas auxiliares. “Se uma criança se machuca ou precisa de uma atenção espe-cial, todas as outras estão sob a responsabilidade de uma só. E aí, como ficamos? Estamos lidando com os filhos de outras pessoas, muitas vezes eu tenho medo”, completa.

Sobre o salário, ela destaca que, além de ser baixo e não estimulá--las a fazer um trabalho cada vez

Com menos de um salário mínimo, elas cuidam de 20 crianças

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Em alguns casos, 25 crianças são cuidadas por apenas duas atendentes

Sábado, 7 de fevereiro de 2015 17Geral

melhor, ele também não possibi-lita que elas estudem, busquem uma faculdade ou especialização. “É difícil porque além de ter uma responsabilidade enorme, quan-do pegamos o contracheque é de-sanimador, nem nossos direitos básicos de trabalhador são pa-gos, como eu vou ser estimulada assim?”, lamenta.

Secretária diz que problema é da CCS

A secretária de educação Ira-ci Vasques diz que o problema não foi originado pela Prefeitura e sim pela empresa contratada quando prometeu aos seus fun-cionários o pagamento do adi-cional e que a relação trabalhista

é exclusivamente da empresa. “A Prefeitura, por determinação do prefeito, está empenhada em auxiliar na solução do problema, pois devemos zelar pelo atendi-mento de qualidade aos nossos alunos, mas não cabe a nós re-solver”, afirma.

Iraci garante que os serviços contratados pelo Poder Pú-blico estão sendo executados sem prejuízo aos alunos, até então. Por isso, mesmo com a fiscalização da Prefeitura, a relação funcional e traba-lhista são exclusivas com suas contratadas e que o Governo Municipal não tem gerência e interferência nisso, nem nas demissões ocorridas. “Obser-vo as demissões com preocu-pação, pois toda e qualquer mudança enseja instabilidade. Mas, quem gerencia as demis-sões é a própria empresa, ela é quem avalia o desempenho de seus funcionários. À prefeitura cabe fiscalizar se o serviço está sendo executado e se quem está executando possui a quali-ficação necessária exigida pelo contrato”, explica. Ela diz não ter o conhecimento sobre as motivações que levaram a em-presa a optar pela substituição

de seus funcionários.Sobre o baixo salário e a

jornada de trabalho que exige grande responsabilidade, ela diz que não pode classificar o que é justo ou não. “Muito difícil responder o que é um salário justo e uma jornada de trabalho justa. É muito sub-jetivo. Para responder a esta pergunta, não devemos so-correr-nos da moral, do direi-to ou da equidade, nem mes-mo de qualquer sentimento de humanidade, de justiça, ou até de caridade. Porque o que é equitativo do ponto de vista da moral, ou mesmo do direito, pode estar longe de o ser do ponto de vista social. Aquilo que, do ponto de vista social, é ou não justo é difícil de ser determinado”, salienta. Sobre o número de crianças na sala de aula com poucas profissionais, ela alega não ter o conhecimento e, se ela não sabe do que ocorre, tam-bém não pode resolver.

O sindicato da categoria, Sin-dilimp, tem apenas um repre-sentante na cidade e ele afirma não estar inteirado do caso. Não conseguimos contato na central, em Caxias do Sul.

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Sábado, 7 de fevereiro de 201518 Geral

Sem pressa para corrigir problemas

de água da chuva e a abertura de novas “bocas de lobo”, pois as existentes entopem com facilidade. A solução tempo-

rária efetuada pela prefeitura foi despejar brita por 30 me-tros da via e cavar uma nova vala de escoamento lateral, o

que desagradou os moradores. “Além de eles não fazerem um bom trabalho, como seria se instalassem tubos de concre-tos cortados ao meio na valeta para escoar a água, trancaram a entrada de todas as garagens da rua”, relata o caminhoneiro Ivan Cesar Tretto, de 40 anos.

Para a costureira Marcieli de Lima, 29, o desenrolar dos even-tos só atesta o descaso com que o assunto é tratado. “Não sabe-mos mais o que fazer ou a quem recorrer. Ano após ano durante o período de chuvas, fazem essa “tapeação” na rua e esperam que a gente se contente com a situação. Isso é inaceitável”, comenta. Marcieli ressalta que há cerca de dois anos os mora-dores passaram a reivindicar a pavimentação com mais inten-sidade devido aos constantes alagamentos às residências e a falta de estrutura para transpor-

te público. Um abaixo-assinado foi entregue ao poder público em 2013.

“A prefeitura tem um jeito es-tranho de lidar com prioridades. Enquanto no bairro São Roque as quatro ruas que receberam malha asfáltica no segundo se-mestre de 2014 já estavam per-feitamente pavimentadas, nós, que ‘comemos poeira’ há dez anos, recebemos um punhado de brita e temos que nos dar por satisfeitos”, protesta a dona de casa Darli Tretto, 41.

De acordo com o secretário de Viação e Obras Públicas Sérgio José Gabrielli, os trabalhos exe-cutados no local são provisórios em virtude da baixa disponibili-dade de verba pública. Gabrielli garante que a via será prioridade no programa estruturante Nova Cidade, que objetiva a pavimen-tação de 74 ruas até o final de 2015 no município.

Quando os moradores do lo-teamento Capoani, no bair-

ro Eucaliptos, pensaram que os problemas de pavimentação te-riam um desfecho apropriado, a realidade que se apresentou foi outra. A novela dos “improvisos da chuva” receberá mais alguns capítulos antes de ser concluí-da. Após matéria publicada no Semanário do dia 21 de janei-ro, abordando a década de pro-messas a que são submetidos os moradores, as máquinas da prefeitura compareceram na rua Porto Xavier, na sexta-fei-ra, 23, para a realização de um trabalho que, de acordo com os moradores, mais parece uma brincadeira de mau gosto.

A rua necessita de pavimen-tação completa, além da troca de tubulação de escoamento

Loteamento Capoani

Após obra de reparo mal executada, moradores da rua Porto Xavier protestam contra descaso do poder público

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Reivindicação dos moradores por calçamento já dura mais de 10 anos

Cristiano Migongeral [email protected]

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Sábado, 7 de fevereiro de 2015 19Geral

Diversidade cultural

Um espaço para aprimorar talentos Grupo Trupe Dosquatro inaugura a Sala de Ensaio, com o objetivo de desenvolver oficinas artísticas para a comunidade

A ideia inicial era procurar por um local adequado para

ensaios. Porém, depois de deba-ter mais sobre o projeto, os inte-grantes do grupo teatral A Trupe Dosquatro optaram por criar um espaço cultural alternativo, com a intenção de que toda comuni-dade pudesse usufruí-lo. Assim surgiu a Sala de Ensaio, desti-nada para aperfeiçoar talentos e, principalmente, possibilitar a criação de novas habilidades artísticas.

A inauguração do espaço aconteceu no domingo, dia 1º, e ao longo da semana foram rea-lizadas várias oficinas de dança e teatro. Neste sábado e domin-go, ainda acontecem três delas: Contact Improvisation, Jazz Contemporâneo e Análise e In-terpretação de Texto Dramático.

Cristian Bernich, um dos inte-grantes do A Trupe Dosquatro, explica que o objetivo do projeto Sala de Ensaio é trazer profis-sionais de renome do cenário artístico para Bento Gonçalves,

Silvia [email protected]

Biodança, dança contemporânea, balé e alongamento são algumas das atividades que serão oferecidas

por preços mais acessíveis para a população. “Temos aqui uma estrutura completa para o de-senvolvimento da cultura na cidade, para aperfeiçoar nossos artistas. Tem muita coisa acon-tecendo no mundo que pouca gente daqui tem conhecimento”, comenta.

O grupo foi criado em 2005

ProgramaçãoHoje, 7/213h30min: Contact Impro-

visation, com Carla Vendra-mim

17h: Análise e Interpreta-ção de Texto Dramático, com Luiz Paulo Vasconcellos.

Amanhã, 8/214h: Jazz Contemporâneo,

com Anette Lubisco.17h: Análise e Interpreta-

ção de Texto Dramático, com Luiz Paulo Vasconcellos.

e, além de Bernich, também é formado por Eder Rodrigues, Edson Possamai, Fernanda Rodrigues, Rosane Marchetto e Renata Zanchettin. A Trupe tem várias peças teatrais escri-tas, sendo que uma delas, inti-tulada Cru, foi apresentada na Argentina em 2014. “Mesmo assim nunca tivemos um local

adequado para nossos ensaios, então, como estamos comemo-rando 10 anos, alugamos esta sala para ter um espaço com a nossa cara e nos profissionali-zamos”, diz Possamai.

Algumas das oficinas que os integrantes pretendem ofe-recer são: dança-teatro con-temporâneo, dança contem-

SILVIA DA

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porânea, jazz contemporâneo, balé, alongamento, biodança e gyrokinesis (uma espécie de pilates e alongamento). As aulas iniciam em março. Para inscrições ou mais informa-ções sobre o projeto, o contato pode ser feito através do e-mail [email protected] ou [email protected].

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Energia e combustíveis mais caros preocupam o polo moveleiro

Sábado, 7 de fevereiro de 201520 Geral

Faturamento em queda livreSetor moveleiro

Gerson [email protected]

O polo moveleiro de Bento Gonçalves, que englo-

ba também os municípios de Monte Belo do Sul e Santa Te-reza, com aproximadamente 300 empresas, registrou que-da no faturamento em 2014 da ordem de 9,4% em relação a 2013. O valor registrado foi de R$ 2,54 bilhões. No estado do Rio Grande do Sul, a que-da foi de 6,1% no semestre. O valor contabilizado foi de R$ 7,5 bilhões. Bento Gonçalves representou, assim, 33,8% do faturamento do estado nesse período.

Os números complemen-tam um cenário que já era amplamente negativo: queda de 13,4% nas exportações (a maior retração desde 2009 que foi de 35%); fechamen-to de postos de trabalho com queda de 7,4%, quando o ín-dice geral da indústria foi de 4,3%. Este é o pior resultado desde 2007.

Num cenário ruim de queda do emprego e das exportações, polo de Bento Gonçalves faturou 9,4% menos em 2014

O presidente do Sindmó-veis, Henrique Tecchio la-menta os dados. “É um recor-de negativo e a gente sabia

que o ano era ruim, mas não dá pra dizer que esperávamos tais dados”. O desalento é ainda maior diante do cenário

do ano que começa, com me-didas que ainda não permi-tem vislumbrar quais serão as consequências e se elas serão positivas. Tecchio procura ser otimista, mas lembra que os pacotes anunciados pelo mi-nistro Joaquim Levy são de curto prazo, quando as indús-trias têm orçamento e plane-jamento estratégico de longo prazo. E até agora as notícias indicam elevação de custos, aumento de juros e desestí-mulo ao consumo.

O aumento no custo dos combustíveis afeta direta-mente o preço do frete. A in-dústria moveleira local sofre carga dupla: na vinda dos insumos do centro do país e ao remeter o móvel aos prin-cipais centros consumidores do Brasil. Da mesma forma a elevação da energia elétri-ca – principal matriz das em-presas locais – vai refletir no custo final do produto. “As indústrias até utilizam fontes alternativas nos horários de pico para reduzir a conta no

final do mês, mas a energia elétrica é o que move a engre-nagem”, explica.

Dissídio em discussão

Tecchio aponta duas conse-quências imediatas advindas deste período de retração: o empresariado nunca esteve tão pessimista. “Pela primei-ra vez a pesquisa da Fiergs apontou que os índices de confiança do empresariado estão abaixo dos 50%. Isto significa menos investimen-tos de longo prazo”. Mesmo assim Tecchio acredita que a realização da Fimmma Brasil, em março, servirá para inje-tar ânimo no setor.

Por outro lado o dia 1º de fevereiro é a data base do dissídio da categoria. Uma primeira assembleia patronal já ocorreu no dia 17 de janei-ro. Nelas ficou patente uma convicção: nenhum reajuste além da reposição dos índi-ces inflacionários deverá ser oferecido.

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Sábado, 7 de fevereiro de 2015 21Geral

Daer dá início a trabalho de roçagem na 453

Enquanto os trabalhos do Contrato de Restauração e

Manutenção das Rodovias da Serra (Crema/Serra) não são reiniciados, o Departamento Autônomo de Estradas de Ro-dagem (Daer) deu início, de forma independente, à roçada de dois trechos rodoviários em Bento.

Na BR-453, em direção a Pinto Bandeira, os trabalhos estão sendo desenvolvidos com cortadores manuais em virtude do relevo acidentado nas laterais da rodovia. “Se-ria muito mais prático e fácil com o trator, assim, acabamos levando quase o triplo do tem-po para efetuar a limpeza”, ex-plica o operador de máquina Adilson Padilha, de 53 anos.

Limpeza

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Departamento também pretende fazer limpeza no Vale dos Vinhedos

A limpeza também será efe-tuada na ERS-444 no bairro Barracão e no Vale dos vinhe-dos. A expectativa do Daer é de que aproximadamente 35 quilômetros sejam roçados entre as duas rodovias no pra-zo de uma semana.

Os trabalhos de roçagem estavam sendo realizados pela empresa CLS, vencedora da licitação do Crema/Serra. Porém, as atividades haviam sido paralisadas após um en-trave entre o Governo e com-panhia desde outubro de 2014 em decorrência da falta de re-passe de verbas públicas.

Segundo o Daer, as obras do recapeamento e roçagem do Crema/Serra tem previsão de retorno para início de março.

Departamento estima que 35 quilômetros de acostamento serão roçados em uma semana

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Sábado, 7 de fevereiro de 201522 ObituárioFalecimentos

GENUINO VALDUGA, no dia 29 de Janeiro de 2015. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filho de Feliciano Valduga e Luiza Pazini e tinha 95 anos.

SAMUEL GUSBERTI, no dia 25 de Janeiro de 2015. Natural de Veranópolis, RS, era filho de Gilmar Gusberti e Lorivete Zatt Gusberti e tinha 2 anos anos.

JOÃO SGARBI, no dia 31 de Janeiro de 2015. Natural de Anta Gorda, RS, era filho de Natalino Leonildo Sgarbi e Dorilde Maria Massotti e tinha 70 anos.

MERCILIO ANTONIO LAZARINI, no dia 31 de Janeiro de 2015. Natural de Veranópolis, RS, era filho de Rosalino Lazarini e Leonor JOsefina Gobi Lazarini e tinha 63 anos.

IRACY GOBBI, no dia 31 de Janeiro de 2015. Natural de Roca Sales, RS, era filha de Reinaldo Vibian e Normelinda Vivian e tinha 69 anos.

MARIA BORSOI CIPRIANI, no dia 27 de Janeiro de 2015. Natural de Carlos Barbosa, RS, era filha de Rizzieri Borsoi e Maria Zarpelon Borsoi e tinha 52 anos.

ERCI TÓRMES, no dia 02 de Fevereiro de 2015. Natural de Tucunduva, RS, era filha de João Herber e Ernestina Steinhaus Herber e tinha 71 anos.

LUIZ GAVA, no dia 02 de Fevereiro de 2015. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filho de João Baptista Gava e Gentilia Maria Pierdoná Gava e tinha 79 anos.

MAXIMILIANO MILESKI, no dia 03 de Fevereiro de 2015. Natural de Farinhas - Alpestre, RS, era filho de João Mileski e Edvarda Mileski e tinha 58 anos.

GILMAR PARMIGIANI, no dia 01 de Fevereiro de 2015. Natural de Coronel Pilar - Garibaldi, RS, era filho de Santo Parmigiani e Santa Endrizzi Parmigiani e tinha 53 anos.

VILMA MERIGO, no dia 03 de Fevereiro de 2015. Natural de Garibaldi , RS, era filha de Orestes José Merigo e Maria Hermelinda Pasqualini Merigo e tinha 66 anos.

POMPEU ANTONIO CELLA, no dia 04 de Fevereiro de 2015. Natural de General Osório - Guaporé, RS, era filho de Paulo Cella e Lucia Pegorer Cella e tinha 78 anos.

NATALINA RAIMUNDA MACHADO, no dia 04 de Fevereiro de 2015. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filha de Angelo Machado e Magdalena Trevisan Machado e tinha 59 anos.

ALECIO BIN, no dia 04 de Fevereiro de 2015. Natural de Veranópolis, RS, era filho de Antonio Bin e Norma Maria Sinigaglia Bin e tinha 67 anos.

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Sábado, 7 de fevereiro de 2015 23Segurança

Foram aprendidas 26 pedras de crack e 11 buchas de cocaína

Narcotráfico

Justiça condena 31 réus da Operação DominusQuadrilha, desarticulada em 2011, trazia entorpecentes do Paraguai

Leonardo [email protected]

Uma operação da 2ª Dele-gacia de Polícia (2ª DP) na quarta-feira, 4 de fevereiro, prendeu um casal acusado de dois sequestro-relâmpagos ocorridos no mês passado. Os mandados de busca e apreen-são foram realizados nos bairros Juventude e Santa Marta. Uma réplica de arma de fogo foi apreendida com o acusado.

Com reforço de agentes da 1ª DP e da Delegacia Especializa-da em Atendimento à Mulher (DEAM), a operação prendeu Andressa Raira Moreira Car-valho, de 19 anos, na rua Livra-mento, no bairro Juventude, e Cristian de Almeida Agostini, 25, na rua Francisco de Carli, no Santa Marta. Eles são sus-peitos dos sequestros-relâm-pagos ocorridos em 23 de ja-neiro, quando uma mulher foi

Dois adolescentes foram apreendidos acusados de um roubo a pedestre no Cidade Alta na noite de quarta-feira, 4 de fevereiro. Recentemente, diversos crimes deste tipo fo-ram registrados na região com os assaltantes sendo descritos como menores de idade. A du-pla, que já possui antecedentes criminais, foi internada pre-ventivamente no Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) de Caxias do Sul.

Conforme as informações da Brigada Militar (BM), o crime teria ocorrido por volta das 23h próximo aos trilhos. A vítima foi abordada por três indivíduos de skate e armados com uma faca. O rapaz, de 21 anos, que estaria voltando para casa após um dia de trabalho, foi deixado apenas de roupa íntima na via pública.

Com as características dos suspeitos, a BM iniciou buscas e abordou dois jovens próximo ao bairro Municipal. Com estes adolescentes de 15 e 17 anos fo-ram encontrados o tênis, o ce-lular e a bermuda roubados. Os

infratores foram reconhecidos pela vítima. A suspeita é que a faca utilizada no roubo, o boné e camisa da vítima estariam com o terceiro assaltante, que não foi encontrado.

Os acusados acabaram per-noitando na cela da delegacia de polícia e, após represen-tação da promotoria, a juí-za Valéria Neves Willhelm determinou pela internação dos dois adolescentes. “Infe-lizmente, não temos um Case em Bento Gonçalves, por isso solicitamos vagas e enviamos os infratores para Caxias. Por ser um caso de crime median-te violência, um roubo, acre-dito que esta seja a medida mais eficaz. Afinal, a popu-lação tem o direito de andar tranquila na rua. Esta é uma medida preventiva até que o caso seja devidamente julga-do. Por este tipo de crime, o adolescente infrator pode pe-gar uma pena de no máximo três anos de internação, con-forme o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)”, expli-ca a magistrada.

Levaram até a bermuda

Adolescentes apreendidos por roubo no Cidade Alta

Dupla, que já tinha antecedentes, foi internada no Case de Caxias

O Ministério Público Federal (MPF) divulgou, na tarde

de sexta-feira, 6 de fevereiro, os resultados da Operação Do-minus, desencadeada em 2011 e que desarticulou uma qua-drilha que trazia drogas do Pa-raguai. Um total de 31 réus de-nunciados pela Procuradoria da República em Bento Gonçalves foram condenados, em primei-ro grau, pela Justiça Federal do Rio Grande do Sul.

O MPF formulou oito de-núncias criminais, onde foram apontadas práticas que envol-viam o tráfico internacional de drogas e a associação para o tráfico de drogas. O pro-curador da República Bruno Gütschow ressalta que todas as condenações obtidas ainda não são definitivas, pois todos os condenados podem recor-rer da decisão judicial. Por conta disso, apenas uma das pessoas condenadas está cum-prindo pena, em regime domi-

Uma réplica de arma foi apreendida com o acusado no Santa Marta

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Preso casal suspeito de sequestrosPolícia Civil

encontrada presa em um porta malas no bairro Humaitá, e do dia 27 de janeiro, quando uma senhora foi atacada no bairro Cidade Alta.

O terceiro suspeito dos cri-

mes já estaria identificado pela investigação da 2ª DP. Ele se-ria um adolescentes com di-versos antecedente criminais. A autoridade policial irá repre-sentar por sua apreensão.

ciliar - 23 pessoas respondem em liberdade, quatro estão foragidas (com pedido de pri-são preventiva), três réus fo-ram absolvidos do processo e um réu não foi encontrado. Um dos réus acabou falecen-do e outro está no exterior, e a Justiça aguarda decisão sobre pedido de extradição. Os con-denados tendem a responder a penas que variam de 4 a 14

anos de reclusão.A Operação Dominus, defla-

grada em 2011, desarmou uma quadrilha que trazia drogas do Paraguai para o Brasil pelas fronteiras do Mato Grosso do Sul e Paraná para ser distribuí-da no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. Durante as in-vestigações foram apreendidos 115 quilos de cocaína e 1.504 pontos de LSD.

A Procuradoria da República de Bento foi responsável pelo caso

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José Sandromar Pereira Matos, de 43 anos, foi preso pela Brigada Militar na tarde de quinta-feira, 5 de fevereiro, acusado de tráfico de entorpecentes no bairro Euca-liptos. Por volta das 15h15min, o suspeito foi flagrado em um co-nhecido ponto de tráfico da rua Ari da Silva com 26 pedras de crack, 11 papelotes de cocaína e R$ 51. O acusado tem anteceden-te por tráfico de entorpecentes em dezembro do ano passado.

Mais um preso por tráfico no Eucaliptos

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Sábado, 7 de fevereiro de 201524 Esporte

Com faro de gol

Atacante marcou duas vezes na vitória sobre os reservas do Veranópolis

Leonardo [email protected]

Era apenas um jogo-treino, mas sempre é bom come-

çar vencendo. No primeiro teste do ano, o Esportivo do técnico Rodrigo Carpegiani venceu os reservas do Vera-nópolis por 3 a 0, em partida disputada na tarde de quinta--feira, 5 de fevereiro, na Capi-tal da Longevidade.

O técnico alviazul manteve a ideia de time que vem sendo treinado desde o primeiro dia de coletivo e postou a equi-pe no 4-4-2 com dois meias abertos nas pontas. Com os desfalques do goleiro Adilson, por infecção na perna, e o la-teral esquerdo Rodrigo Sire-na, por inflamação no tendão, o Esportivo entrou em campo com o goleiro Caio Venâncio; a primeira linha formada por Raul, Nicolas, Baggio e Bruno Henrique; Emerson e Helder de volantes; os meias abertos Thiago Bispo e Maicon Pires; e Guilherme Weishmeier e Ra-fael Xavier na frente.

O destaque do jogo foi o ata-cante Rafael Xavier que marcou duas vezes. O primeiro gol saiu em cobrança de pênalti, aos 12 minutos da segunda etapa. Seis minutos depois, o atacante marcou um golaço. Após passar pelo zagueiro, Xavier tocou por cobertura na saída do goleiro. O terceiro gol da vitória alviazul saiu em cobrança de falta que contou com um desvio do za-gueiro adversário. “O Xavier é um belo jogador, mas tem mui-to a evoluir ainda na parte física e parte técnica. Mas é bom lem-brar que sem os outros dez jo-gadores, o Xavier não será nin-guém em campo. Temos que ter esta percepção que todo mundo precisa correr um pelo outro e,

Um dos esportes que mais cresce em popularidade no Brasil nos últimos anos, o futebol americano, chegou a Capital do Vinho. O Bento Gonçalves Snakes foi fun-dado em novembro do ano passado e convida os interes-sados a participar de uma se-letiva de jogadores, chamada de tryout, no dia 22 de feve-reiro, no campo Municipal.

“Estamos procurando por um pessoal disposto a jogar e que queira aprender. Não é preciso ter conhecimento nenhum do esporte para par-ticipar. O futebol americano é um esporte muito democrá-tico, tem lugar tanto para um baixinho magrinho, quanto

Futebol americano

Bento Gonçalves Snakes convida para seletiva

Xavier é destaque em primeiro teste alviazul

Pelos parreirais

Domingo de festa e tradição com a Maratona do Vinho

Pelo menos 200 atletas de-vem participar da Maratona do Vinho, competição esportiva para promover o bem-estar e exaltar as belezas e tradições da região. A prova, com 42.195 quilômetros, terá largada no Morro da Antena, em Bento Gonçalves, e passará por Mon-te Belo do Sul e Garibaldi.

A corrida, que pode ser dis-putada em equipe ou indivi-dualmente, conta com os Vino Stops, pontos de reabasteci-mento onde os atletas podem recarregar as energias com os produtos produzidos na região como a uva, suco, vinho, pão, queijo e salame. Estes pontos também contarão com músicas e danças típicas da região.

A premiação da prova será feita em vinho e suco, com apoio das vinícolas da região. Também haverá premiação

para os atletas ou equipes mais bem caracterizados com o tema Uva e Vinho.

A largada está prevista para as 7h da manhã e previsão do tempo não indica chuva. “Está tudo pronto para uma grande festa, vamos misturar cultura, esporte e aproveitar as belezas naturais e gastronômicas da nossa região. O cartunista Iot-ti, que fez o logo da Maratona do Vinho, já confirmou parti-cipação no evento”, celebrou o idealizador da prova, Gregorio Lavandoski.

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Rafael Xavier foi destaque do jogo-treino com dois gols marcados

assim, a qualidade técnica dos jogadores irá sobressair”, co-mentou Carpegiani.

O Esportivo ainda pretende disputar mais dois amistosos antes da estreia na Divisão de Acesso, em março, contra o Pa-nambi. Para o dia 12 está mar-cado um jogo-treino contra os reservas do Lajeadense, nova-mente fora de casa.

Busca pelo centroavante

Durante esta semana o Es-portivo contratou o volante Jhonny Góis, de 24 anos, que foi formado na base no Avaí e passou por diversos clubes do futebol catarinense. “Ele che-gou na terça-feira. É um joga-dor com marcação forte e uma

boa saída de jogo. Nós preci-sávamos de mais um homem desses no grupo”, avaliou Car-pegiani.

A diretoria segue em busca de um centroavante de impo-sição física e faro de gol. Um nome especulado é o de Márcio Bambú, que disputou o Gau-chão do ano passado pelo São José e estava no Louletano, de Portugal. O atacante de 32 anos e 1,96m teria sido ofere-cido ao clube, porém ainda não houve acerto financeiro.

A expectativa era de que o Bambú fosse apresentado na tarde de ontem, 6 de fevereiro, porém o diretor Eduardo Casa-granda não confirmava a con-tratação do camisa 9. Segundo o diretor, existem negociações com três jogadores para a vaga.

para aquele cara mais pesa-dão. Quem estiver disposto a jogar ou conhecer o jogo, basta aparecer que será bem-vindo”, contou o presidente do BG Snakes, Eldo Dorneles Junior.

A seletiva é gratuita e os in-teressados precisam chegar às 15h30min com seu mate-rial de jogo e documento de identidade. A idade mínima é 15 anos. O BG Snakes trei-na aos domingos, das 15h às 19h, no campo Municipal e conta. Atualemente, o grupo é formado por 32 jogadores. A ideia é, com a seletiva, for-mar um grupo com 60 atle-tas. Outras informações po-dem ser obtidas pelo telefone (54) 9936.9996.

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Sábado, 7 de fevereiro de 2015 25Esporte

Central Giovanni prega respeito contra a força do bloqueio paulista

Torcida convocada

Vale a liderança da Superliga BComissão técnica do Bento Vôlei/Isabela considera embate contra o Santo André, neste sábado, uma decisão antecipada

Leonardo [email protected]

Tudo indica que neste sába-do, 7 de fevereiro, Bento

Gonçalves receberá o melhor jogo do primeiro turno da Su-perliga B. O embate entre Ben-to Vôlei/Isabela e Santo André, às 20h, no Ginásio de Esportes de Bento Gonçalves vale a lide-rança do torneio e uma possí-vel vantagem de jogar em casa na decisão da competição. A expectativa é de casa cheia. Os ingressos custam R$ 10. Me-nores de 12 anos, maiores de 60 e alunos das categorias de base e do projeto social unifor-mizados têm entrada franca.

Pode ser apenas a terceira rodada, porém o Bento Vôlei/Isabela considera esta uma partida crucial na briga pela vaga na elite do voleibol nacio-nal. “Na realidade, é a decisão praticamente. Quem ganhar vai depender de suas forças até o final do primeiro turno para fazer a grande final em casa. O negócio é vencer para apro-veitar essa vantagem, pois vão restar mais quatro jogos até o final do turno”, analisou o téc-nico Fernando Rabelo.

A tradicional equipe do ABC Paulista venceu o Três Cora-ções, em Minas Gerais, e do Sada Cruzeiro, em casa, nas duas primeiras rodadas, am-bos pelo placar de três sets a um, e lidera a Superliga B com seis pontos. A vantagem de um ponto sobre a equipe bento-

-gonçalvense, que também venceu seus dois primeiros jogos, advém dos números de sets perdidos.

Após as primeiras rodadas, o Bento Vôlei/Isabela percebe o Santo André como seu prin-cipal adversário pelo título. “Estamos em uma crescente boa. O importante foram as duas vitórias. Sábado é con-tra o Santo André, que até agora é o nosso principal ad-versário. É preciso jogar com agressividade, principalmente no saque, ir para cima deles”, antecipa o experiente central Giovanni Chagas.

Equipe estruturada e locali-zada em um centro do voleibol nacional, como é São Paulo, Santo André é uma equipe en-trosada e com elevado ritmo de jogo. “É um time que está embalado, pois participaram de diversos campeonatos em São Paulo. Eu conheço alguns jogadores e sei que eles têm um bloqueio bom. Para nós vai ser muito importante ter um bom passe para ter um bom ataque e superar o bloqueio deles”, comentou o experiente central Giovanni Chagas.

No ano passado a equipe paulista terminou na quarta colocação da Superliga B, uma posição a frente do Bento Vô-lei/Isabela. No confronto di-reto disputado na Capital do Vinho, após um jogo muito equilibrado, a equipe da casa venceu no tiebreak com um emocionante 15 a 9.

3ª Rodada - Sábado, 7 de fevereiroBento Vôlei/Isabela x Santo AndréEm Bento Gonçalves (RS), às 20h

Sesi (SP) x Barão/BlumenauEm Santo André (SP), às 19h30min

Melhor defesa da competição

Como trunfo, o Bento Vôlei/Isabela apresenta a melhor de-fesa da Superliga B, com apenas 168 pontos cedidos em nove sets disputados. “Na realidade temos condições de fazer todos os fundamentos muito bem. No primeiro jogo (contra Barão/Blumenau) nós bloqueamos muito bem. Lá em Brasília saca-mos e defendemos muito bem. Só nos faltou o contra-ataque. Quando conseguirmos atuar bem em todos os fundamentos, aí ficará complicado para o ad-versário”, afirma Rabelo.

Obcecados pela vaga na Su-perliga principal, jogadores e comissão técnica destacam que os objetivos estão sendo alcan-çados, mas que a equipe ainda tem muito a crescer. Durante a semana, os primeiro treinos focaram em ajustes no jogo bento-gonçalvense, com me-lhoramentos técnicos e táticos. Na reta final, desde quinta, os treinos mudaram o foco para a preparação ao estilo de jogo e características de Santo André.

Para o técnico Rabelo a equi-pe está apresentando uma evo-lução constante a cada rodada, o que será decisivo na reta fi-nal. “Estamos no caminho cer-to, mas temos alguns ajustes para fazer. Acreditamos que podemos crescer mais ainda como equipe, com ritmo de jogo. E este sábado é um jogo importantíssimo”, explicou.

CRISTIAN

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Três Corações x Foz do IguaçuEm Três Corações (MG), às 19h

Sada Cruzeiro x UPIS/BrasíliaEm Sete Lagoas (MG), às 20h

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26 Sábado, 7 de fevereiro de 2015

[email protected] Luiz Giacomello | [email protected] | n° 1.962

DenisedaRéIGVariedades

“Relatos Selvagens”A referência ao famoso produtor Pedro

Almodóvar já conta um ponto. O humor inteligente do diretor Damián Szifron em-placa outro. Por ser argentino... “Calmaí!”. Não se trata de futebol, apesar de o título “Relatos Selvagens” sugerir eventos que acontecem nos estádios. Assim, rivalida-des à parte, temos que admitir que o filme dá de dez a zero em relação aos nossos.

Quando me contaram o primeiro dos seis episódios compilados no filme (ainda não assisti a nenhum deles, mas os narradores foram tão convincentes que vislumbrei as cenas, imaginei os detalhes, ouvi os diálo-gos, captei as reações...), disse para mim mesma: “Preciso escrever sobre isso, come-çando por xeretar no campo da Psicologia.

Então, vamos lá com uma nova teoria inspirada pelo tripé freudiano do ID, EGO e SUPEREGO.

Nós, do bem, guardamos, lá no fundo do baú, uma reserva de mal, tipo o volume mor-to do açude de Cantareira, para ser usada em última instância. Com certeza, nossa cota é bem menor da que se avoluma na barragem dos malvadinhos, até porque esta fica sen-do continuamente abastecida pela nascente e pelos afluentes, gerando bilhões de litros de perversidade sem parar... Ou, talvez, a di-ferença entre os dois lados resida no fato de que nós, os bonzinhos, ainda não chegamos a uma situação limítrofe, porque não fomos provocados ou porque temos o Universo conspirando a nosso favor. Mas – vai saber! – pode chegar o dia em que a linha tênue que nos coloca na banda de cá, se rompa, e seja-mos jogados para a banda de lá. Aí, a água represada explode com fúria, com consequ-ências imponderáveis, deixando a todos per-plexos: “Como é que um cara tão gente boa, etc, etc... pode cometer tal ato de violência?”

Pois é o que acontece em Relatos Selva-gens. São pessoas aparentemente normais que nem eu e você, que vivem situações de grande estresse do qual resultam compor-tamentos inimagináveis.

Inicia com o episódio cujo título é o nome do personagem principal, “Pasternak”. A história é de fácil identificação – quem é que nunca sofreu bullying, ou nunca re-cebeu uma crítica, uma nota baixa, quem é que nunca foi rejeitado, humilhado, ex-plorado...? Representa, portanto, qualquer pessoa que chega ao seu limite e que, de re-pente, deixa vazar rancor, ódio, raiva, dor, inveja... através de ações que beiram à in-sanidade. É a violência em resposta à vio-lência. Lembra “Um Dia de Fúria”, mas com uma pitada de sofisticação e comicidade.

O episódio “Pasternak”, que tem a du-ração de 10 minutos apenas, acontece em pleno voo, quando duas pessoas conver-sam de uma forma banal e... Estou com uma baita coceira na língua, mas não posso contar o filme, ou serei crucificada. Para os mais curiosos, posso adiantar que, se fos-se uma pintura, seria um Salvador Dali... daqui, de lá, de cá, de acolá...

Fimma Brasil 2015 - NovidadesA FIMMA BRASIL – Feira Internacional de Máquinas,

Matérias Primas e Acessórios para a Indústria Moveleira- acontece em Bento Gonçalves - RS de 16 a 20 de março de 2015. Em sua 12ª edição é a maior feira no gênero da Améri-ca Latina e a 5ª maior do mundo promovida pela MOVERGS na presidência de Ivo Cansan que espera uma feira expressi-va. Dirigentes da Movergs e Fimma Brasil 2015 promovendo a feira, suas novidades e soluções, aqui e no exterior!Tendência mundial

NOVIDADES, tecnologia apurada e como ponto de re-ferência o anunciado PROJETO COMPRADOR o presi-dente da 12ª FIMMA BRASIL 2015 Volmir Dias espera ultrapassar fronteiras reunindo 600 expositores, 40 mil visitantes ligados ao setor, 40 países e a estimativa de 350 milhões de dólares em negócios. Segundo o presidente Volmir Dias, o PROJETO COMPRADOR deverá contar com dezenas de países colocando expositores em contato direto com importadores, mais de 400 reuniões em roda-das de negócios com compradores convidados. É bom se preparar, pois vem aí de 16 a 20 de março 2015 a FIMMA BRASIL com a presença de milhares de visitantes.Engenharia - dupla formatura

QUEM está duplamente feliz e sorrindo de alegria é o casal José Carlos e Maria Helena Zortéa. Após cerimonia religio-sa colaram grau pela UFRGS-Universidade Federal do Rio Grande do Sul-Porto Alegre- RS- as 18h30 de 29 de janeiro 2015- Salão de Atos da UFRGS- em ENGENHARIA CIVIL- os jovens e irmãos Jeancarlo Zortéa e Felipe Zortéa. Uma traje-tória de lutas e muito sacrifício da família José Carlos Zortéa mas coroada pela vontade de vencer. E venceram os filhos Jeancarlo e Felipe hoje agradecidos aos seus pais pelo cari-nho familiar, a oportunidade, busca e conquista de um ideal, diplomação e profissão a nível de Engenharia Civil. Parabéns Jeancarlo e Felipe Zortéa! Fraternal abraço e sucesso!AFFEMAQ - Posse novos dirigentes

NESTA segunda-feira 2 de fevereiro 2015, às 20h, na Vi-nícola Lovara – via Linha Salgado, aconteceu a solenidade de posse da nova diretoria da AFFEMAQ- Associação dos Fornecedores para as Indústrias de Madeira e Móveis-. Com sede em Bento Gonçalves e atuando no mercado há mais de 10 anos, integrando a cadeia de fornecedores e fa-bricantes a AFFEMAQ empossou sua nova diretoria gestão 2015-2016. Assumiu a presidência da entidade o empresá-rio Fabrício Zanetti –Lufati-; vice-presidente- Claudio Bar-bosa-Tecbril Tintas-; diretor de marketing- Ivânio Angelo Arioli-Akeo-; e diretor financeiro-Roberto Luis Trevisan--Projepack-. O presidente que deixou o cargo Jacir Fronza, agora na Galeria dos Ex-Presidentes, agradeceu a todos pela confiança, trabalhos e conquistas que engrandecem a entidade almejando ao presidente empossado Fabricio Zanetti votos de sucesso. Com o apoio dos associados e tra-balho de equipe o novo presidente da AFFEMAQ Fabricio Zanetti espera enfrentar os desafios em beneficio da enti-dade. Agradeceu a parceria com o SIMMME, na presidên-cia de Juarez Piva, e anunciou a participação da MOSTRA AFFEMAQ 2015 em Goiás e Santa Catarina. O presidente do Conselho da AFFEMAQ Euclides Rizzi ao se pronunciar agradeceu aos dirigentes e associados pelo desempenho e fortalecimento da entidade ao mesmo tempo em que foram prestadas significativas homenagens a membros diretivos da entidade. Após as palavras de Marcio Chiaramonte re-presentando o SIMMME fez-se ouvir o vice-prefeito Mario Gabardo enaltecendo a trajetória de avanços da entidade. Valeu gente amiga! Parabéns e sucesso!Tacchini – voluntárias

O altruísmo é uma maneira para colaborar com o próximo. Assim é o caminho de fazer o bem do Grupo de Voluntárias do Hospital Tacchini envolvido com ações beneficiando pesso-as carentes e que precisam de amparo. Roupas e fraldas para crianças e adultos, entre outros são doações bem vindas que podem fazer a alegria de muitas pessoas. Ao Grupo de Volun-tárias do Hospital Tacchini, na pessoa da presidente Maria Bernardette Coppini Geimba e brilhante equipe de apoio pelo trabalho que realizam com amor o nosso fraternal abraço. Ab-negação é algo que brota do coração!

Elas foram donas da festaEm fevereiro de 1955, em Bento Gonçalves foi inaugura-

do o “ Parque Esportivo da Sociedade Esportivo da Socieda-de Aliança”, as piscinas do Clube Aliança.

Transcrevo uma reportagem do jornal “A HORA” da Ca-pital do Estado do RS, na data de 09 de fevereiro de 1955.

“Um acontecimento esportivo e social foi a inauguração do Parque Esportivo da Sociedade Aliança de Bento Gon-çalves. Em meio as festividades, a piscina prendeu a aten-ção do público, de fotógrafos, e de reportes. Não poderia ser de outra maneira . Na água azulada, límpida, convidativa para um dia de sol, estavam as sereias.

Houve competições, provas de nado, de dorso e buter-fly. Mas quem poderia olhar, se na ocasião também nas bordas da piscina estavam beldades como VERA DOR-NELES, rainha das piscinas em Porto Alegre, CÉLIA TO-MEDI, soberana de bento Gonçalves, e mais as princesas. Espetáculo que os olhos de qualquer mortal jamais esque-cerá. Permitam senhoras que se diga, não se vê nem mes-mo em grandes dias tanta beleza, tanta escultura e sem pintura, nestas beldades.

Deixando o egoísmo de lado, fica para os leitores uma imagem daquilo que foi visto em dois dias na Metrópole do vinho.

Qual o retorno de vênus em rostos de loiras e morenas, aparecem Rainhas e Princesas de um concurso que mar-cará época.

Na foto, aparecem, num conjunto, a “rainha” CÉLIA TO-MEDI (em primeiro plano) e as “princesas”, a 1ª ZERMI-LIDE ASSUNTA BENEDETTI (Nina) e a 2ª IVY FRÍTOLI, classificadas no concurso. Na foto individual a 2ª classifi-cada, (Nina) exibindo graça, beleza e harmonia de formas.

Elas foram donas das festividades do Clube Aliança, no inicio de fevereiro de 1955. E estarão presentes em todas as demais programações para a conclusão do Parque Es-portivo na Metrópole do Vinho, o que não deixa de ser um convite para nosso pronto retorno à Bento Gonçalves, onde o ambiente é alegre e de gente acolhedora, lá estaremos, ou-tra vez diz o jornalista do ‘jornal A HORA” de POA.

A rainha das piscinas em Porto Alegre, a senhorita Vera Dorneles Oliveira, esteve em Bento Gonçalves, onde parti-cipou das festividades, deixando um veredito, sobre beleza como julgadora do concurso e escolhida para coroar a rai-nha, a senhorita CÉLIA TOMEDI.

AssuntaDeParis

Da esquerda para direita: CÉLIA, Rainha- ZERMILIDE 1ª princesa e IVY 2ª princesa

Destaque para 1ª princesa ZERMILIDE ASSUNTA BENEDETTI (NINA) Colaboradora deste registro histórico

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A FRASEÉ lamentável e provoca mal estar! Quem

promete e não cumpre ostenta a bandeira de sua própria insignificância! (.)

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Sábado, 7 de fevereiro de 2015 27Geral

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Jogo que merece casa cheia

Vendas descendentes

Polo moveleiro registraqueda no faturamento

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A Ediçãowww.jornalsemanario.com.br

BENTO GONÇALVES

Sábado7 DE FEVEREIRO DE 2015ANO 48 N°3102R$ 3,00

48 páginas

Bento x Santo André

Esportes

Primeiro Caderno ......................28 páginasCaderno S ................................ 8 páginas Empresas & Empresários ...........4 páginasSaúde & Beleza .........................8 páginas

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