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ASSISTÊNCIA TÉCNICA PÓS-OCUPAÇÃO DE EDIFICAÇÕES Docente: Ana Alves

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ASSISTÊNCIA TÉCNICA

PÓS-OCUPAÇÃO

DE EDIFICAÇÕES

Docente: Ana Alves

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

Monitoramento do desempenho de edificações na fase de uso - operação

•Histórico da APO - Avaliação Pós Ocupação no Brasil•Os mitos que envolvem as avaliações•Conceito de desempenho•Satisfação e comportamento: critérios de avaliação•Os diferentes níveis de APO•Procedimentos e estatísticas aplicadas a APO•Método de levantamento de dados•Análise de dados•Apresentação dos resultados de APO

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BIBLIOGRAFIA

• ALVES, A. C. N. “Terras de Ninguém”: o Descaso pelo Tratamento de Áreas Públicas e Equipamentos e sua Implicação nos Conjuntos Habitacionais do Rio de Janeiro. Niteroi: Trabalho Final de Graduação – EAU/UFF, 1996.

• ABNT. NBR 15.575. Edificações habitacionais até 5 pavimentos – desempenho. 2007.

• DEL RIO, Vicente; DUARTE, Cristiane Rose & RHEINGANTZ, Paulo A. Projeto do lugar: colaboração entre psicologia, arquitetura e urbanismo. Rio de Janeiro: Contracapa Livraria/PROARQ, 2002.

• ORNSTEIN, Sheila. Avaliação Pós Ocupação do Ambiente Construído. São Paulo: Studio Nobel: EDUSP, 1992.

• RHEINGANTZ, Paulo A.; COSENZA, Carlos A.; COSENZA, Harvey & LIMA, Fernando R. Avaliação Pós-Ocupação. Revista Arquitetura, No 80. Rio de Janeiro: IAB/RJ, Jul/Set, 1997.

• ROMERO, Marcelo de Andrade & ORNSTEIN, Sheila Walbe. Avaliação Pós-Ocupação: métodos e técnica aplicados à habitação social. Porto Alegre: ANTAC, 2003. Coleção HABITARE.

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O QUE É APO

A APO diz respeito a métodos e técnicas de diagnóstico multidisciplinar de fatores positivos e negativos de um ambiente ou edificação após algum tempo de seu uso e ocupação.

Ela é realizada através de análises de fatores sócio-econômicos, de infra-estrutura, sistemas construtivos, conforto ambiental; fatores estéticos, funcionais e comportamentais, levando em consideração o ponto de vista dos avaliadores, projetistas e usuários.

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O QUE É APO

As análises, diagnósticos e recomendações são realizados a partir de medições in loco. Os fatores positivos encontrados servem para montar banco de recomendações para futuros projetos. Já os negativos são apontados para viabilizar:

• Correção de problemas encontrados;

• Programação de manutenções corretivas e preventivas;

• Mudanças de comportamento dos usuários.

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HISTÓRICO DA APO

Autores como ROMERO & ORNSTEIN dizem que o estudo das RACs – Relações do Ambiente e Comportamento sugiram a partir da década de 40 nos EUA por conta do aumento crescente de problemas ambientais com reflexos no comportamento humano.

Assim, tanto na Europa, Japão e EUA, a partir do Pós-Guerra, principalmente a partir de 1960, surgiram equipes multidisciplinares (formadas de arquitetos, engenheiros, geógrafos, paisagistas, antropólogos, psicólogos e outras) com o intuito de avaliar os resultados na arquitetura moderna de uso coletivo, especialmente no caso dos grandes conjuntos habitacionais.

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HISTÓRICO DA APO

Além dos aspectos de desempenho físico das edificações, iniciam-se estudos sobre padrões culturais, territorialidade, personalização, identificação, segurança, privacidade e formas de uso e apropriação dos espaços a partir do olhar dos usuários.

No Brasil, com a criação do SFH – Sistema Financeiro da Habitação em 1964 e a construção de grandes conjuntos habitacionais, surgiram grupos de pesquisadores visando analisar o desempenho destas edificações. Tais programas foram inicialmente desenvolvidos pelo IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas da Universidade de São Paulo.

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HISTÓRICO DA APO

Atualmente diversas Universidades e Programas de Pesquisa desenvolvem o tema, tais como o NUTAU da FAU/USP; o NORIE da UFRGS; o GEPA da UFRGN e a FAU/UFRJ.

Desta forma, pode-se verificar que desde a década de 60 a APO tornou-se uma importante ferramenta de análise de desempenho e controle de qualidade das edificações, principalmente em se tratando de projetos de espaços coletivos, tais como praças; projetos complexos e/ou para populações especiais, tais como aeroportos, estabelecimentos penais e hospitais; além de projetos modulares que visam a implantação em larga escala, tais como escolas, conjuntos habitacionais e postos de saúde.

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DESEMPENHO DE EDIFICAÇÕES

O desempenho dos edifícios é avaliado, diariamente, de forma inconsciente e não explícita pelos usuários. Quando, em um determinado ambiente, são ouvidas conversas e ruídos de outros ambientes, a performance acústica do recinto está sendo avaliada. Da mesma forma, a temperatura do recinto, a qualidade da iluminação natural/artificial, do mobiliário, dos acabamentos e a visão do exterior através das aberturas, são avaliados informalmente. Enquanto esperamos um elevador, podemos julgar o tempo de espera. Os critérios de avaliação usados neste caso são originados em expectativas que são baseadas em situações vivenciadas.

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DESEMPENHO DE EDIFICAÇÕES

Pode-se dizer, conforme ORNSTEIN & ROMERO (2003), que a qualidade se caracteriza pela satisfação das necessidades dos usuários em relação a determinado produto e/ou serviço, estando associado, pois ao desempenho satisfatório dos ambientes construídos.

Além disso, o conceito de DESEMPENHO está associado ao comportamento em uso das edificações, sendo de grande importância para a identificação de patologias congênitas ou surgidas a partir da ocupação/uso.

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O DESEMPENHO DE EDIFICAÇÕES

Assim, utiliza-se a NBR 15575 - Edifícios habitacionais de até cinco pavimentos – Desempenho como referência em termos de parâmetros de uso. Ela estabelece o conceito de desempenho como:Comportamento em uso de um edifício e de seus sistemas.

Desta forma, as especificações de desempenho são uma expressão das funções exigidas do edifício ou de seus sistemas e que correspondem a um uso claramente definido.

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NÍVEIS DA APO

Em função dos objetivos do USUÁRIO e do tempo necessário, a APO possibilita a adoção de melhorias a curto, médio e longo prazo2.

• Melhorias de curto prazo a possibilidade de identificar e solucionar e problemas nos diversos sistemas/serviços, otimizar o uso do espaço interno e feedback da performance do edifício, otimizar as atitudes dos ocupantes do edifício, através do seu envolvimento efetivo no processo de avaliação, conhecer a influência das modificações ditadas pela redução dos custos na performance do edifício, informar decisões tomadas e melhorar a compreensão das conseqüências das decisões projetuais na performance do edifício.

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NÍVEIS DA APO

• Melhorias de médio prazo flexibilidade e facilidade de adaptação às modificações organizacionais e crescimento contínuo, incluindo reciclagem de serviços/sistemas para novos usos; redução significativa nos custos de construção e de manutenção do ciclo vital do edifício; acompanhamento permanente da performance do edifício, por profissionais e usuários.

• Melhorias a longo prazo aperfeiçoamentos na performance a longo prazo do edifício; otimizar dados de projeto, padrões, critérios, e produção de literatura técnica; otimizar e quantificar as medições de performance do edifício.

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NÍVEIS DA APO

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NÍVEIS DA APO

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MÉTODOS E TÉCNICAS DE ANÁLISE

Conforme descrito anteriormente, a APO visa a análise de espaços ocupados sob o ponto de vista dos especialistas (avaliadores), bem como dos usuários. Assim, podemos dizer que a APO ocorre nas principais etapas de:•Leitura de projetos, memoriais, especificações e outros documentos referentes à caracterização do ambiente, edificação e/ou entorno;•Determinação das amostras e plano de trabalho;•Elaboração dos check-lists;•Observação/”walkthrough”/medições/entrevistas/questionários aplicados in loco;•Tabulação dos dados;•Análise dos dados;•Relatório e recomendações.

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ESTUDO DE CASO

Para a realização da APO a turma será distribuída em grupos de trabalho, os quais devem apresentar, a cada aula, as informações levantadas e resultados. O ambiente a ser analisado compreende as oficinas de automotiva, banheiros, pátio e acessos ao pátio da automotiva. Os usuários compreendem os funcionários, docentes e alunos dos cursos de automotiva – turno da noite que ocupam os referidos espaços.

Serão realizados levantamentos:• Espacial/funcional – características de implantação, dimensionamento, funcionalidade, usos, fluxos, layout e mobiliário.•De Sistemas construtivos – materiais utilizados, subsistemas de instalações, estruturas, equipamentos, vedações, esquadrias, segurança contra incêndio, cobertura e revestimentos.

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ESTUDO DE CASO

• Ambiental – conforto lumínico, acústico e higrotérmico.• De Acessibilidade – visual, auditiva, de locomoção, tátil.• Psicológico/comportamental – espaços que inibem ou atraem

certos usos, sensação de pertinência, identidade do lugar, comportamento, percepção, atributos e atitudes dos usuários.

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ESTUDO DE CASO

Podemos identificar alguns tipos de dados de entrada para a realização das avaliações pós-ocupação, tais como:

•Dados gráficos – plantas, cortes, esquemas, fotografias, gráficos.•Dados quantitativos – dimensionamento e condições desejáveis de conforto térmico, acústico, lumínico e ergonômico.•Dados qualitativos – especificações, memoriais, manuais de uso, operação e manutenção, entrevistas, questionários de avaliação da percepção do usuário.