roteiro histórico da cmm

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Caminhando no tempo

Roteiro histórico da

Câmara Municipal de Manaus

1833 – 2013 180 anos

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Desde 1822 o Brasil não era mais colônia de Portugal e vivia o tempo do império. A Constituição do Império, de 1824, declarava que em todas as cidades haveria Câmaras, a que competiam o governo econômico e municipal. Neste contexto histórico, a Câmara Municipal de Manaus foi fundada em 1833, no prédio da fábrica Imperial. Tendo a primeira votação em 17 de dezembro para eleger sua primeira bancada. Tendo sua instalação oficial em 27 de dezembro de 1833

Praça Dom Pedro II

Em 14 de agosto de 1834, o legislativo municipal discutiu e aprovou os limites distritais do Município de Manaus. Eram apenas sete as vagas naquela legislatura, composta pelos vereadores Manoel Gonçalves Loureiro Filho, Francisco Gonçalves

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Pinheiro, Mathias da Costa, João Ignácio Rodrigues do Carmo, Francisco de Paula da Silva Cavalcante, Henrique João Cordeiro e Claudio José do Carmo.

Os cabanos paraenses tomaram em 1836, a Vila da Barra; e com a Cabanagem, a primeira legislatura chegou ao fim. Em 10 de janeiro de 1838, sob a presidência do vereador João Antônio da Silva foi aprovado o Primeiro Código de Posturas de Manaus. Tendo recebido o nome de Manaus, no dia 13 de novembro de 1832, a denominação voltou a ser Cidade da Barra do Rio Negro, em 1848.

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Planta da cidade de Manaus em 1852

Acontece a instalação da Província, em 1852, na Câmara Municipal de Manaus.

Manaus em 1865

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O nome cidade de Manaus foi adotado em lugar de São José da Barra do Rio Negro em 4 de setembro de 1856. De 1857 a 1890, Manaus viveu um grande crescimento, com a extração de borracha e as primeiras empresas exportadoras. Muita riqueza importada da Europa circulava na cidade. Em 24 de maio 1884, é declarada, em Manaus, a libertação dos escravos, adiantando-se do resto do Brasil, quando governava a Província Theodoreto Souto.

Praça do Comércio

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Cachoeira Grande - 1888

"Proclamação da República", óleo sobre tela de Benedito Calixto

Em 1889, Manaus era uma das poucas capitais do mundo a ter iluminação pública, com 60 lampiões que antes funcionavam a querosene.

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Em 15 de novembro de 1889, com a Proclamação da República, quando foram criadas as Juntas Governativas, gradativamente substituídas pelos governadores indicados O primeiro ato, o Decreto n. 1, de 15 de novembro de 1889, o governo da República transformava as antigas Províncias em Estados Federados. Em 1890, tínhamos quase 20 mil habitantes. Desde 1872, já existia um novo Código de Posturas, com mais de uma centena de artigos, em substituição ao de 1838, que fora muito mais um código policial. O governador, nomeado, do Amazonas, Augusto Villeroy, dissolveu a Câmara Municipal de Manaus, em 8 de janeiro de 1890, substituindo-a por um Conselho de Intendência Municipal, sendo seu intendente Joaquim Leovigildo Coelho.

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Paço da Liberdade – Praça Dom Pedro II

Em 1892, Eduardo Ribeiro assumiu o governo. Manaus, neste período, passou por uma verdadeira revolução de obras, com aterros de igarapés, incluindo-s, onde é hoje, a avenida Eduardo Ribeiro, a construção do Teatro Amazonas – inaugurado em 31 de dezembro de 1896, do Palácio da Justiça, e pontes, transporte coletivo de bondes elétricos, telefonia, eletricidade e água encanada, além de um porto flutuante.

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Teatro Amazonas

É inaugurado, também, em 1896, o Gymnasio Amazonense Dom Pedro II.

Avenida do Palácio do Governo em 1896 .Atual Avenida de Eduardo Ribeiro.

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Em 14 de outubro de 1900, o governador Eduardo Ribeiro é encontrado morto em circunstâncias misteriosas. A população de Manaus, em 1900, era de 50 mil habitantes. Este período rico começou a desmoronar quando a Europa conseguiu quebrar a hegemonia da produção de borracha pelo Amazonas.

Brasão da cidade Manaus, adotado em 1906

Em 8 de outubro de 1910, Manaus é bombardeada sob as ordens do senador Pinheiro Machado. Jonathas Pedrosa assina Lei em 1913, que concede à Universidade Livre de Manaus, usufruto da sede, onde funcionava o Grupo Escolar Nilo Peçanha. Acontece a primeira guerra mundial, de 1914 a 1918.

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Em 1918, acontece a fundação da Academia Amazonense de Letras.

avenida Eduardo Ribeiro

O Movimento Tenentista deflagra a 23 de julho de 1924, a rebelião dos militares de Manaus,que procuraram demonstrar o abuso do poder, por parte das oligarquias que controlavam o governo.

Sérgio Rodrigues Pessoa

1927-1929

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esquina da avenida 7 de setembro com avenida Eduardo Ribeiro

Acontece, em 1930, a “Revolução Ginasiana”, em Manaus, em adesão ao movimento liderado por Getúlio Vargas, no sul do país. O interventor Álvaro Maia decreta, em 1931, a extinção do Tribunal de Justiça. Com a Constituição de 1934, os Municípios tiveram sua autonomia reconhecida em tudo quanto dizia respeito ao seu peculiar interesse, e especialmente; a) a eletividade do prefeito e dos vereadores da Câmara Municipal, podendo aquele ser eleito por estes; b) à organização dos serviços de sua competência. A Constituição de 1937 reconheceu também a autonomia municipal. Os vereadores seriam

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escolhidos pelo sufrágio direto dos munícipes eleitores. A Câmara de Manaus tem seus trabalhos interrompidos durante o Estado Novo (1937-1945): A ditadura de Getúlio Vargas. É fundada, em 1937 a Associação Amazonense de Imprensa.

Centro de Manaus

Entre 1939 e 1945, acontece a segunda guerra mundial.

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Em 1947, restabelecido o regime democrático, depois da ditadura Vargas, foram realizadas eleições para a Câmara dos Vereadores.

Restabelecido o regime democrático, o médico Adriano Augusto de Araújo Jorge é eleito presidente da Câmara de 1947 a 1951. A população de Manaus era de 106 mil habitantes.

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Em 1954, Getúlio Vargas, não mais como ditador, mas como presidente eleito pelo povo, visita Manaus e inaugura o aeroporto de Ponta Pelada. Neste mesmo ano, Vargas se suicida.

Raimundo Coqueiro Mendes

1952-1955

Poetas, intelectuais e artistas criam, em 22 de novembro de 1954, o Clube da Madrugada, importante movimento literário do Amazonas.

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Ismael Benigno

1957-1958

Walter Scott da Silva Royal

1959-1960

Jair Cavalcante

1960

Em 1960, a população de Manaus era de 173 mil habitantes.

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João Zany dos Reis

1961

Rodolpho Guimarães Valle

Rodolpho Guimarães Valle, advogado, professor e tribuno, foi presidente do IGHA e membro da AAL, detentor de vasta cultura, uma das personalidades

mais respeitadas pelo povo do Amazonas, presidiu a Câmara em 1962.

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Cidade Flutuante em Manaus, desfeita em 1964

Francisco Plínio Coelho

Francisco Plínio Coelho era o presidente da Câmara Municipal de Manaus de 1963 a 1964, quando aconteceu o Golpe Militar. Seu filho, Plinio Ramos Coelho era, então, governador do Amazonas.

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A partir do golpe militar de 1964, as liberdades democráticas foram suprimidas, o congresso fechado e os partidos extintos. São criados MDB – Movimento Democrático Brasileiro, representando a oposição e ARENA – Aliança Renovadora Nacional, a situação.

João Bosco Ramos de Lima

1965-1966

Não há eleições diretas, os prefeitos são indicados pelo poder central.

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Vínicius Monteconrado Josué Claudio de Souza

Com as renúncias do Prefeito Josué Claudio de Souza e de seu substituto Vinícius Monteconrado, Manaus só terá prefeitos eleitos pelo voto direto em 1985.

Distrito Industrial de Manaus

Em 1967, como parte da Operação Amazônia, sob o lema “integrar para não entregar”, foi implantada a Superintendência da Zona Franca de Manaus,

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pelo governo Castelo Branco. Num primeiro momento,funcionando como um centro de comércio livre, depois evoluindo para Polo Industrial de Manaus.

João Zany dos Reis

1967

Francisco Corrêa Lima

1968-1969

José Francisco da Gama e Silva

1970

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Em 1970, a população de Manaus era de 311 mil habitantes.

Francisco Corrêa Lima

1971-1972

O poeta Vinícius de Moraes, o vereador Fábio Lucena

e a boemia de Manaus, em 1974

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Aluizio Oliveira

1973-1974

Em 1975, a Câmara foi transferida para o prédio próprio, na Avenida Sete de Setembro.

Ruy Adriano Jorge

1975-1976

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Josué Cláudio de Souza Filho

1977-1978

Cine Guarany – patrimônio afetivo dos manauaras – derrubado na década de 1980,

para dar lugar ao prédio de um banco.

Em 1980, a população de Manaus era de 633 mil habitantes

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Operários, professores, sindicalistas, intelectuais, artistas e estudantes fundam, em 1980, em São Paulo, o Partido dos Trabalhadores. Renascem velhos e surgem novos partidos, encerrando o bipartidarismo.

Manifestação estudantil em 1981

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Gilberto Mestrinho em campanha

Em 1982, realizam-se a primeiras eleições diretas para governador, depois da ditadura militar. Gilberto Mestrinho, líder político, afastado da política e do Amazonas, volta, depois de quase duas décadas, é o primeiro governador eleito, nos últimos anos do regime militar. Foi vitorioso numa eleição em que forças democráticas se uniram em torno de seu nome, para derrotar, nas urnas, o governo central, representado pelo PDS, antiga ARENA. Amazonino Mendes é nomeado prefeito de Manaus, por Gilberto Mestrinho. Ainda era o tempo dos chamados prefeitos biônicos.

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Amazonino Mendes

Acontecem as primeiras eleições diretas para prefeito de Manaus em 1985, sendo eleito Manoel Ribeiro. Em junho de 1988, já governador eleito, Amazonino Mendes decreta intervenção na prefeitura.

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Tancredo Neves é eleito Presidente da República, em eleição indireta no Colégio Eleitoral, em 1985, sucedendo o último presidente militar. Com sua morte, antes da posse, assume o vice, José Sarney.

É promulgada a Constituição de 1988, instituindo o Estado Democrático de Direito e o presidencialismo, confirmado em plebiscito, em 1993.

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Arthur Virgilio Neto

Arthur Virgilio Neto, migrando do PMDB, seu partido desde os tempos da ditadura, é eleito prefeito de Manaus, pelo PSB, em 1988, interrompendo um ciclo político iniciado com Gilberto Mestrinho (derrotado pessoalmente nesta eleição) e seus liderados, que se revezam no poder até este ano de 2013. Neste período, Edvar Martins de Mesquita é o presidente da Câmara, de 1987 a 1990.

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Fernando Collor de Mello

Em 1989, é eleito, em eleição direta, Fernando Collor de Mello, que sofre o primeiro processo de impeachment no Brasil. Assume em seu lugar o vice-presidente Itamar Franco.

Os caras-pintadas.

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Jovens ocupam as ruas de Manaus, assim como em todo o Brasil, exigindo a renúncia do Presidente Collor de Mello. Em 1991, a população de Manaus era de 1milhao e 11 mil habitantes.

César R. Cerqueira Bomfim 1991-1992

Omar José Abdel Aziz

1993-1994

Em 1996, a população de Manaus era de 1.158.000 habitantes.

João Bosco Gomes Saraiva

1995-1996/1997-1998

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O sociólogo Fernando Henrique Cardoso, concorre e é eleito, pelo PSDB, presidente em 1994, conseguindo a reeleição em 1998.

Messias da Silva Sampaio

1999-2000

Em 2000, a população de Manaus era de 1.405.000 habitantes.

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Em 2002, o metalúrgico sindicalista, Luiz Inácio Lula da Silva, é eleito Presidente, sendo o primeiro operário a ocupar a Presidência.

Nelson Azedo

2001-2002

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Luiz Alberto Carijó de Gosztonyi

2003...

Paulo Nasser

...2004

Marco Antônio Souza Ribeiro da Costa

(Chico Preto) 2005-2006

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Em 2010, Dilma Rouseff, é eleita a primeira mulher para a presidência do Brasil.

Leonel Feitoza

2007-2008

Luiz Alberto Carijó de Gosztonyi

2009-2010

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Em 2010, a população de Manaus era de 1.802.525 habitantes.

Isaac Tayah 2011-2012

Em 2012, Arthur Virgilio Neto é novamente eleito prefeito de Manaus.

Bosco Saraiva

Bosco Saraiva volta à Câmara Municipal de Manaus, e torna-se presidente, pela terceira vez.

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Cidade de Manaus atualmente

A partir da criação da Zona Franca, a cidade de Manaus passou por mudanças urbanas violentas, além do inchaço populacional, gerando graves problemas e exigindo soluções imediatas de seus governantes e dos representantes do povo.

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