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PREÇO: 10 CRUZEIROS . 2.076 Novembro de 1958 Ano LIVí \ / Nk

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PREÇO: 10 CRUZEIROS

. N° 2.076 — Novembro de 1958 — Ano LIV í \ / Nk

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APÁGINA

f ****m\ — 3^'iWM |

DA %;ESFINGE

i_i-m}mi_)j___)nui_Ji_iiiiüii__JUi__m_n___nHimiraiBiniHHiiiinmiiiiiiiíí

QUEM TIROU A "LAMBRETA"?

QUAL O

CAMINHO

MAIS

CURTO?

Para ir da ei-dade A à cidadeB, qual o caminhomais curto, atra-vessando o menornúmero possívelde aldeias ?

Um dos bilhetes foi premiado: qual deles ? Veja se você tem serte e dco seu palpite: foi este !

Depois acompanhe o fio até o fim, para ver se, tratando-se mesmo deuma rifa, você seria o vencedor.

QUAIS ASPROFISSÕES?

Procure descobrir as profis-soes dos donos destes cartõesde visita, pois elas estão ocul-tas nos seus próprios nomes.

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__-^_______T^ _______ 1ü_____l _-'t_ _______

0 PRATO QUEBRADO

Você achou um pedaço deprato assim. Como faria, comesta parte achada, para, s^berque diâmetro tinha o prato ?

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OS PRISIONEIROSLIBERTADOS

Eis um bom brinquedo com cor-does. Amarre dois colegas, que chama-remes A e B, pelos pulsos, como estáindicado na figura aqui em cima, fi-cando cruzados os barbantes, note.bem. O jogo, agora, consiste em vocêlhes pedir que se separem um do ou-tro, sem desmanchar os nós, sem re-bentar os cordões, sem cortar cs la-ços que os fazem prisioneiros.

Como poderão eles — e é certo quepodem — conseguir esse resultado .Veja se descobre.

ESFINGE

HAVIA nas proximidades de Te-

bas um monstro, que tinha orosto de mulher e o corpo de leão.chamado Esfinge.

Colocado no caminho de Delfosa Tebas, a esfinge propunha umenigma aos transeuntes e devora-va aqueles que não o decifravam.

O enigma era este: qual o animalque tem quatro pés d« manha, doisao meio dia e três à tarde ?

Edipo decifrou-o, dizendo queesse animal era o homem, que nainfância se arrastava sobre os pése as mãos: no vigor da idade, an-dava sobre Os dois pés e na velhice.Se firmava „ um bastão, que com-pletava os ti Decifrado oenigma, o monstro precipitou-se desobre um rochedo e morreu.

UÇÕ XATAS NA PÁGINA N.° 31

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mo

s y «^^^**4p4

Meus netinhos.

Ei bem possível que alguns de vocês já tenham ouvidofalar, ou lido referências ao "Epitáfio de Archino".

Não se trata de uma pessoa com esse nome. Archino éum monte da ilha de Chipre. Ali, na sepultura de um antigopríncipe, é que foi encontrado o célebre epitáfio, escrito emversos, no idioma grego.

O Vovô lhes fala, hoje, sobre isto, porque lhes quer dara conhecer esses famosos versos. Famosos, sim, e tão belosque causam admiração. O príncipe que os escolheu, paraserem lapidados na sua sepultura, deve ter sido, por certo,um grande soberano, equânime, justo, bom, sábio, reto evirtuoso. Eis, meus netinhos, o epitáfio:

O que pude fazer por bem, nunca o fiz por mal.O que pude alcançar com paz, nunca o tomei com

guerra.O que pude vencer com rogos, nunca o decidi com

ameaças.O que pude emendar em segredo, nunca o castiguei

em público.O que pude conseguir com aviso, nunca o fiz com

castigo.Nunca consenti que minha lingua dissesse mentiras.Nunca permiti a meus ouvidos que escutassem li-

sonjas.Refreei o meu coração, para que não desejasse o

alheio e consegui que se contentasse com o próprio.Velei por conservar os meus amigos e desvelei-me

por não ter inimigos.Não fui pródigo em gastar, nem cobiçoso em receber.Nunca puni uma culpa sem ter antes perdoado

quatro.Do que castiguei tenho pesar; do que perdoei, alegria.Vivi virtuoso como os virtuosos; portanto, descansará

a minha alma com Deus.VOVÔ

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OS FILHOS DO SAPOO

Sapo um dia casou. E teve muitos fihos.Mas continuou com sua vidinha de passeador notur-

no. Ia ao Lago Azul, depois dava umas voltas ao luar pelaLagoa-Grande, subia à Montanha Vermelha para bater um papocom o padrinho Cascudo.A Dona Sapa, coitada, é que cabiam todos os afazeres do-

mestiços.Alguns filhos Já estavam na idade escolar e dai novo tra-

balho para ela: tratar dos livros, dar lições, arrumar os unifor-mes, escovar os sapatos, tudo preparado na hora certa quandoseguiam para a escola.

Os mais crescidos já se mostravam uns peraltas, desobe-dientes. Não queriam estudar. Apanhavam a viola do pai eensaiavam o dedilhar das cordas, os gorjeios para as futurassereatas.

Uns malandrões. Dona Sapa vivia triste, achava que opai deles estava dando mau exemplo porque, em vez de ficarem casa e obrigar os filhos a cumprir os deveres escolares pre-parando livros e cadernos, lições e contas, safa para os passeiosde malandro e de noite levava a viola para serenatas.

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Dona Sapa Já nem sabia para que lado virar. Eram os sa-pinhos pulando para todo o lado em risco de morrerem atrope-lados na estrada, e ao mesmo tempo preparar os uniformes, amerenda, os cadernos, fazer ponta nos lápis, ver onde estava aborracha, tudo era ela que tinha que fazer e providenciar.

Um dia berrou para o Sapo:Quando você estava fazendo serenata lá no Brejo-

Grande, mamãe me preveniu para não namorar tocador deviola.

Papai pagou bom professor de canto para eu cantar e agoraestou aqui presa, ninando o sapinho e a filharada solta aí fa-zendo baderna.

Tomou fôlego e continuou:.Não foi à toa que mamãe correu você com vassouradas,

afastando o cantador de serenata que parecia não dar mesmopara bom marido.

E cerimoniosa:Quem o salvou foi o velho Cascudo.

Ainda na porta, vendo o sapo seguir para as malandragenspela estrada poeirenta gritou:

Vê lá se vai encontrar alguma muçurana para lhe dartom bote e eu ficar viuva.

Mas êle não queria nada com as obrigações de chefe dcfamilia. Era tocador de viola e vivia em passeios pelas lagoas ebrejos, afrontando lugares onde até podia ser devorado por umacobra perigosa.

Dona Sapa, essa, não sabia como havia de ser.Quando não eram os filhos no colégio, eram os menores ar-

tetros mexendo e derrubando tudo.Quando acabavam as aulas, os maiores chegavam em casa

com fome, tudo querendo abocanhar, jogando os livros para olado, em desmazêlo de quem não tem um pai severo.

Quando o padrinho chegava, dona Sapa desabafava emlamúrias:

Bem mamãe me avisou' Cuidado com esse tocador dcviolai

Enxugava o suor do rosto com o avental e continuava:Veja, padrinho ! Esse vagabundo que tanto riu do poeta

que lhe disse que vivia namorando a estrela, fui encontrá-lo,ontem, todo embevecido, olhando aquela rosa-rubra da beira dolago.

Horas e horas parado, olhando para a rosa, como se rosa-rubra fosse dar confiança de olhar para aquele feioso de olhoesbugalhado e boca de gamela.

O TICO-TICO

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Dona Sapa segurou o filhinho e continuou:Quando o encontrei de boca aberta para a rosa-rubra,

ainda por cima riu- de mim, dizendo que não namorava estréia,mas gostava de ficar olhando para a linda flor...

O velho Cascudo da Montanha - Vermelha, tão amigo dafamília, que havia sido o protetor do sapo e acabara padrinhode casamento, agora nem coragem tinha de passar na margemdo Brejo Grande. Se a afilhada choramingava suas mágoas as-sim, quanto mais a velha rã.

Um dia ficou todo envergonhado ouvindo a rã:Foi para aquele malandro, que você veio pedir em ca-

samento minha filha ? Que qualidades tinha êle a não ser an-dar de viola o dia todo?

Também dona Sapa não podia visitar a mãe.Carregada de filhos, cançada, magra, sentia-se acanhada.E na beira da lagoa os filhos do Sapo ensaiavam serenata,

pulavam em cima da folha da Vitoria-Kégia, mexiam com oGirassol.

A flor da lagoa nem sabia mais como defender sua folhalarga e bonita.

Primeiro pensou no tocador de serenata: com certeza o ma-rido fizera-se de atrevido e a Rosa-Rubra lhe dera uma fia-gada...

Mas qual não foi o susto ao ver todos os filhos agrupadosem cima do casco da velha Tartaruga e lá no alto, cc ao numcarro alegórico, o mais velho, tocando cavaquinho e os menorescom galhos de capim chicoteando a Tartaruga que já estavacançada'de servir de cavalo para toda a fllharada do sapo.

Nisto dona Sapa viu que a farra não podia durar muitotempo. Ainda procurou ir em socorro dos filhos peraltas, poréma Tartaruga, farta de tanto servir de saco de pancada, reuniutoda sua força, caminhou mais ligeiro para a beira do barrancoe, rolando para o rio, jogou nágua todos os filhos do Sapo.

A sorte foi que eles sabiam nadar, mas a Cocoroca não es-queceu a promessa e quando os sapinhos, que jogavam pedranela, caíram na lagoa, começou a morder as pernas dêks, fa-zendo-os fugir aos berros e aumentando ainda mais a alga-zarra da bicharada.

SEBASTIÃO FERNANDES

NOVEMBRO — 1958

Os sapinhos estavam na idade em que querem ver tudo peloavesso ou imaginam fazer tudo pelo Inverso.

O Girassol foi avisando:Esse sapinno quer tirar minhas pétalas; eu dou nele 1

Nisto, a Cocoroca que estava na beira da lagoa avisou:Dona Sapa, esses garotos sempre que boto o nariz fora

dágua para respirar, jogam-me pedras.E muito zangada:

Vou avisando que, o primeiro que entrar nágua, dou-lhe uma mordidela.

Dona Sapa não sabia a quem recorrer porque tudo era ver-dade e sabia os filhos que tinha.

Um dia, na ettrada houve um alarido medonho, toda agente berrando, assobiando, zunindo, era vozearia que pa-recia que o mundo ia acabar.

Dona Sapa, sabendo os filhos que tinha, pôs a mão no co*ração e saiu para a estrada a fim de ver se o motivo da alga-zarra era com os filhos dela.

O Gafanhoto, o Bezouro-Dourado, o Caracol, á Aranha-Amarela, o Marimbondo-Vermelho, a Lacraia, a Cigarra — to-dos enchendo a estrada. Bra uma barafunda. E dona Sapa sempoder descobrir o que havia.

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BRASILEIROS NOTÁVEISGENERAL POLIDORO

"C* NTRE os grandes generais do¦*-"/ Exército brasileiro que maiso honraram pelas suas atitudesmorais e pela bravura nos cam-pos de batalha, o nome de Poli-doro da Fonseca Jordão, viscondede Santa Teresa, tem lugar demerecido destaque. E conquistouesse destaque pelas provas quedeu, durante a "longa vida de sol-dado, do mais nobre e puro pa-triotismo.

Nasceu Polidoro a 2 de novem-bro de 1800, no Rio de Janeiro.Assentou praça como cadete a 7de fevereiro de 1824. Serviu comdestemor na guerra dos Farrapos,sob as ordens de Lima e Silva ena guerra com o Paraguai teveatuação notável, como veremosadiante.

APÓS a batalha de Tuiuti, Oso-

rio, seriamente enfermo, so-licitara ao governo um substitu-to. Foi então designado Polidoro,que assumiu o comando do 1.°Corpo brasileiro. Coube a Polido-ro dirigir o ataque de 16 de julhode 1866, com os nossos alialos Mi-tre e Flores contra , a trincheiraparaguaia de Punta Naró, comabsoluto êxito. Novo combate severificou no dia 18, na região doboqueirão. Vencemos, apesar dosiftúmeros sacrifícios: perdemos1.712 homens.

Em 186<f (22 de setembro) ihi-ciaram-se as manobras contra afortificação de Curupaiti. Taman-daré dirigia as operações da es-

quadra. Infelizmente, a sorte nãonos foi favorável nesse encontrocom o inimigo.

O velho general, depois da tre-menda missão que desempenharacom elevado patriotismo e acen-drado amor pela honra do Bra-sil, demitiu-se do comando, se-guindo para o Rio de Janeiro em1 de outubro de 1866. Reaparece

——

no cenário da guerra, ao lado doConde D'Eu, quando este, nomea-do a 29 de março de 1869, substi-tui Caxias no supremo comandodas tropas brasileiras. Era a Cam-panha da Cordilheira.

Polidoro está à frente do 2.°Corpo, cabendo o 1.° ao GeneralOsório. Dentro em pouco o Con-de D'Eu iria travar a batalha dePeripebui. As forças de Polidorotiveram papel excepcional nessabatalha, iniciando a 12 de agosto

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KSSISt NÀO FALHA

FAZ DOS FRACOS FORTES. INFALÍVEL NOSCASOS DE ESGOTAMENTO:

ANEMIADEBILIDADE NERVOSA — INSÔNIAFALTA DE APETITE

E OUTROS SINTOMAS DE FRAQUEZA ORGA-NICA DE CRIANÇAS E ADULTOS.

AMÉRICOPALHA

o assalto à cidadela de Lopez. Avitória bafejou ajs nossas armas.Com o triunfo do Conde D'Eu emCampo Grande, e com a morte deLopez, estava terminada a guer-ra, que durante cinco anos custoutantos sacrificios ao Brasil.

O general Polidoro ainda co-mandou a Escola Militar do

Rio de Janeiro. Era Conselheirode Guerra, Grande do Império,Grã-Cruz da Imperial Ordem deSão Bento de Aviz e dignitáriodas Ordens do Cruzeiro e da Rosa.Possuia as medalhas de méritomilitar da campanha do Para-guai. Por decreto imperial de 2de março de 1871 foi agraciadocom o título de Viconde de SantaTeresa.

Faleceu o grande soldado aos 79anos, no dia 13 de janeiro de1889. Sua vida foi um nobreexemplo de renúncias, de abnega-ção e profundo amor ao Brasil,exemplo demonstrado na paz ena guerra com a mesma galhar-dia e a mesma dignidade.

M I S O F O B I A"Misofobia" é o terror aos ger-

mes, próprio de pessoas qüe ra-ceiam moléstias contagiosas e têmcuidado mórbidos com seu asseio.

umiiimiiiimimiiiiiiiiniiiiiiiiiuiiiiiiiiiiiiiiiuiiiiiii

fwmi^^ãwk^

— Não posso mais! Tem uma da-nada duma pulga aqui!

O TICO-TICO

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O ["Dei-Gratia" (Graças a Deus)[navegava tranqüilamente ao lar-

^^go dos Açores. Uma brisa suaveencrespava as ondas verdes, o sol, altono céu, mergulhava a equipagem emuma espécie de torpor. Súbito, o ga-geino, no seu posto, na gávea, dá o

O NAVIO FANTASMAMas, então, teriam fica-

do sinais de luta, e tudoestava em uma ordemperfeita a bordo do bri-gue. Teria, então, a equi-p a g e m se volatilizado,evaporado, em meio àssuas atividades de rotina?

grito de alarme. A estibordo, a "pou-cas centenas de braças, um estranhonavio vagava ao sabor das ondas, zi-guezagueando como um embriagado.

— Não há ninguém a bordo! '—exclamou o capitão, com o olho co-lado à luneta. — Pelo menos não seavista ninguém!

O imediato não esperou a ordempara fazer descer um bote. Nele seinstalaram o comandante e algunshomens bem armados e dentro depouco estavam a bordo da embarca-ção misteriosa.

Um silêncio de morte os acolheu:nenhum ruido além do tamborilar dasondas no casco e o gemer das cordasdo velame, nas roldanas. E por maisque vasculhem o interior do navio,não encontram o menor sinal de vida.

Essa incrível aventura o capitãoMoo_hause narra às autoridades In-glesas de Gilbraltar, onde seu barcoestá fundeado. E certamente ninguémacreditaria nela se êle não tivessetrazido, a reboque, a embarcação en-contrada perdida, sem tripulação nempassageiros, em alto mar.

Pelas leis navais, quem encontraum navio assim, e o leva a bom pôr-to, tem direito a uma parte do valor*do achado — e o nosso capitão estavatodo feliz. Mas o caso do "Mary-Ce-leste" (o nome do navio achado) es-tava apenas começando.

Cinqüenta ancs mais tarde, em1929, ainda não se tinha chegado auma solução: estava tudo na mesma.

Nenhum elemento novo tinha vin-do esclarecer aquele enigma, que ain-da hoje permanece desafiando todos.

Como explicar a ausência de genteno navio? Abandono? Mas não fal-tava nenhum escaler e, a algumascentenas de milhas da costa, que ho-mem teria sido tão louco para se ati-far ao mar e sair nadando?

Motim a bordo? Loucura coletiva<3ue teria precipitado os marinheirosuns contra os outros até morrer o úl-timo?

Um dia, entanto, um velho mar i-nheiro de cara enrugada e murcha,que dizia ter servido a bordo do "Ma-ry-Celeste", estando num botequimem Liverpool, andou falando demaise dizendo coisas.

— Moorhause mentiu — disse ovelho. — Êle bem que conhecia o co-mandante do "Mary-Celeste", que sechamava Briggs !

E parece que o velho mistério seestava esclarecendo aos poucos. Êleafirmou, de fato, que Moorhause co-nhecia o tal Briggs e tinha mesmocedido a este, que fora abandonadopor seus marujos, três dos dele, queserviam no "Dei-Gratia". Para com-pletar a tripulação Briggs embarca-ra, quase à força, alguns sujeitos demá vida, dos botequins do cais de Li-verpool, fazendo-se ao mar.

Então rebentou o drama a bordo.Os marinheiros improvisados se re-voltaram e lutou-se durante dias.Briggs foi morto, como alguns dos ho-mens de bordo. Nos Açores, ou outrosdesembarcaram e sumiram. Mas ostrês marujos do "Dei-Gratia" tra-tam de pôr» tudo em ordem e se fazemao mar, em busca do seu verdadeirocomandante, que é Moorhause, e cujoitinerário conhecem.

O esperto Moorhause vê, ali, umaoportunidade excelente de receber»um bom prêmio, levando o navio àsautoridades e dizendo tê-lo "achado"perdido no mar. E daí ter surgido omistério do "Mary-Celeste", que in-teressou o mundo todo.

Ninguém pode jurar que o velhoenrugado tenha, também, dito a ver-dade. Um escritor inglês, LaurentKeating, apaixonado por esse miste-rioso caso, não pensa em outra coisasenão em esclarecê-lo.

Mas, terão valor as palavras do ve-lhinho de Liverpool?

Seria aquilo mesmo o que aconte-ceu, a bordo do "Mary-Celeste"?

Quem saberá, jamais, a verdade?Este é um dos grandes mistérios detodos os tempos.

J. C.

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NOVEMBRO — 1958

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No Talmud o nomede Eva é Lilith.

A rainha Vitóriafoi soberana da In-glaterra durante 64anos.

O ano da fundaçãodo Senado brasileiroé o de 1826.

As borboletas, cêr-ea de mela hora de-pois de libertas docasulo* já podem voar.Durante aquele perio-do, deixam-se ficarsecando abrindo e fe-chando as asas lenta-mente.

Lowell foi o astro-nomo que imaginouhaver canais em Mar-te.

Manturna era umadivindade romana quese invocava a fim deque a recem-casadase sentisse bem no do-minio do esposo.

Atlante era um gi-gante, que estava en-carregado de susten-tar o céu sobre osombros.

Foi Napoleão Bona-parte quem mandouconstruir o Arco doTriunfo em Paris.

As plantas absor-vem, do ar, o ácidocarbônico. Essa é arazão pela qual osanimais não morremasfixiados.

A primeira Assem-bléia Constituinte doBrasil foi convocadaa 3 de Junho de 1822.

A violeta é a flornacional da Grécia.

Foi o almiranteBarroso quem teve otitulo de barão deAmazonas.

Os romanos chama-vam de "férias" aosseus dias de festa.

O Brasil aboliu otráfico de negros em1831.

O começo da Re-nascença foi em 1453,quando Constantino-pia foi tomada pelosturcos.

A profissão de"clown", ou de palha-ço, nada tem de de-primente ou desabo-nadora, desde que éuma profissão hones-ta e, até, dificílima deexercer. Não é qual-quer pessoa que con-segue exercê-la comêxito e angariandoprestigio e nomeada.

Entretanto, tem ha-vido palhaços celebresmundialmente!

O primeiro museude História Naturalfoi organizado em Bo-lonha em 1668.

Herodoto foi quemescreveu que o Egitoé uma dádiva do Nilo.

A t£.".'....-a afresco éaquela que é feita sô-bre o estuque das pa-redes ainda úmido.

Mondar, em agri-cultura, é o ato de ar-rançar as ervas dani-nhas da plantação.

No sul do Brasil, aum trecho de rio nãonavegável dá-se o no-me de paraiba.

O idioma turco temo nome de "osmandi".

A Grã Bretanha di-vide-se em 3 partes:Inglaterra. Pais deGales e Escócia.

O nome que os tu-pis davam ao tabacoera "petune"

•Manes eram, entre

os romanos, as almasdos mortos considera-das divindades, e àsquais ofereciam gran-des sacrifícios.

Saga é uma lendaescandinava que tantopode ser heróica, his-tórica ou religiosa.

Leopoldo Miguez,compositor brasileiro,é o autor do Hino daProclamaçSo da Re-pública.

Os porcos atacam cdevoram as cobras.

São Paulino, bispode Nole, foi o inven-tor dos sinos.

A costa brasileiratem 133 portos natu-rais, 47 marítimos e91 íluvio-maritimos.

Os muçulmanos di-zem que a roaa nas-ceu na noite em queMaomé subiu ao céu.

Chama-se "cavalode tiro" o que é utlli-zado para puxar ou"tirar" veículos.

A palavra "tiro",ai, nada tem que vercom arma de fogo.

O dedal foi inven-tado na Holanda cm1864.

•O camelo, em meia

hora, é capaz de be-ber 30 litros de água.

i*0*á*mmm0m*milia-

Os caçadores costu-num colocar marre-cos de madeira, qnedenominam "cha-mas", nos banhados elagoas onde preten-dem caçar, a fim deatrair as aves para oalcance de suas ar-

mm**** V. „S«_>»*»»-^v%t*

A ponte da Concor-dia, em Paris, foiconstruída, em gran-de parte, com as pe-dras da prisão da Bas-tilha.

•A velocidade da luz

é aproximadamente350.000 quilômetrospor segundo.

Chamava-se epitar-chia, na Grécia Anti-ga, um corpo de ca-vaiaria formado decento e vinte e oitohomens, em oito filas.

•O pão sem fermen-

to chama-se ásimo.

Mecopodes é o nomeque se dá às pessoasde pés grandes.

•O Rio São Francis-

co também é chama-do o Rio dos Currais.

Foi Éschilo, o famo-so teatrólogo grego,que morreu com oo crânio esmagadopor uma tartarugaque uma águia dei-xou cair do espaço.

No governo AfonsoPena instituiu-se oserviço militar obri-gatório.

•Graham Bell, o in-

ventor do telefone,era professor de elo-quência na Universi-dade de Boston.

•Castro Alves tinha

o apelido de Cecéu.•

Andersen foi o cria-dor da história marft-vilhosa. E' um clássi-sico da literatura in*fantil.

O santo padroeirodos diplomatas é SãoManuel, festejado a28 de Março.

-

8

O preparo do co*'ro de boi para a f**bricação de sapato*.bolsas, etc., requerlongo e penoso traba*lho.

Não é qualquercouro que se usa p*«*este ou aquele fim.

•O uso do pão dat%.

do século V.«o

O primeiro nome dacidade de Recife f»1Arrecife de Sâo Mi-guel.

•"Mirim" é elemen-

to tupi que significa ,"pequeno".

•A glicerina não *

evapora, o que & ur??raridade entre os *1'quidos.

O rio Nilo tem • • ¦¦6.500 quilômetros aeextensão.

O TICO-TICO

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//^^SAGRADA(Continuação)

APÓS o instituição da Eucaristia, Jesus

se retirou para o Horto das Oliveiras,a fim de orar. Enquanto os apóstolos dor-miam, esteve em união espiritual com oPai, "e veio-lhe um suor como gotas de san- tgue, que corria até o chão".

AO ALCANCE0 E TODOS

" -i^_Sà_______Mhe_. ________'" '¦' m

i i T— '"—""__i ~a4mm%mmmT' ~''"* '* -«i-y-^-.-

_/*^*^__!^^ *^^W ^*^""^^t^-u^^!^1 •<**j^ \ Vt---"-'-^ ^HP^Q

Vieram então os soldados, prendendo-0 elevando-0 para ser submetido a julgamentopelos anciãos do povo, os príncipes dos sacer-dotes e os escribas.

Acusavam-nO de estar sublevando anação.

Escarnecido, humilhado,

ofendido, Jesus foi até sub-

metido a açoites públicos,como se fazia com os pio-res malfeitores.

Obediente, porém, à von-

tade de seu Pai Celestial,Jesus tudo sofria em silên-

cio, oferecendo seus sofri-

mentos em holocausto pelasalvação dos homens, mes-

mo aqueles que eram seus

algozes impiedosos. (Continua)NOVEMBRO — 1958

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Algu mas noções úteis sobre osRAYMUNDO GALVÃO

mineraisTEN.

-_______—

ca, en

mais antigos e primeiros tra-! balhos publicados sobre quími-em latim, fazem referências ao"borax", embora saibamos hoje não

ser a mesma substância que conhe-cemos com esse nome.

Em 1702, Homberg conseguiu pre-parar o ácido bórico, tendo como ponto de partidao borax, dando ao novo produto a denominação de"sal sedativum". Muitos anos depois, graças aos tra-balhos de Lavoisier, o sal sedativum passou a cha-mar-se ácido borácico e, depois, simplesmente, ácidobórico.

O elemento, ainda que em estado mais ou me-nos impuro, só foi conseguido, todavia, em 1808,por Gay-Lussac e Thénard.

O boro não é encontrado livre na natureza, masapresenta-se sob as formas de ácido bórico nos bo-ratos de cálcio e de sódio. Já houve quem comuni-nicasse a existência de ácido bórico na água domar, no solo e num grande número de produtos ve-getais, dentre os quais podemos ditar o nosso co-nhecido cacau.

Segundo.a maneira como é preparado, o boropode apresentar-se nos estados amorfo ou cristali-zado. No primeiro caso, é um pó avermelhado, in-solúvel em todos os líquidos e infusível a todas astemperaturas. O cristalizado ou diamantino, é debrilho quasi metálico e dotado de dureza só compa-rável ao diamante.

Em virtude do alto custo da obtenção, não foipossível, até agora, descobrir-se aplicação para oboro. O mesmo já não se pode dizer de seus compôs-tos, todos muito úteis em diferentes setores da vidahumana, e dentre os quais se destacam, pela suaimportância, o ácido bórico, que é uma combinaçãodo boro com o hidrogênio, e os boratos, que são ossais derivados daquele ácido.

O ácido orto-bórico, ou sim-plesmente áci-do b ó r i c o, éfreqüenteem dissoluçãonas águas decertas emana-ções que ocor-

J.;i rem na provín-7- cia da Toscana,k.*na Itália, bem

como em ai-guns lagos daÁsia.

Os gases, quese evolam ex-pontaneamente

% ou por meio desondas, vão bor-b u 1 h a r naságuas dos "la-

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BORO/ l/À\ - *•í 1 ' lm\\ , \i i I li) \

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Lavoisier

goni" — tanques de ai-venaria construídos naboca dos poços. A se-guir são concentradose evaporados até crista-1 i s a ç ã o. Atualmen-te, porém, grande pro"porção de ácido bóricoconsumido em todo omundo, já não provémda Toscana, mas dosdepósitos de borato de cálcio existentes na Califór-nia e na América do Sul.

Antisséptico suave, não irritante, e dotado deregular poder desinfetante, o ácido bórico vem sen-do usado em solução aquosas, em pó, pomadas, co-lírios e um sem número de outras formas farmacêu-ticas. Internamente, já foi tentado no tratamentode algumas enfermidades infecciosas, podendo, noentanto, ocasionar graves intoxicações. Industrial-mente, é usado na fabricação de vidros cujo coefi-ciente de dilatação deva ser bastante alto e, tam-bém, na preparação de esmaltes.

Sendo um excelente agente conservador dosalimentos, especialmente do leite, manteiga, quei-jos e carne, a ingestação de tais alimentos, toda-via, tem dado origem a intoxicações crônicas, ra-zão porque o seu uso tem sido abolido, por lei, emquasi todos os países.

Dos boratos, o mais importante, sem dúvida, éo de sódio, também conhecido como borax ou tin-cal. Como o ácido bórico, é também usado comoantisséptico, notadamen-te nas afecções da boca enasofaringe.

Na química analítica, oborax é a todo instantesolicitado, nos chamadosexames de pérola, quando,por meio de colorações ca-racterísticas, se faz o en-saio de diferentes subs-tâncias.

Industrialmente, é infi-nito o número de utilida-des do borax, podendo-secitar, entre outras, a fa-bricação de vidros ópti-cos, o assetinamento dopapel, a rigidez que em-presta ao pavio das velas,etc. etc.

O TICO-TICO

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AQUIESTÀOALGUNS PECOhENTRE OS ANIMAIS K<v^Vi^

vôo **saa ove cujoW'^^mteecso;e;so

___ faot-^

ü record de salto em altujto pertence ao gafanhoto,

a.ue pula, sem dificuldade,uma distância igual a cem ve-

zes seu tamanho. Quanto aoanimal cujo coração bate maisdepressa, é a libélula, com 118

palpitações por minuto.

«£OT5* _U>*1 íTé o°oves-

&__ *

\I

/

A serpente mais rápidaa grande Mamba negra dorÁfrica, réptil venenoso que'se desloca por entre o mate

30 quilômetros horáriosem média. Quanto ao galo,é detentor do record de ra-pidez no ataque, com seusesporões.

,___ /^_S__i|^__P7"SC

_| __V—^V/-^^ |^ O animalxJ^^' cuja invés-

tida é mais vio-lenta, dado o seu tama-'nho, é o espadarte. Lançado a 100 quilômetros

por hora, é capaz de atravessar uma táboa de34 milímetros.

liNOVEMBRO 1958

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\ Jâ*ma\\K\\\*\ aiaaaaaiaaiaapaaaB _____^ ,.- _

**+. .-.^J-J- . .- ^_T. •¦- ¦ _

- ---;-; || i ;

- — -

- - ,

(CONTINUAÇÃO)

Poro completar o alegria, apareceu,

em pessoa, um belo e robusta cheque, o "ao

portador", porque ninguém acertou a es-

cravar o nome do vencedor, porque êle es-

tava gago do emoção.

Vendo aquela "gaita" toda, o gulosoSesóstris, vulgo Gafanhoto, começou logo

o pensar nas muitas coisas que compraria,

e das quais achava que estava muita ne-

cessitado...

Em seguida, entregaram, com toda a

pompa, o 1." Prêmio.

Ai, que riqueza! A taça "Julcs

Rimet", que o Belini trouxe, era um copi-

nho, ao lado do tação que eles ganha-

ram !

Mistura, de contente, até fumava dois

charutos de uma vez. E Gafanhoto foi

para dentro da taça, para sair melhor na

fotografia.

Estava tudo muita bem, quando escuto-

ram um ruido estranho... Algo que desmo

ronova, que se desmanchava, que se "des-

milinguia"... Forom ver o que era, cor-

rendo... - ¦

I (*¦*•/ V>*' .^ Mbm

^t^zSammmm^^^^mm****^ ~* "¦ f \»J M^ " C: \L ^Mf^^g* ' ffr^l^^V Á

12

... e quase choraram: era o corro von-

cedor que, não agüentando mais, aca-

bava de se desfazer, virando pirâmide de

ferro velho...

Em tado caso, era um fim nobre. Dot-

montava-to depois de brilhante vitorio,

imitando aquele celebro corredor do Mara-

tona, que chegou, deu o recado e colu da

papo para o ar, mortinho de fazer

peno ...

E agora ?

O TICO-TICO

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' j** *\ w2r===~~~~Z 1

Agora, estão aqui os dois o pensar no

meio de transporte que usarão para a

volta. Avião? Trem? Helicóptero? Lambre-

ta ? Cavalo ? Coleante ?

Ora, quando o gente está com o di-

nheiro no úolso, tudo é fácil... O maio es-

colhido foi uma bela casa-rolante, com

cortinas na janela... E na bela manhã

cheia de sol os deis felizardos sairom, le-

vados por um motorista diplomado, pela

estrada sem pó e sem cascavéis...

Assim acabou a aventura dos nossos

amigos. Se vocês, agora, quiserem encon-

tror os dois — ou um só, também, queren-

do... — é só ir ali assim, a Copacabana.

Lá estão eles, ocupados, ocupadíssimos,

cada qual na sua tarefa predileta, gozan-

do o "checão" recebido de prêmio.

Também, depois de tamanhas peripé-

cias, é justo que repousem um pouco, não

é verdade ?

Até que, algum dia, o Braga se lembre

deles outro vez ...

__.ll ¦¦¦_¦,-_,,— ¦¦-_ I- ¦ '¦ —¦

.x^pgksg^. PtMNOVEMBRO — 19P8 13

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DIAMANTES FA%*fl**ff--*-%*r%r,\-r**W**U,*W,SJ,\d^ •^V%iV--Ar1VVV^*'»-rV>---^tV->r^^

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9 10

PI ARECE que a primeira vez que a pala-

j vra "diamante" se aplicou diretamen-te à pedra que ainda com ela se designa,ocorreu em uma obra de Manilius, no ano16 da era cristã.

Por ordem crescente de peso, os diaman-tes mais famosos do mundo são: — o "Fio-rentino", ou "Grão-Duque da Toscana", de133 quilates; o "Regente", ou "Pitt", de 137;o "Kohinoor, achado com 186 quilates, masque ficou com 106 depois de cortado e lapi-dado; o "Orloff", com 194; e o "Cruzeiro doSul", brasileiro, com 254, antes do corte eda lapidação, e com 125 depois disso.

Em 1953, foram extraídas três e meiatoneladas de diamantes, e nada menos de97% desse total procedeu da África. O res-tante foi produzido pelo Brasil, Venezuelae Guiana Inglesa.

Os diamantes se dividem em duas ca-tegorias: os industriais e os que, depois delapidados, se transformam em brilhantes, esão utilisados na joalheria. As pedras de

14

11

Aqui estão, "em tamanho natural" alguns dosmais célebres diamantes do mundo. 1 — "Nassack".

2 — "Kohinoor" ou "montanha da luz". 3 — "Hope",

que tem fama de maléfico. 4 — "Regente". 5 — "Es-trêla Polar". 6 — "Cruzeiro do Sul" (brasileiro). 7 —"Dresden". 8 — "Pachá do Egito". 9 — "Stewart".10 — Grão Mogol". 11 — "Orloff". 12 — "Duque deToscana", ou "Florentino".

a

primeira categoria apresentam inclusões ou defeitos emsua côr, que as tornam impróprias para o uso ornamental.

Os diamantes industriais são usados para muitas fi-nalidades, estando entre os mais abundantes e os menosdispendiosos desse tipo os "boart", procedentes do CongoBelga. Em sua maioria, são eles reduzidos a pó, para po-limento de superfícies.

Os diamantes também são usados para máquinas deesmerilhar, brocas e cabeças de broca para a indústria damineração. Também são usados em ferramentas para gra-var e marcar. Outro uso importante dos diamantes é namanufatura de fieiras para estirar fios.

O TICO-TICO

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BandeiraDESDOBRA-TE

altoneira sobre nós,Bandeira do Brasil!

E enquanto a nossa vozem cânticos se eleva, em doce culto,doce oferta do amor, ergue teu vulto,impera, majestosa, sobre nós,altiva, sobranceira

Bandeiras e n h o r i I,

do Brasil!

Aos zéfiros da tarde tremulante,ao sol que estua e arde,farfalha rutilante ¦ mSe teus filhos cobriram-te de gloria,

honraram-te na História,

eleva-te galharda e triunfa n t e!

Impera, sobranceira e senhor il,

Bandeira do Brasil!

BALTAZAR GODÓI MOREIRA

APRENDA

O figado é o grandearmazém de vitaminaA do corpo humano.Cerca de 95% do axe-roftol (nome químicoda vitamina A) contidono organismo é arma-zenado no figado, sendodaí transportado pelosangue aos vários ór-gãos onde desempenhafunções características:a proteção aos epité-lios (pele e mucosas),a promoção do cresci-mento, a formação darodopsina, substânciaresponsável pela adap-tação rápida dos olhosaos ambientes escuros,etc.

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— Uái! Socorro ! !

TOSSE ? C0DE1N0L

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NUNCAFALHA

PREFERIDO PELAS CRIANÇAS POR SERDE GOSTO AGRADÁVEL.PREFERIDOS PELOS MÉDICOS POR SER OREMÉDIO QUE ALIVIA, ACALMA E CURA.

Infalível contra resfriados, asma e bronqulte.

TROCO MIÚDOA primeira iluminação a gás

em Londres foi em 1814.*

A Sonata Patética de Beetho-ven data de 1799.

*O pirata Duclerc, que esteve

no Rio de Janeiro, morreu as-sassinado.

*A polka foi introduzida no

Brasil em 1845.*

O sol possui 109 vezes o dià-metro da Terra.

*Os seres humanos respiram

cerca de 18 vezes por minuto.*

D. Pedro I faleceu em 24 desetembro de 1834, às 14,30 ho-ras.

*As últimas palavras de Casi-

miro de Abreu foram: "Pois amorte e só isso"?

*A rainha Vitória foi soberana

da Inglaterra durante 64 anos.*

A còr da casca do ovo nadatem com a sua qualidade, comomuita gente pensa.

*Na exportação de couros o

Brasil é o segundo país domundo.

*Veto, palavra de origem lati-

na, quer dizer: proíbo.*

Centurião era o oficial romã-no que comandí.va 100 homens.

*A frase "Ou o Brasil acaba

com a sauva ou a sauva acabacom o Brasil" é de Augusto deSaint Hilaire

H^^lí?»"_d__j

CABELOS

BRANCOS

QUEDADOS

CABELOS

JUVENTUDEALEXANDRE

NOVEMBRO — 1958 15

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BACIAS HIDROGRÁFICAS < l^\^^^L)7/ \ 1I AMAZONAS \ F^^r-Sv _£_____.? / IIII NOROESTE ±>f J^a^kyy I

III S. FRANCISCO L^ \S\ ~~~ 1—~—¦—____.

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DO BRASILNA

AMERICA DO SUL

fOs mapas que aau* j^Hcamos oferecem aos

leitores 5 aspectos ^°Sá^: Su& situação no con-tinente, sua divisão P°:L£/ Su»s bacias hidrográfi-cas, a divisão em re#°:u* a distribuição geográ-fica da hora-legal em 3* lemtóráo.

(O TICO-TICOO TICO-TICO

ly«mbro de J958).

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OISTWÊUIÇW

FUSOS

RELAÇÃO

NOVEMBRO 1958

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18 O TICO-TICO

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_ __PERGUNTANDO E'QUE SE APRENDE..TJA coisas simples que a gente^ ¦*" pensa que sabe mas, na ver-dade, ignora. Lá vem o dia em quealguém nos faz uma pergunta enos deixa atrapalhados... Aquiestão algumas indagações dessaespécie, capazes de encabularqualquer um.

— A cobra tem a cauda muitolonga?

— O palácio do Louvre temesse nome em honra doseu arquiteto?

— Foi Guido D'Arezzo quemdeu o nome a todas as no-tas musicais?

— O intestino é mais longo norecém-nascido que no adul-to?

— Os abissínios pertencem àraça negra?

— A milha terrestre é igual àmilha marítima?

— Cirano de Bergerac existiurealmente?

— O sinal da cruz, quando apessoa se benze, feito datesta ao peito e nos om-bros, foi instituído por Jc-sús Cristo?

9 — A temperatura do corpohumano é a mesma quan-do se dorme e se está açor-dado?

10 — Existe alguma língua emque não se use a letra P?

RESPOSTAS:•aq.jç BnSuji _ 3. uijs

oanod um BxjBq i.-rn-jodmo; o 'auuop as opuenQ oçuBJS3} eu s.uod. zru. _

uibjzbj sogjsrjD so-t.8un.-d -o IIIA ojna^s °P -íl-Bd b opesn 3 og_i•zueu apu.-S um 'a;uau-i.a_ 'aqui; a •ojJBUipjOB.rç

-xa unq.-pBds. um Bjg S.9I B 6191 8P 'b-ubjj bu naATA uns'ZS8 ' l BUli;jJBUl B 3 S0_}3U1 609 I -P-W -0U3U1 9 ob_i

'BjnDsa c.mui ajad b uiequaj anb uiaqas 'BouBjq b5b,i b uiaoua^jad 'sopdiíia so a saqBjç so ouioo obm

•siBu^saiui sao5_ajuj ap jaaaopB uia apspqpBj sibuiuiaj B.UBU3 . ossi _od a sb;ioa ap oaaumu joibui Bjuasaadv U.S

auiou opdçjd op BqBjts Bjpun-id Bp B-opuBAijap(IIAX oinDas) moa fl O JOd „op„ epeuuuou.p toj \,%n„ spum-.qa 'ozzajy.a °P!nO 3P I- .sntu bibosb Bp bjou Bjputud y '0§_i

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NOVEMBRO — 1958 •

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P/fbcA, \A*eusc4fí. I ^Xpwuiíoepofs txs IHEUFMO BIRIBA f < .JS^-&4tfM;'*'£**

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SO AGORA E'QJEt1ELEMBMQUEsWH /908 DEIXEI HEURLMO S/&BA NO (BUfelO.'QUE OMATEI&'ÉLE?

V/ff RETIRAS O MEMNÔBlRtBA , j-FILHO DO aWMMBOWNr~^in^rAfA/AAU^^£.

ÊÊÍ ma\\mnÊkl*kZ iXATwV \\\\\ mWrs m M * Am\m\\\*\\m\\

^ VAI, PIPOCA ? E RAPAI MXIHSOWtí?HA 'SO AòtélS QUE mbÀ

J>VBJOÁ"* yáFtfi^^^^^'^mPAIZINHO, Aqui ESTA'O) &RIHEUA&Aseu bimba!,* T {of^SP^i.———^ a*Ao^ rwyc^s.

^x JB 7jW520 O TICO-TICO

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RIO GRANDE DO NORTEESCALA 1:2.500.000

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à.Areia Branca

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MossoróJ * *- <

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PortalegreMartins Pàtti,

Pau dos Ferros*

Alexandria

Augusto. Severo

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Angicos <

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Pedro Avelino

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3aixa Verde

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Sn.V•Currais Novos

Caico Acaru

faipu CearaMirim

}São Paulo do Potengi/** ""V

A2fjS*y * Macalba

São Tome

São José de Miplbu •]Santa Cruz

Goianlnl**>- S.Antônio

Pedro velr

.NATAL

?Nlsla Floresta1

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—^t«kJardim do Seridô .«£>

PwJroVWhoA. v«^ ^«» — -»-. ^ /^ -»mmm ^ Nova Cruz _»*^^Canguaretama

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<P oA BORBOlff^*

V.--'

Ks I Organizado e desenhado por Eduardo Canabrava Barreiros*¦* 1"» ¦ -»¦¦¦-»-»¦¦ ¦¦¦¦¦¦! ¦ I- . I , . . II.

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Q/ffeo^BRASILRIO GRANDE DO NORTELIMITES — Ao norte e leste, o Oceano Atlântico; ao sul, o Estado da Paraíba; a

oeste, o Ceará.SUPERFÍCIE — 5».069 Km*.POPULAÇÃO — 1.078.000 habitantes.ASPECTO — Plano ao norte e leste, com o litoral baixo, arenoso, pouco aciden-

tado, tem elevações a oeste (chapada do Apodi) e ao sul — (serras Luís Gomes a pontada Borborema).

CLIMA — Quente e seco, na parte plana; ameno, na parte elevada.

RIOS — Quase todos intermitentes. O principal, o Piranhas ou Açu com os seusafluentes Seridó e Salgado; o Apodi, que recebe o Upanema; o Ceará-Mirim; o Potengiou rio Grande do Norte; o Trairi.

LAGOAS — As mais importantes: Apodi, Piató e Papari.

PRODUÇÃO — Da agro-pecuária: algodão, farinha, açúcar, aguardente, álcool;gado, queijos, manteiga, couros, peles; da indústria extrativa: cera de carnaúba; peixe;sal; gêsso, amianto, chelita.

CAPITAL — Natal, com 130.000 habitantes, à margem direita do Potengi, com pôr-to para navegação costeira; bom comércio; bons logradouros e praias.

CIDADES PRINCIPAIS — Mossoró, comercial, tal como Areia Branca, e Macau, comgrandes salinas; Caicó, à margem esquerda do rio Seridó; na rodovia central do Estado:Parelhas e Currais Novos, no "Seridó" e Açu; na E. F. Sampaio Correia: Ceará-Mirim,indústria canavieira; no ramal férreo de Nova Cruz: S. José de Mipibu, fábricas deaguardente; Pedro Velho, centrt» de lavoura; Nova Cruz, farinha; Canguaretama, sali-nas; — Santo Antônio, com lavouras; Pau dos Ferros, no alto Apodi; e Martins, afama-da pelo seu clima excelente.

TRANSPORTES — Diversas linhas férreas. Boas rodovias. Navegação costeira comportos em Natal, Macau e Areia Branca. A aviação serve a capital e outras cidades doEstado (transporte de passageiros, correio e carga).

(MAPA NA PAGINA ANTERIOR)

{mm* Símbolo de Qualidade

22 O TICO-TICO

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I^H---í-2S_________52__5í_l-__7_^^

PROVÉRBIOS ALEMÃES

Quem entra no moinho, dele sai enfarinhado.

Se tens medo dos pardais é melhor não semeares.

Mesa muito farta, testamento minguado.

Os que voltam da guerra, não viram a batalha.

O diabo só leva o que lhe é dado.

A margarida é bela porque não sabe disso.

Até um fio de cabelo tem a sua sombra.

Devemos temer até a cólera de uma pomba.Mais vale gastar os sapatos, que os lençóis.

i¦í52-___«_5_SH__K5___5___-____-^

O LADRÃO ERA ESPERTO

v^2Í>^^_0_ w— Miau ... Miau ...

< ESCOLAR."Mfll

RpA^II " Álbum fartamente ilustrado, focalizando homens e fatos de

PIL U QKAJIL nossa Pátria. Resumo dos principais eventos históricos, do Des-cobrimento até os dias atuais. 10.* Edição — PREÇO: CR* 20,00."PDIMFIDAÇ IFTDAV Cartllha Para principiante, com 300 desenha, método

r rv.Pll.lr.MJ LLIKMJ altamente prático e educativo para ensinar a lêr.21.» Edição — PREÇO: CR$ 1_ ,00.

Rudimentos de aritmética ministrados por meiode figuras, com as tabuadas das quatro opera-PREÇO: CRS: 5,00.

"PRIMEIROS CÁLCULOS"ções fundamentais. — 5.» Edição

ATENDEMOS PEDIDOS A PARTIR DE CRJ 30,00Pedidos pelo Reembolso Postal, à S./A. "O MALHO"

Rua Afonso Cavalcanti, 33 — RIO DE JANEIRO —

NOVEMBRO lyõ8

BIBLIOTECADE

ARTE DE BORDAR

ESTAS são as edições, á ven-

da, dos lindos álbuns daexcelente BIBLIOTECADE "ARTE BORDAR", querepresenta um tesouro para asdonas de casa:

O Lar, a Mulher e a criança.Primeira Comunhão.Vestido de Noivas.A Lingerie.Blusas Bordadas.Cama e Mesa N.° 283.Enxoval do Bebê.Figurino Infantil.Guia das Noivas N.° 284.Lençóis Artísticos N.° 285.O Lar, a Mulher e a Criança.Riscos para Bordar N.° 277.Roupinhas do Nênê.Toalhas Artísticas.O Ponto de Sombra.O Ponto de Cruz N.° 2.Novo Ponto de Cruz.Bichinhos Bordados N.° 6.Monogramas Artís-ticos N.° 9.Copa e Cozinha N.° 10.Decoração, Arranjos e útili-dades para o lar.Álbum de Crochê N.° 2.Colchas Modernas.

Pedidos pelo Reembolso Pos-tal à editora: S. A. O MALHORua Afonso Cavalcanti, 33.Rio.

23

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* MRÂ VOCÊ COLAR NO SEU ÁLBUM ESCOLAR

NOÇÕES DE BOTÂNICA¦Prof. ANY BELLAGAMBA

(Continuação)

3 — PARTES PRINCIPAIS DO VEGETAL:

CAULE — ia parte da planta que sustenta as folhas, flores e -ratos.

Cresce geralmente para cima, na posição vertical, e soa principalíuncão é conduzir a seiva, o alimento da planta, lavando a selva bruta

da raiz para as folhas e a seiva elaborada das folhas para todas as «atraspartes do vegetal.

Os caules podem ser: aéreos e subterrâneos.AÉREOS — são os caules de quasi todos ou vegetais; exemplo: man-

gueira, roseira, etc...SUBTERRÂNEOS — são os que crescem debaixo da terra e se desen-

volvem cemo as raizes; exemplos: (rama, samambaia, batata, etc...^¦¦¦m ____________________________________

TIPOS BE CAULES AÉREOS:

TRONCO — Caule duro, resistente, lenhoso, suportando muitos galhose ramos. Ê o caule das árvores em geral. Exemplos: mangueira, Jabotica-beira, abacateiro, etc...

ESTIPE OU ESPIQUE — caule cilíndrico, não tendo galhos nem ramos,possuído folhas muito desenvolvidas e que saem de soa extremidade, comopor exemplo: a bananeira, o coqueiro, as palmeiras, etc...

HASTE — caule mole, flexível, verde, delicado, como: margarida, cn-velro, eouve, etc...

COLMO — o caule é liso e tem, de espaço a espaço, um nó, como sevê na cana de açúcar, no bambu, etc...

TIPOS DE CAULE SUBTERRÂNEOS:

RISOMA <r- cresce em sentido horizontal; exemplos: grama, samam-baia.

TUBÉRCULOS — são caules onde se encontram reservas nutritivas,como por exemplo: batata, mandioca, inhame, etc.

BOLBO — é o caule apresentado pela cebola,* pelo alho, pela palmade Santa Rita, pela açucena,

Existem plantas de caule rastejante, rasteiro, como o da abóbora, dabatata doce, melão, melancia, etc... que não se afastam do chio, sobreêle crescendo e se desenvolvendo em xig-zagues.

Existem também as plantas de caules trepadores, qne nio podendo,sozinhos, crescer em posição vertical, apoiam-se em outros vegetais ou emsuportes especiais, como por exemplo: a videira, o chuchuzeiro, o feijoeiro,jasmineiro, etc... Existem ainda plantas que não têm caule: são as chama-das "acauies", «orno a alface, chicória, serralha; as folhas e flores saemdiretamente da raiz, ao nivel do solo.

(Continua)

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PRINCIPAIS PARTES DO VEGETALCAULE

TIPOS DE CAULES AÉREOS

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TIPOS DE CAULES SUBTERRÂNEOS

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CAULE TREPADOR

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ABANDEIRAO ÔAM clarins. Alvorada.?-* Iça-se ao mastro a bandeiraEi-la: ao vento desf aldada,fulgura à luz, al4;^ neira.

Ela a Pátria simboliza— riqueza, glória, esperança —Pendão verde-ouro "que a brisado Brasil beija e balança"

Para amá-la e defendê-lacada um de nós valha mil.Há o Brasil em cada estréia,sendo, juntas* o Brasil.

ês, ó Pátria brasileira,nossa deusa tutelar;e esta imácula bandeiraé a toalha do teu altar.

Olhando-a, o peito se sentevibrar pleno de emoção,qual se a Pátria, de repente,nos enchesse o coração.

Ê poesia. Em metro e rimaj\as suas cores se encerraõ poema em que se sublimao esplendor de nossa terra:

No azul o céu se retrata,no ouro a opuléncla das minas;é o verde a pompa da mata,dos planaltos, das campinas.

Seja esperança e lembrançao aurlverde pavilhão.Proteja o berço da criançae cubra o esquiíe do ancião.

E quando no ar, no mar, em terra,soar o guerreiro clangor,ei-la, — bandeira de guerra —inflamando o pátrio amor.

Mesmo a trapos reduzida,pelos embates mortais,jamais baixada ou vencidaseja na liça ! Jamais !

Hino e Bandeira — doadoresdos mesmos divinos dons:Bandeira — um hino de coresHino — bandeira de sons !

BASTOS TIGRENOVEMBRO — 1958

APRENDA A DESENHAR

A Bandeira NacionalO

desenho da bandeira nacional não é tarefa que qualquer um exe-cute à vontade, ao sabor do seu capricho. Há regras fixas, medi-

das precisas e exatas que têm de ser observadas. Os idealizadores dosímbolo pátrio assentaram seu trabalho em bases cientificas, e essasbases não sendo obedecidas, o desenho poderá parecer a nossa ban-deira, mais não será ela.

Aqui estão os princípios a que se deve obedecer:

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CJHKfcvS-^^ /\/ y<A\ ^ESCOfitUfoCttKEWODoát ><< X^NGüWAOSTBAL

N8«»«AD00nANTE

. No desenho, o m não quer dizer "metro", e, sim, módulo (medi-da). Ê um segmento de reta, que se toma à vontade, de acordo com otamanho da bandeira a fazer. Escolhida, então, essa medida m, a ai-tura da bandeira será 8 vezes m; a largura 11 vezes m; raio do circulo,2 vezes m; etc. As indicações que se vêem no desenho dispensam qual-quer outra explicação. Uma observação é, entretanto, indispensável:as duas faces da bandeira são exatamente iguais. Olhando-se paraqualquer delas, não se vê nenhuma diferença: o Escorpião fica sempreà direita: Prócion, Sirius e Canopus, à esquerda. Não estará certo,pois, fazer-se uma das faces como se fosse o avesso da outra.

25

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M^&i^d&4> ^AAgà=r^s^^JtmM^Bmt

l?0 C3^OT£)A

Felizarda estava limpando um peixe enorme para o jantar

quando as crianças voltaram da escola, entrondo em casa com

grande ruido. A Marilda foi a primeira a ver o peixe:Chi! Vejam só que peixe enorme! — exclomou. — Porece

até aquele que engoliu o diamante da princesa .. .Bobagens ! — fez o Jorginho com ares de sabichão. — Você

não vê logo que é uma piranha ?Cruz, credo. Ave Mario ! — e a preto se benzeu. — Como é

que nhôzinho pode dizer uma coisa destas ? Não vê logo que pira-nha não se come ?

O Jorginho encabulou. Tinha lido alguma coisa sobre as pira-nhos rro seu livro de leitura e quisera mostrar sabedoria. Sem jeito,tentou escapulir pela porta da cozinha, mas a preto o chamou.

Quando Deus, fez a piranha — começou ela—percebeu quetinha feito seus dentes grandes demais; mas já era tarde para mudar

o que estava feito. Então, para que ela não fizesse despropósitos com

seus dentes grandes e afiados, proibiu-lhe comer outra coisa quenão fosse limo, cascas, raizes e restos de comida. Ela não poderia to-

car em carne nem em qualquer coisa vermelha, pois era pecado. A

piranha prometeu obedecer. Mas o diabo, que andava pelo rio a des-

fazer a obra de Deus, disse às piranhas: .."Vocês são bobas em obedecer ! Essa história de comer ca-

pim é porá cabrito ! Vocês devem é comer carne saborosa !

A carne é tão gostosa que, uma vez provada, nunca móis se temvontade de comer outra coisa!"

Assim disse o diabo — continuou a preta — e as piranhas fo-ram na conversa dele, encontraram carne, comeram e gostaram.

"Ahn! Deus nos engonou! — disseram as piranhas. — Açor-ne é gostosa como que! Pois, de hoje em diante, não comeremos ou-tra coisa senão carne!"

A Felizarda interrompeu a narrativa por uns momentos parabuscar o pilão, depois voltou e continuou:

E com tanta raiva elas ficaram, que não só comem carne com

grande apetite, como devoram furiosamente qualquer coisa vermelha

que encontrem na sua frente ...E' isso mesmo — interrompeu o Jorginho — eu li no livro que

as piranhas são tão atraídas pela côr vermelha que se deixam até pes-car por um pedaço de pano vermelho amarrado a uma corda !

E com isso são castigadas pela sua desobediência a Deus,

pois encontram a morte onde pensavam encontrar uma guloseima.

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26 O TICO-TICO

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TICOHISTÓRIA EMQUADRINHOS

JORNALECO QUE NAODA O TECO NEM UM TICO

ARTIGODE FUNDO

Não tem artigo de fundo porqut'aqui não se admitem "funduras".

PESSOA DESAPARECIDAEsteve em nossa Redação o sr. José

Macaco, que nos deixou o retratoabaixo, pedindo aos leitores que co-nhecerem esta senhora, que é a vovó-zinha dele, para dizerem a ela quevolte para a bananeira.

APARECE QUANDO O REDATOR NÃO TEM O QUE FAZER

UM FATODIGNODE NOTA/^nCORREU há dias um fato^— que merece de imediato anossa aprovação assim como oregistro que nos apressamos a fa-zer sem regatear aos seus perso-nagens os aplausos a que têm di-rei to as pessoas de coração bemformado que não hesitam nem ti-tubeiam no mais estrito cumpri-mento das obrigações pelo sim-pies e salutar prazer do devercumprido quando as circunstân-cias mais adversas se congregampara impor os seus ditames ho-mologando os desígnios da Pro-vidência Divina tão justa e tãosábia que escreve direito por li-nhas tortas e conduz a simplesvontade humana por vias quenão nos é dado investigar nemperscrutar porque a nossa condi-ção de meras criaturas nos colo-ca em uma situação de verdadei-ra sinuca.

O espaço acabou: a notícia ficapara o próximo número. (Se sair).

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DO DIÁRIO DE UMIN V E N TO R

ACABO de inventar um apa-

rêlho que marca o tempoe outras coisas mais e que vaiser muito útil à Humanidade.

A noite coloco o aparelho dolado de ton. da janela. Na ma-nhã seguinte olho para êle: seestiver molhado indica chuva;se estiver a se mover, indicavento; se estiver seco, indicabom tempo e se não estiver lá,indica que foi roubado.'

CONCURSO NACIONAL DE PENTEADOS pensamentos

UMA comissão composta de Mister

Yul Brynner, da senhora Dalilade Sansão e do distinto Barbeiro deSevilha, — tudo gente entendida noassunto — concedeu os prêmios donosso Concurso Nacional de Pentea-dos às três lindas cabeças que aquiaparecem.

As pessoas premiads, por modéstia,não quiseram seus nomes divulgados,mas o leitor, se fôr "vivo", olhandobem para "elas", as vai reconhecer..".

O primeiro prêmio foi uma viagemde ida e volta, nos patins de alumíniodo nosso Secretário, até o Realengo.O 2.° prêmio foi um saquinho de pi-poças com sal de frutas, em vez desal de cozinha. E o 3.° uma coleçãode tabuinhas de picolé, já secas, ofer-ta deste mensário - matutino.

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t__\ i._> J_k ' í_ A---N 'VA..J9t. ^_^m Mtf^- m*

¦< ' ~0~_lr rama.

Estas foTam as cabeleiras premiadasAPARECE QUANDO

Não há nada pior para a saúde,do que uma doença.

- •Sempre que começa uma guer-

ra, acabou-se a paz!«

O frio devia vir no verão, e ocalor no inverno. Assim tudo fi-cava certinho.

A sobremesa é sempre o quemenos demora em cima da mesa.

Há pessoas tão insensíveis, queadoram as dores de dentes. Cha-mam-se dentistas.

. #Deus dá o frio conforme a rou-

pa. A mãe da gente quer que agente vista roupa conforme ofrio. . .

VOCÊ ACABA DECADA NÚMERO SÓ

MORRER DE RIR, COM AS PIADAS DO ANTERIOR

NOVEMBRO 1958 27

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c*^wfi%SBe**ta_* CVLtl-E

o Chile é uma dos repúblicas sul-americanas e fica situadoem uma estreita faixa de terreno à beira do Oceano Pacifi-

co, medindo um comprimento de 4.300 quilômetros com uma lar-gura que varia entre 100 e 400 quilômetros.

No extremo sul do Chile, há grande número de ilhas, sendonessa região que se encontram as de Páscoa, as de João Fernan-des, etc. São para mais de 96 ilhas, sem contar o arquipélago deChonos, que tem mais de mil, e o da Terra do Fogo, que está se-

parado do continente pelo célebre Estreito de Magalhães.A superfície do Chile é muito montanhosa, pois esse país fica nas vizinhan-

ças mesmo da cordilheira dos Andes, que o separa da Argentina.E' um dos países mais ricos em minerais, que já foi mesmo comparado, em

um livro célebre, a imenso laboratório químico, porque "não há, ali, nenhum mi-

neral que se deixe de encontrar".A grande riqueza do Chile é o salitre, entretanto. Até há bem pouco tempo,

antes de se fabricar salitre artificialmente, era o Chile o único produtor dessemineral, em todo o mundo. O país produz mais: borax, guano, cobre, prata e ouro.

Tem, também, algumas jazidas de carvão de pedra. No reino vegetal, suaprodução é de cereais, batatas, frutas e vinho. As tempestades elétricas (tro-voadas) são raras no Chile, sendo o raio um fenômeno quasi desconhecido nolitoral do norte e do centro.

Os chilenos falam o idioma espanhol, sendo o catolicismo a religião da maio-ria da população, que é de 5.930.809 habitantes.

Todos os rios importantes do Chile correm de leste para oeste, em buscado oceano. São rios curtos, pois o território, chileno, como foi dito, é estreito.Os principais rios são: o Loa, o Maipó, cujo afluente, o Mapocho, banha Santia-go, capital da República. A área do seu território é de 741.767 Km. A moedanacional é o peso. O dia da Independência é 18 de Setembro (1810).

O Chile é uma República constitucional. E' dividida em Províncias e um ter-ritório, que é o de Magalhães. Fernão de Magalhães foi o descobridor do Chi-le. Foi êle quem atravessou o Estreito que hoje tem o seu nome, em 1520.

O nome mais proeminente da historia nacional chilena é o de Bernardo 0'Hig-gins, que foi o libertador do país do domínio hespanhol e fundador, em Santia-go, de uma república independente.

O Chile é país tradicionalmente amigo do Brasil, tendo feito parte do A.B.C.ou tríplice aliança: Argentina-Brasil-Chile.

*^fc I' ______

Santiago

AAlgU-UH-

38 O TICO-TICO

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^õg^^^^ISUPLEMENTO PARA AS LEITORAS<MnHh»»iMhMn_WhHh>^^

A FESTA DA BANDEIRA

POUCA gente sabe que foi a grande escritora Julia

Lopes de Almeida quem teve a idéia de se comemo-rur o "Dia da Bandeira".

Criados os símbolos nacionais quatro dias depois daproclamação da República, durante muito tempo o 19 denovembro transcorreu sem que houvesse, de parte dasautoridades e do povo, qualquer iniciativa para comemo-rar a data.

Partiu da gloriosa escritora a idéa — se não nosenganamos, através de uma crônica — de assinalar nocalendário cívico nacional o dia do aniversário da criaçãodo pavilhão pátrio, e a data histórica passou a figurar, emconseqüência disso, entre os feriados brasileiros, de cujalista foi, posteriormente, retirado.

Dona Julia Lopes de Almeida foi uma das mais altasfiguras das letras brasileiras. Nasceu na Capital Federal,em Setembro de 1862 e foi casada com o acadêmico Fe-linto de Almeida. Jornalista, poetisa, romancista, foi aautora de "Correio da Roça", excelente livro para a mo-cidade, "O livro das NWvas" e "Contos infantis", para sócitar os que interessam a vocês.

Era exemplar mãe de família e possuía um espíritoelevado, pelo que sempre mereceu o respeito geral, alémda admiração pelo seu talento de literata. ,

A

UM DOCE:CREME DE BANANA

1 banana — 1 colher deaçúcar (sopa) — um pou-co de leite — 1 ovo.

Amassar a banana emisturar com o ovo, oaçúcar e leite. Põe-se, de-pois, numa fôrma que é

levada ao forno, em banho-ma-ria, para solidificar.

Tirando do fogo, deixar esfri-ar. Devem ser feitas várias fôr-minhas em separado, em vezde fazer grande quantidadepara distribuir em várias fôr-mas.

A primeira mulher que, a nado, atravessou oCanal da Mancha, foi a americana Gertrudes Ederle,em 6 de agosto de 1926, em 14 horas e $4 minutos.A segunda foi a nadadora C. Corson, também ame-ricana, em 28 de agosto também de 1926, em 15 ho-ras e 23 minutos. Tempos depois, 19 de agosto de1929, a inglesa Ivy Hawke fes a famosa travessiaem 19 horas e 16 minutos.

i VOCI É BOAPARCEIRADE J Ô G O ?

• UM TESTE PARA AS LEITORAS •

RESPONDA com sinceridade às perguntas, por um SIM ou um NAO.

Depois, veja as RESPOSTAS, em baixo.

I

(

C

1 —

3456789

10

Você aceite, sem resmungar; uma derrota em jogo de damas, ou

Você^az "trapaça" em benefício da pessoa com quem joga, paralhe ser agradável ?Tem horror a qualquer "trapaça' ?Para você é indiferente ganhar ou perder, desde que se divirta?Quando tem de "pagar", aceita o fato sem zanga?Acha natural encontrar quem saiba jogar melhor do que você ?Num torneio esportivo, felicita quem a derrotou?Ri de si mesma, quando se encontra em situação ridícula ?Depois de ter teimado, errada mas de boa-fé, sobre qualquer coisa,dá "o braço a torcer", reconhecendo seu erro ?Nunca se queixa das "injustiças" da sorte ?

SIM: Bravos! Você é ótima parceira.) |)e 3 a K SIM- _, Ui n

De 8 a 9 SIM: Bravos! Você é ótima parceira.*— De 5 a 8 SIM: —•Ê, ainda, boa parceira. — De 3 a 5 SIM: — Há quem evite jogar comvócê... De 0 a 3 SIM: — Duvidamos que encontre quem goste de jogarcom você...

A PROPÓSITODO GARFO

A esposa, muito educada, do dogede Veneza foi a primeira pessoa autilizar um pequeno garfo de ouro,com dois dentes, para levar os ali-mentos à boca.

A inovação causou verdadeiroescândalo. E, como a dogesa ficas-se doente pouco tempo depois, osdoutos médicos asseguraram quetodo o mal vinha daquele pequenogarfo. Alguns cidadãos mais ousa-dos, entretanto, imitaram a dogesa.

Em 1574, atravessando Veneza,Henrique III, também muito eiu-cado, adotou a novidade, tendo sidoImitado por seus cortesãos. Porémo manuseio do garfo implicavanuma destreza que muitos não pos-suiam. Com grande segredo, então,cada um treinava em seu quarto,para que o alimento fosse, sem cairno caminho, do prato à boca.

Acredita-se também que a diíi-culdade fez desanimar muitas pes-soas, pois, sob o reinado de LuizXIV, o rei, algumas princesas eprincipes eram os únicos a pos-suí-los.

It* No século XVII havia ainda umtão pequeno número de garfos queos convidados não esqueciam de le-var os seus, quando jantavam emcasa de pessoas de condição infe-rior1.

29NOVEMBRO — 1958

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"C I RXN DI nTTÃ^-S U P L E M E N TOPARA A S LYl T Õ R A S - Póg. 2|-

0 VALE DE CACHEMIRA E' BOM SABER[lindo vale de Cachemira, conhecido pelos escritores orientais como

o Paraiso da índia, o Jardim da Eterna Primavera, tem uma maravi-íosa origem, segundo a tradição conservada no Radjatarangini, o que

esconde, talvez, na realidade, um grande cataclismo, cuja lembrançaé mantida pela fábula que existe ainda hoje.

Os historiadores muçulmanos contam várias lendas com infinidadede detalhes, tiradas, em parte, das tradições locais e ampliadas pelassuas imaginações.

Assim é que, contam, entre outras histórias, a de um ermitão deexemplar fervor religioso, de nome Kaschah, que vivia na montanhaperto do lago, e pediu um dia à mulher de Siva que, por favor, secasseo lago e o transformasse em jardim.

Siva, atendendo ao pedido de sua mulher, atirou o seu tridente,no lago, cavando um abismo pelo qual as águas desapareceram. Estelugar foi chamado, Kaschah-mar, ou seja, o jardim de Kaschac e daquivem a origem da palavra Cachemira.

QUATRO "QUEBRA-CABEÇAS"

Encha osespaços mar-cados com umponto e veráquem co-meu as alfa-ces do velhi-nho...

O Vovô que-ria duas pi-pas IGUAIS,para seus ne-tinhos. Exata-mente iguais.

Que alça êledeve puxar,para tocar acampainha dacasa da avó,para quemleva as flô-

No canteiroexistem só 3flores com 6pétalas. As ou-trás têm 5.Você é capazde as encon-trar ?

30

As nódoas de tinta de es-crever tiram-se facilmente daroupa branca pondo sobre elasum pouco de sal e sumo de li-mão. O melhor meio, porém,consiste em empregar o oxalá-to de amoníaco ou o fosfato desódio.

Para desparafusar fácil-mente um parafuso enferruja-do, basta aquecer a cabeça domesmo, aplicando sobre eladurante um minuto um ferroem braza.

A glicerina tem a proprie-dade, extraordinária, entre oslíquidos, de não se evaporar.

As nódoas de verniz e de ai-catrão tiram-se com essênciasde terebentina.

As manchas de vinho tiram-se quasi instantaneamente,imergindo a parte manchadaem leite a ferver.

Para limpar os objetos demarfim, basta esfregá-los comcasca de limão, embebida emsal. Retomam a côr primitiva.

(»i>0>><HWOW<H>WW»>00»<HWt30

QUEM FOI O "BELOBRUMMEL"?

O "Belo Brummel" foi umhomem que, embora de nasci-mento humilde, chegou a obterfama e posição na Inglaterranos princípios do século passa-do por meio de sua personali*dade assombrosa e raro bom-gosto. Dizem que costumavagastar quatro horas cada ma-nhã para se vestir; e algumasvezes perdia uma hora paradar o laço da gravata.

O TICO-TICO

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SoluçõesDOS PASSATEMPOSDA "PAGINA DA ESFINGE"DE OUTUBRO:

— O número de círculos era 12,— As retas eram 36,— Havia 12 círculos e 11 qua*

quadrados.

QUEBRANDO A CABEÇA

l.a resposta — O número é 2,25

2a

3.a '•{4 + 4

BBB

— Mais tempo, porque já* tendotíerrubado uma árvore, estácansada...

-— Escrevendo "seis pêras", ins-crita cada letra em um círculo.

PALAVRAS CRUZADAS:

HOR:—Sal — Corina — GirassolUrros — Mia.

VER: — Sorrir — Ciúme — Ara-ras — Liso — Nós — Al.

DESTA EDIÇÃO

Quem tirou a lambreta foi a meni-na do cartão n.° 2.

As profissões eram: Pescador eMarítimo.

_____^____3^ IP_-I NOSSA AULA OE HOJE £' ^^^

(Xy\J**\MP I ALBERTO SANTOS- OUMQNT, V W/////I *4_TvZ__fcJL. \\\ 0°EN/O BRASILEIRO °* YY^^/y//

¦^ FAZENDO OESA-PARECER AS DIS-

TÂNCIAS E PER Ml-TINDO QUE, EM

APENAS NOVENTAMINUTOS, NOS TRAHS-PORTEMOS DO RIODE JANEIRO A SAÒ

PAULO.

EM 25 PE OUTUBROPE 1906, SflNTOS-OUMONT CONSEGUIUVOAR NUM APARELHO"MAIS-PESADO-Q^eoAR)

0SELt1.<r-8JS,QUêpossuía um mmE HÉLICE PE DO«9

ZYYYÂ

HOJE, VIVEMOS NAERA DA W-__.CI-V.-_,EMQU-.S-CONFUNDEMNO AR, MILHARES DEMIOÊS. EM 1955EXISTIAM NO BRASIL332 AEROPORTOS.

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'CHUmCOlDlGA - ME O NÚMEROEXATO DE AEROPQRTOS 'BRASILEIROS EM QUALQUERAiVO/A SOA ESCOLHA/

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EM1W:N£NHUM)

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Bastaria ligar, dois a dois, 3 pontostomados à borda do prato. O pontode encontro das perpendiculares tira-das ao meio de cada corda, seria ocentro do prato. O diâmetro seria odobro do raio — é claro.

0 CAMINHO MAIS CURTO

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OS PRISION El ROS

LIBERTADOS

Separam-se desta maneira: as ex-tremidad.es do mesmo cordão atamos pulsos da mesma pessoa, e é o cru-zamento dos dois coi_ões que retémos prisioneiros. Então um dos dois,A ou B, faz passar seu cordão, do-brado em dois, por dentro da voltaque ata o pulso do outro.

Suponhamos que seja A. Assimdobrado e passado o cordão faz umavolta. A fará essa volta passar emtorno das duas mãos de B e. . .pronto!

Primitivamente, muito se des-tacavam nossos selvicolas comoexímios nadadores. E também osperuanos.

Conta a história que indígenasperuanos e brasiteiros eram capa-zes de permanecer vários dias,aproximadamente oito, na água,nadando ou boiando ou mergu-lhando, enquanto a fome não osobrigava a procurar terra... Con-tam que os nativos da Amazônia,usavam uma espécie de braçadaclássica para carregar a alimen-tação na cabeça, empregando tam-bém uma forma semelhante aomoderno ' "butterfly. E, não raro,quando necessário, as mulheresatravessavam os rios, a nado, comcs filhos às costas.

"O T_CO:T_C-" é uma revista da Sociedade Anônima "O MALHO"Rua Afonso Cavalcanti, 33 — Tei. 22-0745 — Rio de Janeiro

Diretor: ANTÔNIO A. DE SOUZA E SILVAAvulso: Cr$ 10,00. Assinatura (12 números, sob registro). CrS 180,00.

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rs-^ ali r^-iChiquinho e Benjamim andavam deslumbrados. Nas vizinhançasde sua casa estava armado um grande circo e do elenco faziam parte"os reis do arame", os maiores equilibristas conhecidos em todo omundo.

— Se aqueles camaradas andamno arame com tanta facilidade —dizia Chiquinho — é porque deveser fácil... E Benjamin sorria.

— Por que não experimenta?— perguntava o pretinho. — Eué que não me meto, que não soubobo nem nada... — dizia êle.

Mas qual! Chiquinho queriasaber das razões do amigo ? Gen-te teimosa é uma tristeza... Ficacega ! E um dia decidiu, mesmo.

Trepou na corda de estenderroupa, arranjou uma "maromba",para equilibrar... Nisto a corda,que era fraca, rebentou e êle veioao chão. E tão infeliz...

. . que caiu dentro de umas roupas que estavamna corda. A Bastiana, coitada, que a tudo assistiaapavorada, levou o maior susto de sua vida. Abriua boca a gritar pensando que Chiquinho tivesse ...

.. morrida, e não sabia que pensar, vendo-o corrercom aquehí. roupa vestida ao contrário ! Chiquinhonão estava, menos assustado, mas o castigo foi mui-to bom, para deixar de fazer loucuras !

GRAFICA PIMENTA DE MELLO S. A — RIO

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N.° 2.077 — Dexembro de 1958 — Ano UV

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APÁGINA

DA kmtuESFINGE

niMismiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiumiiÃL__~Jr*\ ~/fpr*SIÊ,~__3_i * ' alIBP"*^Ha» *¦*

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§ D E C I F R A-M E OU EU TE DEVORO!

DÚVIDAAqui está um dese-

nho misterioso. Quan-tos cubos você vê nele?Nossos redatores esta-vam teimando: um viaX, outro via Y. .. E

' {'!•£¥' F.\":|:\.

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você?•jliaiU-JUlIJIJuUffl

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QUEBRANDO A CABEÇA

Vamos fazer a você apenas cinco perguntas,mas boas para quebrar qualquer cabeça...Pense bem... Vá com cuidado... Lembre-se

da frase da Esfinge, lá em cima...

— Em um saco foram postas doze meiasvermelhas e doze azues. Qual é o mini-mo de meias que se podem tirar dele,sem olhar, para ter, com certeza, duasmeias da mesma côr?

— Um alfaiate tem uma peça de fazendacom 16 metros. Corta dela 2 metrospor dia. Ao fim de quantos dias terácortado toda a peça?

— Dois pais e dois filhos entram juntosnum restaurante, e pedem bifes. Ogarçon traz 4 bifes. Cada um come ume sobra um. Como pode ser isso? ~~

— Quantos anos há em uma década?— Onde é que se abre o maior número de

garrafas de vinho?00<XX>0<)<>X>0<X><>0<>0<>0<><^^

SOLUÇÕES

Atendendo a sugestões recebidas, decidimos, agora,dar as soluções na mesma edição em que os problemassão propostos. Veja as de hoje na página 31.

Olhe bem para os dois quadros acima, que muito seassemelham mas, na realidade, diferem em 7 pontos. Setepequenos detalhes, mas, afinal, diferenças... Cuidado, po-rém, para não tomar como diferenças as manchas, falhasou defeitos de impressão.

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V

PALAVRASCRUZADAS

Verticais1 — Fisionomias. 2 — Fazer ora-

ções. 3 — Bandas. 4 — Servidor. 5 —Sentimento de rancor. 6 — Dupla.

Horizontais

Gruda. 6 — Lugart de delícias.7 — Instrumento agrícola. 8 — Nãoé comum. 9 — Nota musical. 10 —Música executada por um só instru-mento.

TODAS AS SOLUÇÕES SAEM NA PAGINA 31

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Meus netinhos:

MARCO Aurélio foi um imperador romano nascido no ano

121 da éra cristã.Apesar da sua posição lhe dar grandes preocupações e traba-lhos, êle ainda encontrou meios e tempo para meditações,para estudos e para escrever um livro que ainda hoje é co-nhecido e louvado, pelo que de elevado nos ensina.

São das "Meditações de Marco Aurélio" os bonitos e sen-sa tos pensamentos e conselhos que vocês vão ler.

•Se não convém, não a faças; se não é verdade, não o digas.

Nunca julgues útil para ti o qüe quer que te possa levara desrespeitar a tua fé, a te deshonrar, a te fazer odiar, suspei-tar, maldizer, dissimular e desejar o que não está ao teu ai-cance.

Nascemos para nos ajudar uns aos outros, como os pés, asmãos, as palpebras e os dentes.

•Quando se te apresentarem muitos caminhos, escolhe sem-

pre o mais direito que, ao mesmo tempo, é o mais curto e omais seguro: a experiência e a verdade to indicarão.

Não te envergonhes de ser ajudado.

Primeiro, não proceder ao acaso, e sem finalidade; emsegundo lugar: não se propor fim algum que não seja útil àsociedade.

•E' um disparate não corrigir os próprios defeitos, o que é

muito fácil, e pretender emendar os defeitos alheios.•

Porque fizeste um favor a um amigo, queres que to agra-deça e lhe pedes outro em troca. E' como se um olho e um péte pedissem a paga dos serviços que te prestam.•

Pensa que o homem deve ser amável com os seus seme-thantes, e que quando faz um serviço ao próximo dá prova deser útil ao mundo, tendo cumprido um dos seus fins, e assimobtém a própria recompensa. — VOVÔ.

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LENDADO

FOI nos tempos em que tinha vindo

oo mundc, em um estábulo hu-milde, perto de Belém, aquela crian-ça que com o correr dos anos deveriasalvar os homens. Seus pais eram po-bres, muito pobres, porém viviam fe-lizes em sua pequena casa em Naza-ré, e ali trabalhava José como carpin-

teiro, enquanto Maria, a doce Virgem, cuidava do lar e embalava nos braços o Divino In-fante Jesus. ¦'", ¦ • •_.•¦> a

Acontece que Jesus precisava de um berço para dormir. Então, o bom José disse aSagrada esposa:

— Maria, vou buscar madeira para fazer o bercinho de nosso filho. Escolherei aárvore mais robusta, de madeira mais forte e assim o berço será o mais resistente.

Certo manhã, quase ao amanhecer, José se encaminhou para um bosque, e uma vezali começou a olhar as árvores, examinando-as, observando-as bem... Qual escolheria .

De repente, um pouco ao longe, avistou uma árvore frondosa, de troncos fortes e de

grossos galhos. Aquela, sem dúvida, poderia ser a que lhe proporcionasse melhor madeira.José, porém, quis primeiro pedir permissão à árvore.

Aproximou-se e disse: — Senhora árvore, não sei o seu nome, mas^ quero pedir-lneum favor.

Chamo-me Baobá — respon-deu a árvore em tom orgulhoso. — Eaqui me consideram a rainha das fio-restas.

Que deseja ?Desejo que' me dê alguns dos

seus galhos.Galhos ? — exclamou a árvo-

re. — E para que os queres ?Para fazer um berço para meu

filho.Estás louco ? — gritou o Baobá,

agitando a folhagem e estremecendoirado. — Não faltava mais nada !Hoje, és tu, amanhã, outro e outro vi-riam e me despojariam de todos os ga-Hios. E outros ainda mais atrevidos,quereriam até cortar o meu tronco.

O TICO-TICO

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.Não ! Mil vezes não!... Vai em buscode outra árvore, que pouco me importoo teu filho.

O bom José afastou-se de cabeçabaixa suspirando. Então, um pinheiro, acujo lado passou, disse-lhe carinhoso:

Corta-me, carpinteiro, e fazcom a minha madeira o berço para teufilho. Não sou rei nem orgulhoso como

o Baobá e meu maior prazer é ser útil.Obrigado ! — exclamou José;

— Procurarei não te causar muitodano.

E cortou com o machado algunsgalhos do bondoso pinheiro.

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MlÊmJSerrando aqui, pregando acolá, fez José o ber-

ço, que cheirava a seiva fresca e a ervas aromátí-cas. E nele dormiu Jesus muito contente, enquantok. Mana o ninava, embalando o berço de pinho mui-j^_ to bronco e perfumado.

Conta a lenda que, na noite seguinte ao diaem que havia negado seus galhos a José, o Baobáouviu ao seu lado uma voz misteriosa que lhe dizia:— Tu, que negaste ma-deira para fazer o berçod'Aquele que virá a ser o sal-

vador do mundo, serás castigado por teuegoísmo e tua soberba. Tua madeira paranada servirá, nem mesmo para queimar,pois não dará calor!

Desde esse dia, com efeito, a madeirado Baobá se tornou mole e sem utilidade.

Em compensação, o pinheiro teveuma seiva rica, benéfica e sua madeiroserviu sempre para fazer móveis tortas,singelos como a alma do bom carpinteirode Nazaré.

TRADUÇÃO DE MARIA MATILDEDEZEMBRO — 1958

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O FUNDO DOSOCEANOS

té há bem pouco tempo, acredi-tava-se que o fundo dos maresfosse lnhabitado. Um longo e

paciente estudo, e explorações sub-marinas demonstraram, porém, queas regiões abissais são dotadas defauna e flora, isto é, possuem, além

'/ de vegetais, muitos animais.A medida que o explorador se

afasta das praias, e que a profundi-dade aumenta, o aspecto da faunavaria cada vez menos.

Entre os animais do mar alto, unsnadam, outros se deixam arrastarpelas correntes marítimas. São estes,em geral, gelatinosos e transparen-tes, o que os torna, por assim dizer,invisíveis sob a água.

E' o caso das medusas, muito frá-géis e coloridas de tons irisadosmagníficos. Há várias espécies delas.

As medusas semelham ora umglobo, orai uma sombrinha, um sino,ou um prato (fls. 1, 2, 3, 4, 6, 8, 9,10, 13). Possuem, em baixo, um tuboaberto e na extremidade desse umaboca que se pôde transformar numaquantidade de ventosas.

Tentáculos servem para mantê-laem equilíbrio.- Possuem olhos rudi-mentares.

Há, porém, outros animais, no fun-do do mar, animais bizarros, comoo Bernardo-Eremita, por exemplo(fig. 11);.o tracosoma (fig. 5), es-pécie de cadoz (peixe de água doce),cuja cabeça tem a forma de flor; anerelda (fig. 12), armada de umatromba munida de dois ganchos; alimula (fig. 7), com sua forte ca-rapaça terminada em ponta acera-da e dura.

Entre esses animais aquáticos,aqueles que vivem permanentementefixados ao solo, aonde não chega aluz solar, produzem eles mesmos iaclaridade de que carecem.

O TICO-TICO

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BHASJXEÍR05 JOMyElS AMÉRICO PALHA

JOAQUIM Marques Lisboa —

almirante e marquês de Ta-mandaré — elevado às honras depatrono da Marinha brasileira, é,sem dúvida, um símbolo gloriosodas virtudes civicas do marinhei-ro da nossa pátria. Quem ler a féde ofício do valoroso compatriota,encontrará seu nome integradoem todas as lutas travadas duran-te o Império, desde as horas me-moraveis da nossa independênciapolítica. A República encontrou-ocoberto de condecorações e cerca-do do respeito de todos os brasi-leiros.

Nasceu no Rio Grande do Sul a13 de dezembro de 1807. Embar-cou como voluntário na fragata"Niterói" em 1823, passando de-pois para a "Pedro I", como 2.°tenente, em 1825. Fez a campa-nha da Independência e tomouporte na perseguição à esquadralusitana até a embocadura doTejo.

Aos vinte anos de idade, naCampanha Cisplatina, já se en-contrava em posto de comando.Em muitos combates se envolveucomo figura principal. Prisionei-ro na Patagônia, em 1827, conse-guiu fugir vindo apresentar-seem Montivideu. Cooperou em to-das as lutas do primeiro reinado,da. Regência e do governo de Pe-dro II.

Em 1856, Marques Lisboa jáera vice-almirante. A 14 de marçode 180, o Imperador concedeu-lheo título de Barão de Tamandarécom grandeza e era nomeado Aju-dante de Campo de Sua Magesta-de. Por decreto de 1.° de fevereiroDEZEMBRO — 195*1

TAMANDARÉde 1865 era elevado a Visconde deTamandaré.

Na guerra do Rio da Prata, di-riguiu os bombardeios de Paisan-dú. Assistiu ao sitio e rendição de

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Uruguaiana e dirigiu as opera-ções da esquadra imperial nacampanha contra o Paraguai.

Foi elevado a Conde de Ta-mandaré por decreto de 13 de de-zembro de 1887 e a Marquês domesmo título a 16 de maio de1888. Depois da guerra do Para-guai, exerceu várias comissõesimportantes.

Ao se proclamar a República,a 15 de novembro de 1889, Ta-mandaré veio se despedir do ve-lho monarca. Conta o almiranteBoiteux que, ao saltar no Arsenalde Marinha, foi rodeado por nu-merosos oficiais, aos quais disse:

"Acima de tudo devemos ser bra-sileiros. O que está feito está fei-to. Cuidemos de trabalhar e en-grandecer a nossa pátria." Dava,assim, o velho almirante umgrande exemplo de amor à pá-tria e, ao mesmo tempo, fazia umprotesto contra qualquer tenta-tiva de reação ai.._au~, visandoa combater o novo ae.

** *

O Governo Provisório de 1889,levando em conta seus relevantesserviços, baixou um decreto isen-tando-o da reforma compulsóriae conservando-o na ativa em ser-viço extraordinário.

Esse decreto era uma homena-gem excepcional ao glorioso ma-rinheiro que tão alto elevara onome e as tradições da Marinhabrasileira. Apesar disso, em 1890,Tamandaré pediu reforma, quelhe foi concedida.

O culto que a Marinha brasilei-ra vota à memória de Tamanda-ré não é somente um culto declasse. Ele exprime, em toda asua amplitude, o respeito de to-dos os brasileiros, que semprenele admiraram as mais insignesvirtudes que um cidadão pode os-tentar. Por isso, Tamandaré vivee continuará a viver nas páginasda História do Brasil.

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CODEINOL NUNCAFALHA

nOVKKDO rSOAS CRIABÇàS PO* SS*Dá GOSTO i-C-RADAVELPREFERIDO* P8L08 M-tDICOS K» «fc ORtmWXLO QUS ALIVIA. ACÂUIA K CURA.

Iníaltael cooít* a bronauits.

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_/X fr >V^á^_i>i SAGRADA AO ALCANCEfi ET O DO S

(CONTINUAÇÃO)

TODA a sorte de humilhações e escárneos foi im-

posta a Jesus. Enorme multidão acompanhavao grupo de soldados que O conduzia.

Vestiram o prisioneiro com um manto de púr-pura e lhe puseram à cabeça uma coroa de espinhose assim, sangrando por causa dos açoites e dos fe-rimentos recebidos, foi o Filho de Deus atado a umacoluna e exposto à zombaria do populacho que Ochamava "Rei dos Judeus", entre apupos e risadas.

Depois de marchase co n tra -m a r-chás, tendo o povopreferido libertar umladrão chamado Bar-rabos, a dar liberda-de a Jesus, as auto-ridades romanas naJudéia lavraram asentença ignominio-sa: deveria Êle mor-rer na cruz.

Puseram-lhe, en-tão, nos ombros oinstrumento do pró-prio suplício, que...

m+^ x^^Vj^^jT ( ^j2__i________r i* \fc. __f___Mn___w. /____( ___fl_________M_______l _____h___________!_3___i* » .-W Bfiií~**

... Cie teria que conduzir até o monte Calvário. No longo trajeto, por três vezesJesus tropeçou e caiu, ao peso da cruz, sendo ajudado a levantar-se por um bomhomem chamado Simão Cirineu. Mulheres piedosas e crentes O acompanhavamchorando, entre elas a própria Virgem Maria, com S. João Evangelista e outraspessoas amigas: Marta e Maria e José de Arimatéa*.

(Continua)o TICO-TICO

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MARUJO DO BRASIL(Para declamar no DIA DO

MARINHEIRO—13 de Dezembro)

(Entra fardado de marinheironacional)

Vendo a imensidão de milhasDo litoral brasileiro,Senti que havia nascidoPara ser um marinheiro.

Seja a mercante ou de guerra,Sulcando os mares sozinha,Precisa ter tripulantesNossa garbosa marinha.

Tal como Tamandaré,— O marujo triunfante —£Começo como grumeteE acabarei... almirante.

Quero ser como Barroso,Minha Pátria a defender;Que o Brasil de nós esperaCumpramos nosso dever..:

Quero, ainda, com a períciaDe um velho "lobo do mar"»Enfrentando tempestades,Um navio comandar.

Se fôr navio mercante,De passageiros joviais,Eu estarei bem contenteLevando-os em plena paz;

Mas, se fôr vaso de guerraDe nossa gloriosa Armada,Estando a Pátria em perigo"Há de ser desafrontada I"

Quero o Brasil conhecer,Do alto Acre ao extremo sul,Navegando no AmazonasOu pelo Atlântico azul.

Viajando no "rio-mar",

Como se no oceano fosse,Não quero que alguém me cha-

[me...Marinheiro... dágua doce...

EUSTOROIO WANDERLEYDEZEMBRO — 1958

NOSSA MENSAGEM DE

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*

*.

\m\&\tDIA

em que alguém comemora aniversário, emnossa casa, é sempre dia festivo. Todos pro-

curamos dar ao aniversariante as maiores alegrias,cobrindo-o de atenções e oferecendo-lhe presentes,tudo fazendo para vê-lo feliz.

Agora no dia 25 vai transcorrer mais um ani-versário do nascimento do Menino Jesus, o Filhode Deus que se fez humano e desceu ao mundopara ensinar aos homens como praticar o Bem ea Virtude.

Todas as crianças querem bem ao MeninoJesus, e hão de querer, quando se festeja o aniver-sário do seu nascimento '— festa que chamamosde Natal — comemorar esse dia dando a JesusMenino as maiores provas dessa veneração.

Que presentes poderão dar os meninos daTerra ao Glorioso Menino que está no céu ?

Mandar-lhe mensagens — cartas, telegramas,presentes — não é possível. Mas há um meio exce-lente de todas as crianças mostrarem ao MeninoJesus o seu amor e o seu carinho. Nada agradamais ao Deus Menino do que um ato de fraterni-dade e solidariedade, quando partido realmentedo fundo do coração.

Quando chegar o Natal, que cada um se em-penhe em dar um brinquedo, um livro, uma rou-pa, um presente, enfim, a uma criança pobre, afim de que ela tenha, também, um Natal feliz.

Isso bastará para demonstrar a Jesus Meninoo amor e o' carinho de cada qual.

O Natal não deve ser uma festa de egoísmoe quanto mais felizes nos sentirmos nesse dia, maisfelicidade devemos espalhar em torno de nós.

Façam isso e terão, indiscutivelmente, aquiloque nós, d'0 TICO-TICO, mais lhes desejamos:um feliz NataL

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GUILHERME TELL

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ISTO aconteceu no princípio do século XIV. A Suiça

sofria então a ocupação dos austríacos. Embora apa-rentemente camponeses e montanheses demonstras-

sem docilidade ao jugo dos invasores, a revolta era fomen-tada surdamente.

E em breve o rumor chegou a Viena, onde residia oImperador da Áustria, alcunhado "o Duque Negro"...Assim que éle soube da resistência do povo helvético, de-cidiu dominá-la.

Em certa manhã do ano de 1307, o Imperador con-vocou seu bailio, Gessler, que era um homem sorrateiro,

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pérfido, de olhos cruéis... Gessler inclinou-se até o chão,quase rastejando diante do seu soberano.

Conversaram sobre o caso e quando o "Duque Ne-gro" viu o seu súdito afastar-se, estava tranqüilo a res-peito da revolta na Suiça.

Efetivamente, Gessler, à frente de uma tropa de sol-dados cuidadosamente selecionados entre os mais fero-zes, e armados até os dentes, em breve transformou cida-des e aldeias, sob o pretexto de repressão, em cenário depilhagens, carnificinas e incêndios. . . Por toda parte asmulheres.'os velhos e as crianças fugiam diante dos barba-ros, buscando refugio no recesso mais profundo das fio-restas.

Entretanto Gessler foi conhecedor das maldições edas ameaças de vingança proferidas contra êle... Furio-so, decidiu submeter os habitantes de Altdorf (cidadeonde estabelecera seu Quartel-General) a uma humilha-ção inédita: em praça pública mandou colocar, no alto deum mastro, seu chapéu de plumas, obrigando todos ostranseuntes a saudá-lo respeitosamente, sob pena demorte.

Um montanhês, chamado Guilherme Tell, hábil ati-rador de arco, conhecido na região pela sua retidão e co-ragem, por ali passou em companhia do mais jovem dosseus filhos.

Entre os camponeses agrupados correu um murmu-rio: Guilherme, "o coriáceo", iria saudar? Como era es-

perado, o nosso homem, indignado com aquela pretenção,recusou-se a submeter-se àquela odiosa irrisão...Gessler surgiu então, rilhando os dentes de cólera, earrebatou-lhe o chapéu com um golpe de chicote, ferin-

dolhe a frente.De joelhos, cão!Fique sabendo, respondeu-lhe calmamente Gui-

lherme Tell, que eu só me ajoelho diante de Deus.Babando de ódio, Gessler berrou:

Vais pagar caro esta insolência, amaldiçoado. Di-zem que és um famoso besteiro !. . . Pois bem! Vais ter aocasião de nos provar a tua habilidade!

Ah! Ah! Tragam-me uma maçã !Em seguida ordenou a seus esbirros que agarrassem

o filho de Guilherme e o amarrassem a um moirão coma maçã equilibrada em cima da cabeça.

A multidão tremia de cólera contida diante daquelatemível prova... Os guardas com dificuldade mantinhamos camponeses afastados.

O menino, porém, que era uma corajosa criança, ti-nha confiança na habilidade de seu pai e recusou, de ca-beca erguida, deixar que lhe vendassem os olhos.

Guilherme preparou o arco, ajustou-lhe cuidadosa-mente uma flecha e enfiou outra na cintura.

Em seguida, depois de ter fervorosamente invoca-do a Deus, visou demoradamente... Um silêncio de mor-te estabeleceu-se na praça.

Então Guilherme brandiu o arco e a flecha estraça-lhou a maçã. O entusiasmo dos camponeses foi delirante IGessler ficou estupefato, despeitado, furioso. AgarrouGuilherme Tell pelo braço.

Dize-me, labrego! Para que esta segunda flechana tua cintura?

Se a primeira flecha tivesse errado o alvo podecrer, carrasco, que a segunda não falharia... Pois eradestinada a Gessler...

10 O TICO-TICO

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O bailio do ."Duque Negro" espumava... Prendam incontinente este insolente!

E Guilherme Tell foi atirado, acorrentado, numa en-xovia do castelo de Altdortf.

As atrocidades de Gessler e de seus esbirros, porém,longe de sufocarem (como desejava o Imperador) a re-volta, aumentaram-na.

Camponeses e os montanheses reuniram-se nas fio-restas do cantão d'Uri e decidiram dar fuga a GullermeTell.

Gesselr foi prevenido por* um espião e, quando oscamponeses, armados de foices e de forcados deslizavamsob os pinheiros para assediarem o castelo, este decidiufugir levando o prisioneiro por um subterrâneo que ia terao lago dos Quatro Cantões, onde um grande barco estavapermanentemente amarrados. O bailio, como dois guardas,dois bateleiros e Guilherme, acorrentado, nele entraram eafastaram-se.

Guilherme supôs que fossem afogá-lo, e mais umavez lançou-lhe em rosto o seu desprêso.

Não ousas mais cometer crimes a luz do dia, Gess-ler?

Tranquiliza-te, escarneceu o bailio, estou te reser-vaiido algo muito melhor» do que um simples afogamen-

to... Assim teus amigos acabariam encontrando o teucorpo e fariam de ti um mártir! Vamos para a cidadelade Küssnacht, de outro lado do lago. Tu a conheces, não?Conheces também suas masmorras e seus "covis de mortelenta"?

Compreendeste o que eu quero dizer? Que o céu te amaldiçoe, Gessler!

Naquele momento preciso estrugiu uma tempestade,tão violenta e imprevista, que o barco foi em breve acos-sado pelas ondas encapeladas. . . Gessler e seus esbirrosficaram verdes de medo. . . Um dos bateleiros gritou paraGessler, através do vento, que somente Guilherme, queconhecia bem o lago, poderia salvá-los. . . Livraram-noapressadamente de suas cadeias, quando o barco, impeli-do pela tempestade, foi atirado contra um rochedo...Guilherme sabia que a margem estava próxima...

Mergulhou na espuma em turbilhão, desapareceu,reapareceu, tomou pé sobre os rochedos e, através da tem-pestade, gritou para Gessler, que tremia de medo e defrio.

— Vem buscar-me, maldito !O barco espatifou-se contra os escolhos e Gessler, por

sua vez, abordou a margem onde se agarrou desesperada-mente, envolvido pelas vagas furiosas...

Guilherme Tell se reuniu, na floresta, aos seus ami-gos que o aclamaram como chefe e juraram lutar a seu

DEZEMBRO — 1958

lado para libertar o território, até à morte, se fosse pre-ciso.

Entretanto, Gessler não havia dito a última pala-vra. .. Apavorado diante da população que se exaltava edo castigo imperial que o aguardaria se não conseguissedominá-la, decidiu perseguir Guilherme (do qual conhe-cia a popularidade) e dele fazer um precioso refém. ..

A frente de importante grupo de soldados dirigiu-separa a montanha. Mas o nosso herói e seus companheiros,sòlidamente entrincheirados num recinto impenetrável,deixou que se aproximassem. . .E, então, entre o docerumorejo das folhas e dos cantos de pássaros, ergueu-sea voz grave de Guilherme Tell:

— Meus amigos! Prestem atenção para verem comomorre um tirano!

Ajustou sua besta e visou.. e a flecha vingadora atin-giu o alvo.

A morte do ignóbil foi o sinal para a revolta dos sul-ços contra a Casa da Áustria. Em seguida à formação daliga dos Quatro Cantões de Sswhyz, Uri, Unterwalden eLucerna, depois da vitória de Morgarten, em 1315, foi vis-ta a expulsão de todos os "avoyers" (que eram os pri-metros magistrados, tais como o bailio Gessler, de deter-minados cantões suíços).

Esta é a bela lenda de Guilherme Tell, que teve maistarde, ao auge da glória, um fim trágico porém sempreglorioso.

Afogou-se num rio, depois de ter conseguido salvaruma criança das águas.

11

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Um sujeito convida um compa-tire para jantar, mas, findo este,os estômagos nem por isso ficaramlá muito bem confortados.

Então, compadre, quando viráJantai» aqui outra vez?

Agora mesmo, se quiser! responde-lhe o outro.

• •Aquele Inglês que ali vai,deu-me uma vez uma bofetada queme partiu três dentes.

E você, que fez?Como não sei inglês, fiz de

conta que não entendia.

• •Qual é o animal que está __^

sempre zangado?... ?

O elefante!... Pois não estásempre "de tromba"?

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• — Pronto! Vamos ver se agora sai café com leite!IIHIMIIMIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIMMlIllllllllllirillllllllllllllllinillllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllU-

Papagaio l Que chute!!

• • •Em que lado da rua você mora ?Em ambos os lados. Se seguirmos uma di-

reção, fica do lado direito; se seguirmos outra, fica"do esquerdo.

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(Has este foi pior...)

12

Serafim!!! Meu tapete!!!

• • •

Zéca — disse a professora de geografia —vem mostrar, aqui no mapa, onde fica a América.

O pequeno assim fez.Agora, Joãozinho — continuou a professora

— responda: quem descobriu a América ?Foi o Zéca!

O TICO-TICO

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ESTADO da PARAÍBAESCALA 1:2.500.000 7

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Organizado e desenhado por Eduardo Canabrava Barreiros

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c/ífeocBRASILESTADO DA PARAÍBA

LIMITES — Ao norte, o Estado do Rio Grande do Norte; a leste, o Oceano Atlân-tico; ao sul, o Estado de Pernambuco; a oeste, o Estado do Ceará.

SUPERFÍCIE — 56.556 Km*.POPULAÇÃO — 1.860.000 habitantes.ASPECTO — Em geral plano com litoral arenoso, pouco acidentado — (Cabo Bran-

co, extremo oriental do Br_?il), tem elevações nos limites, no norte (serras de Luís Go-mes e Espinharas); a oeste (S. do Padre); — Baixa Verde, Cariris Velhos, ao sul, Pia-nalto da Borborema.

CLIMA — Quente e seco, ameno nas elevações.RIOS — Quase todos intermitentes. O principal, o Paraíba, com o Taperoá; o rio-

Mamanguape; o Guaju. Nascem ainda no Estado: Curimataú e Piranhas.PRODUÇÃO — Da agro-pecuária: agave, algodão, açúcar, aguardente, — fumo,

abacaxi, coco; gado, couros, peles; da estrativa: cobre, tantalita. Águas termais. Enge-nhos de cana, fábricas de conservas, de tecidos e de cimento.

CAPITAL — João Pessoa, com 99.000 habitantes, à margem do Paraíba. Bonsedifícios e praças ajardinadas, boas praias. Bom comércio e indústrias.

CIDADES PRINCIPAIS — Campina Grande, centro comercial, industrial e rodo-viário; Patos, na ferrovia ao Ceará; e tambébém Pombal, Sousa, Antenor Navarro; na li-nha férrea a Campina Grande, temos: Campina Grande, Santa Rita, com engenhos e fá-bricas de conservas de pesca; Itabaiana, centro pastoril, e Ingá; na linha a Nova Cruz:Sapc, Gaarabira; no ramal de Bananeiras, a cidade do mesmo nome, Alagoa Grande, emoutro ramal, Esperança, Areia, todas no "Brejo"; Monteiro, às nascentes do Paraíba; Ita-poranga, no "sertão"; Cuitc, Picuí e Taperoá.

TRANSPORTES — As linhas férreas referidas. Boas rodovias. Navegação costeira,com porto em Cabedelo. Aeroportos em João Pessoa (Santa Rita) e Campina Grande.Viação aérea servindo principalmente estas duas cidades e outras da Paraíba. Transpor-te de passaginos, correio e carga.

(MAPA NA PAGINA ANTERIOR)

Símbolo de Qualidade (&M'(Mí

14 O TICO-TICO

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PI5GPACASptPi poc.

OUTRA VE7. ESTE. DANADCPO PIPOCA DEU O FORA.

ACHO GUE NÃO VOLTARA

TIVE. DE MUPAe DE CASA POB3UE

AQUI TODOS ESTAD ME CHAMANDODE " PÀO DüÇo"

PA QU! DO MONTE EVEREST VOU VER5E HA UM EHPREJão P'RA MIM- PARA

cKAXlMBOWN NÀO\TB\BALHO

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ESTÃO PEDINDO «UM ANUNCIOUM CO^HHEIBO- PACrASE BEM-VOU VEfc. PEDIREI UM BOM

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VOU DISPARAR. QUL MAU DESTINOME LEVA A DAR DE CARA COH ESSEPÃÒ DUÇp QUE M E DEVE 45 AHOS

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VOU PREGAR. UMA PEÇA NESSECAUJTÜBO. UM BOH DISFARCE E-

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VENHO PELO SEU ANUNCIO* SOU UM ÓTIMOC0.|t_HE.RO_HAS ,RARA<5AV3í_*4TlA EXUOMIL CRUZEIROS ANTÍCIF&DOS~

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DEZEMBRO — 195815

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UM CONTO DE SELH L AG E R L O F

RA um dia de Natal. Todos tinham saído para ir à igreja,com exceção da avózinha e eu. Creio que nós ficámos sòzi-nhas em casa. Não pudemos ir com as outras pessoas dafamília: uma, por ser muito jovem e a outra por ser muito

idosa. As duas estávamos tristes por não poder ouvir os lindos cânticossacros, nem ver a iluminação da igreja naquele dia.

Como estivéssemos sós e no maior silêncio, a avózinha começouuma das suas histórias:"Era uma vez um homem que saiu de noite, em busca de fogo. Iade casa em casa, batendo nas portas e dizendo:

— Boa gente, socorrei-me; minha mulher acaba de receber um me-nino e não tenho fogo para aquecer um pouquinho a mãe e o pequenito.

Era, porém, tão tarde e a noite estava tão escura, que todos dar-miam e ninguém respondia ao seu chamado.

O homem caminhava, caminhava... Por fim, divisou ao longe o cia-rão de uma fogueira.

Para lá se dirigiu, apressando o passo, e viu que a fogueira brilhavano meio de um vasto campo. Inúmeras ovelhas dormiam em torno do fogoe um velho pastor guardava o rebanho.

Quando o homem que buscava o fogo se aproximou das ovelhas, per-cebeu que três enormes cães dormiam ao pé do pastor. À sua chegada,os três despertaram e abriram as enormes bocas, como se quisessem la-

tir, porém, nenhum// ,/////// '¦— som foi ouvido. O ho-

mem viu como se lheeriçava o pêlo do cor-po, como seus dentesagudos e branquíssi-mos reluziam ao res-plendor da fogueira,até que se atiraramcontra êle. E viu

deles

16

como um se

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aterrava à sua garganta, tentflJSder-|he, o outro um pée o último, a mão; porém as Wa$ e as prêsos dos cãesficaram paralizadas e o home1" > sofreu o menor dano.

Então, quis seguir em bü^que necessitava. As ove-lhas, que eram muitas, estaco unidos, tão apertadasumas contra as outras que o nem nã0 po(jj0 ^ar um s^posso. E não teve outro remé^õo passar por cima delas,adormecidas, para poder se oPr<,<>r <jQ fogueira. E nem umsó animal despertou, nem fe* 0|H>r movimento.

Até este ponto a avoíi^seguju narrar a sua his-tória sem sec. interrompida,«"" *se momento, não me con-tive e indaguei: ^

,— E por que não ** '^am nem despertaram,avózinha ?

Já o saberás — ^eu-me. E prosseguiu anarrativa.

Quando o homem se acHüaSe junto da fogueira, opastor despertou. .

Êle era um homem ma"' $ sem coração. Quando viaalgum estranho, empunhava tí

£nga vaca ponteaguda, queusava quando apascentava 'Ko espancava com vio-lência. E também naquela v* /"'a silvou no ar em direçãoao homem; mas, antes de "•* \ desviou-se e foi cair lon-ge, no campo.

De novo interrompi ° °Ha.Avózinha, por que °} do pastor não quis ferir

o homem ?A avózinha, porém, ?fl|) deteve e continuou:Entãa, o homem aprox""^ do pastor e lhe disse:

Bom amigo, ceda-"1?.£9uco de braza; minha mu-lher acaba de ganhar um ^ pcessito de fogo para aque-cer um pouquinho os dois.

O pastor tinha prefe^W mas, recordando-se deque os cães não lhe tinham c No dano, que as ovelhas nãotinham despertado, que o l)*o 0 tinha atingido, sentiuum certo temor e não se o^ * negar ao forasteiro aquiloque êle lhe pedia. j

Tire quanto quis*r "j^Pondeu.

O fogo, porém, estov* "jk extinto. Já não restavam

troncos nem galhos, e sin* Pnde borralho, e o forasteiro^

TRADUÇíOJDeZ U 1L A A M * |A L

^\^^ .-e=^ ~.^^ ^^^A^è' A

não conseguia encher nem umterço da pá com boas brazas.Quando o pastor notou isto,tornou a repetir:

Pode levar tudo o quedesejar. E se alegrava ao pen- _sar que aquele homem não podia levar nada dali. Entretanto, o forasteirose inclinou sobre a fogueira e com as mãos nuas tirou dentre as cinzas,carvões acesos e os foi colocando em sua capa. E as brazas não queima-ram suas mãos nem a capa. E as carregou com a mesma facilidadecomo se fossem maçãs ou nozes.

Aqui foi interrompida a avózinha pela terceira vez: Avózinha, por que não queimaram o homem as brazas ?

Já o saberás — respondeu a anciã. E prosseguiu:Quando o pastor, que era muito mau e desapiedado, viu aquilo, co-

meçou a ficar assombrado.Que noite seria aquela, em que os cães não mordiam, as ovelhas

não se assustavam, as lanças não matavam e o fogo não queimava ? —

falava consigo mesmo. E chamando o forasteiro, indagou:Que noite é esta ? Por que todas as coisas se mostram tão cie-

mentes? E o pobre respondeu: Não te posso dizer se tu mesmo não o vês. E se dispôs a empre-

ender o caminho de volta, a fim de levar as brazas para aquecer a mãee 0 füho. (Conclui na página 21)

O TICO-TICO DEZEMBRO 1958 17

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18 O TICO-TICO

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"O TICO-TICO"E A

"B. I. C. A"

AVENTURAS DE FAUSTINA

A COMPANHANDOum belo Diplo-

ma n.° 148, conferi-do à S. A. "O Malho"recebemos d.i Biblio-teca Infantil CarlosAlberto expressivoofício, que abaixotranscrevemos e eu-jos termos muito nosdesvanecem.

Prezados Senhores:

l______l W «.\Faustina inventou coisa me-

Ihor que o "rabo de cavalo". Suainvenção foi o "rabo de macaco".

Para estréia, e esperando obter um sucesso louco,tomou um ônibus e saiu a passeio. Mas acontece que..Bem: lá pelas tantas ela saltou...

Com grande satis-facão dirijo-me a W.SS. para agradecer oapoio dado por suaconceituada CasaEditora à I Exposi-ção Internacional doLivro Infantil no Riode Janeiro, cuja rea-lização se deu de 19de setembro a 5 deoutubro do ano p.passado, e para cujoêxito muitíssimocontribuiu a gênero-sa doação, por partede VV. SS., das obrasmais representativasda Literatura Infan-til Brasileira.

Desejando que agratidão da Bibliote-ca Infantil "CarloâAlberto" se traduzadocumental-mente, tenho o pra-zer de encaminhar aW. SS. o anexo Cer-tificado de Coopera-ção, esperando que a singeleza deseus termos consiga traduzir,mais que pomposas palavras, todoo reconhecimento dos bicaínos.

Aproveito o ensejo para levarao conhecimento de W. SS. queestão sendo ultimados os traba-lhos para impressão, pelo Serviço

DEZEMBRO — 1958

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...e se foi, muito feliz e sorri-dente, certa de que estava "aba-fando" com seu invento.

E enquanto observava a gente que passava, para verse fazia sucesso, lá no ônibus a alegria era geral... comovocês estão vendo.

— "Que diabo! Ninguém me olha!" —exclamou Faustina. E, curiosa, procurou umespelho. — "Minha mãezinha '." — gritou"Cortaram meu rabo de macaco !"

Jorrou, então, abundante, .o pranto dacriadora de modas.

E Zé Macaco, uma vez mais, teve de con-solar a querida esposa...

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de Documentação do Ministérioda Educação e Cultura, do Cata-logo definitivo da referida Mostra,o qual consignará o nome e ende-reco das Editoras participantes eas obras doadas.

Esperando, dentro em breve,oferecer a W. SS. um exemplar

desse Catálogo, apresento sincerasexcusas pela involuntária demo-ra em externar-lhes a minha pro-funda gratidão pelo interesse ecarinho dessa importante Edito-ra às iniciativas da B.I.C.A.

Com elevado apreço,a) Maria Carolina R. A. Bodstein

19

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SITUADA na parte noroeste da América do

Sul, a Colômbia ocupa uma área de1.138.355 quilômetros quadrados, tendo cos-tas banhadas pelo Atlântico (Mar das Carai-bas) e pelo Pacifico, de um lado e de outro doístimo do Panamá, hoje cortado pelo Canal domesmo nome.

Até 1903, aliás, o Panamá foi um departamentoda Colômbia e lá é que nasceu o general Santander,(Francisco de Paula Santander) que é o herói nacional co-lombiano.

O maior rio da Colômbia é o Madalena, uma das suasmais importantes vias comerciais.

Os maiores lagos são os de Cocha também chamado MarDoce, e o Tota.

O clima do país é tropical, e as terras de clima frio sãomuito reduzidas.

A Colômbia produz muitos minerais, destacando-se oouro e a prata, queocupam o primeirolugar.

Em seguida vemo cobre, hulha,

petróleo, ferro,chumbo, etc.

A indústria darepública co-lombiana não estámuito desenvolvi-da, mas os produ-tos colombia-nos são muito co-tados nos diversosmercados ondeaparecem.

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BOGOTÁ k*-"^/k 'i \

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20

A moeda nacional é o peso, dividido-em centavos.

Há, além disso, a libra colombiana, o

condor e o duplo condor.A Colombia é uma uma república

unitária, dividida em 14 departamentosintendências e comissariados.

A religião é a católica._' o segundo país produtor de café,

do mundo.Cerca de 70 por cento de sua su-

perfície estão cobertos por densas ffo-restas.

O presidente é eleito por eleitoradodo sexo masculino.

A população é de 11.477.495 ha-bitantes.

A capital é Bogotá.Língua: espanhola.Data magna: 20 de julho (1810).

O TICO-TICO

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A NOITESANTA

T? o pastor nâo o quis perderde vista, até averiguar o que

tudo aquilo significava. Levan-tou-se.e seguiu o forasteiro.

Então, o pastor viu que aquelehomem não tinha nem uma po-bre cabana como morada e quesua mulher e seu filho estavamem uma cova na montanha,cujas paredes nuas eram duras efrias. Vendo que o pobre e ino-cente menino poderia congelar-se naquela gruta, sentiu-se como-vido e decidiu fazer algo pelacriança, não obstante ser de maucoração. E tirou do surrão quelevava ao ombro uma pele bran-ca e macia e a entregou ao foras-teiro, dizendo que deitasse o me-nino sobre ela. E no mesmo ins-tante, demonstrando que tam-bém era capaz de sentir piedade,seus olhos se arregalaram e viu oque antes nunca vira e ouvira oque nunca havia ouvido.

Viu como em torno de si seagrupava um coro de anjos comsuas asas prateadas. Cada um dê-les tinha um lira na mão e todoscantavam com voz harmoniosa epotente dizendo que naquela noi-

(Conclu-são da

página 17)

te tinha nascido o Redentor,Aquele que redimiria os pecadosdo mundo.

E então compreendeu porquenaquela noite todas as coisas es-tavam tão alegres que não que-riam fazer o menor mal.

E não só em seu redor, senãopor toda parte via anjos, o pas-tor; e os via sobre a gruta, namontanha e voando por toda aimensido do céu. Chegavam emlegiões incontáveis e ao passarpela gruta se detinham e contem-plavam o menino.

A natureza toda achava-se entregue a um indeflníveljúbilo. Por toda parte rea-soava os cânticos dosanjos. Tudo aquilo viae sentia o pastor emmeio das trevas e do

silêncio da noite, quando, ain-da há pouco nada sentia nem ou-via. E seu coração se encheu detanta alegria ao perceber que seusolhos se haviam aberto por fim àverdade, que caiu de joelhos e deu'graças a Deus.

Quando a avózinha terminou,suspirou dizendo:

E tudo aquilo que o pastorviu, nós podemos também vêr sinos fizermos merecedores, pois osanjos descem voando do céu emtodas as Noites de Natal.

E a anciã colocou a mão direi-ta sobre a cabeça da netinha, di-sendo:

Recorda-te bem do que tecontei, pois é tão certo como euestou te vendo e tu me vês. Paratanto não é necessário lâmpadasnem lutes, nem sol, nem lua, se-nio olhos limpos de pecado, parapoder contemplar a magniíicên-ala do Senhor.

Jfm

DEZEMBRO 1958 21

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22

S animais de grande porte vivem, em geral, mais

que os pequenos. Entre os mamíferos, os vege-

tarianos e os que têm uma alimetação variadavivem mais que os carnívoros. A morte atinge mais depressa osanimais que chegam em pouco tempo à idade adulta. Os que sedesenvolvem lentamente, declinam também lentamente e morremmais tarde. Ávida lenta dos animais de sangue frio é geralmentemais longa que a dos animais de sangue quente.

Qual é o animal que vive mais? A tartaruga gigante, prova-velmente. Não é raro que uma tartaruga pese 200 a 250 quilos e

se pôde avaliar, sem erro, em 200 ou 300 anos a idade de uma tar-

taruga desse peso.Os elefantes vivem vários séculos? Não. É raro que um dês-

ses paquidermes chegue a cem anos. A decrepitude começa,

para a maioria deles, aos 50 ou 60 anos.A carpa, outro peixe que dizem durar muito, nunca passa dos

60 anos, quando muito dos 75.Muitos insetos, como as moscas, são efêmeros. Há alguns

cuja vida dura horas, mas há os que têm uma longevidade aprecia-vel. Uma abelha rainha vive quinze ou vinte anos. Um cupim

pode viver trinta anos ou mais.

E os pássaros? Os abutres, que se nutrem exclusiamente de

carne, vivem muitas vezes mais de meio século. Os papagaios atin-

gem idades avançadas, em comparação com a idade de outras

aves. Não é raro que a vida de um papagaio seja igual à de seu

dono. Entre os pássaros, eles, as corujas, os avestruzes e as águias

detêm o "record" de longevidade.

Quanto aos pequenos pássaros comuns, que vivem à nossa

volta, vivem, em média, de cinco a seis anos.

O TICO-TICO

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Provérbios AfricanosSe encontras uma estrada segura, segue-a por muitotempo. ,O homem sincero deve ter um bom cavalo, para íu-gir quando disser uma verdade.A mentira pode correr um ano que a verdade a alcan-ça num dia.O ovo, um dia, será galo.Ferramentas muito limpas, mau operário.Quem só olha para o arco, não pode fugir do leão.O homem paciente faz ferver a pedra até ter bebidoa sopa que fez com ela.O fogo que te queima é o mesmo em que te aqueces.Ser o primeiro a falar, não dá ganho de causa.

COMO E' QUE OS PATOS "FALAM?"'

CERTO lingüista dinamarquês,

Kristoffer Nyrop, encontrando-se com um confrade francês, em

Copenhague, perto dum lago onde na-davam alguns patos, disse:

Eis os nossos "rap-rap"!"Rap-rap? ! — exclamou o fran-

cês com surpresa. — Vocês chamamaos patos "rap-rap?

Não, assim os apontamos pelasua conversa característica. Pois nãoé o que eles dizem: "rap-rap", 'rap-rap"?

Perdão, em França designamos•por "coin-coin... que é de fato o6om anasalado que os patos emitem.Um pato nunca poderó dizer "rap-rap".

Estava posta a questão.A controvérsia estabeleceu-se e os

dois profesores de línguas humanaspasaram a analisar com curiosidadeas diferentes expressões lingüísticasque em cada pais exprime a voz —digamos assim — dos patos. E che-goram à seguinte conclusão:

Que na Alemanha se designapor "gack-gack", "gick-gack", "pach-

pack" ou ainda "quack-quack"; queo Romeno lhe chama "mac-mac", oitaliano "qua-qua", o Russo "Kriac",o Inglês "quac", o Português "quá-

quá" e o Húngaro "hap-hap". E alista terminou aqui, pois tanto umcomo outro estariam convencidos deque por esse mundo muitas outras se-rão as notas musicais daquelas aves.

Mas a explicação técnica é maiscuriosa. Julgamos nós exprimir emcada das línguas maternas os sons

das coisas e pensamos poder imitara natureza. Ora, sucede que cada in-divíduo de língua diferente procuroumaterializar o som daquilo que noseu dialeto mais semelhança temcom o original. Mas como cada lin-gua tem os seus valores, O som ana-salado do pato é para os Franceses"coin-coin", enquanto para as outraslínguas se afigura mais aberto e es-tridente. Tudo depende do valor dasletras, que não é o mesmo, como sesabe, de língua para língua, e da fa-culdade auditiva, que julga em cadaindivíduo ter conseguido a expressãoprópria dos sons que ouve e repro-duz.

Assim, o vento produz um ruídocaracterístico a que os Alemães cha-mam "Crausen"; os Suecos "Brusa";os Dinamarqueses "Bruse" e os Fran-ceses "Bruit", derivada de "Brugere",

que deu "Bruire", onde falta o s sibi-lante que parece dar às palavras ger-mânicas o acento iniciativo. Os Hún-garos, por exemplo, designam o ruídopor "Zug" e os Finlandeses por "Hu-mise" (lendo: umissé).

O cavalo, que em português relin-cha, marcando com muita proprie-dade o som que emite; em Alemãowieherm, em Dinamarquês wrinske,em Turco kisne.

Os nomes com que designamos osseres e as coisas são produto de tra-dição e foram-nos transmitidos pormuitas gerações.

Embora queiramos imitar o cantardo galo ou o grito do pato, não con-seguimos mais do que emitir sinaiscom um valor simbólico abstrato eque refletem o estudo presente dosidiomas de que nos servimos.

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Rua Afonso Cavalcanti, 33 — RIO DE JANEIRO — J"O TICO-TICO" é uma revista da Sociedade Anônima "O MALHO"

Rua Afonso Cavalcanti, 33 — Tel. 22-0745 — Rio de JaneiroDiretor: ANTÔNIO A. DE SOUZA E SILVA

Avulso: Cr$ 10,00. Assinatura (12 números, sob registro). Cr$ 180,00.

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IQUINHO"REVISTA PARA

SEU IRMAOZINHO QUEAINDA NAO SABE LE»

TODA COLORIDA!

23

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.ARA VOCÊ COLAR NO SEU

NOÇÕES DE BOTÂNICA— Prol ANT BELLAGAMBA —

(Continuação)4 — PARTES PRINCIPAIS DO VEGETAL: FOLHA

FW©LHA

— é a parte da planta destinada à respiração do vegetal.As folhas são geralmente verdes, por causa da clorofila.

PARTES E FOLHA COMPLE3A:LIMBO — é a lâmina qae forma o qne chamamos geralmente de folha.PECIOLO — é a haste qne liga o limbo ao caule.BAINHA — é a parte em que o pecíolo se une ao eanle.Existem folhas qne não têm peciolo, como o milho; outras não tem

bainha como o loureiro; outras não apresentam peciolo nem bainha, olimbo se fixa diretamente no caule, como por exemplo o tabaco; e aindapatras qne só apresentam a bainha, tal como o junco. São chamadas defolhes incompletas.

As folhas podem ser "simples" on "compostas".

SIMPLES — apresentam o pecíolo simples, singelo, e o limbo maison menos recortado.

COMPOSTAS — têm o pecíolo ramificado sustentando vários limbos.De acordo com a disposição das folhas no caule, on nos ramos, elas

podem ser "alternas", "opostas" e "verticiladas".ALTERNAS — são as colocadas nos dois lados do canle, cada uma em

posição superior on inferior à sua correspondente do lado oposto; exem-pio: a roseira.

OPOSTAS — são as qne nascem aos pares, nma de oada lado do caule,exemplo: a goiabeira.

VERTICILADAS — são as qne nascem em grupos de três on mais, namesma altura, formando ura circulo em volta do caule; exemplo: a espir-radeira.

Notam-se ainda nas folhas, saliências muito finas e alongadas, pare-cidas com fios de cabelo: — são as "nervuras".

As nervuras são canais por onde circula a seiva, o sangue do ve-ceiai.

(Continua)

ÁLBUM ESCOLAR

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PRINCIPAIS PARTES DO VEGETALFOLHA

FOLHA COMPLETA FOLHAS INCOM PLETAS

Pecíolo

r%- -^¦^¦SBa.r.ha fif-*Pecíolo / '«^Limbo H^Baínha mj

FOLHAS SIMPLES FOLHAS COMPOSTAS

DISPOSIÇÃO DAS FOLHAS NO CAULE

fFOLHA SALIENTANDO

AS NERVURAS

ALTERNAS OPOSTAS VERTICILADAS

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_\ AQUELES dias, então—por decreto imperial—

saiu um censo gerala toda a Tribo ou Nação.

César Augusto era o gêniode Roma — da Cgtijh à IlíriaEra, entáo, também Clrénioo presidente da Síria.

Longas estradas de além,José, mais a espora amada,caminharam de Jornadapara as terras de Belém.

José. o esposo real.tivera seu berço ali.

Era o seu país naULIram campos de David.

De regia ascendência nobre,José, apesar de herdeiro,era um simples carpinteiro,sereno, tranqüilo e pobre.

Sabia vestir os nus,•ocorrer a fome crua;e aoa olhos da esposa, àmandar súplicas de luz.

lua,

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V\ W^^^\mW%%

Sabia ao ceu bem-amadomandar seus ais, seus martírios,na hora em que do asul sagradoparece que caem lírios!

Ora, eram vindos os dias.segundo oa signos dos céuse as letras das Profecias— que nascia um filho a Deus.

Mas este filhe realnio foi nos céus embalado;não teve ouro, nem brocado,

teve régio enxoval.

As nuvens não o enfelxaramnos seus mantos de cetim.Nem estrelas lhe cantaram,junto ao berço de marfim.

Não lhe mande u Deus enfeiteem uma salva dourada.

Teve as pérolas do leitee o or valho da madrugada!

Não lhe cantaram cantigascs sóis, para o adormecer.

Teve o curo das espigase os rubis do amanhecer!

Não se ergueu do seu assento,Deus a beijá-lo na face.

Teve a luz do sol que nasce!Teve as ladainhas do vento!

Não lhe coseram neblinasos seus nevados lençóis.Nem bordaram roupas finas,com áureas firmas, os sóis.

Não lhe ofertaram toalhas,princesa ou rainha loura.

Por enxoval, teve as palhas.Por berço, uma manjedoura.

Só de manhã o saudaramas andorinhas do ninho.Só as violetas o olharam,mais a flor do rosmaninhe.

Náo lhe fez festas o Eterno,ao colo de uma Rainha.Só teve o bafo maternoda vaca e da jumentinha.E o Rei da Morte e da Der,sem ter archeiros reais,só leu cortejos de amor— nos olhos dos animais!

GOMESLEAL

DEZEMBRO lf)58 25

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ALGUMAS NOÇÕESÚTEIS

SOBRE OSMINERAIS:

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ENXOFRETAO

antigo quanto a própriahistória, ao que tudo indi-

ca, é o conhecimento do enxofrepelo homem. Os gregos e romã-nos costumavam usá-lo era fumi-gações e no branqueamento daroupa, acreditando, além diso, napropriedade de seus vapores emafugentar os espíritos e impedirepidemia-. Durante anos, o enxo-fre foi considerado como uma"resina natural" e, também, comoo "princípio do fogo", até que La-voisier estudando-o, veio inclui-Io no rol dos elementos químicos.

Com o advento da pólvora, in-troduzida na Europ«, em princi-pios do século XIV, pelos sarra-cenos, cresceu a procura do en-xofre: uma vez que ela se cons-titui da mistura de nitrato de po-tássio, enxofre e carvão vegetal.

Profusamente difundido portoda a natureza, é, por vezes, en-contrado livre, nos terrenos deorigem vulcânica, constituindoas chamadas "solfataras". Outrasvezes, porém, êle se apresentacombinado a outros metais, os"sulfetos", que recebem designa-ções especiais.

Quimicamente, o enxofre é ummetalóide, sólido, quebradiço,amarelo, sem cheiro e sabor. Nãopossue ação fisiológica sobre oser humano, muito embora seusvapores sejam tóxicos para certasformas de vida, como acontecepara os cogumelos. Conduz malo calor e a eletricidade, porém,

atritado, produz eletricidade ne-gativa. Queima com chama azul,produzindo o anidrido sulfuroso.

Depósitos há, de enxofre, à su-perfície da terra. Outros, comoos americanos, situam-se a 150 e200 metros de profundidade. Oproblema da extração, nesse caso,foi inteligentemente resolvido porum homem chamado Frasch.Idealizou êle um feixe de três tu-bos concêntricos, que é introdu-zido na crosta terrestre até alcan-çar a camada de enxofre. Pelotubo externo, então, insufla-seágua a 160 graus, >sob pressão,com a finalidade de fundir o en-xofre. Pelo tubo interno, injeta-se ar quente, graças ao qual oenxofre fundido é impelido, su-bindo à superfície pelo cano mé-dio para ser recolhido e moldado.

Ten. RAYMUNDOGALVÃO

¦

As aplicações do enxofre, atu-almente, são múltiplas e varia-das. Não apenas a medicina uti-liza-o no combate aos parasitos edermatoses, mas 'também a la-voura, na extinção da ferrugemdas videiras e outras pragas dasculturas.

Industrialmente, parte-se doenxofre para fabricar os sulfitos,o ácido sulfurico, a pólvora, osfósforos e a vulcanização da bor-racha. Coift êle se prepara o ani-

drido sulfuroso que servepara branquear a palha, alã, a seda e outros artigos. Oanidrido sulfuroso já foi usar

do como agente refrigerante econservador de carnes e vinhos.Hoje, êle é usado na indústriaaçucareira, como clarificador doproduto e, também, como inseti-cida eficaz.

A maior importância do enxo-fre, porém, está em ser êle o pon-to de partida para a preparaçãodo ácido sulfurico. Sabe-se, desdeépocas medievais, que um dosmeios de avaliar o progresso

"3eum país, é saber-se o número detoneladas de ácido sulfurico con-sumidos anualmente. Com efeito,não seria possível ao mundo mo-demo, em sua fase máxima deindustrialização, prescindir doconcurso de tão importante alia-do. Contam-se aos milhanes, assuas aplicações. Com êle são fa-bricados muitos compostos orgâ-nicos, tais como as sulfonas e sul-famidas, de 'importância médico-farmacêutica incalculável; comêle, floresce a indústria de ferti-lizantes. Êle refina o alcatrão dahulha e o petróleo, além de serindispensável na metalurgia.

O ácido sulfurico possue nota-vel afinidade pela água, razãoporque constitui um agente des-secante de primeira. Por isso, va-mos encontrá-lo nos dessecado-res e na caixa das balanças, im-pedindo a umidade da atmosferainterior e em alguns países declima úmido, usam-se saquinhos

de dessecante no interior dotaparelhos de rádio.

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26 O TICO-TICO

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PERGUNTANDO É QUE SE APRENDE..Pode ser que o leitor responda certo às perguntas que vamos fazer

aqui. Mas... também pode ser que não seja capaz disso.. . Por causadas dúvidas, aí vão elas.

1 RESPOSTAS:

0 leite é um "alimento

completo"?2

Cultiva-se trigo no PoloNorte?

3Existem povos que ignoram

a palavra?4

O ar nutre as plantas me-lhor do que a terra?

5Há pássaros que podem

voar para trás?

• • *OAOU 9p BÓUBAB 3 .riD3Jsiodap o 'jotj b Oí}_m[ 'ib ou optre.n.d boij ouioo — xjqxioDHO — Jou-Btiaq o 8A_asqo '3p1.ptun4.10do i.at4 opu.no -uns — S

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>^6leo de ovB\AV ffâmfàa Marca Registrada

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Cabelos sedosos H| p^^aSi jHlÉÉÉálÍÉÉ_____H|C. OTidulCIClOS *ÊÊÈ |cari-s§árbosa leite ]

DEZEMBRO — 1958 27

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A obra mais vólu-mosa que se conheceé a "Enciclopédia Chi-nesa", cuja publica-ção teve inicio em1407 e se compõe de22.877 volumes.

'•Há cerca de 40 anos,

foram desenterradosdo Mississipi bainhasde prata, facas e ins-crições semíticas; eessa descoberta levouos arqueólogos a acre-ditarem que a Ame-rica foi habitada poruma raça civilizada,muito antes de tersido descoberta porCristóvão Colombo.

Embora a Europarepresente apenas umterço da superficie daAfrica, possui no en-tanto uma extensãocosteira superior em7.000 quilômetros àdo continente negro.

•Nos Estados Unidos,

em benefício da agri-cultura provocaramartificialmente vastosaguaceiros, espalhan-do-se, por» meio deaviões, areia eletriza-da na atmosfera.

Os norte-americanostêm, como povo in-telixente que são, ver-dadelro culto pelasárvores, cuja utilida-de é reconhecida emtoda a parte. Naquelepais, uma árvore me-rece e desfruta o res-peito dos homens.

•Evaristo da Veiga,

o grande jornalista doPrimeiro Reinado,concluiu o curso defilosofia e línguas, noSeminário de SãoJosé, aos dezoitos anosde idade.

Quase todas ar avespossuem o sentido daaudição muito desen-volvido e algumas têmmesmo a faculdade dedeterminar a direçãodo som. Alguns natu-ralistas são de opiniãoque essa faculdade dospássaros de localizar osom é devido a gran-de eficiência dasmembranas do timpa-no, as quais estão in-timamente unidas aoouvido médio.

Antes da guerra de39 circulavam no Ja-pão mais de 4 milhõesde bicicletas.

• A

As balelas são ani-mais mamíferos. Querdizer: amamentam osfilhotes, porque pos-suem mantas, emboravivam no jmar e issopareça difícil de com-preender.

"Ne sutor crepidam"(Sapateiro, não subaalém do seu sapato),célebre apóstrofe dopintor Apeles, e que seaplica aos que se atre-vem a discutir quês-toes que estão além desua competência.

•Um pintor para

pintar um quadro dedimensões comuns dácerca de vinte e cincomil pinceladas.

Consome-se 4 tone-ladas de carvão parafabricar uma de aço.

•Afirmam os clentls-

tas que as moscas res-piram pelos poros enão pela boca.

A banana é maisnutritiva do que a ba-tata.

O Brasil exporta75% do café consu-mádo no mundo.

.ii. n, . . T**—MTM

Embora os sábios eastrônomos já saibamperfeitamente como se4ão os eclipses, sem-pre qne um desses fe-nômenos celestes temlugar, dedicam - lhetoda a sua atenção eestudam - no com omaior interesse.

•A maior ilha fluvial

do Brasil é a do Ba-nanai, no rio Ara-guia.

O antigo povo egi-pcio já tomava eer-veja de cevada.

•O calendário julia-

no foi organisado poruma assembléia de sá-bios presidida porJúlio César.

•O Egito tornou-se

província romana noano 30 antes de JesusCristo.

Os templos, sejamde qne religião forem,mesmo os qne não sãodaquela que professa-mos, devem merecerde nós todo o respeito.

•Strauss simbolisou o

"Danúbio Azul" quenada tem de azul. Aságuas do Danúbio sãobartrentas e escuras,quase negras.

Liszt morreu dizen-do "Adeus meu pianoadorado!"

•O mais alto cume

da América é o Acon-cagua, nos Andes chi-lenos, com 6.953 me-tros de altitude.

•O decreto que con-

cedia anistia aos re-volucionários

.da "Confederação doEquador" datava de7 de Março de 1825.

•.* A sacarina é cercade trezentas vezes«mais doce que o açu-car. Seu descobridorfoi o químico alemãoFahlberg, que a ex-traiu do alcatrão dahulha.

•A primeira Escola

de Medicina do Brasilfoi fundada na Bahia.

¦ . mSSM

Uma simples Uhaque mal é vista à su-perficie do oceano,pode ser o cume dealta montanha cujovolume Jai mergu-lhado nas águas.

•"Niti-Xastras" sãolivros hindus desti-nados a ensinar amoral por meio desentenças, máximas eapoftegmas.

Cosmografia era onome que se dava an-tigamente à Geogra-fia.

•A mania literária

de Sardou era demandar fabricar umpapel especial paraescrever, multo ru-goso e muito espesso.

•Foi em 1824 que se

iniciou a política dosempréstimos externos,do governo brasileiro.

O livro menor domundo foi impressoem 1870 em Padua.Tinha 100 páginas emedia 0,0010 x 0,006.

Era a "Iliada" deHomero que Alexan-dre trazia sempre con-sigo e gostava de ne-citar.

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fli-ssP'*!- \Si^L. ^^BH L^PTi

O tiro ao alvo, comarco e flechas, vemse tornando esportemuito apreciado. Sóem uma cidade daInglaterra existem,hoje, nada menos de18 clubes desse es-porte.

Foi a frei JoãoEvangelista que o go-vernador da Bahia,Rodrigues Lima, in-cumbiu, infrutífera-mente, de persuadiros fanáticos de Anto-nio Conselheiro a vol-tarem à ordem.

As abelhas são In-setos úteis, e dos qnemais o sejam. Alémdo mel e da cera queproduzem, servem àagricultura como ele-mento de auxilio à po-linização, isto é, car-regam nos pêlos daspatas o polen de nmaplanta a outra, aju-dando a fecundação.

O presidente AfonsoPena governou o Bra-sil apenas dois anos.

28 O TICO-TICO

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,0fê&C-*l3%SUPLEMENTO PARA A» LEITORAS6-MHMOCKHM_M0O0OOO0a_lt_m^

PARA A ARVORE DE NATALEm A e B têm vocês dois tipos de estrelas in-

tereasantes. Cortam-se em cartolina e fazem-se asdobras pelas linhas interrompidas. Em A poderácolar triângulos de cores diferentes. O "centro" 4de papel celofane.

B parece complicada mas nâo é. Leva uns en-leites (em preto, na gravura) e podem-se usar pe-quenas contas para remate. Mostramos em C; D e Ecomo se fazem as gulrlandas.

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ESTE SUPLEMENTO CONTINUA NA OUTRA PAGINADEZEMBRO — 1958 29

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O LEQUE e sua história NUNCAESQUEÇA ISTO:\ TRIBUI-SE aos chineses a

-** invenção do leque, especial-mente aos léquios, insulares dacosta da China. Segundo os dicio-nários o leque é "um abano por-tátil com vartas para agitar oar". .

Mas há quem atribua aos egip-cios a patrnidade do leque. Cleó-patra já utilizava leques dos maisvariados formatos, muitos anosantes de Cristo nascer.

Segundo a tradição, um velhomandarim (antigo funcionáriopúblico de alta categoria, na Chi-na), certo dia, teve a idéia deconstruir um abano com peque-nas folhas de palmeira. Não tar-dou que a invenção fosse indus-tiiàlizada em Léquios, onde sesubstituiu a folha de palmeiraspor tiras de seda ligadas umas àsoutras por um osso de peixe.

Sabe-se que na China antiga osleques eram usados pelas damase constituíam prova de amor ar-

dente. Destinavam-se eles aosmomentos de caricia em que oesposo o o noivo — por tradição— era obrigado a abanar a suaamada até que esta dormisse.

Na China, e mais ainda no Ja-pão, distinguiam-se as famíliaspelo leque. O desenho e os bor-dados a cores representavam ascastas. Daí a tradição da pinturanos leques Mais tarde os lequeseram obras de arte, como oe qua-dros hoje

O leque de dobra — universal-mente adotado e oje quase emdesuso — veio da China para oOcidente no século XVII.

Catarina de Médicis ***** rainhade França — foi a divulgadorado leque na Europa. No tempo deMaria Antonieta o leque era po-pularissimo, tanto entre mulhe-res como entre os homens (comoacontecia no Oriente).

A maior fábrica de leques detodo o mundo está na Espanha.

SEMQUERER,ACERTOUNOLADRÃO

*

<ío I f!|F

^LTaAntes de comer, é necessário lavar

as mãos com sabão on sabonete,abundantemente.

Isto constitui um hábito excelente.Com êle se evitam numerosas enfer-midades, pois nossas mãos são porta-doras de micróbios nocivos.

V-Pjtí^l »*"¦¦¦•' _Fr_r—-c_0iv

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Nnnca se devem deixar os alimen-tos expostos ao ar livre, enchendo-senão só de poeira como servindo decampo de pouso às moscas, que car-regam consigo germes de doenças,lmundicies, bactérias, que vão lar-gando por onde pousam.

Doces, bombons, gulodices, ingeri-dos antes das horas das refeições, pre-judicam o organismo, afetando a sau-de. Tiram o apetite, perturbando, as-sim, a boa marcha da troca de ele-mentos nutritivos a horas certas.

30 O TICO-TICO

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SoluçõesDOS PASSATEMPOS

DA"PAGINA DA ESFINGE"

AS SETE DIFERENÇAS

1 — O cachimbo do visitante écurvo. 2 — Êle tem o corte de ca-belo diferente, na nuca. 3 — Temtambém o pé direito levantado. 4

A barbicha do pintor emendacom a costeleta. 5 — A paleta dopintor tem três tintas escuras. 6

O modelo tem a testa enrugada.7 — Seu paletó só tem dois botões.

DÚVIDA

Conforme o ponto de vista, po-dem-se ver 7 ou 6 cubos no desenhomisterioso.

PALAVRAS CRUZADAS

Verticais: 1 — Caras. 2 — Orar.3 — Lados. 4 — Aio. 5 ódio. Ç —Par.

Horizontais: 1 — Cola. 6 — Pa-raiso. 7 — Arado. 8 — Raro. 9 —Si. 10 — Solo.

QUEBRANDO A CABEÇA

— Basta tirar 3 meias: se asduas primeiras são diferentes, aterceira será igual a uma delas.

— Não tem necessidade de usara tesoura mais de sete vezes: depoisde ter tirado o sétimo pedaço, res-tam-lhe dois metros justos.

— Tratava-se de um avô, deseu filho e de seu neto.

Uma década compreendeapenas dez dias.

5 — Esta foi para "pegar" você:onde se abrem mais garrafas de vi-nho, é... entre os joelhos. Reparese não é mesmo...

BIBLIOTECADE

ARTE DE BORDARJZTSTAS são as edições, à ven-'— da, dos lindos álbuns daexcelente BIBLIOTECADE "ARTE DE BORDAR", querepresenta um tesouro para asdonas de casa:

O Lar, a Mulher e a criança.Primeira Comunhão.Vestidos de Noivas.A LingerieBlusas BordadasCama e Mesa N.° 283.Enxoval do Bebê.Figurino Infantil.Guia das Noivas N.° 284.Lençóis Artísticos N.° 285.O Lar, a Mulher e a Criança.Riscos para Bordar N.° 277Roupinhas do Nênê.Toalhas Artísticas.O Ponto de Sombra.O Ponto de Cruz N.° 2.Novo Ponto de Cruz.Bichinhos Bordados N.° 6Monogramas Artís-ticos N.° 9.Copa e Cozinha N.° 10.Decoração, Arranjos e Utili-dades para o lar.Álbum de Crochê N. ° 2.Colchas Modernas.

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BOM JOGADORO atual rei da Suécia, que era

um grande jogador, encontrava-se na Riviera francesa, apoiadocontra a varanda de um "court"de tênis.

Nenhum dos jogadores, comos quais houvera jogado, o ti-nha reconhecido.

E da mesma forma aconteceuquando jogou a final e ganhou.Cumprimentos, felicitações e sódepois, alguém que chegara, lheapresentou as suas homenagenscomo rei.

Os jogadores, então, sentiram-se confundidos e pediram des-culpas ao soberano pela formapouco cortez por que o haviamtratado.

— Não, meus amigos, não têmde que pedir desculpas. Eu sa-bia que me não tinham reconhe-cido e portanto sei que não medeixaram ganhar* por cortesia.Isso me basta.

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Andavam a passeio Chiquinho eLili, certo domingo, quando apare-ceu um menino enjoado, metido avalente, que dizia ser o Tarzan dobairro e batia em todo mundo. ^7

Mal avistou Chiquinho, foi por ser mais fraco, entretan-logo começando com provocações, to, estava levando desvantagem.Chiquinho não é briguento, mas Lili, receosa, correu a pedir o auxí-não ia apanhar calado e enfrentou lio do Benja, que tinha ficado emo mal educado Tarzan. casa. Mal ela se afastou...

...passou pela alameda, a boa velocidade, um auto-móvel, que deu uma forte batida no violento e brtguen-to Tarzan de mentira, fazendo-o rolar no espaço e... ircair em cima do galho de uma árvore, melo desacordada

Chiquinho, que não tinha tido nenhuma culpa doocorrido, até achou graça vendo o valentão lá dependu-rado como um bicho-pregulça, tonto pela pancada massem nenhum ferimento e sem correr perigo de vida.

Quando apareceram, de volta, e correndo a bom correr, a prima Lili eo socorrista Benjamin, ficaram bobos com aquilo, pensando que Chiqui-nho é que tinha sacudido o Taram lá em cima...

Que valentia! !

E, então, Benjamin foi buscar amangueira e, com um bom jato deágua, fez voltar a ai o infelizvalentão.

GRAFICA riMENTA DE MELLO B. A. — BOT