sementes de esperança | julho-agosto de 2013

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Julho/Agosto Folha de Oração em Comunhão com a Igreja que Sofre 2013 Sementes de Esperança

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Folha mensal de oração em comunhão com os cristãos perseguidos e a Igreja que sofre. Saiba mais em www.fundacao-ais.pt

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Page 1: Sementes de Esperança | Julho-Agosto de 2013

Julho/Agosto

Folha de Oração em Comunhão com a Igreja que Sofre

2013

Sementes��de Esperança

Page 2: Sementes de Esperança | Julho-Agosto de 2013

2 Sementes de Esperança | Julho/Agosto 13

Intenção GeralJulho | Jornada Mundial da JuventudePara que a Jornada Mundial da Juventude no Brasil anime todos os jovens cristãos a torna-rem-se discípulos e missionários do Evangelho.

Agosto | Pais e EducadoresPara que os pais e educadores ajudem as novas gerações a crescer com uma consciência recta e numa vida coerente.

Intenção MissionáriaJulho | Evangelização na ÁsiaPara que, na Ásia, se abram as portas aos mensageiros do Evangelho.

Agosto | Igrejas em África, promotoras da JustiçaPara que as Igrejas locais em África, fiéis ao Evangelho, promovam a construção da paz e da justiça..

Intenção NacionalPor todos os católicos para que neste tempo de Verão não se esqueçam dos seus deveres de filhos de Deus e de se comportarem como tais, e não se esqueçam de visitar a sua família, no dia que lhe é consagrado, o Domingo, na participação activa e consciente na Missa Dominical. Se os cristãos se esquecerem da sua dignidade de filhos acabam por se comportar como os pagãos, como aqueles que não têm fé. Mas sem fé, vale a pena mesmo viver?

SEMENTES DE ESPERANÇAFolha de Oração em Comunhão com a Igreja que Sofre

PROPRIEDADECONTACTOSDIRECTORA

REDACÇÃO E EDIÇÃO

FONTEFOTOS

PERIODICIDADEIMPRESSÃOPAGINAÇÃO

DEPÓSITO LEGAL

Fundação AIS, Rua Prof. Orlando Ribeiro, 5 D, 1600-796 LisboaTel.: 217 544 000, [email protected], www.fundacao-ais.ptCatarina Martins de BettencourtP. José Jacinto Ferreira de Farias, scj, Maria de Fátima Silva, Alexandra Ferreira, Ana Vieira e Félix LunguL’Église dans le monde –�AIS�França© Fundação AIS, © Marc Fromager11 Edições AnuaisGráfica ArtipolJSDesign352561/12

A oração é um dos pilares fundamentais da nossa missão. Sem a força que nos vem de Deus, não seríamos capazes de ajudar os cristãos que sofrem por causa da sua fé.

Para�ajudar�estes�cristãos�perseguidos�e�necessitados�criámos�uma�grande�corrente�de�oração�e�distri-buímos�gratuitamente�esta�Folha�de�Oração,�precisamente�porque�queremos�que�este�movimento�de�oração�seja�cada�vez�maior.�Por favor ajude-nos a divulgá-la na sua paróquia, nos grupos de oração, pelos amigos e vizinhos. Não�deite�fora�esta�Folha�de�Oração.�Depois�de�a�ler,�partilhe-a�com�alguém�ou�coloque-a�na�sua�paróquia.

Intenções de Oração do Santo Padre

Page 3: Sementes de Esperança | Julho-Agosto de 2013

3Folha de Oração em Comunhão com a Igreja que Sofre

Na� Porta da fé� (nº� 10)� Bento� XVI� cita�

uma�passagem�importante�dos�Actos�dos�

Apóstolos�que�relata�a�conversão�de�Lídia,�

onde�se� lê:�O Senhor abriu-lhe o coração

para aderir ao que Paulo dizia�(Act�16,14).�

Esta� referência� é� muito� importante� e�

sugestiva�para�que�possamos�entender�o�

que� se� passa� no� homem� no� processo� do�

início� e� do� crescimento� da� fé:� sendo� um�

acto� eminentemente� pessoal,� como� ade-

são� do� coração� e� da� inteligência� ao� mis-

tério�de�Deus�que�se�revela�e�que�vem�ao�

encontro� do� homem� através� do� estímulo�

da� pregação,� ou� seja,� do� anúncio� da� his-

tória� da� salvação� como� uma� história� que�

diz� respeito� ao� homem,� sendo� pessoal,�

dizia,� a� fé�é� também�e�mesmo�antes�de�

mais�o�resultado�da�acção�do�Espírito�Santo�

que�prepara�os�corações�e�os�dispõe�para�

acolher,�para�aderir�ao�mistério�anunciado�

pela�Igreja�através�da�pregação.

Esta� acção� do� Espírito� Santo� nos�

corações� é� muito� importante� que� dela�

tenhamos� consciência,� porque� é� por� Ele�

que� podemos� entender� não� apenas� o�

que� se� refere� ao� mistério� de� Deus,� mas�

também� o� que� se� refere� ao� mistério� do�

homem.�No�Credo�professamos�a�nossa�fé�

na� Igreja� –� creio na Igreja.� Isto� significa�

essencialmente�duas�coisas.

Em�primeiro�lugar,�que�a�Igreja�é�o�lugar�

onde�professamos�a�nossa�fé�na�Santíssima�

Trindade.�É�a Mãe Igreja�que�diz�aos�seus�

filhos�quem�é�o�seu�Pai,�em�analogia�com�

o�que�se�dá�na�nossa�existência�concreta:�

são� as� mães� que� dizem� aos� seus� filhos�

quem�é�o�pai� e� lhes� recomendam�o� res-

peito�e�a�obediência�que�lhes�são�devidos.�

É� isso�que�acontece�na�experiência�da�fé,�

segundo� a� bem� conhecida� afirmação� de�

S.�Cipriano�de�Cartago:�ninguém pode ter

Deus por Pai se não tiver a Igreja por Mãe.

Mas�significa,�em�segundo�lugar,�que�a�

Igreja,�além�de�ser�o� lugar�da�profissão�

da�fé,�é�também�ela�uma�grandeza�teo-

lógica,� ou� seja,�que� só�na� fé�é�possível�

entender,� aliás,� também� em� analogia�

com�o�que�se�passa�na�nossa�experiência�

humana.� Nós� acreditamos� no� que� nos�

diz� a� nossa� mãe,� sem� precisarmos� de�

Creio da Igreja

Reflectir

Page 4: Sementes de Esperança | Julho-Agosto de 2013

4 Sementes de Esperança | Julho/Agosto 13

Reflectir

recorrer� a� análises� do� ADN.� As� coisas�

importantes� na� vida� acontecem� numa�

base�de�confiança,�de�fé!

Ora� esta� afirmação� do� Credo� sobre� a�

Igreja� e� os� artigos� que� se� seguem� são�

um� desenvolvimento� do� artigo� sobre� o�

Espírito� Santo,� que� tem� como� objectivo�

mostrar� sobretudo� a� acção� do� Espírito�

Santo� na� história,� na� economia,� como�

diziam�os�Padres�da�Igreja.�Há�assim,�no�

plano�da�história�da�salvação,�uma�íntima�

ligação�entre�o�Espírito�Santo�e�a� Igreja,�

pois� esta,� que� teve� origem� no� dia� do�

Pentecostes,�pode�muito�bem�ser�enten-

dida�como�uma�criação do Espírito Santo,�

pois�está�em�continuidade�com�a�sua�efu-

são�sobre�a�Virgem�Maria�e�os�apóstolos�

no�dia�do�Pentecostes.

No� Catecismo� este� artigo� ocupa� um�

espaço�muito�grande,�porque,�na�verda-

de,� são� muitos� e� variados� os� aspectos�

sob� os� quais� é� necessário� contemplar� a�

Igreja�que�é�verdadeiramente�um�misté-

rio,� e� não� simplesmente� uma� grandeza�

social� ou� política.� Vale� a� pena,� por� isso,�

ler�e�estudar�com�atenção�todo�o�desen-

volvimento�que�o�Catecismo� lhe�dá�(nn.�

748-975).�Aliás,�um�dos�objectivos�deste�

ano�da�fé�é�justamente�o�desafio�lançado�

a�nós� católicos�não� só�de�vivermos�a� fé�

com alegria e com esperança�–�a�virtude�

dos� peregrinos� que� nos� projecta� para�

o� sempre� mais� que� o� Futuro� de� Deus� e�

Deus� como� Futuro� nos� prepara� -,� mas�

também� que� vejamos� tudo� a� partir� de�

Deus,�recolocando�Deus�no�centro�de�tudo�

o� que� somos� e� fazemos,� como� incansa-

velmente� nos� tem� vindo� a� recordar,� na�

sua�linguagem�simples�e�por�isso�mesmo�

convincente,� o� Papa� Francisco.� Ainda�

muito�recentemente�dizia�que�os�cristãos�

não�são�perseguidos�quando�se�ocupam�

com�as�questões�sociais,�na�atenção�aos�

pobres�e�aos�desfavorecidos,�mas�sim�se�

têm�a�ousadia�de�dizer�que�Jesus�Cristo�é�

o�Verbo�de�Deus�incarnado,�que�é�o�único�

salvador�e�que�a� Igreja� católica�é� sacra-

mento� universal� de� salvação;� que� nela�

subsiste� a� verdadeira� e� única� Igreja� de�

Cristo�(LG�8);�que�é�comunidade�de�santos�

e� chamados� à� santidade,� peregrinos� na�

história,�porque�nenhum�de�nós�tem�aqui�

morada�permanente.

�P.�José�Jacinto�Ferreira�de�Farias,�scj

Assistente Eclesiástico da Fundação AIS

Page 5: Sementes de Esperança | Julho-Agosto de 2013

5Folha de Oração em Comunhão com a Igreja que Sofre

Papua-Nova Guiné

Fazendo fronteira com a Ásia e a Oceânia, tendo a Indonésia, o maior país muçulmano do mundo, como vizinho ocidental imediato, a Papua-Nova Guiné é uma excepção notável com 66% de população cristã. Tardiamente apanhado pelo modernismo, o país confronta-se com múltiplos desafios que a Igreja tenta acompanhar.

“Um estágio de sobrevivência!” responde-me o P. Adrian Adamik. Eu procurava saber a que se asse-melhavam as digressões pastorais para visitar as suas diversas paróquias. Pároco de Banara, situada a 160 Km de Madang, na costa norte do país, o P. Adamik tem de assistir a 4.200 fiéis repartidos por vinte paróquias! Destas últimas, catorze só são acessíveis a pé. Três vezes por ano vai visitar as suas catorze paróquias, de uma pon-ta à outra da selva. Dezanove dias e 120 Km mais tarde, regressa derreado, com o sentimento do dever cumprido. A dificuldade é o terreno ornado de montanhas, que ele não pára de subir e de descer através de uma vegetação luxuriante. A 500 m de altitude, de noite “faz frio”, confidencia-me, habituado que está ao calor tropical da costa. Durante o seu périplo pode ter que passar até seis dias sem se lavar, apesar do suor permanente. Como é

que ele aguenta? “É a graça de Deus!”Padre polaco Fidei donum, na Papua-Nova Guiné

há quatro anos, é respeitado nas aldeias e, conforme as necessidades, exerce funções de electricista, carpin-teiro, serralheiro, mediador, enfermeiro, condutor de ambulância (já acompanhou mais de quarenta mulhe-res prestes a dar à luz, a duas das quais rebentaram as águas no carro - agora anda com uma coberta de plástico). Às vezes há discussões que podem ser vio-lentas. Quando ele chega, fala com uns e com outros e volta a paz… regra geral.

Na sua sacola: sacramentos, medicamentos e bombons! Em primeiro lugar vai, efectivamente, para se ocupar das almas, mas se também puder tratar dos corpos é sempre bom. Os bombons são para as crianças: é necessário saber tornar-se desejado!

Papua-Nova Guiné

DA IDADE DA PEDRA À INTERNETA Igreja ao serviço de uma sociedade em profunda mudança

Superfície462.810 Km2

População6.9 milhões de habitantes

ReligiõesCatólicos: 29,9%Protestantes: 64,9%Animistas: 3,4%Outros: 1,8%

Oceano Pacífico

Mar de Coral

Mar deSalomão

Mar deBismarck

Golfode Papua

• PAPUA-NOVA GUINÉ

• Austrália

• Indonésia

• Nova Bretanha

Page 6: Sementes de Esperança | Julho-Agosto de 2013

6 Sementes de Esperança | Julho/Agosto 13

Papua-Nova Guiné

Nas aldeias onde vai, sobretudo entre os mais jovens, é muitas vezes o primeiro e único branco que vêem (o último missionário, também ele branco, esteve lá vinte e quatro anos antes). Por vezes, tem a impressão de inau-gurar a missão! E fica, embora seja um pioneiro. Nunca desanima? “O país é rico, mas o grande problema é a preguiça! Não fazem nada: gostam de se sentar, falar e mascar tabaco!” confessa, sonhador. O P. Adamik reco-nhece que a sua missão é uma boa escola de paciência e admite que a cultura já não é a mesma. Passar da idade da pedra à Internet é coisa que não se faz num dia!

OraçãoPara que os sacerdotes e religiosas neste país não percam o zelo apostólico e a perseverança no anúncio do Evangelho, nos Te pedimos Senhor!

A EVANGELIZAÇÃO DO ARQUIPÉLAGOCom uma povoação de 7 milhões de habitantes que

falam 850 línguas diferentes, e com um número seme-lhante de comunidades tribais e tradicionais, a Papua-Nova Guiné é um dos países menos explorados do mundo. Maioritariamente cristã, a população é 29,9% católica, o que a torna a principal Igreja do país, no meio de uma variedade de comunidades protestantes.

Também isso não se fez num dia…Depois de várias tentativas, primeiro em 1843 com os

Maristas, dos quais alguns serão martirizados nas ilhas Salomão, depois em 1852 com as Missões Estrangeiras de Milão, também com mártires, será necessário esperar o 30 de Junho de 1855, com a chegada dos Missionários do Sagrado Coração (MSC) à ilha de Yule – hoje Diocese de Bereina, na costa sul, a oeste de Port Moresby - para ver o começo da missão propriamente dita. O P. Henri Verjus, sacerdote MSC francês e mais tarde bispo, foi distinguido como o apóstolo da Papua-Nova Guiné. Naquela época, o país estava dividido em dois, o norte para os alemães e o sul para os britânicos, que vêem com muito maus olhos o desembarque de franceses católicos. E assim vai a missão, confrontada com os perigos do isolamento, das doenças tropicais e da insuficiência de alimento.

A Diocese de Bereina é considerada a fonte histórica da evangelização do sul do país, apesar de a capital vizinha ter eclipsado a sua importância. E o Bispo, D. Rochus Josef Tatamai, também ele missionário do Sagrado Coração e prefeito francófono é, hoje ainda, um dos bispos impor-tantes! É preciso dizer que o seu tio-avô, Peter To Rot, foi beatificado em 1985, por João Paulo II, aquando da sua viagem à Papua-Nova Guiné. Único beato do país, Peter

Assembleia de fiéis

numa paróquia

de Madang.

Page 7: Sementes de Esperança | Julho-Agosto de 2013

7Folha de Oração em Comunhão com a Igreja que Sofre

To Rot, nascido em 1912, era catequista e foi martirizado em 1945 pelos japoneses que odiavam a fé.

Voltamos ao norte da ilha, onde há missionários católicos alemães que terão plantado as sementes da fé. Alexishafen, um nome tipicamente alemão, é o lugar onde se instalou a primeira missão católica do norte. Perto de Madang, hoje a grande cidade da região e o cen-tro da diocese, Alexishafen conserva várias congregações religiosas e edifícios pertencentes à Igreja, mesmo que alguns estejam actualmente sem destino. No cemitério da missão, a maior parte dos nomes é alemã, incluindo uma grande coluna com 198 nomes, tantos padres como religiosas, na maior parte massacrados pelos japoneses entre 1942 e 1944, tendo os outros morrido nos bombar-deamentos dos aliados… Decapitado, morto por sabre ou baioneta, há um detalhe lúgubre para cada vítima. Assassinados como espiões, pode imaginar-se que foram mortos por terem escolhido ficar no local ao serviço da população, apesar dos perigos que corriam.

O BISPO VOADOR DA DIOCESE DE MADANGD. Stephen Reichert, capuchinho americano, é o

Bispo de Madang. Numa população de 450.000 habi-tantes, a sua diocese conta com 150.000 católicos, o que é a proporção normal do país. Para servir as trinta paróquias e 300 capelas que fazem parte delas tem vinte e quatro padres, dos quais onze são papuas e os outros missionários estrangeiros. Tem dezanove semi-naristas, mas isso “ leva tempo e há quem desista”, afirma. Isto é o mesmo que dizer que a falta de padres é gritante e que sem a animação assegurada pelos leigos e pelos catequistas bem preparados a situação seria simplesmente insustentável.

As distâncias a percorrer e as estradas praticamente inexistentes tornam épicas a maior parte das desloca-ções. O P. Joseph Durero, missionário da Sociedade do Verbo Divino (SVD), pároco filipino de Nossa Senhora do

Perpétuo Socorro, uma das grandes paróquias de Madang,

tem igualmente outras duas paróquias para servir, mas também a responsabilidade de ainda uma outra paróquia que se encontra numa ilha a 4 horas de barco, onde há cinquenta e seis capelas disseminadas. Como fazer?

Antigamente, há cerca de trinta anos, a Igreja tinha desenvolvido um serviço aéreo de pequenas avionetas que permitiam uma deslocação muito mais rápida e também encaminhar toda a espécie de bens que não existiam no local (hoje os meios de distribuição evoluí-ram e esta rede já não é assim tão indispensável). Havia mesmo um bispo que era piloto e se apresentava como “o bispo voador”. Pergunto a D. Reichert se encontra alguma alcunha desse género para si próprio porque, em termos de comunicação, é muito mais atractivo. Responde-me, com modéstia, “o bispo golfista!” porque se permite, como única distracção, jogar golfe uma vez por semana, à segunda-feira de manhã.

Em Madang situa-se a Universidade do Verbo Divino, estabelecimento católico considerado como a melhor universidade do país. Os missionários do Verbo Divino terão querido arrancar com a universidade nos anos 60, mas o Governo australiano que na época governava este país recusou, talvez para evitar ou atrasar o aparecimen-to de uma elite local. Os missionários arrancaram, então, com a criação de um liceu que mais tarde evoluiu para

Papua-Nova Guiné

Padre AdrianAdamik, Pároco deBanara, com4.200 fiéisdistribuídospor vintecapelas.

Page 8: Sementes de Esperança | Julho-Agosto de 2013

8 Sementes de Esperança | Julho/Agosto 13

Papua-Nova Guiné

instituto tecnológico antes de, finalmente, se tornar uma universidade, em 1996.

Aí encontrámos, por acaso, uma expedição de biodi-versidade marinha, largamente financiada pelas empre-sas francesas, com numerosos cientistas franceses que se preparavam para guardar o seu equipamento após três meses de mergulho.

OraçãoPara que a sementes da fé que começaram a ser plantadas no séc. XIX, continuem a dar fruto entre este povo, nós Te pedimos Senhor!

UM FUTURO EM QUESTÃOA Papua-Nova Guiné está à beira de uma reviravolta. A

modernidade invadiu uma sociedade ainda recentemente arcaica e o choque é difícil. Os desafios são titânicos: álcool, drogas, pobreza, sida, ausência de protecção social, nível de desemprego muito elevado, crime e violência genera-lizada não são, evidentemente, sinais de uma evolução muito positiva da sociedade papua. Os recursos minerais, muito importantes, deveriam permitir ao país investir no desenvolvimento das suas infraestruturas, nomeadamente educativas e sanitárias, mas isso tarda em chegar.

Quanto à Igreja Católica, ela está muito presente para colmatar a ausência de estruturas governamentais eficazes e disponibiliza-se, sem limites, para o serviço da popula-ção. A sua rede paroquial faz dela um factor incontornável de proximidade, que lhe permite, para só citar um exem-plo, um acompanhamento eficaz aos doentes da sida, que as congregações de religiosas tomaram a seu cargo.

Além do mais, a Igreja é muito viva e as paróquias enchem-se com cânticos e danças. O número de baptis-mos não pára de aumentar, incluindo muitas crianças. Pouco a pouco, pode pensar-se que o aprofundamento da fé, chegada recentemente ao país, produzirá frutos de coesão e de paz social. Mas, ao mesmo tempo, a secularização e a chegada de numerosas seitas enfra-quecem a Igreja que, segundo certos membros do clero que encontrámos, perderia gente. “As pessoas vão ver noutros lados ou deixam simplesmente de praticar”, dizem-me. Uma das explicações seria a diminuição do número de missionários. Roma não se fez num dia!

OraçãoPara que a Papua-Nova Guiné consiga enfrentar os múltiplos desafios da modernidade sem per-der a fé e a esperança, nós Te pedimos Senhor!

Estátua de

Dom Verjus na

ilha de Yule.

Page 9: Sementes de Esperança | Julho-Agosto de 2013

9Folha de Oração em Comunhão com a Igreja que Sofre

Oração

Augusta Rainha dos Anjos,

Vós que recebestes de Deus

o poder e a missão de esmagar a cabeça de Satanás,

humildemente Vos rogamos

que envieis as Legiões Celestes

para que às Vossas ordens

persigam e combatam

os demónios por toda a parte,

refreando a sua audácia

e precipitando-os no abismo.

Quem é como Deus?

Ó Bondosa e Carinhosa Mãe,

Vós sereis sempre o nosso amor

e a nossa esperança.

Ó divina Mãe, enviai os Santos Anjos

em nossa defesa,

afastando para longe de nós o cruel inimigo.

São Miguel e todos os Santos Anjos,

combatei e rogai por nós. Ámen.

Augusta Rainha dos Anjos

Page 10: Sementes de Esperança | Julho-Agosto de 2013

10 Sementes de Esperança | Julho/Agosto 13

Meditação

COMPAREÇA. Traga a sua família, filhos, netos, sobrinhos, amigos e faça parte desta grande festa! Nós também estaremos presentes para estar especialmente consigo.

Cristo�recusa-Se�a�pertencer�ao�passado.�Ele�quer�ser�mais�do�que�uma�sombra�saída�de�uma�

parábola�de�há�dois�mil�anos.�Quer� ser�nosso�contemporâneo.�Quer� continuar,�vivendo�na�

Sua�Igreja.�O�que�antes�Ele�fez�na�Sua�própria�figura,�quer�repeti-lo,�até�ao�fim�dos�tempos,�

em�todos�aqueles�que�trazem�o�Seu�nome�e�se�nutrem�com�Seu�santíssimo�corpo�e�sangue.��

Ele�quer�romper�os�limites�da�Sua�existência�histórica�a�fim�de,�por�amor�a�Seu�Pai,�buscar�

sempre�de�novo,�inclusive�nos�dias�de�hoje,�o�Seu�rebanho�perdido.�

Por�isso,�o�Redentor�pede-vos�e�a�mim�que�Lhe�emprestemos�uma�figura�viva,�para�que�Ele�

possa�novamente� ir�pelo�mundo,�como�o�bom�samaritano,�o�pai�do�filho�pródigo,�como�o�

amigo�dos�publicanos�e�pecadores,�como�o�bom�pastor�e�como�o�protector�dos�oprimidos.�

Padre Werenfried van Straaten

CRISTO RECUSA-SE A PERTENCER AO PASSADO

Visite hoje mesmo o microsite dedicado ao P. WERENFRIED VAN STRAATEN em www.werenfried.pt

Page 11: Sementes de Esperança | Julho-Agosto de 2013

11Folha de Oração em Comunhão com a Igreja que Sofre

Actualidade

A�Fundação AIS�tem�a�honra�de�con-vidar�todos�os�seus�amigos�e�benfei-tores�a�participarem�na�Peregrinação Nacional� que� terá� lugar� na� Domus Carmeli,� em� Fátima,� dia� 14 de Setembro (Sábado).

O� mês� de� Setembro� é� especial� para� a� nossa�Obra�porque�a�14�de�Setembro�de�1967,�o�nosso�fundador�P.Werenfried�van�Straaten�consagrou-a�a�Nossa�Senhora�de�Fátima.�

Além�disso,�este�ano�celebramos�também�o�cen-tenário�da�sua�morte,�por�isso�queremos�marcar�estas�efemérides�com�todos�os�que�fazem�parte�desta�Obra�ao�serviço�dos�que�mais�sofrem.�

DATA LIMITE DE INSCRIÇÃO E PAGAMENTO: 30 de Agosto de 2013.

NOTA:�Para�facilitar�o�pagamento�da�peregrinação,�este�poderá�ser�efectuado�faseadamente�até�à�data�limite�de�inscrição.�De�outra�forma�não�podemos�garantir�a�sua�inscrição.

Caso esteja interessado, por favor, entre em contacto connosco:

Tel. 21 754 40 00 (de 2ª a 6ª feira, das 09h00 às 18h00) ou [email protected]

Queremos celebrar consigo. Este convite é extensível aos seus familiares e amigos.

CONTAMOS COM A SUA PRESENÇA NESTE DIA ESPECIAL!

PEREGRINAÇÃO NACIONAL

ORAÇÃO PELOS CRISTÃOS PERSEGUIDOSNo�Santuário�de�São Bento da Porta Aberta (no�dia�7�de�cada�mês),�nos�Valinhos�em�Fátima�e�tam-bém�em�Lisboa,�na�capela�da�Fundação AIS,�grupos�organizados�de�benfeitores,�voluntários�e�amigos�da�Instituição�rezam�pelos�cristãos�perseguidos.�Leve�esta�intenção�de�oração�para�o�seu�grupo,�na�sua�paróquia�ou�comunidade.�Junte�os�seus�amigos�num�grupo de oração�e�diga-lhes�que�vale�a�pena�ofe-recer�a�sua�oração�pelos�cristãos�perseguidos,�pois�esta�oração�é�uma�forma�muito�concreta�de�ajudar!

Page 12: Sementes de Esperança | Julho-Agosto de 2013

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128�páginas

Conheça o testemunho do chamamento do actual Patriarca de Lisboa:“Havia também o adro da igreja e o jardim em frente, onde a tarde continuava com brincadeiras e jogos. Mesmo ao lado, os presos da cadeia pediam--nos ofertas por entre as grades e lá ia uma coisa ou outra. Somavam-se a isto as festas e os passeios da catequese: as primeiras, com os respectivos ensaios, puxavam-nos muito pela criatividade e pelo treino; os segundos, levavam-nos todos a lugares mais distan-tes, à descoberta e à aventura. Como ainda não havia televisão, quase todas as minhas ideias da altura tinham referência cristã e eclesial. Creio que o primeiro filme que fui ver, aos seis anos, foi o Marcelino�pão�e�vinho, linda história dum menino devoto de Cristo crucificado. Também desses tempos data a iniciação litúrgica: primeiro como ‘menino de coro’, decorando as respostas em latim, e, mais tarde como acólito, em adolescente e jovem, acompanhando a reforma do Vaticano II, que assim fui indelevelmente apreciando.”

SACERDOTES EM CRISTO 12 testemunhos de um chamamento

Doze padres foram convidados a dar o seu testemunho vocacional. Com o seu testemunho pretende-se dar a conhecer a todos os fiéis, o que os moveu - intelectual, social, espiritual-mente - para responderem afirmativamente ao chamamento de Deus.

TRua Professor Orlando Ribeiro, 5 D, 1600-796 LISBOAel 21 754 40 00 • Fax 21 754 40 01 • NIF 505 152 304

[email protected] • www.fundacao-ais.pt

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