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Jean-Paul Sartre Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Nota:  "Sartre" redireciona para este artigo. Para outros significados, veja Sartre (desambiguação) Jean-Paul Sartre Jean-Paul Sartre em 1950. Nascimento 21 de junho de 1905 Paris Morte 15 de abril de 1980 (74 anos) Paris Nacionalidade Francês Ocupação Filósofo, escritor Influências Influências[Expandir]  Influenciados Influenciados[Expandir]  Prêmios  Nobel de Literatura (1964) M agnum opus O ser e o nadaEscola/tradição ExistencialismoMarxismo Principais interesses EpistemologiaÉtica,PolíticaOntologia,MetafísicaFenomenologia Ideias notáveis "O Homem está condenado à liberdade", "A existência precede a essência" Jean-Paul Charles Aymard Sartre (Paris21 de Junho de 1905  Paris, 15 de  Abril de 1980) foi um filósofoescritor críticofrancês , conhecido como representante do existencialismo . Acreditava que os intelectuais têm de desempenhar um papel ativo na sociedade. Era um artista militante, e apoiou causas políticas de esquerda com a sua vida e a sua obra.

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Jean-Paul SartreOrigem: Wikipdia, a enciclopdia livre.Nota:"Sartre" redireciona para este artigo. Para outros significados, vejaSartre (desambiguao).Jean-Paul Sartre

Jean-Paul Sartre em 1950.

Nascimento21 de junhode1905Paris

Morte15 de abrilde1980(74anos)Paris

NacionalidadeFrancs

OcupaoFilsofo, escritor

InflunciasInfluncias[Expandir]

InfluenciadosInfluenciados[Expandir]

PrmiosNobel de Literatura (1964)

Magnum opusO ser e o nada

Escola/tradioExistencialismo,Marxismo

Principais interessesEpistemologia,tica,Poltica,Ontologia,Metafsica,Fenomenologia

Ideias notveis"O Homem est condenado liberdade", "A existncia precede a essncia"

Jean-Paul Charles Aymard Sartre(Paris,21 de Junhode1905 Paris,15 de Abrilde1980) foi umfilsofo,escritorecrticofrancs, conhecido como representante doexistencialismo. Acreditava que os intelectuais tm de desempenhar um papel ativo na sociedade. Era um artista militante, e apoiou causas polticas deesquerdacom a sua vida e a sua obra.Repeliu as distines e as funes oficiais e, por estes motivos, se recusou a receber oNobel de Literaturade 1964. Sua filosofia dizia que no caso humano (e s no caso humano) a existncia precede a essncia, pois o homem primeiro existe, depois se define, enquanto todas as outras coisas so o que so, sem se definir, e por isso sem ter uma "essncia" posterior existncia.1ndice[esconder] 1Biografia 1.11905 a 1918: a formao do filosofo 1.21921 a 1936: a formao do filsofo 1.31939 a 1945: a gnese do intelectual engajado 2Cronologia 3O existencialismo de Sartre 3.1O Em-si 3.2O Para-si 3.3Liberdade em Sartre 3.4Limitao da liberdade 3.5A existncia, a responsabilidade e a m-f 3.6O outro 3.7Crticas ao existencialismo sartriano 4Obras 4.1Obras pstumas 5Referncias 6Bibliografia 7Ligaes externas 8ReferencesBiografia[editar|editar cdigo-fonte]1905 a 1918: a formao do filosofo[editar|editar cdigo-fonte]Jean-Paul Sartre era filho de Jean-Baptiste Marie Eymard Sartre, oficial da marinha francesa2e de Anne-Marie Sartre (Nascida Anne Marie Schweitzer). Quando seu filho nasceu, Jean-Baptiste tinha uma doena crnica adquirida em uma misso naCochinchina. Aps o nascimento de Jean-Paul, ele sofreu uma recada e retirou-se com a famlia paraThiviers, sua terra natal, onde morreu em21 de setembrode1906.3Jean-Paul, rfo de pai, e ento com 15 meses, muda-se paraMeudoncom sua me, onde passam a viver na casa de seus avs maternos. O av de Sartre, Charles Schweitzer nasceu em uma tradicional famliaprotestantealsacianada qual faz parte, entre outros, o famoso missionrioAlbert Schweitzer, sobrinho de Charles. Ao fim daguerra franco-prussiana, Charles optou pela cidadania francesa e tornou-se professor dealemoemMcononde conheceu e casou-se com Louise Guillemin, de origem grega, com quem teve sete filhos, George, mile e Ana-Maria.4Aps o regresso de Anne-Marie, os quatro viveram em Meudon at1911. O pequeno "Poulou", como Jean-Paul era chamado, dividia o quarto com a me. Em seu romance autobiogrfico "As Palavras" (Les Mots) confessa que desde cedo a considerava mais como uma irm mais velha do que como me.5De sua infncia ao fim da adolescncia, Sartre vive uma vida tipicamente burguesa, cercado de mimos e proteo.6At os 10 anos foi educado em casa por seu av e por algunspreceptorescontratados. Com pouco contato com outras crianas, o menino tornou-se, em suas prprias palavras, um "cabotino"7e aprendeu a usar a representao para atrair a ateno dos adultos com sua precocidade.8

Desenho de Sartre feito por Reginald Gray para oThe New York Times.Em1911, a famlia Santos mudou-se paraNobres. Passa a ter acesso biblioteca de obras clssicas francesas ealemspertencente ao seu av. Aps aprender a ler, Jean-Paul alterna a leitura deVictor Hugo,Flaubert,Mallarm,Corneille,MaupassanteGoethe,9com osquadrinhose romances deaventuraque sua me comprava semanalmente s escondidas do av. Sartre considerava serem essas suas "verdadeiras leituras", uma vez que a leitura dos clssicos era feita por obrigao educacional.10A essas influncias, junta-se o cinema, que frequentava com sua me e que se tornaria mais tarde um de seus maiores interesses.Sartre conta em "As Palavras" que escrevia histrias na infncia tambm como uma forma de mostrar-se precoce. Suas primeiras histrias eram cpias de romances de aventura, em que apenas alguns nomes eram alterados, mas ainda assim faziam sucesso entre os familiares.11Era incentivado pela me, pela av, pelo tio (que o presenteou com uma mquina de escrever) e por uma professora, a sra. Picard, que via nele a vocao de escritor profissional. Aos poucos, o jovem Sartre passou a encontrar sua verdadeira vocao na escrita.12Apenas seu av o desencorajava da escrita e o incentivava a seguir carreira de professor de letras. Sem enxergar nele o talento que os demais viam, mas conformado com o fato de que seu neto "tinha a bossa da literatura",13incentivou Sartre a tornar-se professor por profisso e escrever apenas como segunda atividade.14Assim, Sartre atribui ao av a consolidao de sua vocao de escritor: "Perdido, aceitei, para obedecer a Karl, a carreira de escritor menor. Em suma, ele me atirou na literatura pelo cuidado que desprendeu em desviar-me dela".15Em14 de abrilde1917sua me casa-se novamente, com Joseph Mancy, que passa a ser co-tutor de Sartre. Livre da dependncia dos pais, Anne-Marie muda-se com Sartre para a casa de Mancy emLa Rochelle.16Nesta cidade litornea, Sartre toma contato pela primeira vez com imigrantes rabes, chineses e negros. Mais tarde ele reconheceria esse perodo como a raiz de seu anticolonialismo e o incio do abandono dos valores burgueses.171921 a 1936: a formao do filsofo[editar|editar cdigo-fonte]Em 1921 retorna ao Liceu Henri IV, agora como interno. EncontraPaul Nizane os dois tornam-se amigos inseparveis. De1922a1924, ambos estudam no curso preparatrio do liceu Louis-le-Grand, onde se preparam para o concurso dacole Normale Superieure. Nessa poca despertou seu interesse pelafilosofia. Sua primeira influncia importante foi a obra deHenri Bergson.Em1924ingressou nacole Normale Suprieurena mesma turma de Nizan, Daniel Agache eRaymond Aron.18Msico e ator talentoso e sempre disposto a participar de brincadeiras e eventos sociais, Sartre torna-se muito popular entre os colegas.19Os alunos da escola se dividem em grupos de afinidades religiosas ("ateus" e "carolas"), e faces polticas: Socialistas, comunistas, reacionrios, pacifistas. Sartre adere aos ateus e aos pacifistas20e enquanto Aron e Nizan aderem aos crculos socialistas e comunistas e comeam a participar da vida poltica francesa, Sartre mantm o individualismo e o desinteresse pela poltica que conservaria at o fim daSegunda Guerra. No campo filosfico, alm de Bergson, passou a lerNietzsche,Kant,DescarteseSpinoza. J na escola comea a desenvolver as primeiras ideias de uma filosofia da liberdade leiga, da oposio entre os seres e a conscincia, doabsurdoe dacontingnciaque ele viria a desenvolver posteriormente em suas grandes obras filosficas. Seu principal interesse filosfico o indivduo e apsicologia.21

Sartre junto a Simone de Beauvoir eChe Guevara, emCuba, em 1960.Em1928presta o exame de mestrado e reprovado. Durante o ano de preparao para a segunda tentativa, estuda com Nizan e Ren Maheu naSorbonne. Conhece a namorada de Maheu,Simone de Beauvoirque mais tarde se tornaria sua companheira e colaboradora at o fim da vida. Maheu havia apelidado Simone de Beauvoir de "Castor", devido semelhana de seu nome comBeaver(Castor em ingls) e tambm "porque ela trabalhava como um castor".2223Sartre assume o apelido e passa a cham-la de Castor pessoalmente e em todas as cartas que lhe escreveu. Na segunda tentativa do mestrado, Sartre passa em primeiro lugar, no mesmo ano em que Beauvoir obtm a segunda colocao.2425Sartre e Beauvoir nunca formaram um casalmonogmico. No secasarame mantinham uma relao aberta. Sua correspondncia repleta de confidncias sobre suas relaes com outros parceiros. Alm da relao amorosa, eles tinham uma grande afinidade intelectual. Beauvoir colaborou com a obra filosfica de Sartre, revisava seus livros e tambm se tornou uma das principais filsofas do movimento existencialista. Sua obraliterriatambm inclui diversos volumes autobiogrficos, que frequentemente relatam o processo criativo de Sartre e dela mesma.Entre1929e1931, Sartre presta o servio militar e torna-se soldadometeorologista.26Escreve alguns contos e comea a trabalhar em seu primeiro romance, "Factum sur la contingeance" (Panfleto sobre a contingncia), que depois viria a se chamar "La Nause" (A nusea). Embora tenha se candidatado ao cargo de auxiliar de catedrtico noJapo, ele nomeado professor de filosofia de um liceu emHavreonde permanece at1936.27Sartre ainda seria professor emLaone Paris at1944, quando abandonou definitivamente o magistrio.Em1933, ele apresentado fenomenologiadeHusserlporRaymond Aron, que havia retornado de um perodo como bolsista doInstitut FranaisemBerlim. Percebendo a semelhana dessa corrente sua prpria teoria da contingncia, Sartre fica fascinado e imediatamente comea a estudar a fenomenologia atravs de uma obra introdutria.28Por sugesto de Aron, candidata-se mesma bolsa e, aprovado, permanece em Berlim entre 1933 e1934. Durante esta viagem, estuda a fundo a obra de Husserl e conhece tambm a filosofia deMartin Heidegger. Publica em1936o artigoLa Transcendence de l'go(A Transcendncia do Ego), uma crtica teoria do Ego Husserliana que por sua vez se baseava noCogitocartesiano. Sartre desafia o conceito de que oego um contedo daconscinciae afirma que ele est fora da conscincia, no mundo e a conscincia se dirige a ele como a qualquer outro objeto do mundo. Este um dos primeiros passos para livrar a conscincia de contedos e torn-la o "Nada" que mais tarde seria um dos conceitos-chave do existencialismo. De volta Frana, continua a trabalhar nas mesmas ideias e entre1935e1939escreveL'Imagination(A Imaginao),L'Imaginaire(O Imaginrio) eEsquisse d'une thorie des motions(Esboo de uma teoria das emoes). Volta ento suas pesquisas para Heiddegger e comea a escreverLtre et le nant(O ser e o nada).Em1938publica o romanceLa Nause(A nusea) e a coletnea de contosLe mur(O muro). A nusea apresenta, em forma de fico, o tema dacontingnciae torna-se seu primeiro sucesso literrio, o que contribui para o incio da influncia de Sartre na cultura francesa e no surgimento da moda existencialista que dominou Paris nadcada de 1940.1939 a 1945: a gnese do intelectual engajado[editar|editar cdigo-fonte]Parte da srie sobre o

Marxismo

Trabalhos[Expandir]

Sociologia[Expandir]

Economia[Expandir]

Histria[Expandir]

Filosofia[Expandir]

Representantes[Expandir]

Crtica[Expandir]

Portal do comunismo

ve

Em1939Sartre volta ao exrcito francs, servindo naSegunda Guerra Mundialcomometeorologista. EmNancy aprisionado no ano de1940pelosalemes, e permanece na priso at abril de1941. De volta a Paris, alia-se Resistncia Francesa, onde conhece e se torna amigo deAlbert Camus(do qual j conhecia a obra e sobre quem j havia escrito um ensaio elogioso a respeito do livroO Estrangeiro). A amizade entre Sartre e Camus perdurar at 1952, quando os dois rompem a relao publicamente devido publicao do livro do CamusO Homem Revoltadono qual Camus ataca criticamente oStalinismo. Sartre defendia uma relao de colaborao critica com o regime daURSSe permitiu a publicao de uma crtica desastrosa sobre o livro do Camus em sua revistaLes Temps Modernes(crtica esta que Camus respondeu de maneira extremamente dura) e que foi a gota dgua para o fim da relao de amizade). Mas at o final da vida Sartre admirar Camus, como ele mesmo expressa nas entrevistas que teve com Simone de Beauvoir em 1974 - e que ela publicou postumamente.Em1943publica seu mais famoso livro filosfico,L'tre et le Nant(O Ser e o Nada: Ensaio deOntologiaFenomenolgica), que condensa todos os conceitos importantes da primeira fase de seu sistema filosfico.Sua participao na Resistncia no aceita por todos, e o filsofoVladimir Janklvitcho reprova por sua "falta de engajamento poltico" durante a ocupao alem, e v em seus posteriores combates em prol da liberdade uma tentativa de se redimir por esta atitude.Em1945, ele cria e passa a dirigir junto aMaurice Merleau-Pontya revistaLes Temps Modernes(Tempos Modernos), onde so tratados mensalmente os temas referentes literatura, filosofia epoltica. Alm das contribuies para a revista, Sartre escreve neste perodo algumas de suas obras literrias mais importantes. Sempre encarando a literatura como meio de expresso legtima de suas crenas filosficas e polticas, escreve livros e peasteatraisque tratam das escolhas que os homens tomam frente s contingncias s quais esto sujeitos. Entre estas obras destacam-se a peaHuis Clos(Entre quatro paredes) (1945) e a trilogiaLes Chemins de la libert(Os caminhos da Liberdade) composta pelos romancesL'age de raison(A idade da razo) (1945),Le Sursis(Sursis) (1947) e Le mort dans l'me(Com a morte na alma) (1949).No perodo mais prolfico de sua carreira escreve ainda vrias peas deteatroe ensaios.Na dcada de 1950 assume uma postura poltica mais atuante, e abraa ocomunismo. Torna-se ativista, e posiciona-se publicamente em defesa da libertao daArgliado colonialismo francs. A aproximao domarxismoinaugura a segunda parte da sua carreira filosfica em que tenta conciliar as ideias existencialistas de autodeterminao aos princpios marxistas. Por exemplo, a ideia de que as foras scio-econmicas, que esto acima do nosso controle individual, tm o poder de modelar as nossas vidas. Escreve ento sua segunda obra filosfica de grande porte,La Critique de la raison dialectique(A crtica da razo dialtica) (1960), em que defende os valores humanos presentes no marxismo, e apresenta uma verso alterada do existencialismo que ele julgava resolver as contradies entre as duas escolas.Considerado por muitos o smbolo dointelectual engajado, Sartre adaptava sempre sua ao s suas ideias, e o fazia sempre como ato poltico. Em1963Sartre escreveLes Mots(As palavras, lanado em 1964), relato autobiogrfico que seria sua despedida da literatura. Aps dezenas de obras literrias, ele conclui que a literatura funcionava como um substituto para o real comprometimento com o mundo. Em 1964 recebe oNobel de Literatura, que ele recusa pois segundo ele "nenhum escritor pode ser transformado em instituio". Morre em15 de abrilde1980no Hospital Broussais (emParis). Seu funeral foi acompanhado por mais de 50 000 pessoas. Est enterrado noCemitrio de Montparnasseem Paris. No mesmo tmulo jazSimone de Beauvoir.29Cronologia[editar|editar cdigo-fonte] 1905- Sartre nasce emParisem21 de junho. 1907- Morte de seu pai. Muda-se para a casa do av materno, emMeudon; retorna a Paris quatro anos depois. 1924- Sartre matricula-se na Escola Normal Superior, em Paris. 1929- ConheceSimone de Beauvoir. 1931- nomeadoprofessordefilosofianoHavre. 1936- Sartre publicaA ImaginaoeA Transcendncia do Ego. 1940- Servindo naguerra, Sartre feitoprisioneiropelos alemes e enviado a umcampo de concentrao. 1941- Liberto, volta Franae entra para a Resistncia. Funda o movimento Socialismo e Liberdade. 1943- PublicaO Ser e o Nada. 1945- Sartre dissolve Socialismo e Liberdade e funda, com Merleau-Ponty, a revista Les Temps Modernes. 1952- Sartre ingressa noPartido Comunista Francs. 1956- Rompe com oPartido Comunista. EscreveO Fantasma de Stlin. 1960- Sartre publicaCrtica da Razo Dialtica. 1964- PublicaAs Palavras. Recusa oNobel de Literaturapor acreditar que "nenhum escritor pode ser transformado em instituio" 1968- Durante a revolta estudantil na Frana e em vrias partes do mundo, Sartre pe-se ao lado dos estudantes da barricada. 1970- Sartre assume simbolicamente a direo do jornal esquerdista La Cause de Peuple, emprotesto priso de seus diretores. 1971- PublicaO Idiota da Famlia. 1973- Colabora na fundao do jornal libertrioLibration. 1980- Morre em 15 de abril.O existencialismo de Sartre[editar|editar cdigo-fonte]Baseado principalmente nafenomenologiadeHusserle em 'Ser e Tempo' deHeidegger, o existencialismo sartriano procura explicar todos os aspectos da experincia humana. A maior parte deste projeto est sistematizada em seus dois grandes livros filosficos:O ser e o nadaeCrtica da razo dialtica.O Em-si[editar|editar cdigo-fonte] importante postular que a forma como Sartre entende aquilo que ele batiza de "Em-si", termo emprestado de Hegel,30 diferente daquilo que outros pensadores da existncia, como Heidegger, iro compreender o mesmo campo. Segundo o existencialismo sartriano, o mundo povoado de "Em-si". Podemos entender um Em-si como qualquer objeto existente no mundo e que no nada alm daquilo que . Este modo de apario do ser, que no o nico, fundamentado em trs caractersticas: o ser , o ser o que , o ser em-si. Estas trs caractersticas poderamos resumir dizendo que este ser opaco a si mesmo, absoluta plenitude de ser, retomando, segundo Gerd Bornheim, a idia de um ser esfrico presente em Parmnides, que no pode ser penetrado por nada externo a ele. A grosso modo, podemos dizer que possuem o modo de ser do Em-si todos aquelesobjetos, que no possuem conscincia, que no se fundam na alteridade, na presena do outro. Um ser Em-si no tem potencialidades nem conscincia de si ou do mundo. Ele apenas.O Para-si[editar|editar cdigo-fonte]A conscincia humana um tipo diferente de ser, por possuir conhecimento a seu prprio respeito e a respeito do mundo. uma forma diferente de ser, chamadaPara-si. o Para-si que faz as relaes temporais e funcionais entre os seres Em-si, e ao fazer isso, constri um sentido para o mundo em que vive.O Para-si no tem uma essncia definida. Ele no resultado de uma ideia pr-existente. O existencialismo sartriano desconsidera a existncia de um criador que tenha predeterminado a essncia e os fins de cada pessoa. preciso que o Para-si exista, e durante essa existncia ele define, a cada momento o que sua essncia. Cada pessoa s tem como essncia imutvel, aquilo que j viveu. Posso saber que o que fui se definiu por algumas caractersticas ou qualidades, bem como pelos atos que j realizei, mas tenho a liberdade de mudar minha vida deste momento em diante. Nada me compete a manter esta essncia, que s conhecida em retrospecto. Podemos afirmar que meu ser passado um Em-si, possui uma essncia conhecida, mas essa essncia no predeterminada. Ela s existe no passado. Por isso se diz no existencialismo que"a existncia precede e governa a essncia". Por esta mesma razo cada Para-si tem a liberdade de fazer de si o que quiser.Liberdade em Sartre[editar|editar cdigo-fonte]

Sartre e Beauvoir, no Balzac Memorial.Sartre defende que o homem livre e responsvel por tudo que est sua volta. Somos inteiramente responsveis por nosso passado, nosso presente e nosso futuro. Em Sartre, temos a ideia de liberdade como uma pena, por assim dizer. "O homem est condenado a ser livre". Se, como Nietzsche afirmava, j no havia a existncia de um deus que pudesse justificar os acontecimentos, a ideia de destino, passava a ser inconcebvel, sendo ento o homem o nico responsvel por seus atos e escolhas. Para Sartre, nossas escolhas so direcionadas por aquilo que nos aparenta ser o bem, mais especificamente por um engajamento naquilo que aparenta ser o bem e assim tendo conscincia de si mesmo. Em outras palavras, para o autor, o homem um ser que "projeta tornar-se deus".Segundo o comentrio de Artur Polnio, "se a vida no tem, partida, um sentido determinado , no podemos evitar criar o sentido de nossa prpria vida". Assim, "a vida nos obriga a escolher entre vrios caminhos possveis [mas] nada nos obriga a escolher uma coisa ou outra". Assim, dentro dessa perspectiva, recorrer a uma suposta ordem divina representa apenas uma incapacidade de arcar com as prprias responsabilidades.Sartre no nega por completo o determinismo, mas determina o ser humano atravs da liberdade, no somos, afinal, livres para no ser livres. Afinal de contas, no deus, nem a natureza, tampouco a sociedade que nos define, que define o que somos por completo ou nossa conduta. Somos o que queremos ser, o que escolhemos ser; e sempre poderemos mudar o que somos. o quem ir definir. Os valores morais no so limites para a liberdade.Em Paris, sob o domnio alemo, Sartre pde utilizar suas referncias para a liberdade. Organizava-se a Resistncia Francesa. Sartre desejava participar do movimento, mas agindo a sua maneira. No chegou a pegar no fuzil. Sua arma continuava sendo a palavra. Nesta circunstncia, o teatro parecia-lhe o instrumento mais adequado para atingir o pblico e transmitir sua mensagem. Assim surgiu a primeira pea teatral de Sartre, As Moscas, encenada em 1943.Animado pelo xito de sua primeira experincia, em 1945 Sartre volta cena com a pea Entre Quatro Paredes, cujos personagens vivem os grandes problemas existenciais que o autor aborda em sua filosofia.Limitao da liberdade[editar|editar cdigo-fonte]A liberdade d ao homem o poder de escolha, mas est sujeita s limitaes do prprio homem. Esta autonomia de escolha limitada pelas capacidades fsicas do ser. Para Sartre, porm, estas limitaes no diminuem a liberdade, pelo contrrio, so elas que tornam essa liberdade possvel, porque determinam nossas possibilidades de escolha, e impem, na verdade, uma liberdade de eleio da qual no podemos escapar.A existncia, a responsabilidade e a m-f[editar|editar cdigo-fonte]Segundo Raymond Plant, em seu livro Poltica, Teologia e Histria, o argumento de que a essncia precede a existncia implica a necessidade de um criador; assim, quando um objeto vai ser produzido (um martelo, uma caneta, uma mquina), ele obedece a um plano pr-concebido, que estabelece sua forma, suas principais caractersticas e sua funo, ou seja, ele possui um propsito definido, uma essncia que define sua forma e utilidade, e precede a sua existncia. Sendo Sartre um representante do existencialismo ateu, ele defende que h um ser onde essa situao se inverte, e a existncia precede a essncia: o ser humano. Assim, seria o prprio homem o definidor de sua essncia, e no Deus, como advogava o existencialismo cristo.Em sua conferncia "O existencialismo um humanismo", Sartre afirma que o ser humano o nico nesta condio; ns existimos antes que nossa essncia seja definida. Esse seria um dos preceitos bsicos do Existencialismo. Assim, o autor nega a existncia de uma suposta "essncia humana" (pr-concebida), seja ela boa ou ruim. As nossas escolhas cabem somente a ns mesmos, no havendo, assim, fator externo que justifique nossas aes. O responsvel final pelas aes do homem o prprio homem.Nesse sentido, o existencialismo sartriano concede importante relevo responsabilidade: cada escolha carrega consigo a obrigao de responder pelos prprios atos, um encargo que torna o homem o nico responsvel pelas consequncias de suas decises. E cada uma dessas escolhas provoca mudanas que no podem ser desfeitas, de forma a modelar o mundo de acordo com seu projeto pessoal. Assim, perante suas escolhas, o homem no apenas torna-se responsvel por si, mas tambm por toda a humanidade.Essa responsabilidade a causa da angstia dos existencialistas. Essa angstia decorre da conscincia do homem de que so as suas escolhas que definiro a sua essncia, e mais, de que essas escolhas podem afetar, de forma irreversvel, o prprio mundo. A angstia, portanto, vem da prpria conscincia da liberdade e da responsabilidade em us-la de forma adequada.Sartre nega, ainda, a suposio de que haja um propsito universal, um plano ou destino maior, onde seramos apenas atores de um roteiro definido. Isto implica que apenas ns mesmos definimos nosso futuro, atravs de nossa liberdade de escolha. Porm, Sartre no se restringe em "justificar" a angstia dos existencialistas, fruto da conscincia de sua responsabilidade, mas vai alm, e acusa como m-f a atitude daqueles que no procedem de tal forma,renunciando, assim, a prpria liberdade.De acordo com o autor, a m-f uma defesa contra a angstia criada pela conscincia da liberdade, mas uma defesa equivocada, pois atravs dela nos afastamos de nosso projeto pessoal, e camos no erro de atribuir nossas escolhas a fatores externos, como Deus, os astros, o destino, ou outro. Nesse sentido, Sartre considerava tambm a ideia freudiana de inconsciente como um exemplo de m-f.Podemos dizer, ento, que para os existencialistas a m-f compreendia a mentira para si prprio, sendo imprescindvel para o homem abandonar a m-f, passando ento a condio de ser consciente e responsvel por suas escolhas. Ao fazer isso, o homem passa, invariavelmente, a viver num estado de angstia, pois deixa de se enganar, mas em compensao retoma a sua liberdade em seu sentido mais pleno.O outro[editar|editar cdigo-fonte]

Tmulo de Sartre, onde foi enterrado junto a Beauvoir.Asoutras pessoasso fontes permanentes de contingncias. Todas as escolhas de uma pessoa levam transformao do mundo para que ele se adapte ao seu projeto. Mas cada pessoa tem um projeto diferente, e isso faz com que as pessoas entrem em conflito sempre que os projetos se sobrepem. Mas Sartre no defende, como muitos pensam, osolipsismo. O homem por si s no pode conhecer-se em sua totalidade. S atravs dos olhos de outras pessoas que algum consegue se ver como parte do mundo. Sem a convivncia, uma pessoa no pode perceber-se por inteiro. "O ser Para-si s Para-si atravs do outro", ideia que Sartre herdou deHegel. Cada pessoa, embora no tenha acesso s conscincias das outras pessoas, pode reconhecer neles o que tm de igual. E cada um precisa desse reconhecimento. Por mim mesmo, no tenho acesso minha essncia, sou um eterno "tornar-me", um "vir-a-ser" que nunca se completa. S atravs dos olhos dos outros posso ter acesso minha prpria essncia, ainda que temporria. S a convivncia capaz de me dar a certeza de que estou fazendo as escolhas que desejo. Da vem a ideia de que "o inferno so os outros", ou seja, embora sejam eles que impossibilitem a concretizao de meus projetos, colocando-se sempre no meu caminho, no posso evitar sua convivncia. Sem eles o prprio projeto fundamental no faria sentido.Crticas ao existencialismo sartriano[editar|editar cdigo-fonte]O existencialismoateude Sartre, por sua natureza avessa aosdogmasda igreja e da moral constituda, atraiu muitos grupos que viam na defesa da liberdade e da vida autntica um endosso vida desregrada - obviamente, por um erro na compreenso do que h de essencial na concepo de liberdade elaborada pelo filsofo francs. Por razes semelhantes foi vista por muitos como uma filosofia nociva aos valores da sociedade e manuteno da ordem. Seria uma filosofia contra a humanidade. Esta uma das razes porque toda a obra de Sartre foi includa noIndexde obras proibidas pelaIgreja Catlica.Sartre responde a isso na conferncia "O existencialismo umhumanismo" em que afirma que o existencialismo no pode ser refgio para os que procuram o escndalo, a inconsequncia e a desordem. O movimento, segundo este texto, no defende o abandono da moral, mas a coloca em seu devido lugar: na responsabilidade individual de cada pessoa. O existencialismo reconhece, assim, a possibilidade de uma morallaicaem que os valores humanos existem sem a necessidade da existncia de Deus. A moral existencialista pretende que as escolhas morais no sejam determinadas pelo medo da punio divina, mas pela conscincia da responsabilidade.No meio acadmico, o existencialismo foi criticado por tratar exclusivamente de questesontolgicas, e por sua defesa da auto-determinao. O existencialismo seria uma filosofia excessivamente preocupada com o indivduo, sem levar em conta os fatores scio-econmicos, culturais e os movimentos histricos coletivos que, segundo o marxismo e oestruturalismo, determinam as escolhas e diminuem a liberdade individual.Em resposta a esta crtica, Sartre fez alteraes ao seu sistema, e escreveu "A crtica da razo dialtica" como tentativa de compatibilizar o existencialismo ao marxismo. Dos dois tomos planejados, apenas o primeiro foi publicado em vida em 1960. O segundo tomo, inacabado, foi publicado postumamente. Neste texto, afirma que "o marxismo a filosofia insupervel de nosso tempo", e admite que enquanto a humanidade estiver limitada por leis de mercado e pela busca da sobrevivncia imediata, a liberdade individual no poderia ser totalmente alcanada.No se pode negar sua duradoura influncia sobre os mais variados ramos do conhecimento humano. Por ser muito voltado discusso de aspectos formadores da personalidade humana, o existencialismo exerceu influncia napsicologiadeCarl Rogers,Fritz Perls,R. D. LaingeRollo May. Na literatura, influenciou a poesia daGerao Beat, cujos maiores expoentes foramJack Kerouac,Allen GinsbergeWilliam S. Burroughs, alm dos dramaturgos do chamadoTeatro do absurdo. Sartre prova sua relevncia at na TV contempornea, onde o cultuado produtorJoss Whedoncostuma inserir o existencialismo em seus projetosBuffy, a Caa Vampiros,AngeleFirefly- o que, atravs da repetio descontextualizada dos jarges existencialistas, acaba por contribuir para a incompreenso e refora preconceitos j existentes. Atravs de suas contribuies arte, Sartre conseguiu inserir a filosofia na vida das pessoas comuns.Obras[editar|editar cdigo-fonte] L'imagination(A imaginao), ensaio filosfico -1936 La transcendance de l'go(A transcendncia do ego), ensaio filosfico -1937 La nause(A nusea), romance -1938 Le mur(O muro), contos -1939 Esquisse d'une thorie des motions(Esboo de uma teoria das emoes), ensaio filosfico -1939 L'imaginaire(O imginrio), ensaio filosfico -1940 Les mouches(As moscas), teatro -1943 L'tre et le nant(O ser e o nada), tratado filosfico -1943 Rflexions sur la question juive(Reflexes sobre a questo judaica), ensaio poltico -1943 Les Lettres Nouvelles(A Repblica da Silncio), ensaio filosfico -1944 Huis clos(Entre quatro paredes), teatro -1945 Les Chemins de la libert(Os Caminhos da Liberdade) trilogia, compreendendo: L'age de raison(A idade da razo), romance -1945 Le sursis(Sursis), romance -1947 La mort dans l'me(Com a morte na alma), romance -1949 Morts sans spulture(Mortos sem sepultura), teatro -1946 L'Existentialisme est un humanisme(O existencialismo um humanismo), transcrio de uma conferncia proferida em1946- Texto posteriormente rejeitado por Sartre. La putain respectueuse(A prostituta respeitosa), teatro -1946 Qu'est ce que la littrature?(O que a literatura?), ensaio -1947 Baudelaire-1947 Les jeux sont faits(Os dados esto lanados), romance -1947 Situations, vrios volumes que renem ensaios polticos literrios e filosficos -1947a1965 Les Mains Sales(As mos sujas), teatro -1948 L'Engrenage(A engrenagem), teatro -1948 Orphe noir(Orfeu negro), teatro -1948 Le diable et le bon dieu(O diabo e o bom deus), teatro -1951 Saint Genet, comdien et martyr(Saint Genet, ator e mrtir), biografia deJean Genet-1952 Les squestrs d'Altona(Os sequestrados de Altona) -1959 Critique de la raison dialectique - Tome I: thorie des ensembles pratiques(Crtica da razo dialtica, Tomo I), tratado filosfico -1960 Furaco sobre Cuba(escrito juntamente com Fernando Sabino e Rubem Braga) -1961 Les mots(As palavras), autobiografia -1964 L'idiot de la famille - Gustave Flaubert de 1821 a 1857(O idiota de famlia), biografia inacabada deGustave Flaubert. Apenas dois dos quatro volumes planejados foram escritos -1971(volume I) -1972(volume. II)Obras pstumas[editar|editar cdigo-fonte] Carnets de la drle de guerre(Dirio de uma guerra estranha), dirio escrito entre setembro de 1939 e maro de 1940 -1983. Reedio ampliada em1995. Cahiers pour une morale(Cadernos por uma moral). Esboo inacabado de uma teoria moral existencialista preconizada emO ser e o nada. Escrito em 1947 e 1948 -1983. Lettres au Castor et quelques autres. Dois volumes abarcando correspondncia de1926a1963. Organizado por Simone de Beauvoir -1983 Le scnario Freud(Freud, alm da alma), roteiro do filme de John Huston realizado por Sartre entre1959e1960e no utilizado integralmente devido a conflitos com o diretor -1984 Critique de la raison dialectique - Tome II: l'inteligibilit de l'histoire(Crtica da razo dialtica - Tomo II: a inteligibilidade da histria), ensaio filosfico. Escrito em1958e publicado em1985. Sartre no Brasil: a conferncia de Araraquara. Edio bilngue (portugus e francs) contendo a transcrio da conferncia na Faculdade de Filosofia deAraraquaraem 4 de setembro de 1960 -1986. Verit et Existence(Verdade e Existncia), fragmentos de um ensaio filosfico escrito em 1948 -1989 crits de jeunesse(Escritos da juventude), textos escritos entre 1922 e 1928 -1990 Le reine Albemarle ou le dernier touriste(A rainha Albemarle ou o ltimo turista), fragmentos inacabados escritos em1951e publicados em2009(no Brasil).Referncias1. Ir para cimaVer Sartre, "O Existencialismo um Humanismo".2. Ir para cimaJean-Baptiste Satre atingiu o posto de segundo-tenente-de-mar-e-guerra. (Cohen-Solal (2008), pg. 51)3. Ir para cimaCohen-Solal (2008), pg. 504. Ir para cimaCohen-Solal (2008), pp. 43-445. Ir para cimaSartre (1963), pg. 176. Ir para cimaSartre (1963), pp. 21-277. Ir para cimaSartre (1963), pg. 26.8. Ir para cima"Felizmente os aplausos no me faltam: escutem eles minha tagarelice ou a Arte da Fuga, os adultos esboam o mesmo sorriso de degustao maliciosa e de conivncia; isso mostra o que sou no fundo: um bem cultural." Sartre (1963) pg. 30.9. Ir para cimaSartre (1963), pp. 46-5710. Ir para cima"Eu fazia entretantoverdadeirasleituras: fora do santurio, em nosso quarto ou debaixo da mesa da sala de jantar; daquelas eu no falava a ningum e ningum, salvo minha me, me falava delas." Sartre (1964), pp. 53-5411. Ir para cimaSartre (1963), pp. 101-111.12. Ir para cima"Eu escapava comdia: no trabalhava ainda, porm no brincava mais, o mentiroso encontrava sua verdade na elaborao de suas mentiras." - Sartre (1963), pg. 111.13. Ir para cimaSartre (1963), pg. 11214. Ir para cima"() a literatura no dava de comer. Sabia eu que escritores famosos haviam morrido de fome? Que outros, para comer, tinham se vendido? Se eu pretendia conservar minha independncia, convinha escolher uma segunda profisso. O magistrio prometia lazeres;" Sartre (1963), pg. 11315. Ir para cimaSartre (1963), pg. 11816. Ir para cimaCohen-Solal (2008), pg. 6817. Ir para cimaCohen-Solal (2008), pg. 7618. Ir para cimaCohen-Solal (2008), pg. 89.19. Ir para cimaCohen-Solal (2008), pp. 90-95.20. Ir para cimaCohen-Solal (2008) pg. 92.21. Ir para cimaCohen-Solal (2008), pp. 98-100.22. Ir para cimaRowley (2006), p. 24.23. Ir para cimaCohen-Solal (2008), pp. 107-108.24. Ir para cimaCohen-Solal (2008), p. 107.25. Ir para cimaRowley (2006), p. 36.26. Ir para cimaCohen-Solal (2008). pp 107-10927. Ir para cimaCohen-Solal (2008). pg 11128. Ir para cimaEste livro "A Teoria da intuio na fenomenologia de Husserl", deEmmanuel Lvinas, publicado em1930. (Cohen-Solal (2008), pg. 128)29. Ir para cimaJean-Paul Sartre(emingls) noFind a Grave.30. Ir para cima"Sartre begins by establishing two categories of being he is going to investigate, except that now he employs the language of Hegel in his definitions. The first category is theen-soi(in-itself), which is being-in-itself, the object, totally self-sufficient. The second category is thepour-soi(for-itself), which is the consciousness of the reflected ego, the cogito". (Sartre comea por estabelecer duas categorias de ser que ele vai investigar, exceto que agora, ele emprega a linguagem de Hegel em suas definies. A primeira categoria oen-soi(em-si), que o ser-em-si, o objeto, totalmente auto-suficiente. A segunda categoria opour-soi(para-si), que a conscincia do ego reflexivo, o cogito.) Kleinberg (2007), pg 134Bibliografia[editar|editar cdigo-fonte] COHEN-SOLAL, Annie.Sartre: uma Biografia. Traduo de Milton Persson. 2.ed. Porto Alegre: L&PM Editores, 2008.ISBN 85-254-1776-4 .Sartre. Traduo de Paulo Neves. Porto Alegre: L&PM Editores, 2005.ISBN 85-254-1443-3 GUTTING, Gary.French Philosophy in the Twentieth Century. Port Chester, NY: Cambridge University Press, 2001. p. 125. Kleinberg, Ethan.Generation Existential: Heidegger's Philosophy in France, 1927-1961. [S.l.]:Cornell University Press, 2007.294 p.ISBN 0801473829Pgina visitada em 27 de agosto de 2012. LVY, Bernard-Henri.O Sculo de Sartre. Traduo de Jorge Bastos. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 2001.ISBN 85-209-1229-X MOUTINHO, Luiz Damon Santos.Sartre: Existencialismo e Liberdade(Coleo Logos). So Paulo: Moderna, 1996.ISBN 85-16-01226-3 NIETZSCHE, Friedrich.A Gaia Cincia. So Paulo: Hemus, 1981. p. 343. PERDIGO, Paulo.Existncia e Liberdade. Porto Alegre: L&PM, 1995.ISBN 85-254-0502-7 PLANT, Raymond.Politics, Theology and History. Port Chester, NY: Cambridge University Press, 2001. p. 246. RIBEIRO, Renato Janine. "O Pensador que Engajou a Filosofia na Poltica".Revista Cult(Especial Filosofia). So Paulo: Editora Bregantini, novembro 2005, ano 8, nmero 97, pp. 52-55. ISSN 1414707-6 ROUTLEDGE STAFF.Concise Routledge Encyclopedia of Philosophy. Florence, KY: Routledge, 2000. p. 265. 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