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p d poder digital A INTERNET ESTÁ MUDANDO A MANEIRA COMO O BRASILEIRO SE EDUCA, ARRUMA EMPREGO, CRIA SEU NEGÓCIO E CONSOME CONHEÇA AS MARCAS MAIS LEMBRADAS NO TOP OF MIND INTERNET 2011 A CLASSE C MAIS CONECTADA DO QUE NUNCA + MINHA VIDA MUDOU DE UM CLIQUE PARA O OUTRO WWW.OPODERDODIGITAL.COM.BR

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Page 1: Top of-mind-tudo-junto

pdpoder digital

A INTERNET ESTÁ MUDANDO A MANEIRA

COMO O BRASILEIRO SE EDUCA, ARRUMA EMPREGO, CRIA SEU

NEGÓCIO E CONSOMECONHEÇA AS MARCAS

MAIS LEMBRADAS NO TOP OF MIND

INTERNET 2011A CLASSE C MAIS

CONECTADA DO QUE NUNCA

+MINHA VIDA MUDOU DE UM CLIQUE PARA O OUTRO

WWW.OPODERDODIGITAL.COM.BR

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O BRASIL ESTÁ

MUDANDOOU MELHOR, já mudou. Mudou em vários aspec-tos – aumento do empre-go formal, maior acesso a informação e educação, ampliação do consumo... A lista vai longe. E qual é o papel dos meios digi-tais nessa transformação? Existe uma resposta para essa pergunta? E quando se olha para alguns aspec-tos da vida do brasileiro de hoje, as perguntas vão aumentando. A educação a distância via internet está ajudando a combater a lacuna educacional do país? Num momento, não muito distante, em que todas as vagas disponíveis no mercado de trabalho puderem ser acessadas pela rede por qualquer pessoa, como será regu-lada a oferta e procura de profissionais? Se gover-nos dão acesso a serviços básicos para qualquer ci-dadão que tenha um com-putador conectado, como isso se reflete na própria experiência da cidadania? Será que o comércio vare-

jista está melhorando sua eficiência nesta época em que qualquer um faz uma pesquisa de preços antes de visitar uma loja? Qual é o impacto para a econo-mia desses milhares – de-zenas de milhares, talvez – de pequenos negócios que estão surgindo gra-ças ao fato de que empre-endedores e consumido-res estão conectados em todos os cantos do país?

Não está claro se exis-tem todas essas respos-tas, mas descobrimos que tem muita gente in-teressante pensando nas perguntas. Para reunir algumas dessas pessoas, nós realizamos em São Paulo, o evento “O Poder Transformador do Digi-tal”, e também a revista que você lê neste mo-mento. Tentamos juntar educadores, jornalistas, publicitários, acadêmicos e pesquisadores que atu-am nessa fronteira entre os novos meios digitais e a vida real de quem está se informando, compran-do, empreendendo, na-morando, se educando, vendendo e resolvendo problemas que já faziam parte da vida antes de o

nosso endereço ser aquilo que leva um “@”.

Nesta corrida da evolu-ção digital, algumas em-presas saíram na frente – pelo menos na percepção do público. É isso que o Instituto Datafolha tenta monitorar por meio da pesquisa “Top of Mind Internet”, que nós apoia-mos pelo 5º ano con-secutivo. A marca mais lembrada do ponto de vista da presença na rede é aquela que, na opinião dos consumidores, está aproveitando melhor este momento. No final des-ta edição, trazemos um resumo da pesquisa para mostrar – e também pa-rabenizar – as empresas apontadas como líderes nessa corrida. A competi-ção está só começando, as perguntas ainda são mui-tas – se você quiser par-ticipar da discussão, por favor, nos visite no www.opoderdodigital.com.br.Boa leitura!

UOL

13EDUCAÇÃO NÃO É A SOLUÇÃOMAURICIO CURI

08PAÍS EM MUTAÇÃOEDUCAÇÃO ON-LINE E TRANSFORMAÇÃO CULTURAL

14EU, EU MESMO E A WEBGISELLE BEIGUELMAN E LUIZ ALGARRA FAZEM UM PANORAMA DO IMPACTO DA INTERNET NO NOVO CIDADÃO

06PANORAMA WEBA INTERNET BRASILEIRA EM NÚMEROS

33CLASSE C NA INTERNET? A MUDANÇA APENAS COMEÇOUCARLA MAYUMI

27GESTÃO DE PESSOAS NA SOCIEDADE EM REDE: O NOVO PODER DO MUNDO CORPORATIVOMARCELO ALONSO

34O NOVO SHOPPINGDO BRASILEIROO CRESCIMENTO DO E-COMMERCE NO BRASIL

36VIRANDO O JOGOHISTÓRIAS DE PESSOAS QUE MUDARAM DE VIDA ATRAVÉS DA REDE

20O GOVERNO NA WEBINFOGRÁFICO QUE UNE OS PRINCIPAIS SERVIÇOS ON-LINE DO GOVERNO

47O EMPREENDE-DORISMO SOBE O MORRORODRIGO TELES

19CAIU NAS REDES É...COLABORAÇÃOEDNEY SOUZA

28E A CLASSE C SEGUE CONECTADA DO LADO DE FORA DO BRASILCOLABORAÇÃO LUIZ ALGARRA

18A INTERNET É MASSAA MÍDIA QUE MAIS CRESCE NO BRASIL

48TOP OF MIND DE INTERNET 2011CONHEÇA OS VENCEDORES DA 5ª EDIÇÃO DO PRÊMIO

44EMPREENDEDORISMO 2.0FERRAMENTAS QUE VÊM AJUDANDO O BRASIL A SE TORNAR UM DOS PAÍSES QUE MAIS EMPREENDEM NO MUNDO

sumárioeditorial

EXPEDIENTEDIREÇÃO DO PROJETO E EDIÇÃO: UOL – Publicidade www.uol.com.br/publicidade, [email protected] (11) 3038-8200, PROJETO EDITORIAL: Sixpix Content www.sixpix.com.br, [email protected] EDITORA: Melissa Pio, REPORTAGEM: Alexandre Finelli e Daniel Ribeiro, PROJETO GRÁFICO:Chico Max www.chicomax.com.br, GRÁFICOS E INFOGRÁFICOS: DMI Comunicação, www.dmicomunicacao.com.brGRAFITES: Projeto Quixote, COLABORADORES: Luiz Algarra, Carla Mayumi, Maurício Curi, Edney Souza, Marcelo Alonso e Rodrigo Teles. Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e não refletem, necessariamente, a opinião do UOL e/ou da Sixpix Content.

Distribuição gratuita, proibida a reprodução sem autorização prévia do UOL.

Leia mais em www.opoderdodigital.com.brAndressa Trivelli

CAIO

KEN

JI

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7 2011 | MAIO | poder digital | 6 | poder digital | MAIO | 2011

PANORAMA

WEBA internet é feita de gigas, teras, petabytes. Porém, acima de tudo, a web é feita de pessoas. Mas quem são elas? Quem é o internauta brasileiro e o que ele mais consome em seu tempo gasto on-line? A pesquisa F/Radar, realizada pela agên-cia de publicidade F/Nazca

Saatchi&Saatchi, entre 30 de novembro e 3 de dezembro de 2010, entrevistou pesso-as com idade a partir de 12 anos, de todas as classes so-ciais, e traz alguns números que ajudam a entender me-lhor quem é o brasileiro na internet e como ele utiliza os recursos que ela oferece.

Números F/Radar

por: Melissa Pio

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9 2011 | MAIO | poder digital | 8 | poder digital | MAIO | 2011

DENTRE todas as mudan-ças que o mundo digital trouxe para o cenário na-cional, as que aconteceram na educação estão entre as mais impressionantes. Al-guns números mostram a extensão das transforma-ções que a internet trouxe para esse segmento no país. De 2000 até 2009, a quan-tidade de alunos inscritos

em cursos de EaD (edu-cação a distância) cresceu 45.000%. No ano seguinte, 2010, 973 mil alunos fi-zeram cursos não presen-ciais. Isso significa uma movimentação financeira em torno de R$ 2,2 bilhões, segundo a Abed (Associa-ção Brasileira de Educação a Distância), e para o ano de 2011 a estimativa é que sejam injetados no setor R$ 176 milhões. Esses nú-meros são referentes so-

mente ao ensino superior e mostram que hoje 30% dos alunos universitários do país estão matriculados em cursos a distância.

Apesar do crescimento que o ensino do tipo EaD vem tendo nos últimos anos, ainda existem al-gumas dúvidas quanto à qualidade de cursos não presenciais. Porém, alunos como Antônio Edijalma Rocha Junior começam aos poucos a mudar essa situa-ção. Antônio, formado em Tecnologia em Gestão da

Produção Industrial em um curso feito a distância, foi o primeiro colocado no Ena-de (Exame Nacional de De-sempenho de Estudantes), que avaliou 2 mil alunos de mais de 40 universidades de ensino presencial e não presencial.

Hoje existem cursos de diversos níveis que diplo-mam alunos em diferen-tes graus, chegando até ao MBA.

TIPO DE CURSO CURSOS CADASTRADOS NA ABEDAperfeiçoamento 1093Atualização 85Atualização e treinamento 1Capacitação 518Desenvolvimento 2Ensino fundamental 5Ensino médio 7Especialização 100Especialização Lato Sensu 2Especialização MBA 2Extensão 371Graduação 191

OS NÚMEROS DO EAD BRASIL

GRADUAÇÃO E ESPECIALIZAÇÃOA Fundação Getúlio Vargas, uma das mais tradicionais do país, oferece por meio do FGV Online cursos de graduação, atualização e pós-graduação e também soluções corporati-vas para empresas que buscam dar cursos para seus fun-cionários. O e-learning acontece através de webcasting, fó-runs, aulas via satélite e até jogos de negócios. Mas alguns cursos são blended, ou seja, feitos parte on-line e parte de forma presencial. Em 2011, estão disponíveis 127 cursos de atualização, 31 de pós-graduação e um de graduação. O FGV Online fechou o ano de 2010 com 108 mil alunos pagantes e mais de 1 milhão de estudantes nos cursos gra-tuitos. WWW.FGV.BR/FGVONLINE

O ORKUT DA EDUCAÇÃOO ebaH! é uma rede social vol-tada para o campo acadêmico na qual é possível compartilhar material didático. Na rede estão professores e alunos que trocam informações sobre diversas áre-as. Em janeiro deste ano o site contabilizava uma média de três mil novos cadastros por dia, e já passou da marca de 1 milhão de usuários. O site é totalmente gratuito e requer apenas a ins-crição do interessado.WWW.EBAH.COM.BR/

INICIAÇÃO PROFISSIONALEntre os diversos tipos de cur-sos on-line que o Senai oferece, alguns são voltados especifica-mente para a iniciação profissio-nal. No total, o site disponibiliza 297 cursos on-line nas áreas de Educação Ambiental, Empreen-dedorismo, Legislação Trabalhis-ta, Comunicação e Propriedade Intelectual, Segurança do Traba-lho e Tecnologia da Informação. WWW.SENAI.BR/EAD/DEFAULT.ASP

Graduação tecnológica 20Livre 1317Mestrado profissional 1Pós-graduação MBA 4Pós-graduação Lato Sensu 382Pós-graduação Stricto Sensu (Mestrado) 2Profissionalizante 78Qualificação 29Sequencial 7Técnico 22Técnico (credenciado pelo CEE) 18Tecnólogo 16Total 4273

Educação

por: Melissa Pio

Fonte: ABED

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11 2011 | MAIO | poder digital | 10 | poder digital | MAIO | 2011

SITES DE CONSULTACompilação de dicionários on-line: HTTP://EDUCACAO.UOL.COM.BR/DICIONARIOS/Mapas: EDUCACAO.UOL.COM.BR/MAPAS/

COMO FUNCIONAM AS COISAS?Versão brasileira do famo-so site HowStuffWorks, o Como Tudo Funciona traz explicações sobre diversos assuntos, desde os desapa-recimentos no Triângulo das Bermudas até o refino de petróleo. No campo de busca é possível procurar exatamente o que você de-seja saber como funciona.WWW.HSW.UOL.COM.BR/

BIBLIOTECA SEM POEIRAO UOL possui uma área de biblioteca onde é possível en-contrar teses, dissertações e documentos históricos. A pá-gina reúne também algumas edições históricas do jornal Folha de S.Paulo, como, por exemplo, a edição de 1954 que comemora o aniversário de 400 anos da cidade.BIBLIOTECA.UOL.COM.BR/

SE PODE SER FILMADO, PODE SER ENSINADOO YouTube, o maior site de compartilhamento de vídeos do mundo, é uma plataforma muito utilizada por quem busca infor-mações mais rápidas e visuais, com explicações facilitadas pela interface. Basta colocar “how to” ou então “faça você mesmo” no campo de busca para ter acesso às milhares de ocorrências que vão resultar da pesquisa.WWW.YOUTUBE.COM.BR

LER PARA ESCREVERNo Banco de Redações você encon-tra textos escritos e corrigidos dentro dos critérios de avaliação utilizados pelo MEC em provas como o Enem e o vestibular. Lá dá para estar sempre de olho em possíveis temas das próximas provas e participar de um grupo de dis-cussão. Os interessados enviam textos dentro dos temas propostos por pro-fessores que escolhem 20 redações para corrigir e comentar. EDUCACAO.UOL.COM.BR/BANCODEREDACOES/

ENCICLOPÉDIA A Wikipedia é uma enciclo-pédia feita pelos próprios usuários. Isso significa duas coisas: que ela está em constante atualização e também que as pessoas podem postar artigos que refletem apenas a própria opinião ou que estão basea-dos em dados de fontes não confiáveis – o que é perigo-so. Hoje a Wikipedia pode ser lida em mais de 260 lín-guas, e possui mais de 17 milhões de artigos. WWW.WIKIPEDIA.ORGDE MASSACHUSETTS

PARA O MUNDOPara quem está com o inglês afiado, o MIT (Instituto de Tecnologia de Massachuset-ts) disponibiliza, há mais de 10 anos, material educacio-nal gratuito em sua página. Alunos interessados podem baixar o conteúdo e estudar por conta própria os traba-lhos que contemplam diver-sas áreas da educação. OCW.MIT.EDU/COURSES/OCW--SCHOLAR/

LÍNGUAS E MAIS LÍNGUASA maior rede on-line de aprendizado de línguas é, sem dúvida, o LiveMocha. Com lições on-line você pode aprender palavras, frases e expressões e tem seus exercícios corrigidos por nativos da língua que está tentando aprender. Como é uma rede social, você pode conversar com outros usuários, ou man-dar vídeos para que eles vejam se você está falando corretamente as palavras. Hoje, o site possui mais de 3,6 milhões de alunos ins-critos. Existem módulos básicos gratuitos e módu-los avançados que são pa-gos. WWW.LIVEMOCHA.COM

QUALIFICAÇÃOO Portal Educação ofere-ce mais de 600 cursos em 27 áreas diferentes, como educação física, enferma-gem, direito, comunicação, psicologia, turismo e até medicina alternativa. O portal recebeu em 2008 a certificação ISO 9001 e, diferentemente de muitas empresas de cursos on-line, possui uma sede física onde existem estúdios de TV, au-ditório e sala de vivência, e pretende qualificar 500 mil estudantes até 2013.WWW.PORTALEDUCACAO.COM.BR/

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13 2011 | MAIO | poder digital | 12 | poder digital | MAIO | 2011

MAURÍCIO CURI É CEO DA EDUCARTIS E ORGANIZADOR DO TEDX NA VILA MADALENA

SOLUCAO

EDUCACAONAO E A

ESTIMULADO pelos in-dicadores de performance da educação, mais uma vez o Brasil mergulha em uma ampla discussão sobre as necessidades e soluções para o fraco desempenho de alunos, professores, es-colas e universidades em todo o país.

A ESCOLA Calma! Não vai ser eu quem despejará em sua cabeça mais números sobre a inefi-cácia das instituições de en-sino, ou mesmo do governo (ou seria a eficácia do desgo-verno?). Vou apenas descre-ver como recebi o boletim escolar de minha filha e os efeitos analíticos que ele tem causado desde então.

Ao pegá-lo, foi fácil notar o diferencial do importan-te documento que, dividi-do em duas claras partes, trazia as notas de minha filha na primeira, seguidas pelas “Estatísticas porcen-tuais do 2° ano do Ensino Médio”. Confesso não ter

me surpreendido com as notas medianas de minha filha, marca característica da prole que bem conheço e que ela carrega do DNA de seu pai (tadinha!). Mas a segunda metade da folha deixou-me de boca aberta depois de conferir o trata-do sobre a média de todos os alunos que cursam o se-gundo ano em tão impor-tante escola paulistana. Foi aí que não resisti e decidi publicar este artigo para compartilhar as reflexões.

Apesar de saber que a nota mínima para apro-vação escolar é cinco, não consigo admitir a forma-ção de pessoas com mí-seros 50% de aproveita-mento. Em toda a minha

carreira de 25 anos de trabalho em organizações do mundo real, nunca vi alguém ter sucesso com índices de desempenho tão baixos. Na indústria de alimentos, por exemplo, ter rendimento de 50% é o mesmo que jogar a metade dos produtos produzidos no lixo. Na agropecuária seria o mesmo que criar dois bois e ter apenas um cupim. Na automobilística equivale a produzir dois automóveis para vender um, o que obrigaria o con-sumidor a pagar dobrado pela aquisição de apenas um veículo. Essa seria a regra do “pague dois e leve um”. Mas não é isso que ocorre na prática, não é!

Em educação é diferen-te. Dentro das paredes da escola, o mundo real não influencia as variáveis do ensino onde tudo é possí-vel e viável. Nesse ponto do artigo convidei minha filha para brincar de faz de conta e supor as carac-terísticas do mundo real aplicadas à escola dela. En-tão, em conformidade com as regras do jogo proposto, para educar os alunos com o desempenho exigido na maioria das organizações onde eles irão trabalhar, deveríamos elevar a média mínima para aprovação escolar de medianos cin-co para desafiadores oito. Que tal essa proposta?

O MUNDO De fato, entender o movi-mento de globalização e saber diferenciá-lo da multi-nacionalização facilita muito a vida de quem deseja cres-cer e usufruir o “melhor”, independentemente de lín-gua, raça ou condição social.

O capital humano é um patrimônio global sem pas-saporte que pode ser ativa-do em qualquer canto do planeta a qualquer momen-to, graças às facilidades do mundo digital. Mas o atual modelo educacional pratica-do no Brasil impõe-se como um grande limitador para todos nós, pois impacta na formação de minha filha e de todos aqueles que fre-quentam uma sala de aula.

Insistir em um modelo com-pletamente expirado para os jovens de hoje, que voam livres pelos veículos digitais de relacionamento e de in-tercâmbio de conhecimen-tos, é como receitar remédio vencido para doentes termi-nais. Estamos passando por mais um daqueles casos de muito-papo-e-pouca-ação que imprimem à nação o verdadeiro descompasso frente àqueles com quem éramos comparados, tais como China e Índia. Conti-nuar a investir “nessa edu-cação” não é a solução, cer-tamente. Inovar é preciso!

Coluna

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15 2011 | MAIO | poder digital | 14 | poder digital | MAIO | 2011

Especialistas debatem

COMO AS FERRAMENTAS DIGITAIS ESTÃO CRIANDO A IDENTIDADE DO BRASILEIRO

EU, EU MESMO E A

WEBIDENTIDADE ON-LINE X IDENTIDADE OFF-LINEGISELLE: Precisamos en-tender que assumimos múltiplas personalidades o tempo todo. Somos uma pessoa no trabalho, uma pessoa em casa, outra na faculdade… Vamos nos mo-delando de acordo com o contexto em que estamos naquele momento, median-te as interações que temos com o outro. E isso não é um privilégio da internet. O que diferencia o mundo virtual do real, nesse caso, é que na internet você pode ser vários ao mesmo tempo, o que não é possível em um ambiente presencial. Ou seja, não temos como in-terpretar múltiplos papéis simultaneamente.

ALGARRA: Acredito que a internet pode, sim, ser um ambiente mais sim-ples onde realizamos nos-sas projeções. É fácil, por exemplo, eu montar uma expressão de mim mesmo (na internet) em apenas 24 horas. Porém, no mun-do real, para construir a minha imagem talvez eu tenha que passar várias vezes no mesmo lugar e repetir os mesmos gestos e atos, para, quem sabe, as pessoas me perceberem de uma determinada maneira um dia. Na web, eu posso acelerar e amplificar esse caminho.

entrevista: Alexandre Finelli e Melissa Pio fotos: Chico Max

QUEM SOMOS NÓS? SERÁ QUE SOMOS AS MESMAS PESSOAS NA FRENTE DO COMPUTADOR E DEPOIS, QUANDO DESLIGAMOS NOSSAS TELAS E SAÍMOS PARA O MUNDO REAL? OU O VIRTUAL E O REAL NÃO SÃO MAIS DOIS PLANOS DISTINTOS? PARA DISCUTIR ESSES ASSUNTOS E FAZER UM PANORAMA DO NOVO CIDADÃO DIGITAL, COLOCAMOS FRENTE A FRENTE GISELLE BEIGUELMAN E LUIZ ALGARRA, DOIS ESPECIALISTAS EM COMUNICAÇÃO NA ERA DIGITAL, PARA BATEREM UM PAPO E MOSTRAREM SUA VISÃO SOBRE IDENTIDADE, PRIVACIDADE E EDUCAÇÃO, E SOBRE COMO LIDAMOS COM CADA UM DESSES TEMAS EM UM MUNDO CADA VEZ MAIS CONECTADO

GISELLE BEIGUELMAN É MIDIARTISTA E PROFESSORA DA PÓS-GRADUAÇÃO EM COMUNICAÇÃO E SEMIÓTICA DA PUC-SP

LUIZ ALGARRA É MEMBRO-FUNDADOR DA PAPAGALLIS, ESPECIALIZADA EM GESTÃO DE INTELIGÊNCIA COLETIVA PARA PROJETOS CORPORATIVOS DE BEM-ESTAR HUMANO

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17 2011 | MAIO | poder digital | 16 | poder digital | MAIO | 2011

sível dizer quando ou onde somos mais autênticos, pois isso depende de cada indivíduo.

GISELLE: Acredito que está cada vez mais difícil ter uma dimensão on-line e outra real. Esses dois mundos estão se aproxi-mando de uma maneira que deixa tudo interliga-do. A presença de toda essa conectividade é tão grande que são vários os exemplos de como o real se mistura com o virtual o tempo todo. Ao chegar em um evento, por exemplo, as pessoas já olham para o seu crachá buscando o seu nome, pesquisam no Goo-gle e buscam informações sobre você.

IMAGEM PROFISSIONAL E EXPOSIÇÃO PESSOALGISELLE: Primeiro, é pre-ciso deixar claro que esse conceito de privacidade que utilizamos hoje é algo que vem lá do século XIX, quando as pessoas começaram a ter quar-tos separados. A segun-da coisa é: como discutir privacidade se, quando saímos na rua ou entra-mos em algum estabele-cimento, nossas imagens estão sendo capturadas por umas dez câmeras em nome da segurança? Acho que as questões ligadas à privacidade ainda vão mudar muito. Quando as empresas abordam esse assunto com seus funcio-nários para tentar desco-

da não é bom o suficien-te para suprir toda essa quantidade de informação. E isso é complicado. Não encontrar nenhuma refe-rência de uma pessoa no Google é equivalente a não ter um CPF. E o problema é que, daqui a pouco, isso também vai acontecer com o Google Maps – ou seja, se algum lugar não estiver ali, ele vai deixar de existir.

ALGARRA: Concordo com a Giselle, mas gostaria de acrescentar algo: a questão não é estar no Google, mas estar entre os primeiros re-sultados. O problema é essa fantasia que as pessoas têm em relação à relevância que o sistema adota e ao enten-dimento do mecanismo.

compartilha algo, publica um conteúdo numa rede social, faz um comentário num blog etc. Todas essas informações podem ser uti-lizadas de maneiras varia-das. No caso de empresas, por exemplo, pelo RH no processo seletivo ou pelo departamento de marke-ting para saber mais sobre clientes, e assim por diante.

EDUCAÇÃO 2.0ALGARRA: Atualmente, os cursos a distância reprodu-zem os mesmos modelos e relações das escolas tradi-cionais: de um para todos. As aulas presenciais fun-cionam dessa forma: um sabe e ensina para 40. Com a chegada do microfone aos cursinhos: um sabe e ensina para 200. E agora, com a chegada da educa-

ção a distância: um sabe e ensina para dois mil. A relação é absolutamente a mesma. Mas, claro, pode-mos dizer que as pessoas estão se mobilizando por fora para poder gerar co-munidades práticas, con-versar sobre assuntos e se conectar com temas de mesmo interesse.

GISELLE: O aluno de hoje tem um perfil completa-mente diferente. Ele tem um computador na sala de aula. Quando o profes-sor fala algo, ele procura no Google, pesquisa, vai além, testa seus conheci-mentos. E o professor é obrigado a lidar com um aluno fruto de uma geração que tem uma inteligência distribuída, uma atenção distribuída. Ou seja, ele está prestando atenção

na aula ao mesmo tempo em que está conversando, tuitando, lendo... O aluno mudou. Mudou a maneira como ele se relaciona com o professor, mas não a re-lação que ele tem com a escola.

O GOOGLE E A VISIBILIDADE PESSOALGISELLE: Há alguns anos, circulava uma mensagem ou muita gente falava que, se em cinco anos alguém não estivesse no Google, não existiria. E hoje é fato. Mas é preciso estar atento, porque o Google não che-ga a varrer 1% da massa de dados que está na in-ternet. Algumas coisas por seleção mesmo, e outras porque o algoritmo ain-

QUE ESSE CONCEITO DE PRIVACIDADE QUE UTILIZAMOS HOJEÉ ALGO QUE VEM LÁ DO SÉCULO XIX

É PRECISO DEIXAR CLARO

ONDE SOMOS MAIS AUTÊNTICOSALGARRA: Nós vivemos em multidimensionalidades. Falando de uma maneira simples, essas dimensões têm a ver com os grupos sociais de que fazemos parte no decorrer de nos-sas vidas. E a gente vai se adaptando de acordo com a maneira como transita-mos entre esses mundos. Você é uma pessoa diferen-te quando está no trabalho ou em casa, ou com seus amigos. E, com o passar do tempo, começamos a fazer a gestão dessas dimensio-nalidades. Mas não é pos-

brir como eles são fora do escritório, estão adotando parâmetros que só são válidos no imaginário do século XIX.

ALGARRA: Acredito que é preciso levar em conside-ração a cultura da empresa. Se for uma empresa que não aceita determinados costumes, como o funcio-nário publicar uma foto dele numa festa, é preciso que isso seja respeitado. Acho que tudo deverá ser necessariamente cada vez mais transparente. Do ponto de vista do capital reputacional, toda vez que você se movimenta na web estão sendo criadas pistas que podem ser recolhidas – ou seja, sempre que você

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19 2011 | MAIO | poder digital | 18 | poder digital | MAIO | 2011

DIFERENTES pesquisas colocam o povo brasileiro entre os maiores adeptos de redes sociais do mun-do. Segundo o comScore, em fevereiro de 2011 85% dos usuários brasileiros utilizavam redes sociais, enquanto a média mun-dial é de 70%. Nós tam-bém usamos mais e-mails (75% contra 63%), mais blogs (71% contra 50%) e mais o Messenger (71% contra 35%).

À primeira vista, parece óbvio que os brasileiros gostam mais de conversar e se relacionar na inter-

net do que qualquer outro povo, mas o que eles fa-zem nessas longas horas de conversa? Como é essa vida social plugada na in-ternet? Lancei a pergunta no Twitter:

“Colabore c/ um artigo: O q vc deixou de fazer ou fazer melhor por causa das redes sociais? Responda c/ a tag #vidasocial”.

EDNEY SOUZA É FUNDADOR DA BLOG CONTENT, DA PÓLVORA! E DO INTERNEY

CAIU NASREDES

E...No dia 11 de março –

sexta à tarde –, a tag #vi-dasocial chegou a ficar 30 minutos nos Trending Topics de São Paulo. Di-vulguei a mensagem no-vamente na madrugada do dia 12 (sábado) e a tag ficou dez horas nos Tren-ding Topics nacionais. Depois de ler centenas de tweets, algumas coisas já saltavam aos olhos. As redes sociais não são um fim, e sim um meio. O in-divíduo não entra na in-ternet pensando na rede social, e sim nos amigos que vai encontrar através dela e nas atividades que ela vai lhe facilitar.

Fiz, então, um mapa das principais redes so-ciais, com base nos últi-

mos rankings do Ibope e comScore, e consultei também as top 50 redes sociais do Meadiciona, além dos sites de comu-nidades mais acessadas segundo o Google Ad Planner. Com a ajuda do BrandOMeter da E-brane organizei essas tarefas em categorias. O resultado foi um verdadeiro mapa das redes sociais no Brasil – e de nós, seus usuários. Ficou curioso? A própria rede vai dar a resposta.

A conclusão do levantamento está no site www.opoderdodigital.com.br. Acesse e descubra quem somos nós.

Colaboração

18 | poder digital | MAIO | 2011

Em 2010, vimos o estabelecimento da internet como mídia de massa. Segundo dados do IBOPE, somos 74 milhões de pessoas com 16 ou mais anos, ou 77 milhões com seis anos ou mais. A web já se consolidou como uma mídia de grande alcance e isso vem se refletindo nos in-vestimentos em comunicação on-line. E a web é também a mídia que mais cresce em número de pessoas e tempo de acesso. Em 2011, espera-se ainda um aumento acen-tuado na quantidade de celulares e tablets.

O ano de 2010 foi também um momento de fortalecimen-to das redes sociais, do e-commerce, dos aplicativos para equipamentos móveis e da ascensão dos sites de compras.

A INTERNET É

MASSA!

NÚMEROS E ESTIMATIVAS DA INTERNET BRASILEIRA No universo de 6 anos de idade ou mais, a perspectiva é de

termos 85.128 milhões de pessoas ao final de 2011. (comScore) A internet é cada vez mais popular: 52,8% da

população que acessa a internet pertence às classes CDE. As classes AB juntas representam hoje 47,2%. Ao final de 2011, os investimentos em mídia digital irão

crescer 25%. Isso representará 1,55 bilhão de reais em publicidade on-line. Em um universo de 202 milhões de celulares,

a mobilidade da internet será cada vez maior, seja no celular, seja em notebooks e tablets.

Indicadores

www.iabbrasil.org.br

ACESSO À INTERNET NO BRASIL

PANORAMA DA MOBILIDADE NO BRASIL

PENETRAÇÃO NAS CLASSES C, D E E

EVOLUÇÃO DO E-COMMERCE

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O GOVERNONA WEB

HOJE é possível achar todo tipo de informações e ser-viços na web, e se engana quem pensa que os avan-ços dos recursos on-line foram ignorados pelos go-vernos. A disponibilidade de realizar consultas e re-querimentos pela internet eliminou filas e gastos com idas e vindas até os órgãos públicos, e tem contribuído

E-GOV, UMA REALIDADE QUE FACILITA A VIDA DE MILHÕES DE BRASILEIROS

para a economia sustentá-vel com menor volume de papel gasto.

Consultar projetos dos políticos eleitos e a presta-ção de contas do governo federal é somente a porta de entrada para o universo de serviços oferecidos pelo Estado brasileiro. Outros procedimentos mais inco-muns, como o cadastro de pescador amador e o Ates-tado de Antecedentes Cri-minais, também já podem

ser feitos do seu compu-tador pessoal.

São diversos serviços que podem ser feitos di-retamente pela internet e que mudam a relação da sociedade com o go-verno, que se torna mais acessível, além de garan-tir rapidez e praticidade para os cidadãos. Conhe-ça alguns deles a seguir.

por: Daniel Ribeiro

Infográfico

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27 2011 | MAIO | poder digital | 26 | poder digital | MAIO | 2011

MARCELO ALONSO É DIRETOR DE COMUNICAÇÃO E RELAÇÕES INSTITUCIONAIS DA VIVO

AS EMPRESAS (pelo me-nos as bem-sucedidas) sem-pre souberam que, mais que boas estratégias, precisam de profissionais compro-metidos com os objetivos e alinhados com as crenças e valores da companhia. Até um passado recente, essas organizações acionavam os mecanismos da hierarquia para difundir as estratégias e disseminavam as informa-ções por meio de reuniões, publicações internas, intra-net... Pois bem, no mundo conectado tudo isso está ficando ultrapassado, muito limitado e pouco eficiente.

Na sociedade em rede, o poder está cada vez mais distribuído entre os indiví-duos conectados – em to-

das as dimensões da vida, inclusive a profissional. Conectividade dá acesso a uma infinidade de recur-sos; elimina distâncias fí-sicas, hierárquicas e entre áreas. É verdade que os colaboradores sempre cria-ram suas pontes informais para executar uma tarefa ou compartilhar informa-ções. A diferença hoje é a amplitude e a velocidade com que essas redes e rela-

ções informais se estabele-cem nas organizações. Ce-lulares, torpedos, internet, redes sociais... As pessoas se apropriam dos novos recursos de comunicação para estabelecerem suas próprias conexões. Tecem as suas próprias redes. Criam equipes informais que nenhum projeto ou estrutura formal concebeu.

Como fez com tudo, a so-ciedade em rede está pro-movendo uma revolução dentro das organizações. O futuro pode ficar difícil para aquelas que ignorarem esse cenário e quiserem manter as travas do mode-lo hierarquizado. Mas será promissor para as que sou-berem entrar em sintonia com esses novos tempos. Estimular as interações e redes informais entre cola-boradores e destes com os clientes, parceiros etc. é ga-nhar força e agilidade para realizar, inovar, adaptar-se às mudanças e dar respos-tas rápidas. Enfim, para ali-mentar uma dinâmica que cria valor para a empresa, para o seu ecossistema e, consequentemente, para toda a sociedade.

Assim, as lideranças in-formais ganham importân-cia crítica nas organizações, ao inspirar e fomentar as redes para além das hierar-quias. Semear esse modelo de poder distribuído, em que a força da organização emerge de múltiplos pon-tos, das conexões entre

pessoas, é fundamental para cultivar relações de confiança.

Nesse novo mundo cor-porativo, novas também têm de ser as formas de inspirar, de levar as infor-mações aonde as pessoas estão. Onde isso aconte-ce? Nas redes sociais, por exemplo. Há algum tem-po, o presidente da Vivo, Roberto Lima, criou seu perfil no Twitter, o @rober-toodelima. Imediatamente, colaboradores diretos e in-diretos da Vivo passaram a segui-lo. Hoje, esse público representa cerca de 80 por cento dos seus mais de 8 mil seguidores. É gente com a qual compartilha valores, práticas e ações que traduzem a essência da marca Vivo. E o que é melhor, esses seguidores retuítam praticamente to-dos os posts do Roberto para as suas redes, multi-plicando a abrangência das mensagens à razão da lei de Metcalfe.

Colaboradores que se in-terconectam e interagem transformam as estratégias em realizações, impulsio-nando uma trajetória de de-senvolvimento sustentável da companhia e de todos os seus públicos. Profissionais atuando em redes que vão além das conexões hierár-quicas: são eles a prova de que o indivíduo conectado pode muito mais.

GESTÃO DEPESSOAS NASOCIEDADEEM REDE: ONOVO PODERDO MUNDOCORPORATIVO

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29 2011 | MAIO | poder digital | 28 | poder digital | MAIO | 2011

Colaboração

A CLASSE C COMEÇA A PARTICIPAR DE UMA CONVERSAÇÃO DIGITAL E A GRANDE PERGUNTA É: QUEM VAI FALAR COM ESSE PÚBLICO?

E A CLASSE C SEGUE CONECTADA DO LADO DE FORA DO

BRASILSE ALGUÉM não conver-sa com o porteiro do seu prédio sobre a vida dele e suas opiniões a respeito do mundo, mesmo quando o encontra pessoalmente todos os dias, por que con-versaria com ele pelo Face-book ou Twitter? A classe C começa a participar de uma conversação digital, mas quem quer saber o que eles sentem, como pensam ou quais são os seus sonhos? É mais simples imaginá-los como pessoas que cultivam apenas desejos de consu-

mo, buscando acesso digi-tal aos produtos e serviços de nosso tempo.

Entre 2005 e 2007, uma conjuntura de estabilida-de financeira, aumento do crédito aos menos favo-recidos e crescimento nos empregos com carteira assinada fez com que 19,5 milhões de brasileiros en-trassem na classe C, tor-nando-a a maior do Brasil, segundo estudo divulgado pela Cetelem, realizado em parceria com a Ipsos.

Conforme análise da Fundação Getúlio Vargas, a chamada “Classe Mé-dia Brasileira” já engloba 53,8% da população (esti-

temente transformando a relação dessas pessoas com o público das outras classes sociais, é bem interessante e pode ser tratada em duas dimensões: a comunicação entre indivíduos e a da mí-dia com os indivíduos.

A comunicação entre os indivíduos da classe C está se ampliando com os meios digitais. Antes restritos aos seus bairros, afastados dos centros comerciais, moran-do a quilômetros de dis-

tância das zonas nobres da cidade, nos grotões onde o aluguel é bem barato, a classe C não tinha muita escolha na hora de se rela-cionar. Estava geografica-mente restrita ao alcance de um passe de ônibus, trem ou metrô.

Um estudo do NIC.br aponta as lan houses como o principal ponto de acesso à internet no país. Além disso, o Brasil já contabiliza mais de um telefone celular por habitante. Com isso, milhões de pessoas agora podem entrar em redes so-ciais, conversar por SMS e manter relacionamentos nutridos por comunicação digital a distância. Isso é muito novo na vida pessoal e profissional da classe C.

Antes ela vivia condena-da à passividade gratuita diante da televisão, assis-tindo entretenimento me-díocre sob o patrocínio de grandes marcas, e assim não lhe restava nada mais além de imitar gírias das novelas, cantar músicas empurradas pelas gravado-ras e concordar com a opi-nião rasa dos telejornais. Agora, essa classe C pode ter acesso às mesmas fon-tes de conteúdo e informa-ção que todos nós, desde que alguém lhe dê a pista do que procurar.

Então, aí temos um pon-to muito importante. O acesso aos meios digitais não garante o acesso aos múltiplos conteúdos que

mada em cerca de 99 mi-lhões de pessoas, segundo dados do IBGE).

Beneficiada por estabili-dade financeira e inclusão digital, essa classe C ganha poder de consumo e passa a ser atendida pelos ser-viços digitais, utilizando computadores e telefonia celular e acessando e-mail, redes sociais e comércio eletrônico.

A questão sobre de que modo os meios digitais vêm afetando o cotidiano da classe C, e consequen-

CH

ICO

MAX

por: Luiz Algarra

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ESTÁ POSTO E NÃO SERÁ O SIMPLES ACESSO À INTERNET QUE VAI REDUZIRESSA DISTÂNCIA NÃO A CURTO PRAZO

O ABISMOSOCIAL

a internet oferece. Eu me mantenho informado se-guindo duzentas pessoas em meu Twitter, e mais de quinhentas no Facebook, além de algumas dúzias de blogs interessantes e por-tais temáticos. A cada se-mana eu incluo pessoas em minha rede e tenho mais acesso a novas informa-ções interessantes, ou seja, minha rede me traz o mun-do. É verdade que isso tudo chega até mim pelos meios digitais, mas sem minha rede de amigos não haveria novidade ou, pelo menos, seriam poucas e raras.

A internet pluralista, livre e farta de conheci-mento só existe como uma rede de conversação entre humanos, sustentada por meios digitais de diálogo como redes sociais e chats, e nutrida por repositórios de conteúdo, como blogs, artigos e Wikipedia.

As classes A e B têm um perfil cultural diferente da classe C. Os pais e avós das classes A e B tiveram aces-so a formação escolar, por exemplo, enquanto a classe C, iletrada e funcionalmen-te analfabeta, sacrifica-se trabalhando para tentar que seus filhos estudem.

Como podemos conver-sar sobre automóveis se a classe C mal consegue manter seu transporte de ônibus? Como falar de culi-

nária se a classe C compra quase que exclusivamente os itens da cesta básica? Talvez turismo, moda ou cinema pudessem ser bons assuntos em comum se a classe C tivesse algum tipo de acesso a qualquer uma dessas coisas. E namorar, então? Um bom flerte e um programinha no fim de semana entre jovens das classes A e C que se conhe-ceram na internet? Esta-tisticamente improvável, creio.

O abismo social no Bra-sil está posto, e não será o simples acesso à internet que vai reduzir essa dis-tância, não a curto prazo. A verdadeira inclusão só-ciodigital tem a ver com o encontro das classes, com a miscigenação conversa-cional que pode surgir do encontro entre pessoas dispostas, ou pelo menos curiosas, a compartilhar suas visões de mundo.

Vejo um enorme interes-se da classe C em participar ativamente da grande festa econômica que começa em nosso país, mas pergunto: quem das classes A e B está pronto para dar as boas--vindas a toda essa gente?

Sem dúvida, as empresas têm grande interesse em recebê-los como consu-midores, e farão de tudo para aprender a cativar esse público para que com-pre mais, mas isso é bem diferente de incluir novos cidadãos em um projeto

de país. A classe C é muito querida nas filas de crédito das grandes lojas, mas não no sofá da sala de estar da residência das classes A e B. Pelo menos não neste mo-mento.

Em contrapartida, abre--se um horizonte infinito para os membros da classe C se aproximarem, se co-nhecerem e estabelecerem novas relações, indepen-dentemente do bairro em que vivem ou do local onde trabalham. A internet traz a capacidade de ampliar-mos nossa localidade até o alcance de nosso idioma, ou seja, até onde houver um outro que fale a nossa língua.

Mesmo sem sair da lan house, ou acessando o Fa-cebook enquanto viaja no trem suburbano, o indi-víduo da classe C poderá estar ao lado de alguém de outro bairro, cidade ou país, conversando digital-mente. Isso não é pouco para um grupo social que vivia sérias restrições ge-ográficas. Além disso, o acesso aos repositórios de informação na web dará vazão à curiosidade de co-nhecer o mundo, antes tão reprimida pela impossibili-dade de acesso aos livros, filmes e publicações em geral.

essas informações: acom-panhando o perfil de con-sumo e a atitude dos clien-tes nas redes sociais, por exemplo.

As redes sociais serão um grande banco de da-dos comportamental onde as empresas irão garimpar clientes de acordo com algoritmos e estatísticas cada vez mais sofisticadas e eficazes.

As formas de pagamento serão ampliadas para os dispositivos móveis. A lin-guagem de comunicação vai se simplificar para se adequar ao repertório de um público ainda iletrado. Tudo será feito para que a classe C consuma sem que seja preciso agregar mão de obra humana para atendê-la.

A automação dos serviços será uma tendência ampli-ficada pelas mídias digitais. Fazer a compra de alimen-tos para casa pelo celular, o que, até há algum tem-po, seria uma comodidade para a classe A, passará a ser uma necessidade para a automação de processos de atendimento da classe C. Para os consumidores, a personalização será um privilégio e o acesso mas-sificado será um direito.

A classe C começa a ex-perimentar uma revolução estética na medida em que músicas, imagens e filmes passam a ser baixados com frequência e variedade. In-felizmente, esses não serão os objetos de conhecimen-to mais cobiçados por esse público, mas estarão dis-poníveis com um clique, e isso já é potencialmente transformador.

O CENÁRIO DIGITAL PARA A CLASSE C NOS PRÓXIMOS ANOS

O universo digital está afetando cada vez mais o processo de seleção, pro-dução e divulgação das informações através da mídia. Os programas de televisão estão incremen-tando a interatividade com a internet e o celular. As revistas e jornais expe-rimentam novos formatos

comerciais para garantir uma posição no mercado, mesmo que o papel deixe de ser a mídia do futuro. As agências de publicidade ousam cada vez mais para seguir atingindo seus pú-blicos pelos meios digitais.

No centro dessa mo-vimentação toda está a classe C, com seu poder de compra aumentado e refém de uma máquina de venda de produtos e ser-viços que vai fazer de tudo para abatê-la como alvo de suas promoções e vendas. Os dispositivos móveis e o acesso à internet deverão ser a primeira grande onda de ofertas para a classe C.

O acesso desse público vai remodelar, principal-mente, o desenho de dis-tribuição dos produtos e a automação da prestação dos serviços. A classe C poderá comprar um nú-mero maior de itens de consumo com preços re-duzidos pela escala am-pliada de produção, mas

não terá acesso ao atendi-mento personalizado, que será cada vez mais caro.

A classe C não poderá ser servida por humanos, ape-nas atendida por máqui-nas. Vejo hoje essa tendên-cia em redes de fast-food onde os alimentos são acei-táveis, o ambiente é limpo e iluminado, a programa-ção visual é competente, mas o serviço é péssimo. Poucos atendentes, mal treinados e nitidamente mal remunerados, prontos para trocar de emprego a qualquer momento.

Se a loja soubesse qual o pedido mais provável do cliente assim que ele chega, ou previsse que um grupo de amigos vai se reunir ali no dia do aniversário de um deles, poderia reduzir custos e aumentar a qua-lidade do atendimento. Só há um meio de buscar

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CRIANDO PONTES SOCIAIS ATRAVÉS DAS CONEXÕES DIGITAIS

Como o abismo conver-sacional pode começar a ser reduzido pela internet? Mediante uma legítima curiosidade sociocultural. As matrizes culturais brasilei-ras nos trazem um colorido étnico-cultural único em relação ao resto do planeta. Temos aqui um caldeirão de povos fervendo numa ebuli-ção relacional há quinhentos anos. Brancos e mamelucos procriando. Cafuzos e ne-gros, copulando. Europeus que chegaram depois se

apaixonando por mulatas, casando-se com japonesas. Libaneses mestiçando com caboclos.

Isso tem gerado uma pro-fusão de expressões cultu-rais que, apesar da força da comunicação de massa in-sistentemente distribuída pela mídia broadcasting, resistiram bravamente de um modo ou de outro, e persistem conservadas em festas populares locais, artistas regionais, mú-sicos típicos e cantores. Todo esse fluxo cultural, associado à cultura do re-mix, deverá explodir em uma infinidade de novos fluxos culturais, em uma linguagem aparentemente inacessível para as classes privilegiadas.

Para começar, vamos entender que tipo de classificação é essa que divide os cidadãos brasileiros em classes ABCDE. São categorias segundo padrões ou potenciais de consumo. O critério cria uma escala ou classificação socioeconômica por intermédio da atribuição de pesos a um conjunto de itens de conforto doméstico, além do nível de escolaridade do chefe da família. Foi desenvolvido pela Associação Brasileira de Institutos de Pesquisa de Mercado, foi revisado

pela Marplan Brasil e LPM/Burke, e passou a denominar-se simplesmente “critério Abipeme”.

Alguns dos itens de conforto no lar (aparelho de videocassete, máquina de lavar roupa, geladeira com ou sem freezer acoplado e aspirador de pó) recebem uma pontuação, independentemente da quantidade possuída; outros (automóvel, TV em cores, banheiro, empregada mensalista e rádio) recebem pontuações crescentes, dependendo do número de unidades possuídas. Da mesma forma, a instrução do

chefe da família recebe uma pontuação segundo o grau de escolaridade. As pesquisas a partir desses critérios podem ser refinadas por sexo, idade, escolaridade, renda individual e localização geográfica.

A assim chamada classe C brasileira é apenas o resultado do agrupamento de um conjunto de indivíduos a partir de um conjunto de critérios socioeconômicos externos. Não é uma classificação comportamental, psicológica ou antropológica, por exemplo. Justamente por isso, pode ser medida por respostas

em um formulário de pesquisa aplicado a um grupo pequeno de pessoas, considerado por amostragem representativo do todo.

A pesquisa mais recente sobre a classe C do Brasil, por exemplo, é conhecida por “Estudo +100” e foi desenvolvida em 2010 pela Nova S/B e o Ibope Inteligência, abrangendo o comportamento de consumo dessa classe C, uma camada da população que hoje representa aproximadamente 100 milhões de pessoas.

QUEM É A CLASSE C?

AS REDES SOCIAIS SERÃO UM GRANDE BANCO DE DADOS ONDE AS EMPRESAS IRÃO GARIMPAR CLIENTES

Quem está perguntando pela classe C? As empresas, os especialistas em marke-ting e consumo, os desig-ners de produto? Monito-rar seus hábitos, rastrear suas decisões de compra, tabular e analisar seus comportamentos é algo que pode parecer interes-sante para a classe que do-mina a produção de bens e o mercado. Mas aprender a dançar como eles dançam, quem se dispõe?

Se não temos um diálogo, não temos uma rede. Se tivermos a rede, teremos esse diálogo?

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QUANDO me perguntam por que o brasileiro é tão presente e praticamente um fenômeno mundial nas redes sociais, eu fico quase constrangida de dar uma resposta tão simples: é porque nós, brasileiros, somos seres altamente sociais, na internet ou fora dela. Nosso compor-tamento on-line apenas reflete o que somos nas ruas, na parada de ônibus, no trabalho e em todos os grupos onde vivemos.

Quem se aprofunda na compreensão do que sig-nifica a mobilidade social vivida pelas pessoas da classe C vê que o compor-tamento social-digital ga-nha contornos típicos do ambiente onde elas estão. Por isso não dá para falar em participação na inter-net e redes sociais sem olhar em volta, para um contexto mais amplo. Sem olhar para o que muda na vida dessas pessoas.

Vemos que, mudando a classe C, como consequên-cia natural mudam todas as demais. É por isso que a adaptação deve vir de todos os lados. Estudiosos de com-portamento, marca e consu-mo, enquanto se adaptam a essa mudança contextual, precisam buscar novas res-postas. O primeiro passo nessa busca é tentar mudar a perspectiva de onde se observa e se age. A perspec-tiva dominante sempre foi a das classes AB - a partir delas costuma-se propor um jeito de olhar o mundo.

No entanto, se criássemos duas colunas, onde de um lado estariam os conceitos das classes AB e no outro os conceitos da classe C sobre os mesmos assuntos, esses conceitos teriam significa-dos bastante diferentes em quase todos os casos. Sim, somos diferentes.

Vamos considerar um assunto que tem uma re-levância muito grande no Brasil e especialmente para a classe C: a religião. Como diz um entrevista-do de um trabalho da Box, “você vai numa rua e você tem três botecos, um mer-cadinho, um ponto de trá-fico de drogas e uma igreja evangélica”. Uma menina de 19 anos nos conta que escolheu se iria continu-ar sendo católica ou virar evangélica assistindo a ví-deos na internet (para os curiosos: decidiu-se por permanecer católica). Pe-quenas coisas como essas mostram que devemos re-fletir sobre o que se passa nesse ambiente antes de se pensar em como deve ser um site ou um relacio-namento com essa pessoa/consumidor pela internet. O mais importante não é o acesso ao computador em si, mas o que se faz atrás dele, a relação com a baga-gem cultural e as referên-cias que as pessoas trazem dos seus universos.

Muito se fala sobre o po-der de consumo da classe C, mas pouco sobre os im-

pactos da ascensão social que não são ligados a uma função econômica.

A internet e a tecnolo-gia amplificam e aceleram a mudança na classe C de forma ainda mais inten-sa. Pessoas de classe A e B viveram e ainda vivem de forma direta as gran-des transformações que a tecnologia está trazendo, mas na classe C, embora muitas vezes esse impacto não seja explícito, ele pode ser muito maior, pois abre possibilidades que antes eram inexistentes. As clas-ses mais baixas até então conviveram com proble-mas de acesso à informa-ção, serviços mal presta-dos e barreiras impostas pelas distâncias, dentre muitas outras dificuldades e desvantagens de não se ter dinheiro. Gradualmen-te essas dificuldades de acesso e de informação vão sendo deixadas para trás. A classe C vai ganhando conteúdo, ficando melhor relacionada, com maior autoestima.

Em alguns anos, teremos milhões de consumidores brasileiros exigindo das marcas agilidade e transpa-rência; consumidores aptos a negociar, pesquisar, esco-lher os melhores produtos, conhecer marcas que hoje não estão ao seu alcance. Esse é o movimento e é inevitável. Esse é um dos poderes da rede: ela ajuda a redistribuir o poder.

COMEÇOU

CLASSE C NAINTERNET? A MUDANÇAAPENAS

CARLA MAYUMIÉ SÓCIA DA TALK E DA LIVEAD E DIRIGE ESTUDOS DE INOVAÇÃO, COLABORAÇÃO, COCRIAÇÃO E TECNOLOGIA NA BOX1824

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Consumo

SE HÁ alguns anos os con-sumidores olhavam descon-fiados para a opção de com-prar pela internet, hoje o e-commerce é um setor em pleno crescimento no país. Segundo dados da e-bit, o comércio on-line no Brasil fechou o ano de 2010 com faturamento de R$ 14,8 bi-lhões, 40% a mais que em 2009. O levantamento re-vela ainda que o valor médio gasto entre os 23 milhões de e-consumidores foi de R$ 373,00. Parte disso por con-

ta do aumento da presença da classe C, que segundo pesquisa do Ibope Mídia já representa 35% de todos os consumidores on-line. O brasileiro não só está com-prando mais como também tem buscado na internet objetos com maior valor agregado, como os eletro-domésticos, os campeões de venda do ano (14%). E a ex-pectativa é de que 2011 seja ainda melhor, chegando-se aos R$ 20 milhões em fatu-ramento.

por: Melissa Pio

INTERNET, O NOVO

SHOPPINGDO BRASILEIRO

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 0,55 0,85 1,20 1,75 2,50 4,40 6,40 8,20 10,60 14,80

Fonte: e-bit

E-COMMERCE NO BRASIL – FATURAMENTO ANUALAno / bilhões

COMPARAÇÃO E SEGURANÇAAlguns dos principais mo-tivos para que o consumo na internet venha cres-cendo cada vez mais são a comodidade e a variedade. Números da TNS Research mostram que 92% dos in-ternautas usam a rede para pesquisar sobre produtos ou serviços em sites de co-mércio eletrônico ou com-parar preços. O Buscapé, o maior site de comparação de preços, recebe mais de 20 milhões de usuários úni-cos por mês e possui mais de 14 milhões de produtos cadastrados. O surgimento de sites de pagamento protegido, co- mo o PagSeguro, e a co-

bertura que o seguro do próprio cartão de crédito oferece em caso de clona-gem também contribuem para que cada vez mais pessoas deixem a descon-fiança de lado e passem a comprar pela internet, sem tanto receio de forne-cer seus dados. O Merca-do Livre, por exemplo, já possui hoje 52,9 milhões de usuários cadastrados e está entre os dez sites de comércio eletrônico mais visitados no mun-do, segundo a comScore Networks. O lucro líqui-do do site foi de US$ 56 milhões, e o número de produtos comercializados alcançou os 39,2 milhões no ano passado

DADOS DOS SITES DE COMPARAÇÃO DE PREÇOSQuantidade de visitantes / mês 15 milhõesQuantidade de visitas por pessoa / mês 4 visitasTempo médio por visita 14 minutos

MAIORES SITES:BuscapéShopping UOLBondfaroTwengaZuraShopfacil BradescoJacotei

COMPARANDO E COMPRANDO

Fonte: Ibope Nielsen Netview, fevereiro 2011 Home+Work

O PERFIL DOS COMPRADORESO estudo da e-bit apon-tou ainda que, apesar de o ticket médio do público masculino ainda ser mais alto que o do feminino (R$ 425,00 contra R$ 314,00), as mulheres com mais de 50 anos estão comprando mais em relação aos anos anteriores. Entre 2005 e 2010 a participação dessa fatia do público cresceu de 14% para 21%. Somando-

O QUE OS BRASILEIROS MAIS COMPRARAMEletrodomésticos 14%Livros, assinaturas de revistas e jornais 12%Saúde, beleza e medicamentos 12%Informática 11%Eletrônicos 7%Dados: e-bit

-se todas as faixas etárias, os homens ainda são maio-ria, mas os números estão se equilibrando. Em 2010, 54% dos e-consumidores eram homens e 46% eram mulheres, segundo dados do Ibope Mídia. O estu-do mostrou ainda que, de todas as pessoas que com-praram algum serviço ou produto on-line em 2010, 30% dizem ter gasto pelo menos R$ 224,00.

COMPRAS COLETIVAS: UM MARCO NO E-COMMERCE BRASILEIROO ano de 2010 foi marcado pela chegada dos sites de compras coletivas, modelo que veio dos Estados Uni-dos e conquistou rapida-mente o consumidor bra-sileiro. Segundo o Bolsa de Ofertas, portal especializa-do no segmento, em janeiro de 2011 já existiam mais de 1.000 sites de desconto no Brasil. Um número bastan-

te alto para um mercado que há pouco mais de um ano não existia. A pesquisa da e-bit mos-trou que 61% dos consu-midores virtuais disse-ram conhecer o conceito de compras coletivas, e, dos que já compraram al-gum produto ou serviço do tipo, 82% pretendem comprar novamente nos próximos três meses. O Bolsa de Ofertas estima que, em 2011, o fatura-mento do setor deva che-gar a um bilhão de reais.

15 mar 05 set 12 out 12 nov 25 nov 08 dez 31 jan1 18 51 111 246 405 1025

Fonte: Bolsa de Ofertas

QUANTIDADE DE SITES DE COMPRAS COLETIVAS NO BRASILData / quantidade

TOP 10 SITES DE COMPRAS COLETIVAS NO BRASIL1º Groupon2º Peixe Urbano3º Clickon4º QPechincha5º Groupalia6º Desejo Mania7º Clube do Desconto8º Oferta Única9º Vitrine Coletiva10º OfertaxFonte: Alexa.com e Bolsa de Ofertas.

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A WEB PROTAGONIZOU EVENTOS EM PROL DA DEMOCRACIA NA ÚLTIMA DÉCADA, TENDO DESEMPENHADO UM IMPORTANTE PAPEL EM REVOLUÇÕES QUE SAÍRAM DO MUNDO VIRTUAL E CONQUISTARAM AS RUAS, COMO NA LÍBIA, MAIS RECENTEMENTE. MAS E QUANDO A INTERNET SE TORNA MAIS PESSOAL E CAUSA UMA REVOLUÇÃO QUE NÃO ENVOLVE POVOS E GOVERNANTES, E SIM O DIA A DIA DE INDIVÍDUOS COMUNS?

JOGOVIRANDO O

ASSIM como, nas gran-des crises políticas, a rede permitiu uma mudança no status da população, ela também pode provo-car uma escalada social individual. A história de sucesso dos personagens apresentados a seguir não seria possível sem a internet e seu poder de mudar vidas. Com pouco investimento e uma ideia original, eles saíram da periferia do mercado e conquistaram o sucesso empresarial.

Essas pessoas buscaram na rede uma válvula de es-cape para aliviar a tensão de seus empregos formais e acabaram encontrando um jeito diferente de tra-balhar e viver. O objetivo inicial era apenas ser feliz, fugir da coleira corporativa ou mostrar uma nova face-ta ou habilidade. Acabaram transformando sua mudan-ça de trabalho em verdadei-ras mudanças de vida.

COMO O EMPREENDEDORISMO DIGITAL ESTÁ MUDANDO O PAÍS

DA PERIFERIA PARA O CENTRO DA PUBLICIDADE DIGITAL

Marco Gomes nasceu e cresceu na periferia de Bra-sília. “São Paulo era o lugar mais distante e inacessível do mundo”, lembra ele. Mas as distâncias come-çaram a diminuir quando Marco teve o primeiro contato com a internet, aos doze anos. “Quando eu descobri a internet, conhe-cer pessoas de outros luga-res e gente de São Paulo foi o mais fascinante”, conta.

Ainda na adolescência, fez suas primeiras experi-ências montando compu-tadores com peças usadas na oficina de um tio. Mar-co, no entanto, era atraído mais pelas possibilidades de comunicação on-line. O primeiro degrau para o su-cesso foi quando começou a desenvolver sites para o comércio local. “Era muito básico, mas foi o que me possibilitou ver mais lon-ge. Naquele momento eu entendi que poderia ex-plorar mais esse universo”, conta ele.

Curioso e dedicado, Mar-co foi trabalhar em agên-cias de publicidade, onde percebeu a oportunidade de revolucionar o mercado – e a própria vida – através da internet. Com o conhe-cimento que já tinha adqui-rido, criou, em 2005, a boo--box, empresa que veicula anúncios publicitários em

Andressa Trivelli

CAIO

KEN

JI

Gente

por: Daniel Ribeiro

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DEIXAR O CARGO DE DIRETOR DO JORNAL NÃO FOI UMA DECISÃO DIFÍCIL, JÁ QUE A RENDA GERADA COM O SITE ULTRAPASSOU O SALÁRIO QUE GANHAVA

aproximadamente 50 mil blogs e sites, totalizando mais de 2 bilhões de anún-cios. O sucesso do sistema foi tamanho que a empresa já foi convidada para reali-zar projetos para a Caixa, a Embratur, a Coca-Cola e até a Presidência da República. WWW.BOO-BOX.COM

NETWORKING PRA VALERAndressa Trivelli traba-lhou em grandes empresas e se estabeleceu em um im-portante banco, onde teria um futuro brilhante. Mas ela quis seguir um outro caminho. “Sentia que meu trabalho não tinha um sig-nificado; eu não conseguia atingir as pessoas direta-mente e contribuir com algo para o mundo. Decidi mudar”, conta ela.

Andressa passou a pes-quisar os sites de ONGs pelas quais se interessava e mandava e-mails, apresen-tando-se e contando de seu interesse em trabalhar com elas. “Descobri que a estru-tura pequena das ONGs encurtava o caminho entre o responsável pelas contra-tações e mim. Muitas vezes o próprio diretor me res-pondia”, lembra.

A princípio, a adminis-tradora recebia apenas

convites para conhecer de perto o trabalho daquelas pessoas. Aceitou todos. Foi quando conheceu Henri-que Bussacos, que procura-va alguém com o seu perfil para um novo negócio. De-pois de algumas conversas, ela fundava ao lado dele a Rede Tekoha, empresa que comercializa artesanato pro-duzido por comunidades de várias partes do Brasil. A in-ternet não apenas fez An-dressa chegar até Bussacos como impulsionou o negó-cio. “Muitas das parcerias que fazemos hoje são com pessoas que conheci por e-mail ainda na primeira busca por um emprego fe-liz”, conta ela.

A Tekoha, que comercia-liza a maior parte do arte-sanato pela rede, ajudou a criar fonte de renda para diversas comunidades bra-sileiras. São 120 grupos que produzem brindes corporativos e retiram a totalidade de sua renda em dinheiro desse trabalho. Segundo a administradora, entre 40% e 50% das ven-das são revertidos para as comunidades. Na busca por sua própria mudança pro-fissional, Andressa acabou criando novas condições de vida para pessoas que nunca imaginaram que a internet traria para elas um meio de sobreviver. WWW.REDETEKOHA.COM.BR

NEGÓCIO ABENÇOADOMaurício Cid saía todos os dias de sua casa em Santos, litoral de São Paulo, para trabalhar na capital paulis-ta. No ônibus, enquanto a maioria dormia, ele abria o laptop no colo e começava a escrever suas ideias. Em 2008 nasceu o blog Não Salvo, que hoje é referência entre os sites de humor no Brasil.

O blogueiro passou a trabalhar somente com projetos ligados às mídias sociais e não precisa mais viajar até São Paulo todos os dias. “O blog não é mi-nha primeira renda, mas é um complemento. Nor-malmente, digo que é um hobby que sustenta minha cerveja de fim de semana. Mas a cada dia tenho pro-fissionalizado mais o negó-cio, e talvez um dia reverta a situação”, conta ele.

Cid agora é convida-do para falar em eventos como o Campus Party, Desencontro e outros que discutem internet e mídias sociais. O blog tem atu-alizações diárias e, até o fim de 2011, Cid pretende complementar o site com ferramentas que permi-tam uma maior interação dos usuários. WWW.NAOSALVO.COM.BR

André Garcia

Maurício Ricardo

JOR

GE

BIS

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Mas os novos planos exi-giram preparação. “Eu não tinha conhecimento pré-vio de psicologia, filosofia ou outras ciências huma-nas”, lembra. Muitos dos livros de que precisava estavam fora de catálo-go ou muito caros, então ele passou a procurar em sebos. O estudante foi a alguns, mas não achou o que procurava.

Hoje parece óbvio garim-par livros usados na inter-net, mas foi André quem tornou isso possível. De-pois de entrar no site de al-guns sebos, ele notou que as lojas não colocavam seu acervo on-line. Então, ele criou um sistema para ar-quivar o acervo dessas lo-jas. Em 2005 nasceu o site Estante Virtual, que hoje disponibiliza para consulta 7 milhões e 600 mil títulos usados à venda em mais de 1.800 sebos de todo o Bra-sil. André criou o site para

DRIBLANDO A CONCORRÊNCIA

Edson Mackenzie, ou Mack, como é conhecido, sempre trabalhou com produção audiovisual. Ele tinha tudo para ser só mais um, e era. Começou a tra-balhar em rádios ainda adolescente, como técni-co, e por mais que se es-forçasse parecia não sair do lugar. Continuava com o mesmo padrão de vida de classe média baixa. Para se sustentar, tinha dois empregos e ainda era freelancer quando con-seguia encaixar na agen-da. Ele sempre teve um ímpeto empreendedor e revolucionário. “Tenta-va implementar minhas

ideias onde trabalhei, mas sempre me faltava espa-ço”, conta o empresário. Até que ele resolveu pôr a mão na massa por sua própria conta.

A mudança começou quando Mack trabalhava em um estúdio de som e sugeriu que produzissem conteúdo para rádio no tempo ocioso. Economi-zou e, quando tinha di-nheiro suficiente para se manter por um ano, deci-diu que era hora de dar um passo maior. O negócio cresceu, e Mack começou a produzir vídeos também. Foi então que, da neces-sidade, nasceu sua ideia de sucesso. “Tínhamos al-guns clientes que ficavam muito longe e gastávamos muito dinheiro com cor-reio; então, resolvi criar um player que permitisse enviar o material on-line”, conta Mack.

Em 2004 ele criou e lançou o Videolog, siste-ma de compartilhamen-to de vídeos on-line. Em um mês, a plataforma já possuía 30 mil usuários. “Se não fosse a internet, eu estaria só produzindo conteúdo até hoje”, come-mora o empresário.WWW.VIDEOLOG.TV

CONTRA A MARÉ André Garcia formou-se em administração e marketing e construiu uma carreira sólida. Trabalhou no de-partamento de inteligên-cia de mercado de grandes bancos de investimento e empresas de telecomu-nicações. Frustrado com o rumo de sua vida pro-fissional, em 2003 André resolveu mudar. “Decidi ir para a área acadêmica e me inscrevi em um mestrado em Psicologia Social, na PUC de São Paulo”, conta.

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Maurício Cid

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Marco Gomes

NO ÔNIBUS, ENQUANTO A MAIORIA DORMIA, ELE ABRIA O LAPTOP NO COLO E COMEÇAVA A ESCREVER SUAS IDEIAS

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facilitar sua vida e acabou fazendo sua própria revo-lução pessoal. André pode dizer com orgulho que pas-sou de um desempregado para um empresário de su-cesso graças à internet.WWW.ESTANTEVIRTUAL.COM.BR

DE AJUSTADOR MECÂNICO A WEBCELEBRIDADE

Leandro Santos, 28 anos, começou a vida profis-sional trabalhando como ajustador mecânico em uma metalúrgica. Pulou para a área técnica e anos depois se sustentava como inspetor veicular. “Eu gos-tava do trabalho, mas não era o que eu queria da vida”, conta. Foi quando, sem a menor pretensão, criou no Twitter um perfil em homenagem ao humo-rista Antônio Carlos Ber-nardes Gomes, imortaliza-do pelo papel do trapalhão Mussum. Assim nasceu o @MussumAlive. As pia-das de Leandro populari-zaram-se rapidamente e, em menos de seis meses, seu perfil já possuía mais de 17 mil seguidores. Hoje, Leandro é uma verdadeira personalidade na internet. Algumas de suas frases entraram para o dia a dia dos seus seguidores, espe-cialmente às sextas-feiras, quando é comum seu “bu-tequis negads” chegar aos Trending Topics.

O passo seguinte foi o blog Bebida Liberada, que

reúne outros humoristas e possibilita a Leandro ir além dos 140 caracteres do Twitter. Apenas um ano após criar o perfil @MussumAlive, Leandro largou o trabalho de ins-petor veicular e vive hoje somente com o retorno trazido pela internet. “Quando eu saí, já estava ganhando mais com o blog que com o trabalho. Isso foi um fator decisivo”, ex-plica. “Mudou minha vida totalmente. Jamais pensei que trabalharia com inter-net e muito menos com humor. Eu me descobri no Twitter.” Seu perfil possui mais de 106.600 seguido-res. Quantas dessas pesso-as será que parariam para ouvir o que Leandro tinha a dizer durante uma ins-peção veicular há cerca de um ano? WWW.BEBIDALIBERADA.COM.Br

AS CHARGES MAIS VIGIADAS DO BRASIL

Maurício Ricardo nas-ceu em Uberlândia, Minas Gerais, onde ainda mora. Sempre apaixonado por desenho, ele se tornou car-tunista do jornal da cida-de, mas teve que acumular outras funções até se tor-nar diretor. Mesmo ocu-pando um cargo executivo, ele continuava a assinar os cartuns da publicação. Nos anos 90, Maurício teve o primeiro contato com a in-ternet no trabalho.

Em fevereiro de 2000, o cartunista decidiu colocar seus desenhos on-line e inaugurou o site charges.com.br. Durante seis me-ses ele publicou uma char-

ge animada por dia, sem nenhum retorno financei-ro. O projeto decolou, e ele deixou o emprego de execu-tivo do jornal para viver de sua arte. Maurício passou a ser convidado para pu-blicar em jornais de todo o país, mas o grande salto aconteceu quando foi cha-mado para criar charges para a Rede Globo. A par-tir da terceira edição do reality show Big Brother, os quadros desenhados e dublados por ele são vistos em rede nacional.

Deixar o cargo de dire-tor do jornal não foi uma decisão difícil, já que a renda gerada com o site ultrapassou o salário que recebia. A arte de Maurício proporcionou para ele a sa-tisfação de ganhar dinhei-ro com o que mais lhe dá prazer: desenhar.WWW.CHARGES.UOL.COM.BR

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Leandro Santos

Edson Mackenzie

SE NÃO FOSSE A INTERNET, EU ESTARIA SÓ PRODUZINDO CONTEÚDO ATÉ HOJE

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EMPREENDEDORISMO

2.0SE, ANTES, abrir um negócio próprio era sinônimo de alto risco e grande inves-timento de tempo e dinheiro, hoje, com os custos mais acessíveis (ou inexisten-tes) da internet, ser empreendedor está mais fácil do que nunca. Considerado um dos países mais empreendedores do mundo, segundo a 10ª edição da Global Entrepreneurship Monitor (pesquisa in-ternacional que mede o nível de empre-endedorismo em vários países), o Brasil faturou cerca de R$ 14,8 bilhões em 2010 apenas com compras on-line. Importan-te ressaltar que as pequenas empresas já

representam 20% do faturamento geral do comércio eletrônico brasileiro, segun-do Gerson Rolim, diretor executivo da Câmara Net. As expectativas para este ano continuam altas e o mercado tende a crescer 30% até o final de 2011, segundo pesquisa da e-bit. Os números são claros e representam bem por que agora é um momento favorável para investir na área digital. Atualmente é possível ter acesso a vários serviços que ajudam empreen-dedores a potencializar suas chances na web. Confira a seguir algumas dessas fer-ramentas.

NETWORKING SOU EMPRESÁRIO

Rede social que fomenta a troca de conhecimento e experiências entre empreendedores e empresários de diversos setores. No site, é possível encontrar um fórum para discutir temas relacionados ao mundo dos negócios, além de notícias, cursos, informações sobre eventos e vídeos de palestras. A comunidade é bastante recomendada para aqueles que desejam se manter atualizados em sua área e ampliar a própria rede de relacionamentos. O cadastro é simples, rápido e gratuito. www.rededeempresarios.ning.com/

PRAÇA DE NEGÓCIOSA plataforma tem o objetivo de ser o ponto de encontro entre empreendedores e investidores. Através dela é possível visualizar quem são as pessoas à procura de um financiamento e quem está disposto a investir em um novo negócio. A Praça também possui um grande número de prestadores de serviços cadastrados voltados exclusivamente para empreendedores, como logística, propaganda e marketing e assessoria de imprensa, entre outros. Para fazer parte dessa rede, é só se inscrever gratuitamente. www.pracadenegocios.com.br/

HEADSTARTUPUm site onde é possível saber quais aplicativos e ferramentas estão sendo utilizados pelas startups mundo afora. Essa é a proposta do HeadStartup, um serviço no qual é possível ter boas referências sobre quais aplicativos auxiliam empreendedores no início da jornada. Ao acessar, os visitantes podem procurar por um determinado serviço (e saber por que algumas empresas o utilizam) por meio de palavras-chave ou das categorias presentes, como contabilidade, mídias sociais e aplicativos móveis. Além disso, também é possível listar sua própria caixa de ferramentas, e compartilhá-la para que os demais associados tenham acesso a ela. O login pode ser feito por sua conta do Facebook ou do Twitter. www.headstartup.com/

APLICATIVOS WEB GO2WEB20

Site para quem está em busca dos serviços mais utilizados no momento. O Go2Web20 contém uma compilação com mais de cem ferramentas e aplicativos de todos os tipos para negócios. Todos estão categorizados e possuem um breve descritivo de suas funcionalidades e de como podem auxiliar a sua empresa. Essa pode ser uma maneira muito mais fácil de encontrar as ferramentas ideais para o seu negócio.www.go2web20.net

TIRA-DÚVIDAS STARTUPS.COM

Serviço de perguntas e respostas (Q&A) colaborativo sobre negócios, onde os participantes se disponibilizam a tirar suas dúvidas. A rede é formada por um time de acadêmicos, empreendedores e outros usuários que tentam responder a suas perguntas em poucos minutos. Suas dúvidas podem ser enviadas pelo próprio site ou via Twitter, através do @startups.com

INOVAÇÃO TRENCHMARK

Plataforma que busca promover inovação dentro das empresas e mapear as novas tendências que devem surgir no mundo dos negócios. O site permite que empresários e empreendedores se comuniquem e compartilhem novas ideias e estratégias que estão implantando em seus setores. Essa é uma boa oportunidade para conferir o que tem rolado de mais interessante na sua área mundo afora. Para fazer parte do serviço, é só fazer o login através da sua conta do LinkedIn. www.trenchmark.com/

FINANCIAMENTO VAKINHA

O Vakinha é um serviço eletrônico que permite aos seus usuários arrecadar capital para os mais diferentes propósitos. Pode ser desde dar uma repaginada na fachada do escritório até levantar fundos para um projeto mais parrudo. Só precisa receber o aval do público. Para isso, é possível engajar seus possíveis investidores porredes sociais. Quem se interessar é só contribuir com o que pode via boleto bancário, cartão de crédito ou débito. www.vakinha.com.br/

CULTURA EMPREENDEDORA STARTUP DONUT

Site que possui todo o seu conteúdo voltado para startups. Artigos, ferramentas, guias. Basta navegar pelas categorias de seu interesse para ter acesso a dicas sobre marketing, gestão, TI e muito mais. Existem espaços para quem procura ou quer divulgar outros serviços. www.startupdonut.co.uk/

SMARTBRIEFDisponibiliza um serviço bem interessante e segmentado de newsletter de negócios. Basta fazer o seu cadastro gratuitamente e selecionar as áreas de interesse em que pretende se manter atualizado (liderança, empreendedorismo, vendas, marketing etc…). A partir daí, você irá receber material sobre cada assunto, em uma seleção bem criteriosa, realizada manualmente por uma equipe de editores do site, que cobrem mais de 25 setores diferentes, através de garimpo de notícias na web e parcerias com associações. www.smartbrief.com/

PAGAMENTO ONLINE PAGSEGURO

Para quem deseja vender serviços ou produtos on-line, o PagSeguro é um sistema de pagamento virtual que garante segurança tanto para o consumidor como para o empreendedor. Isso significa que quem compra através desse serviço tem a garantia do produto entregue ou o dinheiro de volta; para quem vende, a garantia de que a transação fica livre de fraudes. O PagSeguro trabalha com sites e comerciantes de qualquer porte e com uma grande quantidade de cartões e serviços bancários. www.pagseguro.uol.com.br/

MÃO DE OBRA MAIS STARTUP

Boa sugestão para empreendedores que estão em busca de profissionais de qualidade em seus times. O Mais Startup é um site que faz uma conexão entre jovens buscando oportunidades em empresas onde possam abraçar uma causa e startups que estão com dificuldade de montar boas equipes. Além de vagas, o canal oferece um espaço onde usuários podem contar suas histórias, além de trazer as últimas novidades publicadas em alguns sites de negócios. Para cadastrar a sua empresa é simples, rápido e gratuito. www.maisstartup.com.br

Ferramentas

por: Alexandre Finelli

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RODRIGO TELES É DIRETOR GERAL DA ENDEAVOR BRASIL

QUANDO a Endeavor nasceu no Brasil, um dos nossos primeiros objeti-vos era difundir a palavra EMPREENDEDORISMO, um conceito ainda um tanto etéreo para a época, e que queríamos tornar parte do dia a dia do brasileiro.

Passados dez anos, ape-sar de ainda termos muito a fazer, consideramos par-te da nossa missão cumpri-da. O empreendedorismo se espalhou e passou a ser um conceito compreendi-do por milhares, milhões de pessoas país afora.

Nesta década nosso povo, nossa nação e o mundo mudaram muito.

Deixamos a era do em-prego e entramos na era do trabalho. Entramos com força total na era digital, onde o empreendedorismo ganhou ainda mais forças, tentáculos e ferramentas.

Conectados – e somos um dos países mais conectados

do mundo, especialmen-te se entendermos nossa demografia com profundi-dade – iremos mais longe como nação. Estudos mos-tram que existem mais de 100 mil lan louses no Bra-sil, onde uma enorme par-cela dos mais de 78 milhões de brasileiros que estão na internet navegam, se diver-tem, trabalham, encontram novos empregos e, claro, EMPREENDEM.

O empreendedorismo, nos dez anos de existência da Endeavor, mudou mui-to, e podemos dizer que há duas vertentes importan-tes que podem ser melhor exploradas e potencializa-das: a classe C e o mundo digital (e muitas vezes os dois juntos).

O microempreendedo-rismo é um dos motores mais potentes do processo (quieto e distante, muitas vezes) de transformação de comunidades carentes e, à margem da economia, o universo digital talvez seja um dos cenários mais propícios para que o em-preendedorismo dê frutos e cresça. Quando juntos, então, temos uma combi-nação poderosa.

Tudo isso é muito positi-vo para o país, pois é inclu-são social e econômica.

O EMPREENDE

SOBE O DORISMO

MORRO

Tão importante que, em 2010, no 3º ano da realiza-ção do movimento Semana Global do Empreendedoris-mo (movimento mundial que nasceu em Londres e que todo ano mobiliza mi-lhões de pessoas em 102 países ao redor do mundo), decidimos lançar a Semana Global no Brasil com um evento sobre empreende-dorismo na favela Vigário Geral, no Rio de Janeiro, com a presença de empre-endedores locais e de gran-des nomes do empreende-dorismo brasileiro, como Pedro Passos, da Natura, e com o apoio do Afroreggae.

A experiência foi marcan-te e poderosa, e pude com-provar ao vivo e a cores o que eu já sabia: com o em-preendedorismo o mundo muda, e quando ele chega às classes C, D e E, espe-cialmente com o incrível impulso do universo digi-tal, o mundo muda muito mais rápido. E essa é nossa missão!

Coluna

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E O TOP

OF MIND

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SER a marca mais lembra-da pelo consumidor, dentre todas as concorrentes da sua categoria, é um grande mérito por si só. Quando o mesmo acontece na in-ternet, onde tudo muda o tempo todo e a atenção das pessoas se divide entre bilhões de sites e milhares de redes sociais, isso mos-tra que a marca encontrou uma maneira realmente

eficiente de falar com seu público. Esse é um meio que tem mudado a maneira como empresas pensam e fazem comunicação, e a premia-ção Top of Mind de inter-net mostra essa evolução. Veja a seguir quais foram as marcas que se destaca-ram e foram as mais lem-bradas pelos internautas no ano de 2011.

QUEM LEMBROUForam entrevistadas 2029 pessoas, a partir dos 14 anos de idade, que usam internet pelo menos três vezes por semana.DE ONDE LEMBROUA pesquisa aconteceu no período entre 17 e 19 de ja-neiro de 2011 nas cidades de São Paulo, Rio de Janei-ro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador e Brasília.

QUEM ELABOROU A PESQUISAA pesquisa foi realizada pelo Instituto Datafolha.METODOLOGIALevantamento estatístico, por amostragem estratifi-cada com sorteio aleatório. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.Para mais acesse www.opo-derdodigital.com.br

Top of Mind Internet 2011

por: Melissa Pio

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Líder desde o ano passado, a Dell manteve seu desem-penho e foi a marca mais lembrada de 2011 quando o assunto foi computador e notebook. Apesar da osci-

Desde 2008, a Dell tem reduzido o consumo de energia de seus desktops e laptops em até 25%. Isso faz parte de ações da empresa criadas para cumprir sua meta assumida de se tornar mais sustentável e menos agressiva ao planeta.

INFORMÁTICA lação positiva em relação à porcentagem do ano passa-do, o número alcançado pela Dell não conseguiu ultrapas-sar a porcentagem de pesso-as que disseram não lembrar ou não conhecer nenhuma marca nessa categoria.

No segmento esportivo, uma marca soberana. A Nike, pelo quinto ano con-secutivo, é a mais lembra-da pelos internautas, sete pontos à frente da segunda colocada, a Adidas.

Segundo ranking elaborado pela Interbrand, a Nike foi a única marca esportiva a ficar entre as 50 marcas mais valiosas do mundo, ocupando a 25ª posição. À Adidas coube o 62º lugar.

ESPORTE

ARTIGO ESPORTIVOFonte: Qual é a primeira marca que lhe vem à cabeça, quando se fala em material esportivo na internet?(Espontânea e única em %)

COMPUTADOR E NOTEBOOKFonte: Qual é a primeira marca que lhe vem à cabeça, quando se fala em computador e notebook na internet?(Espontânea e única em %)

E O TOP

OF MIND

2011 VAI PARA...

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Este ano, a Oi foi a operado-ra de celular mais lembrada pelos internautas, seguida de perto pela segunda colo-cada, a Vivo. Nas outras co-locações estão Claro, Tim, Nextel e Embratel.Na categoria aparelho, a Nokia se mantém mais uma vez na frente, conservando uma liderança que já dura quatro anos.

A passagem do ano de 2010 para o de 2011 foi marcada pela notícia da Anatel de que o número de aparelhos habilitados no país ultrapassou os 200 milhões de assinantes. Isso significa que, no Brasil, existem mais celulares que habitantes. Dos 202,94 milhões de aparelhos habilitados, 82,34% são pré-pagos e 17,66% são pós-pagos.

TELEFONIA CELULARO Itaú começou o ano com um forte investimento em internet, tendo lançado, inclusive, um novo produ-to exclusivo para o meio, a iConta. O serviço gratuito foi criado para quem cos-tuma efetuar a maior par-te de suas movimentações financeiras pela internet,

Em 2010, o Banco Itaú foi a instituição bancária a obter não só o maior lucro do ano, mas também da história. O Itaú Unibanco anunciou que fechou o ano com lucro de R$ 13,3 bilhões, 32,3% a mais que em 2009.

e dá direito a uma série de operações que vão des-de o controle da conta até saques e pagamentos em caixa eletrônico. O esforço parece ter valido a pena, já que o banco saiu do empate que teve com o Bradesco em 2010 e ganhou a liderança no seu segmento.Já a categoria cartão de crédito, capitaneada desde

FINANÇAS 2007 pela Visa, manteve--se inalterada e traz nova-mente a marca como a mais lembrada entre as pessoas pesquisadas. Nas categorias plano de saúde e companhia de se-guros, lideranças mantidas. Unimed segue no topo pelo terceiro ano consecutivo, enquanto Porto Seguro ga-rante sua segunda vitória.

BANCOFonte: Qual é a primeira marca que lhe vem à cabeça, quando se fala em banco na internet?(Espontânea e única em %)

PLANO DE SAÚDEFonte: Qual é a primeira marca que lhe vem à cabeça, quando se fala em plano de saúde na internet?(Espontânea e única em %)

OPERADORAFonte: Qual é a primeira marca que lhe vem à cabeça, quando se fala em operadora de telefone celular na internet?(Espontânea e única em %)

APARELHOFonte: Qual é a primeira marca que lhe vem à cabeça, quando se fala em aparelho de telefone celular na internet?(Espontânea e única em %)

E O TOP

OF MIND

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FINANÇAS

Na categoria transportes, a companhia aérea TAM foi a mais lembrada este ano. A surpresa foi a menção à ex-tinta Vasp, marca que nos últimos cinco anos jamais havia sido citada.Já quando o assunto é au-tomóvel, a Fiat parece estar colhendo os frutos de cases inovadores como o do Fiat Mio – carro-conceito cria-do de forma colaborativa com internautas –, e am-pliou sua liderança.

No ano de 2010, a TAM informou que transportou 34,5 milhões de passageiros pagantes, 13,6% a mais que no ano anterior. Além disso, a companhia aérea anunciou sua fusão com a empresa chilena LAN, criando-se a LATAM, que deve se tornar a maior empresa aérea da América Latina.

TRANSPORTES Um dos cases mais inovadores da indústria automotiva foi a criação do carro-conceito Fiat Mio. O projeto futurista resultou da participação de mais de dez mil internautas, que opinavam através do site http://www.fiatmio.cc/pt/. O carro foi apresentado no 26º Salão do Automóvel de São Paulo.

CIA AÉREAFonte: Qual é a primeira marca que lhe vem à cabeça, quando se fala em empresa aérea na internet?(Espontânea e única em %)

AUTOMÓVELFonte: Qual é a primeira marca que lhe vem à cabeça, quando se fala em carro na internet?(Espontânea e única em %)

COMPANHIA DE SEGUROFonte: Qual é a primeira marca que lhe vem à cabeça, quando se fala em companhia de seguro na internet?(Espontânea e única em %)

CARTÃO DE CRÉDITOFonte: Qual é a primeira marca que lhe vem à cabeça, quando se fala em cartão de crédito na internet?(Espontânea e única em %)

E O TOP

OF MIND

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Uma das categorias mais concorridas no Brasil é a de cerveja. Pelo menos nas gôn-dolas, porque na internet a Skol se mantém, pelo quin-to ano consecutivo, como a marca mais lembrada.Não é à toa que a Coca-Cola é considerada uma das mar-cas mais valiosas do mundo.

Não é apenas na internet ou muito menos no Brasil que a Coca-Cola se destaca. Em 2010, a marca foi novamente apontada pela Interbrand como a mais valiosa do mundo, valendo algo em torno dos US$ 70,452 bilhões. Em segundo lugar ficou a IBM e, em terceiro, a Microsoft, com valores de US$ 64,727 bilhões e US$ 60,895 bilhões, respectivamente.

Quando o assunto é refrige-rante, a Coca é a marca cita-da por 63% dos entrevista-dos, ficando, como em todos os anos anteriores, muito à frente das outras colocadas.Outra que reina absoluta na categoria alimentação é a lanchonete McDonald’s, novamente a mais lembra-da. Nesse segmento, assim como no de fabricante de

ALIMENTAÇÃO alimentos – no qual a Nestlé saiu campeã pelo segundo ano consecutivo –, as mar-cas vencedoras ficaram com porcentagem menor que a de respostas referentes a fal-ta de lembrança ou conhe-cimento de marcas em suas respectivas categorias, o que aponta o enorme potencial que o meio internet tem para quem quer se destacar.

FABRICANTE DE ALIMENTOSFonte: Qual é a primeira marca que lhe vem à cabeça, quando se fala em fabricante de alimentos na internet?(Espontânea e única em %)

CERVEJAFonte: Qual é a primeira marca que lhe vem à cabeça, quando se fala em cerveja na internet?(Espontânea e única em %)

LANCHONETEFonte: Qual é a primeira marca que lhe vem à cabeça, quando se fala em lanchonete na internet?(Espontânea e única em %)

REFRIGERANTEFonte: Qual é a primeira marca que lhe vem à cabeça, quando se fala em refrigerante na internet?(Espontânea e única em %)

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SERVIÇOSNos últimos anos, a Sky vinha crescendo constantemente. Este ano, ela chegou ao topo, dividindo a liderança com a NET, anti-ga vencedora isolada da categoria TV por assinatura.O e-commerce tem crescido no país, e, acompanhando esse movimento, a Americanas.com amplia sua porcentagem de lembrança para continuar na liderança.

Já no primeiro mês de 2011, o mercado de TV por assinatura cresceu 1,6% em relação a dezembro de 2010. Dados da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) apontam que o crescimento anual foi de 30,2%. Quase 10 milhões de domicílios já contam com algum tipo de serviço de canais pagos, o que representa uma média de 17% dos lares brasileiros.

Outro segmento que apre-senta uma grande taxa de pessoas que dizem não lem-brar ou não conhecer ne-nhuma marca relacionada é o de produtos de beleza e higiene pessoal. Essa foi a

PRODUTOS DE BELEZA E HIGIENE PESSOAL

resposta de 55% das pesso-as perguntadas. Quem ven-ceu a categoria foi a Colgate, seguida por Dove.Quando o assunto é pro-duto de beleza, a Natura venceu quando aplicado

E-COMMERCEFonte: Qual é a primeira marca que lhe vem à cabeça, quando se fala em loja online?(Espontânea e única em %)

TV POR ASSINATURAFonte: Qual é a primeira marca que lhe vem à cabeça, quando se fala em operadora de TV paga na internet?(Espontânea e única em %)

PRODUTOS DE HIGIENE PESSOALFonte: Qual é a primeira marca que lhe vem à cabeça, quando se fala em produtos de higiene pessoal na internet?(Espontânea e única em %)

PRODUTOS DE BELEZAFonte: Qual é a primeira marca que lhe vem à cabeça, quando se fala em produtos de beleza na internet?(Espontânea e única em %)

o critério de desempate. A marca obteve 10% de citações, enquanto Avon registrou 11%, o que confi-gura empate técnico. Neste caso, o Datafolha utiliza um teste estatístico nos re-

sultados do Top of Mind. Em caso de permanência do empate são utilizados os resultados de Aware-ness nos quais, este ano, Natura ficou 19% e Avon com 17%.

Segundo o critério de

desempate

Empate por margem

de erro

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Para ver mais detalhes da pesquisa, acesse o site www.opoderdodigital.com.br

Além da divisão por seg-mentos, o Top of Mind de Internet possui algumas categorias especiais, divi-das de acordo com quem respondeu a pesquisa e onde todas as marcas con-correm entre si, indepen-dentemente de sua área de atuação.No Top Teen, focado em pessoas com idade entre 14 e 19 anos, a marca vencedo-ra foi o banco Bradesco. No Top Feminino, a marca de produtos de beleza Natura foi a mais lembrada. Já en-tre as pessoas que acessam a internet todos os dias, as marcas ligadas a tecnologia saíram na frente.No Top Lan House, nova-mente Bradesco foi a marca mais lembrada.

TOPS ESPECIAIS

Na categoria TV, a LG é, pelo quinto ano consecuti-vo, a marca mais lembrada de televisor. No entanto, a Samsung vem se apro-ximando cada vez mais. Enquanto a líder caiu três pontos em relação ao per-centual de lembrança que obteve no ano passado, a segunda colocada subiu de

A Sony é uma verdadeira referência no país quando o assunto é câmera digital. As diversas versões da sua Cyber-Shot, que vai desde o modelo a prova d’água, até o que tira fotos panorâmicas, caíram no gosto do brasileiro e são muito populares.

15% para 20% na pesquisa.Quando a pergunta se refere à marca mais lem-brada de câmera digital, a Sony também mantém seu quinto ano de liderança. Nessa categoria, o inte-ressante é que a porcenta-gem de entrevistados que não lembrou ou não sabia dizer nenhuma marca de câmera digital foi exata-mente igual à porcenta-

gem alcançada pela Sony. Na categoria refrigerador, outra marca consolida-da. A Brastemp também mantém liderança absolu-ta, embora, assim como a Cônsul - a segunda colo-cada -, tenha perdido por-centagem em relação ao ano passado. Em terceiro lugar, a Electrolux foi a marca que apresentou me-lhor crescimento.

ELETRÔNICOS

TOP TEEN (pessoas com idade entre 14 e 19 anos)

1º BRADESCO 2º MERCADO LIVRE 3º SKY

TOP FEMININO (mulheres)

1º NATURA 2º AVON 3º AMERICANAS

TOP HEAVY (pessoas que acessam a internettodos os dias no mesmo local)

1º NET 2º SONY (câmera digital) 3º AMERICANAS

TOP LAN HOUSE (pessoas que acessam a internet em lan houses)

1º BRADESCO 2º SAMSUNG (celular) 3º LG (TV)

TVFonte: Qual é a primeira marca que lhe vem à cabeça, quando se fala em aparelho de TV na internet?(Espontânea e única em %)

REFRIGERADORFonte: Qual é a primeira marca que lhe vem à cabeça, quando se fala em geladeira na internet?(Espontânea e única em %)

CÂMERA DIGITALFonte: Qual é a primeira marca que lhe vem à cabeça, quando se fala em câmera digital na internet?(Espontânea e única em %)

E O TOP

OF MIND

2011 VAI PARA...

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GRAFITE REALIZADO PELO PROJETO QUIXOTEENDEREÇO: AV. ENG. LUÍS GOMES CARDIM SANGIRARDI, 789, SÃO PAULO- SP

SITE: WWW.PROJETOQUIXOTE.ORG.BR

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