semiologia neurolÓgica iii

107
Nicandro Figueiredo Neurocirurgia SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA III

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SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA III. Nicandro Figueiredo Neurocirurgia. INTRODUÇÃO. Objetivos Proporcionar conhecimentos fundamentais da neurociência aplicados à prática médica Estudar a correlação semiológica com aplicação direta - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA III

Nicandro FigueiredoNeurocirurgia

SEMIOLOGIANEUROLÓGICA III

Page 2: SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA III

INTRODUÇÃO Objetivos

Proporcionar conhecimentos fundamentais da neurociência aplicados à prática médica

Estudar a correlação semiológica com aplicação direta Semiologia, neuroanatomia, neurofisiologia, imaginologia, clínica

médica, clínica cirúrgica, urgênciaEnsinar o exame neurológico básico para o médico

generalistaPropiciar o atendimento ambulatorial dos pacientes com

acometimento neurológicoEstimular o estudo contínuo e a pesquisa

Page 3: SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA III

Metodologia – semiologia neurológicaAulas teóricas (6as. feiras e/ou sábados)

Sala de aula com recursos audiovisuais

Aulas práticas (6as. feiras e/ou sábados) Professores Acadêmicos (sub-grupos)

Laboratório de habilidades Neurologia e neurocirurgia geral

• Prof Alexandre Serra Neurocirurgia da coluna, medula e nervos espinais

• Prof Nicandro Figueiredo Treinar o exame neurológico

Discutir as principais afecções neurológicas e neurocirúrgicas

Page 4: SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA III

Materiais para as aulas práticas 01 martelo de reflexos;01 oftalmoscópio para fundoscopia;02 diapasões:

01 para teste de palestesia (128 ou 256 Hz) 01 para teste de audição (1024 Hz);

Bateria de odores com 03 recipientes pequenos: 01 contendo café; 01 contendo canela; 01 contendo tabaco;

01 fita métrica;01 mini-lanterna para exame do reflexo pupilar e cavidade oral;01 pacote com algodão para teste de sensibilidade;01 caixa de palito de dentes para teste de sensibilidade;01 estetoscópio (ausculta das carótidas, entre outras)01 esfigmomanômetro;01 pacote com espátulas descartáveis para exame da cavidade oral;01 jaleco para uso médico-hospitalar;

Page 5: SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA III

PROVAS CIRURGIA

AULAS PESQUISA

PRÁTICA CLÍNICA

Page 6: SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA III

AVALIAÇÕESSemiologia neurológica

Parte da semiologia geral

Avaliações mistas1. Teórica

2. Prática (prova oral e/ou conceito)

Page 7: SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA III

AVALIAÇÃO TEÓRICAProva teórica

Preferência pelas questões semiológicas e de correlação anatomo-clínica

Temas discutidos na disciplina, nas atividades práticas, e indicados nas principais referências

Predominantemente objetiva Questões de múltipla escolha (5 opções)

Page 8: SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA III

AVALIAÇÃO PRÁTICAConceito

Conceito da atividade práticaAvaliação subjetiva diáriaFicha de avaliação da semiologia

Prova oralAvaliação prática oral

Simulação do exame e correlações

Page 9: SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA III

Metodologia da prova oral Prova sucinta

Duração aproximada = 5 minutosBaseada no tema discutido nas aulasNota de 0 a 10

O examinador pergunta por exemplo:1) Demonstre como se avalia o reflexo patelar.

2) Qual a via neural deste reflexo?

3) Caso o paciente apresente sequela de uma lesão

extensa em hemisfério cerebral D, como estaria

este reflexo? Explique.

Page 10: SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA III

Bibliografia básica Campbell, W. DeJong, o exame neurológico. 6ª. ed., GK, 2007.

Porto, C. Semiologia médica. 5ª. ed., GK, 2004.

Bibliografia complementar An, H. Essentials of spine. T, 2008.

Rowland, L. Merrit, tratado de neurologia. 10 ª ed., GK, 2002.

Henriques, F. G. Fundamentos de neurologia para o clínico geral. FHDF, 1984.

Fuller, G. Neurological examination made easy. 2ª. ed., LW&W, 1999.

Carpenter, M: Neuroanatomy. 4ª. ed., LW&W, 1995.

Mummaneni, P.; Lenke, L.; Haid, R. Spinal deformity. QMP, 2008. Apostilas e textos disponíveis em arquivo

Material complementar digital

Page 11: SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA III

História

Examescomplementares

Exameneurológico

Page 12: SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA III
Page 13: SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA III

Termos em neurociênciaMOTRICIDADE

GraduaçãoParalisia parcial = paresiaParalisia total = plegia

Localização do déficitMono = 1 membroPara = mmiiDi = 2 partes simétricas bilateraisTri = 3 membrosTetra = 4 membrosHemi = hemicorpo

Completa = + face Incompleta = poupa a face

Page 14: SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA III

Termos em neurociênciaSENSIBILIDADE Graduação

redução = hipoestesia (ou hipestesia) aumento = hiperestesia ausência = anestesia

Analgesia Termanestesia Topoanestesia Estereoanestesia

alteração espontânea (sensação anormal) = parestesia

alteração provocada (perversão da interpretação) = disestesia

Localização território radicular ou neural segmento ou região nível sensitivo

Page 15: SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA III

SISTEMAMOTOR

Nicandro FigueiredoNeurocirurgia

Page 16: SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA III

SISTEMA MOTOR Níveis da atividade motora

Unidade motora Neurônio motor inferior (via final comum)

Neurônio motor ά na medula e tronco encefálico

Segmentar Medula espinal e tronco encefálico

Medeia reflexos simples Recebe influência de diversos sistemas supra-segmentares descendentes

Subcortical Cerebelo Núcleos da base Extra-piramidal

Cortical Área motora 2ária

Área motora 1ária Corticospinal (piramidal) e cortico-bulbar

Page 17: SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA III

Trato corticospinal

Page 18: SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA III

CONTROLE DA MOTRICIDADECórtex cerebral

Envia impulsos aos centros inferiores Ativam padrões de função armazenados no

tronco, núcleos da base, cerebelo e medula• Controle muscular

Envia impulsos diretos Neurônio motor da medula

• Controle de movimentos finos e precisos das mãos e dedos

Page 19: SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA III

Área motora 1áriaGiro pré-centralOrigina o trato corticospinal e nuclearDestruição

Paralisia CLEstimulação

Contrações musculares CL

Page 20: SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA III

Área motora primária

Page 21: SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA III
Page 22: SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA III

Córtex pré-motorÁrea para habilidades manuais

Á frente da área motora das mãos e dedos Destruição

• Apraxia motora das mãos

Área de rotação da cabeçaMovimentos associados aos oculares

Centro oculógiro frontalGiro frontal médio (próximo à área motora

para a face)Destruição

Desvio dos olhos HL à lesãoEstimulação

Desvio dos olhos CL à lesão

Page 23: SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA III
Page 24: SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA III

E D

III

VI

Page 25: SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA III

VIA PIRAMIDAL Trato corticospinal - TCS

Origem: córtex cerebral Área motora 1ária, 2ária, e lobo parietal

Término: neurônios internunciais ou motores alfa

Função: movimentos voluntários, rápidos, dependentes de habilidade

Page 26: SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA III

Trato corticospinalCórtex cerebral

coroa radiada

cápsula interna (post.)

pedúnculos cerebrais

ponte

pirâmide

medula

Page 27: SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA III

EXTRA-PIRAMIDAISRubroReticuloTetoVestibulospinal

OrigemTronco encefálico

FunçãoMais relacionados a

movimentos automáticos, tônus e postura

Page 28: SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA III

EXTRA-PIRAMIDAIS Trato rubrospinal

Via N. rubro ► neurônios motores

Função Facilitação da atividade

muscular (flexora)

Atua em conjunto com o

sistema lateral da medula (TCS

e TRS)• Motricidade voluntária (discreta

e grosseira)

Page 29: SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA III

EXTRA-PIRAMIDAIS Trato reticulospinal

Via Formação reticular

►neurônios motoresFunção

Sistema reticular pontino• Envia sinais excitatórios para

a medula Sistema reticular bulbar

• Envia sinais inibitórios para a medula

Influencia os movimentos voluntários e reflexos; e fibras que descem para o SNA

Page 30: SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA III

EXTRA-PIRAMIDAIS Trato tetospinal

Via Colículo sup. ►

neurônios motores (C)

Função Movimentos reflexos

de movimentação da

cabeça em resposta à

estímulos visuais

Page 31: SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA III

EXTRA-PIRAMIDAIS

Trato vestibulospinalVia

N. vestibulares ► neurônios motores Função

Envia sinais excitatórios para a medula Facilitação da atividade muscular (extensora ou

anti-gravitária)• Manutenção do equilíbrio

Page 32: SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA III

Fisiologia da espasticidade Modelo experimental de rigidez

Animal descerebrado por secção no mesencéfaloPreserva

Sistema reticular da ponte Envia sinais excitatórios à medula

Sistema vestibular Envia sinais excitatórios à medula (atividade extensora)

ComprometeVia de estimulação do sistema reticular bulbar proveniente

do córtex, n. rubro e n. da base Reduz o envio de sinais inibitórios à medula

Sistema lateral da medula TCS

• Paralisia CL Trato rubrospinal

• Reduz o envio de sinais excitatórios flexores à medula

Paralisia espástica CL em extensão

Page 33: SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA III

Córtex motor

N. Base

N. rubro

N. reticular pontino

N. Vestibular

N. reticular bulbar

Medula

Influência sobre a medula Excitatória

Inibitória

Page 34: SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA III

POSTURA DE DESCEREBRAÇÃOPostura anormal associada com lesões do tronco encefálico (entre os núcleos rubros e

vestibulares). Os reflexos extensores são exagerados levando à extensão rígida dos membros

acompanhada de hiperreflexia e opistotono

Page 35: SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA III

EXAME DO SISTEMA MOTOR

Avaliação do sistema motorForça e potência motora

Tono muscular

Volume e contorno dos músculos

Movimentos anormais

Coordenação

Page 36: SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA III

EXAME DA MOTRICIDADE Graduação da paralisia

Paralisia parcial = paresiaParalisia total = plegia

Escala de força muscular (Medical Research Council)

0 nenhuma contração1 traço de contração2 movimento sem vencer a gravidade3 movimento contra a gravidade4 - movimento contra a gravidade e resistência ligeira4 movimento contra a gravidade e resistência

moderada4 + movimento contra a gravidade e resistência forte5 força normal

Page 37: SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA III

EXAME DA MOTRICIDADE Localização do déficit

Mono = 1 membroPara = mmiiDi = partes simétricas bilateraisTri = 3 membrosTetra = 4 membrosHemi = hemicorpo

Completa = + face Incompleta = poupa a face

Page 38: SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA III

MiótomosC5 ► abdução ombroC6 ► extensão punhoC7 ► extensão cotoveloC8 ► flexão 5o. dedoT1 ► abdução 5o. dedoL2 ► flexão quadrilL3-4 ► extensão joelhoL4 ► dorsoflexão péL5 ► extensão háluxS1 ► plantoflexão pé

Page 39: SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA III

MOTRICIDADE Músculo – segmento medular/raiz neural

MmssDeltóide (C5)Bíceps (C5-6)Extensão do punho (C7)Flexão do punho (C6-7)Tríceps (C7)Flexor longo dedos (C8)Interósseos (C8-T1)

Page 40: SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA III

MOTRICIDADE Músculo – segmento medular/raiz

neuralMmii

Iliopsoas (L1-2)Quadríceps (L3-4)Tibial anterior (L4)Extensor dedos (L5)Flexor dedos (S1)

Page 41: SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA III

LESÃO PIRAMIDAL Síndrome do neurônio motor superior

Perda do movimento voluntário especializadoParalisia

Tende a envolver extremidades inteiras ou determinados grupos musculares

Desorganiza os movimentos

Desinibição dos centros segmentares inferioresHipertoniaReflexos

Profundos aumentados Superficiais reduzidos Reflexos patológicos

• Inicia com choque neural (encefálico ou medular) e evolui para espasticidade

Page 42: SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA III

LESÃO PIRAMIDAL ENCEFÁLICA

Perda do movimento voluntário especializadoParalisia

Tende a envolver a face e as extremidades inteiras ou determinados grupos musculares

Hemiplegia ou hemiparesia completa Acomete a hemiface (1/2 inferior) e o hemicorpo CL

Etiologias mais comunsLesões focais e difusas hemisféricas

AVE TCE Neoplasias

• Gliomas e meningiomas

Page 43: SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA III

Hematoma extra-dural agudo

Hérniade unco

Page 44: SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA III

LESÃO PIRAMIDAL Paralisia

CabeçaParalisia da face

Metade inferior CL• Movimentos voluntários• Resposta a estímulos emocionais – paralisia facial

dissociada

Fraqueza discreta da língua Tronco

Pouca alteração

Page 45: SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA III
Page 46: SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA III

LESÃO PIRAMIDALParalisia dos mmss

Preferência pelos músculosDistaisExtensores do punho, dos dedos e

do cotoveloSupinadoresRotadores externos e abdutores do

ombro

Page 47: SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA III

LESÃO PIRAMIDALParalisia dos mmii

Preferência pelos músculosDorsiflexores do pé e dedosFlexores do quadril e joelhoRotador interno do quadril

Page 48: SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA III

LESÃO PIRAMIDAL Paralisia no hemicorpo

Hemiplegia espástica CLBraço em aduçãoRotação interna no ombroFlexão e pronação do cotoveloFlexão do punho e dos dedosExtensão, adução e rotação externa do quadrilExtensão do joelhoFlexão plantar e inversão do pé

Page 49: SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA III

LESÃO PIRAMIDAL Hemiparesia discreta

Mmss Exame quanto a desvio pronador (Sinal de Barré dos

mmss) Mmss estendidos para frente

• Palma da mão para cima• Olhos fechados• 30 segundos

Resultado Pronação do antebraço Flexão do cotovelo Rotação interna do braço

Page 50: SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA III

LESÃO PIRAMIDAL Hemiparesia discreta

Mmii Exame da flexão das pernas

Paciente em decúbito dorsal com mmii flexionados

• Calcanhar sobre o leito

Resultado Calcanhar afetado desliza lentamente no leito Extensão do quadril e joelho Rotação externa e abdução do quadril

Page 51: SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA III

LESÃO PIRAMIDAL Marcha hemiplégica (ceifante, helicópode)

Membro superiorDeambula com o MS fletido 90 no cotoveloAdução do braçoMão fechada em leve pronação

Membro inferiorEspásticoJoelho não flexiona, forçando o movimento semi-

circular do MI ao deambular

Page 52: SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA III

LESÃO PIRAMIDAL Testes deficitários

Mingazzini para os mmssTeste

Em pé, olhos fechados, com os mmss elevados e estendidos por 2-3 min

Resultado Queda lenta do membro parético

Mingazzini para os mmiiTeste

Decúbito dorsal, olhos fechados, mmii semi-fletidos e elevados por 2-3 min

Resultado Queda lenta do membro parético

Page 53: SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA III
Page 54: SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA III

LESÃO PIRAMIDAL MEDULAR

Perda do movimento voluntário especializadoParalisia

Tende a envolver as extremidades inteiras ou determinados grupos musculares

Plegias Acomete os membros

Etiologias mais comunsLesões ou compressões da medula espinal

TRM Doenças discais degenerativas Neoplasias

• Metástases, tumores intradurais (extra e intramedulares)

Page 55: SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA III

C5-T1

L1-S3

Page 56: SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA III

EXAME SUMÁRIO DA FUNÇÃO MEDULAR Motricidade

Paralisia completa = plegiaMembros superiores = diplegia braquialMembros inferiores = paraplegia4 membros = tetraplegiaHemicorpo = hemiplegia

Completa = + face

Paralisia parcial = paresia Sensibilidade

Ausência = anestesiaRedução = hipoestesiaAlteração = parestesia

Page 57: SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA III

CervicalAlta = tetraplegia + anestesia + def. respiratóriaBaixa = diparesia braquial + paraplegia + anestesia

paralisia visceralTorácica

Alta = paraplegia + anestesia paralisia visceral

Baixa = paraplegia + anestesia distúrbio esfincteriano

LombossacralParaparesia + anestesia

RELAÇÃO COM O NÍVEL DA LESÃO MEDULAR

Page 58: SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA III

American Spinal Injury Association Escala de deficiência ASIA

A = ausência de função motora e sensitiva abaixo do nível

neurológico

B = há apenas função sensitiva abaixo do nível neurológico

C = há função motora abaixo do nível neurológico, sendo a

maioria dos músculos-chave com um grau < 3

D = há função motora abaixo do nível neurológico, sendo a

maioria dos músculos-chave com um grau > ou = 3

E = função motora e sensitiva normalInternational standards for neurological and functional classification of SCI, 1992

Page 59: SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA III
Page 60: SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA III

SÍNDROMES MEDULARES

Page 61: SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA III

SÍNDROME DE SECÇÃO MEDULAR Lesão completa

Perda imediata das funções neurológicas abaixo do nível da lesão (choque medular)

Recuperação gradual dos reflexos e tono

Espasticidade(hipertonia piramidal)

Page 62: SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA III

Reflexo bulbo-cavernoso

Page 63: SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA III

SÍNDROME MEDULAR ANTERIOR Lesão da região ântero-lateral

Tratos espinotalâmicos ântero-lateraisTrato corticoespinal lateral

Território da artéria espinal anterior

Page 64: SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA III

SÍNDROME MEDULAR POSTERIOR Lesão da região posterior

Fascículos do funículo posterior Grácil e cuneiforme Território da artéria espinal posterior

Page 65: SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA III

SÍNDROME DE HEMISECÇÃO MEDULAR Lesão da metade lateral (Brown-Séquard)

Tratos espinotalâmicos ântero-lateraisTrato corticospinal lateral Fascículo grácil e cuneiforme

Page 66: SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA III

SÍNDROME DE HEMISECÇÃO MEDULAR

Page 67: SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA III

SÍNDROME CENTRO-MEDULAR Lesão da região central e adjacente

Parte medial dos tratos espinotalâmicos ântero-laterais e corticoespinal lateral

Fibras que se cruzam na comissura anterior

Page 68: SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA III
Page 69: SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA III

NEURÔNIO MOTOR INFERIOR Perda do movimento voluntário

Paralisia Tende a envolver grupos musculares,

neurais ou radiculares específicos

Interrompe a conexão neural do SNC com o músculo

Lesão pode ocorrer desde a raiz anterior até o músculo

HipotoniaReflexos

Profundos reduzidos Superficiais normais ou reduzidos

Page 70: SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA III

ALTERAÇÕES NA FUNÇÃO MOTORANível da lesão motora

Fraqueza Tono Volume muscular

Ataxia Reflexos profundos

Movimentos anormais

Neurônio motor inferior

Focal ou segmentar

Flácido Atrofia - Reduzidos -

Piramidal Mono, hemi, para ou tetra (distribuição piramidal)

Espástico N - Aumentados (após a fase de choque)

-

Extra-piramidal

Ausente ou discreta

Rígido N - N -

Cerebelar - Hipotôni-co

N + Pendular ou normal

Tremor intencional

Page 71: SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA III

PARALISIATeste Orgânica Não orgânica

Esforço muscular Intenso, com sinais de frustração

Pouco esforço, calmo

Resistência à força do examinador

Uniforme Proporcional à do examinador, irregular

Testes distintos para o mesmo grupo muscular

Indifere Pode demonstrar o movimentoEx: não faz dorsiflexão, mas fica no calcanhar

Deixar o membro cair Cai rapidamente Cai lentamente

Testar movimentos dos mmss cruzados e dedos entrelaçados

Mantém a mesma paralisia

Comete erros

Sinal de Hoover (caminhada automática)

Pressão descendente do calcanhar CL ao tentar elevar a perna fraca

Não faz a pressão no calcanhar CL à perna “paralisada” (faz pressão na “paralisada” ao elevar a perna normal)

Tono muscular Depende do tipo de paralisia

N ou variável

Page 72: SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA III

SISTEMA SENSORIAL

Nicandro FigueiredoNeurocirurgia

Rockies - Canada

Page 73: SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA III

SENSAÇÕES SOMÁTICASClassificação

MecanorreceptivasTato e posição segmentar

TermorreceptivasFrio e calor

ÁlgicaLesão tecidual

Page 74: SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA III

Transmissão dos sinais táteis no SNC Sinais táteis

Nervos espinais

Raízes posteriores

Coluna posterior da

medula

Vias sensoriais Grácil e cuneiforme

Trato espinotalâmico

anterior

Tálamo

Córtex somestésico

Page 75: SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA III
Page 76: SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA III

SUBSTÂNCIA BRANCAVIAS ASCENDENTES

Trato espinotalâmico anteriorOrigem: col. post. da medulaTrajeto: cruza na comissura ant.

e ascende no funículo ant. tálamo córtex

Função: tato leve

Page 77: SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA III

Trato espinotalâmico lateralOrigem: coluna post. da medula

Trajeto: cruza na comissura ant. e

ascende no funículo lateral tálamo

córtex

Função: dor e temperatura

Page 78: SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA III

Fascículos grácil e cuneiformeOrigem: gânglio da raíz dorsalCuneiforme: C - T altaGrácil: T baixa - coccígeaTrajeto: funículo post. HL núcleos no bulbo tálamo córtex

Função: sentido de posição segmentar e movimento, tato discriminativo, sensibilidade vibratória e estereoestesia

Page 79: SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA III
Page 80: SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA III

HOMÚNCULO SENSITIVO

Page 81: SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA III

SISTEMA SENSORIAL Tipos de sensações

ExteroceptivasInformações do meio ambiente

Funções somatossensitiva e sentidos especiais• Ex: dor, tato, entre outras

ProprioceptivasOrientação dos membros e do corpo no espaço

• Ex: cinestesia, posição segmentar, entre outras

InteroceptivasFunções internas

• Ex: PA, [CO2] no sangue, entre outras

Page 82: SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA III

EXAME DA SENSIBILIDADE Modalidades de sensação

1ária

Detecção direta da sensação Ex: tato, pressão, temperatura, sentido de posição articular,

vibração

2ária

Requer síntese e interpretação de modalidades 1árias pelo córtex cerebral

Ex: discriminação de 2 pontos, estereognosia, localização tátil, entre outras

Page 83: SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA III

EXAME DA SENSIBILIDADE Sensação exteroceptiva

DorPaciente de olhos fechados e devidamente instruídoToque leve com objeto pontiagudoComparando-se os 2 lados

Mensuração subjetiva (%) Começa pelas áreas de < sensibilidade

Compara-se com uma figura sensorial

Via espinotalâmica tálamo córtex parietal

Page 84: SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA III
Page 85: SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA III

EXAME DA SENSIBILIDADE Sensação exteroceptiva

Temperatura Tubos de teste com água

Quente = 5-10° Fria = 40-45°

• Normalmente comprometem-se =

A dor e temperatura em geral estão igualmente envolvidas em lesões sensoriais

Via espinotalâmica tálamo córtex parietal

Page 86: SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA III

EXAME DA SENSIBILIDADE Sensações proprioceptivas

Sentido de cinestesia e posiçãoPaciente de olhos fechados e devidamente instruídoSegura-se o dedo do paciente e movimenta para cima e para

baixoPergunta sobre o movimento e a sua direçãoDéficit proprioceptivo

Ataxia sensorial• Ataxia e incoordenação que se agrava com a supressão da visão

Teste de Romberg• Fica em pé com os olhos abertos• Fecha os olhos• Desequilíbrio

Ex: tabes dorsalis, neuropatia periférica, entre outras

Via cordonal posterior tálamo córtex parietal

Page 87: SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA III

EXAME DA SENSIBILIDADE

Sensações proprioceptivasSentido vibratório (palestesia)

Paciente de olhos fechados e devidamente instruído

Vibra o diapasão (128Hz) em proeminências ósseas Avalia-se a percepção e sua duração

Ocorre redução da sensação nos mmii e com a idade

Via cordonal posterior tálamo córtex parietal

Page 88: SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA III

FUNÇÃO SENSORIAL CEREBRAL

Córtex parietalRecebe, correlaciona, localiza, sintetiza e refina

as informações sensoriais 1árias

Funções perceptivas e discriminativasModalidades sensoriais sub-corticais

Ex: dor e temperaturaModalidades sensoriais corticais

Ex: estereognosia, grafestesia, discriminação 2 pontos, funções gnósticas

Page 89: SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA III

EXAME DA SENSIBILIDADE Funções sensoriais corticais

Estereognosia Paciente de olhos fechados e mãos abertasColoca-se um objeto em sua mão e descreve-se

Tamanho Forma Identificação

Avalia-se Percepção, compreensão, reconhecimento e identificação da

forma e natureza dos objetos pelo tato manual

Via cordonal posterior tálamo córtex parietal

Page 90: SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA III

EXAME DA SENSIBILIDADE Funções sensoriais corticais

Discriminação de 2 pontos Paciente de olhos fechadosColoca-se um compasso sobre sua pele e pede-se

Distância mínima em que são discernidos 2 pontos• Ponta da língua = 1 mm• Lábios = 2-3 mm • Palma da mão = 8-12 mm• Dorso da mão = 20-30 mm

Avalia-se Tato agudo e percepção

Via cordonal posterior tálamo córtex parietal

Page 91: SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA III

EXAME DA SENSIBILIDADE

Funções sensoriais corticaisImagem corporal

Identificação das partes do próprio corpo pelo paciente

Avalia-se Atenção, percepção e reconhecimento das partes do corpo

e do meio

Vias sensitivas córtex parietal (lóbulo parietal inferior não-dominante)

Page 92: SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA III

SENSIBILIDADE Terminologia

Hipoestesia = redução da sensibilidadeHiperestesia = aumento da sensibilidadeAnestesia = ausência da sensibilidade

Analgesia Astereognosia

Parestesia = alteração espontânea (sensação anormal)Disestesia = alteração provocada (perversão da

interpretação)Alodinia = dor em resposta a um estímulo não

dolorosoCinestesia = sensação de movimentoPalestesia = sensação vibratória

Page 93: SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA III

SEMIOTÉCNICA Exame da sensibilidade

AmbienteSilencioso e tranquilo

PacienteRupas sucintas, bem orientado e de olhos fechados

TesteDiversos estímulos em diferentes partes do corpo e

compararPerguntar ao paciente

Sente algo?O que está sentindo?Aonde?

Page 94: SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA III

SEMIOTÉCNICAExame da sensibilidade superficial

TátilPedaço de algodão

TérmicaTubos de ensaio

Água fria e quente (45 C)Dolorosa

Palito de dente

Page 95: SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA III

SEMIOTÉCNICA Exame da sensibilidade profunda

Vibratória (palestesia)Diapasão (128 Hz) nas saliências ósseas

Pressão (barestesia)Compressão das massas musculares

Cinética postural (batiestesia)Desloca-se um segmento do corpo, fixa-o e pergunta-

se sobre sua posição Estereognosia

Reconhecimento pela palpação manual de objetos Utiliza o tato discriminativo e a propriocepção consciente

Page 96: SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA III

LOCALIZAÇÃO SENSORIALNeuropatia periférica

FocalAlteração na distribuição de um nervo

específicoPredomina a perda

Tato• Área de perda de tato leve = mapas de inervação• Área de perda de dor e temperatura <

Page 97: SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA III

LOCALIZAÇÃO SENSORIAL Neuropatia periférica

Generalizada Alteração na distribuição de diversos

nervosPredomina a perda

Vibração Segmentos distais

• Distribuição em meia e luva• Limites mal definidos• Podem afetar mais fibras finas (exteroceptivas) ou grossas

(proprioceptivas)

Page 98: SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA III

LOCALIZAÇÃO SENSORIAL Radiculopatia

Alteração de distribuição segmentar

Dermátomo envolvido

Predomina a perda Tato

• Mais precoce por compressão neural• Área de tato leve = mapas de inervação

Dor aguda Compressão radicular

• Aumenta com a tosse e esforço• Área de perda de dor e temperatura <

Page 99: SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA III

LOCALIZAÇÃO SENSORIALMedula espinal e tronco encefálico

Alteração com nível sensorial Abaixo do dermátomo correspondente

Perda sensitiva Completa ou dissociada

• Retorno funcional variável• Inicialmente a pressão tátil dor frio

quente

Page 100: SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA III
Page 101: SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA III

LOCALIZAÇÃO SENSORIAL Tálamo

Estação de retransmissão sensorialTerminal para as sensibilidades

Dor, temperatura, tato grosseiroAlteração

Todas as modalidades sensoriais CL Perversões sensoriais

• Dor talâmica• Hipoestesia CL e dor desagradável aos estímulos

(“ardência”) = anestesia dolorosa (Sd. Dejerine-Roussy)

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LOCALIZAÇÃO SENSORIAL Córtex parietal

Alteração Elevação do limiar para as sensibilidades CL Distúrbio discriminativo

Predomina a perda Sentido de posição Estereognosia Desatenção sensorial Tato discriminativo Autotopoagnosia

Page 103: SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA III

PERDA SENSORIALTeste Orgânica Não orgânicaDistribuição anatômica Bem definida Não segue nenhuma

Demarcação da área Segue território neural Articulação, prega da pele, circunferencial

Síndrome VAOT (ausência de visão, audição, olfação e tato HL)

- +

Manobra do “sim” para sentir tocar e do “não” ao não sentir com olhos fechados

- +

Manobra de entrelaçar as mãos e testar a sensibilidade

Não confunde Confusão, lentificação da resposta

Localização Variável Frequentemente em hemicorpo E

Distribuição em hemicorpo Não se estende até a linha média (superposição de fibras)

Alteração abrupta, inclusive da vibração (crânio, esterno, sínfise púbica)

Page 104: SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA III

CONCLUSÃOSemiologia neurológica

Baseia-seNeuroanatomia funcionalNeurofisiologia aplicadaDados da semiotécnica

Page 105: SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA III

CONCLUSÃO Informações relevantes extraídas da

semiologia neurológicaNível, lado e local da lesão

Supra, infra-tentorial, medular, nervo periférico

Caráter e evolução da doençaAguda, subaguda, crônica, progressiva, recorrente

EtiologiaVascular, degenerativa, neoplásica,

inflamatória/infecciosa, metabólica, traumática, congênita

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CONCLUSÃODiagnóstico

TopográficoLocalização da lesão

SindrômicoSíndrome

NosológicoDoença

Page 107: SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA III

CONCLUSÃOBase da prática médica

Dados da semiologia

Formulação da hipótese diagnóstica

Orientação para os exames complementares

Planejamento adequado do tratamento

Acompanhamento da evolução clínica e

resultado do tratamento