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8/28/2015 'Booktubers' comentam livros do vestibular em vídeos na internet 04/05/2015 Educação Folha de S.Paulo data:text/html;charset=utf8,%3Cheader%20id%3D%22top%22%20role%3D%22banner%22%20style%3D%22display%3A%20block%3B%20borderbotto… 1/3 SEXTAFEIRA, 28 DE AGOSTO DE 2015 15:50 Login Assine a Folha Atendimento Versão Impressa Opinião Política Mundo Economia Cotidiano Esporte Cultura F5 Classificados Últimas notícias Governo estuda aumentar valor para novo leilão de transmissão de energia Buscar... buscar ranking universitário folha cotidiano educação a distância pósgradu Fabio Teixeira/Folhapress Tatiana Feltrin, 33, pretende fazer vídeos sobre cem obras da literatura brasileira 'Booktubers' comentam livros do vestibular em vídeos na internet CAROLINA DANTAS DE SÃO PAULO 04/05/2015 02h00 Atualizado em 15/05/2015 às 09h00 "Li 'Vidas Secas' só por ler, meio sem vontade. Anos depois, quando assisti a Tati, realmente fiz por interesse", diz o arquiteto Rafael Ribeiro, 22. Ele se refere a Tatiany Leite, dona de um canal no YouTube que comenta uma das exigências do vestibular: os livros. Os chamados "booktubers'' formam um grupo de fãs da literatura que se reúne pela internet. Eles leem pelo menos um livro por semana e comentam online. Entre as obras, estão aquelas de leitura obrigatória nas provas das universidades públicas. "Estou com um desafio de falar sobre cem obras da literatura brasileira. Já levantei os nomes da Fuvest. A cada 15 dias vou comentar sobre uma delas", diz Tatiana Feltrin, 33, dona de um canal criado em 2007 que leva o seu próprio nome. Os vídeos são feitos, quase sempre, na casa de cada um e sem muita educação Compartilhar 4,9 mil Mais opções COMPARTILHE

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8/28/2015 'Booktubers' comentam livros do vestibular em vídeos na internet 04/05/2015 Educação Folha de S.Paulo

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Fabio Teixeira/Folhapress

Tatiana Feltrin, 33, pretende fazer vídeos sobre cem obras da literatura brasileira

'Booktubers' comentam livros dovestibular em vídeos na internetCAROLINA DANTASDE SÃO PAULO

04/05/2015 02h00 Atualizado em 15/05/2015 às 09h00

"Li 'Vidas Secas' só por ler, meio sem vontade. Anos depois, quando assisti aTati, realmente fiz por interesse", diz o arquiteto Rafael Ribeiro, 22. Ele serefere a Tatiany Leite, dona de um canal no YouTube que comenta uma dasexigências do vestibular: os livros.

Os chamados "booktubers'' formam um grupo de fãs da literatura que sereúne pela internet. Eles leem pelo menos um livro por semana e comentamonline. Entre as obras, estão aquelas de leitura obrigatória nas provas dasuniversidades públicas.

"Estou com um desafio de falar sobre cem obras da literatura brasileira. Jálevantei os nomes da Fuvest. A cada 15 dias vou comentar sobre uma delas",diz Tatiana Feltrin, 33, dona de um canal criado em 2007 que leva o seupróprio nome.

Os vídeos são feitos, quase sempre, na casa de cada um e sem muita

educação

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8/28/2015 'Booktubers' comentam livros do vestibular em vídeos na internet 04/05/2015 Educação Folha de S.Paulo

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produção.

Eles não se sustentam com esses canais. O único pagamento vem do "GoogleAdSense", ferramenta que conecta anunciantes com canais de produtores deconteúdo na internet.

Tatiana Feltrin, a mais antiga das "booktubers", recebe perto de U265.93€ (oequivalente a R$ 900) por mês, marca que conseguiu alcançar há apenas umano.

BOM HUMOR

A característica comum à maioria dos "booktubers" é a maneira descontraídacom a qual comentam obras densas da literatura brasileira, como "MemóriasPóstumas de Brás Cubas", de Machado de Assis, exigido para o vestibular daUSP deste ano.

O desafio dos cem livros da literatura brasileira, iniciado por Feltrin, teve 15mil visualizações. Na apresentação, um dos temas foi "O Cortiço", de AluísioAzevedo, também na lista da Fuvest.

Nada perto do recorde da professora, 500 mil cliques no comentário sobre umbestseller que deve passar longe dos vestibulares: "Cinquenta Tons deCinza".

O público que visita as páginas é, em geral, composto por jovens de 14 a 20anos, que ainda aproveitam a seção de comentários do YouTube para pedirconselhos sobre a escolha do curso.

Beto Barata/Folhapress

Mariana Gastal mostra um dos vídeos gravados na sua casa em Brasília

Mariana Gastal, 22, "booktuber" e formada em publicidade e design, fala daprofissão em um dos seus vídeos. "Passei a receber algumas mensagens dejovens que queriam saber sobre os conteúdos que eu estava estudando e comotinha escolhido qual carreira queria seguir", conta à Folha.

Os vídeos, porém, não substituem a leitura completa dos livros, argumenta oprofessor de literatura Nelson Dutra, 60.

"As provas têm exigências muito específicas que precisam ser estudadas comafinco. A análise aprofundada e crítica das obras se torna fundamental paraentender as características de cada autor brasileiro e, claro, passar novestibular", diz.

Os "booktubers" entrevistados afirmam que não fazem críticas literárias ouresenhas. Eles classificam de comentários pessoais e dizem que a intenção éatrair os jovens para a leitura.

"A verdade é que o jeito como esses livros são geralmente apresentados paraos adolescentes durante a escola não gera qualquer tipo de identificação.Dessa maneira, passa a ser algo interessante", diz Rafael Ribeiro.

Ribeiro criou seu próprio canal no YouTube: o Bigode Literário, que já fechouparceria com quatro editoras e recebe passe livre para eventos de autores.

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8/28/2015 'Booktubers' comentam livros do vestibular em vídeos na internet 04/05/2015 Educação Folha de S.Paulo

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Apesar de não substituírem a leitura, o professor Dutra vê valor nos vídeos."Melhor canal de literatura do que canal de besteira, não é?"

Confira a lista dos livros exigidos nos vestibulares.

15/05/2015 09h00 Erramos: 'Booktubers' comentam livros do vestibular em vídeosna internet

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