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Ir.fu&etePies
GRITICAS-DO OTTTRO LADO DO MAR
n6o nos pareceu que o (s) erlti-co (s) portugu6s (es) comungas-se- (m) dessa opinido (quase) ge-neralizada e segnndo a gual o LufuPatraquim estar ia enveredando ..(por uma poesia demasiada vol-taaa para dentro, Par& a contem-plagio do pr6prio umbigo>. A sen-tenqa smadureeida do (s) crlti-co (s) da revista <Africa> tecerasgados elogios lquele autor'coniiderando-o <Talvez o mais bri-lhante e inventivo dos jovens Poe-tas mogambicanos. Uma obra be-la sob os signos todos na ousadCcoragem - de uma viagem- comotemi a todas as viagens do im-nossivel. E af se Pedilam, do Pa-^rslso
artificial is- lendas de Ulis-Bes e Steindbad, das trevas do6pio baudelairianas aos soleresa'rtificios da cerryeja de Rimbeud,a embriaguez...), €b.
Este breve trecho sobre o 6lti-mo livro de Patraquim talvez ve-nha servir, e seja o abalo n@er
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Por Marcelo Panguane
O percurso da literetura mo-gambitana 6 um Pouco isto: doisou mais passos titubeantes, a res-pnsabilidade de guen Dos tem'pos que correm sente que 6 ur-gente a apresentagio d!-" novaproposta estritica. DePois, as in-hu6ncias inadiiveis. O rigor maisou menos digerivel deste ou da-guele autor. Os comentirios DU-Era mesa a quatro no aconchegode qualquer recanto. A disPari-dade de
-opini6es ! O Pereurso da
- literatura moqambieana 6 o liwoque se publica hoje e que nos es-caparates das liwarias se eqsqtaou ndo se esgota. As dificuldadeseditoriais, os falsos Profetas' &scrlticas mais ou menos susPeitas.A sersibilidade Po6tica, o fr6mito,a ousadia do verbo e destas gen-tes que gravitam nesta gesta lite-rfria que certamente ir6 conhe-cer os seus melhoree dias.
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O percurso desta nossa litera-tura seri tsmb6m a forma comose ltraduzirIo, em alguns dos trlou-cos paises onde o nosso liwo che'ga, comentirios que Podem _muitobem ser a medida da nossa dimen-s6c.
Na sua riltima edig[o, a revistade literatura-arte e cultura <Afri-c&r, dirigida pelo eonhecido inte-lectual portuguOs Manuel Ferrei-rs, faz uma abordagem de algummodo interessante e neceseiria,pelo facto de, em nossa oPini6o'
lartir de criticos do outro lado doinar e por isso mesmo isenta defavoritismos capazrcs de se torna-rem suspeitos nest^as nossas ban-das. Nesse referido ntmero s6oanalisados os liwos dos eseritoresLuis Carlos Patraquim, AlbinoMagaia, Eduardo White e JuvenalBueuane.
Do autor da Inadiivel Viogemn
Tempo [Maputo], 17 de Agosto de 1986, p.45-47
s4dq msc n6o deliberado de quemquer que reja, I)ara ebslsr a in6r-cle degss convlcaEo traduzida naforma quase obcecade com queba^sts^s vezal exigimos a linesrids-de ou a simplifieagio extrema dodiscunso po6tico. Como se de fec-to nio existigse nenhuma diferen-ga entre as palawas utilizadegnag nra^g e aquelas que nascemdo labor verdedeiramente po6tico.Como se e poesia fosse apena$ess& sacansgem-literfria que comalgum& frequ€ncia aparece nasnossas pigrnas de especialidade.Uma poesia insalubre, panfletfriee asfixisntc.
vu diss6ssemos que n5o 6 Flraaa^Eo que o Albino Magaia psrecedefinitharnente apostado em sededicar exclusivamente I prosa,renegando dest€ modo, toda essepoesra que ao longo dos ultimosanos * fez o seu su;nrte lutandocontra as intemp€ries da vide, ouent5o utitizando-a para demons-trar a sua vie6o do mundo. Umaopgeo derivada certamente da ne-cessid&de que Magaia tem de darum testemunho telvez mais fieldas coisas que lhe rodeiam.
A prop6sito do dualismo jorna-lismo-fica6o, eecreve-se exactamen-te que 6 uma nnigturs ... <que 16
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cado num dos 6196og ds nosss in-formagio!
De &luardo Whit€ talvez diE-sdssemos que ji n6o nos surtr)reen-de toda a alusio crltica que lhetem eido feita, e na generalidadetods elr favorivel. Lembramo-noada clavra e Oficina> que se pu-blica em Angola e das palavrasescritas por Ruy Duarte de Car-valho. Ou ainda recentemente dofacto, quanto a n6s bastante sig-nificativo, de o E. \ilhite ter ocupa-do uma pigrna inteira num con-ceituado suplemento literirio quese publica em trlinas Gerais, Bra-sil, com e publicageo de aete de el-
E sobre Patraqutm, \l ehdr anecessiria prova dos nove, isto 6:a transcrigd,o completa de um dosmelhoree poemas desse liwo,<Elar Tropicab. O resto s6o a^seonclus6es do hitor!
De Albino Magaia e desse seudepoimento que t YO Uabalsnediz6e que ... <quando escneveueste liwo, Albino Magaia jt nfloer8 um jovem inexperiente nomundo das letra^s e muito menognessa t6enica fascinante e diflcilque 6 a grande reportagem. Porisso, ndo espanta que esss obratenha as gpandes virtudes carac-tedsticst desse g6nerro comprome-tidg entre o jornalismo e I ficgio>.
E pela parte que nos cabe, tal-
T
ps,rece estruhr I quem julga gueum faso inenso Bepara e fantg-siu do literfuio e f realidade dojornalfutico ... 'mentiia que Ms-gaia nio nos pregaria com a imen-sidio alucinante e espantosa que6 a realidade do seu Mogambiquede un inesgotLvel imaginirio, on-de toda e reelidade 6 quase ina-creditivel e a lenda se esbate na^sfronteiras da crenga). E fieamosi espera que I veia fiecioniste deMagaia se espraie e ,se consolide,e s6 nflo se convencerd que n5osere assim, aquele que n6o teve aopoftunidade de ler, a tlhrlo' deexemplo, esse suculento conto que6 <Fertilid.ade da terra no vedtrede Ntavasse>, r€centemente publi-
guns doe reus melhores poemas !Anda na <m6 de cima>, a revis-
ta <Africa> considera que Eduar-do White <6 um dos mais jovensmogambicanos com real talento.Talvez dos mais importantes quese revelaram desde a independ6n-cia ate hoje. Escreve desde muitonovo e quase tudo o que tem pu-blicado em jornais e revistas 6digno de nota>. E numa refer€n-cia ao seu primeiro e rinico livro,a.crescenta-se que Amar sobre olndico atinge em certos momentosum excelente nlvel como manejarinsolitsmente este verbo t6,o boni-to! E sobre este poeta jovem quedizer mais ?
Uma tltima refer6neia a Juve-
TEItf PO - 17 i8i86
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_l* Bueuane e e Brlr e o Oanto,lI"" o poete de nova geragio
-.g1f lp ry"curso litertrio-qu"-jfdtta dos tempoo de antiga;ente.?e* at6no de s€ faUr ai *t"ut"9: uT.. ir-vem poeta q* iA tem"F estilo bem naarcado e ,dfiao naaue poeaie, a crftica ainde edian_tt rrm8, drizie - de palavras l)ar8t1nalmeate ecabar
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Ittlo de cor:aten c cteao-r/felo9:^ 1if ,p*F!rr ._ iut"rf-.s"rrque e prectso lyt"{r. E poryueiEo,escrever tlnbdn ?.,M.gugdes - honrcgss eta^c. SeEouvlda nenhuma estimule,Dtee pe-p quem tinds se encontre no er_treno inicial de rrprE acUvlaanegue exige um tabor intenso e eonr_trnte. De oocilagdee p*"n"n"nteequ9 fafam- do pe*unso-de ea^d; ,r-.
Fosto isto, p8r8 que gerye I
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9cupa,r em todos eapegor e'hbtu-9f. ryplv_ete, 9 Eeg'ci"iai ior"r,slntetlzando ests vltsltdad; Ut"*-rt1 que eetl bpoetaae-;, ; er_prlmlr na mirina dr ;rra AIg-rdneh.
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