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DESCRIÇÃO DO ATENDIMENTO EM PSICODIAGNÓSTICO INTERVENTIVO NA ABORDAGEM FENOMENOLÓGICO- EXISTENCIAL

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DESCRIÇÃO DO ATENDIMENTO EM

PSICODIAGNÓSTICO INTERVENTIVO NA

ABORDAGEM FENOMENOLÓGICO-

EXISTENCIAL

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1. ENTREVISTA INICIAL – pais 2. HISTÓRIA DE VIDA DA CRIANÇA – pais 3. CONTATO INICAL COM A CRIANÇA 4. SESSÕES DEVOLUTIVAS COM OS PAIS 5. ENCONTROS COM A CRIANÇA: uso de

testes psicológicos 6. VISITA ESCOLAR E DOMICILIAR 7. ULTIMAS SESSÕES COM OS PAIS E

CRIANÇA 8. RELATÓRIO FINAL – Devolutiva pais 9. DEVOLUTIVA FINAL PARA A CRIANÇA

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1. Entrevista inicial com os pais

Entrevista inicial = primeiras entrevistas As perguntas ou intervenções seguem a fala dos

pais e retiradas de seu discurso Compreender a “trama existencial” ou como a

crise se insere na vida de todos os envolvidos com a criança

Não são interpretações, mas clarificações do fenômeno

Ajudar os pais a compreender a própria experiência e refletir expondo pensamentos e sentimentos

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Entrevista inicial com os paisCONTRATO

Clareza, objetividade e assertividade “Saber ser objetivo não significa

descompromissar-se com a subjetividade...” Delimitação dos papéis: do psicólogo, dos pais

e da criança na relação terapêutica Contrato com os pais tem duração definida –

psicodiagnóstico = análise da situação Nº de sessões definido para a análise

situacional

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2. HISTÓRIA DE VIDA DA CRIANÇA - Anamnese

Por que é importante conhecer a história da criança?

Psicologia – desenvolvimento humano Movimento, temporalidade, construção Não há como separar passado-presente-futuro Homem engajado no tempo e contextualizado

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Anamnese

Relato de vivências Vivência – formas peculiares de organizar a

experiência Algumas experiências são significativas, outras

são “esquecidas” e podem ser evocadas Evocação da memória – questionário de

anamnese A forma de responder, lembrar, omitir, revelam

aspectos importantes para a análise

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Anamnese Características da dimensão afetiva conforme as

circunstâncias vividas Modo de estar no mundo é também o modo de

estar em família Rever a biografia da criança permite abordar os

modos de relação e encontros significativos Aspectos estruturais e orgânicos do

desenvolvimento Psicólogo – profissional da saúde habilitado para

perceber possíveis desvios e patologias mentais

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Anamnese Levar o sujeito a se familiarizar com seu próprio

passado, reapropriando-o e integrando-o como sua realidade mais próxima;

Ressituar os personagens e reavaliar os eventos vividos;

Compreender como se originaram os traços distintivos do caráter e outros fatores da personalidade, constantes afetivas, valores e representações dominantes.

Romero (1999)

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3. CONTATO INICIAL COM A CRIANÇA - HORA LÚDICA

Todas as apresentações se fazem necessárias, ambiente, profissional, material, processo

“O que é um psicólogo?” “Para que serve?” “Por que eu preciso de um psicólogo?” Reconhecimento do “problema”

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HORA LÚDICAAtendendo a criança...Por que usamos BRINQUEDOS?

O brinquedo é um meio de acesso e não um fim

Não há simbologia no brinquedo, mas se refere a aspectos da existência

Aponta a ligação com o mundo e a disposição afetiva da criança

A criança revela seu modo de ser na brincadeira

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HORA LÚDICA Olhar para o movimento da criança Como ela escolhe o brinquedo? Como ela manuseia? Como se movimenta? Como é sua expressão ao brincar? O que ela fala enquanto brinca? Perguntas à criança são feitas durante a

brincadeira

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HORA LÚDICAA criança que veio ao

atendimento é a mesma que os pais falavam?...

Boa percepção dos paisX

Desencontro – necessidade de intervenção

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4. SESSÕES DEVOLUTIVAS COM OS PAIS

“A intervenção ocorre à medida que não se posterguem os apontamentos que naturalmente ocorrem ao psicólogo durante os encontros, ou seja, quando se compartilha com o cliente, durante as sessões de psicodiagnóstico, a maneira como ele se apresenta: a impressão que causa ao psicólogo e as reflexões que possibilita”

(Ancona-Lopez, 1995)

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DEVOLUTIVAS Todo encontro é significativo A relação psicólogo-cliente já é interventiva As crianças reagem quase imediatamente ao

encontro Outro não envolvido emocionalmente, postura

empática, bom ouvinte “...escutar o outro significa estar disponível, sem

ânimo preconcebido, sem necessidades urgentes (…) é captar uma mensagem atendendo a seu sentido menos explícito, abrindo-se ao seu convite”

(Romero, 1999)

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DEVOLUTIVAS

Indagações ou questionamentos com objetivos Acompanhar o fluxo de ideias Apreensão mais clara do fenômeno Questionamentos reflexivos, incisivos ou de

confrontação Momento interventivo como possibilitador de

mudanças ou autoconhecimento Não há necessidade de adiar para o momento da

psicoterapia

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DEVOLUTIVAS

Valorizar o conhecimento que os pais têm do próprio filho

Construção conjunta de significado Compartilhar sua análise e não impor aos pais Entremeadas aos atendimentos da criança

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5. ENCONTROS COM A CRIANÇA: uso de testes psicológicos

Meio de acesso à criança (como o brinquedo) Objetivos claros Testes projetivos Desenho, história, jogo, fazem parte do universo infantil Estímulos que nos remetem a situações familiares Olhar o teste por uma perspectiva existencialista O inquérito segue o sentido que a criança fornece O teste não determina o diagnóstico

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TESTES PSICOLÓGICOS Todas as situações-estímulo nos ajudam a

compreender o projeto existencial Não são usadas simbologias

E os testes psicométricos? Modo de relação com a aprendizagem,

informações, planejamento (futuro), processo associativo (passado), temporalidade, espacialidade, ansiedade na realização.

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COLAGEM - UMA PRÁTICA NO PSICODIAGNÓSTICO

Possibilidade de avaliação psicológica

Constante revisão dos testes psicológicos – suspensão dos procedimentos utilizados

Necessidade de revisar a prática clínica e buscar outros procedimentos

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COLAGEMOaklander – Atividade de colagem como

recurso a ser utilizado no processo psicoterápico de crianças e adolescentes

“A colagem é qualquer desenho ou quadro feito grudando-se ou prendendo-se materiais de qualquer espécie a um fundo plano, tal como um pedaço de pano ou papel.”

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COLAGEM Esta atividade é simples e ao mesmo tempo

significativa, dado que pode ser utilizada como experiência sensorial, e também como manifestação emocional.

A colagem é representativa do mundo interno da criança, de seus pensamentos e sentimentos

Colagem Individual ou em Grupo

Recurso que propicia tanto o conhecimento do cliente como a aplicação de intervenções

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UTILIZAÇÃO DA COLAGEM – Material utilizado

Figuras de revistas – são previamente recortadas e devem abordar diversos temas como pessoas, situações, animais, objetos, alimentos...

Tesouras e colas.Cartolinas ou folhas – para serem

oferecidas de fundoLápis preto, de cor, giz de cera,

canetas - caso a criança sinta a necessidade de completar as atividades com escritas ou desenhos.

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ALGUNS CUIDADOS NA SELEÇÃO DAS FIGURAS

Evita-se: usar imagens de artistas e

personagens.Que as figuras selecionadas sejam

apenas de imagens associadas a aspectos já revelados pela criança ou família.

É importante verificar a quantidade de figuras selecionadas e a variedade de temas antes de utilizá-las com as crianças

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ADMINISTRAÇÃO DA TÉCNICA

Pode ser realizada em grupo ou individualmente, onde é proposto um tema para o trabalho das crianças considerando aspectos a serem avaliados, tais como:

Autoimagem.Percepção das situações internas.Pensamentos e Sentimentos.Construção do álbum de família.

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O QUE AVALIARForma de exploração;Figuras que parecem chamar atenção,

mas não são escolhidas;A fala da criança durante a atividade.Forma de explorar as figuras e espaço

utilizado na cartolina;Se utiliza de canetas ou tesouras para

complementar ou modificar as figuras.

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UTILIZAÇÃO DA COLAGEM

Atividade compartilhada com os pais – jogo de “adivinhação”

Nota-se que a atividade de colagem quando compartilhada permite uma maior aproximação afetiva e reconhecimento por parte dos pais a respeito dos sentimentos e da problemática dos seus filhos, além de facilitar a elaboração da avaliação e sua compreensão por parte dos avaliados.

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ANÁLISE

De um modo geral, considera-se: Tempo de reação Postura e modo de reação – observação a

distância, ou impulsividade, descuido etc. Figuras escolhidas, coladas e

abandonadas. Tema preferido. Tamanho das figuras. Uso do espaço da cartolina. Localização das figuras na cartolina.

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ANÁLISE

Sentimentos expressos – impressões que a colagem causa ao ser observada;

Figura central e/ou localização; Recortar figura já cortada – para caber

na folha ou para separar membros; Falas e explicações durante a atividade; Modo de utilização da cola – em excesso

ou pouca quantidade, cuidadosamente colocada;

Abandono da colagem para fazer desenhos.

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COLAGEM Fácil aceitação – pessoas de diferentes faixas

estárias e de diferentes condições socioeconômicas realizam tranquilamente

Caráter projetivo – expressa sentimentos e conflitos

Recurso a mais – técnica que permite a observação e compreensão de aspectos intrapsíquicos e das interações familiares

Facilita as intervenções no processo de psicodiagnóstico

Aspecto lúdico atua como motivador

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VISITAS

Visita escolar

Visita domiciliar