semiologia neonatal

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SEMIOLOGIA NEONATAL ENFA. SARAH SANTOS

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Page 1: Semiologia neonatal

SEMIOLOGIA NEONATAL ENFA. SARAH SANTOS

Page 2: Semiologia neonatal

AVALIAÇÃO FÍSICA

•Comprimento – 48 a 55 cm•Perímetro cefálico (PC) – 31 a 35,5 cm•Perímetro torácico (PT) – 30,5 a 33 cm•Perímetro abdominal (PA) – 30,5 a 33 cm•Peso – média 3.400 g

Medições Gerais RN a termo

Page 3: Semiologia neonatal

A PELE DO RN Coloração

Os recém-nascidos de cor branca são rosados e os de cor

preta tendem para o avermelhado.

PalidezSugere geralmente a

existência de anemia e/ou vasoconstrição periférica.

Page 4: Semiologia neonatal

A PELE DO RN Os recém nascidos (RN) apresentam certa instabilidade

vasomotora e lentidão circulatória periférica

Estas alterações produzem uma cor vermelho-escura ou até mesmo violácea durante o choro

Pode ocorrer cianose de extremidades quando há exposição ao frio.

Page 5: Semiologia neonatal

A PELE DO RN As manchas mongólicas, representadas por

pigmentação cinza-azulada no dorso e nas nádegas, não possuem nenhuma importância

clínica

Page 6: Semiologia neonatal

A PELE DO RN O vérnix caseoso e hemangiomas capilares

maculares transitórios comuns em pálpebras e pescoço, também são achados físicos

normais em recém-nascidos.

Tufos de pêlos na coluna lombossacra sugerem uma anomalia subjacente como espinha bífida

oculta, fístula ou tumor.

Page 7: Semiologia neonatal

A PELE DO RN A lanugem, que são pêlos finos, macios e imaturos, são encontrados nos prematuros, nos lactentes a termo ela é substituída por

pêlos

Edema - Descrever a intensidade e a localização.

Geralmente desaparece em 24 a 48 horas, podendo ser moderado, mole,

localizado em face ao nível dos olhos e no dorso de mãos e membros inferiores.

RN perde até 10% do peso de nascimento.

Page 8: Semiologia neonatal

A PELE DO RN É comum no RN o aparecimento de

um eritema, denominado de Eritema tóxico.

O eritema tóxico é descrito como pápulas ou lesões vesicopustulosas que surgem de 1 a 3 dias após o nascimento, sendo localizado na face, tronco e membros.

É classificado como um exantema benigno, desaparecendo em poucos

dias. Etiologia desconhecida -

Postula-se que a causa seja uma reação ao ambiente extra-uterino.

Page 9: Semiologia neonatal

A PELE DO RN A pele do RN é mais fina e lisa quanto mais prematura for a criança. A maior proporção de

água em sua constituição contribui para consistência quase gelatinosa nos prematuros

extremos. Icterícia - a cor amarelada da pele e mucosas pode

ser considerada anormal e deverá ser esclarecida a sua causa.

Milium sebáceo - consiste em pequenos pontos branco-amarelados localizados principalmente em

asas de nariz.

Page 10: Semiologia neonatal

CABEÇA Perímetro cefálico: deve ser tomado por

fita métrica inelástica passando pela protuberância occipital e pela região mais proeminente da fronte. È 1 a 2 cm maior que o perímetro torácico Investigar a presença de macro ou

microcefalia. Fontanelas: de dimensões variáveis:

anterior em formato de losango, com variações de 1 a 5 cm. A posterior tem formato triangular e é do tamanho de uma polpa digital.

Page 11: Semiologia neonatal

CABEÇA Áreas amolecidas nos ossos parietais no vértice

próximo à sutura sagital são chamadas de craniotabes (zona de tábua óssea depressível), sendo comuns em prematuros e neonatos que

foram expostos à compressão uterina.

Page 12: Semiologia neonatal

CABEÇA Suturas: Após o parto, o afastamento das suturas pode estar diminuído devido

ao cavalgamento dos ossos do crânio, sem significado patológico, e deve ser

diferenciado da cranioestenose que é a soldadura precoce de uma ou mais

suturas cranianas provocando deformações do crânio com hipertensão

intracraniana.

Page 13: Semiologia neonatal

CABEÇAMorfologia: pode apresentar

deformidades transitórias dependentes da apresentação

cefálica e do próprio parto:

Bossa serossangüínea: é uma tumefação difusa, edematosa (massa mole, mal delimitada, edemaciada e equimótica), localizando-se ao nível da

apresentação.

Page 14: Semiologia neonatal

CABEÇA Céfalo-hematoma: É um hematoma (hemorragia) no

subperióstico que se distingue da bossa pelo seu rebordo

periférico palpável, e pelo fato de não ultrapassar a sutura. A regressão espontânea com

calcificação ocorre em algumas semanas a meses.

Pode ser bilateral ou volumoso e apresentar

icterícia.

Page 15: Semiologia neonatal

OLHOS Observar sobrancelhas, cílios, movimentos palpebrais,

edema, direção da comissura palpebral (transversal e oblíqua), afastamento de pálpebras e epicanto.

Hemorragias conjuntivais são comuns, mas são reabsorvidas sem qualquer procedimento.

Secreções purulentas (conjuntivite ou oftalmia neonatal) devem ser investigadas as causas.

A presença de estrabismo é comum e pode persistir por cerca de 3 a 6 meses, quando se desenvolve

a coordenação dos movimentos oculares.

Page 16: Semiologia neonatal

ORELHAS Os pavilhões, nos RN, são muito moles e moldáveis. No

prematuro, frequentemente permanece dobrado. Observar forma, tamanho, simetria, implantação. Uma anomalia do pavilhão pode estar associado a

malformação do trato urinário e anormalidades cromossômicas.

A acuidade auditiva pode ser pesquisada através da emissão de ruído próximo ao ouvido e observar a resposta

do reflexo cócleo-palpebral, que é o piscar dos olhos. (Teste da orelhinha).

Page 17: Semiologia neonatal

NARIZ Observar a forma,

permeabilidade das coanas, mediante a oclusão da boca e

de cada narina separadamente e/ou à passagem de uma sonda

pelas narinas e a presença de secreção serosanguinolenta.

Page 18: Semiologia neonatal

BOCA E GARGANTA Cistos de retenção mucosa na linha média do

palato - pérolas de Epstein –, na gengiva – cistos de Bohn – e no assoalho da boca –

rânulas - são comuns, desaparecendo espontaneamente algumas semanas após o

nascimento.

Page 19: Semiologia neonatal

BOCA E GARGANTA

Presença de dentes; Conformação do palato (ogival); a

presença de fenda palatina; da fissura labial (lábio leporino);

O desvio da comissura labial; Posição da mandíbula (retrognatia); Visualizar a úvula; Avaliar tamanho da língua (glossoptose

representar risco de vida) e freio lingual.

Page 20: Semiologia neonatal

PESCOÇO

O pescoço do RN é grosso, curto e com pregas. Palpar a parte mediana para detectar a

presença de bócio, fístulas e cistos; Explorar a mobilidade e tônus.

Page 21: Semiologia neonatal

TÓRAX O tórax do recém-nascido é cilíndrico e o ângulo costal

é de 90º. Uma assimetria pode ser determinada por

malformações de coração, coluna ou arcabouço costal. O tipo respiratório é caracteristicamente abdominal. Palpar ambas as clavículas para detectar a presença

de fraturas. Observar o ingurgitamento das mamas e/ou presença

de leite que pode ocorrer em ambos os sexos, bem como a presença de glândula supranumerária. A hipertrofia de glândulas mamárias é comum em ambos os sexos.

Page 22: Semiologia neonatal

PULMÕES A respiração é abdominal, silenciosa e não utiliza

musculatura acesória. A freqüência respiratória é de 40 a 60 movimentos,

com incursões intercaladas por pequenas pausas. Estertores bolhosos logo após o nascimento

normalmente são transitórios e desaparecem nas primeiras horas de vida. Sua persistência obrigará a verificar a ausência de patologias pulmonares, bem como diminuição global e assimetria do murmúrio vesicular.

Page 23: Semiologia neonatal

CARDIOVASCULAR A freqüência cardíaca do RN é de 100 a 160 bpm. A PA sistólica ao nascer é de 70mmHg, sendo um

pouco menor nos RN pequenos para idade gestacional (PIG <= 2,5 kg)

A saturação arterial de O2 situa-se em torno de 90% entre 30 e 180 min.

Podemos auscultar sopros transitórios que, na maioria dos casos, não representam cardiopatias congênitas.

A palpação dos pulsos femorais é obrigatória. Sua ausência indica coarctação aórtica.

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ABDÔMEN Contorno normal do abdômen é cilíndrico, geralmente proeminente e com veias visíveis.

Observar ruídos abdominais. O fígado costuma ser palpável até 2 cm abaixo

do rebordo costal.

Page 25: Semiologia neonatal

ABDÔMEN O cordão umbilical é normalmente branco-gelatinoso.

Inspecionar cordão umbilical: 2 artérias e 1 veia. A presença de secreção fétida na base do coto umbilical,

edema e hiperemia de parede abdominal indica onfalite.

Page 26: Semiologia neonatal

ABDÔMEN Uma ponta de baço pode ser palpável na primeira

semana. Os rins podem ser palpados principalmente o

esquerdo. Detectar a presença de massas abdominais.

Page 27: Semiologia neonatal

ABDÔMEN A musculatura lisa do tubo digestivo tem seu tônus

diminuído, facilitando a distensão abdominal. No entanto, a distensão quando significativa logo ao

nascimento, nos faz pensar em obstrução ou perfuração do trato gastrointestinal (TGI), geralmente por íleo meconial.

Uma distensão abdominal que se inicia mais tardiamente pode representar obstrução intestinal, sepse ou peritonite.

Page 28: Semiologia neonatal

ABDÔMEN O ar atinge o cólon no primeiro dia de

vida. Uma radiografia abdominal deve revelar gás no reto em 24h.

Visualizar sistematicamente o orifício anal, em caso de dúvida quanto à permeabilidade usar uma pequena sonda.

O mecônio pode ser eliminado logo após o nascimento, mas o faz geralmente entre 10 e 12 horas:

Deve ser eliminado de 24 a 48 horas de vida

Page 29: Semiologia neonatal

APARELHO URINÁRIO A taxa de filtração glomerular, que encontra-se

baixa no período fetal, aumenta com a idade gestacional, assim como no período pós-natal

A função renal tem início no período fetal. Ao nascer o RN apresenta a bexiga contendo certa

quantidade de urina, que é eliminada nas primeiras horas de vida.

Page 30: Semiologia neonatal

GENITÁLIAS Observar a integridade e definição, isto é, se há

ambigüidade ou não.

Page 31: Semiologia neonatal

GENITÁLIA FEMININA

Os pequenos lábios e clítoris estão proeminentes e os pequenos lábios podem apresentar pequenas

aderências (sinéquias). Pode-se perceber saída de secreção catarral, às

vezes sanguinolenta, pela vagina – estrógenos maternos.

Page 32: Semiologia neonatal

GENITÁLIA MASCULINA A aderência do prepúcio à glande é

comum, raramente necessitando de tratamento.

Observar meato urinário. Palpação do escroto, observar presença de

testículos. (Criptorquidia) Pode ocorrer hidrocele não-comunicante

que desaparece após o 4° mês. A hiperreflexia cremastérica pode elevar os

testículos durante o choro ou no frio.

Page 33: Semiologia neonatal

COLUNA VERTEBRAL A coluna será examinada, especialmente na área sacrolombar, percorrendo com os dedos a

linha média em busca de espinha bífida, mielomeningocele e outros defeitos.

Page 34: Semiologia neonatal

EXTREMIDADES Os dedos devem ser examinados (polidactilia, sindactilia,

malformações ungueais).

A presença de fraturas ou lesão nervosa (paralisias) será avaliada pela atividade espontânea ou provocada dos

membros. Paralisia braquial e facial (assimetria facial durante o

choro).

Page 35: Semiologia neonatal

EXTREMIDADES O bom estado das articulações coxo-femurais deve

ser pesquisado sistematicamente pela abdução das coxas, tendo as pernas fletidas (manobra de Ortolani),

e pela pesquisa de assimetria de pregas da face posterior das coxas e subglúteas.

Page 36: Semiologia neonatal

EXTREMIDADES Uma moderada adução da parte anterior do pé,

de fácil redução, deve ser diferenciada do pé torto congênito, onde a redução não ocorre.

Page 37: Semiologia neonatal

REFLEXOS

Caracterizar a maturação neurológica do RN.

Page 38: Semiologia neonatal

REFLEXOS Moro:

Com ruídos fortes ou movimentos bruscos o RN joga os braços e pernas para a frente. Desaparece no 4° mês.

Page 39: Semiologia neonatal

REFLEXOS Garra ou Preensão palmar:

Flexão dos dedos das mãos e pés quando a palma ou a planta é

estimulada com o dedo ou algum objeto.

Preensão plantar: Desaparece em torno do 3°mês de vida.

FugaDecúbito ventral, cabeça lateralizada,

simulando obstrução de vias aéreas

Page 40: Semiologia neonatal

REFLEXOS

Tônico Cervical ou curvatura do tronco:

Extensão do membro homolateral com a rotação

lateral da cabeça. Óculo motor:

Encontra-se presente. Pode haver dilatação pupilar secundária.

Page 41: Semiologia neonatal

REFLEXOS

Sucção e Deglutição:Presente exceto nos prematuros de baixo peso (<35

sem).

Page 42: Semiologia neonatal

REFLEXOS Marcha:

Seguro pelas axilas, em posição vertical e colocado sobre uma superfície, o RN desenvolve movimentos de marcha

automática

Page 43: Semiologia neonatal

REFLEXOS Pontos cardeais:

Estímulos táteis aplicados na região peri-oral, fazendo com que o RN procure, com

movimentos de sucção (lábios e língua a direção dos quatro pontos cardeais, a criança

obedece onde há o estímulo. Voracidade:

Mesma maneira que no reflexo anterior, porém a cabeça do RN deve estar segura. Em resposta ele dirige todo

aparelho bucal ao objeto, já que não consegue virar a cabeça.

Page 44: Semiologia neonatal

CONCLUSÃO1ºO exame do RN é de fundamental

importância, pois ao contrário de pacientes adultos, as únicas informações que ele pode

nos fornecer são seus sinais e sintomas.2ºO RN assim como crianças não são adultos

em miniatura, possuem suas particularidades, principalmente nos

primeiros anos de vida.3ºDevido as suas particularidades

principalmente no sistema hematológico e alterações metabólicas, devemos ter cuidado

com a administração de certas drogas. WHALEY; WONG. Enfermagem Pediátrica. 5 ed.,

Guanabara, 1999. MARCONDES, E. Pediatria Básica – 9ª edição – São

Paulo: Sarvier, reimpressão, 2003.