terapia compressiva para venosa - pharmed es ... p acelerado pela aomo combinada da bomba muscular...
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Sistema Venoso dos Membros Inferiores
Estrutura
veias superficiais
veias profundas
conexão entre o sistema
superficial e o sistema profundo
As veias profundas, agindo como veias de
transporte, transportam aprox. 90% do sangue venoso
pele sist.venoso
superficial
músculo sist.venoso
profundo
conexão
venosa
Mecanismo de refluxo venoso
válvulas venosas
bomba muscular plantar articulação do tornozelo músculos da panturrilha joelho (cavidade)
Bomba venosa dos membros inferiores
Extensão dorsal Flexão plantar
A cada contração do músculo na perna, as veias são comprimidas. Isso empurra o sangue para o coração.
Quando os músculos da perna relaxam,o sangue novo é aspirado através das veias periféricas.
Úlcera Venosa
É a expressão máxima de uma série de eventos, cuja origem é a hipertensão venosa, que ocorrem em conseqüência do comprometimento do retorno do sangue venoso dos tecidos para o coração, causado pela Insuficiência Venosa Crônica (IVC).
A úlcera inicia-se de forma espontânea ou traumática, tem tamanho e profundidade variáveis e as recidivas são freqüentes. As úlceras venosas geralmente aparecem na face medial da perna, próximas ao maléolo medial.
WOCN Society, 2005.
Epidemiologia da Úlcera Venosa
A úlcera venosa afeta:
a IVC afeta 50% da população adulta e 1% irá desenvolver UV
600.000 novos casos por ano no EUA
0,18 – 5,69% > 65 anos com aumento de 4% na prevalência
66-90% taxa de cicatrização depois de 3 meses
57 -97% taxa de recidiva
20% dos pacientes são tratados mais de 2 anos
8% dos pacientes são tratados mais de 5 anos
WOCN Society, 2005; Valencia et al, 2001.
Terapia Compressiva
Denomina-se terapia compressiva a aplicacao de pressao a extremidade inferior como um meio de facilitacao do retorno venoso ao coracao. A compressao e uma terapia potente que, se usada corretamente, pode promover a cura de ulceras venosas, prevenir recorrencias e melhorar a qualidade de vida.
Investigações médicas mostraram que a compressão elimina mais água do que
proteína do tecido, aumentando a pressão oncótica intersticial (do tecido). Isso resulta
em um rápido (re) acúmulo de líquido intersticial (edema) se a compressão não é
sustentada.
Efeitos da terapia compressiva:
▪ No sistema venoso:
Em um indivíduo de pé o sangue flui lentamente através das veias, apresentando
pressão venosa de aproximadamente 80 – 100 mmHg. Durante a caminhada o fluxo
sanguíneo é acelerado pela ação combinada da bomba muscular da panturrilha e a
bomba do pé, que em pacientes com válvulas competentes, diminui o volume de sangue
venoso no pé e reduz a pressão venosa para cerca de 10 – 20 mmHg. Se as válvulas das
grandes veias tornam-se incompetentes, o sangue oscila “para cima e para baixo” nos
segmentos em que faltam válvulas funcionantes, o que gera um “refluxo” venoso. A
compressão das veias com válvulas incompetentes produz um aumento no retorno
venoso (em direção ao coração) e uma redução do “refluxo” ve noso.
Figura 4: Compressão das veias das pernas promove um deslocamento
do volume sanguíneo com um aumento da pré-carga do coração.
Fonte: EWMA, 2003.
Understanding compression therapy Position Document, EWMA 2003.
Efeitos da compressão
acelera o refluxo venoso
melhora a função venosa valvular
suporte para a bomba venosa
reduz o volume de sangue nas pernas
reduz o congestionamento nos capilares
melhora do edema através da redução da filtração e aumento da reabsorção
fortalece o fluxo linfático e realiza a quebra de proteína no tecido
Figura 3: Compressão atua contra a filtração e promove reabsorção
Fonte: EWMA, 2003
O edema, acúmulo de líquido no espaço extra-vascular, ocorre como resultado
de complexas interações que envolvem a permeabilidade das paredes capilares e os
gradientes de pressão hidrostática e oncótica que existem entre os vasos sanguíneos e os
tecidos circundantes.
A equação de Starling sugere que a aplicação de compressão externa pode
neutralizar a perda do fluido capilar por aumentar a pressão do tecido local e reforçar a
reabsorção, fazendo com que o fluido permaneça dentro das veias e vasos linfáticos.
Este mecanismo, por sua vez, irá ajudar a reduzir o edema (Figura 3).
Dependendo da quantidade de pressão aplicada, uma bandagem compressiva
pode influenciar no volume interno das veias, artérias e vasos linfáticos. As estruturas
próximas à superfície da pele são mais comprimidas do que os vasos profundos. Isto
ocorre porque as forças compressivas são parcialmente dissipadas pela compressão dos
tecidos circundantes.
insuficiência venosa crônica (IVC)
varizes
úlcera venosa
tromboflebite
flebotrombose
síndrome pós-trombótica (SPT)
edema: fleboedema, limfedema, lipoedema, pós-traumatico, pós- operatório, durante gestação
todos os tipos de cirurgias de varizes
lipodermatoesclerose
prevenção de tromboembolismo (profilaxia de trombose)
Indicações
Contra- indicações absoluta
doença arterial oclusiva periférica avançada
insuficiência cardíaca decompensada
flebite séptica
flegmasia coerulea dolens
hipersensibilidade ao material
Contra- indicações relativa
alteração de percepção da pele
neuropatia periférica avançada (ex:diabetes mellitus)
doença arterial oclusiva periférica
Contra- indicações
Avaliação Diagnóstico Recomendações de Tratamento Resultados
Understanding compression therapy Position Document, EWMA 2003.
maior será a pressão da interface
maior o número de camadas de sobreposição
maior tensão da bandagem
menor a largura da bandagem
menor a circunferência do
membro
A interação de fatores que afetam a pressão produzida
por um sistema de terapia de compressão -
Lei de Laplace
Principles of compression in venous disease: a practitioner’s guide to treatment and prevention of venous leg ulcers. Wounds International, 2013.
Raio de Curvatura x Material de
preenchimento
Principles of compression in venous disease: a practitioner’s guide to treatment and prevention of venous leg ulcers. Wounds International, 2013.
O raio de curvatura é a distância entre o centro do círculo e a sua superfície (quanto menor a distância menor o raio de curvatura)
Inelástica
Curta
Elasticidade
Média
Elasticidade
Alta
Elasticidade
OBS:
Extensibilidade < 30% > 30% < 70% >70% <140% >140%
Pressão de trabalho
(PT)
Alta Alta Baixa
(sustentada)
Baixa
(sustentada)
Quanto menor a elasticidade
da bandagem maior será a
diferença entre a PR e PT.
Apresenta pico de pressões.
Pressão de repouso
(PR)
Baixa Baixa Alta
(sustentada)
Alta
(sustentada)
Quanto mais elástica a
bandagem , menor a diferença
entre as pressões, mantém
uma pressão sustentada e não
apresenta picos de pressões.
Mobilidade do
paciente
Necessita
deambular
Necessita
deambular
Indiferente Indiferente
Permanência Dia e Noite Dia e Noite Dia Dia
Ação sobre Sistema
Venoso
Superficial e
profundo
Superficial e
profundo
Superficial Superficial
Fase indicada
(doença venosa)
Aguda ( presença de
edema persistente ,
UV ativa)
Aguda ( presença de
edema persistente)
Manutenção e
prevenção
Manutenção e
prevenção
Aplicação Profissional
treinado
Profissional
treinado
Paciente , familiar ou
cuidador treinado
Paciente , familiar ou
cuidador treinado
Grupo
RAL-GZ
(Alemão)
Tipo
BS7505
(Britânico)
Nível de
Compressão
Padrão Britânico
(mmHg)
Padrão Alemão
(mmHg)
1 3A Leve >20 18.4 – 21.2
2 3B Leve 21-30 25.1 – 32.1
3 3C Moderado 31-40 36.4 – 46.5
4 3D Elevado 41-60 >59
Pontos importantes
Compressão é o mais importante componente do tratamento de úlceras venosas e
linfedema;
Avaliação com Doppler (ITB) sempre deverá ser realizada antes de se indicar uma
terapia compressiva, com reavaliações freqüentes para que o fluxo arterial
adequado do membro seja preservado;
Para pacientes ambulantes com insuficiência venosa, altos níveis de compressão (40 -50 mmHg) são necessários para produzir efeitos hemodinâmicos benéficos;
Drenagem linfática prejudicada, secundária à insuficiência venosa crônica severa,
pode ser melhorada através da compressão;
Compressão sustentada é necessária para prevenção de recidivas.
Understanding compression therapy Position Document, EWMA 2003.
Propriedades ideais dos sistemas de terapia compressiva
Componente inelástico incorporado na composição
Confortável (ajuste anatômico adequado)
Confortável em repouso
Permite a funcionalidade completa e movimentação do membro
Fácil de aplicar e adaptar aos diferentes tamanhos e formas dos
membros
Material anti-alérgico, resistente e alta durabilidade
Principles of compression in venous disease: a practitioner’s guide to treatment and prevention of venous leg ulcers. Wounds International, 2013.
2009 – “A terapia compressiva comparada a nao compressa o
aumenta a taxa de cura da ulcera, onde os sistemas de
multicomponentes composto por uma bandagem ela stica parecem
mais eficazes do que sistemas de componentes inela sticos”.
2013 – “A terapia compressiva, sem dúvida, melhora os resultados
para os pacientes com úlcera Venosa. Ao compreender como a
terapia de compressão funciona e como ela pode ser usada de forma
mais eficaz para atingir a compressão suficiente sobre os músculos
da panturrilha, evitando eventos adversos. Acredita –se que os
sistemas inelásticos são mais eficazes em melhorar o retorno
venoso do que os sistemas elásticos”.
O’Meara S et al, Cochrane Database Syst Rev ,2009. Principles of compression in venous disease: a practitioner’s guide to treatment and prevention of venous leg ulcers.
Wounds International, 2013.
Referências Bibliográficas
O'Meara Susan, Cullum Nicky A, Nelson E Andrea. Compression for venous leg ulcers. Cochrane Database of Systematic Reviews. In: The Cochrane Library, Issue 3, 2009.
Principles of compression in venous disease: a practitioner’s guide to treatment and prevention of venous leg ulcers. Wounds International, 2013.
Understanding compression therapy Position Document, EWMA 2003.
World Union of Wound Healing Societies (WUWHS). Principios de las mejores practicas: Compression en las extremidades inferiores. Documento de consenso.Londres: MEP Ltd,2008.
Wound, Ostomy, and Continence Nurses Society (WOCN). Guideline for management of wounds in patients with lower-extremity venous disease. Glenview (IL): Wound, Ostomy, and Continence Nurses Society (WOCN); 2005.