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TCC - AeroportosTRANSCRIPT
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UNIVERSIDADE FEEVALE
ALINE SPARRENBERGER
AEROPORTO REGIONAL DA SERRA GACHA - CANELA/RS -
Novo Hamburgo 2010
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ALINE SPARRENBERGER
AEROPORTO REGIONAL DA SERRA GACHA - CANELA/RS -
Trabalho de pesquisa sobre o Aeroporto Regional da Serra Gacha,
realizado na disciplina de Pesquisa do Trabalho Final de Graduao do Curso de Arquitetura e Urbanismo pela
Universidade Feevale
ORIENTADORA: MARIA REGINA RAU DE SOUZA
Novo Hamburgo 2010
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SUMRIO
SUMRIO.......................................................................................................................3
LISTA DE ABREVIAES..............................................................................................5
INTRODUO................................................................................................................6
1 O TEMA....................................................................................................................8
1.1 JUSTIFICATIVA DO TEMA.................................................................................9
1.2 HISTRICO .................................................................................................... 11
2 O SURGIMENTO DOS AEROPORTOS.................................................................... 14
2.1 A AVIAO NO BRASIL................................................................................... 16
3 CARACTERSTICAS DA REGIO DE IMPLANTAO DO AEROPORTO................ 19
3.1 CARACTERSTICAS DA REGIO SUL ............................................................. 19
3.2 CARACTERSTICAS DO RIO GRANDE DO SUL ............................................... 21
3.2.1 Aeroportos do Rio grande do Sul ................................................................. 23
3.3 CARACTERSTICAS DA REGIO DA SERRA GACHA.................................... 25
4 O ATUAL AEROPORTO DE CANELA ..................................................................... 34
5 O NOVO AEROPORTO DE CANELA....................................................................... 37
5.1 STIO PROPOSTO PARA O AEROPORTO ....................................................... 38
5.2 ACESSO......................................................................................................... 42
5.3 CARACTERSTICAS FSICAS.......................................................................... 43
5.4 ENTORNO IMEDIATO ..................................................................................... 44
5.5 CARACTERSTICAS TCNICAS...................................................................... 45
5.6 ATIVIDADE AERONATICA ............................................................................ 47
5.7 CONCEPO PROPOSTA PARA A INFRA-ESTRUTURA AEROPORTURIA ... 50
5.7.1 Parmetros gerais de configurao: ............................................................. 51
5.7.2 Configurao da Implantao Inicial ............................................................. 52
5.7.3 Configurao da Implantao Final .............................................................. 54
5.8 REAS DE INFLUNCIA DO AEROPORTO...................................................... 56
5.9 CONDICIONANTES DE PROJETO................................................................... 57
5.9.1 Condicionantes Gerais ................................................................................ 58
5.10 PROGRAMA DE NECESSIDADES ................................................................... 62
5.10.1 Programa Geral: Infra-estrutura Aeroporturia .............................................. 62
5.10.2 Programa de Necessidades do Terminal de Passageiros (TPax).................... 63
5.10.3 Pr-dimensionamento ................................................................................. 72
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5.11 CONCEITUAO DO PROJETO...................................................................... 78
6 PLANO DIRETOR AEROPORTURIO..................................................................... 79
6.1 ZONEAMENTO DE RUDO .............................................................................. 80
6.2 REA DE SEGURANA AEROPORTURIA (PERIGO AVIRIO)....................... 82
7 PLANO DIRETOR DE CANELA............................................................................... 84
8 PROJETOS ANLOGOS ........................................................................................ 86
8.10 AEROPORTO INTERNACIONAL DE CARRASCO............................................. 86
8.11 AEROPORTO INTERNACIONAL DE BARAJAS ................................................ 89
8.12 AEROPORTO INTERNACIONAL HERCLIO LUZ .............................................. 93
9 PROJETOS REFERENCIAIS................................................................................... 97
9.1 AEROPORTO INTERNACIONAL DE DULLES................................................... 97
9.2 MUSEU DE ARTE MODERNA RIO DE JANEIRO .......................................... 109
CONCLUSO ............................................................................................................. 111
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS............................................................................. 113
ANEXOS .................................................................................................................... 111
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LISTA DE ABREVIAES
AN AC Agncia Nacional de Aviao Civil (substitui extinto DAC)
CECIA Comisso de Estudos e Coordenao de Infra-estrutura
Aeroporturia
DAC Departamento de Aviao Civil (extinto)
DAE Departamento Aeroporturio do Estado
DAP Departamento Aeroporturio
Embratur Empresa Brasileira de Turismo
EIA Estudos de impacto Ambiental
Fepam Fundao Estadual de Proteo ao Meio Ambiente
ha Hectare
IAC Instituto de Aviao Civil
Ibama Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renovveis
OACI Organizao de Aviao Civil Internacional
PAA Parque de Abastecimento de Aeronaves
pax passageiros
PARGS Plano Aerovirio do Estado do Rio Grande do Sul
RIMA Relatrio de Impacto Ambiental
SECTRAM-RS Secretaria Estadual de Transportes do Rio Grande do Sul
SET Secretaria Estadual de Transportes
SETUR Secretaria do Turismo do Rio grande do Sul
Tpax Terminal de passageiros
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INTRODUO
A presente pesquisa possui como tema o Aeroporto Regional da Serra
Gacha em Canela/RS. O vis condutor do trabalho o levantamento de dados
pertinentes, que torne vivel futuramente uma proposta de projeto para o tema.
As perspectivas de desenvolvimento econmico de diversas regies
brasileiras, conjuntamente com o crescimento do setor de transporte areo nos
ltimos anos apontam a necessidade de dotar novas localidades que possuam
potencial de expanso de infra-estrutura aeroporturia.
O Instituto de Aviao Civil (IAC), rgo da Agncia Nacional de Aviao
Civil (ANAC) o rgo responsvel pelo estabelecimento das diretrizes para o
planejamento aeroporturio brasileiro. O IAC elabora estudos especficos, visando
implantao de infra-estrutura aeroporturia nas regies que apresentam potencial
de desenvolvimento, contribuindo assim, com o progresso econmico dessas
regies e, conseqentemente do Brasil.
O IAC elaborou um Plano de Desenvolvimento Aeroporturio contemplando
o municpio de Canela situado na Regio das Hortnsias, no Estado do Rio Grande
do Sul, com o objetivo de ilustrar a concepo da implantao e do desenvolvimento
de um novo aeroporto compatvel com o potencial turstico de sua regio. (PLANO,
2001)
Segundo PALHARES (2001):
Os aeroportos, alm de funcionarem como uma das principais infra-estruturas provedoras de acessibilidade entre as sociedades modernas possuem um papel cada vez mais relevante no desenvolvimento das economias locais, regionais e nacionais. (PALHARES, 2001 p.15)
O objetivo desta pesquisa conhecer os dados e condicionantes relativos ao
projeto do Aeroporto da Serra Gacha. Desta pesquisa e estudo partiro as
diretrizes para a realizao do projeto arquitetnico do Terminal de passageiros
(Tpax) do Aeroporto que tema do Trabalho Final de Graduao do curso de
Arquitetura e Urbanismo da Universidade Feevale.
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Para tanto, dividiu-se o projeto em duas etapas:
A primeira etapa elaborada na disciplina de Pesquisa do Trabalho Final de
Graduao consiste na pesquisa sobre a temtica escolhida e sua justificativa;
apresenta e analisa o stio e caracteriza sua rea de interveno; analisa a
viabilidade da proposta; levanta os dados pertinentes fundamentao da proposta
desenvolvida; verifica as condicionantes legais; faz o levantamento e anlise de
projetos anlogos e referncias formais; define os aspectos gerais relativos ao
projeto; elabora o conceito e o programa de necessidades por meio de busca de
informaes; define as diretrizes para articulao do partido geral.
Concluda essa etapa, parte-se para a segunda etapa que realizada na
disciplina de Trabalho Final de Graduao e onde j estaro elencados os dados
necessrios para a estruturao do projeto arquitetnico, bem como as definies
que justifiquem a sua execuo. Neste segundo momento, ser abordado o projeto
final, com a apresentao do anteprojeto arquitetnico, incluindo-se neste a
descrio da proposta e as justificativas das solues adotadas, bem como os seus
detalhamentos, visando com isso, abranger plenamente as concepes e diretrizes
avaliadas.
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1 O TEMA
Aeroporto todo aerdromo pblico dotado de instalaes e facilidades
para dar apoio s aeronaves e ao embarque e desembarque de pessoas e cargas.
(AN AC, 2010)
O tema desta pesquisa o Aeroporto Regional da Serra Gacha. A idia
acerca do tema surgiu de uma necessidade real, pois a regio h mais de vinte anos
vislumbra a implantao de um aeroporto.
O IAC, que o rgo que iniciou os estudos para o Aeroporto de Canela,
tem-no denominado como Aeroporto Regional das Hortnsias. A Regio das
Hortnsias uma denominao dada s cidades de Gramado, Canela, Nova
Petrpolis e So Francisco de Paula. Entendendo-se que o Aeroporto ir atender a
uma regio que abranger muitas cidades alm das anteriormente citadas, nesta
pesquisa o Aeroporto ser considerado com o nome Aeroporto Regional da Serra
Gacha, considerando que atualmente no estado existem apenas o Aeroporto
Salgado Filho em Porto Alegre e o Aeroporto Regional Hugo Cantergiani em Caxias
do Sul, ainda que este ltimo praticamente est em inatividade, que operam com
linhas areas para fora do estado. A Serra Gacha abrange uma gleba maior de
cidades, e que se encontram fisicamente muito distantes do Aeroporto Internacional
Salgado Filho e, portanto, sero favorecidas pelo projeto, o que justifica essa nova
denominao.
O Aeroporto Regional da Serra Gacha j possui os estudos para sua
implantao em estgio avanado. Havia uma rea definida para o Aeroporto e a
Fundao Estadual de Proteo ao Meio Ambiente1 (FEPAM) elaborou o Estudo de
Impacto Ambiental (EIA) e o Relatrio de Impacto Ambiental (RIMA) da rea. A
Licena Prvia2 que havia sido concedida pela FEPAM foi suspensa por denncias
1A FEPAM a entidade estadual no Rio Grande do Sul responsvel pela execuo de programas e projetos, assim como pelo controle e fiscalizao de atividades degradadoras do meio ambiente. 2 Licena Prvia o documento que atestar a viabilidade ambiental do empreendimento, aprovar sua localizao e concepo e definir as medidas mitigadoras e compensatrias dos impactos negativos do projeto.
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que requeriam que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renovveis3 (IBAMA) fosse o responsvel por elaborar os estudos e emitir a licena.
As obras do Aeroporto acabaram no se iniciando, porm foi emitida uma nota no
jornal de Gramado em 16 de abril de 2010 anunciando que o IBAMA delegou a
Fepam a anlise de impacto da rea, portanto acredita-se logo o projeto avanar.
1.1 JUSTIFIC ATIVA DO TEMA
A idia de um aeroporto para a cidade de Canela, no Rio Grande do Sul
surgiu h mais de 20 anos, quando as lideranas municipais no s da cidade de
Canela, como de toda a regio comearam a reencontrar no turismo o caminho para
proporcionar desenvolvimento econmico, aps o encerramento de um ciclo
econmico baseado no extrativismo e beneficiamento vegetal, tendo como principal
fonte as matas abundantes de araucrias da regio. (PINTO, 2001).
Segundo RIMA (1998):
A construo do Aeroporto da Regio das Hortnsias representa a concretizao de um projeto que dever viabilizar os esforos que esto sendo feitos no sentido da superao da crise, e da construo de estruturas que permitam a retomada de um novo ciclo de crescimento das atividades produtivas. (RIMA, 1998 p.17)
A regio desenvolveu ento, ao longo dos anos, o turismo, agregando os
diversos segmentos econmicos que a compe, visando explorar, com competncia,
o grande potencial da regio: a natureza exuberante e a populao
predominantemente de descendncia europia, fato caracterizado no slogan
Regio das Hortnsias: a Europa sem passaporte.
A regio tornou-se ao longo dos anos o complexo turstico mais importante
do Rio grande do Sul e durante vrios anos consecutivos o terceiro destino turstico
do pas, o que demonstra que foi atingido o teto de crescimento do turismo, com
suas atuais condies de infra-estrutura. A regio possuidora de clima ameno no
3 O IBAMA o.rgo executor, encarregado de fazer executar as polticas e diretrizes governamentais definidas para o meio ambiente.
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vero e rigoroso no inverno e oferece um cenrio natural considerado como um dos
mais belos do pas. O movimento turstico provm de todas as partes do pas e
tambm de pases vizinhos como Uruguai, a Argentina e o Paraguai. Alm disso,
garantindo o afluxo de visitantes, grandes eventos de carter internacional ocorrem
na regio.
O turismo moderno exige deslocamentos rpidos, pois as pessoas vivem em
um ritmo acelerado e tm pouco tempo a perder em transporte e deslocamentos.
Atualmente, as distncias no so medidas em quilmetros, mas em horas, em
minutos. O tempo faz a diferena. Nesse sentido, acredita-se que o desenvolvimento
da regio dependa da implantao de um Aeroporto Regional.
O aeroporto de Canela tem como principal finalidade suprir a demanda de
turismo recorrente na regio. A implantao de um aeroporto ser fundamental para
as diversas segmentaes do turismo: o turismo de negcios, o turismo de lazer ou
o ecoturismo so todas reas de potencial na regio. Segundo PALHARES (2001):
Num mundo globalizado, onde a concorrncia entre destinos tursticos cresce cada mais, motivo este vinculado as facil idades de informao, locomoo e pacotes de viagens acessveis, de fundamental importncia a rapidez e qualidade nas vias de acesso. sabido que os aeroportos constituem os principais portais de entrada para um contingente cada vez maior de turismo. PALHARES (2001)
No restam dvidas que o aeroporto trar desenvolvimento scio-econmico
para a regio, como a exemplo que ocorreu com outras regies brasileiras como
porto Seguro, na Bahia ou Fortaleza no Cear.
Para verificar a viabilidade econmica da construo de um aeroporto para
servir a regio, foi elaborado um estudo pela empresa PBLM Consultoria
Empresarial. Conforme ESTUDO (2004), as principais premissas para a
considerao da construo de um novo aeroporto na regio constatadas foram:
a)O aeroporto atual de Canela, com pista pavimentada de 1.260m de extenso por 18m de largura, no compatvel com aeronaves do porte c145, Fokker 100, A319 ou Boeing 737, que so frota base do trfego areo domstico e que so disponveis para fretamento. b)No possvel ampliar a pista do aeroporto atual, em virtude da ocupao urbana de seu entorno. c)Os turistas que se dirigem regio por via area, em sua maioria da regio Sudeste do pas, utilizam atualmente o aeroporto de Porto Alegre, completando basicamente de nibus ou vans o percurso at a Regio das Hortnsias.
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d)Esse percurso adicional (115 km de porto Alegre at Gramado, com durao de 1:30h), visto na regio como um obstculo atrao de maior nmero de visitantes, notadamente para feiras, convenes e congressos, pois esse fator levado em conta no momento em que a entidade promotora toma a deciso sobre o local da realizao do evento. A realizao de um nmero maior de eventos desse tipo seria importante para aumentar a eficincia da util izao da infraestrutura local, sujeita a forte sazonalidade. e)O aeroporto de Caxias do Sul, embora mais prximo do que Porto Alegre (Caxias do Sul situa-se a cerca de 71 km de Gramado), pouco utilizado por turistas que se dirigem regio de estudo. Os motivos alegados incluem basicamente a pouca freqncia de vos a partir do Sudeste e o mau traado das rodovias, o que determina uma virtual equivalncia de tempo de percurso rodovirio Caxias - Gramado e Porto Alegre - Gramado (ESTUDO, 2004).
1.2 HISTRICO
A idia da construo do Aeroporto da Regio das Hortnsias surgiu em
1989, durante a realizao da segunda edio do evento aeronutico denominado
FENAERO Feira Nacional da Indstria Aeronutica. J na primeira edio, em
1988, o pequeno aerdromo da cidade de Canela ficou lotado, com centenas de
aeronaves participantes, assim, mostrando-se insuficiente para abrigar um fluxo
maior de aeronaves.
Em vista deste acontecimento, a regio se mobiliza atravs do apoio oficial
da Secretaria de Estado dos Transportes, atravs do Departamento Aeroporturio
(DAP). Este acontecimento foi em um perodo em que as cidades de Canela e
Gramado comearam a se consolidar como cidades tursticas de referncia a nvel
estadual e nacional, e coincidiu com o perodo em que o Governo do Estado do Rio
Grande do Sul, atravs do ento DAP com uma poltica aeroporturia buscava
ampliar o desenvolvimento regional atravs da busca pela ampliao e construo
de novos aerdromos no estado. Vislumbrando esse potencial em ascenso da
regio e com a impossibilidade de ampliao do atual aerdromo da cidade de
Canela optou-se pela busca de novas reas.
Aps extensos, minuciosos e demorados estudos de localizao, que
envolveram sete opes de reas, situadas entre Canela e So Francisco de Paula,
finalmente em 10/03/1997 o DAP procedeu a entrega de Relatrio Ambiental e
Tcnico a FEPAM com solicitao de Licena-Prvia (LP) para a implantao do
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Aeroporto Regional na rea Um, denominada das Araucrias; em 01/05/1997 a
FEPAM encaminha Termo de Referncia, informando que dever ser elaborado EIA-
RIMA para o empreendimento; em 20/03/1998 contratada a empresa para a
elaborao do EIA-RIMA FEPAM e dada Ordem de Incio imediato dos trabalhos;
em 23/06/1998 entregue o EIA-RIMA FEPAM, requerendo a expedio da
Licena-Prvia; em 21/07/1999 a FEPAM comunica que considera a rea escolhida
inadequada para o empreendimento e solicita maiores estudos em outras reas. Em
12/09/2000 a FEPAM aceita preliminarmente que se detalhe estudos em relao
rea denominada Fazenda do Ip, situada na localidade de Saiqui, em Canela e
encaminha a solicitao de estudos complementares para obteno do
licenciamento.
Em 27/11/2000 o municpio de Canela declara de utilidade pblica para fins
de desapropriao, sete glebas atingidas pelo polgono de projeto do
empreendimento. Em 29/12/2000 foi firmado Convnio 285/00 entre a EMBRATUR e
o Governo do RS, com repasse de R$2.600.089,00 para a obra, posteriormente
devolvidos, em 2003, por no terem sido utilizados.
Aps inspeo conjunta do Comando da Aeronutica, DAC, SERENG,
CINDACTA e V COMAR, juntamente com o Departamento Aeroporturio e tcnicos
do Municipio de Canela, ocorrida em 09/05/2001, foi publicado no DOU, em
26/09/2001, Portaria DAC n1340/DGAC, que APROVA o Plano de Desenvolvimento
do Aeroporto da Regio das Hortnsias, na Fazenda do Ip, em Canela-RS.
Em 22/10/2002 foi expedida pela FEPAM Licena-Prvia n909/2002, dando
condies para a empresa vencedora da licitao (Concorrncia Pblica
Internacional, em 27/12/2001), iniciar a implantao da obra.
Em 20/01/2003 foi deferida parcialmente, pelo titular da 1 Vara Federal de
Caxias do Sul, medida liminar em Ao Civil Pblica ajuizada pelo Ministrio Pblico
Federal, determinando a suspenso dos efeitos da LP n 909/2002, determinando
que o estado se abstenha de executar qualquer obra no local;
Em fevereiro e agosto de 2003 ocorreram os julgamentos de Agravos de
Instrumento, interpostos ao TRF/4 por Fepam e PGE, respectivamente, mantendo a
liminar obtida pelo MPF.
Em junho de 2004 Estado, Municpios, FEPAM, e IBAMA, juntamente com a
VISO Agncia de Desenvolvimento Regional, acordaram em atender integralmente
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as exigncias da 4 Cmara do MPF, de elaborao de um novo EIA-RIMA, nova
Audincia Pblica e novo parecer do DAC; Estado, municpio de Canela e Viso
firmam protocolo para contratao de empresa e submetem a apreciao do IBAMA
e da FEPAM o Termo de Referncia para o trabalho e prope a celebrao de
Convnio entre IBAMA e FEPAM para realizao do licenciamento em conjunto, nos
autos da Ao Civil Pblica, constituindo-se em Acordo para o arquivamento do
processo, o que contou com o apoio do juiz titular da ao; o MPF negou-se a
participar, mesmo que o Acordo contemplasse todas as exigncias da Inicial,
demonstrando intransigncia e exorbitncia, pois, os eventuais e alegados riscos de
dano ambiental denominada FLONA Floresta nacional de Canela so
inconsistentes a antiga floresta de Araucria Angustifolia foi substituda por floresta
extica, plantada com Pinus Elliottis, existindo no local uma serraria instalada, para
explorao comercial da madeira pelo IBAMA.
Entretanto, contrapondo-se ao alegado risco de dano ambiental h o dano
econmico efetivo, real e mensurvel (passvel de ao indenizatria contra a
Unio), para toda a regio das Hortnsias, que, ao ser impedida de ter o seu
Aeroporto Regional, apresenta sinais evidentes de estagnao e crise, cerca de
trinta por cento dos hotis e pousadas venda, centros de feiras ociosos, enfim,
empresrios que acreditaram na seriedade do projeto, apostaram em seus negcios
e agora amargam grandes prejuzos pois a demanda projetada, em conseqncia do
Aeroporto, no se materializou, mesmo com a conjugao de vontades do Estado,
atravs do Departamento especializado e da FEPAM, rgo ambiental estadual, e
do consrcio de municpios da Regio das Hortnsias.
A soluo do impasse est nas mos da Justia Federal, que deve provocar
acordo entre as partes, MPF, IBAMA e Estado do Rio Grande do Sul nos autos da
Ao Civil Pblica processo 2002.71.07.013965-0, da 1 Vara Federal Cvel de
Caxias do Sul RS, para retornar o processo de licenciamento ambiental conjunto
IBAMA-FEPAM do Aeroporto Regional das Hortnsias, o que permitir a licitao da
obra. (COUTO, 2005)
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2 O SURGIMENTO DOS AEROPORTOS
Deixando de discorrer sobre a pr-histria da aviao, sonho dos antigos
egpcios e gregos, que representavam alguns de seus deuses por figuras aladas, e
passando por sobre o vulto de estudiosos do problema, como Leonardo da Vinci,
que no sculo XV construiu um modelo de avio em forma de pssaro, pode-se
localizar o incio da aviao nas experincias de alguns pioneiros que, desde os
ltimos anos do sculo XIX, tentaram o vo de aparelhos ento denominados mais
pesados do que o ar, para diferenci-los dos bales, cheios de gases, mais leves do
que o ar.
Ao contrrio dos bales, que se sustentavam na atmosfera por causa da
menor densidade do gs em seu interior, os avies precisavam de um meio
mecnico de sustentao para que se elevassem por seus prprios recursos. O
brasileiro Santos Dumont foi o primeiro aeronauta que demonstrou a viabilidade do
vo do mais pesado do que o ar. O seu vo no "14-Bis" em Paris, em 23 de Outubro
de 1906, na presena de inmeras testemunhas constituiu um marco na histria da
aviao.
Foi ento, atravs de Santos Dumont e seu 14-bis, que homem alcanou um
desejo que vinha desde os tempos mitolgicos: voar. No demorou para utilizarem o
avio como transporte, mas tambm como um equipamento de guerra. As pistas de
operaes eram clareiras ou campinas, sendo que at meados dos anos 30 o mar
era utilizado como aeroportos.
Figura 1: 14-BIS de Santos Dumont
Fonte: SANTOS DUMONT, 2010.
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O avio passou a tornar-se popularmente aceito como meio de transporte,
arma de defesa nacional, e meio de esporte e lazer a partir dos anos 50. A indstria
da aviao desenvolveu-se em ritmo acelerado depois da Segunda Guerra Mundial
e provocou efeito decisivo nos hbitos das pessoas, desde o jeito de morar e
trabalhar at a vida nacional.
A a viao proporcionou no inicio do sculo XX, um programa de terminal de
avies cujos condicionantes e intenes nunca tinham se colocado antes, e
proporcionou aos arquitetos um novo campo para o exerccio de sua criatividade.
Os primeiros equipamentos destinados ao uso aeroporturio ocorreram a
partir dos anos de 1930 com a operao dos Zepellins.
Voar tornou-se a metfora dos tempos modernos. O aeroporto representava
o modo de transporte por excelncia dos anos 20. O aeroporto representava nessa
poca o ideal de uma era, cujo esprito e futuro refletiam-se na forma que encerraria
os desafios da tecnologia de ponta. (VITRUVIUS, 2010)
O trmino da Segunda Guerra Mundial deu origem a dois eventos que
proporcionaram o desenvolvimento da aviao: a tecnologia obtida durante o evento
e a abundncia de aeronaves e pilotos que atuaram na Guerra. O resultado foi uma
popularizao do transporte areo e ao mesmo tempo em que o nmero de
passageiros aumentava, era necessrio infraestrutura para acomodao dos
usurios durante o processo de embarque e desembarque.
O desenvolvimento de motores a jato a partir de meados da dcada de 50
fez com que algumas empresas areas e administradoras de aeroportos
percebessem que o terminal de passageiros era equipamento fundamental na
relao homem-avio.
O avio a jato era visto como o objeto mximo da capacidade tecnolgica
humana, capaz de reduzir um vo de 24 horas com inmeras escalas entre Rio e
Nova Iorque, por um direto com menos de 10 horas de durao, e transportando
mais pessoas. Pode-se dizer que este seria o futuro to sonhado pelo homem, que
foi expresso nas belas linhas como o Terminal TWA ou Dulles.
At a introduo dos Boeing 747 e Concorde, a aviao esteve mais
preocupada em resolver os problemas de operao, navegao e segurana dos
avies, dando pouca nfase no terminal de passageiros. Com a massificao do
transporte areo e a necessidade de retornos financeiros, os terminais passaram a
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se preocupar com a permanncia das pessoas, porm sem abandonar a idia de
futurismo ou abrir mo da eficincia operacional do aeroporto, exemplos disso so
os terminais de Hong Kong (Foster) e do Kansai (Piano). Alm da integrao
homem-avio, os aeroportos passaram a ter equipamentos que permitissem o
conforto do usurio, cuja funo era tirar todo o stress causado pelas exaustivas
permanncias em aeroportos.
A preocupao de oferecer conforto aos passageiros tambm ocorreu nos
processos de operao. O advento da internet e dos sistemas de TI permitem que
as estruturas de check-in e venda de passagens pudessem ser substitudas por
totens e sites em que o passageiro pode comprar, reservar e despachar sem
intermedirios e sem burocracias.
2.1 A AVIAO NO BR ASIL
O Brasil sempre foi um precursor na atividade da aviao, desde os
primeiros experimentos com bales realizados pelo religioso Bartolomeu Loureno
de Gusmo em Lisboa Portugal, que em 1702 decolou seu frgil balo a uma
altura de 60 metros, que o fizeram conhecido como o Padre Voador. No entanto
seus feitos deixaram de ser registrados a partir de uma exibio para a corte
portuguesa, ele e sua criao foram empurrados pelo vento contra paredes de pedra
do palcio, causando grande medo a todos e alguns danos. Desde ento suas
experincias foram suspensas e no foram localizados novos registros a respeito
dos feitos do primeiro homem a subir aos cus.
Posteriormente existiram vrios registros a respeito de vos com bales,
inclusive de outro brasileiro Alberto Santos Dumont, que foi alm do uso de bales
para atingir os cus, ele foi o primeiro a conseguir decolar um objeto mais pesado
que o ar movido a motor, seu famoso 14-Bis, em Paris Frana em 1906.
(PENTEADO, 2001)
No entanto este esprito inovador e criativo que fez o pas ser precursor em
atividades areas, no evoluiu desde ento. A necessidade de aproximar as
pessoas diminuindo o tempo entre as viagens, bem como o apoio a economia pela
rapidez e agilidade dos servios areos no pas, com o tempo foi deixado em
segundo plano, pois para MOREIRA (2006):
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O Brasil possui um total de 5507 municpios, e sem o transporte areo, o pas torna-se apenas um imenso arquiplago com ilhas isoladas, vivendo em funo dos seus limites territoriais. So aproximadamente 8,5 milhes de quilmetros quadrados onde esto inseridos estes municpios, ligados por uma malha rodoviria em condies ruins, rede ferroviria e navegao de cabotagem comprometidas e deficientes. No mundo, pases continentais com dimenses semelhantes so apenas Estados Unidos, Canad, Austrlia, China e Rssia. No Brasil, assim como nesse s pase s continentais tudo se mostra longe, e a nica ferramenta eficiente para a sua sustentao econmica, integrao e desenvolvimento so as a sas de seus avies. O transporte areo passa a ter uma importncia estratgia para a coeso nacional, alm de ser a ponte para a integrao continental e mundial de qualquer pas, especialmente das naes mais isoladas ou nas que se faz necessrio percorrer grandes distncias (MOREIRA, 2006, p. 64).
Mesmo no apresentando uma malha area presente em todo territrio
nacional e de acesso a todos, boa parte da realizao com rapidez dos servios
essenciais que a sociedade brasileira recebe vem da eficincia do transporte areo,
como por exemplo: Resgate aero-mdico, transporte de rgos para transplantes,
correios, compensao bancria, compensao de vale refeio e cartes de
crdito, jornais e revistas para regies remotas, encomendas urgentes, peas de
reposio, deslocamentos urgentes, viagens a negcios, turismo, pulverizao de
lavouras, etc; tudo depende da eficincia de nossos avies (MOREIR A, 2006).
Recentemente nosso pas sofreu com uma crise que ocasionou um colapso
no sistema areo nacional, devido falta de uma estrutura adequada em nossos
aeroportos, foram uma infinidade de vos atrasados e cancelados em razo do
sucateamento de equipamentos de controle e do crescimento da demanda de
transporte de passageiros e de cargas que nosso pas apresentou nas ltimas
dcadas.
Neste contexto, surge a importncia de investimentos neste setor para a
economia nacional, afinal o transporte areo quem realiza de forma gil e segura a
movimentao de pessoas e bens dentro de um territrio de grandes dimenses,
proporcionando o desejado efeito de integrao e desenvolvimento, diante da
precariedade do transporte rodovirio, e da dificuldade de acesso a pontos isolados
do territrio. (MOREIRA, 2006)
O crescimento econmico e o surgimento de empresas de vos de baixo
custo colocam o Brasil entre os pases em que a aviao comercial mais cresce no
mundo, segundo rgos de aviao como IATA e IC AO.
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18
Apesar de todo o potencial, o setor aeroporturio brasileiro passa por
desafios, como a ausncia de planejamento de projeto a longo prazo, fundamental
para uma operao de um aeroporto. Aeroportos so ampliados ou construdos sem
a uma preocupao com a plasticidade arquitetnica, em funo da falta de
preocupao com a demanda em constante crescimento. O resultado so
aeroportos desconfortveis, funcionando mais como mquinas de apoio aos
avies, em detrimento do conforto e bem-estar de quem os utiliza.
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19
3 CARACTERSTICAS DA REGIO DE IMPLANTAO DO AEROPORTO
Uma obra de grande impacto e de carter monumental como a estrutura
de um aeroporto, envolve muitas questes que vo alm das questes ambientais.
Um aeroporto potencializa muitos segmentos de uma regio, o crescimento notado
em reas distantes de sua implantao. Um aeroporto marca o acesso de uma
regio, uma estrutura vista em nvel nacional. Por isso, importante conhecer o
local onde ser inserida esta estrutura. Segue assim, para compreenso, uma breve
descrio de um nvel mais abrangente - a nvel nacional at a regio de
implantao do aeroporto.
3.1 CARACTERSTIC AS D A REGIO SUL
A Regio Sul engloba os estados do Paran, Santa Catarina e Rio Grande
do Sul, juntos totalizam uma superfcie de 576.300,8 km. A regio Sul a menor
das regies brasileiras e faz parte da regio geoeconmica Centro-Sul. (SUA
PESQUISA, 2010).
Figura 2: Mapa do Brasil. Em destaque a Regio Sul do pas
Fonte: WIKIPEDIA, 2010a.
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20
Possui uma vegetao heterogenia com Mata dos Pinhais ou de Araucrias
(regies de planalto); Mata Atlntica (regio da Serra do Mar); Campos (na regio da
Campanha Gacha ou Pampa no Rio Grande do Sul). (SUA PESQUISA, 2010).
Tem como principais rios o rio Paran, rio Uruguai, rio Itaja, rio Jacu e rio
Pelotas, por apresentar uma grande disponibilidade de recursos fluviais, a regio
apresenta uma grande quantidade de usinas hidreltricas, capazes de produzir
energia para suprir as necessidades da regio e de alguns estados do Brasil, dentre
elas podemos destacar: Usina Hidreltrica de Itaip (no rio Paran), Machadinho (rio
Pelotas) e It (no rio Uruguai). (PORTAL BR ASIL, 2010.)
e xceo do norte do Paran , onde predomina o clima tropical, no restante
da Regio Sul o clima predominante o subtropical, responsvel pelas temperaturas
mais baixas do Brasil. Na regio central do Paran e no planalto serrano de Santa
Catarina e do Rio Grande do Sul, o inverno costuma registrar temperaturas abaixo
de zero, com o surgimento de geada e at de neve em alguns municpios. A
vegetao acompanha essa variao da temperatura: nos locais mais frios
predominam as matas de araucria (pinhais) e nos pampas, os campos de
gramneas.
Esse tipo de clima despertou a ateno dos imigrantes europeus, que
contriburam para o desenvolvimento da regio no sculo XX. Grandes levas de
famlias, provenientes em sua imensa maioria da Itlia e da Alemanha, comeam a
cruzar o Atlntico no fim do sculo XIX. Fa zendo com que a cultura da regio se
caracteriza pela influncia europia, ainda hoje, algumas cidades do Sul, celebram
as tradies dos antepassados em festas tpicas, como a Oktoberfest, em Blumenau
(SC) e a Festa da Uva, em Caxias do Sul (RS), que atraem muitos turistas. Durante
o vero, as praias catarinenses, paranaenses e gachas tambm so procuradas
por visitantes de outros cantos do Brasil e at de estrangeiros, na maioria sul-
americanos.
Sua economia bem diversificada e desenvolvida. Destacam-se as
indstrias de transformao, automobilstica, txtil, alimentcia, produtos eletrnicos
e tecnolgicos. A rea de servios tambm muito importante, destacando-se o
turismo nas cidades litorneas e nas regies de serras e sua agricultura podemos
destacar as culturas de soja, trigo, arroz, algodo, cana-de-acar, laranja, uva,
caf, erva-mate. O comrcio tambm bem movimentado em toda regio Sul.
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21
Grande parte das cidades da regio sul apresenta timos ndices sociais e
de qualidade de vida, apresenta altos ndices sociais em vrios aspectos: possui o
maior IDH do Brasil, 0,831, e o terceiro maior PIB per capita do pas, 13.208,00
reais, atrs apenas da regio Sudeste e a regio centro-oeste. A regio tambm a
mais alfabetizada, 94,8% da populao.
Os trs estados do sul - alm do Distrito Federal -, so quem renem os
melhores indicadores nacionais em educao, sade e qualidade de vida (nesse
ltimo item, inclui-se tambm o estado de So Paulo). Apesar dos trs estados
estarem entre os dez maiores arrecadadores de impostos do pas, recebem menos
verbas federais que os estados do Nordeste - mais carentes. Na tentativa de
equilibrar as contas, catarinenses e paranaenses lanam mo de programas de
privatizao de companhias de energia, gua e bancos estaduais.
O Produto Interno Bruto (PIB) da regio, correspondia em 1999, a 16,4%
(US$ 91,5 bilhes) do total brasileiro e o 2 maior do pas, aps a Regio Sudeste.
A regio possui uma boa malha rodoviria, apesar de insuficiente, em razo
do grande movimento rodovirio de veculos leves e de cargas - tambm caminho
entre o Brasil e Argentina e Uruguai. Duplicao e conservao de algumas rodovias
vitais tem sido desenvolvidas a partir de 2000. O transporte fluvial bom em alguns
rios e o martmo, possui no porto de Paranagu (Paran) seu principal ponto de
apoio, com grande movimento, principalmente para a exportao de gros e cereais
em geral. Existe um razovel movimento ferrovirio - apesar do Brasil ser bastante
deficiente neste item. O transporte areo bem movimentado, principalmente em
Porto Alegre, Curitiba, Florianpolis, Fz do Igua, Londrina e Itaja. Aeroportos
mais modernos e funcionais tem sido reformados e melhor adaptados, para atender
crescente demanda, em Curitiba e Porto Alegre principalmente.
Na culinria podemos destacar o arroz carreteiro, chimarro e churrasco
(tpicos do Rio Grande do Sul). Em Santa Catarina destacam-se os pratos a base de
camaro, o marreco com repolho roxo e a bijajica. No Paran, os pratos mais tpicos
so arroz com pinho, barreado e o carneiro no buraco. (SUA PESQUISA, 2010).
3.2 CARACTERSTIC AS DO RIO GR ANDE DO SUL
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O Rio Grande do Sul uma das 27 unidades federativas do Brasil.
Localizado na Regio Sul, possui como limites o estado de Santa Catarina ao norte,
o oceano Atlntico ao leste, o Uruguai ao sul, e a Argentina a oeste, sua capital o
municpio de Porto Alegre.
Figura 3: Mapa do Brasil, em destaque o estado do Rio Grande do Sul
Fonte: Wikipdia, 2010b
Figura 4: Mapa do Rio grande do Sul
Fonte: Wikipdia, 2010b.
o estado mais meridional do pas, conta com o quarto maior PIB -
superado apenas por So Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais -, o quinto mais
populoso e o quinto ndice de desenvolvimento humano (IDH) mais elevado.
O estado possui papel marcante na histria do Brasil, tendo sido palco da
Guerra dos Farrapos, a mais longa guerra civil do pas. Sua populao em grande
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parte formada por descendentes de indgenas, portugueses, aorianos, espanhis,
africanos, alemes, italianos, franceses e poloneses, dentre outros imigrantes.
Em certas regies do estado, como a Serra Gacha e a regio rural da
metade sul, ainda possvel ouvir dialetos da lngua italiana (talian) e do alemo
(Hunsrckisch, Plattdeutsch).
Esse estado brasileiro originalmente teve sua economia baseada na
pecuria bovina que se instalou no Sul do Brasil durante o sculo XVII com as
misses jesuticas na Amrica, e posteriormente expandiu-se aos setores comercial
e industrial, especialmente na metade norte do Estado. (WIKIPDIA, 2010b.)
3.2.1 Aeroportos do Rio grande do Sul
O Aeroporto Internacional Salgado Filho localiza-se em Porto Alegre e o
mais importante do estado, tendo uma movimentao de 5,6 milhes de passageiros
ao ano (Infraero - 2009), envolvendo o movimento de 79 mil aeronaves por ano.
Em setembro de 2001 foi concludo um novo terminal, que tem capacidade
para atender uma demanda de at quatro milhes de passageiros/ano, podendo
receber at 28 aeronaves de grande porte.
Existe o Aeroporto Internacional de Pelotas, operado pelas linhas areas
NHT. Localiza-se no sul do estado com vos at Erechim, Porto Alegre, Rio Grande
e at mesmo para Montevidu, no Uruguai.
O Aeroporto de Caxias do Sul, que importante para o estado, conta com
trs vos dirios para So Paulo (exceto aos sbados, quando tem apenas um vo).
um aeroporto operado por companhias areas como Gol e TAM, que operam com
Boeing 737, Airbus A320 e Fokker 100.
A tabela 1 que segue relaciona os aeroportos em operao no estado do Rio
Grande do Sul.
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Tabela 1: Aeroportos do estado do Rio Grande do Sul
CIDADE DESCRIO
BAG
Nome do Aeroporto Aeroporto Internacional Gustavo Kraemer
Endereo/ Telefone Rua 14 Bis s/n Tel.: (53) 3242-7702 / (53) 3242-7702
Funcionamento No opera vos comerciais regulares, somente fretamento.
CAXIAS DO SUL
Nome do Aeroporto Aeroporto Regional Hugo Cantergiani
Endereo/ Telefone Av. Salgado Filho, 345 Tel: (54) 3213-2566 / (54) 3213-2566
Funcionamento Cias Areas: Gol Base Caxias do Sul
Outros Site: http://www.caxias.tur.br
ERECHIM
Nome do Aeroporto Aeroporto Comandante Kraemer
Endereo/ Telefone Rua Delmar Rigon, 83 Tel.: (54) 3522-9852 / (54) 3522-9852
Funcionamento Cias Areas: NHT linhas Areas Base Erechim;
NHT linhas Areas Base Santa Rosa
HORIZONTINA
Nome do Aeroporto Aeroporto Walter Bnchen
Endereo/ Telefone Esq. Eldorado interior -Tel.: (55) 3537-1935 / (55) 3537-1935
Funcionamento Atende somente vos particulares
PASSO FUNDO
Nome do Aeroporto Aeroporto Lauro Kortz
Endereo/ Telefone BR 285, Km 287 Tel.: (54) 3313-6566 / (54) 3313-6566
Funcionamento Cias Areas: NHT Linhas Areas Base Passo Fundo
Txi Areo: Bertol Txi Areo
PELOTAS
Nome do Aeroporto Aeroporto Internacional de Pelotas
Endereo/ Telefone Av. Zeferino Costa s/n - Tel.: (53) 3223-1227 / (53) 3223-1227
Funcionamento Cias Areas: NHT Linhas Areas Base Pelotas
PORTO ALEGRE
Nome do Aeroporto Aeroporto Internacional Salgado Filho
Endereo/ Telefone Av. Severo Dulius, 90010 Tel.: (51) 3358-2000 / (51) 3358-
2000
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Funcionamento Cias Areas: Aerolineas Argentinas, American Airlines, Azul
Cia Area, Gol - Base Porto Alegre, NHT Linhas Areas -
Base Porto Alegre, OceanAir, Pluna Uruguay, Taca Peru,
TAM Linhas Areas Aeroporto, TAM Linhas Areas -
Moinhos de Vento, TAP Transporte Areo Portugus, TRIP
Linhas Areas, VARIG, WEBJET Linhas Areas.
Taxi Areo: Medsul Txi Areo, MS Express Servios e Txi
Areo, PMR T xi Areo, Tasul - Txi Areo Sul
RIO GRANDE
Nome do Aeroporto Aeroporto de Rio Grande
Endereo/ Telefone Alameda Uruguai, 140 Tel.: (53) 3230-1316 / (53) 3230-1316
Funcionamento Cias Areas: NHT Linhas Areas - Base Rio Grande
SANTA MARIA
Nome do Aeroporto Aeroporto de Santa Maria
Endereo/ Telefone Rua Rubens Martin Berta, s/n - Tel.: (55) 3220-3630 /
(55) 3220-3630
Funcionamento Cias Areas: NHT Linhas Areas - Base Santa Maria
SANTO NGELO
Nome do Aeroporto Aeroporto Sep Tiaraju
Endereo/ Telefone Rodovia RS 218 km 13 Tel.: (55) 3313-6617 / (55) 3313-
6617 / 3312-9779
Funcionamento Cias Areas: NHT Linhas Areas - Base Santo ngelo
URUGUAIANA
Nome do Aeroporto Aeroporto Internacional Rubem Berta
Endereo/ Telefone Caixa Postal 215 Tel.: (55) 3413-1314 / (55) 3413-1314
Funcionamento Cias Areas: NHT Linhas Areas - Base Uruguaiana
Fonte: Adaptado pela AUTORA de: SETUR, 2010.
3.3 CARACTERSTIC AS D A REGIO D A SERRA GACHA
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Segunda a Secretaria do Turismo do Rio grande do Sul (SETUR), o estado
do Rio grande do Sul est dividido em 11 Regies Tursticas, e cada regio possui
uma diviso de Microrregies Tursticas. A rea pretendida para a implantao do
aeroporto encontra-se na Regio Turstica da Serra Gacha, e esta possui uma
subdiviso em cinco microrregies.
Figura 5: Regies do RS. Em destaque a regio da Serra Gacha.
Fonte: SETUR, 2010
As cinco microrregies que constituem a regio da Serra Gacha so as
seguintes:
a) Rota das araucrias;
b) Campos de cima da Serra;
c) Uva e vinho;
d) Vale do Paranhana;
e) Hortnsias.
Essas cinco microrregies que constituem a Serra Gacha sero favorecidas
pela construo do aeroporto. Sendo que a localizao do aeroporto se dar na
microrregio denominada Hortnsias. A figura 6 ilustra as cinco microrregies que
constituem a Regio da Serra Gacha.
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Figura 6: Microregies da Serra Gacha. Em destaque a microrregio das Hortnsias.
Fonte: SETUR, 2010
Segue uma breve descrio das principais caractersticas de cada
microrregio. possvel avaliar que so regies que possuem uma tendncia ao
turismo muito forte, dentre outras caractersticas igualmente salientes.
a) Rota das Araucrias;
A Rota das Araucrias rene vinte cidades. reconhecida pela sua histria,
cultura e tradies, e encontra-se em uma regio marcada por belezas naturais
como quedas dgua, lagos e rios, muita natureza e a presena de florestas de
araucrias imponentes.
Situa-se na Regio Nordeste do Rio Grande do Sul, onde a cultura gacha
ainda reina em Festas de Capela, no chimarro, nos churrascos, na gastronomia
tpica e nos rodeios de lao. Habitam na Rota das Araucrias os descendentes de
italianos, poloneses, e os alemes. Muitas naes formam essa regio e suas
tradies ajudam a compor a cultura gacha, na histria de toda uma regio que
ainda guarda em si, os encantos das razes do Brasil.
Municpios participantes: gua Santa,Barraco,Cacique Doble,Caseiros,
Coxilha, Esmeralda,Ibia, Ibiraiaras,Lagoa Vermelha,Machadinho,Maximiliano de
Almeida,Paim Filho,Pinhal da Serra,Sananduva, Santa Ceclia do Sul,Santo
Expedito do Sul,So Jos do Ouro,Tapejara,Tupanci do Sul e Vila Lngaro.
b) Campos de Cima da Serra;
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Nove cidades compe a microrregio dos Campos de Cima da Serra. A
cultura gacha e a natureza exuberante so seus principais atrativos. A regio est
localizada no nordeste gacho, na parte mais alta do Rio Grande do Sul. A leste
esto os cnions dos Aparados da Serra e ao norte a Serra Catarinense.
A regio teve como primeiros habitantes os ndios. Ainda hoje possvel
encontrar vestgios dessa civilizao em casas subterrneas e em objetos
encontrados em escavaes. Porm, os usos e costumes do povo serrano esto
voltados para a cultura dos antigos tropeiros e do gacho.
Na gastronomia, destaque para as comidas campeiras preparadas com
pinho, charque, abbora, mandioca, o tpico churrasco e sobremesas de origem
portuguesa, como o doce de gila, fruta tpica da regio.
A histria do gacho serrano mistura-se cultura do tropeirismo, poca
importante para a economia do pas e tambm para a regio. Os tropeiros
atravessavam o pas, comercializando animais e produtos. Com isso, muitas cidades
da regio foram fundadas. Os corredores por onde passavam tropas esto sendo
resgatados e transformados em trilhas para passeios em mulas.
Cercada por florestas de araucrias, esta uma das regies mais belas do
pas. Nos Campos de Cima da Serra, podem-se conhecer de perto obras-primas da
natureza, como os cnions dos Aparados da Serra.
A regio tambm oferece atividades de rapel, passeio de bote, travessias de
cnions, trilhas de quadriciclos e jipes e belos passeios por cachoeiras e lajeados de
guas cristalinas. Conhecida tambm como a Patagnia brasileira, os Campos de
Cima da Serra oferecem locais especiais para a pesca esportiva de trutas e outras
espcies de peixes.
No inverno, a grande atrao o frio. Com temperaturas abaixo de zero,
paisagens e casas quase sempre amanhecem cobertas pelo branco das geadas,
lagos e cachoeiras congelam e a neve pode ser vista eventualmente
Municpios participantes: Bom Jesus, Cambar do Sul, Esmeralda,
Jaquirana, So Francisco de Paula, So Jos dos Ausentes, Monte Alegre dos
Campos, Muitos Capes e Vacaria .
c) Uva e vinho;
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A Regio Uva e Vinho, na Serra Gacha, possuem na paisagem um de seus
mais belos patrimnios. So morros, colinas, vales e rios que se constituem em um
ambiente com inmeras opes, atividades e possibilidades de visitao. O cultivo
da videira est presente em 16 dos 28 municpios que a compem.
Uma das experincias oferecidas para o turismo acompanhar a elaborao
dos vinhos e degustar o resultado desta elaborao nas cantinas. So 83 opes:
das pequenas vincolas familiares s empresas tradicionais da regio.
So inmeros os motivos que atraem o turista, como por exemplo, os
Roteiros Temticos:- Nossa Cultura no Meio Rural que apresenta os Roteiros
Caminhos da Imigrao, Caminhos de Pedra, Caminhos de Faria Lemos, Caminhos
do Salto Ventoso, Vale do Rio das Antas, Via do Leite e do Queijo, Caminhos da
Colnia, Estrada do Imigrante e Estrada do Sabor.
As atraes encontram-se em microrregies com caractersticas que lhes
atribuem os diferenciais como a Rota dos Trigais, Compras, Thermas e
Longevidade, Vinhedos e Vales da Serra.
Com uma infra-estrutura turstica muito qualificada, a regio encontra-se em
processo de inovao constante, o que resulta na hospitalidade e nos processos de
certificao do Bem Receber e da Economia da Experincia.
Possui amplo servio de Receptivo atravs de Agncias e Operadoras de
Turismo, concierges de Hotis e Pousadas.
uma regio que mantm parcerias em suas aes de implementao do
Turismo, com toda a Serra Gacha, Ministrio do Turismo, Embratur, Setur, Sebrae,
Senar, Emater, Instituies de Ensino Superior como a Universidade de Caxias do
Sul, Faculdade de Integrao do Ensino Superior do Cone Sul, Faculdade
Cenecista, Centro Federal de Educao Tecnolgica de Bento Gonalves e com
entidades de Cincia e Tecnologia, convnios nacionais e internacionais,
constituindo-se como aporte e gerao de conhecimento , inovao e tecnologia aos
empreendedores, visando a implementar a oferta turstica. Parceiro constante, o
Sindicato de Hotis, Restaurantes, Bares e Similares, que atua com uma infra-
estrutura de mais de cinco mil leitos, agregando e valores e novos sabores terra e,
a Associao de Turismo da Serra Nordeste, que se preocupa e se ocupa com o
conceito de uma regio de hospitalidade.
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d) Hortnsias;
A Regio das Hortnsias composta por cinco cidades: Canela, Gramado,
Nova Petrpolis, Picada Caf e So Francisco de Paula.
Canela uma cidade que oferece boa estrutura de comrcio e servio sem
deixar de ser pacata e tranqila. A cidade muito conhecida por haver famosas
atraes tursticas, tais como a Cascata do Caracol.
Gramado uma cidade colonizada por alemes e italianos, e encantadora
em meio natureza. A cidade cheia de detalhes na arquitetura, nas ruas floridas e
no comrcio de artesanato, roupas de l e couro, objetos de decorao, vinhos,
queijos e os famosos chocolates. Hotis e pousadas charmosas fazem da
hospedagem um prazer parte, cercado de qualidade e atendimento atencioso. Na
gastronomia no diferente, esmerada nos sabores alemes e italianos e no
requinte dos ambientes. A natureza cerca Gramado com a tranqilidade e
originalidade das colnias e com a imponncia de montanhas.
A identidade de So Francisco de Paula pode ser reconhecida em cada
serrano, pois os costumes tradicionalistas esto presentes no dia - a - dia da
comunidade, nos eventos, na culinria e nas lidas campeiras.
Nova Petrpolis um lugar em que o forte sotaque alemo do povo uma
atrao parte. Muito verde e muita vida esto presentes nesse pequeno recanto
gacho. Nova Petrpolis se esmerou em manter sempre seu jardim florido e
convidativo para todos visitarem e se encantarem.
Nova Petrpolis possui uma paisagem privilegiada. H sempre flores nas
casas, nas praas e h tambm a hospitalidade das pessoas que ainda conservam
um forte sotaque alemo.
e) Vale do Paranhana.
O Vale do Paranhana compreende seis municpios: Taquara, Igrejinha, Trs
Coroas, Parob, Riozinho e Rolante, que representam uma regio onde a
predominncia das culturas alem e italiana, a preservao da Mata Atlntica e a
valorizao do ambiente rural diferem de qualquer outro lugar no Estado do Rio
Grande Sul.
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31
Essa regio peculiar, pois preserva em sua cultura caractersticas
diferenciadas, como o uso do idioma alemo (dialeto Hunsrck), o associativismo, a
religiosidade das comunidades catlicas e evanglicas, a celebrao de festas
familiares e comunitrias e a organizao da pequena propriedade rural, com mo-
de-obra familiar. A agricultura e a pecuria fazem parte do cotidiano com pouco uso
de tecnologia. A junta de bois e as ferramentas tradicionais so muito utilizadas e
comum encontrar ainda as moendas de cana, descascadores e debulhadores
manuais.
O Vale do Paranhana apresenta-se como uma regio rica em atrativos
tursticos variados. No setor de compras, junto RS 115, podem ser encontradas
diversas lojas de calados e confeces em couro. No Caminho das Pipas, no
municpio de Rolante, o visitante degusta vinhos produzidos artesanalmente nas
pequenas cantinas familiares genuinamente italianas. Junto RS 020, saboreia-se a
tpica gastronomia dos imigrantes alemes. Para quem gosta de adrenalina, o
municpio de Trs Coroas oferece a estrutura completa para a prtica segura de
esportes de aventura. As tradicionais festas da regio incluem a Oktoberfet de
Igrejinha, a Expocampo de Taquara, a Kuchenfest e Festival do Chopp de Rolante,
entre outras. O municpio de Riozinho o destino perfeito para quem aprecia uma
natureza exuberante e preservada. Em Parob, os stios de convivncia
demonstram a riqueza do seu interior.
Pela diversidade de seus atrativos, facilidade de acesso e hospitalidade de
seu povo, o Vale do Paranhana o destino perfeito para quem quer um contato
autntico com a riqueza cultural e natural da regio. (FERIAS, 2010)
Informaes gerais sobre a Serra Gacha:
Tendo a sua economia voltada para a agricultura com a cultura de gros,
frutas, flores, a pecuria, indstrias metalrgicas e moveleiras e para a explorao
turstica, considera um plo turstico por atrais milhares de pessoas todos os anos.
(PLANO, 2001).
Dentre as diversas atraes que diferenciam esta regio dos demais
destinos tursticos de nosso pas podemos destacar diversas cascatas, matas de
araucrias, vistas panormicas, cnios, por uma culinria rica e admirada em todo
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pas e, principalmente, o seu clima devido a localizao em uma rea montanhosa,
com invernos moderadamente frios e veres amenos. Durante o inverno, as
temperaturas freqentemente ficam negativas e alguma neve pode ocorrer. Nevadas
com acumulaes no solo so raras. Fortes geadas, contudo, so mais freqentes,
so as principais fontes para atrair visitantes de todo o pas e cada vez mais, de
vrias partes do mundo.
Outra caracterstica marcante desta regio a herana cultural europia
trazida por imigrantes alemes e italianos que se estabeleceram nela a partir do
sculo XIV, seus usos e costumes esto presentes na arquitetura, culinria, crenas
e pelos dialetos ainda cultivados atravs das geraes, recriando um pedao da
Europa em terras brasileiras.
A regio alem, a Regio das Hortnsias, engloba cidades como Gramado,
Canela e Nova Petrpolis. Os primeiros grupos de imigrantes chegaram da
Alemanha na primeira metade do sculo XIX, vieram da Rennia , da Pomernia,
Saxnia, Baviera, Prssia e Bomia. Ainda hoje existem se fala o alemo. Alm do
idioma, os descendentes de alemes preservam a arquitetura enxaimel nas cidades,
as festas e os hbitos alimentares, com destaque para o caf colonial.
A regio italiana, a Pequena Itlia, engloba cidades como Carlos Barbosa,
Garibaldi, Bento Gonalves, Farroupilha, Flores da Cunha e Caxias do Sul.
Comeou a ser colonizada em 1875. A cultura a do Vneto, origem da maioria dos
imigrantes. O dialeto falado por muitos o talian, do Norte da Itlia. A produo de
uva e vinho, se expandiu por toda a regio, tornando-se a base da economia da
regio italiana do Rio Grande do Sul.
Dos produtos tpicos desta regio podemos destacar o vinho, pois o estado
responsvel pela maior produo vincola, em especial na serra onde so
produzidos os vinhos e espumantes de maior tradio no cenrio nacional. Ainda
podemos destacar as cidades de Canela e Gramado como produtoras do chocolate
artesanal mais admirado e procurado por turistas de todo Brasil que visitam a regio,
alm dos mveis das cidades de Gramado, Bento Gonalves e Flores da Cunha que
so sinnimos de qualidade e sofisticao e das malhas produzidas em Nova
Petrpolis admiradas pela sua qualidade e pelos bons preos.
Uma forma de turismo que vem gerando procura muito grande na regio o
turismo de aventura, que proporciona aos turistas de todas as idades um contato
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prximo com a natureza em sua essncia, sempre respeitando a fauna e a flora da
regio (PINTO, 2001).
A serra tem se especializado em encantar os turistas durante o ano com a
criao de vrios espetculos em perodos especficos, como Pscoa, Natal e Ano-
Novo, fa zendo com que o nmero de visitantes nestes perodos seja responsvel
por taxas de ocupao prximas de 100% em hotis e pousadas.
Por ser uma regio que sofre com sazonalidade do turismo, os municpios
da regio se prepararam para receber o turismo de negcios, investindo na criao
de centros de eventos modernos, capazes de receber vrias feiras, festivais e
convenes para que haja movimentao de turistas pela cidade durante alguns
perodos que so considerados como de baixa temporada.
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4 O ATUAL AEROPORTO DE CANELA
O aerdromo existente na cidade de Canela/ RS possibilita apenas a
operao do segmento da aviao geral, essa modalidade composta por
aeronaves de pequeno porte e que cumprem vos no regulares. Atualmente a
demanda de passageiros para a regio extremamente limitada devido
impossibilidade de operar com aeronaves de maior porte e de vos tursticos charts
e mesmo de linha regular. O principal uso para vos panormicos e aeronaves de
carter executivo.
O aerdromo est parcialmente envolvido por usos urbanos, fator que
restringe ampliaes, considerando-se os custos de desapropriao envolvidos.
Devido a essa impossibilidade de expanso pelos usos urbanos e de sua atual pista,
elemento regulador de demanda de um aerdromo, se faz necessria a construo
de um novo aeroporto em outra localidade.
rea atualaerdr omo deCanela
Figura 7: Localizao do atual aeroporto
Fonte: Google Earth, 2010a
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Caractersticas do Aerdromo de Canela:
Comprimento da pista: 1.260m x 18m
Superfcie: asfalto
Orientao das cabeceiras: 06 - 24
Altitude: 830m
Designatico da ICAO: SSCN, Coordenadas: 292145S, 504938W.
A classificao no qual o Aerdromo de Canela foi classificado como de
pequeno porte e que considerou a sua capacitao para operar plenamente
aeronaves EMB-110 (Bandeirantes) foi dada em 1985 pelo IAC, ento denominado
Comisso de Estudos e Coordenao de Infra-estrutura Aeroporturia (CECIA),
elaborou o Plano Aerovirio do Estado do Rio Grande do Sul (PARGS), aprovado
pela Portaria EMAER N 02/1SC4, de 12 de maro de 1985, A partir dessas
diretrizes, o desenvolvimento do aerdromo foi previsto ser mantido no stio atual,
recomendando-se, no entanto, o controle do uso do solo na rea do entorno do
aeroporto, de forma a evitar o uso e o desenvolvimento de atividades incompatveis
com as operaes aeronuticas. Foi inclusive destacada a necessidade de sustar os
loteamentos com implantao prevista para o local, de acordo como o inventrio
realizado poca do Plano Aerovirio.
No entanto, a no incorporao da recomendao do PARGS quanto ao
aspecto de relacionamento urbano teve como conseqncia maiores restries ao
desenvolvimento do aeroporto, em funo de implantaes e usos no adequados
ao Plano de Zoneamento de Rudo (uso do solo) e ao Plano de Zona de proteo de
Aerdromos (gabaritos mximos permitidos), conforme disposto na Portaria N
1.141/GM5, de 08 de dezembro de 1987, principalmente na lateral direita e no
prolongamento da cabeceira 34. (PLANO, 2001).
Figura 8: Imagem externa ao aerdromo
Fonte: LOPES, 2006
-
36
Figura 9: Imagem da pista Fonte: LOPES, 2006
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37
5 O NOVO AEROPORTO DE CANELA
A necessidade da construo de um novo Aeroporto na regio tem por
objetivo a retomada de um novo ciclo de desenvolvimento regional e constitui um
investimento estratgico do planejamento do estado. (RIMA, 1998 p.16)
O rgo empreendedor do Aeroporto de Canela o Departamento
Aeroporturio (DAP), rgo estadual vinculado Secretaria dos Transportes do
Governo do Estado do Estado do Rio grande do Sul. (RIMA, 1998 p.12)
Figura 10: Carta de Canela
Fonte: Modificado pela AUTORA de Arquivo da Prefeitura de Canela
-
38
5.1 STIO PROPOSTO PAR A O AEROPORTO
Segundo RIMA (1998):
A localizao do empreendimento no municpio de Canela se deve ao empenho de suas lideranas polticas, e a fatores locacionais definidos por caractersticas tcnicas, onde os ventos predominantes a NE foram decisivos para a escolha, alm da facilidade de acesso aos demais municpios da regio. (RIMA, 1998 p.17)
Em face da dificuldade de desenvolvimento do aeroporto de Canela no stio
atual, conforme esclarecido no captulo anterior, foram buscadas novas reas para a
implantao de um aeroporto totalmente novo e melhor equipado. A deciso quanto
a localizao do aeroporto foi precedida de vrios estudos, foram selecionados
locais para uma anlise comparativa visando a escolha de uma rea que reunisse as
melhores caractersticas.
Para analisar os principais aspectos para a escolha do sitio, foram reunidas
informaes obtidas na Prefeitura Municipal de Canela e no DAP, foram realizadas
observaes in loco, anlise de documentos, sobrevos, e levantamento topogrfico.
Dentre vrias reas potencias estudadas pelo DAP, a que se apresentou
mais favorvel para a implantao do novo aeroporto foi o stio localizado na
Fazenda do Ip, a cerca de 7,8 km na direo noroeste da Cidade de Canela, com
coordenadas geogrficas de latitude 291813,64S, longitude 504715,88W e rea
total de 131ha.
A rea patrimonial possui 131 ha e atende a proposta inicial do Governo do
Estado: comporta uma pista de 2.150 m de comprimento, porm esta dever ser
ampliada para comportar a implantao e o desenvolvimento da infra-estrutura
aeroporturia considerando a operao de aeronaves de cdigo 4D (envergadura
maior ou igual a 36m e menor que 52m) e para isto a rea patrimonial
posteriormente dever ser ampliada para 148 ha.(PLANO, 2001).
-
39
Figura 11: Localizao do stio aeroporturio
Fonte: (PLANO, 2001 p. 3-5)
Figura 12: Imagem area indicando a delimitao do stio proposto.
Fonte: Jornal Especial, 2001.
-
40
A rea atingida pela implantao do aeroporto envolve nove fraes de terra
que correspondem a 124,13 ha em meio rural. Os trs principais usos do solo nesta
rea so de reflorestamento (63,25 ha) com espcies exticas, Pinus SP, campo
nativo limpo (38,94 ha) utilizado para a criao de gado no sistema extensivo e
plantaes de macieiras (9,16 ha). As plantas em escala ampliada referente aos
usos do solo na rea de implantao do aeroporto podem ser vistos no anexo B:
Levantamento Planimtrico e Cadastral e no Anexo C: Levantamento Planimtrico e
da Vegetao.
Figura 13: Delimitao do stio proposto indicando as reas a serem desapropriadas.
Fonte: Toposul, 2002.
Conforme indicado na figura 13, as fraes de solo e seus usos so os
seguintes:
REA 1: Proprietrio: Fazenda do Ip;
Campo nativo: 3,10 ha, Reflorestamento com Eucalyptus Viminallis: 0,82 ha,
Reflorestamento com Pinus Elliotti e Pinus Taeda: 40,6 ha. Total: 44,55 ha.
REA 2: Proprietrio: Edy Alpino de Abreu;
Campo nativo limpo: 9,59 ha.
REA 3: Proprietrio: Transpinho Jos Perini;
Reflorestamento com Pinus Taeda (13 anos) 20,02 ha, Reflorestamento com
Pinus Taeda (28 anos) 2,49 ha, Reflorestamento com Eucalyptus Viminallis (30
anos) 1,67 ha. Total 24,18 ha.
REA 4: Proprietrio: Rondon Agro-silvo-pastoril Osmar Biazus;
-
41
Pomar de Macieiras 6,12 ha, Mata nativa heterognea 0,11 ha, Aude
artificial/ banhado continuo 0,06 ha, Pinus Elliotti 0,11 ha, Eucalyptus Viminallis 0,22
ha, Estradas internas 0,11 ha, Vegetao rasteira e cultivada 0,06 ha. Total: 6,79 ha.
REA 5: Proprietrio: Arquimino Alpino de Abreu;
Campo nativo limpo 7,20 ha, Mata nativa heterognea 0,48 ha. Total: 7,68
ha.
REA 6: Ademar Mendes Correa;
Campo nativo limpo 4,99 ha, Mata nativa heterognea 0,36 ha. Total: 5,35
ha.
REA 7: Proprietrio: Nelson Alpino de Abreu;
Campo nativo limpo 11,25 ha, Mata nativa heterognea 0,36 ha. Total: 12,77
ha.
REA 8: Proprietrio: Ollmer Bitencourt;
Campo nativo limpo 1,76 ha, Banhado 0,11 ha, Regenerao de Pinus
Elliotti 0,31 ha. Total: 2,18 ha.
REA 9: Proprietrio: Delmar Willche
Campo nativo 1,05 ha, Campo nativo sujo 1,36 ha, Pomar de macieira 3,04
ha, Lavoura de milho e feijo 2,20 ha, Mata nativa heterognea 11,04 ha. Total:
11,04 ha
Figura 14: Mapa de uso do solo na rea proposta do sitio aeroporturio.
Fonte: (JORNAL ESPECIAL, 2001)
-
42
5.2 ACESSO
O acesso ao novo aeroporto poder ser feito pela rodovia RS-235,
pavimentada e em razovel estado de conservao, ligando Canela Fazenda do
Ip, no sentido Canela So Francisco de Paula. A partir desta rodovia, a atual
estrada Tubiana, em terra, no poder ser utilizada para o acesso, por atravessar a
rea do stio em sua extenso longitudinal. Dessa forma, ser necessria a
elaborao de proposta de novo traado para a referida estrada, observado-se a
adequao quanto ao segmento final do acesso rea Terminal e quanto Zona de
Proteo do futuro aeroporto. (PLANO, 2001)
CANELA
RS 235
So Fra
ncisco
de Paula
RS 4
76
RS 235
Gramad o
atual
aerdromo
REA URBANADE CANELA
rea proposta
o novo aeroporto
para
Figura 15: Acesso ao novo stio aeroporturio.
Fonte: Modificado pela AUTOTA de Google Earth, 2010b
-
43
As distncias da rea aos principais centros urbanos do pas so os
seguintes, considerando-se acesso por vias asfaltadas:
Porto Alegre: 156 km;
Caxias do Sul: 85 km;
Gramado: 28 km;
Canela: 7,8 km;
So Francisco de Paula: 22 km;
Nova Petrpolis: 53 km;
Bento Gonalves: 127 km
Em relao as principais capitais dos pases do MERCOSUL, tem-se as
seguintes distncias:
Montevidu (Uruguai): 1046 km;
Buenos Aires (Argentina): 1781 km;
Assuno (Paraguai): 1056 km
(RIMA, 1998 p.13-14)
5.3 CARACTERSTIC AS FSIC AS
O terreno do stio proposto encontra-se em regio caracterizada por relevo
bastante ondulado, o que ir requerer um volume significativo de cortes e aterros
para implantao de pista de pouso e demais componentes aeroporturios. O sitio
apresenta-se com uma elevao do terreno tendo-se como referncia o eixo da pista
de pouso/ decolagem e o limite patrimonial adjacente rodovia RS-235, constantes
da proposta do Governo do Estado. A planta de Levantamento Planialtimtrico e
Perfil Longitudinal do terreno podem ser consultados no anexo A: Levantamento
Planialtimtrico e Cadastral e Anexo E: Perfil Longitudinal do Eixo.
-
44
Considerando-se as caractersticas do relevo da rea, bem como a
existncia de plantio de maas, eucaliptos e pinus, alm de algumas residncias e
linha de energia, haver a necessidade de preservar as reas de proteo, conforme
disposto na Portaria n1.141/ GM5 de dezembro de 1987, Plano de Zona de
Proteo de Aerdromos. (PLANO, 2001)
A orientao da pista de pouso e decolagem noroeste-sudeste e os ventos
predominantes a nordeste conforme ilustra a figura 16.
LESTEOESTE
VENTOS PREDOMINANTESNORDESTE
Figura 16: Orientao da pista
Fonte: Modificado pela AUTOTA de Google Earth, 2010b
5.4 ENTORNO IMEDIATO
Em virtude da existncia de pequenas reas com rvores nativas nas
proximidades da rea do futuro aeroporto, a questo ambiental relativa ao stio
destinado implantao do Aeroporto foi encaminhado pela SECTRAN-RS, junto
aos rgos competentes. Sobre esta questo, no foi apontado nenhum
impedimento no stio, cabendo destacar que as outras reas investigadas foram
-
45
consideradas desfavorveis sob este aspecto, em funo da dimenso ecolgica
relativa s florestas naturais nela existentes.
O stio aeroporturio est fora do permetro urbano de Canela e dos vetores
de expanso urbana, sendo o entorno caracterizado pelo relevo bastante ondulado.
O uso do solo na rea do entorno essencialmente rural, observando-se um
reduzido nmero de edificaes. No entanto, observa-se um pequeno grupo de
residncias nas proximidades da rodovia RS-235, bem como a presena de
pequenas reas com araucrias, o que, sob o aspecto ambiental, exigir especial
ateno, tendo em vista a implantao e o desenvolvimento da rea terminal do
Aeroporto. A ampliao na largura da rea patrimonial somente ser possvel no
trecho da rea terminal no sentido nordeste/ sudoeste. (PLANO, 2001)
5.5 CARACTERSTIC AS TCNIC AS
Para garantir o desenvolvimento do aeroporto, torna-se prioritrio que sejam
desenvolvidas aes permanentes e eficazes no sentido de se preservar e alcanar
a disponibilidade de toda a rea patrimonial proposta.
A concepo para o novo aeroporto dever ser norteada pelos seguintes
critrios:
Conter, ao mximo, a curva de rudo 1 do Plano Bsico de
Zoneamento de Rudo, para uma pista Categoria Aviao Regular de
Grande porte de Mdia Densidade (Portaria N1.141/GM5, de 08 de
dezembro de 1987), nos limites patrimoniais do aeroporto;
Adequar a localizao das cabeceiras, mantendo distncia mnima de
250m de cada cabeceira at o limite patrimonial;
Possibilitar a implantao de auxlios navegao area, para
operao de preciso, considerando a cabeceira 16 como
predominante.
-
46
Sob a tica de mximo potencial de desenvolvimento, a rea potencial inicial
poder oferecer condies para a implantao de pista e pouso e de decolagem
com comprimento final de 2.500m, desde que observados os critrios anteriormente
descritos. Entretanto, para permitir o adequado desenvolvimento dos demais
componentes aeroporturios, fazem-se necessrios os seguintes acrscimos de
rea ao patrimnio do aeroporto, visando adequ-lo ao cdigo 4D IFR preciso,
conforme descrito a seguir.
4,0 ha, de forma a obter distncia mnima de 250 m da cabeceira 16
ao limite patrimonial, cabendo ressaltar que uma nova localizao
dessa cabeceira seria mais onerosa, em funo das caractersticas do
relevo da rea;
3,0 ha, visando possibilitar a implantao, em longo prazo, de pista de
txi paralela, salvaguardando a sua rea de proteo (aeronaves
cdigo D);
7,5 ha para dotar o aeroporto de ALS;
2,5 ha para complementar a poro do sitio reservada a implantao
dos componentes constituintes dos Sistemas de passageiros e de
cargas/ rea de Apoio, a fim de proporcionar uma rea com a
dimenso transversal mais adequada.
Dessa forma, a rea patrimonial conveniente implantao do aeroporto
totaliza 148 h, ou seja, 17 ha a mais do que a proposta inicial. (PLANO, 2001)
Seguem abaixo a caracterizao do Aeroporto, segundo elaborao do DAP:
Operaes IFR- no preciso
Orientao da pista pouso/ decolagem 16/34
Coordenadas geogrficas do centro geomtrico da pista 504715W
291913S
Elevao do aerdromo 860m
Cdigo de pista 3C-IFR*/
(no preciso)
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47
Dimenses da pista de pouso/decolagem:
Comprimento 2.150m
Largura da pista de pouso/ decolagem 30m
Declividade efetiva 0,5544%
Declividade transversal 1,5%
Largura faixa de pista preparada (terraplenado) 150m
Largura da faixa de pista 300m
Comprimento da faixa de pista (terraplenado) 2.270m
Ptio de aeronaves principal 245mx121m
Taxi way 216mx23m
Aeronave de projeto Boeing 737/300
Capacidade de passageiros 134pax
reas de proteo:
rea de aproximao Rampa R1-1/50
Rampa R2-1/40
rea de transio Rampa 1/7
rea horizontal interna Distncia - 4000m
Operao de aeronaves em aproximao sujeita s regras de vo por
instrumentos, que utilizam para orientao auxlios navegao de no-preciso,
tais como NDB, VOR e VOR DOPPLER. (CRONOGR AMA, 2003).
5.6 ATIVID ADE AERONATICA
A definio da rea do novo sitio, foi baseada em condies de infra-
estrutura compatveis com a operao de aeronaves de passageiros, haja vista o
-
48
potencial turstico da Regio das Hortnsias. Dessa forma, ser avaliado o
comprimento de pista de 2.150m, preliminarmente proposto pela SECTRAN-RS/
Departamento Aeroporturio (DAP) do Rio Grande do Sul.
Para a mencionada anlise operacional da pista de pouso e decolagem,
foram consideradas as aeronaves de passageiros tipo ERJ-145ER, FK-100, B737-
300C, B737-400, B737-500, 767-300ER e A-319, em virtude de se observar a
predominncia da utilizao destes equipamentos nos vos domsticos, incluindo os
tursticos de fretamento.
Nesta avaliao de desempenho de aeronaves, foram ainda adotadas as
seguintes caractersticas fsicas e operacionais:
Altitude: 850m (2.789 ps)
Temperatura de referncia: 27
Declividade de pista e ventos: nulos
Condies operacionais das aeronaves: 100% e 80% de Carga Paga
(CP) e 100% de passageiros mais bagagens (P+B)
Os resultados desta avaliao esto apresentados nos quadros a seguir:
Tabela 1: Anlise Operacional pista de pouso e decolagem (comprimento de 2.150m)
Fonte: (PLANO, 2001 p. 4-2)
-
49
Para fins comparativos quanto a abrangncia dos alcances das aeronaves
consideradas na presente anlise, so apresentadas, a seguir, algumas distncias
areas entre a Regio das Hortnsias (tendo-se como referencial a localidade de
Canela) e alguns destinos nacionais e internacionais no mbito do Cone Sul.
Tabela 2: Distncias areas a partir da Regio (Canela)
Fonte: (PLANO, 2001 p. 4-3)
Tendo-se com referencial os resultados da anlise operacional para o
comprimento de pista de 2.150m, levando-se em conta apenas a condio 100%
P+B (Passageiros+Bagagens), em virtude de o mercado potencial do transporte
areo na regio estar correlacionando com o turismo, pode-se afirmar que todas as
aeronaves consideradas podero alcanar as localidades apontadas, exceo do
ERJ-145ER, FK-100 e o B737-300, nas ligaes com Salvador e Recife.
Por outro lado, a pista com 2.500m possibilitar atender regio das
Hortnsias em todas essas ligaes, bem como aeronaves do tipo DC-10, MD-11 e
B747/300, em ligaes com a Europa e Amrica do Norte, ressaltada a necessidade
de utilizao de ponto de escala, nas ligaes com a Europa (Aeroporto de Cabo
Verde), considerando equipamentos do tipo B747/300.
-
50
Figura 17: Raios de alcance (pista de pouso e decolagem de 2.500m)
Fonte: (PLANO, 2001 p.4-4)
5.7 CONCEPO PROPOSTA PARA A INFR A-ESTRUTURA AEROPORTU RIA
A rea patrimonial proposta de 148 ha proposta permitir o completo
desenvolvimento de todos os componentes compatveis como o terminal
aeroporturio de grande porte, desta forma, dever se buscar a desapropriao da
rea total proposta.
Quanto a localizao, acessibilidade, ocupao da rea do entorno,
topografia, obstculos, tipo de solo, ventos, infra-estrutura bsica e meio ambiente, a
rea selecionada, considerando ainda o uso de solo do seu entorno, apresenta-se
favorvel a implantao e ao desenvolvimento de empreendimento compatvel com
a Regio das Hortnsias.
No entanto, se aplicarmos os requisitos de uso do solo, conforme o Plano
Bsico de Zoneamento de Rudo, para a pista com comprimento final de 2.500m,
Categoria Aviao Regular de Grande Porte de Mdia Densidade, conforme Portaria
-
51
N 1.141/GM5, de 08 de dezembro de 1987, observa-se que a curva 1 de nvel de
rudo ultrapassa os limites patrimoniais do stio proposto, conforme ilustrado na
figura: Plano Bsico de Zoneamento de Rudo.
Para tanto, a Prefeitura Municipal dever criar legislao especfica para
estas reas, no sentido de preserv-las de ocupao com usos incompatveis com
as atividades areas. Quanto ao Plano de Zona de Proteo, o stio foi
dimensionado para uma classificao equivalente ao Cdigo 4D IFR Preciso,
conforme disposta na Portaria supramencionada. (PLANO, 2001)
5.7.1 Parmetros gerais de configurao:
A implantao inicial do aeroporto dever ser norteada pela execuo da
infra-estrutura mnima necessria sua operao, haja vista que a consolidao do
trfego areo est correlacionada com o desenvolvimento das atividades
econmicas da regio.
O Aeroporto dever ter a implantao e o seu desenvolvimento orientado
pelos seguintes parmetros gerais de configurao:
Utilizar os critrios preconizados no Anexo 14 da Organizao de
Aviao Civil Internacional OACI (ver tabela 4)
Alcanar soluo de configurao que possibilite, a curto e mdio
prazos, a operao de equipamentos de cdigo 3D, sem invalidar a
operao de aeronaves de classificao 4D, de forma a possibilitar o
pleno desenvolvimento do stio aeroporturio destinado a implantao
do novo aeroporto;
Possibilitar a operao de aeronaves na condio por instrumento
(IFR Preciso);
-
52
Tabela 3: Critrio de planejamento do Anexo 14 da OACI Cdigo Letra D
Fonte: (PLANO, 2001 p.5-3)
5.7.2 Configurao da Implantao Inicial
A configurao da Implantao inicial refere-se execuo da infra-
estrutura mnima necessria para o aeroporto, visando operao de equipamentos
de classificao OACI 3D, consistindo em:
Pista de Pouso e Decolagem 16/34: 2.150m x 30m, PCN 40/F/B/X/T;
Pistas de Txi para a Aviao Regular: sada a 90 (ligao ao Ptio),
totalizando 6.377 m;
Pista de Txi para a Aviao geral: sada a 90 (ligao aos
Hangares), totalizando 4.854,5m;
Ptio Principal de Aeronaves: 130mx 80m (10.400m);
Terminal de Passageiros: 25mx25m (625m);
Estacionamento de Veculos: 8.825m;
Vias de Servio: 3.800m;
Parque de Abastecimento de Aeronaves (PAA): 01 lote de 30mx 30m
(900m);
-
53
Servio de Salvamento e Combate a Incndio (SESCINC), Categoria
CAT-5: com 250m edificveis e via de acesso pista de pouso com
1.700 m;
Vias de acesso: 8.200m;
Casa de Fora (KF) com 44m;
Hangares da Aviao geral: reserva de 02 lotes, tendo cada 400m de
projeo edificvel e 460m de ptio frontal (lado ar).
Cabe mencionar que, para a implantao do empreendimento, necessrio
o incio das aes de desapropriao definitiva da rea estabelecida para o
aeroporto. Alm disso, as aes administrativas e normativas devem ser
implementadas, visando preservar a rea do entorno do stio de ocupaes
incompatveis com as atividades aeronuticas, bem como outras medidas relativas
conformidade ambiental do projeto, conforme prev a legislao.
Figura 18: Proposta de implantao inicial (Anexo H)
Fonte: (PLANO, 2001 p.5-9)
-
54
Figura 19: Detalhe da implantao inicial (Anexo I)
Fonte: (PLANO, 2001 p.5-10)
5.7.3 Configurao da Implantao Final
As ilustraes constantes nas figuras Implantao Final e Implantao
Final Detalhe figuras 19 e 20, consistem na viso de planejamento que demonstra
o potencial de desenvolvimento do stio aeroporturio destinado implantao do
novo aeroporto, visando a operao de equipamentos de classificao OACI 4D.
Essa configurao, decorrente da implantao inicial, proposta sentido de
se obter um complexo aeroporturio de grande porte, capaz de oferecer equilbrio
das capacidades relativas aos seus componentes aeroporturios, consistido em:
rea patrimonial de 148 ha;
Pista de Pouso e Decolagem 16/34: 2.500m x 45m, PCN 60/F/B/X/T;
Pistas de Txi: totalizando 94.500m;
-
55
Ptio Principal de Aeronaves: com 29.400m, tendo o comprimento
total de 245m e largura de 120m;
Terminal de Passageiros: 50m x 25m (1.250m);
Estacionamento de Veculos: 12.400 m;
Via de Servio: 3.800 m;
Parque de Abastecimento de Aeronaves (PAA): 02 lotes, tendo cada
as dimenses de 30x30m (900m);
Torre de controle (140m);
Servio de Salvamento e Combate a Incndio (SESCINC), Categoria
CAT-5: com 1.000m edificveis e via de acesso pista de pouso com
1.700 m;
Vias de Acesso: totalizando 13.000 m;
Casa de Fora (KF) com 88m;
Ptio de Aviao Geral com 70m x 115m (8.100m);
Hangares da Aviao Geral: 8 lotes, tendo cada 400 m de projeo
edificvel e 460 m de ptio frontal (lado ar).
Figura 20: Implantao Final (Anexo J)
Fonte: (PLANO, 2001 p.5-11)
-
56
Figura 21: Detalhe da Implantao Final (Anexo L)
Fonte: (PLANO, 2001 p.5-12)
5.8 REAS DE INFLUNCIA DO AEROPORTO
O Conselho Nacional do Meio-Ambiente (CONAMA) define as diretrizes
gerais para as reas impactadas por um empreendimento, que denominada rea
de influncia. A rea de influncia aquela afetada direta ou indiretamente pelos
impactos gerados pelo empreendimento.
Segundo RIMA (1998, p.31):
A rea de influncia direta a zona ou regio onde sero implantadas as atividades do projeto, sejam elas de natureza produtiva ou de infra-estrutura, como o caso do Aeroporto, onde as aes impactadoras so sentidas tal qual elas se do, sem alternativas de tempo ou de distncia. A rea de influncia indireta corresponde regio no entorno do local escolhido, definida a partir da distncia limite desta (raio mximo de ao dos impactos), at um limite mximo a ser estipulado conforme os condicionantes locais que envolvem a biota, a bacia hidrogrfica e o meio antrpico.
No caso da implantao de um complexo aeroporturio, alm dos critrios
envolvendo o ecossistema ou o meio-ambiente local e regional, tambm devem ser
-
57
levados em considerao os regulamentos especficos do Ministrio da Aeronutica,
relacionados :
ASA REA DE SEGURANA AEROPORTU RIA
PLANO BSICO DE PROTE O
PLANO DE ZONEAMENTO DE RUDOS.
A Prefeitura Municipal de Canela lanou leis municipais acerca dos temas
como forma de estabelecer as diretrizes do Cdigo Brasileiro de Aeronutica:
A Lei Municipal N 1.974-2003 institui o Plano Bsico de Proteo do
Aeroporto da Regio das Hortnsias.
A Lei Municipal N 1.974-2003 institui o plano Bsico de Zoneamento de
Rudos do Aeroporto da Regio das Hortnsias.
Figura 22: Plano de zoneamento de rudos
Fonte: (PLANO, 2001 p.5-8)
Os Anexos F e G apresentam o projeto do Departamento Aeroporturio para
o Plano Bsico de Zoneamento de Rudo e Plano de Proteo para o Aeroporto.
5.9 CONDICIONANTES DE PROJETO
A legislao e normas que regem o projeto de um aeroporto so especficas
e designadas pela Aeronutica, DAC, e outros rgos internacionais de aviao civil.
O Plano Diretor de Canela prev em seus usos a rea especfica da implantao do
-
58
novo Aeroporto, como sendo uma zona de Uso Especial, neste caso a legislao
vigente determinada por rgos especializados.
Existe uma recomendao de observar as leis ambientais e Ecocidade. Em
relao dimenso espacial do terminal de passageiros o dispositivo modulador do
mesmo o tamanho de sua pista de pouso e decolagem, esta ir determinar o
tamanho das aeronaves que ali iro operar. Alm do tamanho das aeronaves feito
um estudo de categoria que define a hora pico de demanda. Para o Aeroporto da
Regio das Hortnsias, as caractersticas da pista so:
Classe: 3C No Preciso, Orientao: 16-34, Dimenses: 2.150m x 30m,
Aeronave de Projeto: 737-300 Faixa de Pista: 2.270m x 150m, Rampa de Transio:
1/7, rea de Aproximao: RI 1/50. Levando em considerao que o futuro
Aeroporto poder atender a demanda de duas aeronaves 737-300 simultneas, ou
seja, uma decolando e outra aterrissando, se obtm a demanda do Terminal de
Passageiros, segundo recomendaes da ICAO para Planejamento de Aeroportos.
5.9.1 Condicionantes Gerais
A Infraero define os critrios e condicionantes mnimos necessrios
elaborao de projetos de arquitetura de aeroportos.
a) Condies Gerais
Integrar e harmonizar os projeto