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Eugne Emannuel Viollet-le-Duc

Eugne Emannuel Viollet-le-Duc

ALUNOS: Kleber Lima, Rosiran Magalhes, Tain Celestino - Paris,Frana,27 de Janeiro de1814.- Escola de Belas Artes de Paris.- Auditor do Conselho dos Edifcios Civis.- Chefe do Servio de Monumentos Histricos e Arquiteto da Igreja de Saint-Denis.- Morre em Lausanne a 17 de setembro aos 65 anos.

PUBLICAES1846 - Du stylo gothique.1854 - Dictionnaire raisonne de Larchitecture francaise de XI au XVI e o Essai sur larchitecture militaire au Moyen Age.1856 - Monograph de Notre Dame et da la nouvelle sacristie de MM.1877- Larchitectura, in Dictionnaire encyclopedique et biographique de Iindustrie.

RESTAUROS1840 Igreja Madeleine de Vzelay;E tambm nomeado vice inspetor do restauro de Sainte-Chapelle.1842 - Saint-Pre-sous-Vezelay.1845 - Notre Dame de Paris.1854 - Igreja de Eu.1856 - Castelo de Coucy.1857 - Catedral de St. Michel em Carcassonne.1858 - Castelo de Pierrefonds.Catedral de Notre-Dame, em Paris.f

RESTAURAOArestaurao um conjunto de atividades que visa restabelecer danos decorrentes do tempo em um bem mvel ou imvel ou mesmo repor em bom estado algo que perdeu suas qualidades originais.

RESTAURO POR VIOLLET LE DUCNa histria da construo desde os primrdios, no se pensava em restauro como pensamos hoje. Sempre que um prdio ou edificao era considerado importante, os cidados da poca em questo, simplesmente reconstruam ou os consertavam de acordo com a poca em que estavam.Na sia, deixavam o edifcio abandonado e construam outro edifcio adjacente ao primeiro. Os romanos reconstituam de acordo com o modo admitido na poca da reconstruo atravs da substituio de peas quebradas e os gregos davam o cunho do momento, no reproduzindo as formas anteriores do edifcio onde ocorria a interveno. O gosto pelas restauraes como renovao se manifestou sempre ao final dos perodos das civilizaes nas antigas sociedades, como no final do Imprio Romano.Os primrdios do RestauroNo seu Dicionrio da Arquitetura Francesa, Viollet Le Duc escreveu: - Restaurar um edifcio no conserv-lo, repar-lo ou refaz-lo, restabelec-lo num estado de plenitude que no poder ter existido em nenhum momento. Viollet Le Duc afirmou Tambm: - O arquiteto deve proceder como o cirurgio hbil e experimentado que no toca um rgo sem ter tomado conscincia da funo e sem ter previsto as consequncias imediatas e futuras da operao. Antes que ter azar melhor no fazer nada. Melhor deixar morrer que mat-lo.

RestaurarViollet-le-Duc foi um dos primeiros estudiosos que, ao pensar no conceito moderno de restaurao, tentou estabelecer princpios de interveno em monumentos histricos e uma metodologia para esse trabalho. Suas teorias e projetos sempre foram muito questionados, aceitos por muitos e combatidos por outros tantos. Apesar de sua racionalidade, lgica e coeso de ideias, sua forma dogmtica e abusiva de atuar acabou por conden-lo ao ostracismo nas dcadas seguintes. E somente muitos anos aps sua morte que suas teorias foram revistas e avaliadas dentro do contexto em que foram produzidas, evidenciando a contribuio do seu trabalho para o restauro contemporneo, principalmente em relao metodologia de projeto (importncia dos levantamentos detalhados do edifcio) e atuao calcada em circunstncias particulares a cada projeto.Constatou, ao contrapor estilos arquitetnicos, que existem princpios verdadeiros por trs da adequao da forma funo, da estrutura forma e da ornamentao ao conjunto, independente de estilo adotado.

Sua visoViollet-le-Duc viveu na Frana em uma poca em que a restaurao se firmava como cincia, principalmente por causa dos eventos econmicos, polticos e sociais que vinham ocorrendo por toda Europa influenciados pelo Iluminismo, pela Revoluo Industrial e Revoluo Francesa. A ruptura com o passado que esses movimentos geraram, propiciaram o estabelecimento de uma identidade nacional e, consequentemente, o surgimento do sentimento de proteo aos edifcios e ambientes histricos.

O incio

Para Viollet na concepo de um projeto de restauro, deveriam formar um sistema lgico, perfeito, e fechado em si de forma a estabelecer o modelo ideal. Para isso, fazia uma anlise profunda de como teria sido feito o projeto original se detivesse todo o conhecimento e experincia da poca da concepo, concebia o modelo ideal e impunha sobre a obra esse esquema j montado. Por isso em sua obra muitas vezes percebe-se a falta de respeito pela matria e pelas modificaes sofridas pelo edifcio ao longo do tempo, pois acertava os defeitos buscando a pureza de estilo atravs da retomada do projeto original ou, como aconteceu em diversas obras, reconstitua edifcios inteiros a partir desse modelo ideal resultando em um edifcio completamente diferente do original.

A MetodologiaEle afirmava categoricamente o perigo tanto de se reproduzir exatamente o original como de substitu-lo por formas posteriores, e deixa claro que nada deve ser encarado como um dogma, mas como algo relativo e especfico de cada obra. Na prtica, percebe-se que Le-Duc ao utilizar-se da constituio do tipo e do modelo ideal no conseguia atuar com imparcialidade e sem dogmatismo, pois intervinha com base em um modelo queeleconsiderava perfeito e adequado, e propunha solues que no respeitavam o edifcio, suas marcas, sua histria e suas peculiaridades, mas que satisfaziam apenas a pureza de estilo que ele prprio determinava.

A MetodologiaLe-Duc levantou diversas questes quanto a:Obras mutiladasSubstituio de materiaisRecuperaes estruturaisProps ento o refazimento em estado novo, no estilo prprio e escala do monumento.Entendia que a substituio de toda a parte retirada deveria ser por materiais melhores e mais durveis e meios mais eficazes, tambm o aperfeioamento no sistema estrutural para suprimir deficincias. Pregava o indispensvel conhecimento do que ele chamava de temperamento do edifcio. Para esse completo entendimento, o restaurador deveria ser um construtor hbil e experiente, que conhecesse todos os procedimentos de construo admitidos nas diferentes pocas da arte e escolas.

A MetodologiaA importncia da pesquisaLe Duc aponta a importncia da investigao cientfica e do perigo das hipteses quando diz que necessrio, antes de comear, tudo buscar, tudo examinar, reunir os menores fragmentos tendo o cuidado de constatar o ponto onde foram descobertos, e somente iniciar a obra quando todos os remanescentes tiverem encontrado logicamente sua destinao e seu lugar.

O que importante lembrar e atentar na obra de Viollet-le-Duc a atualidade de muitas das suas formulaes e sua aplicabilidade nas intervenes de restauro atuais: a restaurao tanto da funo portante do edifcio como de sua aparncia, o estudo do projeto original como fonte de conhecimento para resoluo de problemas estruturais, a importncia dos levantamentos detalhados da condio existente, a reutilizao do edifcio para sua sobrevivncia e, principalmente, a atuao baseada em circunstncias e especificidades de cada projetoUma problemtica no RestauroDiante de uma edificao como essa que sofreu tantas modificaes caem sobre o restaurador a duvida sobre como fazer esse novo trabalho, ser que ele deve voltar a forma primitiva do prdio ou restaura-lo a partir da ultima modificao. A resposta exatamente no se ater somente a essas duas propostas.O arquiteto encarregado de um restauro deve ser um construtor hbil e experiente, no s do ponto de vista geral, mas de um ponto de vista particular, isto , deve conhecer os processos construtivos adotados nas diferentes pocas...

Aes do restauradorMuitas vezes durante o restauro possvel que exista certa parte do edifcio que esta completamente defeituosa, e ai surge uma nova questo ao restaurado, deve-se restitui-lo como era originalmente ou simplesmente descarta-lo. Consideremos que certamente, porque no h nenhuma vantagem em fazer de outra maneira, ao passo que existe uma vantagem considervel em restituir ao edifcio a sua unidade. Decidida a reconstruo de algum elemento da edificao necessrio que ele seja clara. A interveno deve ser coerente e perceptvel.

... Deveremos respeitar escrupulosamente todos os vestgios que possam servir para constatar acrscimos e modificaes as disposies primitivas. alias um erro grosseiro acreditar que um elemento arquitetnico da Idade Media possa ser ampliado ou reduzido. Nesta arquitetura cada elemento proporcionado em relao ao monumento para o qual foi composto.

Muito desses fatos aconteceram no passado, partes de alguma edificao transportada para outra. Como altares, pilares, etc. Cada elemento possui sua escala e quando instalado em outra edificao corre-se o risco da desarmonia. Para que algo desse tipo possa acontecer necessrio que o restaurado conhea exatamente de onde viria essa nova pea e pra onde ela ira. Fazer o estudo da comparao de escala por exemplo.Erros do restauradorNo substituir as partes retiradas seno por outras, executadas com materiais melhores, mais durveis e perfeitos. necessrio que, em seguida operao efetuada, o edifcio restaurado passe ao futuro com uma durao maior do que a que ele teve ate ento.Claro que em um processo de restauro o responsvel se depara com fatos inevitveis, como a resistncia do prdio que j no mais a mesma e que agora por segurana necessrio mexer na estrutura dela. E para isso ele tambm deve conhecer toda a estrutura antes de qualquer modificao ser iniciada, ate por que o risco de desabamento sempre possvel. Por isso com base no conhecimento adquirido o arquiteto pode iniciar a obra, j preparado com solues de emergncia.O arquiteto encarregado do restauro de um edifcio deve conhecer as formas, os estilos prprios deste edifcio e a escola da qual se origina, devendo ainda mais, se possvel, conhecer a sua estrutura, a sua anatomia, o sei temperamento....Bsico do RestauroS 19Sado da mo do arquiteto o edifcio no deve ser menos cmodo do que antes do restauro.Qualquer edifcio construdo visando sua utilizao, e no processo do restauro isso no pode ser diferente. Logo o restauro no pode se distanciar do uso do edifcio, mesmo que muitas vezes alguns problemas surgem principalmente quando esses problemas envolvem a modernidade e o conforto atual, mais o arquiteto precisa ser criativo e atender as duas perspectivas. E uma forma de alcanar essas solues, por exemplo, se por no lugar no do arquiteto da poca e imaginar o que ele faria ou como adaptar uma novidade ao seu projeto deixando fluente.O uso ps-restauro Durante o estudo de uma edificao a ser restaurada as vezes conferido a inutilidade de certas peas, como pilares que foram outrora colocados, nesses casos possvel retira-los. No caso de edificaes da Idade Media, elas so sempre muito bem calculadas, delicadas, nunca extrapolam em suas concepes, ento acrescimento somente por decorao em dcadas posteriores no se fazem mais necessrias.Porque essas colunas se nos podemos retira-las sem comprometer a solidez da obra? claro que todas essas aes devem ser feitas com toda segurana, o arquiteto deve conhecer completamente o edifcio, basear-se em hipteses levariam apenas ao desastre.Durante o restauroAs fotos sempre foram aliadas dos arquitetos e no restauro no poderia ser diferente.A fotografia tem a vantagem de produzir memorias irrefutveis, e documentos que podem ser consultados sempre, inclusive quando os restauros mascaram os vestgios deixados pela ruina.A fotografia permite um estudo mais detalhado de uma rea, um olhar diferente, fatos que no foram percebidos a olho nu, e isso incita arquitetos mais detalhista e atentos.A fotografia tambm no deixa de ser um registro do era e do que agora .A FotografiaO trabalho de um restaurador deve basear-se em uma ampla e detalhada pesquisa, somente atravs do estudo ele garante um bom projeto e um resultado seguro.Decidi uma disposio a priori, sem t-la confrontado com todas as informaes necessrias, significa cair no hipottico, e nada mais perigoso que a hiptese.Imaginemos que mais a frente da execuo do projeto aparea uma dificuldade como ser possvel trata-la se desde o comeo no a conhecia. E no caso de uma construo sempre mito perigoso. Por isso necessrio que o arquiteto sempre se aprofunde, estude, explore, teste, acompanhe todos os passos necessrios para se iniciar uma obra de restauroPerigo no restauro A HipteseDissemos o bastante para fazer compreender as dificuldade que encontra o arquiteto encarregado de um restauro, se ele leva a serio as suas funes, com a conscincia de no ter deixado nada ao acaso e de nunca ter procurado enganar a si prprio.Eugne Emannuel Viollet-le-Duc