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29 P [6] CONGREGAÇÃO DE Nª SRª DA CARIDADE VIANA DO CASTELO Gerações Unindo ANO XI | Nº 29 | DEZEMBRO 2015 VISITE O NOSSO SITE www.caridade-viana.com Passeio/Peregrinação ao Santuário de Fátima Atuação do “Grupo da Caridade” na Biblioteca Municipal Desfolhada Festa da Padroeira e São Pedro P [4] P [6] P [5] Esclarecimento Com a passagem à situação de pensionista (aposentação) da Diretora de Serviços Dra. Arlete Cortez, foi admitida a Dra. Ana Isabel Gonçalves, licenciada em Educação So- cial, para assumir a função de Diretora Técnica. A Direção aproveitou a cir- cunstância para proceder a alterações no Organograma da Instituição, de modo a melhorar a coordenação entre os diversos Setores e Serviços. A Direção

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Page 1: UNINDO GERAÇÕES N. 29

29

P [6]

Congregação de nª Srª da Caridade Viana do CaSTeLo

geraçõesUnindo

ano Xi | nº 29 | dezeMBro 2015

ViSiTe o noSSo SiTewww.caridade-viana.com

Passeio/Peregrinação ao Santuário de Fátima

atuação do “grupo da Caridade” na Biblioteca Municipal

desfolhada

Festa da Padroeira e São Pedro

P [4]

P [6]

P [5]

esclarecimentocom a passagem à situação

de pensionista (aposentação) da Diretora de Serviços Dra. Arlete cortez, foi admitida a Dra. Ana Isabel Gonçalves, licenciada em Educação So-cial, para assumir a função

de Diretora Técnica.A Direção aproveitou a cir-cunstância para proceder a alterações no Organograma

da Instituição, de modo a melhorar a coordenação

entre os diversos Setores e Serviços.

A Direção

Page 2: UNINDO GERAÇÕES N. 29

Que vêm amigas?Que vêm?Que pensam quando me olham?

Uma velha rabugenta,não muito inteligente,de hábitos incertos,com seus olhos sonhadoresfixos ao longe?

A velha que cospe comida,que não respondeao tentar ser convencida…“De fazer um pequeno esforço?”

A velha,que vocês acreditamque não se dá contadas coisas que vocês fazeme que continuamenteperde a sua escova ou o sapato?

A velha,que contra sua vontade,mas humildemente lhes permitefazer o que querem,que me banham e me alimentam,só para o dia passar mais depressa…

É isso que vocês acham?É isso que vocês vêm?Se assim forabram os olhos, amigas,porqueisso que vocês vêmnão sou eu!

Vou dizer-lhes quem souquando estou sentada aqui,tão tranquilacomo me ordenaram…

Sou uma menina de 10 anos,que tem pai e mãe,irmãos e irmãs que se amam.

Sou uma jovenzinha de 16 anos,com asas nos pés,e que sonha encontrar o seu amado.

Sou uma noiva aos 20 anos,que o coração salta nas lembranças,quando fiz a promessaque me uniu até ao fim de meus diascom o amor da minha vida.

Sou ainda uma moça com 25 anos,que tem seus filhosque precisam que eu os guie…Tenho um lugar seguro e feliz!

Sou a mulher com 30 anos,onde os filhos crescem rápido.Estamos unidos com laços quedeveriam durar para sempre…

Quando tenho 40 anosmeus filhos já cresceram e não estão em casa…Mas ao meu lado está meu maridoque me acalentaquando estou triste.

Aos cinquenta, mais uma vez,comigo deixam os bebés,meus netos,e, de novo, tenho a alegria das crianças,meus ente queridos, junto a mim.

Aos 60 anos,sobre mim nuvens escuras aparecem,meu marido está morto;e quando olho meu futurome arrepio toda de terror.

Os meus filhos se foram,e, agora, têm os seus próprios filhos…Então penso em tudo o que aconteceue no amor que conheci.

eespaço da direção

2 Unindo gerações

“ ”a velha rabugenta

Agora sou uma velha.Que cruel é a natureza…A velhice é uma piadaque transforma um ser humanoem um alienado.

O corpo murcha.Os atrativos e a força desapareceram.Ali, onde uma vez tive um coração,agora há uma pedra.

No entanto,nestas ruinas, a menina de 16 anosainda está viva.E o meu coração cansado,ainda está repleto de sentimentosvivos e conhecidos.

Recordo os dias felizes e tristes.Com meus pensamentos volto a amare a viver o meu passado.

Penso em todos esses anosque foram, ao mesmo tempo, poucos.Mas que passaram muito rápido,e aceito o inevitável…Que nada pode durar para sempre…

Por isso, abram seus olhos e vejamque diante de vocês não estáuma velha mal-humorada.Diante de vocês estou apenas “EU…”Uma menina, mulher e senhora: VIVA…!!!E com todos os sentimentos de uma vida.

“Lembrem-se deste poema da próxima vez que encontrarem uma pessoa idosa e mal-humorada e não a rejeitem sem olhar primeiro a sua alma jovem…Você… vai estar algum dia no seu lugar…”

Pesquisa e arranjoCarlos Barbosa

Quando uma velha senhora morreu numa unidade hospitalar para o tratamento de doenças da velhice, todos estavam con-vencidos de que ela não havia deixado nada de valor.Então, quando as enfermeiras verificaram os seus poucos pertences, encontraram um poema. A sua qualidade e con-teúdo impressionaram todas as pessoas que o leram.A seguir se publica o poema.

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ccreche beija-flor

Unindo gerações 3

No dia 11 de julho teve lugar no Centro Pastoral Paulo VI, em Darque, a festa de final de ano da Creche “O Beija-Flor”, que contou com a presença das crianças e seus familiares, das colaboradoras, das professoras das atividades extra curriculares de música e ginástica, assim como de quatro diretores da Congregação de Nossa Senhora da Caridade.

A Diretora Técnica Dr.ª Diana Lage deu início á festa, lendo um texto. De seguida, apresentou a dança dos berçários “Bolinhas de Sabão”, que deliciou todos os presentes.

Após um breve intervalo para montagem de cenário, entraram os meninos de um/dois anos, da “sala vermelha”, com a dança “As 7 cores do arco-íris”.

De seguida, apresentaram-se os meninos da “sala verde”, que dançaram ao som da música alusiva ao verão “O melhor do Verão”.

Para comemorar o último ano dos finalistas, as salas de dois/três anos, apresentaram a divertida dança “No fundo do mar”, fantasiados de peixes, algas, búzios, piratas e marinheiros. Foi um número muito bem conseguido e muito divertido, que deliciou todos os presentes, tendo aplaudido demoradamente estes pequenos “artistas”.

Também a professora de música deu a conhecer um pouco do muito trabalho desen-volvido ao longo do ano, com os meninos das salas de um/dois anos e de dois/três anos, através de uma história animada em cinco pequenas canções.

A última apresentação foi organizada pela professora de ginástica, com os meninos que frequentaram esta atividade.

As colaboradoras também quiseram agradecer o fantástico ano que tiveram na com-panhia dos “seus meninos” e familiares, projetando um conjunto de fotografias ti-radas durante os momentos de receção/entrega dos meninos, acompanhadas por música divertida e um pequeno texto emotivo.

No final, entraram todos em palco, cada um vestindo uma t-shirt da cor da sua sala. Foi um momento muito emocionante que a todos cativou.

Para terminar em beleza e com um destaque especial, os finalistas foram chamados ao palco, pelos seus nomes, individualmente e, num ambiente de ternura e cumpli-cidade, procederam à “queima das fraldas” e receberam os diplomas.

A festa terminou com um lanche-convívio, recheado de conversas, fotografias, elo-gios, boa disposição e muita satisfação.

Elementos fornecidos pela Dr.ª Diana Lage, Diretora da Creche

Texto de Carlos Barbosa

Viana do Castelo, 13 de julho de 2015

Festa de final de ano 2014/2015

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A Quinta de Santoinho, em Darque, no dia 23 de julho, recebeu a visita de mais de mil avós e idosos, para celebrar o seu dia.Como vem sendo hábito, a organização deste evento esteve a cargo da Pastoral Social.Os utentes, colaboradores e diretores das diversas IPSS foram chegando ao local do encontro, ocupando os lugares mais convenientes para poderem assistir às várias manifestações musicais e de ginástica, que diversos grupos proporcionaram a todos os presentes.Assistiu-se a um momento de convívio intergeracional entre os idosos e as crianças do Jardim de Infância da Santa Casa da Misericórdia de Viana do Castelo.Ao meio dia, todos se dirigiram aos lugares previamente escolhidos, para o almoço, de modo a retemperarem forças para o resto do dia.Pelas 15H00 foi celebrada missa pelo bispo da Diocese de Viana do Castelo D. Anacleto Oliveira, acompanhado de diversos sacerdotes.Depois da missa, houve mais animação musical por Augusto Canário e seus acompanhantes habituais.

Foi um dia diferente do habitual para as centenas de idosos que estão institucionalizados em IPSS.Era visível no rosto de todos – avós e netos – a satisfação por lhes ter sido proporcionado este convívio tão alegre e gratificante.Participaram 23 utentes da Congregação de Nossa Senhora da Caridade, que esteve representada pelo seu presidente António Morgado, pelo tesoureiro Carlos Barbosa, pela Diretora Técnica Dr.ª Arlete Cortez, pela psicóloga Dr.ª Diana Pereira e pelas colaboradoras Patrícia Ribeiro e Liliana Brito.

Texto de Carlos BarbosaViana do Castelo, 24.julho.2015

4 Unindo gerações

aatividades

atividadesSocioculturais

dia dos avós e do idoso

Passeio/Peregrinação ao Santuário de FátimaComo tem sido hábito, os utentes do Lar da Congregação de Nossa Senhora da Caridade, participaram, nos dias 7 e 8 de julho, no passeio/peregrinação ao Santuário de Fátima, acompanhados pelo capelão da Instituição monsenhor Reis Ribeiro, por diretores, voluntárias e colaboradoras da Instituição.No dia 7, depois do almoço, iniciamos a viagem de autocarro, com 20 utentes.À noite, assistimos à reza do terço na Capela das Aparições e participamos – os que puderam – na Procissão de Velas.Na manhã do dia 8, alguns utentes assistiram à missa na Capela das Aparições. Outros, acompanhados pelos diretores e pelas colaboradoras, ouviram missa na Igreja da Santíssima Trindade, concelebrada pelo Capelão da Instituição.Depois do almoço, regressamos a Viana do Castelo.

Acompanharam os utentes, o presidente da direção António Morgado, o tesoureiro Carlos Barbosa, a Diretora Técnica Dr.ª Arlete Cortez, a psicóloga Dr.ª Diana Pereira, a enfermeira Ana Margarida e as colabo-radoras Patrícia Ribeiro e Iolanda Arezes.Os acompanhantes asseguraram a assistência aos utentes, para que se sen-tissem confortáveis, protegidos e para que nada lhes faltasse.

Texto de Carlos BarbosaViana do Castelo, 15.julho.2015

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Unindo gerações 5

Passeio a Valença e Vila nova de Cerveira

outras atividades

Atividades Intergeracionais – Creche Beija-Flor

Desfolhada – Outubro 2015

Para a despedida do Verão e acolhimento do Outono, a Direção da Congre-gação de Nossa Senhora da Caridade, decidiu organizar uma viagem de au-tocarro com os utentes do Lar, até Valença e volta por Vila Nova de Cerveira.Em Valença, visitamos o parque de merendas de Nossa Senhora da Cabeça, situado na margem esquerda do rio Minho.Depois de um pequeno repouso que serviu para “esticar” as pernas e aliviar a bexiga e para um convívio entre todos, retomamos a vigem até Vila Nova de Cerveira, onde foi serviço um lanche-convívio no acolhedor e muito bem cuidado “Parque do Castelinho”, situado na margem esquerda do rio Minho.Já a tarde ia adiantada, iniciamos a viagem de regresso a Viana do Castelo.Durante a vigem foram interpretados pelo grupo de “fadistas” da Instituição, diversos fados celebrizados pelas vozes de Amália Rodrigues, Carlos Ramos, Francisco José e Tony de Matos.Para o final da viagem estava reservado um momento ternurento: a diretora técnica e psicóloga interpretaram o poema “meu querido, meu velho, meu amigo”, dedicado a todos os pais. Poema muito conhecido, cantado por Ro-berto Carlos.Foi uma tarde de salutar convívio entre utentes do Lar, diretores, diretora e colaboradoras. Era bem visível no rosto de todos, a agradável tarde que lhes foi proporcionada.Participaram 30 utentes, acompanhados pelo presidente António Morgado, pelo tesoureiro Carlos Barbosa, pela diretora técnica Dr.ª Arlete Cortez, pela psi-cóloga Dr.ª Diana Pereira e pela encarregada de serviços gerais Patrícia Ribeiro.

Texto de Carlos Barbosa.Viana do Castelo, 25.setembro.2015

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Jogos de mesa

Visita a uma Exposição de Pintura – Agosto 2015

Atuação da Escola de Folclore de Santa Marta de Portuzelo

Atuação do “Grupo da Caridade” na Biblioteca Municipal – Julho 2015

Palestra de Saúde “Doença de Alzheimer” Setembro 2015

Baile em Alvarães – Projeto Cultura da Idade

Palestra sobre “Incontinência Urinária” no Museu de Artes Decorativas

Festa da Padroeira e São Pedro – 29 de junho 2015 Atuação do Grupo “Na Boa Bai Ela” e o “Rancho Folcló-rico” dos Professores da Escola Dr. Pedro Barbosa do Agrupamento de Escolas de Monserrate

outras atividades

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Unindo gerações 7

momento dos residentes

mUm grupo de irmãs nossas (amigas) desta Instituição duas vezes por semana, suportam-nos, são Aldina (criativa e pren-dada), Amélia (inteligente e observadora), Fátima (presen-te e colabora), Ivete (observadora e carente), Júlia (bondosa e persistente), Laura de Jesus (alegre e autoritária), Lurdes (criativa e colaboradora), Maria da Guia (bondosa e persis-tente), Odete (persistente e colabora), Raquel (dócil e bon-dosa), Ritinha (airosa e dinâmica), Teresa Soares (persis-tente e altruísta), Teresa (Maria da Trincheira) (poderosa e alegre),e como não podia deixar de ser temos um homem para alegrar o grupo o João Pereira (observador e humilde). Todas as terças e quintas este grupo reúne-se, na bi-blioteca, para momentos de convívio e alegria com lei-tura de textos para reflexão e debate, anedotas, adi-vinhas, pintura e atividades de raciocínio e memória. É notório o interesse com que colaboram e quando falta este passatempo sentem necessidade destes momentos de distração e diversão.

As professoras voluntárias:

Maria da Graça Machado Colaço Maria de Fátima Matias da Costa Faria Morgado Maria do Céu Afonso Fernandes Maria do Céu Sousa Rocha Felgueiras.

Só envelhecemos quando paramos de nos divertir“ ”

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8 Unindo gerações

doença de alzheimer

saúde e bem-estar

s

No passado dia 21 de Setembro come-morou-se o Dia Mundial da Pessoa com Doença de Alzheimer. Estima-se que em Portugal haja aproximadamente 153 mil doentes com patologias demenciais e que 90 mil desses doentes sofram de Alzhei-mer, representando assim esta doença 70% dos casos de demência em Portugal.

A Doença de Alzheimer (DA) é a prin-cipal forma de demência, condição tra-duzida por um conjunto de sintomas como a perda de memória, bem como de outras capacidades intelectuais e físicas.

A idade é o principal fator de risco para o desenvolvimento da DA. Após os 65 anos, o risco de desenvolver esta pato-logia aumenta significativamente. (ver quadro nº 1)

De início silenciosa e quase impercetí-vel, evolui muitas vezes de forma lenta, conduzindo a uma diminuição progres-siva da autonomia. No início da doença, torna-se por vezes difícil distinguir o en-velhecimento normal do envelhecimen-to patológico. (ver quadro nº2)

O que está na origem da DA é a perda de determinadas funções cerebrais, sendo a memória a queixa inicial mais comum. Com o avançar da doença, são também afetadas outras funções como o raciocí-nio, a linguagem, a capacidade de orien-

tação no espaço e no tempo e a coorde-nação motora.

Existem três etapas ou fases que carac-terizam estas demências. É importan-te salientar que algumas pessoas não apresentam todas as características ou passam por todas as fases. De qualquer forma, esta continua a ser uma descrição útil da progressão geral da demência. (ver quadro nº3)

Até à presente data não existe cura para esta patologia. No entanto, existem fár-macos que permitem alguma estabiliza-ção do funcionamento cognitivo nas pes-soas com DA, nas fases ligeira e moderada.

A intervenção não farmacológica é um conjunto de intervenções que visam ma-ximizar o funcionamento cognitivo e o bem-estar da pessoa, bem como ajudá--la no processo de adaptação à doença. As atividades desenvolvidas têm como fim a estimulação das capacidades da pessoa, preservando, pelo maior perío-do de tempo possível, a sua autonomia, conforto e dignidade. É uma interven-ção muito importante, utilizada para se conseguir a interação da pessoa com o meio envolvente.

Quando falamos em atividades de esti-mulação cognitiva, estamos a referir-nos a toda e qualquer atividade que possa

DIAnA PErEIrAPsicóloga na Congregação de Nossa Senhora da Caridade

estimular as funções do cérebro como a atenção, a memória, a perceção, o racio-cínio lógico, a sensação entre outras. O objetivo das atividades é de manutenção das funções preservadas.

Na DA e demências similares, este tipo de atividade torna-se fundamental, uma vez que exponencia o efeito do trata-mento medicamentoso. A sua função é estimular as capacidades da pessoa de modo a obter um funcionamento o mais aproximado possível da autonomia, pro-curando atrasar o processo demencial.

A prática constante de atividades cogni-tivas como: leitura, jogos, sopa de letras, palavras cruzadas, labirintos, cálculos, entre outros, são considerados fatores de proteção importantes para o prejuízo cognitivo.

Desta forma, para um maior sucesso no tratamento da DA, deve ser conciliada a intervenção farmacológica com a inter-venção não farmacológica.

Neste sentido, temos na nossa Institui-ção um leque variado de atividades que vão ao encontro das necessidades dos nossos residentes.

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Fatores que AUMENTAM o risco de DA

• Idade (a partir dos 65 anos)• História familiar• Género feminino• Pouca atividade mental• Estilo de vida sedentário• Hipertensão• Colesterol alto• Diabetes não controlados

Fatores que REDUZEM o risco de DA

• Elevado nível de estimulação mental

• Atividade profissional estimulante• Exercícios de estimulação

cognitiva (palavras cruzadas, sopa de letras…)

• Vida familiar e social ativa• Interesses pessoais diversificados

(música, leitura, desporto, …)

SInAIS DE ALErtA O qUE é nOrmAL nO EnVELhEcImEntO

Esquecer-se de parte ou da totalidade de um acontecimento Ter uma vaga lembrança de um acontecimentoProgressivamente perder a capacidade de seguir indicações verbais ou escritas

Manter a capacidade de seguir indicações verbais ou escritas

Progressivamente perder a capacidade de acompanhar a história de uma novela ou filme

Manter a capacidade de acompanhar a história de uma novela ou filme

Esquecer-se progressivamente de informação que conhecia, como dados históricos ou político

Esquecer-se de nomes ou palavras, mas recordá-los posteriormente

Perder progressivamente a capacidade de, autonomamente, lavar-se, vestir ou alimentar

Manter a capacidade de lavar-se, vestir, alimentar, apesar das dificuldades impostas pelas limitações físicas

Progressivamente perder a capacidade de tomar decisões Tomar uma decisão errada pontualmenteProgressivamente perder a capacidade de gerir o seu orçamento

Cometer erros ocasionais, por exemplo a passar um cheque.

Não saber em que data ou estação do ano está Ficar confuso sobre o dia da semana em que se encontra, mas lembrar-se mais tarde

Ter dificuldades em manter uma conversa, não conseguindo manter o raciocínio ou lembrar-se das palavras Esquecer-se, às vezes, de qual a melhor palavra a usar

Esquecer-se do local onde guardou um objeto e não ser capaz de fazer o processo mental retractivo para se lembrar

Perder alguma coisa de vez em quando, mas conseguir encontrá-la através do seu raciocínio lógico

Quadro nº 2

Quadro nº 1

Quadro nº 3

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10 Unindo gerações

momento dos colaboradores

mestágios

Estagiar no Lar da Congregação da Nossa Senhora da Caridade está a ser para nós, estagiarias, uma experiência muito gratificante.Encontramo-nos a iniciar o nosso percurso de estágio nesta instituição e as ex-pectativas são as melhores. Esperamos com o decorrer do mesmo, conseguir pôr em prática a aplicação dos conhecimentos adquiridos ao longo dos três anos de licenciatura em Educação Social Gerontológica, assim como poder aproveitar esta oportunidade para desenvolver prática profissional supervisionada numa instituição de apoio ao envelhecimento com esta dimensão e complexidade.Esperamos assim que este possa contribuir para o nosso desenvolvimento pes-soal, profissional e académico e, assim, experimentar pela primeira vez a nossa profissão futura.Estamos desde já muito gratas pelo acolhimento caloroso recebido por parte desta instituição. Esperamos estar à altura deste desafio.

Andreia Ferreira e Patrícia Andrade

estágio curricular da licenciatura em educação Social gerontológica da escola Superior de educação 2015/2016

estágio curricular do Curso Técnico auxiliar de Saúde da escola de Santa Maria MaiorO lar da Congregação de Nossa Senhora da Caridade tem como principal objetivo o bem-estar dos Residentes, não ligando aos bens materiais mas sim aos valores humanistas.Como estagiária do curso técnico auxiliar de saúde tenho a di-zer que estou a adorar o meu estágio pois aprendo todos os dias, sempre que tenho duvidas as pessoas são excelentes estão sempre prontas ajudar. Gosto de participar nas imensas ativi-dades com os Residentes e de comunicar com eles. Penso que no futuro vou estar mais “crescida” e melhor prepa-rada devido a esta maravilhosa oportunidade.

Bruna Forte

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Unindo gerações 11

Fisioterapia

A fisioterapia é a ciência que estuda, diagnostica, previne e trata as disfunções cinéti-co-funcionais dos sistemas humanos. Atua nas diversas áreas da medicina não só com o intuito de reabilitar e reintegrar os doentes, mas também a pensar na manutenção e melhoria da qualidade de vida de pessoas vítimas de doença prolongada e/ou termi-nal. É uma profissão relativamente nova, que surgiu com a necessidade de recuperar o grande número de feridos nas guerras mundiais. Durante os últimos anos tem evo-luído rapidamente no que diz respeito às suas técnicas manuais e à tecnologia que a acompanha, visando tratamentos menos dolorosos, mais rápidos e eficazes.Infelizmente, juntamente com essa evolução surgiram também empresários e profis-sionais que visando apenas os lucros, transformam a qualidade dos tratamentos em linhas de produção! Aos profissionais dessa área, que amam o que fazem, cabe fazer a diferença ao não esquecer que os utentes que os procuram, são indivíduos como um todo, com uma história de vida própria e necessidades diferentes de reabilitação.Os profissionais da Clínica de Medicina Física e Reabilitação da Congregação Nossa Senhora da Caridade levam isso em consideração e têm como objetivo proporcionar aos utentes que nos procuram, um atendimento de qualidade com profissionalismo num ambiente agradável e de proximidade. Acreditamos que isso faz a diferença, pois trabalhamos transmitindo esperança, segurança e compreensão a quem neces-sita. Fisioterapia também é sinônimo de amor ao próximo.“Mais coração nas mãos, irmãos” (São Camilo de Lellis)

espaço dos colaboradores

e

Elementos da equipa da Clinica de Medici-na Física e Reabilitação.Da esquerda para a direita: Elaine Arieiro (Fisioterapeuta), Alda Valença (Fisioterapeuta), Sónia Cabrita (Ajudante Técnica de Fisioterapeuta), Teresa Dantas (Rececionista), Cláudia Palhares (Ajudante Técnica de Fisioterapeuta)

nOVOS rESIDEntES:06/2015 - Aurora Lopes de Amorim06/2015 - João Araújo Pereira 07/2015 - Maria de Lurdes Jaco Balinha08/2015 - Rosa Parente da Costa09/2015 - José Augusto Ramos Vieira Lima 10/2015 - Emília Oliveira 11/2015 - António Gonçalves da Silva 11/2015 - José Martinho Dorniense 11/2015 - Luís Augusto Sá 11/2015 - Maria das Dores Martins Mendes 11/2015 - Ângela Pacheco Castro e Sousa 11/2015 - Manuel José de Amorim Gonçalves

rESIDEntES FALEcIDOS:06/2015 - Tereza Costa Correia 06/2015 - Maria Alves dos Anjos 07/2015 - Fernando Dias Salvador Nobre 09/2015 - Francisca da Conceição Castro Vieira 10/2015 - António Correia de Sá Gomes 10/2015 - Celeste da Conceição da Silva Meira 10/2015 - José Luís Pires 10/2015 - Teresa da Cruz Rocha 11/2015 - Rosa Parente da Costa11/2015 - Angelina Fernandes Cerqueira

SAíDAS:06/2015 - Teresa Maria Salgado da Costa Pereira 10/2015 - José da Costa Santos 10/2015 - Manuel de Sousa Monteiro

acolhimento

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Arlete cortezDiretora do Lar

dmomento da diretora

12 Unindo gerações

“Despedida

Estou próximo da meta. Olho para os la-dos e reconheço gente que durante anos correu ao meu lado. Nem todos os que alinharam à partida resistiram. Uns fi-caram pelo caminho, porque a vida os dispensou. Outros deram por concluída a sua corrida e saíram para um justo des-canso. Agora, é a minha vez. Vejo a ban-deira axadrezada e preciso de parar. Das horas que vivi acordada, a maioria foram na “Caridade”. Quase 38 anos sem inter-rupção. Vou agora, cuidar um pouco mais das minhas coisas e dos meus. Vou ter mais tempo disponível para os netos. Vou ter mais tempo para o meu companheiro de sempre. Vou ter mais tempo para me dedicar a fazer coisas que também gosto e que nunca me foi permitido. Nesta Casa cresci como pessoa e como profissional. Vivi muitos momentos. Uns bons, outros menos bons, mas de todos tirei lições que me acompanharão para o resto da vida.Conheci um sem fim de pessoas. Fiz gran-des amizades, mas também conquistei uns “inimigos”. Nem sempre agradamos a todos, porque nem sempre podemos estar de acordo. Somos seres únicos, com determinadas características e não temos a obrigação de gostar de toda a gente, nem toda a gente tem a obrigação de gos-tar de nós. Respeitar sim, ser urbano no contacto, mas não mais que isto. Ao longo destes anos trabalhei com várias direções, mas só tenho más recordações de uma, corria o ano 2007 e, contra todas as expetativas, a prepotência entrou na Congregação de Nossa Senhora da Cari-dade, através de uma figura maquiavéli-ca, manipuladora e sem sentimentos, que assumiu com despotismo os comandos da Instituição. Foi um período horrível, de perseguições, em que muitos colabo-radores trabalhavam com medo e agiam como se fossem telecomandados.

A propósito dessa situação difícil porque passámos, registo algumas afirmações recentes do Papa Francisco - “O medo é uma atitude que nos faz mal, en-fraquece, limita e até nos paralisa. quem tem medo não faz nada, não sabe o que fazer, concentra-se em si mesmo para que não lhe aconteça nada de mal”Foi o que se passou. Os colaboradores, na grande maioria, estavam mentalmente bloqueados e numa atitude defensiva. Embora não estivessem paralisados, pa-reciam robôs. Vir trabalhar para a Instituição era um enorme sacrifício. O desânimo fazia parte do dia-a-dia das pessoas que não sentiam a mínima motivação para darem o seu me-lhor. Pode-se ter aumentado a quantidade de trabalho, mas perdeu-se a qualidade. Trabalhava-se num ritmo acelerado, como se estivesse numa fábrica de parafusos ou de outra coisa qualquer, onde contam ape-nas os números e os lucros!Cuidava-se dos idosos, sem se olhar para eles, sem se trocar uma palavra, como se fossem objetos, desprovidos de alma e de sentimentos.A juntar a toda esta situação que por si só era muito má, surgiram as mentiras, as in-justiças e as traições perpetradas por gente que por medo ou qualquer outra razão, se colocou irracionalmente do lado de quem detinha o poder no momento. Hoje já per-doamos, mas não esquecemos.Quanto à tal figura maquiavélica pro-motora de todo este mal-estar, gorou os seus intentos e, por incompatibilidade total com os restantes membros da di-reção que lhe viraram as costas por não pactuarem com as suas atitudes, foi obri-gada a deixar o cargo algum tempo de-pois. Mesmo assim, foi um longo período em que se podiam ter perdido conquistas difíceis que alcançámos, muitos valores e princípios que foram implementados, nesta difícil tarefa de cuidar dos outros.

Há cerca de 4 anos, voltámos a recuperar a paz e a colocar as pessoas no centro da nossa ação. O tempo que dedicamos a cada uma, embora não possa ser muito, permite um contacto mais próximo, mais amigo, mais humano.O pessoal voltou a tomar consciência do seu desempenho e a trabalhar com gosto.Saio, por esse motivo, muito feliz.Para que nunca mais ninguém tenha de passar pelo período negativo porque pas-sámos, faço votos que no futuro, as listas de sócios que se apresentarem às urnas para ocuparem cargos de gestão sejam submetidas a um rigoroso escrutínio e que sejam constituídas, tal como agora, por pessoas de carater e de princípios.Trabalhando de uma forma voluntária sem qualquer tipo de remuneração, fa-zem-no com empenho, sacrificando por vezes os seus interesses pessoais aos inte-resses superiores da Congregação. Além disso, desenvolvem as suas funções em es-treita colaboração com os demais serviços da Instituição, constituindo uma mais--valia para que se alcancem os objetivos propostos em cada ano. Só desta forma a “Caridade” poderá continuar a afirmar-se neste universo da solidariedade, com um elevado espírito humanista, prestando a quem precisa, serviços de qualidade. Não podendo reproduzir com exatidão o que sinto ao deixar-vos, despeço-me da Congregação, em especial da sua direção e de todo o seu grupo de colaboradores, que ajudaram a cumprir a missão que me foi confiada, com aquele enooooorme e sentido abraço. Muito obrigada pela vossa imprescindível ajuda. Muito obrigada pela paciência com que me aturaram naqueles dias mais difíceis. Muito obrigada pelo ombro que me deram quando precisei. Aos Residentes que me merecem toda a consideração, amizade e respeito, deixo--lhes um beijo e desejos de imensas feli-cidades. No Lar, que é hoje a vossa casa, ficará gente boa para suprir a falta e a saudade que alguns, eventualmente, po-derão vir a sentir nos primeiros tempos. Acreditem, que eu sentir-me-ei bem pior. Vou, mas estarei sempre disponível para vocês meus queridos AMIGOS, que aqui vivem ou trabalham, se assim o enten-derem.Até sempre………

FiCha TéCniCa

DesignRui Carvalho

tiragem200 exemplares

ImpressãoTipografia Viúva José de Sousa, Filhos, Lda

DirectorAntónio José Morgado

Unindo GeraçõesANO XI | Nº 29 | Dezembro de 2015

Propriedade e AdministraçãoCongregação de Nª Srª da Caridade Viana do Castelo

Rua dos Bombeiros | 4900-533 Viana do CasteloTel. 258 808 010 | Fax 258 808 019E-mail:[email protected]

Estimados SóciosConstitui para esta Instituição uma grande ajuda o pagamento das vossas quotas.Por favor, não se esqueçam!