a palavra terror: popularizada durante a revolução francesa; conotação exclusivamente negativa...

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Terrorismo Alexandre Caldas Augusto Lepre Bernardo Siqueira Bruna Santos Carlos Silveira Eduardo Cardoso Eduardo Zaila Jéssica Montello João Marcel Kaskus Marina Yzu

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TerrorismoAlexandre Caldas

Augusto LepreBernardo Siqueira

Bruna SantosCarlos Silveira

Eduardo CardosoEduardo Zaila

Jéssica MontelloJoão

Marcel KaskusMarina Yzu

Histórico A palavra terror: popularizada durante a Revolução Francesa; Conotação exclusivamente negativa no momento da contrarrevolução –

surgimento do terreur blanche;

1878 e 1920 - recuperação da conotação revolucionária com um grande número de assassinatos de chefes de Estado e dirigentes políticos pelos anarquistas;

1930 - a palavra terrorismo designará as práticas de repressão massiva empregada pelas ditaduras contra os próprios cidadãos, no nazismo, fascismo e stalinismo. Recupera seu sentido revolucionário na luta anticolonialista e nacionalista.

Depois da 2° Guerra Mundial, também surgem os movimentos de “guerrilha”.

Histórico Terrorismo Moderno: uso subnacional da violência ou da ameaça de

violência para semear o pânico na sociedade, para enfraquecer ou até derrubar os alvos políticos;

Terrorismo Pós- Moderno: › Descentralização espacial – desterritorialização;› Ideologia global – alvos indiscriminados; transgressão dos limites

espaciais;› Ideia de Guerra Total - busca da aniquilação militar, econômica e

social do inimigo;

A grande mudança, segundo Walter: “O terrorismo não é apenas uma estratégia de militantes.”

O que é terrorismo? Não há um consenso – deficiência em definir o que é um terrorista.

3 definições, segundo Rogers:

› “Ameaça de violência e o uso do medo para coagir, persuadir e ganhar atenção do público.”

› “Terrorismo político é o uso ou a ameaça do uso de violência por um indivíduo

ou grupo, seja agindo para ou contra uma autoridade estabelecida, no qual a sua ação tem objetivo de criar ansiedade ou medo em um grupo que é maior do que as vítimas e tem como propósito atingir suas demandas políticas.”

› “Terrorismo é o uso premeditado e politicamente motivado contra não combatentes por grupos subnacionais ou agentes clandestinos, de maneira geral, querendo influenciar uma audiência .”

Elemento comum: uso do medo

Características do Terrorismo

Ação violenta não autorizada pela Lei; Uso calculado/premeditado da violência (Física ou

Psicológica); Construção do Medo – ferramenta: terror; Excesso nos meios empregados para atingir um

objetivo político; Não distinção entre combatentes e não combatentes; Razões políticas e criminosas sobrepostas; Grave atentado às estruturas sociais, políticas e

econômicas; Foco: civis / governo (não militares).

Atores Políticos violentos (Boaz Ganor)

Terroristas – uso deliberado da violência contra alvos civis;

Guerrilheiros – uso deliberado da violência contra alvos militares e policiais com fins políticos;

Criminosos de Guerra – ataque deliberado contra civis praticados por agentes de segurança do Estado;

Terrorismo de Estado Uso assimétrico do poder e da força;

Utilização do aparato estatal contra a população;

A ilegalidade da prática que o Estado pode usar – métodos não previstos por lei.

Prática de Tortura, execuções sumárias e destruição arbitrária de bens;

Estados Patrocinadores do Terrorismo

Definição criada pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos em 29 de dezembro de 1979.

Designada às nações que proveram repetidos suportes à atos de terrorismo internacional.

Primeiros países da lista: Líbia, Iraque, Yemen do Sul e Síria.

Atualmente: Síria (1979), Cuba (1982), Irã (1984), Sudão (1993).

Estados Patrocinadores do Terrorismo

O problema de qualificar o país como patrocinador: o desqualificamos e se fecha a janela de negociações e abre a da ação política.

Sanções aplicadas pelo USA a esses países:› Proibição de exportação e compra de armas;› Proibição de assistência econômica;› Imposição de diversas restrições financeiras e outras

(ex.: oposição do EUA à empréstimos do Banco Mundial e outras instituições financeiras internacionais).

Terrorismo Pós Moderno 11 de setembro de 2001: o

marco histórico que inaugura a guerra pós-moderna;

Ameaça que não pode ser neutralizada pelo controle de um território específico – “mega-terrorismo”;

Natureza da ameaça à segurança internacional desestabiliza os meios de segurança convencionais:

› “Al –Qaeda é uma rede sobreposta à organização territorial da ordem mundial, operando a partir de fluxos de informação, dinheiro e armas”;

Terrorismo Pós-Moderno Alguns aspectos:

› Internacionalismo;› Terrorismo-suicida;› Desenvolvimento das mídias;› Alvos econômicos;› Ataques em massa por pequenos grupos ou um único indivíduo;› Armas de destruição em massa;› Uso da tecnologia a favor do terrorismo:

“A defesa, o poder de polícia, o banco, o comércio, o transporte o trabalho científico e uma grande parte das transações privadas e governamentais são on-line (...) – Walter”

 

Outras questões Cyberterrorismo;

Terrorismo Jihadista;

Narcoterrorismo;

Terrorismo doméstico;

O Atentado na Noruega

22 de julho de 2011

Terrorismo na Noruega?

Os atentados:1. Explosão em Oslo

2. Tiroteio em Utøya

22 de julho de 2011

Anders Behring Breivik

2083

Membro do Fremskrittspartiet (Partido do Progresso).

22 de julho de 2011

Depoimento de Anders Jørgen H. Bjørndalen

“Well its the greatest single tragedy in this country since WWII. People immediately stood together, supporting friends/family of the victims. really few people reacted with hate. It sort of gathered the entire country, if that makes any sense 77 people were killed, but 500 other people were on Utøya island as well. and the bomb in Oslo was in the center of power district. It's a small country, so everyone knows people involved in the tragedy.”

Cyberterrorismo

Cyberterrorismo

Cyberterrorismoo Definição:

É a expressão utilizada para definir os ataques terroristas via internet

o Casos:EstôniaAnounymous

Estônia O atentado à Estonia

ocorrido em 2007 quase tirou o pequeno Estado do ar. O ataque bombardeou sites do governo, sites de comunicações, sites empresariais e até mesmo privados.

Comunidade online descentralizada, atuando de forma anônima, de maneira coordenada, geralmente em torno de um objetivo livremente combinado entre si e voltado principalmente a favor dos direitos do povo perante seus governantes.

“Nós somos Anonymous. Nós somos Legião. Nós não perdoamos. Nós não esquecemos. Esperem por nós.”

Anounymous

Anounymous

Meme da internet originado em 2003

Cérebro Global Anonymous e o

Hacktivismo – 2008 Ataque de negação de serviços Fakes

Principais Ataques: Operação Malásia; Primavera Árabe, Operação Egito e Operação

Tunísia; Occupy Wall Street; Occupy Nigéria; A revolução Polonesa e o ativismo anti-ACTA na

Europa; Operação Megaupload e Protesto anti-SOPA.

Anounymous

No Brasil : Denuncias a instituições

Brasileiras. Ataques no Brasil Terroristas x Mocinhos

“Temos de tirar lições do terrorismo e aplicar as mesmas ao Cyber crime“

Robert Mueller Diretor do FBI

Anounymous

Reflexões Alcance e Impacto dos

ataques; Identificação do

terrorista e o envolvimento estatal;

Preparação de defesa para o espaço digital;

Terrorismo ou um simples ataque hacker ?

ETA

ETA Euskandi Ta Askatasuna - "Basque Homeland and Freedom":

É um movimento nacionalista e separatista armado basco.

Lema: Bietan jarrai (duas figuras no símbolo: serpente - política - e machado - luta armada).

Desde 1968: responsável por 829 mortes.

Descrito como organização terrorista por: - autoridades espanholas, britânicas e francesas, bem como a União Européia como um todo e os EUA.

Breve Histórico do ETA e suas ações

Reivindicações

As declarações de cessar-fogo (2006, 2010 e 2011)

Las FARC e o Grupo Sendero

Luminoso

 Guerrilha camponesa influenciada pela Revolução Cubana

Inicialmente composta por famílias camponeses

Passa a receber crescentemente a influência do Partido Comunista Colombiano

Déc de 80 - envolveu-se no tráfico ilícito de entorpecentes

Rompimento com o Partido Comunista

Origens

Características As FARC-EP, o maior grupo paramilitar na

América do Sul

organização de inspiração comunista

autoproclamada guerrilha revolucionária marxista-leninista

opera mediante táticas de guerrilha

Reivindicações Implantação do socialismo na Colômbia

Defender o agricultor na luta contra as classe favorecidas

Luta contra influência americana na Colômbia, particularmente o Plano Colômbia

Contra privatizaçãodos recursos naturais, as corporações multinacionais

Objetivo Tomar o poder na Colômbia por uma

revolução armada.

Buscar alcançar suas metas principalmente através de extorsão, seqüestro, e participação no tráfico ilegal de drogas

Contexto Atual presentes em 15-20% do território colombiano

responsável por boa parte do suprimento mundial de cocaína e pelo tráfico dessa droga para os Estados Unidos

Conflito com Farc consome 3% do PIB da Colômbia

possuem entre 6 000 a 8 000 membros, uma queda de mais da metade dos 16 000 em 2001

Conflitos Internos de Poder e forte opressão(dez anos de ofensiva militar patrocinada pelos EUA

Pressão Popular

Ameaças ao Brasil Ataque em 1991 – tres militares mortos

violação sistematica a fronteira Colômbia-Brasil

Busca de Suprimento, Refugio, Novas Rotas, Armas e novos Negócios.

Tropas e equipemanentos insuficientes

Novo plano de defesa que foca a amazonia pode ser um passo importante de combate

Negociações de Paz Quarto processo de paz que a

Colômbia inicia nas últimas três décadas

Noruega – 17 de outubro

Cuba - 15 de novembro

Início das discussões em Oslo e sua posterior transferência para Havana

Pauta Narcotráfico

Direitos das vítimas do conflito

 Propriedade fundiária

Participação política das Farc

Fim da guerra civil

Estatísticas 600 mil mortos vítimas de diversos grupos

armados

3,7 milhões de deslocados internos pela violência

15.000 pessoas desaparecidas nos últimos 30 anos

Classificação: Las FARC Grupo terrorista?

› Questão de estatuto jurídico/político

31 países o consideram um grupo terrorista: › União Européia› Chile› Perú› Estados Unidos› Canadá

Países que não classificam as FARC como grupo terrorista:› Equador› Brasil› Bolívia› Venezuela› Argentina

78% dos ingressos do narcotráfico e do "impuesto al gramaje“

Lista de Organizações Terroristas Estrangeiras (EUA + EU) 

Sendero Luminoso + MRTA Partido Comunista del Perú (1960)

Ideologia marxista, leninista e maoista› Maio 1980 › Ações contra grupo LGBT› Atentado de Tarata› Movimento Revolucionário Internacional

Abimael Guzmán - 1992

Alberto Fujimori - Massacre de la Cantuta + Massacre de Barrios Altos 

Situação Atual Comisión de la Verdad y Reconciliación - 2000

(Paniagua)

Captura del Camarada Artemio - Presidente Ollanta Humala - 12.02.2012

Movadef - Movimiento por la Anistia y Derechos Fundamentales› Liberação de Abimael Guzmán e inscrição nas eleições do

Município de Lima› Ações nas universidades› Financiamento - VRAEM + cooperação internacional

O discurso do Terrorismo – O caso dos EUA

“Attack on America” Inauguração da Guerra Pós-Moderna

Inimigo que está ao mesmo tempo “em todo lugar e em nenhum lugar”

Dispersão territorial x Presença psicológica

“Attack on America” Retórica: necessidade de defesa nacional

pressupõe o direito de auto-defesa

Premissa: dar uma “cara” ao inimigo

Contradição na reação

Justificativa: ameaça inteiramente nova, com terroristas “novos”

“Attack on America” “É uma doutrina sem limites, sem

prestação de contas à ONU ou ao Direito Internacional, sem qualquer dependência do julgamento coletivo de governos responsáveis, e, o que é pior, sem qualquer demonstração convincente de necessidade prática” (Falk, p.55).

A Guerra ao Terror Crítica baseada no discurso norte-

americano

Discurso: Guerra ao Terror

Questão da Honra, da crença a um ataque contra os americanos e de ser uma guerra diferente.

A Guerra ao Terror Intervenção ONU x Força militar EUA

Como legitimar uso de armas?

Crimes emergenciais x Terrorismo

Erros x Acertos de Bush

A Guerra ao Terror Definição de um inimigo

Analogia com a Guerra Fria

Discurso sobre postura isolacionista Necessidade de voltar ao centro

“Flying Planes can be Dangerous”

Análise do discurso em cima de dois eventos: Pearl Harbor e o 11 de Setembro

Discurso: ênfase na similaridade entre os eventos› Ataque surpresa, levando à perda de

inocência americana› EUA encontravam-se em uma postura

isolacionista

“Flying Planes can be Dangerous”

Tratando os eventos de maneira similar, pode-se fazer uso dos mesmos argumentos discursivos de um plano

A união dos eventos no discurso dos EUA é feita pela figura feminina: a moralidade

Estruturas morais são baseadas em distintas interpretações de gênero (sexualidade)

“Flying Planes can be Dangerous”

A certeza moral no Pearl Harbor X incerteza moral no 11 de Setembro

O inimigo não é masculino: firma internacional que funciona de acordo com a lógica mercadológica

Al-Qaeda: gênero mutável

“Flying Planes can be Dangerous”

No 11 de setembro, falta a figura feminina que está sendo defendida, o que, por outro lado, ocorre no acontecimento de Pearl Harbor

Questão: qual foi o alvo do ataque do 11 de setembro?

O alvo, portanto, não é doméstico e amoral, não possuindo, assim, uma moralidade feminina que possa ser reafirmada

“Flying Planes can be Dangerous”

O que os EUA querem?

Segundo a autora, “é uma tentativa de auto-assegurar uma infalibilidade moral, mostrando que os EUA está novamente em posição moral de reordenar a política global, supervisionando a progressão moral de seus inimigos (Estados terroristas, Células terroristas e terroristas individuais)”

Discurso de securitização