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VIDA DE BAIRRO GENTE CRÔNICA DESIGN URBANISMO COMPORTAMENTO ANTENA INSPIRAÇÃO ECONOMIA VIAGEM ESTILO PRAÇAS GASTRONOMIA CULTURA LENTE VIVER BEM CONVIZINHO ABRIL/MAIO 2018 – 05 aQuadra Tons de vinho servem de inspiração para o lifestyle do outono-inverno O JORNAL DO JARDIM PAULISTANO E DOS ARREDORES DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Cliques afetivos selam a cumplicidade entre mães e filhos Exclusivo: aQuadra mostra uma coleção de arte escondida no bairro Pães artesanais resgatam a tradição da fermentação natural A sofisticação dos carros clássicos é a paixão dos colecionadores A empresária das flores Cynthia Cutait abre as portas da Fleur Design

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VIDA DE BAIRRO GENTE CRÔNICA DESIGN URBANISMO COMPORTAMENTO ANTENA INSPIRAÇÃO

ECONOMIA VIAGEM ESTILO PRAÇAS GASTRONOMIA CULTURA LENTE VIVER BEM CONVIZINHO

ABRIL/MAIO 2018 – 05

aQuadra

Tons de vinho servem de inspiração para o lifestyle do outono-inverno

O J O R N A L D O J A R D I M PA U L I S TA N O E D O S A R R E D O R E S

D I S T R I B U I Ç Ã O G R A T U I T A

Cliques afetivos selam a cumplicidade entre mães e filhos

Exclusivo: aQuadra mostra uma coleção de arte escondida no bairro

Pães artesanais resgatam a tradição da fermentação natural

A sofisticação dos carros clássicos é a paixão dos colecionadores

A empresária das flores Cynthia Cutait abre as portas da Fleur Design

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Edição 6: junho/julho 2018Distribuição: 1/6/2018

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Transformação, dinamismo e movimento são as energias representadas pelo algarismo 5 na

numerologia, que coincide com o número desta edição, que traz à tona os ares desta temporada.

Quem dá boas-vindas aos nossos leitores é Francesca Cricelli, poetisa que fala de forma

encantadora sobre sua relação de amor com Pinheiros. Novamente demos voz

aos nossos vizinhos, que, preocupados com a insegurança no bairro, sugeriram a pauta principal

da seção Vida de Bairro. Contamos histórias de personagens incríveis, como Ricardo Lombardi, dono do sebo Desculpe a Poeira; Rubem Duailibi

e Carlos Alberto, dois colecionadores de carros clássicos; e uma dupla apaixonada por plantas:

Cândido Malta Filho e Angelo Naj Oleari. E há, também, uma seleção com os melhores pães de

fermentação natural em São Paulo, um papo com a chef Paula Labaki e um passeio pelo mundo

dos carnívoros. Homenageamos mães e filhas, elegemos os melhores filmes de casamento para

celebrar o mês das noivas e tivemos a honra de entrevistar a geneticista e vizinha Lygia da Veiga

Pereira. Esta edição traz, com exclusividade, o acervo da família Yunes Guarita, uma extensa

coleção de arte formada há 40 anos. A SP-Arte também movimenta a cena artsy paulistana no mês de abril. Dando continuidade à nossa série

Q, chamamos Fernando Quitério, artista plástico residente em Nova York para ilustrar o Q desta

edição. Caminhamos pela Mooca pelo olhar da jovem arquiteta Arizla Olivieri, preparamos um roteiro atual do bairro e dicas do que há de

mais cool em Roma. Neste número, lançado no domingo de Páscoa, dividimos com você, leitor,

uma receita de colomba pascal ensinada pelo chef italiano Andrea Montella, do hotel Emiliano. Uma

edição especial, feita com carinho.

Ótima leitura!Helena Montanarini

EDITORIAL

PADRINHOS

Liliana e Lili Tuneu Sandro Cassolari

Tatiana e Mariana GabrielVania Assaly

www.mariapiacasa.com.br

Av. Brasil, 2059 - Jardim América - SPRua dos Andradas, 135 - Centro - ItúAv. José Bonifácio, 2566 - Jd Paineras - Campinas

/mariapiacasa

@mariapiacasa

Lista de Casamento

O conforto de estar em casa, você encontra aqui.

ANÚNCIO09.pdf 1 21/03/2018 10:46:27

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54C r ô n i c a

Po r F RA N C E S CA C R I C E L L I Fo to JA D E GA D OTT I

C o l a b o r a d o r e s

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FERNANDO QUITÉRIO Artista plástico, vive e trabalha em Nova York. Participou de exposições coletivas e individuais no Brasil, em Portugal, em Cuba, na Inglaterra e nos Estados Unidos. Ilustrou o nosso Q pela técnica nanquim sobre papel. @fernandoquiterio

ROMULO FIALDINI Fotógrafo de arquitetura e decoração, fez o curso de museografia do professor P. M. Bardi, no Masp aonde começou a colaborar com ele e sua mulher a arquiteta Lina Bo Bardi. São dele as fotos da icônica casa do Jardim América.

ANNA MARIA AMATO NARDELLI Artista plástica e escultora italiana, pintou os ovinhos de Páscoa da seção Astros.Sua primeira exposição de desenhos branco e preto ganha apresentação de Pietro Maria Bardi.

Em 2010, eu me mudei pela primeira vez para o bairro de Pinheiros e, entre ausências, viagens e mudanças, fui para outros cantos, mas acabei voltando para estas ruas de cá em

2015, até fazer do bairro um novo útero para minha re--existência. Gosto de como as narrativas se inventam entre a memória e a curiosidade, sobretudo aquelas que narram as origens. A origem da vida. A origem do mundo. A origem dos homens. Os contos seguem ora um caminho mítico, ora outro, científico; ora uma tri-lha religiosa, ora histórica: é preciso narrar e dizer que é verdade. Mesmo narrando outras versões. De fato, fazendo uma busca simplista, não se sabe se Pinheiros – o bairro – assim se chama por ter sido o recanto de um bosque de araucárias ou porque o rio que delimita este recanto era nomeado pelos indígenas como Pi-i-êrê. Diz-se que uma prova seria o fato de que, em 1584, um decreto da câmara previa uma multa de 500 réis para os que cortassem alguma árvore do bosque dos Pinheiros. Já Pi-iêrê significa “derramado” e se refere às enchentes do rio. As histórias da origem, agora em 2018, soam como um cenário de ficção científica.

Penso nos verbos pertencer e possuir ao escrever so-bre Pinheiros, ao escrever sobre como se vive um bairro

MIRO DE SOUZA Uma das maiores influências na fotografia de moda e na publicidade brasileira. Consagrou-se trabalhando para as mais importantes revistas de moda europeias. Fotografou sua mulher e filha.

Pinheiros e as araucárias transbordantes

FRANCESCA CRICELLI, é poeta, pesquisadora e tradutora. Publicou Repátria no Brasil e na Itália e 16 poemas + 1 em Nova York. Organizou as cartas de Ungaretti a Bruna Bianco (Mondadori, 2017) e traduziu, entre outros, Elena Ferrante (Biblioteca Azul, 2016). Doutoranda em estudos da tradução na USP, leciona intelecção literária na Casa Guilherme de Almeida e criação poética no Clipe, na Casa das Rosas.

JADE GADOTTI Artista plástica formada pela Faap, restauradora e fotógrafa. É conhecida pelas fotos de casamentos e pelos retratos de família. Retratou a poetisa Francesca Cricelli e Cynthia Cutait

ISABELA GIUGNOFã incondicional de São Paulo, formada emjornalismo pela ESPM, já trabalhou nas redações da Folha de S.Paulo, da revista KAZA e da Editora Carbono. É nossa repórter convidada desta edição.

nesta cidade. A vida pode ser tão reinventada em São Paulo, talvez como em poucos outros lugares no mun-do, a partir do bairro que se ocupa. Ocupar o bairro ou ser ocupado por ele, eis a questão. Vir à cidade e não ser da cidade. Ter de possuí-la para lhe pertencer.

Só o corpo a corpo verbal para dar conta destes meandros.

As definições livrescas de possuir e pertencer pare-cem não abarcar o impenetrável da vida de um bairro. Não é ter em poder, nem conter, nem encerrar – sim, talvez gozar do bairro e, em alguma medida, ter domínio sobre ele. Pertencer é muito mais do que ser de algo ou de alguém, não ser propriedade, e sim, talvez, fazer par-te, ter relação com. O pertencimento é uma conquista demorada. Como é possível escrever para os morado-res históricos ou fixos destas ruas quando se é, como eu, passageira e poeta? Ocupar um bairro é como ocupar um amor, pertencer e poder deixar, voltar, conseguir perdurar no tempo mesmo trocando de apartamento.

Meu bairro é feito dos meus encontros e dos meus diálogos com os que aqui trabalham, com os que aqui não moram. É casa porque acordo cedo e encontro uma pequena mata no clube da atlética da faculdade de medicina. Há aranhas cinematográficas suspen-

sas placidamente em suas teias na transparência que toma corpo com as gotas-resquícios das chuvas de março. Caem as telhas do meu prédio, a água trasbor-da e desenha nuvens de umidade no meu teto, mas as aranhas da rua Artur de Azevedo resistem. Como o fazem? Ou será que refazem suas teias na madruga-da enquanto nós, moradores do bairro, dormimos? É casa porque o estranho se faz familiar, e eu sigo o professor e mudo de academia para não perder as aulas de ioga do Cris, que veio lá do Pará e, há anos, também mora aqui em Pinheiros. O Cris me traz de volta ao bairro o meu pedaço da Índia, onde morei por alguns meses em 2004. É familiar tomar um café feito pelo Cabral no balcão da padaria Trigonela. Cabral é palmeirense como eu, mas ele sabe tudo de futebol, e eu só sei que sou do time porque é tradição familiar italiana. Ele tem um filho pequeno, gosta de tomar uma gelada quando está de folga, é falante e se contrapõe ao Leo, que faz o pão na chapa – este fala pouco e diz muito com os olhos. A primeira vez que voltei de um festival de poesia na China, fui até lá to-mar um café, e o Cabral me disse “Melhoras!”, quan-do saí. Eu não estava nem resfriada, nem doente, mas, evidentemente, a cara acusava o golpe da distância de casa. Cria-se uma orquestra de referências e familia-ridades para suportar a solidão de estar distante do familiar há tanto tempo. Tanto tempo que o familiar já não o é. E há o Cláudio, amigo taxista que trabalhou por anos na Editora Abril, do ponto aqui perto de casa, e o sogro dele, também taxista, que convenceu a esposa a se casar com ele após anos de correspon-dência, após anos de cartas de amor enviadas de São Paulo para o Ceará. Eu amo as histórias de amores distantes, correspondidos, e também as histórias dos amores não correspondidos. Amo as histórias. Escrevo uma tese sobre as cartas de amor de um po-eta italiano que muito amou aqui no Brasil, escrevo e observo as outras tantas histórias tão dignas, gran-diosas e vívidas quanto aquela estudada. Observo as narrativas que nascem ao meu redor, sob os meus olhos ou até escondidas de mim. Eu escreveria tantas outras teses, tratados, poemas e crônicas para poder entender por que as aranhas da rua resistem às intem-péries do tempo. Temo-as, mas me fascinam. É na mi-núcia do dia a dia do bairro que se faz uma cidade, que se faz um lar, que se faz um país. Há tanta vida na vida, e é preciso se olhar e ter a coragem de lançar a primeira palavra, ouvir a primeira história, esperar que se crie uma narrativa correspondente entre o dentro e o fora, no aqui e no agora, no passado transbordante ou entre as araucárias que já povoaram esta colina.

ANDREA MONTELLA Nascido em Milão, constituiu seu nome ao redor do mundo. No Brasil toma conta da cozinha do hotel Emiliano, trazendo um cardápio mediterrâneo. Presenteou aQuadra com sua tradicional receitade colomba pascal.

GIANLUCA TARGINOFormado em relaçõespúblicas pela CásperLíbero, já trabalhou para aWarner Bros. Viciado emlivros, música e cinema,adora criar conteúdos deentretenimento e foi nossoprodutor nesta edição.

DEBORAH CATTANI Expert em moda masculina, montou a primeira consultoria para noivos, que leva o seu nome. Atua como personal shopper no Shopping Iguatemi e JK em todas as categorias. Escreveu a coluna de dicas para noivos.

EMMANNUELLE JUNQUEIRAFormada em moda pela Faculdade Santa Marcelina, em 1997, é uma estilista que materializa em suas peças o feminino, principalmente no mercado de noivas. É dela o croqui para aQuadra.

TUCA REINÉS Fotógrafo desde meados de 1970, publicou diversos livros sobre arquitetura e interiores e foi premiado com dois Leões de Ouro em Cannes. Fotografou a coleção de carros antigos de Carlos Alberto Costa.

PAULO GIANDALIAFoi repórter fotográfico no Jornal da Tarde. Cobriu a Olimpíada de Sydney para o UOL. Publicou o livro Mestres do Salão com Thomaz Souto e Renato Pasmanik. Colaborou para o jornal com seus infinitos cliques.

O QUE SIGNIFICA FÉRIAS PARA VOCÊ?

Férias é poder parar para pensar, repensar ou simplesmente não pensar em nada. É carregar a memória e recarregar as energias. É esquecer completamente que o tempo existe. É você livre da rotina e das preocupações. É poder gritar “tô de férias!”.“Tô de férias” não é só uma constatação, é a declaração da sua felicidade. Se para você férias significa muita coisa, para nós, significa tudo, pois se não for inesquecível, perde todo o significado. Por isso, para CVC, suas férias têm que ser perfeitas.

La doce vita in ItaliaLa doce vita a Roma

Ligue 3003-9282 e fale com a loja CVC mais perto de você.

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Insegurança públicaAlvos crescentes de furtos, roubos e assaltos, paulistanos sentem a escalada do crime e se mobilizam para enfrentar um inimigo comum

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Vi d a d e B a i r r o

Não é só no âmbito federal que violência é o tema da vez. A sensação dos moradores dos jardins Paulistano, Eu-ropa, América e Paulista, além de Pinheiros, é de temor.

Diante do aumento do número de ocorrências, eles têm feito de tudo para se proteger, mas nem a participação dos vizinhos, a instalação de câmeras, a presença da Polícia Militar – pelo pro-grama Vizinhança Solidária – e a infinidade de esquemas de mo-nitoramento tem sido capaz de barrar a ação dos criminosos.

“Desde 2014, o Vizinhança Solidária teve uma adesão enor-me. Dos 25 da minha rua, todos entraram, aderiram ao City Câmeras e seguiram à risca as recomendações de segurança. Apesar disso, no meu trecho, desde a implantação, foram qua-tro assaltos e dois furtos. Ou seja, 24% das casas já foram assal-tadas ou furtadas. Estamos com um grave problema de segu-rança”, desabafa o morador Marcos Ferraz de Rezende.

“No feriado de Corpus Christi do ano passado, foram três furtos na mesma rua”, diz Elisabeth Vinson, moradora e uma das coordenadoras do Vizinhança Solidária para a rua Maria Carolina e outras vias do Jardim Paulistano.

Enquanto moradores discorrem so-bre o aumento dos índices de violência na região, autoridades evitam falar em números. “É quase impossível analisar janeiro e fevereiro por causa do Carnaval. Na nossa área foram muitas festas, foi um ano atípico, então nenhuma informação como essa tem como ser aferida”, diz o delegado Hamilton Ro-cha Benfica, do 15º DP, do Itaim Bibi.

“É preciso que as pessoas registrem as ocorrências. Às vezes, recai sobre a AME uma responsabilidade que não temos. O que fazemos é o meio de campo entre os moradores e as autoridades públicas”, explica João Maradei, diretor da Associação Ame Jar-dins (AME).

Em março, durante reunião com representantes do Vigilân-

Em sentido horário: João Maradei, diretor da Ame Jardins; o capitão Regivaldo Vicente, da 2ª companhia do 23º BPM; e uma das placas da Vizinhança Solidária espalhadas pelo bairro

aspas Estamos com um grave problema

de segurança.Marcos Ferraz de Rezende, vizinho

Po r TAT I A N A R E Z E N D E

cia Solidária para discutir o problema, o capitão Regivaldo Vi-cente, que acaba de assumir o comando da 2ª companhia do 23º BPM, defendeu-se dizendo que a situação é precária. Ele tem à disposição apenas oito viaturas, quatro motos, quatro bicicletas e um efetivo de 127 policiais – dos 180 previstos.

“Estamos fazendo o que é possível com esse déficit, mas é um trabalho muito difícil porque a gente prende e a Justiça solta. Dos presos, 70% são soltos em audiências de custódia”, expli-ca. Mesmo assim, ele promete intensificar pontos de bloqueio – abordagens policiais em que uma determinada rua é fechada momentaneamente – nas áreas residenciais do bairro.

O major Marcos Daniel Fernandes, coordenador operacional da 2º companhia do 23º BPM e responsável pela implantação do Vizinhança Solidária no Jardim Paulista, ressalta o aprimora-mento das ações preventivas e apoia o compartilhamento de imagens. “Os moradores devem compartilhar as imagens de câmeras externas no City Câmeras. É muito mais fácil para a PM averiguar e também auxilia a investigação da Polícia Civil. É importante dizer que não há monitoramento e nenhum policial fica assistindo às imagens”, explica.

Para fazer parte do City Câmeras, os moradores não têm nenhum custo. O projeto é uma iniciativa da Prefeitura de São Paulo para formar uma rede de monitoramento por meio de câmeras públicas e privadas instaladas pela cidade. “O custo é zero também para a prefeitura, porque usamos câmeras que já existem”, diz Heni Ozi Cukier, secretário-adjunto de Segurança Urbana. “Do ponto de vista investigativo, a funcionalidade disso é muito grande.” Até o fim da gestão, a meta é implantar 10 mil câmeras pela cidade.

Liberar as imagens para o City Câmeras é uma questão po-lêmica entre os moradores. “Quando comecei a ir atrás das pessoas para providenciar a instalação de câmeras na minha rua, muitas demonstraram preocupação, e entendo. Ficamos desconfiados porque não sabemos quem está olhando essas imagens. Pode ser puro desconhecimento meu, mas a gente acaba se sentindo desconfortável”, conta Mariana Lellis Vieira, coordenadora do Vizinhança Solidária em um trecho da rua Sampaio Vidal.

Outro incômodo para os moradores são os drones, que, se-gundo eles, sobrevoam casas e podem servir como fonte de in-formação para criminosos. “O que muitos não enxergam é que o drone é muito mais para proteger do que para espionar. Quem se sente invadido por um drone nunca olhou o Google Earth em 3D. A visão é perfeita”, explica Helena Bocayuva, pilota de drone.

No início de fevereiro, o governador Geraldo Alckmin assinou um decreto autorizando a construção de uma base comunitária de segurança na esquina das avenidas Cidade Jardim e Brigadeiro Faria Lima. Ainda não há previsão para o início das obras.

Cândido Malta Campos Filho, presidente da Sociedade dos Jardins América, Europa, Paulista e Paulistano e ex-secretário de planejamento da prefeitura na gestão do Olavo Setubal e Reynaldo de Barros, aprova a ideia de agir em parceria com a polícia, mas é contra a instalação de uma base de segurança. “A base é um alvo fácil porque os ladrões sabem onde a polícia está. O que dá segurança são os carros de polícia percorrendo as ruas aleatoriamente”, diz.

O QUE DIZ O ESPECIALISTA

“O grande segredo é a prevenção. Costumo dizer que mais importante do

que o bandido leva, é o que ele pode deixar na nossa vida”, explica Diógenes Lucca, especialista em seguran-ça, fundador e ex-comandante do G.A.T.E..

Diógenes acredita que a população tem o direito de exigir que a polícia preste um bom serviço, mas reconhece que, por enquanto, a estrutura é incapaz de dar conta dos resultados. “Enquanto isso, não nos resta outra alternativa a não ser cuidarmos da nossa própria segurança”, explica.

Um dos pontos mais importantes é antecipar-se ao acontecimento. “Vai sair de casa? Dê uma olhada antes de sair. Tem câmera? Veja como está a rua”, recomenda.

Se, apesar de toda a prevenção, o pior acontecer, a indicação é não reagir. “Levante as mãos, mantenha a calma, atenda e reze para acabar logo. Vou enfatizar a importância de atuar no preventivo. O bandido leva o celular, mas deixa o trauma. Isso pode desencadear síndrome do pânico e uma série de outras doenças”.

OS EFEITOS NA SAÚDE

“Hoje, a violência é um sério problema de saúde pública. Os transtornos ligados à violência são causa significativa de procura de atendimento no serviço de saúde.” A afirmação é feita pelo psiquiatra Adriano Resende Lima, pesqui-sador do Programa de Assistência e Pesquisa em Violência (Prove – Unifesp).

O Prove é um ambulatório especiali-zado no tratamento do transtorno de estresse pós-traumático (Tept). A cada dez pessoas expostas a uma cena de violência, uma de-senvolve o problema, caracterizado por um quadro de ansiedade que inclui sintomas de irritabilidade, insônia, taquicardia e até de-pressão. “A pessoa tem lembranças da cena na forma de flashback ou pesadelos; fica em estado de alerta o tempo todo, achando que pode sofrer a vio-lência de novo, e evita qualquer tipo de local ou situação que possa lembrar o ocorrido”, explica Adriano.

O tratamento varia, mas geralmente é farmacológico, com complementação psicoterápica.

O Prove existe desde 2004 e, nos últimos anos, tem registrado crescente procura pelos serviços.

COMO AGIRIdentificou atitude estranha: ligar 190Confirmada a ocorrência, registrar boletim no 14º ou 15º DP (não funciona à noite e nos fins de semana)14º DP: r. Deputado Lacerda Franco, 372, Pinheiros, tel.: (11) 3032-110015º DP: r. Dr. Renato Paes de Barros, 340, Itaim Bibi, tel.: (11) 3079-8244Se preferir, realize o boletim de ocorrência na delegacia eletrônica pelo site ssp.sp.gov.br.

OS NÚMEROS DA 2ª CIA DO 23º BPM

Janeiro e fevereiro de 2018 (em comparação ao mesmo período do ano passado)36% de aumento nas ocorrências de furto23% de aumento nas ocorrências de roubo14% de aumento nas ocorrências de furto e roubo de veículos

2017 1.981 ocorrências31.204 pessoas em atitude suspeita109 presos em flagrante25 apreensões de armas de fogo26 apreensões de simulacros de arma de fogo (armas de brinquedo)3.666 veículos vistoriados e 13.025 motocicletas24 capturados procurados pela Justiça

2016 e 2017 para as residências34% de redução de furtos40% de redução de roubos

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#dicasdeleitura

ESPAÇO DO LIVROQualquer produto comprado à vista sai com 20% de desconto. Depois de usá-lo, o cliente pode voltar à loja e trocá-lo pela metade do valor que pagou em créditos. Rua Teodoro Sampaio, 539, Jardim Paulista Tel.: (11) 3476-1180

BASQUES2Grande, tem os melhores preços da região.Rua Teodoro Sampaio, 623, Jardim Paulista Tel.: (11) 3081-6031

JÓIAVá ao fundo da loja e confira a boa seleção de vinis.Rua Teodoro Sampaio, 669, Jardim Paulista Tel.: (11) 96778-0587

MEMÓRIAO amontoado de livros traz uma graça a mais para o lugar.Rua Cristiano Viana, 488, Jardim Paulista, Tel.: (11) 3064-0312

LIVRARIA ACERVOCharmoso, com cara de livraria de bairro. Especializado em edições esgotadas.Rua Artur de Azevedo, 723, PinheirosTel.: (11) 3062-0951

SAGARANAApaixonados por sebos vão gostar de visitá-lo e revirar as estantes.Rua Fradique Coutinho, 628, Pinheiros Tel.: (11) 3032-9997

DOM QUIXOTEPara fanáticos por séries. Avenida Pedroso de Morais, 824, PinheirosTel.: (11) 3032-3001

SEBO CULTURALCom duas unidades na mesma rua, vale a pena conferir o acervo.Avenida Pedroso de Morais, 833, PinheirosTel.: (11) 3031-6797

RED STARTem em torno de 50 mil livros.Rua Teodoro Sampaio, 2.040, Pinheiros Tel.: (11) 3813-0316

AVALOVARAÓtimo para quem gosta de séries.Avenida Pedroso de Morais, 809, PinheirosTel.: (11) 3815-7215

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AGORA NOS JARDINS!VENHA CONHECER UM ESPAÇO ÚNICO DE EDUCAÇÃO INTERNACIONAL!RUA DA CONSOLAÇÃO, 3433 | (11) 3129-7681 | [email protected] | STB.COM.BR

É com um sorriso no rosto que Raimundo Franco de Moraes, o Chico, demonstra a satisfação de nunca ter derrubado um pra-to de comida na roupa de um cliente. Ele é o garçom mais antigo da Bom Bom, lanchonete que, há mais de 40 anos, é ponto de en-contro no Jardim Paulistano. Com 32 anos de casa, Chico já tentou abrir seu próprio negócio e passou um tempo equilibrando pratos em Juquehy, mas sempre que volta é recebido de braços abertos pelo time da Bom Bom.

O público da Bom Bom é formado por fregueses assíduos, que fazem da feijoada o prato mais pedido da lanchonete. Nascido no Ceará, Chico diz que lidar com os clientes é tarefa fácil, afinal o bair-ro é tranquilo e frequentado por gente bacana.

Quem comanda o local, há cerca de dez anos, é o paraibano Marconi Cleinildo Ferreira de Lima. Terceiro proprietário da casa, ele não tem intenção de mudar o perfil do negócio para algo mais badalado. Demonstra muito respeito com questões de horário e sossego dos vizinhos e se orgulha em saber que a histó-ria da Bom Bom é a de diversas gerações que já passaram por ali.

Após 25 anos trabalhan-do como jornalista, Ricardo Lombardi decidiu, em 2014, que era hora de pedir as con-tas e se aventurar em uma nova jornada. Formado em comunicação, aproveitou o que estava mais próximo. “Quem trabalha com letras obviamente tem uma afeição especial a livros”, explica.

Entre as ruas residenciais do bairro de Pinheiros, na pe-quena garagem de um prédio da década de 1950, Ricardo viu a oportunidade de abrir o sebo Desculpe a Poeira. A ideia inicial era vender livros pessoais, mas o negócio cres-ceu. O espaço é pequeno, en-tão Ricardo é rigoroso com o que vai para as estantes.

Oásis literárioSegundo ele, o Brasil não é

um país que reconhece o va-lor da leitura, mas, de uns anos para cá, Ricardo tem notado o crescimento do número de interessados por livros. De sua parte, agradece o estímulo dos pais, que desde cedo o incenti-varam, tradição que ele man-tém com os dois filhos.

Sobre as diferenças entre livros novos e usados, Ricar-do afirma que estes últimos têm muito mais graça. “Gos-to da carga histórica que eles carregam, da forma como co-nectam pessoas e da possibi-lidade de dar vida nova a algo que estava ganhando poeira em casa”, conta.

Hoje, Ricardo se dedica exclusivamente ao sebo. Nos

dias mais quentes, espalha mesas e cadeiras pela calçada, o que torna o ambiente bas-tante agradável.

No perfil do sebo nas re-des sociais, as publicações são caracterizadas por versos, poemas e trechos de livros. “Normalmente, vendedores só expõem produtos, promoções e buscam apenas o lucro”, afir-ma Ricardo, que se preocupa em cativar os internautas mos-trando conteúdo. “As pessoas se interessam, perguntam e marcam amigos nas postagens. Acaba funcionando como marketing indireto”, diz.

O acervo do Desculpe a Poeira pode ser conferido pelos sites Amazon, Mercado Livre e Estante Virtual.

#achamosegostamos...

BARÚ MARISQUERÍA Chef colombiano, ex-Suri,

abre pequeno restaurante à base de peixes e frutos do mar na charmosa Villa San

Pietro, da rua Augusta.Rua Augusta, 2.542,

Cerqueira César Tel.: (11) 3062-0898@barumarisqueria

De bandeja

LUIZA DIAS 111 A designer de joias abre sua nova loja com criações que fogem do óbvio e um mix

único de materiais.Rua Mateus Grou, 509,

PinheirosTel.: (11) 94299-7512

@luizadias111_

BOTANIKAFÉ Caracterizado por seu típico brunch australiano, também

funciona como uma loja de botânica.

Rua Padre Carvalho, 204, Pinheiros, de quarta a

domingo, das 9h30 às 16h30. Tel.: (11) 3819-0726

@botanikafe

MYFOTSLoja atemporal com foco em

produtos confortáveis. Traz coleções femininas,

infantis e linha casa.Rua Padre Carvalho, 379,

PinheirosTel.: (11) 94222-5519

@myfots

MATILDA LANCHES Em um ambiente informal e

descomplicado, a lanchonete elabora sanduíches criativos,

trazendo também opções para veganos e vegetarianos.

Rua Bela Cintra, 1.541, Consolação

@Matildalanches

NAKED Linha de sorvete 100%

natural, feito com pedaços de frutas e à base de água

de coco. Sem açúcar e conservantes.

Mundo Verde, rua Oscar Freire, 295

@sorvetenaked

MOVED BY MINDFULNESS Primeiro estúdio de meditação do Brasil

com sessões diárias de segunda a sábado.

Al. Gabriel Monteiro da Silva, 1.394, Jardins.

Tel.: (11) 3084-4113@movedbymindfulness

PINGA Espaço fashion de Catharina

Johannpeter e Gabriella Paschoal, reunindo grifes autorais e jovens talentos

garimpados por elas.Rua da Consolação, 3.378,

Cerqueira César@pinga

Sobe o som!A onda gastronômica

dos food trucks injetou boas doses de inspiração também no universo musical. Única loja móvel de vinis no Brasil, o Sonzera Records Vinyl Truck passeia pelas ruas paulistanas conduzindo, no interior, uma rica coleção de LPs, uma curadoria de raridades musicais que vão de jazz a forró. A van, que frequentemente dá as caras na feirinha do Bixiga, acaba de estacionar na Oscar Freire para emprestar um pouco de musicalidade à região!

sonzerarecords.com

Extraordinárias: Mulheres Que Revolucionaram o BrasilAutores: Aryane Cararo, Duda Porto De SouzaEditora: Seguinte

Móvel Moderno Brasileiro Autoras: Maria Cecília Loschiavo dos Santos e Tatiana SakuraiEditora: Olhares

Dica do Ricardo A série Em Busca do Tempo Perdido, de Marcel Proust (Nova Fronteira). Um dos livros mais citados e menos lidos da história. Para tempos apressados, um romance que exige uma literatura atenta e lenta.

GUIA DE SEBOS

Page 6: aQuadrajornalaquadra.com.br/pdf/edicao-05.pdf · êrê. Diz-se que uma prova seria o fato de que, em 1584, um decreto da câmara previa uma multa de 500 réis para os que cortassem

10 11Vi d a d e B a i r r oVi d a d e B a i r r o

Desde a década de 1970, o arquiteto, urbanista e pro-fessor emérito da FAU-USP Cândido Malta Campos Filho cuida do verde das calçadas da quadra em que mora e adotou informalmente uma pequena praça na rotatória das ruas Itapirapuã e Desembargador Vicente Penteado.

Ele explica que o fascínio pelo verde vem desde os tem-pos de infância. “Na fazenda da família em Santa Rita do Passa Quatro, no centro do estado de São Paulo, já praticava essa compulsão por cuidar de plan-tas. Aos 12 anos, eu me dedica-va a um pequeno abacaxizal. Nunca mais parei. Acho que é por isso que moro em casa e tenho uma casa de campo com um extenso jardim”, explica.

“Tenho uma goiabeira, uma cerejeira do sul e tam-bém uma araucária no jar-dim da frente que plantei na década de 1970. Na chácara faço mudas de araucária e, todo ano, planto umas 20, 30 e ainda dou para os vizi-nhos”, completa.

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Criado em 2016, o Instituto Gustavo Rosa nasceu com o objetivo de identificar as mais de 5 mil obras do artis-ta, organizar informa-ções sobre cada uma e registrá-las fotografica-mente para que este-jam presentes no futuro Catálogo Raisonné de Gustavo Rosa. A obra do artista tam-bém serve de inspira-ção para crianças com pouco acesso à cultura por meio do projeto Pintando o Bem na escola, que recebe grupos de alunos para visitas guiadas ao espa-ço, no Jardim Paulista.Já o Pintando o Bem na saúde compartilha a obra do artista em ambientes dedicados a tratamentos de saúde. Rua Veneza, 920, Jd. PaulistaTel.: (11) 3887-824/3051-5784www.gustavorosa.com.br

COR PARA A VIDA

Oásis criativo de estetas apaixonados por design, a alameda Gabriel Monteiro da Silva ganha mais um espaço do tipo tem-que-ir: a Fleur Design. Cynthia Cutait, ha-bituée do Jardim Paulistano, já havia mirado a lupa sobre a região e identificado a ausên-cia de uma boa loja para quem quer comprar arranjos no bairro. Não deu outra. Cyn-thia ativou sua veia empreen-dedora e inaugurou a própria floricultura-butique.

Mas saiba que a paixão de Cynthia por flores é história

Flores raras

Jardineiros fiéis

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O homem dos jardins

O barão das árvores

O italiano Angelo Naj Ole-ari tem um caso de amor com as plantas, flerte que começou após a morte do irmão. “Não sabia qual luz seguir, então as plantas me acolheram de noite e de dia”, conta no livro Sementes Corajosas.

Nascido em Milão, Angelo foi artista do grupo Fluxus e administrou a tecelagem da família – a Naj Oleari, famosa na Itália. Em 1975, fundou o centro botânico de Milão para pesquisas e difusão do cultivo silvestre, mesmo propósito da Brave Seeds International As-sociation, da qual é presidente.

Hoje, divide-se entre São Paulo e o sítio – localizado entre Campinas e Jaguariúna. Lá, de-dica-se ao cuidado com a terra, à reprodução de espécies, à jardi-nagem e às consultorias na área.

Estimular o contato das crianças com a natureza. Promover o cuidado com a terra, o plantio e a colheita. Essas são as palavras de ordem que bem definem a hortinha educativa da praça Gastão Vidigal, um projeto comunitário que reúne pais, famílias, vizinhos e frequentadores do bairro. Fincada no Jardim Paulistano, a horta estimula o contato harmonioso, respeitoso e consciente das crianças com a natureza por meio de oito canteiros elevados triangulares em formato de rosa dos ventos. Tudo isso para ensinar aos pequenos um senso geográfico de espaço relacionado com a trajetória do sol e as estações do ano. Informações com Manu pelo telefone: (11) 99633 5590

Horta na praça

antiga: uma adoração her-dada da avó e cultivada com carinho desde a infância. Na época, a pequena costumava passar temporadas na fazen-da da família, em Minas Ge-rais, onde brincava rodeada por antúrios e hortênsias coloridas que lá floresciam. “Costumava pegar a man-gueira para esguichar água nas plantas e flores”, relem-bra. “Era um passatempo te-rapêutico”, completa.

Arquitetada por Roberta Cecchi, a Fleur Design aco-moda, no interior, uma câ-mara especial ocupada por 60 tipos de flores, a maior parte originária de Holam-bra. Há rosas, astromélias,

begônias e dracenas a perder de vista. Espécies que dão vida aos arranjos criados in loco por Cynthia, dois floris-tas e Orlandio Santos, mes-tre consultor que também assina a vitrine da floricul-tura duas vezes por semana. “A parte mais importante do nosso DNA é o design, por isso inaugurei a Fleur na alameda Gabriel Monteiro da Silva, polo criativo paulis-tano.” O resultado do olhar cuidadoso de Cynthia é um catálogo povoado por cria-ções afetivas, pura personi-ficação de uma infância em que a única preocupação era regar flores!

@_fleur.design

Kombi dos sonhosA Kombi dos Sonhos é um dos projetos do Slow Kids, evento

criado pelas sócias Tatiana Weberman e Juliana Borges. Voltado ao público infantil, acontece de uma a duas vezes por ano e che-ga a reunir 8 mil pessoas. “Cresceu muito, então, como queria le-var o conceito para mais gente, surgiu a Kombi”, explica Tatiana.

Colorida e lúdica, ela estaciona em espaços abertos ou eventos com objetivos bem claros: trazer a infância de volta às crianças e incentivar o contato com a natureza. De dentro, saem sete esta-ções que criam um grande espaço de brincar livre para pequenos de até 8 anos. Entre as atividades, pintura, música e leitura.

Tatiana conta que foi para Freiburg, na Alemanha, pesquisar lugares de brincar. “Lá é uma espécie de cidade amiga da crian-ça. Vários espaços urbanos foram transformados para torná-los mais atrativos para o público infantil.”

O veículo, modelo 1972, também conhecido como Corujinha, é dirigido pela própria Tatiana. “As pessoas ficam encantadas. Acenam, buzinam; já vieram até perguntar se eu vendia sonho”, diverte-se. “Passei três meses atrás dessa Kombi. Vi mais de 300. Essa não tinha farol, mas por dentro estava ótima e tinha uma carinha mais imponente.”

slowkids.com.br

DICAS DOS VIZINHOS

CAÇA AOS VAZAMENTOS Wagner Terasaka: (11) 99910-7594Sea Leaks: José Carlos (11) 99114-2066 CHAVEIROLucerna Chaveiro: (11) 99369-1507CONSERTO DE PORTÃO ELETRÔNICOPedro: (11) 99713-5655Rogério: (11) 99982-3455Carlos Eduardo: (11) 95718-1375TELHADOHildo: (11) 98122-9372EMPREITEIRO Serviços geraisEdivaldo: (11) 94790-3037SERRALHEIRO:Giuseppe Maia: (11) 9489-09122

CONTROLE DE PRAGAS URBANAS Nagazaki descupinização (11) 94720-5478 Sanear dedetização (11) 3451-6646/4771-1814LIMPEZA CAIXA D’AGUA Naazaki: (11) 94720-5478 e (11) 5666-1444ADESTRADOR CÃES Gilberto: (11) 98114-5000Vivi Dog Camp: (11) 3061-0994Flavia: 99393-1421 APLICATIVO do “BICOS” Plataforma Bicos Online para encontrar o melhor profissional e o melhor preço. www.bicos.com.brSOLICITAR PODA DE ÁRVORES www.capitalsp.gov.br

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A PadeiraDo ateliê chefiado por Alethéa Suedt saem pães fresqui-nhos feitos com noz-pecã, melado de romã, ervas frescas e outros ingredientes naturais. Rua Isabel de Castela, 426Vila Madalena, tel.: (11) 3034-3514apadeira.comJulice BoulangèreSob o comando de Julice Vaz, o espaço oferece um menu de pães rústicos como ciabatta, baguete, croissant e brioche. Rua Dep. Lacerda Franco, 536 Pinheiros, tel.: (11) 3097-9162julice.com.brPÃOUm clássico da cidade. São pães feitos com farinha orgânica e sal do Himalaia assados na pedra, à moda antiga. Rua Bela Cintra, 1.618 Jardins, tel.: (11) 2193-2116padariaartesanal.com.brFuturo RefeitórioSob a chefia de Gabriela Barretto (Chou), o local tem um menu bem foca-do em vegetais, grãos e frutas. Há ainda uma boa seleção de pães assinados por Hanny Guimarães. Cônego Eugênio Leite, 808, Pinheirosfuturorefeitorio.com.brBenjamin A PadariaEsta tradicional casa paulistana se des-taca pelos pães de fermentação natural de dar água na boca. Peça a broa mineira e o pão de queijo. Rua dos Pinheiros, 573Pinheiros, tel.: (11) 3062-0846benjaminapadaria.com.brPadoca do ManíTípico café da manhã brasileiro! Os pães são um espetáculo, todos feitos na casa com ingredientes de primeira. R. Joaquim Antunes, 138Jd. Paulistano, tel.: (11) 2579-2410manimanioca.com.br/padocadomani

À esquerda, Carlos Alberto a bordo de um dos itens de sua coleção; acima, a sala em que reúne os amigos; abaixo Rubem Duailibi, em sua oficina no Butantã; Carlos com seu Ford Tudor 1928; abaixo, seu xodó, o Steyr-Puch 220

“ O vírus da ferrugem entra na veia e aí... Nun-ca mais.” A explicação

do publicitário e jornalista Rubem Duailibi para o vício em carros clássicos é quase científica. Rubem foi “con-taminado” pelo próprio avô. “Ele era comprador de brin-quedos importados na Sears Roebuck, então trazia vários carrinhos de montar para casa. Parti de fazer carrinho em miniatura em escala 1 pra 24, depois 1 pra 12 e, quando completei 16 anos, resolvi fa-zer 1 pra 1. Comecei a montar e a restaurar carros antigos e mexo com isso até hoje. Lem-bro muito do que minha avó dizia: ‘Quem faz trabalho ma-nual consegue emprego em qualquer lugar do mundo’”, diz Rubem.

Já são mais de 40 anos de-dicados à restauração e pre-servação da memória auto-mobilística. Ao lado do sócio, Marcelo Cassari, com quem comanda a oficina Galpone, Rubem já perdeu a conta de quantos carros tem na cole-ção e quantos já recuperou. “O mercado era pequeno no Brasil. De 1977, quando co-mecei, até hoje, cresceu mui-to”, conta.

Rubem iniciou sua coleção pelos Porsche – ele foi pre-sidente do Porsche Club do Brasil por dez anos – e, hoje, seu acervo tem um perfil bem específico: carros esporti-vos europeus com design. “Tenho Pininfarina, Ferrari,

Ferrugem na veiaDois colecionadores de carros antigos que têm algo que vai além do hobby: eles ajudam a preservar a memória automobilística

Porsche e Pietro Frua”, diz.O item mais raro é um

Rolls-Royce 1932. “Ele está sendo restaurado há quatro anos, e ainda falta tempo. Eu o desmontei inteiro. Era do Émile Dubonnet, dos vinhos Dubonnet, e veio para o Bra-sil pelas mãos do Santos Du-mont”, explica Rubem.

O Rolls-Royce está para-do há mais de 60 anos, mas Rubem faz seus bibelôs cir-cularem. “Ando com carro clássico todo dia. É como diz meu amigo Vicente von der Schulenburg: ‘Carro parado é ‘autofixo’, não é automóvel. Carro parado não faz história’.”

Guiado pela paixãoVocê já deve tê-lo visto

flanando por aí. Charmoso, tranquilo, ele circula pelos ar-redores do bairro e atrai olha-res por onde passa.

Ele é o belo Chevrolet Furgão 1951 que realiza as

entregas da Quitanda. O veí-culo é um dos 20 exemplares da coleção de automóveis antigos do empresário Car-los Alberto Costa, dono do estabelecimento da rua Ma-teus Grou.

“Sempre tive paixão por carros antigos. Meu primeiro foi um Fordinho 1929. Com-prei em 1970, quando era estudante de engenharia em Bauru. Ele me serviu por dois anos, até que eu comprasse o segundo Fordinho, um Tu-dor 1928”, explica Carlos.

Na época, ele precisava de um veículo que abaste-cesse a frota de carrinhos de hambúrguer e cachor-ro-quente que administrava nas imediações das facul-dades de engenharia, direi-to e filosofia, o Burguesão. A cor inicial – amarelo com para-lamas pretos – rendeu ao carro o apelido de Lindo-neia. “Era uma diversão sair com a capota arriada e levar

os netos para tomar sorvete”, relembra Carlos.

Os outros destaques da coleção são um Rolls-Roy-ce 1972 que pertenceu a Bill Clinton – presente da Em-baixada do Reino Unido em Washington – e um Alfa Ro-meo 2000 (1967) fabricado no Brasil a pedido de Jusce-lino Kubitschek. “Sempre quis ter um carro desse, mas o preço era absurdo”, diz Carlos. Foi só em 2008 que conseguiu comprá-lo. Após um ano de restaurações, fi-cou novo em folha.

A raridade fica por conta do Steyr-Puch 220, o único do modelo no Brasil. Car-los comprou o carro, há oito anos, em estado lamentável.

“Já fui até para a Áustria atrás de peças. Falei para o vende-dor que tinha um Steyr no Brasil, e ele não acreditou. “Ainda está em reforma, mas espero estar passeando com ele no segundo semestre”, diz Carlos, que garante usar todos os veículos no dia a dia.

Na rota do pão

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No café da manhã Flávia Maculan come pão acompanhado de avocado e ovos mexidos. No almoço e no jantar, saboreia com um bom azeite. Pois foi justamente assim, comendo e degus-tando, que o flerte de Flávia com os pães floresceu. “Eu me encantei pelo sabor de um pão de fermentação na-tural que provei durante uma viagem”, relembra. Amor à primeira mordida? Muito provavelmente.

Bióloga por formação, Flávia se rendeu ao universo da panificação e deixou de escanteio o antigo lifestyle para fazer dois cursos em São Fran-cisco: um na Tartine Bakery e outro, no San Francisco Baking Institute. Ao fincar novamente a bandeira no Brasil, retirou da bagagem os conhe-cimentos acumulados até então, co-locou a mão na massa, literalmente, e abriu o Tøast, um ateliê bem caseiro que resgata a beleza do fazer artesa-nal. “Quis algo menor para poder con-trolar a qualidade de cada pão”, diz. Rigorosa, ela faz questão de hidratar cada filão (feitos com cerca de 85% de água) e assá-los em altas tempera-turas. Usa também sal marinho sem

iodo, farinhas orgânicas não branque-adas e grãos germinados em casa. Para quem quer comprar os filões assados no local, basta encomendar pelo site e buscar pessoalmente no espaço.

Mesmo longe do ateliê, a padeira não tira o avental. Em casa, aproveita para fazer massas como tortello e ag-nolotti, pizzas e brioche, tipo de pão que ainda não é vendido na Tøast. E é bem na hora de provar as delícias que a ex-bióloga acaba tendo algumas sa-cadas geniais. “Adoro espaguete cacio e pepe, por exemplo. Um dia, enquan-to saboreava o macarrão, pensei: vou fazer uma focaccia cacio e pepe!”, co-menta. Aos sabores clássicos de pão ela vai acrescentando toques pesso-ais, como azeitonas temperadas com raspas de limão-siciliano e tomilho. Independentemente dos sabores, os pães de Flávia têm algo em comum: casquinha crocante e miolo macio que fazem até os mais disciplinados escaparem da dieta. Para comer quen-tinho com manteiga e uma xícara de café com leite. Simples assim!

toast.fm @flavia_maculan

ROTEIRO DAS PADOCAS Colomba pascal do

chef Andrea Montella, do hotel EmilianoLevain:50 g de levain100 ml de água100 g de farinha de trigo75 g de farinha de trigo integralEm uma tigela, juntar todos os ingredientes e misturar bem. Modelar uma bola e deixar fermentar por 12 horas.Esponja:150 g de farinha de trigo150 ml de água20 g de fermento biológico secoEm outro recipiente, misturar os ingredientes e deixar fermentar por 50 minutos.Massa:850 g de farinha de trigo100 ml de água400 g de levain150 g de açúcar50 g de açúcar mascavo15 g de sal140 g de ovos100 g de gemas200 g de manteiga15 ml de essência de flor de laranjeira20 g de lecitina de sojaJuntar os ingredientes secos, levar à batedeira e misturar. Acrescentar o levain e a esponja já bem ativos, além das gemas, da essência de flor de laranjeira e da lecitina de soja. Quando a mistura estiver homogênea, colocar água aos poucos. Por último, acrescentar a manteiga. Sovar bem até atingir o ponto de véu (que desenvolva a rede de glúten e a massa fique translúcida ao ser esticada).Recheio500 g de gotas de chocolate150 g de laranja cristalizadaRaspas de limão-sicilianoDeixar a massa descansar por 5 min. Pôr o chocolate, a laranja cristalizada e as raspas de limão. Mexer bem. Fracionar a massa em seis partes de 500 g e moldar nas fôrmas.Cobertura150 g de farinha de amêndoas90 g de clara de ovo180 g de açúcar de confeiteiroMisturar os ingredientes e pincelar o creme sobre as colombas.FermentaçãoFermentar por 8 horas a 12oC.CozimentoAssar por 25 minutos a 160ºC e deixar descansar por 12 horas.

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Marcas de sucesso em uma casa super charmosa nos Jardins

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por mês. A procura é maior no começo do ano. Todo fim de ano é um fechamento de ci-clo, então sempre recebemos muita gente quando esse ciclo se reinicia. As pessoas procu-ram o budismo pela dor”, diz.

Segundo ela, o principal responsável pelo floresci-mento do budismo kadampa no Ocidente é Geshe Kelsang Gyatso. “Foi ele quem tradu-ziu os ensinamentos de Buda para nós, ocidentais. Depois de uma tentativa frustrada de dar aulas na Inglaterra no es-tilo tibetano, ele voltou para o Tibete, aprendeu a falar in-glês e escreveu todos os livros que usamos hoje.”

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A caminho do altarUma seleção para maio: para muitas mulheres, o mês mais aguardado do ano “Dotada de alegria”, diz

o nome dela em sânscrito. Monja Gen Mudita, diretora espiritual nacional da nova tradição kadampa no Bra-sil, é a professora residente do Centro de Meditação Kadampa Mahabodhi, em Pinheiros. “Quando somos ordenados, mudamos nossa identidade. Na cerimônia, recebemos um nome e assu-mimos alguns compromis-sos, como cortar o cabelo e manter a abstinência sexual”, explica Gen Mudita.

“Desde a infância sempre tive uma busca espiritual. Ve-nho de uma família de católi-cos não praticantes. Sempre fui muito lógica, e o catolicis-mo não me dava a razão que eu procurava. Até que, há uns 15 anos, aconteceu. Eu esta-va em um momento de dor mental e desencontro com a vida. Passei em frente ao centro, que antigamente era na Fradique Coutinho, e vi um banner: ‘Mude sua mente, mude o seu mundo’. Entrei e, na primeira aula, tive a clara sensação de ter chegado aon-de eu queria”, conta.

Depois disso, nunca mais desgrudou dos ensinamen-tos budistas. Nem da roupa de monja, que usa diariamen-te. “Pego metrô, vou ao super-mercado, busco meus netos na escola, faço tudo vestida dessa forma”, diz.

E chama muito a atenção na rua? “Eu achava que não, pensava que era só mais uma no meio da multidão de São Paulo. Mas uma vez saí com uma amiga, e ela falou: ‘Como não reparam? Só olham para você!’. Daí percebi que as pes-soas fingem que não veem.”

Ela relembra um episódio

A monja do bairro

curioso ocorrido em Floria-nópolis. Na saída de um res-taurante, o pai de um menino de uns 5, 6 anos, virou-se para ele e disse: ‘Ela é uma monja budista’. A criança nem li-gou. O pai insistiu: ‘Ela é uma monja budista’. Então, o ga-roto sentou, me olhou e per-guntou: ‘Você luta o quê?’”, conta, às gargalhadas.

Existem mais de 1.200 cen-tros da nova tradição kadampa pelo mundo, mas é na esquina das ruas Artur de Azevedo e Mateus Grou que se localiza o único da cidade de São Paulo. Lá são oferecidos cursos, aulas de meditação guiada, retiros espirituais, workshops, além de uma série de métodos para práticas budistas.

Monja Gen Mudita explica que a maioria dos frequenta-dores do centro são morado-res do bairro. “Em 2017, aten-demos cerca de 900 alunos

CMK Mahabodhi Rua Artur de Azevedo, 1.360, Pinheiros Tel.: (11) 3476-2328

Lá vem o noivoUm dos aspectos mais importantes do meu trabalho

como consultora de estilo para noivos é orientá-los sobre a escolha da roupa.

Ela vai variar de acordo com o tipo de casamento – formal, informal, rústico ou temático – horário, clima, local e, princi-palmente, o vestido da noiva.

É preciso que ele esteja à altura da parceira, principal-mente para o bom resultado das fotos, que vão eternizar o momento mais importante da vida do casal.

Se a cerimônia for à noite, em um bufê ou hotel mais sofis-ticado, e o vestido da noiva for com muito bordado, minha sugestão é usar:

_ terno em cores como grafite ou azul-marinho bem escu-ro e também com alguma padronagem (escama de peixe, por exemplo). Dificilmente, indicaria o preto, a não ser que o estilo da festa seja black-tie;

_ camisa branca e, de preferência, com punho duplo para usar abotoaduras;

_ gravata diferenciada e bem iluminada (as noivas clássi-cas gostam muito de gravata prata ou off-white);

_ sapatos pretos (para não errar).Uma tendência muito forte tem sido a de casar na praia.

Minha dica para a ocasião é um terno de linho, porque além de ser um tecido muito nobre, é fresco. Esse é um tecido que amassa muito, então, se você for um noivo que se inco-moda com isso, recomendo um tecido em lã com gramatura bem leve, do tipo S’130 (super 130), também chamado pelos italianos de fresca lana.

E a flor na lapela, é importante? O uso dela remonta ao sé-culo 19, ao noivado da rainha Vitória com o príncipe Albert. Ela teria oferecido a ele um pequeno ramo com suas flores preferidas. Ele, sem saber onde as colocar, fez um pequeno corte na lapela do casaco com um canivete e o colocou lá, como prova de amor.

Depois disso, passou a ser comum os alfaiates fazerem essa abertura, o chamado “caseado”.

Deborah Cattani Consultoria para o noivo e imagem masculina em geral. Personal shopper do Shopping Iguatemi São Paulo

Croqui de Emannuelle Junqueira para uma mulher atual. De linho com seda e rendas francesas geométricas e rebordadas em um novo volume, realçando o colo e as costas

OS MELHORES CASAMENTOS DO CINEMA

Quatro Casamentos e um Funeral, 1994Elenco: Hugh Grant, Andie MacDowell e Kristin Scott Thomas. Nesta comédia romântica inglesa, Hugh Grant é o tímido e solteirão Charles. Ele vai a casamentos de amigos ricos, já que é sempre convidado para padrinho, mas ele mesmo não quer se casar. Cartas Para Julieta, 2010 Elenco: Amanda Seyfried, Gael García Bernal, Vanessa Redgrave e Franco Nero.Os atores são o grande charme do filme. Amanda Seyfried e Gael García Bernal são noivos e vão para Verona com sonhos diferentes. Ele é chef e quer conhecer a cozinha e os vinhos da Toscana. Ela é escritora.

A Jovem Rainha Vitória, 2009 Elenco: Emily Blunt, Miranda Richardson e Mark Strong.Emily Blunt é a rainha Vitória, casada com seu grande amor, o príncipe Albert de Saxe-Coburgo-Gota. O filme conta a luta dos dois apaixonados para se casar contra a vontade de todos. Figurinos deslumbrantes.

Mamma Mia!, 2002Elenco: Meryl Streep, Amanda Seyfried, Pierce Brosnan e Colin Firth.Em uma encantadora ilha grega, mora Donna (Meryl

Streep), uma ex-hippie que prepara o casamento de sua filha Sophie. A garota não conhece o pai, mas quer que ele a leve para o altar. A trilha sonora fica por conta do ABBA. Divórcio, 2017Elenco: Murilo Benício e Camila Morgado.Júlio sequestra Noeli no dia do casamento dela com outro. Os dois são apaixonados, mas ele é pobre, e o pai dela não aprova, até que o casal fica milionário com a receita de molho de tomate da família dela.

Outras dicas: Cinderela em Paris, 1957 Elenco: Audrey Hepburn e Fred AstaireO Pai da Noiva, 1991 Elenco: Steve Martin e Diane Keaton O Banquete de Casamento, 1993 Direção: Ang Lee

O Casamento do Meu Melhor Amigo, 1997 Elenco: Julia Roberts e Rupert EverettUm Casamento à Indiana, 2001 Direção: Mira Nair Casamento Grego, 2002 Elenco: Nia Vardalos e Michael ConstantineVestida Para Casar, 2008 Elenco: Katherine Heigl e Edward BurnsCasa Comigo?, 2010Elenco: Amy Adams e Matthew Goode Quatro Amigas e um Casamento, 2012 Elenco: Kirsten Dunst, Lizzy Caplan, Isla Fisher e Rebel Wilson O Casamento do Ano, 2013Elenco: Robert De Niro, Katherine Heigl e Diane Keaton

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#euvistocamargoBuquê Amor Colhido no Campo. Hortênsia branca, rosa spray, rosa exportação, alecrim, estatística branca, fantasia lilás, flor de cenoura, dedinho de anjo natural e flor de dracena

Page 9: aQuadrajornalaquadra.com.br/pdf/edicao-05.pdf · êrê. Diz-se que uma prova seria o fato de que, em 1584, um decreto da câmara previa uma multa de 500 réis para os que cortassem

os visitantes descubram os bairros por meio da arte”, diz.

Galerias da Vila Madalena, de Pi-nheiros, do Itaim e dos Jardins funcio-nam até as 10 da noite para receber o público em exposições, visitas guiadas, apresentações, lançamentos de livros, coquetéis e festas.

“O público vai andar de uma galeria a outra. Isso cria uma vida, uma ocupa-ção, uma segurança para a cidade. Que-remos incentivar as pessoas a andar mais na rua”, explica Fernanda.

Ela ainda chama a atenção para as palestras gratuitas que serão realizadas na quinta e na sexta pela manhã, no Pa-vilhão da Bienal.

“A Betty Ducker, que tem uma das únicas coleções em Los Angeles volta-das à arte latino-americana, fala sobre o acervo dela, que existe há mais de dez anos. Ela tem vindo ao Brasil porque tem obras de artistas brasileiros impor-tantes, como Hélio Oiticica, Lygia Pape e Geraldo de Barros”, conta Fernanda.

A programação completa da SP-Arte está disponível em sp-arte.com

Um dos primeiros diálogos da Co-leção Ivani e Jorge Yunes com artistas contemporâneos e visitantes ocorre durante a 14ª edição da SP-Arte – Festi-val Internacional de Arte de São Paulo.

Em 13 de abril ,será realizada, para convi-dados, uma visita guiada à coleção seguida de brunch. “Acho muito legal essa ideia da Camila de usar o acervo, que tem obras até do século 19, para conversar com a con-temporaneidade”, diz Fernanda Feitosa, diretora e fundadora da SP-Arte.

Entre os dias 11 e 15 de abril, a SP- Arte reúne, no Pavilhão da Bienal e em vários espaços da cidade, mais de 140 expositores. Neste ano, 40 galerias, de diversos países, apresentam alguns de seus artistas mais relevantes.

Fernanda destaca a Gallery Night, circuito entre galerias que antecede a abertura do evento, nos dias 9 e 10 de abril. “É uma iniciativa nossa, em parce-ria com as galerias, para fazer com que

te referente à pintura europeia anterior a 1900. “É uma coleção enorme. Até agora, inventariei algo em torno de 400 peças, mas tem mais do que o dobro disso”, diz. “O Yunes comprava por atacado e, nessas compras, vieram itens de má qualidade e em mau estado de conservação, mas tem muito mais coisas boas.”

Francis Lee, diretora do núcleo Acervo e Pesquisa, com passagens por Instituto Hercule Florence, Instituto Moreira Salles e Coleção Martha e Erico Stickel, explica que foram cria-dos dois bancos de dados. Um, acadêmico, com padrão museológico internacional desenvolvi-

do pela Unesco, o Icom; e outro, para a interface com o público, o Artyou. To-das as obras têm, na parte de trás, um chip com informações. Cerca de 1.200 já estão catalogadas.

“Ele não organizava nada, mas sabia exatamente o que tinha. Uma coisa mui-to legal eram os caderninhos dele. Acho que encontramos uns 50. Neles, como em uma espécie de diário, ele descrevia a negociação, o perfil da pessoa que es-tava vendendo a obra, fazia contas e escrevia poesias. Tudo junto. Dá para per-ceber que o interesse dele por obras de arte ia muito além da estética. Ele foi um colecionador de momentos”, define Camila.

A coleção não é aberta ao público em geral. Apenas colecionadores e pesqui-sadores convidados – e com hora marcada – podem ter acesso às obras. Beatriz conta que já foram firmadas parcerias com museus internacionais (como o Pom-pidou) e instituições nacionais, como Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin, Museu Paulista e MAM. Há também projetos de comodato, doação para institui-ções públicas e empréstimo de obras para exposições.

O futuro“Ele era muito engraçado. Fazia chamada oral nos museus. A gente que-

rendo ir para a Disney e ele: ‘Camila, me fale sobre as pratas’. Ele nos pre-parou de forma doce e light. No fundo, sabia que a gente ia cuidar de tudo”, afirma Camila.

Atualmente, ela comanda a Kura, empresa de consultoria de arte especializa-da na construção de coleções privadas. Um dos primeiros projetos de Camila é o Caixa de Pandora, que vai investir no diálogo entre a Coleção Ivani e Jorge Yunes com artistas contemporâneos. “A ideia é que eles façam releitura da cole-ção, fazendo com que os tempos coexistam”, explica Camila. A primeira expo-sição – a partir de 13 de abril – é do artista carioca Barrão e permanece em cartaz por três meses. “Queremos fomentar o novo. Estamos, inclusive, planejando a criação de um prêmio da coleção para incentivar a carreira de jovens artistas.” Também estão nos planos de Camila mesas-redondas para gerar conhecimen-to e produzir conteúdo.

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Po r TAT I A N A R E Z E N D E Fo to s RO M U L O F I A L D I N I

À esquerda, Camila e Beatriz Yunes Guarita nos jardins da residência da família. Abaixo, o time de profissionais que está identificando e organizando a coleção

São Paulo está ganhando algo muito importante, um verdadeiro museu. Quem afirma é Luiz Marques, professor do departamento de história da arte da Unicamp e ex-curador-chefe do Masp. Ele é um dos curadores resi-

dentes da equipe que está iniciando os trabalhos de organização dos milhares de itens da Coleção Ivani e Jorge Yunes.

A coleção – que se espalha por todos os ambientes da casa da família, no Jardim Europa – é composta por dois acervos: um artístico e outro bibliográfico. O ar-tístico tem uma variedade impressionante. Há pinturas europeias, modernistas brasileiras, cusquenhas e old masters, além de esculturas asiáticas, africanas, lati-no-americanas e europeias. Há ainda desenhos, tankards (canecas), mobiliário, coleções de livros e revistas raras, peças de marfim, prata, cerâmica arqueológica, marajoara e pré-colombiana.

Formada pelo casal ao longo dos últimos 40 anos, a coleção está sendo pesqui-sada, estruturada e catalogada por experts eleitos pela filha, Beatriz Yunes Guari-ta. “Tudo começou depois do casamento. A palavra decoração não existia. O que eles diziam era: ‘Precisamos arrumar a casa’. Minha mãe foi a grande incentivado-ra. Foi, inclusive, quem levou meu pai à primeira exposição”, diz Beatriz.

“Meu avô nunca quis que a gente fotografasse ou catalogasse nada. Ele não comprava uma peça por vez, era logo o lote inteiro. Teve uma época em que a mi-nha avó falou para ele parar, então sabe o que ele passou a fazer? Ele comprava e mandava esconder”, diverte-se a neta Camila. “Quando ele faleceu, no ano passa-do, minha mãe resolveu organizar”, completa.

Em três meses, Beatriz contratou 26 pessoas. No conselho consultivo estão nomes como Adriano Pedrosa, Agnaldo Farias, Ana Magalhães, Jochen Volz, Magnólia Costa, Marcelo Mattos Araujo, Paulo Herkenhoff, Ricardo Ohtake, Vera D’Horta e a própria Beatriz Yunes Guarita. Os curadores residentes são Luiz Marques, Percival Tirapeli e Luciano Migliaccio.

“Estou bem impressionado e entusiasmado porque as obras têm um valor in-trínseco. A Beatriz tem sido lúcida em tentar transformar essa coleção em um ati-vo para São Paulo e para o Brasil”, diz Luiz Marques. Ele é o responsável pela par-

Colecionadores de momentosaQuadra mostra, com exclusividade, a incrível reserva artística da família Yunes Guarita, que começa a ganhar ares profissionais

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C u l t u r a

Ele nos preparou de forma doce e light.

No fundo, sabia que a gente

ia cuidar de tudo.Camila Yunes, sobre o avô

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Várias obras estão expostas nos ambientes da casa, no Jardim Europa. À direita, Fragmento Mestre Valentim, de São Pedro dos Clérigos, Rio de Janeiro

SP é arte

Page 10: aQuadrajornalaquadra.com.br/pdf/edicao-05.pdf · êrê. Diz-se que uma prova seria o fato de que, em 1584, um decreto da câmara previa uma multa de 500 réis para os que cortassem

La Bella PrimeEntre as boas opções de carnes vendi-das nesta pequenina loja dos Jardins há o assado de tira e o prime rib. Alameda Campinas, 1.333, Jardim Paulista, tel.: (11) 3052-2936Casa Santa LuziaNo açougue do tradicional supermer-cado paulistano há carnes de excelente procedência, desde bovinas e suínas, até de coelho, faisão e avestruz. Alameda Lorena, 1.471, Jardim Paulista, tel.: (11) 3897-5000, santaluzia.com.brTemplo da CarneHerdeira de Marcos Bassi, Tati Bassi mantém vivo o lega-do do pai – pioneiro da maturação de carnes no Brasil – e comanda hoje o tradicional restaurante Templo da Carne. Referência quando o assunto é um bom churrasco, ela engrossa o coro de mulheres que preparam carne na brasa em solo nacional. Rua Treze de Maio, 668, Bela Vista Tel.: (11) 3288-7045 [email protected]

Po r I SA B E L A G I U G N O18G a s t r o n o m i a

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Ora trajando seu dólmã, ora ves-tindo um grosso avental de couro, Paula Labaki equilibra

a rotina entre seus dois xodós gastronô-micos: o catering e as carnes braseadas. Duas paixões, aliás, que atestam o apreço da chef pela cozinha. Paula viveu até os 16 anos na fazenda da família na região de Bocaina (SP), onde explorava os fru-tos, os animais e, sobretudo, admirava a mãe, Lena, manuseando as panelas na

Chef e assadora, Paula Labaki resgata a ancestralidade das carnes braseadas e promove a comensalidade ao redor do fogo

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Guerreira das chamas Carne, ela nunca sai de moda

Ao lado e abaixo, Paula Labaki com seu uniforme do dia a dia: o avental de couro. A chef se divide entre o catering e as brasas para enfrentar o calor das chamas e assar toda sorte de carnes

G a s t r o n o m i a

Açougue Central (Alex Atala)R. Girassol, 384Vila Madalena, tel.: (11) 3095-8800

The ButcherR. Ferreira de Araújo, 330Pinheiros, tel.: (11) 3032-5053

Talho CarnesAv. Diógenes Ribeiro de Lima, 2.314Alto de Pinheiros, tel.: (11) 3021-0250

Varanda GourmetR. Deputado Lacerda Franco, 526Pinheiros, tel.: (11) 3031-4586

FeedR. Dr. Mario Ferraz, 547Jardim Paulistano, tel.: (11) 5627-4700

No Bones (açougue vegano)R. Caraibas, 1.243Perdizes, tel.: (11) 3862-9576

Walfenda Medieval Firewood SteakR. Tito, 25Vila Romana, tel.: (11) 3672-1371

C6 (hambúrgueres)Mercado de PinheirosR. Pedro Cristi, 89, boxes 78/80Pinheiros, tel.: (11) 3034-2697

www.facebook.com/pisellimaravilhoso/

@restaurantepiselli

www.piselli.com.br

(11) 3081-6043

O jeito mais gostoso de celebrar a Páscoa

“Não temos: telefone, cartão de visita, Facebook, site, wi-fi, espaço suficiente, salada, comida vegetariana em geral, espaço gourmet, reservas, mesas para grupos grandes, exceções de horário, equipe de cozinha e fres-cura”, avisa o cardápio do restaurante Underdog, na rua João Moura.

Desde o fim do ano passado, os car-nívoros bem-humorados comemo-ram a chegada da nova casa do grupo, a carniceria Underdog Del Campo.

“A gente sempre teve mais deman-da do que oferta. Formam-se filas imensas na calçada, então passamos para o outro lado da rua”, explica o ar-gentino Santi Roig, sócio do local. “A gente não é é açougue nem butique de carnes. Nossa ideia é ser uma extensão do restaurante e fornecer os cortes do nosso cardápio para o cliente fazer em casa. No caso de ele comer uma pale-ta sem colágeno e gostar, temos para vender”, completa.

“Não tenho frango, mas tenho língua, joelho e cabeça do porco, glândula do pescoço [molleja] ou do coração do boi e morcilla espanhola.

Underdog Del CampoRua João Moura, 548, Pinheiros.Terça a sábadodas, 18h30 às 22h(jantar); domingo, das 12h às 16h.Breakfast sábadose domingos.@underdogbar

ROTEIRO DA CARNE

São carnes que custam entre R$ 70 e R$ 90 o quilo. As pessoas se assustam. Algumas já entenderam a proposta, mas 70% das que entram aqui pedem patinho e coxão mole, então talvez te-nhamos esses cortes no futuro.”

Além de carnes diferenciadas, a Un-derdog Del Campo fornece todo o ma-terial para quem gosta de preparar um bom churrasco, como facas, churras-queiras estilo parrila, lenha e serragem.

Apesar de não ser um restau-rante especializado em carnes, o El Carbón, novo empreendi-mento do restaurateur Juscelino Pereira, lança mão de um aliado infalível para atrair carnívoros: o aroma do carvão em brasa.

Ele conta que o forno é o ícone da casa. “A carne ali tem um sabor superespecial, porque ela assa e defuma ao mesmo tempo”, diz Juscelino.

CARNE MEDITERRÂNEA

A técnica de cocção veio pelas mãos do chef e sócio Marcelo Mar-tino, que trouxe a novidade de an-danças pela Espanha.

“Acho que essa coisa da carne é uma tendência gastronômica que chegou forte ao Brasil há uns cinco anos”, diz Juscelino. “Há uns quatro, cinco anos, estava na Itália, e uma amiga chef de cozinha me convidou pra comer em um lugar na região de Puglia. Ela me levou a um açougue. Escolhemos o corte, os acompanha-mentos, a carne foi grelhada na hora, e comemos ali mesmo”, explica.

“A história com o El Carbón veio daí, conversando com o Walter Ros-si, que também é meu sócio, em Jo-anópolis, nossa cidade natal. Estáva-mos à beira da represa fazendo um churrasquinho, e falei daquela ex-periência na Itália. Daí começamos a pensar em algo”, conta Juscelino.

El CarbónJardim Pamplona Shopping Rua Pamplona, 1.704Jardim PaulistaTel.: (11) 4171-0727

cozinha. Foi brincando perto do fogão a lenha que ela pavimentou uma história costurada pelo gosto de comer bem.

Mulher da brasa da cabeça aos pés, a chef é uma das poucas figuras femininas que, com a faca e o cutelo na mão, enfren-ta o calor do fogaréu (às vezes, por 18 ho-ras) para assar carnes. E há uns bons dez anos, Paula é adepta de um movimento que tem ocupado cada vez mais espaço na gastronomia: o nose to tail. Para quem

não sabe, a gente explica: o conceito adota como missão elementar o aproveitamen-to total do animal. Ideias como “carne de segunda” são totalmente descartadas nessa filosofia gastronômica. Hoje, uma constelação de novos cortes tem des-pontado a todo vapor no mercado na-cional, que é um dos melhores e maiores do mundo, por sinal. “O universo tem se expandido, e o brasileiro está cada vez mais exigente com a carne que consome”, pontua Paula

Para os cozinheiros de primeira via-gem, a chef dá algumas dicas de ouro. Sobretudo, é essencial investigar a proce-dência, fator que afeta completamente o sabor e a textura da carne. Vale investir em um bom açougue-butique, que saberá in-formar com precisão a origem do alimen-to. Ah, uma frigideira de qualidade, uma boa manteiga e um tempero básico de sal e água também são essenciais na hora de

OS ELEITOS

bancar o mestre-cuca! Vai fazer um bom churrasco? Sem problema. Use carvão e incremente a combustão com lascas de lenha (sem resina, por favor) para perfu-mar e garantir mais sabor.

Se você é da turma dos gourmands de plantão e quer apostar em um preparo mais arrojado, faça as carnes em fogo de chão à la Francis Mallmann. “Você pode cavar um buraco e fazer um curanto chileno, ou preparar no varal, uma das minhas técnicas preferidas”, recomenda Paula. E saiba que ela assa desde cortes bovinos até porcos inteiros, novilhos e cordeiros no varal. Um ritual mágico, que resgata a ancestralidade do fogo e demanda, além de técnica, muita pa-ciência. Para acompanhar, legumes na brasa, salada de batata ou chutney, com-plementos perfeitos para uma verdadei-ra festa bárbara de dar água na boca!

paulalabaki.com.br@plabaki

Tel.: (11) 2365-1348 greccocoppola.com @greccocopolla

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Po r A R I Z L A O L I VI E R I20C a m i n h a d a

21

S ou Arizla Olivieri, 28 anos, pau-listana da Mooca, meu! Sou for-mada em moda e arquitetura e

urbanismo. No trabalho de conclusão do curso de arquitetura, desenvolvi o projeto de integração de patrimônios históricos do bairro da Mooca.

Ha pouco tempo, saí de onde traba-lhava e comprei passagens para viajar por alguns lugares do mundo; louca para desbravar cidades a pé e conhecer novos locais e pessoas!

Mooca, ma che!

A fundação do bairro data do século 16, logo após o descobrimento do Bra-sil, em 1556.

Mooca significa lugar de fazer ca-sas e foi o local que muitos imigrantes (a maioria italianos) adotaram como nova moradia ao chegar ao Brasil no início do ciclo do café e, depois, na fase da industrialização. A ocupação da região se deu ao longo da linha férrea, onde historicamente estão concen-tradas as fábricas e os empregos. Essas características trouxeram um novo contingente populacional.

A grande concentração de indústrias deixou um legado histórico que definiu a cultura e a tradição locais, a origine operare, que ainda é muito cultuada e falada pelos moradores. Outra tradi-ção do bairro é ter seu próprio idioma, o “mooquês”, facilmente identificado pelas pessoas que não são de lá.

A Mooca respira tradição. Não é à toa que o clássico passeio dominical é assistir a uma partida do Juventus, al-moçar na Esfiharia Juventus e dar um pulinho até a Di Cunto.

Mas nem só de passado vive a Moo-ca. Ela está em uma nova fase, com o Distrito Mooca, lugar em que os anti-gos galpões mudaram o uso fabril para dar espaço à cena gastronômica e cul-tural contemporânea.

Um dos bairros paulistanos mais clássicos da cidade vive uma nova fase sem perder a tradição que fez sua fama

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Viva la Mooca!

Acima, croqui da Igreja de São Rafael desenhado por Arizla; estádio do Juventus, time do qual é torcedora; abaixo, em sentido horário, antigo Cotonifício Crespi; restaurante Hospedaria; desenho da fábrica da Antarctica; Museu da Imigração

C a m i n h a d a

Estádio Conde Rodolfo Crespi – Clube Atlético do Juventus Rua Javari, 117Tel.: (11) 2271-2000Esfiharia JuventusTradicional casa árabe. Rua Visconde de Laguna, 152Tel.: (11) 2796-7414Camiseteria di MoocaCamisetas e acessórios do Juventus. Rua Visconde de Laguna, 171Tel.: (11) 2362-5905Borgo MoocaComida européia modernaRua Comendador Roberto Golini, 129Tel.: (11) 3926-0899Di CuntoConhecida pelos doces e panetones.Rua Borges de Figueiredo, 61/103Tel.: (11) 2081-7100Museu da Imigração Rua Visconde de Parnaíba, 1.316De terça a sábado, das 9h às 17h; domingo, das 10h às 15h.Tel.: (11) 2692-1866Distrito MoocaEspaço de arte e gastronomia. Rua Borges de Figueiredo, s/nºDisjuntorBar e ponto de encontro dos jovens. R. da Mooca, 1.747Tel.: (11) 2291-2120HospedariaCozinha de autor em ambiente industrial. Rua Borges de Figueiredo, 82Tel.: (11) 2291-5629Teatro Municipal da Mooca Arthur Azevedo Avenida Paes de Barros, 955Tel.: (11) 2605-8007Igreja São RafaelLargo São Rafael, s/nºTel.: (11) 2292-4528Moocaires Bar Bar e restaurante com iguarias argentinas.R. da Mooca, 3.593Tel.: (11) 2604-2337Antigo Cotonifício Crespi Referência arquitetônica datada de 1897. Rua Javari, 403Sesc BelenzinhoR. Padre Adelino, 1.000 Tel.: (11) 2076-9700

1. Estádio do Juventus2. Esfiharia Juventus3. Camiseteria di Mooca4. Pizzaria São Pedro5. Di Cunto6. Museu da Imigração/Cantina Café7. Distrito Mooca8. Disjuntor 9. Hospedaria10. Teatro Arthur Azevedo11. Antiga fábrica da Antarctica12. Igreja São Rafael13. Moocaires Bar14. Sesc Belenzinho15. Antigo Cotonifício Crespi

ROTEIRO MOOCA Dicas de Roma, por Helena Montanarini

RETROBOTTEGAEm ambiente moderno, o novo laboratório gastronômico em pleno

centro é comandado por dois jovens chefs. Tem menu diferenciado que propõe novas experiências na gastronomia italiana. Aberto até as 23h30Via della Stelletta, 4+39 06 6813 6310

ROSCIOLICharcuteria e vinheria

com cozinha. Um programa charmoso e delicioso é comer dentro da delicatessen mais famosa da cidade rodeado por embutidos e vinhos. O café Roscioli, ao lado, serve café e comidinhas rápidas. Lugar de encontro dos descolados.Via dei Giubbonari, 21-22+39 06 687 5287roscioli.com

BARTON’S ROMAImpossível passar pela loja multimarcas e não parar, pois a vitrine com peças exclusivas já traduz o estilo do local. A curadoria é da proprietária, Micaela Di Taranto. Via della Scroffa, 34-35-36+39 06 686 9885

CONFETTERIA MORIONDO & GARIGLIOA casa original de Torino abriu as portas

em Roma no ano de 1870. É conhecida pelos chocolates e receitas tradicionais que passam de geração para geração Via del Piê di Marmo, 21-22+39 06 699 0856

MUSEU MAXXIO acervo abriga a arte e arquitetura do século 21 com projeto da arquiteta Zaha Hadid. Ela

recuperou e reurbanizou os velhos quartéis militares abandonados na zona norte da cidade. O próprio museu já é uma obra-prima.De terça a sexta, das 11 às 19h; sábado, de 11h às 22h; domingo, de 11h às 19h.fondazionemaxxi.it

ZUMA ROMAModerna cozinha japonesa no estilo izakaya. Localizada no rooftop do mítico Palazzo e Hotel-Boutique Fendi, tem uma vista imperdível da eterna Roma.Palazzo Fendi: Via della Fontanella di Borghese, 48 +39 069 926 6622

OSTERIA DELLE COPPELLERestaurante de estilo rústico com ares vintage e menu contemporâneo na região do Pantheon. É um dos únicos que fica aberto todos os dias, até duas da manhã.

Piazza delle Coppelle, 55-56-57+39 06 4550 2826 LE JARDIN DE RUSSIEAlmoço glamuroso nos jardins do Hôtel de Russie em endereço prestigiado e frequentado pelo jet set internacional.Hôtel de Russie, Via del Babuino, 9+39 06 3288 8870

HOSTARIA DA VINCENZOTradicional restaurante frequentado quase exclusivamente pelos moradores da região e especializado em peixes e frutos do mar.Via Castelfidardo , 4 +39 06 484596

Bem posicionada no novo cenário revitalizado de Miami, a imobiliária de luxo In Miami Properties

foi inaugurada especialmente para atender a um time robusto de clientes, principalmente

brasileiros, que buscam atendimento personalizado na hora de comprar ou alugar

imóveis na cidade. A empresa atua sob o comando das executivas brasileiras Rejane de Paula e Fabiana Santamaria e desponta como uma das imobiliárias de maior expressividade no sul da Flórida, com casas, condomínios e edifícios situados nas melhores regiões de Miami. Mas o grande diferencial da IMP é o

serviço customizado, uma consultoria que traça cuidadosas soluções sob medida e oferece

suporte total para quem quer se mudar para a cidade. Exclusividade é isso!

inmiamiproperties.comTel.: +13 05 7990026

FABIANA SANTAMARIADona de um extenso know-how em vendas, marketing e comunicação, Fabiana Santamaria é formada em Direito pela Faculdade Candido Mendes, no Rio de Janeiro, e em Marketing pela UC Berkeley, na Califórnia. Há mais de uma década morando nos Estados Unidos, ela construiu uma sólida carreira no mercado de real estate norte-americano e, hoje, chefia a In Miami Properties ao lado de Rejane de Paula. Na IMP, a executiva usa seu vasto conhecimento para entregar serviços exclusivos e personalizados para cada cliente. Ela também foi reconhecida inúmeras vezes como uma das top producers da empresa imobiliária Fortune International Realty.

REJANE DE PAULAFundadora da IMP, Rejane de Paula é advogada e vive há 14 anos nos Estados Unidos. A executiva combina a expertise em investimentos imobiliários abrangendo ambos os setores: comercial e residencial. Sua veia empreendedora, habilidades de comunicação e know-how de negócios possibilita aos clientes internacionais da IMP o acesso a oportunidades exclusivas no mercado imobiliário americano. Rejane de Paula atingiu reconhecimento na Fortune International Realty como “Top Producer” nos últimos 6 anos.Ela também se dedica à filantropia e integra o Conselho de Diretores da BrazilFoundation, que beneficia ideias e ações para transformar o Brasil.

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Ser mãe é um grande presente, mas, ao programar a gestação, não temos ideia do quanto estaremos conecta-das com o bebê desde o período intra-gestacional até o resto de nossa vida.

Neste momento, vamos olhar pela lente da ciência para explicar a força da natureza que transforma vidas em um novo destino. E dando a largada nessa longa viagem chamada VIDA, não podemos deixar de aplaudir o co-rajoso espermatozoide, que desbrava turbulências e desafios carregando segredos e experiências do passado

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#achamosegostamos...

SERVIÇOSeÓtica: eotica.com.br; Havaianas: havaianas.com.br, tel.: (11) 3079-3415; Linea Óptica: lineaoptica.com, tel.: (11) 3063-5049; Luxottica: luxottica.com, tel.: (11) 3044-0886; Óptica Morisson: tel.: (11) 3032-8803; Óptica Piero e Silvinho: tel.: (11) 3064-8249; Ventura: oticaventura.com.br, tel.: (11) 3083-7090

Quem vê cara vê óculosO acessório facial, que virou marca registrada de músicos, escritores, poetas, fotógrafos e cineastas, é alvo de curiosidade e desejo de vários homens. Quer se sentir um deles?

E s t i l o

Bono Vox arrasta multidões com seu Exte oval com armação de metal. John Lennon entrou para a história com um Ray-Ban de metal com lentes cinza fosco

Andy Warhol teve mais do que 15 minutos de fama com seu modelo inconfundível. Já o fotógrafo Luiz Tripolli desenhou seus próprios óculos, que foram desenvolvidos pela Ótica Ventura

Elton John, conhecido pelos óculos extravagantes, usa um modelo reproduzido no Brasil pelas Havaianas

Os cineastas Woody Allen e Jean-Luc Godard adotam modelos que valorizam o ar intelectual

No mundo literário, Carlos Drummond de Andrade enxerga a poesia do cotidiano com lentes quadradas. Os aros redondos auxiliaram Mário de Andrade a manter o foco na Semana de 22

Maternidade: conectando passado e futuro

Kit Chamego,SeivaromaDa coleção Brumas de Ambiente, traz fragrância de lavanda e neroli com parceria da perfumaria Drom Fragrances.seivaroma.com.br

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Dra. Vânia Assaly, médica endocrinologista e nutróloga. Atua na área de medicina funcional e preventiva

para enfrentar seu próximo destino: o futuro. Nosso guerreiro carrega a missão de espalhar seus GENES e busca encontrar o corajoso folículo ovariano lançado na tuba uterina para uma possível fertilização. Nesse mági-co segundo de concepção, o folículo abre as portas para o vitorioso esper-ma, que mal sabe sua missão: garantir o futuro da espécie na Terra.

A maternidade contempla a pa-ternidade e, sem ela, nada ocorreria. Óvulo e espermatozoide na pulsão da vida se colocam em parceria para

tecer um novo ser. De uma célula for-mada da junção de dois seres se mate-rializa um embrião que carrega uma terceira história.

Esse fruto de múltiplas possibili-dades vai finalmente vingar no calo-roso útero materno, em que escolhe cartas e separa em seu material bio-lógico o que vai ser quando crescer. Com todo o código genético de seus ancestrais, terá definida a cor dos olhos e cabelos, irá se construir com nutrientes, hormônios, calor e emo-ções. Em seu destino aquele novo ser

se transforma, expressa-se e desenha sua própria essência.

Nossos filhos representam muito além de dois seres que carregam 23 pares de genes – eles carregam nossos pais, avós e todo o reflexo de nossas histórias. Mas como sempre falo: GE-NÉTICA NÃO É DESTINO! Nesse momento, nossos filhos reeditam o filme de nossa vida adaptados ao mundo de hoje de forma única e ori-ginal. Eles nos carregam na mala, mas querem traçar seu próprio caminho.

Boa viagem aos nossos filhos!

Estilo despojado que as francesas usam tão bem, as franjas passearam pelas décadas sem fim e aterrissaram com pouso firme em 2018. De Jane Birkin e Brigitte Bardot, até Françoise Hardy e Anna Karina, o time de musas que adota esse corte de cabelo segue muito bem representado. Modelos mais longos e desfiados são ideais para quem quer um french style mais atual, como o da inglesa Alexa Chung. Para um visual clássico à la Birkin, a dica é manter a franja reta. Dica: imperfeição é a palavra de ordem. Por isso, mantenha o ca-belo levemente bagunçado para conseguir o famoso je ne sais quois francês!Por Evandro Ângelo, do estúdio C.Kamura SP @evandroangelo

TÁ NA CARA!

De ontem e de hoje: Jane Birkin com a franja desfiada e Alexa Chung com uma releitura do corte

Under Eye Gel,Recipe for MenGel refrescante para o contorno dos olhos.sephora.com.br

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Po r TAT I A N A R E Z E N D E Fo to PAU L O G I A N DA L I A

Ela vem de uma família carioca de tradição livreira. O avô paterno, José Olympio, fundou a editora homônima, e o pai é o criador da Sextante.

Em 1979, por influência do avô, participou e venceu o 1o Concurso Literário Infantojuvenil do Círculo do Livro com o conto “De Como Liquidei a Dívida Externa do Brasil”. “Escre-vi uma história em que a Skylab – estação espacial que ia cair na Austrália – vinha parar no meu quintal. Eu sequestrava a Skylab e pedia como resgate o pagamento da dívida externa”, relembra Lygia. “Nessa época, a família toda achava que eu ia ser escritora. Antes da Sextante, meu pai teve a Salamandra, de livros infantojuvenis, e sempre me dava originais da Ana Maria Machado e da Ruth Rocha para ler”, completa.

No ensino médio e na faculdade a herança genética não fa-lou mais alto. Durante o curso de física, acabou se interessando

Nascida para ser EllaLygia da Veiga Pereira, considerada uma das mais renomadas geneticistas do mundo, é a prova de que os genes não restringem a liberdade humana

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por engenharia genética. Hoje, é uma das mais conceituadas cientistas brasileiras.

Lygia é professora titular e chefe do Laboratório Nacional de Células-Tronco Embrionárias da USP. Em 2008, criou a primei-ra linhagem de células-tronco embrionárias desenvolvidas no Brasil, um avanço importante para a ciência do país. Atualmen-te, trabalha em dois projetos: um que estuda o cromossomo x das mulheres e outro que continua a pesquisa das células-tronco embrionárias. “Elas são curingas e podem virar qualquer célula do nosso corpo. Somos os únicos que produzimos células-tron-co a partir de embriões humanos”, diz Lygia. “Em 2007, um cien-tista japonês inventou uma forma de pegar uma célula e fazê-la regredir até ficar embrionária. São o que chamamos de células-tronco induzidas. Daí começamos a fazer isso aqui também. Já temos 2 mil no laboratório. A ideia é que, no futuro, possamos testar novos medicamentos a partir disso”, explica.

Um encanto de bairroCarioca do Cosme Velho, Lygia vive em São Paulo desde

1995, quando recebeu incentivo financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo – Fapesp.

Ela conta que conheceu o Jardim Paulistano aos poucos – os sobrinhos estudavam no colégio Saint Paul’s – mas só resolveu se mudar por influência do marido, o cirurgião plástico Fabio Carramaschi.

“Quando comecei a namorá-lo, o sonho de consumo dele era morar aqui. Fazíamos caminhadas, ficávamos paquerando casas, ruas e até acompanhando obras. É um bairro encanta-dor porque tem a combinação perfeita. É jovem, tem residên-cias, área verde e comércio. Ali perto da Gabriel [Monteiro da Silva] tem até sapateiro!”, diz.

Quando as duas filhas eram pequenas, o lazer pelo bairro in-cluía visitas à praça Gastão Vidigal com os cães.

Um dos passeios prediletos de Lygia e do marido é sair para pedalar. O roteiro do casal inclui a ciclovia da avenida Brigadei-ro Faria Lima em direção à do rio Pinheiros. De vez em quan-do, eles estendem a pedalada até a USP.

Na casa de Lygia, música é coisa séria. Ela faz aula de canto toda semana e ama Chico Buarque. “Íamos sempre à casa de uns amigos que tinham piano e nos convidavam para cantar, e a gente acabou incorporando isso. Quando nos mudamos, decidimos que teríamos um piano na sala. Hoje chamamos um pianista toda semana”, conta.

Lygia gosta de cantar MPB, bossa nova e clássicos america-nos como Cole Porter e Gershwin. “Se eu pudesse voltar can-tora, voltaria como Ella Fitzgerald”, brinca.

Lygia também solta a voz no evento Cantores do Bem, do Projeto Aquarela. Os ensaios acontecem uma vez por sema-na, de agosto a novembro, e a apresentação, uma vez por ano, ocorre perto do Natal.

Avós, mães, filhos e netas: sobram palavras para descrevê-las neste Dia das Mães

Mamma mia

“Uma mulher que me dá muito orgulho em

todos os sentidos , uma mãe que apoia

a mim e a todos , seja em sua área profissional ou no que ela puder .

Minha referência, meu exemplo.”

Beatriz Brennheisen para Vania Assaly

“Minha mãe me ensinou o valor da cultura e da

pluralidade das histórias. Isso

transformou minha vida desde a primeira

infância.”Duda Porto de Souza

para Gisela Souza

“Minha mãe e eu sempre tivemos um

relacionamento muito próximo. Ela é a minha melhor amiga e minha

heroína. Agora que tive uma filha, a minha

admiração por ela cresceu.”

Paola para Marly Parra e a bebê Aurora Andolfo

“A minha mãe é muito linda, mas ela

não entende nada de rock.”

Otto Thompson Hess para Cris Thompson

aspas Se eu pudesse

voltar cantora, voltaria como

Ella Fitzgerald.

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Po r H E L E N A M O N TA N A R I N I

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50 Tons de vinhoNuances que vão do vermelho ao bordô são 0 tom para o outono-inverno que inspiram a moda, o design, a escolha de vinhos e dão um toque de calor e sofisticação

Château Haura Graves Tinto (Casa Flora)Aromas frutados com notas de madeira tostada e toque de café@casaflora importadora

Uvas red globeConsumidas

in natura, elas fornecem

cálcio, ferro e potássio

Ara VartanianPulseira de rubis e diamantes negros invertidos@ara_vartanian

Body Beatriz de renda recortada,

sem [email protected]

Chaveiro FendiDa coleçāo Fruits, de pele de coelho e cordeiroShopping Iguatemi

Brincos one off a kind de ouro branco 18 quilates, cravejado com navetes de rubi e gotas de diamente Marco [email protected]

Ankle Boot Couro DrapeadoCorello@corellooficial

Cadeira Luiza - Aristeu Pires (Dpot)Com estrutura demadeira maciça, acabamentos especiaise vernizes seladores@dpotbrasil

Quadrinho que pode

ser impresso em papel ou

tela canvas@urbanarts

Bolsa Bottega VenetaDe couro tressê e design novoShopping JK Iguatemi

Sofá DOM by Ronald Scliar Sasson (Breton)Sofá de suede madeira na cor carvalho@bretonoficial

Renata Meirelles Colar de tecido cortado a laser@renatameirelles

Estante Joy by Achille Castiglioni (Zanotta)Estante giratória composta de 5 ou 7 prateleiras na cor borgonha@firmacasa

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de matelassê e a versatilidade

das golas removíveis

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Sofá by Guilherme Wentz (Carbono)Forrado com linho misto, tem pés de metal@carbono._design

Suéter de golaalta e ombro

vazado (AMARO)

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moderno feito com tricô

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Batom Matte (M.A.C)Ícone da marca, cor Diva@maccosmeticsbrasil

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Miu MiuFlat de veludo com detalhes de metal e pérolasShopping JK Iguatemi

Crystal Rock (Salvatore Ferragamo)Óculos de acetato com inserções de SwarovskiShopping Cidade Jardim

Pantufa em veludo e brasão aplicado Christian LauboutainShopping Iguatemi

Divino néctar

Debruçada sobre as pedregosas serras do Pueblo Edén, a Viña Edén descortina as encostas do nada ordiná-rio vale uruguaio. Cenário idílico fincado a 35 km (25 minutos) de Punta del Este, precisamente na Ruta 12, que nasce no Atlântico e percor-re a cadeia de montanhas da região. Fundada pelo carioca Maurício Zlatkin em parceria com o enólo-go Juan Pablo Fitipaldo, a vinícola nasceu a partir do desejo da dupla de produzir vinhos de alta qualidade. Por isso, antes de se lançar nessa empreitada , a dupla visitou mais de 600 bodegas ao redor do globo e provou os mais sublimes néctares de uva.

Manancial criativo que atrai amantes dos bons vinhos, o ViñaEdén é presenteado com um solo rico em características minerais e influência oceânica, dois fatores que emprestam as condições ideais para o cultivo de uvas como a tannat, marse-lan, merlot e pinot noir. Desenhada em três níveis, a vinícola leva assinatura da Fabrica de Paisaje, estúdio de Montevidéu que projetou uma construção escultural imitando as formas dos rochedos locais. Dentre os outros predicados que fazem da Viña Edén uma experiência imperdível, há o restaurante de menu sazonal decorado por Gonzalo Massa, do Estúdio Mutate. Se estiver em Punta del Este, agende uma visita à vi-nícola para fazer o tasting completo com vinhos e tapas. Para arrematar, compre o Cerro Negro, carro-chefe da vinícola, com tannat (50%), merlot (40%) e marselan (10%).

Panorama rochoso do Pueblo Edén, cenário onde está localizada a vinícola. @fabricadepaisaje @vina_eden vinaeden.com

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Eve n t o s

Iguatemi São Paulo apresenta a exposição Hermès Leather Forever

O Iguatemi São Paulo traz pela primeira vez ao Brasil a mostra Hermès Leather Forever, de 6 a 22 de abril, no Boulevard do shopping. Aberta ao público, a exposi-ção celebra o relacionamento da Hermès com o couro, o primeiro material traba-lhado pela casa. Leather Forever leva o visitante a uma jornada poética que explora o amor da casa por esse incrível material, apresentando itens do passado da marca e algumas das últimas criações.

De 6 a 22 de abril de 2018Shopping Iguatemi São Paulo. Av. Brigadeiro Faria Lima, 2.232 Estacionamento Boulevard, de segunda a domingo, das 12h às 19h.Entrada gratuita #HermesLeatherForever

Maranhão em SP

A CASA Museu do Objeto Brasileiro inaugura, no dia 12 de abril, a expo-sição O Maranhão Vem à CASA. A mostra apresenta a produção artesanal maranhense de associações e artesãos individuais que trabalham com diversas técnicas. Madeira, fibras, palha, sementes, linhas e outros materiais ganham formas e cores fortes com traços e símbolos da cultura local, sobretudo das culturas indígenas do estado. Fazem parte da mostra bolsas trançadas, porta-moedas, pulseiras, esculturas de madeira, redes, esteiras, entre outros elementos indígenas. A exposição tem parceria com o Centro Cultural Vale do Maranhão, da Fundação Vale.

De 12 de abril a 18 de maioA Casa Museu do Objeto BrasileiroAvenida Pedroso de Morais, 1.234, Pinheiros, tel.: (11) 3814-9711

aQuadra

registrou o estilo “dia e noite” de gente

que mora, trabalha ou circula pelas ruas

e pelos eventos do bairro e dos

arredores.

Natalie Klein em sua nova loja

Stefan Behar, lançamento de Páscoa

Stefano Miglio, Ferragamo, Milao

Juliana Muylaert,na Livraria Cultura do Shopping Iguatemi

Lilly e Renata Sarti

Kitty Salles e Vera Suplicy em noite de autógrafos

Luiza Brunet, lançamento de linha de beleza

Costanza Pascolato no desfile da NK

Maria, da Latteria San Marco, Milão

Marcella e Lu Tranchesi, desfile da Lolitta

O arquiteto Andre Scarpa, visitando aQuadra

Silvana Tinelli e Analu Ponti nos Jardins

Augustinus Bader, na Casa Matarazzo

Erica Ramenzoni e Heloisa Rivetti

Alexandra Brochen e J.R. Duran

Lorenza Delfanti e Roberta Maiorana, happy hour italiano

Carlito Gini no lançamento do seu livro

Alberto Machado, graduado em Arquitetura e Urbanismo pela FAU USP e administração de empresas pela FGV. Sua empresa, a Abreu Machado Imóveis, sediada em São Paulo, atua em Portugal. Posicionou-se, no mercado de habitação de luxo e imóveis históricos, com atendimento personalizado a todos os clientes.

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Casa Pitanga... você conhece?

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Astral de abrilApós as turbulências do mês passado, a

calmaria retorna com a colheita dos bons resultados das mudanças do começo do ano. As energias se harmonizam agora no céu e abrem portas para um entendimento maior na política e na educação. No meio do mês todos os signos vão sentir que as oportunidades estão a aparecer e que o momento é agora. Período de força para os arianos e seus irmãos fogosos, leoninos e sagitarianos – se joguem!

Na segunda parte do mês, a situação dos idosos vai ficar complicada e antigos problemas retornam com força total. O melhor a fazer é a prevenção. A entrada do Sol no signo de Touro vai reforçar as questões financeiras e levará todos os signos à procura de novas fonte de rendimento. Não vai adiantar ficar sentado e esperar, o movimento retrógrado de Saturno, o senhor do tempo, e de Plutão, o responsável pelas grandes mudanças, fará com que todos passem por uma revisão de conceitos e valores para sobreviver no novo tempo que está se construindo. Fase boa para taurinos, virginianos e capricornianos.

No fim do mês, preparem-se para a volta de pessoas e situações importantes do passado, mas lembrem-se: isso servirá para uma nova avaliação, e não para um ajuste de contas. Sejam generosos para a vida poder retribuir de modo semelhante, sem atrapalhar planos e projetos em andamento e sem machucar ninguém.

O mês termina com a Lua Cheia de Touro no dia 29, a comemoração da festa mágica de amor universal, a mais bela e sensual Lua Cheia do ano, a de Touro, para celebrar a vida e o amor. Para os iniciados, o festival de Wesak celebra a união do Oriente, representado por Buda, e do Ocidente, representado por Jesus Cristo. É o amor universal em todas as suas manifestações, que nos permite viver e desfrutar deste belo e frágil planeta Terra. Cor: amarelo-claro Flor: cravo Pedra: turmalina rosa Aroma: flor de laranjeira Chá: capim-santo

Rua Francisco Leitão, 653, 2o andar, conj. 22, CEP 05414-025, Pinheiros, São Paulo, SP, tel.: (11) 3898-3036CNPJ.: 57.473.407/0001-53

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jornalaquadra.com.br

Publisher e diretora de redaçãoHelena Montanarini

Editora convidadaTatiana Rezende (MTB 30560)

Diretora de arteMabel Böger Carrazza

ColaboradoresClaudia Fidelis (tratamento de imagens), Eleonora Rosset, Isabela Giugno, Luciana Maria Sanches (revisão), Marina Leme, Valderson de Souza

PublicidadeAdriana [email protected]

CTP, impressão e acabamento Gráfica LogPrintwww.logprint.com.br

O jornal aQuadra é uma publicação bimestral da Montanarini Consultoria Editorial Ltda. - ME

Astral de maioO tradicional mês de Maria, das noivas e das

flores vai continuar a tradição, os festejos e a rotina de colocar a casa e a vida em ordem. O signo de Touro brilha forte no céu energizado pela nossa estrela Sol e fortalece as finanças, o mundo material e a sensualidade.

A partir de 15 de maio, o planeta Urano, o senhor da liberdade e da ruptura, vai visitar o signo de Touro, algo que não ocorria há 84 anos. Sua presença dará início a um período de sete anos de fortes transformações para os taurinos e também para os escorpianos. Estejam preparados para grandes mudanças, elas serão boas ou más de acordo com aquilo que plantaram nos últimos tempos. Todos os signos vão sentir essas mudanças ao longo dos próximos anos.

Reformas econômicas vão mexer com o mundo financeiro – recursos naturais serão aproveitados de novas maneiras, porém todos deverão se cuidar. Caso tenham apenas uma visão materialista da vida, o resultado poderá ser amargo.

Na segunda parte do mês, a criatividade e a comunicação estarão em alta, favorecendo geminianos e seus irmãos, librianos e aquarianos. O ponto desfavorável dessa fase poderá ser a área conjugal, que pode passar por turbulências. É tempo de treinar a paciência.

O mês termina de modo muito positivo para o setor social, com conquistas há muito esperadas. O bom astral entre Júpiter e Netuno favorecerá o campo psicológico e místico. Se você se interessa pela espiritualidade, o período poderá lhe trazer descobertas fundamentais.

Os signos da água – Câncer, Escorpião e Peixes – serão favorecidos pela sorte. Lembrem-se de que a fé conquista o impossível. Para todos os signos será bom colocar flores em casa e energizar positivamente os espaços de vida. Quanto mais belo for seu lugar na vida, melhores serão as oportunidades a bater em sua porta. Para vencer os desafios dessa fase do ano, o bom humor e a jovialidade serão os melhores aliados. Sejam felizes!Cor: azul-claro Flor: rosa branca Pedra: água-marinha Aroma: gardênia Chá: hibisco

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Po r VA L D E RS O N D E S O U Z A Pi n tu ra d o s ovo s A N N A M A R I A A M ATO N A R D E L L I

ANNA MARIA AMATO NARDELLI

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