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Secretaria de Estado da Educação Superintendência da Educação

Departamento de Políticas e Programas Educacionais Coordenação Estadual do PDE

FICHA PARA CATÁLOGO PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA

Título: Harmonia entre Corpo e Mente: Dança Gaúcha na Escola

Autora Luzia Aparecida Teixeira Baggio

Escola de Atuação Escola Estadual Rui Barbosa – Ensino Fundamental Município da escola Mamborê

Núcleo Regional de Educação Campo Mourão

Orientador Prof. Dr. Luiz Silva Santos

Instituição de Ensino Superior Universidade Estadual de Maringá Disciplina/Área Educação Física

Produção Didático-pedagógica Caderno Pedagógico

Relação Interdisciplinar Arte

Público Alvo 8ª série Localização Endereço: Rua Ivaí nº 442

Apresentação: A dança como exercício de cidadania pode trazer inúmeros benefícios aos alunos e atender às necessidades de profissionais de educação que se preocupam com o saber intelectual e científico, com a cultura e com o bem estar dos alunos. Considerando a importância das danças gaúchas para a compreensão e a valorização da diversidade cultural, acredita-se que na cidade de Mamborê, ela venha contribuir de forma prazerosa e significativa com a cultura local e com a reconstrução de identidades de seus moradores. Portanto este caderno tem como objetivo divulgar a cultura gauchesca e os seus valores, com o intuito de integrar educandos, professores e comunidade e divulgar parte dessa cultura, como também, para que os alunos obtenham uma formação teórica de forma mais específica, relacionado com as danças gaúchas. Portanto, é de grande importância que tais alunos saibam que existem diferentes modalidades de danças em nossa sociedade que podem ser trabalhadas na escola. O caderno Pedagógico oferece momentos de encontro com descobertas socioculturais, integração e responsabilidade sobre o ambiente da escola Estadual Rui Barbosa, principalmente, alunos integrantes da presente proposta, seus familiares e amigos dos mesmos e demais visitantes, além dos seus próprios educadores.

Palavras-chave Dança; movimento; cultura

Secretaria de Estado da Educação Superintendência da Educação

Departamento de Políticas e Programas Educacionais Coordenação Estadual do PDE

LUZIA APARECIDA TEIXEIRA BAGGIO

HARMONIA ENTRE CORPO E MENTE: dança gaúcha na escola

MAMBORÊ - PARANÁ

PDE - 2011

Secretaria de Estado da Educação Superintendência da Educação

Departamento de Políticas e Programas Educacionais Coordenação Estadual do PDE

LUZIA APARECIDA TEIXEIRA BAGGIO

HARMONIA ENTRE CORPO E MENTE: dança gaúcha na escola

Caderno Pedagógico apresentado ao Programa de Desenvolvimento Educacional - PDE da Secretaria de Estado da Educação do Paraná sob a orientação do Professor Dr. Luiz Silva Santos.

MAMBORÊ - PARANÁ

PDE - 2011

1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Professor PDE: Luzia Aparecida Teixeira Baggio

Área/Disciplina: Educação Física

Núcleo: Campo Mourão

Professor Orientador: Dr. Luiz Silva Santos

IES vinculada: UEM

Escola de Implementação: Escola Estadual Rui Barbosa - Ensino Fundamental -

Mamborê, Pr.

Público objeto da intervenção: Alunos da 8ª da Escola Estadual Rui Barbosa -

Ensino Fundamental.

2. TEMA DE ESTUDO DO PROFESSOR PDE: Dança Gaúcha na Escola.

3. TÍTULO: Harmonia entre Corpo e Mente: Dança Gaúcha na Escola

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO 03

UNIDADE I

Papel da Dança na Escola 04

UNIDADE II

Danças Tradicionais Gaúcha 08

CONSIDERAÇÕES 12

REFERÊNCIAS 13

APRESENTAÇÃO

Este caderno pedagógico oferece momentos de encontro com descobertas

socioculturais, integração e responsabilidade sobre o ambiente escolar a todas as

pessoas que estão direta ou indiretamente envolvidas com o contexto estudantil da

escola Estadual Rui Barbosa, principalmente, alunos integrantes da presente

proposta, seus familiares e amigos dos mesmos e demais visitantes, além dos seus

próprios educadores.

Esta intencionalidade provém da verificação que o acesso a cultura deve ser

propiciado a toda classe estudantil, mas que nos seus horários regulares de aula

principalmente da escola em questão, o tempo é pouco para que possa ser

ministrados todos os conteúdos socioculturais, que também são do domínio da área

da Educação Física. Sendo assim, muitas vezes os alunos têm somente a noção

daquele conteúdo que foi planejado pelo professor e que não foi assimilado

integralmente pelos educandos por falta de tempo na grade curricular.

Desta forma, pressupõem que um projeto extraclasse pode oferecer tempo

suficiente para o aluno obter um nível de aprendizagem significativo quando estiver

submetido a uma determinada atividade, principalmente as socioculturais. Percebe-

se que quando um projeto que tem como objetivo a transmissão de atividades

socioculturais respeitando o tempo suficiente de ensino-aprendizagem, os alunos

geralmente assimilam os conteúdos com mais propriedade, chegando ao ponto dos

mesmos estarem capacitados de mostrarem seus resultados em diferentes

momentos culturais dentro e fora da escola, como por exemplo, nas diversas feiras

de ciências, mostras culturais, entre outras.

Baseando-se nestes pressupostos, afirma-se que é no ambiente escolar que

os alunos percebem e apreendem os diferentes tipos de conhecimentos e aqueles

relacionados com aspectos socioculturais, como por exemplo: Aprendizagem da

dança, como veremos a seguir, exigem dos mesmos o respeito pelas diferenças,

pessoas e pela individualidade cultural, seja ela relacionada com crenças, valores,

etnias entre outra.

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UNIDADE I

Papel da Dança na Escola

Nesta unidade serão ministrados o papel da dança na escola para que os

alunos obtenham uma formação teórica sobre as danças de forma geral e mais

especificamente, sobre as danças da cultura gaúcha. A qual faz parte do objeto

central deste estudo. Sendo assim, é importante que eles fiquem sabendo que

durante muito tempo, o homem manifestou a dança através de registros nas pinturas

antigas, nos momentos festivos como colheitas, cerimônias religiosas, celebração de

bodas e até mesmo em funerais. Essas manifestações foram modificadas,

influenciadas pela cultura e tradição de cada povo.

Com o passar do tempo a dança assumiu características mais formais,

utilizando técnicas desde a sua formação em pares, círculos, colunas, entre outras

formas que aumentaram a preocupação com a estética e os gestos. (Paraná, 2008).

Dessa forma, a dança assumiu características próprias, representando a diversidade

cultural dos povos, transformando-se em formas específicas de explicação da

realidade.

No mundo e no Brasil a dança vem ganhando cada vez mais espaço pelos

benefícios comprovados que de acordo com Pereira et al (2001), “vão desde a

melhora da auto-estima, passando pelo combate ao estresse, depressão, até o

enriquecimento das relações interpessoais”.

É importante, contudo, que a prática da dança com objetivos educacionais

tenha início na escola, como pode se verificar em Steinhilber (2000): "Uma criança

que participa de aulas de dança (...) se adapta melhor aos colegas e encontra mais

facilidade no processo de alfabetização."

Em relação a dança na Escola, Pereira et al (2001) afirma que:

(...) a dança é um conteúdo fundamental a ser trabalhado na escola: com ela, pode-se levar os alunos a conhecerem a si próprios e/com os outros; a explorarem o mundo da emoção e da imaginação; a criarem; a explorarem novos sentidos, movimentos livres (...). Verifica-se assim, as infinitas possibilidades de trabalho do/para o aluno com sua corporeidade por meio dessa atividade.

04

A atividade da dança na escola engloba a sensibilização e conscientização

dos alunos tanto para suas posturas, atitudes, gestos e ações cotidianas como para

as necessidades de expressar, comunicar, criar, compartilhar e interatuar na

sociedade (Vargas, 2003).

Assim, trabalhar a educação através da dança escolar não se resume em

buscar sua execução em "festinhas comemorativas" (VERDERI 2000, p.33);

tampouco oferecer a idéia de que "dançar se aprende dançando" (MARQUES 2003,

p.19).

De acordo com Verderi (2000) a dança na Escola deve proporcionar

oportunidades para que o aluno possa desenvolver todos os domínios do

comportamento humano e o professor possa fornecer possibilidades para a

formação de estruturas corporais mais complexas.

A mesma autora escreve sobre a dança, nas aulas de educação física:

A Dança na escola, associada à educação física, deverá ter um papel fundamental enquanto atividade pedagógica e despertar no alunado uma relação concreta sujeito-mundo. Deverá propiciar atividades geradoras de ação e compreensão, favorecendo a estimulação para ação e decisão no desenrolar das mesmas, e também reflexão sobre os resultados de suas ações, para assim, poder modificá-las defronte a algumas dificuldades que possam aparecer e através dessas mesmas atividades, reforçar a auto-estima, a auto-imagem, a autoconfiança e o auto-conceito. O professor não deve ensinar o aluno como se deve dançar, mas sim favorecer a aprendizagem. Não deve demonstrar os movimentos, mas sim criar condições para que o aluno se movimente. Aqui, a dança não tem regras, não tem certo, não tem errado (VERDERI,

2000, p. 34)

Logo, percebe-se que dançar faz fluir sensações de alegria proveniente da

forma lúdica de movimentar-se livremente. Na infância, por exemplo, a dança produz

efeitos terapêuticos que proporcionam formas de expressar alegria, tristeza e

euforia, permitindo que a criança lide com seus problemas, aumentando seu

repertório e possibilitando identificar e nomear seus próprios sentimentos e

pensamentos.

Pratica Social Inicial - Estudar a importância da dança, buscando investigar a

dança nas diferentes culturas e assim compreender a importância da dança.

05

Problematização: Para verificar o nível de compreensão da importância da

dança observando algumas dimensões, tais como:

Dimensão Cientifica - Qual é a importância da dança na vida das pessoas?

Dimensão Histórica - Como a dança se fez presente na sociedade?

Dimensão Econômica - A dança sofre influência do aspecto econômico?

Dimensão Religiosa - A dança se faz presente nos rituais religiosos?

Dimensão Cultural - Existem diferentes danças?

Dimensão Ideológica - Qual é a influência da mídia na dança?

Instrumentalização - Neste momento os alunos realizaram algumas atividades

para a sistematização do conteúdo proposto:

Inicialmente solicitar aos alunos que escrevam um texto enfatizando a

importância da dança?

Solicitar que os alunos pesquisem nas diferentes culturas os tipos de danças.

Analisar, refletir e descrever seu parecer sobre a frase:

“A dança, como toda atividade humana sofreu o destino das formas, das

instituições e da existência social dos homens, passando assim, por diferentes

formas, como a de poder místico que agia sobre os homens, espíritos e deuses,

para uma dança de propriedade humana, contagiando os homens pela sua ação

puramente estética. A dança religião extinguiu-se, cedendo lugar à dança-arte.

Representou assim, um valor de alta importância no decorrer do desenvolvimento

progressivo da humanidade.” (FAHLBUSCH, 1990).

Catarse - A dança tem proporcionado diversos benefícios, principalmente nos

aspectos físicos, emocionais, sociais e intelectuais. A história da dança faz refletir

sobre como ela se insere no espaço social desde o surgimento da humanidade

como produtora de cultura até os dias atuais. A dança tem sido alvo da globalização,

deixando de ser algo realizado através do sentimento, da expressão, de inspiração e

atitude e principalmente no sentido educativo, para abranger um aspecto

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mercantilista e mecanicista. As danças tradicionais são formas de expressão da

cultura que cada grupo social recorre para manifestar sua identidade coletiva e

nisso, constitui-se como uma das formas das pessoas transmitirem suas

experiências e características de viver coletivamente.

Prática social – Espera-se que ao final deste conteúdo os alunos possam

compreender a diversidade da dança na manutenção da expressão da cultural

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UNIDADE II

Danças Tradicionais Gaúcha

Aqui serão ministrados os conteúdos sobre Danças Tradicionais Gaúchas

para que os alunos obtenham uma formação teórica, agora de forma mais

específica, relacionado com as danças gaúchas. Portanto, é de grande importância

que tais alunos saibam que existem diferentes modalidades de danças em nossa

sociedade que podem ser trabalhadas na escola. Muitos professores, ainda hoje,

preferem trabalhar com danças ditas “comuns” como o Hip Hop, Axé, no entanto,

existem manifestações que estão esquecidas e que fazem parte do cotidiano dos

alunos, são as chamadas danças populares, cuja origem, pode estar escondida em

algum país, como a Espanha dos séculos XVII XVIII.

Algumas das dança gaúchas mais antigas se encontram nas velhas danças

brasileiras. O Rio Grande do Sul iniciou seu processo de formação há dois séculos e

meio após a descoberta do Brasil, assim sendo o Estado mais meridional da união,

sentiu, já em suas raízes, a principal força de influência, aquela profunda

mestiçagem cultural que dois séculos de povoamento haviam elaborado no Brasil

(CÔRTES e LESSA, 1997).

Existem vários ritmos que fazem parte da dança gaúcha, mas a maioria deles

são variações de danças de salão centro-européias populares no século XIX. Esses

ritmos, derivados da valsa, do xote, da polca e da mazurca, foram adaptados como

vaneira, vaneirão, chamamé, milonga, rancheira, xote, chimarrita, entre outras.

De acordo com Giffoni (1972), as danças gaúchas são coreográficas e

impregnadas do verdadeiro sabor campesino do Rio Grande do Sul expressando

parte da cultura gauchesca. Em todas elas está presente o espírito de fidalguia e de

respeito à mulher, que sempre caracterizou o campesino rio-grandense. Ás vezes,

também, a dança gaúcha é caracterizada por movimentos e sapateados fortes e até

violentos. Em seus volteios exige grande esforço dos dançarinos, chegando a alguns

casos, apresentar-se como um desafio de perícia, agilidade e audácia.

A mais típica representação tradicional no campo da dança riograndense é o

“Fandango”, uma série de cantigas entremeiadas de sapateados. Outra marca da

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dança do Rio Grande do Sul é o “Minueto”, dançada em pares independentes um do

outro. As “Quadrilhas e Bailado de Conjunto” são também tradição desse povo. Não

poderíamos esquecer de citar a “Valsa” que veio abrir caminho para a última

geração coreográfica, que chegou até nossos dias como a dança de pares

enlaçados.

Segundo Côrtes e Lessa (1997), as danças gaúchas seguem uma tradição,

não porque tiveram origem no ambiente campeiro, mas porque o gaúcho –

recebendo-as de onde quer que fosse lhes deu música, detalhes, colorido e cultura

nativa.

Pratica Social Inicial - Estudar a tradição gaúcha. Conhecer a cultura gaúcha

Compreender a importância da tradição gaúcha no contexto do município. Torna-se

importante salientar que aqui serão selecionadas somente algumas danças

gaúchas, principalmente, aquelas mais tradicionais no contexto do Rio Grande do

Sul, por motivo do tempo pré-estabelecido para o atendimento dos objetivos aqui

propostos não permitirem a transmissão de todas as danças da cultura deste

Estado. Portanto os alunos deverão apropriar-se e vivenciar as danças gaúchas

tradicionais, sendo elas: o Xote de carrerinha e Chimarrita

Conteúdo – Como vimos serão ministradas aulas prática das danças

selecionas tendo com um dos objetivos o aprofundamento na tradição dançante

gauchesca e compreendendo a sua importância dentro do município de Campo

Mourão. Os alunos deverão vivenciar as danças gaúchas tradicionais tais como: o

Xote de carrerinha e Chimarrita através dos métodos e técnicas de ensino-

aprendizagem das mesmas.

Problematização- Serão feitos perguntas aos alunos para verificar o nível de

aprendizagem das danças gaúchas, principalmente, aquelas que eles aprenderam

na prática. Estas perguntas estão relacionadas com base em algumas dimensões:

Dimensão cientifica - Qual é a tradição gaúcha?

Dimensão histórica - Qual o contexto histórico da tradição gaúcha?

Dimensão religiosa - A cultura do Rio Grande do Sul tem tradições religiosas

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Dimensão cultural - Qual é a cultura gaúcha?

Instrumentalização - Será solicitado aos alunos que reflitam e escrevam

criticamente sobre a tradição gaúcha depois que eles assistirem o Documentário

produzido pelo Canal Futura, apresentado por Antônio Nóbrega e Rosane Almeida,

sobre as danças típicas gaúchas.

Em seguida, será solicitado aos alunos que enfatizem o pape da dança na

cultura gaúcha depois que eles assistirem ao vídeo produzido pelo professor José

Roberto Bertol, que diz respeito ao ensino da dançar e dos ritmos radicais do Rio

Grande do Sul. Este trabalho é considerado inédito, e tem como objetivo: resgatar e

preservar a cultura gaúcha. O mesmo mostra quais são as principais peças do

vestuário gaúcho, a camada indumentária, além de outros aspectos.

Por último, os alunos deverão relatar de forma escrita e oral sobre o que a

música transmite sobre a tradição gaúcha, depois de assistirem mais um vídeo

relacionado com tal aspecto. A seguir os alunos deverão vivenciar as danças

gaúchas chimarrita e o xote de carrerinha através dos métodos e técnicas das

mesmas.

Dança: Chimarrita

Dança popular em Açores, Portugal. Trazida pelos açorianos na metade do

século XIX. Nos países platinos é conhecida por Chamané. No Rio Grande do Sul é

conhecida também por limpa banco, pois ninguém consegue ficar sentado ao ouvir a

sua melodia. Além do Rio Grande do Sul a Chimarrita esta presente nos Estados de

São Paulo e Paraná.

Inicialmente era uma dança de pares enlaçados, com influências dos xotes e

das valsas. Atualmente os pares dançam soltos, ora numa direção ora noutra, em

filas e me roda. Em outros momentos executam passos de polca, bailando juntos.

Que sempre é acompanhada de apenas um instrumento musical a sanfona que na

Região Sul do Brasil é conhecida como Gaita, ou Gaita de Fole. Esta desenvolve-se

da seguinte forma: Enquanto forma-se um círculo não há música, onde dançam com

os dois braços dados uns aos outros, Ao começar o canto, os pares dão 8 saltos de

Polca girando para a esquerda e avançando em linha circular imaginária. Nos

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últimos 8 compassos, cada par, face à face, dá-se a mão direita, erguendo-a acima

dos ombros, O homem coloca a mão esquerda nas costas da mulher, Esta segura a

saia com a mão esquerda e faz um giro de duas voltas completas em cada sentido.

Ao final de cada uma das voltas ela se ajoelha segurando na mão do seu parceiro, e

no último compasso é realizado o passo conhecido como "Tesoura".

Para melhor compreensão dos passos realizados solicitar que os alunos

assistam ao vídeo da dança chimarrita, apresentação realizada pelos alunos da

Escola Superior de Educação Física de Jundiaí, para que os mesmos observem os

passos, e a seguir possam organizar a coreografia.

Dança: Xote de Carreirinha

Originária do schottinh trazido pelos imigrantes alemão, vindo a se moldar no

Rio Grande do Sul como xote. Coreograficamente o xote guardou de modo geral os

passos da dança de origem, mas se enriqueceu de uma série de variante-peculiares

a determinados municípios rio- grandenses onde todos executam os mesmos

movimentos ao mesmo tempo, sendo que na primeira parte da dança, os pares

desenvolvem uma pequena corrida compassada, o que deu razão ao nome da

dança carreirinha, ou seja, os casais correm no mesmo rumo.

Para visualizar os movimentos do xote carreirinha solicitar que os alunos

assistam ao vídeo da apresentação do CTG Guapos da Amizade, a seguir realizar a

leitura da letra da música apresentada pela vídeo. Para que os alunos possam elaborar

e organizar a coreografia solicitar que os alunos assistam ao vídeo do CTG Boca da

Serra

Catarse – Espera-se que os alunos aprendam os movimentos da dança

gaúcha, e também a valorizar a diversidade cultural

Prática social - Os alunos deverão ser capazes de compreenderem a

expressão da cultural gaúcha, através das danças aprendidas de forma que eles

sejam capazes de realizarem diferentes apresentações dentro e fora do próprio

contexto escola.

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CONSIDERAÇÕES

Espera-se que este caderno pedagógico possa contribuir para a compreensão

do aluno quanto a diversidade cultural brasileira, observando que a dança gaúcha

retrata e expressa os costumes, crenças, valores e características da história de um

povo.

A partir do entendimento da dança como manifestação representativa da

cultura gaúcha pode promover a imersão dos alunos em vivencias, convívios e

práticas na diversidade artística e também na socialização, assim proporcionando

saberes e conhecimentos sobre a diversidade cultural.

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REFERÊNCIAS

BARRETO, Débora. Dança: ensino, sentidos e possibilidades na escola. 3. ed. São Paulo: Autores Associados, 2008..

BERTOl, José Roberto. Os ritmos radicais do Rio Grande do Sul. Disponível em <http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/debaser/singlefile.php?id=8516> Acesso em 10 junho 2011

CÔRTES, Paixão, LESSA, Barbosa. Manual de Danças Gaúchas. 7ª Ed. São Paulo: Irmãos Vitale, 1997.

CTG Boca da Serra. Dança: Xote-carreirinho. Disponível em <http://www.youtube.com/watch?v=C6b0zIll2_s> Acesso em 12 julho 2011

CTG Guapos da Amizade. Xotes carreirinho. ENART 2008. Disponível em <http://www.youtube.com/watch?v=LKnsNTWodyU&feature=related> Acesso em 12 julho 2011

FAHLBUSCH, Hannelore. Dança Moderna e Contemporânea. Rio de Janeiro: Sprint, 1990.

FERREIRA, Vanja. Dança escolar: um novo ritmo para a Educação Física. Rio de Janeiro: Sprint, 2005.

GIFFONI, Maria Amália Corrêa. Danças folclóricas brasileiras e suas aplicações educativas. 2 ed. São Paulo: Melhoramentos, 1973.

________________________. Danças folclóricas brasileiras, sistematização pedagógica. São Paulo, Martins, 1972.

JUNDIAÍ, Escola Superior de Educação Física de. Dança Chimarrita . Disponível em <http://www.youtube.com/user/flavinhacintra1#p/u/17/VSSbhs4qr0s > Acesso em 09 junho 2011

MARQUES, Isabel A. Dançando na Escola. 4ª Ed. São Paulo: Cortez, 2007.

MARTINS, R. M. Dança, escola e transformação social: discutindo a transmissão cultural na escola. IN: CONGRESSO BRASILEIRO DE HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA, ESPORTE, LAZER E DANÇA. Anais... Ponta Grossa-PR, 2002.

NÓBREGA, Antônio e ALMEIDA, Rosane. Danças gaúchas. Disponível em <http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/debaser/genre.php?genreid=36&letter=&start=240> Acesso em 10 junho 2011

PARANÁ, Secretaria Estadual da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica Educação Física para o Ensino Fundamental e Médio. SEED: Paraná, 2008.

PEREIRA, S. R. C. et al., Dança na escola: desenvolvendo a emoção e o pensamento. Revista Kinesis, 2001. Porto Alegre, n. 25, p.60- 61.

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STEINHIBER, J. Dança para acabar com a discussão. Conselho Federal de Educação Física- CONFEF, Rio de Janeiro, n. 5, nov/dez. 2000.

VARGAS, L.A. A dança na escola. Revista Cinergis, Santa Cruz do Sul, v.4, n.1, jan/jun., 2003.

VERDERI, E.B. Dança na escola. 2 ed. Rio de Janeiro: SPRINT, 2000

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