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TERMO DE REFERÊNCIA (PROJETO BÁSICO) 1 TERMO DE REFERÊNCIA BASICO PARA INSTALAÇÃO DE SISTEMA DE ABASTECIMENTO SIMPLIFICADO (SAS) O presente termo de referência básico visa estabelecer diretrizes de ordem técnica e especificações, em nível de projeto, para orientar a instalação de sistemas simplificados de abastecimento (bomba submersa, rede adutora e reservatório) relativos aos poços tubulares executados, conforme Anexo IA deste Edital. Dita execução deverá estar baseada nas respectivas normas da ABNT e Portarias do Ministério da Saúde, beneficiando as comunidades com suprimento de água com quantidade e qualidade adequada. Trata dos serviços a serem executados após a completação do poço tubular, considerando que os mesmos possuam capacidade de fornecer água subterrânea na qualidade e quantidade desejada. 1. CONDIÇÕES TÉCNICAS GERAIS A execução dos serviços obedecerá rigorosamente, em todos os pormenores, aos seguintes itens: Dispositivos aplicáveis da Legislação vigente (Federal, Estadual ou Municipal), relativo a materiais, segurança, proteção, instalação do canteiro de obras e demais aspectos das construções. O canteiro da obra deverá estar bem nivelado, planejado com a localização de materiais, áreas de serviços e acessos. Antes do início da execução dos serviços, todo o terreno deverá ser limpo, capinado, isento de entulho e de quaisquer outros materiais que impeçam o desenvolvimento dos mesmos. As ligações provisórias de água e luz, durante o tempo de permanência dos trabalhos, que se fizerem necessárias, existindo estes serviços nestes locais, deverão obedecer às normas de utilização pertinentes as concessionárias. Os contatos com as concessionárias locais, serão mantidos pelos executores da obra. Todas as taxas e emolumentos relativos aos serviços a serem executados serão de responsabilidade dos executores da obra. A obra será entregue totalmente limpa e, com a remoção do entulho proveniente da mesma, com bota fora e aterrado em local previamente determinado. Os executores da obra têm o dever e a responsabilidade de estabelecer as orientações e os procedimentos operacionais concernentes às atividades de segurança e saúde ocupacional dos trabalhadores e a proteção ao meio ambiente, que devem ser cumpridas, com o objetivo de proteger pessoas, comunidades, equipamentos, instalações e cumprir com a regulamentação ambiental em vigor. Para tanto, não deverá haver lançamentos de substâncias sólidas, semi-sólidas, líquidas, gasosas ou efluentes, sem a prévia análise de suas conseqüências referente aos impactos ao meio ambiente.

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Page 1: TERMO DE REFERÊNCIA (PROJETO BÁSICO) · simplificados de abastecimento (bomba submersa, rede adutora e reservatório) relativos aos poços tubulares executados, conforme Anexo IA

TERMO DE REFERÊNCIA (PROJETO BÁSICO)

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TERMO DE REFERÊNCIA BASICO PARA INSTALAÇÃO DE SISTEMA DE ABASTECIMENTO SIMPLIFICADO (SAS) O presente termo de referência básico visa estabelecer diretrizes de ordem técnica e especificações, em nível de projeto, para orientar a instalação de sistemas simplificados de abastecimento (bomba submersa, rede adutora e reservatório) relativos aos poços tubulares executados, conforme Anexo IA deste Edital. Dita execução deverá estar baseada nas respectivas normas da ABNT e Portarias do Ministério da Saúde, beneficiando as comunidades com suprimento de água com quantidade e qualidade adequada. Trata dos serviços a serem executados após a completação do poço tubular, considerando que os mesmos possuam capacidade de fornecer água subterrânea na qualidade e quantidade desejada. 1. CONDIÇÕES TÉCNICAS GERAIS

A execução dos serviços obedecerá rigorosamente, em todos os pormenores, aos seguintes itens: Dispositivos aplicáveis da Legislação vigente (Federal, Estadual ou Municipal),

relativo a materiais, segurança, proteção, instalação do canteiro de obras e demais aspectos das construções.

O canteiro da obra deverá estar bem nivelado, planejado com a localização de materiais, áreas de serviços e acessos. Antes do início da execução dos serviços, todo o terreno deverá ser limpo, capinado, isento de entulho e de quaisquer outros materiais que impeçam o desenvolvimento dos mesmos.

As ligações provisórias de água e luz, durante o tempo de permanência dos trabalhos, que se fizerem necessárias, existindo estes serviços nestes locais, deverão obedecer às normas de utilização pertinentes as concessionárias. Os contatos com as concessionárias locais, serão mantidos pelos executores da obra.

Todas as taxas e emolumentos relativos aos serviços a serem executados serão de responsabilidade dos executores da obra.

A obra será entregue totalmente limpa e, com a remoção do entulho proveniente da mesma, com bota fora e aterrado em local previamente determinado.

Os executores da obra têm o dever e a responsabilidade de estabelecer as orientações e os procedimentos operacionais concernentes às atividades de segurança e saúde ocupacional dos trabalhadores e a proteção ao meio ambiente, que devem ser cumpridas, com o objetivo de proteger pessoas, comunidades, equipamentos, instalações e cumprir com a regulamentação ambiental em vigor. Para tanto, não deverá haver lançamentos de substâncias sólidas, semi-sólidas, líquidas, gasosas ou efluentes, sem a prévia análise de suas conseqüências referente aos impactos ao meio ambiente.

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Recomendações, instruções e especificações de fabricante de materiais e de especificações em sua aplicação.

2. SISTEMA DE BOMBEAMENTO Será (ão) instalada(s) bomba(s) submersa(s) que farão o recalque d’água desde o poço tubular profundo até o reservatório. O dimensionamento das referidas bombas quanto à vazão, altura manométrica, número de estágios, característica quanto à fase, voltagem e modelo será determinada pela CONTRATADA, em função das características de produção do poço, da demanda, assim como das características da rede energia elétrica da região, seguindo rigorosamente a recomendação técnica do fabricante do equipamento. Estima-se que a(s) moto-bomba(s) apta(s) para uso no poço tubular profundo deverá (ão) ser do tipo trifásica ou monofásica, conforme a disponibilidade de energia na localidade e as especificações técnicas do poço tubular, devendo ser dimensionada de acordo com os relatórios técnicos, com potência variando de 2HP, 3HP, 4 HP, 5HP, 6HP, 7HP, até 20HP. A moto-bomba a ser utilizada, deve ser autorizada pela fiscalização da CONTRATANTE. 2.1. INSTALAÇÃO DA MOTO-BOMBA Para cada instalação os requerimentos mínimo serão: A motobomba ficará suspensa por uma flange (tampa de poço) e pela tubulação galvanizada de 1 ¼’’ ou 1 ½’’ ou 2”. Logo após a saída do poço, unido a tubulação galvanizada, será instalada uma curva, uma união e um niple galvanizado de 1 ¼’’ ou 1 ½’’ ou 2” , todos com a finalidade de garantir uma maior durabilidade do equipamento e facilitar futuras manutenções. O cabo elétrico flexível de alimentação do conjunto de comprimento adequado será compatível com o equipamento de bombeamento e rede elétrica e estará ligado ao quadro de comando automático. Ligado ainda ao mesmo, ficará o fio da bóia, o qual estende-se da rede adutora até o reservatório, permanecendo ligado à chave bóia elétrica. Na instalação do equipamento de bombeamento no poço deverá ser colocada uma tubulação auxiliar de ¾” destinada a medir os níveis de água. O poço também será dotado de um hidrômetro compatível com a vazão de produção. 2.2. CERCAS DE PROTEÇÃO

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2.2.1 CERCA DE PROTEÇÃO DO POÇO E ABRIGO DO QUADRO DE COMANDO Visando limitar o acesso à área do poço e do quadro de comando, faz-se necessário à construção de um cercado, com as seguintes características: mourão de cerca em concreto, com dimensões 0.10m x 0.10m x 2.50m, espaçados de 1,5 m; escora de mourão em concreto com dimensões de 0.10m x 0.10m x 2m; amarração em base de concreto magro; tela de arame galvanizado No 12-malha 2”; Sob a tela deverá ser construída uma viga de concreto armada para amarração dos mourões, com seção de 0.15m de altura por 0.10m de espessura em todo o perímetro do cercado; 1 portão duplo de tela com dimensões de 1.80 x 2.10 m, cada folha, com quadro em tubo galvanizado 1”, trinco, cadeado; dimensões do cercado: 5 m largura, 5 m de comprimento, 2,10 m de altura. 2.2.1 CERCA DE PROTEÇÃO DO RESERVATÓRIO ELEVADO Visando limitar o acesso à área do reservatório, faz-se necessário à construção de um cercado, com as seguintes características: mourão de cerca em concreto, com dimensões 0.10m x 0.10m x 2.50m, espaçados de 1,5 m; escora de mourão em concreto com dimensões de 0.10m x 0.10m x 2m; amarração em base de concreto magro; tela de arame galvanizado No 12-malha 2” ou tela eletrosoldada com arame BWG 12 com malha de 150x50mm; Sob a tela deverá ser construída uma viga de concreto armada para amarração dos mourões, com seção de 0.15m de altura por 0.10m de espessura em todo o perímetro do cercado; 1 portão de tela, com dimensões de 0,8 x 2,10 m, com quadro em tubo galvanizado 1”, trinco, cadeado; dimensões do cercado: 3 m largura, 3 m de comprimento, 2,10 m de altura. 2.3. PLACA IDENTIFICADORA DA OBRA Fixar a placa identificadora de obra, com dimensões de 3,00m x 2,00m, na torre do reservatório, em local de boa visualização. O desenho e especificações da placa encontram-se anexas ao edital de tomada de preços, sendo que a confecção e fixação da mesma serão de responsabilidade da CONTRATADA. 2.4. ABRIGO DE PROTEÇÃO AO QUADRO DE COMANDO / DOSADOR DE CLORO O abrigo do quadro de comando e do dosador de cloro será construído em placas de

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concreto pré-moldado, semelhante ao padrão utilizado nos abrigos de energia elétrica, com locação conforme planta do projeto de implantação do poço, e terá os seguintes requerimentos mínimos:

Abrigo em placas pré-moldadas de concreto armado;

O concreto a ser utilizado na fabricação das placas pré-moldadas deverá ter fck=25MPa, consumo de cimento de 350 kg/m³ e fator água/cimento 0,45.

O cimento deverá ser tipo Alta Resistência Inicial;

O cobrimento da armadura deverá ser 02 cm;

A fabricação das placas pré-moldadas deverá ser realizada em mesa vibratória;

Os agregados deverão ser constituídos de areia média natural e pedrisco;

As armaduras serão do tipo CA-60;

Base inferior em placas pré-moldadas de concreto armado com espessura de 06 cm e peso máximo de 71 kg/peça, sendo do tipo “macho e fêmea”, montadas justapostas perfazendo uma base de 220 x 90 cm;

Suportes do abrigo em peças pré-moldadas de concreto armado em forma de “U” com 06 cm de espessura e peso máximo de 56 kg/peça. As peças serão assentadas com argamassa colante, montadas sobre a base inferior. A altura total dos suportes será de 90 centímetros e deverá estar devidamente alinhada e aprumada;

Mesa intermediária em placas pré-moldadas de concreto armado com espessura de 06 cm e peso máximo de 71 kg/peça, sendo do tipo “macho e fêmea”, montadas justapostas perfazendo uma base de 220 x 90 cm;

As laterais e a divisória do quadro de força serão placas pré-moldadas de concreto armado com espessura de 06 cm e peso máximo de 67 kg/peça. A parte superior das placas deverá ter dois recortes de 5 x 5cm para posicionamento de suporte de madeira para fixação das telhas e cimento-amianto.

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O fundo do abrigo será em placas pré-moldadas de concreto armado com espessura de 06 cm e peso máximo de 71 kg/peça, sendo do tipo “macho e fêmea”.

A frente do abrigo será em quadro de metal com portas em chapa de abrir, com dobradiças na base e trinco com cadeado de 40mm.

Todas as placas do abrigo serão unidas por cantoneiras de aço fixadas com parafusos às placas.

A cobertura do abrigo será em telhas de fibrocimento 6mm, fixada em estrutura de madeira, sendo que a mesma deverá ser fixada a estrutura de concreto.

Deverão ser confeccionadas portas metálicas de abrir, em chapa cega, conforme a planta do projeto de implantação do quadro de comando e do clorador. As mesmas terão dimensões de uma folha de 0,70 x 1,10m e de duas folhas de 0,65 x 1,10m cada, considerando dobradiças e fechadura. As esquadrias deverão ser pintadas com tinta esmalte sintético, em duas demãos.

Ao lado do abrigo posicionar poste de concreto receptor da linha baixa da rede e instalar conexão elétrica da rede ao quadro de comando. 2.5. QUADRO ELÉTRICO DE COMANDO O quadro elétrico de comando completo da bomba será instalado de forma embutida no interior do respectivo abrigo. O quadro de comando elétrico será dimensionado em conformidade com o modelo da moto-bomba e terá a função de protegê-la de oscilações. O quadro de comando deverá ser confeccionado em caixa metálica própria (aço impermeável) com pintura epoxi anticorrosiva; terá equipamentos para o funcionamento manual e/ automático de controle da operação, além de proteção para sobrecarga, sobre tensão, contra descargas atmosféricas (pára-raios), além de rele de nível, cujos eletrodos serão instalados no interior do poço de modo a evitar o funcionamento a seco da bomba submersa. Farão ainda parte do mesmo: amperímetro, voltímetro, contactor, relé térmico, relé de fase, fusíveis, trilho, fio de força e relé de tempo. Como referência são apresentados os componentes de um quadro de comando: Cabo elétrico de alimentação da bomba submersa de 3x4mm ou 3x6mm;

Cabo de plastichumbo de 2x4mm; Chave bóia de acionamento

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automático; Caixa de aço impermeável para quadro comando de 0.5, 0.4 e 0.2m; Chave reversora; Conectores Duas bases completas de proteção (fusíveis); Contractor principal; Contractor auxiliar; Capacitores de partida; Capacitores permanentes de auxílio; Relé de sobrecarga;

Fusíveis e parafusos de 35A; Relé de tempo; Tampa de proteção de 63A; Botoeira para acionamento manual; Amperímetro; Anéis de proteção; Voltímetro; Canaletas Plásticas 20x20mm; Trilhos; Terminais; Fiação 0.75 e 6mm

2.6. CONTRAPISO DE CONCRETO Deverá ser executado contrapiso de concreto magro com 10 cm de espessura, no cercado do abrigo do quadro de comando. O mesmo deverá ser confeccionado considerando o traço do concreto para que o mesmo alcance uma resistência mínima de 10 MPa, com traço composto por cimento Portland, areia média lavada e brita 1 ou 2, controle tipo “C”. Obs.: Deverá ser previsto caimento no piso de no mínimo 2% para evitar o acúmulo da água da chuva, sendo que o mesmo deverá ser feito preferencialmente em direção ao portão. Caso o mesmo seja feito para o fundo do cercado deverão ser previstos a instalação de tubos de pvc ¾” na viga do fundo para passagem da água, ou caso o piso acompanhe o face superior da viga somente o caimento é suficiente. 3. TUBULAÇÕES ADUTORAS DA ÁGUA A partir da extremidade superior do poço deverá ser construída uma adutora para alimentação do reservatório. O dimensionamento final da rede adutora irá variar conforme o local/topografia e o arranjo poço, quadro de comando, localização do reservatório e rede consumidora. Na adução serão utilizados os seguintes materiais: comprimentos variáveis de tubos de PVC PBA junta elástica, NBR 5647, classe 20, DN 40mm, DN 50mm ou DN 60mm, considerando-se o Diâmetro Nominal o Diâmetro Interno da Tubulação; mesmo comprimento de cabo plastichumbo 2x4mm para chave bóia elétrica automática; válvula de retenção horizontal de 1 ¼’’ ou 1 ½’’ ou 2” no kit cavalete de saída do poço profundo com a finalidade de diminuir o golpe de aríete e reter água; ventosa de 1 ¼’’ ou 1 ½’’ ou 2” nas proximidades do poço tubular profundo e hidrômetro compatível com a vazão do poço. 3.1. VALAS, ASSENTAMENTOS E REATERROS

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A canalização precisa garantir um serviço ininterrupto e sem falhas durante muitos anos. Para tanto, devem ser respeitadas as especificações e as recomendações de ordem prática durante o seu assentamento. A especificação do material está intimamente relacionada à resistência das pressões tanto interna, da linha, como externa, exercida pelo solo e cargas rodantes. 3.1.1. Valas As valas serão abertas a uma profundidade de 0.8m com 0.5m de largura e deverão ser perfeitamente alinhadas e niveladas de maneira a propiciar um assentamento harmonioso entre a tubulação e o solo. Todas as pedras de tamanho e peso acessíveis serão retiradas da vala, pois sua presença cercando os tubos é prejudicial. Aquelas de maior tamanho, ou mesmo rocha, terão suas saliências aparadas. Eventualmente, será necessário o uso de retroescavadeira. A escavação manual deve ser utilizada em locais onde não se possa efetuar a escavação mecânica. Em ambos os casos a CONTRATADA será responsável por eventuais danos causados a terceiros. Dependendo da natureza do terreno, deverá ser executado escoramento nas valas para evitar desmoronamentos. A CONTRATADA deverá escolher corretamente o tipo de escoramento para cada tipo de solo. Em terrenos de solos considerados moles, deverá ser retirado este material e substituído por material mais resistente. Sendo muito extenso este trecho, o berço da tubulação deverá ser apoiado em estacas de madeira, ferro ou concreto pré-moldado, cuja execução será de responsabilidade da CONTRATADA. Em locais onde for interceptado o nível freático deverá ser realizado novo traçado ou mesmo a drenagem das águas para fora do alinhamento. Caberá ao fiscal a decisão sendo a CONTRATADA responsável pela execução das alterações. 3.1.2. Ancoragens Sempre quando houver mudanças na direção da tubulação (curvas, tês, etc) faz-se necessário o uso de ancoragens, que poderão ser feitas com blocos de concreto ou estacas de madeira de lei. Sua implantação será de responsabilidade da CONTRATADA. 3.1.3. Assentamento da Rede Antes do assentamento, os tubos deverão ser limpos e inspecionados com cuidado. Deverá ser verificada a existência de falhas de fabricação, assim como danos e avarias decorrentes de transporte e manuseio. Os tubos deverão estar perfeitamente alinhados e

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as uniões deverão ser estanques. Caso seja interrompido o processo, a extremidade da tubulação deverá ser vedada com tampões. Para os tubos de PVC, retirar todo o brilho e limpar a ponta e a bolsa com uma estopa embebida de solução limpadora ou lixa, removendo as sujeiras e gorduras. 3.1.4. Re-aterro das valas Qualquer reaterro somente poderá ser iniciado após a autorização da fiscalização, a quem cabe examinar a rede, sua metragem e instalação. O reaterro da vala deverá ser realizado com o próprio solo retirado, quando adequado para este fim, ou com material oriundo de jazida de empréstimo. O material depositado nos primeiros 0.3m acima da geratriz superior da tubulação deverá sofrer compactação de impacto, mecânico ou manual. Esta compactação deverá ser realizada tanto no material depositado no vão existente entre o tubo e as laterais da vala, quando naquele colocado acima do tubo. Após a compactação adequada do material, em camadas de 0.15m, com um cobrimento mínimo de 0.3m acima da geratriz superior do tubo, o restante da vala poderá ser recoberto por meio de retroescavadeira, fazendo-se a compactação com os pneus da própria máquina, em passagens sucessivas. Na operação manual ou mecânica de compactação, todo cuidado deve ser tomado para não deslocar a tubulação e seus berços de ancoragem. 3.1.5. DESINFECÇÃO DOS TUBOS ASSENTADOS Como durante o assentamento a tubulação estará exposta a sujeiras e contaminação, se faz necessário desinfetar a linha nova com cloro líquido. A dosagem usual de cloro é de 50 ppm(mg/L). A água e o cloro devem permanecer na tubulação por 24h, no mínimo. No final deste tempo, todos os registros do trecho deverão ser abertos, evacuada toda a água da tubulação, até que se extingua o odor de cloro. 4. TUBO AUXILIAR PARA MEDIÇÃO DE NÍVEL Instalação de tubulação auxiliar de ¾”, em PVC, para auxiliar na medição do nível de água no poço. 5. RESERVATÓRIO DA ÁGUA Para reservação e distribuição gravimétrica de água deverá ser instalado em local alto e adequado um reservatório elevado com capacidade de 15.000 litros confeccionado em

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fibra de vidro. O mesmo deverá ser sustentado por uma torre metálica, com base em chapa metálica perfeitamente lisa e nivelada, contendo uma escada de marinheiro, com no mínimo 40 cm de largura, com proteção costal, sendo que o mesmo deverá ter seu início à 2m da altura do solo e seu fim no mesmo nível da tampa do reservatório, com diâmetro mínimo do mesmo de 70cm. Os anéis de proteção intercostais deverão ter espaçamento mínimo de 40cm entre os mesmos. Os blocos de fundação da torre deverão ser dimensionados pelo CONTRATANTE, levando-se em consideração a carga a ser suportada, as dimensões e o formato da mesma. Toda a estrutura metálica deverá ser pintada com tinta epóxi, ou antiferrugem, em duas demãos, de cor clara. De maneira a evitar a entrada de impurezas no reservatório, o mesmo deverá ser fechado por uma tampa de fibra de vidro, parafusada sobre sua parte superior. A chave bóia elétrica situar-se-á dentro do mesmo e operará em oscilações de 5 e 6m3 de água consumida tendo a como objetivo ligar e desligar o equipamento de bombeamento. Na parte inferior do reservatório, será instalado um registro com o objetivo de tomar amostras de água a ser distribuída. 5.1. TRATAMENTO SIMPLIFICADO DE ÁGUA Está prevista a instalação de sistema de dosador de Cloro, o qual poderá ser do tipo gotejamento no poço ou mesmo injeção na rede de adução. O sistema deverá atender as demandas da Portaria 518 do Ministério da Saúde. O equipamento da dosagem deverá estar situado em compartimento separado do abrigo do quadro de comando da bomba. INFORMAÇÃO IMPORTANTE: Também devem ser analisados pela CONTRATADA os

seguintes documentos técnicos: Memorial Descritivo e Especificações Técnicas dos Serviços, Estudo de Concepção, Memorial de Cálculo, Plantas do projeto, Especificações técnicas da bomba submersa para poço tubular profundo e os anexos do projeto.

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