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Vazio e Existência por Tenzin Gyatso, Sua Santidade o XIV Dalai Lama Para gerar o tipo de amor e compaixão que motiva você a procurar buddhahood, não para si mesmo, mas para o bem dos outros, primeiro você deve enfrentar o sofrimento, identificando seus tipos. Esta é a primeira nobre verdade. A partir do momento em que nascemos ao momento em que morremos nós sofremos a dor física e mental, o sofrimento da mudança, e sofrimento generalizado de condicionamento descontrolado. As nobres verdades segunda e terceira nos levam a compreender as causas do sofrimento e se estas causas podem ou não ser removidas. A causa fundamental do sofrimento é a ignorância, a apreensão equivocada de que os seres vivos e objetos inerentemente existem. Todos nós temos um sentido, válido adequada de si mesmo, ou "eu", mas então nós adicionalmente temos uma ideia errada de que "eu" inerentemente existente. Sob a influência dessa ilusão, vemos o self como existente sob seu próprio poder, estabelecidoa por meio de sua própria natureza, capaz de constituir-se. No entanto, se houvesse tal separar I-self-estabelecidos e já existentes em seu próprio direito, deve se tornar cada vez mais claro à luz da análise competente sobre se ele existe como mente ou no corpo, ou a coleção de mente e corpo , ou diferente da mente e do corpo. Na verdade, quanto mais perto você olha, mais ele não é encontrado. Esta acaba por ser o caso para tudo, para todos os fenômenos. O fato de que você não pode encontrá-los significa que os fenômenos não existem sob seu próprio poder, não são auto- estabelecidos. Algum momento durante o início dos anos sessenta, quando eu estava refletindo sobre uma passagem de Tsongkhapa [fundador da escola Gelugpa ao qual pertence o Dalai Lama] sobre unfindability e o fato de que os fenômenos são dependentes conceitualmente, era como se um raio corresse dentro do meu peito. Eis a passagem:

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Vazio e Existncia por Tenzin Gyatso, Sua Santidade o XIV Dalai Lama

Para gerar o tipo de amor e compaixo que motiva voc a procurar buddhahood, no para si mesmo, mas para o bem dos outros, primeiro voc deve enfrentar o sofrimento, identificando seus tipos. Esta a primeira nobre verdade. A partir do momento em que nascemos ao momento em que morremos ns sofremos a dor fsica e mental, o sofrimento da mudana, e sofrimento generalizado de condicionamento descontrolado. As nobres verdades segunda e terceira nos levam a compreender as causas do sofrimento e se estas causas podem ou no ser removidas. A causa fundamental do sofrimento a ignorncia, a apreenso equivocada de que os seres vivos e objetos inerentemente existem.

Todos ns temos um sentido, vlido adequada de si mesmo, ou "eu", mas ento ns adicionalmente temos uma ideia errada de que "eu" inerentemente existente. Sob a influncia dessa iluso, vemos o self como existente sob seu prprio poder, estabelecidoa por meio de sua prpria natureza, capaz de constituir-se.

No entanto, se houvesse tal separar I-self-estabelecidos e j existentes em seu prprio direito, deve se tornar cada vez mais claro luz da anlise competente sobre se ele existe como mente ou no corpo, ou a coleo de mente e corpo , ou diferente da mente e do corpo. Na verdade, quanto mais perto voc olha, mais ele no encontrado. Esta acaba por ser o caso para tudo, para todos os fenmenos. O fato de que voc no pode encontr-los significa que os fenmenos no existem sob seu prprio poder, no so auto-estabelecidos.

Algum momento durante o incio dos anos sessenta, quando eu estava refletindo sobre uma passagem de Tsongkhapa [fundador da escola Gelugpa ao qual pertence o Dalai Lama] sobre unfindability e o fato de que os fenmenos so dependentes conceitualmente, era como se um raio corresse dentro do meu peito. Eis a passagem:

A corda enrolada e enrol so semelhantes aos de uma cobra, e quando a corda percebida em uma rea escura, o pensamento surge: "Esta uma cobra." Quanto corda, naquele momento em que visto como ser uma cobra, a recolha e partes da corda no so nem mesmo na menor forma uma cobra. Portanto, que cobra meramente criado pela conceitualidade.

Da mesma forma, quando o pensamento "eu" surge na dependncia da mente e do corpo, nada dentro da mente e do corpo-nem o conjunto que uma continuidade dos momentos anteriores e posteriores, nem a coleo de peas de uma s vez, nem o partes separadas, nem a continuidade de qualquer das partes separadas est em forma, mesmo menor do "eu" Tambm no h nem mesmo a menor coisa que uma entidade diferente da mente e do corpo que apreensvel como o "eu" conseqentemente, o "eu" meramente criado pela conceitualidade na dependncia de mente e corpo, no estabelecida por meio de sua prpria entidade.

O impacto durou por um tempo, e para as prximas semanas, sempre que eu via as pessoas, pareciam iluses de um mgico em que pareciam inerentemente existe, mas eu sabia que eles realmente no o fez. Essa experincia, que era como um relmpago no meu corao, foi provavelmente a um nvel inferior realizao completamente vlido e incontestvel. Isto , quando a minha compreenso da cessao das emoes aflitivas, como uma possibilidade real tornou-se real.

Hoje em dia eu sempre meditar sobre a vacuidade da manh e trazer essa experincia para as atividades do dia. S de pensar ou dizer "eu", como em "vou fazer tal e tal", muitas vezes desencadeia o sentimento. Mas ainda no posso afirmar plena compreenso da vacuidade.

A conscincia que concebe a existncia inerente no tem um fundamento vlido. A conscincia de sbio, fundamentada na realidade, entende que os seres vivos e outros fenmenos-mentes, corpos, edifcios, e assim por diante, no inerentemente existe. Esta a sabedoria da vacuidade. Compreenso da realidade exatamente oposta concepo errnea de existncia inerente, a sabedoria gradualmente supera a ignorncia.

Remover a ignorncia que concebe mal fenmenos inerentemente existe e voc evitar a gerao de emoes aflitivas como a luxria e dio. Assim, por sua vez, o sofrimento tambm pode ser removido. Alm disso, a sabedoria do vazio deve ser acompanhada por uma motivao de profunda preocupao para os outros (e pelas obras que ela inspira compaixo) antes que ele pode remover as obstrues oniscincia, que so as predisposies para a falsa aparncia de fenmenos, at mesmo para sentir conscincia de como se inerentemente existe.

Portanto, a prtica espiritual completa chamadas para cultivar a sabedoria em conjunto com grande compaixo e a inteno de se tornar iluminado em que outros so mais valorizada do que a si mesmo. S ento a sua conscincia pode ser transformada na oniscincia de um Buda.

Abnegao

Ambos praticam a meditao budistas e no budistas para obter prazer e se livrar da dor, e em ambos os sistemas budistas e no budistas o eu um objeto central de anlise. Certos no-budistas que aceitam renascimento aceitar a natureza transitria da mente e do corpo, mas eles acreditam em um eu que permanente, imutvel e unitria.Embora as escolas budistas aceitar renascimento, eles sustentam que no h auto tais slidos. Para os budistas, o tema principal do treinamento em sabedoria o vazio, o altrusmo ou, o que significa a ausncia de um eu permanente, unitrio e independente ou, mais sutilmente, a ausncia de existncia inerente tanto em seres vivos ou em outros fenmenos.

As Duas Verdades

Para entender o altrusmo, voc precisa entender que tudo que existe est contido em dois grupos chamados as duas verdades: convencional e definitivo. Os fenmenos que vemos e observamos ao nosso redor pode ir de bom para ruim, ou mal para o bem, dependendo de vrias causas e condies. Muitos fenmenos no pode ser dito para ser inerentemente boa ou ruim, pois eles so melhores ou piores, alto ou baixo, feio ou bonito, apenas por comparao, no por meio de sua prpria natureza. Seu valor relativo. A partir desta voc pode ver que h uma discrepncia entre a forma como as coisas aparecem e como elas realmente so. Por exemplo, algo que pode em termos de como ele aparece-com bom aspecto, mas, devido sua natureza interna ser diferente, ele pode virar mau, uma vez que afetada por condies. Alimento que parece to bom em um restaurante no pode sentar-se to bem no seu estmago. Este um claro sinal de uma discrepncia entre a aparncia ea realidade.

Estes fenmenos so chamados de si verdades convencionais: eles so conhecidos pela conscincia que vai mais longe do que aparncias. Mas os mesmos objetos tm um modo de ser interno, chamado de verdade ltima, que permite as mudanas trazidas pelas condies. Um sbio conscincia, no satisfeitos com meras aparncias, as anlises para descobrir se os objetos inerentemente existe como eles parecem fazer, mas descobre sua ausncia de existncia inerente. Ele encontra um vazio de existncia inerente alm das aparncias.

Vazio de qu?

Vazio, ou abnegao, s pode ser compreendida se primeiro identificar o de que os fenmenos esto vazios. Sem entender o que negada, voc no consegue entender a sua ausncia, vazio.

Voc pode pensar que o vazio significa nada, mas ele no. Apenas da leitura difcil identificar e compreender o objeto da negao, o que os textos budistas falam de como o estabelecimento verdadeiro ou existncia inerente. Mas ao longo de um perodo de tempo, quando voc adiciona suas prprias investigaes para a leitura, o faultiness da nossa forma habitual de ver as coisas ficaro mais claras e mais clara.

Buda disse muitas vezes que porque todos os fenmenos so interdependentes surgido, eles so relativos, a sua existncia depende de outras causas e condies e depende de suas prprias partes. A mesa de madeira, por exemplo, no existe de forma independente, mas sim, que depende de um grande nmero de causas, como uma rvore, o carpinteiro que faz com que seja, e assim por diante, mas tambm depende de suas prprias partes. Se uma mesa de madeira ou qualquer fenmeno realmente no eram dependentes, se fosse estabelecido em seu prprio direito, ento quando voc analis-lo, a sua existncia em si mesmo deve se tornar mais bvio, mas isso no acontece.

Este raciocnio budista apoiada pela cincia. Os fsicos de hoje manter descobrir componentes mais fina da matria, mas eles ainda no conseguem entender a sua natureza ltima. Vazio entendimento ainda mais profunda. Quanto mais voc pensar em como uma conscincia ignorante concebe os fenmenos de existir, quanto mais voc achar que no existem fenmenos assim. No entanto, quanto mais voc olhar para o que uma conscincia sensata entende, mais voc ganha afirmao na ausncia de existncia inerente.

Fazer objetos existem?

Ns estabelecemos que, quando qualquer fenmeno procurado atravs da anlise, no pode ser encontrado. Ento voc pode estar se perguntando se esses fenmenos existem em tudo. No entanto, sabemos por experincia direta que as pessoas e coisas causam prazer e dor, e que eles podem ajudar e danos. Portanto, os fenmenos certamente no existem, a questo como? Eles no existem em seu prprio direito, mas s tem uma existncia dependente de muitos fatores, incluindo uma conscincia que conceitua-los.

Uma vez que eles existem mas no existem por conta prpria, eles necessariamente existem na dependncia da conceituao. No entanto, quando os fenmenos aparecem para ns, no em todas as aparecer como se eles existem dessa maneira. Em vez disso, eles parecem ser estabelecida em seu prprio direito, de um lado do objeto, sem depender em cima de uma conscincia conceituar.

Quando o treinamento para desenvolver a sabedoria, voc est procurando atravs da anlise para encontrar a existncia inerente de qualquer objeto que voc est considerando-se, uma outra pessoa, o seu corpo, sua mente, ou qualquer outra coisa. Voc est analisando no a aparncia simples, mas a natureza intrnseca do objeto. Assim, no que voc venha a entender que o objeto no existe, mas sim, voc achar que sua existncia inerente sem fundamento. Anlise no contradiz a mera existncia do objeto. Fenmenos de fato existem, mas no da forma como pensamos que eles fazem.

O que resta aps a anlise um fenmeno dependente existente. Quando, por exemplo, voc examinar seu prprio corpo, a sua existncia inerente negada, mas o que resta um corpo depende de quatro membros, um tronco e uma cabea.

Se os fenmenos so vazios, eles podem Funo?

Sempre que pensamos sobre os objetos, no engano acreditar que eles existem em seu prprio direito? No. Podemos conceber os fenmenos de trs maneiras diferentes. Vamos considerar uma rvore. No h como negar que parece inerentemente existe, mas:

Poderamos conceber a rvore como inerentemente existentes, por direito prprio.

Poderamos conceber a rvore como falta existncia inerente.

Poderamos conceber a rvore sem pensar que inerentemente existe ou no.

Apenas o primeiro desses errado. Os outros dois modos de apreenso est certo, mesmo se o modo de apario confundido no segundo e no terceiro, em que a rvore aparece como se inerentemente existentes.

Se os objetos no existem inerentemente, isso significa que eles no podem funcionar? Saltar para a concluso de que, porque a verdadeira natureza dos objetos o vazio, por isso, so incapazes de desempenhar funes como causar prazer ou dor, ou ajudar ou prejudicar, o pior tipo de mal-entendido, uma viso niilista. Como o erudito indiano Nagarjuna-yogi diz em seu Garland Precious, um niilista certamente ter uma transmigrao ruim sobre renascimento, enquanto uma pessoa que acredita, ainda que de forma errada, na existncia inerente passa a uma transmigrao bom.

Permitam-me explicar. Voc precisa de uma crena nas conseqncias de aes para escolher a virtude em sua vida e descarte no-virtude. Por enquanto, a viso sutil do vazio da existncia inerente pode ser muito difcil para voc entender, sem cair na armadilha de niilismo, onde voc incapaz de compreender que os fenmenos surgem na dependncia de causas e condies (surgimento dependente) . Em seguida, por causa do seu progresso espiritual seria melhor para agora deixar de lado tentando penetrar o vazio. Mesmo se voc erroneamente acreditam que os fenmenos inerentemente existe, voc ainda pode desenvolver uma compreenso de surgimento dependente e aplic-la na prtica. por isso que mesmo Buda, na ocasio, ensinou que os seres vivos e outros fenmenos inerentemente existe. Tais ensinamentos so o pensamento de escrituras de Buda, mas eles no so o seu prprio pensamento final. Para fins especficos, s vezes ele falava de uma forma no-final.

De que maneira Conscincia Mistaken?

Porque todos os fenmenos parecem existir por direito prprio, todas as nossas percepes comuns esto enganados.Somente quando o vazio diretamente percebido durante a meditao completamente focado que no h falsa aparncia. Naquele tempo, o dualismo entre sujeito e objeto desapareceu, como tem a aparncia de multiplicidade; vazio aparece apenas. Seres depois de levantar-se de que a meditao, mais uma vez vivendo e objetos falsamente parecem existir por si s, mas atravs do poder de ter realizado o vazio, voc vai reconhecer a discrepncia entre a aparncia ea realidade. Atravs da meditao voc identificou tanto o modo de falsa aparncia eo modo de apreenso falso.

Voltemos ao ponto central: Todos ns temos um sentimento de "eu", mas temos de perceber que apenas designado na dependncia de mente e corpo. O altrusmo que os budistas falam de refere-se ausncia de um eu que permanente, partless, e independente, ou, mais sutilmente, pode referir-se ausncia de existncia inerente de qualquer fenmeno. No entanto, os budistas

do valor da existncia de um eu que muda a cada momento, designado na dependncia da continuidade da mente e do corpo. Todos ns validamente ter este sentido de "I." Quando os budistas falam da doutrina da abnegao, no estamos nos referindo inexistncia deste self. Com este "eu", todos ns legitimamente querem a felicidade e no querem sofrer. quando ns exageramos nosso senso de ns mesmos e outros fenmenos para significar algo inerentemente existentes que se mete em muitos, muitos problemas.