staley - fundamentos em ortodontia: diagnÓstico e planejamento

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Diagnóstico e Tratamento Robert N. Staley | Neil T. Reske ORTODONTIA: Fundamentos em

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Fundamentos em Ortodontia: Diagnóstico e Tratamento foi concebido para ajudar os alunos de odontologia, especialistas em Ortodontia, Odontopediatria e dentistas em geral a compreenderem os conceitos básicos e os procedimentos essenciais para o diagnóstico, planejamento e tratamento dos pacientes portadores de problemas de maloclusão. Conheça mais sobre a obra -> http://bit.ly/1kueOAW

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Page 1: STALEY - FUNDAMENTOS EM ORTODONTIA: DIAGNÓSTICO E PLANEJAMENTO

Diagnóstico e Tratamento

Robert N. Staley | Neil T. Reske

Robert N. Staley | Neil T. Reske

Staley | Reske

ORTODONTIA:Fundamentosem

ORTO

DONTIA

:D

iagnóstico e Tratamento

Fundamentos em

Diagnóstico e TratamentoORTODONTIA:

Fundamentosem

Classificação de Arquivo RecomendadaODONTOLOGIAORTODONTIA

www.elsevier.com.br/odontologia

Fundamentos em Ortodontia: Diagnóstico e Tratamento foi concebido para ajudar os alunos de odontologia, especialistas em Ortodontia, Odontopediatria e den-tistas em geral a compreenderem os conceitos básicos e os procedimentos essenciais para o diagnóstico, planejamento e tratamento dos pacientes portadores de proble-mas de maloclusão.

São descritas as etapas do diagnóstico dos problemas ortodônticos básicos, análise das radiografias dentárias, incluindo muitos formulários e gráficos que são utilizados para examinar, diagnosticar e projetar os aparelhos dentários. Aprenda sobre a mecânica aplicada na movimentação dos dentes pelos aparelhos, os diferentes tipos de aparelhos e os materiais ortodônticos disponíveis no mercado. As fotografias em forma de passo a passo demonstram como obter as impressões das arcadas dentárias, criar moldes em gesso, escrever uma prescrição de cada aparelho para o laboratório e criar vários aparelhos fixos e removíveis.

Características Chave:¡ Manual prático para diagnosticar e elaborar o tratamento das maloclusões

¡ Amostras de formulários ortodônticos

¡ Exemplos mostrando como escrever exatamente as prescrições dos dispositi-vos ortodônticos para o laboratório

¡ Fotografias passo a passo exibindo a criação dos aparelhos e a sua utilização no tratamento

OS AUTORES

Robert N. Staley, D.D.S., M.A., M.S, é professor no Departa-mento de Ortodontia do Uni-versity of Iowa College of Den-tistry, do qual faz parte do corpo docente desde 1970. Ele é diplomado no American Board of Orthodontics, e entre seus muitos prêmios, recebeu o Stu-dent Research Group Mentor of the Year Award de 2003-2004. O Dr. Staley atuou como consultor editorial em vários periódicos especializados e ocupa uma ca-deira no conselho editorial da The Angle Orthodontist.

Neil T. Reske, M.A., também do University of Iowa College of Dentistry, leciona para alu-nos de Odontologia, residentes em Ortodontia e residentes em Odontologia pediátrica os prin-cípios e técnicas da fabricação de aparelhos em laboratório.

Outros títulos da Elsevier em Ortodontia disponíveis em e-book ou impresso:

Ortodontia – Princípios e Técnicas Atuais – 5ª ediçãoLee W Graber / Robert L Vanarsdall / Katherine W L Vig

Ortodontia Contemporânea5ª ediçãoWilliam R. Proffit/ Henry W. Fields, Jr./ David M. Sarver

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Fundamentos em OrtodontiaDiagnóstico e Tratamento

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Fundamentos em OrtodontiaDiagnóstico e Tratamento

Robert N. Staley D.D.S., M.A., M.S.Professor

e

Neil T. Reske B.A., M.A.Instructional Resource Associate

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© 2014 Elsevier Editora Ltda. Tradução autorizada do idioma inglês da edição publicada por Wiley-Blackwell. Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei 9.610 de 19/02/1998. Nenhuma parte deste livro, sem autorização prévia por escrito da editora, poderá ser reproduzida ou transmitida sejam quais forem os meios empregados: eletrônicos, mecânicos, fotográf cos, gravação ou quaisquer outros. ISBN: 978-85-352-6938-3 ISBN (versão eletrônica): 978-85-352-6981-9 ISBN (plataformas digitais): 978-85-352-6926-0

Copyright © 2011 by Blackwell Publishing, Ltd. This edition of Essentials of orthodontics: diagnosis and treatment by Robert N. Stale y and Neil T. Resk is published by arrangement with Wiley-Blackwell, Blackwell Publishing. ISBN: 978-0-8138-0868-0

Capa Studio Creamcrackers Editoração Eletrônica Thomson Digital

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Nota Como as novas pesquisas e a experiência ampliam o nosso conhecimento, pode haver necessidade de alteração dos métodos de pesquisa, das práticas prof ssionais ou do tratamento médico. Tanto médicos quanto pesquisadores devem sempre basear-se em sua própria experiência e conhecimento para avaliar e empregar quaisquer informações, métodos, substâncias ou experimentos descritos neste texto. Ao utilizar qualquer informação ou método, devem ser criteriosos com relação a sua própria segurança ou a segurança de outras pessoas, incluindo aquelas sobre as quais tenham responsabilidade prof ssional.

Com relação a qualquer fármaco ou produto farmacêutico especif cado, aconselha-se o leitor a cercar-se da mais atual informação fornecida (i) a respeito dos procedimentos descritos, ou (ii) pelo fabricante de cada produto a ser administrado, de modo a certif car-se sobre a dose recomendada ou a fórmula, o método e a duração da administração, e as contraindicações. É responsabilidade do médico, com base em sua experiência pessoal e no conhecimento de seus pacientes, determinar as posologias e o melhor tratamento para cada paciente individualmente, e adotar todas as precauções de segurança apropriadas.

Para todos os efeitos legais, nem a Editora, nem autores, nem editores, nem tradutores, nem revisores ou colabo-radores, assumem qualquer responsabilidade por qualquer efeito danoso e/ou malefício a pessoas ou propriedades envolvendo responsabilidade, negligência etc. de produtos, ou advindos de qualquer uso ou emprego de quaisquer métodos, produtos, instruções ou ideias contidos no material aqui publicado.

O Editor

CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ

C981 5.ed Cunningham tratado de f siologia veterinária / Bradley G. Klein. - 5. ed. - Rio de Janeiro : Elsevier, 2014.

il. ; 27 cm. Tradução de: Cunningham’s textbook of veterinary physiology, 5th Inclui apêndice Inclui índice ISBN 978-85-352-7102-7

1. Fisiologia veterinária. I. Klein, Bradley G. II. Título. 13-07785 CDD: 636.0891 CDU: 619:611

C0085.indd ivC0085.indd iv 11/01/14 10:29 AM11/01/14 10:29 AM

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v

Para Kathleen H. Staley e Janet L. Reske.

Dedicatória

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Não podemos obter todo o conhecimento de uma só vez. Temos de começar acreditando; depois, podemos

ser levados a dominar as evidências por nós mesmos.

São Tomás de Aquino

Epígrafe

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Revisão Científi ca

Jorge Abrão Professor Associado 3 do Departamento de Ortodontia da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo Diretor Científ co ABOR São Paulo

Tradução

Andréa Favano (Caps. 3 e 4) Cirurgiã-dentista graduada pela Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo (FOUSP) Graduação em Letras - Habilitação Tradutor Intérprete Inglês/Português pelo Centro Universitário Ibero-Americano Especialista em Tradução de Inglês pela Universidade Gama Filho

José de Assis Silva Júnior (Cap. 2) Especialista em Estomatologia pela UFRJ Mestre e Doutor em Patologia pela UFF

Douglas Futuro (Caps. 9, 10, 11, 12, 13 e 15) Médico Ortopedista – RJ

Erica Dalben (Cap. 14) Cirurgiã-dentista graduada pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) Especialista em Endodontia pela ABO-RJ Especialista em Ortodontia pela Unicastelo-SP

Luiz Claudio de Queiroz Faria (Caps. 1 e 5) Tradutor Técnico Inglês/Português Espanhol/Português

Miriam Yoshie Tamaoki (Índice) Cirurgiã-dentista graduada pela Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo (FOUSP)

Vanessa de Araujo Souza Brunet (Caps. 6, 7 e 8) Cirurgiã-dentista graduada pela Faculdade de Odontologia da UFMS Especialista em Ortodontia e Ortopedia Facial pela ABO-MS Certif cado de Inglês Avançado pela Universidade de Cambridge Certif cado de Inglês pela Universidade de Oxford

Revisão Científica e Tradução

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Sumário

Prefácio xiiiAgradecimentos xvIntrodução xvii

1. Diagnóstico Ortodôntico e Plano de Tratamento

Oclusão Normal e Ideal 1Oclusão Normal na Dentição Decídua 1Oclusão Cêntrica e Relação Cêntrica 1Classifi cação da Maloclusão de Angle 2

Maloclusão Classe I de Angle 2Maloclusão Classe II Divisão 1 de Angle 4Maloclusão Classe II Divisão 2 de Angle 4Maloclusão Classe III de Angle 5Maloclusões Super Classe I 5Subdivisões das Maloclusões 6Compensações Dentárias dos Incisivos

nas Maloclusões Classe II e Classe III 6Sistema de Notação Iowa

para a Classifi cação de Angle 6Regras para Atribuir a Classifi cação de Angle 7Classifi cação da Gravidade de uma

Maloclusão 7Documentação Ortodôntica 7Exame Clínico 8Resumo dos Achados, Listas de Problemas

e Diagnóstico 11Consulta com o Paciente e/ou Responsáveis 12

2. Moldagem e Modelos de Estudo

Modelos de Estudo 15Modelos Digitais 15Moldagem com Alginato 16Moldagem da Arcada Inferior 16Moldagem da Arcada Superior 16Registro da Oclusão Cêntrica 17Vazamento do Gesso dos Modelos

de Estudo 17Recorte dos Modelos de Estudo 18

3. Análise de Modelo Dentário em Adultos

Análise do Tamanho Dentário e Comprimento da Arcada 27Medida do Tamanho Dentário

e do Comprimento da Arcada 27Fatores que Infl uenciam a Análise

do Tamanho de Dente e o Comprimento da Arcada 28

Inclinação dos Incisivos e Posição Anteroposterior 28

Comparação de Análise de TSALD e o Índice de Irregularidade 30

Medidas de Comprimento da Arcada 30Montagem dos Modelos para Diagnóstico 31

Análise de Bolton 31Medidas de Traspasse Vertical e Trespasse

Horizontal 33Apinhamento Inferior 33Larguras de Dentes em Oclusão Normal 35

4. Análise de Modelo na Dentição Mista

Análise do Tamanho Dentário e Comprimento da Arcada 37

Predição das Larguras de Caninos e Pré-molares não Erupcionados 37

Aumento Radiográfi co dos Caninos e Pré-molares não Erupcionados 39

Método de Predição Revisado de Hixon-Oldfather 39

Método de Predição de Iowa para Ambas as Arcadas 39Arcada Superior 39Arcada Inferior 41Desvio-padrão 41

Problemas de Imagens Radiográfi cas 42Método de Predição de Equação Proporcional 43Método de Predição de Tanaka e Johnston 44Medida de Comprimentos

da Arcada em Modelos 45

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Sumáriox

Instrumentos de Medida e Diretrizes 46Fatores que Infl uenciam uma Análise de

Comprimento de Arcada de Dentição Mista 46Interpretação de uma Análise de

Comprimento de Arcada de Dentição Mista 47

5. Análise Radiográfi ca

Radiografi a Periapical 49Radiografi a Panorâmica 49Radiografi as Oclusais 52Radiografi as por Feixe Cônico 52Radiografi as Cefalométricas

em Norma Lateral 54Pontos Anatômicos 55Pontos Cefalométricos 55Localizações dos Pontos Cefalométricos 56Planos Cefalométricos 57Ângulos e Medidas Cefalométricas 57Ângulos e Medidas Esqueléticas 57Ângulos Dentários 58Distâncias dos Incisivos

até as Linhas Verticais Anteriores 58Normas Cefalométricas e Objetivos

do Tratamento 59Traçado Cefalométrico Lateral 61Radiografi a Cefalométrica Posteroanterior 61Radiografi a Analógica versus Digital 62

6. Arcos Linguais e Palatinos

Discrepância entre Incisivos e Espaço Livre 65Arco Lingual de Contenção Passiva Inferior 65Prevalência do Apinhamento Incisal 65Perda Prematura do Primeiro Molar 66Perda Assimétrica do Primeiro Canino 67Arco de Contenção de Nance 68Arco Transpalatino 69Instalação de um Arco Palatino ou Lingual

Passivo 69Arcos Palatinos e Linguais Semifi xos 72Efeitos Colaterais Indesejados

dos Arcos Linguais e Palatinos Ativos e Passivos 73

Prescrição Laboratorial e Construção de um Arco Lingual com Alça 74

Insucesso de um Arco Lingual Inferior 74

7. Tratamento das Mordidas Cruzadas Anteriores

Prevalência das Maloclusões de Mordida Anterior 81

Classifi cação de Angle 81

Desvio Funcional de Relação Cêntrica a Oclusão Cêntrica no Fechamento 81

Sobremordida 81Comprimento de Arco Adequado 82Inclinação das Raízes dos Incisivos Inferiores 82Rotação do Dente na Mordida Cruzada 83Número de Dentes na Mordida Cruzada 83Alinhamento dos Dentes Anteroinferiores 83Tratamento das Mordidas Cruzadas

Anteriores com Aparelhos Removíveis 83Tratamento das Mordidas Cruzadas

Anteriores com Aparelhos Fixos 84Construção de um Aparelho Removível

Superior Redutor de Diastemas e Corretor de Mordidas Cruzadas em Incisivos Laterais 89

8. Tratamento da Mordida Cruzada Posterior

Defi nição de Mordida Cruzada Posterior 97Prevalência das Maloclusões

do Tipo Mordida Cruzada Posterior 97Classifi cação de Angle 97Medidas das Distâncias Intermolares 97Idade do Paciente 98Inclinação Vestibulolingual

dos Dentes Posteriores 98Etiologia da Mordida Cruzada Posterior

Unilateral e Bilateral 98Dimensão Vertical 99Tratamento das Mordidas Cruzadas

Posteriores 99Correção das Mordidas Cruzadas Posteriores

com Aparelhos Removíveis 100Correção da Mordida Cruzada Posterior

com Aparelhos Expansores Fixos 105

9. Tratamento dos Diastemas entre Incisivos

Prevalência dos Diastemas entre Incisivos Superiores 115

Fatores Etiológicos a Considerar 115Tamanho dos Dentes e Análise Bolton 115Tamanho do Arco 117Freio Labial Superior 117Incisivos Rotacionados 117Hábito de Sugar o Polegar 118Classifi cação de Angle 118Tratamento com Aparelhos

Ortodônticos 118Tratamento de um Diastema com um

Aparelho Ortodôntico Removível com Alça de Retração 118

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xiSumário

Tratamento de um Diastema com Aparelho Ortodôntico Removível em Arco 119

Tratamento de um Diastema Causado pelo Hábito de Sugar o Polegar 119

Tratamento de um Diastema com Aparelho Ortodôntico Fixo Edgewise 121

10. Verticalização de Molares e Recuperação de Espaço

Introdução 129Erupção Ectópica de Primeiros Molares

Permanentes 129Verticalização de Molares na Dentição

Mista 130Erupção Ectópica dos Primeiros Molares

Superiores 131Erupção Ectópica e Inclinação dos Primeiros

Molares Inferiores 134Inclinação Mesial dos Molares

Permanentes após a Perda de um Primeiro Molar 138

Prevenção da Inclinação Molar após a Perda de um Primeiro Molar 139

Impacção dos Segundos Molares 139Perda do Primeiro e Segundo Molares 140Mola de Verticalização em Alça-T

e Aparelho Ortodôntico Fixo Edgewise 140

Forças Geradas pela Alça-T de Molas Verticalizadoras 142

Paciente Tratado com uma Mola de Verticalização em Alça-T 143

Mola Helicoidal de Verticalização 144Forças Geradas pela Mola

de Verticalização Helicoidal 144Paciente Tratado com uma Mola

de Verticalização Helicoidal 145Outros Aparelhos Ortodônticos Utilizados

para Verticalizar Molares 146Reposicionamento dos Dentes antes

da Restauração Protética 146

11. Exame Ortodôntico e Tomada de Decisão para o Dentista Clínico-Geral

Introdução 151Ficha Clínica Ortodôntica 152Diretrizes para a Decisão Ortodôntica 153

Diferenciação entre Problemas Classe I Tratados com Abordagem Ortodôntica Limitada dos Problemas Classe I mais Complexos 153

12. Como Aparelhos Ortodônticos Movem os Dentes

Introdução 181Biomecânica 182Primeira Lei de Newton 185Segunda Lei de Newton 185Chaves para a Compreensão da Liberação

das Forças Ortodônticas 185Deslocamentos Gerais de Corpos Rígidos:

Euler e Chasles 187Limitações da Ilustração dos Movimentos

Tridimensionais em Figuras Bidimensionais 187Translação de um Dente em um Aparelho

Fixo Edgewise 188Como um Dente sofre Translação

no Aparelho Fixo Edgewise 188Rotação de um Dente no Aparelho

Ortodôntico Fixo Edgewise 190Terceira Lei de Newton 191

13. O Aparelho Ortodôntico Fixo Edgewise

Introdução 193O Aparelho Ortodôntico Edgewise 193Fios Ortodônticos 193Bandas 193Separadores 194Ajustando uma Banda 194Cimentando uma Banda 195Cimentos para Banda 195Remoção das Bandas 195Colagem de Bráquetes 195Considerações Anatômicas 196O Aparelho do Arco Reto® 197Colocação do Bráquete e do Tubo Molar 197Colagem Direta e Indireta 198Remoção do Bráquetes e Acessórios

Colados 199Formato do Arco 199

14. Aparelhos de Contenção

Introdução 201Contenções Fixas e Posicionadores Dentais 201Mantenedores Invisíveis 201Contenção Essix 210Modelo de Contenção Básica 210Habilidades na Dobra de Fios 213

Dobrando o Arco Labial Superior 214O Grampo Bola 226Grampo em “C” 230Grampos de Adams 230Grampo ReSta 240

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Sumárioxii

Arco Labial Mandibular 247Acrilizando Contenção 256

Acabamento e Polimento do Acrílico 262

15. Materiais Ortodônticos

Introdução 271Fios Ortodônticos 271

Fios de Aço Inoxidável 271Fios de Cobalto-Cromo-Níquel 273

Fios de Titânio-Beta 273Fios de Níquel-Titânio 273

Propriedades Físicas dos Fios Ortodônticos 273

Tamanho dos Fios 274Solda Elétrica 274Soldagem à Chama 276Soldagem Elétrica 277

Índice 279

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xiii

Este livro foi direcionado em ensinar aos alunos de Odon-tologia, especialistas de Ortodontia e Odontopediatria e dentistas os conceitos básicos e os procedimentos de diagnóstico e tratamento ortodôntico dos pacientes com problemas simples de maloclusão. O livro é uma conse-quência de nossas experiências no ensino de alunos de Odontologia e residentes a como diagnosticar e tratar as maloclusões que exigem movimentos simples dos dentes. Muitos pacientes com os problemas mais comuns foram acompanhados do início ao f m do tratamento para ilustrar o papel do diagnóstico e do tratamento com uma série de aparelhos. A exibição dos registros longitudinais dos pa-cientes é uma parte importante do ensino para os iniciantes. As limitações dos aparelhos removíveis e dos aparelhos f xos simples, além dos problemas mais bem tratados com um ou outro, foram discutidas. Também tentamos ajudar os iniciantes a diferenciar os pacientes que precisam de movimentos simples dos dentes daqueles que parecem ser simples, mas que na verdade necessitam de um tratamento mais complexo.

Incluímos prescrições e ilustrações da construção de aparelhos ortodônticos utilizados no tratamento dos pacientes com problemas simples de movimentação dos dentes. Esse conhecimento pode ser útil para o pessoal de

laboratório que constrói os aparelhos. A conexão entre a fabricação e o uso clínico dos aparelhos pode ser útil para os técnicos de laboratório e os clínicos.

Os pacientes com as seguintes maloclusões não são considerados candidatos ao tratamento simples: pacientes Classe II, Classe III e Classe I com complicações envol-vendo apinhamento grave ou extração dentária, diastema excessivo e generalizado, mordidas abertas graves, sobre-mordidas profundas e mordidas cruzadas. O diagnóstico e tratamento desses pacientes estão além do escopo deste livro.

Este livro é introdutório ao diagnóstico e tratamento ortodôntico, não sendo uma fonte de informações def -nitiva. Aconselhamos o iniciante a consultar os muitos livros impressos e publicações periódicas excelentes e mais abrangentes que apresentam de forma mais profunda os conceitos do diagnóstico e tratamento ortodôntico.

Nossa principal preocupação é com o bem-estar do paciente. Essa preocupação requer cuidadosa atenção antes de iniciar o tratamento ortodôntico. Antes dos clínicos movimentarem os dentes, eles devem reconhecer as ma-loclusões e sua gravidade, adquirir conhecimentos para diagnosticar corretamente uma maloclusão e desenvolver habilidades para tratar um paciente.

Prefácio

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xv

Gostaríamos de expressar a nossa gratidão a várias pessoas que contribuíram para a preparação deste livro. Robert Staley agradece ao técnico ortodôntico de laboratório, Sr. James P. Vance, por fornecer informações valiosas a res-peito dos procedimentos laboratoriais. Neil Reske agradece a orientação do mentor e amigo, Sr. Harold Gregorich, e do professor Sr. Fred Ulmer, que foram fundamentais na consolidação das bases de suas técnicas laboratoriais. O Sr. James D. Herdm a Sra. Patricia J. Conrad, o Sr. Ron Irvin e o Sr. Tom Weinsel desenharam as ilustrações do livro. A Srta. JoAnne B. Montgomery capturou e ajustou os slides da maioria das ilustrações. Agradecemos ao Sr. Richard A. Tack por seu apoio técnico. O Sr. Eric M. Corbin tirou as fotograf as da construção de aparelhos. Agradecemos ao Dr. Michael L. Swartz pela permissão para utilizar-mos as ilustrações de clipart ortodôntico aplicadas nos Capítulos 1 e 13 . O Dr. George F. Andreasen, ex-chefe do Departamento de Ortodontia, forneceu sugestões úteis para as discussões que envolvem biomecânica. Agradecemos aos inúmeros especialistas em ortodontia e odontopediatria que participaram do tratamento de vários pacientes aqui

descritos. O seguinte corpo docente do Departamento de Ortodontia forneceu radiograf as ou fotograf as de pacien-tes: Drs. Harold F. Bigelow, Samir E. Bishara, John S. Casko, Theresa L. Juhlin, Karin A. Southard e Thomas E. Southard. Agradecemos ao Dr. Thomas E. Southard, chefe do Departamento de Ortodontia, por seu apoio e incentivo a esta publicação. Os seguintes adjuntos do corpo docente do Departamento de Ortodontia proporcionaram discus-sões inestimáveis da f losof a da retenção e do projeto de aparelhos em laboratório: Drs. Charles C. Collins, Phillip M. Doster, Paul C. Hermanson, David D. Kinser e Carney D. Loucks. Agradecemos ao Dr. Tom M. Graber, que leu uma edição anterior do livro e forneceu sugestões úteis para a revisão. Robert Staley é grato aos Drs. John J. Cunat e Larry J. Green, que o introduziram à especialidade da Ortodontia na State University of New York, em Buffalo, e ao Dr. Albert A. Dahlberg, que o incentivou no estudo da biologia da dentição humana na University of Chicago. O Dr. Christopher P. Evans revisou o texto.

Os autores assumem a responsabilidade total pelo conteúdo deste livro.

Agradecimentos

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xvii

A coleta de informações do paciente e as etapas que levam à elaboração do diagnóstico são discutidas nos Capítulos 1 a 5 . O principal nessa seção é o reconhecimento da malo-clusão, uma habilidade de consultório essencial para todo dentista. Os modelos de estudo são um registro importante que em algum momento no futuro próximo serão obti-dos digitalmente a partir das impressões. A análise dos modelos dentários nos adultos e as medidas obtidas da sobremordida e sobressaliência são discutidas. A previsão do tamanho dos dentes na dentição mista é discutida no Capítulo 4 . As análises radiográf cas e cefalométricas são apresentadas no Capítulo 5 . As normas cefalométricas são fornecidas para crianças e adultos.

O diagnóstico e tratamento dos problemas de malo-clusão observados frequentemente são descritos nos Ca-pítulos 6 a 10 . O tratamento com arcos linguais e a cons-trução de um arco lingual de laço inferior estão incluídos no Capítulo 6 . O gerenciamento das mordidas cruzadas anteriores é descrito no Capítulo 7 . A construção de um aparelho utilizado para fechar um diastema e corrigir uma mordida cruzada é exibida neste capítulo. O gerenciamento

dos pacientes com mordidas cruzadas posteriores é dis-cutido e ilustrado no Capítulo 8 . A construção de um ex-pansor removível é descrita neste capítulo. O diagnóstico e tratamento dos diastemas dos incisivos são discutidos no Capítulo 9 . O diagnóstico e tratamento envolvidos na correção do molar e na recuperação do tamanho da arcada são apresentados no Capítulo 10 . O capítulo inclui o trata-mento das crianças e adultos portadores desses problemas.

As diretrizes para diferenciar os pacientes que neces-sitam de movimentação simples dos dentes daqueles que necessitam de um tratamento abrangente são fornecidas no Capítulo 11 . Essa é uma habilidade difícil de dominar. As diretrizes vão ajudar um iniciante a escolher com êxito os pacientes portadores de maloclusão adequados para a movimentação simples dos dentes.

O Capítulo 12 é uma introdução à biomecânica. O Capí-tulo 13 descreve o aparelho f xo pela mecânica Edgewise mo-derna que evoluiu de sua invenção original pelo Dr. Edward H. Angle. O Capítulo 14 ilustra a construção dos aparelhos removíveis e de contenção. O Capítulo 15 é um breve resumo dos materiais empregados no tratamento ortodôntico.

Introdução

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Capítulo 7

Tratamento das Mordidas Cruzadas Anteriores

PREVALÊNCIA DAS MALOCLUSÕES DE MORDIDA ANTERIOR

O Serviço Público americano pesquisou a incidência de mordidas anteriores em uma grande amostra de brancos, negros e mexicanos-americanos de 1988 a 1991( Brunelle, Bhat e Lipton 1996 ). As amostras examinadas vinham de indivíduos entre 8 a 50 anos. Sujeitos com sobressaliên-cia zero totalizaram 4,4% da amostra; sujeitos apresentan-do de -1 a -4 mm de mordida cruzada anterior totalizaram 0,8% da amostra. A porcentagem de pacientes potenciais que precisavam de tratamento para esse problema de maloclusão era de aproximadamente 5% ( Tabela 7.1 ).

CLASSIFICAÇÃO DE ANGLE

Observe a classif cação de Angle dos molares e caninos. Os melhores candidatos a tratamentos ortodônticos menores são aqueles com uma maloclusão Classe I de molares e caninos ou uma oclusão super Classe I em oclusão cên-trica em associação a um deslize anterior entre relação cêntrica e oclusão cêntrica.

DESVIO FUNCIONAL DE RELAÇÃO CÊNTRICA A OCLUSÃO CÊNTRICA NO FECHAMENTO

Examine o paciente que apresenta mordida cruzada ante-rior buscando qualquer indício de desvio anterior durante o fechamento da mandíbula. Pergunte ao paciente se ele consegue tocar as bordas incisais de todos os seus inci-sivos superiores e inferiores ao mesmo tempo, visando determinar se um desvio está ocorrendo. Se a mandíb ula do paciente desvia-se para a frente durante o fechamento de relação cêntrica para oclusão cêntrica, a correção da mordida cruzada anterior resultará em um deslocamento posterior da mandíbula. Se o paciente com um desvio anterior apresenta molares Classe I em oclusão cêntrica, a correção da mordida cruzada anterior eliminará o desvio anterior e tenderá a colocar o molar em oclusão topo a

topo. Se o paciente com desvio anterior tem uma relação de molares do tipo Classe II em oclusão cêntrica, o tratamento da mordida cruzada anterior eliminará o desvio e tornará a oclusão molar mais severamente Classe II. Se o paciente com um desvio anterior apresenta uma relação de molares do tipo Classe III em oclusão cêntrica, o tratamento da mordida cruzada anterior eliminará o desvio anterior e levará o molar a uma relação Classe III menos severa. Para pacientes que têm uma mordida cruzada anterior associada a um desvio anterior, uma oclusão de molar super Classe I em oclusão cêntrica antes do tratamento é mais desejável, porque a correção da mordida cruzada anterior eliminaria o desvio e tenderia a colocar a oclusão molar em Classe I.

Se nenhum desvio anterior está presente, a relação molar não mudará como resultado do tratamento da mordida cruzada, tornando o diagnóstico e o tratamento mais diretos.

SOBREMORDIDA

Uma sobremordida moderada a profunda dos incisivos é uma condição favorável para o tratamento bem-sucedido de uma mordida cruzada anterior, porque um trespasse mais profundo dos incisivos ajudará a conter os incisivos movimentados de uma mordida cruzada. Um aparelho removível com um plano de mordida de acrílico posterior é necessário na sobremordida profunda para permitir que o aparelho movimente os incisivos superiores para a fren-te, descruzando a mordida. Pacientes com sobremordida normal a profunda podem ser tratados com aparelhos f xos e removíveis. Como os aparelhos removíveis apresentam menor controle dos dentes que os aparelhos f xos, os apare-lhos removíveis são mais adequados para pacientes cujos dentes precisam mover-se pouco e não necessitam de rotação.

Quando um paciente tem pouca sobremordida ou uma mordida aberta anterior, a correção da mordida cruzada irá requerer extrusão dos dentes superiores e talvez dos incisivos inferiores depois que a mordida cruzada já estiver corrigida, a f m de estabelecer uma sobremordida normal. Sem qualquer sobremordida ao f m do tratamento, os in-cisivos superiores podem facilmente voltar a cruzar-se.

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83Capítulo | 7 Tratamento das Mordidas Cruzadas Anteriores

ROTAÇÃO DO DENTE NA MORDIDA CRUZADA

Se o dente na mordida cruzada estiver girado em seu longo eixo, um aparelho ortodôntico f xo é a melhor escolha de tratamento. Aparelhos removíveis não conseguem girar dentes facilmente. Um dente girado tem alto potencial de recidiva após o tratamento. Quando possível, uma conten-ção f xa é colada na superfície lingual do dente girado e de seus vizinhos no f m do tratamento, para evitar recidiva da rotação. Quando ambos incisivos centrais estão girados previamente ao tratamento, é melhor colar uma contenção f xa nas superfícies linguais de ambos os dentes para evitar uma recidiva da rotação pós-tratamento.

NÚMERO DE DENTES NA MORDIDA CRUZADA

A dif culdade do tratamento aumenta conforme o número de dentes envolvidos na mordida cruzada. Quando vários dentes anteriores estão cruzados, um aparelho f xo Edge-wise proporciona melhor tratamento.

ALINHAMENTO DOS DENTES ANTEROINFERIORES

O alinhamento dos dentes anteroinferiores, se necessário, deveria ser realizado após a correção da mordida cruzada. O alinhamento dos dentes inferiores antes da correção da mor -dida cruzada complicará tal correção ao aumentar a distância requerida para movimentar os dentes superiores para a frente e, caso haja desvio funcional, isto atrasará a resolução do desvio.

TRATAMENTO DAS MORDIDAS CRUZADAS ANTERIORES COM APARELHOS REMOVÍVEIS

Um aparelho removível plano (aparelho de Bruckl) pode ser usado para corrigir mordidas cruzadas anteriores e conter a oclusão corrigida ( Jirgensone, Liepa, e Albetins, 2008 ).

Um aparelho de Hawley pode ser usado para corrigir uma mordida cruzada anterior ( Hawley, 1919 ). Muitos tipos de molas digitais são mostrados na Figura 7.1 . A mola helicoidal dupla tem uma longa área de ação com força reduzida ( Fig. 7.1 A). A mola em ponto de interrogação tem uma área curta de ação e força intensa ( Fig. 7.1 B). A mola em Z ou S tem uma longa área de ação e força intensa ( Fig. 7.1 C). A mola em braço curvo é similar à mola em ponto de interrogação ( Fig. 7.1 D). A mola em formato de cogumelo é a combinação de duas molas digitais de ponto de interrogação e tem extensão curta e força intensa ( Fig. 7.1 E). A mola em formato de cogu-melo é sempre usada para mover dentes posteriores para

vestibular. Todas as molas digitais são confeccionadas em f o 0,018” de aço inoxidável, possuem uma extensão de f o, que é inserida no corpo de acrílico do aparelho; e são ativadas ao estender a mola em direção ao incisi vo cruzado. As molas são dobradas em laboratório para adaptar-se passivamente à superfície lingual do incisivo com a terminação livre da mola, frequentemente, no lado mesial da superfície lingual. Desta posição inicial, os ajustes para ativar a mola devem manter o f o bem adaptado à superfície lingual do incisivo. Para manter a mola em contato com a face lingual do incisivo, ele é usualmente dobrado em direção ao cíngulo, assim como levado para adiante. A força no cíngulo tende a intruir o incisivo. A força necessária para inclinar um dente com uma mola digital varia de 30 a 50 gramas ( Crabb e Wilson, 1972 ). Pequenos ajustes para ativar as molas digitais irão produzir forças dentro dessa variável.

Para que as molas trabalhem efetivamente, o aparelho deve possuir grampos seguros, como o grampo de Adams, para manter o aparelho ancorado nos molares quando a mo-lar é ativada contra o incisivo cruzado ( Adams, 1984 ). Se os grampos não estão bem retidos aos dentes de ancoragem, a ativação da mola deslocará o aparelho dos dentes. O paciente deve usar o aparelho o tempo todo, e xceto ao comer. Os dentes na mordida cruzada anterior geralmente apresentam certo grau de sobremordida. Planos de mordida posteriores são acrescentados ao aparelho de Hawley com a função de abrir a mordida o suf ciente para trazer o incisivo facilmente para adiante sem interferência. Após a correção da mordida cruzada, o plano de mordida posterior deve ser reduzido para permitir a oclusão normal dos dentes superiores e inferiores. Uma contenção de Hawley é, então, confeccionada para manter os dentes corrigidos na nova posição por mais ou menos um ano. Depois disso, a contenção deve ser removida nos pacientes de dentição mista, a f m de permitir o cres-cimento livre da maxila. Pacientes mais velhos poderiam continuar usando a contenção à noite, se necessário.

Um paciente com mordida cruzada anterior é ilustrado na Figura 7.2 . Seu central direito superior estava em mor-dida cruzada lingual. O paciente tinha relação dos molares super Classe I e podia tocar as bordas incisais de seus inci-sivos centrais superior e inferior direitos ( Fig. 7.3 ). Esse in-cisivo central superior apresenta duas condições favoráveis: (1) ele está inclinado para lingual e (2) ele possui espaço suf ciente no arco ( Fig. 7.4 ). O aparelho de Hawley usado no paciente é mostrado na Figura 7.5 . Os planos posteriores de mordida de acrílico também são visíveis na f gura. Molas digitais helicoidais duplas foram posicionadas por lingual do dente nº 8 e dente nº 10. A mola digital lingual ao nº 10, que estava começando a erupcionar cruzado, foi feita como meio de evitar o cruzamento do dente nº 10 durante sua erupção. O aparelho de Hawley é mostrado por vista oclusal no modelo de trabalho sobre o qual foi confeccionado na

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Figura 7.6 . As duas molas digitais palatinas são claramente visualizadas no lado palatino do aparelho ( Fig. 7.7 ). Gram-pos de Adams nos primeiros molares retêm o aparelho nos dentes de ancoragem. A prescrição laboratorial para o aparelho de Hawley é mostrada na Figura 7.8 .

O paciente decidiu não usar o aparelho e subsequente-mente descontinuou o tratamento.

TRATAMENTO DAS MORDIDAS CRUZADAS ANTERIORES COM APARELHOS FIXOS

A correção de uma mordida cruzada anterior com abertu-ra da mordida com ionômero de vidro tem sido relatada ( Tzatzakis e Gidarakou, 2008 ). O ionômero de vidro é colocado nas superfícies oclusais dos primeiros molares

permanentes ou segundos molares decíduos em quantidade suf ciente para criar uma mordida aberta anterior transi-tória. Os autores relataram que os dentes permanentes e decíduos em mordida cruzada movimentaram-se rapida-mente à posição normal.

O uso de um plano de mordida de cimento de ionômero de vidro com f nalidade de correção da mordida cruza-da anterior tem sido relatada por outros autores ( Croll e Helpin, 2002 ).

O emprego de aparelho f xo Edgewise usando arcos de f o de níquel titânio pode corrigir rapidamente a mordida cruzada anterior em conjunção com um plano posterior de mordida de acrílico inferior ou cimento de ionômero de vi-dro nas superfícies oclusais dos molares inferiores, a f m de abrir a mordida o suf ciente para facilitar o movimento

A

B

C

FIGURA 7.1 Molas digitais utilizadas na corre-ção de mordidas cruzadas anteriores: (A) mola digital helicoidal dupla ou recurvada, (B) mola digital em ponto de interrogação, (C) mola digital em Z ou S, (D) mola digital em ilhós, e (E) mola digital em formato de cogumelo.

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89Capítulo | 7 Tratamento das Mordidas Cruzadas Anteriores

CONSTRUÇÃO DE UM APARELHO REMOVÍVEL SUPERIOR REDUTOR DE DIASTEMAS E CORRETOR DE MORDIDAS CRUZADAS EM INCISIVOS LATERAIS

A construção de um aparelho removível é ilustrada nas Figuras 7.16 a 7.27 . Uma mola digital curva helicoidal dupla descruzará o incisivo lateral superior. Os passos

para dobra da mola helicoidal estão ilustrados nas Fi-guras 7.28 a 7.43 . O primeiro helicoide é curvado no sentido anti-horário para cima na superfície do modelo ( Fig. 7.38 ). O fechamento do diastema entre os incisivos centrais ao movimentar o dente nº 9 em contato com o dente nº 8 criará o comprimento de arco necessário para mover o incisivo lateral esquerdo superior para a linha

FIGURA 7.17 A curva da mola digital helicoidal dupla toca o cíngulo do incisivo.

FIGURA 7.18 Uma camada grossa de cera de 0,5 mm é colocada no modelo abaixo do coil da mola helicoidal.

B

C C

A

FIGURA 7.16 Os fios no modelo são uma curvatura vestibular, mola digital helicoidal dupla, e grampos de Adams nos primeiros molares.

FIGURA 7.20 A mola helicoidal é posicionada na cera.

FIGURA 7.21 A mola é posicionada afastada 0,5 mm da superfície palatina do modelo.

FIGURA 7.19 Um meio protetor é aplicado ao modelo.

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Fundamentos em Ortodontia: Diagnóstico e Tratamento90

FIGURA 7.22 O coil da mola é coberto por 0,5 mm de cera, exceto por sua retenção que será recoberta por acrílico.

FIGURA 7.23 O arco labial e os grampos de Adams são mantidos em posição por porções de cera.

FIGURA 7.24 A resina acrílica é acrilizada no modelo para formar o corpo do aparelho.

FIGURA 7.25 O corpo de acrílico é polido na região da língua, não no lado em contato com a mucosa do palato.

FIGURA 7.26 A mola em loop é soldada no ar co vestibular para fechar o diastema entre os incisivos centrais.

FIGURA 7.27 O aparelho completo é apresentado.

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91Capítulo | 7 Tratamento das Mordidas Cruzadas Anteriores

do arco. A mola dupla helicoidal é ativada ao inserir o bico redondo de um alicate 139 no helicoide mais próximo do incisivo e abrindo o helicoide. Para manter a parte da mola repousando sobre a superfície do incisivo em pleno contato com o dente, a segunda curva da mola também é afrouxada suf cientemente, a f m de assegurar que o braço da mola exercerá sua força em direção apropriada contra a superfície lingual do incisivo lateral. Ajustes adicionais são suaves, de modo que a força da mola não interf ra na força de retenção dos grampos de Adams do aparelho aos dentes.

Um loop ou uma mola em arco de 0,018” de f o de aço inoxidável é soldada à curvatura vestibular para levar o incisivo central esquerdo em contato com o incisi vo central direito ( Fig. 7.26 ). Os passos para confecção do loop são ilustrados na Figura 7.44 . A dobra da mola é mostrada nas Figuras 7.44A a C . A soldagem elétrica é ilustrada na Figura 7.44 E. O loop é ativado ao abri-lo com

a parte plana do alicate 139 em ajustes incrementais. Uma prescrição laboratorial desse aparelho é demonstrada na Figura 7.45 .

FIGURA 7.29 A primeira curvatura é feita ao redor do bico re-dondo do alicate Nº 139.

FIGURA 7.31 Inicie a primeira espiral do helicoide dobrando o fio ao redor do bico redondo do alicate e acima o f io que se adapta a superfície do dente.

FIGURA 7.32 Reposicione o alicate para formar a primeiro coil do helicoide. Mantenha a espiral do helicoide paralelo com o braço do fio que toca a superfície.

FIGURA 7.28 Um fio 0,018” é marcado para sua primeira dobra para mola digital helicoidal dupla.

FIGURA 7.30 O fio é marcado para seu primeiro espiral helicoidal da mola.

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Fundamentos em Ortodontia: Diagnóstico e Tratamento92

FIGURA 7.34 O fio é marcado para a dobra do segundo espiral do helicoide da mola.

FIGURA 7.37 Fios formando os dois helicoides estão paralelos e compactos no plano vertical.

FIGURA 7.36 O segundo espiral do segundo helicoide é formado. FIGURA 7.33 Finalize o segundo espiral da primeira mola heli-coidal.

FIGURA 7.35 O primeiro espiral do segundo helicoide é dobrado ao redor da parte redonda do alicate e abaixo o braço do f io que se adapta à superfície do dente.

FIGURA 7.38 Dobre o fio para formar um braço de retenção.

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FE

DC

BA

FIGURA 7.44 Confecção de uma mola de loop (arco): (A) primeira dobra, (B) segunda dobra, (C) f io em dois loops estão paralelos, (D) interponha solda na borda dos loops e no fio do arco vestibular, (E) o fio em loop é soldado ao arco vestibular, (F) vistas frontais e laterais da mola finalizada. (Design e confecção do Loop são cortesias de James P. Vance, C.D.T.)

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Capítulo 12

Como Aparelhos Ortodônticos Movem os Dentes

INTRODUÇÃO

Quando um aparelho ortodôntico libera uma força de mag-nitude suf ciente sobre um dente, o dente se moverá se sua raiz estiver envolta por tecidos periodontais e por um osso alveolar saudáveis. Uma força ortodôntica comprime o ligamento periodontal e o osso alveolar adjacentes à raiz, estimulando a reabsorção do osso alveolar pelos osteo-clastos. A superfície da raiz oposta à compressão alonga o ligamento periodontal e, por sua vez, estimula a atividade dos osteoblastos para formar novo osso alveolar esteira de um dente em movimento. Um ligamento periodontal saudável é essencial para o movimento do dente. Quando a raiz de um dente está diretamente conectada ao osso alveolar sem interferência e ao ligamento, ocorre condição chamada de anquilose , na qual dente não responderá às forças ortodônticas. Por um motivo similar, não é pos-sível mover um implante dental integrado ao osso com um aparelho ortodôntico.

Uma força ortodôntica produz diferentes respostas celulares nos lados da compressão e tensão da raiz durante o movimento do dente ( Foster, 1982 ). No lado da com-pressão, menores forças ortodônticas que não pressionam os vasos sanguíneos do ligamento periodontal estimulam osteoclastos a reabsorver o osso alveolar em contato com o ligamento periodontal comprimido. No lado da tensão, os vasos sanguíneos estão dilatados, um tecido osteoide (osso novo) é criado por osteoblastos na superfície do osso alveo-lar unidas ao ligamento periodontal alongado, as f bras no ligamento periodontal conectadas ao osso alveolar se reor-ganizam. Altas forças ortodônticas no lado da compressão da raiz que ocluem os vasos sanguíneos e criam áreas livres de células (tipo-hialino) no ligamento periodontal que previnem reabsorção osteoclástica da superfície do osso alveolar. Sem reabsorção óssea, o dente não pode se mover na direção da força. Sob essas condições, o aumento do f uxo sanguíneo para os espaços internos no osso alveolar no lado da pressão eventualmente estimula os osteoclastos de dentro do osso para reabsorver o osso alveolar em um processo chamado reabsorção por escavação . Forças

excessivamente altas podem matar as células no ligamento periodontal, causar dor ao paciente, resultar na reabsorção da raiz e retardar o movimento de um dente.

Schwarz (1932) demonstrou em um estudo histoló-gico que a rotação dos pré-molares em um cão ocorre ao redor de um ponto aproximadamente no meio da raiz após o movimento do dente em uma direção bucal por uma mola. Ele batizou o centro da rotação como eixo de inclinação . No lado da raiz oposta à mola entre o eixo de inclinação e a crista alveolar, o ligamento periodontal foi comprimido e a superfície do osso alveolar voltada para o ligamento periodontal estava sofrendo reabsor-ção. No lado oposto da raiz, entre o eixo de inclinação e a crista do osso alv eolar, o ligamento periodontal foi alongado e novo osso alveolar se desenvolveu na superfície do osso voltada para o ligamento periodontal alongado.

Este padrão foi revertido nos lados da raiz entre o eixo da rotação e o ápice. Schwarz colocou arcos linguais com molas nos arcos mandibular e maxilar de um cão jovem. Ele moveu bucalmente 1/4 pré-molar direito in-ferior com uma mola de 0,5 mm (0,020 pole gada) que liberou 3 a 5 gramas de força durante 5 semanas, ajus-tando 2 vezes a mola, no início e após 2 semanas e meia. O dente moveu 1 mm. Desenhos foram feitos a partir das fotomicrografias histológicas de Schwarz. Dois dese-nhos histológicos do dente, seu eixo de rotação e dos tecidos vizinhos são apresentados na Figura 12.1 A. Uma imagem com alta ampliação do lado da compres-são do dente próximo à crista alv eolar é demonstrada na Figura 12.1 B. Esta imagem demonstra o osso v elho com seus sistemas harvesianos, uma linha de reabsorção na superfície do osso alveolar voltada para o ligamento periodontal comprimido e alguns osteoclastos indivi-duais próximos à linha de reabsorção. Schw arz moveu bucalmente um segundo pré-molar superior direito com uma mola de 0,35 mm (0,014 polegada) que liberou 20 gramas de força durante 2 semanas e meia. Dois desenhos histológicos deste dente são apresentados na Figura 12.2 . Uma vista com baixa ampliação do dente, seu eixo de

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Fundamentos em Ortodontia: Diagnóstico e Tratamento182

rotação e tecidos vizinhos são observados na Figura 12.2 A. Uma vista de alta resolução do lado da tensão do dente pró-ximo à cervical da coroa é apresentada na Figura 12.2 B. Esta vista demonstra o osso novo que se desenvolveu adjacente ao ligamento periodontal alongado, uma linha de demarcação entre o osso novo e o velho com seus sis-temas harvesianos.

Com base nas evidências histológicas, Schwarz concluiu que as forças da mola de 3 a 5 gramas e de 20 gramas resultaram em um movimento ortodôntico biologicamente favorável do dente. Schwarz também moveu bucalmente um segundo pré-molar inferior direito com uma mola de 0,5 mm (0,20 pole gada) que liberou 67 gramas de força durante 5 semanas, ajustando a mola 2 vezes, no início e após 2 semanas e meia. Passado esse tempo após o início da aplicação da força pela mola, o dente parou de se mover; após a segunda ativação, o dente se moveu novamente. Dois desenhos histológicos deste dente são apresentados na Figura 12.3 . Uma visão de baixa ampliação do dente, seu eixo de rotação e os tecidos vizinhos são vistos na Figura 12.3 A. Uma imagem de alta ampliação do lado da compressão do dente próximo à crista alveolar é apresentada na Figura 12.3 B. Na imagem da alta ampliação, o ligamento periodontal é comprimido e uma linha de reabsorção é observada no osso alveolar voltado para o ligamento periodontal. De acordo com Schwarz, a força da mola diminuiu a zero, a linha de

reabsorção está densamente coberta por osteoblastos e a reabsorção inicial mudou inicialmente para aposição. A cavidade formada pela reabsorção atingiu a dentina da raiz. Schwarz (1932) concluiu que uma força de 67 gra-mas era muito intensa e causou a reabsorção da raiz. Buck e Church (1972) moveram bucalmente primeiros molares maxilares humanos com 70 + /- 7 gramas de força utili-zando molas de aço inoxidável de 18 mil (0,45 mm) de diâmetro soldada a um arco palatal de aço inoxidáv el, soldado a bandas nos primeiros molares maxilares. Neste nível de força, observaram osteoclastos dentro do osso alveolar no lado da compressão participando na reab-sorção por escavação e perda de células no ligamento periodontal comprimido.

A partir desta breve evidência em estudos animais e humanos, concluímos que forças de molas de 5 a 20 gra-mas produzem movimento favorável dos dentes. Forças com molas de 70 gramas ou superiores causarão e ventos desfavoráveis na raiz do dente, ligamento periodontal e osso alveolar.

BIOMECÂNICA

O material neste capítulo é uma v ersão atualizada de uma publicação anterior ( Staley, 1987 ). Aparelhos ortodônticos movem os dentes nos três planos do es-paço ( Badawi et al., 2009 ). Para esta discussão, os

P4

TG TC

COM

F

T

E

T COM

A B

OCL

LP

OA

LR

COM

C

D

FIGURA 12.1 Um pré-molar mandibular de cachorro moveu 1 mm por uma mola de 0,5 mm de diâmetro, que liberou 3 a 5 gramas de for-ça durante 5 semanas. (A) Corte com baixa ampliação. E, eixo de rotação; F, força, TG, tecido gengival; COM, compressão; T, tensão. (B) Ampliação do lado da compressão. C, cimen-to; D, dentina; OA, osso antigo com sistemas harvesianos; OCL, osteoclastos; LR, linha de reabsorção; LP, ligamento periodontal. (Redese-nhado após Scharz, 1932.)

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Diagnóstico e Tratamento

Robert N. Staley | Neil T. Reske

Robert N. Staley | Neil T. Reske

Staley | Reske

ORTODONTIA:Fundamentosem

ORTO

DONTIA

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iagnóstico e Tratamento

Fundamentos em

Diagnóstico e TratamentoORTODONTIA:

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Classificação de Arquivo RecomendadaODONTOLOGIAORTODONTIA

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Fundamentos em Ortodontia: Diagnóstico e Tratamento foi concebido para ajudar os alunos de odontologia, especialistas em Ortodontia, Odontopediatria e den-tistas em geral a compreenderem os conceitos básicos e os procedimentos essenciais para o diagnóstico, planejamento e tratamento dos pacientes portadores de proble-mas de maloclusão.

São descritas as etapas do diagnóstico dos problemas ortodônticos básicos, análise das radiografias dentárias, incluindo muitos formulários e gráficos que são utilizados para examinar, diagnosticar e projetar os aparelhos dentários. Aprenda sobre a mecânica aplicada na movimentação dos dentes pelos aparelhos, os diferentes tipos de aparelhos e os materiais ortodônticos disponíveis no mercado. As fotografias em forma de passo a passo demonstram como obter as impressões das arcadas dentárias, criar moldes em gesso, escrever uma prescrição de cada aparelho para o laboratório e criar vários aparelhos fixos e removíveis.

Características Chave:¡ Manual prático para diagnosticar e elaborar o tratamento das maloclusões

¡ Amostras de formulários ortodônticos

¡ Exemplos mostrando como escrever exatamente as prescrições dos dispositi-vos ortodônticos para o laboratório

¡ Fotografias passo a passo exibindo a criação dos aparelhos e a sua utilização no tratamento

OS AUTORES

Robert N. Staley, D.D.S., M.A., M.S, é professor no Departa-mento de Ortodontia do Uni-versity of Iowa College of Den-tistry, do qual faz parte do corpo docente desde 1970. Ele é diplomado no American Board of Orthodontics, e entre seus muitos prêmios, recebeu o Stu-dent Research Group Mentor of the Year Award de 2003-2004. O Dr. Staley atuou como consultor editorial em vários periódicos especializados e ocupa uma ca-deira no conselho editorial da The Angle Orthodontist.

Neil T. Reske, M.A., também do University of Iowa College of Dentistry, leciona para alu-nos de Odontologia, residentes em Ortodontia e residentes em Odontologia pediátrica os prin-cípios e técnicas da fabricação de aparelhos em laboratório.

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