Uso de material didático lúdico para uma aprendizagem de inglês mais prazerosa

Keila Alvarenga Azalim CUNHA - E. E. Professor Antônio Gonçalves Lana Escola Municipal José Maria da Fonseca

Introdução

No nosso contexto escolar, às vezes percebemos que o material didático lúdico é utilizado como um passa-tempo, em que educador desconhece suas diversas possibilidades e funções sócio-educativas e afetivas, contribuindo assim para uma visão distorcida deste tipo de material. Através de encontros em um programa de formação continuada (PECPLI), senti-me motivada a questionar esta percepção um pouco depreciativa do lúdico e, a partir de pesquisas e reflexões sobre minha prática no ensino regular, busco enfatizar alguns dos benefícios da utilização do material didático lúdico no ensino e aprendizagem de inglês.

Atividades lúdicas: da teoria para a prática

Vários autores ((TEIXEIRA, 1995; KRASHEN, 1982) têm demonstrado uma preocupação com a atividade lúdica e incentivam os professores a um questionamento que possa desmistificar algumas crenças a respeito do lúdico apenas à diversão.

O lúdico cria uma espécie de esforço espontâneo (TEIXEIRA, 1995).

As atividades lúdicas estão integradas às dimensões afetivas, motora e cognitiva da personalidade, por isso, quando bem trabalhadas, alcançam maiores resultados.

A atividade com materiais lúdicos cria um clima de entusiasmo, fazendo com que o processo de ensino e aprendizagem seja mais prazeroso, lidando muitas vezes com fatores afetivos ligados à constituição de conhecimento (KRASHEN, 1982).

A confecção de jogos auxilia a aprendizagem, a socialização, e atitudes mais positivas dos alunos.

Considerações finais

Existe uma infinidade de jogos ou atividades lúdicas que poderiam ser (re) criadas ou adaptadas a vários conteúdos no ensino de LE. O jogo da memória foi apenas uma demonstração de como podemos unir o lúdico com o ensino e aprendizagem.

Os benefícios na utilização vão além do cognitivo, pois estas atividades mostraram-se facilitadoras da sociabilidade e da motivação na aprendizagem da língua estrangeira.

O lúdico permite aos alunos estudarem a LI em situações comunicativas. Ainda acredito que os professores podem ser encorajadores e incentivadores para despertar o interesse adormecido nos alunos.

Referências

FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 2007.

KRASHEN, S. Principles and Practice in Second Language Acquisition. New York, Pergamon Press, 1982. First internet edition July 2009. Disponível em: http://www.sdkrashen.com/Principles_and_Practice/index.html

REIFF, Fernanda de Abreu. O ensino de inglês numa escola Internacional. Instrumento: Revista Estadual de Pesquisa Educacional. Juiz de Fora, v. 11, n. 1, p. 109-116, jan./jun. 2009.

TEIXEIRA, C. E. J. A Ludicidade na Escola. São Paulo: Loyola, 1995.

Neste trabalho, descrevo uma atividade em que crio materiais lúdicos com ajuda dos alunos.

Opinião dos alunos sobre os jogos

UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA

CENTRO DE CIÊNIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES

DEPARTAMENTO DE LETRAS E ARTES

PROJETO DE EDUCAÇÃO CONTINUADA PARA PROFESSORES DE LÍNGUA INGLESA

Contexto: 6º ano do ensino fundamental.

Objetivo: aprender vocabulário sobre nacionalidades e países.

Desenvolvimento:

Os alunos deveriam recortar 18 retângulos com desenhos das bandeiras estudadas e mais 18 retângulos com o nome das nacionalidades correspondentes. Em grupos, os alunos deveriam encontrar os pares para as bandeiras e nacionalidades. Poderiam

Brazilian American

Italian

Spanish

Jogo da memória (cont.)

conversar, negociando respostas. Venceria quem alcançasse o maior número de pares. Como atividade complementar, fizeram um listening, com um bom desempenho devido à atividade lúdica anterior.

Jogo da memória

(1)

(2)

(3)

Gráfico 1. Quanto à atividade que realizamos no “memory game”, qual a sua opinião?Gráfico 2. Quando fomos praticar o jogo “memory game” em sala, o que você achou desta atividade?Gráfico 3. Você fez com entusiasmo (prazer) esta atividade do “memory game”?