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Rodamundoescritatempo: no caos da indestinação (Palavras ao vento: para desatar o destino) Sheyla Smanioto Macedo O tempo perfaz, é o do que o mundo é feito: de lembranças galgando paredes, de presságios espreitando no meio-sorriso da paisagem; o homem, feito em medo, tenta fotografar o tempo-vento na palavra-registro: quer organizá-lo em rédeas que sustem o caos. Esse tempo, que se esvai mesmo à nossa revelia, que queremos ordenado em relógios-quadrados, por vezes nos desordena... A maneira de percebê-lo talvez seja o que há de peculiar ao homem: entendemos o mundo temporalmente e quando, súbito, assalta-nos a incerteza desta percepção, como que nos perdemos; quando o narrador de A invenção de Morel (2008) começa em “hoje, nesta ilha, aconteceu um milagre: o verão adiantou-se” (CASARES, 2008: p. 13), temos o mundo como que desatado. Tão logo tal sensação de desordem, de retorno ao caos, será intensificada, pois perceberemos, se continuamos pelos bosques de Bioy Casares, que não se trata, apenas, de um adiantamento do verão, mas de uma desordem dos tempos operadas por uma máquina de reprodução aos sentidos: “plantas, relva, flores de primavera, de verão, de outono, de inverno vão se sucedendo com urgência, com mais urgência de nascer que de morrer, invadindo umas o tempo das outras, acumulando-se irrefreavelmente” (CASARES, 2008: 18). As cartas do tarô têm o futuro no remetente: de onde elas vêm é para onde vamos? Mas se o passado tem tintas soltas que dançam conforme a música ou o presente-maestro, que dizer de cartas enviadas pelo futuro, cartas que chegarão ao futuro, que, chegadas, aproximam-no e ajudam a moldá-lo? As cartas convidam a um jogo de tempos que se embaralham e confundem os passos na dança: trazem aos tropeços, para o presente, enigmas do futuro que, no tecido-presente, envolvem-se em

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Rodamundoescritatempo: no caos da indestinação

(Palavras ao vento: para desatar o destino)

Sheyla Smanioto Macedo

O tempo perfaz, é o do que o mundo é feito: de lembranças galgando paredes, de presságios espreitando no meio-sorriso da paisagem; o homem, feito em medo, tenta fotografar o tempo-vento na palavra-registro: quer organizá-lo em rédeas que sustem o caos. Esse tempo, que se esvai mesmo à nossa revelia, que queremos ordenado em relógios-quadrados, por vezes nos desordena... A maneira de percebê-lo talvez seja o que há de peculiar ao homem: entendemos o mundo temporalmente e quando, súbito, assalta-nos a incerteza desta percepção, como que nos perdemos; quando o narrador de A invenção de Morel (2008) começa em “hoje, nesta ilha, aconteceu um milagre: o verão adiantou-se” (CASARES, 2008: p. 13), temos o mundo como que desatado. Tão logo tal sensação de desordem, de retorno ao caos, será intensificada, pois perceberemos, se continuamos pelos bosques de Bioy Casares, que não se trata, apenas, de um adiantamento do verão, mas de uma desordem dos tempos operadas por uma máquina de reprodução aos sentidos: “plantas, relva, flores de primavera, de verão, de outono, de inverno vão se sucedendo com urgência, com mais urgência de nascer que de morrer, invadindo umas o tempo das outras, acumulando-se irrefreavelmente” (CASARES, 2008: 18).

As cartas do tarô têm o futuro no remetente: de onde elas vêm é para onde

vamos? Mas se o passado tem tintas soltas que dançam conforme a música ou o presente-maestro, que dizer de cartas enviadas pelo futuro, cartas que chegarão ao futuro, que, chegadas, aproximam-no e ajudam a moldá-lo? As cartas convidam a um jogo de tempos que se embaralham e confundem os passos na dança: trazem aos tropeços, para o presente, enigmas do futuro que, no tecido-presente, envolvem-se em

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afeto com o futuro mesmo de onde vem; convidam ao espanto pelo saltar aos olhos o emaranhado de tempo que, como artista, compõe o mundo. Mise-en-abîme. Na carta de tarô “A roda da Fortuna” (como vemos no anexo 1) o tear aparece na roda, central: “o trabalho de tecelagem é um trabalho de criação, de parto” (CHEVALIER, 2008: 872), remete às Moiras gregas, Parcas romanas, conhecidas incontornáveis. São três velhas metáforas tricotando o futuro tanto dos deuses quanto da humanidade: Cloto (Κλωθώ; klothó; fiar) é a que segura o fuso e tece o fio da vida, Láquesis (Λάχεσις; láchesis; sortear) puxa e enrola o fio tecido, Átropos (Ἄτροπος; átropos; afastar) segura o fim podendo o corte cuja iminência ela ameaça em seus olhos graves. A roda traz a perfeição sugerida pelo círculo e, simultaneamente, a imperfeição do “mundo do vir a ser, da criação contínua”; traz também o

mundo, sendo “sobretudo uma representação do mundo”(CHEVALIER, 2008: 875): roda numa roda, roda que tece o tempo no tempo; e o tempo, frequentemente simbolizado pela roda por seu caráter cíclico, ao que temos, daqui, uma rodamundotempo de rodas, mundos e tempos que se imbricam na máquina da escrita: de um tear que cria o mundo em tempos, escritas e enigmas1.

Antes de prosseguir devo fazer uma nota a respeito das imagens utilizadas neste artigo: trata-se de registros realizados durante a instalação-evento “Num dado e-vento: biotecnologias e culturas em texturas, vãos, sombras, cores, sons...”2 – que aconteceu no Centro Cultural de Inclusão e Integração Social da Unicamp (CIS-Guanabara), em Campinas, São Paulo – por mim e pela fotógrafa e pesquisadora Alik Wunder. A primeira imagem que movimentamos nesta reflexão é a do anexo 2.

O mundo concebido como imbricação de tempos e escritas, tal como acena a carta de tarot que chamamos a esta conversa, também vislumbramos ao pensar num mundo em que passado-presente-futuro não são entendidos como claramente delineados, porquanto tal diferenciação se tenta na linguagem. Cassirer propõe que, na consciência mítica, as formas não possuem limites espaciais perfeitamente identificáveis, mas antes derivam do todo, “e de maneira original e gradual, pois não foi operado o processo de diferenciação e seleção de formas individuais” (CASSIRER, 2008: 18); somente quando da referência pela linguagem as coisas são delimitadas, isto é, são tomadas individualmente como uma forma separada do que as envolve, porquanto, como afirma Nietzsche, “a natureza desconhece quaisquer formas e conceitos” (NIETZSCHE, 2008: 36). O entrelaçamento e a imbricação entre os elementos da linguagem e as diferentes configurações básicas da consciência mítico-religiosa defendidos por Cassirer e vislumbrados, por exemplo, nos

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limites borrados da individualidade relacionados à não-distinção nominal-verbal, permite-nos dizer da transformação no modo de conceber o mundo-tempo relacionado a esta distinção de natureza lingüística – a este organizar o mundo em espelhos.

Os mitos, em geral, apresentam o Caos como a situação que antecede a Ordem estabelecida pela palavra divina: situação em que as coisas se confundem, de limites dissolvidos, em que tudo existe em estado de completo caos, em que os pólos que o pensamento linear organiza em dicotomias se encontram indissociáveis; se há um tempo ordenado, algo pode estar e não estar em algum lugar, desde que em momentos diferentes – mas, se há um tempo desordenado, pode ser ambos no sem-tempo. A ordenação do mundo, em grande parte das narrativas míticas, envolve um caminho de distinção: inicialmente, a palavra divina separa o uno primordial entre terra e céu, e estes se dividirão incontáveis vezes até que as coisas estejam em seu conceito e forma, estado ao qual conhecemos como “ordem”; do caos vamos ao cosmos, portanto, convidados pela palavra divina, através de uma espécie de união entre a Palavra e o Deus criador, além da união entre o pensamento e a sua expressão verbal, esta decorrendo da íntima relação entre a língua e a mente (CASSIRER, 1991: 59). E vamos à ordem porque o homem necessita “ordenar, em seu interior, o mundo empírico inteiro (...) para não ser arrastado e não perder a si mesmo” (NIETZSCHE, 2007: 46); necessita ordenar rodas, mundos, tempos e escritas, ou será... devorado?

O caótico nos devora em enigma, por isso, tentando capturar este mundo de tempos e rodas, por isso organizamos o mundo em espelhos; na linguagem, tão próxima que imbricada ao homem, o tempo aparece tentando a ordem: sem a linguagem talvez não concebêssemos o mundo em tempo e, sem a distinção temporal, tudo aconteceria num sem-tempo por vezes inconcebível por nós. A eternidade, n’A Invenção, acontece na repetição: qualquer mudança faz transbordar o tempo que se pudera escondido no habitual; escrever, para o narrador de A invenção de Morel, fugitivo em uma ilha deserta, é tentar dominar a natureza deste lugar que, porque desconhecido, afigura-se caótico: sem-tempo. Quando ele já conhecera e planejava dedicar versos e um jardim à mulher de lenços coloridos, diz: “a razão desta necessidade de escrever deve ter a ver com os nervos” e “o pretexto é que agora meus atos me conduzem a um de meus três futuros” (CASARES, 2008: 39), o que antecede a extensão destes “três futuros” possíveis, relacionando sua escritura à escritura do destino, em que a escrita realiza o desdobramento do tempo em possibilidades, num leque impossível de se pronunciar com a linguagem do real: em que ele se utiliza da escrita para tornar palpável o imaginado, como se a escritura fosse capaz de dar, aos seus anseios e receios, outras dimensões e importâncias.

Seus sentimentos, fugazes, ele tenta apreender pelas palavras, para ter algo em que se apoiar: por vezes para convencer a si mesmo; neste jogo servil com a palavra, súbito, ele cita o Novo Diário: “agora estou sangrando pelo nariz; parece que os tímpanos se romperam”, e em seguida escreve: “ao narrar circunstancialmente esta ação, acabei por repeti-la” (CASARES, 2008: 96); repentinamente, a máquina do real tem um espasmo, uma vertigem, e à palavra retoma o seu poder para ser magia. A palavra escolhe sua reviravolta e a narrativa que se pretendia registro predispõe o futuro, e não o passado; e a escrita, para que ele possa fazê-la em registro, desorganiza o mundo em magia, ordenando-o sob critérios poéticos para que, registrando, poetasse.

No presente as coisas se nos apresentam convictas; e no futuro? Suas linhas

soltas nós tentamos dominar em rédeas: presságios e profecias movimentam máquinas imagéticas, imaginativas, de possibilidades eletivas; estatísticas mapeiam possibilidades, dão segurança frente a ameaças, riscos, ou matam a reviravolta. O

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futuro, caótico, tentamos abarcar em máquinas numéricas da ordem-presente: em possibilidade, previsibilidade; o toque manipulável. O futuro, caótico, promete biotecnologias de ordem, promete futuros manipulados em laboratório: o mundo des-criado do controle; “o problema com o possível (...) é que ele limita o futuro a um espaço probabilística e estatisticamente governável” (FLAXMAN, 2008: 4) e, com isso, dá às costas às suas veredas que se bifurcam caoticamente. Vejamos o anexo 3.

O mundo ordenado,

de coisas precisas, apazigua o medo e oprime: o tempo milimetricamente contado, planejado, tornado útil, tempo de relógios quadrados, oprime; a absoluta ordem do mundo seria estarrecedora: isso vemos ao nos depararmos, por exemplo, com as festas irlandesas de que trata Chevalier como sendo “fugas fora do tempo” (CHEVALIER, 2008: 877), tentativas de experimentar o caos primordial (o qual é relacionado com a máxima possibilidade, com o sem-limite para a criação); além disso, temos as festas dionisíacas gregas, que inicialmente aconteciam nos cinco dias do ano que não cabiam no círculo perfeito, porquanto há 365 dias porém 360 graus, o acontecimento no sem-tempo pela experiência de um deus-eternidade já que, “na linguagem, como na percepção, o tempo simboliza um limite na duração e a distinção mais sentida com o mundo do Além, que é o da eternidade” (CHEVALIER, 2008: 876).

Se pensamos na poesia como capaz de converter a palavra cotidiana em mágica no sentido de potente de realização tal como no momento de sua criação, reconhecemo-la como potente de nos deixar experimentar o sentimento do todo, o que corrobora a proximidade que há entre as noções de êxtase e catarse; ambos configuram um religar pela dissolução de fronteiras, pelo dissolver do átimo-individual no todo-universal, alcançando um no outro, alternando-os caoticamente de forma a misturá-los: se a ordenação se dá pelo tempo, o religar une o antes e o depois do tempo. Esse religar se dá na exceção do princípio da razão: quando o “subjetivo se esvanece em completo auto-esquecimento” (NIETZSCHE, 2007: 27) – dionisismo? “Sob a magia do dionisíaco torna a selar-se não apenas o laço de pessoa a pessoa, mas também a natureza alheada, inamistosa ou subjugada volta a celebrar a festa de reconciliação com seu filho perdido, o homem” (NIETZSCHE, 2007: 27), nos dizeres de Nietzsche. O dionisismo configura um “esforço para abolir todos os limites, para derrubar todas as barreiras pelas quais se define um mundo organizado” (VERNANT, 2005: 421).

Quando, em “Isto é aquilo”, de Drummond (2002),3 o fácil e o fóssil emparelham no primeiro verso [“o fácil o fóssil”], não são mais fácil e fóssil, mas “o fácil o fóssil”: palavras que se permeiam, transformam-se mutuamente, querendo uma a semelhança da outra, confundindo nossa ideia de ordem; experimentamos, num ponto, o caos: o mundo organizado em palavras é desestabilizado pela confusão dos limites que, por instante, desordenam-se - como quando, em sombra derramada ao chão, confundimo-nos com a árvore, sendo-a enquanto sombra. Quando desse movimento para uma nova tentativa de ordenação podemos vislumbrar as frestas do mundo, a partir

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das quais experimentamos o caos; parece-nos que tal movimento assemelha-se aos momentos de movimentação do mundo para erupção de algo novo. O fóssilfácil que remonta ao caos por ser poesia é utilizado pela ciência para atestar sua ordem, a das coisas: é evidência de que houve um tempo passado, é passado no presente, portanto; é símbolo da finitude que angustia a alma humana e, para a ciência, diz de onde viemos, intui para onde vamos: a morte, a mesma cujo medo movimenta a tentativa de dominar o destino. O fóssil é presságio?

Os sentidos desatados, quando se nos apresenta qualquer centelhar poético, nos

permitem entrever o sentimento de que é feito o universo, a despeito da incansável reiteração da sensação de realidade que define o estar imerso num mundo de conceitos fixos (quadros-quadrados dissolvidos na paisagem?). Esta sensação, quando intensificada a ponto de se estender à própria materialidade das coisas, no hermetismo das sensações que logo se desata na memória, de traços dançantes, faz-nos sentir o caráter impositivo da realidade, a todo instante reiterando seu quê inextrincável: nossos limites. Espreitando para, na melhor circunstância, despedaçar o real, fagulhas caóticas se afiguram como forças de resistência a esta impossibilidade do real, constituindo-o essencialmente como única forma de contrapô-lo: prestes a saltar, desejam a ocasião.

Tentando faiscar o caos, a instalação-evento “Num dado e-vento: biotecnologias e culturas em texturas, vãos, sombras, cores, sons...” quis estraçalhar a imposição que configura o real pela dissipação daquilo que ele tem de mais íntimo, isto é, as sensações. Se o real, a todo instante, argumenta sua condição de realidade, a exposição tentou, literariamente, argumentar a sua além dos limites dele: proporcionando um deslizar por entre as saias-véus que dançavam com o vento (cortinas?) que espreitava pelas frestas, fazendo dançar as imagens-projeções de motivos biotecnológicos que nelas incidiam; deixando entrever, pelos fotolitos que dividiam sem desintegrar as estações e deixavam flutuar imagens que interrompiam sua transparência; e as imagens, escalando pelas paredes em projeções que perdiam o rumo pela intervenção de espelhos; e as roupas brancas que convidavam as imagens a nos tocar e, tendo parte, fazer parte, para brincar com os limites do corpo, transformando-o pela projeção, integrando-o para não ser mais corpo-limite.

E, desatando o mundo, que dizer do destino? Trazendo imagens-homens-monstros, dados jogados para o futuro, a questão que os fazia dançar: quê palavra você

levaria para o futuro dos humanos? E, levando palavra, o que ela faz de nós? Palavras guardadas para o futuro, mas não silenciadas: postas em estado caótico ao tensionar sua relação com o tempo; palavras dizem do que acontece, registram? Palavras-mágicas fazem acontecer? – E quanto à palavra-jornal?

Que venha o anexo 4. Na tessitura do mundo temos a poesia do espanto como sendo a pedra que engasga a máquina, e temos a divulgação científica como a afirmação da ordem desta; faíscas de caos desestabilizam o mundo-ordenado, impossibilitando que ele se afirme como absoluto: resistindo à sua dominação; faíscas de caos inviabilizam o destino de tintas fixas, movimentando frestas em sentidos e criações.

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Bibliografia:

ANDRADE, Carlos Drummond de. Lição de coisas. In: Poesia completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2002, p. 500-502. CASARES, Bioy. A invenção de Morel. São Paulo: Cosacnaify, 2008. CASSIRER, Ernest. Linguagem mito e religião. Trad. Rei Reininho. Lisboa: Rés, 1991. CHEVALIER, Jean. Dicionário de Símbolos. Rio de Janeiro: José Olímpio, 2008. DETIENNE, Marcel. Os Mestres da Verdade na Grécia Arcaica. Tradução de Andréa Daher. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor. FLAXMAN, Gregory. Gilles Delleuze, o filósofo do futuro. Disponível em: <http://www.fae.unicamp.br/etd/include/getdoc.php?id=52&article=5&mode=pdf>. Acesso em: 02 ago. 2009. GROSSMANN, Judith. Temas de teoria da literatura. São Paulo: Editora Ática, 1982. NIETZSCHE, Friedrich. Sobre a verdade e a mentira. São Paulo: Hedra, 2008. ____________________ O nascimento da tragédia ou Helenismo e Pessimismo. São Paulo: Companhia de Bolso, 2007. VERNANT, Jean-Pierre. Mito e Pensamento na Grécia antiga. Vários tradutores. São Paulo: Perspectiva, 2005. 1 Temos um mundo-texto, já que “texto” em sua origem diz de “tecido”: de enigmas, aspecto que é afirmado pela respectiva carta “A roda da fortuna” do tarô Egípcio (chama-se “A Esfinge”). 2 Instalação-evento que fez parte das ações do projeto “Biotecnologias de rua” e “Num dado momento: biotecnologias e culturas em jogo”. FICHA TÉCNICA - Criação: Alik Wunder, André Malavazzi, Carolina Ramkrapes, Carolina Cantarino, Elenise Andrade, Fernanda Pestana, Glauco Roberto, João Arruda, Thiago la Torre, Susana Dias, Sheyla Smanioto Macedo. Assessoria de montagem: Marli Wunder, Odair Mechi Soares, Renato Salgado de Melo Oliveira. Figurino: Marli Wunder e Maria Nadir de Quadros. Sonoplasta: João Arruda. Artista Visual: Thiago La Torre. Designer: Fernanda Pestana. Sub-coordenação: Susana Dias, Elenise de Andrade e Alik Wunder. 3 Utilizo, aqui, uma “poesia” em termos estritos, correndo o risco de fazer pensar que a poesia a que me refiro coincide com esta em questão de gênero, então assinalo que não é o caso. ANEXO 1

ANEXO 2

ANEXO 3

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ANEXO 4