six seconds #9

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Revista Online com entrevistas, resenhas e colunas. Nessa edição entrevista com Savant Inc., Baroness Arsis e muito mais..

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  • EDIO #9www.myspace.com/sixsecs - setembro, outubro, novembro 2010

    Editor Chefe:Ian K. Menezes

    Design e Pagino:Ian K. Menezes

    Fotos:Felipe Nevares

    Vivianne DrummondClown

    Colabores nesta EdioAnayara Fraga

    ClownBruno Thompis

    Costbile Salzano Jr.Marco OliveiraRafael Andrade

    Glauber DiasDiego N. Vianna

    Contato:[email protected]

    www.myspace.com/sixsecs

  • 04 Sounds of the Underground

    08 Unlife (entrevista)10 Recomendaes11 TOP 10 (Dimmu Borgir e Thrudvangar)

    12 Dark Tranquillity (ao vivo)14 Baroness (entrevista)16 ART Design (Marcelo Vasco)17 Deathstars (ao vivo)

    18 Arsis (entrevista)20 The Atlas Moth (entrevista)23 Stay Brutal

    24 Savant Inc. (entrevista)26 Moana (entrevista)

    30 Resenhas de lbuns

    24

    18

    14

  • Dark Matter Dimensions veio do fato cientifico que nao podemos ver 95% ou mais do universo. Essa parte do universo que nao co-nhecemos chamada de materia negra ou energia negra, que simplesmente um termo para al-guma coisa que ns no temos o menor conhecimento. Mas ns podemos ver alguns dos efeitos causado por esses elementos desconhecidos. Ento idias comearam a surgir na minha cabeca, tipo: Como ns podemos agir como se conhecessemos tudo quando na verdade no conhecemos mais de 95% do universo? Como ns podemos ignorar vrias coisas quando nosso senso lgico to limitado e cinico. Ns deveriamos considerar que tudo possvel considerando o quanto nos-so conhecimento limitado! Ento, o tema Dark Matter Dimensions trata desse assunto e ce-lebra as forcas desconhecidas do universo, porque sem os mecanismos das dimenses e mundos desconhecidos esta realidade fisica nem sequer poderia existir. Dark Matter Dimensions simbo-liza tudo que desconhecido e invisivel... mas apesar disso presente. - Henrik Ohlsson (baterista)

    Algum tempo atrs, quando se tratava de Underground, as pessoas batiam no peito e falavam que era essencial na vida deles. Casas de show que nem o prprio capeta iria, preos acessveis, pessoas com pouca grana e pura diver-so.

    Para as bandas, isso era um prato cheio, pessoas realmen-te interessados no que eles tinham para mostrar. Hoje em dia, o desinteresse chega at ser inconveniente?

    O rock se tornou um antro de pessoas que esto ali para libertar o que eles no querem mostram perante a socie-dade? Ser que era mais fcil alcanar o sucesso nesse tempo? Essa moda old school est acabando?

    Estava, eu, conversando com alguns amigos e chegamos a concluses interessantes. Bandas do Underground preci-sam somente dele para sobreviver ou para alcanar algo muito maior?

    A morte do underground est cada vez mais evidente: o que ontem era para poucos, hoje alcana at aqueles que nunca pensaram em fazer parte disso. Nada de panfletos

    na mo ou CDs em casa. Tudo agora virtual. Pra que com-prar um cd se posso baixar em um site? Confesso que ra-ramente comprei CDs, por falta de grana, porm sempre prazeroso quebrar a cabea para tirar aquele plstico sem danificar a capa.

    Mas ser que a mdia est matando a essncia do rock? Somos todos responsveis por isso? So os sites de down-loads, MySpace, mp3s ou o Underground est se tornando virtual?

    Fao questo de no trazer respostas, por seria muito ego-sta impor meus argumentos aqui. Gostaria que esse texto fosse mais reflexivo e que parecesse mais como uma con-versa. Porm, eu tenho fao mais uma pergunta:

    O underground vai acabar dentro de nossas casas, em nos-sos quartos e sendo visto em uma tela de computador? ANAYARA FRAGA

    A MORTE DO BOM E VELHO ROCK N ROLL

  • Christian Democracy o ttulo do primeiro lbum dos paulistas do Unlife. O lbum abor-da temas como o preconceito, hipocrisia e at mesmo a f. Nos da Six Seconds batemos um papo com o vocalista Renato Ribeiro, que nos deu mais detalhes sobre a banda e

    o seu primeiro lbum.

    Oi, tudo bem? Com 4 anos de banda, a Unlife com cer-teza tem uma histria, por favor, nos conte um pouco

    dela.

    Somos uma banda paulistana que simplismente faz o que gosta e tenta dar o seu melhor tanto no estdio quanto no palco, tentamos fazer algo que seja diferen-te e agradvel, explorando todos os extremos musicais independente de quais sejam eles. Temos pouco tempo de banda, porm ja aprendemos muito,a Unlife evita esbarrar em barreiras sonoras, tentamos fugir o m-ximo possivel de parecer com alguma banda ou movi-mento. O lance sermos ns mesmos e sorrir pra vida, acreditamos que Deus a nossa gasolina e que nossas

    vidas so apenas uma forma de agradecer Ele por tudo que temos e vivemos nos dia a dia.

    Como vocs avaliam a atual cena underground na-cional?

    Crescente, progredindo ou regredindo, mas sempre expandindo. agradvel poder conhecer diversas bandas que tem um grande potencial e que apre-sentam isso com com mrito, infelismente nem to-das as bandas tem o reconhecimento que merecem.

    A Unlife (ao lado de Sharks At Abyss) est co-meando a se tornar popular por abrir shows de

    bandas internacionais, certo? Comeando com o The Devil Wears Prada e agora August Burns Red e Bless-

    thefall.

    Poxa, quanto a se tornar popular,rico ,ter uma piscina de dinheiro e bling blings no pescoo eu no sei(rs), mas timo ver esse carinho que a galera tem com a gente, saber que de certa forma tudo isso esta sen-do reconhecido, ficamos muito felizes quando abrimos para o TDWP, eu particularmente tive a chance de con-versar com todos eles e trocar algumas figurinhas com os gringos. Acredito que Deus sempre capacita os escolhidos e se voc pensa grande, com certeza Deus vai te capacitar a fazer coisas grandes, mas tudo com a

    Foto: Filipe Nevares

  • direo e ajuda o nosso Paizo l de cima claro, s assim que o nosso trem anda.

    Sendo uma banda crist, que tipo de influncias vo-cs tem ou tiveram?

    Deus a nossa inspirao pra se manter em p e con-tinuar caminhando no importa o que tenha na frente. Para compor as letras ns nos inspiramos em nossas experincias (boas ou ruins) que vivemos com a igre-ja e com Deus, ja em relao sonoridade, ouvimos de tudo, cada um da banda tem sua prrpia prefern-cia musical, isso bem legal pois sempre ouvimos sons novos que trazemos e estudamos, Eu e o Jo gostamos muito de Trash e Nu Metal, o Jnior ouve muito Sou-thern e Prog, o Bruno gosta muito de Prog e Nu Metal, o Rafa gosta de Metalcore e Trash, a Marina traz Pop e Classics, esse um dos motivos que a UNLIFE faz essa salada musical que muitos dizem por ai, sempre ou-vimos as influncias uns dos outros.

    Nos explique o por qu do ttulo Christian Demo-cracy?

    Alguns dizem que por causa do Chinese Democracy do Guns (rs), se voc pensou o mesmo est correto, uma brincadeira relacionada ao nome do albm dos caras, funcionou direitinho a mensagem que preten-demos passar com o nome Chistian Democracy, mas em relao ao tema... logo ali em baixo vou explicar direitinho(rs).

    O lbum foi produzido e mixado por membros da ban-da Korzus. Como foi essa experincia?

    Foi simplesmente incrvel, aprender com quem fez histria sempre bom, o Pompeu e o Heros so super profisionais e muito amigos, descobrimos muitas coi-sas novas com eles e pra falar a real, foi mais que uma escola pra Banda, foi uma experincia que marcou nos-sas vidas.

    Recentemente, o baterista Zaquini deixou a banda, mas foi substituido por Gustavo Paes. Como ocorreu

    esse processo de substituio?

    Foi tranquilo pois ambos ja eram grandes amigos, o Paes tocava em uma banda chamada ENCE, todos so muito amigos da Unlife, convidamos o Paes pra nos ajudar no processo do Christian Democracy, a banda achou muito interessante convid-lo pra fazer parte efetiva e se juntar a banda, o Paes concordou gravou o CD e chegou a fazer alguns shows com agente, mas ao mesmo tempo que estava conosco na estrada ele tam-bm estava ajudando os brothers da December, como o Paes se idntidica muito com o som da December ele resolveu se dedicar totalmente aos caras e saiu da Un-life, ns da banda levamos na boa e apoiamos a deci-so, logo em seguida iniciamos a procura de um novo batera e foi ai que o RAFAEL apareceu, cheio de garra e disposto a se dedicar ao nosso som, o cara sem d-vidas o nosso melhor batera, e esta fazendo direitinho a lio de casa(rs).

    O Christian Democracy um lbum conceitual que leva temas como preconceito, hipocrisia e at mesmo f. Que tipo de mensagem vocs tentam mandar para

    os ouvintes?

    Christian Democracy uma crtica religiosidade no Brasil e no mundo, na verdade em certos aspectos no deveria existir DEMOCRACIA CRIST e sim TEOCRACIA CRIST, pra galera entender melhor hoje em dia no precisamos de muitos clicks no controle remoto ou no mouse pra perceber como diversas entidades crists funcionam hoje em dia, a forma com que alguns lderes conduzem seus rebanhos e dirigem suas igrejas, tudo

    muito sistemtico, democrtico, as vezes parece at algum tipo de empresa ou partido idealista, algo em que os Homens lideram e manipulam com suas pr-prias mos e vontades, e no com as mos e vonta-des de Deus como deveria ser, infelismente esta a realidade de muitas igrejas hoje em dia e que infe-lismente Eu e alguns membros da Unlife assistimos de perto, sabemos que um tema polmico e que quase ningum topa colocar a idia na roda, por isso colocamos tudo em nfase e escrevemos o Christian Democracy, no pra ser falado ou gerar polmica, mas para que as pessoas realmente pensem diferen-te e passem a entender que Deus o incio e o fim de tudo, no podemos nada sem Ele.

    No comeo do ano, a Unlife foi convidada a partici-par da radio, Blaqart Radio Show, ao lado de gran-des bandas como God Forbid, Intronaut e Iwrestle-dabearonce. Como vocs se sentiram ao receber

    este convite?

    Incrvel, foi engraado poder ouvir na gringa o nosso som, e ainda ver os comments que o apresentador fazia, ele Dizia: Sim uma banda crist, mas e da?? eu no acredito nessas coisas mas os caras arreben-tam!! ento merecem estar aqui. (rs) ser apresenta-do ao lado de IWABO e ainda levar um comment nes-se nvel impressionante pra ns, mesmo o cara no aceitando nossa ideologia ele ouve pelo som, um dia ele vai compreender o que estamos falando.

    Nos conte um pouco como funciona o processo de composio entre vocs.

    Ao contrrio do que todos pensam, nunca existiu problema algum para criar, sempre que algum tem alguma idia, passamos tudo na tablatura e repas-samos pra banda nos ensaios, as vezes algum che-ga com a idia da msica quase toda pronta, ai s acertamos colocando mais idias e acertando os de-talhes, ou ento cada um pega uma idia que fez em casa e tentamos montar de um modo legal tudo isso, quanto aos vocais a Marina e eu sempre sentamos nos ensaios e definimos a linha vocal toda juntos, isso nao quer dizer que ela simplismente faa a parte dela e eu a minha, sempre criamos linhas um para o outro e analizamos detalhadamente o que ficou me-lhor e mais confortavel para ambos. A grande ideia mostrar pro pessoal que nao existem divises, gosta-mos de misturar e diferenciar o maximo possivel de uma musica pra outra.

    No show do The Devil Wears Prada, vocs fizeram um mini-documentrio. Vocs pretendem fazer o mesmo no show do August Burns Red/Blessthe-fall. H alguma possibilidade de vocs lanarem um

    DVD?

    Pretendemos fazer o mesmo com o show do ABR e BTF, colocaremos os detalhes no nosso canal no You-tube, a UnlifeTv colocando dotalhes de Backstage, fi-rulas com os gringos e uns trechos dos shows. Sobre lanar m DVD, ai j um projeto nosso que esta em andamento, mas enquanto no sai, colocamos tudo na net pra que todos tenham acesso geral do que rola na banda.

    Com relao ao pblico, qual a reao deles, pelo fato de vocs serem uma banda crist? Rola algum

    tipo de preconceito?

    Nenhum, at as bandas que no apoiam a ideoligia crist sempre tem o maior respeito e reconheciento pelo que falamos no palco, o pblico sempre mui-to receptivo e nos tratam muito bem, ficamos horas conversando com a galera e tentando ajudar caso tenham algum problema em casa com os pais ou

    em qualquer outro lugar, isso nos deixa muito pr-ximos, mesmo se tratando de internet, o carinho e compaixo uns pelos outros incrvel.

    Obrigado pela entrevista. H algo que voc gosta-ria de acrescentar?

    Poxa mas ja acabou (rs), agradeo a Six Seconds pela chance de expressar um pouquinho sobre nos-sas mentes malucas, no posso terminar essa entre-vista sem dizer pra voc ai que esta lendo que Deus te ama muito e o melhor que Deus te ama como voc . Esse lance de usar terninho engomado, bo-tar a bblia em baixo do brao e sair por ai dizendo que tudo do Diabo no EXISTE, Deus te quer desse seu jeito de ser, com seus defeitos e talentos, Ele quer te dar nova vida e te ajudar a enfrentar suas barreiras, ento se liga por que ser filho de Deus no di nem um pouco...Que Deus abenoe grandemente a todos. Paz IAN K. MENEZES

    Ousados. Esse , talvez, o adjetivo que melhor define os paulis-tas da Unlife. Ousados pela mescla de componentes musicais em cada msica, ousados pelo uso da irreverncia musical, ou-sados por usarem uma forma nada convencional (dentro da sonoridade) de espalhar sua religiosidade. Particularmente, apesar de soar bastante contraditrio aos meus ideais, gosto muito de escutar bandas crists ou com um mnimo (ou mxi-mo) de religiosidade atreladas msica. Por que isso? Porque h um somatrio bastante interessante no que tange a religio e a msica. A msica to antiga quanto a religio ou reli-giosidade (usaremos esse segundo termo, daqui pra frente), e ao fazermos a ligao de uma com a outra, podemos ver uma espcie de reviso de costumes, anlise de evoluo cultu-ral, dentre diversas outras situaes antropolgicas. Contextos pessoais a parte, muitas coisas me chamaram a ateno nesse disco do Unlife. O primeiro foi o carinho com o qual os msi-cos tratam seus instrumentos na hora de descer a martelada em nossos ouvidos. Fiquei bastante impressionado, tambm, com a potncia vocal imposta pelos dois vocalistas em cada se-gundo do disco. Em alguns momentos do disco (principalmente nas duas primeiras faixas do disco no contemos a introdu-o, certo?) um pouco de insegurana por parte da vocalista Marina Kawahara, porm, na faixa Posso Ouvir um Amm? ela quebra minhas pernas em 35 pedaos quando canta divi-namente bem e encaixa uma voz bem suave e definida, dando um tom diferente e contrastante com o peso imposto nos minu-tos iniciais da msica. Muitas coisas pesam para que Christian Democracy receba uma tima nota dos meios especializados, algumas delas foram citadas acima. No behind the scenes seria interessante citar a fora incomensurvel que a banda tem da internet, um meio que vem sendo bastante utilizado por diversas bandas no cenrio musical mundial. Alm da super oportunidade de ter o disco produzido e mixado pelos lendrios Marcello Pompeu e Heros Trench que recentemente assinaram a produo de mais outra prola do rock cristo, o disco De-pois da Guerra do Oficina G3, e ganharam 2 Grammys. Com um time como esse, s poderamos esperar que viessem coisas boas. E foi justamente isso o que aconteceu. No fim de Agosto, eles fazem a abertura do show do August Burns Red juntamen-te com os rapazes do Sharks At Abyss. Merece a sua ateno? A minha merece. Meu destaque do ms de Agosto: Unlife. BRUNO THOMPIS

    9UnlifeChristian DemocracyIndependente

  • SIXSECONDSRecomenda

    Post-PunkThe National

    The National uma banda indie rock/post-punk formada em 1999 por ami-gos de Cincinnati, Ohio.

    As influncias vo de Bruce Springs-teen a Tindersticks. E as msicas so escritas e cantadas por Matt Berninger com sua diferente voz de bartono

    O resto da banda fomado por dois pares de irmos: Aaron e Bryce Dess-ner e Scott e Bryan Devendorf.

    Padma Newsome, da banda Clogs, fre-quentemente colabora no teclado e nos arranjos da banda.

    lbum recomendado:

    The National (2001)

    White Lies

    InterpolInterpol uma banda de Nova York, formada por Paul Banks (vocal e guitarra), Carlos Dengler (baixo), Sam Fogarino (bateria), e Daniel Kessler (guitarra e back-ground vocais).

    O som da banda caracterizado por uma mistura de baixo pulsante e som esparso e variado de guitarra.

    Eles tm sido comparados com Joy Division, Echo & The Bunnymen e The Chameleons por sua atmosfera sombria, sonoridade densa e letras ambguas. Apesar do primeiro lbum, Turn on the Bright Lights (2002), ser disperso e experimental, o segundo, Antics (2004), sugere uma banda mais confidente ao desenvolver um som mais complexo.

    lbum recomendado:

    Antics (2004)

    White Lies uma banda de rock alternativo de Ealing, West London, Inglaterra, cuja gravadora atual a Fiction Records. A banda formada por Harry McVeigh (vocalista, guitarra), Charles Cave (baixo e backing vocals) e Jack Lawrence-Brown (bateirista). Lanaram quatro singles: Unfinished Business, Death, To Lose My Life and Fa-rewell to the Fairground. O seu primeiro disco, To Lose My Life, foi lanado em janeiro de 2009, estreiando no pri-meiro lugar nas paradas britnicas.

    Cave and Lawrence-Brown nasceram em Pitshanger Villa-ge, North Ealing, e tocam juntos desde a escola. McVeigh, nascido em Shepherds Bush, juntou-se a banda dois anos depois. A banda nessa poca chamava-se Fear of Flying.

    Cave considerava a banda apenas como um projeto de fins-de-semana, mas depois comearam a abrir os shows de bandas como The Maccabees, Jamie T e Laura Mar-ling.

    lbum recomendado:

    To Lose My Life (2009)

    Lanaram dois singles em vinil no selo idependente Young and Lost Club. Routemaster / Round Three em 7 de Agosto de 2006 and Threes a Crowd / Forget-Me-Nots em 6 de Dezembro de 2006. Ambos foram produzidos por Stephen Street, colaborador antigos de bandas como Blur e The Smiths.

    Duas semanas antes dos membros da banda comearem universidade, eles decidiram dar um tempo, porque acharam que as novas msicas no encai-xavam-se bem com o que faziam antes. Cave disse que no podia mais escrever nenhuma letra pessoal, ento passou a inventar histrias semi-cmicas que no eram importantes para ningum. E

    les anunciaram em outubro de 2007 no MySpace da banda que o Fear of Flying havia acabado. E passaram a adotar o nome White Lies, com msicas mais sombrias e um nome novo para refletir a maturidade da banda. Quando perguntado sobre a mudana de nome em uma entrevista dada numa rdio em San Francisco, Jack Brown disse que as novas msicas deveriam ser tocadas por uma nova banda, porque eram muito diferentes das que tocavam antes e que White Lies encaixava-se perfeitamente nessa idia.

  • [1]BathoryHammerheart

    O primeiro e mais puro lbum de Viking Metal, orquestral e nrdico. Melhor msica: One Road to Asa Bay

    [2]ImmortalSon of Northern Dark-ness

    Black Metal lento, mas muito agressivo, super instrumenta-do e muito bem mixado, com-

    [3]Dimmu BorgirStormblast

    Muito intensivo, agressivo, contudo muito meldico, ti-mo teclado assim como pia-no.

    bina com tudo.

    [4]SolstafirKold

    Estilo de msica indepente, nem Black, Death, Heavy ou Viking Metal, goste voc ou

    no, eles so timos ao vivo.

    [5]BathoryTwilight of the Thunder Gods

    Dificilmente este lbum me-tal, uma mais uma sinfonia, uma obra prima, mesmo de-pois de 19 anos.

    [6]Amon AmarthVersus The World

    Viking Metal encontra Dea-th Metal, as estruturas das msicas so bastante claras

    e poderosas (parecido com Thrudvangar sem os teclados). tima banda ao vivo.

    [7]Type O NegativeThe Origin of the Feces

    Metal original e no to r-pido, estranho, simples, mas muito bom.

    [8]EluveitieSlania

    Influncias de msica celta, tocado tambm que instru-mentos da idade mdia, bem

    divertido.

    [9]VintersorgTill Fjalls

    Muito variado, vocais limpos e normais, excelente melodia.

    [10]Kari RueslattenPilot

    Nada de Metal, voz limpa, ape-nas alguns instrumentos, nada para pessoas depressivas.

    [1]Devil DollSacrilegium

    Misteriosamente difcil de se apossar dos materiais com esta banda, simplesmente ge-nial em todos os sentidos do humor e muita inspirao que recebo de ouvir essa obra de arte

    [2]SabbatHistory of a Time to Come

    No acho que este lbum te-nha chamado a ateno que merece, mas um classco no meu livro de Thrash e Speed Metal com uma maneira muito original de se cantar.. e sim eu posso cantar todas as msicas no Karaoke sem problemas.

    [3]In Slaughter NativesEnter now the World

    Desligue a luz, acenda uma vela e viage para o submun-do, esse lbum sombrio, am-biental e o melhor.

    [4]SpanMass Direction

    Rock/Pop noruegus, um dos mais talentosos da Noruega, uma banda que tinha muito potencial antes deles acaba-rem.

    [5]DarkthroneA Blaze in the Northern Sky

    Ningum se sente ligado aos primrdios da magia, na hist-ria do black metal noruegus, esse lbum um clssico, nada mais a acrescentar.

    [6]ThornsThorns

    Riffs perfeitos de guitarra, sim-plesmente perfeita, a arte ne-gra na atmoesfera, qualquer um que discorde, precisa levar um tapa na cara.

    [7]The CarburetorsPain is temporary, Glory is forever

    Levante suas mangas e prepa-re-se para uma briga de bar, rock noruegus perfeito, com cargas de atitude, esse lbum me da sede e vontade de diri-gir em alta velocidade.

    [8]KissCreatures of the Night

    Para mim, pessoalmente, um lbum clssico, com um mon-te de lembranas do dia anual da magia ...

    [9]FastwayTrick or Treat

    Brilhante banda de rock/me-tal, se voc gosta de msica dos anos 80.. bem eu gosto.

    [10]KatatoniaNight is the new Day

    Muito triste, porm belo e edificante na arte ao mesmo tempo, com paixo e originalida-de, bem composto e bem produzido.

  • Praticamente uma semana aps o show do Deathstars, outra banda sueca resolveu mostrar as caras aos head-bangers brasileiros. Desta vez, quem passou pelo palco do Carioca Club, foi o Dark Tranquillity. A noite do Dia dos Namorados celebrou a exuberante estreia de um dos cria-dores do Death Metal meldico no Pas.

    O Dark Tranquillity um grupo que ficou mundialmente conhecido devido a sua excelncia musical. Com temas rpidos, excntricos e letras inteligentes, a sua sonorida-de arrebatou em cheio os fs tanto das msicas pesadas como os que gostam de partes mais meldicas. Aps re-alizar longas turns por Europa e Amrica do Norte, Mi-kael Stanne (vocais), Martin Henriksson (guitarra), Niklas Sundin (guitarra), Daniel Antonsson (baixo), Martin Bran-dstrom (teclados), Anders Jivarp (bateria) finalmente vie-ram desbravar a Amrica do Sul por completo. E o Brasil foi um dos pases agraciados por esta ilustre e to espera-da visita. Exatamente s 20h25, o Dark Tranquillity estrea-va no Brasil e, logo de cara, recebia o to famoso calor do pblico brasileiro. O sexteto entrou em cena com At the Point of Ignition e The Fatalist, duas pauladas de seu mais recente lbum We are the Void. Assim como aconteceu na estreia do Amon Marth, outro excelente grupo sueco, logo nas duas primeiras msicas, o pblico j estava ex-tasiado, nos braos do sexteto. Afinal, foram 20 anos de espera que deveriam ser recompensados em pouco mais de 1h40 do mais puro Gothenburg Sound.

    Mantendo o ritmo acelerado, executaram uma trinca enlouquecedora: Focus Shift e, para delrio da galera, as

    Dark Tranquillity faz uma das melhores apresentaes de Heavy metal do ano

    clssicas The Wonders At Your Feet e Final Resistance. O repertrio, conforme fora prometido, seguiu com compo-sies de praticamente todos os trabalhos. Uma das m-sicas que mais impressionaram foi a nova Shadow in Our Blood, que teve o seu clipe sincronizado no backdrop. No entanto, o clmax da apresentao veio justamente na pri-meira do bis com Therein. Se no disco ela fantstica, ao vivo, fora de srie. A partir dali o que veio foi lucro. Po-rm, tudo o que bom dura pouco. O show passou mui-to rpido, sinal de que os integrantes do Dark Tranquillity foram eficientes. At mesmo quando executaram msicas mais calmas, a exibio no se tornou maante e a intera-tividade com os fs foi a mesma do incio ao fim.

    O vocalista Mikael Stanne foi um poo de simpatia e ca-risma. Com o sorriso sempre largo no rosto, deu um show parte. Seu vocal impar. Perfeito nas partes meldicas e nos vocais rasgados, sem sombra de dvidas, ditou a vibrao para que aquela noite fosse inesquecvel tanto para a banda como para os fs.

    A dupla de guitarristas Niklas Sundin e Martin Henriksson se completam como unha e carne. Donos de riffs pode-rosos, so verdadeiros maestros, conseguiram evidencia-ram porque so msicos to aclamados dentro do Death Metal.

    A cozinha formada por Daniel Antonsson (baixo) e Anders Jivarp (bateria) joga fcil at mesmo nas partes mais complicadas, no deixaram o ritmo, muita vezes frentico da apresentao, cair.

    No entanto, o teclado de Martin Brandstrom que de-termina a excentricidade das msicas. Mesmo que posi-cionado ao fundo do palco, sua presena mais do que notria. Suas linhas meldicas do aquele toque intimista a cada composio o que muitas vezes determina a iden-tidade de uma msica. Fato que tambm acontece em ou-tras bandas como Dimmu Borgir, Cradle Of Fith, Children of Bodom e muitas outras. O Dark Tranquillity provou, ao vivo, diante dos aficcionados fs brasileiros, porque con-siderado um dos melhores grupos do atual cenrio do He-avy Metal Mundial. Se seus compatriotas In Flames e At the Gates tomaram um rumo um tanto diferente se com-pararmos com a sonoridade do inicio de carreira, o Dark Tranquillity mantem at hoje a sua identidade musical. claro que passaram por momentos experimentais, mas a sua peculiaridade caracterstica se mantem intacta.

    Os suecos no precisaram de muito elementos para fazer uma boa apresentao. Os caras se garantiram na raa mesmo, no palco, executando seu som rpido, pesado e devastador sob a base de uma iluminao simples. A ni-ca coisa de extravagante foram as imagens sobrepostas no backdrop, que, de certa forma, deram um toque mais inti-mista ao show. De resto, foi porrada na orelha executada por uma banda segura e com uma performance perfeita. O nico porm foi ter deixado Monochromatic Stains, que h um bom tempo, no tem figurado no repertrio, mais uma vez de fora. Mesmo assim, fizeram uma das melho-res apresentaes do ano! COSTBILE SALZANO JR.

    Foto: Vivianne D

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    ond

  • Foto: Vivianne D

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  • Blue Record foi um dos mais aclamados lbuns de 2009 lanado pela banda americana, Baroness. a banda de mistura um som progressivo sludge e ganhou muitos admiradores aps o lanamento do lbum. Ns da Six Seconds tivemos uma conversa com o baixista Summer Welch que nos fala da comporao da banda com Mastodon, a rica e detalha-

    da artwork e muito mais.

  • Blue Record foi um dos mais aclamados lbuns em 2009. A banda esperava que o lbum fosse to bem sucedido?

    A ateno sobre esse lbum tem sido quase sem-pre positiva. Ns todos nos sentimos muito hon-rados que tantas pessoas apreciam o que esta-mos fazendo. Ns acreditamos na nossa msica, mesmo ao receber uma critica negativa. E o mais importante aos nossos olhos que ns demos tudo de nos mesmo afim de criar algo honesto e verdadeiro. Nossas expectativas deste lbum no deixaram o estdio de gravao, nossa ni-ca expectativa real que colocamos em prtico o melhor que pudemos na composio, gravao e no design. Qualquer coisa que veio depois foi uma surpresa bem vinda. um sentimento muito humilde e poderoso ter algo artesanal que parece falar com tantos outros.

    Mesmo revistas e sites que no so muitos fami-liares com o metal, derem uma nota alto para o lbum, o que no uma ocorrncia comum. Como voc acha que esse lanamento deixou a banda mais conhecida?

    Eu no posso te dar uma resposta pra essa per-gunta, porqu eu no tenho certeza. Eu posso dizer que tentamos pisar fora da nossa zona de conforto e se concentrar em nossos pontos fra-cos, tornando-os assim em pontos fortes. Ns tra-balhos em cada um dos nossos erros e tentamos ouvir nossos instintos durante a gravao. Se algo soasse bom, ns continuariamos com isso, mesmo que isso fosse arriscado. Eu tambm tenho que dar crdito a nossa gravadora, eles fizeram uma tima imprensa. Tirando os shows, ns no nos promovemos muito. A gravadora deu uma ajuda intensiva e fez de uma maneira que mexe com a nossa perspectiva moral.

    Ns estamos agradecimos por tudo que eles fi-zeram por ns e tentamos viver de acordo com a expectativa criado pelas turns e oferecendo um desempenho honesto cada vez que estamos no palco.

    A banda tem sido comparada com Mastodon, embora haja alguns pontos em comuns. Na mi-nha opinio, o novo lbum mostra que Baroness encontrou seu prpio som. O que voc pensa desta comparao, voc acha frustante ou est feliz pela banda ser colocada ao lado de uma banda desse calibre?

    Ns sempre temos sido comparado com Masto-don. Eu entendo a comparao, embora eu no concorde completamente. Eu sinto que Mastodon e Baroness so duas bandas completamente di-ferentes que compartilham certas semelhanas. Mas ns estamos honrados em sermos colocado ao lado de uma banda como esta.

    Em Blue Record a banda parece manter as ra-zes do sludge, porm com alguma mistura com hard rock. vital para abanda manter um equi-

    lbrio entre estes dois estilos ao compor as m-sicas?Ns compomos msicas que ns nos identifica-mos, em primeiro lugar. algo natural. Dito isto, penso que a nossa base e alicerce slida. Nos-sos ideais e gostos mudaram e amadureceram muito desde o incio da banda. Sempre que com-pomos algo novo, tentamos avanar em uma di-reo positiva. Se voc tiver sucesso nisso, vital que voc permanea com a sua raiz e que faa isso de forma natural.

    A banda famosa pela arte complexa que John Baizley (guitarra/vocais) projeta em todos os lanamentos da banda. Quanto esforo vai at a finalizao das obras?

    A quantidade de pensamento e de tempo que vai para a obra de arte igual ao que vai para a msica. Eles caminham lado a lado, no haveria um sem o outro.

    Na cena musical, parece que muitas bandas simplesmente fazem uma capa simples usando programas como Photoshop e com isso a arte parece ficar perdida. importante para a ban-da ir alm e fazer uma arte com componentes vitais do produto final?

    Absolutamente. John realmente da tudo de si no trabalho. So horas e horas gatas com o lapiz na mo. um processo lento, mas o resultado fi-nal algo para se orgulhar de porqu foi criado inteiramente mo. Isto pode no ser a melhor comparao, mas eu sinto que transmite o mes-mo significado.

    A prxima vez que voc for escrever um e-mail para um amigo, desligue o computador. Arrume sua mesa, puxe uma cadeira confortavel, pegue uma bebida do seu gosto. Beba lentamente, con-tinue escrevendo sua carta. Leve o tempo nes-cessrio, certifique-se de toda palavra que voc escreve. Concentre-se em sua escrita, torne-a legvel e clara. Se voc fumante, aprecie seu cigarro. Dobre a carta cuidadosamente e colo-que-a em um envelope. Leve at o correio e siga com seu dia.

    Eu garanto que quando seu amigo ou amiga re-ceber esta carta, ele ou ela ficar surpreso, por-qu voc teve tempo para criar algo nico.

    O que um f pode esperar de um show da ban-da?

    Nossa setlist nunca realmente concreta. Ns tentamos mudar um pouco a cada noite.

    Tem algo que voc gostaria de dizer para os fs da banda?

    Ns agradecemos muito a todos por sua dedica-o pela msica. Sem vocs, ns no seriamos capazes de viajar pelo mundo e fazer o que ama-mos. MARCO OLIVEIRA

    9BaronessBlue RecordRelapse Records

    Saindo das sombras de seus contempor-neos, Baroness cria uma experincia incri-velmete bem polida e consistente para os ouvintes. A cor azul pode ter vrios signi-ficados. As vezes interpretada como cal-ma ou felicidade. Tambm pode significar conhecimento, poder, integridade e serie-dade. Sejam bem vindos ao Blue Record o segundo lbum da banda de Savannah, Baroness. H muito o que dizer sobre essa banda. Baroness tem se escondido nas sombras de seus contemporneos, Masto-don. Embora existam semelhanas ligeiras nos sons de ambas bandas, Baroness con-segue ter o seu prpio estilo. Comparar essa duas bandas seria injusto, ambas so bandas nicas. Sendo o segundo lbum da banda, sempre bom saber se eles evolu-ram como artistas. Eles mantiveram o seu som global, adicionando novas idias. O trabalho anterior, The Red Album, foi um lbum bom, mas a banda refinou seu som, criando uma experincia que vai satisfazer os fs velhos e os recm-chegados. Baro-ness tendem a usar o seu ttulo de Slud-ge Metal com orgulho, vocais abrasivos, instrumentao distorcidas e tempos con-trastantes esto por todo lugar do Blue Record. Tudo funciona bem em conjunto, com o intuito de montar uma pea polida e consistente. No entanto, o charme prin-cipal do lbum no vem do seu instrumen-tal, mas sim da sua pura esttica do sul. O lbum cheio de influncias que vo do Southern Rock at o Bluegrass. A estrutura do lbum uma coisa fantstica, ao invs do ouvinte ficar apenas com riffs e Skynard de minuto em minuto, a banda decidiu tra-balhar com uma abordagem mais sutil. O instrumental usado no Blue Record algo bastante variado. O Blue Record no um lbum de metal que se resume a riffs e solos de guitarras, no senhor. Ao invs disso, um meio-termo encontrado, John Baizley e Pete Adams so mais competen-tes. A banda faz um fantstico trabalho da mudana de Swollen and Halo para o mais foclrico Blackpowder Orchard. Os sons e humores so mudados constante-mente e os membors fazem um timo tra-balho ao longo do lbum. IAN K. MENEZES

  • Criador de capas de vrias bandas conhecidas pelo mundo, Marcelo Vasco est traba-lhando como ilustrador desde de 1995. Desde de 2007 sendo designer oficial da Indie Recordings, o maior selo da Noruega. Ns da Six Seconds batemos um papo com ele e

    ele nos falou sobre seu trabalho e outras coisas. Confira!

    Nos conte sobre seu trabalho como ilustrador.

    Sou designer grfico autnomo desde 1995 e direcio-no meu trabalho criao de projetos para a mdia impressa e eletrnica, geralmente publicaes atravs de ilustrao digital como desenvolvimento grfico para CD/DVD/LP, identidade visual, design promocio-nal e campanhas pblicas focadas na cultura musical underground. Tambm ofereo solues na criao de websites/myspaces/ecards e todo tipo de propagan-da virtual. Desde 2007 sou contratado da Indie Re-cordings, o maior selo/distro da Noruega, como seu designer grfico oficial. J fiz trabalhos para grandes bandas como o Borknagar, Belphegor, Dimmu Borgir, Obituary, Satyricon, Enslaved, Vader, Keep of Kalessin, Absu, Devian, Fenriz/Nattefrost, Merauder entre mui-tas outras, e atualmente tambm trabalho como free-lancer para selos como Nuclear Blast, Regain Records, Metal Blade, Napalm Records, Candlelight Records, entre outros.

    Voc tem alguma coisa em especifico que voc gosta de desenhar?

    Adoro faces e personagens... Aliens, Demnios, Guer-reiros Apocalpticos... e quanto mais feio, brutal e es-quisito, melhor :) Minhas artes so em sua maioria baseadas no surrealismo, como se fossem sonhos/pe-sadelos ilustrados que transcedem a dor, o prazer, a vida e a morte!

    Qual a melhor ilustrao que voc j fez?

    difcil dizer a melhor, pois a maioria delas so como filhas pra mim. Digamos que eu tenha respeito por 90% das ilustraes que eu crio. Esses 10% restan-tes so de clientes que eu particularmente considero sem a viso necessria para fazer uma capa funcionar atravs do meu tipo de trabalho, mas acabo tentando agradar e fazendo o que os deixa satisfeitos, mesmo que eu no esteja totalmente de acordo com a idia. Ossos do ofcio, infelizmente! Mas no geral sou feliz com grande parte das ilustraes que eu crio e ape-sar de no ter uma preferida eu poderia citar algumas das ltimas com as quais eu fiquei extremamente sa-tisfeito... So elas: BORKNAGAR, THORNIUM, KEEP OF KALESSIN, THE ORDHER, EXHORTATION, LACONIST e DEUS INVERSUS.

    INFERNAEON - Genesis To NemesisBORKNAGAR - UniversalKEEP OF KALESSIN - Reptilian

    Voc costuma ouvir msica enquanto desenha? Se sim, que tipo?

    Com certeza! O Itunes tocando parte fundamen-tal do meu trabalho, quase como uma ferramenta que complementa todo o processo. Eu sou uma pes-soa bastante ecltica e ouo de tudo, mas no geral o que est sempre na minha playlist so bandas de Heavy Metal e suas vrias vertentes, principalmente o Thrash & Black Metal, que talvez sejam os estilos que mais me agradam e consecutivamente me inspiram nas minhas criaes.

    O que te inspira?

    Alm da msica em si, sou fantico por cinema... Fil-mes de horror, fico cientfica, era medieval, mitolo-gia e guerra! Isso algo que me prende numa cadeira por horas e mais horas!

    Como o processo de criao das suas artes?

    Tudo parte de uma ideia ou conceito que geralmente recebo diretamente da banda/artista em questo. O incio do processo depende um pouco disso, mas ge-ralmente parto para a produo e busca das imagens/fotografias que eu possa precisar pra comear a mani-pular e criar a ilustrao. Isso feito, vou ao Photoshop e comeo a criar uma espcie de rascunho. Esse rascu-nho eu apresento para o cliente e ele estando de acor-do com o direcionamento da arte, comeo a trabalhar mais minunciosamente no conceito e detalhes da ilus-trao at a sua finalizao. Basicamente seria isso!

    Onde voc se v daqui a 10 anos?

    Espero estar ainda trabalhando com o Heavy Metal em geral e tenho um sonho de trabalhar tambm com cinema de alguma maneira. Estou batalhando pra aprender mais e melhorar a cada dia e espero que essa evoluo no futuro me renda bons frutos :)

    Que tipos de programas e material voc usa para suas ilustraes?

    De equipamento basicamente eu uso um MACBOOK PRO 2.53 Duo Core 8GB Memria ligado em um Apple Cinema Display de 20, HDs externos, teclado e mouse sem fio + Camera NIKON D80 com diferentes tipos de

    lentes. Para a criao das ilustraes uso o Photoshop e em raras vezes chego a precisar de papel, caneta e lpis, mas no geral fao tudo diretamente no softwa-re. O material que uso se resume a fotografias e ima-ges de stock! Atravs delas eu manipulo digitalmente 99% das ideias que tenho para o conceito de uma ilus-trao.

    Nos conte 5 objetos que esto ao seu redor no mo-mento.

    Copo de coca-cola (j vazio hehe), CDs, mouse/tecla-do/monitor e esse tipo de parafernlia, muitos papis e anotaes... e uma pilha de vins...

    Que tipo de conselho voc daria para as pessoas que esto comeando a desenhar?

    Que estudem, pesquisem, apreciem, olhem alm do que uma simples imagem representa!!! Dominar as ferramentas de trabalho como o Photoshop, por exemplo, no te faz um designer, te faz um tcnico/operador. muito importante as pessoas saberem entender essa gigante diferena. Alm de toda essa dedicao aos estudos importante tambm que os debutantes se valorizem e procurem o seu prprio ca-minho, sem querer dar passos maiores que as pernas! Adquira uma viso extremamente ampla do simples e uma viso simplificada do complexo atravs do trei-namento de seus prprios olhos diante da arte! Bom, uma resposta quase filosfica hehe mas na minha viso esse realmente o caminho...

    PC ou MAC?

    Sabiamente MAC :) PC lixo e 99% das vezes nos deixa na mo!

    ltimas palavras?

    Agradeo a SIX SECONDS pelo interesse e ajuda na di-vulgao do meu trabalho grfico! Espero que todos gostem do meu material e prometo estar sempre ofe-recendo o melhor possvel e representando o Brasil l fora nesta rea que tem crescido a cada dia. Obrigado e um abrao a todos! IAN K. MENEZES

  • Acho que no h como falar sobre o show de uma de suas bandas favoritas sem aca-bar caindo em clichs, mas a verdade que o show realizado pelo Deathstars no dia 30 de Maio no Carioca Club, em So Paulo/SP foi melhor do que qualquer um ali poderia imaginar. 7 anos se passaram desde que a banda lanou seu primeiro lbum, intitulado Synthethic Generation, e desde ento o n-mero de fs s vem aumentando.

    Aps um pouco de trabalho pra localizar a casa onde seria o show, logo comearam as especulaes do pblico: ser que vo to-car aquela msica?. Claro que todo mun-do tem sua msica favorita, e como a banda vinha mudando seu setlist a cada show pela Amrica do Sul ficava quase impossvel sa-ber quais msicas seriam tocadas.

    Apesar do show ter atrasado um tempo con-sidervel pra comear, e algumas falsas

    aberturas que deixaram o pblico um pou-co frustado, eis que comea a grande atra-o da noite. Logo ao abrir o show com a fai-xa ttulo do novo lbum, Night Electric Night, os Deathstars deixaram bem claro que este no seria um show a ser esquecido.

    No setlist da banda constaram excelentes faixas como New Dead Nation, The Revo-lution Exodus e Semi-Automatic para os velhos fs da banda, faixas novas como Ar-clight e a belssima Blood Stains Blondes, e as faixas que proporcionaram o boom que a banda teve por volta de 2005, Blit-zkrieg e Cyanide. A banda se despediu, mas como todos sabe-mos, o show ainda no havia acabado. Eis que voltam para mais 2 msicas e se retiram.Pronto, agora o show acabou... mas t fal-tando algo, n?E estava mesmo. A banda volta ao palco mais uma vez e manda para o

    pblico The Last Ammunition e Play God. Seria de se estranhar muito uma faixa como Play God no aparecer no setlist.

    Mas mesmo com o setlist excelente, essa ainda no foi a melhor parte. O que deixei de falar at agora (de propsito) sobre a per-formance da banda. Acho que nunca vi uma banda to bem entrosada, com um domnio de palco to impressionante e com tamanha energia.

    bvio que muitos passos e passagens so devidamente coreografados, mas isso no diminui a magia de ver todos os integrantes da banda gritando, pulando, batendo pal-mas e cantando ao mesmo tempo. Prova disso o baixista Skinny, que desde a hora em que subiu ao palco no parou de sorrir por 1 segundo. RAFAEL ANDRADE

    ao vivo em So Paulo - 30/05/2010

  • OS 5 LBUMS QUE INFLUENCIARAM EM STARVE FOR THE DEVIL[1]

    DeathstarsNight Electric NightNucler Blast

    Eu e o Nick ouvimos esse lbum inumeras vezes enquanto estavamos no estudio. Eu no posso dizer que nossa msica foi influenciada por esse lbum, eu acredito que a

    atitude com certeza foi.

    [2]

    Mercyful FateDont Break the OathRoadrunner/Combat

    Esse lbum foi uma gran-de inspirao para mim, ele me influenciou em todo tipo de coisa que eu j fiz musicalmente e eu

    tenho certeza que ele ir continuar.

    [3]

    DissectionStorm of the Lights BaneNuclear Blast

    Esse lbum simples-mente foda, preciso dizer mais alguma coisa?

    [4]

    Hardcore SuperstarBeg for ItNuclear Blast

    Honestamente, ns apens descobrimos essa banda algumas semanas atrs, ento, ns no es-tavamos ouvindo a esse lbum antes ou durante o Starve The Devil. Esse

    lbum o melhor que eu j ouvi em muito tempo, e preciso pedir que todos ouam ele tambm.

    [5]

    Hardcore SuperstarBeg for ItMetropolis Records

    Eles tem so respeita-veis e eles so brilhan-

    tes. Uma das melhores bandas nos ltimos sete anos.

    O novo lbum est bem mais meldico do que o ltimo. O que levou vocs a terem essa mudan-a?

    Eu acho que eu sempre quis fazer algo mais des-se tipo, quando eu comecei a compor as msicas para o novo lbum, simpelsmente aconteceu e eu gostei muito. Eu estava gostando de compor de-novo. Eu acredito que eu s precisava fazer algo diferente, eu sempre tentei ser o mais tcnico pos-svel. Eu s queria me expressar em um novo jeito e por isso eu mudei.

    Voc acha que a evoluo comeou no ltimo lbum?

    Talvez um pouco, eu acho que o ltimo lbum foi muito tcnico para mim, talvez at demais, no tenho certeza. Mas eu acho que teve momentos, especial na ltima faixa Failures Conquest.

    Como est sendo a recepo do novo lbum?

    Eu diria que est 50-50. Eu imaginaria a recep-o do novo lbum, as pessoas esto ouvindo ele direitinho, eu acho que o elas tero um choque inicial tipo Wow, isso no We Are The Night-mare. Mas tudo bem, eu queria fazer algo dife-rente e isso. Eu acho que as pessoas vo levar um tempo para gostar.

    Qual sua faixa preferida de Starve for the Devil?

    Nossa, eu gosto de muitas delas, eu gosto bastan-te de Escape Artist e.. provavelmente Beyond Forlorn. Gosto muito dessas duas.

    Qual foi a diferena no processo gravao desse lbum comparado ao outro?

    Ns estavamos preparados para esse. Ns no es-tavamos preparados muitos no ltimo, e tambm todos se deram bem nesse, o que foi uma grande ajuda. No teve nenhuma discusso no meio das faixas ou algo assim. Eu acho que o procedimento foi bastante semelhante, mas a atitude da banda de estar preparada fez uma grande diferena.

    Esse o segundo lbum de vocs, produzido por Zeuss, voc iro continuar a trabalhar com ele? O que ele adiciona na msica de vocs?

    Ns tinhamos todas as msicas preparadas antes de vir para o estdio, ento ns no tivemos ne-nhum contato nos arranjos ou algo do tipo. Mas ele timo em conseguir o melhor desempenho em geral e tem um grande trabalho de tica. um timo cara para se trabalhar.

    O video Forced To Rock j estava disponivel. O que te fez escolher essa msica?

    Eu acho que eu queria fazer uma declarao, no sei. Acho que foi diverso mesmo. Eu achei que ns poderiamos fazer muita coisa com o video, sabe? Eu tive vrias idias diferentes, umas bem diferentes do que ns acabamos fazendo. Eu s acho, que seria divertido, s isso.

    Como foi ter Mike Van Dyne, quem inicou a ban-da com voc, de volta nesse lbum?

    Ah, foi timo. Eu amo esse cara, ns somos ami-gos a muito tempo e muito bom ter ele de volta na banda. Ele est em duas turns conosco, uma com Behemoth e outra com Arch Enemy.

    Vocs tem muito carinho com seus fs, se en-contrando com eles. Isso algo que vocs fazem toda turn e como isso funciona?

    Sim, eu definitivamente tento fazer uma parada. Eu acho que importante para o crescimento da banda, tambm divertido para mim. Eu acho que ajuda nas vendas, ter a banda l toda hora, mas divertido. Eu gosto.

    Voltando um pouco no tempo, eu soube que voc teve um acidente durante a filmagem do video We Are The Nightmare.

    Para comear, eu fui perseguido por pit bulls an-tes mesmo da filmagem comear. Isso deveria ser um pressgio para eu ser cuidadoso, mas no meio das gravaes, eu tropecei e cai no cho de uma igreja abandonada. Eu no morri, poderia ter sido pior

    Se Arsis pudesse montar uma turn personali-zadas para Starve For The Devil, quais bandas voc traria?

    Caralho, isso maluquice. Provavelmente Arch Enemy, porqu eles so troll. Mercyful Fate e/ou King Diamond. E eu estou realmente viajando nessa banda da Sucia, chamada Hardcore Su-perstar, eles provavelmente no se encaixariam, mas seria legal ve-los tocar toda noite. GLAUBER DIAS

    No seu quarto lbum os americanos do Arsis decidiram mudar a direo do seu som e produzir um lbum mais meldico, ns da Six Seconds batemos um papinho com o vo-calista e guitarrista James Malone sobre essa mudana e as reaes dos fs sobre esse

    novo trabalho. Confira tambm os 5 lbuns influnciados em Starve for the Devil.

  • Voc poderia nos contar um pouco sobre a his-tria do The Atlas Moth?Tony e eu comeamos a tocar por diverso. Ns marcamos uma reunio com Dave atravs de um amigo em comum e continuamos a compor nos-so EP enquanto procuravamos um baxista. Alex estava tocando com Tony em outra banda e ele acabou se juntando a ns como baxista. Ns fo-mos recomendados a gravar o EP com Andrew e quando estavamos no meio do processo, ele meio que agiu como se tivesse na banda. Como ns es-tavamos querendo adicionar outro membro na banda, ele foi a escolha bvia.

    Sobre o primeiro lbum A Glorified Piece Of Blue-Sky. Qual o significado desse ttulo? Se ti-

    Mesclando o Stoner com o Sludge Metal, os americano do The Atlas Moth produziram um som bem interessante de se ouvir, depois de um tempo em estdio eles lanaram seu primeiro lbum. Nos batemos um papo rpido com o guitarrista Stavros que falou

    um pouco sobre a banda. Confira!

    ver algum.Eu gosto de deixar coisa em branco para que as pessoas tenham suas prpias opinies. Eu me re-firo ao ideal de que no importa o quo perfei-to algo pode ser, nada perfeito, seja isso uma pessoa, um emprego, um estilo de vida, qualquer coisa.

    Voc est 100% satisfeito com o lbum?Eu acho que 100% satisfeito impossvel. Sem falar que, se est 100%, por qu se importar em fazer denovo?

    Houve alguma mudana na composio da ban-da nesse lbum? Seja ela no aspecto lrico ou no aspecto musical.

    Entre o EP e o lbum, absolutamente. Quando compomos o EP, Andrew nem estava na banda, tanto Dave quanto eu, nunca cantamos em um lbum antes e ns estavamos tentando achar o nosso som. Eu acho que foi um passo importante, mas eu acho que ainda h muito que crescer.

    Como foi o processo de gravao do lbum em comparao ao EP?O EP foi gravado em 22 horas. O lbum em qua-tro meses. Houve muito mais profundidade e ns passamos muito mais tempo trabalhando no es-tdio. Ns tambm experimentamos muitos am-plificadores com diferentes tons e vrias tcnicas de gravaes. IAN K. MENEZES

  • KINGDOM OF SORROW [EUA][BEHIND THE BLACKEST TEARS]LANAMENTO 8 DE JUNHO DE 2010

    Kingdom Of Sorrow o projeto paralelo de Kirk Windstein (Crowbar/Down) e Jamey Jasta (Hatebreed/Icepick). O segundo lbum intitulado Behind the Blacket Tears ir ser lanado de 8 de Junho de 2010. via Relapse Records.

    www.myspace.com/kingdomofsorrow www.myspace.com/relapserecords

  • A verdade que eu nunca me preocupo em pesquisar antes de escrever sobre algo: apenas deixo minha criatividade tomar conta do momento e fao uma dissecao das minhas idias. Dessa vez no foi diferente, porm tentei fazer sem o serrote enferrujado.

    Acho interessante como alguns assuntos so retratados com tanto sensacionalismo, sendo que o melhor a se fazer apenas cada um aprender a lhe dar com a sua prpria opinio e aprender tambm a lhe dar com as opostas opinies. A incapacidade do ser humano ser humano irnica e abre um leque gigantesco de contradies e contraver-ses, exatamente como o assunto que vou tratar nesta edio: a aceitao da msica, do metal e dos diferentes tipos de fs. Comecei a pensar na chacina intelectual, tica e moral lendo h poucos minutos um texto interessante sobre o assunto que me motivou a detalhar certas situaes.

    Charles Robert Darwin foi um naturalista britnico que alcanou fama ao convencer a comunidade cientfica da ocorrncia da evoluo e propor uma teoria para explicar como ela se d por meio da seleo natural e sexual. Em meados de 1800 j tnhamos provas concretas de que o homem, pela sua prpria natureza e crescimento, tinha como pr-determinado sempre evoluir, porm s vezes, nem com a Wikipdia nos dizendo isso, usando os maiores nomes da histria, possvel acreditar. Alguns cticos aparentam deixar de evoluir propositalmente e se prendem no fcil contexto de simplesmente odiar tudo e todos, sem motivos ou acusaes, sem justificativas ou demais opinies. Duro seria no ter quem se opor: algumas mentes so fechadas at mesmo para o livre-arbtrio. Por favor, permita-me apresentar meu pedao de carne morta ambulante: Lixo sem opo de escolha e sem a condio de ser feliz. Meu objetivo lacrimejar e sangrar por dentro at o meu ltimo suspiro. Se sobrar um tempinho hoje, atear-me-ei fogo e pularei de cabea em um milharal coberto de corvos.

    Devemos admitir que nossos pais tinham razo, no mesmo? Tudo que demais, nunca bom. Eu em particular, acho degradante qualquer tipo de extremismo e fanatismo, por isso acredito que no fundo, as maiores muralhas apenas esto l para esconder algo. Seguindo com este pensamento, existem apenas dois tipos de pessoas: as que sentem necessidade de uma muralha para poder se esconder, e as que no temem que os outros enxerguem atravs da fechadura.

    A mentalidade comum hoje em dia est associada ao comportamento das ovelhas, dando valor a se encaixar e ser aprovado pelos outros ao invs de se expressar. Um des-tes violentos e sanguinolentos ganchos ento, poderia ser o metal? Na verdade, qualquer estilo musical tem a mesma frmula e trs os mesmos sintomas de consumismo. A grande questo a ser levantada : ser que as ovelhas no esto levando isso a srio demais? Talvez, o problema no seja ento os metaleiros apenas que so muito drsticos perante suas decises e metodologias de vida, mais e sim qualquer um que se cataloga semelhantemente s suas pastas de mp3. Algumas pessoas perdem a sua valorosa personalidade original por causa da msica, ento? No, no bem assim tambm. Por muitas vezes a msica e, inclusive o prprio metal, a mais completa soluo para os nossos problemas, seja por causa das letras ou apenas pela forma que elas tomam conta de nossas cabeas. Sendo assim, os msicos em geral so autodenominados a maior sustentabilidade da maior parte de pessoas, fanticos ou no, metaleiros ou no, msicos ou no. A msica e a satisfao por uma boa msica acolhedora uma eterna corren-te presa em nossos ps que passa e repassa por ns incontveis vezes, confortando ou destruindo nossos sentimentos. A mensagem muitas vezes at distorcida, interpretada de vrias formas para fortalecer os nossos alicerces e s assim, satisfazemo-nos com aquela msica que jamais passaria goela baixo, com digesto ou no, com defecao ou no. Em casos relevantes, ntido que as mensagens dos nossos dolos se tornam as nossas opinies e no conseguimos fortalecer as nossas prprias, por novamente, claro fanatismo. Por outro lado, pessoas prontas para uma recorrente evoluo aderem as mensagens ouvidas, no as absorvem totalmente, as filtram, selecionam-nas e final-mente as acrescentam em suas prprias opinies, tornando-os reis do prprio domnio.

    Para algumas pessoas no mundo, a nica coisa real so aquelas coisas que podem ser medidas pelos cinco sentidos. Para elas, os trabalhos internos so como misteriosos faz acreditar que s vezes brincam por a at alguma situao sria surgir e ento tais coisas voltam ao seu lugar de faz de conta. Elas, com certeza, voltam terra e procu-ram qualquer verdade em que elas achem certeza, no? Essa frmula, no baseada na dependncia de outros, e caso seja, o que isso tem a ver com a liberdade? Como a independncia? Onde est a fora em tal comportamento? s por que talvez isso seja considerado legal e legal o suficiente? Aps abranger alguns pontos interessantes e causadores de discusses pelas palavras do guitarrista do Morbid Angel, Trey Azagthoth, concluo que o expressionismo musical aplicado sim, de forma correta, porm ab-sorvido de forma errnea, o que mostra que a carnificina s personificada por ns mesmos, admiradores e ao mesmo tempo, destruidores de uma boa cano.

    Posso finalizar dizendo que brutal mesmo no aquele que se contenta com as informaes que tem, no aquele que est pronto para qualquer prximo passo ou aquele que j tem a mais perfeita opinio formada. Brutal aquele que tem fome por saber sempre mais at sobre o que no lhe interessa, aquele que busca contedo em tudo ao seu redor e aquele que est apto para ouvir do death metal ao pop.

    Se vendssemos personalidade, no compraramos CDs at hoje.

  • Em uma tentativa de juntar msicos do cenrio de 2009, o vocalista do Chipset Zero se juntou com vrios outros msicos e formaram a Savant Inc. Com o grande sucesso da banda eles progrediram na cena underground e j esto a caminho de lanar seu primeiro EP. Ns batemos um papo com o

    vocalista Shark sobre tudo que est rolando na banda. Confira!

    Por favor, nos fale um pouco sobre a Savant Inc.A principio o Savant Inc. nasceu como um projeto feito apenas para a internet. Nossa inteno era montar uma banda juntando alguns integrantes das bandas ativas na cena em 2009. Ento lana-mos as musicas do projeto na internet, mas a re-percusso foi to boa que resolvemos arriscar um show pra sentir a vibe da banda ao vivo, ento par-ticipamos de um evento muito conhecido em nos-sa cidade o Rock in Rancho, ento conhecemos o Clayton, que dono de uma produtora chamada Mandrack Produes que se interessou pelo tra-balho da banda. Iniciamos uma parceria forte, que funciona quase que como uma famlia e desde en-to estamos ai tocando em vrios festivais com as principais bandas da cena atualmente.

    Vocs j foram rotulados por algum gnero? O que vocs acham sobre isso?Acho que isso ainda no aconteceu, mas tambm

    no temos nenhum problema com isso, talvez seja difcil rotular o Savant Inc, pois cada integrante vem de escolas diferentes e quando juntamos nossas idias o resultado algo que eu considero diferente.

    Que tipos de temas vocs abordam em suas le-tras?As letras do Savant Inc abordam assuntos como os sentimentos do nosso cotidiano conturbado, supe-rao, respeito e confiana.

    Como voc entrou no mundo da msica.Eu me lembro como se fosse hoje que foi aos acor-des de Pantera ouvindo pela primeira vez Cowboys From Hell que eu senti de verdade que aquilo era pra mim, foi como se eu tivesse tomado uma mar-telada na cabea. Depois disso eu me juntei com alguns loucos e mesmo vendo muita gente desistir no meio do caminho eu permaneci firme e forte no

    meu sonho.

    Sendo vocalista do Chipset Zero, como surgiu a idia de formar uma nova banda?Eu sempre tive idias de composies que no se encaixavam no Chipset Zero, como por exemplo, vontade de fazer algo em portugus. Ento, senti que podia realizar algo diferente do trabalho que eu j havia construdo com o Chipset e pulei de cabea neste novo projeto.

    At agora, vocs apenas disponibilizaram 2 msi-cas. Vocs pretendem lanar um lbum logo?Sim, quanto as msicas liberadas na internet, elas no esto disponveis para download porque se trata apenas de uma previa do disco. O nosso tra-balho est pronto e com participaes bem legais de algumas bandas importantes do cenrio brasi-leiro, tivemos o prazer de poder contar com a par-ticipao do Mi (GLORIA) e da Bruna (DRIVE.IN). O

  • Em uma tentativa de juntar msicos do cenrio de 2009, o vocalista do Chipset Zero se juntou com vrios outros msicos e formaram a Savant Inc. Com o grande sucesso da banda eles progrediram na cena underground e j esto a caminho de lanar seu primeiro EP. Ns batemos um papo com o

    vocalista Shark sobre tudo que est rolando na banda. Confira!

    nosso primeiro EP vai ser lanado ainda esse ano.

    A msica Inevitvel tem a participao da Bruna da banda Drive.In. Como surgiu esta participao?Ns conhecemos e respeitamos muito o Drive.In, somos amigos dos caras e j pudemos dividir pal-co com eles algumas vezes. No dia da gravao fi-zemos uma festa no Disconnect Estdio, onde es-tamos fazendo toda a nossa produo e isso nos rendeu muitas risadas, alm de uma tima partici-pao.

    Ouvi por ai, que vocs esto produzindo o clipe da msica Verdades e Mentiras, como est sen-do a produo dele?Sim, nosso videoclipe est sendo produzido por Fe-lipe Rocha da Hastes Produes e j esta na fase final da edio. Agora estamos aguardando ansio-sos pelo resultado.

    Falando de produo, quem estar produzindo e masterizando o lbum?Bom o Ronny esta trabalhando toda parte de cor-das eu estou fazendo a produo de vozes e ba-teria. No fim eu vou mixar e masterizar tudo aqui mesmo no nosso estdio.

    Quando vocs vo ao estdio, para gravar o lbum no caso, vocs vo com alguma idia de como o lbum deveria soar?Sim fizemos alguns trabalhos de pr-produo onde tivemos a real idia do que estvamos fazen-do e ento pudemos pensar com mais cuidado nas possibilidades do EP oficial.

    O que ser uma banda underground hoje em dia?Eu diria que ser underground hoje em dia desfru-tar da liberdade que se tem na internet pra propa-gar o seu som sem ser boicotado pelo monoplio abusivo das grandes gravadoras, o que era normal

    nos anos 80 e 90. Hoje uma banda conse-gue atingir o seu publico de uma forma bem fcil, rpida e direta.

    ltimas palavras?Primeiramente gostaria de parabenizar a revista e agradecer com muita sinceridade o espao que a Sixseconds nos deu nesta edio.

    E dizer pra galera que por enquanto pos-svel ouvir as previas do nosso EP A Sndro-me no www.purevolume.com/savantinc. E ainda ficar por dentro de tudo o que acon-tece com a banda no twitter @savantinc.Valeu! IAN K. MENEZES

  • Pesado, agressivo, rpido, violento, tcnico... Ca-tico. Esse ltimo adjetivo o que melhor defi-ne esse primeiro lbum dos paulistas do Moana. No deveria mais, porm, a cada disco novo de bandas independentes do grande eixo Rio-So Paulo-Minas, eu me surpreendo com a capaci-dade que cada uma tem de adquirir uma iden-tidade to rapidamente em um s lanamento. E isso fica bastante caracterstico a cada nota entoada desse disco de estreia dos paulistas. Momentos melodiosos no disco so quase ine-xistentes, o que contrasta bastante com as par-tes mais violentas que chegam a tomar quase que o disco todo, levando o disco quase uma proposta de um deathcore muito bem tocado. Fs de Mnemic e Dillinger Scape Plan aprecia-ro bastante o som dos rapazes do Moana que repleto da tcnica e brutalidade que consagrou os americanos. O diferencial a tal da identi-dade que foi citada acima e, essa identidade muito bem aproveitada pela banda que d sua cara todas as faixas desse debut. Cessar fogo e a faixa que d nome ao disco so as que mais me empolgaram, se mostrando as mais consis-tentes dentro do lbum. H alguns pontos a se-rem acertados nas faixas como alguns excessos nos breakdowns, o que chega a tornar algumas faixas bastante previsveis. Porm, certeza que isso sera corrigido logo logo. No mais, s tenho a me alegrar por ver que a nossa cena diversi-ficada e sabe meter o p na porta na hora que se pede. Bom lbum, boa pegada e belssimas ideias! BRNUO O THOMPIS

    8MoanaLibido Amargo Amanhecer dos SonhosIndependente

    Dentro da cena de uma cena Metalcore paulista, Moana tem como principais influncias August Burns Red e The Devil Wears Prada. Em Maro de 2010 eles lanaram seu primeiro EP initulado Libido, Amargo, Amanhecer dos Sonhos. A Six Seconds bateu um papinho a banda que comentou sobre a sua histria e o seu atual EP. Confira!

    Antes de comeramos, nos conte um pouco da histria da banda!

    A banda teve incio em 2008 sem uma proposta muito definida e um som muito diferente da linha que seguimos hoje, mas um fator que persiste at hoje e foi algo essencial pra gente a amizade, somos muito prximos e com certeza esse o pi-lar pra toda a estrutura da banda. Nessa poca nossa formao era a seguinte: Daniel - Guitar-ra, Murilo - Baixo, Tho - Vocal, Vitor Bateria. Depois de algum tempo durante as novas com-posies percebemos a necessidade de mais uma guitarra, e acabou rolando o convite pro Danilo tocar baixo, que sempre foi uma pessoa prxima da banda, pra fechar a formao que a mesma atualmente, o Murilo assumiu a nova guitarra da

    banda. Desde ento a cada nova composio, o som est com uma linha mais definida e cada vez mais pesado. Essa diferena notvel na msica Fim dos dias que foi gravada em Junho de 2009 para o restante das msicas do EP que foram lan-adas em maro deste ano e em breve se nossos planos se concretizarem, novamente podero no-tar essa diferena entre o EP e as novas msicas em nosso prximo lanamento. Durante esse pe-rodo tivemos a oportunidade de tocar em diver-sos lugares dentro do estado de SP.

    Como foi o processo de gravao do EP?

    Todo o EP foi gravado no estdio Piccoli, em Cam-pinas/SP, j conhecamos o trabalho deles pelo single que havamos gravado anteriormente e

    gostamos muito do resultado. Levamos cerca de trs meses pra concluir todas as gravaes e to-das as msicas j estavam praticamente prontas antes de entrarmos em estdio e pra gente tudo isso j havia deixado de ser uma experincia, en-to isso nos deixou mais vontade. Durante as gravaes acrescentamos vrios detalhes e alte-ramos algumas coisas nas msicas, at meio que como uma produo pelo Ricardo Piccoli, dono do estdio.

    Nos explique o titulo, Libido amargo, amanhe-cer dos sonhos!

    Na verdade a palavra Libido representa nossos desejos e sonhos, e a inteno no foi conside-rar uma traduo ao p da letra. O nome da m-

  • Dentro da cena de uma cena Metalcore paulista, Moana tem como principais influncias August Burns Red e The Devil Wears Prada. Em Maro de 2010 eles lanaram seu primeiro EP initulado Libido, Amargo, Amanhecer dos Sonhos. A Six Seconds bateu um papinho a banda que comentou sobre a sua histria e o seu atual EP. Confira!

    sica foi escolhido como ttulo do EP, pois um nome um tanto quanto forte, e algo que com certeza quem no presenciou, ain-da ir viver este libido amargo, amanhecer dos sonhos, que nada mais oque ocorre quando suas metas e objetivos so jogados por gua abaixo e voc se encontra frustado quando se depara com a realidade e surge a necessidade de buscar outros horizontes. Como diz a primeira estrofe da msica: No amanhecer dos sonhos, A vida se desfaz.

    Com influncias como August Burns Red, The Devil Wears Prada e Bring Me The Ho-rizon. Quais msicas vocs tocam ao vivo

    alm das do EP?

    Antigamente tocvamos alguns covers como ABR, Norma Jean, Deftones e Hea-ven Shall Burn, mas hoje tocamos apenas msicas prprias, alm das do EP existem mais algumas msicas que no esto gra-vadas, mas j adicionamos elas ao set list, alm da Intro que sempre tentamos bolar algo diferente a cada dois ou trs shows, e um interldio que pretendemos grav-lo em breve tambm. Vale lembrar que nossas influncias vo muito alm das citadas.

    Que tipo de temas vocs abordam nas suas letras?

    As letras so compostas pelo nosso voca-

    lista Tho, as mesmas variam com o comportamento do mundo real, sem nenhum tema especifico, nas 4 musicas de nosso EP oscilamos entre o apocalipse, guerras e sonhos inalcanados. Ao contrrio do que muitos comentam e pensam, ns no somos uma banda crist. Mas todos temos crenas e apenas no en-volvemos essas questes com a banda em si, mas nossas letras sempre abordam mensagens positivas como apoio,luta e con-quistas.

    Como est sendo a recepo do EP?

    Apesar do pouco tempo que o EP foi lanado, a recepo tem sido excelente, todos os comentrios foram positivos, muitos dos shows que tocamos e a prpria divulgao da banda foi graas a ele, estamos muito contentes com o resultado at agora, porm acreditamos que ainda temos muito oque colher com este traba-lho, apesar de j termos algo novo em mente. Mas muito grati-ficante quando diversas pessoas nos procuram pela Internet pra conhecer um pouco mais sobre agente ou apenas pra dizer que curtiram as msicas, ainda mais quando essas pessoas so de longe, de lugares que nunca imaginaramos que soubessem da nossa existncia. E pelo Myspace conseguimos acompanhar esse crescimento.

    Que tipos de objetivos a banda tem?

    Somos muito p no cho (risos) , mas claro que no deixamos de almejar certas coisas. Muito em breve estaremos lanando um novo merch e at o fim do ano pretendemos gravar material novo. Sempre desejamos fazer mais shows e em lugares mais distantes para que mais pessoas possam ouvir nossa msica e curtirem nosso show.

    Eu fiquei na curiosidade de qual seria o significado ou a origem do nome Moana.

    Moana uma msica de uma banda de agrado de todos,o Def-tones. Na verdade procurvamos algum nome forte e com perso-nalidade, este representa tudo isso para ns, significa imensido do mar, oceano. Na poca quando ele foi escolhido, queramos transmitir atravs das msicas essa idia sugestiva em relao ao mar, de tranqilidade e agressividade ao mesmo tempo. Hoje com um rumo totalmente diferente do que tnhamos planejado, com certeza no temos quaisquer semelhanas com esse signi-ficado, porm como dissemos o nome forte e acabou ficando.

    Nos conte um pouco como funciona o processo de composio entre vocs.

    O Murilo grava vrias linhas de guitarra, com um pouco do de-senho da msica e repassa pra todo mundo ir ouvindo e tentar criar algo em cima dessas linhas. Depois durante o ensaio agen-te junta as idias e termina de rascunh-las e com o tempo va-mos modificando at que atinja o que realmente tnhamos em mente. Muitas vezes no existe nenhuma alterao ou como em outros casos o processo bem longo no qual tnhamos 8 min de idias gravadas e fizemos uma msica de 3 min e .

    Algo que gostaria de acrescentar?

    Queremos agradecer todo mundo que nos apia e toda a galera que sempre esta com agente nos roles, os camaradas que esto sempre junto nos ajudando. Realmente quando surge, mesmo que seja apenas um comentrio, ou algum que venha trocar idia com agente por que curtiu o som, j faz todo o esforo valer a pena. Obrigado mesmo. IAN K. MENEZES

  • na prxima edio

  • MYCHILDREN MYBRIDE [EUA][LOST BOY]

    LANAMENTO 8 DE JUNHO DE 2010

    Lost Boy o nome do novo lbum dos americanos do MyChil-dren MyBride. O lbum foi lanado via Solid State Records. Gravado no Glow in the Dark estdios em Atlanta, Georgia e foi produzido por Matt Goldman

    www.myspace.com/mcmbwww.solidstaterecords.com/

  • 8Our Last NightWe Will All EvolveEpitaph Records

    Indo direto ao ponto, We Will All Evol-ve uma continuao do primeiro tra-balho do Our Last Night, The Ghosts Among Us. O som deles no mudou nada; eles apenas aperfeioaram um pouco mais o som e coletivamente im-provisaram como msicos. A primeira diferena do ltimo lbum a matu-ridade dos berros do vocalista Trevor Wentworth. O lbum comea com a faixa mais pesada em todo o lbum, Elephants. Ela comea com um forte estrondo que define muito bem o rtmo,

    juntamente com um refro super cati-vante. Falando nisso, este lbum re-pleto de refres cativantes, cortesia do guitarrista e vocalista Matt Wentwor-th. Sua voz realmente brilha nas faixas The Air I Breathe, Mouth Machine Gun, Across the Ocean, e Deceiver. The Air I Breathe tem um destaque maior entre essas faixas, se tornando a jia do lbum. Andrew Wade fez um trabalho slido produzindo este l-bum. As baterias e as guitarras tem um som ntido e limpo, definitivamente

    uma das coisas positivas no lbum. bom ouvir uma banda que no exage-ra nas baterias ou nos vocais. Outro ponto positivo no lbum, so as letras. Elas variam de msica a msica e difi-cilmente soam imaturas ou amargura-das. The Devil Inside You outra faixa pesada. O breakdown perto do fim da faixa com certeza ir chamar sua aten-o. As prximas trs faixas se mistu-ram devido sua composio estereoti-pada, o que mantem o lbum em um nvel superior. IAN K. MENEZES

    5KeaneNight Train (EP)Island Records

    O qu a diferena de alguns anos faz. Em 2006, Keane lanou um lbum atmosfrico, que foi classificado como seu melhor trabalho, intitu-lado, Under the Iron Sea. O lbum seguinte saiu em 2008, Perfect Symmetry e perdeu grande parte dos seus fs originais, uma vez que a banda optou por algo mais pop voltado dos anos 80. No entanto, o lbum ainda tinha algumas qualidades e singles acessveis (The Lovers Are Losing) para manter a banda. Agora, Keane lana um EP intitulado Night Train, que inclui contribuies de dois msi-cos de R&B e at mesmo sesses de hip-hop. Enquanto a versatilidade da banda sempre foi sua fora, parece que desta vez eles foram longe demais e se arriscaram a cair penhasco abaixo. Nem mesmo o vocal de Tom Chaplin pde salvar a confuso ecltica que este EP. Considerando o sucesso dos dois primeiros l-buns Hope & Fears e Under the Iron Sea, a sua insistncia na mudana desconcertante. Experimentar muitas vezes uma coisa ma-ravilhosa, desde que a banda no ultrapasse seus limites criativos. Quando Radiohead lan-ou OK Computer em 1997, seus fs ficaram chocados, mas depois, finalmente se apaixo-naram por sua beleza. Quando Thrice deixou suas influncias do post-hardcore para criar um som mais atmosfrico, uma valorizao semelhante foi desenvolvida. O problema com a evoluo de Keane, que em vez de pegar os pontos fortes da banda (vocal de Chaplin, ambiente sintetizado, piano, etc) eles conti-nuam forando em um gnero que eles no pertencem. Isto comeou a aparecer em Per-fect Symmetry e agora est dolorosamente evidente com o lanamento do seu novo EP. Ironicamente Night Train traz algumas coi-sas parecidas com o tradicional Keane. A fai-xa instrumental House Lights, a introduo que chega mais perto do lbum Under the Iron Sea que a banda ja fez recentemente. Ela contm um ambiente denso e sonoro.. a m-sica dura um minuto e meio e definitivamente instila um clima pesado nos ouvidos do ouvin-te. Mas infelizmente, o sucesso que a primeira faixa consegue causar, desaparece no resto do lbum. Mais uma vez, Keane opta por se inte-ressar em um gnero que, no mnimo ques-tionavelmente adequado para eles. Faixas como Stop for a Minute e Looking Back es-to confinadas nas influncias do artista hip-hop Knaan. Os dois sons poderiam ter sido

    misturados com sucesso, mas ao invs disso, apenas soa como uma verso de hip-hop da banda. No final, estas faixas acabam soando agitadas, foradas e artificiais. A faixa Ishin Denshin conta com a participao da artista japonesa Tigarah, o que no ficou muito atrs com suas batidas de techno. Como o caso da maioria das msicas com participaes de vocalista, teria sido melhor Chaplin assumir os vocais e tomar controle da situao. Feliz-mente, ainda existem algumas msicas no EP que fazem exatamente isso. Back in Time e Clear Skies embora ainda sejam fracas con-tra o padro original de msicas da banda, conseguem ao menos trazer o ouvinte a ter expectativas que ele teria da banda. De modo geral, Night Train um EP muito complicado. Ele cruza gneros que a banda se esfora para conseguir, traz artistas para ajudar e acaba deixando tudo ainda mais estranho. H uma pequena esperana para este EP, uma vez que contm apenas alguns momentos clssicos da banda, o que mostra que a banda ainda pode se recuperar. IAN K. MENEZES

    7GodsmackThe OracleRepublic/Universal Records

    Godsmack uma banda que no tenta inovar. uma jogada inteligente, j que eles aplicam isso com talento, mas o que eles realmente sa-bem fazer compor uma msica que fica presa na cabea do ouvinte. Mais do que qualquer outra banda de metal que tenta achar seu som nas radios modernas, Godsmack tem a formula nescessria. Eles so pesados, agres-sivos e mantem o senso de melodia que en-canta a todos (ou quase todos). Em The Ora-cle, Godsmack afia sua frmula ao extremo, deixando poucas falhas nas msicas. O que o lbum pode faltar so msicas implacveis como Voodoo e Awake, mas por outro lado, compensa por ser o lbum mais consistente do Godsmack. O nico ponto fraco a ser en-contrado a faixa instrumental, The Oracle que finaliza o lbum. A banda no tem capaci-dade ainda de fazer esse tipo de msica, e sua incluso demonstrou ser um passo em falso, embora no seja uma vergonha. O resto do lbum uma coleo de pequenas exploses de agressividade, riffs, projetados para maxi-mizar o groove, servindo como caixa de resso-nncia para os berros do vocalista Sully Erna, que melhorou consideravelmente desde a es-tria da banda. Assim como a prpia banda,

    Erna tornou-se mais meldico, sua voz mais parece uma combinao de Danzig com Sava-tage. Cada faixa foi feita a partir da mesma coleo de riffs simples, mas cada uma assu-mindo uma personalidade diferente, depen-dendo de qual caminho o vocal de Erna leva, dando assim uma variao nescessria para o lbum. O que nos ouvimos em The Oracle no nada que no tenhamos ouvido antes. Godsmack assim, e exatamente o que eles querem deles. Eles no tentam fazer um novo som, eles apenas aperfeioam o que j tem, tentando assim compor msicas melhores. IAN K. MENEZES

    10Bad Religion30 Years LiveEpitaph Records

    J faz realmente 30 anos desde que Bad Re-ligion existe? realmente maluquice pensar que eles esto juntos por tanto tempo, mas verdade. Durante esse tempo eles lanaram quatorze albuns e sairam em turn inumeras vezes. Mas, o mais importante que eles aju-daram a ensinar toda uma gerao de crian-as a questionar as coisas de uma forma in-teligente. As letras provocantes de Greg e os riffs rpidos e cativantes de Brett combinados, criaram uma voz para as crianas que nunca tinham se focado no hardcore ou no rock, e eles esto continuando seu legado para uma completamente nova gerao. Alguns podem pensar que depois de trinta anos, a banda no seria capaz de tocar as msicas com rtmos acelerados de quase todos os lbuns lana-dos anos atrs, mas isso est errado. Se ha-via algum dvida sobre esta banda e do que eles ainda so capazes, 30 Years Live torna bvio que Bad Religion ainda esto no topo e agredecidos a todos os fs que fizeram isso possvel. O lbum consta com dezessete m-sicas de um punk rock acelerado que puxa praticamente de todas as pocas da banda. Na verdade, existem mais algumas surpresas aqui, incluindo Flat Earth Society, Marked e Man With a Mission. Man With a Mission, em particular parece fazer parte da tracklist, porqu por trs dela simpelsmente brilha a fora de todos os trs guitarristas, na verda-de, todas as msicas parecem se beneficiar da mais completa forma que os trs guitarristas poderiam conduzir. Uma das coisas que me chamaram ateno nesse lbum, o bateris-ta Brooks Wackerman. Ouvindo ele por seu prpio estilo em todas essas msicas antigas, lhe do uma vida nova. Como se no bastas-

    se, a banda tambm incluiu duas faixas do seu prximo lbum. So as faixas Resist Stance e Wont Somebody e eu no vou entrar muito em detalhes porqu eu no quero estragar a surpresa, mas.. ok, no h surpresa. Elas so tpicas do Bad Religion e soam como se pudes-sem estar em qualquer dos trs ltimos lbuns da banda. Com uma super produo, clareza e uma seleo de msicas variadas, o lbum se tornou excelente de se ouvir. IAN K. MENEZES

    8NonpointMiracle954 Records

    Tem sido divertido seguir Nonpoint por todos esses anos, testemunhando sua ascenso e sua queda. O lbum Vengeance lanado em 2007 foi uma decepo em relao aos outros trabalhos do Nonpoint e tambm a perda do guitarrista Andrew Goldman no simplifica as coisas. Mas, aps recrutar Zach Broderick para preencher o vazio que Goldman deixou, os caras do Nonpoint obviamente, s tinham um coisa em mente, voltar a ativa mais for-te do que antes. Agora Nonpoint tem um som refinado e remodelado e aps ouvir o novo lbum Miracle, torna-se evidente que Ven-geance foi, felizmente, apenas um pedrinha na carreira da banda. Nesse novo trabalho, Nonpoint, deixa para trs suas razes de Nu Metal e entram no territrio do Hard Rock, certificando-se assim como uma das mais in-teressantes bandas de metal/rock crossover. Tudo sobre Nonpoint soa revitalizado nesse l-bum. O vocal de Elias, o trabalho de guitarra, o baixo.. por um lado voc pode ouvir o bom e velho Nonpoint em todas direes, mas por outro, soa como uma banda completamente nova composta pelos mesmos membros. Em Miracle existe tambm uma nfase sobre o engradecimento bruto da melodia. Tambm notvel a influncia de Pantera. Talvez seja porqu Pantera uma das principais influn-cias de Broderick. No apenas o trabalho de guitarra que se destaca, todas os outros ins-trumentos no som da banda tem subido desde do lbum Vengeance. Elias abandonou aque-le vocal macho nesse lbum e est voltando a cantar e berrar em sua forma tpica. Miracle no um lbum que vai agradar a todos. Cer-tamente haver pessoas que no gostaram da nova direo que a banda est tomando, mas isso uma coisa indiscutvel. Esse lbum a melhor coisa que banda poderia ter feito, de-pois da queda em 2007. IAN K. MENEZES

  • 8Crazy LixxNew ReligionFrontiers

    A banda glam sueca mais cara-de-pau do mun-do Crazy Lixx volta seguindo a mesma frmu-la do lbum de estreia: copiar os dolos. Ecos escancarados de cones do hard rock, uma sensao de dja vu e sintomas de paramn-sia permeiam New Religion. Porm, quando no apenas soa como seus heris, o Crazy Lixx solta riffs inspirados como a faixa de abertura Rock And A Hard Place. O refro Def Leppard at no aguentar mais, principalmente os ba-ckings em coro l em cima! O riff que introduz My Medicine simplesmente uma variao de Unskinny Bop do Poison, enquanto a vo-calizao puro Joe Elliot (Def Leppard) A ponte, todavia, simplesmente se torna Slipped Her The Big Ones, do Danger Danger. At os ttulos das canes homengeiam as bandas clssicas, como mais Danger Danger em Bla-me It On Love, que tem um qu de AOR. Chil-dren Of The Cross se assemelha a Pink Cream 69 Mas Pink Cream 69 mesmo, um cover fiel! The Witching Hour surpreende pelo p no heavy metal com seu riff pesado e umas por-radas do baterista no china at chegar pon-te que Def Leppard de novo! Shes Mine a mais comercial de todas, com uns cacoetes do Bon Jovi, enquanto What Of Our Love chu-pa What It Takes do Aerosmith. Casualmente (modo irnico ligado) tem at uma vinhetinha de 45 segundos logo aps (assim como no lbum Pump da turma de Steven Tyler e Joe Perry). A lista de referncias longa e prova-velmente mais extensa do que aquelas que lembrei de citar. Em nada inova, mas divertir em cheio fs de Danger Danger, Warrant, Tuff e afins. DIEGO N. VIANNA

    9.5Tod HowarthOpposite GodsIndependente

    Sempre associado aos grupos de que fez parte no passado, como 707, Cheap Trick e, princi-palmente, Frehleys Comet, o multinstrumen-tista Tod Howarth segue sua independente carreira solo. Composto, gravado e produzido totalmente por ele, Opposite Gods destoa das supracitadas bandas, principalmente no que-sito lrico. Howarth usa e abusa do cinismo em suas letras, em sua grande maioria questiona-doras. J comea descendo o cacete na vida frvola das celebridades que nascem como chuchu na cerca na pesada Drown, que abre os trabalhos sob riffs esmagadores, ponte e refro memorveis. Vocais agressivos mas meldicos continuam sendo sua marca regis-trada. A pessoal Way Down South mantm o ritmo frentico, em sintonia com o tema fami-liar catico de que se trata. Porm, na faixa-ttulo (cujo baixo soa como uma pedrada) em que o bicho pega. A letra questiona a valida-de da instituio religio e categoricamente afirma: They ingest a faith, they enforce with fear, lies are what youve been told, open your eyes to what youve been sold (...). Por no se tratar de um Caetano Veloso da vida, temo que o debate ficar um tanto quanto restrito.

    7SlashSlashMusic Brokers

    Slash, icnico ex-guitarrista do Guns N Roses lana seu primeiro lbum propriamente dito, dando um tapa de luva na cara do seu ex-par-ceiro Axl Rose que h pouco tempo lanou o es-quisito Chinese Democracy. Pois Saul Hudson (seu nome de batismo), que de bobo no tem nada, chamou pro batente grandes nomes da cena rockeira do passado e da atualidade: Ian Astbury, do The Cult, o eterno prncipe das tre-vas Ozzy Osbourne, Alice Cooper, Iggy Pop e Lemmy Kilmister (Motrhead), todos tiros cer-teiros. A faixa de abertura Ghost, com vocais de Astbury, que ainda traz Izzy Stradlin, tam-bm ex-Guns N Roses na segunda guitarra, simplesmente a melhor do lbum. Onde Ian mete a boca (no bom sentido), soa como The Cult. Aqui no diferente. O refro empolgan-te gruda logo na primeira audio e permane-ce at o fim. Ozzy Osbourne, embora sempre se saia melhor nas canes mais pesadas do que nas baladas, faz bonito em Crucify The Dead, cuja letra parece uma cutucada num

    certo ex-amigo de Slash. O guitarrista utiliza alguns licks um pouco diferentes dos de cos-tume. Uma agradabilssima surpresa Fergie Ferguson, cantora do tal de Black Eyed Peas em Beautiful Dangerous; com muito feeling e garra, pe no chinelo muito marmanjo com cara de mau, vide os malas Myles Kennedy (Alter Bridge) em Back From Cali e Starlight, bem como M. Shadows (Avenged Sevenfold) em Nothing To Say. Ambos so vocalistas que sofrem daquela ressaca ps-grunge: cantam como se tivessem uma batata quente na boca. Chris Cornell, o superestimado ex-vocalista do Soundgarden e Audioslave, reaparece em Pro-mise. Uma semi-balada pop sem graa, assim como seus trabalhos solo, embora Slash este-ja inspirado em seus arranjos. Mais apatia em By The Sword, em que Andrew Stockdale (Wol-fmother) faz a besteira de tentar soar como Axl Rose. Adam Levine canta na balada Got-ten, to chato quanto James Blunt, apesar do feeling de Slash. Em Doctor Alibi Slash volta ao hard rock sem frescura, no toa que Lemmy assume os vocais. Um instrumental nervoso em Watch This chama o amigo Duff McKagan no baixo, comparsa de Guns N Roses e Velvet Revolver, e Dave Grohl (Foo Fighters, Nirvana) na bateria. I Hold On, mesmo com o boal Kid Rock frente, uma balada com ares sulis-tas e uma interessante ponte. Os violes de Slash brilham na melanclica Saint Is A Sinner Too, com a voz do cantor solo Rocco De Luca. Pra encerrar, o rocknroll mais cru reemerge em Were All Gonna Die ao lado do vov Iggy Pop. H vrias verses deste lbum. A brasilei-ra, felizmente, conta com a faixa-bnus Baby Cant Drive, um hardo em que Alice Cooper divide os vocais com a gata Nicole Scherzin-ger (Pussycat Dolls), enquanto Steven Adler (ex-Guns N Roses) mata a saudade na bate-ria, com direito a cowbell e tudo. Pra resumir, um bom lbum que soaria muito melhor no fosse o excesso de baladas e artistas hype. Retomemos a mxima do hilrio guerreiro dos quadrinhos de Srgio Aragons: Groo faz o que Groo faz melhor. O mesmo pode-se dizer de Slash. DIEGO N. VIANNA

    Outro tema pessoal abordado na dramtica Jimbos Bunk, sobre um amigo que ficaria pa-ralisado da cintura pra baixo aps um aciden-te. Tema abordado com tanto glamour numa recente telenovela, Howarth muito mais re-alista. A balada The Artist versa sobre a sensi-bilidade e sublimao do artista. Nela, o autor mistura todo seu feeling vocal com sua habi-lidade aos violes. Layne, como o ttulo en-trega, sobre o falecido vocalista do Alice In Chains, cuja influncia ntida nas passagens mais melanclicas do lbum. Alfis Torment um anti-mantra. O que poderia ser um cn-tico religioso delirante se tornou uma simples homenagem a seu co! A bela Tell Me, sobre lutos amorosos, lembra algo de Faith No More (fase King For A Day) e traz belas harmonias vocais num dueto com sua filha. Detonando nos teclados da introduo, depois passando por guitarras mais robustas, Change menos emocional, e desafora as diversas administra-es governamentais norte-americanas. On My Own comea sem muita frescura, semi-acstica, assim como tema: escolhas que se faz na vida. A patriota Veterans homenageia soldados que voltaram - ou no - da guerra. Dancing Through The Pain traz arranjos de corda interessantes e uma temtica que gira em torno de um enigmtico sofrimento. Mais vocais meldicos e um solo de guitarra cheio de feeling. Pra fechar a instrumental cheia de nuances October Son, cujo trocadilho faz refe-rncia explcita ao filho de Tod (autor da capa de Opposite Gods). Nela, Howarth esbanja fe-eling e tcnica. Howarth um talento nato e subestimado pela mdia como tantos. Sua m-sica um mosaico vrio, rico e moderno. Faz tempo que no surgem obras como Opposite Gods. Kings X vem mente, em se tratando das melodias. No quesito letras, faltam artis-tas to honestos quanto este, dando a cara pra bater, sem papas na lngua e com a vanta-gem de dominar a fina arte da ironia. S mais uma curiosidade: a esposa de Tod tirou a foto da contracapa, ou seja, tudo em casa! Dem um jeito de comprar este CD! DIEGO N. VIANNA

    3DokkenGreatest HitsCleopatra

    Quando em tempos bicudos as bandas outro-ra mainstream j no so mais donas de seu catlogo, o negcio regrav-lo para futuros licenciamentos sem ter que deixar uma gran-de fatia dos lucros restritos gravadora que detm os direitos das gravaes originais. Ar-tistas consagrados como KISS e Journey, hoje - por incrvel que parea - independentes, j apelaram para esta estratgia. No to em voga hoje em dia, o Dokken lana mo do mesmo recurso em Greatest Hits. Porm, o selo que distribui este lbum o norte-ame-ricano Cleopatra, famoso por liberar novas produes de forma um tanto despojada, vide o caso do Warrant no pobreto Greatest And Latest (1999). A atual formao do Dokken conta com o lder fundador e vocalista Don Dokken, o baterista remanascente da forma-o original Mick Brown, o guitarrista e tam-bm advogado da banda Jon Levin e um tal de Sean McNabb no baixo. Com um repertrio respeitvel na dcada de 80, torna-se at pre-visvel a escolha dos temas. Porm, o tio Don j no tem aquela voz toda faz tempo... Na abertura com Just Got Lucky logo pode-se an-tever o que ser este lbum. Don se cagando

    todo para atingir as notas mais altas, ou me-lhor, simplesmente as ignorando ao cant-las em tons mais baixos. Todas as canes aqui apresentadas trazem vocais comedidos, tmi-dos e mornos. Assim como a produo. Cls-sicos com Breaking The Chains, Into The Fire, Its Not Love, Alone Again, Dream Warriors, Unchain The Night e Tooth And Nail fizeram a trilha sonora de muita gurizada (hoje tudo coroa) nos ureos tempos da Sunset Strip. O guitarrista original George Lynch at hoje uma influncia respeitvel nos EUA e no mun-do. Um tratamento digno a estas canes era o mnimo que se esperava! Mas o que se v, digo, o que se escuta de um desleixo sem precedentes! Pra se ter uma ideia, o solo de guitarra e os backing vocals em In My Dreams esto total e escancaradamente fora de sin-cronia! Quem foi o incompetente que deixou passar batido uma mancada dessas? Em que pese Levin reproduzir com fidelidade as notas de Lynch (claro que sem o mesmo feeling), as-sim como Brown em apenas repetir suas vi-radas na poca em que se chamava Wild e McNabb em no compremeter o que Jeff Pil-son fazia (embora seus backing vocals exage-rados faam falta), Don passa vergonha. Cabe ressaltar que no encarte apenas h um agra-decimento a Mick, Jon e Sean (no h men-o de Don), se