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UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA UNOESC ALEX JUNIOR MACHADO CONSTRUINDO JOGOS COOPERATIVOS ATRAVÉS DE JOGOS COMPETITIVOS São Miguel do Oeste Santa Catarina 2010

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UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA – UNOESC

ALEX JUNIOR MACHADO

CONSTRUINDO JOGOS COOPERATIVOS ATRAVÉS DE JOGOS

COMPETITIVOS

São Miguel do Oeste – Santa Catarina

2010

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1

ALEX JUNIOR MACHADO

CONSTRUINDO JOGOS COOPERATIVOS ATRAVÉS DE JOGOS

COMPETITIVOS

Trabalho de Conclusão de Curso Apresentada a banca examinadora do Curso de Educação Física da Universidade do Oeste de Santa Catarina- UNOESC- Campus de São Miguel do Oeste, como requisito parcial à obtenção do Grau licenciado em Educação Física

Orientador(a): Prof. MSc. Valdeci Luiz Dassoler

São Miguel do Oeste – Santa Catarina

2010

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2

ALEX JUNIOR MACHADO

CONSTRUINDO JOGOS COOPERATIVOS ATRAVÉS DE JOGOS

COMPETITIVOS

Trabalho de Conclusão de Curso Apresentada à Banca Examinadora do Curso de Educação Física da Universidade do Oeste de Santa Catarina- UNOESC- Campus de São Miguel do Oeste, como requisito parcial à obtenção do Grau Licenciado em Educação Física.

Aprovado em: ____/____/____

BANCA EXAMINADORA

_________________________________________

Prof. Msc Sandra Fachineto – Professora do componente curricular de Estágio

Supervisionado IV

Universidade do Oeste de Santa Catarina-UNOESC

_________________________________________

Prof.ª Msc.Valdeci Dassoler – Orientador

Universidade do Oeste de Santa Catarina- UNOESC

_________________________________________

Prof. Msc. Sandro Pedroso – Professor Convidado

Universidade do Oeste de Santa Catarina- UNOESC

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3

Dedico este trabalho especialmente a minha família,

minha mãe, minha irmã e meu sobrinho...

Muito Obrigado por tudo.

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4

AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, por sempre me ajudar nesta minha dura jornada,

sempre me iluminando para que eu consiga os objetivos em minha vida.

Agradeço também a minha família, principalmente a minha mãe dona Zelia que é o

meu alicerce nesta caminhada, a minha irmã Elsiane que foi a precursora da minha

carreira acadêmica, e ao meu sobrinho Enzo que é a luz que me faz seguir em

frente pelo meu caminho, agradeço a compreensão dessas pessoas em meus

momentos de fúrias,pelos meus momentos de desesperos, e agradeço por sempre

acreditarem em min.

Agradeço imensamente ao meu professor orientador Valdeci Dassoler, pela

paciência, pela generosidade, pela amizade, enfim por todo legado de

conhecimentos conquistados juntos.

Agradeço a todos os meus professores pela troca de conhecimento recebida,

agradeço a todos os meus amigos, meus colegas, pelo apoio e momentos de

alegria. Enfim, a todos que de alguma maneira contribuíram para a realização desse

sonho, seja pela ajuda constante ou por uma palavra de amizade.

Que Deus na sua infinita bondade ilumine e proteja a todos.

Muito Obrigada!

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5

“Não me digam que não podem...

Tem um mundo que só está esperando

você dizer sim!”

Tony Meledez

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6

RESUMO

O Objetivo deste trabalho é a construção de jogos cooperativos através de jogos

competitivos com o auxilio dos alunos em uma turma do segundo ano do Ensino

Médio, de uma escola estadual da cidade de Palma Sola- Santa Catarina.A amostra

foi constituída por 23 alunos do segundo ano do ensino médio, sendo 11 do sexo

feminino e 12 do sexo masculino, com faixa etária entre 15 e 18 anos de uma Escola

estadual de Palma Sola - Santa Catarina. Este trabalho caracteriza-se como uma

pesquisa qualitativa do tipo participante descritiva, pois foi uma intervenção, com

participação, e após houve a descrição da participação dos mesmos. Ela é de

cunho descritivo pois busca compreender os fenômenos nas suas origens, nas suas

especificidades, procura perceber como os fenômenos acontecem e descrevê-los.

As coletas de dados foram feitas através de observações das práticas de ensino, as

quais foram relatadas em diário de campo. As informações foram interpretadas

através da análise dos conteúdos, através da utilização dos Planos de aula,

anotações do diário de campo. Os dados foram analisados através das categorias

descritas no diário de campo, que são: participação, interesse, cooperação,

motivação e socialização. Os Jogos Cooperativos aparecem como uma alternativa

ao mundo competitivo e um meio de ensino que prioriza a solidariedade e o trabalho

de equipe, gerando a inclusão de meninas e meninos nas atividades propostas.

Evidenciou-se que muitas vezes trabalha-se a cooperação nas aulas de Educação

Física, porém de uma forma mais lúdica, não trabalha-se a cooperação no seu

sentido efetivo; através disso a proposta de transformar os jogos cooperativos em

jogos competitivos com o auxilio dos alunos. Notou-se que no primeiro momento os

alunos não mostraram motivação com a proposta, pois os mesmos não conseguiam

transformar os jogos competitivos em jogos cooperativos, porém buscou-se outras

estratégias, voltando a proposta para a realidade dos alunos, mostrando o que era

cooperação na realidade dos mesmos, nos seus afazeres no dia a dia, e assim

notou-se uma melhora significativa na proposta, pois os alunos participaram

efetivamente da transformação dos jogos, a partir do momento em que eles

entenderam o que era cooperação. Isso ocorreu trabalhando os desportos, futsal,

handebol, basquetebol e voleibol, sempre trabalhando primeiramente atividades de

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7

forma competitiva e depois com o auxilio dos alunos essas atividades eram

transformadas para a forma cooperativa. Constatou-se que para os alunos

entenderem o sentido efetivo da cooperação, o trabalho deve ser voltado a realidade

dos mesmos.

Conclui-se este trabalho com a proposta de novas estratégias para trabalhar os

jogos cooperativos como forma de diversificar as aulas, motivando os alunos para

participarem mais das aulas e assim promovendo a socialização e cooperação entre

os mesmos.

Palavras chaves: jogos cooperativos, socialização, Educação Física escolar.

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8

ABSTRACT

The goal of this work is the construction of cooperative games through competitive

games with the help of students in a class of second year of high school, a public

school in the town of Palma Sola-Santa Catarina.A sample consisted of 23 students

second year of high school, 11 females and 12 males, aged between 15 and 18

years of a statewide School Palma Sola - Santa Catarina. This work is characterized

as a qualitative study participant descriptive, because it was an intervention,

participation, and after there was a description of participation. It is a descriptive

search for understanding the phenomena in their origins and their specific needs,

seeks to understand how phenomena occur and to describe them. The data

collections were made through observations of teaching practices, which were

reported in a field diary. The data were interpreted by analyzing the content through

the use of lesson plans, field journal notes. Data were analyzed using the categories

described in the diary, which are: participation, interest, cooperation, motivation and

socialization. Cooperative Games appear as an alternative to the competitive world

and a means of teaching that emphasizes solidarity and teamwork, leading to

inclusion of girls and boys in the proposed activities. It became evident that often

works is cooperation in physical education classes, but in a more playful, does not

work is the cooperation in their true sense, through that the proposal to transform the

cooperative games in competitive games with the help students. It was noted that at

first the students showed no motivation with the proposal because they could not

transform the competitive games in cooperative game, but we sought other

strategies, the proposal back to the reality of the students, showing that cooperation

was in fact the same in their day to day affairs, and so we noticed a significant

improvement in the proposal, because the students actively participated in the

transformation of games, from the moment they understood what it was cooperation.

It was working the sports, futsal, handball, basketball and volleyball, always working

first in a competitive activity and then with the help of students to these activities

were converted to a cooperative manner. It was found that the students understand

the true sense of cooperation, the work should be returned to the same reality.

We conclude this work with the proposed new strategies for working on cooperative

games as a way to diversify the classes, motivating students to participate more in

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9

class and thus promoting socialization and cooperation between them.

Keywords: cooperative games, socialization, physical education.

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10

LISTA DE APÊNDICES

APÊNDICE A Diário de Campo.......................................................................... 59

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11

LISTA DE ANEXOS

ANEXO A DECLARAÇÃO DE ORIENTAÇÃO PELO ACADÊMICO....................61

ANEXO B APROVAÇÃO FINAL – ORIENTADOR...............................................62

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12

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO/ JUSTIFICATIVA......................................................... 12

2 OBJETIVOS......................................................................................... 14

2.1 OBJETIVO GERAL............................................................................... 14

2.2 OBJETIVOS ESPECIFICOS................................................................. 14

3 REFERENCIAL TEÓRICO................................................................... 15

3.1 EDUCAÇÃO FISÍCA ESCOLAR........................................................... 15

3.1.1 Princípio da inclusão.......................................................................... 16

3.1.2 Princípio da diversidade.................................................................... 16

3.1.3 Categorias de conteúdos................................................................... 16

3.2 A EDUCAÇÃO FISICA NO ENSINO MÉDIO....................................... 18

3.3 JOGOS ESPORTIVOS......................................................................... 19

3.4 DESPORTO ESCOLAR........................................................................ 20

3.5 FUTSAL................................................................................................ 21

3.5.1 O Jogo de Futsal................................................................................. 22

3.6 HANDEBOL.......................................................................................... 23

3.6.1 O passe................................................................................................ 24

3.6.1.1 O passe poderá ser classificado quanto............................................... 24

3.6.1.1.1 Quanto à distância................................................................................ 24

3.6.1.1.2 Quanto à trajetória................................................................................. 24

3.6.1.1.3 Quanto à execução............................................................................... 25

3.6.2 Arremesso........................................................................................... 25

3.6.2.1 Pode ser classificado em...................................................................... 25

3.6.2.1.1. Quanto à distância................................................................................ 25

3.6.2.1.2 Quanto à localização............................................................................ 25

3.6.2.1.3 Quanto à mecânica corporal................................................................. 26

3.7 BASQUETEBOL................................................................................... 27

3.7.1 Fundamentos específicos do basquetebol...................................... 27

3.8 VOLEIBOL............................................................................................ 27

3.9 COMPETIÇÃO E COOPERAÇÃO....................................................... 28

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13

3.9.1 Na situação competitiva os alunos................................................... 29

3.10 ORIGEM E EVOLUÇÃO DOS JOGOS COOPERATIVOS.................. 31

4 METODOLOGIA................................................................................... 34

4.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA................................................... 34

4.2 POPULAÇÃO........................................................................................ 34

4.3 AMOSTRA............................................................................................ 34

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS............................................. 35

4.4 INSTRUMENTOS PARA COLETA DE DADOS................................... 35

4.5 PROCEDIMENTOS PARA COLETAS DE DADOS.............................. 35

4.6 TÉCNICA DE ANÁLISE DOS DADOS COLETADOS.......................... 36

4.7 INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA........................................................... 36

CRONOGRAMA................................................................................... 37

4.8 AULA DE FUTSAL................................................................................ 40

4.9 AULA DE BASQUETEBOL................................................................... 41

4.10 AULA DE VOLEIBOL............................................................................ 41

4.11 AULA DE HANDEBOL.......................................................................... 42

5 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS DADOS .............................. 43

5.1 ESTIMULANDO A COOPERAÇÃO NAS AULAS DE EDUCAÇÃO

FÍSICA..................................................................................................

43

5.2 TRANSFORMANDO JOGOS COMPETITIVOS EM JOGOS

COOPERATIVOS.................................................................................

45

5.3 ASPECTOS DE PARTICIPAÇÃO, INTERESSE, COOPERAÇÃO,

MOTIVAÇÃO E SOCIALIZAÇÃO..........................................................

47

6 CONCLUSÃO ...................................................................................... 50

REFERÊNCIAS ................................................................................... 52

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14

1 INTRODUÇÃO/JUSTIFICATIVA

Essa pesquisa é corresponde ao componente curricular de Estágio

Supervisionado IV, e será voltado á um projeto de intervenção em uma turma do

ensino médio, visando os jogos cooperativos, nas aulas de Educação Física.

“Compreende-se que a Educação Física é uma prática pedagógica que trata da cultura corporal de movimento. Nesse sentido, a preocupação central é com a prática pedagógica que caracteriza a Educação Física na Educação Básica. Pensa-se que o objetivo principal da Educação Física na escola é integrar os alunos na cultura corporal de movimento, desde a Educação Infantil até o Ensino Médio, que assim irão transformar as manifestações que caracterizam essa área, como o jogo, o esporte, a dança, a ginástica e as lutas.” DARIDO;RANGEL,2005, p. 34

Nos estágios realizados nas escolas, notou-se que se trabalha

prioritariamente a questão dos esportes, trabalhando principalmente suas valências

físicas, e não é dado a devida importância para aspectos sociais e afetivos dos

alunos.

“É importante que o Professor de Educação Física traga na sua formação experiências que venham a ser importantes para trabalhar com os alunos tantos nas questões físicas, quanto psíquicas, relacionado aos movimentos, contribuição essa baseada em fundamentos técnicos, teóricos, filosóficos, do homem, da sociedade e da corporeidade.” GUERRA,1998, p. 48.

A cooperação, assim como a competição, é um valor cultural (ORLICK, 1989

apud BARATA et al, 2009, p.33), e que os jogos cooperativos podem ser

classificados como uma das melhores maneiras de mudar este quadro, dando aos

alunos pontos positivos trabalhados no jogo, reduzindo as consequências negativas

de que o jogo é só competitividade.

Brotto (1998, p. 68), fala que os jogos cooperativos aplicados pelos

professores de educação física nas aulas, trazem um grande valor pedagógico

desenvolvendo grandes aspectos afetivos e comunicativos para as crianças na

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15

escola.

A vivência em escolas e o contato com os professores de Educação Física inspiram muitos profissionais a trabalhar com os jogos cooperativos que, apesar de serem extremamente importantes na construção do caráter e dos valores dos alunos, são pouco trabalhados nas aulas, dando lugar a jogos competitivos que excluem, as crianças e criam sentimentos de medo, angústia e decepção. GONÇALVES, 2001, p.09.

“Na escola se tem mais contato com jogos competitivos do que jogos

cooperativos, e a própria escola valoriza só os vencedores, e assim não ensina o

aluno a amar o aprendizado e sim tirar notas cada vez mais altas.” (SOLER,2003,

p.15)

Os jogos trabalhados com crianças representam os valores e os anseios da sociedade, os jogos retratam a estrutura social. No mundo em que se vive a capacidade de destacar-se individualmente como o melhor, o mais eficiente, torna-se muito importante dentro de empresas, instituições, e principalmente no esporte, onde o importante é ultrapassar seus limites, para poder ser o numero um na sua modalidade. O individualismo torna-se mais importante que a cooperação. GONÇALVES, 2001, p.10

Evidencia-se que nas aulas de Educação Física, trabalha-se a competição,

principalmente com alunos do Ensino Médio, onde é dado ênfase ao trabalho com os

esportes coletivos, e não trabalha-se questões importantes como a cooperação.

Diante disso, surge a seguinte situação-problema: “Como construir jogos

cooperativos através de jogos competitivos em uma turma do 2º ano do

Ensino Médio?”

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16

2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

Desenvolver uma proposta de intervenção no 2º ano do ensino médio

construindo jogos cooperativos através de jogos competitivos, trabalhando os

desportos (handebol, futsal, basquetebol e voleibol).

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Construir a partir de sugestões dos alunos, atividades que visem transformar

os desportos da forma competitiva para a forma cooperativa;

Analisar e descrever como os jogos cooperativos podem influenciar na

participação, motivação, cooperação, socialização e interesse durante a prática das

aulas de Educação Física do Ensino Médio.

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17

3 REFERENCIAL TEÓRICO

3.1 EDUCAÇÃO FISÍCA ESCOLAR

Segundo Darido (2005, p. 3), a Educação Física escolar, teve grande

desenvolvimento nos últimos anos, pois inicialmente era visto uma área de atuação

prática, sem fundamentação teórica.

A mesma autora aponta que as proposta educacionais da Educação Física se

modificaram ao longo dos anos e as mesmas tendências influenciam até hoje a

formação de profissionais e as práticas pedagógicas. (DARIDO, 2005, p. 5).

A Educação Física tem como objetivos e tarefas introduzir e integrar o aluno

na cultura de movimento, formando cidadão que irá produzir reproduzir e transformá-

la, nas atividades que serão desenvolvidas, em benefício da qualidade de vida. “A

integração que possibilitará o usufruto da cultura corporal de movimento há de ser

plena – é afetiva, social, cognitiva e motora. Vale dizer, é a integração de sua

personalidade” (BETTI, 1992, p.14).

O profissional de Educação Física é um especialista em atividades físicas, nas suas mais diversas manifestações, tendo como propósito prestar serviços que favoreçam o desenvolvimento da educação e da saúde, contribuindo para a capacitação e/ou restabelecimento de níveis adequados de desempenho e condicionamento fisiocorporal dos seus beneficiários, visando à consecução do bem estar, da consciência, da expressão e estética do movimento, da prevenção de doenças, de problemas posturais, da compensação de distúrbios funcionais, contribuindo ainda para a consecução da autonomia, auto-estima, da solidariedade, da integração, da cidadania, das relações pessoais, da preservação do meio ambiente, visando enfim a consecução da qualidade de vida (CONSELHO FEDERAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA- CONFEF, 2002,p.10) .

Segundo Negrine (1983, p.05), o objetivo da Educação Física é o estudo do

próprio corpo, ela deverá necessariamente ser de caráter recreativo, de preferência

que favoreçam a consolidação de hábitos higiênicos, o desenvolvimento corporal e

mental harmônico, a melhoria da aptidão física, o despertar do espírito comunitário,

da criatividade, do senso moral e cívico, além de outras que ocorrem para completar

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18

a formação integral da personalidade.

Segundo PCNs (1999, p. 19), os princípios que norteiam como deve ser

desenvolvida a Educação Física Escolar e seu ensino são:

3.1.1 Princípio da inclusão

A sistematização de objetivos, conteúdos, processos de ensino e

aprendizagem e avaliação tem como meta a inclusão do aluno na cultura corporal de

movimento, por meio da participação e reflexão concretas e efetivas. Busca-se

reverter o quadro histórico da área de seleção entre indivíduos aptos e inaptos para

as práticas corporais, resultante da valorização exacerbada do desempenho e da

eficiência.

3.1.2 Princípio da diversidade

O princípio da diversidade aplica-se na construção dos processos de ensino e

aprendizagem e orienta a escolha de objetivos e conteúdos, visando a ampliar as

relações entre os conhecimentos da cultura corporal de movimento e os sujeitos da

aprendizagem.

Busca-se legitimar as diversas possibilidades de aprendizagem que se

estabelecem com a consideração das dimensões afetivas, cognitivas, motoras e

socioculturais dos alunos.

3.1.3 Categorias de conteúdos

Os conteúdos são apresentados segundo sua categoria conceitual (fatos,

conceitos e princípios), procedimental (ligados ao fazer) e atitudinal (normas, valores

e atitudes). Os conteúdos conceituais e procedimentais mantêm uma grande

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19

proximidade, na medida em que o objeto central da cultura corporal de movimento

gira em torno do fazer, do compreender e do sentir com o corpo. Incluem-se nessas

categorias os próprios processos de aprendizagem, organização e avaliação. Os

conteúdos atitudinais apresentam-se como objetos de ensino e aprendizagem, e

apontam para a necessidade de o aluno vivenciá-los de modo concreto no cotidiano

escolar, buscando minimizar a construção de valores e atitudes por meio do

currículo oculto.

Em relação ao seu papel pedagógico, a Educação Física deve atuar como qualquer outra disciplina da escola, e não desintegrada dela. As habilidades motoras precisam ser desenvolvidas, sem dúvida, mas devem estar claro quais serão as conseqüências disso do ponto de vista cognitivo, social e afetivo. Sem se tornar uma disciplina auxiliar de outras, a atividade da Educação Física precisa garantir que, de fato, as ações físicas e as noções lógicas - matemáticas que a criança usará nas atividades escolares e fora da escola possam se estruturar adequadamente (FREIRE, 1999, p.24),

Segundo Medina (1995, p. 81), a arte e a ciência do movimento humano que,

através de atividades especificas, auxiliam o desenvolvimento integral dos seres humanos,

renovando-os e transformando-os no sentido de sua auto-realização e em conformidade

com a própria realização de uma sociedade mais justa e livre.

Os trabalhos de Educação Física não devem ser isolados do contexto histórico e cultural, em suas implicações sociais, políticas e econômicas. O surgimento de importante estudo que tratam da necessidade de uma atuação consciente critica que torne o educando como um ser no seu todo – com características psicomotoras, afetivas e sociais próprias e que se interligam-, têm contribuído para a veiculação de um novo pensar que repercute ao nível prático na Educação Física Escolar e na Educação Física de forma geral. A Educação Física nos dias de hoje deve ser caracterizada pela busca constante de uma pratica transformadora, que se integre nos avanços alcançados nos estudos da Psicomotricidade, e que, especialmente, considere os aspectos culturais no processo de aprendizagem (MELLO, 1989, p.44 e 45). A expectativa da Educação Física escolar, que tem côo objeto a reflexão sobre a cultura corporal, contribuí para a afirmação dos interesses de classe das camadas populares, na medida em que se desenvolve uma reflexão pedagógica sobre valores como solidariedade substituindo o individualismo, cooperação confrontando a disputa, distribuição em confronto com apropriação, sobretudo enfatizando a liberdade de expressão dos movimentos – a emancipação - negando a dominação e submissão do homem pelo homem para (SOARES E OUTROS, 1992, p.40) .

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20

“O ensino da Educação Física tem também um sentido lúdico que busca

instigar a criatividade humana à adoção de uma postura produtiva e criadora de

cultura, tanto no mundo do trabalho como no do lazer”. SOARES et al, 1992 p. 40.

3.2 A EDUCAÇÃO FISICA NO ENSINO MÉDIO

O Ensino Médio merece atenção especial, estudos demonstram uma

progressiva desmotivação em relação à Educação Física já desde o final do Ensino

Fundamental, os adolescentes adquirem uma visão mais crítica, e já não atribuem à

Educação Física tanto crédito. A atividade física que antes era central em suas

vidas, cede espaço para outros núcleos de interesse como a sexualidade, trabalho,

vestibular. Por isso, nesse nível de ensino caracterizam-se dois grupos de alunos: os

que vão identificar-se com o esforço metódico e intenso da prática esportiva formal,

e os que vão perceber na Educação Física no sentido vinculado ao lazer e bem-

estar (BETTI, 2002 p.76).

O Ensino Médio é representado dentro da escola como sendo uma preparação para uma seqüência de estudos, mas também onde se prepara o indivíduo para fazer parte do contexto social, com opiniões formadas para o mercado de trabalho, por isso a sua relação no processo ensino aprendizagem, a importância das atividades físicas educativas, não apenas sobre o desenvolvimento do corpo, mas, sobretudo sobre o desenvolvimento integral do aluno, devendo ser assumida pela escola, como condição de sua competência na formação do aluno em todos os seus aspectos (CAUDURO, 2004, p.01).

De acordo com o mesmo autor, existe uma evasão muito grande por parte

dos alunos nas aulas de Educação Física, para justificar essa evasão argumenta

dizendo que “os alunos são desinteressados e não valorizam as aulas como

deveriam”. Segundo ele, há um desinteresse muito grande pelas práticas nas aulas

de Educação Física principalmente no Ensino Médio.

Neste sentido diz que “a maioria dos professores não se encontra preparados

para trabalhar com esse nível de ensino”, por isso o baixo prestígio desta disciplina

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21

passando assim a ideia de que a educação física escolar não seja um componente

curricular tão importante quanto os outros. No entanto ao autor argumenta que esta

fase relacionada ao ensino médio, é extremamente importante na formação da

personalidade do aluno, através da definição de valores. (CAUDURO, 2004, p. 02).

A Educação Física na escola vem sendo vista muitas vezes apenas como um período que os alunos possam sair da sala de aula para se desestressar ou gastar um pouco de energia perdendo seu caráter pedagógico, sobretudo em relação ao seu papel pedagógico, a Educação Física deve atuar como qualquer outra disciplina da escola, e não desintegrada dela. As habilidades motoras precisam ser desenvolvidas, sem dúvida, mas devem estar claro quais serão as conseqüências disso do ponto de vista cognitivo, social e afetivo. Sem se tornar uma disciplina auxiliar de outras (FREIRE, 1997, p.24),

Normalmente os alunos que estão cursando o Ensino Médio, já estão

inseridos no mercado de trabalho, um período parcial ou integral, sendo assim, na

maioria das vezes esse trabalho é realizado um trabalho sedentário, como trabalhar

sentado. Percebe-se a necessidade de se estar informando e orientando esse nível

da educação, para que seja criada uma consciência sobre a importância da

Educação Física na escola, a pratica de exercícios físicos segundo (FREY, 2000,

p.1). O mesmo autor coloca que a Educação Física no Ensino Médio deve propiciar

o atendimento de novos interesses, e não reproduzir simplesmente o modelo

anterior, ou seja, repetir, às vezes apenas de modo um pouco mais aprofundado, os

conteúdos do programa de Educação Física dos últimos quatro anos do Ensino

Fundamental, deve apresentar características próprias e inovadoras, que

considerem a nova fase cognitiva e afetivo-social atingida pelos adolescentes.

3.3 JOGOS ESPORTIVOS

Segundo Ferreira (2003, p. 37), “jogo é uma atividade física e/ou mental que

favorece a socialização, e é realizado obedecendo e um sistema de regras, visando

um determinado objetivo”

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22

Para Claparéde (1958, p. 48), “O jogo é um processo de derivação por ficção

[...] e tem por função permitir ao indivíduo realizar seu eu, ostentar sua

personalidade, seguir momentaneamente a trilha de seu maior interesse nos casos

em que possa consegui-lo recorrendo ás atividades sérias”.

Piaget (1971, p.133) diz que os jogos consistem numa simples assimilação

funcional, num exercício das ações individuais já aprendidas gerando, ainda, um

sentimento de prazer pela ação lúdica em si e pelo domínio sobre as ações.

Portanto, os jogos têm dupla função: consolidar os esquemas já formados e dar

prazer ou equilíbrio emocional à criança.

Darido (2005, p.159), Coloca que é criado um falso pressuposto que jogos e

brincadeira só é trabalhado no ensino infantil, o que a autora enfatiza não ser

verdadeiro, embora deve ser tomado alguns cuidados, para não ser usado

brincadeiras muito infantis com alunos maiores.

Segundo Vygotsky, (2001, p.88) o lúdico influencia muito no desenvolvimento

da criança. É através do jogo que a criança aprende a agir, a sua curiosidade é

estimulada, adquire iniciativa e autoconfiança, proporciona o desenvolvimento da

linguagem, do pensamento e da concentração.

3.4 DESPORTO ESCOLAR

Bojikian (1999, p. 9) coloca que o desporto escolar desempenha um papel

central nos primeiros anos de educação e em especial, na formação de capacidades

sociais. É precisamente nos anos iniciais, que o desporto escolar representa para as

crianças e jovens a única oportunidade de assimilarem de forma divertida as regras

base.

Quando utilizada na busca ou manutenção da saúde, a pratica esportiva visa proporcionar um bem-estar físico, através do crescimento harmonioso de crianças e adolescentes, e um condicionamento físico que permita ás pessoas sentirem-se mais aptas e dispostas para suas atividades normais do cotidiano. Mas, talvez, seja quando utilizada como forma de lazer que ela mais preste serviço ao bem estar das pessoas. È cada vez maior a procura do esporte como forma das pessoas livrarem-se de suas tensões e ansiedades causadas pela vida moderna BOKIJIAN, 1999, p. 11).

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23

A respeito disso Costa (1987, p.35) afirma, “Tanto os exercícios educativos

como as atividades práticas, jogos e desporto são importantes; ambos devem

interagir durante a prática pedagógica da Educação Física estabelecendo um nível

de equilíbrio e harmonia entre si”.

O mesmo autor cita que a presença do desporto na escola é fundamental

para usufruir os benefícios que, o desporto traz, podendo assim com ele

proporcionar uma socialização entre os alunos e propiciar uma aula atraente aos

mesmos.

Autores como Costa (1987) e Bojikian (1999), dissertam que os alunos do

Ensino Médio encontram – se num estágio mais avançado de conhecimento, assim

o desporto vem sendo uma das alternativas mais usadas nas aulas de Educação

Física nos dias de hoje.

3.5 FUTSAL

Segundo Voser e Giusti (2002, p. 42) existem muitas dúvidas quanto à origem

do futebol de salão. No Brasil o hábito de jogar futsal teve seu início depois que

alguns brasileiros visitaram a Associação Cristã de Moços (ACM) de Montevidéu, no

Uruguai, onde foi criado nos anos 30, e aperfeiçoado ganhando regras e adaptações

mais reais com as regras atuais.

O futsal, antes chamado de futebol de salão, começou a ser praticado em 1932, em Montevidéu. Devido à falta de espaços e campos para a prática, a solução encontrada foi improvisar locais menores, como quadras de basquete e salões de baile. Contudo, como espaço era muito menor do que os campos de futebol foram necessários algumas modificações no seu modo de jogar. As primeiras regras foram redigidas por volta de 1933, fundamentadas no futebol, no basquete, no handebol e no pólo aquático, sendo que a essência vem do futebol, o tamanho da quadra do basquete, a trave e a área do handebol e do pólo aquático bem a regulamentação do goleiro, que não pode sair do limite da área de meta (VOSER, GIUSTI, 2002, p. 42).

Conforme Voser e Giusti (2002, p. 42) nessa época, um grupo de professores

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brasileiros participou, no Uruguai, de um curso patrocinado pelo Instituto Técnico da

Federação Sul Americana das ACMs, entrando em contato com as regras do futebol

de salão.

Hoje o futsal é o esporte que tem o maior número de adeptos no Brasil e é

praticado em todos os cantos do planeta, sendo mais popular em países como

Rússia, Ucrânia, Paraguai, Espanha, Portugal, Itália e Austrália, entre outros. O

futsal tem sofrido inúmeras alterações na sua forma de jogo, imposta pelas

modificações das regras, pela evolução da preparação física dos atletas, e pela

profissionalização dos atletas. Em função disso os profissionais, principalmente os

professores de educação física devem buscar a atualização e a troca de

conhecimentos e experiências, a fim de realizarem seu trabalho (VOSER, GIUSTI,

2002, p. 43).

3.5.1 O jogo de futsal

Huizinga (1999, p. 33) define o jogo assim como uma atividade ou ocupação

voluntária, exercida dentro de certos e determinados limites de tempo e espaço,

segundo regras livremente consentidas, mas absolutamente obrigatórias, dotado de

um fim em si mesmo, acompanhado de tensão e de alegrias e de uma consciência

de ser diferente na vida cotidiana.

Os jogos de futsal sempre representam o caráter dos processos de produção.

Por exemplo, os temas que inspiram os jogos lúdicos na antiguidade eram a caça, a

guerra, a vida, os hábitos dos animais, o trabalho. O jogo, em especial, mostra que o

esporte evoluiu, a passagem de lúdicas para as atividades competitivas chamado

nos dias de hoje de esportes. Os esportes como o jogo, as lutas, danças, ginástica,

e tantos outros nos permitem concordar com Freire (1998, p. 06) no que essas

atividades: “é possível incluí-las todas no universo do jogo, considerando este a

grande categoria do conjunto das produções lúdicas humanas”.

Para Friedmann (1996), não existe uma teoria completa dos jogos, mas ele

apresenta uma síntese dos principais enfoques projetados sobre o jogo infantil,

sociológico, educacional, psicológico, e folclórico. Uma vez que as crianças ao

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25

fazerem o futsal sofrem influência do contexto social, desenvolvendo seu ensino

aprendizagem, possibilitando a melhor compreensão das suas emoções e

personalidade.

Para Santos (1998, p. 34), o jogo não pode ser definido apenas como uma

competição e nem ser considerado somente como fruto da imaginação.

Mesmo com várias diferenças os esportes modernos nos dias atuais e os

jogos utilizados nas cerimônias religiosas e festas na antiguidade não mudaram o

seu caráter combativo e competitivo.

Conforme diz Carmo (2005), que o esporte é um componente essencial e

motivador do jogo, sem o mesmo deixaria de existir. Mas como profissionais na área

da Educação Física, pode-se mudar isto, fazendo jogos de formas lúdicas nas aulas

de Educação Física nas escolas.

O jogo tem funções importantes na formação do ser humano, segundo Brotto

(2001), diz que serve para explorar o mundo que rodeia o jogador, bem como

explorar as suas próprias atividades, reforçando o convívio social, pois quando a

pessoa esta jogando se tem um alto grau de liberdade, permitindo que as relações

fiquem mais saudáveis.

3.6 HANDEBOL

O Handebol é um esporte dinâmico, tendo uma bola, e jogadores, o objetivo

do jogo é a marcação do maior número de gols possíveis. (DARIDO; SOUZA, 2007,

p.91)

O Handebol é um esporte coletivo, sendo jogado em quadras cobertas e jogado por sete jogadores em cada equipe, sendo obrigatoriamente jogado com as mãos e ter um goleiro em cada equipe para iniciar a partida. É uma modalidade de base que permite desenvolver nos praticantes qualidades físicas, psíquicas, sociais e morais. É também um esporte que tem como destrezas: velocidade, força, resistência aeróbica e anaeróbica, agilidade e inteligência. O jogo bem como a modalidade de Handebol tem como fundamentos primordiais as habilidades naturais que são: correr, saltar e arremessar, por esse motivo, é uma das modalidades mais ricas como meio de educação, recreação, lazer ou como prática de alto nível. (TENROLER, 2004, p.17).

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Dentre os fundamentos a serem trabalhados na iniciação a modalidade do

Handebol, (TENROLER, 2004, p.65-69) define que:

3.6.1 O passe

O passe é a ação de entregar a bola ao companheiro de equipe, argumenta

ainda que é ele quem possibilita a dinâmica do jogo. Tem como objetivos: Dar

seqüência ao jogo; Progressão; Preparação do ataque ou do contra-ataque, sendo

um dos fundamentos que precede o arremesso.

3.6.1.1 O passe poderá ser classificado quanto

3.6.1.1.1 Quanto à distância

Curtos, quando realizados até dez metros;

Médios, até quinze metros;

Longos; acima de quinze metros.

3.6.1.1.2 Quanto à trajetória

Direto;

Quicado;

Parabólico.

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27

3.6.1.1.3 Quanto à execução

Com o uso das mãos acima da cabeça ou na altura do peito;

Com salto, sem apoio dos pés no solo;

Quicado entre as pernas, por trás do quadril, da cabeça ou das costas.

Lateral, quicado pela frente ou por trás.

3.6.2 Arremesso

Outro fundamento essencial no ensino do handebol é o arremesso, que tem

como finalidade impulsionar a bola em direção do gol. Tem como objetivo: Fazer o

gol

3.6.2.1 Pode ser classificado em

3.6.2.1.1 Quanto à distância

Arremessos de seis metros, feito em distâncias menores, próximo da

área;

Arremesso de sete metros, que equivale ao pênalti no futebol;

Arremesso de nove metros ou maior distância.

3.6.2.1.2 Quanto à localização

Arremessos de frente para a goleira;

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Arremessos de apoio ou sem apoio, no centro ou nas extremidades da

quadra;

Arremesso pelas pontas ou também chamadas extremidades

3.6.2.1.3 Quanto à mecânica corporal

Arremessos de ombro;

Arremesso com queda;

Arremesso com giro;

Arremesso com salto e inclinação;

Arremesso de quadril;

Arremesso de cobertura;

Tem ainda como fundamento a recepção que tem como objetivo dar

continuidade ao jogo. E sua técnica pode ser descrita como sendo a maneira de

dominar a bola usando as mãos, sempre realizada de modo seguro e olhando para a

bola.

Ainda tem como fundamento o drible que nada mais é que o ato de superar o

adversário com a posse da bola tanto no ataque como na defesa. Sua prática se dá

a partir do controle da bola com sucessivos quiques da bola ao solo. Pode ser

praticado para superar o adversário em velocidade, para iniciar um contra ataque,

para conseguir um melhor posicionamento ou reduzir a distancia do arremesso,

passe, da jogada individual ou coletiva.

E, por fim, se tem o fundamento drible que é definido como sendo a ação de

ludibriar o adversário com ou sem a posse da bola. Seu objetivo ludibriar o

adversário com o propósito de conseguir espaço para arremessar, passar ou dar

seqüência à jogada.

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29

3.7 BASQUETEBOL

A invenção do basquetebol aconteceu através do professor americano de Educação Física, James Naismith, que elaborou um jogo onde os alunos praticassem em um local fechado, não precisando sair para o rigoroso inverno. O professor dividiu os alunos em dois times e combinou que o vencedor seria aquele que acertasse a bola no cesto do adversário mais vezes, outra regra era que os alunos só poderiam andar com a bola batendo no chão. (DARIDO; SOUZA, 2007, p.53).

No basquetebol, o objetivo principal é marcar pontos, fazendo cestas, com

isso tem-se fundamentos no basquete que também é usado em outros esportes

coletivos, como: condução de bola, saltos, dribles, passe e outros,porém no jogo do

basquetebol é incorporado fundamentos específicos da modalidade.

3.7.1 Fundamentos específicos do basquetebol

Jump - Que é o arremesso com salto.

Bandeja - Que é o arremesso com dois saltos ou passos firmes.

Fintas - Que são maneiras de ludibriar o adversário.

Rebotes - Que são bolas que sobram quando são arremessadas, e a

bola não ultrapassa o aro.” (DARIDO; SOUZA,2007,p.61-62)

No basquetebol não é somente a habilidade individual que vale, o

trabalho em equipe, coletivamente, pode beneficiar, muito todos os que jogam.

(DARIDO; SOUZA,2007,p.59)

3.8 VOLEIBOL

O jogo do voleibol, foi criado na Associação cristã de Moços nos Estados Unidos e as primeiras regras oficiais foram propostas em 1897, O vôlei apareceu como um novo esporte para ser praticado em ginásios, ou quadras, mas também em outros espaços ao ar livre. O número de

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jogadores eram indefinidos, e seu objetivo era manter a bola em movimento sobre uma rede, de um lado para outro, misturando os jogos de tênis e o basquetebol. (DARIDO; SOUZA, 2007, p.72)

O voleibol é considerado um jogo de quadra entre duas equipes, de seis

jogadores cada uma, que consiste em bater uma bola com as mãos para o lado

contrário, por cima da rede. (DARIDO; JUNIOR, 2007, p.71)

“Dentre os esportes de quadra, o Vôlei é considerado o mais difícil de

aprender, portanto seus fundamentos devem ser executados com o máximo de

interesse”. (MELLO, 2001,p.78).

Darido; SOUZA, (2007, p.77) Colocam que o jogo do voleibol é dividida em

ações, que são definidas assim :

Saque: O lance que põe a bola em jogo.

Levantamento: É a preparação do ataque. O levantador passa a bola para um

colega que está numa boa posição para o ataque.

Recepção: É quando o jogador toca na bola, defendendo um saque.

Ataque: É quando um time tenta pôr a bola no chão da quadra do adversário.

A jogada mais utilizada é a cortada.

Bloqueio: É quando os jogadores saltam perto da rede, formando uma parede

humana para impedir que a bola passe.

Defesa: É quando a bola passa pela rede e os jogadores se organizam para

recepcioná-la antes que ela caia no chão.

3.9 COMPETIÇÃO E COOPERAÇÃO

O jogo é uma oportunidade para que pratica-se ações e relações. Existem

dois tipos de jogos básico: pode-se jogar com o outro na cooperação, ou pode-se

jogar contra o outro na competição. (DARIDO;RANGEL, 2005, p.168).

Segundo Soler (2003, p.34), competição significa competir, lutar, disputa,

torneio, já o significado de cooperar quer dizer trabalhar, atuar simultaneamente para

o mesmo fim. São processos e valores sociais presentes no jogo, no esporte, e

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31

também na vida, cabendo ao profissional de Educação Física oferecer atividades

para dosar competição e cooperação entre os alunos.

Brotto (2001, p.43) mostra várias situações para os alunos tanto competitivas

quanto cooperativa.

3.9.1 Na situação competitiva os alunos

- são menos sensíveis as solicitações dos outros;

- ajudam se mutuamente com menor freqüência;

- percebem que o atingir de seus objetivos é incompatível com o alcance dos

objetivos dos demais;

- apresentam menor homogeneidade na quantidade de contribuição e

participações;

- tem menos produtividade em termos qualitativos.

Na situação cooperativa os alunos:

- são mais sensíveis às solicitações dos outros;

- ajudam-se mutuamente com freqüência;

- são mais homogêneos nas participações e contribuições;

- percebem que ao atingir de seus objetivos é em parte, conseqüência das

ações dos outros colegas;

- tem mais produtividade.

Cooperação e competição são processos sociais do mesmo jogo, mas a cooperação é um processo melhor para que se alcance os objetivos de união, cooperação e uma melhor socialização entre todos, e se alcance melhores resultados. Enquanto a competição os objetivos que se alcança, são exclusivos, ocorrendo o individualismo por parte dos participantes, fazendo assim que apenas alguns participantes obtenham ganhos com os resultados. (GONÇALVES, 2003,p.26).

Brotto explica muito bem essa relação entre aspectos trabalhados nos jogos

em grupo diferenciando jogo cooperativos e jogos competitivos no quadro abaixo:

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32

Cooperação Competição

Visão de jogo Possível para todos Parece possível só para um

Objetivo Ganhar... Juntos Ganhar... Do outro

O outro Parceiro, amigo Adversário, inimigo

Relação Interdependência, parceria Dependência, rivalidade

Ação Jogar... Com Jogar... Contra

Clima de jogo Ativação, atenção Tensão, stress

Resultado Sucesso compartilhado Ilusão de vitória individual

Conseqüência Vontade de continuar jogando... Acabar logo com o jogo

Motivação Amor Medo

Sentimentos Alegria, comunhão Raiva, solidão

Símbolo Ponte Obstáculo

Quadro 1 Jogos cooperativos x jogos competiti vos.

Fonte: BROTTO (2000, p. 54)

Tanto no jogo cooperativo, quanto no jogo competitivo, há uma proximidade

dos jogadores, porém no jogo cooperativo, não há rivalidade nem necessidade de

uma aproximação brusca. Já no jogo competitivo, a proximidade dos jogadores pode

causar atitudes que podem gerar conflitos. (DARIDO RANGEL, 2005, p.168)

Para Soler (2003 p. 51), jogando cooperativamente, pode-se reconhecer que

a verdadeira vitória não depende da derrota de outros. Compreende-se que ao

participar-se do jogo o principal valor está na oportunidade de conhecer um pouco

melhor as próprias habilidades e potenciais e, simultaneamente, cooperar para que

os outros realizem o mesmo.

O mesmo autor coloca que jogo cooperativo possui funções essenciais, muito

importantes na formação do ser humano, pois serve para explorar do mundo que

rodeia quem joga; reforça a convivência, faz com que as relações fiquem mais

saudáveis; equilibra corpo e alma; produz valores e atitudes; sente prazer e

divertimento; induz a novas experiências; torna a pessoa mais livre.

Nos jogos competitivos existem regras que não podem ser modificadas, e

sobre isto Brotto (1999), fala que as crianças não jogam jogos competitivos, elas

obedecem às regras.

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33

Soler (2003) disserta que a orientação que é passada as crianças é sempre

não mexer nas regras, ou seja, acatar o que está pronto e determinado. Já nos jogos

cooperativos acontece exatamente ao contrário, ou seja, quanto mais se modifica o

jogo, quanto mais houver contribuição do grupo, melhor, vai haver mais união entre

o grupo, mais amizades, uns se ajudam ao outro.

Defende-se que na escola os alunos tenham conhecimento, de que os jogos

cooperativos podem exigir de seus participantes, mais colaboração do que em

outros jogos. (DARIDO;RANGEL, 2005, p.164).

O que se percebe é que os professores de educação física ao trabalhar os jogos cooperativos seja eles no futsal, futebol, voleibol, basquetebol, e entre outros esportes, tem o objetivo de trabalhar a auto-estima entre os participantes, pois os jogos cooperativos foram criados com o objetivo de promover a auto-estima, e a convivência, sendo dirigidos para a prevenção de problemas sociais, antes de se tornarem problemas reais. (GONÇALVES, 2003,p.32).

3.10 ORIGEM E EVOLUÇÃO DOS JOGOS COOPERATIVOS

Há milhares de anos atrás, os jogos cooperativos eram praticados pelas tribos

de índios, para celebrar a vida. Mas sistematicamente só foi acontecer no ano de

1950, através de um trabalho realizado pelo professor Americano em Psicologia

chamado de Ted Lentz, pesquisador e estudioso do desenvolvimento da

personalidade no ser humano (SOLER, 2003, p.24).

Os jogos cooperativos existem em diversas sociedades e comunidades

primitivas que se consolidaram e sobreviveram fundadas na cooperação. Vários

povos, como os aborigenes, os tasadays, os arapeshes, mantêm rituais e jogos que

refletem um tipo de vida cooperativa. Alem dos povos primitivos, os Chineses dão

importância à participação, à cooperação e à ajuda ativa na sociedade Chinesa

(CORREIA, 2008).

Os jogos cooperativos são atividade física essencialmente baseada na cooperação, na aceitação, no envolvimento, e na diversão. Têm como

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34

propósito mudar as características de exclusão, agressividade e exacerbação da competitividade, predominantes na sociedade e nos jogos tradicionais. O objetivo primordial dos jogos cooperativos é criar oportunidades para o aprendizado cooperativo e a interação cooperativa prazerosa (ORLICK, 1989 p. 123).

Segundo Soler (2003, p.15) No Brasil, os jogos cooperativos foram

introduzidos pelo professor Fábio Otuzi Brotto, que após desenvolver trabalhos e

projetos de cooperações, publicou, em 1995, o livro´´ Jogos cooperativos: se o

importante é competir o fundamental e cooperar``, este dedicou à difusão deste

projeto através de oficinas, palestras, eventos, publicações, e materiais didáticos.

Nós não ensinamos nossas crianças a terem prazer em buscar o conhecimento, mas as ensinamos a se esforçarem para conseguir notas altas. Da mesma forma não as ensinamos a gostar dos esportes ou do jogo, e, sim, ensinamos a vencer o jogo, e Brotto ainda nos fala que as crianças não jogam jogos competitivos, elas obedecem, pois recebem a orientação dos pais, meios de comunicação, e também por partes de alguns professores direcionados a competição, estes raramente oferecem uma atividade focada para cooperação (BROTO, 2001, p.12).

Os jogos cooperativos possuem como maior objetivo, de promover a auto-

estima e o desenvolvimento de habilidades interpessoais positivas. É preciso

empenho por partes dos profissionais de educação física de recriar e divulgar os

jogos cooperativos, para que possamos vitalizar os valores éticos, morais e atitudes

positivas, visando o desenvolvimento da humanidade como um todo, ter uma

sociedade altamente competente e não competitiva, mostrar os diferentes caminhos

para uma melhor qualidade de vida para todos (BROTTO, 1999,p.35)

Ainda, segundo o autor, os jogos cooperativos surgiram da necessidade que

os seres humanos têm em viver juntos, pois é desde cedo que aprender que o jogo

é sinônimo de competição, e que competição é sinônimo de jogo. Nos tempos atuais

sabemos que isso é apenas um mito, pois um jogo seja ele qualquer modalidade,

Futsal, Voleibol, Basquetebol, etc, para ser interessante e desafiador, não precisa

ser jogado como se estivéssemos numa guerra. Enfim tem esta grande alternativa

que é os jogos cooperativos.

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35

Atualmente na Espanha, está surgindo uma nova concepção para a educação física, que inclui os jogos cooperativos: “educação física pela paz“, um processo continuo de conscientização do individuo e da sociedade que, partindo da concepção positiva da paz e do tratamento criativo do conflito, tende a desenvolver um novo tipo de cultura, a cultura da paz, caracterizada por uma tripla harmonia do ser humano consigo mesmo, com os outros e com o meio ambiente onde se desenvolve (CORREIA, 2008, p.56)

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36

4 METODOLOGIA

4.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA

Este trabalho caracteriza-se como uma pesquisa qualitativa do tipo

participante,e descritiva, pois foi uma intervenção, com participação, e após foi a

descrito sobre a participação dos mesmos. Ela é de cunho descritivo pois busca

compreender os fenômenos nas suas origens, nas suas especificidades, procura

perceber como os fenômenos acontecem e descrevê-los.

A pesquisa descritiva é caracteriza como objetivo primordial a descrição das características de determinadas populações ou fenômenos. Uma de suas características está na utilização de técnicas padronizadas de coleta de dados, tais como o questionário e a observação sistemática. [...] visam descrever características de grupos (idade, sexo, procedência etc.), como também a descrição de um processo numa organização, o estudo do nível de atendimento de entidades, levantamento de opiniões, atitudes e crenças de uma população (HEERDT, 2003, p.5).

4.2 POPULAÇÃO

Fizeram parte da população os alunos do segundo ano do ensino médio de

uma Escola Estadual, da cidade de Palma Sola - Santa Catarina.

4.3 AMOSTRA

A amostra foi constituída por 23 alunos do segundo ano do ensino médio,

sendo 11 do sexo feminino e 12 do sexo masculino, com faixa etária entre 15 e 18

anos da Escola de Educação Estadual da cidade de Palma Sola- Santa Catarina.

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37

4.4 INSTRUMENTOS PARA COLETA DE DADOS

A coleta de dados foi feita através de observações das práticas de ensino, as

quais foram relatadas em diário de campo (apêndice A).

4.5 PROCEDIMENTOS PARA COLETA DE DADOS

No primeiro semestre de 2010 foi realizado um contato prévio com a escola e

com a turma a ser desenvolvido o trabalho proposto para o segundo semestre.

A proposta previu um total de 15h aulas para trabalhar intervir os jogos

cooperativos nas aulas de Educação Física com a turma do segundo ano do ensino

médio, na Escola de, Estadual da cidade de Palma Sola.

Foi feito um contato com a direção da Escola sendo apresentada a proposta

de trabalho e juntamente foi solicitado a autorização por parte da direção da escola,

para a concretização da proposta de intervenção da referente pesquisa.

A partir da autorização por parte da escola foi feito um contato com os pais e

alunos, onde foi informado sobre os objetivos da pesquisa e a eles entregue do

Termo de Consentimento Livre Esclarecido – TCLE, buscando a autorização por

parte dos mesmos para que seus filhos fizessem parte da pesquisa em questão

Após isso deu-se inicio as aulas centrada na proposta de construção dos jogos

cooperativos através de jogos competitivos, a cada aula ocorria uma observação das

atividades e do comportamento dos alunos que era transcrito para o diário de

campo.

4.6 TÉCNICA DE ANÁLISE DADOS COLETADOS

As informações foram interpretadas através da análise dos conteúdos, através

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38

da utilização dos Planos de aula, anotações do diário de campo.

Os dados foram analisados através das categorias descritas no diário de

campo, que são: participação, interesse, cooperação, motivação e socialização.

4.7 INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA

A intervenção pedagógica foi pautada na abordagem dos jogos cooperativos.

Esta abordagem esta pautada na valorização da cooperação em detrimento

da competição, é a estrutura social que determina se os membros irão competir ou

cooperar o ponto de partida, desta perspectiva é o jogo, sua mensagem e suas

possibilidades de ser uma oportunidade de comunicação e um espaço importante

para novos valores serem incorporados na estrutura social da criança e assim

construir uma base da sociedade fixada na solidariedade.” (DARIDO, 2003,p.17)

A abordagem dos jogos cooperativos, frisa na cooperação, na aceitação, no envolvimento, e na diversão. Têm como propósito mudar as características de exclusão, agressividade e exacerbação da competitividade, predominantes na sociedade e nos jogos tradicionais. O objetivo primordial dos jogos cooperativos é criar oportunidades para o aprendizado cooperativo e a interação cooperativa prazerosa.(SOLER, 2002, p.23)

Segue abaixo o planejamento da proposta de intervenção que foi realizada com

uma turma de alunos do Ensino Médio no decorrer dos meses de setembro e

outubro do corrente, sendo realizadas 15h aula.

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39

4.9 PLANEJAMENTO DA PROPOSTA

Planejamento proposta de intervenção setembro de 2010

Aula Tema Objetivos Conteúdos Metodologia Avaliação

1ª Jogos

cooperativos

Apresentar a

proposta de

intervenção,

conhecer a

turma

Atividades de

cooperação

Jogos cooperativos,

conversa com os

alunos, o que os alunos

entendem sobre

cooperação.

Participação,

interesse dos

alunos

2ª Jogos

cooperativos

de futsal

Estabelecer de

forma

cooperativa

relações sociais

de afetividade,

respeito, para

melhorar as

relações

interpessoais e

as diferentes

formas do

cooperativismo,

com o desporto

do futsal.

Atividades de

competição/co

operação com

o jogo futsal.

Jogos cooperativos,

utilização de

estratégias pedindo

ajuda para os alunos

,onde os alunos,

auxiliem na montagem

de novas temáticas de

cooperação.

Participação dos

alunos sugerindo

novos, jogos

cooperativos.

3ª Jogos

cooperativos

de handebol

Estabelecer de

forma

cooperativa

relações sociais

de afetividade,

respeito, para

melhorar as

relações

interpessoais e

as diferentes

formas do

cooperativismo,

com o desporto

do handebol.

Atividades de

competição/co

operação do

jogo de

handebol.

Jogos cooperativos,

utilização de

estratégias onde os

alunos auxiliem na

transformação da

competição para a

cooperação, com o

desporto do handebol.

Participação dos

alunos sugerindo

novas

possibilidades de

jogos cooperativos,

conversa sobre a

aula, e interesse

dos mesmos.

Planejamento proposta de intervenção outubro de 2010

4ª Jogos

cooperativos de

basquetebol

Oportunizar

momentos de

cooperação

para melhorar

Jogos

competitivos/jo

gos

cooperativos

Jogos cooperativos

Utilização de

estratégias, desafios

para desenvolver a

Participação,

interesse e o agir

participativo dos

alunos, na mudança

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40

as relações

interpessoais.

com o jogo de

basquetebol.

cooperação e o melhor

entrosamento entre a

turma, auxilio do alunos

para a mudar a

concepção do jogo

competitivo para o jogo

cooperativo.

do jogo de

competitivo para

cooperativo.

5ª Jogos

cooperativos de

voleibol

Promover a

descontração e

a cooperação,

com o desporto

basquetebol

Atividades

competitivas e

cooperativas

do jogo de

basquetebol

Abordagem dos jogos

cooperativos, Utilização

de estratégias, desafios

para desenvvolver a

cooperação dos

alunos, apartir da

competição

Participação,

interesse e o agir

cooperativo dos

alunos.

6ª Jogos

cooperativos de

handebol

Proporcionar a

vivencia das

diferentes

formas de se

trabalhar a

cooperação com

o desporto do

handebol.

Atividades

competitivas e

cooperativas

do jogo de

handebol

Abordagem dos jogos

cooperativos Utilização

de estratégias onde os

alunos auxiliem na

construção da aula

Participação,

interesse e o agir

comunicativo dos

alunos

7ª Jogos

competitivos

X

Jogos

cooperativos

Desencadear o

pensamento

cooperativo

durante as

atividades

Atividades de

competição e

cooperação.

Abordagem do jogos

cooperativos, Utilização

de estratégias para

pensamento reflexivo

por parte dos alunos,

discussão sobre como

a cooperação ocorre na

realidade dos mesmos.

Participação,

interesse e o agir

comunicativo dos

alunos

8ª Jogos

cooperativos de

futsal

Proporcionar de

forma

cooperativa as

relações sociais

e as diferentes

formas de ação

crítica.

Atividades

cooperativas,

com o

desporto

futsal.

Abordagem do jogos

cooperativos, Utilização

de estratégias para

pensamento crítico

reflexivo por parte dos

alunos, novas

possibilidades de

movimento e ação

crítica.

Participação,

interesse e o agir

comunicativo dos

alunos, e sua

concepção sobre

jogos cooperativos

9ª Jogos

cooperativos de

basquetebol.

Proporcionar de

forma

cooperativa as

relações sociais

e as diferentes

Atividades

cooperativas

com o

desporto

basquetebol.

Utilização de

estratégias para

pensamento crítico

reflexivo por parte dos

alunos, novas

Participação,

interesse e o agir

comunicativo dos

alunos e sua

concepção sobre

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41

formas de ação

crítica.

possibilidades de

movimento e ação

crítica.

jogos cooperativos

10ª Jogos

cooperativos de

voleibol.

Proporcionar de

forma

cooperativa as

relações sociais

e as diferentes

formas de ação

crítica.

Atividades

cooperativas,

com o

desporto

voleibol.

Utilização de

estratégias para

pensamento crítico

reflexivo por parte dos

alunos, novas

possibilidades de

movimento e ação

crítica.

Participação,

interesse e o agir

comunicativo dos

alunos e sua

concepção sobre

jogos cooperativos

11ª Jogos

competitivos

Proporcionar de

forma

competitiva as

relações sociais

e as diferentes

formas de ação

crítica.

Atividades

competitivas

com todos os

desportos

trabalhados

Utilização de

estratégias que

coloquem o aluno de

frente com o jogo

competitivo.

Participação,

interesse e o agir

comunicativo dos

alunos ver seu

comportamento

perante o jogo

competitivo, após

ter trabalhado 10

aulas e jogos

cooperativos.

12ª Jogos

cooperativos

Proporcionar de

forma

cooperativa as

relações sociais

e as diferentes

formas de ação

crítica.

Atividades

cooperativas

com todos os

desportos

trabalhados

Abordagem dos jogos

cooperativos, utilização

de estratégias que

coloquem o aluno de

frente com o jogo

cooperativo.

Participação,

interesse e o agir

comunicativo dos

alunos ver seu

comportamento

perante o jogo

cooperativo, após

ter trabalhado os

jogos de um modo

competitivo

13ª Jogos

cooperativos de

futsal e

handebol

Proporcionar de

forma

cooperativa as

relações sociais

e as diferentes

formas de ação

crítica.

Atividades

cooperativas,

com os

desportos

futsal e

handebol

Abordagem dos jogos

cooperativos, Utilização

de estratégias para

pensamento crítico

reflexivo por parte dos

alunos, novas

possibilidades de

movimento e ação

crítica.

Participação,

interesse e o agir

comunicativo dos

alunos .

14ª Jogos

cooperativos de

basquetebol e

voleibol.

Proporcionar de

forma

cooperativa as

relações sociais

Atividades

cooperativas,

com os

desportos

Abordagem dos jogos

cooperativos, Utilização

de estratégias para

pensamento crítico

Participação,

interesse e o agir

comunicativo dos

alunos .

Page 43: tcc ALEX PRONTO

42

e as diferentes

formas de ação

crítica.

voleibol e

futsal

reflexivo por parte dos

alunos, novas

possibilidades de

movimento e ação

crítica.

15ª Jogos

competitivos

X

Jogos

cooperativos

Desencadear o

pensamento

autônomo

durante as

atividades

Atividades

competitivas e

cooperativas

do jogo de

handebol

Abordagem do jogos

cooperativos, Utilização

de estratégias para

pensamento reflexivo

por parte dos alunos,

criando jogo

cooperativo através

dos jogos

cooperativos., onde os

alunos terão de

transformar um jogo

competitivo para o

cooperativo, sem

auxilio do professor.

Participação,

interesse e o agir

comunicativo dos

alunos. Ver o

comportamento dos

alunos perante os

dois tipos de jogos,

após 14 aulas

trabalhadas.

Fonte: o autor

Exemplos da forma como foi realizada a intervenção nas aulas partindo da

forma competitiva para a forma cooperativa.

4.10 AULA DE FUTSAL

Primeiramente foi feito um aquecimento usando um jogo cooperativo, como o

pega correntão, após isso, foi dividido a turma em duas equipes e dado um numero

a cada aluno e então foi feito o jogo da bandeirinha, sempre primeiramente de uma

forma competitiva, após 15 minutos da forma competitiva, foi parado o jogo e pedido

a opinião aos alunos de como o jogo que estava sendo jogado competitivo, poderia

ser jogado de uma maneira cooperativa. A partir deste momento os alunos davam

opinião de como o jogo seria jogado cooperativamente, alguns alunos se

sobressaíam neste momento davam mais opiniões que os outros, a primeira opinião

dada foi para que o professor chamasse dois números ao mesmo tempo e esses

Page 44: tcc ALEX PRONTO

43

alunos deveriam tocar a bola entre eles,para tentar a fazer o gol, e os integrantes da

outra equipe deveriam tentar bloquear a bola e fazer o gol, foi informado para a

turma que esse jogo não era totalmente cooperativo era semi cooperativo, outro

aluno deu a idéia que o professor poderia chamar dois números ou mais,e a primeira

equipe que chegasse na bola poderia dar 3 toques para tentar marcar um gol, e se

não conseguisse marcar o gol, então a outra equipe poderia pegar a bola da onde

ele estava parada e também com 3 toques deveriam tentar marcar o gol. A partir das

idéias dadas começou-se a trabalhar os jogos de maneira cooperativa. E após isso

foi feito um alongamento final e encerrado a aula.

4.11 AULA DE BASQUETEBOL.

Primeiramente foi feito uma brincadeira cooperativa,o jogo da cadeira

cooperativa, após isso foi dividido a turma em 2 equipes e começou-se a jogar o

jogo do basquetebol normal, após 15 minutos de atividade competitiva, foi parado o

jogo e questionado aos alunos formas de como se jogar cooperativamente aquele

jogo, muitas idéias foram dadas, e a junção de varias idéias constituiu um jogo onde

para valer as cestas todos os alunos da equipe deveriam tocar na bola,e deveria

haver um revezamento para marcar cestas ou seja, todos os alunos deveriam tentar

fazer a sexta sempre um de cada vez sem repetir nenhum aluno até que todos

tentassem marcar o ponto. O jogo ocorreu de maneira satisfatória, e após o término

da atividade foi feito um alongamento e encerrada a aula.

4.12 AULA DE VOLEIBOL.

Primeiramente foi feito pequenos grupos e feita a brincadeira do João bobo,

foi pedido para que todos do grupo ficassem no centro para ser o João bobo, após a

atividade de aquecimento então foi dividida a turma em duas equipes e jogado o

jogo de vôlei de forma competitiva, depois foi parado a atividade e questionado aos

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44

alunos de como a atividade poderia ficar cooperativa, e depois de muitas sugestões,

foi decidido que não poderia repetir os alunos que deram os três primeiros passes

até que todos tivessem tocado na bola, foi dada a idéia também que o aluno que

tocasse na bola deveria tocar na parede e voltar correndo para a quadra para ficar

mais dinâmico o jogo. Após isso foi feito um alongamento e encerrado a aula.

4.13 AULA DE HANDEBOL.

No primeiro momento da aula foi trabalhado o jogo da cadeirinha humana,

onde todos ficavam em trios, e deveriam formar uma cadeira com os braços e um

dos companheiros sentavam na cadeira e eles deveriam transportar seu colega de

um lado para outro da quadra, e todos da equipe deveriam ser transportados. Após o

aquecimento foi feito a brincadeira dos 10 passes, depois de 15 minutos da forma

competitiva, foi parada a atividade para que os alunos dessem opinião sobre como

poderia ser transformado para a forma cooperativa aquele jogo. A partir da opinião

dos alunos estruturou-se o jogo da seguinte forma: O jogo seria chamado de jogo da

equipe toda, pois para valer ponto todos da equipe deveriam tocar na bola para valer

o ponto. Após isso foi feito um alongamento e dado a aula por encerrada.

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45

5 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

5.1 ESTIMULANDO A COOPERAÇÃO NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Primeiramente foi feito uma conversa com o professor titular da turma sobre

os jogos cooperativos nas aulas de Educação Física e o mesmo relatou que se

trabalhava a cooperação, mas não de uma maneira efetiva muitas vezes o professor

trabalhava atividades cooperativas com a turma, porém de uma maneira mais lúdica,

após isso foi exposto para a turma o projeto e seu objetivo, e o número de aulas que

seriam aplicadas, com isso surgiu algumas objeções já que a turma estava

trabalhando o conteúdo de futsal, porém foi enfatizado que seria trabalhado os 4

desportos inclusive o futsal. O professor deixou claro para a turma que eles

deveriam respeitar o professor estagiário como eles respeitavam todos os

professores, e ele sempre estaria junto e cobrou empenho dos mesmos nas aulas

pois ele estaria avaliando os mesmos para média bimestral nas aulas realizadas.

Na primeira aula, os alunos sentaram em círculo no centro da quadra quando

foi realizada uma conversa sobre a cooperação, foi questionado aos mesmos, se

eles sabiam o que era cooperação e como a mesma ocorre no dia a dia e na

sociedade, foi percebido que os alunos tinham a compreensão de que cooperação

era somente ajudar os outros, Campos (2005), coloca que cooperação, significa

colaboração, ajuda, compartilhamento, trabalhar em conjunto visando um objetivo

em comum, facilitando a obtenção de resultados em beneficio de todos. Há interesse

especial quando a cooperação envolve grande número de cooperantes.

Após essa conversa deu-se inicio as aulas e no decorrer das mesmas notou-

se que os alunos já tinham trabalhado os jogos cooperativos pois em algumas

atividades que eram desenvolvidas os mesmos já tinham conhecimento porém os

alunos sempre faziam as atividades com muito empenho.

No decorrer das aulas notou-se uma certa dificuldade dos alunos no momento

em que se parava os jogos para que os mesmos auxiliassem na mudança da

concepção ,de competitivo para cooperativo, o que em muitos casos ocasionava

discussões dos alunos, pois alguns alunos achavam a forma cooperativa de um

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46

certo jogo muito chato, diante disso Maia, Marques (2007), coloca que a sociedade

moderna é baseada no resultado, no consumo e orientada a para a competição

diante disso,muitas vezes o único caminho é somente a competição. Sobre esse

aspecto também Brotto (2001) coloca que há um condicionamento que já está

enraizado nas crianças mais velhas e adolescentes sendo necessário um

recondicionamento desde cedo sobre alternativas cooperativas.

As aulas transcorreram de uma maneira não tão satisfatória até a sexta aula ,

pois encontrava-se muita resistência ou até uma certa dificuldade no momento de

transformar o jogo competitivo para o cooperativo, pois quando era pedido aos

alunos que os mesmos ajudassem eles ficavam pensando e as vezes não falavam

nada, e o professor tinha que na maioria das vezes dar sequencia aos jogos, e ele

mesmo ir mostrando e transformando.

É preciso nutrir e sustentar permanentemente, o processo de integração da

Cooperação no cotidiano pessoal, comunitário e planetário, reconhecendo-a como

um “estilo de vida”, uma conduta ética vital, que esteve, consciente ou

inconscientemente, sempre presente ao longo da história de nossa civilização

(BROTTO, 1999).

A partir da sétima aula buscou-se enfatizar a cooperação com a realidade em

que vivem os estudantes, pois a maioria reside no interior do município, buscando

fazer uma relação da cooperação com o seu dia a dia no campo, e mostrando que

as pessoas são mais importante que os jogos. Como coloca Soler (2002) Se

conseguirmos mostrar aos alunos que as pessoas são mais importantes que o jogo,

estaremos fazendo nossa parte, num movimento de transformação real, tentando

fazer do mundo um lugar melhor.

Na sétima aula os alunos sentaram em círculo no ginásio e teve-se uma fala

sobre a cooperação onde foi destacados pontos da realidade dos mesmos, como as

cooperativas que a maioria dos pais dos alunos participavam e quando os vizinhos

se reuniam para realizar alguma atividade no campo se ajudando, notou-se que

naquele momento a maioria dos alunos entendeu o sentido da cooperação nos jogos

e por fim acabou-se a fala com uma frase de Soler 2002 “A gente joga com e não

contra os outros”.

Após a realização da conversa notou-se uma melhora significativa nas aulas,

pois quando se parava uma atividade competitiva para transformar em cooperativa,

Page 48: tcc ALEX PRONTO

47

os alunos participavam de maneira efetiva e davam idéias muito boas, como um

exemplo no jogo dos 10 passes, que os alunos deram a idéia que não seria jogo dos

10 passes e sim jogo da equipe toda, pois para valer um ponto, todos da equipe

deveriam tocar na bola, e sempre era usada a frase “joga com e não contra”.

Outro aspecto importante a ressaltar foi o entusiasmo da turma a partir do

momento em que os mesmos conseguiam ajudar na aula, pois a maioria dos alunos

nunca tiveram uma experiência onde eles poderiam interferir na sua própria aula,

teve-se uma fala de uma aluna onde ela colocou que as aulas estavam legais pois

eles estavam se divertindo pois eles pareciam professores.

Segundo Mendes, Paiano e Filgueiras (2009):

[...] fica evidente a diferença de sentimentos e emoções que os participantes adquirem ao participar de jogos cooperativos e competitivos. Enquanto nos jogos competitivos apenas alguns se divertem comemoram uma vitória ou são bem sucedidos, no jogo cooperativo esta possibilidade existe para todos. Outra possibilidade [...] é a de que o jogo cooperativo é mais propicio para a integração e união dos participantes do que no jogo competitivo.

5.2 TRANSFORMANDO JOGOS COMPETITIVOS EM JOGOS COOPERATIVOS

Foram trabalhadas os 4 desportos futsal, handebol, voleibol e basquetebol

nas aulas.

No futsal foram feitas atividades primeiramente competitivas como jogos com

traves invertidas, bandeirinhas, pebolim humano e assim por diante, e após essas

atividades serem feitas de uma forma competitiva, as atividades eram interrompidas

e os alunos foram questionados sobre formas de como esses jogos poderiam ser

transformados em cooperativos, diante desses questionamentos surgiam idéias,

como no jogo de bandeirinha,o professor poderia chamar mais de um aluno para ir

tentar pegar a bola e só valeria o gol, se todos da equipe tocassem na bola, no jogo

do futsal normal os alunos sugeriram que os alunos deveriam jogar em duplas de

mãos dadas e até em trios, ou então que todos deveriam tocar na bola até fazerem o

gol, todas as atividades eram feitas deste modo.

Page 49: tcc ALEX PRONTO

48

No handebol foi trabalhado da mesma forma do futsal, foram feitas atividades

como jogo dos 10 passes, em que foi transformados em jogo do time inteiro, pois

todos da equipe deveriam tocar na bola para validar o ponto, outro jogo que chamou

a atenção foi o jogo de handebol normal, onde os alunos sugeriram que todos

deveriam jogar em duplas, ou seja as duplas deveriam tocar a bola entre eles

primeiro para depois passar para os outros colegas, o mais interessante é que eles

sugeriram que os alunos deveriam ficar divididos na quadra não tão perto um do

outro, para tornar o jogo mais dinâmico.

No voleibol, encontrou-se uma grande dificuldade, o professor titular da turma

já havia alertado sobre as dificuldades de se trabalhar o voleibol com a turma, porém

foi trabalhado mesmo assim o voleibol.

Primeiramente foi feita atividades competitivas do jogo com algumas

modificações, e após isso, foi tentando fazer a transformação do jogo sem obter

sucesso, então foram feitas atividades sempre dirigidas, como voleibol com toalhas,

e depois foi alterado, para voleibol com lençol, todas as atividades do voleibol foram

sempre dirigidas.

No basquetebol, os alunos mostraram uma boa desenvoltura com as

atividades propostas, alem de ser um desporto que os mesmos gostam de participar,

os mesmos ajudaram muito na transformação dos jogos, dando idéias muito

importantes para o andamento da proposta, foram desenvolvidas atividades como

cesta no bambolê, boliche humano, e outros, e também foram feitos atividades do

jogo do basquetebol, com inúmeras variações.

Com isso notou-se que os alunos mostraram maior motivação quando era

trabalhado o futsal, handebol e basquetebol e mostravam desmotivação quando era

trabalhado o voleibol, o professor comentou que os mesmo sempre mostram essas

desmotivação quando trabalha-se o voleibol, e aconselhou a trabalhar os outros 3

desportos,e com isso foram trabalhados brincadeiras mais voltadas ao futsal,

handebol e basquetebol.

Page 50: tcc ALEX PRONTO

49

5.3 ASPECTOS DE PARTICIPAÇÃO, INTERESSE, COOPERAÇÃO, MOTIVAÇÃO E

SOCIALIZAÇÃO.

Com base nas observações realizadas pelo Diário de Campo pode-se

constatar o seguinte:

Participação: segundo KURY (2001), o ato de participar pode ser dito como, o

ato de tomar parte de alguma coisa, associar-se pelo sentimento; compartilhar,

solidarizarmento de algo. Vendo por esse princípio, podemos constatar na questão

da participação de uma maneira positiva, pois os 23 alunos quando presentes em

aulas participaram de todas as atividades propostas e a partir do momento em que

os mesmos entenderam o objetivo proposto do projeto, participaram efetivamente da

transformação dos jogos, dando idéias de como mudar do competitivo para o

cooperativo.

Interesse: Kury (2001) coloca que interesse pode ser dito como algo a ser

proveitoso, que excita a atenção ou a curiosidade sobre algo; prender, cativar.

Notou-se que na questão do interesse os alunos no primeiro momento não se

mostraram tão interessados, tendo em vista que eles trabalhavam principalmente a

competição, porém ao longo das aulas os mesmos entenderam o principio da

cooperação e se interessaram pelas aulas, principalmente quando toda a turma

começou a ajudar a transformas os jogos, e na ultima aula do estágio, os mesmos

indagaram ao professor titular, se ele continuaria trabalhando com os jogos

cooperativos, e o mesmo perguntou se eles gostaram da proposta e como a

resposta foi positiva ele falou que continuaria desenvolvendo a mesma.

Cooperação: Segundo SOLER (2002), cooperação pode ser entendida como

um processo de interação social, em que os objetivos são comuns, as ações são

compartilhadas e os benefícios são distribuídos para todos.

Na questão da cooperação, até a sexta aula os alunos não trabalhavam a

cooperação no seu contexto real, a partir do momento em que eles entenderam o

sentido da cooperação os alunos começaram a cooperar nas aulas principalmente

nos jogos, e a frase: “ jogar com e não contra”, virou um lema, tanto que o professor

titular disse que mesmo depois do fim das aulas do estágio, os mesmos ainda falam

essa frase com freqüência nas aulas.

Page 51: tcc ALEX PRONTO

50

Motivação: Segundo KURY (2001) motivação pode ser entendido como o

interesse, espontaneidade demonstrado por algo.

“O desempenho de uma pessoa na realização de uma atividade será a

resultante do somatório da aptidão deste individuo com a motivação para alcançar

um objetivo.” (SOLER 2002)

Vendo por esses conceitos que os autores colocam, pode-se dizer que os

alunos se mostraram motivados com a proposta de jogos cooperativos, porém no

começo alguns alunos mostraram resistência para a prática dos jogos cooperativos

pois eles estavam trabalhando o conteúdo do futsal, porém com o passar das aulas,

eles perceberam que também seria trabalhado o conteúdo de futsal e com isso

mostraram-se motivados, a turma no geral demonstrou estar mais motivada, a

partir do momento em que começaram a participar da construção dos jogos

cooperativos, pois foram muitas falas dos alunos a favor disso, pois falavam que

pareciam professores e nunca haviam tido uma experiência como aquela em toda a

sua vida escolar.

Socialização: KURY (2001) coloca que o ato de socializar pode ser encarado

como tornar propriedade coletiva, juntar em uma sociedade para um bem comum,

conviver coletivamente para um propósito maior para todos.

O relacionamento interpessoal da turma, sempre foi melhorando com o

andamento dos jogos, isso porque a turma sempre trabalhou junto ou seja, meninos

e meninas juntos, e essa não era uma prática dos mesmos, porém com o tempo os

alunos se acostumaram a trabalhar em conjunto e com isso os níveis de

relacionamento interpessoal chegaram a níveis máximos, diante disso Deutsch apud

Brotto 1999 afirma:

A intercomunicação de idéias, a coordenação de esforços, a amizade e o orgulho por pertencer ao grupo que são fundamentais para a harmonia e a eficácia do grupo, parecem desaparecer, quando seus membros se vêem na situação de competir para a obtenção de objetivos mutuamente exclusivos. Ademais, há alguma indicação de que competição produz maior insegurança pessoal (expectativas de hostilidade por parte de outros) do que cooperação, (apud RODRIGUES, 1972 p. 151).

A partir do momento em que foi observada a turma notou-se que a turma

Page 52: tcc ALEX PRONTO

51

sempre teve uma boa socialização, quando começou as aulas do estágio, pode se

constatar que a questão da socialização seria um fator positivo nas aulas, e isso foi

demonstrado no decorrer das aulas, pois os alunos demonstraram uma boa

socialização em todas as aulas, sem distinção de sexo, e isso com certeza foi um

aspecto primordial para um bom andamento do projeto.

Page 53: tcc ALEX PRONTO

52

6 CONCLUSÃO

A partir da intervenção realizada com os estudantes do ensino médio, visando

desenvolver uma proposta baseada na construção de jogos cooperativos através de

jogos competitivos chegamos as seguintes conclusões:

Na questão da socialização conclui-se que ocorreu uma melhora significativa

nesse ponto, pois a socialização dos mesmos sempre foi de uma forma positiva,

porém com o decorrer das aulas eles mostraram um maior entrosamento entre os

mesmos e com isso uma maior socialização.

Na questão da participação, motivação e no relacionamento interpessoal

pode-se concluir que com base nas observações realizadas pelo Diário de campo,

pode-se constar que ao utilizarmos destas aulas, desperta-se nos alunos um maior

interesse, e partir deste interesse uma maior motivação, o envolvimento com a

proposta da transformação dos jogos ocorreu de forma gradativa, ou seja a partir de

um maior conhecimento da questão da cooperação e seu desenvolvimento no meio

onde os mesmos vivem, e assim melhorou a compreensão dos alunos em relação

as atividades propostas.

Pode-se citar também que na questão da motivação estava ligada a

capacidade dos mesmos conseguirem desenvolver as atividade e conseguirem

participar de forma efetiva nas aulas, pois se podia observar certa frustração quando

os alunos não conseguiam auxiliar na transformação, e certa euforia quando eles

conseguiam transformar os jogos e desenvolver as atividades.

Na questão da transformação dos jogos com auxilio dos alunos pode-se

concluir que este foi o ponto alto do projeto, pois a construção foi acontecendo de

forma gradativa e muitas vezes essa proposta ficava nula nas aulas, porém no

momento em que os alunos começaram a dar sugestões para atividades as aulas

começaram a fluir de uma maneira melhor e a satisfação dos alunos ficou evidente

em todas as aulas e com isso os mesmos conseguiram entender o significado da

cooperação.

Na questão de como as atividades melhoraram no relacionamento da turma,

pode-se concluir que a cooperação sendo trabalhada tanto em âmbito esportivo,

quanto lúdico pode-se retirar um pouco da agressividade da competição nas aulas

Page 54: tcc ALEX PRONTO

53

de Educação Física e com isso notou-se um melhor relacionamento nas aulas de

Educação Física, pois as intrigas diminuem e as amizades aumentam, SOLER

(2002, pág23) diz que utilizando os jogos cooperativos diminuiremos os problemas,

e com uma total harmonia, realizaremos o objetivo do trabalho, que é de utilizar os

jogos cooperativos como um exercício de sobrevivência.

Através das analises feitas pode-se constatar que a turma melhorou na

questão da cooperação, da socialização e da motivação. Constatou-se que quando

se trabalha os jogos cooperativos de uma maneira interessante nas aulas, os jogos

cooperativos são melhores aceitos, pois é muito difícil o professor conseguir mudar a

competição para a cooperação sem ter uma estratégia inteligente, e notou-se

também que os alunos gostam muito de ter autonomia nas aulas.

Outro ponto a ressaltar é a questão de trazer para a realidade dos alunos

alguns pontos a ser trabalhados nas aulas, pois na questão da cooperação a partir

do momento em que lhes foi mostrando questões de cooperação que acontecem em

seu cotidiano eles conseguiram entender a importância da cooperação não somente

nas aulas de Educação Física, mas também da cooperação na sociedade.

Page 55: tcc ALEX PRONTO

54

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Page 59: tcc ALEX PRONTO

58

APÊNDICES

Page 60: tcc ALEX PRONTO

59

APÊNDICE A DIÁRIO DE CAMPO

AULAS COOPERATIVAS

Aula 1:

Atividade a ser desenvolvida:

Participação: Total parcial Nula

Os alunos procuram participar de todas as atividades

propostas?

Existe uma participação efetiva dos alunos, na construção

dos jogos cooperativos através dos jogos competitivos?

Interesse: Total Parcial Nula

Percebe-se interesse pelas atividades propostas?

Existe o questionamento sobre, as atividades propostas?

Cooperação: Total Parcial Nula

Os alunos compreendem o sentido efetivo dos jogos

cooperativos?

Existe a cooperação efetiva na transformação dos jogos

para cooperativos (participação e proposta)?

Percebe-se o envolvimento cooperativo de ambos os

sexos nas atividades?

Motivação: Total Parcial

Os alunos se sentem motivados para a realização das

atividades?

As atividades desenvolvidas se relacionam ao

desenvolvimento dos estudantes proporcionando-lhes

prazer e satisfação?

Nula

Socialização Total Parcial Nula

Os alunos mostram uma melhor socialização após a

transformação dos jogos competitivos para cooperativos?

Existe socialização efetiva entre ambos os sexos? Total Parcial Nula

Fonte: O autor

Page 61: tcc ALEX PRONTO

60

ANEXOS

Page 62: tcc ALEX PRONTO

61

ANEXO A

UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA

CAMPUS DE SÃO MIGUEL DO OESTE

CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA

ESTÁGIO SUPERVISIONADO IV DECLARAÇÃO DE ORIENTAÇÃO PELO ACADÊMICO

DECLARAÇÃO

Eu acadêmico estagiário Alex Junior Machado do componente de Estágio

Curricular Supervisionado IV do curso de Educação Física da Unoesc, campus de

São Miguel do Oeste, DECLARO ter recebido orientação suficiente do meu professor

orientador Valdeci Luiz Dassoler para as atividades de elaboração, execução e

entrega final do projeto de TCC para avaliação em banca de qualificação.

São Miguel do Oeste, 05/ 11 / 2010.

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Assinatura do Acadêmico Estagiário

Page 63: tcc ALEX PRONTO

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ANEXO B

UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA

CAMPUS DE SÃO MIGUEL DO OESTE

CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA

ESTÁGIO SUPERVISIONADO IV APROVAÇÃO DO PROJETO PELO PROFESSOR ORIENTADOR

Acadêmico(a) Estagiário(a):Alex Junior Machado

Título do Trabalho: Construindo jogos cooperativos através de jogos competitivos

Eu Valdeci Luiz Dassoler, professor(a) orientador(a) do trabalho acima citado,

verifiquei e avaliei o projeto de Estágio Supervisionado IV e libero o(a) acadêmico(a)

para entregar definitivamente o seu projeto de trabalho de conclusão de curso ao

professor do componente curricular.

São Miguel do Oeste,05 / 11/ 2010.

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Assinatura do(a) Professor(a) Orientador(a)

Page 64: tcc ALEX PRONTO

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