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VI Congresso Brasileiro de AsmaII Congresso Brasileiro de DPOC e Tabagismo IX Congresso Mineiro de Pneumologia e Cirurgia Torácica
Ouro Minas
Belo Horizonte
2007
Miguel Aidé-UFF
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica
ESTADIAMENTO CLÍNICO OU ESPIROMÉTRICO:
QUAL A MELHOR ABORDAGEM ?
BELO HORIZONTE
2007
A DPOC é caracterizada por limitação do fluxo aéreo. O diagnóstico é sugerido pela história clínica e exame
físico, confirmado pela ESPIROMETRIA, ISTO É, QUEDA DO VEF1 SEM RESPOSTA AO
BRONCODILATADOR
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA
Bartolome R Celli,2000/ ATS,1995
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica
A limitação do fluxo aéreo se deve a bronquiolite obstrutiva e a destruição do parênquima pulmonar
A limitação do fluxo aéreo é melhor mensurada pela Espirometria, teste disponível e reproduzível
GOLD 2006
ATS Statement
Standards for Diagnosis and Care of Patients With Chronic Obstrutive Pulmonary Disease - 1995
Estádio I – VEF1 > 50% do previsto
Estádio II – VEF1 35 – 49%
Estádio III - < 35%
* O sistema de estadiamento deve oferecer um conjunto do quadro de gravidade da doença baseado na sensação de dispnéia, piora fluxo aéreo e desarranjo gasométrico
ATS/ERS Task ForceStandards for diagnosis and treatment of patients with COPD: a summary of the ATS/ERS position paper - 2004
Estádio Características pós BD
0: Em risco Espirometria normalTabagista, sintomas crônicos ( tosse, expectoração)
I: Leve VEF1/CVF < 70%; VEF1 80% do previsto
II: Moderada VEF1/CVF < 70%; VEF1 50% 80% do previsto
III: Grave VEF1/CVF < 70%; VEF1 30% - 50% do previsto IV: Muito grave VEF1/ CVF < 70 %; VEF1< 30% do previsto
* IMC; Dispnéia (MRC) para predizer desfechos de mortaliade e estado de saúde
Canadian Thoracic Society Recommendations for Management of DPOC - 2003
Estádio Características pós BD
0: Em risco Espirometria normalTabagista, sintomas crônicos ( tosse, expectoração)
VEF1/CVF > 70%; VEF1 80% do previsto
I: Leve VEF1/CVF < 70%; VEF1 60% 79% do previsto
II: Moderada VEF1/CVF < 70%; VEF1 40% - 59% do previsto III: Grave VEF1/ CVF < 70 %; VEF1< 40% do previsto
*Dispnéia (MRC) para predizer desfechos de mortaliade e estratificar gravidade
Canadian Thoracic Society Recommendations for Management of DPOC - 2003
Classificação por Sintomas / Descondicionamento
Estadiamento Sintomas
Risco assintomático, tabagista, *VEF1/CVF > 0,7 ou *VEF1≥ 80%
Leve dispnéia andando rápido, ladeira / MRC -2
Moderado dispnéia que faz parar de andar em 100 m / MRC 3-4
Grave Dispnéia em casa, mudando a roupa / MRC – 5, IRC, ICD
*VEF1/CVF e VEF1 pós BD
ESTADIAMENTO DE GRAVIDADE DA DPOC
1- Leve 2 - Moderada 3 - Grave 4 - Muito Grave
VEF1/CVF < 70% pós BD
VEF1 80% 50 ≤ VEF1 < 80% 30 ≤ VEF1 < 50% VEF1 < 30%
PaO2 < 60 mmHg PaCO2 > 50 mmHg
Dispnéia MRC 2/3 Cor Pulmonale
Dispnéia MRC 4
2004
O Valor do Declínio do VEF1 na Avaliação da Progressão da DPOC – Am J Med 2006; 119: S4-S11
Robert A. Wise
O VEF1 e a sua taxa de declínio são os desfechos mais mensurados nos ensaios clínicos na DPOC tanto na avaliação do tratamento quanto na prevenção da progressão da doença
O VEF1 é um marcador central para a definição e classificação da gravidade da DPOC
Existem argumentos válidos que suportam a necessidade de se avaliar outros desfechos mais centrados no doente, outros parâmetros de função pulmonar além do VEF1
VEF1 é um importante indicador de DESFECHOS na população geral e em pacientes com DPOC
Fletcher C, Peto R. 1977
25 50 75
Idade (anos)
VEF1 (% à idade de 25)
100 Nunca fumou ou não suscetível à
fumaça
Parou aos 65
Parou aos 45
Incapacidade
Fumouregularmente esuscetível aos seusefeitos
Morte
0
25
50
75
História Natural da DPOC
O Valor do Declínio do VEF1 na Avaliação da Progressão da DPOC – Am J Med 2006; 119: S4-S11
Robert A. Wise
“Assim, a noção que a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica é conseqüência do
acúmulo da perda do VEF1 está muito bem estabelecido”
O VEF1 correlaciona-se:
Teste de exercício( capacidade máxima e 6MWD)
Capacidade Vital e Capacidade Inspiratória
Questionário de Qualidade de Vida
Mortalidade
Exacerbações
Hiperresponsividade brônquica
Nutrição
Genético
O Valor do Declínio do VEF1 na Avaliação da Progressão da DPOC – Am J Med 2006; 119: S4-S11
Robert A. Wise
A Importância da Espirometria na DPOC e na Asma: importância da abordagem e manejo. Chest 2000; 117:S15-S19
Bartolome R. Celli
VEF1 → Marcador definidor da DPOC
A Importância da Espirometria na DPOC e na Asma: importância da abordagem e manejo. Chest 2000; 117:S15-S19
Bartolome R. Celli
A DPOC é caracterizada por limitação do fluxo aéreo. O diagnóstico é sugerido pela história clínica e exame físico, confirmado pela ESPIROMETRIA, ISTO É, QUEDA DO VEF1 SEM RESPOSTA AO BRONCODILATADOR.
Um sistema de estadiamento mais compreensivo incorporando: idade, gasometria arterial, índice de dispnéia, IMC, 6MWD em adição ao VEF1
*Esse critério deve permitir melhor manejo da DPOC
A Importância da Espirometria na DPOC e na Asma: importância da abordagem e manejo. Chest 2000; 117:S15-S19
Bartolome R. Celli
Variáveis em potencial para estabelecer um novo Sistema de Estadiamento
Baseadas em evidências Prováveis
Idade
VEF1
Gases sanguíneos
6MWD
Dispnéia
IMC
Biomarcadores
Capacidade inspiratória
Marcadores genéticos
Sexo
A Importância da Espirometria na DPOC e na Asma: importância da abordagem e manejo. Chest 2000; 117:S15-S19
Bartolome R. Celli
Variáveis em potencial para estabelecer um novo Sistema de Estadiamento
Baseadas em evidências Prováveis
Idade
VEF1
Gases sanguíneos
6MWD
Dispnéia
IMC
Biomarcadores
Capacidade inspiratória
Marcadores genéticos
Sexo
Distância de caminhada de 6 minutos (6MWD): segmento a longo prazo nos pacientes com DPOC. Eur Resp J 2007; 29: 535-540
Ciro Casanova et al.
Introduzido em 1976 como 12MWD
Avalia a capacidade funcional ao exercício em DPOC ...
Se correlaciona bem com outros desfechos – dispnéia, hiperrinsuflação pulmonar e obstrução aérea
Reflete o nível de exercício funcional por atividade física diária
6MWD é confiável, seguro, barato e fácil de aplicação
Importante desfecho de prognóstico, independente do VEF1
Distância de caminhada de 6 minutos (6MWD): segmento a longo prazo nos pacientes com DPOC. Eur Resp J 2007; 29: 535-540
Ciro Casanova et al.
Objetivo
Determinar a taxa de declínio do teste de 6MWD em 294 pacientes com DPOC,
durante 5 anos, comparando com as mudanças no VEF1
Distância de caminhada de 6 minutos (6MWD): segmento a longo prazo nos pacientes com DPOC. Eur Resp J 2007; 29: 535-540
Ciro Casanova et al.
6MWD → declínio maior em pacientes com VEF1 < 50% = 15,3m
GOLD → II=6m; III=16m; IV= 15m
<50%
>50%
Distância de caminhada de 6 minutos (6MWD): segmento a longo prazo nos pacientes com DPOC. Eur Resp J 2007; 29: 535-540
Ciro Casanova et al.
VEF1: GOLD II- 40ml; III- 10ml; IV-0
Média = 23ml/ano
VEF1
6MWD
Distância de caminhada de 6 minutos (6MWD): segmento a longo prazo nos pacientes com DPOC. Eur Resp J 2007; 29: 535-540
Ciro Casanova et al.
Conclusões:
A queda do 6MWD é maior nos doentes graves
Esse declínio contrasta com menor taxa declínio do VEF1
Medidas repetidas do 6MWD deve ser feito na avaliação dos doentes graves – VEF1 <50% do previsto
A deterioração clínica é melhor avaliada se os teste de função pulmonar são complementados com avaliação da performance ao exercício
A Importância da Espirometria na DPOC e na Asma: importância da abordagem e manejo. Chest 2000; 117:S15-S19
Bartolome R. Celli
Variáveis em potencial para estabelecer um novo Sistema de Estadiamento
Baseadas em evidências Prováveis
Idade
VEF1
Gases sanguíneos
6MWD
Dispnéia
IMC
Biomarcadores -
Capacidade inspiratória
Marcadores genéticos
Sexo
PCR
Massa Corpórea, Massa de Gordura Livre e Prognóstico em Pacientes com DPOC. Am J Respir Crit Care Med 2006; 173:79-83
Jørgen Vestbo et al.
Objetivos:
Análise da distribuição do baixo Índice de Massa de Gordura Livre(FFMI) e sua associação com prognóstico numa população de pacientes com DPOC
19329 indivíduos convidados do CCHS
1898 pacientes com DPOC, VEF1 <70%, segmento de 7 anos(média)
FFMI analisado por Impedância bioelétrica = FFM/ altura²
Foi avaliado, associação entre IMC(FM),IMGL(FFMI) e Mortalidade, considerando, idade, sexo, tabagismo e função pulmonar
Massa Corpórea, Massa de Gordura Livre e Prognóstico em Pacientes com DPOC. Am J Respir Crit Care Med 2006; 173:79-83
Jørgen Vestbo et al.
Homens
Mulheres
Estadiamento GOLD
Baixo peso(IMC) aumenta com a gravidade da doença
Diretrizes WHO
Massa Corpórea, Massa de Gordura Livre e Prognóstico em Pacientes com DPOC. Am J Respir Crit Care Med 2006; 173:79-83
Jørgen Vestbo et al.
Homens
Mulheres
Estadiamento GOLD
Baixo FFMI aumenta com a gravidade da doença
Massa Corpórea, Massa de Gordura Livre e Prognóstico em Pacientes com DPOC. Am J Respir Crit Care Med 2006; 173:79-83
Jørgen Vestbo et al.
Homens
Mulheres
Estadiamento GOLD
Baixo FFMI em DPOC com normal IMC que aumenta com a gravidade da doença
Massa Corpórea, Massa de Gordura Livre e Prognóstico em Pacientes com DPOC. Am J Respir Crit Care Med 2006; 173:79-83
Jørgen Vestbo et al.
Baixo FFMI é de ocorrência freqüente na DPOC
Baixo FFMI é associado com alta mortalidade mesmo naqueles do IMC normal
Exacerbações estava associado com baixo FFMI
O FFMI fornece importante informação de prognóstico e deve ser considerado na avaliação rotineira nos pacientes com DPOC
A Impedância bioelétrica é método fácil, rápido e barato
CONCLUSÕES:
A Importância da Espirometria na DPOC e na Asma: importância da abordagem e manejo. Chest 2000; 117:S15-S19
Bartolome R. Celli
Variáveis em potencial para estabelecer um novo Sistema de Estadiamento
Baseadas em evidências Prováveis
Idade
VEF1
Gases sanguíneos
6MWD
Dispnéia
IMC
Biomarcadores
Capacidade inspiratória
Marcadores genéticos
Sexo
Dispnéia é Melhor Preditor de Sobrevida em 5 anos do que a Obstrução Aérea em Pacientes com DPOC. Chest 2002; 121:1434-1440
Koichi Nishimura et al. 227 doentes em 5 anos
7-II; 21-III; 17-III; 3-IV morreram em 5 anos
Grau de dispnéia
A Importância da Espirometria na DPOC e na Asma: importância da abordagem e manejo. Chest 2000; 117:S15-S19
Bartolome R. Celli
Variáveis em potencial para estabelecer um novo Sistema de Estadiamento
Baseadas em evidências Prováveis
Idade
VEF1
Gases sanguíneos
6MWD
Dispnéia
IMC
Biomarcadores
Capacidade inspiratória
Marcadores genéticos
Sexo
Sistema de graduação multidimensional que avaliasse o sistema respiratório e sistêmico da DPOC que pudesse categorizar a doença e desfechos melhor que o VEF1
207 pacientes com DPOC: VEF1; IMC; Dispnéia; Capacidade de Exercício ÍNDICE DE BODE
Escala multidimensional de 10 pontos onde altos escores indicam maior risco de morte
625 pacientes com DPOC → validade do BODE, cujo desfechos : morte por causa respiratória e outras causas
O índice de BODE > nos que morreram: 5,9 X 3,7(vivos)
O índice de BODE > morte por IResp: 6,7 X 3,6(vivos)
Aumento de 1 ponto= RR de morte de 1,39 QC e 1,62 respiratória
Q1= 0-2 Q2= 3-4 Q3= 5-6 Q4= 7-10 Q4= 7-10= 80% de
morte em 52 meses
E1 >50% do VEF1 E2= 36-50 do VEF1 E3 <35 do VEF1
Risco de morte no IB= 0,74 e no VEF1= 0,65
Análise de sobrevivência KM
CONCLUSÕES
O ÍNDICE BODE:
Sistema de graduação multidimencional que inclui:
Um domínio que quantifica o declínio da função pulmonar → VEF1
Um domínio de percepção de sintomas → escala de dispnéia
Dois domínios que expressam conseqüências sistêmicas → IMC e 6MWD
*Superior ao VEF1 para predizer morte de qualquer causa como também de causa respiratória
O VEF1 é importante no estadiamento da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica porém outras variáveis provaram ser úteis para compreender a evolução da doença: IMC; Dispnéia; Teste de caminhada de 6 minutos.
O Sistema atual de estadiamento da DPOC deve contemplar essas variáveis
CONCLUSÕES
NITERÓI