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CONTEÚDO Princípios, Terminolog ia e Proteção contra Radiação Tórax, 63 Abdome, 97 Membro Super ior, 117 Porção Proximal do Úmero e Cin tura 6- Escapular , 167 7- Membro Infer io r, 195 8- Porção Proximal do Fêmur e Cintura Pélvica, 247 9- Co luna Cerv ica l e Torácica, 273 10- Coluna Lombar, Sacro e Cóccix, 307 11- Arcabouço Torác ico, Esterno e Costelas, 335 12- Crânio e Ossos do Crân io, 353 IE Ossos da Face, 379 13- Seios Paranasa is, Mastó ides e Osso Temporal, 415 14- Sistema Gast rointest inal Alto, 441 15- Sistema Gast rointest inal Baixo, 479 16- Vesícu la B i l iar e Duetos Bi l ia res, 519 17- O Sistema Urinário , 539 18- Mamograf ia, 575 19- Traumat ismo e Radiograf ia Portá t i l , 593

20- Radiolog ia Pediát r ica, 629 21- Angiograf ia e Procedimentos Intervencionistas, 665 22- Tomograf ia Computadorizada, 699 23- Procedimentos Diagnóst icos Adiciona is, 725 24- Outras Modal idades Diagnóst icas e Terapêut icas, 755 Bib l iograf ia, 784 Apêndice (A) Resu ltados de Pesquisas por Incidência e Região, 785 Apêndice (B) Chave de Respostas: Radiograf ias para Crí t ica, 799 Índice A lfabeto

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1- PRINCIP IOS, TERMINOLOGIA E PROTEÇÃO CONTRA RADIAÇÃO 1- NOME DA INC IDÊNCIA desc reve a pos i ç ão / i nc i dênc i a a s e r rad i og ra fada , i nc l us i ve o nome co r re to da i nc i dênc ia ( se necessár i o ) . 2 - PATOLOGIAS DEMONSTRADAS f o rnecem um resumo das cond i ç ões ou pa to l og i as que podem se r ev idenc i adas pe lo exame e / ou pe l a i nc i dênc i a . Esse r esumo a juda o t écn i c o a comp reender o p ropós i to do exame e qua i s as es t r u tu ras ou tec i dos que devem se r ev i denc iados ma i s c l a ramente . 3 - BOXE DE RESUMO DA INCIDÊNCIA mos t ra todas as i nc i dênc i as bás i c as ou espec ia i s ma i s comumen te conceb i das pa ra de te rm inada par te do co rpo . O rea l c e em ve rme l ho é a i nc i dênc ia desc r i t a na pág ina . 4 - FATORES TÉCNICOS desc revem os fa to res técn i cos re l ac i onados à i nc i dênc ia em ques t ão . Os fa t o res t écn i cos i nc l uem o tamanho do f i lme recomendado pa ra o adu l t o de por te méd i o ; s e o f i lme deve se r c o locado no sen t i do t r ansve rsa l ou l ong i t ud i na l em re l a ção ao pac ien t e ; se f o r necessá r i o ou não usa r uma g rade ; e o a l cance em kVp pa ra a re fe r i da i nc i dênc i a . 5 - TÉCNICAS E DOSE r esumem uma t écn i c a i n i c i a l pa ra a i nc i dênc i a no caso de um adu l t o de por te méd io e a dose ap rox imada pa ra o pac i en te e o tamanho do campo de expos i ção . I sso é ap resen t ado em mi l i r ads de dose cu t ânea , dose na l i nha méd ia e dose espec í f i c a em ó rgão rad iossens íve l . Ver no Capo 1 , pág . 54 -61 , uma d i scussão ma i s comp l e t a das doses dos pac ien t es . 6 - ICONE DO RECEPTOR DE IMAGEM mos t ra a imagem v i s ua l do tamanho re l a t i vo do f i lme (cm) e a o r i en tação ( t r ansve rsa l ou l ong i t ud i na l ) , l oca l i z ação do b l oqueado r da i den t i dade do pac i en te , tamanho re l a t i vo do c ampo de co l imação ; a l oca l i z ação dos ma rcadores D e E e a l oca l i zação recomendada do con t r o l e au tomá t i co de expos i ç ão , se es t e fo r usado . 7 - USO DE PROTETORES desc reve qua i s p ro t e t o res devem se r emp regados pa ra de te rm i nada i nc i dênc i a . Ver Capo 1 , pág . 59 , pa ra ob te r ma i s i n fo rmações sob re p ro t e t o res espec í f i cos pa ra cada á rea . 8 - POSiÇÃO DO PACIENTE i nd i c a a pos i ç ão ge ra l do co rpo para a i nc i dênc ia . 9 - POSiÇÃO DA PARTE f o rnece uma desc r i ção de ta l hada e c l a ra de como o co rpo do pac i en te deve se r pos i c i onado em re l ação ao f i lme e /ou a mesa . O í cone do RC, E8 , é i nc l u ído pa ra t odas as i nc i dênc i as nas qua i s o RC é essenc ia l c omo um l embre t e pa ra o técn i c o p res ta r a t enção ao RC du ran t e o p rocesso de pos i c i onamen to pa ra essa i nc i dênc i a . 10 - RA IO CENTRAL desc reve a l o ca l i z ação p rec i s a do RC em re l ação ao f i lme e à pa r te do c o rpo do pac i en te . À d i s t ânc i a foco f i lme (DFoF i ) m ín ima é menc ionada . Ve r no Capo 1 , pág . 35 , a s v an tagens

de aumen ta r a DFoF i de 40 po l egadas ( 100 cm) pa ra 44 ou 48 po legadas (110 a 120 cm) pa ra os p roced imen tos ge ra i s em mesa . 11 - COL lMAÇÃO desc reve a co l imação do campo de r a i o s X recomendada pa ra a i n c i dênc i a em ques t ão . 12 -RESPIRAÇÃO desc reve as necess i dades em te rmos de resp i ração pa ra a i nc i dênc i a em ques t ão . 13 - c r i t é r i os rad i og rá f i cos desc revem o p rocesso de ava l i ação /c r í t i ca em qua t ro e tapas que deve se r comp le tado pa ra cada imagem rad iog rá f i ca . Esse p rocesso é d i v i d i do em qua t ro c a t egor i as de i n f o rmação : ( 1 ) es t r u tu ras que devem se r ev idenc i adas ; (2 ) ev i dênc ias de pos i c i onamen to co r re t o ; ( 3 ) c o l imação e l oca l i zação do RC cor re t as ; e (4 ) fa to res ace i tá ve i s de expos i ção . 14 -FOTOGRAF IA DA POSiÇÃO mos t ra a pos i ção co r re t a do co rpo e da pa r te em re la ção ao RC e ao f i lme . 15 - IMAGEM RADIOGRÁFICA mos t ra uma rad iog ra f i a co r re tamen te pos i c i onada e expos t a da i nc i dênc i a em ques t ão . 16 - DESENHO ANATÕMICO i nd i c a e i n t e rp re ta as pa r t es ana t ômicas espec í f i c as v i s í ve i s na imagem rad iog rá f i ca mos t rada na pág ina .

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2 - PRINCIP IOS, TERMINOLOGIA E PROTEÇÃO CONTRA RADIAÇÃO A ANATOMIA GERAL, S ISTÊMICA E ESQUELETICA E ARTROLOGIA A . Ana tom ia Ge ra l Ana tomi a é a c i ênc i a da es t r u t u ra do co rpo humano, enquan to a f i s i o l og i a es t uda as funções do o rgan i smo ou como suas pa r t es func ionam.No i nd i v íduo v i vo , é imposs íve l e s t udar ana tomia sem es t uda r também a lguma f i s i o l og i a . O es tudo rad iog rá f i co do s e r humano, en t re tan t o , é bas i c amen te um es t udo da ana tomia de vá r i os s i s t emas , c om meno r ên fase na f i s i o l og ia . Conseqüen temen te , nes te l i v ro , s e rão en fa t i zadas as ana tomias dos s i s temas e a pos i ç ão dos ó rgãos nas r ad i og ra f i a s ORGANIZAÇÃO ESTRUTURAL O co rpo humano tem d i ve rsos n íve i s de o rgan i z ação es t r u t u ra l . O n ív e l ma i s e l emen ta r de o rgan i z ação é o n ív e l qu ím ico . Todas as s ubs tânc ias qu ím icas necessá r i as pa ra a manu tenção da v i da são compos tas de á tomos , l i gados de vá r i as mane i r as pa ra f o rma r as mo lécu las . Vá r i a s s ubs t ânc i as qu ím i cas na fo rmas de mo l écu las se o rgan i z am pa ra f o rma r as cé l u l as . Cé l u l as A cé l u l a é a un i dade bás i ca es t ru tu ra l e func iona l de todo se r humano . Cada pa r t e do co rpo , s e ja múscu l o , osso , ca r t i l agem, go rdu ra , ne rvo , pe l e ou sangue , é c ompos t o de cé l u l as . Tec idos Os t ec i dos são g rupos de cé lu l as seme l han t es en t re s i , que , j un t amente com a mat r i z ex t r ace lu l a r , possuem uma f unção espec í f i ca . Os qua t r o t i pos bás i c os de t ec i dos são : 1 -Ep i te ía / :Tec i do que cob re as supe r f í c i es i n t e rnas e ex te rnas do co rpo , i nc l u i ndo a supe r f í c i e i n t e rna dos v asos e ó rgãos , como o es t ômago e os i n t es t i nos 2 . Con j un t i vo : Tec idos que unem e sus t en tam as v á r i as es t r u t u ras 3 . Muscu l a r :Tec idos que compõem a subs tânc i a dos múscu los 4 . Nervoso : Tec i dos que compõem a subs tânc i a dos ne r vos e c en t ros ne rvosos . Ó rgãos Quando vá r i os t ec i dos se unem para r ea l i z a r uma função espec í f i c a , o resu l t ado é um ó rgão . Os ó rgãos gera lmen te possuem fo rmatos espec í f i cos . Exemp l os de ó rgãos do co rpo humano são r i ns , co ração , f í gado , pu lmões , es tômago e c é rebro . S i s temas Um s i s t ema cons i s t e em um grupo ou uma assoc i ação de ó rgãos que possuem uma função s im i l a r ou c omum. O t r a t o u r i ná r i o , compos t o pe l os r i ns , u re te res , bex iga e u re t r a , é um exemp l o de um s i s t ema do co rpo humano . Há 10 s i s temas o rgân i cos i nd i v i dua i s que compõem todo o c o rpo . O rgan i smo Os 10 s i s temas do co rpo f unc ionando j un t os c ons t i t u em o o rgan i smo t o t a l - um se r v i vo . 3PR INC IP IOS , TERMINOLOGIA E PROTEÇÃO CONTRA RAD IAÇÃO

Anatomia S istêmica S ISTEMAS DO CORPO o co rpo humano é uma un i d ade e s t r u t u ra l e f u n c i o na l compos t a d e 1 0 un i d ades meno re s denom inadas s i s t emas . Esse s 10 s i s t emas são ( 1 ) e sque l é t i co , ( 2 ) c i r cu l a t ó r i o , ( 3 ) d i g e s t i vo , ( 4 ) r e sp i r a t ó r i o , ( 5 ) u r i n á r i o , ( 6 ) r e p rodu to r , ( 7 ) n e r vo so , ( 8 ) mus cu l a r , ( 9 ) e ndóc r i n o e ( 1 0 ) t e guen ta r

Sistema Esquelét ico O s i s t ema e sque l é t i co é um impo r t a n te s i s t ema a se r e s t u dado pe l o t é cn i co / r a d i o l o g i s t a . É compos to p o r 2 06 o sso s d i s t i n t o s e

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suas ca r t i l a gens e a r t i cu l a ções a s so c i a das . O e s tu do do s o sso s é d enom inado o s te o l o g i a , e nquan to o e s t u do da s a r t i cu l a ções é a a r t r o l o g i a . A s qua t r o f u n ções do s i s t ema e sque l é t i co são : 1 . Su s ten ta r e p ro t e ge r o co rpo 2 . Pe rm i t i r o s mo v imen to s p o r i n t e ra ção com o s múscu l o s p a ra f o rma r a l a vanca s 3 . P roduz i r cé l u l a s sangü íneas 4 . A rmazena r cá l c i o

Sistema C i rcu lató r io O s i s t ema c i r cu l a t ó r i o é compos to d o s ó rgãos ca rd i o va s cu l a re s - co ra ção , sangue e va so s sangü íneos - e d o s i s t ema l i n f á t i co l i n f o nodos , va so s l i n f á t i co s e g l â ndu l a s l i n f á t i ca s . A s se i s f u n ções do s i s t ema c i r c u l a t ó r i o são : D i s t r i b u i r o x i g ên i o e n u t r i e n te s p a ra t o das a s cé l u l a s d o o rgan i smo 2 . Re t i r a r e s có r i a s e d i ó x i d o de ca rbono da s cé l u l a s 3 . T ran spo r t a r á gua , e l e t r ó l i t o s , h o rmôn io s e e n z imas 4 . P ro t e ge r con t r a d oenças 5 . E v i t a r sang ramen to s pe l a f o rmação de coágu l o s sangü íneos 6 . Au x i l i a r a r e gu l a r a t empe ra t u ra co rpo ra l Sistema D igest ivo O s i s t em a d i g e s t i v o i n c l u i o c a n a l a l i m e n t a r e a l g u n s ó r g ã o s a c e s s ó r i o s . O cana l a l imen ta r é compos to p o r b o ca , f a r i n ge , e sô fago , e s t ômago , i n t e s t i n o s de l g ado e g r o sso e â nus . O s ó rgãos a ce ssó r i o s d a d i g e s tão i n c l u em a s g l â ndu l a s sa l i va re s , f í g ado , ve s í cu l a b i l i a r e p ânc r ea s . A dup l a f u n ção do s i s t ema d i g e s t i vo é : 1 . P repa ra r o a l imen to p a ra se r a b so r v i d o pe l a s cé l u l a s , a t r a v é s d e nume ro sos p ro ce s sos f í s i co s e q u ím i co s de deg radação 4 -E l im ina r e s có r i a s só l i d a s d o o rgan i smo

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4 -PR INC IP IOS , TERMINOLOGIA E PROTEÇÃO CONTRA RAD IAÇÃO

Sis tema Resp i ra tó r i o O s i s t ema resp i r a t ó r i o é compos to de do i s pu lmões e uma sé r i e de passagens que l i gam os pu lmões à a tmos fe ra ex t e rna ao co rpo . As es t ru tu ras que compõem essas passagens do ex t e r i o r aos a l véo los no i n t e r i o r dos pu lmões é na r i z , boca , fa r i nge , l a r i nge , t r aqué i a e á rv o re b rônqu i c a . As t r ês funções do s i s tema resp i r a t ó r i o s ão : Fornece r ox igên i o ao s angue e , em ú l t ima aná l i se , às c é l u l as 2 . E l im ina r o d i óx i do de ca rbono do sangue 3 . Aux i l i a r na regu l ação do ba lanço ác i do -bás i c o sangü íneo Sis tema Ur inár io O s i s t ema u r i ná r i o i nc l u i os ó rgãos que p roduzem, co l e t am e e l im i nam a u r i na . Os ó rgãos envo l v i dos no s i s t ema u r i ná r i o s ão r i ns , u re te res , bex iga e u re t r a . As qua t ro f unções do s i s t ema u r i ná r i o s ão : 1 . Regu la r a compos i ç ão qu ím ica do sangue 2 . E l im i na r escó r i as do o rgan i smo 3 . Regu la r o ba lanço e o vo l ume h id ro e l e t r o l í t i co 4 . Man te r o equ i l í b r i o ác i do -bás i c o do o rgan i smo Sis tema Reprodu tor O s i s t ema rep rodu t o r , ou gen i t a l , i nc l u i os ó rgãos que p roduzem, t r anspor tam e a rmazenam cé lu l as ge rmi na t i vas . Os t es t í c u los nos homens e os ová r i o s nas mu lhe res p roduzem cé lu l a s ge rmi na t i v as madu ras . Os ó rgãos de t r anspo r te e a rmazenamen to no homem inc l uem o duc to de f e ren te , a p rós ta t a e o pên i s . Os ó rgãos da r ep rodução das mu lhe res são o ú t e ro , a s t rompas u t e r i nas e a vag ina . A f unção do s i s t ema rep rodu to r é a r ep rodução do o rgan i smo .

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5 - PR INC IP IOS, TERMINOLOGIA E PROTEÇÃO CONTRA RADIAÇÃO 5Sis tema Nervoso O s i s t ema ne rvoso é c ompos to pe l o cé reb ro , medu l a esp i nha l , ne rvos , gâng l i os e ó rgãos sensor i a i s espec i a i s c omo os o l hos e os ouv idos . A f unção do s i s t ema ne rvoso é r egu la r as a t i v i dades co rpora i s com impu l sos e l é t r i c os que co r rem pe l os v á r i os ne rvos . Sis tema Muscu lar O s i s t ema muscu l a r i nc l u i t odos os t ec i dos muscu l a res do o rgan i smo e é subd i v i do em t r ês t i pos : ( 1 ) esque l é t i c o , (2 ) v i sce ra l e (3 ) c a rd íaco . A ma io r pa r t e da massa muscu la r do o rgan i smo é compos ta de muscu la tu ra esque l é t i c a , que é es t r i ada e es t á s ob con t r o l e vo l un tá r i o . Os múscu l os v o lun t á r i os a t uam em con jun t o c om o esque le to pa ra pe rmi t i r que ha ja mov imen to . Ce rca de 43% do peso co rpo ra l humano são compos tos de múscu lo vo l un tá r i o , ou es t r i ado esque l é t i c o . A muscu la tu ra v i sce ra l , que é l i s a e i nvo l un tá r i a , é encon t rada nas pa redes dos ó rgãos i n t e rnos ocos , como os vasos sangü íneos , o es tômago e os i n t es t i nos . Esses múscu los são chamados de i nv o lun t ó r i os , po rque sua con t r ação não depende do con t r o l e vo l un t á r i o ou consc i en te . O múscu l o ca rd íaco é encon t rado apenas nas pa redes do co ração e é i nvo lun t á r i o , apesa r de es t r i ado . As t r ês funções do t ec i do muscu l a r s ão : Pe rmi t i r o mov imen to , t a l c omo a l ocomoção do o rgan i smo ou o mov imen to de subs tânc ias a t ravés do cana l a l imen ta r 2 . Man te r a pos tu ra 3 . P roduz i r c a lo r Sis tema Endócr ino O s i s t ema endóc r i no i n c l u i t odas as g l ându las desp rov i das de duc t os do o rgan i smo. Essas g l ându l as i nc l uem os tes t í c u los , os ová r i os , o pânc reas , as ad rena i s , o t imo , as pa ra t i reó ides , a t i r eó i de , a p i nea l e a h i pó f i se . A p l acen ta a t ua c omo uma g lându l a endóc r i na t empo rá r i a . Os ho rmôn i os , que são sec re t ados pe l as g l ându l as endóc r i nas , s ão l i be rados d i r e t amente na co r ren t e s angü ínea . A f unção do s i s t ema endóc r i no é r egu la r as a t i v i dades co rpo ra i s a t r avés de vá r i os ho rmôn i os c a r reados pe l o s i s tema ca rd iovascu la r .

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6 - PR INC IP IOS , TERMINOLOGIA E PROTEÇÃO CONTRA RADIAÇÃO

Anatomia Esquelét ica Como grande pa r t e da rad i og ra f i a pa ra d i agnós t i c o envo l ve o exame de ossos e a r t i cu l ações , a os teo log ia ( es t udo dos ossos ) e a a r t ro l og i a ( es t udo) . (das a r t i c u l ações ) s ão assun tos impo r t an tes pa ra o t écn i co / rad i o l og i s t a . Sis tema Tegumen tar O déc imo e ú l t imo s i s t ema co rpo ra l é o tegumenta r , compos to de pe l e e t odas as es t ru tu ras de r i vadas de la . Es sas es t ru tu ra s de r i vadas i nc l uem pê l os , unhas , g l ându las s udor ípa ras e g l ându l as s ebáceas . A pe le é um ó rgão es senc ia l à v i da . De fa to , a pe l e é o ma i o r ó rgão do co rpo humano , c ob r i ndo uma supe r f í c i e de aprox imadamente 7 . 620 cm2 no adu l t o méd io . As qua t ro f unções do s i s t ema t egumenta r s ão : 1 . Regu la r a tempe ra tu ra c o rpo ra l 2 . P ro tege r o c o rpo 3 . E l im i na r escó r i as a t ravés da t ransp i r ação 4 . Recebe r ce r tos es t ímu l os como tempe ra tu ra , p ressão e do r OSTEOLOGIA O esque le to do adu l t o é fo rmado po r 206 ossos d i s t i n to s , que compõem a es t ru tu ra de t odo o o rgan i smo . De te rm inadas ca r t i l agens , como as encon t radas nas ex t r emi dades dos ossos l ongos , t ambém são i nc l u í das como pa r t e do esque le to . Esses ossos e c a r t i l agens são un i dos po r l i gamen tos e o fe recem supe r f í c i es de f i xação aos múscu los . Como os múscu l os e ossos p rec i s am comb ina r -se pa ra pe rmi t i r o mov imen to c o rpo ra l , esses do i s s i s temas são às vezes des ignados co le t i vamente como s i s tema l o como to r .O esque le to adu l to humano é d i v i d i do em esque le to a x ia l e esque l e t o apend i c u la r . Esque le to Ax ia l O esque le to ax i a l i nc l u i t odos os ossos l oca l i zados no e i xo c en t ra l do c o rpo ou p róx imo a es t e . O esque l e t o ax i a l do adu l to cons i s t e em 80 ossos e i nc l u i c r ân io , c o luna ve r teb ra l , cos t e l as e es te rno ( r eg i ões co lo r i das do esque l e t o na F i g . 1 . 12 ) .

Cabeça Crân io 8

Cabeça Ossos da f ace 14

Osso H i ó i de 1 Oss ícu l o da aud i ção ( pequeno osso em cada ouv i do )

6

Co l una ve r t eb ra l Ce rv i c a l 7 Co l una ve r t eb ra l To rác i c a 12 Co l una ve r t eb ra l Lomba r 5 Co l una ve r t eb ra l Sac ra l 1 Co l una ve r t eb ra l Cocc ígea 1 Tó ra x Es te rno 1 Tó ra x Cos te l a 24 To ta l de ossos no esque l e to do adu l to 80

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7 - PR INC IP IOS , TERMINOLOGIA E PROTEÇÃO CONTRA RADIAÇÃO Esque le to Apend icu lar A segunda d i v i s ão do esque l e t o é a po rção apend icu lar . Essa d i v i s ão

é c ompos ta po r todos os ossos dos membros supe r i o res e i n f e r i o res (ex t remidades ) e as c i n t u ras escapu la r e pé l v i ca ( r eg i ões co l o r i das do esque l e t o na F ig . 1 . 13 ) . No esque l e t o apend i c u la r do adu l t o ex i s t em 126 ossos sepa rados.

ESQUELETO APENDICULAR DO ADULTO C in tu ra e scapu l a r C l a v í cu l a s 2 E scápu l a 2 Memb ro s supe r i o re s Úme ro 2 U l n a 2 Rád i o 2 Osso s ca rpa i s 1 6 Osso s me ta ca rpa i s 1 0 Fa l a nges 28 C i n t u ra p é l v i ca Osso s do quad r i l 2 Memb ro s i n f e r i o re s Fêmu r 2 T í b i a 2 T í b i a 2 T í b i a 2 Osso s t a r sa i s 1 4 Osso s me ta ta r sa i s 1 0 Fa l a nges 28 To ta l de Osso no Esque le to Apend icu la r 1 26 To ta l de ossos no adu l to – 206 ossos s epa rados . ( I sso i nc l u i os 2 ossos s esamó i des dos membros i n f e r i o res nos j oe l hos , as pa te l as ) . Ossos Sesamó ides Os ossos sesamó ides são um t i po espec ia l de osso pequeno e de f o rma ova l ada encon t rados nos t endões (mu i t os p róx imos às a r t i c u l a ções ) e que es t ão p resen t es no desenvo l v imen to fe ta l , po rém não são cons i de rados par te do esque l e t o ax ia l ou apend i cu la r , ex ce to pe las duas pa te l as , quesão os ma i o res ossos sesamó ides . Os ou t r os ossos s esamó i des ma i s c omuns es t ão l oca l i zados na so la do pé , na base dop r ime i r o pododác t i l o (F i g s . 1 . 14 e 1 .1 5 ) . Nos membros s uper i o res , e l es s ão ma i s c omumente encon t rados nos tendões p róx imos à s upe r f í c i e pa lma r da mão e na base dos qu i rodác t i l os . Ou t ros podem se r encon t rados em qua lque r a r t i cu l ação dos membros supe r i o res ou i n fe r i o res . Qua l que r osso sesamó i de pode so f r e r f r a t u ra po r t r auma , sendo necessár i o o es t udo r ad i og rá f i c o . CLASSIF ICAÇÃO DOS OSSOS Cada um dos 206 ossos do co rpo pode se r c l ass i f i cado de aco rdo com a sua fo rma : * -Ossos l ongos * -Ossos cu r t os * -Ossos p l anos * -Ossos i r r egu la res Ossos Longos Os ossos l ongos são f o rmados po r um co rpo (d i á f i s e ) e duas ex t r emidades . Os ossos l ongos são encon t rados apenas no esque l e t o apend i c u la r . (A F ig . 1 . 16 mos t ra uma rad iog ra f i a de úme ro , um os so l ongo t í p i c o do b raço . )

F i g . 1 . 1 5 Os s os s e s am ó i d e s . I n c i d ê n c i a t a n g e n c i a l ( b a s e d o p r i m e i r o p o d o d á c t i l o ) .

F ig . 1 . 14 Ossos sesamó i de na base pos te r i o r do p r ime i ro pododác t i l o .

F ig .1 . 1 6 Osso l o ngo ( úme ro ) .

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8 - PRINCIPIOS, TERMINOLOGIA E PROTEÇÃO CONTRA RADIAÇÃO Compos ição : A ca rapaça e x te r na da ma io r i a d o s o s so s é compos ta d e t e c i d o ó s seo du ro o u denso conhec i d o como o s so compac to , o u có r t e x , q ue é a camada e x te rna . O o s so compac to p o ssu i p oucos e spa ços i n t e r ce l u l a re s va z i o s e se r ve pa ra p ro t e ge r e su s ten ta r t o do o o s so . O co rpo ( d i á f i se ) con tém uma c amada ma i s e spes sa de o sso c ompac to q ue t em como ob j e t i vo a j u da r n a r e s i s t ê n c i a a o e s t r e s se p ro vo ca do pe l o p e so sob re e l e . No i n t e r i o r d o o sso compac to e e spec i a lmen te n a s duas e x t r em idades de cada o s so l o ngo en con t r amo s o o s so e spon j o so ou t r a becu l a r . O o s so t r a becu l a r é mu i t o p o ro so e g e r a lmen te con tém a medu la ó sse a ve rme lha , r e sponsáve l p e l a p rodução da s hemác i a s . A d i á f i se d e um o s so l o ngo é o ca . E s sa po r ção o ca é conhec i d a como ca v i d ade medu la r . No adu l t o , a ca v i d ade medu la r g e ra lmen te a b r i g a a medu la ó ssea ama re l a g o rdu ro sa . Uma memb rana f i b r o sa densa , o p e r i ó s t e o , cob re o o sso ,e x ce to n a ca r t i l a gem das supe r f í c i e s a r t i cu l a e s . A s supe r f í c i e s a r t i cu l a re s são r e cobe r t a s p o r uma camada de ca r t i l a gem h i a l i n a . H i a l i n a , q ue que r d i ze r t r a n spa ren te o u c l a ra , é um t i p o comum de ca r t i l a gem ou t e c i d o con j u n t i vo . Seu nome deve - se a o f a t o d e não se r v i s í ve l p e l a s t é cn i ca s de co l o ra ção comuns , sendo p o r t a n to " c l a ra " o u t r a n spa ren te n o s e s t u dos l a bo r a to r i a i s . E ssa ca r t i l a gem é en con t r a da em mu i t o s l u ga re s , i n c l u i n do a s e x t r em idades do s o s so s l o ngos , o nde são ch amadas de ca r t i l a gens a r t i cu l a r e s . O pe r i ó s t e o é e ssenc i a l p a ra o c re sc imen to , o r e pa ro e a n u t r i ção do o s so . Os o sso s são abundan temen te sup r i d o s de va sos sangü íneos que ne l e s p ene t r am a pa r t i r d ope r i ó s t e o . P ró x imo ao cen t r o d o co rpo do s o sso s l o ngos , uma a r t é r i a n u t r í c i a p a ssa ob l i q uamen te a t r a vé s do o s so compac to d o f o rame nu t r í c i o p a ra a ca v i d ade medu la r . Ossos Cu r tos Os o sso s cu r t o s são ap ro x imad amen te cubó i d e e são e n con t r a dos apenas no s p unhos e n o s ca l canha re s . O s o sso s cu r t o s são f o rmados p r i n c i p a lmen te p o r t e c i d o e spon j o so e cobe r t o s su pe r f i c i a lmen te p o r uma f i n a l âm ina de o s so compac to . 0 5 o i t o o s so s ca rpa i s d e cada punho e 0 5 se te o s so s t a r sa i s d e cada pé são t o dos o sso s cu r t o s . Ossos P lanos Os o sso s p l a nos con s i s t em em duas l âm ina s de o s so compac to com o sso e spon j o so e medu la ó s sea en t r e e l a s . A l g uns e xemp lo s d e o s so s p l a nos são o s q ue compõem a ca l vá r i a ( t ampa do c rân i o ) , o e s t e rno , a s c o s te l a se a e scápu l a .O e s t r e i t o e spa ço en t r e a s supe r f í c i e s i n t e rna e e x t e rna do s o sso sp l a no do c rân i o é conhec i d o como d íp l o e . Os o s so s p l a nos p ropo r c i o nam p ro te ção pa ra o con teúdo i n t e rno e amp lo supe r f í c i e s p a ra a f i xa ção de mú scu l o s . Ossos I r r egu la res Os o sso s que po s suem f o rma s pe cu l i a r e s e s t ã o r e un i d o s na c a tego r i a f i n a l como o s sos i r r e gu l a re s . A s vé r t e b ra s , o s o s so s f a c i a i s , o s o s so s da ba se do c r â n i o e o s o s so s da pe l ve são e xemp lo s d e o s so s i r r e gu l a re s . Produção de Cé lu las Sangü íneas Nos adu l t o s , a s h emác i a s são p roduz i d a s pe l a medu la ó s sea ve rme lha de ce r t o s o s so s p l a nos e i r r e gu l a r e s , como o e s t e rno , a s co s te l a s , a s vé r t e b ra s e a p e l ve .

Ca r t i l a gem a r t i cu l a r ( h i a l i n a )

Osso e spon j o so

( ( con tém a medu la - ó ssea ve rme lha ) ) .

Pe r i ó s t e o Osso compac to Cav idade medu la r F o rame nu t r i d o r ( con tém a medu la - . ó ssea ama re l a ) A r t é r i a s n u t r i d o ra s Co rpo F ig . 1 . 1 7 Osso l o ngo .

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9 - PRINC IP IOS , TERMINOLOGIA E PROTEÇÃO CONTRA RADIAÇÃO DESENVOLVIMENTO DOS OSSOS O p rocesso pe l o qua l os ossos s e fo rmam no co rpo é conhec i do como oss i f i c ação . O esque le to do embr i ão é c ompos to po r membranas f i b rosas e po r ca r t i l agem h ia l i na . A oss i f i c ação tem i n íc i o ce rca da sex ta semana de ges t ação e se con t i nua a t é a i dade adu l ta . Formação Óssea Dois t i pos de fo rmação óssea são conhec idos . Quando o osso subs t i t u i membranas , a oss i f i cação é chamada de i n t r amembranosa . Quando o osso subs t i t u i uma ca r t i l agem , a oss i f i c ação é c hamada de endocond ra l ( i n t raca r t i l ag i nosa ) . Oss i f i cação In t ramembranosa A oss i f i cação i n t ramembranosa oco r re rap idamente nos ossos que são necessá r i o s pa ra a p ro t eção , como nas su t u ras dos ossos p l anos na ca l v á r i a , que são os cen t r os de c resc imen to no desenvo l v imen to ósseo p recoce . Oss i f i cação Endocondra l A oss i f i cação endocond ra l oco r re de f o rma mu i to ma i s v aga rosa do que a i n t ramembranosa e oco r re na ma io r pa r te do esque le to , p r i nc i pa lmen te nos ossos l ongos . Cen tros P r imár io e Secundár io de Oss i f i cação Endocondra l O p r ime i ro c en t r o de os s i f i c ação é c hamado de cen t ro p r imá r i o e oco r re na r eg i ão c en t r a l do co rpo ósseo . O cen t r o p r imár i o de oss i f i cação nos ossos em c resc imen to é c hamado de d i á f i s e . Es t a se to rna o c o rpo quando o osso es t á i n t e i r amente desenvo l v i do . Os cen t r os s ecundá r i o s de oss i f i cação su rgem p róx imo às ex t r emidades dos ossos l ongos . A ma io r i a dos cen t r os secundá r i os s u rge após o nasc imen to , enquan to a ma io r i a dos cen t ros p r imá r i os s u rge an tes do nasc imen to . Cada cen t r o secundá r i o de oss i f i c ação é c hamado de ep í f i se . As ep í f i ses d i s t a l do fêmur e p rox ima l da t íb i asão as p r ime i r as a s u rg i r e podem es ta r p resen tes no nasc imen to do r ecém-nasc ido a t e rmo . As p l acas ca r t i l ag i nosas , chamadas de p l acas ep i f i s á r i as , s ão encon t radas en t re a d i á f i s e e c ada ep í f i s e a t é que o c resc imen to do esque l e t o es t e j a comp l e t o .O c res c imen to em comp r imen to dos ossos r esu l ta do c resc imen to l ong i t ud i na l das p l acas ca r t i l ag i nosas ep i f i sá r i a s . A i sso se segue uma oss i f i c ação p rog ress i va a t r avés do desenvo l v imen to endocond ra l a t é toda a c a r t i l agem se r s ubs t i t u í da por o sso e todo o c resc imen to do esque le t o es t a r comp le to . Es se p rocesso de f usão ep i f i sá r i a dos ossos l ongos oco r re p rog ress i vamente da pube rdade a té a to ta l ma tu r i dade , em to rno dos 25 anos de i dade . En t r e t an to , o t empo que cada osso demo ra em comp l e t a r s eu c resc imen to va r i a de aco rdo com as d i fe ren t es r eg i ões do co rpo . A lém d i sso , o esque l e t o femin i no no rma lmen te to rna -se madu ro ma i s r ap i damente que o esque le t o mascu l i no . Ex tensos d i ag ramas que l i s tam os pad rões no rma is de c resc imen to ósseo es t ão d i spon íve i s . Demonst ração Rad iográ f i ca do Cresc imen to Ósseo A F ig . 1 . 22 mos t ra uma rad i og ra f i a do j oe l ho de uma c r i ança de 6 anos de i dade . Os cen t r os p r imár i o e secundá r i o de c a l c i f i cação endocond ra l e s tão bem demons t rados e ass i na l ados . Cen tros P r imár ios Os cen t r os p r imár i os de c res c imen to ósseo mos t ram o osso bem-desenvo l v i do e i n c l uem a reg ião d i a f i s á r i a (c o rpo) . Cen tros Secundár ios Os cen t ros s ecundá r i os de c resc imen to ósseo são as ep í f i s es , obse rvadas na po rção d i s ta l do fêmu r e nas po r ções p rox ima i s da t íb i a e f í bu l a . Essas ep í f i s es es t ão sepa radas do osso p r i nc i pa l po r um espaço , ou a r t i c u l a ção , denomi nado p laca ep i f i sá r i a . E la é f e i t a de ca r t i l agem, não v i sua l i z ada pe las r ad i og ra f i a s dev ido à fa l ta de c á l c i o nessas á reas du ran te essa f ase do c resc imen to . Por es se mot i v o , essas p l a cas ep i f i s á r i as desapa recem comp le tamente à med ida que são subs t i t u ídas po r cá l c i o no f im do c res c imen to ósseo .

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10- PRINCíPIOS, TERMINOLOGIA E PROTEÇÃO CONTRA RADIAÇÃO Art ro logia (Art icu lações ) o e s tu do da s a r t i cu l a ções é ch amado de a r t r o l o g i a . É impo r t a n te comp reende r q ue nem t o das a s a r t i cu l a ções r e a l i zam mov imen to . Na ve rdad e , o s d o i s p r ime i r o s t i p o s d e a r t i cu l a ções a se rem des c r i t a s são imó ve i s o u são a r t i cu l a ções d e mov imen to s l i g e i r o s u n i d a s po r vá r i a s f a i xa s f i b r o sa s ou po r ca r t i l a gem . E s sas a r t i cu l a ções e s tã o ma i s a dap tadas ao c re s c imen to , em ve z de mov imen to . O segundo g rupo de a r t i cu l a ções i n c l u i a ma io r i a d a s a r t i cu l a ções do o rgan i smo , q ue são adap tadas pa ra o mov imen t o . CLASSIF ICAÇÃO DAS ART ICULAÇÕES Func i o na l À s ve ze s a s a r t i cu l a ções são c l a ss i f i ca das con fo rme sua f u n çã o , em ve z da sua capac i d ade de mov imen to . O s t r ê s t i p o s f u n c i o na i s ma i s comuns são : S ina r t r o se s - A r t i cu l a çõe s imóve i s An f i a r t r o se s - Mo v imen to s l im i t a dos D i a r t r o se s - A r t i cu l a ção de mov imen ta ção l i v r e Es tru tu ra l Às ve ze s , t o da s a s a r t i cu l a çõe s do co rpo são c l a s s i f i ca das co n fo rme a s t r ê s C l a sse s f u n c i o na i s a segu i r . En t r e t a n to , o s i s t ema p r imá r i o d e c l a ss i f i ca ção d a s a r t i cu l a ções , conhec i d o como NOMINA ANA TOMICA e u sado po r e s t e l i v r o , é uma c l a ss i f i ca ção e s t r u t u ra l b a seada no t i p o d e t e c i d o que sepa ra a s e x t r em idades do o s so .A s t r ê s c l a s s i f i ca ções e s t r u t u ra i s e s t ã o ba seadas no s t r ê s t i p o s d e t e c i d o que sepa ram o s l im i t e s ó sseo s da s d i f e re n te s a r t i cu l a ções Essa s t r ê s c l a ss i f i ca ções segu ndo o t i p o d e t e c i d o , j u n t amen te com a s suas sub c l a sse s , são demons t r a das a segu i r : Ar t i cu l ações f ib rosas 1 . S i n desmose s 2 . Su tu ra 3 . Gon fo se A r t i cu l a ções ca r t i l a g i n o sas 1 . S ín f i se 2 . S i n cond ro se A r t i cu l a ções s i n o v i a i s A r t i cu l a ções F i b ro sa s As a r t i cu l a ções f i b r o sa s se l am uma ca v i d ade a r t i cu l a r . O s o s so s ad j a cen te s , q ue e s tã o em í n t imo con ta t o e n t r e s i , são man t i d o s un i d o s pe l o t e c i d o con j u n t i vo f i b r o so . Os t r ê s t i p o s d e a r t i cu l a ções f i b r o sa s são a s i n desmo se , q ue são l i g e i r amen te móve i s ; a s su tu ra s , q ue são imóve i s ; e a s g on fo se s , q ue são um t i p o ú n i co d e a r t i cu l a çã o com mov imen to s mu i t o l im i t a dos (F i g . 1 . 2 3 ) . 1 . S indesmoses A ún i ca ve rdade i r a s i n desmose no co rpo ( como c l a s s i f i ca da p e l a NOMINA ANA ) . ( TOMICA ) é a a r t i cu l a ção t i b i o f i b u l a r d i s t a l . * O s l i g amen to s f i b r o so s unem a t í b i a d i s t a l com a f í b u l a n e ssa a r t i cu l a ção , q ue é l i g e i r amen te móve l o u an f i a r t r o da l . 2 . Su tu ras As su tu ra s são en con t r a das en t r e o s o s so s do c rân i o . E s ses o sso s man têm con ta t o e n t r e s i p o r me io d e l im i t e s e n cadeados ou se r r i l h ados e são man t i d o s j u n to s p e l o s f e i xe s d e t e c i d o f i b r o so ou l i g amen to s . Po r t a n to , e s sa s a r t i c u l a ções po s suem um mov imen to e x t r emamen te l im i t a do e , n o s adu l t o s , são cons i d e r adas imóve i s o u a r t i cu l a ções s i n a r t r o da i s

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11- PRINCíPIOS, TERMINOLOGIA E PROTEÇÃO CONTRA RADIAÇÃO Ar t i cu l ações Car t i lag inosas As a r t i cu l a ções ca r t i l a g i n o sas t ambém vedam uma ca v i d ade , e a s a r t i cu l a ções do s o sso s são f i rmemen te un idas po r uma ca r t i l agem . Ass im como a s a r t i cu l a ções f i b r o sa s , e l a s p e rm i t em mo v ime n to s d i s c re t o s o u nenhum mov imen to . A l ém d i s so , e ssa s a r t i cu l a ções são t ambém s i n a r t r o d i a i s o u an f i a r t r o d i a i s e são un i d a s po r d o i s t i p o s d e ca r t i l a gem , a s s í n f i se se a s s i n cond ro ses . 1 . S ín f i ses O aspec to e s senc i a l d e uma a r t i cu l a ção do t i p o s í n f i se é a p resença de um d isco l a rgo e p lano de f i b roca r t i l agem en t r e d uas supe r f í c i e s ó sse as con t í g uas . E sse s d i s co s de f i b r o ca r t i l a gem f o rmam a lmo fadas r e l a t i vamen te g ro ssa s que são capaze s d e se rem comp r im ida s ou de s l o cadas , p e rm i t i n do de s sa f o rma a e sse s o sso s a l g uns mov imen to s , o q ue f a z e s sa s a r t i cu l a ções se rem an f i a r t rod ia i s (mov imen to s d i s c re t o s ) . E xemp lo s d e s sa s s í n f i se s são o s d i s co s i n t e r ve r t e b ra i s ( e n t r e o s co rpo s ve r t e b ra i s ) e a s í n f i se p úb i ca ( e n t r e o s d o i s o sso s púb i co s da pe l ve ) . 2 . S incondroses Uma s i n cond ro se t í p i ca é uma f o rma tempo rá r i a de a r t i cu laçã o em que a ca r t i l agem h ia l ina de conexão ( q ue no s o s so s l o ngos é chamada de p / o co ep í f í só r í o ) é conve r t i d a em o s so na i d ade adu l t a . E sse s t i p o s t empo rá r i o s d e a r t i cu l a ção de c r e sc imen to são cons i d e rados s ina r t rod ia i s ou imóve i s . E xemp lo s d e s sa s a r t i cu l a ções são a s p l a ca s ep i f i sá r i a s e n t r e a s e p í f i se s e a s d i á f i se s ( co rpo s ) d o s o s so s l o ngos e n a un i ã o do s t r ê s o s so s da pe l ve , q ue f o rmam o a ce tábu l o p a ra a a r t i cu l a ção do quad r i l . Ar t i cu l ações S inov ia i s A t e r ce i r a c l a s s i f i ca ção da s a r t i cu l a ções é a s s i n o v i a i s , q ue sã o l i v r emen te móve l , a ma io r i a d e l a s n o s memb ro s s upe r i o re s e i n f e r i o re s , ca ra c te r i zadas po r uma c ápsu la f i b rosa con tendo em seu in te r io r l í qu ido s inov ia l . As t e rm ina ções ó sseas que f o rmam a a r t i cu l a ç ão s i n o v i a l p odem t e r con ta t o e n t r e s i mas são comp le t amen te sepa radas e con têm um e spaço a r t i cu l a r e uma ca v i d ade , p e rm i t i n do q ue e ssa s a r t i cu l a çõe s t e nham mov imen to s d e g rande amp l i t u d e . A s a r t i cu l a çõe s s imov i a i s são ge ra lmen te d ia r t rod ia i sou l i v r emen te móve i s . ( E xce ções a i s so são a s a r t i cu l a ções sa c r i l í a ca da p e l ve , q ue são an f i a r t r o d i a i s o u de mov imen to s d i sc re t o s . ) A s t e rm ina ções e xpo s ta s d e s se s o sso s con têm uma f i n a camada p ro t e t o ra d e ca r t i l agem a r t i cu la r h i a l i n a . A cav idade a r t i cu la r , que con tém um l í qu i do s i n o v i a l l u b r i f i ca n te e v i s co so , é f e chada e cobe r t a p o r uma cápsu la f i b rosa , r e f o r ç ada pe l o s l i g amen tos a cessó r ios .Esses l i g amen to s l im i t am o mo v imen to em d i r e ções i n de se j a das . A supe r f í c i e i n t e rna da cápsu l a f i b r o sa é a r e sponsá ve l p e l a se c re ção do l í q u i d o s i n o v i a l l u b r i f i ca n te . T ipos de Mov imen to das A r t i c u lações S inov ia is As a r t i cu l a ções s i n o v i a i s o co r r em em um núme ro cons i d e rá ve l e va r i á ve l e são a g rupadas segundo o s se is t i p os de mov imen to que são pe rm i t i d o s . E l a s e s t ã o l i s t a das em o rdem dos mov imen to s meno re s pa ra o s ma i s mó ve i s . O nome p re f e r í ve l a pa re ce an te s , segu i d o pe l o s t e rmos an t i g o s ou s i n ôn imos em p a rên te se s . ( I s so é a do tado em t o do e s te l i v r o . ) 1 . Ar t icu lações p l anas (des l i z an tes ) Esse t i p o d e a r t i cu l a ção s i n o v i a l p e rm i t e o meno r mo v imen to , q ue , como o p róp r i o n ome suge re , é um mov imen to de des l i zamen to en t re duas s upe r f í c i e s a r t i cu la res . Exemp lo s de s sa s a r t i cu l a ções são a s i n te rme taca rpa is , c a rpome taca rpa is e n te rca rpa is das mãos e d o s pu nhos .

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12 - PRINCíPIOS, TERMINOLOGIA E PROTEÇÃO CONTRA RADIAÇÃO

2 . G íng l imo As supe r f í c i e s a r t i cu l a re s d e um g íng l imo são mo ldadas en t r e s i a f im de p e rm i t i r em apenas mov imen to s d e e x te n são e d e f l e xão . A cáp su l a a r t i cu l a r f i b r o sa ne s se t i p o d e a r t i cu l a ção é f i n a n a s supe r f í c i e s o nde a d ob radu ra o co r r e , mas f o r t e s l i g amen to s co l a t e ra i s f a zem uma f o r t e con ten ção ó s sea na s ma rgens l a t e ra i s d a cápsu l a f i b r o sa . E xemp lo s d e s sa s a r t i cu l a ções são a s i n t e r f a l a ng i a na s ( l F ) , t a n to n o s qu i r o dác t i l o s como nos pododác t i l o s , n a a r t i cu l a ção do j o e l h o e n a a r t i cu l a ção do t o rno ze l o .

3 . Ar t icu lação t rocó ide (p i vô ) A a r t i cu l a ção t r o có i d e é f o rmada po r um p ro ce s so ó s seo seme l han te a um e i xo q ue é ce r cado po r um ane l d e l i g amen to s e / o u e s t r u t u ra s ó s seas . I s so pe rm i t e mo v imen to s d e r o t a ção em t o rno de um ún i co e i x o . E xemp lo s d e s sa s a r t i cu l a ções são a s r a d i o u l n a re s p r o x ima l e d i s t a l d o a n teb ra ço , q ue e x i b em seu mov imen to a x i a l n o mo v imen to d e r o t a ção da mão e d o punho . Ou t r o e xemp lo é a a r t i cu l a ção en t r e a p r ime i r a e a segunda v é r t e b ra s ce r v i ca i s . O den te d o e i xo (C2 ) f o rma um p i vô e o a r co an te r i o r d o a t l a s (C1 ) , comb inado com o s l i g amen to s po s te r i o re s , f o rma um ane l . 4 . Ar t icu lações e l ipsó ides (cond i la res ) Na a r t i cu l a ção e l i p só i d e ou cond i l a r , o mo v imen to o co r r e b a s i c amen te em um p l a no , comb inado com um l e ve g rau de r o t a ção em um e i xo no s â ngu l o s r e t o s a o p l a no de mov imen to p r imá r i o . O mov imen to r o t a c i o na l é d e a l g uma f o rma l im i t a do po r l i g amen to s e t e ndões a s so c i a dos . E sse t i p o d e a r t i cu l a ção pe rm i t e , p o r t a n to , b a s i camen te q ua t r o mov imen to s : f l e xão e e x t e n são e a bdução e a dução . O mov imen to d e c i r cun dução t ambém o co r re e r e su l t a d a a s so c i a ção seqüenc i a l d o s mo v ime n to s d e f l e xão , a bdução , e x t e n são e a dução . E xemp lo s d e a r t i cu l a ções e l i p s ó i d e s são a s segunda e q u i n t a a r t i cu l a ções me ta ca rpo f a l a ng i a nas (MCF ) , a a r t i cu l a ção do p unho e a s a r t i cu l a ções me ta ta r so f a l a ng i a nas (MTF ) . 5 . Art icu lações se la res O te rmo se /a r des c re ve bem e s sa e s t r u t u ra a r t i cu l a r n a s t e rm i na ções d o s o s so s com f o rma cônca vo - convexa ou em opos i ção a uma ou t r a (F i g . 1 . 3 0 ) . (Duas e s t r u t u ra s seme lhan te s a uma se l a e n ca i xam -se uma na ou t r a . ) Os mov imen to s d e s sa a r t i cu l a ç ão se l a r , t i p o b i a x i a l , são o s mesmos d a s a r t i cu l a ções e l i p só i d e s , q ue são f l e xão , e x t e n são , a dução , a bdução e c i r cundução . O me lho r e xemp lo d e uma ve rd ade i r a a r t i cu l a ção se l a r é a p r ime i r a a r t i cu l a ção ca rpome ta ca rp i a na (CMe ) d o po l e ga r .

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13- PRINCíPIOS, TERMINOLOGIA E PROTEÇÃO CONTRA RADIAÇÃO 6 . Ar t icu lações es fe ró ides As a r t i cu l a ções e s fe ró i d e s pe rm i t em g rande l i b e rdade de mov imen to s . O o s so d i s t a l q ue compõe a a r t i cu l a ção é capaz de mo ve r - se a o r e do r d e um núme ro i n f i n i t o d e e i xo s que po ssuam um cen t r o em comum . Quan to ma i s p ro f u nda a a r t i cu l a ção , ma i s l im i t a do se rá o mov imen to . Uma a r t i cu l a ção ma i s p ro f u nda , n o en tan t o , é ma i s f o r t e e ma i s e s t á ve l . Po r e xemp lo , a a r t i cu l a ção do quad r i l ( co xo femo ra l ) é mu i t o ma i s f o r t e e e s t á ve l d o que a a r t i cu l a çã o d o omb ro , mas a capac i d ade de mov imen to s é b em ma i s l im i t a da n o quad r i l .O s mov imen to s d a s a r t i cu l a ções e s fe ró i d e s são f l e xão , e x t e n são ,abdução , a dução , c i r c undução e r o t a ção med ia l e l a t e ra l . Os do i s e xemp lo s d e a r t i cu l a çõ es e s fe ró i d e s são a s a r t i cu l a çõ es do quad r i l ( co xo femo ra l ) e d o s omb ro s . SUMÁR IO DA CLASS IF ICAÇÃO DAS ART ICULAÇÕES C la ss i f i ca ção da s A r t i cu l a ções

C la ss i f i ca ção da Mob i l i d ade

T ipo s de Mov imen to s

Desc r i ção do Mov imen to

Exemp lo s

A r t i cu l a ções F i b ro sa s S i n desmoses

An f i a r t r o d i a l ( l i g e i r amen te móve i s )

- - A r t i cu l a ção t i b i o f i b u l a r d i s ca l

Su tu ra s S i n a r t r o d i a l ( imóve l ) - - - Su tu ra s c ran i a nas Gon fo se s Mov imen to s mu i t o

l im i t a dos - - Á rea s ao r e do r d a s

ca v i d ades do s den te s A r t i cu l a ções Ca r t i l a g i n o sas

- - D i s co s i n ve r t e b ra i s S ín f i se p úb i ca

S ín f i se s An f i a r t r o d i a l ( l i g e i r amen te móve i s )

- - D i s co s i n ve r t e b ra i s S ín f i se p úb i ca

S i n cond ro ses S i n a r t r o d i a l ( imóve l ) - - P l a ca s ep i f i sá r i a s d o s o s so s l o ngos e e n t r e a s t r ê s d i v i sõe s da pe l ve

A r t i cu l a ções S i n o v i a i s D i a r t r o d i a l ( l i v r emen te móve i s ) , com e x ceção da s a r t i cu l a ções sa c ro i l í a ca s ( a r t i cu l a ções s i n o v i a i s com mov imen to s mu i t o l im i t a dos [ a n f i a r t r o d i a i s ] )

P l a na ( d e s l i zan te ) G íng l imo ( em dob rad i ça )

Des l i zan te o u co r r e d i ça F l e xão e e x t e n são

A r t i cu l a ções i n t e rme ta ca rpa l , i n t e r ca rpa l e ca rpome ta ca rpa l A r t i cu l a ções i n t e r f a l a ng i a nas do s dedos da s mãos e d o s pé s e d o j o e l h o , ca l canha r e co to ve l o

T ro có i d e ( p i vô ) Ro ta c i o na l A r t i cu l a ção r a d i o u l n a r p ro x ima l e d i s t a l e e n t r e a s vé r t e b ra s C1 e C2

E l i p só i d e ( cond i l a r )

F l e xão e e x t e n são Abdução e a dução C i r cundução

Segunda a q u i n t a a r t i cu l a ções me ta ca rpo fa l a ng i a nas e a r t i cu l a ções do punho

Se l a r ( em se l a )

F l e xão e e x t e n são Abdução e a dução C i r cundução

P r ime i r a a r t i cu l a ção me ta ca rpa l ( p o l e ga r )

E s fe ró i d e ( em bo l a e soque te )

F l e xão e e x t e n são Abdução e a dução C i r cundução Ro ta ção med ia l e l a t e ra l

A r t i cu l a ções do quad r i l e d o s omb ro s

NOTA : A a r t r o l o g i a , o e s t u do d a s a r t i cu l a ções , con t i n ua ao l o ngo de s te t e x t o como ana tom ia e spec í f i ca , i n c l u i n do t o das a s a r t i cu l a ções do co rpo humano , e se rá e s t u dada ma i s d e ta l h adamen te n o s p ró x imos cap í t u l o s .

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14 - PR INC IP IOS , TERMINOLOGIA E PROTEÇÃO CONTRA RADIAÇÃO B. TERMINOLOGIA RADIOGRÁF ICA O pos i c i onamen to r ad i og rá f i co re fe re -se ao es t udo do pos i c i onamen to do pac i en te pa ra demons t ra r r ad iog ra f i c amente ou v i sua l i z a r pa r tes espec í f i c as do co rpo nos f i lmes . É essenc ia l que cada pessoa que p l ane ja t r aba lha r c omo técn i c o / rad io l og i s t a c omp reenda c l a ramen te o emp rego co r re t o da t e rm i no l og i a de pos i c i onamento . Es t a pa r te do Cap . 1 r e l ac i ona , desc reve e i l u s t ra os t e rmos ma i s comumen te usados de aco rdo com a t e rm ino l og i a de pos i c i onamen to e i nc i dênc i a con fo rme aprovada e pub l i cada pe lo Ame r i can Reg i s t ry o f Rad i o l og i c Techno l og i s t s (ARRT ) . * A l ém d i sso , esses t e rmos são compa t í v e i s c om aque l es usados no Canadá , de aco rdo com a Canad i an Assoc i a t i on o f Med i c a l Rad ia t i on Techno l og i s t s (CAMRT ) , com exceção do t e rmo "v i são" . (Consu l ta r sumá r i o de t e rmos que podem se r usados e r r oneamente no f im des ta seção . ) Ao l ongo do t ex t o , o uso de pos i ções denomi nadas (nomes p rópr i os de pessoas que desc reve ram p r ime i r o uma pos i ç ão espec í f i ca ou p roced imen to ) é r e f e r i do c omo um método , como métodos de Towne , Wate rs e Ca l dwe l l . T an to o ARRT quan to a CAMRT conco rdam com o uso do nome de um método en t re pa rên teses após o t e rmo de i nc i dênc i a ou de pos i ção . F i g . 1 . 32 Rad iog ra f i a de t ó rax . Termos Gera is Rad iog ra f i a Uma rad i og ra f i a é um f i lme ou ou t r o ma te r i a l de base que possu i uma imagem p rocessada de uma de te rm inada reg ião ana tômica do pac ien te ( p roduz i da pe l a ação dos ra i os X no f i lme ) . Rad iogra far : É a p rodução de r ad i og ra f i as e / ou ou t r as f o rmas de imagens rad iog rá f i cas .Rad iog ra f i a VS . f i lme de r a i os X : Na p rá t i c a , o s t e rmos rad i og ra f i a e f i lme de r a i os X ( ou apenas f i lme ) s ão f r eqüen temente usados sem d i s t i nção en t r e s i . O f i lme de r a i os X r e f e re -se espec i f i c amen te à pa r te f í s i ca do ma te r i a l onde a imagem rad iog rá f i ca se rá expos ta . O t e rmo rad iog ra f i a i nc l u i o f i lme e a imagem. Imagens rad iog rá f i c as : As imagens r ad iog rá f i cas podem se r ob t i das , v i s tas e a rmazenadas como cóp i as f í s i c as ( r ad i og ra f i a s ) ou como imagens d ig i t a i s , que podem se r man ipu ladas , v i s t as e a rmazenadas d i g i t a lmen te . F i g . 1 .33 Exame rad iog rá f i co .Exame ou p roced imen to r ad i og rá f i c o Um t écn i c o / r ad i o l og i s t a é mos t rado pos i c i onando o pac i en te pa ra um exame de r o t i na de tó rax 1 -Pos i c i onamento da pa r t e do c o rpo e a l i nhamento do r a i o c en t r a l (RC) 2 . Se l eção de med idas de p ro t eção con t ra a r ad i ação 3 -Se l eção dos f a t o res de expos i ç ão ( t écn i c a r ad i og rá f i c a ) no pa i ne l de con t ro l e 4 - Ins t rução do pac ien t e pa ra r esp i r a r e , em segu ida , i n í c i o da expos i ç ão 5 -Reve l ação do f i lme Pos i ç ão ana tômica Em pos i ção ve r t i c a l , b raços aduz idos ( pa ra ba i x o ) , pa lmas pa ra a f r en te , c abeça e pés v i rados exa tamente pa ra a f r en te . Essa pos i ção co rpo ra l espec í f i ca é usada como re fe rênc i a pa ra ou t r os t e rmos de pos i c i onamento (F i g . 1 . 34 ) . Obse rvação : Quando se re fe r i r a uma par te espec í f i c a do co rpo em re l ação a ou t r as pa r t es , o t écn i co / r ad i o l og i s ta semp re p rec i sa pensa r na pessoa em pos i ção o r tos tá t i c a e ana t ômica , mesmo quando fo r des c reve r as pa r t es de um pac i en te que es tá de i t ado ; caso con t rá r i o , pode oco r re r con fusão ao r ea l i z a r a desc r i ção .Exame das rad iog ra f i as : Uma reg ra ge ra l pa ra se es tuda r uma rad i og ra f i a é ex i b i - I a de fo rma que o pac i en te f i que de f ren t e pa ra o obse rvado r , com o pac ien t e em pos i ç ão ana t ômica . I sso s e rá ma i s bem desc r i t o ad i an te nes t e c ap í t u l o . F i g . 1 . 34 Pos i ção ana t ômica

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1 5 - PR INC IP IOS , TERMINOLOGIA E PROTEÇÃO CONTRA RAD IAÇÃO Planos Corpóreos , Cor tes e L inhas Os t e rmos de pos i c i onamen to que desc revem os ângu los do ra i o cen t r a l (RC) ou as r e l ações en t r e as pa r tes do c o rpo são f r eqüen temente re l ac i onados aos p l anos imag i ná r i os que passam a t ravés do co rpo em pos i ção ana t ômica . O es tudo de uma TC ( t omog ra f i a c ompu tador i z ada) e de uma RM ( ressonânc i a magné t i c a ) en fa t i za a ana tomia sec c iona l , que também envo l ve o s p l anos p r imár i os e os c o r te s desc r i t os a segu Ia r . PLANO: SUPERFíCIE EM L INHA RETA QUE - - UNE DOIS PONTOS Qua t ro p l anos comuns são usados em rad io l og i a : P lano sag i t a lUm p lano sag i t a l é qua lque r p l ano l ong i t ud i na l que d i v i de o c o rpo em uma par te d i r e i t a e uma par te esque rda . O p l ano med iossag i ta l , po r v ezes c hamado t ambém de p l ano med i ano , é um p l ano sag i ta l que passa pe l a l i nha méd ia d i v i d i ndo o co rpo em duas pa r t es i gua i s , uma d i r e i t a e uma esque rda .E la passa aprox imadamente a t ravés da su t u ra sag i ta l do c rân i o . Qua lque r p i ano para l e l o ao p l ano med i ano ou med i ossag i t a l é c hamado de p iano sag i ta l . Plano carona l Um p l ano co rona l é qua l que r p l ano l ong i t ud i na l que d i v i da o c o rpo em pa r t es an te r i o r e pos te r i o r .O p l ano med ioco rona l d i v i de o co rpo em pa r t es an te r i o res e pos t e r i o res i gua i s . É denomi nado p l ano co rona l po rque passa ap rox imadamente a t ra vés da su tu ra c o rona l do c rân io . Qua l que r p l ano pa ra l e l o ao p l ano med ioco rona l ou f r on ta l é denomi nado p lano co rona l . Plano hor izon ta l ( ax ia l ) Um p l ano ho r i z on ta l (ax i a l ) é qua lque r p l ano t r ans ve rso que passa a t r avés do co rpo em ângu l o r e to ao p l ano l ong i tud ina l , d i v i d i ndo o c o rpo em porções supe r i o r e i n f e r i o r . P lano ob l íquo Um p l ano ob l íquo é um p l ano l ong i t ud i na l ou t r ansve rso que es t á angu l ado ou i nc l i nado e não pa ra l e l o aos p l anos sag i ta l , c o rona l ou ho r i z on t a l . CORTE: UMA SUPERFíC IE DE "CORTE" OU "FAT IA" Cor tes l ong i tud ina i s - sag i t a l , c o rona l e ob l íquo Esses co r tes são fe i tos l ong i tud ina lmen te na d i reção do e i xo l ong i tud ina l do co rpo ou de qua l que r uma de suas pa r tes , i ndependen temen te da pos i ç ão do co rpo ( em pé ou de i tado ) .Os co r t es l ong i t ud i na i s podem se r f e i t os nos p l anos sag i t a l , co rona l ou ob l íquo . Cor tes t r ansve rsa i s ou ax i a i s Os co r tes são fe i tos em ângu lo r e t o ao l ongo de qua lque r pon t o do e i x o l ong i t ud i na l do c o rpo ou de qua lque r uma de suas pa r t es . Imagens sag i t a l , co rona l e ax i a l : As imagens po r TC e de RM são ob t i das nessas t rês i nc i dênc i as ou o r i en tações comuns . (Co r t es de RM são mos t rados da F i g . 1 . 37 a té a F ig . 1 . 39 . )

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1 6 - PR INC IP IOS , TERMINOLOGIA E PROTEÇÃO CONTRA RAD IAÇÃO PLANOS DO CRÂN IO P lano da ba se do c rân i o Esse p l a no t r a n sve r so p re c i so é f o rmado pe l a conexão de l i n ha s da s ma rgens i n f r a -o rb i t á r i a s ( l im i t e i n f e r i o r d a s ó rb i t a s ó s seas ) à s ma rgens supe r i o re s d o mea to a cú s t i co e x t e rno (MAE , a a be r t u ra e x t e rn a do ou v i d o ) . A l g umas ve zes , t ambém é chamado de p l a no an t r o po l ó g i co o u p l a no ho r i zon ta l d e F ran k fo r t , como u sado em o r t o don t i a e em t o pog ra f i a c r a n i a na pa ra med i r e l o ca l i za r p on to s c ran i a nos e sp ec í f i co s o u e s t r u t u ra s . P l a no de o cu são Esse p l a no ho r i zon ta l é f o rmad o pe l a s supe r f í c i e s d e mo rdedu ra do s d en te s supe r i o re s e i n f e r i o re s com a mand íbu l a f e chada ( u sad o como um p i a no de r e f e rên c i a d a cabeça na s r a d i o g ra f i a s d en t a i s e d e c rân i o ) . Supe r f í c i e s e Pa r t e s d o Co rpo TERMOS PARA AS PORÇÕES POSTER IOR E ANTER IOR DO CORPO Pos te r i o r o u do r sa l Re fe re - se à me tade do r sa l d o p a c i e n te , o u aque l a p a r t e d o co r po ob se r vada q uando vemos uma pes soa de co s ta s ; i n c l u i a s p l a n ta s d o s p é s e o d o r so da s mãos na po s i ção ana tôm i ca An te r i o r o u ven t r a l Re fe re - se à me tade f r o n ta l d o pa c i e n te , o u aque l a p a r t e d o c o rpo ob se r vada q uando vemos uma pes soa de f r e n te ; i n c l u i o d o r so d o s pé s e a s p a lmas d a s mãos na po s i ção ana tôm i c a TERMOS PARA SUPERF íC IES DAS MÃOS E DOS PÉS T rê s t e rmos são u sados em rad i o l o g i a p a ra d e s c re ve r supe r f í c i e s e spec í f i ca s d o s memb ro s supe r i o re s e i n f e r i o re s como des c r i t o s a segu i r : P l a n ta r Re fe re - se à r e g i ã o p l a n ta r o u à supe r f í c i e p o s te r i o r d o pé Do rso Pé : Re fe re - se à p a r t e d e c ima ou à supe r f í c i e a n te r i o r d o pé Mão : Re fe re - se à p a r t e d e t r á s o u à p a r t e p o s te r i o r d a mão .Obse r va ção : O s t e rmos do r so ou do r sa l em ge ra l r e f e rem - se à p a r t e p o s te r i o r o u ve r t e b ra l d o co rpo . En t r e t a n to , q uando u sado em re l a ção ao s pé s , o d o r so r e f e re - se e spec i f i camen te à supe r f í c i e supe r i o r , o u a spec to a n te r i o r , d o p é em opos i ção à so l a , ma s , p a ra a mão , à p a r t e d e t r á s o u po s te r i o r é a supe r f í c i e o pos ta à p a lma . Pa lma r ( vo l a r ) Re fe re - se à p a lma da mão ; n a po s i ção ana tôm i ca , é o me smo que supe r f í c i e a n te r i o r o u ven t r a l d a mão . F i g . 1 . 4 2 Supe r f í c i e s d o r sa l e p a lma r d a mão .

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17 - PR INC IP IOS , TERMINOLOGIA E PROTEÇÃO CONTRA RADIAÇÃO Inc idênc ias Rad iográ f icas I nc i dênc ia é um te rmo de pos i c i onamen to que desc reve a d i r eção ou t r a j e tó r i a do RC da f on te de ra i os X quando es t es a t ravessam o pac ien t e , p ro j e tando uma imagem no f i lme . TERMOS COMUNS DE INCIDÊNCIA Inc i dênc ia pós t e ro -an te r i o r (PA ) É a i nc i dênc i a do RC de t r ás pa ra a f ren t e . A comb inação desses do i s t e rmos , pos t e r i o r e an te r i o r , em uma ún i ca pa l av ra é ab rev i ada como PA. O RC pene t ra na supe r f í c i e pos te r i o r e sa i na supe r f í c i e an te r i o r ( i n c i dênc ia em PA ) . Ob tém-se uma PA ve rdade i ra quando não há r o t ação i n t enc iona l p rec i sando o RC es t a r pe rpend i c u la r ao p l ano co rona l do c o rpo e pa ra l e l o ao p l ano sag i ta l , a menos que a l gum te rmo que qua l i f i que como ob l í qua ou em ro tação se j a usado pa ra i nd i c a r em con t rá r i o Inc idênc ia ân te ro -pos ter io r (AP ) É uma i n c i dênc i a do RC de f ren t e pa ra t r ás , o opos t o de PA. A comb inação desses do i s t e rmos , an te r i o r e pos te r i o r , em uma ún i ca pa l av ra desc reve a d i reção do RC , que pene t ra na s upe r f í c i e an t e r i o r e sa i pe la supe r f í c i e pos te r i o r ( i nc i dênc ia em AP ) Ob tém-se uma AP ve rdade i r a quando não há r o tação i n tenc iona l , a menos que a l gum te rmo que qua l i f i que se j a também usado i nd i cando que se ja uma i nc i dênc i a ob l íqua Inc i dênc ias ob l í quas AP ou PA É uma i n c i dênc i a em AP ou em PA dos membros supe r i o res ou i n f e r i o res que se ja ob l í qua ou rodada , não sendo uma AP ou PA ve rdade i ra . Po r esse mot i v o , é p rec i so haver um ad j e t i v o i nd i c ando pa ra que l ado es t á rodada , c omo ro t ação med i a l ou l a te ra l ( de AP ou PA , con f o rme a pos i ç ão ana t ômica ) (F i gs . 1 . 45 e 1 .46 ) . I nc i dênc ias méd io - l a te ra l e l á t e ro -med i a l Uma i nc i dênc ia l a te ra l desc r i t a segundo a t r a j e tó r i a do RC Do i s exemp l os s ão as i nc i dênc i as méd i o - l a t e ra l do to rnoze lo (F ig . 1 . 47 ) e l á te ro -med i a l do punho (F i go 1 . 48 ) . A de te rm i nação do l ado med i a l ou l a t e ra l é novamen te baseada na pos i ção ana t ômica do pac i en te .

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18 - PR INC IP IOS , TERMINOLOGIA E PROTEÇÃO CONTRA RADIAÇÃO Posições do Corpo Em rad i o l og ia , o te rmo pos i ç ão é usado de duas f o rmas , a p r ime i r a c omo uma pos i ção ge ra l do c o rpo , como desc r i t o a s egu i r , e a s egunda como uma pos i ç ão espec í f i ca do c o rpo (p . 19 ) . POSiÇÕES GERAIS DO CORPO As o i to pos i ç ões ge ra i s do c o rpo ma i s comumente usadas em rad io l og ia são : Decúb i to do rsa l De i tado de cos t as , c om a f a ce an te r i o r do c o rpo pa ra c ima Decúb i to ven t r a l De i tado de f ren t e , com a face an t e r i o r do c o rpo pa ra ba i xo (a cabeça pode es t a r v i rada pa ra um l ado ) E re t a Na pos i ç ão ve r t i c a l , em pé ou sen tado com o t ronco e re t o Decúb i to ( r ec l i nado ) De i tado em qua lquer pos i ç ão (decúb i t o ) . Decúb i to Do rsa l : De i t ado sob re o do rso . Decúb i to Ven t ra l : De i tado sob re o abdome . Decúb i to La t e ra l : De i tado de l ado ( l a te ra l esque rda ou d i re i ta ) T rende lenbu rg * Uma pos i ção de decúb i t o na qua l a c abeça f i c a em um n í ve l ma i s ba i xo do que os pés Pos i ç ão de S im (pos i ção de semi decúb i to v en t r a l ) É uma pos i ç ão de decúb i to ob l í quo em que o pac ien t e s e de i ta sobre o l ado an t e r i o r e sque rdo com a pe rna esque rda es t i c ada e o j oe l ho d i r e i t o pa rc i a lmen te f l e t i do A pos i ç ão de S im mod i f i cada é usada pa ra a i n se rção de um t ubo re ta I pa ra enema ba r i t ado (v e r Cap . 15 ) . Pos i ç ão de Fowl e r t É uma pos i ç ão de decúb i to em que o c o rpo é i nc l i nado de fo rma que a c abeça es t e j a em um n íve l supe r i o r ao dos pés Pos i ç ão de l i t o tomia É uma pos i ç ão de decúb i to do rsa l na qua l os j oe lhos e o quad r i l f i cam f l e t i dos e a coxa abduz i da e rodada ex t e rnamen te , apo iada pe lo supo r t e pa ra os t o rnoze l os

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1 9 - PR INC IP IOS , TERMINOLOGIA E PROTEÇÃO CONTRA RAD IAÇÃO POS iÇÕES ESPEC íF ICAS DO CORPO A lém das po s i çõe s ge ra i s d o co rpo , a segunda pa r t e d o a s sun t o p o s i ção é u sada em rad i o l o g i a em re f e rên c i a a a l g umas po s i ç õe s e spec í f i ca s d o co rpo de s c r i t a s p e l a p a r t e d o co rpo r e s t r i t a a o f i lme ( o b l í q ua s e l a t e ra i s ) o u p e l a supe r f í c i e o nde o p a c i e n te e s t á d e i t a do ( d e cúb i t o ) . Po s i ção l a t e ra l Re fe re - se ao l a do , o u à v i são l a t e ra l São a s p o s i çõe s l a t e ra i s e spec í f i ca s como a pa r t e r e s t r i t a a o f i lme , o u à p a r t e d o co rpo onde o RC i n c i d e (F i g s . 1 . 5 5 e 1 . 5 6 ) . Uma pos i ção l a t e ra l ve rdade i r a e s t a rá semp r e a 9 0 ° ou pe rpend i cu l a r o u em ângu l o r e t o à ve rdade i r a i n c i d ênc i a AP ou PA . Se não f o r uma l a t e ra l ve rdade i r a , se rá uma po s i ção ob l í q ua . Po s i ção ob l í q ua É uma pos i ção angu l a da em que nem o p l a no sag i t a l n em o p l a no co rona l d o co rpo são pe rpend i c u l a re s o u em ângu l o r e t o com o f i lme A s po s i çõe s ob l í q ua s do t ó ra x , a bdome ou pe l ve são de s c r i t a s p e l a p a r t e r e s t r i t a a o f i lme , o u à p a r t e d o co rpo onde o RC i n c i d e . Po s i çõe s ob l í q ua s po s te r i o re s e sque rda e d i r e i t a (OPE e OPD ) Desc re ve uma pos i ção ob l í q ua e spec í f i ca em que o a spec to Po s te r i o r e sque rdo ou d i r e i t o d o co rpo é r e s t r i t o a o f i lme (F i g s . 1 . 5 7 e 1 . 5 8 ) O f e i xe d e r a i o s X sa i n a f a ce d i r e i t a o u e sque rda do co rpo Obse rva ção : E s sas t ambém pode r i am se r d enom inadas i n c i d ênc i a s o b l í q ua s AP po rque o RC p ene t r a n a supe r f í c i e a n te r i o r e sa i p o s te r i o rmen te . I s so , e n t r e t a n to , n ão é uma de sc r i ção comp le t a e t ambém e x i g e uma d i s c r im ina ção e spec í f i ca d a po s i ção , como pos i ção OPO ou O rE . Po r e s se mo t i vo , a o l o ngo do l i v r o , a s o b l í q ua s s e rão r e f e r i d a s como pos i çõe s e n ão como i n c i d ênc i a s .Todav i a , a s o b l í q ua s de memb ro s i n f e r i o re s e supe r i o re s são co r r e t amen te d e sc r i t a s como ob l í q ua s AP ou PA , mas p re c i sam de uma des c r i çã o ad i c i o na l como ro t a ção med ia l o u l a t e ra l ( F i g s . 1 . 4 5 e 1 . 4 6 ) . Po s i çõe s ob l í q ua s an te r i o re s d i r e i t a e e sque rda (OAD e OAE ) Re fe rem -se à que l a s p o s i çõe s ob l í q ua s em que o a spec to a n te r i o r d i r e i t o o u e sque rdo do co rpo é r e s t r i t o a o f i lme e p ode se r n a po s i ção e re t a o u na s p o s i çõe s ge ra i s d e de cúb i t o (F i g s . 1 . 5 9 e 1 . 6 0 ) . Obse r va ção : E ssa s t ambém podem se r d e s c r i t a s como i n c i d ênc i a s o b l í q ua s em PA se uma e spe c i f i ca ção da po s i ção f o r a d i c i o nada , como pos i ção em OAD ou OAE . Não é co r r e t o o u so de sse s t e rmos ob l í q uo s ou a b re v i a ções O rE , o ro , OAD ou OAE so z i n hos como i n c i d ênc i a s p o rque e l e s n ão de sc re vem a d i r e ção ou cam inho do RC - .

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2 0 - PR INC IP IOS , TERMINOLOGIA E PROTEÇÃO CONTRA RAD IAÇÃO Pos i ção de de cúb i t o A pa l a v ra d e cúb i t o s i g n i f i ca l i t e r a lmen te " d e i t a do " , o u a p o s i ç ão p re sum ida como e s tando de i t a d o . E s sa po s i ção do co rpo , q ue s i g n i f i ca a pa rado em uma supe r f í c i e h o r i zon ta l , é d e s i g nada segundo a supe r f í c i e o nde o co rpo se en con t r a d e i t a do . I s so po r t a n to r e f e re - se ao pa c i e n te d e i t a do em uma das segu i n t e s supe r f í c i e s d o co rpo : co s ta s ( d o r sa l ) , f r e n te ( ven t r a l ) o u l a do ( l a t e ra l e sque rda ou d i r e i t a ) . N o po s i c i o namen to r a d i o g rá f i co , o d e cúb i t o é semp re u sado com uma f o n te h o r i zon ta l d e r a i o s X . A s po s i çõe s em decúb i t o são f u ndamen ta i s p a ra a d e t e cção de n í ve i s h i d roaé reo s ou a r l i v r e n a s ca v i d ades do co rpo , como t ó ra x o u abdome , o nde o a r se mob i l i za p a ra a p o r ção supe r i o r d a ca v i d ade . Po s i ção de de cúb i t o l a t e ra l d i r e i t o o u e sque rdo ( i n c i d ênc i a AP ou PA ) Nessa po s i ção , o p a c i e n te d e i t a - se de l a do e a f o n t e d e r a i o s X é p o s i c i o nada ho r i zon ta lmen te d e an te r i o r p a ra p o s te r i o r (AP ) (F i g . 1 . 6 1 ) o u de po s te r i o r p a ra a n te r i o r ( PA ) (F i g . 1 . 6 2 ) A po s i ção AP ou PA en t r e p a rê n te se s é impo r t a n te como e spe c i f i ca ção d o t e rmo pa ra d eno ta r a d i r e çã o do RC . Essa po s i ção se r ve t a n to p a ra o d e cúb i t o l a t e ra l e sque rdo (F i g . 1 . 6 1 ) como pa ra o d e cúb i t o l a t e ra l d i r e i t o (F i g . 1 . 6 2 ) . I s so é d e s i g nado de a co rdo com o l a do dependen te ( o l a do na po s i ção i n f e r i o r ) . Obse r va ção : I s so é seme lhan te à p o s i ção de de cúb i t o l a t e ra l , e xce to p e l a f o n te em i s so ra d e r a i o s X , q ue é d i r e c i o nada h o r i zon ta lmen te , t o r n ando -a uma po s i ção de de cúb i t o l a t e ra l ( i n c i d ên c i a AP ou PA ) . Po s i ção de de cúb i t o d o r sa l ( l a t e ra l e sque rda ou d i r e i t a ) Nessa po s i ção , o p a c i e n te e s t á d e i t a do de co s ta s so b re uma supe r f í c i e com o f e i xe d e r a i o s X d i r e c i o nado ho r i zon ta lmen te , sa i n do do co rpo do l a do ma i s p ró x imo do f i lme (F i g . 1 . 6 3 ) . A p o s i ção é d enom inada de a co rdo com a supe r f í c i e sob re a q ua l o p a c i e n te e s t á d e i t a do ( d o r sa l o u ven t r a l ) e p e l o l a do ma i s p r ó x imo d o f i lme ( d i r e i t o o u e sque rdo ) . Obse r va ção : É seme lhan te à p o s i ção d e de cúb i t o d o r sa l , e x ce to p e l o f a t o d e que o f e i xe d e r a i o s X e s tá d i r e c i o nado ho r i zon ta lmen te e sa i p e l o l a do do co rp o , i n d i cando que e ssa é uma po s i ção l a t e ra l d e de cúb i t o d o r sa l . Po s i ção de de cúb i t o ven t r a l ( l a t e ra l d i r e i t o o u e sque rdo ) Nessa po s i ção , o p a c i e n te e s t á d e i t a do na supe r f í c i e ven t r a l ( a n te r i o r ) , com o s r a i o s X d i r e c i o nados ho r i zon ta lmen te , sa i n do do l a do ma i s p ró x imo ao f i lme (F i g . 1 . 6 4 ) . A p o s i ção é d e s i g nada de a co rdo com a supe r f í c i e n a qua l o p a c i e n te e s t á d e i t a do ( ven t r a l o u d o r sa l ) e com o l a do ma i s p ró x imo ao f i lme ( d i r e i t o o u e sque rdo ) .

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2 1 - PR INC IP IOS , TERMINOLOGIA E PROTEÇÃO CONTRA RAD IAÇÃO T e rmos de Inc idênc ia Ad ic iona is de Uso Espec ia l A segu i r ve remos a l g uns t e rmos ad i c i o na i s comumen te u sados p a ra d e sc re ve r i n c i d ênc i a s . E s ses t e rmo s , como mo s t r am suas d e f i n i çõe s , t ambém se r e f e rem à t r a j e t ó r i a o u i n c i d ênc i a d o RC e são po r t a n to i n c i d ênc i a s , em ve z de po s i çõe s . I n c i d ênc i a a x i a l O t e rmo a x i a l r e f e re - se ao e i xo l o ngo de uma e s t r u t u ra o u pa r t e ( em t o rno da qua l o co rpo g i r a o u é d i spo s to ) . O t e rmo súpe ro - i n f e r i o r o u ce fa l o cauda l d e sc re ve uma pos i ção a x i a l ve rdade i r a em qu e o RC é d i r e c i o nado ao l o ngo do e i xo a x i a l o u à l i n ha cen t r a l d o co rpo humano d a cabeça ( supe r i o r o u ce fá l i ca ) a o s pé s ( i n f e r i o r o u cauda l ) ( F i g . 1 . 6 5 ) . Ap l i ca ção e spec i a l - A x i a l AP o u PA : No po s i c i o namen to r a d i o g rá f i co , o t e rmo a x i a l é u sado pa ra d e s c re ve r q ua l q ue r â ngu l o d o RC ma io r q ue 10 g rau s ao l o ngo do e i xo l o ng i t u d i n a l d o co rpo . * Deve se no ta r , e n t r e t a n to , q ue em um sen t i d o r e a l uma i n c i d ênc i a a x i a l d e ve se r d i r e c i o nada ao l o ngo ou pa ra l e l a a o e i xo l o ng i t u d i n a l d o co rpo ou d a pa r t e . O t e rmo sem i -a x i a l d e sc re ve ma i s p re c i samen te q ua l q ue r â ngu l o a o l o ngo do e i xo q ue não se j a ve rdade i r amen te a o l o ngo o u pa ra l e l o d o e i xo l o ng i t u d i n a l . En t r e t a n to , em nome de ou t r a s r e f e rên c i a s , o t e rmo i n c i d ênc i a a x i a l se rá u sado ao l o ngo do t e x t o p a ra d e s c re ve r t a n to a i n c i d ênc i a a x i a l como a sem i -a x i a l como d e f i n i d o a c ima e i l u s t r a do na s F i g s . 1 . 6 5 a 1 . 6 7 . I n c i d ênc i a s a x i a i s í n f e ro - supe r i o r e súpe ro - i n f e r i o r A s i n c i d ênc i a s i n f e re - supe r i o re s são f r e qüen temen te f e i t a s p a ra o s omb ro s e o q uad r i l , o nde o RC pene t r a a ba i xo ou i n f e r i o rmen t e e sa i a c ima ou supe r i o rmen te (F i g . 1 . 6 7 ) . O con t r á r i o a i s so é a i n c i d ênc i a súpe ro - i n f e r i o r , como na i n c i d ênc i a e spec i a l p a ra o s o sso s na sa i s (F i g . 1 . 6 5 ) . I n c i d ênc i a t a ngenc i a l S i g n i f i ca t o cando a cu r va ou a supe r f í c i e em apenas um pon to E sse t e rmo e spec i a l d e i n c i d ênc i a é u sado pa ra d e s c re ve r a i n c i d ênc i a q ue s imp le smen te t o ca uma pa r t e d o co rpo pa ra p ro j e t á - I a em seu pe r f i l e d i s t a n te d e ou t r a s e s t r u t u ra s d o co rpo : E xemp lo s : A segu i r , t emos t r ê s e xemp lo s o u ap l i ca ções do t e rmo i n c i d ênc i a t a ngenc i a l como de f i n i d o a c ima : I n c i d ênc i a d o a r co z i g omá t i co ( F i g . 1 . 6 8 ) . I n c i d ênc i a p a ra t r a uma de c r â n i o a f im de demons t r a r uma f r a t u ra d ep re ss i va (F i g . 1 . 6 9 ) . I n c i d ênc i a e spec i a l d a p a te l a ( F i g . 1 . 7 0 ) . I n c i d ênc i a a x i a l AP - p o s i ção l o rd ó t i ca Esse é um t i p o e spec í f i co d e i n c i d ênc i a AP de t ó ra x p a ra Demons t r a r o s á p i ce s pu lmona r e s . É t ambém comumen te chamado de i n c i d ênc i a á p i co - I o rdó t i ca . Nesse ca so , é o e i xo l o ng i t u d i n a l d o co rpo que e s tá a ngu l a do , em ve z do RC O t e rmo l o rdó t i co vem de l o rd o se , um t e rmo que deno ta a cu r va tu ra d a s co l u nas ce r v i ca l e l omba r . (Ve r F i g s . 1 . 8 4 e 1 . 8 5 . ) Quando o p a c i e n te a ssume e ssa po s i ção (F i g . 1 . 7 1 ) , a cu r va tu ra l omba r l o r d ó t i ca e s t á e xage rad a , t o rn ando e sse t e rmo de s c r i t i vo p a ra e ssa i n c i d ênc i a e spec i a l d e t ó ra x .

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2 2 - PR INC IP IOS , TERMINOLOGIA E PROTEÇÃO CONTRA RAD IAÇÃO I n c i d ênc i a t r a n s to rá c i ca l a t e ra l ( p o s i ção l a t e ra l d i r e i t a ) É uma i n c i d ênc i a l a t e ra l a t r a vé s do t ó ra x Reque r um t e rmo e spe c í f i co d e po s i c i o namen to ( p o s i ção l a t e r a l d i r e i t a o u e sque rda ) p a ra se i n d i ca r q ua l o omb ro . Obse r va ção : E s sa é uma adap ta ção e spec i a l d o t e rmo i n c i d ênc i a , s i g n i f i ca ndo que o RC p a ssa a t r a vé s do t ó ra x mesmo que não se j a i n c l u í d a a sua en t r a da n em seu l o ca l d e sa ída . Na p rá t i ca , é uma i n c i d ênc i a l a t e ra l d e omb ro comum e é r e f e r i d a como l a t e ra l t r a n s to rá c i ca d e omb ro d i r e i t o o u e sque rdo . I n c i d ênc i a s d o r sop l a n ta r e p l a n todo r sa l E sse s são t e rmos se cundá r i o s p a ra a s i n c i d ênc i a s AP e PA do pé . Do r sop l a n ta r (DP ) d e s c re ve a v i a d o RC da supe r f í c i e d o r sa l ( a n te r i o r ) p a ra a supe r f í c i e p l a n ta r ( p o s te r i o r ) d o pé (F i g . 1 . 7 3 ) . A i n c i d ênc i a p l a n todo r sa l e spe c i a l p a ra o o s so do ca l canha r ( ca l câneo ) é chamada de i n c i d ênc i a p l a n to do r sa l a x i a l (PD ) p o rque o RC angu l a do p ene t r a a supe r f í c i e p l a n ta r d o pé e sa i p e l a supe r f í c i e d o r sa l (F i g . 1 . 7 4 ) . Obse r va ção : L emb re - se , o t e rmo do r so pa ra o p é r e f e re - se à s upe r f í c i e a n te r i o r ( F i g . 1 . 4 1 ) . I n c i d ênc i a s p a r i e t o a can t i a l e a can t i o pa r i e t a l Pa ra a i n c i d ênc i a p a r i e t o a can t i a l , o RC pene t r a p e l o o sso pa r i e t a l d o c r â n i o e sa i n o a cân t i o ( j u n ção en t r e o n a r i z e o l á b i o supe r i o r ) , ( F i g . 1 . 7 5 ) . O RC em d i r e ção opos ta d e sc re ve a i n c i d ênc i a a can t i o pa r i e t a l ( F i g . 1 . 7 6 ) . T a i s i n c i d ênc i a s p a ra o s o sso s da f a ce são t ambém conhec i d a s como PA de Wa te r s e PA de Wa te r s r e ve r sa . I n c i d ênc i a s submen to vé r t i ce (SMV ) e vé r t i ce submen ton i a na (VSM) Es sas i n c i d ênc i a s são pa ra o c râ n i o e p a ra a mand íbu l a .Pa ra a i n c i d ênc i a submen to vé r t i ce (SMV ) , o RC pene t r a a ba i xo do que i xo ou me n to e sa i p e l o vé r t i ce o u t o po do c rân i o (F i g . 1 . 7 7 ) .A i n c i d ênc i a vé r t i ce submen ton i a na (VSM) é o pos ta à ú l t ima e me nos comum , en t r a ndo pe l o t o po do c rân i o e sa i n do a ba i xo da mand íbu l a ( sem i l u s t r a ção ) .

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2 3 - PR INC IP IOS , TERMINOLOGIA E PROTEÇÃO CONTRA RAD IAÇÃO T e rmos de Re lação A segu i r , f o r am empa re l h ados t e rmos de po s i c i o namen to e / o u ana tôm i co s de s c re vendo a s r e l a çõe s da s pa r t e s d o co rpo com seu s s i g n i f i ca dos opos to s : Med i a l ve r su s l a t e ra l : Em d i r e ção ve r su s d i s t a n te d o cen t r o , o u do p l a no med iano . Na po s i ção ana tôm i ca , o a spe c to med ia l d e qua l q ue r p a r t e d o co rpo é à p a r t e " d e den t r o " ma i s p ró x ima ao p l a no med iano e a p a r t e l a t e ra l é a ma i s d i s t a n te d o p l a no med iano ou l i n ha méd ia d o co rpo . E xemp lo s : Na po s i ção ana tôm i ca , o p o l e ga r e s t á n o a spec to l a t e ra l d a mão . A pa r t e l a t e ra l d o abdome e d o t ó ra x é d i s t a n te d o p l a no med iano . P ro x ima l ve r su s d i s t a l O p ro x ima l e s t á p ró x imo da o r i g em ou do i n í c i o , e d i s t a l e s t á d i s t a n te d o mesmo . Em re l a ção ao s memb ro s supe r i o re s e i n f e r i o re s , p ro x ima l e d i s t a l d e vem s i g n i f i ca r a s p a r t e s ma i s p ró x imas ou d i s t a n te s d o t r o n co , d a o r i g em ou i n í c i o d o memb ro . E xemp lo s : O co to ve l o é p ro x ima l a o punho . A a r t i cu l a ção do d edo ma i s p ró x ima à p a lma é c hamada de a r t i cu l a ção i n t e r f a l a ng i a na p ro x ima l ( I FP ) , e a a r t i cu l a ção p ró x ima da pa r t e f i n a l d o dedo é chamada de a r t i cu l a ção i n t e r f a l a ng i a na d i s t a l ( l FD ) . (Ve r Cap . 4 . ) Ce fá l i co ve r su s cauda l Ce fá l i co s i g n i f i ca em d i r e ção , e nquan to cauda l s i g n i f i ca d i s t a n te d a cabeça . O ângu l o ce fá l i co é q ua l q ue r â ngu l o em d i r e ção à ca beça (F i g s . 1 . 7 9 e 1 . 8 1 ) . (Ce ró l i co s i g n i f i ca l i t e r a lmen te cabeça ou em d i r e ção à cabeça . ) O ângu l o caudado é q ua l q ue r â ngu l o em d i r e ção ao s p é s ou d i s t a n te d a cabeça (F i g . 1 . 8 0 ) . (Cauda l o u caudado de r i va d e cauda , q ue l i t e r a lmen te s i g n i f i ca " r a bo " . ) Na ana tom ia humana , o s t e rmos ce fá l i co e caudado t ambém podem se r d e sc r i t o s como supe r i o r ( em d i r e ção à cabeça ) e i n f e r i o r ( em d i r e ção ao s pé s ) . Obse r va ção : Con fo rme mo s t r a do na s i l u s t r a ções , e s se s t e rmo s são co r r e t amen te emp regados pa ra d e sc re ve r a d i r e ção do RC pa r a t o das a s i n c i d ênc i a s a x i a i s a o l o ngo de t o da a e x t e n são d o co rpo , n ão apenas i n c i d ênc i a s d a cabeça .

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24 - PR I NC Í P I OS , TE RM I NO LOG IA E P ROTEÇÃO CONTRA RAD I A ÇÃO

I n t e r i o r ve rsus e x te r i o r I n t e r i o r s i g n i f i ca e s t a r d en t r o d e a l g o , p ró x imo ao cen t r o , e E x te r i o r s i g n i f i ca e s t a r s i t u ado sob re o u p ró x imo d o e x te r i o r . O p re f i xo i n t r a s i g n i f i ca e s t a r s i t u ado den t r o o u n a pa r t e d e Den t r o ( p o r e xemp lo , i n t r a veno so : e s t a r d en t r o d a ve i a ) . O p re f i xo i n t e r s i g n i f i ca e s t a r s i t u ado en t r e a l g o ( p o r e xemp lo , i n t e r co s ta l : l o ca l i zado en t r e a s co s te l a s ) . O p re f i xo e xo s i g n i f i ca e s t a r f o ra o u e x te rnamen te ( p o r e xemp lo ) , e xo cá rd i co : a l g o em desen vo l v imen to o u s i t u ado f o ra d o co ra ção ) .

Superficial versus profundo Supe r f i c i a l e s t á p ró x imo à supe r f í c i e d a pe l e ; p ro f u ndo e s tá l o nge da mesma . E xemp lo : O co r t e t r a n sve r so de senhado na F i g . 1 . 8 3 mos t r a q ue o úme ro é p ro f u ndo quando compa rado à p e l e d o b ra ço . Ou t r o e xemp lo é um t umo r o u l e são supe r f i c i a l , l o ca l i zado p ró x imo à supe r f í c i e , compa rado a um t umo r p ro f u ndo ou l e são , l o ca l i z a d o ma i s p ro f u ndamen te d en t r o d o co rpo ou pa r t e d e l e . I p s i l a t e ra l ve r su s con t r a l a t e ra l I p s i l a t e ra l s i g n i f i ca e s t a r d o mesmo l a do do co rpo ou de pa r t e d e l e ; con t r a l a t e ra l é o l a do opos to . E xemp lo : O po l e ga r d i r e i t o e o h á l u x são i p s i l a t e r a i s ; o j o e l h o d i r e i t o e a mão e sque rda são con t r a l a t e ra i s . Termos Descri t ivos das Curvatu ras da Coluna

Lo rdose ve r su s c i f o se Ambos o s t e rmos de s c re vem uma cu r va tu ra d a f r e n te p a ra t r á s d a co l u na . A l o rd o se é uma con vex i d ade a n te r i o r ma i s comum na r e g i ã o da co l u na l omba r . A c i f o se é uma convex i d ade po s te r i o r , g e ra lmen te n a r e g i ã o da co l u na t o rá c i ca . Esco l i ose A es co l i o se é uma cu r va tu ra l a t e ra l , o u " l a do a l a do " d a co l u n a . (Ve r Capo 8 , sob re co l u na ve r t e b ra l , p a ra ma i s i n f o rmações s ob re e sse s t e rmos . )

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25 - PR I NC Í P I OS , TE RM I NO LOG IA E P ROTEÇÃO CONTRA RAD I A ÇÃO

Termos Re lac ionados aos Mov imentos o g rupo f i n a l d e t e rmos r e l a c i o nados ao po s i c i o namen to q ue t o do t é cn i co / r a d i o l o g i s t a d e ve sabe r r e f e re - se à va r i e dade de mov imen to s . A ma io r i a d e l e s e s t á l i s t a da em pa re s de sc re vendo mov imen to s em d i r e ções opos ta s . F lexão ve rsus ex tensão Ao f l e t i r o u e s t e nde r uma a r t i c u l a ção , o â ngu l o e n t r e a s p a r t e s D im inu i o u aumen ta . A l f e xão d im inu i o â ngu l o d a a r t i cu l a ção ( ve r o s e xemp lo s d a F l e xão do j o e l h o , d o co to ve l o e d o punho ) (F i g . 1 . 8 6 ) . A e x t e n são aumen ta o â ngu l o c on fo rme a s pa r t e s d o co rpo se f l e x i o nam pa ra uma po s i ção r e t i f i ca da . I s so é vá l i d o p a ra a s a r t i cu l a ções do j o e l h o , co t o ve l o e p unho , como demons t r a do .

H ipe re x ten são Es tende r uma a r t i cu l a ção a l ém do seu e s ta do na tu ra l . H i p e re x te n são ano rma l : A h i p e r e x te n são do co to ve l o o u do j o e l h o o co r r e q uando a a r t i cu l a ção é e s t e nd i d a a l ém de seu e s ta do r e t i f i ca do ou na tu ra l . E s se não é um mov imen to n a tu ra l p a ra e ssa s duas a r t i cu l a ções e r e su l t a em l e são ou t r a uma . F l e xão no rma l e h i p e re x te n são da co l u na : A f l e xão é o a t o d e dob ra r , e a e x t e n são é o r e t o rno à p o s i ção r e t i f i ca da ou na tu ra l . Uma cu r va tu ra p a ra t r á s a l ém de sua po s i ção de n eu t r a l i d ade é a h i p e re x te n são . Na p rá t i ca , e n t r e t a n to , o s t e rmos f l e xão e e x t e n são são c omumen te emp regados p a ra e xp re s sa r uma f l e xão e x t r ema e a s i n c i d ênc i a s d e h i p e re x te n são d a co l u na (F i g . 1 . 8 7 ) . H ípe re x te n são no rma l d o punho : Um segundo e xemp lo p a ra o u so e spe c i a l d o t e rmo h i p e re x te n são é n o punho , p a ra a va l i a ção do cana l o u t ú ne l ca r pa l . Nes sa po s i ção , o p unho é h i p e re s te nd i d o a l ém d a po s i ção neu t r a . E s se mov imen to t ambém é denom inado do r s i f l e xão ( o u f l e xão p o s te r i o r ) ( F i g . 1 . 8 8 , e sque rda ) . F l e xão aguda do punho : Uma f l e xão aguda ou comp le t a d o p unho é n e cessá r i a p a ra a l g umas i n c i d ênc i a s t a ngenc i a i s p a ra v i sua l i za r a p on te d o ca r po na f a ce po s te r i o r d o punho (F i g . 1 . 8 8 , d i r e i t a ) . Desv i o u l n a r ve r su s de s v i o r a d i a l d o p unho Desv i o s i g n i f i ca l i t e r a lmen te " p a ra o l a do " o u " sa i r d o pad rão ou cu r so " . Des v i o u l n a r s i g n i f i c a v i r a r o u dob ra r a mão e o p unho a p a r t i r d e seu e s ta do n a tu ra l em d i r e ção ao l a do u l n a r , e d e sv i o r a d i a l s i g n i f i ca vo l t a r o p unho pa ra o l a d o r a d i a l . Obse r va ção : Ed i çõe s pa ssadas de s te l i v r o , b em como ou t r a s r e f e rên c i a s sob re p o s i c i o namen to , d e f i n i r am e s ses mov imen to s d o punho como mov imen to s d e f l e xão r a d i a l e u l n a r p o rque e l e s d e sc re vem o s mov imen to s d e f l e xão e spec í f i ca vo l t a d o s t a n to p a ra a u l n a como pa ra o r á d i o En t r e t a n to , a comun id ade méd i ca , i n c l u i n do o s o r t o ped i s t a s , comumen te u sa o s t e rmos de sv i o r a d i a l e u l n a r p a ra o s mov imen to s d o s punhos . E s ta e d i ção t ambém a l t e rou e s sa t e rm ino l o g i a p a ra mov imen to s d e de sv i o u l n a r e r a d i a l a f im de e v i t a r con fu sões e a s segu ra r a coe rên c i a com ou t r a s r e f e rên c i a s méd i ca s .

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26 - PRINCÍP IOS , TERMINOLOGIA E PROTEÇÃO CONTRA RADIAÇÃO Do rs i f l exão ve rsus f l exão p lan ta r do pé Do rs i f l exão do pé : d im i nu i r o ângu lo ( f l exão) en t r e o do rso ( t opo do pé ) e a pa r te i n fe r i o r da pe rna , movendo o pé e os dedos para c ima F lexão p lan t a r do pé : es t i ca r a a r t i c u l ação do ca l c anha r , movendo o pé e os dedos pa ra ba i x o a pa r t i r da pos i ç ão no rma l ; f l e x i ona r ou d im i nu i r o ângu lo vo l tado pa ra a supe r f í c i e p l an t a r (pos t e r i o r ) do pé Obse rvação : Ve ja a pág i na an t e r i o r pa ra c ompa ra r a do rs i f l exão do punho (F i g . 1 .88 ) c om a do r s i f l exão do pé (F ig . 1 .90 ) Eve rsão ve rsus i nve rsão Eve rsão é um mov imen to de es t resse para fo ra c om O pé a t r avés da a r t i cu l ação do ca l canha r . I nve r são é um mov imen to de es t r esse pa ra den t ro ap l i cado ao pé sem a r o t ação da pe rna . A super f í c i e p l an t a r (s o la ) do pé é v i r ada ou rodada pa ra fo ra do p l ano med iano (a so l a apa rece em uma d i r eção ma i s l a t e ra l ) pa ra a ve r são e vo l tado pa ra o p l ano med iano na i nve rsão (F igs . 1 . 91 e 1 . 92 ) . A pe rna não r oda , e um es t r esse é ap l i cado aos aspec tos med i a I e l a t e ra l da a r t i cu l ação do ca l canha r pa ra a ava l i ação de uma poss íve l ma io r abe r tu ra do espaço a r t i c u l a r ( enca i x e do ca l canha r ) . Va lgo ve rsus v a ro O va l go desc reve a cu rva t u ra da par te pa ra f o ra ou s e d i s t anc i ando da l i nha méd i a do co rpo . Va lgo é usado às v ezes pa ra desc reve r a ever são de es t r esse (es fo rço v a lgo ) da a r t i cu l ação do ca l c anha r . O va ro s i gn i f i ca " j oe l ho t ravado" e desc reve a c u rv a t u ra da pa r te i n te rna ou vo l t ada pa ra a l i nha méd ia . O t e rmo es f o r ço va ro é às v ezes u t i l i zado pa ra desc reve r a i nve rsão de es t r esse ap l i cada à a r t i cu l ação do ca l canha r . Obse rvação : Os t e rmos va lgo e v a ro s ão t ambém usados pa ra desc reve r a pe rda de a l i nhamen to dos f ragmen tos ósseos . (Ve r f r a tu ra , t e rmo 6 , Cap . 19 . ) Ro tação med ia l ( i n t e rna) v e r sus r o t ação l a t e ra l ( ex t e rna ) A ro tação med i a l é a r o t ação ou desv i o de pa r t e do co rpo , movendo o aspec t o an te r i o r da pa r te pa ra den t ro , ou pa ra o p l ano med i ano . A ro tação l a te ra l é a ro tação an te r i o r v o l t ada pa ra fo ra , ou pa ra l onge da l i nha méd i a . Obse rvação : Lemb re -se , no pos i c i onamento rad iog rá f i co esses t e rmos desc revem o mov imen to do aspec t o an te r i o r da pa r t e a se r r odada . Ass im, nos mov imen t os do an t eb raço (F i g . 1 .93 ) , o aspec to an t e r i o r do an t eb raço move -se med i a lmen te ou i n t e rnamen te na ro tação med ia l e l a te ra lmen te ou ex t e rnamente na r o t ação med i a l e l a t e ra lmen te ou ex te rnamente na r o t ação l a t e ra l . Ou t ro exemp l o s ão as ob l í quas med ia l e l a t e ra l do j oe l ho , em que a pa r te an t e r i o r do j oe l ho é r odada med i a lmen te e l a te ra lmen te t an to nas i nc i dênc ias AP como em PA (Cap . 6 ) .

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27 - PR I NC Í P I OS , TE RM I NO LOG IA E P ROTEÇÃO CONTRA RAD I A ÇÃO Abdução ve rsus adução Abdução é o mov imen to l a te ra l do b raço ou pe rna se d i s t anc i ando do co rpo . Ou t ra ap l i c ação pa ra es se te rmo é a abdução dos qu i rodác t i l os e dos pododác t i l os , o que s i gn i f i c a a f as t á I os en t re s i . Adução é o mov imen to do b raço ou pe rna em d i r eção ao co rpo , a f im de ap rox ima- l o do c en t ro ou da l i nha méd ia . A adução dos qu i rodác t i l os e dos pododác t i l os s i gn i f i ca movê - I os j un tos ou ap rox ima - l os en t re s i . Obse rvação : Um aux í l i o de memór i a é assoc i a r o d de em d i r eção com o d de adução . Sup i nação ve rsus p ronação Sup i nação é o mov imen to de r o t ação da mão pa ra a pos i ção ana tômica (a pa lma pa ra c ima em decúb i t o do rsa l ou pa ra a f ren t e na pos i ção o r t os t á t i c a ) . Esse mov imen to g i r a o rád i o e o an teb raço l a t e ra lmen te ao l ongo de seu e i x o . P ronação é a r o t ação da mão em uma pos i ção opos ta à ana t ômica (pa lma vo l tada para ba i xo ou pa ra t r ás ) . Obse rvação : Pa ra a j uda r a l embra r esses t e rmos , re l ac i one-os aos decúb i t o do rsa l e v en t ra l . Decúb i to do rso l e sup inoção s i gn i f i cam que a face e a pa lma da mão es t ão vo l tadas para c ima , e decúb i to ven t r a l ou p ronoção s i gn i f i c am que a f a ce e a pa lma es tão vo l t adas pa ra ba i x o . P ro t ração ve rsus re t r ação A p ro t ração é o mov imen to de avanço em re lação à pos i ç ão no rma l . A r e t r ação é o mov imen to re t róg rado ou a cond i ção de l eva r pa ra t r ás . Exemp l o : A p ro t r ação é o mov imen to de avanço da mand íbu la ( l eva r o que i x o pa ra a f r en te ) ou de avança r com os omb ros . A re t ração é o opos t o d i sso , move r a mand íbu l a pa ra t r ás ou re t r a i r os omb ros , c omo nas pos t u ras m i l i t a res .

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28 - PR I NC Í P I OS , TE RM I NO LOG IA E P ROTEÇÃO CONTRA RAD I A ÇÃO

E l evação ve rsus dep ressão E levação é l evan t a r , e l eva r ou move r uma par te s uper i o rmente . Dep ressão é reba i x a r , desce r ou mover uma pa r t e i n f e r i o rmen te . Exemp l o : Os omb ros são e le vados quando a pessoa os enco l he , em s ina l de i nd i f e rença . Dep r im i r os omb ros imp l i c a aba i xa - l as . C i rcundução C i rcundução s i gn i f i c a move r ao r edo r em f o rma de c í rc u lo . Esse t e rmo desc reve mov imen tos seqüenc i a i s de f l exão , abdução , ex t ensão e adução , resu l t ando em um mov imen to seme lhan te ao de um cone em qua lque r a r t i c u l a ção que pe rmi ta esses qua t ro mov imen tos (po r exemp l o , dedos , punho , b raço , pe rna ) . I nc l i nação ve rsus r o t ação Inc l i nação é um mov imen to i nc l i nado em re l ação ao e i x o l ong i t ud i na l . Na F ig . 1 . 99 , po r exemp lo , a pa r te do c o rpo es t á pos i c i onada ob l i quamen te ou i nc l i nada 15° e r odada 1 5° de f o rma que o RC não f i que a l i nhado ou pa ra l e l o ao e i x o l ong i t ud i na l e o e i xo l ong i t ud ina l da cabeça não f i que a l i nhado com o e i x o l ong i tud ina l do co rpo . Obse rvação : A i nc l i nação de 15° e a r o t ação de 15° da cabeça são necessá r i a s pa ra a i nc i dênc i a tangenc i a l da a rc oz igamá t i co , a f im de d i s t i ngu i - l o de ou t r as es t r u t u ras do c rân i o . Ro tação é v i ra r ou roda r pa r te do c o rpo ao r edo r de seu e i xo . A pa r t e do co rpo es tá r odada 3 r de uma i nc i dênc ia PA no exemp l o da F ig . 1 .100 . Obse rvação : No te que nenhuma i nc l i nação oco r re no e i xo l ong i t ud i na l da c abeça , es t ando a inda a l i nhada ou pa ra l e l a ao e i x o l ong i t ud i na l de todo o c o rpo .

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29 - PRINCÍP IOS , TERMINOLOGIA E PROTEÇÃO CONTRA RADIAÇÃO Sumár io de Te rmos que Podem Se r Usados E r roneamen te Os t r ês t e rmos pos i ção , i nc i dênc ia e v i são são às v ezes con fund i dos e usados na p rá t i ca de mane i r a i nco r re ta . Esses t e rmos devem se r comp reend i dos e usados co r re t amen te , c omo se segue : Pos i ç ão Pos i ç ão é um te rmo usado para i nd i c a r a pos i ção f í s i c a ge ra l do pac ien t e , como em decúb i t o do rsa l , decúb i to ven t r a l , decúb i t o ou pos i ção o r t os t á t i c a . A pos i ção t ambém é usada pa ra desc reve r pos i ções espec í f i cas do c o rpo pe l o s egmen to do co rpo ma i s p r óx imo ao f i lme , como as l a t e ra i s e ob l í quas .O t e rmo pos i ção deve se r " r es t r i t o ao exame da pos i ç ão f í s i ca do pac ien t e " Inc idênc ia I nc i dênc ia é um te rmo co r re t o de pos i c i onamento pa ra desc reve r ou re fe r i r a v i a ou d i reção do r a i o cen t r a l (RC) , p ro j e tando uma imagem em um f i lme ( IR ) . O te rmo i nc i dênc ia deve se r " res t r i t o ao exame da t r a j e t ó r i a do ra i o c en t ra l " . * V i são V i são não é um t e rmo de pos i c i onamen to c o r re t o nos EUA. O t e rmo v i s ão deve se r " r es t r i t o ao exame da rad iog ra f i a ou imagem" . * V i s ão desc reve a imagem rad i og rá f i c a c omo sendo a ma i s f avo ráve l pa ra o f i lme .Te rmino log ia c anadense : As s egu i n t es i n f o rmações fo ram rep roduz i das a pa r t i r do exame de ce r t i f i c ação da CAMR Pos i ç ão : "O pos i c i onamen to do co rpo . ” I nc i dênc ia : 'As supe r f í c i es do co rpo que o r a i o cen t r a l t r anspassa rá ass im que sa i r do tubo de r a i o s X , passa rá pe l o pac i en te e imp ress i ona rá o f i lme “ ( r ecep to r de imagem) . V i são : 'A supe r f í c i e do co rpo p róx ima ao f i lme" ( r ecep t o r de imagem) . Obse rvação : No Canadá , o te rmo v i são é c omumen te usado de f o rma a l te rnada com pos i ç ão (po r e xemp lo , v i são l a t e ra l e , p o s i ção l a t e ra l s i g n i f i ca , e s senc i a lmen te a me sma co i sa , um se r e f e r i n do ao que é v i s t o e o o u t r o d e s c re vendo o p o s i c i o namen to d o p a c i e n te ) . SUMÁR IO DAS INC IDÊNC IAS E POS IÇÕES I n c i d ê n c i a s G e r a i s ( C am i n h o d o R C )

P o s i ç õ e s G e r a i s d o C o r p o

P o s i ç õ e s E s p e c i f i c a s d o C o r p o ( A P a r t e M a i s P r ó x i m a a o F i l m e )

P ó s t e r o - a n t e r i o r ( P A ) A n a t ô m i c a D o u E l a t e r a l A n t e r o - p o s t e r i o r ( A P ) D e c ú b i t o O b l í q u a s M é d i o - l a t e r a l d o r s a l * - P o s t e r i o r e s q u e r d a ( O P E ) L á t e r o - m e d i a l D e c ú b i t o * - P o s t e r i o r d i r e i t a ( O PD ) A P o u P A o b l í q u a v e n t r a l * - A n t e r i o r e s q u e r d a ( O AE ) A P o u P A a x i a l E r e t a ( v e r t i c a l ) * - A n t e r i o r d i r e i t a ( O AD ) T a n g e n c i a l D e i t a d o D e c ú b i t o T r a n s t o r á c i c a T r e n d e l e n b u r g * - L a t e r a l e s q u e r d o D o r s o p l a n t a r ( D P ) D e S i m * - L a t e r a l d i r e i t o P l a n t o d o r s a l ( P D ) D e F o w l e r * - V e n t r a l A x i a l í n f e r o - s u p e r i o r L i t o t o m i a * - D o r s a l A x i a l s ú p e r o - i n f e r i o r * - L o r d ó t i c a A x i o l a t e r a l S u bm e n t o v é r t i c e ( S MV ) V é r t i c e - s u bm e n t o n i a n a ( V SM ) P a r i e t o a c a n t i a l A c a n t o p a r i e t a l C r a n i o c a u d a l O r b i t o p a r i e t a l P a r i e t o - o r b i t a l

L i n h a s , P l a n o s e C o r t e s d o C o r p o T e r m o s d e R e l a ç ã o C o r t e s o u p l a n o s l o n g i t u d i n a i s M e d i a l v s . l a t e r a l s a g i t a l P r o x i m a l v s . d i s t a l C a r o n a l C e f á l i c o v s . c a u d a l O b l í q u o I p s i l a t e r a l v s . c o n t r a l a t e r a l C o r t e s o u p l a n o s t r a n s v e r s a i s I n t e r n o v s . e x t e r n o H o r i z o n t a l , a x i a l o u c o r t e t r a n s v e r s a l S u p e r f i c i a l v s . p r o f u n d o

O b l í q u o L o r d ó t i c o v s . c i f ó t i c o ( e s c o l i o s e )

P l a n o d e b a s e T e r m o s d e M o v i m e n t o P l a n o d e o c l u s ã o F l e x ã o v s . e x t e n s ã o ( f l e x ã o L i n h a i n f r a - o r b i t o m e a t a l ( L l O M ) a g u d a v s . h i p e r e x t e n s ã o ) S u p e r f í c i e s d o C o r p o D e s v i o u l n a r v s . r a d i a l P o s t e r i o r D o r s i f l e x ã o v s . f l e x ã o p l a n t a r A n t e r i o r E v e r s ã o v s . i n v e r s ã o P l a n t a r V a l g o v s . v a r o D o r s a l R o t a ç ã o m e d i a l v s . l a t e r a l P a l m a r A b d u ç ã o v s . a d u ç ã o S u p i n a ç ã o v s . P r o n a ç ã o P r o t r a ç ã o v s . R e t r a ç ã o E l e v a ç ã o v s . D e p r e s s ã o I n c l i n a ç ã o v s . R o t a ç ã o C i r c u n d u ç ã o

SUM AR I O D OS T ERMOS R E L AC ION AD OS A O PO S I C I ON AMEN TO

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3 0 - PRINCÍP IOS , TERMINOLOGIA E PROTEÇÃO CONTRA RADIAÇÃOC . PRINC IP IO BÁS ICO DA FORMAÇAO DA IMAGEM Cr i t é r i os Rad i og rá f i c os o ob j e t i v o de t odo técn i co / rad io l og i s ta deve se r não apenas t i ra r uma rad i og ra f i a " passáve l " , mas s im uma imagem ó t ima que possa se r usada como um pad rão de f i n í v e l , como desc r i t o nos c r i t é r i os rad iog rá f i cos . Um exemp l o dos c i nco c r i t é r i os rad i og rá f i cos u t i l i z ados nes te t ex t o pa ra uma i nc i dênc ia l a te ra l do an t eb raço é mos t rado à d i re i ta . A f o t og ra f i a de pos i c i onamento e a ó t ima rad iog ra f i a r esu l tan t e se rão mos t radas para essa i nc i dênc i a l a t e ra l (pe r f i l ) do an t eb raço , c omo desc r i t o no Capo 4 . FORMATO DOS CRITÉRIOS RADIOGRÁFICOS O t écn i c o / r ad i o l og i s t a deve r eve r e compara r a rad iog ra f i a com um padrão para de te rm ina r o quão p róx imo da imagem ó t ima f o i consegu i do . Um mé todo s i s t emát i c o pa ra ap rende r como ava l i a r rad iog ra f i as é d i v i d i r a aná l i se c r í t i ca em c inco pa r t es . 1 . Es t r u t u ras mos t radas : Desc reve r p rec i samente que pa r t es e es t r u t u ras ana t ômicas devem ser c l a ramente v i s ua l i z adas na r ad i og ra f i a . 2 .Pos i ç ão :Ge ra lmen te desc reve duas co i sas : (1 ) pos i c i ona -men to da pa r te do co rpo em re l ação ao f i lme e (2 ) f a t o res de pos i c i onamento que são impor tan t es pa ra a i nc i dênc i a .Po r exemp l o , os p r i nc i pa i s f a t o res pa ra o pos i c i onamen to co r re t o no caso de uma i nc i dênc ia l a te ra l do an t eb raço são : (1 ) u l na / r ád io a l i nhados com o e i x o l ong i t ud i na l do f i lme , ( 2 ) c o t ove l o f l e t i do 90° e (3 ) s em ro tação a pa r t i r de uma pos i ç ão l a te ra l ve rdade i ra . (Mos t ra r como a r o tação pode se r de t e rm inada é desc r i t o em segu i da . ) 3 . Co l imação e RC: Desc reve do i s f a t o res : (1 ) onde as bo rdas da co l imação devem es ta r em re l ação àque l a pa r t e do c o rpo e (2 ) a l oca l i z ação do ra i o cen t r a l (RC) . A l oca l i z ação co r re t a do RC é espec ia lmen te impor tan t e s emp re que f o r u sado um con t ro l e au tomá t i co de expos i ç ão (CAE ) . I sso t ambém é impor tan t e pa ra os membros supe r i o res e i n f e r i o res quando as a r t i c u l a ções são as p r i nc i pa i s á reas de i n t e res se ; o RC p rec i sa es t a r p rec i s amen te cen t r ado na a r t i cu l ação pa ra ev i t a r d i s t o r ções na Imagem. O pequeno í c one rn é i nc l u ído na desc r i ção de pos i c i onamento em cada f ase quando o RC é de impor tânc i a p r imá r i a . Não é o c aso dessa i nc i dênc i a l a t e ra l de an teb raço , de modo que o RC é desc r i t o como "a po rção méd i a do an t eb raço" em vez de uma l oca l i z ação ana t ômica p rec i s a . A ava l i ação de uma rad iog ra f i a quan to à l oca l i z ação co r re ta do RC é fác i l se imag i na rmos um X g rande que se es t enda dos qua t ro c an tos do campo do co l ímador , c u j o cen t ro é a l oca l i z ação p rec i s a do RC 4 . C r i t é r i os de expos i ç ão : Desc reve como os fa t o res de expos i ç ão ou técn i cas (kVp , mA e tempo) podem ser e s t imados para uma expos i ç ão ó t ima daque l a pa r te do c o rpo . A ausênc ia de mov imen to é a p r i o r i dade máx ima , e uma desc r i ç ão de como a p resença ou a ausênc i a de mov imen to pode se r de t e rm inada é l i s t a da . (O mov imen to é i nc l u ído c omo um c r i t é r i o de expos i ç ão po rque o tempo de expos i ç ão é o f a t o r de con t r o l e p r imá r i o do mov imen to . )

5 . Marcado res de imagem: Uma qu in ta á rea c r í t i c a de aná l i s e envo l v e os ma rcado res de imagem. Os ma rcadores de i den t i f i cação do pac ien t e , os ma rcadores dos l ados D e E e / ou da pos i ç ão do pac i en te , bem como os marcadores de t empo, devem es ta r co r re tamente pos i c i onados pa ra que não f i quem supe rpos t os à ana t omi a essenc i a l . Obse rvação : Essa pa r te dos c r i t é r i os rad iog rá f i cos sob re os ma rcadores de imagens não es t á l i s tada em cada pos i c i onamen to de pág ina ao l ongo do tex to po rque é essenc i a lmen te a mesma pa ra t odas as i nc i dênc i as . En t r e t an to , e l a deve se r s emp re i nc l u ída na p rá t i c a c l ín i c a quando as imagens rad iog rá f i cas f o rem ava l i adas e c r i t i cadas . CR ITÉRIOS PARA EXPOSiÇÃO DA LATERAL DO ANTEBRAÇO Cr i t é r i os Rad i og rá f i c os Es t ru tu ras Mos t radas : . I nc i dênc ia l a te ra l de todo o rád io e u l na ; p r ime i r a f i l e i r a dos ossos ca rpa i s , co tove l o e po rção d i s ta l do úme ro ; e c ons ide ráve l tec i do mo le como pan ícu lo ad iposo e l i gamen tos das a r t i cu l ações do punho e do c o t ove l o Pos i ç ão : . E i x o l ong i t ud i na l do an t eb raço a l i nhado com o e i x o l ong i t ud i na l do f i lme . Co tove lo f l e t i do em 90° . Nenhuma ro t ação da l a te ra l v e rdade i ra , ev i denc i ada po r : . A cabeça da u l na deve es ta r sob repos t a à c abeça do r ád i o . . Os ep i c ônd i l os do úmero devem es t a r s upe rpos tos . . A cabeça do rád io deve es t a r s uperpos t a ao p rocesso co ronó i de com a t uberos i dade rad ia l como v i s to no pe r f i l . . Co l imação e RC : . As bo rdas da co l imação v i s í v e i s nas ma rgens da pe l e ao l ongo da ex tensão do an tebraço com apenas uma mín ima co l imação em ambas as ex t remidades para ga ran t i r que a ana t omi a essenc i a l es t e j a i n c l u í da . O RC e o cen t r o do c ampo de co l imação devem se r pos i c i onados no cen t r o do rád io e da u l na . C r i t é r i os de Expos i ção : . Uma ó t ima dens i dade e um ó t imo con t r as te sem mov imen tação pe rmi t i rão v i sua l i z a r c om p rec i são as margens co r t i c a i s e com c la reza as ma rcações do osso t r abecu l a r , t ec i do ad i poso e os l i gamentos das a r t i c u l ações do punho e do co tove lo . Ma rcadores de Imagem: . Ma rcadores de i den t i f i cação do pac i en te , marcado r de D e E e /ou a pos i ç ão do pac i en t e , bem como o d i a e o ho rá r i o devem se r expos tos de fo rma que não f i quem supe rpos t os na ana tomia e s senc i a l

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31 - PRINCÍP IOS , TERMINOLOGIA E PROTEÇÃO CONTRA RADIAÇÃO Ma rcadores de Imagem e I den t i f i cação do Pac i en te No m ín imo do i s t i pos de ma rcado res devem se r imp ressos em t odas as r ad i og ra f i as . São e les ( 1 ) a i den t i f i cação do pac i en te e a da t a e (2 ) os marcado res do l ado ana tômico . IDENT IF ICAÇÃO DO PACIENTE E DATA (S ISTEMAS CONVENCIONA IS DE F i lME /CHASS I ) Ge ra lmen te essa i n fo rmação do pac i en te , que i nc l u i i n f o rmações como nome, da t a , número do caso e i ns t i t u i ção , é fe i ta a t ravés de um ca r t ão i den t i f i c ador e en t ão l ampe j ada no f i lme em um espaço rese r vado pa ra o b l oco de chumbo no por ta - f i lme . Cada chass i ou po r ta - f i lme deve te r um ma rcador em seu ex t e r i o r i nd i cando a á rea onde a i den t i f i cação do pac ien t e , i nc l u i ndo a da t a , se rá f o t og ra f ada (F i g . 1 . 104 ) . É p rec i so cu i dado pa ra que essa á rea não cub ra a ana tomia essenc ia l a s e r ev i denc i ada . Ao l ongo des te te x t o , a l oca l i zação p re fe r i da desse ma rcador de i den t i f i c ação do pac ien t e é mos t rada em re l ação à pa r te do co rpo . Uma reg ra ge ra l pa ra r ad i og ra f i as de t ó rax e abdome é c o loca r os dados de i den t i f i cação do pac i en te na margem supe r i o r do f i lme quando fo r de t ó rax e na ma rgem i n f e r i o r quando f o r de abdome (v e ja se t as pequenas na F ig . 1 . 105) . Esse marcado r deve se r sempre co l ocado onde fo r menos p rováve l a cobe r tu ra de uma es t r u t u ra ana tômica essenc i a l . MARCADOR DO LADO ANATÔMICO Um ma rcado r r ad iopaco à d i r e i t a (D ) ou à esque rda (E ) tem de aparecer sempre em t odas as r ad i og ra f i as , i nd i c ando ap rop r i adamente o l ado d i re i to e o l ado esquerdo do pac i en te ou qua l membro es t á s endo rad i og ra fado , s e o d i re i to ou o esque rdo . I sso pode se r fe i to tan t o esc revendo l i t e ra lmen te "D i r e i t o " ou "Esque rdo" ou apenas pe las i n i c i a i s "D" ou "E" . Esse ma rcado r de l ado deve p re fe renc i a lmen te se r pos i c i onado d i r e t amen te no f i lme , den t ro da po rção co l imada do l ado que es t á s endo i den t i f i cado , de fo rma que o ma rcado r não f i que supe rpos t o s ob re uma ana tomia essenc ia l .Lemb re -se de que esses são marcado res rad iopacos e , po r t an to , têm de se r co l ocados den t ro do campo de co l imação , de fo rma que se rão expos tos ao fe i xe de ra i os X e i nc l u ídos na imagem. Os do i s ma rcado res , a i den t i f i cação do pac i en te e o ma rcador do l ado ana t ômico , devem es ta r co r re tamente pos i c i onados em TODAS as rad iog ra f i as . Ge ra lmen te , não é uma p rá t i ca ace i táve l esc reve r t a i s i n f o rmações na imagem após o seu p rocessamen to po r c ausa de p rob lemas l ega i s e de responsab i l i dade de poss íve i s e r r os de ma rcações . Uma rad iog ra f i a fe i ta sem esses do i s ma rcadores te r i a de se r r epe t i da , o que obv iamente r esu l ta em expos i ção desnecessá r i a do pac i en te à r ad iação , s endo i sso po r t an to um sé r i o e r ro . OUTROS MARCADORES OU IDENT IF ICAÇÃO A lguns ou t ros ma rcadores ou i den t i f i cado res podem se r t ambém usados , c omo as i n i c i a i s do t écn i c o / r ad i o l og i s t a , que são ge ra lmen te pos i c i onadas no ma rcado r à d i re i ta ou à esque rda para i den t i f i c a r o p ro f i ss i ona l responsáve l pe l o exame . Às v ezes , o núme ro da sa l a de exame pode t ambém se r i n c l u í do . Ind i cado res de t empo são também comumen te usados pa ra ano t a r os m i nu t os t r ansco r r i dos em uma sé r i e , c omo 1 m in , 5 m in , 1 5 m i n e 20 m in , c omo oco r re na u rog ra f i a exc re t o ra . Ou t ro impor tan t e ma rcado r em t odas as pos i ções de decúb i t o é um marcado r de decúb i to ou a l gum t i po de i nd i cado r c omo uma se t a que i den t i f i que o l ado de c ima. Um ma rcado r " ve r t i c a l " ou "e re t o " também t em de se r usado pa ra i den t i f i c a r as pos i ções e re t as de t ó rax e de abdome compa radas com a pos i ção de i tada , a l ém de t e r uma se t a i nd i c ando qua l o l ado vo l tado pa ra c ima . Os ma rcado res de i nsp i ração ( lNSP ) e exp i r ação (EXP ) são usados pa ra compa rações espec i a i s em i n c i dênc i as em PA do tó rax . Ma rcado res i nd i c ando i n t e rno ( lNT ) e ex t e rno (EXT) podem se r u sados pa ra i nc i dênc ias de r o t ação , t a i s como para a po rção p rox ima l do úme ro e do omb ro . Amos t ras de ma rcado res podem se r v i s tas na F i g . 1 . 106 .

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32 - PRINCÍP IOS , TERMINOLOGIA E PROTEÇÃO CONTRA RADIAÇÃO Técn i c a Rad iog rá f i ca e Qua l i dade da Imagem Um es tudo de técn i c as r ad i og rá f i c as e de qua l i dade da imagem i nc l u i t odos os fa to res ou va r i áve i s r e l ac i onadas à p rec i s ão ou a cu rác ia com que as es t r u t u ras e tec i dos a s e rem rad iog ra fados são r ep roduz i dos em f i lmes r ad i og rá f i c os ou ou t ros recep to res de imagem. A l guns desses fa to res ou va r i áve i s re l ac i onam-se ma i s d i r e t amente ao pos i c i onamento rad iog rá f i co , e uma d i scussão dos aspec tos ap l i c ados a es ses f a t o res se rá ap resen tada a s egu i r . FATORES DE EXPOSiÇÃO (TÉCNICA ) O t écn i c o / r ad i o l og i s t a a j u s ta t rês va r i áve i s ou fa to res de expos i ção no pa ine l de con t r o l e do apa re l ho de r a i os X semp re que uma rad iog ra f i a é f e i t a (F ig . 1 . 107) . Essas t r ês v a r i áve i s ou f a t o res de expos i ç ão , po r vezes r e f e r i dos como f a t o res de expos i ção ou de técn i ca , s ão os segu in tes : 1 . P i co de qu i l ovo l t agem ( kVp) 2 . M i l i ampe ragem (mA ) 3 . T empo de expos i ç ão (s ) A m i l i amperagem (mA ) e o t empo ( s ) ( t empo de expos i ç ão em segundos ) são ge ra lmen te c omb inados em mi l i ampe res po r segundo (mAs ) , o que de te rm i na a quan t i dade de r a i os X emi t i dos pe lo t ubo de r a i os X a cada tempo de expos i ção .Cada um desses fa to res de expos i ção possu i um e fe i to espec í f i c o de con t ro l e s obre a qua l i dade da imagem rad iog rá f i ca . A lém de se r capaz de pos i c i ona r c o r re tamente o pac i en te , o t écn i co / r ad io l og i s ta p rec i s a c onhece r c e r t os fa t o res que i n f l uenc iam a qua l i dade de imagem e sua r e l ação com esses fa to res ou va r i á ve i s de expos i ção .Exceção : Quando a t i v ados , os s i s t emas de con t r o l e au t omát i c o de expos i ç ão (CAE ) p romovem o f im au tomát i c o do t empo de expos i ção quando expos i ção su f i c i en te fo i receb i da pe l a c é lu l a da câma ra de i on i z ação . FATORES DE QUALIDADE DA IMAGEM Ce r tos f a t o res que ava l i am a qua l i dade de uma imagem rad i og rá f i c a s ão chamados de fa to res de qua l i dade da imagem. Os qua t ro f a t o res p r imá r i os de qua l i dade da imagem são os segu i n t es : 1 . Dens i dade 2 . Con t ras te 3 . De t a lhe 4 . D i s to rç ão Esses qua t r o fa to res podem ser regu l ados con f o rme desc r i t o a s egu i r : Dens idade DEF IN IÇAO A dens idade rad i og rá f i ca pode se r desc r i t a c omo o g rau de enegrec imen to da imagem p rocessada . Quan to ma i o r a dens idade , menos l uz a t r avessa rá a imagem. FATORES DE CONTROLE O f a t o r p r imá r i o de con t r o l e de dens i dade é o mAs , que con t r o l a a dens idade d i r e t amente pe l a quan t i dade de ra i os X emi t i dos pe l o tubo de r a i os X du ran t e uma expos i ç ão . As s im , um va lo r duas vezes ma i o r de mAs dob ra a quan t i dade de r a i o s X emi t i dos e dob ra a dens idade . A lém do mAs como f a t o r de con t r o l e , à d i s t ânc ia do tubo de ra i os X ao f i lme , à d i s t ânc i a foco - f i lme (DFoF i ) , possu i t ambém e fe i t o na dens idade rad i og rá f i c a de aco rdo com a l e i do quad rado i n ve rso . Po r exemp lo , uma d i s tânc ia duas vezes ma i o r reduz i r á a i n t ens i dade da f on te de r a i os X a um quar to , o que r eduz qua t r o vezes a dens idade rad i og rá f i ca . À d i s t ânc ia , dessa fo rma , t em uma i n f l uênc ia impor tan t e na dens idade , mas , c omo é usada uma d i s t ânc ia pad rão , o mAs t o rna -se uma va r i áve l usada t an to pa ra aumenta r como pa ra reduz i r a dens i dade rad iog rá f i ca . REGRA DA TROCA DE DENSIDADE Uma reg ra ge ra l p reva l ece quando se usam os a j us t es té cn i cos manua i s c om chass i s convenc i ona i s de f i lme /éc ran . Ge ra lmen te , a a l te ração mín ima em mAs ex i g i da pa ra s e c o r r i g i r uma rad iog ra f i a pouco expos t a é dobra r (s e f i cou mu i to "b ranca" , é necessá r i o repe t i r ) . Por exemp l o - se uma mão que recebe 2 , 5 mAs f i c ou pouco expos ta e p rec i s a r se r r epe t i da (F ig . 1 .108) , o mAs deve se r aumen tado em pe l o menos 5 mAs , e o kVp e ou t r os fa to res não devem ser a l te rados (F i g . 1 . 109 ) . En t r e t an to , c omo fo i desc r i t o em uma das ú l t imas seções des t e c ap í t u l o , c om a rad i og ra f i a d i g i t a l (RG ) ou rad iog ra f i a computado r i z ada (RC) que usa chass i de p l aca de imagem em vez de f i lme /éc ran , a man i pu l ação da dens idade e do con t r as t e da imagem é poss ív e l após a s ua ob t enção sem a necess i dade de t o rna r a expo r o pac i en te à r ad iação .Resumo : A dens i dade adequada , c on t ro l ada bas i camente c om o mAs , deve es t a r p resen t e na imagem p rocessada , pa ra demons t ra r de f o rma p rec i s a os t ec i dos e ó rgãos a s e rem rad iog ra fados . Es t ando com pouca dens i dade (pouco expos t a ) ou com mu i ta dens idade (mu i t o expos t a ) , a imagem ob t i da não mos t ra rá de mane i ra adequada os tec i dos ou as es t r u t u ras .

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33 - PRINCÍP IOS , TERMINOLOGIA E PROTEÇÃO CONTRA RADIAÇÃO Con t ras t e DEF IN iÇÃO o con t r as t e r ad i o l óg i c o é de f i n i do c omo a d i f e rença de dens idade nas á reas ad jacen tes da imagem rad i og rá f i ca . Quan to ma io r es sa d i f e rença , ma i o r se rá o c on t ras te . Quan to meno r a d i fe rença en t re a dens idade nas á reas ad jacen tes , meno r se rá o c on t r as t e . I sso é demons t rado pe l a esca l a g raduada e pe l a r ad i og ra f i a de tó rax na F i g . 1 . 1 10 , que mos t ra d i fe renças ma i o res nas dens i dades en t r e as á reas ad j acen t es , po r t an to , a l t o c on t r as t e . A F ig . mos t r a ba i xo con t r as te com menos d i fe rença de dens i dade nas á reas ad jacen tes da esca l a g raduada e a r ad i og ra f i a a ssoc i ada . O con t r as t e pode se r t ambém desc r i t o como uma es ca l a l onga ou uma esca l a c u r t a , r e f e r i ndo -se à fa i x a de t odas as dens idades óp t i c as , das pa r t es ma i s c l a ras a té as ma i s escu ras na r ad i og ra f i a . I s so é novamen te demons t rado na F ig . 1 .1 10 , que mos t ra esca la cu r ta com a l t o c on t ras te com d i fe renças ma i o res em dens idades ad j acen tes e menos g raus de dens idade v i s í v e i s quando compa rada à F ig . 1 . 111 . OBJET IVO OU FUNÇÃO O ob je t i vo ou a função do con t ras te é t o rna r o s de ta l hes ana t ômicos de uma rad i og ra f i a ma i s v i s í ve i s . Po r esse mot i v o , é impor t an te te r um ó t imo con t ras t e rad iog rá f i co e s abe r que o c on t r as t e é es senc i a l na ava l i ação da qua l i dade rad iog rá f i c a . Con t ras t es ma i o res ou meno res não são necessa r i amen te bons ou ru i ns po r s i s ós . Po r exemp l o , ba i xo con t r as t e c om pouca d i fe rença en t r e dens i dades ad jacen tes (c on t ras te de l onga es ca l a ) é ma i s dese j áve l em ce r t os exames , como nas imagens de tó rax , em que as mu i t as d i f e renças na g radação de c i nza são necessá r i as pa ra v i s ua l i z a r os tênues t r açados pu lmona res . I sso pode se r demons t rado pe la compa ração das duas rad iog ra f i as de tó rax nas F igs . 1 . 110 e 1 . 1 11 . O ba i xo con t r as t e ( esca la l onga) de tó rax na F i g . 1 . 111 mos t ra ma i s esca l as de c i nza , ev i den t es pe los tênues con t o rnos das vé r teb ras v i s í v e i s a t r avés do co ração e das es t r u t u ras med i as t i na i s . Essas esca l as de c i nza que de l im i t am as vé r teb ras são menos v i s í ve i s a t ravés do co ração e do med ias t i no na rad iog ra f i a de tó rax de a l to con t r as te mos t rada na F i g . 1 . 110 .O l im i t e de kVp p re f e r i do e a es ca l a de con t r as te r esu l tan t e podem var i a r , dependendo da p re f e rênc i a do r ad i o l og i s ta . Como o con t ras te é con t r o l ado pe l a kVp con f o rme a desc r i ç ão a segu i r , o l im i te p re fe r i do pa ra a kVp como i nd i cado pe los p ro toco l os e ro t i nas depar tamen ta i s pode va r i a r em re l a ção àque l es l i s tados nas pág i nas de pos i c i onamento des te l i v r o . FATORES DE CONTROLE O f a t o r p r imá r i o de con t r o l e pa ra o con t r as t e é a kVp . E l a c on t r o l a a energ i a ou o poder de pene t ração da fon t e p r imá r i a de r a i os X . Quan to ma i o r a kVp , ma io r se rá a energ ia e ma io r se rá a un i fo rm idade dos fe i x es pene t ran tes de r a i o s X nas v á r i as dens i dades de massa de todos os tec i dos . Ass im , e l evadas kVp p roduzem menos va r i ação na a t enuação (abso rção d i f e renc ia l ) , resu l t ando em ma is ba i xo con t r as t e . A qu i l o vo l t agem (kVp ) é também um f a t o r secundá r i o de con t r o l e da dens i dade . A l tas kVp resu l tam tan t o em ma is r a i os X como em ra io s X de ma i s energ ia , p ropo rc i onando ra i o s X de ma i s ene rg i a pa ra a l cança r o f i lme , c om um aumento co r responden te em toda a dens i dade . Como reg ra ge ra l , um aumento de 15% na kVp aumenta a dens idade da mesma f o rma que dob ra o mAs . Ass im, no l im i t e i n fe r i o r da kVp , como em 50 a 70 kVp , um aumento de 8 a 10 kVp dob ra rá a dens idade (equ i va l e a dob ra r o mAs) . Na f a i x a de 80 a 100 kVp , é p rec i s o um aumento de 12 a 15 kVp pa ra t e r a dens idade dob rada . A impo r tânc ia d i s so base ia -se na p ro t eção con t r a a rad iação , po rque , com o aumento da kVp , o mAs pode se r s i gn i f i ca t i vamen te reduz ido , r esu l t ando em menos r ad i ação pa ra o pac i en te . Resumi ndo : Uma reg ra ge ra l es tabe l ece que a l tas kVp e ba i x os mAs que p ropo rc i onam i n f o rmações d i agnós t i cas s u f i c i en tes devem ser u sados em cada exame rad iog rá f i co . I sso pode t an to r eduz i r a expos i ção do pac i en te como em ge ra l r esu l t a em rad iog ra f i as com me l ho res i n f o rmações d i agnós t i c as . *

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34 - PR INC ÍP IOS , TERMINOLOGIA E PROTEÇÃO CONTRA RADIAÇÃO De ta l hes DEF IN iÇÃO De ta l he , às v ezes re fe r i do c omo de ta l he r eg i s t rado , pode se r de f i n i do como a n i t i dez das es t ru tu ras na imagem. Essa de f i n i ç ão dos de ta l hes das imagens é demons t rada pe l a c l a reza ou p rec i são de t ênues es t r u t u ras l i nea res e bo rdas de te c i dos ou es t ru tu ras v i s í ve i s nas imagens rad iog rá f i c as . A f a l t a de de t a l hes v i s í v e i s é c onhec i da como bo r ramento ou ausênc i a de n i t i dez . FATORES DE CONTROLE Uma ó t ima imagem rad iog rá f i ca mos t ra uma imagem com boa de f i n i ç ão de de ta l hes , c omo j á desc r i t o pa ra c ada exame no te x t o "C r i t é r i os Rad i og rá f i c os " . Os de ta l hes s ão con t r o l ados po r fa to res geomét r i c os e mov imen to , c omo v i s to a segu i r : Fa to res Geomét r i c os T rês f a to res geomét r i cos que con t r o l am ou i n f l uenc iam os de ta l hes s ão (1 ) t amanho do pon t o foca l , (2 ) DFoF i (d i s tânc i a f oco - f i lme ) e ( 3 ) DOF (d i s t ânc ia ob je to - f i lme) .O uso de pon to foca l meno r r esu l ta em meno r bo r ramen to geomé t r i co , f o rnecendo as s im uma imagem ma is p rec i s a ou com me l ho res de ta l hes . (Ve r F i g . 1 .117 . ) A lém d i sso , um pon to f oca l pequeno , c omo se lec ionado no pa i ne l de con t r o l e , deve se r usado semp re que poss íve l . A c omb inação de um pon to foca l pequeno , um aumento na DFoF i e a d im i nu i ç ão na DOF resu l ta em menos imp rec i s ão geomét r i c a , o que aumen ta rá os de ta l hes como desc r i t o na seção de d i s t o rção que se s egue , na p róx ima pág ina . Ve loc idade F i lme /Éc ran A ve loc idade f i lme /éc ran a f e t a os de t a l hes po r pe rm i t i r pe r í odos de expos i ç ão ma i s c u r t os pa ra p reven i r a mov imen tação , como desc r i t o ma i s ad i an te nes te cap í tu l o , em p ro t eção con t r a r ad i ação . Mov imen to O ún i c o g rande imped imento pa ra a p rec i s ão da imagem re l ac i onado ao pos i c i onamento é o mov imen to . Do i s t i pos de mov imen tos i n f l uenc iam os de ta l hes rad i og rá f i c os . São e le s os mov imen tos v o lun t á r i os e os mov imen tos i nvo lun t á r i os . O mov imen to v o lun t á r i o , se j a da r esp i r ação ou do mov imen to de pa r t es do co rpo duran te a expos i ção , pode se r p reven i do ou pe l o menos m i n im izado pe l o c on t r o l e da r esp i r ação e pe l a imob i l i zação . B l ocos de apo i o , sacos de a re i a ou ou t ros d i s pos i t i v os pa ra imob i l i zação podem ser usados com e f i các ia pa ra reduz i r a mov imen tação . I s so é ma i s e f e t i v o pa ra os exames dos membros s upe r i o res ou i n fe r i o res , como se rá demons t rado ao l ongo des te t ex t o . O mov imen to i n vo l un tá r i o não pode se r con t ro l ado pe la v on tade do pac i en te . Po r esse mot i v o , mov imen tos como os pe r i s t á l t i c os dos ó rgãos abdomi na i s são ma i s d i f í c e i s , se não imposs íve i s , de se rem con t ro l ados comp le tamente . Se a imagem f i c a r bo r rada por causa dos mov imen tos , o técn i co / r ad io l og i s ta deve i den t i f i ca r a t r avés da r ad i og ra f i a s e o bo r ramento ou imp rec i são da imagem se deve a um mov imen to vo l un tá r i o ou i nvo lun t á r i o . Essa i den t i f i cação é impo r tan t e po rque ex i s tem fo rmas d i fe ren t es de con t r o l a r esses do i s t i pos de mov imen tos . D IFERENÇA ENTRE MOV IMENTO VOLUNTÁRIO E INVOLUNTÁRIO O mov imen to v o lun t á r i o , que é mu i t o ma i s f ác i l de se r p reven ido , é ca rac te r i z ado pe l o bo r ramen to genera l i z ado de es t r u t u ras ad jacen tes , como o bo r ramento do d i a f r agma e dos ó rgãos abdomina i s supe r i o res , mos t r ado na F ig . 1 . 112 . O mov imen to i n vo l un tá r i o pode se r i den t i f i c ado pe l a imp rec i são ou bo r ramento l oca l i zado . Esse t i po de mov imen to é menos óbv i o , mas pode se r v i s to nas imagens de abdome pe la i den t i f i c ação do bo r ramento dos l im i te s padrões dos i n t es t i nos apenas em pequenas reg iões en t re ou t r as imagens do mesmo ó rgão com imagens p rec i sas . (O gás nos i n tes t i nos apa rece como á reas escu ras . ) Ao es tuda rmos cu idadosamen te a F i g . 1 .113 , podemos ve r esse d i sc re to bo r ramento apenas no abdome supe r i o r esque rdo , ev i denc i ado pe l as pequenas se tas p re tas . O res tan t e dos l im i t es do pad rão eneg rec i do i n t es t i na l em todo o abdome se mos t ra c l a ro e p rec i so . A F ig . 1 . 112 , po r compa ração , mos t r a um bo r ramento ge ra l do abdome, t an to do d i a f r agma como dos padrões i n t es t i na i s v i s í v e i s . Às v ezes , c e r t as técn i cas de r e l axamento ou a i ns t r ução pa ra uma resp i ração cu idadosa podem a j udar a reduz i r os mov imen tos i nvo l un tá r i os . En t r e t an to , um cu r t o tempo de expos i ç ão é a me l ho r e , à s vezes , a ún i ca fo rma de m i n im iza r a imp rec i são da imagem causada pe los mov imen tos i n vo l un tá r i o s .

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35 - PR INC ÍP IOS , TERMINOLOGIA E PROTEÇÃO CONTRA RADIAÇÃO D i s t o rção DEF IN iÇÃO O qua r t o e ú l t imo f a t o r de te rm inan te da qua l i dade de uma imagem é a d i s to rç ão , que pode se r de f i n i da como a rep resen tação equ i vocada do t amanho do ob je to ou da sua fo rma quando p ro j e tada no me i o de r eg i s t ro rad iog rá f i co . A amp l i ação é cons ide rada um f a t o r à pa r te po rque é uma d i s t o r ção de t amanho e pode se r i nc l u ída como uma d i s to rção de fo rma , o que é i ndese jáve l . En t r e t an to , nenhuma imagem rad iog rá f i ca é a imagem f i e l da pa r t e do co rpo rad iog ra fada . I sso é imposs íve l po rque semp re há a l guma amp l i ação e / ou d i s to rç ão , s e ja pe la DOF , s e ja pe la d i ve rgênc ia do fe i x e de ra i o s X . Por tan t o , a d i s to rç ão deve se r m i n im izada e c on t ro l ada . D IVERGÊNCIA DO FE IXE DE RAIOS X A d i v e rgênc i a dos fe i x es de ra i os X é um conce i t o bás i c o po rém impor tan t e pa ra s e c omp reender o pos i c i onamen to rad iog rá f i c o em um es t udo . I sso oco r re po rque os r a i os X se o r i g i nam em uma fon t e es t re i ta no tubo de ra i os X e d i ve rgem ou se espa l ham no f i lme (F i g . 1 .114 ) . O t amanho da fon t e de ra i os X é l im i t ado pe l o a j us te dos co l imado res , que abso rvem os ra i os X em qua t ro can t os , con t r o l ando dessa f o rma o t amanho do campo de co l imação . Quan to ma i o r o c ampo de co l imação e meno r à d i s t ânc i a foco - f i lme , ma i o r s e rá o ângu l o de d i ve rgênc ia nas ma rgens ex t e rnas , o que aumenta o po tenc ia l de d i s t o rç ão . Em ge ra l , apenas o pon to c en t ra l da fon t e emis so ra de r a i os X , o ra i o c en t ra l (RC) , não ap resen ta d i v e rgênc i a e pene t ra na par te do co rpo , a t i ng i ndo o f i lme em um ângu lo de 90 g raus , ou pe rpend i c u la r ao p l ano do f i lme . I sso aca r re t a a meno r d i s t o rção poss ív e l nesse pon t o . Todos os ou t ros aspec tos do fe i x e de ra i os X que a t i ngem o f i lme em a l gum ou t r o ângu lo que não o de 90 g raus aumentam o ângu lo de d i v e rgênc i a nas po rções ma i s ex te rnas ao fe i x e de ra i os X . A F ig . 1 . 114 mos t ra t rês pon tos em uma pa r t e do c o rpo ( des tacados como A , B e C ) p ro j e t ados no f i lme , demons t rando a l gumas magn i f i cações , exce to no pon t o do RC Por esse mo t i vo , dev i do ao e f e i t o d i ve rgen t e do f e i xe de r a i o s X , c omb inado pe lo menos com a lguma d i s tânc ia ob je t o - f i lme , esse t i po de d i s to rç ão de t amanho é i nev i táve l , e seu e f e i t o , bem co rno ou t r os t i pos de d i s to rç ão de fo rma, deve se r c on t r o l ado . FATORES DE CONTROLE Qua t ro fa to res p r imá r i os de con t r o l e da d i s to rç ão são (1 ) DFoF i (d i s tânc i a f oco - f i lme ) , ( 2 ) DOF (d i s t ânc ia ob je to - f i lme) , (3 ) a l i nhamen to do ob je to com o f i lme e (4 ) a l i nhamen to /cen t r a l i zação do RC ( r a i o c en t r a l ) . DFoF i : O e fe i to da DFoF i na d i s t o r ção do t amanho é demons t rado na F ig . 1 .115 . No te que , quan to ma i o r a DFoF i , meno r s e rá a amp l i ação . Essa é a p r ime i ra razão pe la qua l as r ad i og ra f i as de t ó rax são fe i tas com um mín imo de 72 po l egadas ( 180 cm) , em vez do m ín imo ma is comum, que são 40 po legadas (100 cm) . Uma DFoF i de 72 po l egadas ( 180 cm) r esu l ta em meno r amp l i ação do co ração e de ou t r as es t r u t u ras t o rác i cas . DFoF i m ín ima de 40 po legadas (100 em) : Por mu i t os anos , usouse a DFoF i de 40 po legadas (100 cm) c omo pad rão pa ra a ma i o r i a dos exames rad iog rá f i cos . En t r e t an t o , com o i n t e resse de d im inu i r a expos i ção do pac i en te e aumen ta r os de t a l hes r eg i s t rados , aumen ta r a DFoF i pa ra 44 ou mesmo 48 po legadas (110 ou 120 cm) es tá se t o rnando uma p rá t i c a cada vez ma i s c omum. Es t udos mos t ra ram, po r exemp l o , que aumenta r a DFoF i de 44 po legadas (100 cm) pa ra 48 po l egadas ( 120 cm) reduz a dose de r ad i ação em 12 ,5%.* Também pe l o p r i nc íp i o da d i ve rgênc i a da f on te de ra i os X desc r i t o an tes , esse aumen to da DFoF i possu i o bene f í c i o ad i c i ona l de d im inu i r a amp l i ação e a d i s to rç ão , r eduz indo as s im o bo r ramen to geomét r i c o , f a t o que aumen ta o de t a l he ou de f i n i ção r eg i s t r a dos no f i lme .

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3 6 - PR INC ÍP IOS , TERMINOLOGIA E PROTEÇÃO CONTRA RAD IAÇÃO D i s t â n c i a o b j e t o - f i lme : O e fe i t o d a DOF na amp l i a ção ou na d i s t o r ção do t amanho é c l a ramen te i l u s t r a do na F i g . 1 . 1 16 . Q uan to ma i s p ró x imo o o b j e t o a se r r a d i o g ra fa do e s t i ve r d o f i lme , meno re s se rão a amp l i a ção ou d i s t o r ção e me lho re s se rão o d e ta l h amen to e a d e f i n i ção . E ssa é uma da s van tagens na o b ten ção de r a d i o g ra f i a s d o s memb ro s supe r i o re s e i n f e r i o re s sob re a mesa em ve z do Bu ck y . O chas s i é co l o ca do sob o p a c i e n te , n a mesa , em ve z da bande j a Buc ky . E ssa b ande j a , n a s mesas móve i s , é p o s i c i o nada de 8 a 1 0 cm aba i x o da supe r f í c i e d a mesa , o q ue aumen ta a DOF . I s so não só aumen ta a amp l i a ção e a d i s t o r ção da ima gem como t ambém d im in u i a p r e c i são d a imagem . Tamanho do pon to f o ca l e imp r e c i são (F i g . 1 . 1 17 ) : Com o p ropós i t o d e de sc re ve r o p r i n c í p i o d a d i v e rgênc i a d a f o n te d e r a i o s X e o s f a t o re s d e con t r o l e d a d i s t o r ção , um p on to d e o r i g em é u sado na f i g u ra como f o n te d e r a i o s X no p róp r i o t u b o em i s so r . Na ve rdade , a f o n te d e r a i o s X é em i t i d a a p a r t i r d e uma reg i ã o do anodo conhec i d a como pon to f o ca l . A se l e ção de um pon to f o ca l p equeno em um t u bo de r a i o s X d e dup l o f o co r e su l t a rá em menos bo r r amen to o u imp re c i são da imagem po r cau sa do e f e i t o d e penumb ra d a imp re c i são geomé t r i ca . A penumb ra r e f e re - se ao " b o r r amen to " o u ao s l im i t e s imp re c i so s da imagem p ro j e t a da . A se l e ção de um pequeno pon to f o ca l em um t u bo de r a i o s X de dup l o f o co é uma va r i á ve l con t r o l a da pe l o t é cn i co . En t r e t a n to , mesmo com o meno r p on to f o ca l p o s s í ve l , a i n da a ss im ha ve rá a l g uma penumb ra . A l i n hamen to d o ob j e t o com o f i lme : O t e r ce i r o f a t o r impo r t a n te d e con t r o l e d a d i s t o r ção e s tá r e l a c i o nado ao a l i n hamen to d o ob j e t o com o RC I s so se r e f e re a o a l i n hamen to o u p l a no do ob j e t o a se r r a d i o g ra fa do em re l a ção ao p l a no do f i lme . Se o p l a no do ob j e t o n ão e s t i ve r p a ra l e l o a o do f i lme , o co r r e d i s t o r ção . Quan to ma io r o â ngu l o d e i n c l i n a ção d o ob j e t o , ma io r se rá a d i s t o r ção da imag em . O e fe i t o d o a l i n hamen to i n adequado do ob j e t o é ma i s e v i d en te n a s a r t i cu l a ções e e s t r u t u ra s ó s seas t e rm ina i s . I s so é ma i s b em obse r va do n a s a r t i cu l a ções do s memb ro s supe r i o re s e i n f e r i o re s . Po r e x emp lo , se um dedo a se r r a d i o g ra fa do não e s t i ve r p a ra l e l o a o f i lme , o s e spaços a r t i cu l a re s e n t r e a s f a l a nges n ão se rá v i sua l i zado como abe r t o s d e v i d o à sob repos i ção da s t e rm ina çõe s ó sseas como mos t r a do (F i g . 1 . 1 18 ) . I s so t ambém é demons t r a do em duas po s i çõe s ob l í q ua s da mã o , n a p ró x ima pág i n a .

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3 7 - PR INC ÍP IOS , TERMINOLOGIA E PROTEÇÃO CONTRA RAD IAÇÃO E fe i t o d o a l i n hamen to i n adequado do ob j e t o com o RC : Na F i g . 1 . 1 19 , o s d edos e s tã o a l i n hados e a po i a dos de f o rma pa ra l e l a a o f i lm e , r e su l t a ndo n a abe r t u ra d a s a r t i cu l a ções i n t e r f a l a ng i a nas . Na F i g . 1 . 1 20 , o nde o s d edos n ão e s tã o pa ra l e l o s a o RC , a s a r t i cu l a ções i n t e r f a l a ng i a nas não e s tã o abe r t a s , e p o s s í ve i s f r a t u ra s n e s sas r e g i õ e s a r t i cu l a re s ( o nde f r a t u ra s g e ra lmen te o co r r em ) p odem passa r d e spe rceb i d a s n o f i lme . Ob se rve a s a r t i cu l a çõ es do s dedos abe r t a s n a F i g . 1 . 1 21 compa radas com a s da F i g . 1 . 1 22 ( ve r se ta s ) . E sse s e xemp lo s d emons t r am o quão impo r t a n te é o e f e i t o d o po s i c i o namen to . O a l i n hamen to a dequado do ob j e t o é f u ndamen ta l , e o p l a no d a pa r t e d o co rpo q ue e s tá sendo r a d i o g ra fa do de ve e s ta r o ma i s p a ra l e l o p o s s í v e l a o f i lme . I s so r e su l t a em menos d i s t o r çã o e e spaço s a r t i cu l a r e s ma i s a be r t o s . A l i n hamen to d o r a i o cen t r a l (RC ) : Ou t r o impo r t a n te p r i n c í p i o n o p o s i c i o namen to e o q ua r t o f a t o r d e d i s t o r ção é o co r r e t o a l i n hamen to d o RC Como j á f o i e xpos to , em ge ra l a penas o cen t r o d o f e i xe d e r a i o s X , o RC , n ão ap re sen ta d i ve rgênc i a q uando p ro j e t a do a 9 0 ° ou pe rpend i cu l a r a o f i lme . Des sa f o rma , o co r r e m ín ima d i s t o r ção quando o RC a t r a ve ssa um e spaço a r t i cu l a r n e s se pon t o l i v r e d e supe rpo s i ção . A d i s t o r ção aumen ta q uando o â ngu l o d e d i ve rgênc i a d o cen t r o d o f e i xe d e r a i o s X aumen ta n a pe r i f e r i a . Po r e ssa r a zão , a cen t r a l i za ção co r r e t a o u o a l i n hamen to e p o s i c i o namen to co r r e t o s d o RC são impo r t a n te s p a ra m in im i z a r a d i s t o r ção d a s imagens . Um e xemp lo d e co r r e t o p o s i c i o namen to d o RC pa ra uma AP de j o e l h o é mos t r a do na F i g . 1 . 1 23 . O RC a t r a ve ssa o e spaço a r t i cu l a r d o j o e l h o com m ín ima d i s t o r ção , e o e spaço a r t i cu l a r d e ve apa re ce r a be r t o . A F i g . 1 . 1 24 mos t r a a cen t r a l i z a ção co r r e t a p a ra um AP de f êmu r o nde o RC e s tá a dequadamen te pe rpend i cu l a r a o f i lme e cen t r a do na r e g i ã o méd ia d o f êmu r . En t r e t a n to , a a r t i cu l a ção do j o e l h o e s tá a go r a e xpos ta a o s r a i o s d i ve rgen te s ( como mos t r a do pe l a se ta ) , o q ue c r i a rá uma d i s t o r ção na s e s t r u t u ra s d o j o e l h o . Po r e s se mo t i vo , o e spaço a r t i cu l a r n ão apa re ce rá a be r t o n e ssa i n c i d ênc i a , e uma segunda i n c i d ênc i a d e AP de j o e l h o de ve se r so l i c i t a da com o RC cen t r a do no j o e l h o pa ra ma i o re s d e ta l h e s da a r t i cu l a ção . Ângu l o d o RC : Em mu i t o s ca so s , o RC é po s i c i o nado p e rpend i cu l a rmen te , o u a 9 0 ° , a o p l a no do f i lme . Pa ra a l g umas pa r t e s d o co rpo , e n t r e t a n to , é n e ces sá r i o q ue o RC se j a p o s i c i o nado em um ângu l o e spec í f i co ; i s so se d e s ta ca na de sc r i ção de po s i c i o namen to como ângu l o d o RC , i n d i cando um ângu l o meno r q ue 90 ° . SUMÁR IO DA QUAL IDADE DE IMAGEM E CONTROLE DOS FATORES PR IMÁR IOS

FATOR DA QUAL IDADE

CONTROLE DOS FATORES PR IMÁR IOS

1 . Dens i d ade mAs (mA e t empo ) 2 . Con t r a s t e KVp 3 . De ta l h e s Fa to re s g eomé t r i co s Tamanho do pon to f o ca l D foF i . DOF Ve l o c i d ade f i lme / é c ran 4 . D i s t o r ção Mov imen to s ( vo l u n tá r i o s e

i n vo l u n tá r i o s ) D foF i . DOF A l i n hamen to d o ob j e t o a o r e cep to r d e

imagem A l i n hamen to d o RC

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3 8 - PR INC ÍP IOS , TERMINOLOGIA E PROTEÇÃO CONTRA RAD IAÇÃO

Efe i to Anódico o e fe i to anód i c o desc reve um f enômeno em que a i n t ens idade da r ad i ação emi t i da pe lo ca t odo do emisso r de r a i os X é ma i o r do que a do anodo . I sso s e deve ao f a t o de o ângu lo da face do anodo so f r e r g rande a tenuação ou abso rção de ra i os X pe lo t e rm i na l do anodo . A razão d i sso é que os r a i os X emi t i dos da pa r t e ma i s i n te rna do anodo devem pe rco r re r uma á rea anód i ca ma i o r an t es de s a í rem do t e rm ina l do anodo e se rem emi t i dos em d i r eção ao ca t odo . Es tudos mos t ram que a d i f e rença de i n tens idade do c a t odo para o anodo no f e i xe de r a i os X pode va r i a r de 30% a 50%, dependendo do ângu lo a l v o e usando um f i lme de 17 po l egadas ( 43 cm) a 40 po l egadas ( 100 cm) de DFoF i (F i g . 1 .125 ) . * Em ge ra l , quan t o meno r o pon t o f oca l , ma io r o e f e i t o anód i co . Esse e fe i t o é também ma is p ronunc i ado em pequenas DFoF i po rque , c om a s ua d im inu i ção , o ângu lo ou espa lhamen to do fe i x e deve se r usado pa ra cobr i r um campo ma i o r , c omo mos t rado na F ig . 1 .125 . Dessa mane i r a , o e f e i t o anód i co é ma i s p ronunc i ado em f i lmes ma io res usando pon tos f oca i s meno res . Obse rvação : Um ângu lo anód i co ma i s p rec i s o (meno r que 12° ) t ambém aumen ta o e fe i to anód i c o , mas i sso é de te rm inado pe lo f ab r i c an te , e não pe l o té cn i c o / rad io l og i s t a . CONSIDERAÇÕES DE POS ICIONAMENTO A ob t enção de ó t imas expos i ções de ce r t as pa r tes do c o rpo que têm impor tan t es va r i a ções de espessu ra ao l ongo do e i x o do fe i xe de r a i o s X deve i n c l u i r o uso co r re to do e f e i t o anód i c o pos i c i onando a pa r t e ma i s espessa do co rpo na ex t remi dade ca tód i ca co r responden te na mesa de r ad i og ra f i a (as ex t r emi dades ca t ód i c a e anód i ca es t ão ge ra lmen te marcadas no supor te es cudo ) . O abdome, a co l una e os membros de ossos l ongos (como o f êmu r , a t í b i a e a f í bu l a ) s ão exemp los comuns de es t r u t u ras ana t ômicas que va r i am em espessu ra ou dens idade e em que o uso co r re to do e f e i t o anód i c o es t á recomendado pa ra s e ob te r r ad i og ra f i as de ó t imo pad rão t écn i co . À d i r e i t a há um quad ro resumindo as pa r t es do co rpo e as i nc i dênc i as onde o e f e i to anód i c o pode se r usado ma i s e f e t i v amen te . (Esses quadros t ambém podem se r obse rvados em cada uma das pág i nas de i nc i dênc i as ao l ongo des t e te x to . ) Nesse quadro , e l as es tão a r r o l adas con f o rme a impo r t ânc ia do uso do e fe i to anód i co , s endo que os t r ês p r ime i ros são os ma i s impor tan t es . Exceção : Não é s emp re p rá t i co ou mesmo poss ív e l ob te r bene f í c i o do e f e i t o anód i co ( depende das cond i ç ões do pac ien t e ou de um equ ipamen to espec í f i co de r a i os X d i s pon íve l na sa l a ) .

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39 - PR INC ÍP IOS , TERMINOLOGIA E PROTEÇÃO CONTRA RADIAÇÃO D- PRINCIP IOS DE POSICIONAMENTO É t i ca P ro f i ss i ona l e Cu i dados com o Pac i en te o t écn i co / r ad io l og i s ta méd i c o é um membro impor tan t e da equ ipe de saúde , s endo em ge ra l responsáve l pe los exames rad i o l óg i cos do pac i en te . I sso i nc l u i s e r r esponsáve l po r seus a t os e es t a r su j e i t o a um cód i go de é t i ca espec í f i c o . O cód igo de é t i co re l ac i ona as reg ras ace i t áve i s de condu ta em re lação ao p róx imo , c omo de f i n i do den t ro da p ro f i ssão . Código de É t ica da CAMRT A Assoc i ação reconhece sua obr i gação em i den t i f i ca r e p romove r pad rões exemp l a res de p rá t i c a , condu ta e desempenho p ro f i ss i ona i s . A adesão a esses padrões é re sponsab i l i dade pessoa l e p ro f i ss i ona l de cada membro . Es te Cód igo de É t i ca ex i ge que cada membro da Assoc i ação deve : . p rove r se rv i ç os c om d i gn i dade e respe i to pa ra t odas as pessoas , i ndependen temen te de r aça , nac iona l i dade ou o r i gem é t n i c a , co r , gêne ro , o r i en tação sexua l , a f i l i ação re l i g i osa , i dade , t i po de en f e rm idade ou d i s t ú rb i o s f í s i c os ou men ta i s ;adqu i r i r a f é e a con f i ança do púb l i c o a t ravés do seu exemp lo de compe tênc ia p ro f i ss i ona l e c ondu ta ; conduz i r t odos os p roced imen tos e exames mantendo ca rgas de r ad i ação den t ro dos pad rões de segu rança onde es ses padrões devem se r ap l i c ados ; . rea l i za r somente os p roced imen tos que o membro es t á qua l i f i c ado a faze r ou que tenha s i do dev i damente de l egado pe la au to r i dade espec í f i c a , cons i de rando que o membro tenha receb ido t r e i namento pa ra um n ív e l a ce i t áve l de compe tênc ia pa ra t a i s a t os de legados ; . p ra t i c a r s omen te aque las d i sc i p l i nas de tecno l og i a de rad iação méd i ca nas qua i s o membro tenha s i do ce r t i f i c ado pe l a Assoc iação e es t e j a a t ua lmen te c ompe ten t e ; . reconhece r que , embo ra o pac i en te deva buscar i n f o rmações d iagnós t i c as de seu méd i co , uma op i n i ão exp ressa a ou t r o p ro f i ss i ona l de s aúde em re l ação à r ea l i z ação de um p roced imen to ou exame pode aux i l i a r no d i agnós t i c o ou t ra tamento ; . reconhece r e p ro tege r a na tu reza con f i denc ia l de todas as i n fo rmações ob t i das du ran te o c on ta t o com cada pac i en t e , e xce to onde a d i vu l gação de ta l i n f o rmação se j a reque r i da pe l a l e i ou necessá r i a ao t r a t amen to do pac ien t e ; coope ra r com ou t ros p ro f i ss i ona i s de saúde ; p rog red i r a a r t e e a c i ênc ia da te cno log ia de rad iação méd i ca ; e pa r t i c i pa r das ques tões da Assoc iação de fo rma responsáve l e p ro f i ss i ona l . Junho de 1997Cód i go de É t i ca ado t ado pe l a Assoc i ação Méd i ca Canadense de Técn i cos em Rad iação , j unho de 1997 .

Cód igo de É t ica da ASRT o Técn i c o em Rad i o l og i a c onduz a s i p róp r i o de fo rma p ro f i ss i ona l ,a tende às necess i dades do pac i en te e aux i l i a os c o legas e assoc iados a p romover c u idados de qua l i dade ao pac ien t e . 2 . O Técn i c o em Rad io l og i a a t ua de f o rma a avança r o p r i n c í p i o ob je t i vo da p ro f i ssão de p rover se r v i ços à human i dade com todo o r espe i t o e d i gn idade que me rece . 3 . O Técn i c o em Rad io l og i a d i spensa cu i dados ao pac i en te e se rv i ç os i r r es t r i t o s em re l ação aos a t r i bu t os pessoa i s ou da na t u reza da doença ou en fe rm i dade , e sem neg l i gênc ia ou d i sc r im inação , i ndependen temen te de sexo , r aça , c redo , re l i g i ão ou pos i ção soc i oeconômi ca . 4 . O Técn i c o em Rad io l og i a p ra t i c a a tecno log ia baseada em conhec imen tos e c once i t os teó r i cos , u t i l i z a equ ipamen tos e acessór i os pe r t i nen tes ao p ropós i to pa ra o qua l fo ram p ro je tados e emprega p roced imen tos e técn i cas da mane i r a ap rop r i ada . 5 . O Técn i c o em Rad io l og i a ava l i a s i t uações ; a tua com cu i dado , d i sc r i ção e j u l gamento ; assume responsab i l i dades pe l as dec i sões p ro f i ss i ona i s ; e a t ua pe lo bem do pac i en te . 6 . O Técn i c o em Rad io l og i a a t ua como um agen te a t ravés da obse rvação e da comun i cação , pa ra ob te r i n f o rmações per t i nen tes e aux i l i a r o méd i c o no d i agnós t i co e na c ondu ta te rapêu t i c a do pac i en te , bem como reconhecer que a i n t e rp re tação e o d i agnós t i c o es t ão f o ra da es fe ra de ação da sua p rá t i c a p ro f i ss i ona l . 7 . O Técn i c o em Rad io l og i a u t i l i z a equ ipamen tos e acessó r i os , emp rega t écn i c as e p roced imen tos , rea l i z a s e rv i ços de aco rdo com os pad rões de p rá t i c a es t abe l ec idos e demons t ra pe r í c i a em l im i t a r a expos i ção do pac ien t e , de s i p róp r i o e de ou t r os membros da equ ipe de saúde à r ad iação . 8 . O Técn i c o em Rad io l og i a p ra t i c a uma condu ta é t i c a ap rop r i ada à p ro f i ssão e f az va l e r o d i r e i t o do pac i en te a uma t écn i c a de cu idados r ad i o l óg i cos de qua l i dade . 9 . O Técn i c o em Rad io l og i a respe i t a a c on f i ança d i spensada du ran te a sua p rá t i c a p ro f i s s i ona l , p ro t ege os d i re i tos do pac ien t e à p r i v ac i dade , e apenas r eve l a i n f o rmações con f i denc i a i s quando so l i c i t ado po r l e i ou pa ra p ro tege r o bem-es ta r do i nd i v íduo ou da comun i dade . 10 . O Técn i co em Rad i o l og ia es fo rça -se con t i nuamente pa ra aumenta r s eu conhec imen to e suas hab i l i dades pa r t i c i pando de a t i v i dades educac i ona i s e p ro f i ss i ona i s , c ompa r t i l hando seu conhec imen to com co legas e i nves t i gando aspec tos i novado res da p rá t i ca p ro f i s s i ona l . Ta i s a tos v i sam a aumenta r o c onhec imen to e as hab i l i dades a t ravés de educação p ro f i ss i ona l c on t i nuada . Cód igo de é t i ca ado tado pe l a Ame r i c an Soc ie ty o f Rad io l og i c Techno l og i s t s , Reg i s t r o Ame r i cano de Técn i c os em Rad io l og i a , r ev i s to em j u l ho de 1994 .

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4 0 - P R INC ÍP IOS , T ERM I NO LOG I A E P ROTEÇÃO CONTRA RAD IA ÇÃO P r o t o c o l o e S o l i c i t a ç ão d e P r o c e d im e n t o s R a d i o g r á f i c o s D i a g n ó s t i c o s em G e r a l Cad a d e p a r t amen t o d e r ad i o l o g i a d e v e e s t ab e l e c e r um p r o t o co l o d e c on s e n so e s o l i c i t a ç ão p e l o q u a l t o d o s o s p r o c ed im en t o s d i a gn ó s t i c o s em g e r a l s ão r e a l i z a do s . I s so s e f a z n e c e s s á r i o p a r a q u e h a j a uma o r d e na ç ã o e um s i s t ema d e t r a b a l h o e f e t i v o em q ue t o do s o s t é c n i c o s / r a d i o l o g i s t a s ( e s t u d an t e s o u t é c n i co s g r a du a do s ) s i g am a m e sma s o l i c i t a ç ão e p r o c ed im en t o . A s e gu i r e s t ão amo s t r a s d e p r o t o c o l o s p a r a d i a gn ó s t i c o s g e r a i s f i l m e é c r a n e p r o c e d im en t o s r a d i og r á f i c o s u t i l i z an d o im ag e n s d i g i t a i s c on f o rme e s t a b e l e c i d o e u s a d o po r um h o sp i t a l d e uma u n i v e r s i d a d e d o M e i o - Oe s t e d o s E s t a do s Un i do s . * IM AGEM F I LME É CRAN L e i a e a v a l i e a r e q u i s i ç ã o . P r e s t e b a s t a n t e a t e n ç ã o p a r a a r a z ã o d o e x am e p a r a d e t e rm i n a r q ua l p o s i c i o n am e n t o o u t é c n i c a p r e c i s a r ã o s e r a j u s t a d o s . 2 . D e t e rm i n e a c om b i n a ç ã o f i l m e é c r a n , o t am a n h o e o n úm e r o d o c h a s s i q u e s e r ã o n e c e s s á r i o s . 3 . S u p r a o g a b i n e t e d o c h a s s i c om o s p o r t a - f i l m e s n e c e s s á r i o s . 4 . P r e p a r e a s a l a d e e x ame . 5 . I d e n t i f i q u e c o r r e t am e n t e o p a c i e n t e ( c h e q u e a b r a ç a d e i r a o u p e ç a a o p a c i e n t e p a r a r e p e t i r o n om e c om p l e t o ) . 6 . V i s t a o p a c i e n t e a de q u a d am e n t e . 7 . E x p l i q u e a o p a c i e n t e o q u e s e r á f e i t o e p e r g u n t em q u a i s a s s u a s e x p e c t a t i v a s . 8 . P o s i c i o n e o c h a s s i n o s e u f i x a d o r o u n o t am po d a m es a n a d i r e ç ã o c o r r e t a . 9 . A u x i l i e o p a c i e n t e n a p o s i ç ã o e em c om o v o c ê q u e r q u e e l e f i q u e n a p r i m e i r a r a d i o g r a f i a . 1 0 . M e ç a a s p a r t e s a n a t ôm i c a s q u e s e r ã o r a d i o g r a f a d a s . 1 1 . U s e um a g r a d e s e a s p a r t e s f o r em m a i o r e s q u e 1 2 c m . 1 2 . D e t e rm i n e o mA s e a k V p a s e r em u s a d o s e f a ç a o a j u s t e n o g e r a do r . 1 3 . P o s i c i o n e o p a c i e n t e c om p r e c i s ã o . 1 4 . I d e n t i f i q u e o s l a d o s d i r e i t o e e s q u e r d o c om um m a r c a d o r d e c h um b o a p r o p r i a d o . 1 5 . C o n t e n h a o p a c i e n t e s e f o r p r e c i s o . 1 6 . U s e e s c u d o s g o n a d a i s em q u a l q u e r p e s s o a a ba i x o d e 5 0 a n o s d e i d a d e . 1 7 . U s e a v e n t a i s e l u v a s d e c h um b o , s e n e c e s s á r i o , p a r a t o d o s o s q u e a u x i l i a r em a c o n t e n ç ã o n a s a l a . 1 8 . I n s t r u a a d e q u a d am e n t e o p a c i e n t e q u a n t o à r e s p i r a ç ã o . 1 9 . E x p on h a o p a c i e n t e , e n q u a n t o o o b s e r v a p e l a j a n e l a . 2 0 . R e p i t a a s e t a p a s 8 a 1 8 p a r a c a d a p r o c e d im e n t o . 2 1 . O p a c i e n t e n ã o d e v e s e r d e i x a d o s o z i n h o n a s a l a , a m e n os q u e e s t e j a s e n d o c o n t i d o o u s e g u r a n d o um a c am p a i n h a . 2 2 . E x p l i q u e q u e v o c ê r e v e l a r á e v e r á a s r a d i o g r a f i a s t i r a d a s p a r a d e t e rm i n a r s e e l a s e s t ã o d e b o a q u a l i d a d e . 2 3 . P a r a c a d a c h a s s i e x p o s t o , u s e o c a r t ã o d e i d e n t i f i c a ç ã o d o p a c i e n t e . 2 4 . P r o c e s s e a r a d i o g r a f i a n o p r o c e s s a d o r d e i m a g e n s . 2 5 . R e g i s t r e n a r e q u i s i ç ã o a d a t a , a h o r a , o n úm e r o d e f i l m e s , o n om e , o n úm e r o d a s a l a , a t é c n i c a u s a d a e a h i s t ó r i a d o p a c i e n t e . 2 6 . A v a l i e a d e q u a d am e n t e a s r a d i o g r a f i a s . S e n ã o h o u v e r n e c e s s i d a d e d e r e p e t i r a s r a d i o g r a f i a s , c o l o q u e - a s n a s u a a b e r t u r a o u d ê a o p a c i e n t e . 2 7 . C o l o q u e o c a r t ã o d o p a c i e n t e c o r r e t o n o t e rm i n a l d o c om p u t a d o r , i n c l u i n d o h o r a , n úm e r o d a s a l a , n úme r o d e r a d i o g r a f i a s e q u a n t a s f o r am r e j e i t a d a s . 2 8 . A u x i l i e o p a c i e n t e a s a i r d a m e s a p a r a s e n t a r n um a c a d e i r a d e r o da s , m a c a o u f i c a r d e p é . 2 9 . A b r a a p o r t a p a r a o p a c i e n t e . 3 0 . E x p l i q u e a o s p a c i e n t e s e x t e r n o s p a r a o n d e e l e s d e v em s e g u i r a p ó s o e x ame . C on d u z a o s p a c i e n t e s i n t e r n a d o s p a r a um a s a l a d e e s p e r a e p o n h a um c a r t a z n a s a í d a o r i e n t a n d o a s a í d a d e p a c i e n t e s n a á r e a d e c i r c u l a ç ã o . 3 1 . A r r um e a s a l a d e r a d i o g r a f i a , t r o q u e a s r o u p a s d e c am a e l i m p e a m e s a c om á l c o o l . 3 2 . L a v e a s m ã os . 1 ) L e i e a v a l i e a r e q u i s i ç ã o . P r e s t e b a s t a n t e a t e n ç ã o p a r a a r a z ã o d o e x am e a f i m d e d e t e rm i n a r q u a l p o s i c i o n am en t o o u t é c n i c a p r e c i s a r ã o s e r a j u s t a d o s . 2 . D e t e rm i n e o t i p o , o t am a n h o e o n úm e r o d e l âm i n a s d e i m a g em ( L I ) q u e s e r ã o n e c e s s á r i o s . E s c o l h a o m e n o r t am a n h o p o s s í v e l d e c h a s s i . S e a s L l s e s n ã o f o r em u s a d a s d e n t r o d e 4 8 h o r a s , a p a g u e - a s a n t e s d e u s a r . 3 . S u p r a o g a b i n e t e d o c h a s s i c om o s p o r t a - f i l m e s n e c e s s á r i o s . 4 . P r e p a r e a s a l a d e e x ame . 5 . I d e n t i f i q u e c o r r e t am e n t e o p a c i e n t e ( c h e q u e a b r a ç a d e i r a o u p e ç a a o p a c i e n t e p a r a r e p e t i r o n om e c om p l e t o ) . 6 . V i s t a o p a c i e n t e a de q u a d am e n t e .

7 . E x p l i q u e a o p a c i e n t e o q u e s e r á f e i t o e p e r g u n t em q u a i s a s s u a s e x p e c t a t i v a s . 8 . P o s i c i o n e o c h a s s i n o s e u f i x a d o r o u n o t am p o d a m es a d e f o rm a q u e o c a n t o p ú r p u r o e s t e j a o r i e n t a d o c a u d am e n t e o u p a r a o l a d o e s qu e r d o e a t i r a v e r d e e s t e j a o r i e n t a d a c e f a l i c ame n t e o u p a r a o l a d o d i r e i t o d o p a c i e n t e . 9 . A j u d e o p a c i e n t e a a d o t a r a p o s i ç ã o d e s e j a d a e o p o s i c i o n e p a r a a p r i m e i r a i m a g em . C e r t i f i q u e - s e d e q u e à p a r t e d e i n t e r e s s e e s t e j a p o s i c i o n a d a n o c e n t r o d o c h a s s i . Q ua n d o f o r t r a b a l h a r c om e x t r em i d a d e s , m a n t ê - l a s o m a i s p r ó x im o p o s s í v e l e u s e t i r a s d e c h um b o p a r a c o b r i r a s á r e a s n ã o - e x p o s t a s . 1 0 . M e ç a a s p a r t e s a n a t ôm i c a s q u e s e r ã o r a d i o g r a f a d a s . 1 1 . U s e um a g r a d e s e a s p a r t e s f o r em m a i o r e s q u e 1 2 em . 1 2 . D e t e rm i n e o mA s e a k V p a s e r em u s a d o s e a j u s t e - o s n o g e r a d o r . 1 3 . P o s i c i o n e o p a c i e n t e p r e c i s am e n t e . 1 4 . I d e n t i f i q u e o s l a d o s d i r e i t o e e s q u e r d o d o p a c i e n t e c om um m a r c a d o r d e c h um b o a p r o p r i a d o . 1 5 . C o n t e n h a o p a c i e n t e s e f o r p r e c i s o . 1 6 . U s e e s c u d o s d e c h um b o g o n a d a i s em q u a l q u e r p e s s o a a b a i x o d e 5 0 a n o s d e i d a d e . 1 7 . U s e a v e n t a i s e l u v a s d e c h um b o s e n e c e s s á r i o p a r a t o d o s o s q u e a u x i l i a r em a c o n t e n ç ã o n a s a l a . 1 8 . I n s t r u a a d e q u a d am e n t e o p a c i e n t e q u a n t o à r e s p i r a ç ã o . 1 9 . E x p on h a o p a c i e n t e , e n q u a n t o o o b s e r v a p e l a J a n e l a . 2 0 . R e p i t a a s e t a p a s 8 a 1 8 p a r a c a d a p r o c e d im e n t o . 2 1 . O p a c i e n t e n ã o d e v e s e r d e i x a d o s o z i n h o n a s a l a , a m e n os q u e e s t e j a c o n t i d o o u s e g u r a n d o um a s i n e t a . 2 2 . E x p l i q u e q u e v o c ê r e v e l a r á e v e r á a s r a d i o g r a f i a s t i r a d a s p a r a d e t e rm i n a r s e e l a s e s t ã o d e b o a q u a l i d a d e . 2 3 . C o l o q u e o c h a s s i d e n t r o d o l e i t o r d e l âm i n a s c om a s b o r d a s p ú r p u r a s e n t r a n d o p r i m e i r o e a f a c e b r a n c a v o l t a d a p a r a c i m a . 2 4 . C o l o q u e a s i n f o rm aç õ e s d o p a c i e n t e n o p r o c e s s a d o r d e i m a g e n s . 2 5 . S e l e c i o n e o e x am e e o m o d o c om q u e c a d a i m a g em d e v e r á s e r p r o c e s s a d a . 2 6 . A g u a r d e q u e o l e i t o r d e i m a g e n s i n d i q ue q u e a s m esm as j á f o r am p r o c e s s a d a s e a l âm i n a j á a p a g ad a , e em s e g u i d a r em o v a - a d o l e i t o r . 2 7 . R e g i s t r e n a r e q u i s i ç ã o a d a t a , a h o r a , o n úm e r o d e f i l m e s , o n om e , o n úm e r o d a s a l a , a t é c n i c a u s a d a e a h i s t ó r i a d o p a c i e n t e . 2 8 . A v a l i e a d e q u a d am e n t e a s i m a g e n s . A j u s t e a q u a l i d a d e t é c n i c a c o n f o rm e a n e c e s s i d a d e . S e a s i m a g e n s n ão p r e c i s a r em s e r r e p e t i d a s , e n v i e - a s p a r a a e s t a ç ã o d e l e i t u r a e f a ç a a s r a d i o g r a f i a s . 2 9 . C o l o q u e o c a r t ã o c o r r e t o d o p a c i e n t e n o t e rm i n a l d o c om p u t a d o r , i n c l u i n d o h o r a , n úm e r o d a s a l a , n úme r o d e r a d i o g r a f i a s e q u a n t a s f o r am r e j e i t a d a s . 3 0 . A u x i l i e o p a c i e n t e a s a i r d a m e s a p a r a s e n t a r n um a c a d e i r a d e r o da s , m ac a o u a f i c a r d e p é . 3 1 . A b r a a p o r t a p a r a o p a c i e n t e . 3 2 . E x p l i q u e a o s p a c i e n t e s e x t e r n o s p a r a o n d e e l e s d e v em s e g u i r a p ó s o e x am e . C o n d u z a o s p a c i e n t e s i n t e r n a d o s p a r a um a s a l a d e e s p e r a e p o n h a um c a r t a z o r i e n t a n do a s a í d a d o s p a c i e n t e s n a á r e a d e c i r c u l a ç ã o . 3 3 . A r r um e a s a l a d e r a d i o g r a f i a , t r o q u e a s r o u p a s d e c am a e l i m p e a m es a c om á l c o o l . 3 4 . L a v e a s m ã os .

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41 - PR INC ÍP IOS , TERMINOLOGIA E PROTEÇÃO CONTRA RAD IAÇÃO Sala e Preparo do Exame Após p repa ra r a sa l a (p ro t oco los 1 a 4 na pág ina an te r i o r ) , i den t i f i c a r , cump r imen ta r o pac i en te , e exp l i c a r c u idadosamente o p roced imen t o ( p ro toco l os 5 a 8 ) . O t écn i c o / r ad i o l og i s t a c omeça en t ão o p rocesso de pos i c i onamen to do pac i en te . Métodos e E tapas de Pos ic ionamen to Mui tos dos t r aba l hos ge ra i s de d i agnós t i co do técn i c o / rad io l og i s ta envo l v em as e t apas 9 a 19 dos p ro toco los mos t rados . I sso i nc l u i um pos i c i onamento cu idadoso e p rec i so do pac i en te , de fo rma a ex i b i r c o r r e tamente no f i lme as pa r t es do c o rpo que o méd i c o s o l i c i t ou pa ra f i n s d i agnós t i cos . Pa ra o es tudan te técn i co / r ad io l og i s ta , a hab i l i dade para o pos i c i onamento rad iog rá f i co se t o rna uma função cen t ra l ou essenc ia l , ou uma hab i l i dade que todo té cn i c o / r ad i o l og i s t a deve ap rende r e domi na r . MESA F IXA V5 . MÓVEL OS f a t o res que i n f l uenc iam o p rocesso ou as e t apas de pos i c i onamento i n c l uem o t i po de equ i pamento a s e r u sado . Um exemp lo de um t i po espec í f i co de mesa de ra i os X ma i s econômico é a mesa f i xa (ma i s c omum nos consu l t ó r i os e c l í n i cas ) versus o t i po de mesa móve l , c omumen te usada nos depar tamentos de rad io l og ia . As mesas de r a i os X ma i s modernas possuem o seu t ampo móve l , o que pe rmi t e ao té cn i c o / r ad i o l og i s t a move r tan t o o pac i en te como a mesa j un t os , em qua lque r d i r eção , s em t e r que mover f i s i camen te o pac ien t e ou movê- l o j un to c om o l enço l , como na mesa f i x a . A l gumas mesas móve i s s ão pos i c i onadas manua lmente pe l a a t i v ação de uma chave l i be radora que permi t e que o tampo da mesa se ja mov imen tado manua lmente , tan to no comp r imen to c omo no sen t i do t ransve rsa l . Ou t ros t i pos de mesa , quando usados em comb i nação com o f l uo roscóp i o , possuem mo to res que movem e le t r i c amente o t ampo da mesa tan t o no comp r imen to como no sen t i do t r ansve rsa l quando esses comandos são ac i onados . Esses comandos ou con t ro l es es tão à f r en te da mesa ou nas un idades de con t r o l e de f l uo ros cop ia ( ve r mão esquerda do té cn i c o / r ad i o l og i s ta na F ig . 1 . 127 ) .

Bandeja do Chass i e a Grade Bucky Sob cada um desses t i pos de mesa ex i s t e uma bande j a de chass i r emov íve l , o que i nc l u i uma g rade móve l do t i po Bucky . Em ge ra l , o método espec í f i co de pos i c i onamen to e e tapas como desc r i t o nes t e tex to são os mesmos com imagem de f i lme e de te l a , ou com imagem d i g i t a l . O pos i c i onamento é t ambém seme lhan te t an to na mesa de t ampo móve l c omo na bande j a Bucky móve l sepa rada , bem como na comb i nação da mesa de t ampo f i xo com a bande ja Bucky móve l . co l imadores Todos os equ ipamen tos modernos i nc l uem um co l imador de i luminação a justáve l , que permi t e uma res t r i ç ão cu i dadosa e p rec i s a do campo - t amanho do f e i x e de r a i o s X em cada uma das qua t ro d imensões . A ma i o r i a dos c o l imado res a j us t áve i s possu i uma l im i t ação pos i t i va de fe i xe (LPF) que co l ima au toma t i camen te pa ra o t amanho do chass i na bande j a Bucky . Todos os equ ipamen tos de r a i o s X cons t r u í dos en t r e 1974 e 1993 nos EUA e no Canadá são ob r i gados a t e r as con f i gu rações pa ra LPF . (Ve r a s eção segu i n t e ) . sob re p ro t eção con t ra rad iação para ma i s i n f o rmações sobre o s i s tema LPF e t odos os r equ i s i tos . ) Esses co l imado res a j u s táve i s i nc l uem um campo para i n c i dênc ia de l uz e um pa ra o ra i o c en t ra l (RC) , como v i s to no j oe l ho esque rdo do pac ien t e e no chass i e na bande j a Bucky pa rc i a lmen te r e t i r ados , mos t r ados na F i g . 1 . 128 . I s so pe rmi te uma v i s ua l i z ação p rec i s a do tamanho e do l oca l r ea l de i nc i dênc i a do f e i xe de r a i os X em re lação à pa r t e ou á rea espec í f i c a do c o rpo do pac ien t e a s e r rad iog ra f ada . O campo de expos i ção i l um i nado do co l imado r também possu i l i nhas de cen t ra l i zação e um c í rcu l o (ou uma c ruz ) c en t ra l i nd i c ando a l oca l i z ação do RC na pa r te do c o rpo a s e r rad iog ra fada .

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4 2 - PR INC ÍP IOS , TERMINOLOGIA E PROTEÇÃO CONTRA RAD IAÇÃO SEQÜÊNCIA E ROT INAS DE POSIC IONAMENTO (PROTOCOLOS 9 -19 ) Com o tempo e a expe r i ênc i a , cada t écn i c o / r ad i o l og i s t a desenvo l v e uma seqüênc ia ou r o t i na de pos i c i onamen to que f unc i ona me l ho r c om o equ ipamen to espec í f i co a se r usado . En t re t an t o , pa ra o ap rend i zado i n i c i a l do es tudan te s ob re as e t apas e os p r i n c í p i os de pos i c i onamen to r ad i o l óg i c o , se rá desc r i t o ad i an te o p ro toco lo de p roced imen to o rdenado e s i s t emat i z ado passo a passo para o pos i c i onamen to das pa r tes do pac i en te . I s so p rev ine descu idos e háb i t os imprec i s os que possam resu l t a r em um t raba l ho i ncong ruen te e des l e i xado . E tapa 1 . Pos i c i o namen to Ge ra l d o Pac i e n te (P ro to co l o 9 ) Pa ra um exame rea l i zado na mesa de ra i os X , o p rocesso de pos i c i onamento começa po r acomodar o pac i en te na mesa e c o loca - l o em uma das segu in tes pos i ç ões : decúb i t o do rsa l , decúb i t o v en t ra l , l a te ra l ou ob l íqua (F i g . 1 .129 ) . O chass i de t amanho co r re t o deve se r pos i c i onado na bande ja Bucky , em sen t i do l ong i t ud i na l ou t rans versa l , ou sob a pa r t e a s e r rad iog ra fada pa ra exames na mesa .Obse rvação : O t ubo de ra i os X deve se r v e r i f i c ado pa ra s e ce r t i f i c a r de que o ra i o c en t r a l (RC) da l uz do co l imado r es t e j a pos i c i onado na l i nha cen t r a l da mesa quando a mesa es t i v e r na pos i ção cen t r a l de "ma rcação" . ( I sso deve se r f e i t o an tes de o pac i en te se r pos i c i onado na mesa de r a i os X . ) I s so assegu ra que o RC e o fe i x e de r a i o s X es te j am a l i nhados co r re tamen te com a pa r te a s e r rad iog ra fada quando o c hass i es t i v e r na bande ja Bucky .

Etapa 2 . Med ida da Espessu ra da Pa r t e (P ro t oco l o 10 ) A pa r t e do co rpo a se r r ad i og ra f ada é en tão med i da , e os f a to res de expos i ção ( t écn i ca ) c o r re tos são a j us tados no pa i ne l de c on t ro l e ( p ro t oco l o 12 ) . A mensu ração da pa r te não é necessá r i a s e f o r usado o CAE (con t r o l e au tomá t i co de expos i ç ão ) .

Etapa 3. Pos i c i onamen to da Pa r t e (P ro t oco l o 13 ) Pa ra a ma io r i a das i nc i dênc i as , a pa r te espec í f i ca do c o rpo a se r e xaminada é a p r ime i r a a s e r pos i c i onada em re l ação ao ra i o c en t ra l (RC) . I sso s i gn i f i ca que , pa ra essas i nc i dênc ias , o RC é o p r ime i r o fa to r , ou o fa to r p r imá r i o no p rocesso de pos i c i onamen to . O pac ien t e é v i r ado e mov i do c on fo rme a necess i dade para c en t ra l i z a r o c en t r o da pa r t e do co rpo com o Rc . Nesse exemp lo (F i g . 1 . 131 ) , o pac i en te e o t ampo da mesa (com o tampo do t i po móve l ) s ão des l ocados pa ra f aze r o a l i nhamento c o r re to da pa r te do c o rpo j oe l ho ) com o RC, como i nd i c ado pe l o s ímbo lo "+ " no campo i l umi nado .

Etapa 4. Cent ra l i zação do F i lme ( IR ) Após a pa r t e te r s i do c en t ra l i zada em re l ação ao RC , o f i lme t ambém deve sê - I o . O f i lme pode se r o t rad i c i ona l c hass i de f i lme -éc ran ou uma l âmi na como nos s i s t emas rad iog rá f i c os computado r i zados . Pa ra os p roced imen tos na mesa Bucky , essa cen t r a l i zação é f e i t a movendo -se o f i lme na bande j a Bucky l ong i tud ina lmen te , a f im de a l i nha- l o c om a l u z p ro j e tada do RC (F i g . 1 . 132 ) . í cone do Ra i o Cen t ra l (RC) EE Esse í c one é i nc l u ído em todas as pág inas de pos i c i onamento nes t e l i v r o pa ra as i n c i dênc i as em que o RC é de impo r t ânc i a p r imá r i a , l emb rando o t écn i c o / rad io l og i s t a pa ra p res t a r a tenção espec ia l ao RC du ran t e o p rocesso de pos i c i onamen to . A cen t r a l i zação p rec i s a do RC é espec ia lmen te impo r t an t e pa ra os membros supe r i o res e i n fe r i o res , nos qua i s as a r t i c u l ações são á reas de i n t e resse p r imá r i o , e o RC tem de se r d i r ec i onado p rec i s amen te pa ra a reg ião med iana da a r t i c u l a ção . I sso também é impor tan t e quando se usam os CAE (con t r o l es au t omát i cos de expos i ç ão ) e pa ra r ecep t o res d i g i t a i s , em que a cen t r a l i z ação co r re t a do RC é essenc ia l pa ra imagens adequadamente expos t as .Co l imação As bo rdas da l uz do c o l imado r s ão en t ão a j us t adas ou fe chadas , de fo rma a i nc l u í rem somente a ana t omi a essenc i a l . Ma rcadores Os ma rcado res D ou E são co r re t amente pos i c i onados de modo a f i ca rem no campo de expos i ção mas sem cob r i rem a ana tomia essenc ia l ( p ro toco lo 14 ) . E tapa F ina l de Expos i ção Deve se r f e i t a uma ú l t ima ve r i f i cação quan to ao pos i c i onamento de um escudo gonada l (p ro t oco lo 16 ) an tes de faze r a expos i ção com i ns t r uções quan to à r esp i ração , con fo rme a necess i dade (p ro toco los 18 e 19 ) .

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43 - PR INC ÍP IOS , TERMINOLOGIA E PROTEÇÃO CONTRA RAD IAÇÃO Incidências Essenciais INCIDÊNCIAS DE ROTINA (BÁSICAS) De te rm inadas i n c i d ênc i a s d e r o t i n a o u bá s i ca s e s t ã o r e l a c i o nadas e d e sc r i t a s n e s te t e x t o p a ra cada e xame ou p ro ced imen to r a d i o g rá f i co r e a l i zado no s EUA e Canadá . A s i n c i d ênc i a s d e r o t i n a o u bá s i ca s são d e f i n i d a s como aque l a s i n c i d ênc i a s ma i s comumen te u sadas em t o dos o s p a c i e n te s méd io s q ue conse guem coope ra r p l e namen te . I s s o , é c l a ro , va r i a d ependendo da p re f e rên c i a d o t é cn i co / r a d i o l o g i s t a e d a s d i f e re n ça s g eog rá f i ca s , como i n d i cado no s r e su l t a do s do l e van t amen to n o r t e -ame r i cano i n c l u í d o no apênd i ce de s te t e x t o . INCIDÊNCIAS ESPECIA IS (ALTERNATIVAS ) A lém das i nc i dênc ias de r o t i na ou bás i c as , ce r tas i nc i dênc ias bás i c as ou a l te rna t i vas s ão t ambém i nc lu ídas em cada exame ou p roced imen to desc r i t o no te x to . E las são de f i n i das c omo aque l a s i n c i d ênc i a s ma i s comumen te r e a l i zadas pa ra d emons t r a r me lho r a s p a r t e s a na tôm i ca s e spe c í f i ca s o u ce r t a s cond i çõe s p a to l ó g i ca s ou a que l a s q ue podem se r n e ce ssá r i a s p a ra o s p a c i e n te s q ue não con seguem coope ra r t o t a lmen t e . O au to r r e comenda ( baseado em resu l t ados de l evan tamentos r e cen te s ) q ue t o dos o s e s t u dan te s d e vem ap rende r e mos t r a r compe tênc ia pa ra t odas as i nc i dênc i as essenc i a i s con f o rme re l ac i onadas no t e x t o . I s so i n c l u i t o da s a s i n c i d ênc i a s d e r o t i n a ( b á s i c a s ) , a s s im como t o da s a s i nc i dênc i as espec i a i s (a l te rna t i vas ) r e l ac i onadas e desc r i t a s em c a d a c a p í t u l o . Al guns exemp l os dessas i nc i dênc ias bás i c as e espec ia i s do tó rax podem ser encon t rados no Capo 2 , como mos t r a do no s bo xes à d i r e i t a . Conhece r t o da s e ssa s i n c i d ênc i a s g a ran te a o s e s t u dan te s p repa ro pa ra e xe r ce r a f u n ção de t é cn i co / r a d i o l o g i s t a . Pr i nc í p i os pa ra se De te rm i nar Ro t i nas de Pos i c i onamento Duas r eg ras ge ra i s , ou p r i nc íp i os , são ú t e i s pa ra s e re l emb ra r e comp reende r as ra zões pe l as qua i s ce r t as i nc i dênc ias m ín imas são r o t i ne i ra s , ou bás i c as , pa ra v á r i os exames rad i og rá f i cos . NO MíN IMO DUAS INC IDÊNCIAS (900 ENTRE S I ) A p r ime i r a reg ra ge ra l no d i agnós t i c o r ad i o l óg i co sugere que um m ín imo de duas i nc i dênc i as ob t i das a 90° en t r e s i se j a pos s ív e l e necessá r i o pa ra a ma i o r i a dos p roced imen tos r ad i og rá f i c os . Exceções i nc l uem uma AP móve l de tó rax ( po r tá t i l ) , uma ún i c a AP de abdome (c hamada de RUB - R im, U re te r e Bex i ga ) , ou uma AP de pe l v e em que apenas uma i nc i dênc i a fo rnece amp la i n fo rmação i n i c i a l . Ex i s t em t rês razões pa ra es sa reg ra ge ra l , que são as s egu in tes : P rob l ema de Es t ru tu ras Ana tômicas Sob repos tas Ce r t as cond i ções pa to l óg i c as (c omo a lgumas f ra tu ras ou pequenos t umo res ) podem não se r v i sua l i z adas em apenas uma i nc i dênc ia . I den t i f i c ação de Lesões ou Co rpos Es t r anhos Um m ín imo de duas i n c i d ênc i a s , o b t i d a s a 9 0 ° en t r e s i o u a â ng u l o s ma i s p ró x imos p o ss í ve i s d o r e t o , é f u ndamen ta l pa ra se de te rm ina r à l oca l i zação de qua l q ue r l e são ou co rpo e s t r a nho (F i g . 1 . 1 33 ) . E xemp lo : Co rpo s e s t r a nhos ( a s d ens i d ades brancas s ã o f r a gm e n t o s metá l i cos )

imp l an tados nos tec i dos da mão. No te que t a n t o a i n c i d ênc i a PA como a l a t e ra l ( p e r f i l ) são ne ces sá r i a s p a ra d e te rm ina r a l o ca l i za ção e xa ta d e sse s f r a gmen to s me tá l i co s em duas d imensões . De te rm inação do A l i nhamen to de F ra t u ras Todas as f r a t u ras reque rem a r ea l i z ação de pe lo menos duas i nc i dênc i as , ob t i das a 90° en t re s i ou a ângu los ma i s p róx imos poss íve i s do r e t o , t an to pa ra v i sua l i za r i n te i ramen te o l oca l da f r a t u ra como pa ra de te rm ina r o a l i nhamen to das pa r t es f ra tu radas (F i gs . 1 . 134 e 1 . 135 ) .

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44 - PR INC ÍP IOS , TERMINOLOGIA E PROTEÇÃO CONTRA RADIAÇÃO NO MíN IMO TRÊS INC IDÊNCIAS QUANDO EX ISTEM ART ICULAÇÕES NA ÁREA DE INTERESSE A segunda reg ra ou p r i nc í p i o ge ra l s uge re que t odos os p roced imen tos rad iog rá f i cos do s i s t ema esque l é t i c o que envo l v e as a r t i c u l ações reque rem pe l o menos t r ês i nc i dênc i as em vez de apenas duas . Essas são AP ou PA, l a t e ra l e ob l íqua . A razão pa ra essa r eg ra é que ma i s i n f o rmações são necessá r i as do que aque l as fo rnec i das em apenas duas i nc i dênc i as . Por exemp l o , como ex i s t em mú l t i p l as s uper f í c i e s e ângu los dos ossos c ompondo a a r t i c u l ação . uma pequena f ra tu ra comi nu t i va ob l í qua ou ou t ra a l t e ração den t ro do espaço a r t i cu l a r pode não se r v i sua l i zada nas i nc i dênc i as f r on ta l ou l a te ra l , mas pode se r bem ev idenc i ada na pos i ção ob l í qua . Exemp l os de exames que ge ra lmen te ex i gem t r ês i nc i dênc ias de r o t i na Ou bás i c as ( as a r t i c u l ações es t ão na á rea de p r i nc i pa l i n te rece ) : Dedos das mãos . Mão . Co tove lo . Pé . Dedos dos pés . Punho . Ca l c anha r . J oe l ho Exemp l os de exames que ex i gem duas i nc i dênc ias de r o t i na ou bás i c as : An t eb raço . Quad r i s . Após r edução dos membros s uper i o res e i n f e r i o res (apenas duas i nc i dênc ias pa ra f i ns de a l i nhamento mesmo que a a r t i cu l ação se j a a p r i nc i pa l á rea de i n t e resse ) Fêmu r , Tó rax . Úme ro . T í b i a e f í bu la TAMANHOS COMUNS DE F I LMES D ive rsos tamanhos de f i lme es t ão d i s pon íve i s , t an to na med ida i ng l esa ( t rad i c i ona l ) como no s i s t ema mé t r i co (S i s tema I n t e rnac iona l ) . O uso das un idades mét r i cas (S I ) em todos os novos t i pos de f i lme-éc ran ( ou l âminas de imagem como na r ad i og ra f i a computado r i zada ) é cada vez ma i s c omum, mas os fab r i c an t es a i nda f o rnecem lâmi nas de imagem e f i lmes rad iog rá f i cos pa ra mu i t os usuá r i o s dos f i lmes -éc ran na med i da i ng lesa . A segu i r ap resen tamos uma tabe l a resumindo os t amanhos ma i s comum de f i lmes d i s pon íve i s nos EUA e no Canadá . QUADRO DE TAMANHOS DE F I LME MA IS COMUMENTE . D I SPON íVE I S M é t r i c o ( S t ) T r a d i c i o n a l ( I n g l ê s ) USO

* 1 8 x 2 4 em ( 7 , 1 x 9 , 5 p o l e g a d a s ) M am o g r a f i a

( 2 0 , 3 x 2 5 , 4 em ) * 8 x 1 0 p o l e g a da s G e r a l * 2 4 x 2 4 em ( 9 , 5 x 9 , 5 p o l e g a d a s ) R u o r o s c o p i a e G e r a l ( 2 5 , 4 x 3 0 , 5 em ) * 1 0 x 1 2 p o l e g ad a s G r a d e d e c h a s s i * 2 4 x 3 0 em ( 9 , 5 x 1 1 , 8 p o l e g a d a s ) G e r a l e m am o g r a f i a * 1 8 x 4 3 em ( 7 , 1 x 1 6 , 9 p o l e g a d a s ) M em b r o s s u p e r i o r e s

e i n f e r i o r e s

( 1 7 , 8 x 4 3 , 2 em ) 7 x 1 7 p o l e g a d a s M em b r o s s u p e r i o r e s

e i n f e r i o r e s

* 3 0 x 3 5 em ( 1 1 , 8 x 1 3 , 8 p o l e g a d a s )

G e r a l

* 3 5 x 3 5 em ( 1 3 , 8 x 1 3 , 8 p o l e g a d a s )

G e r a l

* 3 5 x 4 3 em ( 1 3 , 8 x 1 6 , 9 p o l e g a d a s )

G e r a l

( 3 5 , 6 x 4 3 , 2 em ) 1 4 x 1 7 p o l e g a da s G e r a l ( 3 5 , 6 x 9 1 , 4 em ) * 1 4 x 3 6 p o l e g ad a s C o l u n a e r e t a ( 3 5 , 6 x 1 2 9 , 6 em ) * 1 4 x 5 1 p o l e g ad a s T o d o o m em b r o

i n f e r i o r

( 1 2 , 7 x 3 0 , 5 em ) * 5 x 1 2 PO l e g ad a s ] M a n d l b u l a ( 2 2 , 9 x 3 0 , 5 em ) * 9 x 1 2 p o l e g a da s ( P a n o r âm i c a )

l âm i nas de Imagem com Rad iog ra f i a Computado r i zada (RC) 18 x 24 em ou 8 x 10 po l egadas Ge ra l 24 x 30 em ou 10 x 12 po legadas Ge ra l 35 x 35 em (13 , 8 x 13 , 8 po l egadas ) Ge ra l 35 x 43 em (13 , 8 x 16 , 9 po l egadas ) Ge ra l De tec ta res de Conve rsão D i g i t a l D i r e t a com Rad iog ra f i a D ig i ta l (RD) Máx imo - 43 x 49 em (17 x 19 po l egadas ) Un i dade de tó rax Máx imo - 41 x 41 em (16 x 16 po l egadas ) Un i dade de tó rax Máx imo - 43 x 43 em (17 x 17 po l egadas ) Un i dade de mesa Bueky Mamog ra f i a Máx imo - 19 x 23 em (7 ,5 x 9 po l egadas )

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4 5 - PR INC ÍP IOS , TERMINOLOGIA E PROTEÇÃO CONTRA RAD IAÇÃO Marcos Topog rá f i co s o p o s i c i o namen to r a d i o g rá f i co r e que r a l o ca l i za ção de e s t r u t u r a s e spe c í f i ca s o u ó rgãos den t r o d o o rgan i smo , mu i t o s d o s qua i s n ão são v i s í ve i s a o o l h o humano pe l o e x t e r i o r . De ssa f o rma , a l g uns ma r co s de r e f e rên c i a são o s o s so s do e sque l e t o , como mos t r a do na s f i g u ra s , o q ue pe rm i t e a l o ca l i z a ção de e s t r u t u ra s i n t e rna s e ó rgãos pe l a l e ve pa l p a ção . Pa lpa ção : A pa l p a ção r e f e re - se à a p l i ca ção de p re s são l e ve c om o s dedos d i r e t amen te n o pa c i e n te p a ra l o ca l i za r e s se s ma rco s de r e f e rên c i a . I s so t em de se r f e i t o d e l i cadamen te p o rque a á rea a se r p a l p ada pode se r d o l o ro sa ou ma i s sen s í ve l a o pa c i e n te . A l ém d i s so , o p a c i e n te d e ve semp re se r i n f o rmado sob re o p ropós i t o d a pa l p a ção a n te s d e i n i c i a do o p ro ce s so . LOCAL IZAÇÃO DOS MARCOS ÓSSEOS DE REFERÊNC IA Ao l o ngo de s te l i v r o , ce r t amen t e a l g uns de s ses ma r co s ó s seos de r e f e rên c i a se rão de sc r i t o s e d emons t r a dos em mode lo s n aque l e s cap í t u l o s em que é n e ces sá r i o o p o s i c i o namen to e spec í f i co d e ó rgãos ou e s t r u t u ra s . E sse é o p ropós i t o d e t e rmo s mode lo s d e b i q u ín i n e s te l i v r o . Nos ve rdade i r o s p a c i e n te s , a ma io r i a d e sse s ma r co s r e f e ren c i a i s n ão é v i s í ve l sob a s r o upas ou a ven ta i s h o sp i t a l a r e s , e a p a l p a ção é n e ces sá r i a p a ra l o ca l i za r e sse s ma rco s de r e f e rên c i a p a ra um po s i c i o n amen to p re c i so . Obse r va ção : A pa l p a ção de ce r t o s ma rco s de r e f e rên c i a , como a t u be ro s i d ade i squ i á t i ca ( 1 0 ) e / o u a s í n f i se p úb i ca ( 9 ) , p ode se r emba ra ço sa pa ra o p a c i e n te , e o t é cn i co / r a d i o l o g i s t a d e ve u sa r o u t r o s ma r co s de r e f e rên c i a r e l a c i o nados , como se rá d e s c r i t o em cap í t u l o s Po s te r i o re s . MARCOS DE REFERENC IA OSSEOS MARCO DE REFERENCIA USADO PARA POSIC IONAMENTO DAS SEGUIMTES PARTES SO CORPO NIVEL CORRESPONDENTE NA COLUNA VERTEBRAL 1 . P roemi nênc ia v e r teb ra l ( p rocesso esp i nhoso l ongo de C7 ) Ma rgem supe r i o r do t ó rax , c o luna T ou C C7 -T1 2 . Inc i su ra j ugu la r (ma rgem supe r i o r do es te rno ) Tó rax , es te rno , c l av íc u la e c o luna T T2 -3 3 . Ângu l o es t e rna (á rea p roeminen te da j unção do manúbr i o com o co rpo do es t e rno ) Tó rax , es te rno , es t ômago ,T4 -5 T9 -10 ves ícu l a b i l i a r , c o luna T , bo rda supe r i o r do abdome 4 . P rocesso x i f ó i de ( po rção d i s t a l do es te rno ) 5 . Bo rda cos ta I i n fe r i o r (bo rda ín fe ro - I a t e ra l do s u l co cos ta I ) Es tômago , ves ícu l a b i l i a r e cos t eL2 -3 6 . C r i s t a i l í a ca ( á rea ma rg ina l s upe r i o r da bo rda c u rvada do osso i l í aco da pe l v e ) Reg ião abdomi na l Méd i a , es t ômago , I n t e respaço de L4 -5 ves íc u la b i l i a r , có l on , c o luna l ombar e sac ro 7 . Esp i nha i l í a ca ân t e ro -super i o r (E lAS ) ( p roemi nênc ia an t e r i o r da bo rda da asa do i l í aco ) Quad r i l , pe l ve e sac ro 51 -2 8 . T rocan t e r ma i o r (p rocesso ósseo do fêmu r p rox ima l ; pa ra l oca l i zá - l o , é necessá r i a u rna pa l pação f i rme du ran t e a r o t ação do f êmu r e da perna ) Abdome , pe l v e e quad r i l Cócc i x d i s t a l ou l i ge i r amen te ma i s aba i x o 9 . S í n f i s e púb i c a Gunção an t e r i o r dos ossos púb i c os da pe l ve ) Ma rgem i n f e r i o r do abdome, pe l v e , quad r i l , sac ro e c ócc i x 2 ,5 em aba i xo do cócc i x d i s ta l 10 . Tube ros idade i squ iá t i ca ( i n fe r i o r , p rocesso ósseo l oca l i zado pos t e r i o rmen te na pe l ve ) Abdome i n f e r i o r , c ó lon e c óc c i x 2 , 5 a 5 em aba i x o do cóc c i x d i s t a l

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4 6 - PR INC ÍP IOS , TERMINOLOGIA E PROTEÇÃO CONTRA RAD IAÇÃO Biot ipos O pos i c i o namen to r a d i o g rá f i co r e que r o conhec imen to d a s va r i a ções ma i s comuns na f o rma d o co rpo ( b i o t i p o ) . E s sa va r i a ção no f o rma to d o co rpo p o ssu i um e fe i t o impo r t a n te n a f o rma e l o ca l i za ção do s ó rgãos i n t e r n o s . Po r t a n to , cada t é cn i co / r a d i o l o g i s t a d e ve ap rende r a r e co nhece r e s se s . t i p o s co rpó reo s e a sabe r o seu e f e i t o n o s ó rgãos i n t e rno s , como desc r i t o em cada cap í t u l o r e f e ren te a o po s i c i o namen to d e sses s i s t ema s o rgân i co s . Os qua t r o t i p o s d e co rpo ma i s comuns e s tã o i l u s t r a dos no s de senhos aba i xo , com a s suas r e spec t i va s p e r cen tagens da popu l a ção no s EUA em ge ra l r e p re sen tada po r cada t i p o . H i p e re s tê n i co : E s te t i p o r e p re sen ta a penas 5% da popu l a ção no s EUA , t ambém conhec i d o como o ma i s " a t a r r a cado " , mac i ço . A ca v i d ade t o rá c i ca é l a r g a e p ro f u nda de f r e n te p a ra t r á s , com uma d imensão ve r t i c a l cu r t a , o q ue i n d i ca um d i a f r a gma a l t o . I s so f a z t ambém com que o a bdome supe r i o r se j a t ambém mu i t o l a r g o , a l t e r a ndo a l o ca l i za ção de ó rgãos como ve s í cu l a b i l i a r , e s t ômago e có l o n , como mos t r am o s de senhos e d e sc re vem cap í t u l o s p o s te r i o re s . E s tê n i co : E s te r e p re sen ta o ma i s p ró x imo da méd ia , mas a i n da é l i g e i r amen te t r o n cudo e f r e qüen temen te o t i p o d e pe ssoa ma i s muscu l o sa . Os ó rg ãos t o rá c i co s e a bdom ina i s são p ró x imos da méd ia em f o rma e l o ca l i za ção , mas t e ndem ma i s a o t i p o d e cons t i t u i ção co rpo ra l compac to e h i p e re s tê n i c o , como se vê no s de senhos ab a i xo . H i p oes tên i co : E s te r e p re sen ta o ma i s p ró x imo da méd ia p o rém é ma i s e sbe l t o e à s ve zes o t i p o co rpó reo de ma io r e s t a t u ra . A ve s í cu l a b i l i a r e o e s t ômago e s tã o ma i s b a i xo s e p r ó x imos da l i n ha méd ia , b em como o có l o n , q ue se l o ca l i za em a l g um l u ga r n o abdome i n f e r i o r . A s tê n i co : E s te é o e x t r emo do t i p o co rpó reo de l g ado ( 1 0% ) , com uma ca v i d ade t o rá c i ca ma i s e s t r e i t a e p ouco p ro f u nda , p o rém com uma g rande d imensão ve r t i ca l i n d i cando um d i a f r a gma ma i s b a i xo . O abdome supe r i o r t ambém é ma i s e s t r e i t o n a po r ção supe r i o r e ma i s l a r g o na s d imensões i n f e r i o re s , o q ue po s i c i o na o s ó rgãos abdom i na i s em anda re s ma i s i n f e r i o re s . Popu l a ção em ge ra l e b i o t i p o s : A s f o t o s a ba i xo r e p re sen tam e xemp lo s d o s b i o t i p o s ma i s comuns en con t r a dos na popu l a ção do s EUA em ge ra l .

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4 7 - PR INC ÍP IOS , TERMINOLOGIA E PROTEÇÃO CONTRA RAD IAÇÃO Aná l i se de Imagens Rad iog rá f i cas As mane i r a s como a s imagens r a d i o g rá f i ca s d a s i n c i d ênc i a s em PA e AP são po s i c i o nadas pa ra a ná l i se d ependem da p re f e rên c i a d o r a d i o l o g i s t a e d a p rá t i ca ma i s comum em de te rm inada pa r t e d o pa í s . En t r e t a n to , a f o rma ma i s comum e a ce i t a n o s E s tad os Un i do s e n o Canadá pa ra a ná l i se d a s imagem rad i o g rá f i ca é d i spô - l a s d e f o rma que o p a c i e n te f i q u e de f r e n te p a ra o o b se r vado r , em p os i ção ana tôm i ca . I s so semp re po s i c i o na à e sque rda do pa c i e n te com a d i r e i t a d o ob se r vado r . I s so é v e rdade t a n to p a ra a s i n c i d ênc i a s AP q uan to PA . A s po s i çõe s l a t e ra i s são ma r ca das po r D ou E , d e a co rdo com o l a do do pa c i e n te ma i s p ró x imo ao f i lme . O po s i c i o namen to d a s imagens r a d i o g rá f i ca s l a t e ra i s p a ra a ná l i se va r i a con fo rme a p re f e rên c i a d o r a d i o l o g i s t a . Um mé todo comum é po s i c i o na r a imagem de f o rma que o o b se r vado r ve j a a imagem na mesma pe r spec t i va d o t u bo de r a i o s X . A s s im , se o ma rcado r e sque rdo e s t i ve r a n te r i o rmen te a o pa c i e n te , o E de ve apa re ce r n o l a do d i r e i t o d o ob se r vado r (F i g . 1 . 1 48 ) . En t r e t a n to , a l g uns r a d i o l o g i s t a s p r e f e rem obse r va r a s l a t e ra i s r o dadas a 9 0 ° e v i s t a s d e f o rma que o E e s te j a p o s i c i o nado an te r i o rmen te n o l a do e sque rdo do ob se r vado r . O s t é cn i co s / r a d i o l o g i s t a s d e vem de te rm ina r o mé todo p re f e r i d o p a ra a ná l i se s l a t e ra i s em seu d epa r t amen to . A s i n c i d ênc i a s o b l í q ua s PA ou AP são po s i c i o nadas p a ra a ná l i se d a mesma f o rma que a s i n c i d ênc i a s em PA ou AP , com a d i r e i t a d o pa c i e n te co i n c i d i n do com a e sque rda do ob se r vado r . Os decúb i tos de tó rax e de abdome são ge ra lmen te observados da fo rma com que o t ubo de ra i os X os " v ê" , em sen t i do t ransve rsa l c om a pa r t e s upe r i o r do pac i en te também na par te s uper i o r do nega toscóp i o (F i g .1 .147 ) .Os memb ro s supe r i o re s e i n f e r i o re s são ana l i sados como p ro j e t a dos p e l o f e i xe d e r a i o s X no f i lme ; o s ma r cado re s de D ou E apa re cem na po r ção supe r i o r d i r e i t a se f o rem co l o cados co r r e t amen te n o f i lme . A s imagens que i n c l u em o s dedos (mão s ou pé s ) são g e ra lmen te p o s i c i o nadas com o s dedos vo l t a do s pa ra c ima . Ou t r a s imagens do s memb ro s , e n t r e t a n to , são v i s t a s n a po s i ção ana t ôm i ca com o s memb ro s penden te s (F i g . 1 . 1 50 ) .

Observando Tomogra f i as e Imagens de RM A f o rma ge ra lmen te a ce i t a d e s e ana l i sa r t o da s a s imagens a x i a i s d e t omog ra f i a s e d e RM é seme lhan te à d a s r a d i o g ra f i a s con venc i o na i s , mesmo que a imagem rep re sen t e um f i n o " co r t e " o u uma v i são se c c i o na l d e e s t r u t u ra s a na tôm i ca s . Em ge ra l , e ssa s imagens são no vamen te d i spo s ta s d e f o rma que a d i r e i t a d o pac i en te se j a a e sque rda do ob se r vado r (F i g . 1 . 1 49 ) .

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4 8 - PR INC ÍP IOS , TERMINOLOGIA E PROTEÇÃO CONTRA RAD IAÇÃO IMAGEM; DIGITAL A ob ten ção de imagem conven c i o na l p o r f i lme -é c ran a t r a vé s d e p ro ce s samen to q u ím i co d a s imagens é u sada há ma i s d e 100 anos , d e sde a d e scobe r t a d o s r a i o s X em 1895 , e a i n da é h o j e a f o rma p redom i nan te d e ob ten ção de imagens c l í n i ca s . En t r e t a n to , o s a vanço s no u so da compu ta ção em imagens r a d i o g rá f i ca s n o s ú l t imos 2 0 a 3 0 anos vêm t r a zendo f o rma to s no vo s e r a d i ca lmen te d i f e re n te s à s imagens méd i ca s chamadas imagens d i g i t a i s , em que o f i lme n ão é o c ap tado r d a s imagens . A imagem convenc i o na l d o f i lme -é c ran e o p ro ce s samen to q u ím i co ce r t amen te se t o rn a rão amp lamen te o b so l e t o s d i a n te d a s d i ve r sa s f o rmas de e vo l u ção da s imagens d i g i t a i s . En t r e t a n to , i s so não muda rá a n e cess i d ade de se ap rende r e d e se comp reende r a a na tom ia r a d i o l ó g i ca e o p o s i c i o namen to , como j á d e s c r i t o n e s te l i v r o . O s t é cn i co s / r a d i o l o g i s t a s d e vem se man te r a t u a l i zados quan to a o s no vo s s i s t emas de imagem e à f o rma com que a s imagens são ob t i d a s , p r o ce ssad as , man ipu l a das , t r a n spo r t a das e a rmazenadas . E s ta p a r t e d o Capo 1 i n t r o duz e d e sc re ve a s d i ve r sa s f o rmas de s i s t emas d i g i t a i s d e imagem e como e s tão sendo u sadas ho j e . A t e cno l o g i a d a imagem d i g i t a l se d e senvo l ve t ã o r a p i d amen te q ue a i n da não f o i t o t a lmen te n o rma t i zada uma t e rm ino l o g i a o u nomenc l a t u ra p ad rão pa ra o s d i ve r so s t i p o s d e imagens d i g i t a i s . En t r e t a n to , ce r t o s t e rmo s de s c re vem o s d i ve r so s t i p o s d e imagens d i g i t a i s e s i s t emas de p ro ce s samen to e n vo l v i d o s e e s t ã o se t o rnando a ce i t o s , como a segu i r : PACS (P i c fu re A rch i v i ng and Commun ica t i on Sys t ems Sis temas de A rqu i vamen to e Comun icação de Imagens ) A mudança do s i s t ema de aqu i s i ção e a rmazenamen to d e f i lme s pe l o s d epa r t amen to s d e imagem pa ra o a rqu i vamen t o e a a qu i s i ção d i g i t a i s t em s i d o o r i e n tada pe l o s a vanço s n a i n dú s t r i a d a compu ta ção e n a t e cno l o g i a d e r e de . I s so s i g n i f i ca q ue , em ve z de t e r cóp i a s r a d i o g rá f i ca s p e sada s pa ra p ro ce ssa r , man i pu l a r , ve r e a rmazena r , a s imagens são cóp i a s d i g i t a i s l e ve s p ro ce ssadas em um compu tado r , v i s t a s em um mon i t o r e a rmazenadas e l e t r o n i camen te . Uma rede de compu tado re s chamada PACS f o i c r i a da pa ra g e r en c i a r e s se t i p o d e imagem d i g i t a l . O s i g n i f i ca do d e PACS é o segu i n t e : P - P i c t u re : a ( s ) imagem(ns ) c l í n i ca ( s ) d i g i t a l ( i s ) A - A r ch i v i n g : o a rmazenamen to ( a rqu i vamen to ) " e l e t r ô n i co " d a s imagens C - Commun i ca t i o n : o r o t e amen to ( r e ceb imen to /e n v i o ) e a e x i b i ção da s imagens S - S y s tem : a r e de compu tado r i zada e spec i a l i zada que ge ren c i a t o do o s i s t ema O PACS é uma so f i s t i cada comb ina ção de ha rdwa re e d e so f t wa re que conec ta t o das a s moda l i d ades que p roduzem imagens d i g i t a i s (med i c i n a nu c l e a r , u l t r a - sonog ra f i a , t omog ra f i a compu tado r i zada , r e ssonânc i a magné t i ca n u c l e a r , a ng i o g ra f i a , mamog ra f i a e r a d i o g ra f i a ) , con fo rme i l u s t r a do na F i g . 1 . 1 51 . Tomograf ia Computador i zada (TC) A t omog ra f i a compu tado r i zada f o i d e sen vo l v i d a no f i n a l d a dé cada de 1970 e i n í c i o d e 1980 , e f o i uma da s p r ime i r a s t é cn i ca s a u sa r uma a p l i ca ção e spec i a l d e compu tado re s e imagem d i g i t a l em rad i o l o g i a . Na TC , o t u b o de r a i o s X move -se ao r e do r d o pa c i e n te d u ran te o e xame , f a zendo mú l t i p l a s e xpos i çõe s de d i f e re n te s â ngu l o s com um f e i xe f i rmemen te co l imado de r a i o s X . A s imagens d o s co r t e s n a f o rma d i g i t a l são en tão p ro ce ssadas em um compu tado r p a ra mos t r a r o co r t e d o t e c i d o ( imagem cap tu rada ) sem a supe rpo s i ção de e s t r u t u ra s sob repos ta s . I s so pode se r compa rado a um pão de f ô rma com mu i t a s f a t i a s f i n a s . Um t u bo de r a i o s X conven c i o n a l e um cap tado r d e imagem mos t r am t o do o p ão d e f ô rma , e nquan to a s f a t i a s f i n a s r e p re sen tam a s imagens do s co r t e s f e i t o s p e l a TC ( cap tu radas ) q ue podem se r sepa radas e v i s t a s i n d i v i d ua lmen te . Pa ra ce r t a s a p l i ca ções , a TC é um dos ma i s vá l i d o s e amp lamen te u t i l i za dos s i s t emas de imagem em u so ho j e . (A TC é comp le t amen te d e sc r i t a n o Capo 22 . )

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49 - PR INC ÍP IOS , TERMINOLOGIA E PROTEÇÃO CONTRA RAD IAÇÃO Fluoroscop ia Dig i ta l (FD) Ou t ro r e cen te d e sen vo l v imen to d e uma ap l i ca ção d i f e re n te d e imagens d i g i t a l em rad i o l o g i a é a chamada f l u o ro s cop i a d i g i t a l , su rg i d a quase n a mesma época que a t omog ra f i a compu tado r i zada , e n t r e a s d é cadas d e 1970 e 1 980 . E l a e n vo l ve uma imagem rad i o g rá f i ca sendo p ro j e t a da po r um t u bo de r a i o s X ( g e ra lmen te sob a me sa ) sob re o l a do r e cep to r com um i n t e n s i f i ca do r d e imagem (F i g . 1 . 1 53 ) . A imagem v i s í v e l ( a na l ó g i ca ) d a sa ída do i n t e n s i f i ca do r d e imagem é en tão r e g i s t r a da po r uma câme ra de v í d eo de a l t a r e so l u ção e con ve r t i d a em f o rma to d i g i t a l ( ve r d e senho do a l t o n a F i g . 1 . 1 54 ) . A s imagens da f l u o ro s cop i a d i g i t a l são e x i b i d a s em um mon i t o r d u ran te e a pós o p ro ced imen to . E s sas imagens podem se r a j u s t a das e man ipu l a das con fo rme a von tade e p odem t ambém se r v i s t a s d e ou t r o s l o ca i s , d u ran te e a pós o e xame . E l a s p odem se r imp re s sas em um f i lme com uma imp re s so ra a l a se r o u a rqu i vadas d i g i t a lmen te . Nova t e cno l o g i a : Uma nova ap l i ca ção da s imagens f l u o ro scóp i ca s d i g i t a i s q ue e s ta vam sendo de senvo l v i d a s enquan to e s t e l i v r o e s t a va sendo e sc r i t o e n vo l ve a cap tu r a / con ve r são d i r e t a s p o r um de t e c to r d i g i t a l . Com e sse s i s t ema , o d e te c to r d i g i t a l r e t i r a o i n t e n s i f i ca do r d e imagem , a câme ra de v í d eo e o s i s t ema de conve r são d i g i t a l , con ve r t e ndo a imagem v i s í ve l ( a na l ó g i ca ) em f o rma to d i g i t a l ( compa re o s d e senhos d o s do i s s i s t emas d e FD na F i g . 1 . 1 54 ) . E sse no vo s i s t ema de de te c ta r d i r e t o d e conve r são d i g i t a l d e ve me lho ra r a q ua l i d ade da imagem po r r e duz i r o r u í d o e a d i s t o r ção p re sen te s a o l o ngo da s e t a pas de conve r são do s i s t ema de FD o r i g i n a l . (Ve r p . 5 1 pa ra ma io re s e xp l i ca ções e e xemp lo s d e s se no vo s i s t ema d e te c to r d e con ve r são d i r e t a d e imagens . ) Radiograf ia Computador i zada (RC) - l âminas de Imagem Ap ro x imadamen te no mesmo p e r í o do em que su rg i r am a TC e a FD, du ran t e as décadas de 1970 e 1980 , um t e r ce i r o mé todo de imagem d ig i ta l f o i desenvo l v i do , comumen te chamado de Rad i og ra f i a Compu tado r i zada (RC ) . Os componen tes p r i nc i pa i s das imagens da RC são a s l âm i na s d e imagem (L I ) , o L e i t o r d e L I o u processado r e a e s t a ção de t r a ba l h o (wo rk s t a t i o n ) . L âm inas de imagem : Como pode se r v i s t o n a F i g . 1 . 1 55 , o s i s t ema de RC u t i l i za o s t rad i c i ona i s t u bo s d e r a i os X e a mesa , po rém um chas s i p a ra l âm ina de imagem subs t i t u i o c ha ss i f i lme -é c ran na bande j a B uck y . E s sa l âm i na de imagem (L I ) r e g i s t r a uma imagem i n v i s í ve l ( l a t e n te ) d e f o rma seme lhan te a uma imagem l a t e n te q ue é f o rmada no f i lme quando a l âm ina é a t i n g i d a pe los ra i os X que a t ravessam o pac ien t e . A L I , e n t r e t a n to , p ode se r u sada r e pe t i d amen te , não necess i t ando se r " r e ve l a da " , e p ode mesmo ser aber ta r a p i d amen te sob a l u z sem que ha j a p e rda da imagem l a t e n te , p o rque não po ssu i um f i lme sens í ve l à l u z o u t e l a s i n t e n s i f i ca do ra s . O s chass i s de l âm ina s de imagem e s tão d i spon í ve i s em t amanhos pad ron i zados , con fo rme l i s t a do na p . 4 4 de s te c ap í t u l o .

A s i n f o rmações sob re o p a c i e n t e p odem ser inseridas e l e t r o n i camen te n a RC u sando um l e i t o r d e cód i g o de ba r r a s o u po r e n t r a da manua l v i a t e c l a do no l e i t o r / e s t a ção de t r a ba l h o ; p o r t a n to , n ão e x i s t e o e spaço u sua l p a ra a co l o ca ção do nome como encon t r a do no s chass i s convenc i o na i s .

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50 - PR INC ÍP IOS , TERMINOLOGIA E PROTEÇÃO CONTRA RAD IAÇÃO Le i t o r d e l âm ina de imagem : Ap ós a r e a l i za ção da e xpos i ção n a L I , e l a e s t á p ron ta p a ra se r co l o c ada den t r o d e um e spaço r e cep to r n o l e i t o r d e imagem . Den t r o d o l e i t o r , a L I é a u toma t i camen te r emov i d a do chas s i e a imagem reg i s t r a da é l i d a l i n ha a l i n ha po r um s canne r a l a se r . Com a l e i t u r a a l a se r d a imagem , o s f ó s f o ro s d a L I l i b e ram e l é t r o n s que em i t em l u z i g ua l à sua ene rg i a a rmaze nada . I s so se conve r t e em um f o rma to d i g i t a l p o r man ipu l a ção , r e a l ce , o b se r va ção e imp re s são , se d e se j a do . A L I é e n tão apagada den t r o d o l e i t o r , r e ca r r e gada den t r o d o c hass i e e j e t a da p ron ta p a ra um p ró x imo e xame . O p ro ce sso i n t e i r o l e va ce r ca de 2 0 segundos . E s ta ção de t r a ba l h o compu tado r i zada : A e s t a ção de t r a ba l h o i n c l u í d o l e i t o r d e cód i g o de ba r r a s ( o p c i o na l ) , um mon i t o r p a ra a e x i b i ç ão da imagem e um t e c l a do com um mouse ou t r a c kba l l p a ra se l e c i o na r o con t r a s t e d e se j a do , o b r i l h o e o s l im i t e s d e r e a l ce con fo rme d e se j a do . A s imagens são en tão a rqu i vad as ( a rmazenadas d i g i t a lmen te ) o u imp re s sas po r uma imp re s so ra l a se r sob re um ún i co f i lme de emu l são q ue é sen s í ve l à l u z d o l a se r . T ran sm i s são de imagem ( t e l e rad i o l o g i a ) : Após o s a j u s t e s n a imagem d e f o rma sa t i s f a t ó r i a , a imagem pode se r t r a n sm i t i d a p a ra o u t r o s mon i t o re s d e a l t a r e so l u ção pa ra a ná l i se e i n t e rp re t a ção de c l í n i co s o u de r a d i o l o g i s t a s . A s imagens t ambém podem se r t r a n sm i t i d a s v i a t e l e f o ne ou v i a sa té l i t e p a ra l o ca i s r emo to s onde podem se r v i s t a o u imp re ssa s em f i lme . De te rm inando o s Fa to re s d e E xpos i ção com o s S i s t emas de RC As t é cn i ca s de e xpos i ção com RC são seme lhan te s à s t é cn i ca s con venc i o na i s u sadas com f i lme -é c ran , mas o compu ta do r n a e s ta ção de con t r o l e d a RC p ropo r c i o na uma compensação de e xpo s i ção c omo necessá r i o n o u so p rede te rm inado de a l g o r i tmos de p ro ce ssamen to . I s so o co r r e a s s im q ue a imagem é l i d a p e l o l e i t o r d e imagem . O s f a b r i can te s u sam t e rmo s e so f twa re s d i f e re n te s p a ra o s s i s t emas de con t r o l e d e p ro ce ssamen to d e imagem , p o rém cada um de l e s p e rm i t e a compensação do b r i l h o e xpos t o ( d ens i d ade ) e co r r e ções de con t r a s t e , con fo rme de se j a do . E l e s t ambém pe rm i t em a j u s t e s n o t amanho da imagem e zoom , o u r e a l ce d o s con to rno s .A p r i n c i p a l van tagem da RC quando compa rada com o s s i s t emas de r a i o s X po r f i lme -é c ran é a compensação de e xpos i ção , q ue pe rm i t e a co r r e ção pa ra a p ro x imadamen te 5 00% de supe re xpos i ção e 8 0% de subexpos i ção quando o con t r o l e a u tomá t i co d e e xpos i ção não é u sado e a s t é cn i ca s de e xpos i ção são con f i g u radas manua lmen te . * A g rande van ta gem dos s i s t emas de RC é r e du z i r mu i t o o u e l im i na r r e pe t i çõe s causadas po r e r r o s d e e xpos i ção . I s so é e spec i a lmen t e impo r t a n te p a ra e xames móve i s ( p o r t á t e i s ) e p a ra e xames d e v í t imas de t r a uma t i smo ou pa c i e n te s em maca . En t r e t a n to , o s f a t o re s p ad rõe s de e xpos i ção com va l o re s a dequados de kVp de vem con t i n ua r a se r u sados na RC po rque uma supe re xpos i ção i n t e n c i o na l r e su l t a em aumen to d a e xpos i ção do pa c i e n te , e uma e xce s s i va subexpos i ção r e su l t a em aumen to n o r u í d o da imagem e em pe rda da qua l i d ade de imagem . Adve r t ê n c i a : Quando o s s i s t emas de con t r o l e a u tomá t i co d e e xpos i ção não são u sados , o p e r i g o de supe re xpo s i ção i n t e n c i o na l , sabendo que o s i s t ema de compensação f a rá o e qu i l í b r i o em ma i s d e 500% , é uma rea l p re o cupação com o s i s t ema de CR e de ve se r r i g i d amen te mon i t o rado e con t r o l a do . Cons i d e ra ções de Pos i c i o namen to p a ra a RC Lâm inas d e Imag em A cen t r a l i za ção co r r e t a é e spe c i a lmen te impo r t a n te p a ra a RC po rque a ma io r p a r t e d o s s i s t emas de compensação de e xpos i ção i n c l u em uma t é cn i ca de cen t r a l i za ção da amos t r a . A ss im , se a p a r t e d o co rpo não e s t i ve r co r r e t amen te p o s i c i o nada , o s i s t ema pode compensa r a e xpos i ção b a seado na l e i t u r a d a dens i d ade no l o ca l d o s i s t ema onde se r i a o cen t r o ve rdade i r o ( seme lhan te à s n e ce ss i d ades do con t r o l e a u tomá t i co d e e xpos i ção ) .A co l im ação r e s t r i t a e p re c i sa d o f e i xe d e r a i o s X pa ra a a na tom i a de se j a da é t ambém impo r t a n t e n a RC po rque o l e i t o r d a L I e s t á p rog ramado pa ra concen t r a r o s p e r íme t r o s d en t r o d a s bo rda s t o t a i s d e co l i n a çã o . Po r t a n to , se a s b o rda s do co l imado r e s t i ve rem mu i t o l a r g a s , Po r e xemp lo , o l e i t o r d a L I i r a e s t ima r q ue a s á rea s e s cu ra s pe r i f é r i ca s e s t ã o den t r o d o campo de co l imação , f a zendo com que t o da a e xpos i ção f i q ue e x ce s s i vamen te e s cu ra . De sse modo , uma co l imaçã o p re c i sa e r e s t r i t a á s b o rda s ana tôm i ca s é n e ces s i t a p a ra uma ó t ima qua l i d ade de imagem , d e f o rma que i n f o rma ções de snecessá r i a s n ão se rão e s t imu ladas du ran te o p ro ce sso de compensação de imagem . E scudos de chumbo sob re chas s i s d e l âm ina s de imagem pa ra mú l t i p l a s imagens são ne ces sá r i o s n a Rc , mesmo se o co l imado r f o r u sado cu i d adosamen te . A r a zão pa ra i s so é a h i p e r sens i b i l i d ade do s sen so re s de f ó s f o ro d a l âm ina de imagem . As s im , mesmo pequenas quan t i d ades de i r r a d i a ção d i spe r sa da s pa r t e s d o co rpo ad j a cen te s p odem a l can ça r a s p a r t e s n ão - cobe r t a s p e l o cha s s i , a i n da que uma boa co l ima ção do f e i xe d e r a i o s X se j a u sada . A s g rades t ambém são e spec i a lmen te impo r t a n te s n o RC dev i d o à h i p e r sens i b i l i d ade do f ó s f o ro d a L I à r a d i a ção d i s pe r sada .

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51 - PR INC ÍP IOS , TERMINOLOGIA E PROTEÇÃO CONTRA RADIAÇÃO Rad iog ra f i a D i g i t a l D i re ta (RD) Um recen te desenvo l v imen to nas imagens d ig i ta i s envo l v e um método d i r e t o de conve rsão em que um de t ec t o r t an to cap t u ra como conve r t e a imagem em fo rmato d i g i ta l . Esse de t ec t o r d i g i ta l , po r vezes denomi nado recep t o r de pa i ne l p l ano , s ubs t i t u i o c hass i da l âmi na de imagem e o l e i t o r de imagem usados na RC ou o chass i de f i lme -éc ran e o p rocessamen to qu ím ico c omo oco r re na r ad i og ra f i a convenc i ona l . O con t r o l e de expos i ç ão au t omát i c a (CEA ) pe rmi te uma expos i ção p rec i sa do pac ien t e , da mesma f o rma que ou t r os s i s t emas de CEA. O ope rado r pode , en t r e t an to , faze r a l guns a j us tes pós -expos i ç ão pa ra uma expos i ção menos ó t ima , reduz indo a necess i dade de a lgumas repe t i ç ões causadas por e r r os de expos i ção . A v i s i b i l i dade i ns t an tânea da imagem t ambém pe rmi t e ao técn i co / r ad io l og i s ta ava l i a r o s e r r os de pos i ç ão e repe t i r o p roced imen t o s e necessá r i o . Com esse s i s tema , não oco r re manuseamento do chass i , economizando subs tanc ia lmen te o tempo gas t o pe l o técn i co / rad io l og i s t a . Esse s i s tema de imagem d i r e to -ao -d ig i ta l é s eme lhan te ao novo s i s t ema de f l uo ros cop ia d i g i t a l (FD ) desc r i t o na p . 49 , F i g . 1 . 154 . S i s tema de imagem de tó rax po r RD : Esse t i po de s i s tema de imagem fo i usado no i n í c i o da década de 1990 pa ra as imagens de t ó rax , em que mu i tos pac ien t es puderam ser rad iog ra fados e f i c i en t emente s em o manuse i o ou o p rocessamen to de qua i sque r f i lmes ou chass i s . Esse s i s tema de RD de tó rax es t á se to rnando cada vez ma i s c omum em mu i t os depa r t amentos onde a demanda de pac ien t es é mu i t o g rande . Esse s i s tema t ambém se conec t a ao PACS.O de t ec t o r de t amanhos pa ra un i dades de tó rax v a r i a , dependendo do fab r i can t e , de41 x41 cm(16x 16po legadas )a43x49cm (17 x 19 po l egadas ) .Mesa Buckyd i g i t a l : Um desenvo l v imen to ma i s recen t e em imagem d i g i t a l d i re ta é o s i s tema da mesa Bucky d i g i ta l . Es te t r oca o chass i da mesa Bucky po r um de t ec t a r d i g i t a l de p l aca p l ana do t i po Bucky . Esse de t ec t o r f unc i ona de fo rma seme lhan te à un idade de RD de tó rax j á des c r i t a . O t amanho de te rm i nado pe l o fab r i can t e é de 43 x 43 cm (17 x 17 po l egadas ) . A g rade pode se r r emov i da para pequenas pa r t es do co rpo , c omo mos t rado na F i g . 1 . 159 .Mamog ra f i a d i g i t a l : A mamog ra f i a d i g i ta l es tá a i nda em es t ág i o de desenvo l v imen to ; a l guns s i s temas de mamog ra f i a usam o s i s tema de l âmi na de imagem da RC , c omo desc r i t o an te r i o rmen te . Um novo s i s tema de mamog ra f i a d i g i ta l que se mos t ra p romis so r é o s i s tema de RD, que usa o método de tec to r de c onve rsão d i g i t a l d i r e t a (F i go 1 . 160) . A van t agem desse s i s tema é uma imagem de a l t a qua l i dade den t ro e uma amp la f a i xa de i n t ens i dades de r a i os X , c om reduções na dose de r ad i ação do pac i en te . * I sso é espec ia lmen te impo r t an te pa ra a mamogra f i a . A capac idade pós -p rocessamento p ropo rc i ona a opor tun idade de man ipu lação da imagem pa ra aumen ta r a v i s i b i l i dade de f i nas m i c roca l c i f i cações e ou t r os de ta l hes sem a necess i dade de expo r o pac ien t e à repe t i ção da expos i ç ão . Cons ide rações de Pos i c i onamento pa ra RD As cons i de rações de pos i c i onamento espec i a lmen te impo r t an tes pa ra esse s i s t ema de RD de t ec t o r de c ap tu ra d i g i t a l d i re ta são seme l han t es às fe i t as pa ra a RC As t r ês cons i de rações são as s egu in tes : * - Cen t ra l i z ação p rec i s a do r a i o cen t ra l * - Co l imação res t r i t a * - Uso co r re to das g rades

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5 2 - PR INC ÍP IOS , TERMINOLOGIA E PROTEÇÃO CONTRA RAD IAÇÃO

SUMÁR IO DA S V ANTAGENS E DE SVANTAGENS DA RC Van t ag e n s P o d e s e r u s a d o c om o e q u i p am e n t o r a d i o g r á f i c o e x i s t e n t e ( o f i l m e - é c r a n é t r o c ad o p e l o c h a s s i d e I L ) P e r m i t e q u e a i m a g em s e j a m a n i p u l a d a e c o r r i g i d a ( r e d u z r e p e t i ç õ e s , e s p e c i a l m e n t e p o r m ov i m e n t a ç ã o e e x am e s E R ) T em a v a n t a gem d a t e l e r r a d i o l o g i a e d o PACS De s v an t a g en s * - P e r i g o d e e x p o s i ç ã o e x c e s s i v a d o p a c i e n t e c om a t é c n i c a m a n u a l * - G a n h o s d e e f i c i ê n c i a l i m i t a d o s ( a i n d a r e q u e r o m a n u s e i o d o s c h a s s i s ) . * - A s l âm i n a s d e i m a g em t êm v i d a ú t i l l i m i t a d a ( t r o c a s d i s p e n d i o s a s ) SUMÁR IO DA s V ANTACENS E DESVANTÁGENS DA RQ V a n t a g e n s . M a i o r e f i c i ê n c i a ( s em m a n i p u l a ç ã o d e p o r t a f i l m e s n em r e v e l a ç ã o d e f i l m e ) . P o s i t i v a em t e rm os d e m e i o am b i e n t e e s a ú d e (m e n o r m a n i p u l a ç ã o d e s u b s t â n c i a s q u ím i c a s e d o f i l m e ) . M e n o r e x p o s i ç ã o d o p a c i e n t e a r a d i a ç ã o p o r q u e h á m e n os r e p e t i ç õ e s . P o n t o s p o s i t i v o s d a t e l e r r a d i o g r a f i a e d a PACS De s v an t a g en s . A um e n t o s u b s t a n c i a l d o s c u s t o s r e l a c i o n a d o s a o e q u i p am e n t o SUMÁR IO DOS S I S TEMAS DE IM AGEM D I G I TA L E NOMENCLATURA AGRON IMO TERMOS DESCR I ÇOES

N e n h um

T e l e r r a d i o l o g i a S i s t em a d e t r a n sm i s s ã o d i g i t a l d e i m a ge n s q u e p e rm i t e t r a n s f e r ê n c i a d e i m a g e n s r a d i o g r á f i c a s p a r a c o n s u l t a e v i s u a l i z a ç ã o p a r a l o c a i s r em o t o s a t r a v é s d e t e l e f o n e , s a t é l i t e o u v i a c a b o

PACS

S i s t em as d e A r q u i v am e n t o e C om u n i c a ç ã o d e Im a g e n s

Ha r dw a r e e s o f t wa r e d e c om p u t a d o r q u e c o n e c t am t o d a s a s m o d a l i d a d e s d e i m a g em a um c e n t r o m é d i c o d e i m a g e n s d i g i t a i s

SR I

S i s t em a R a d i o l ó g i c o d e I n f o rm aç ãO

S i s t em as d e h a r dwa r e e s o f t w a r e q u e p o d em i n t e g r a r a s d i v e r s a s i n f o rm aç õ e s s o b r e o s p a c i e n t e s em um a r e d e t o t a l d e PACS

SH I

S i s t em a H os p i t a l a r d e I n f o rm aç ã o

S i s t em as d e h a r dwa r e e s o f t w a r e q u e p o d em i n t e g r a r a s d i v e r s a s i n f o rm aç õ e s s o b r e o s p a c i e n t e s em um a r e d e t o t a l d e PACS

C I DM

Com un i c a ç ã o d e i m a g e n s d i g i t a i s em me d i c i n a

Um c o n j u n t o d e p a d r õ e s u s a d o s p o r f a b r i c a n t e s p a r a g a r a n t i r q u e s e u s e q u i p am e n t o s s e c om u n i q u em e n t r e s i d e n t r o d o PACS

TC Tom o g r a f i a c om p u t a d o r i z a d a

E x am e r a d i o g r á f i c o q u e m os t r a c o r t e s o u f a t i a s

d e i m a ge n s t om o g r á f i c a s r e p r e s en t a n d o c o n s t r u ç õ e s c om p u t a d o r i z a d a s d e i m a g e n s d i g i t a i s d i s p o n í v e i s p a r a m a n i p u l a ç ã o , o b s e r v a ç ã o e a r q u i v am e n t o

FD

F l u o r o s c o p i a d i g i t a - S i s t em a m a i s a n t i g o c o n v e r t e i m a g e n s v i s í v e i s ( a n a l ó g i c a s ) em d i g i t a i s S i s t em a ma i s n o v o : c o n v e r s ã o d i g i t a l d i r e t a

É um s i s t em a d e e x am e f l u o r o s c ó p i c o em q ue a s i m a g e n s v i s í v e i s a o v i v o ( a na l ó g i c a s ) s ã o c o n v e r t i d a s em f o rm a t o d i g i t a l p e l o c om p u t a d o r p a r a p r o c e s s am e n t o , m a n i p u l a ç ã o , o b s e r v a ç ã o e a r q u i v am e n t o

RC

Ra d i o g r a f i a c om p u t a d o r i z a d a l âm i n a s d e i m a g em ( L I )

Um s i s t em a g e r a l d e e x am e r a d i o g r á f i c o q u e g r a v a a i m a g em em l âm i n a s em c h a s s i s q u e s ã o l i d a s e c o n v e r t i d a s em i m a g e n s d i g i t a i s p e l o l e i t o r d e i m a g e n s e e n t ã o p r o c e s s a d a s e m a n i p u l a d a s d e a c o r d o c om a v o n t a d e d o o b s e r v ad o r e em s e g u i d a a r q u i v a d a s

RD

Ra d i o g r a f i a d i g i t a l d i r e t a c a p t u r a d i r e t a / r e c e p t o r e s d e c o n v e r s ã o

T r a t a - s e d e um a c o n v e r s ã o d i g i t a l d i r e t a q u e u s a um s i s t em a d e c a p t a ç ã o em " t e l a p l a n a " q u e r e c e b e e c o n v e r t e a i m a g em r a d i o g r á f i c a d i r e t am e n t e a o f o rm a t o d i g i t a l p a r a m a n i p u l a ç ã o , o b s e r v a ç ã o e a r q u i v am e n t o

SUMÁR IO DAS VANTAGENS E DESVANTAGENS DO PACS As v a n t a g en s i n c l u em o s s e g u i n t e s p on t o s : E l i m i n a ç ã o d o e s t o q u e d e c ó p i a s , q u e é m e n os e f i c i e n t e E l i m i n a ç ã o d e r a d i o g r a f i a s em l u g a r e s e r r a d o s o u d a n i f i c a d a s Im a g e n s f á c e i s d e p r o c u r a r e d e f á c i l a c e s s o T r a n s f e r ê n c i a r á p i d a d a s i m a g e n s e n t r e h o s p i t a i s e u n i d a d e s d e t r a t am e n t o A s i m a g e n s p o d em s e r v i s t a s s i m u l t a n e ame n t e p o r v á r i o s l u g a r e s d i f e r e n t e s . O s e s p e c i a l i s t a s p o d em a n a l i s a r a s i m a g e n s à d i s t â n c i a ( t e l e r a d i o g r a f i a ) R e d u ç ão d e p r e j u í z o s à s a ú d e p e l a r e d u ç ã o d o c o n t a t o c om ma t e r i a i s q u ím i c o s As d e s v an t ag e n s i n c l u em o s s eg u i n t e s p on t o s : C u s t o s a l t o s n a s u a i m p l em e n t a ç ã o e t r a n s i ç ã o c o o r d e n a d a a o PACS

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5 3 - P R INC ÍP IOS , T ERM I NO LOG I A E P ROTEÇÃO CONTRA RAD IA ÇÃO F . P ROTEÇÃO CONTRA RAD I A ÇÃO C om R i c h a r d G e i s e . P h . D . C om o p r o f i s s i o n a i s r e s p o n s á v e i s p o r s u a s a ç õ e s , o s t é c n i c o s / r a d i o l o g i s t a s t êm g r a n d e r e s p o n s a b i l i d a d e em p r o t e g e r o s p a c i e n t e s , a s i p r ó p r i o s e o s c om p a n h e i r o s d e t r a b a l h o d a r a d i a ç ã o e x c e s s i v a . Um a c om p r ee n s ã o c om p l e t a d a p r o t e ç ã o c o n t r a a r a d i a ç ã o é e s s e n c i a l p a r a t o d o s o s t é c n i c o s / r a d i o l o g i s t a s , m as e s t á a l ém d o c am po d e a ç ã o d e s t e t e x t o d e a n a t om i a e d e p o s i c i o n ame n t o . E n t r e t a n t o , o s p r i n c í p i o s b á s i c o s e o s a s p e c t o s a p l i c a d o s d e p r o t e ç ã o c o n t r a a r a d i a ç ã o c om o d e s c r i t o a b a i x o d e v em s e r um a p a r t e e s s e n c i a l d o c u r s o d e p o s i c i o n am e n t o r a d i o g r á f i c o , p o r q u e é d e r e s p o n s a b i l i d a d e d e t o d o t é c n i c o / r a d i o l o g i s t a s em p r e a s s eg u r a r q u e a d o s e d e r a d i a ç ã o t a n t o p a r a o p a c i e n t e c om o p a r a o t é c n i c o / r a d i o l o g i s t a d e v e s e r m a n t i d a o m a i s b a i x o p o s s í v e l . U n i d a d e s d e R a d i a ç ã o UN I DADES DE E XPOS I CÃO À RAD IA ÇÃO - ROENTGEN ( R ) R o e n t g e n é um a m e d i d a d a e x p o s i ç ã o d o a r à r a d i a ç ã o , m e d i d a p e l o g r a u d e i o n i z a ç ã o em um a d a d a u n i d a d e d e a r . UN I DADES DE DOSE DE RAD IA ÇÃO - RAD E REM R a d e r em s ã o u n i d a d e s d e d o s e ( i o n i z a ç ã o d e n t r o d o t e c i d o , t am b ém d e s c r i t a c om o e n e r g i a a b s o r v i d a p e l o t e c i d o ) . N o d i a g n ó s t i c o r a d i o l ó g i c o u s a n d o a e n e r g i a d o s r a i o s X , a s t r ê s u n i d a d e s p o d em s e r c o n s i d e r a d a s e q u i v a l e n t e s ( 1 R = 1 r a d = 1 r em ) . O s r a d s s ã o u s a d o s b a s i c am e n t e p a r a d o s e s d o p a c i e n t e , e r em s ã o u s a d o s p a r a p r o p ó s i t o s d e p r o t e ç ã o à r a d i a ç ã o , c om o a s d o s e s r e l a t a d a s p e l o t r a b a l h a d o r em s eu d o s ím e t r o . U n i d a d e s t r a d i c i o n a i s v s . s / : O S I ( s i s t ema i n t e r n a c i o n a l , c om ume n t e c o n h e c i d o c om o s i s t em a m é t r i c o ) é o p a d r ã o p a r a m e d i ç ã o d e u n i d a d e s d e r a d i a ç ã o n o s E UA d e s d e 1 9 58 . E n t r e t a n t o , c om o o s E UA t êm s i d o l e n t o s em c o n v e r t e r o u t r a s m e d i d a s p a r a o s i s t em a m é t r i c o , u n i d a d e s c o n v e n c i o n a i s d e m e d i d a s d e r a d i a ç ã o c om o o r o e n t g e n , o r a d e o r em a i n d a s ã o d e u s o c om um n o s E UA . A c o n v e r s ã o e a s t a b e l a s d e p r e f i x o s ã o f o r n e c i d a s à d i r e i t a p a r a f a c i l i t a r a s c o n v e r s õe s e n t r e o s s i s t em as t r a d i c i o n a l e o S I e c o n v e r t e r a s u n i d ad e s d e n t r o d o S I . P r o t e ç ã o d o T é c n i c o / R a d i o l o g i s t a Em j a n e i r o d e 1 9 9 4 , a N u c l e a r R e g u l a t o r y C omm i s s i o n ( NRC , C om i s s ã o R e g u l a do r a N u c l e a r ) m u d o u a l g u n s p ad r õ e s r e f e r e n t e s à s d o s e s m áx i m a s p e rm i t i d a s . O t e rm o c o r r e t o a s e r u s a d o a go r a p a r a a s d o s e s p e rm i t i d a s é r e c om en d a ç õe s d o s e - l i m i t e . L im i t e d e d o s e a nu a l : A r e c om e n d aç ã o d o s e - l i m i t e p a r a a e x p o s i ç ã o o c u p a c i o n a l d e t r a b a l h a d o r e s é 5 e r em ( 5 0 mS v ) d a d o s e e f e t i v a ( DE ) co rpo ra l t o t a l p o r a no . E sse s 5 r em ou 50 mVs t ambém são r e f e r i d o s a l g umas ve zes como dose l im i t e e f e t i va a nua l p a ra a e xpos i ção o cupac i o na l d e t o do o co rpo . A DE pa ra o p úb l i co em ge ra l é d e 0 , 1 r em (1 mSv ) a o ano pa ra e xpos i ção f r e qüen te o u con t í n ua e d e 0 , 5 r em (5 mS v ) a o ano p a ra e xpos i çõe s i n f r e qüen te s . * L im i te de dose cumu la t i v a : O l im i t e d a DE cumu la t i vo p a ra t o da a v i d a pa ra um t r a ba l h ado r em e xpos i ção o cupac i o na l é d e 1 r em (10 mSv ) ve ze s o s a nos

de i d ade . Po r e xemp lo , um t é cn i co / r a d i o l o g i s t a d e 5 0 anos de i d ade po ssu i uma d o se cumu la t i va p e rm i t i d a d e 5 0 r em (500 mSv ) . En t r e t a n to , d e v i d o ao pequeno r i s co de e f e i t o s d e l o ngo p ra zo da ba i xa r a d i a ção , o s t é c n i co s / r a d i o l o g i s t a s d e vem l im i t a r sua e xpos i ção à m ín ima quan t i d ade po ss í ve l o u a t é me smo menos do que o s 5 r em (50 m5 v ) p e rm i t i d o s a o ano . A e xpos i ção de ve se r mon i t o rada po r cada t r a ba l h ado r o cupac i o na lmen te e xpos to . Se f o r e xpos ta a 0 , 1 r em (1 mSv ) o u ma i s p o r a no , a á rea d e ve se r supe r v i s i o nada po r um f u n c i o ná r i o d o go ve rno qua l i f i ca do em p ro te ção de r a d i a ção . Meno re s : I n d i v í d uos com menos que 18 anos de i d ade não devem se r emp regados em s i t u a ções em que podem se r o cupac i o na lmen te e xpos to s . O l im i t e d a DE pa ra meno re s é o mesmo que pa ra o p úb l i co em ge ra l , 0 , 1 r em (1 mS v ) a o ano . Té cn i ca s / r a d i o l o g i s t a s g rá v i d a s : A s ge s tan te s subme t i d a s à e xpos i ção o cupac i o na l d e vem t oma r t o da s a s p re cauções po ss í ve i s p a ra man te r a e xpo s i ção do emb r i ã o ou f e t o a ma i s b a i xa p o ss í ve l . A d o se má x ima equ i va l e n te p a ra o f e t o é 0 , 0 5 r em (0 , 5 mSv ) d u ran te 1 mês qua l q ue r e 0 , 5 r em (5 mSv ) em t o do o p e r í o do ge s ta c i o na l . A s t é cn i ca s / r a d i o l o g i s t a s g rá v i d a s de vem a i n da u sa r um segundo do s íme t ro o u ou t r o d i s po s i t i vo d e mon i t o r i za ção na r e g i ã o do abdome sob o a ven ta l d e chumbo . E s ses d i spo s i t i vo s d e mon i t o ra ção de vem se r c l a ramen te ma r cados pa ra d i s t i n gu i r a que l e u sado sob o a ven ta l n o abdome daque l e u sado no co l a r i n ho .

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5 4 - P R INC íP IOS , T ERM I NO LOG I A E P ROTEÇÃO CONTRA RAD IA ÇÃO Mo n i t o r i z a r ã o d o p e s s o a / : D o s ím e t r o s o u d i s t i n t i v o s d e D T L ( d e n s i t om e t r i a d e t e rm o l um i n i s c ê n c i a ) d e v em s em p r e s e r u s a d o s p e l o p e s s o a l q u e p o t e n c i a l m e n t e r e c e b e m a i s d e um q u a r t o d a d o s e m áx im a p e rm i t i d a . E l e s d e v em s e r u s a d o s n a c i n t u r a o u a o n í v e l d o t ó r a x , e x c e t o n a f l u o r o s c o p i a , q u a n d o d e v em s e r u s a d o s n o c o l a r i n h o p o r f o r a d o a v e n t a l d e c h um b o . O s d o s ím e t r o s m a i s am p l am e n t e u s a d o s p r e c i s am s e r t r o c a d o s e l i d o s a c a d a m ês , e o s d i s t i n t i v o s d e D T L , a c a d a 3 m e s e s . P r i n c í p i o s A LARA Um p r i n c í p i o d e p r o t e ç ã o c h am a d o A LARA v a i m a i s a l ém n a p r o t e ç ã o d o t r a b a l h ad o r q u e o n í v e l d a DE . E s s e p r i n c í p i o p o s t u l a q u e a e x p o s i ç ã o o c u p a c i o n a l d e v e s e r m a n t i d a " 8 s l o w 8 s R e a s o n a b l y 8 c h i e v a b l e " ( n o n í v e l m a i s b a i x o q ue p u d e r s e r c o n s e g u i d o ) . E s s e é um p r i n c í p i o i m po r t a n t e a q u e t o d o t é c n i c o / r a d i o l o g i s t a d e v e e s t a r a t e n t o . E i s um r e s um o d e q u a t r o f o rm a s i m p o r t a n t e s p e l a s q u a i s i s s o p o d e s e r a l c a n ç a d o : 1 . S em p r e u s a r o d o s ím e t r o o u o u t r o d i s p o s i t i v o d e m o n i t o r a ç ã o . A p e s a r d e o d i s t i n t i v o n ã o d im i n u i r a e x po s i ç ã o d o t r a b a l h a d o r , o s r e g i s t r o s p r e c i s o s n o l o n g o p r a z o s ã o i m p o r t a n t e s p a r a a d e t e rm i n a ç ã o d e p r á t i c a s d e p r o t e ç ã o . 2 . D i s p o s i t i v o s d e i m o b i l i z a ç ã o o u b a n d a s d e r e t e n ç ã o d e v em s e r u s a d o s s em p r e q u e p o s s í v e l , e a pe n a s c om o ú l t i m o r e c u r s o a l g u ém d e v e p e rm a n ec e r n a s a l a p a r a c o n t e r o p a c i e n t e - n u n c a d e v e s e r o p e s s o a l d a r a d i o l o g i a . S e a c o n t e n ç ã o d o s p a c i e n t e s f o r n e c e s s á r i a , e l a d e v e s e r f e i t a p o r um a o u t r a p e s s o a q u e n ã o s e j a um p r o f i s s i o n a l o c u p a c i o n a lm e n t e e x p o s t o . E s s a p e s s o a n u n c a d e v e p e rm a n ec e r n o f e i x e p r i m á r i o e s emp r e d e v e u s a r um a v e n t a l e l u v a s d e p r o t e ç ã o . 3 . A p r á t i c a d o u s o d e c o l i m a d o r r e s t r i t o , f i l t r a ç ã o d o f e i x e p r i m á r i o , t é c n i c a s d e k V p i d e a i s , t e l a s e f i l m e s d e a l t a v e l o c i d a d e e e x am es p o u c o r e p e t i d o s . A e x p o s i ç ã o d o t é c n i c o / r a d i o l o g i s t a é d e v i d a b a s i c am e n t e à r a d i a ç ã o d i s p e r s a d a d o p a c i e n t e e d e o u t r a s f o n t e s . A l ém d i s s o , a r e d u ç ã o d a e x po s i ç ã o d o p a c i e n t e r e s u l t a c o n s e q ü e n t em e n t e n a r e d u ç ã o d a e x p o s i ç ã o d o t é c n i c o / r a d i o l o g i s t a . 4 . S i g a a s t r ê s r e g r a s c a r d i n a i s d e p r o t e ç ão c o n t r a a r a d i a ç ã o , o t em p o , à d i s t â n c i a e o p r i n c í p i o d a p r o t e ç ã o . O t é c n i c o / r a d i o l o g i s t a d e v e m i n im i z a r o t em p o d e e x p o s i ç ã o , p e rm a n ec e r o m a i s d i s t a n t e p o s s í v e l d a f o n t e e u s a r um e s c u d o d e c h um b o q u a n d o e x p o s t o . I s s o é i m p o r t a n t e em t r a um a e em r a d i o g r a f i a s m óv e i s , e s p e c i a l m e n t e c om a s u n i d a d e s d e f l u o r o s c o p i a d i g i t a l em b r a ç o C m óv e l ( F i g . 1 . 1 6 2 ) . E s s a s s ã o u s a d a s em c i r u r g i a s o r t o p é d i c a s o u d o t r a t o b i l i a r , l o c a l i z a ç ã o d e c o r p o s e s t r a n h o s , i n s e r ç ã o d e m a r c a - p a s s o e p r o c e d i m en t o s v a s c u l a r e s i n t e r v e n c i o n i s t a s . A p r o t e ç ã o c o n t r a a d i s p e r s ã o é i m p o r t a n t e p a r a a s u n i d a d e s f l u o r o s c ó p i c a s m óv e i s c om o o b r a ç o em C p o r a um e n t a r a d o s e p o t e n c i a l n o p a c i e n t e e n o t é c n i c o / r a d i o l o g i s t a , c o n f o r m e d e s c r i t o d e t a l h a d am e n t e n o C a p o 1 9 , n a d i s c u s s ã o s o b r e t r a uma e r a d i o g r a f i a m ó v e l . Do s e s p a r a o P a c i en t e PROCED IMENTOS D IAGNÓST I COS GERA IS E x p o s i ç ã o d e E n t r a d a d a P e l e ( EE P ) P a r a um e x am e p a r t i c u l a r d e r a i o s X , é p o s s í v e l r e f e r i r - s e a d i v e r s a s " d o s e s " d i f e r e n t e s a o p a c i e n t e . O n úm e r o m a i s f r e q ü e n t em e n t e c i t a d o é a e x p o s i ç ã o d a p e l e n a r e g i ã o o n d e a r a d i a ç ã o a t i n g e p r i m e i r am en t e o c o r p o , c om um e n t e c h am a d a d e e x p o s i ç ã o d e e n t r a d a d a p e l e , E E P . E s s a e x p o s i ç ã o é a p r o x im a d ame n t e a d o s e d a p e l e . A d o s e d a p e l e p o s s u i um a l t o v a l o r n um é r i c o p a r a t o d a s a s d o s e s , m as n a r a d i o l o g i a e l a t em m e n o s s i g n i f i c a d o b i o l ó g i c o . C o n f o rm e a r a d i a ç ã o p a s s a a t r a v é s d o c o r p o em d i r e ç ã o a o f i l m e , a i n t e n s i d a d e c a i v á r i a s c e n t e n a s d e v e z e s . A d o s e m é d i a d e ó r g ã o s e s p e c í f i c o s é ú t i l p a r a e s t i m a r a p r o b a b i l i d a d e c om q u e e s s e s ó r g ã o s d e s e n v o l v e r ã o c â n c e r p o r c a u s a d a r a d i a ç ão . F i g . 1 . 1 6 1 R ad i o l o g i s t a u s a n d o um d i s t i n t i v o d e f i l m e .

F i g . 1 . 1 6 2 U n i d a d e d i g i t a l d e f l u o r o s c o p i a em b r a ç o em C móv e l . ( C o r t e s i a d e P h i l i p s M e d i c a l S y s t em s . ) D o s e E f e t i v a A d o s e e f e t i v a ( DE , p o r v e z e s r e f e r i d a c om o a p e n a s E ) l e v a em c o n t a a d o s e d e t o d o s o s ó r g ã o s e s e u r i s c o r e l a t i v o o u f a t o r e s f a c i l i t a d o r e s d e s e t o r n a r em c a n c e r o s o s ( o u , n o c a s o d a s g ô n a d a s , o r i s c o d e l e s ã o g e n é t i c a ) . A d o s e e f e t i v a é a q u a n t i d a d e q u e p o d e s e r u s a d a p a r a c om p a r a r a m é d i a d e r a d i a ç ã o d e t o d o o c o r p o d e um p r o c e d i m e n t o d i a g n ó s t i c o c om a r a d i a ç ã o r e c e b i d a d o am b i e n t e n a t u r a l . O d i a g r am a d e d o s e d o p a c i e n t e , n a p r ó x im a p á g i n a , m os t r a a e x p o s i ç ã o d e e n t r a d a d a p e l e ( EE P ) , d o s e s e s p e c í f i c a s d e ó r g ã o s e a d o s e e f e t i v a ( DE ) p a r a um p a c i e n t e d e t am a n h o p a d r ã o c om o e x em p l o d e i n c i d ê n c i a s r a d i o g r á f i c a s c om u ns . O d i a g r am a d em o ns t r a o s e f e i t o s d o u s o d e d i f e r e n t e s k V p e c om p a r a a s d o s e s d a s i n c i d ê n c i a s AP V 5 . PA . O d i a g r am a t am b ém m os t r a o e f e i t o d a p r o t e ç ã o g o n a d a l e o v a l o r t o t a l d a DE p a r a h om e ns e m u l h e r e s . O d i a g r am a t am b ém m os t r a q u e p a r a o s h om e ns a s a l t a s DE p a r a e s s a s i n c i d ê n c i a s é * 1 O , a q u a d r i l A P n ã o - p r o t e g i d a ( DE = 8 4 m r em ) . l s s o s e d e v e b a s i c am e n t e à s a l t a s d o s e s t e s t i c u l a r e s , o q u e p o d e s e r s i g n i f i c a t v am e n t e r e d u z i d o c om a p r o t e ç ã o g o n a d a l ( a D E é r e d u z i d a p a r a 1 4 ) . P a r a a s m u l h e r e s , a m a i o r DE é * 4 , a AP d e c o l u na t o r á c i c a em um f i l m e d e 3 5 x 4 3 cm s em p r o t e ç ã o p a r a a s m am as ( DE = 6 3 ) . I s s o s e d e v e b a s i c am e n t e à a l t a d o s e m am á r i a , q u e p o d e s e r r e d u z i d a c om um a p r o t e ç ã o n a s m am as o u c om um a c o l i m a ç ã o d e 1 8 x 4 3 cm d e t am a n h o ( DE r e d u z i d a p a r a 3 5 ) .

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55 - PR INC íP IOS , TERMINOLOGIA E PROTEÇÃO CONTRA RADIAÇÃO TABE lA DE DOSES PARA O PAC IENTE Doses do s Ó rgãos Ap ro x imadas pa ra o m rad Ma i s P ró x imo FD (m rem )

Com pa r a ç õ e s I n c i d ê n c i a KV p mas EEC (mR )

T e s t i c u l o s O v á r i os

T i r e ó i de

M e d u l a O s s e a

P u lm ã o Mam a H om em Mu l h e r

1 . A P AP d e t ó r a x ( D F oF i d e 7 2 " )

1 2 0 2 1 2 0 0 4 1 7 1 0 2 5

Vs . PA PA d e t ó r a x ( D F oF i d e

7 2 " ) 1 2 0 2 1 2 0 0 1 2 7 1 2 2

2 . A P AP d e c r â n i o ( 1 0 x 1 2 " ) 8 0 2 5 3 0 2 0 0 9 2 4 1 1 3 5 V s PA PA d e c r â n i o ( 1 0 x 1 2 " ) 8 0 2 5 3 0 2 0 0 8 1 0 O O 3 3 V s 3 . A P E s f a g o g r a f i a A P 1 1 0 6 1 4 2 0 0 4 8 9 6 6 1 2 4 1 5 5 4 V 5 . P A E s o f a g o g r a f i a P A 1 1 0 6 1 4 2 0 0 9 1 6 6 9 1 0 1 6 2 0 4 . 1 4 x 1 7 AP d e c o l u n a t o r á c i c a 7 5 2 0 2 0 9 0 0 2 3 8 7 2 1 5 8 1 5 6 3 V 5 . 7 x 1 7 AP d e c o l u n a t o r á c i c a 8 0 2 0 2 4 1 0 0 2 6 5 3 4 9 4 6 3 5 5 . 7 x 1 7 AP d e c o l u n a l om b a r 8 0 4 0 4 8 3 2 7 4 0 1 0 1 6 4 1 0 2 9 V 5 . 1 4 x 1 7 AP d e c o l u n a l om b a r 7 5 4 0 4 1 8 2 9 2 0 1 7 3 3 8 1 7 4 2 V 5 . 1 4 x 1 7 AP d e c o l u n a l om b a r 7 5 4 0 4 1 8 1& 9 2 0 1 7 3 3 8 1 7 4 2 p r o t e g i d a 6 . A P AP d e t r a t o G I s u p e r i o r 1 1 0 1 5 3 5 6 0 2 6 2 2 1 9 9 1 3 2 6 3 7 V 5 . P A PA d e t r a t o G I s u p e r i o r 1 1 0 1 5 3 5 6 0 1 4 2 4 3 9 0 9 2 8 3 4 V 5 . l a t e r a l L a t e r a l d e t r a t o G I

s u p e r i o r 1 1 0 3 0 1 1 0 0 1 8 5 3 3 1 4 7 0 2 0 4 2 5 3

7 . 8 0 k V p AP d e a bd om e 8 0 2 2 2 6 6 6 6 8 0 1 3 4 1 1 0 2 6 V 5 . 7 0 k V p AP d e a bd om e 7 0 4 1 3 6 5 6 8 0 0 1 3 4 1 1 3 3 1 V 5 . 7 0 k V p AP d e a bd om e 7 0 4 1 3 6 5 2& 8 0 0 1 3 4 1 1 1 3 1 V 5 . 7 0 k V p AP d e a bd om e 7 0 4 1 3 6 5 2& 8 0 0 1 3 4 1 1 1 3 1 p r o t e g i d a 8 . A P E n em a b a r i t a d o A P 1 1 0 1 0 2 3 7 8 8 9 0 2 2 6 1 1 2 3 2 V 5 . P A E n em a b a r i t a d o P A 1 1 0 1 0 2 3 7 5 7 8 0 5 1 5 1 1 5 3 4 V 5 . P A E n em a b a r i t a d o P A 1 1 0 1 0 2 3 7 1& 7 8 0 5 1 5 1 1 4 3 4 p r o t e g i d a 9 . A P AP d e p e l v e 8 0 4 0 4 8 3 4 5 1 0 0 0 2 3 1 0 2 6 3 9 V 5 . A P AP d e p e l v e 8 0 4 0 4 8 3 6& 1 0 0 0 2 3 0 0 1 6 3 9 p r o t e g i d a 1 0 . A P AP d e q ua d r i l ( um a 1 0 x

1 2 " ) 8 0 4 0 4 8 3 3 2 2 5 9 0 9 0 0 8 4 1 8

V 5 . A P AP d e q ua d r i l ( um a 1 0 x

1 2 " ) 8 0 4 0 4 8 3 4 2& 1 4 . 0 9 0 0 1 4 7

p r o t e g i d a NO TAS : DF o F i = 4 0 p o l e g a d a s ( 1 0 0 cm ) a m e no s q u e e s p e c i f i c a d o em c o n t r á r i o . T am a n h o d o f i l m e = 1 4 x 1 7 p o l e g a d a s ( 3 5 x 4 3 cm ) a m e n os q u e e s p e c i f i c a d o em c o n t r á r i o . V e l o c i d a de f i l m e / é c r a n= 4 0 0 ”P r o t e g i d o ” r e f e r e - s e a o e s t u d o g o n a d a l f em i n i n o o u m a s c u l i n o n o l o c a l . * - e s c u d o g o n a d a l m as c u l i n o , e s c u d o g o n a d a l f em i n i n o . E s p e s s u r a d o p a c i e n t e = 2 0 cm AP o u PA e 3 4 cm l a t e r a l m e n t e . A d o s e e f e t i v a ( DE ) p o d e s e r c om p a r a d a c om a m é d i a a n u a l am e r i c a n a p a s s a d a d e 3 0 0 m r em . A s d o s e s d o s ó r g ã o s s ã o e s t i m a d a s em t a b e l a s d e H a n d b o o k o f R a d i a t i a n D o s e s i n N u c l e a r M e d i c i n e a n d D i a g n o s t i c X - r o r , J G K e r i a k e s a n d M R os e n s t e i n , B o c a R a t o n , 1 9 80 , CRC P r e s s . A s d o s e s d a s m am a s e DE s ã o e s t i m a d a s p e l o s a u t o r e s . PROCED IMENTOSF LUOOSCÓP I CO OS p r o c e d im e n t o s t í p i c o s d a e x p o s i ç ã o d o p a c i e n t e d u r a n t e d i v e r s o s p r o c e d im e n t o s d e f l u o r o s c o p i a G I e s t ã o m os t r a d o s n o d i a g r am a d e d o s e s à d i r e i t a , q u e i n c l u i a e x p o s i ç ã o d e e n t r a d a d a p e l e ( EE P ) d u r a n t e a f l u o r o s c o p i a e o l o c a l d o f i l m e . N e l e n ã o e s t ã o i n c l u í d a s a s d o s e s d o s f i l m e s c o n v e n c i o n a i s p a r a o s e x am es q u e p o d em s e r d e t e rm i n a do s a p a r t i r d o d i a g r am a d e d o s e s a c im a . O s p r o c e d im e n t o s f l u o r o s c ó p i c o s g e r a lm e n t e e n v o l v em d o s e s m u i t o m a i o r e s p a r a o p a c i e n t e q u e o s e x am es d i a g n ó s t i c o s c o n v e n c i o n a i s d e v i d o à n e c e s s i d a d e d e p en e t r a ç ã o d o b á r i o o u d o c o n t r a s t e i o d a d o e a o t em p o p a r a m a n i p u l a r o c o n t r a s t e n o p a c i e n t e . F e l i zm e n t e , e n t r e t a n t o , o v o l um e d e t e c i d o e x p o s t o d u r a n t e a f l u o r o s c o p i a e o l o c a l d e e x p o s i ç ã o s ã o r a z o a v e l m en t e p e q u e n o s . U s a r o mod o d e am p l i a ç ã o n a f l u o r o s c o p i a g e r a lm e n t e a um e n t a a t a x a d e d o s e m as d im i n u i o v o l um e d e t e c i d o e x p o s t o . A f l u o r o s c o p i a d e p u l s o p o d e s e r u s a d a p a r a r e d u z i r a d o s e em p r o p o r ç ã o a o n úm e r o d e p u l s o s u s a d o s p o r s e g u n d o . A s d o s e s d o l o c a l d o f i l m e t am bém p o d em s e r r e d u z i d a s c om o u s o d e c âm e r a s f o t o g r á f i c a s o u c om a f l u o r o s c o p i a d i g i t a l ( F D ) , c om o d e s c r i t o n o C a p o 1 4 s o b r e o s i s t em a G I s u p e r i o r . QUADRO DE DOSES P ARA F LUOROSCOP IA T r a t o G I S up e r i o r Ge r a l 1 7 f i l m e s s p o t , n e n h um a c om r a i o s X c o n v e n c i o n a l 5 m i n u t o s d e f l u o r o s c o p i a M áx i m o em um l o c a l 5 f i l m e s s p o t a 4 0 0 m a r c a da 1 1 / 2 m i n u t o d e f l u o r o s c o p i a a 3 R /m i n u t o E x p o s i ç ã o c u t â n e a m áx im a t o t a l ( ECM ) : 6 , 5 R ( 6 . 5 0 0 r o R ) T í p i c o E n ema B a r i t a do c om Du p l o C on t r a s t e Ge r a l 1 1 f i l m e s s p o t , n e n h um a c om r a i o s X c o n v e n c i o n a l 7 m i n u t o s d e f l u o r o s c o p i a M áx i m o em um l o c a l 3 f i l m e s s p o t a 2 3 3 mR c a d a 1 1 / 2 m i n u t o d e f l u o r o s c o p i a a 4 R /m i n u t E x p o s i ç ã o c u t â n e a m á x im a t o t a l ( ECM ) : 6 , 7 R ( 6 . 7 0 0 r o R )

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56 - PR INC íP IOS , TERMINOLOGIA E PROTEÇÃO CONTRA RADIAÇÃO P r o t e ç ã o d o P r o f i s s i o n a l D u r a n t e a F l u o r o s c o p i a PADRÕES DE EXPOS i ÇÃO E P ROTEÇÃO DO P ROF I SS IONA L D u r a n t e a f l u o r o s c o p i a d e r o t i n a d o t r a t o g a s t r o i n t e s t i n a l ( G I ) , a e q u i p e é e x p o s t a à r a d i a ç ã o e s p a l h a d a p e l o p a c i e n t e e p o r o u t r o s o b j e t o s q u e e s t ã o s e n d o i r r a d i a d o s . A e x p o s i ç ã o à r a d i a ç ã o d i s p e r s a c a i d r a s t i c am e n t e q u a n d o o p r o f i s s i o n a l s e a f a s t a d o p a c i e n t e e d a m es a . I s s o p o d e s e r d emo n s t r a d o n a F i g . 1 . 1 6 3 , q u e m os t r a a d i s p e r s ã o e s t i m a d a d o s c am p os e x p o s t o s d e r a d i a ç ã o d i r e t am e n t e a o l a d o d a t o r r e i n t e n s i f i c a d o r a s em q u e a m esm a e s t e j a p r o t e g i d a . A t o r r e i n t e n s i f i c a d o r a , o s a v e n t a i s d e c h um b o d a t o r r e , a p r o t e ç ão d a f e n d a B u c k y , a m es a d e r a i o s X , o s u po r t e p a r a o s p é s d o p a c i e n t e ( s e h o u v e r ) e m esm o o r a d i o l o g i s t a f o r n e c em ao t é c n i c o / r a d i o l o g i s t a a l g um a f o rm a d e p r o t e ç ã o . A i m p o r t a n t e p r o t e ç ã o d a f e n d a B u c k y f e c h a em 5 e 7 , 5 cm o e s p a ç o a b a i x o d o t am p o d a m es a q u a nd o o B u c k y e s t á em t o d a a e x t e n s ão e v a i a t é o f i m d a m es a . P e r c e b a q u e a á r e a " F ' a t r á s d o r a d i o l o g i s t a e l o n g e d o p a c i e n t e e d a m es a ( F i g . 1 . 1 6 4 ) t em a m e n o r t a x a d e e x p o s i ç ã o , d e m e n os d e 2 5 mR p o r h o r a . Q ua n d o a t o r r e i n t e n s i f i c a do r a e s t á a b a i x a d a o m a i s p r ó x im o p o s s í v e l d o p a c i e n t e , m u i t o d a d i s p e r s ã o p a r a o s o l h o s d o t é c n i c o e a r e g i ã o d o p e s c o ç o é e l i m i n a d o . A s d i m e ns õ e s l a t e r a l e v e r t i c a l d o c am p o d e e x p o s i ç ã o m ov em s e c om d i f i c u l d a d e c o n f o rm e a d i s t â n c i a e n t r e o p a c i e n t e e a t o r r e i n t e n s i f i c a d o r a é r e d u z i d a . M esm o c om a s c o r r e t a s p r á t i c a s d e p r o t e ç ã o e a t o r r e i n t e n s i f i c a d o r a b em p r ó x im a d o p a c i e n t e , a l g um a q u a n t i d a d e d e r a d i a ç ã o d i s p e r s a o c o r r e d u r a n t e a r o t i n a f l u o r o s c ó p i c a ( F i g . 1 . 1 6 4 ) . A d i s p e r s ã o é m a i o r n a r e g i ã o i m e d i a t am en t e p r ó x im a a o p a c i e n t e em c a d a l a d o d o r a d i o l o g i s t a , q u e t em a t o r r e c h um b a d a d e p r o t e ç ã o e n t r e e l e e o p a c i e n t e . P o r e s s e m o t i v o , o t é c n i c o e / o u r a d i o l o g i s t a e o u t r o s f u n c i o n á r i o s n a s a l a p o d em r e d u z i r a s u a e x p o s i ç ã o a p e n a s n ã o f i c a n d o p r ó x im o à m es a o u m esmo p r ó x im o a o r a d i o l o g i s t a , m as f i c a n d o o m a i s d i s t a n t e s p o s s í v e l d o s c am p os d e d i s p e r s ã o d a r a d i a ç ã o . T o d o s o s q u e e s t i v e r em en v o l v i d o s em um p r o c e d im e n t o f l u o r o s c ó p i c o d e v em u s a r a v e n t a i s d e c h um b o c om o m e d i d a d e p r o t e ç ã o . Um a v e n t a l d e c h um b o e q u i v am e n t e a 0 , 5 mm r e d u z i r á m u i t o a r a d i a ç ã o d i s p e r s a em q u a s e t o d o o c o r p o c e r c a d e 1 0 v e z e s o u m a i s . I s s o é g e r a lm e n t e s u f i c i e n t e p a r a r e d u z i r o s r i s c o s a um n í v e l r a z oá v e l , b em ab a i x o d o s l i m i t e s m á x im os p e rm i t i d o s . A s d o s e s c om u n s c om o u s o d o a v e n t a l s ã o m e n o r e s q u e 1O m r em a o m ê s ( i m e n s u r á v e l p e l o s d o s ím e t r o s ) em d e p a r t ame n t o s q u e o u s am p o u c o ( n ã o e x c l u s i v ame n t e f l u o r o s c o p i a ) e q u a s e n u n c a a c i m a d e 2 0 m r em p o r m ê s n o s t é c n i c o s e n v o l v i d o s a pe n a s c om f l u o r o s c o p i a d o s i s t em a G I . N e s s e s n í v e i s , n ã o é n e c e s s á r i o t r a n s f e r i r um a t é c n i c a q u e e s t e j a g r á v i d a p a r a m a n t e r a e x p o s i ç ã o d o f e t o a f l u o r o s c o p i a a b a i x o d o s n í v e i s m áx i m os p e rm i t i d o s . A t r a n s f e r ê n c i a , e n t r e t a n t o , d e v e s e r c o n s i d e r a d a em um a b a s e A e q u i p e d e v e s e r c a u t e l o s a s e f o r u s a r o s a v e n t a i s d i t o s " l e v e s " o u a q u e l e s q u e t êm g r a n d e s d e c o t e s n o s b r a ç o s e a o r e d o r d o p e s c o ç o . I s s o p e r m i t e m a i o r e x p o s i ç ã o a o s ó r g ã o s d o s e - s e n s í v e i s , c om o a t i r e ó i d e , o s p u lm õ es e m esm o a s m am a s em c e r t o s â n g u l o s . M u i t o s a v e n t a i s a n t i g o s n ã o p o s s u em p r o t e ç ã o e s p e c i a l p a r a a t i r e ó i d e . E l e s p o d em t e r um a p r o t e ç ã o à p a r t e em f o rm a d e c o l a r i n h o , q u e p o d e s e r u s a d o c om o a v e n t a l d e c o t a d o ( F i g . 1 . 1 6 5 ) , o u p o d em s e r d o n o v o t i p o , q u e i n c l u i um a e x t e n s ã o p a r a o p e s c o ç o c om o o b j e t i v o d e p r o t e g e r a t i r e ó i d e ( F i g . 1 . 1 6 6 ) . U s a r o s e s c u d o s d e t i r e ó i d e q u an d o d i s p o n í v e i s e s t á d e a c o r d o c om o p r i n c í p i o A LARA , m as t o d a a r e d u ç ã o n a d o s e e f e t i v a e o r i s c o c om o u s o d o s e s c u d o s t i r e o i d i a n o s s ã o m u i t o p e q u e n o s . A l ém d i s s o , n ã o é n e c e s s á r i o o u s o d e p r o t e ç ã o d e c h um b o a d i c i o n a l u s a n d o l u v a s e ó c u l o s d e c h um b o e s p e c i a i s p e l o s t é c n i c o s d u r a n t e o s p r o c e d im e n t o s d e r o t i n a n a f l u o r o s c o p i a d o t r a t o G I s e a s r e c om e n d aç õ e s f o r em s e g u i d a s . L i m i t e s d e T a x a s d e E x p o s i ç ã o a F l u o r o s c o p i a D e v i d o a o p o t e n c i a l d e a l t a s d o s e s d e e x p o s i ç ã o d o t é c n i c o e d o p a c i e n t e d u r a n t e a f l u o r o s c op i a , o s p a d r õ e s f e d e r a i s am e r i c a n o s e s t a b e l e c em l i m i t e s d e f r e q ü ê n c i a d e e x p o s i ç ã o d a s u n i d a d e s i n t e n s i v a s d e f l u o r o s c o p i a a 1 0 R /m i n . C om o s e q u i p ame n t o s m a i s m o d e r n o s , e n t r e t a n t o , a m é d i a d a f r e q ü ê n c i a d a f l u o r o s c o p i a e s t á e n t r e 3 o u 4 R /m i n .

Zo n a mR / h o r a

mR / m i n u t o

A > 4 0 0 > 6 , 7

B 4 0 0 ∇ 2 0 0

6 , 7 ∇ 3 , 3

C 2 0 0 ∇ 1 0 0

3 , 3 ∇ 1 , 7

D 1 0 0 ∇ 5 0

1 , 7 ∇ 0 , 8

E 5 0 ∇ 2 5

0 , 8 ∇ 0 , 4

F < 2 5 < 0 , 4

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57 - PR INC íP IOS , TERMINOLOGIA E PROTEÇÃO CONTRA RADIAÇÃO P ro te ção do Pac i e n te Té cn i co s / r a d i o l o g i s t a s p ro f i s s i o na i s sub sc re vem o cód i g o de é t i ca q ue i n c l u i a r e sponsab i l i d ade pe l o con t r o l e e p e l o l im i t e d e e xpos i ção de r a d i a ção a t o dos o s p a c i e n te s q ue e s tã o sob seus cu i d ados . E ssa é uma re sponsab i l i d ade s é r i a , e cada uma das se te f o rmas pa ra r e duz i r a e xpos i çã o do pa c i e n te d e ve se r comp reend i d a e con s tan temen te p o s ta em p rá t i ca con fo rme de s c r i t o n a s p ró x ima s pág i n a s . Sã o e l a s : 1 . Repe t i r a o m ín imo a s e xpos i çõe s 2 . F i l t r a ção co r r e t a 3 . Co l ima ção p re c i sa 4 . P ro t e ção e spec í f i ca d e á rea ( p ro t e ção gonada l e d a s mamas pa ra a s mu lhe re s ) 5 . P ro t e ção pa ra a s g rá v i d a s 6 . Uso de comb ina ções de f i lm e -é c ran de a l t a ve l o c i d ade ( n ã o ap l i cá ve l p a ra imagens d i g i t a i s ) 7 . E xpos i ção m ín ima do pa c i e n te a t r a vé s de i n c i d ênc i a s se l e c i o na da s e d e f a t o re s d e e xpos i ção com a meno r d o se pa ra o p a c i e n te . E xemp lo s d i sso são como se seguem : O u so de t é cn i ca s com a l t a s kV p e b a i xo s mA s (Cap . 7 , AP de pe l ve ) O u so de i n c i d ênc i a s em PA em ve z de AP pa ra r e duz i r a d o se na r e g i ã o t o rá c i ca â n te ro - supe r i o r ( á rea do pe s coço ou da t i r e ó i d e , b em como a s mamas na s mu l he re s ) (Cap . 9 , g enes da e sco l i o se ) Obse r va ção : A do se no o l h o nã o é con s i d e rada na de t e rm ina ção da do se e f e t i va . Dose s ma io re s q ue aque l a s n o rma lmen te r e ce b i d a s no d i a gnós t i co r a d i o l ó g i c o são su f i c i e n te s p a ra l e va r a o d e senvo l v imen to d e ca ta ra t a . 1 . REPET IR AO M íN IMO AS EXPOS iÇÕES A p r ime i r a f o rma bá s i ca e ma i s impo r t a n te d e p re ven i r a r a d i a ção de sneces sá r i a é e v i t a r q ue a s r a d i o g ra f i a s se j am repe t i d a s . Uma das p r i n c i p a i s cau sas pa ra a r e pe t i ção da s r a d i o g ra f i a s é a má comun i ca ção en t r e o t é cn i co / r a d i o l o g i s t a e o p a c i e n te . I n s t r u çõe s de r e sp i r a ção que não f i cam c l a ra s e n ão são comp reend i d a s são a s causa s ma i s comuns de mov imen to e d a ne ce s s i d ade de se r e pe t i r o p ro ced imen to .Qu ando o s p ro ced imen to s n ão são c l a ramen te e xp l i cados , o p a c i e n te p ode se sen t i r a n s i o so e n e r vo so , p e l o medo do d e sconhec i d o . E s se e s t r e s se v em da i n ce r t e za e d o medo , o q ue f r e qüen temen te a umen ta o seu e s ta do de con fu são men t a l e o i n capac i t a a se r t o t a lme n te coope ra t i vo . Pa ra p re ven i r i s so , o t é cn i co / r a d i o l o g i s t a d e ve t e r t empo , me smo que sua agenda e s te j a l o t a da e t e nha mu i t o s t r a ba l h o s a r e a l i za r , p a ra e xp l i ca r d e mane i r a comp le t a e cu i d adosa a s i n s t r u ções de r e sp i r a ção , b em como o p ro ced imen to em ge ra l , em t e rmos s imp le s e c l a ro s p a ra q ue o p a c i e n te p o s sa comp reende r . Os pa c i e n te s d e vem se r a d ve r t i d o s d e qua i sque r mo v imen to o u som e s t r a nho v i n dos do s equ i p amen to s d u ran te a e xpos i ção . A l ém d i s s o , q ua l q ue r sen sação de que imação ou ou t r o s p o s s í ve i s e f e i t o s d a i n j e ção d u ran te a e xpos i ção de vem se r e xp l i cados ao pa c i e n t e . A neg l i g ên c i a n o po s i c i o namen to o u a se l e ção i n co r r e t a d o s f a t o re s d e e xpos i ção são t ambém causa s comuns de r e pe t i çõe s e d e vem se r e v i t a da s . O po s i c i o namen to co r r e t o e p re c i so e x i g e um bom conhec imen t o e comp reensão da ana tom ia po rque i s so pe rm i t e a o t é cn i co / r a d i o l o g i s t a v i sua l i za r o t amanho , a s f o rmas e a s l o ca l i za ções da s e s t r u t u ra s a se rem r a d i o g ra fa das . E ssa é a r a zão pa ra comb ina r a a na tom ia com o po s i c i o namen to em cada cap í t u l o d e s te t e x t o . 2 . F I LTRAÇÃO CORRETA A f i l t r a ção do f e i xe p r imá r i o d e r a i o s X r e duz a e xpos i ção do pa c i e n te p o r a b so r ve r a ma io r i a d o s r a i o s X " i n ú te i s " d e ba i xa ene rg i a , q ue e xpõem bas i camen te a p e l e d o pa c i e n te e o s t e c i d o s supe r f i c i a i s . O e f e i t o f i n a l d a f i l t r a ção é um " endu re c imen to " d o f e i xe d e r a i o s X , r e su l t a ndo no aumen to d e sua e ne rg i a e f e t i va o u pene t r a b i l i d ade . A f i l t r a ção é d e sc r i t a d e duas f o rmas . A p r ime i r a é i n e ren te o u p róp r i a d a s e s t r u t u ra s d e f i l t r a ção que compõem o t u bo de r a i o s X . Na ma io r i a d o s t u bos de r a i o s X , h á ap ro x imadamen te 0 , 5 mm de a l um ín i o (A I ) e qu i va l e n te . A segunda e ma i s impo r t a n te p a ra o s t é cn i co s / r a d i o l o g i s t a s é a f i l t r a ção ad i c i o nada , q ue é o g rau de f i l t r a ção ad i c i o nada en t r e o t u bo de r a i o s X e o co l imado r e p e l o p róp r i o co l imado r . A f i l t r a ção m ín ima t o t a l ( i n e ren te ma i s a d i c i o nada ) e qu i va l e a 2 , 5 mm de A I p a ra e qu i p amen to s ge rado re s d e 70 kVp ou ma i s O a l um ín i o (A I ) é o me ta l ma i s comumen te u sado pa ra f i l t r o s em d i a gnós t i co r a d i o l ó g i co , j u n t amen te com o mo l i b dên i o (Mo ) , f r e qüen temen te u sado em mamog ra f i a . A f i l t r a ção ad i c i o na l n e ce ssá r i a , con fo rme e s t a be l e c i d o pe l a s l e i s f e de ra i s ame r i canas , d epende da f a i x a d e ope ra ção da kVp do equ i p amen to . Os f a b r i can te s d e equ i p amen to s de r a i o s X de vem a te nde r a e sse s pad rõe s . Ve r i f i ca ção Pe r i ó d i ca d a F i l t r a ç ão A f i l t r a ção do e qu i p amen to d e f o rmação de imagem deve s e r a nua lmen te a va l i a da e a pós um repa ro g rande do equ i p amen to , como a t r o ca do t u bo ou do co l imado r . I s s o de ve se r f e i t o p o r p ro f i s s i o na i s q ua l i f i ca dos , como um f í s i co méd i co . A r e sponsab i l i d ade do t é cn i co / r a d i o l o g i s t a é g a ran t i r q ue o ma te r i a l d o f i l t r o se j a a p rop r i a do em cada t u bo che cado quando ne cessá r i o e q ue e s te p e rmaneça em seu l u ga r .

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58 - PR INC íP IOS , TERMINOLOGIA E PROTEÇÃO CONTRA RAD IAÇÃO 3 . COL lMAÇÃO PREC ISA A co l imação p re c i sa é uma f o rma e ssenc i a l d e r e duz i r a e xpos i ção do pa c i e n te p o r l im i t a r o t amanho e a f o rma do f e i xe d e r a i o s X apenas pa r a a á rea de i n t e re s se c l í n i co o u pa ra a r e g i ã o que se p re c i sa v i sua l i za r n o r e cep to r d e imagem . Uma co l im ação cu i d adosa e p re c i sa é e n fa t i zada e d emons t r a da ao l o ngo de t o do e s te l i v r o . O co l imado r a j u s t á ve l é comumen te u sado no s equ i p amen to s em ge ra l d e d i a g nós t i co r a d i o l ó g i co . A l u z q ue i l um ina o campo de f i n e a r e g i ã o do f e i xe d e r a i o s X em equ i p amen to s ca l i b r a dos com p re c i são e p ode se r u sada e f e t i vamen te p a ra d e te rm ina r a r e g i ã o do t e c i d o a se r i r r a d i a da . O s p ad rõe s de segu ran ça ne cess i t am de co l imado re s p re c i so s em pe l o menos 2% da DFoF i . O conce i t o d e d i ve rgênc i a d o f e i xe d e r a i o s X de ve se r con s i d e rado na co l ima ção p re c i sa . A l ém d i sso , o campo i l um inado que apa re ce na supe r f í c i e d a pe l e d o pa c i e n te a pa re ce rá meno r q ue o t amanho ve rdade i r o d a r e g i ã o ana tôm i ca a se r co l imad a . I s so é ma i s e v i d en te em e xames como uma t o rá c i ca l a t e ra l o u co l u na l omba r (F i g . 1 . 1 69 ) em que há uma d i s t â n c i a con s i d e rá ve l e n t r e a supe r f í c i e d a pe l e e o f i lme na bande j a Bucky . Ne sse s ca so s , o campo i l um inado , q uando co r r e t amen te co l imado na r e g i ã o de i n t e re s se , a pa re ce rá mu i t o meno r , a menos que se cons i d e re a d i ve rgênc i a d o f e i xe d e r a i o s X . Co l imação e Dose Tec idua l Uma co l imação p re c i sa e e s t r e i t a n a á rea de i n t e re s se r e su l t a em uma g rande r e dução na do sagem t e c i d ua l a o se a f a s t a r d a s bo rda s do campo de co l imação do s r a i o s X . Po r e xemp lo , a d o se de 3 cm dos l im i t e s d o campo de e xpos i ção r e cebe rá ce r ca de 10% do que f o i r e ceb i d o no campo . Na d i s t â n c i a d e 12 cm , a d o se se rá d e apenas 1 % da r e ceb i d a no campo . * L im i tação Au tomá t i c a do Fe ix e Pos i t i vo (LFAP ) Todos o s p ropós i t o s g e ra i s d o s equ i p amen to s de r a i o s X cons t r u í d o s en t r e 1 974 e 1 993 no s EUA e Canadá r e que rem co l imado re s com a s c on f i g u ra ções de LFAP que co l imam au toma t i camen te o f e i xe ú t i l d e r a i o s X ao t amanho do f i lme . (E s sa e x i g ênc i a t o rn ou - se op c i o na l d e sde o d i a 3 d e ma io d e 1993 , d e v i d o a mudanças de r e gu l amen ta ção do FDA . ) A s co n f i g u ra ções do LFAP cons i s t em em senso re s no apo i a do r d o chas s i d o f i lme que , q uando a t i vados pe l o p o s i c i o namen to d o chas s i em seu apo i a do r ( b ande j a Buc ky ) , s i n a l i zam au toma t i camen te a o co l imado r p a ra a j u s t a r o f e i xe d e r a i o s X de a co rdo com o t aman ho do f i lme ou r e cep to r d e imagem . O d i spo s i t i vo LFAP pode se r d e sa t i vado ou a t r a ve ssado com uma cha ve , ma s i s so de ve se r f e i t o a penas em cond i ções e spec i a i s em que um co l imado r g rande de con t r o l e manua l se j a n e ces sá r i o . Uma l u z ve rme lha d e a v i so se a cende au toma t i camen te como l emb re te d e que o s i s t ema LFAP f o i d e sa t i vado , e o s r e gu l amen to s e x i g em que a cha ve não pode s e r r emov i d a enquan to o s i s t ema e s t i ve r sendo a t r a ve s sado (F i g . 1 . 1 70 ) . Co l imação Manua l Mesmo com a co l imação au tomá t i ca ( LFAP ) , o o pe rado r con segue r e duz i r , manua lmen te , a i n da ma i s o t amanho do campo de co l imação . I s so de ve se r f e i t o p a ra t o dos o s e xames em que o r e cep to r d e imagem é ma io r q ue a á rea c r í t i ca a se r r a d i o g ra fa da . A co l imação manua l p re c i sa é t ambém necessá r i a p a ra o s e xames do s memb ro s supe r i o re s e i n f e r i o re s o b t i d o s na mesa onde o d i spo s i t i vo d e LFAP não e s t i ve r a t i vado . Ao l o ngo da s pág i n a s de po s i c i o namen to d e s te l i v r o , a s d i r e t r i ze s d e co l imação se rão f o rm i c i d a s pa ra ma x im i za r a p ro t e ção ao pa c i e n te com u rna co l ima ção cu i d adosa e p re c i sa . E ssa p rá t i ca d e co l imação p re c i sa a penas na á rea de i n t e re s se r e duz a e xpos i ção do pa c i e n te d e duas f o rmas . P r ime i r a , r e duz o vo l ume de t e c i d o d i r e t amen te i r r a d i a do , e segunda , r e duz a r a d i a ção d i spe r sa

a sso c i a da . E ssa r a d i a ção d i spe r sa r e su l t a n te d a f a l t a d e co l ima ção p re c i sa o u ou t r a p ro t e ção não apenas e xpõe o p a c i e n te a uma e xpos i ção ma io r e d e snecessá r i a ma s t ambém re su l t a em queda da qua l i d ade de imagem pe l o e f e i t o d e " n é voa " r e su l t a n te d o e f e i t o d e d i spe r são de r a d i a ção . ( I s so é e spec i a lmen te ve rdade i r o em á rea s de g rande vo l ume t e c i d ua l , como o abdome e o t ó ra x . ) T rês Razões pa ra a Co l imação nos Qua t ro Lados A lém (1 ) d a r e dução da e xpos i ç ão do pa c i e n te e ( 2 ) d a me lho ra d a qua l i d ade de imagem , uma t e r ce i r a r a zão pa ra e ssa r e g ra g e ra l é a d e que pe l o menos uma co l ima ção v i s í ve l em t o dos o s q ua t r o l a do s é um s i s t ema de ve r i f i ca ção que ga r an te q ue o co r r e rá a máx ima co l ima ção . Se não houve r uma bo rda v i s í ve l d e co l ima ção na r a d i o g ra f i a o u em um ou ma i s l a do s no s e xames f e i t o s n a me sa onde não há co l imado r a u tomá t i co , e n tão não ha ve rá e v i d ênc i a d e que e x i s t e um f e i xe p r imá r i o r e s t r i t o . O bene f í c i o a ma i s em se t e r p e l o menos a l g uma co l ima ção em t o dos o s q ua t r o l a do s , se p o s s í ve l , é a capac i d ade de se ve r i f i ca r o r e su l t a do f i n a l p a ra co r r i g i r a l o ca l i za ção do r a i o c en t r a l . Como desc r i t o a n te r i o rmen te n e s te cap í t u l o , i s so é f e i t o imag i nando um g rande X se e s t e ndendo dos qua t r o can to s d o campo do co l imado r , em cu j o cen t r o s e l o ca l i za o r a i o cen t r a l . Reg ra de co l ima ção : Uma reg ra g e ra l segu i d a ao l o ngo de s te l i v r o i n d i ca q ue a co l ima ção de ve l im i t a r o campo de e xpos i ção apenas à á rea de i n t e re s se , e a s b o rda s de co l ima ção de vem se r v i s í ve i s n o s qua t r o l a do s do f i lme se o t amanho do r e cep to r d e imagem f o r g rande o su f i c i e n te p a ra p e rm i t i r i s so sem " co r t a r " a a na tom ia

e ssenc i a l.

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59 - PR INC íP IOS , TERMINOLOGIA E PROTEÇÃO CONTRA RADIAÇÃO 4 . PROTEÇÃO ESPECíF ICA DE ÁREA A p ro t eção espec í f i ca de á rea é necessá r i a quando um tec i do ou ó rgão rad i ossens í ve l , como a g l ându la t i r eó i de , as mamas e as gônadas , es t ão den t r o ou p róx imo do f e i xe ú t i l . Exemp l os desse t i po de p ro t eção de á rea são as p ro t eções de mama e de gônadas , que podem se r usadas sob re as mamas das mu l he res e nas gônadas de homens e mu lheres em exames como a s é r i e de c o luna para esco l i ose . A á rea ma i s c omum e impo r t an te de p ro teção é a gonada l , usada pa ra p ro t ege r os ó rgãos rep rodu to res c on t ra a r ad i ação quando e les es t i v e rem den t ro ou p róx imos ao f e i x e p r imár i o . Os do i s t i pos ge ra i s de escudos de á reas espec í f i cas s ão os escudos de somb ra e os escudos de con t a t o . Escudos de Sombra Como o p róp r i o nome suge re , os escudos de somb ra são d i spos i t i vos f i xados na cabeça do t ubo ou do co l imado r , co locados en t re o t ubo de ra i os X e o pac i en te , com o ob je t i vo de faze r uma somb ra de p ro t eção sob re á reas espec í f i cas a se rem p ro teg idas . Um desses t i pos de escudo é mos t rado na F ig . 1 . 1 71 , onde o escudo é f i x ado em um braço f l ex íve l que pode se r a j us tado para faze r s omb ra a pa r t i r da s omb ra do co l imador sob re as gônadas ou ou t ras á reas a s e rem p ro t eg i das . Ou t ro t i po ma i s novo e c omum é o mos t rado na F ig . 1 . 172 , onde escudos i nd i v i dua i s de mama e de gônadas são p resos c om ímãs d i r e t amente na pon ta do c o l imado r . E l es podem se r t ambém comb i nados a f i l t r os de compensação fe i t os de c humbo pa ra fo rnecer uma expos i ção ma i s un i fo rme das par tes do c o rpo que não são un i f o rmes , se j a pe l a espessu ra , se ja po r s ua dens i dade , c omo nas r ad i og ra f i as pa ra ava l i ação de esco l i ose nas co l unas to rác i ca e l ombar (F ig . 1 . 173) . Escudos Gonada is de Con ta to Os escudos gonada i s cha tos de c on ta to são ma i s usados em pac i en tes na pos i ção de i tada . Grandes escudos de chumbo cobe r t os c om v i n i l equ i v a len t es a 0 , 5 mm de chumbo co locado ssob re a r eg i ão gonada l em ge ra l podem se r usados pa ra abso rve r a rad iação d i spe rsa e /ou que vaza (F i g . 1 . 174 ) . Esses escudos são ge ra lmen te fe i tos dos mesmos ma te r i a i s de v i n i l impregnados com chumbo usados pa ra aven t a i s de chumbo . Os escudos gonada i s de c on ta t o , que absorvem de 95% a 99% dos r a i os p r imár i os na f a i xa de 50 a 100 kVp , p rec i sam de um mín imo de 1 mm de equ i va l en te de c humbo quando pos i c i onados no campo p r imá r i o de ra i os X . Exemp l os desses ma te r i a i s de chumbo cobe r tos de v i n i l podem se r co r tados em vá r i os fo rmatos pa ra pos i c i onamento d i r e t amente s ob re os ó rgãos r ep rodu t o res , con fo rme mos t rado nas F igs . 1 . 175 e 1 . 176 . Homem Os escudos gonada i s pa ra os homens devem se r pos i c i onados d i s t a lmen te à s í n f i s e púb i ca , cob r i ndo a á rea dos te s t í cu l os e da bo l sa esc ro t a l (F i g . 1 . 175 ) . A ma rgem supe r i o r do escudo deve es t a r na s ín f i s e púb i ca . Os escudos menores devem se r usados em ado les cen tes pequenos e

em c r i anças . E l es são l evemen te p resos na po rção supe r i o r e na po rção ma i s l a rga que o áp i ce , pa ra me l ho r p ro t eger o s t es t í c u los e a bo l sa esc ro ta l sem obscu rece r as es t ru tu ras pé l v i cas e do quadr i l . Mulhe res O pos i c i onamen to dos escudos gonada i s nas mu lhe res pa ra cob r i r a r eg i ão dos ová r i os , t r ompas de Fa lóp i o e ú te ro é um pouco ma i s comp l i cado de se de t e rm ina r . Uma d i r e t r i z ge ra l pa ra mu l he res adu l t as é p ro tege r uma á rea de 11 a 13 cm, p rox ima l ou supe r i o r à s ín f i se púb i c a , e 8 a 9 cm em cada l ado da l i nha méd i a da pe l v e . A bo rda i n f e r i o r do escudo deve es ta r na s í n f i s e púb i c a , ou l i ge i ramen te ac ima , c om a borda super i o r s e es t endendo pouco aba i xo do n í ve l da E lAS (esp i nha i l í aca ân te ro -supe r i o r ) (F i g . 1 . 176 ) . Escudos de ová r i os podem ser usados com d i ve rsos fo rmatos , mas devem semp re se r ma i s l a rgos na po rção supe r i o r pa ra cob r i r a reg ião dos ová r i os e ma i s es t re i tos na po rção i n f e r i o r pa ra cob r i r menos as es t ru tu ras da pe l v e e dos quad r i s . As reg iões p ro teg idas devem se r p ropo rc i ona lmen te meno res nas c r i anças . Po r exemp l o , uma men i na de 1 ano de i dade p rec i sa rá de um escudo de 6 a 7 cm de l a rgu ra po r 5 cm de a l t u ra e c o locado d i re tamen te na r eg i ão s uper i o r da s í n f i s e púb i ca * Os escudos gonada i s , se pos i c i onados co r re t amen te , r eduz i rão a dose gonada l de 50% a 90% se as gônadas es t i v e rem no campo p r i nc i pa l do fe i x e de r a i o s X .

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60 - PR INC ÍP IOS , TERMINOLOGIA E PROTEÇÃO CONTRA RAD IAÇÃO Sumá r i o d a s Reg ra s pa ra P ro te ção de Reg i õe s Espec í f i ca s O u so coe ren te e c o r r e t o d e e scudos de á rea s e spe c í f i ca s é um desa f i o p a ra o t é cn i co / r a d i o l o g i s t a p e l o t empo ga s to a ma i s e p e l o e qu i p amen to n e cessá r i o . En t r e t a n to , a impo r t â n c i a d e se p ro t e ge r ó rgãos r a d i o s sens í ve i s e a s g ônadas de c r i a n ça s e a du l t o s em i d ade r e p rodu t i va con t r a a e xpos i ção de sneces sá r i a à r a d i a ção de ve se r uma mo t i va ção su f i c i e n te p a ra a p rá t i ca con s tan te d e t r ê s r e g ra s p a ra a p re ssão gonada l 1 - De ve se r u sada em t o dos o s p a c i e n te s em i d ade po ten c i a lmen te r e p rodu t i va . Uma po l í t i ca d epa r t amen ta l comum i n c l u i uma re g i ã o de p r o t e ção e spec í f i ca p a ra t o das a s c r i a n ça s e a du l t o s em i d ade r e p rodu t i va . (Uma boa po l í t i ca segu i d a po r mu i t o s d epa r t amen to s é p ro t e ge r a s g ônadas do s pa c i e n te s semp re que po ss í ve l . ) 2 - De ve se r u sada quando a s á rea s sens í ve i s à r a d i a ção e s t i ve rem den t r o o u p ró x ima s (5 cm ) d o f e i xe p r imá r i o , a menos que a p ro t e ção ob scu re ça a i n f o rmação e ssen c i a l a o d i a gnós t i co . 3 . A co l imação de f e i xe p re c i s o e um cu i d adoso po s i c i o namen to d e vem semp re e s ta r p re sen te s j u n to com o u so do e s cudo . A p ro t e ção de á rea e spec í f i ca é impo r t a n te , mas de ve semp re s e r uma med ida de p ro t e ção se cundá r i a e n ão um subs t i t u t o d e uma co l ima ção p re c i sa . 5 . PROTEÇÃO PARA AS GRÁV IDAS As g rá v i d a s e a s p o ten c i a lmen t e g rá v i d a s r e que rem a ten ção e spec i a l p e l a e v i d ênc i a d a sens i b i l i d ade e spec i a l d o emb r i ã o em de senvo l v imen to à r a d i a ção . E ssa p reo cupação é e spe c i a lmen te c r í t i ca d u ran te o s 2 p r ime i r o s me ses de g ra v i d e z , q uando o f e t o é ma i s sen s í ve l à r a d i a ção e a mãe ge ra lmen te a i n da não sabe e s ta r g rá v i d a . No pa ssado , a r e g ra d o s de z d i a s o u UPM (ú l t imo pe r í o do mens t r u a l ) , como de te rm inado pe l a ICRP - I n t e rna t i o na l Co rnm i ss i o n on R ad i a t i o n P ro te c t i o n , f o i u sada pa ra p ro t e ge r a g ra v i d e z po ten c i a lmen te ma i s p re co ce . E ssa r e g ra e s t a be l e ce que t o dos o s e xame s r a d i o l ó g i co s que en vo l vem a pe l ve e o a nda r i n f e r i o r d o abdome devem se r a gendados du ran te o s p r ime i r o s 1 O d i a s a pós o i n í c i o d a mens t r u a ção po rque não ha ve rá con cepção ne sse pe r í o do . E s sa r e g ra r e ce n temen te vem sendo abandonada , como reg i s t r a do em vá r i o s d o cumen to s t a n to p e l a ICRP como pe l o Ame r i can Co l l e ge o f Rad i o l o g y , d e v i d o ao s po ten c i a i s p re j u í zo s no cance l amen to d e p ro ced imen to s e ssenc i a i s e n vo l vendo r a i o s X du ran te e sse pe r í o do d e 10 d i a s . E s tudos mos t r a ram que , se o s e xames d e r a i o s X são c l i n i camen te i n d i cados , e l e s d e vem se r f e i t o s , mesmo nesse pe r í o do . E x ce ções a i s so e s t ã o no s e xames em que há uma a l t a d o se na r e g i ã o pé l v i ca o u p ro ced imen to s d e f l u o ro s cop i a , q ue podem se r a d i a dos po r a l g umas semanas sem que ha j a o comp rome t imen to d a saú de do pa c i e n te . En t r e t a n to , p ô s te re s o u ca r t a ze s (F i g s . 1 . 1 77 e 1 . 1 78 ) d e vem se r f i xa dos na s sa l a s d e e xame e na s sa l a s d e e spe ra , l emb rando a s p a c i e n te s d e a v i sa rem se e s tã o g rá v i d a s Se o s p ro ced imen to s d e r a i o s X f o rem rea l i zados du ran te e sse pe r í o do po ten c i a l d e g ra v i d e z , é impo r t a n te u sa r t o da s a s p rá t i c a s d e p ro t e ção con t r a r a d i a ção j á d e s c r i t a s , e spec i a lmen te uma co l ima ção cu i d adosa . Pa ra a s sab i d amen te g rá v i d a s , o s segu i n t e s e xames r e su l t am em dose s a l t a s p a ra o f e t o o u emb r i ã o e r e que rem a con f i rmação com o méd i co que so l i c i t o u o e xame e o r a d i o l o g i s t a d e q ue o r e f e r i d o e xame e s tá mesmo i n d i cado : Co l u na l omba r - Sa c ro e có c c i x U rog rama venoso (UV )

P ro ced imen to s f l u o ro s cóp i co s ( a bdome ) Pe l ve . F êmu r p ro x ima l e q uad r i l . T omog ra t i a compu tado r i zada 6 . COMB INAÇÕES ÓT IMAS DE F ILME / ÉCRAN DE ALTA VELOC IDADE (NÃO APL ICÁVE IS A IMAGENS D IG ITA IS ) A se x ta p rá t i ca d e p ro t e ção en vo l ve o u so da comb ina ção do f i lme -é c ran de a l t a ve l o c i d ade , o q ue r e duz d ra s t i camen te a d o se ao pa c i e n te . Pa ra t o das a s comb ina ções de f i lme -é c ran , ma i s d e 99% das imagens r a d i o g rá f i ca s r e su l t am da em i s são de l u z p o r uma t e l a i n t e n s i f i ca do ra e me nos de 1 % de r a i o s p r imá r i o s p o r s i só s . A l ém d i s so , a ve l o c i d ade da s t e l a s i n t e n s i f i ca do ra s po s su i g rande e f e i t o n a e xpos i ção ne cessá r i a d o pa c i e n te p a ra r e a l i za r a s r a d i o g ra f i a s . De te rm inados é c ran s de a l t a ve l o c i d ade , p repa rados com t e r r a s r a ra s , em u so comum ho j e em d i a , t êm ve l o c i d ades 4 o u ma i s ve ze s ma io re s d o que a d o s é c ran s u sados ma i s comumen te de ve l o c i d ade 100 ( ve l o c i d ade pa r ) . Po r con segu i n t e , a e xpos i ção do pa c i e n te p ode se r r e duz i d a em um qua r t o o u ma i s . A l g uns f i lmes com uma emu l sã o ma i s e spes sa ou com d i f e re n te s t i n t u ra s q u ím i ca s sã o t ambém ráp i d o s e ma i s sen s í ve i s , a l ém de r e duz i r em a quan t i d ade de e xpos i ção ne ces sá r i a . En t r e t a n to , o u so de t e l a s e f i lme s de a l t a ve l o c i d ade r e su l t a em ma io r p e rda de de f i n i ção ou de p re c i são do s d e ta l h e s da imagem , e o r a d i o l o g i s t a d e ve ba l a n cea r a r e dução da e xpos i ção do pa c i e n te com uma pe rda po ten c i a l d e d e ta l h e s na imagem re su l t a n te . Uma p rá t i ca comum é u sa r t e l a s d e ve l o c i d ade 100 ( d e ta l h e ) ma i s l e n ta s n o s e xames de me sa , como memb ro s supe r i o re s e i n f e r i o re s , q uando a g rade não é u sada e q uando f o r impo r t a n te a r i q ue za de de ta l h e s . É c ran s de ma io r ve l o c i d ade são comumen te u sadas pa ra p a r t e s g randes do co rpo , q uando são ne ces sá r i a s g rades e t é cn i ca s de a l t a e xpo s i ção . Reg ra F i lme / É c ran . O u so da comb ina ção de f i lme / é c ran com a l t a ve l o c i d ade r e su l t a em rad i o g ra f i a s a ce i t á ve i s p a ra d i a gnós t i co . Obse r va ção : O p ro t o co l o o u r o t i n a d epa r t amen ta l g e ra lmen te i n d i ca q ua l a comb i na ção de f i lme -é c ran e ve l o c i d ade de ve se r u sada pa ra cada t i p o d e p ro ced imen to . E s sa não é uma de c i são no rma lmen te f e i t a p e l o t é cn i co / r a d i o l o g i s t a i n d i v i d ua lmen te .

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6 1 - PR INC ÍP IOS , TERMINOLOGIA E PROTEÇÃO CONTRA RAD IAÇÃO 7 . EXPOS iÇÃO M íN IMA DO PAC IENTE ATRAVÉS DE INC IDÊNC IAS SELEC IONADAS E DE FATORES DE EXPOS iÇÃO COM A MENOR DOSE PARA O PAC IENTE A sé t ima e ú l t ima f o rma com a qua l o s t é cn i co s / r a d i o l o g i s t a s p odem reduz i r a e xpos i ção do pa c i e n te como desc r i t o n e s te t e x t o r e que r comp reensão e co n sc i ê n c i a d a quan t i d ade de r a d i a ção que o p a c i e n te r e cebe em cada e xpos i ção . Po r e xemp lo , o s t é cn i co s / r a d i o l o g i s t a s d e vem conhece r o e f e i t o d e d i ve r sa s comb ina ções de e xpo s i çõe s na do se do pa c i e n te . E l e s t ambém devem sabe r a s d i f e re n ças de do se da t i r e ó i d e e d a s mamas em AP compa radas com a s i n c i d ênc i a s d e PA pa ra cabeça , p e s coço e a nda r supe r i o r d o t ó ra x . Da mesma f o rma que a b oa comp reensão da ana tom ia é impo r t a n te n o ap rend i zado da s po s i çõe s , a l g um conhec imen to n a s f a i x as de dose do pac ien te é i g ua lmen te impo r t a n te p a ra cada i n c i d ênc i a o u p ro ced imen to r a d i o g rá f i co .Quando a r e pe t i ção f o r n e ce ssá r i a p o r e r r o d e t é cn i c a ou de Cec i n amen to , a p ro x imadamen te o q uan to d e do se ad i c i o na l e s t á sendo dado ao pa c i e n te? Qua l o e f e i t o d a do sagem quando a kVp aumen ta e o mA s d im i nu i ? Quan to à d o se o va r i a na p ode se r r e duz i d a pa ra ce r t a s i n c i d ênc i a s , como o quad r i l f em in i n o , se o e scudo o va r i a no e s tá a dequadamen te po s i c i o nado? Quan to ma i s d e do se podem o s t e s t í cu l o s r e cebe r em uma a x i o l a t e ra l o u l a t e ra l í n f e ro - supe r i o r d o quad r i l , compa radas com ou t r a s i n c i d ênc i a s l a t e ra i s d e quad r i l ?Pa ra o s t é c n i co s / r a d i o l o g i s t a s r e sponde rem a e s sa s pe rgun ta s , d o se s de amos t r a d o s pa c i e n te s e s t ã o i n c l u í d a s em cada i n c i d ênc i a d e sc r i t a n e s te l i v r o em um pequeno r e t â ngu l o como mos t r a do n o can to supe r i o r d i r e i t o e con fo rme de s c r i t o a ba i xo : CÁLCULOS DE DOSES Dose da Pe le (Cu t ) A dose de en t r a da da pe l e f o i d e te rm inad a u sando -se ce r t o s f a t o re s d e a j u s t e com a d i s t â n c i a f o n te -pe l e e con s i d e ra ções sob re d i s pe r são r e t r ó g rada . A s s im , a e xpos i ção em roen tgen (R ) em i t i d a p e l o t u bo de r a i o s X é con ve r t i d a em un i d ades de ab so r ção de do se s na pe l e med ida s em m i l l i r a d (m rad ) . Dose da L inha Méd ia (LM ) As do ses da l i n ha méd ia são seme lhan te s à s d o se s ó r gão -e spec í f i ca s l o ca l i zadas na r e g i ã o med iana do co rpo . Todas a s d o ses l i s t a das p re sumem uma co l imação p re c i sa d a r e g i ã o de i n t e re sse . Dose Gonada l (Gon ) As do se s gonada i s e s t ã o l i s t a das pa ra h omens (H ) e mu lhe re s (M ) e n ão ado tam nenhuma p ro te ção e spec í f i ca q uando u sadas . E ssa s do se s de vem se r 5 0% a 90% i n f e r i o re s à que l a s l i s t a das se o s e s cudos gonada i s f o rem co r r e t amen te u sados como desc r i t o n a s p ro t e ções gonada i s d e con ta t o n a pág i n a an te r i o r . E ssa s do se s gonada i s são dadas sem que ha j a uma p ro t e ção , p a ra l emb ra r a o t é cn i co / r a d i o l o g i s t a a e x t r ema impo r t â n c i a d a p ro t e ção gonada l semp re que po ss í ve l , q uando a s mesma s e s t i ve rem den t r o o u p ró x imo do campo de e xpos i ção p r imá r i o d e mane i r a q ue t a l p ro t e ção não cub ra a a na tom ia e ssen c i a l . A s d o se s gonada i s p a ra ce r t o s p ro ced imen to s d o s memb ro s supe r i o re s e i n f e r i o re s e p ro ced imen to s n a r e g i ã o da cabeça e d o pe sco ço e s tã o i n d i cadas c om SCD ( sem con t r i b u i ção de te c tá ve l ) . I s so i n d i ca q ue a s med ida s f o ram f e i t a s , mas a con t r i b u i ção pa ra a d o se gonada l f o i i n s i g n i f i ca n te . Doses pa ra T i reó ide e /ou Mamas Ce r t a s i n c i d ênc i a s d a cabeça , p e s coço e t ó ra x i n c l u em uma dose p r imá r i a s i g n i f i ca t i va e / o u de d i spe r são pa ra a g l â ndu l a t i r e ó i d e e / o u mamas , q ue s ão ó rgãos r a d i o ssens í ve i s e q u e de vem , se po s s í ve l , se r p ro t e g i d o s . E s sas do ses subs t i t u i r ã o a s d o se s gonada i s o nde f o r p o ss í ve l , p a ra e n fa t i za r a n e ces s i d ade de se p ro t e ge r e ssa s r e g i õ e s ou de se r e a l i za r i n c i d ênc i a s em PA , em ve z de AP quando po ss í ve l . AMOSTRA DE EXPOS IÇÃO E QUADROS DE ÍCONE DE DOSE AP DA COLUNA LOMBAR T écn icas e Mensu ração (Fa to res de Expos ição ) : cm (17 ) - Med i da de AP l omba r p a ra e s se "mode lo " d e pa c i e n te ( ve r Obse rva ção 1 ) kVp ( 8 0 ou 92 ) - Qu i l o vo l t a gem neces sá r i a p a ra e s se pa c i e n t e mAs ( 1 5 ou 8 ) - mA s ne ce s sá r i o p a ra e s sa kVp e spe c i f i cada Doses do pa c i e n te em m rad @ 80 kVp , 1 5 mA s e @ 92 kVp e 8 mAs : Cu t - LM - Gon Dosagem de en t r a da na pe l e Dose da l i n ha méd ia Doses gonada i s p a ra h omens (H ) e mu lhe re s (M ) com co l imação p re c i sa con fo rme i n d i cado , p o s i c i o nando e scudos gonada i s n ão -e spec í f i co s (A s do ses pa ra t i r e ó i d e e / o u mamas , q uando d i spon í ve i s , d e vem se r sub s t i t u í d a s pe l a s d o se s gonada i s p a ra i n c i d ênc i a s e n vo l vendo a p o r ção supe r i o r d o co rpo , o nde e ssa s d o se s se t o rnam s i g n i f i ca t i va s e a s d o ses gonada i s , i n s i g n i f i ca n te s ) Fa to re s Ad i c i o na i s : DFoF i d e 40 po l e gadas ( 1 00 cm ) Te l a s d e ve l o c i d ade Kodak 100 pa ra p ro ced imen to s n a me sa Te l a s d e ve l o c i d ade Kodak 400 u sadas com g rades G rade Buck y 12 : 1 e g rades po r t á t e i s 6 : 1 Obse rvação 1 : A l g uns do s mode lo s mos t r a dos no t e x t o são meno re s que a méd ia d o s pa c i e n te s a du l t o s , i n d i cando que a kVp ou o mA s d e vem se r ma io re s em pac i e n te s ma i s l a r g o s , o q ue co r r e sponde a d o ses ma io re s . Obse rvação 2 : Os f a t o re s d e e xpos i ção ( kVp e mAs ) l i s t a dos apenas i n d i cam a ba se da s do ses a sso c i a das ao s pa c i e n te s e n ão são f a t o re s t é cn i co s r e comendados pa ra se rem u sados em qua l q ue r d epa r t amen to . Va r i á ve i s como a t e l a e a ve l o c i d ade do f i lme , r a zão da g rade , r e ve l a ção do f i lme , DFoF i , f i l t r o s e e qu i p amen to s de ca l i b r a gem são o s d e te rm inan te s p a ra o s f a t o re s t é cn i co s ne cessá r i o s p a ra e qu i p amen to s e spec í f i co s . Obse r va ção 3 : Todas a s d o ses ca l cu l a das ne s te l i v r o são ba seadas na DFoF i d e 1 me t r o ( 1 00 cm ) o u ce r ca de 40 po l e gadas , d e 6 mR /mAs a 8 0 kVp . E s se é o g e rado r d e t r ê s f a se s com me tade do va l o r d a l âm ina de 3 mm de a l um ín i o a 8 0 kVp .Obse r va ção 4 : As do se s f o ram ca l cu l a das em pa r t e u sa ndo t a be l a s d o Handbook o f Ra d i a t i o n Dose s i n Nuc l e a r Med i c i n e and D iagnos t i c X - r o r , d e James Ke r i a ke s e Ma rv i n Ro sens te i n (CRC P re s s , Boca Ra t on , 1 980 ) . A s do se s e spec í f i ca s p a ra o s ó rgãos f o ram em pa r t e ca l cu l a das com base em um "Compu te r P rog rama f o r T i s sue Dose s i n Rad i o l o g i c D i a gnos t i c (CD 13 ) " d o Cen te r f o r Dev i ce s and R ad i o l o g i ca l Hea l t h , Roc kv i l l e , Ma ry l a d