semiologia cutanea

10
 56

Upload: filipe-mzm-callegaro

Post on 18-Jul-2015

746 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: semiologia cutanea

5/16/2018 semiologia cutanea - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/semiologia-cutanea 1/10

 

\1edicina, Ribeirao Preto,

1.27, n. 1/2, p. 56-65, jan./jun. 1994.

Simposlo: SEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA

CLiNICAS - Capitulo III

SEMIOLOGIA CUT.4.NEA: LES{)ES ELEMENTARES

DERMATOLOGIC DIAGNOSIS: TYPES OF SKIN LESIONS

Ana Maria F. ROSELINO*

ROSEU:,\O. ;\. M. F Semiologia cut anca: lcsocs elementares. Medicina,

Ribeirao Preto, v. 27, n. 1/2, p. 56-65, jan./jun. 1994.

RESV\10: Nesta rcvisao, de eunho didat ico, sao caracterizadas e classi-

fieadas as prineipais lesocs element ares da pele c apresentado urn diagnostico

diferencial nao especializado de cada uma del as.

t::'iITERMOS: Pele. Docnca dos Apcndiccs Cutaneos.

A Semiologia em Dermatologia, de-

vido a objctividadc do exame da pc lc ,

tern car acte rfst icas peeuliares. Diferindo

da Semiologia Geral, h a necessidade de

sc inverter os mct o do s pro pc dcut icos,

isto 6, apes a obtc ncao da queixa e dur acao,

o e xa m e de r m at o log ico dcve sc r r c ali-

zado ant c ccde n do a an amn c sc, que, por

sua vc z , pode ser abordada de forma

dirigida, devendo ser anotados os sin-

tomas subjetivos, tais como, prurido,

dor, ardor, quc im acao , parestesia, h ipc-

re st e sia, anestesia.

o exame dermatol6gico devc ser re ali-

zado em sala com boa ilurninacao, proxima

a luz natural, a qual dcvc incidir por tras

do examinador. Todo 0 tegumento dcvc

ser examinado, incluindo couro cabeludo,

mucosas oral e genital, rcgiao palmo-plan-tar c anexos. Faz-sc inieialmcnte a ins-

p c cao e, se necessaria, a palpacao, utili-

zando-se de luvas se a lcsao aprcscnt ar

so lu cao de continuidade. Para que 0

paciente n ao se sinta constrangido, as

regi6es po dem scr examinadas succssiva-

mente, em ordem cranio-po dal, so lici-

tando-se ao paciente que desnude 0 tron-

co, a seguir os membros inferiores e, com

todo re spc it o, principalmente com os mais

idosos, cxarnin a-se a regiao glutea e geni-

talia extern a, desnudando essas regioes

por partes.

Ao se examinar a pele de urn paciente,

somos instados, de imediato, a formular

urn diagno st ico , e , por muitas vezes,

comete-se crro devido a conduta precipi-

tada. N esse sentido, com 0 treinamento

em se formular h ipo t e se s diagno st i cas,

a partir de lesocs elementares, amplia-se

a oportunidade de discussao de varias

dermatoses classificadas em ordem de

maior probabilidade, havendo favoreci-

mento de acerto da hipotcse mais provavel

ou final.

1 - LES{)ES ELEMENTARES

Var ias dermatoses podem ser agru-

padas por afetarem a pele de modo seme-

lhante, isto 6, podem se apresentar com

lcsocs elementarcs comuns, as vezes, com

• Profcssora Doutora do Departamento dc Chnica Medica (Disciplina dc Dermatologia) da Faculdadede Medicina de

Ribcirao Preto da Unive rsidadc de Sao Paulo.

56

Page 2: semiologia cutanea

5/16/2018 semiologia cutanea - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/semiologia-cutanea 2/10

 

ROSEU:\O, A. : ' v i . F. Semiologia cut anca: lcsocs clement ares. Medicina, Ribelrao Preto,

v. 27, n. 1/2, p. 56-65, janzjun. 1994.

sintomascomuns, como 0prurido. Portanto,

para se fazer 0 diagnostico diferencial, h anecessidade de sc descrever as Ic so e s

elementares, que podem ser agrupadas

como se segue:

1.1. Manchas ou maculas

Oeorre some nte alte racao da cor da

pele, estando sua espessura preservada.

Podem ser vasculares, discr o m ica s ou

pigmentares, e artificiais. As lc so e s vas-

culo-sanguincas podem ser devidas a vaso-

dilatacao (eritema, rubor), co ngcst ao(cianose), vasoco nstr iccao (Iividez), extra-

vasamento de sanguc na pclc (purpura)

ou nco-formacao vascular (mancha angio-

matosa, telangiectasias). A diascopia ou

vitropre ssao , quando prc ssio n a-sc uma

lamina de vidro sobr c a lc s ao , auxilia °diagn6stico diferencial entre eritema c

purpura. Com a corriprcssao dos vases 0

eritema e a telangiectasia desaparecem,

porem, a lc sa o pur pu ri ca permanece, pois

as hernacias sc encontram fora do vaso.

As lesocs discro micas podc m ter dimi-

nuicao do pigmento mclanico, hipocromiaou acromia, ou aumento, hipercromia. As

lesces hipocrornicas ou aero micas sao co-

nhecidas como Ieucodermias e as h ipcr-

cromicas, melanodermias. As lcsocs artifi-

ciais, quando a altcracao da cor nao se

deve ao pigmento mc lanico , podem ser

devidas a deposito de outros pigmentos,

como caroteno, pigmentos biliares, hcrnos-

siderina, tatuagem.

1.2. Formacoes solidas

Sao resultantes de processo inflama-

t6rio, neo-formativo ou de deposito an o-

malo na pe le, que co n se qu c n tc m c n tc

elevam a superficie cut an ca. As lcsocs

podem ser:

P ap ula e T ub erc ulo

o que as diferencia 6 0 tamanho, sendo

o tuberculo maior que 1 ern. A papula

[lode se r achatada, sem i-e sf'e r ica, poli-

gonal, encimada por vesicula, ter de-prcssao ou urnbilicacao central, e quando

localizada em folieulo piloso e denomi-

nada p a p u Ia folicular. A co nf'lu e ncia

de papulas ou quando a le sao e elevada

com dim e nsao da palma da mao e cham ada

placa papulosa.

N odu Io eN odosidade

o no dulo indica alt eracao na derme

c/o u subcut anco, podendo fazer salie ncia

na pclc, mas em geral, e mais palpave l que

visivel. Quando n ao ocorre in dividu ali-

zacao da lcsao a palpacao, a Ie sao e deno-

minada nodosidade.

Goma

Lcsao nodular que sofre fistulizacao e

posteriormente, ulcer acao.

Vegetacao

Lc s a o facilmente sangrante, pois

ocorre hiperplasia da cam ada epid6rmica

c papilas dcrrnicas, por processo inflama-

torio ou ne.o plasico.

Verrucosidade

Devida ao aumento da camada cornea.

Papula edematosa ou urtica

Resultante de extravasamento de

plasma, as vezes de celulas, com conse-

qiicnte edema, originando lesoes prurigi-

nosas c fugazes.

1.3. Lesoes de conteudo ltquido

Vesicula e Bolha

A vesicula e decorrente de processo

inf lam at or io agudo, ocorrendo edema

intercelular na epiderme, originando lesao

de contcudo citrino ate 0,5 cm. Quando

atinge maior dirnensao 6 chamada bolha,

sc n do que 0 seu contcudo deve ser men-

cion ado, quer citrino, sanguinolento ou

57

Page 3: semiologia cutanea

5/16/2018 semiologia cutanea - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/semiologia-cutanea 3/10

 

ROSELINO, A. M. F. Semiologia cutanea: lesoes elementares. Medlcina, Ribelrao Preto,v. 27, n. 1/2, p. 56-65, jan./jun. 1994.

purulento. A bolha pode ser int raepi-der mica ou subepidermica; ao se romper,

surge le sao ex-u lce r ada ou ulcerada,

respectivamente, cujo retalho na peri-

feria da lesao sugere ter sido lesao bolhosa.

Pustula

o seu conteudo e purulento. Quando

loealizada em ernergencia de urn pelo edenominada pustula folieular.

IftlDfRME{

D t " M I - - {

AbscessoCo le cao de pus em derme ou subcu-

faneo, cuja superffcie pode se apresentar

com sinais flogisticos.

Hematoma

Colecao de sangue na derme ou subcu-

tane o, de inicio violace.o, com a metaboli-

zacao da hernoglobina torna-se amarelo

aeastanhado.

A

M an ch as : A ) p et eq ui as ;

B cC) equimose) t e la n gi e ct a si a ;

Tubercuto

&

Figura 1: Esquema modificado de lesoes elementares: manchas, de conteudo solido e i iliquido. Reproduzida de ref. 5, eom permissao do autor.

1.4. Alteracoes da espessura

Pode ocorrer aumento ou diminuicao

de espessura, de uma ou mais eamadas dapele.

Edema

E a infiltr acao da pele por liquidos orga-

mcos. Poue ser acompan'no.\1\) ~\),i 'i,\Wl\\'i>

58

inflarnatorios ou ser frio. Pode ser firrne,

quando ha acumulo de linfa, ou depressive!.

Infiltra~aoResulta de reacao inflamat6ria na derrne,

que se traduz por aumento da espessura

da pele, em geral acompanhada por eri-

tema, de limites imprecisos. Lembra lesao

utticada, s6 que nao e fugaz.

Page 4: semiologia cutanea

5/16/2018 semiologia cutanea - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/semiologia-cutanea 4/10

 

ROSELlNO, A. M. F. Semiologia cut anca: lesocs clementares. Medicina, Ribeiriio Preto,

v. 27, n. 1/2, p. 56-65, jan./jun. 1994.

Ceratose

E decorre nte do espessamento da cpi-derme, tern superffcie aspcr a, as vcze s

tonalidade castanho-arnarc lada.

Liquenificacao

E a acentuacao das dobras n aturais da

pele, causada pelo prurido cronico.

Esclerose

Devida ao aumcnto da espcssura da ca-

mada derrnica, as custas de prolifcracao do

tecido colage.no. Ao se pin car a pclc, n ao

se obtern 0 prcgueamento. A pele e firme,

hipo ou hipercrornica.

Atrofia

Ocorre dim in uicao da e spcssu ra da

epiderme c/ou derme c/ou subcutaneo.

Pode ser prirnar ia ou sc cundaria a derma-

tose pre-cxiste ntc. Quando ha atrofia da

epiderrne, ao se preguear a peie, e st a

torna-se scmclhante ao pergaminho.

Cicatriz

Decorrerite de proccsso de rcparacao,

com nee-formacao do tecido co njuntivo.

Pode ser normal, atrMica ou hipcrtr6fica,

e a cor da pe lc podc cst ar alterada.

1.5. Perdas teciduais

Escamas

Decorrente do destacamcnto da cam ada

cornea, que pode estar mais espcssada,

podendo SCI' a descam acao fina ou Iurfu-

racea, e laminar.

Escara

Resulta da necrose tecidual, exte riori-

zando-se por Iesao enegrecida.

Crosta

Devida ao dessecamento de lcsao de

conteudo liquido, portanto secun daria 3

lesoes vesiculosas, pustulosas ou bolhosas.

Ex-ulceracao e ulcera

A prime ira c decorrente da perda

tecidual restrita a epiderme, port ant o nao

deixa cicatriz, enquanto a ulcera pode

atingir tecidos profundos e deixa lesaoresidual. Ao se descrever uma ulcera deve m

scr levados em consideracao sua dimensao,

bordas (plana, elevada, ern moldura, apique), fundo (liso, granu lacao lisa ou

grosse ira, pontilhado hernorragico , pre-

scrica de fibrina e/ou exsudato citrino, pu-

rulcnt o ou sanguinolento) e sua base (in-

filtrada ou nao ). A pele que circunda a

ulcera t ambe m deve ser caraetcrizada. E

dita ulcera f'agedcnica aquela que dcstr6i

os tccidos, por sua natureza histolftica.

Ulcera terebrante e a que destr6i tecidos

em profundidade.

Fistula

Trajeto linear que exterioriza pro dutos

de foco profundo de necrose ou abscesso.

Fissura

So lucao de continuidade que se apre-

sc nt a por Lrajeto linear.

As lcsocs clcmentares podem ser obse r

vadas isoladarnente ou cm associacao, tais

como: eriternato-escamosas, papulo-erite-

matosas, u lce r o-ve gct ant es, ve sico-bolh o sas c outras.

Ta m b c m devem ser descritos: di-

m e n sao, distribuicac, forma e contorno.

Quando a Iesao adquire a dim en sao de

uma ponta de alfinete e denominada pun-

tiforme; de uma lentilha, lenticular; de

uma nu mu Ia, numular; da palma da

m ao , placa; cia palma in clu in do o s qui-

ro d act ilos, placar. Podem acometer urna

determinada rcgiao, ter distribuicao me-

t am e rica (zoniforme), generalizada ou

universal, quando todo 0 tegumento (:

aco m ct ido , incluindo couro cabeludo e

r cgiao palmo-plantar (eritrodermia). A

lesao pode ter forma anelar, arredondada,

disco ide , figurada, gotada, ovalada, se r-

piginosa, ou de urn rim (reniforme). Pode

ser brilhante ou perolada. Pode ser poli-

ciclica, rcsultante da co nfluencia de le-

so e s circinadas, que sao leso e s que sc

dispoern em circulos, com maior atividade

na periferia.

59

Page 5: semiologia cutanea

5/16/2018 semiologia cutanea - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/semiologia-cutanea 5/10

 

ROSEU:\'O, A. M. F. Semiologia cutanea: les6es element ares. Medicina, Ribeirao Preto,v. 27, n. 1/2, p. 56-65,jan./jun. 1994.

Exotcer acec U!ceracao

Figura 2: Esquema de lesoes clement arcs: altcracao da espessura e perda de substancia.

Reproduzida da ref. 5, com perrnissao do autor.

2-ANEXOS

Os anexos dcverao scr cxaminados c

anotada qualquer alteracao. Em rclacao

aos pclos, deve m scr observadas a distri-

buicao c a quantidadc (alopecia, hipotri-

cose, hipertricose e hirsutismo, tonsura,

madarose, leucotricose ou canicie). Emrelacao as unhas, 0 glossario das altera-

coe.s e espccifico e extenso, port ant o cit a-

r emos algumas de las, Deve m ser obse r-

vados: se hi! rcacao inflamat6ria em dobra

per iungue al (paroniquia), aumento de

e.spe ssura (paquionfqula, onicogrifose),

dcscolarncnto do leito ungueal (onicollse) ,

hipe rce rato se subungueal. A lamina un-

gueal po de apr e se n t ar de presso es pun-

tiformes (unha em dc dal), sulcos longi-

60

tudinais c transversais (sulcos de Beau),

pode adquirir coloracao anormal (me la-

noniquia, leuconiquia). A borda livre

da unha po de estar alterada (onicorrexis,

onicofagia). Po de s e apresentar em

forma de colher (coiloniquia). Quando

ausentc, quer par dermatose conge nita

ou adquirida, recebe a de n ominaeaoanoniquia.

3· EXAMES SUBSIDIARIOS

Apo s obt encao dos dados subjetivos

c objctivos, estes nao sendo suficientes

para Forrnulacao da hipotese diagn6stica

fin ai, deverao ser realizados exames pro-

pe deuticos auxiliares, como teste de

Page 6: semiologia cutanea

5/16/2018 semiologia cutanea - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/semiologia-cutanea 6/10

 

ROSELINO, A. M. F. Semiologia cut anea: lesocs elernentares. Medicina, Ribeiran Preto,

v. 27, n. 1/2, p. 56-65, jan./jun. 1994.

sensibilidade cut anc a, teste da histamina

em le so e s hipo cr om icas (h anse nfasc ),

obtencao dos sinais de Auspitz (psoriasc ),

de Nikolsky (pcnfigo ), de Darier (masto-

citoma ou mastocitose). Alguns examcs

Iaboratoriais podem ser realizados, como

colheita de exsudato para bacteriol6gico

(piodermites, DST), de linfa para pesquisa

de BAAR, escamas para micol6gico dire to

e cultura, raspado de Ie sao vesiculosa ou

bolhosa para citologia (suspeita de pe n-

figo, de lesao viral), exame de fios de ca-

belosao microse6pio, "patch-test" (derma-

tite de contato), int radc rmo-rc acoe s para

doencas granulomatosas e bi6psia de pele

lara exames histopatol6gieo e/ou imuno-

[luorescencia direta.

,- DIAGNOSTICO DIFERENCIAL

A seguir, para facilitar 0 diagnost ico

derm atologico diferencial, baseado em

lesoes elementares, foi elaborada uma

Iistage m contendo diagn6stieos menos

especializados, visando 0 aprendizado do

aluno de graduacao.

4.1. Manchas ou maculas

Hipercromia

- melanina: residual, melasma ou cloasma,

doenca de Addison, neurofibromatose,

nevos pigmentares, nevo azul, mancha

mongolica, efelidcs, lentigo, amiloidose

maculosa, prurido mclanotico, fitofoto-

dermatite, criterna pigmentar Iixo, der-

mite ocre, purpuras pigmentares.

• pigmentos: tatuagem, betacarotenemia,

argiria.

H i p o e acromia: Residual, albinismo,

nevo acrornico e ane mico, vitiligo, han-

senlase indeterminada, leucodermia solar

(puntata), acao de substancias qufrnicas

(hidroquinona).

Vasculo-sanguineas

.,Eritema:cianose, rubor, eritema pudico,

erupcoes exantcrnaticas (viroses, farma-

codermia, estreptococcias).

- Lividez.

- Mancha angiomatosa: hemangiomas

pIanos, eritema palmar da cirrose.

- Mancha anemtca: nevo anernico.

" Telangiectasias: aranhas vasculares,

"spiders",

- Purpuras (petequias, equimoses, hema-

tomas): purpuras plaquetoperiicas e nao

plaquetopenicas (capilarites, vasculites),

purpuras senis (fragilidade capilar).

4.2. Papulas

Doencas infecciosas- virus: verrugas planas, molusco.

- bacterias: sffilis, hanseniase.

- fungos: micoses superficiais e profundas

(Pbmicose, esporotricose, cromomicose,

histoplasmose, criptococose).

- zoodermatoses: larva migrans, escabiose,

pedieulose,leishmaniose.

Tumores cutaneos

- benignos: nevos (hipercrornicos, normo-

crornicos, rubis, tumores anexiais (hidroa-

denoma palpebral), fibroma mole.

- malign os: CBC, CEC, ceratoacantoma,melanoma, sarcoma de Kaposi.

Dnencas tnflamatortas: liquen plano,

pso r ia se , lupus eritematoso, farmaco-

dermias, estr6fulo e prurigos, necrobiose

lipo idica (diabetes).

Doen~as de deposito: Amiloidose

cut ane a (lfquen amiIoid6tico), xantelasma

e xantomas.

Dlsturbio de ceratlnlzacao: Ceratose foli-

cular, dartro volante, frinoderma, pitiriase

rubra pilar, acne, rosacea.

4.3. Nodulos

Agudos

- infecciosos

bacterta s: piodermites (furuncu lo ,

antraz, hidrosadenite, abscessos) .

zoodermatoses: mifase furuncul6ide.

- lnflam ator-ios: eritema nodoso.

61

Page 7: semiologia cutanea

5/16/2018 semiologia cutanea - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/semiologia-cutanea 7/10

 

ROSELlNO, A. M. F. Semiologia cutanea: Iesocs elementares. Medicina, Rlbetrao Preto,

v. 27, n. 1/2, p. 56-65, jan./jun. 1994.

Subagudos

- infecciososbacterias: hanscnfase, escrofuloderma,

eritema indurado de Bazin, sifilis t e r-

ciaria, micobacteriose s atfpicas trans-

plantado (L X renal).

virus: nodule dos ordenhadores.

fungos: Pbrnicose, esporotricose,

mico se s em tx renais.

protozoar-tos: leishrnaniose.

- lntlamaturtos

colagenoses: lupus eritematoso, periar-

terite nodosa cutanc a e sistemica, He-

bite, sinal de Trousseau (fie bite migra-

toria associada a tumores), nodules

re umarismais.

Cronicos

- infecciosos

bacter ias: hanscnomas .

. parasitas: cisticcrcose.

- tumores

benignos: lipomas, cistos foliculares,

dermatofibromas, neurofibromas

(docnca de Von Rccklinghauscn), cisto

sinovial, hemangiomas.

malign os: CBC, CEC, cerato acantoma,

melanoma, Kaposi.

4.4. Gomas

Causas infecciosas

- bacterianas: stfilis tcrciaria, micobacte-

rioses attpicas, escrofuloderma, eritema

nodoso necr6tico na hansentasc.

• fungos: esporotricose, Pbmicose, outras.

• zoodermatoses: lcishmaniose, mifase

furunculoide.

4.5. Vegetacoes e verrucosidades

Causas infecciosas

• Virais: verrugas, condiloma acuminado.

• Bactertas: granuloma inguinal, tuber-

culose.

• Fungos: csporotricose, cromomicose, etc,

• Protozoartos: leishmaniose.

62

- Sindrome verrucosa LEeT: leishmaniose,

cspororricose, cromomicose e tuber-culose.

Tumores

- benign os: ceratose seborre ica, nevos

cpiderrnicos.

- malign os: CEC.

Outras: granuloma piogemco, elefan-

t iase nostra por obstrucao Iinfatica (eri-

sipe la, filariose , tumores, DST).

4.6. Urticariforme

Nilo imunol6gica

U rricaria colinergica, a frio, pre ssao,

mcdicamentosa (aspirina, cafeina,

contrastes iodados), urticaria de con-

tato (figo, tomate, pelo de animal),

dcrmografismo.

Imunoleglca

- tipo I: inclufdo angioedema de Quincke

(Icmbrar que pode acompanhar doenca

de complemcnto), medicamentos (in-

cluidos corantes e conservantes, penici-

lin a, etc), inf'eccoes (estreptococcias, es-

cabiose, parasitoses), produtos inalantes,

alimcntos,

• tipo III: urticaria-vasculite: mesmas

causas, ale m de colagenoses, principal-

mente LE. Picada de inseto?

A urticaria pode acompanhar outras

dermatoses como a dermatite herpeti-

forme, hormonais (hipertireoidismo,

progest age nos).

4.7. Vesiculas

Causas infecciosas• virus: herpes simples e zoster, exantemas I

virais.

• fUngicas: micoses superficiais,

• zoodermatoses: escabiose, pediculose ,

larva migrans.

Causas inflamatorias

Eczcmas, disidrose, farmacodermiasr

miliaria, estrofulo, dermatite herpeti-

forme, ides.

Page 8: semiologia cutanea

5/16/2018 semiologia cutanea - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/semiologia-cutanea 8/10

 

ROSELINO, A. M. F . Semiologia cut anca: lesocs elcmentares. Medicina, Rlbelrao Preto,

v. 27, n. 1/2, p. 56-65, jan./jun. 1994.

4.8. Bolhas

Agentes fisicos e quimicos

Infecciosas: impetigo bolhoso (SSSS),

erisipela bolhosa.

Intlamatortas: do en cas autoimunes:

penfigo s e pe nfigo ide s, lupus e r it e-

matoso bolhoso. Eritema polimorfo

(S. de Stevens Johnson, S. de Lyell),

eritema pigmentar fixo bolhoso. Em

areas expostas ao sol: LE, pelagra, por-

firia cutane a tardia, fitofotodermatite,

fotodermatite.

4.9. Pustulas

Causas infecciosas

• bacterias: piodermitcs (impetigo, ectima,

foliculitc, periporitc).

• virus: herpes, varicela.

• micoses: kerion celsi

lnflamatorlas:

• psorlase pustulosa, S. de Reiter.

Dlsturhl« de ceratlntzaeao:• acne, rosacea.

4.10. Hiperceratoses

Circunscritas: por atrito (calo), ceratose

actinica ou solar, Disceratose de Bowen,

nevo cpidermico (verrucoso), ceratose

pilar, dartro, frinodcrma.

Difusas: ictioscs, est ados ictiosiformes

(hanscniase, hipotireoidismo, medica-

mentos: c1ofazimina).

Regionais: palmo-plantares: hereditarias,

d. de contato, tinea pedis cronica, climaterio

ou hipoestrogenismo.

4.11. Llquenlficacao

Atopia.

4.12. Infiltracao

Hanseniase, eritema polimorfo, mixe-

dema pre-tibial (hipertireoidismo), mixe-

dema generalizado (hipotireoidismo).

4.13. Esclerose

Esclerodermia, dermatoesclerose (pos

erisipela, pos linfangite), escleredema

neonatorum e de Bushke, esclerodactilia,

queloide, cicatriz hipertrofica.

4.14. Atrofia

Atrofia residual: agentes ffsicos (radioder-

mite, elastose solar), qufmicos , trauma-

ticos, pos processes inflamatorios (lupus

eritcmatoso cutaneo var. disco ide , etc.).

Atrofia: uso prolongado de corticoides,

cstrias ou vibices, CBC fibrosante, lfquen

escleroso e atr6fico. Poiquilodermia (cola-

genoses, linfoma cutaneo, S. do envelheci-

mento precoce).

Atrofia folicular: liquen plano pilar.

Atrofia unqueal: anonfquia conge nita

(pode acompanhar genodermatoses como

a displasia congen ita anidrotica), trauma-

tica ou infecciosa (panarfcio), liquen plano,

atrofia das 20 unhas, atrofia ungue al que

acompanha a alopecia areata.

4.15. Erttemate-descamantes

Infecciosas: Tinhas, Pitirfase versicolor,

Eritrasma, sffilis secundaria, hansenfase.

Inflamatertas: Dermatite seborreica, pso-

riase, pitirfase rose a de Gibert, pitirfase

rubra pilar, parapsoriase, linfoma cutaneo,

eczema cronico, LE, eritrodenilia (farma-

codermia, dermatite seborreica, contato,

penfigo, psorfase , linfoma: S. de Sezary,

idiopatica),

63

Page 9: semiologia cutanea

5/16/2018 semiologia cutanea - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/semiologia-cutanea 9/10

 

ROSELlNO, A. M. F . Semiologia cutanea: lesoes element ares. Medicina, Rlbetrao Preto,

v. 27, n. 1/2, p. 56-65, jan./jun. 1994.

Metabelicas: Pelagra, acrodermatite entero-patica (congenita e adquirida), porfirias,

desnutricao.

Neoplasicas: Disceratose de Bowen, CBC

superficial.

4.18. Ulceras

Traumas: agentes Ifsicos e quimicos.

In fecciosas:

Bacterianas: ectima, hanse nfase , rruco-

bacteriose atipica.

Fiingicas: micoses profundas.Virais: herpes simples e zoster.

Protozoarios: lcishmaniose cutanca.

DST: sffilis, cancro mole, linfogranuloma

ve ne re o , granuloma inguinal.

Hematodermias: anemia falciforme, csfc-

rocitose,linfomas.

Vasculares: ulcera flebo patica , ulcera

hipertensiva, vasculopatia diabetica, ul-

ceras nccroticas (escara).

Vasculites: doencas do tecido conectivo

(LE, esclerodermia), farmacodermias,

rcacocs hansenicas (fenomcno de Lucio),

infeccocs: streptoccocias, herpes.Neurotroficas: MPP: hanscnfase, diabetes,

aicoolismo.

Ne o p l as tcas : CBC, CEC, melanoma,

Kaposi.

4.17. Alopecias

Difusas: Alopecia conge nita (Displasia

e cto de rrn ica ), Ef'luvio te loge n o (fases

anagcna, catagena e te logena): docncas

cro mcas (colagenoses, neoplasias, ane-mias), infeccoes: sffilis (alopecia em cla-

reira), streptococcias; cirurgias, traumas

emocionais, hormonais (tireoide, alopecia

androgenetica, ovario, anticoncepcional,

pes-parte), medicamentos (quimioterapia,

anticoagulantes, derivados da vitamina A),

age ntes ffsicos (R tx), quimicos: alisantes e

outros produtos cosmeticos, intoxicacoes

c xo gc n as: inseticidas (arsenio, talio),

chumbo.

Localizadas:- Com alteracao do couro cabeludo:

Erttemato-descamantes: de rm atite

seborreica, psorfase , tinea capitis.

Cicatriciais: Traumaticas, cicatrizes

cirurgicas, agentes qufmicos e fisicos,

cicatriz em dermatoses: foliculites

decalvantes, foliculites queloideanas,

kerion celsi, herpes zoster, micoses?

profundas, lupus eritematoso var. dis-

c6ide, esclerodermia cutane a, liquen

plano pilar, pseudo - pelada de Bracq.

Por deposito: Amiloidose cutane a,

Alopecia mucinosa.- Sem alteracao do couro cabeludo: Alo-

pecia de tracao, Alopecia areata, Tri-

cotilomania.

AGRADECIMENTOS

As Dr". Ana Marcia de Almeida e

Profv.Dr= . Norma Tiraboschi Foss pela

revisao do Diagncstico Diferencial.

ROSELlNO, A. M. F . Dermatologicdiagnosis: types of skin lesions. Medicina,

Rlbeirao Preto, v. 27, n. 1/2, p. 56-65, jan./june 1994.

ABSTRACT: In this review, for educational purpose, types of skin lesions

are characterized and classified and a non-specialized differential diagnosis of

each lesion is presented.

UNITERMS: Skin. Skin Appendage Diseases.

64

Page 10: semiologia cutanea

5/16/2018 semiologia cutanea - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/semiologia-cutanea 10/10

 

ROSELINO. A. M. F. Semiologia cut anea: lesocs elementares. Medicina, Rlbelrao Preto,

v. 27, n. 1/2, p. 56-65,jan./jun.1994.

REFERENCIAS BIBLIOGRAI'ICAS

1-AR NOLO JR., tr. 1..; OOOM, R. B.; JAMES,

W.O. Andrew's Diseases of the

skin. Philadelphia, w. B. Saunders,

1990. p, 14-21: Cutaneous. Symp-

toms, signs and diagnosis.

2 -BECHELLI. L. M.; CURBAN, G. v.

Compendlo de dermatologia. Sao

Paulo, Atheneu, 1988. p. 25-49:

Diagn6stico dcrmatol6gico.

3-GRElTHFR, A. Dermatologia e vene-

reologia. Sao Paulo, Editora Peda-

g6gica c Univcrsit aria, Springer,

1980. p. 1-27, Propcdcutica derma-

tologica.

4 - MIRANDA, R. N. Introducao it derma-

tologia. Rio de Janeiro, Guanabara

Koogan, 1967. p. 65-85, Sintomatologia

elemcntar,

5 - PO RTO, C. c. Exame clinico. Rio de

Janeiro, Guanabara Koogan, 1982.

p. 108-29: Pele.

6 - ROTTA, 0. Atlas propedeutico de der-

matologia. Rio de Janeiro, Laborat6-

rio Ciba-Geigy Biogalenica, s.d. 88 p.

7 - SAMPAIO, S. A. P.; CASTRO, R. M.;RIVITTI, E. A. Dermatologia basica.

Sao Paulo, Artes Me dicas, 1983,

p. 49-59, Semiologia eutanea - glossa-

rios dermatol6gico dermohistologica.

Rccebido para publicacao em 20.05.94

65