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Revista Sociedade Policial, Ano III

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Page 1: Revista Sociedade Policial
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Page 3: Revista Sociedade Policial

Índice

� � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � ! " � � # � � " � � ! � � �••• Sociedade Policial ••• 03

Delegacias do Paraná recebem novos policiais civis

Beto Richa e Dilma discutem investimentos no Paraná

Segurança naCopa do Mundo

Saúde: projeto de prevenção benefi cia mulheres presas

Delegado Toledo fala da transformação da nova gestão

Segurança Pública é prioridade nº 1

Página 06

Página 19

Página 09

Página 24

Página 10

Página 26

Page 4: Revista Sociedade Policial

Luckmax Editora e Marketing ME.CNPJ: 11.232.594/0001-82

Curitiba - Paraná - Brasil

EDITOR:Arli Fernandes | (41) 9902-1001

[email protected]

Revista Dirigida aos Profissionais das Áreasde Segurança Pública e Empresários

[email protected]

www.sociedadepolicial.com.br

JORNALISTA:Adriana Guimarães Pereira (DRT5977)

DIAGRAMAÇÃO E ARTE FINAL:Silvia Angelica | [email protected]

DEPARTAMENTO COMERCIAL:Anibal Cortez | (41) 9810-6579

COLABORADORES:Delegado Francischini (Deputado Federal)

Maria Alice N. Souza (Superintendente PRF-PR)Milton Isack Fadel Jr. (Tenente Coronel PM-PR)

Dr. Vilson Alves de Toledo (Delegado de Polícia)Dr. Wilciomar Voltaire Garcia ( Delegado de Polícia)

João Carlos da Costa (Policial Civil)Lenine Mateus Albernaz (Juíz Instrutor)Valdir de Córdova Bicudo (Policial Civil)

APOIO:PRF (Polícia Rodoviária Federal)

PMPR (Polícia Militar do Paraná)DOA (Divisão de Operações Aéreas PRF)

ADEPOL (Associação dos Delegados de Polícia)SIDEPOL (Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado do Paraná)

ASSESSORIA JURÍDICALenine Mateus Albernaz - OAB/PR 23.467 (Advogado)

CONSTITUIÇÃO FEDERAL ART.220PARÁGRAFO 1 – NENHUMA LEI CONTERÁ DISPOSITIVO

QUE POSSA CONSTITUIR EMBARAÇO À PLENA LIBERDADE DE INFORMAÇÃO JORNALÍSTICA EM QUALQUER VEÍCULO DE

COMUNICAÇÃO SOCIAL

CONSTITUIÇÃO ESTADUAL ART.237A PUBLICAÇÃO E CIRCULAÇÃO DE VEÍCULO IMPRESSO

DE COMUNICAÇÃO INDEPENDE DE LICENÇADE AUTORIDADE

Observação:Os artigos assinados não representam necessariamente

a opinião da Revista Sociedade Policial.

Editorial

Desarmamento e

plebiscito, de novo!

A Revista Sociedade Policial, não possui vinculo oficial com NENHUM orgão público, distribuição gratuita e dirigida para orgãos públicos municipais, estaduais, federais e anunciantes.

04 ••• Sociedade Policial ••• $ $ $ % & ' ( ) * + * , + ( - ) . ( + * ' + ( + ( ) + / . 0 + 1 2 3 4 ) * 5 + ) 4 . 1 2 3 $ $ $

João Carlos da Costa

O recente episódio ocorrido na Escola Municipal Tasso da Silveira, no Realen-go, Rio de Janeiro, é uma demonstração de que a violência está tomando rumos bastante drásticos. Em meio a isso, as cobranças da população sobre a melhoria da segurança pública, tão prometida na campanha presidencial e governamen-tais, mas que até agora não saíram do papel. A morte das 12 crianças aumentou a preocupação das famílias até em mandar seus fi lhos às escolas, sabendo que nem mesmo ali estão seguras.

O fato trouxe também à baila a retomada das discussões em relação ao desarmamento, para o qual está havendo um burburinho, no sentido de se fazer um novo plebiscito sobre a comercialização de armas.

O assunto é bastante polêmico, tendo em vista que mesmo que haja a proi-bição da venda de armas e a insistência na campanha do desarmamento, essas apenas reduzirão em parte a violência e somente as pessoas de bem serão desarmadas. Além do que, os bandidos sempre darão um jeito para consegui-las na clandestinidade, mediante ação violenta ou por corrupção. Esta, no Brasil, in-felizmente um mal social incurável e arraigado na cultura brasileira, que facilita e incentiva a criminalidade.

Se a pretensão é, de fato, reduzir a violência e a criminalidade coibindo a cir-culação de armas no mercado, outras estratégicas deverão ser aplicadas. Dentre elas, a elaboração de políticas públicas que visem o combate direto à corrupção e o enfrentamento direto ao contrabando de armas pesadas nas fronteiras, pois é notório que o crime organizado, principalmente, utiliza-se de armas de grosso calibre, que é pecuniariamente vantajoso e dá mais poder de fogo.

Um novo plebiscito além de gerar custos é desnecessário, principalmente porque oportunizará a alguns políticos de plantão alimentar as fogueiras da vai-dade. A população quer, de fato, é segurança pública na prática, ao menos como retorno na forma de benefício social, dos altos tributos cobrados e que só servem para engordar os cofres públicos e o bolso dos corruptos. Afi nal, o Estado tem a obrigação de zelar pelos cidadãos de bem e de garantir a mínima tranqüilidade de ir e vir. Então que aparelhem adequadamente, de pessoal e material, os órgãos responsáveis pela segurança da sociedade.

Page 5: Revista Sociedade Policial

Segurança, o grande desafi oArtigo

••• Sociedade Policial ••• 05

Toda mudança é salutar e, dependendo da velocidade em que ela vem assusta, porque traz novidades boas para alguns, ruins para outros, principalmente aos acostumados à ro-tina. É como o despertar de um vulcão que entra em erupção e pega muita gente despre-venida. Assim começou o ano, com a troca ou recondução de governantes no comando do País e dos Estados brasileiros. Cada um montando suas estratégias e alianças políticas utilizando-se do jogo-de-cintura e muita diplo-macia para acomodar os apaniguados em car-gos de confi ança. Estes, com raras exceções, se achegam, nem sempre com ânsia de mos-trar serviço, mas com uma fome devoradora de poder, o grande mal da humanidade, que às vezes sobe à cabeça num piscar de olhos e faz com que as pessoas transformem a sua personalidade (ou mostram quem realmente são) e passem por cima de virtudes como res-peito, dignidade e outros valores em relação aos seus semelhantes, para mostrar que “po-dem”, até mesmo quando assumem uma “che-fi a de latrina”.

Na expectativa de um novo paradigma, o povo do Paraná foi contemplado com a posse de Beto Richa, como governador, considerado um dos melhores prefeitos do Brasil, confor-me índice de aprovação divulgado pela mídia, de quase 80% durante o período em que fi -cou à frente da Prefeitura de Curitiba e, eleito no primeiro turno nas eleições de 2010, com mais de 70% dos votos. Pela sua maneira de agir, conforme demonstrou no seu discurso de posse, na indicação dos seus assessores dire-tos e também em outras solenidades, sempre reafi rma taxativamente sobre o seu plano de governo, o qual já colocou em prática, que ha-verá muitas inovações e que irá impor uma fórmula dinâmica para o desenvolvimento do Estado do Paraná. Tem dado a entender que pretende estabelecer uma administração bastante avançada e comprometida com a efi ciência, com a moralidade e com a hones-tidade. Enfatiza sempre que na sua gestão as secretarias de Estado deverão atuar de forma integrada, em sintonia com o plano de ações governamentais.

No período de campanha o atual governa-dor teve a oportunidade de verifi car “in loco” que o Paraná possui uma área territorial bas-tante extensa e que carece de atenção em to-dos os setores. Muitos municípios localizados no chamado “cinturão da pobreza”, que apre-sentam Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) baixo estão abandonados pela falta de oportunidades dos seus habitantes, que mi-gram para outros mais próximos da capital ou se aglomeram na periferia das cidades de maior porte, sem qualquer tipo de esperan-ça. Essas áreas vêm sofrendo há muito tempo pela falta de industrialização, investimento na agricultura, na cultura, na educação e

demais setores. Alguns dos municípios do Norte Pioneiro, principalmente, sobrevivem do plantio da cana-de-açúcar, monopolizado pelas grandes usinas, que aos poucos estão se modernizando e mandando embora os trabalhadores, a maioria sem capacitação ou qualifi cação e que, por este motivo, quan-do despedidos, encontram consolo nos bares das cidades onde afogam suas mágoas. Pra completar, quando não caem bêbados nas calçadas, voltam para suas casas e espancam esposa e fi lhos. Os trabalhadores mais novos, analfabetos ou semi-analfabetos, sem profi s-são e melhores oportunidades de emprego caem no vício ou no tráfi co de drogas. Quem visitar esses locais pode, tranquilamente, constatar essa realidade e verifi car que, prin-cipalmente nesses, e nas demais regiões do Estado os índices de criminalidade aumentam assustadoramente. Sobre este aspecto, certa-mente o novo governo já vislumbrou que terá muito trabalho pela frente.

De olho no futuro - Dentre os maiores anseios da população paranaense, a seguran-ça pública está sendo o carro-chefe das ações do governo nesta gestão, a qual colocou como prioridade. O dia a dia mostra que a violên-cia e a criminalidade aumentam em todos os lugares, tanto nas pequenas quanto nas gran-des cidades. Estatísticas apontam que a maior parte dos assassinatos e de outros crimes vio-lentos é causada pelo tráfi co e uso de drogas como a cocaína, o crack e álcool e envolvem jovens e adolescentes na faixa etária entre 14 e 24 anos. Os grandes roubos, perpetrados por quadrilhas especializadas, têm no con-trabando de armas através da fronteira com outros países, o seu principal meio de articu-

lação. Para combater esses tipos de crimes somente ações integradas com outros órgãos e também com a sociedade civil, pois hoje a segurança pública é matéria interdisciplinar e inclui investimentos e participação na cul-tura, educação entre outras áreas. Esse inter-relacionamento é intrínseco, pois as ações conjuntas com outros órgãos e o trabalho de informação são muito importantes, tendo em vista a diversidade de crimes, e a ação policial é essencial para a prevenção e elucidação.

Acrescente-se, que os órgãos de seguran-ça estadual não podem trabalhar “engessados” pelos problemas que há tempos obstaculizam o combate à criminalidade e a violência em todo o País. No Paraná não é diferente. A nova equipe de governo tem pela frente a falta de condições materiais, humanas e fi nanceiras, a resolução de problemas dos técnicos da se-gurança, no caso da Polícia Civil, relegados à função de guarda de presos condenados, em cadeias públicas superlotadas. Falta também a motivação e salários compatíveis para a va-lorização dos seus trabalhos e programas que viabilizem uma vida digna.

Corrobora ainda esta situação a necessida-de de reforma e construção de delegacias, mui-tas com mais de um centenário e a reposição e ampliação dos quadros de pessoal das polícias, há muito tempo sem reposição necessária e proporcional ao aumento da população.

Enfi m, muitos obstáculos estão à guiza de ações de grande impacto e a população para-naense, conforme demonstrado no resultado das urnas acredita na capacidade e ousadia do atual governador, que indicou para o coman-do das principais instituições de segurança do Estado técnicos conhecedores da área e com dinamismo: dois delegados de polícia, um da Polícia Federal como secretário de Segurança, um da Polícia Civil, como diretor do Depar-tamento da Polícia Civil e, logicamente, um coronel da Polícia Militar como comandante dessa instituição. Conforme afi rmou na posse do Delegado Geral da Polícia Civil na Escola Superior de Polícia CIvil: “Tivemos especial cuidado na escolha de nomes, que estão entre os melhores quadros da Polícia, e com eles estamos prontos e preparados para dar as respostas que o povo deste Estado aguarda por muito tempo”.

Cada gestão tem a suas difi culdades e que podem e devem ser superadas com bom sen-so, determinação e paciência. Os problemas do Paraná são muitos e os cidadãos paranaenses sabem disso e por isso acreditam nas virtudes do governador e na competência da equipe de trabalho escolhida para assessorá-lo.

João Carlos da CostaBel. em Direito (aprovado na OAB), Bel.

Químico, Professor eEscrivão de Polícia.

e-mail: [email protected]

Page 6: Revista Sociedade Policial

ESPC

Delegacias do Paraná recebem213 novos policiais civis

O secretário da Segurança Pública, Rei-naldo de Almeida César, participou no dia 15 de março, da formatura da turma, que pas-sou quatro meses na Escola Superior de Po-lícia Civil do Paraná (ESPC) se preparando para assumir as funções de investigador e escrivão.

Formaram-se 131 investigadores e 82 es-crivães, que serão encaminhados para unida-des policiais em todo o Estado. Os alunos pas-saram por treinamento com 1 mil horas/aula de diversas disciplinas, como o conceito de polí-cia comunitária, direitos humanos e legislação, cibercrimes, investigação policial, sociologia aplicada e uso de arma de fogo.

Os policiais também passaram por ava-liações psicológicas e receberam treinamento teórico e prático, na delegacia-laboratório e em delegacias estabelecidas.

A solenidade ocorreu no Centro de Con-venções de Curitiba e contou com a pre-

sença do delegado-geral da Polícia Civil, Marcus Vinícius Michelotto, do delegado-ge-ral-adjunto, Francisco José Batista da Costa, e do diretor da ESPC, Luiz Alberto Cartaxo Moura.

Fonte: AEN PR

Foto: Giovani Santos/SESP

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Page 7: Revista Sociedade Policial

Honre

Foto: Giovani Santos/SESP

Polícia Civil cria grupo especializado para investigar homicídios antigos

A Polícia Civil criou o grupo Honre (Homi-cídios não resolvidos), para investigar casos que aguardam solução há mais de dois anos. O grupo contará com duas equipes, chefi a-das por um delegado experiente, e buscará solução para os casos investigados em in-quéritos há mais de dois anos. Desta forma, as demais equipes da delegacia de Homicí-dio podem se dedicar somente às investiga-ções de crimes mais recentes.

De acordo com o delegado-geral da Po-lícia Civil, Marcus Vinicius Michelotto, o pro-

jeto-piloto vai ser aplicado em Curitiba, mas poderá ser levado a outras cidades. “Com a criação do Honre, as equipes da delegacia de Homicídio podem se dedicar às investi-gações de crimes mais recentes. Queremos que as respostas para a sociedade e para as famílias das vítimas sejam dadas em tempo menor”, afirmou Michelotto.

Segundo a polícia, a necessidade para criar este grupo é o grande número de in-quéritos policiais ainda sem solução. “Alguns casos acabam de lado devido ao acúmulo

de trabalho da delegacia em função do vo-lume das ocorrências atendidas”, explicou o delegado-geral.

Estrutura - Inicialmente, o grupo usará a estrutura da delegacia de Homicídios, que é subordinada a divisão de Investigações Cri-minais, do departamento da Polícia Civil do Paraná. A triagem dos casos que fi cará sob a responsabilidade do Honre, terá como base modernas técnicas de investigação policial. Serão seguidos critérios como o tempo en-tre a prática do crime e a data da análise, as possibilidades de produção de provas, as provas já colhidas e os indícios apurados.

Segundo o delegado que comandará o grupo, Rubens Recalcati, será avaliada a quantidade de pessoal e de recursos materiais. “Os casos analisados na triagem que precisa-rem de maior contingente policial serão rees-truturados”.

De acordo com o delegado-chefe da Di-visão de Investigações Criminais (DIC), Luis Fernando Viana Artigas Filho, os casos que não tiverem mais condições de serem inves-tigados serão encaminhados à Justiça, com sugestão de arquivamento. “Trata-se de mu-dança de paradigma, que indica linguagem clara e objetiva, baseada em planejamento e controle de resultados, na parcela que cabe à Polícia Civil no combate à violência e na pro-teção da vida”, explicou.

Fonte: AEN PR

H H H I J K L M N O N P O L Q M R L O N K O L O L M O S R T O U V W X M N Y O M X R U V W H H H••• Sociedade Policial ••• 07

Page 8: Revista Sociedade Policial

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IML

Secretário da Segurança anuncia medidas para resolver crise no IMLO secretário da Segurança Pública, Rei-

naldo de Almeida César, anunciou em março medidas de curto e médio prazos para resolver a situação do Instituto Médico Legal de Curitiba e das unidades do interior. De imediato, serão contratados temporariamente médicos legis-tas, peritos e auxiliares de necropsia, peritos químico-legais, toxicologistas, auxiliares admi-nistrativos e motoristas para o IML de Curitiba e das 17 unidades instaladas no Estado.

“O IML tem hoje 73 médicos legistas em atividade e precisa de pelo menos o dobro para ter efi ciência”, afi rmou o secretário. Depois de aprovado na Assembleia Legislativa o projeto de lei que corrige algumas distorções na car-reira, a Secretaria da Segurança Pública vai realizar concurso público.

A solução defi nitiva para Curitiba será a construção de novas instalações para o IML, num prazo de 12 a 15 meses. Em 60 dias, a secretaria entrega as obras das unidades do IML em Paranaguá, União da Vitória, Parana-vaí e Toledo. Em seguida, haverá licitação para construção das unidades de Maringá, Londri-na, Foz do Iguaçu e Ponta Grossa.

“O IML de Curitiba precisa sair do centro da cidade. Precisamos de uma sede construí-da de acordo com as normas ambientais e da vigilância sanitária. O projeto arquitetônico está pronto desde junho do ano passado e a obra

está orçada em cerca de R$ 15 milhões. Não houve, porém, a inclusão dessa obra no orça-mento de 2011. Uma solução para o processo será a contratação emergencial”, explicou Al-meida César.

De acordo com o secretário, o Governo do Paraná vai propiciar as condições para que o IML volte a ser referência nacional. “O gover-nador Beto Richa assumiu o compromisso de resolver o problema do IML, que envergonha todo o Paraná. A morte de um parente ou de um amigo é o momento de maior afl ição das fa-mílias, e o Estado deve atendê-las com rapidez e efi ciência”, afi rmou.

A Secretaria de Segurança também vai recompor a frota para transporte de corpos. Serão adquiridos 25 rabecões para atender os IMLs do Estado. “Os veículos que estão em uso não têm condições técnicas de acon-dicionamento e transporte dos corpos. Um deles já rodou 800 mil quilômetros. Os rabe-cões são muito antigos e inadequados”, disse o secretário.

Câmaras - Para resolver a superlotação das câmaras frias, a secretaria vai fazer um trabalho articulado com o Poder Judiciário e com as pre-feituras de Curitiba e região metropolitana.

Atualmente, existem 119 corpos sem iden-tifi cação ou que não foram reclamados pelas

famílias no IML de Curitiba. “Esse volume vem se acumulando desde 2008. Para que os cor-pos possam ser enterrados, é necessário alva-rá judicial e um local para o enterro. Por isso, é fundamental essa articulação para agilizar os trâmites burocráticos”, afi rmou Almeida César.

Exames - Em seis meses, deverá estar em funcionamento o laboratório de DNA. “Es-tamos fi nalizando a compra de equipamentos. A formação do banco de dados de DNA será muito importante, não só para identifi cação de corpos, mas especialmente para o traba-lho da polícia científi ca na identifi cação de criminosos.”

Além de mandar consertar o único croma-tógrafo existente no IML, o secretário pretende adquirir mais um equipamento similar e vai rei-vindicar ao Ministério da Justiça a compra de um terceiro, para utilização na separação de componentes químicos.

Outra medida anunciada foi a formaliza-ção de convênio com a Secretaria da Saúde para que as perícias de crimes sexuais não sejam mais realizadas nas instalações do IML. “Queremos que esses exames sejam re-alizados em hospitais ou em espaços físicos de menor constrangimento para as vítimas”, disse o secretário.

Fonte: AEN PR

Page 9: Revista Sociedade Policial

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Policiais se preparam para garantir segurança na Copa do Mundo

Como parte dos preparativos para a se-gurança na Copa do Mundo de 2014, policiais do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) realizaram curso para o uso de arma de choque elétrico. O dispositivo não letal reduz o risco de lesões graves em ocorrências policiais.

O instrutor da Polícia Rodoviária Federal, Nivaldo Aparecido Minervi, orientou sobre fun-cionamento, tipos de cartuchos e locais em que

devem ser usados esses tipos de arma. “Todos os participantes, no fi m do curso, foram atingi-dos por um disparo, para sentir os efeitos da corrente elétrica no organismo humano”, con-tou o instrutor.

“Pudemos conhecer o equipamento, nos familiarizar sobre os mecanismos de funciona-mento e verifi car seus efeitos”, avaliou o dele-gado Renato Coelho de Jesus.

Para o chefe do setor de treinamentos do Cope, Afonso Ninja, a arma de choque pode ser adotada para o policiamento ostensivo e para grupamentos especiais. “Até o fi m do semestre pretendemos realizar vários outros cursos sobre o uso da arma de choque, para que todos os policiais estejam habilitados e treinados para sua utilização”.

Fonte: AEN PR

2014

BLINDADO - Afonso (Ninja) Ferreira e Luércio Turra, do Tático Integrado de Gru-pos de Repressão Especial (Tigre), esti-veram em Mauá, São Paulo, para conhecer a fabricação de equipa-mentos de segurança para proteção individual e coletiva, como cole-tes, escudos, capacetes balísticos e blindagem de veículos. Os policiais participaram de testes com a Viatura Blindada Leve (VBL), um carro de combate com tecnologia e fabricação nacional e alto nível de blindagem

balística. “É uma excelente viatura blindada, um carro de combate ideal para ser utilizado em áreas urbanas e rural”, disse Turra.

Foto: COPE

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Entrevista

Delegado Toledo fala da grande transformação da nova gestão

A Polícia Civil do Paraná registrou grandes avanços nos últimos anos. Com as mudanças de governo na área da Segurança Pública, o delegado Vilson Alves de Toledo, fala dos projetos e anseios da nova gestão, para a Assessoria de Relações com a Comunidade da Polícia Civil do Paraná.

Para Toledo, esta nova missão é desafi adora, mas ele acredita que a união de todos os órgãos vinculados a área de Segurança Pública (Polícia Civil, Polícia Militar, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, a Guarda Municipal, Força Nacional de Segurança Pública) em conjun-to com a Secretaria Nacional de Segurança Pública podem transformar nossa sociedade. “Com a eleição do Governador Beto Richa e a conse-quente nomeação do Dr. Reinaldo de Almeida Cesar para gerir a Pasta

da Segurança Pública no Estado do Paraná, vislumbra-se novos ares para essa área extremamente nevrálgica e a população em curto espaço de tempo observará várias transformações”, ressalta Toledo.

De acordo com o delegado Toledo, além de ser uma nova gestão, será uma gestão com forte cunho participativo, moderna, inovadora e com os recursos disponíveis e com os que virão a seguir, será possível realizar uma reestruturação em todos os níveis, otimizar o atendimento a clientela que procura a Polícia Civil diariamente, prestando um serviço qualitativo,e dessa forma propiciando resultados positivos e consequen-temente recuperando a credibilidade da sociedade em relação ao de-sempenho da Polícia Judiciária no Paraná.

Da Redação

Revista Sociedade Policial - Quais são

os órgãos que passa a chefi ar e quais atri-

buições?

Dr. Toledo - A Assessoria de Relações com a comunidade tem também como atribui-ções a Assessoria de Imprensa e o Cerimonial da Polícia Civil. A Assessoria de Relações com a Comunidade tem a função prestar assesso-ria ao Delegado-Geral nos assuntos referentes ao relacionamento e integração da Polícia Civil com as outras instituições e órgãos públicos e privados, bem como, com a comunidade em geral; receber críticas e sugestões de re-presentantes das comunidades e dos demais

órgãos públicos e privados sobre a atuação da Polícia Civil; promover palestras e campanhas sobre o esclarecimento das atividades desen-volvidas pela instituição; manter cadastro de comunidades organizadas; planejar, coordenar e executar programas e projetos de ações ao exercício da cidadania. A Assessoria de Im-prensa é o órgão de assessoramento superior com atribuição de gerenciar as ações de co-municação externa e interna da Polícia Civil, em consonância com as diretrizes traçadas pela Secretaria de Estado da Segurança Pú-blica do Paraná. Tem ainda por funções fazer a clipagem de matérias jornalísticas de interesse

da Instituição; coletar, produzir e fornecer infor-mações e demais notícias aos meios de Co-municação Social, sempre sob a orientação e coordenação do órgão; intermediar o agenda-mento de entrevistas com os profi ssionais da Instituição; Ao Cerimonial cabe, dentre outras atividades, promover o registro fotográfi co de eventos do órgão e organizar e gerenciar even-tos internos promovidos pela Instituição.

RSP - Como avalia o início à frente da As-

sessoria de Relações com a Comunidade?

Dr. Toledo - Um enorme desafi o, mas com muita satisfação em ser convidado pelo Sr. De-

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“POLÍCIA CIVIL, COMO UM ANJO VOCÊ NÃO VÊ, MAS ESTÁ SEMPRE PERTO DE VOCÊ!”

legado Geral para assessorá-lo diretamente e ao mesmo tempo um orgulho poder ajudá-lo a construir uma nova história da Polícia Civil do Paraná. “Não podemos voltar atrás e fazer um novo recomeço mas podemos iniciar hoje uma nova história”.

RSP - Qual são os principais desafi os

no cargo e expectativas?

Dr. Toledo - Reativar esse órgão que es-tava adormecido e que em face de suas rele-vantes atribuições e será dada toda a atenção pelo Delegado Geral na sua reestruturação.

RSP - No que consiste esta nova gestão?

Dr. Toledo - Teve início através do Go-vernador Beto Richa, ao nomear para co-mandar a Pasta da Segurança Pública, o Dr. Reinaldo de Almeida Cesar, considerado um dos expoentes da Polícia Federal, que teve atuação destacada no processo de moderni-zação da Polícia Federal. Além do exposto, foram nomeados para chefiar as Divisões e Unidades Policiais, delegados com perfil di-recionado e comprometido com a causa da Segurança Pública.

RSP - Qual é a prioridade do Departa-

mento da Polícia Civil?

Dr. Toledo - O Dr. Michelotto e toda sua equipe estão elaborando projetos que serão implementados gradativamente, objetivando transformar a Segurança Pública do Paraná, devolvendo ao policial civil a auto-estima e

levá-lo novamente a ter orgulho de pertencer à Polícia Civil, instituição que vem prestando serviços relevantes à sociedade paranaense há mais 157 anos.

RSP - De que maneira a Assessoria de

Relações com a Comunidade realizará este

trabalho?

Dr. Toledo - Através de todos os organis-mos de Segurança Pública acima nominados em conjunto com a comunidade. Também es-treitar as relações com os Conselhos Comuni-tários de Segurança – e através desses meca-nismos otimizar a comunicação entre a policia e sociedade.

RSP - Quais são os projetos para o pú-

blico interno?

Dr. Toledo - A proposta do nosso Delega-do Geral Marcus Michelotto é estabelecer um processo de aproximação com os policiais ci-vis de base, ouvindo os seus anseios, idéias, projetos, sugestões e críticas para aplicá-las em projetos que benefi ciem a classe policial, que também são destinatários da segurança pública.

RSP - De que maneira estes projetos se-

rão aplicados?

Dr. Toledo - Parcerias com a sociedade civil organizada, empresas públicas e priva-das, oferecer cursos de requalifi cação Poli-ciais Civis, visando o crescimento intelectual, e dando a confi ança no exercício do trabalho

de Polícia Judiciária,assim melhorando a qua-lidade de vida de todos.

RSP - Qual o papel da comunidade no

auxílio à Segurança Pública?

Dr. Toledo - A comunidade tem participa-ção de fundamental importância, sempre con-tribui na medida em que participa de forma efe-tiva, abastecendo a polícia com informações, já que a comunidade é os olhos da polícia no local onde mora. Enfi m, a comunidade além de ser uma aliada é o nosso principal objetivo.

Page 12: Revista Sociedade Policial

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Novo grupamento doCorpo de Bombeiros

A Polícia Militar do Paraná instalou no dia 5 de abril, o 7° Grupamento do Corpo de Bombeiros (GB), além de empossar o primeiro comandante da unidade, o Tenente-Coronel Ricardo Silva. O secretário de Estado da Se-gurança Pública, Reinaldo de Almeida Cezar, participou da solenidade acompanhado pelos comandantes da PM, Coronel Marcos Teodoro Scheremeta e do Bombeiros, Coronel Hércules Donadello.

“A orientação do governador Beto Richa é no sentido de que possamos colocar toda a capacidade de trabalho da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros, da Polícia Civil, das uni-dades que integram a estrutura da segurança pública em benefício, em favor da população do Estado”, afi rma o secretário. “A instalação deste grupamento, numa região tão importante de Curitiba, da região metropolitana, obedece

a orientação do governador”, completa. A unidade conta com 202 bombeiros mi-

litares, incluindo ofi ciais e praças, e será res-ponsável pelo atendimento emergencial de pronto-socorrismo, combate à incêndios e sal-vamentos em 31 bairros da região norte da ca-pital e 14 municípios da região metropolitana. “É uma unidade que vai materializar o trabalho do bombeiro militar numa região tão importante da cidade, vai agilizar o trabalho, trazer mais rapidez no atendimento. Enfi m, é uma conquis-ta importante”, garante.

O Comandante-Geral da PM esclarece que a reestruturação do Corpo de Bombeiros é fruto da Lei de Organização Básica, de se-tembro do ano passado, a qual criou diversas unidades da corporação em diferentes regiões do Estado. A instalação se deve ao Decreto Nº 8529 de outubro de 2010. Agora o 7° Grupa-mento do Corpo de Bombeiros (bairro Cabral – Curitiba) divide os trabalhos de Curitiba e re-gião metropolitana com o 6° Grupamento (em São José dos Pinhais) e 1° Grupamento (no bairro Portão – Curitiba).

“Com esta divisão de competências, vamos ter mais atenção para 31 bairros de Curitiba e para 14 bairros da Região Metropolitana aten-didos pelo 7° grupamento. As outras unidades também fi cam desafogadas”, diz Scheremeta. “Essa reestruturação do Corpo de Bombeiros

faz parte do anseio da população paranaense, e principalmente da Região Metropolitana, que agora pode contar com o grupamento de bom-beiros que vai atendê-la mais especifi camen-te”, complementa.

O 7° GB será responsável pelas ações de bombeiro militar nos municípios de Curitiba (31 bairros), Campina Grande do Sul, Adrianópolis, Tunas do Paraná, Bocaiúva do Sul, Colombo, Quatro Barras, Doutor Ulisses, Cerro Azul, Rio Branco do Sul, Campo Largo, Campo Magro, Almirante Tamandaré e Balsa Nova. “Esta uni-dade foi criada para dar melhor atendimento à área norte de Curitiba e parte da região metro-politana, com mais agilidade e precisão”, disse o Comandante do Corpo de Bombeiros, Coro-nel Donadello.

“A reestruturação da Polícia Militar, que atendeu também o Corpo de Bombeiros, foi muito boa para todos nós que tivemos um

7º GB

Fotos: Daniel Meneghetti

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crescimento de 100% das nossas atividades; e a criação do 7º GB representa um avanço de qualidade no serviço dos bombeiros, por isso estamos muito felizes com o tratamento que estamos recebendo”, ressalta Donadello.

Coronel Ricardo – O comandante da uni-dade disse que sua meta é buscar índices de referência nos trabalhos que serão desempe-nhados pela nova unidade. “Para isso vamos aprimorar ainda mais o atendimento com as ambulâncias, com os caminhões, e todos os outros equipamentos, para que possamos prestar um serviço de qualidade e diferenciado para a população que abrangemos”, frisa.

Para Ricardo, a divisão de competências contribui para a melhoria dos trabalhos presta-dos em cada região. “Antes a comunidade curi-tibana era ‘guardada’, pelo 1º GB. Hoje a capital conta com dois grupamentos, o 1º [responsável pelas áreas central e sul] e o 7º [que cuida da ala norte de Curitiba e 14 municípios da RMC]”, destaca o comandante a unidade instalada.

Ricardo também aproveitou para lembrar que o Corpo de Bombeiros está se expandindo ainda mais. “Está previsto para 12 de abril a inauguração do quartel de Colombo, ampliando ainda mais o socorro público prestado pelo Cor-po de Bombeiros na região metropolitana, dimi-nuindo o tempo-resposta para que a gente possa

cada vez mais aprimorar esse serviço”, enfatiza.

Participação – Dentre as autoridades ci-vis e militares, além de prefeitos e vereadores, estava o ex-comandante da PM e do Corpo de Bombeiros, o Coronel da reserva Daniel Cezar Maingué. “Eu tive a honra de ser comandante do Corpo de Bombeiro da PMPR, e hoje fi co feliz em ver a Polícia Militar crescendo cada vez mais e, especialmente, hoje, vendo o Cor-po de Bombeiros com uma nova unidade. Além disso, tenho certeza que os integrantes desta unidade atenderão da melhor forma possível a população”, afi rmou.

Fonte: Comunicação PMPR

Sest/Senat repassa alimento e água às vítimas O Sest/Senat Paraná repassou mil garrafas de água mineral e a mesma quanti-

dade de sanduíche à Defesa Civil do município de Morretes. As doações destinam-se às vítimas da tragédia causada pela chuva no litoral do Paraná, no mês de março.

A ação do Sest/Senat Paraná contou com o apoio da Federação das Em-presas de Transporte de Passageiros dos Estados do Paraná e Santa Catarina (Fepasc) e da Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado do Paraná (Fetranspar).

No dia 17 de março, elas disponibilizaram três unidades móveis do Despoluir, o Programa Ambiental do Transporte, para levar a água e o alimento até Morretes, que fi ca a 60 km de Curitiba.

A Ecovia, concessionária responsável por esse trecho da BR-277, também apoiou a ação com o repasse de informações sobre condições da estrada e a libe-ração da passagem gratuita dos três veículos pelo pedágio.

Além dos três técnicos do Despoluir – Ademir, Sandro e Geraldo – também parti-ciparam da entrega colaboradores Andréa, Clédio e Leandro, do Sest/Senat Curitiba.

Fonte: Sest Senat

O instrutor Clédio Thomaz, do Sest/SenatCuritiba, descarrega as garrafas de água

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Migração

Batalhões de Guarda eMetropolitano da PM migrampara o 6° Comando Regional

A Polícia Militar do Paraná realizou em março a última adequação do processo de ins-talação dos comandos regionais da corporação (CRPMs). Trata-se da migração do Batalhão de Polícia de Guarda e do 17° Batalhão (me-tropolitano), que pertenciam ao 1º Comando Regional, com sede em Curitiba, para o 6° Co-mando Regional, que terá sede em São José dos Pinhais.

Os seis comandos regionais atuais foram criados a partir do desmembramento dos an-tigos comandos do Policiamento do Interior (CPI) e Policiamento da Capital (CPC), que eram responsáveis pelo gerenciamento admi-nistrativo e operacional de todos os municípios paranaenses.

“Cada um destes comandos é responsá-vel por um número menor de unidades da PM (companhias e batalhões), o que dá a elas auto-nomia e agilidade nas decisões”, explica o Co-ronel Sérgio Filardo, comandante do 6° CRPM.

Para o comandante do 1º CRPM, coronel Ademar Cunha Sobrinho, “os serviços presta-dos à população passam a ter mais agilidade e qualidade, com um atendimento mais focado”. O 1° Comando Regional está localizado em Curitiba (antigo CPC), e é responsável pelos 12°, 13° e 20° batalhões (capital); pelo Bata-

lhão de Polícia de Trânsito (BPTran); Regimen-to de Polícia Montada e Companhia Indepen-dente de Polícia de Guarda.

Estas mudanças estão embasadas em de-cretos governamentais, oriundos das leis de or-ganização básica da Polícia Militar (nº 16575) e de fi xação de efetivo (nº 16576). A primeira

previa a reorganização física da corporação, criando novas unidades como batalhões e companhias (dependentes e independentes) em todo o Estado. A segunda elevou o número do efetivo previsto na polícia para 26.747 inte-grantes, entre ofi ciais e praças.

Fonte: AEN PR

Foto: Manoel Gomes/PMPR

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Proposta de celas modularesprevê mais de 1.500 vagas

Documento do governador Beto Richa, propondo ao Ministério da Justiça a com-pra de 264 celas modulares, que quadru-plicarão as vagas para detentos na faixa de 18 a 24 anos, foi entregue ao ministro José Eduardo Cardozo, no final de feverei-ro, pela secretária da Justiça e Cidadania, Maria Tereza Uille Gomes, em Tatuí, estado de São Paulo. A solicitação foi feita durante a cerimônia em que o Paraná recebeu três ambulâncias equipadas do Depen/MJ para utilização no Departamento Penitenciário Estadual.

A proposta encaminhada pelo Gover-nador pede a reestruturação do projeto de construção da penitenciária masculina para jovens adultos, em Piraquara, com a utilização de celas modulares que têm

capacidade para seis presos cada. “Com isso”, explica a secretária de Justiça, “poderão ser criadas duas penitenciárias destinadas a detentos dessa faixa etária, totalizando 1584 novas vagas no sistema penitenciário estadual, o que equivale a quatro vezes o número de vagas previsto no projeto inicial”.

O pedido do Paraná tem como base es-tudo realizado pela Seju mostrando que o valor de R$ 15 milhões a ser aplicado pelo Governo Federal com a obra inicial, previs-ta para 421 presos, pode, porém, ampliar as vagas com a utilização da tecnologia de celas modulares. Este tipo de cela apresen-ta um custo menor do que a construção de uma penitenciária nos moldes tradicionais e, inclusive, atende as diretrizes básicas de

construção, ampliação e reforma de estabe-lecimentos penais estabelecidas pelo pró-prio Governo Federal.

Ambulâncias - O ministro da Justiça fez a entrega de 70 ambulâncias aos siste-mas prisionais estaduais, que servirão para o transporte de presos que necessitam de atendimento médico de urgência até as uni-dades hospitalares. O Paraná recebeu três veículos a serem utilizados pelo Depen. Os veículos são do tipo furgão e foram adapta-dos como ambulância tipo B, suporte bási-co de vida, pela Rontan Eletro Metalúrgica. São ambulâncias similares às utilizadas pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).

Fonte: Secretaria de Estado de Justiça

Governador solicita novo Projeto de Lei autorizando recursos para a construção de unidades penais

Buscando soluções para a questão carcerária, o governador Beto Richa entregou ao Ministro Justiça, José Eduardo Cardozo, documento solicitando o encaminhamento de nova mensagem, se-melhante ao Projeto de Lei 10/2010, para a disponibilização de re-cursos federais visando à construção de estabelecimentos penais no Estado. Estes recursos viriam sanar problemas relacionados ao excedente da população carcerária.

O Projeto de Lei 10/2010 previa a liberação de recursos fede-rais para a construção dos estabelecimentos penais no país, via Ministério da Justiça, e o Paraná receberia o equivalente a R$ 79 milhões. Porém, o texto permaneceu aguardando a inclusão na ordem do dia e uma nova mensagem deverá ser apresentada ao Legislativo. E é nesse sentido, que o Governador solicita esforços da esfera federal para a remessa do novo projeto de lei.

Segundo a secretária da Justiça e Cidadania, Maria Tereza Uille Gomes, que esteve, pessoalmente tratando da questão em Brasília, o valor destinado ao Estado integra um total contingen-ciado para vários estados de R$ 478 milhões, relativo ao Fundo Penitenciário Nacional (Funpen), para aplicação na construção de unidades penais, e já havia recebido manifestação favorável do Ministério do Planejamento.

“No caso do Paraná, os recursos destinam-se à construção de casas de custódia, penitenciária feminina, galpões industriais e alo-jamentos em regime semiaberto, o que reduzirá o problema de ex-cedente de presos nas delegacias e cadeias”, explicou Maria Tereza.

Fonte: AEN PR

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Francischini apresenta projetos para atender o sistema penitenciário

O Deputado Federal Fernando Francischi-ni, delegado de Polícia Federal licenciado, res-ponsável por operações policiais que levaram a prisão trafi cantes de drogas, como o colom-biano Juan Carlos Abadia e Fernandinho Beira Mar, apresentou um Projeto de Lei, de Regime de Segurança Máxima (Rmáx) e um projeto para a proibição da concessão do auxílio-reclu-são para parentes de presos condenados por crimes hediondos como estupro, homicídio e tráfi co de drogas.

O projeto de Regime de Segurança Má-xima, se aplica aos presos submetidos ao Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) e que continuam a comandar crime dentro e fora dos presídios.

O novo projeto proíbe visitas íntimas, au-toriza a gravação em áudio e vídeo de visitas

Agentes Penitenciários agradecem o apoio

Os agentes penitenciários agradecem o apoio e esforço do Deputado Federal Fernando Francischini, que derrubou o veto ao Projeto de Lei nº 735/07, que concede aos integrantes da escolta de presos do Paraná e agentes penitenciários o porte de armas de fogo. O veto foi derrubado por 42 votos a um, e duas abstenções.

“Gostaria de agradecer ao Dep. Francischini, e toda a sua equi-pe, que sempre nos ajudou e não mediu esforços nessa luta que graças a Deus obtivemos uma grande vitória. Se não fosse pela sua intervenção e sensibilidade, talvez não tivéssemos alcançado êxito nessa empreitada. Em nome de todos os agentes penitenciários do Paraná agradecemos a sua ajuda, e pode contar conosco no que precisar. O Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (SINDARSPEN), estará sempre à sua disposição. Muito obrigado”, disse Johnson , vice-presidente do Sindarspen.

Assessoria Deputado Francischini

familiares e audiências com advogados por cabine blindada, a cela e banho de sol indivi-duais e determina que operadoras de telefonia instalem bloqueadores de celulares, no prazo de 180 dias, sob pena de pesadas multas.

Francischini acredita que os escritórios do crime organizado dentro dos presídios só vão acabar se endurecer o sistema. “O detento vai sentir o que é ser preso de verdade”.

Juntamente foi apresentado a criação de uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) para extinguir o benefi cio de auxilio re-clusão dos presos e criar uma Parceria Pública Privada (PPP).

Segundo Francischini, o objetivo é viabili-zar a proposta a através de um acordo com os governos estaduais e empresas privadas que podem oferecer trabalho aos presos fazendo

que ele ajude fi nanceiramente a família e re-embolse os custos que ele causa ao governo. “Tirando esta muleta do auxilio reclusão ele vai ter que trabalhar”.

A Parceria Pública Privada (PPP), é como se fosse uma concessão, a empresa vai inves-tir em equipamentos dentro do presídio para gerar emprego, e em troca terá benefícios como isenção de ICMS.

Francischini defende que os condenados por crimes graves devem trabalhar para susten-tar os seus dependentes, enquanto estiverem presos. “É o jeito de colocar dinheiro dentro dos presídios com a ajuda de instituições privadas”.

A PEC precisa de 177 assinaturas, e o prazo para aprovação na câmara e senado é de 2 anos.

Da Redação

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Capa

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Deputado é homenageadono Dia Municipal do

Policial Federal

Confrontos em Itaipu: Francischini cobra providências do Governo Brasileiro

O Sindicato dos Policiais Federais do Paraná (SINPEF-PR) rea-lizou um almoço no no final de março, na sede da Associação dos Servidores da Polícia Federal (ASPF) em Curitiba, para comemorar o dia municipal do Policial Federal que acontece todo dia 8 de março.

O Deputado Federal Fernando Francischini, delegado licenciado da Polícia Federal, foi um dos homenageados no evento, pelas gran-des operações realizadas como delegado, por estar representando o segmento no Congresso Nacional e criando projetos que envolvem a segurança pública no estado do Paraná.

Assessoria Deputado Francischini

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O deputado Fernando Francischini solicitou ao Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, no fi nal de março, que os órgãos responsáveis do Governo Brasileiro cobrem do Governo Pa-raguaio providências para o combate à corrup-ção na faixa de fronteira entre os dois países.

Nos últimos anos a Marinha Paraguaia tem sido acusada de apoiar ações criminosas que utilizam o lago da represa de Itaipu para o tráfi -co de drogas, armas e contrabando. Conforme relato de policiais federais lotados nas cidades de Guaíra e Foz do Iguaçu, ambas no esta-

do do Paraná, a troca de tiros que coloca as forças de segurança do Brasil e Paraguai em confronto, e gera um incidente internacional, é freqüente.

Um dos confrontos mais recentes acon-teceu no dia 17 de março, quando policiais brasileiros apreenderam uma carga de pneus contrabandeados que era conduzida rumo ao Paraguai. Já em águas brasileiras foram alvo de tiros disparados por uma lancha da Mari-nha Paraguaia, com uma metralhadora calibre ponto 30, própria para derrubar helicópteros.

Os policiais brasileiros revidaram com 60 tiros de fuzil HK G36, arma muito menos potente, e ao fi m da munição tiveram de recuar. A lancha da Marinha Paraguaia se aproximou e levou de volta o bote com a carga contrabandeada. Os tiroteios estão cada vez mais freqüentes porque os policiais brasileiros estão frustrando muitas travessias de barcos criminosos pelo Rio Paraná. De 2007 a 2011, 163 embarca-ções foram apreendidas pela Polícia Federal na fronteira paranaense.

Assessoria Deputado Francischini

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Batalhões estratégicos da Polícia Militar têm novos comandantes

A Polícia Militar trocou, em fevereiro, o comando de unidades estratégicas da corpo-ração. São eles: o Batalhão de Operações Es-peciais (Bope), Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv), Batalhão de Polícia Ambiental Força Verde (BPAmb/FV) e Batalhão Metropolitano (17.º BPM) - responsável pela Região Metro-politana de Curitiba. A solenidade foi realizada no Quartel do Comando Geral, em Curitiba.

O secretário da Segurança Pública, Rei-naldo de Almeida César, pediu integração para os serviços oferecidos à população. “Daremos o que a sociedade espera: polícia preventiva na rua, policiamento ostensivo e redução dos índices de criminalidade”, afi r-mou o secretário.

Já para o comandante-geral da PM, coro-nel Marcos Teodoro Scheremeta, as mudanças buscam melhorias nas unidades e nos serviços prestados pela Polícia Militar. “Espero muita dedicação, muito comprometimento, trabalho cada vez mais ético e profi ssional e, principal-mente, integração com a comunidade, porque precisamos resgatar a confi ança da população na Polícia Militar”.

Participam da solenidade secretários de estado, prefeitos, deputados, vereadores, além de outros comandantes de batalhões e compa-nhias e autoridades do Exército.

Unidades - Assumiu o Bope o tenente-coronel Nerino Mariano de Brito, que foi sub-comandante do 20.º Batalhão. Antes dele, co-mandava a Companhia de Polícia de Choque – que por decreto governamental virou Bope no fi nal do ano passado – o tenente-coronel Rui Rota da Purifi cação. “Iremos intensifi car a radiopatrulha de alto risco que é feita pela

Rone (Rondas Ostensivas de Natureza Espe-cial) e o Comandos e Operações Especiais (COE) terá novos equipamentos de instrução”, disse Nerino. O trabalho da unidades será ba-seado em estatísticas.

A Força Verde será comandada pelo te-nente-coronel Daniel Jacinto Berno que subs-tituirá o tenente-coronel João Alves da Rosa Neto. Berno exercia a função de Chefe do Estado Maior do Comando do Policiamento do Interior (CPI). “O meio ambiente precisa cuidados específi cos. Vamos trabalhar para conscientizar a população sobre ações para evitar enchentes e coibir a depredação”, afi r-mou o novo comandante.

O tenente-coronel Maurício Tortato, que chefi ou a 1.ª Seção do Estado Maior (Legis-lação e Pessoal), assumiu o comando do 17.º BPM (Batalhão Metropolitano), no lugar

do tenente-coronel Washington Lee Abe. “A sociedade espera que a Polícia Militar seja o principal instrumento de defesa social na área de segurança pública. O crime é um fenômeno social e não simplesmente um fenômeno jurídi-co”, enfatizou Tortato.

A Polícia Rodoviária fi ca sob o comando do tenente-coronel João Vieira – que chefi ou a 6.ª Seção do Estado Maior (Orçamentos e Finan-ças) –, substituindo o tenente-coronel Antônio Carlos Fernandes. “Uma das principais metas é a redução no número de acidentes e para isso usaremos metodologias e aplicaremos no-vamente as Rotam (Rondas Tático Móvel) nas rodovias”. Vieira explicou que os policiais rodo-viários receberão treinamento para combater criminosos em pontos críticos, identifi cados pelo setor de planejamento da unidade.

Fonte: AEN PR

Mudança

Foto:Manoel Gomes\PMPR

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Beto Richa e Dilma discutem investimentos federais no Paraná

O governador Beto Richa teve uma reunião reservada no começo de abril com a presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto, em Bra-sília. Os dois discutiram formas de investimen-to do governo federal no Paraná.

“A presidente nos acolheu muito bem e se mostrou interessada em ajudar o nosso Estado, principalmente nas áreas de segu-rança pública e infraestrutura”, afirmou Ri-cha após o encontro, acompanhado pela mi-nistra do Planejamento, Mirian Belchior, que disse que diversos pedidos encaminhados pelo Estado nos últimos meses já foram dis-tribuídos para que os ministérios respondam às solicitações.

De acordo com Richa, boa parte da con-

versa se concentrou no tema de combate ao crime organizado e à violência, principalmen-te na fronteira. A presidente se comprometeu a implantar um projeto piloto na região de Foz do Iguaçu, que vai envolver as forças de se-gurança pública do Paraná e do Mato Grosso do Sul e as Forças Armadas e o uso do Veícu-lo Aéreo Não Tripulado (Vant) para patrulha-mento da região.

A presidente disse que nos próximos dias o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, estará de volta ao Paraná para dar sequência à implantação do primeiro Gabinete de Ges-tão Integrada (GGI) do Estado, que funcionará em Foz do Iguaçu para coordenar operações nas fronteiras com o Paraguai e Argentina. Ri-

Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

cha também pediu apoio da União para aca-bar com a superpopulação nas delegacias e cadeias do Estado.

“Senti na presidente uma disposição muito fi rme de cooperar com o Paraná”, disse o go-vernador, ressaltando que a presidente garan-tiu que vai atuar junto com o governo do Estado em obras de infraestrutura. “Ela compreendeu que temos muitas necessidades, principalmen-te para recuperar o tempo perdido com o Porto de Paranaguá. Faltava entendimento e diálogo entre o Estado e a União. Agora não falta mais ”, destacou o governador Beto Richa. A presi-dente garantiu que o governo federal também pode ajudar o Estado a desenvolver os proje-tos de dragagem e ampliação do cais do termi-nal de Paranaguá.

O governador agradeceu a atenção da presidente no rápido encaminhamento para a contratação do estudo de viabilidade técnica e econônomica para a extensão da Ferroeste de Cascavel a Maracaju (MS) e no apoio para re-cuperação do Litoral do Estado. “Já temos R$ 25 milhões garantidos”, disse Richa.

Outro tema debatido na reunião entre Ri-cha e Dilma foi a habitação. O governador afi r-mou que o Paraná projeta construir 100 mil ca-sas nos próximos quatro anos e pediu o apoio do Governo Federal e da Caixa Econômica Fe-deral para levar o programa adiante. “Há dois anos o Estado não fi rma convênios com a Cai-xa para a construção de moradias. Queremos retomar isso rapidamente para reduzir o défi cit habitacional no Paraná”, disse Richa. “Fizemos boas parcerias com o Lula quando eu era pre-feito de Curitiba e quero repetir isso agora no governo com a Dilma”.

Fonte: AEN PR

Governador Beto Richa durante audiência com apresidenta Dilma Rousseff , no Palácio do Planalto em Brasília

Governo

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Patrulha Escolar Comunitária comemora três anos de atuação

Para comemorar os três anos de atuação do Batalhão de Patrulha Escolar Comunitária (BPEC), escolas atendidas pela unidade ofere-ceram um café da manhã para os policiais mi-litares em agradecimento pelo trabalho e par-ceria fi rmada com a Secretaria da Educação. A homenagem foi feita pela própria comunidade escolar em março.

A Patrulha está presente nos 90 municí-pios mais populosos do Estado, atendendo em torno de 1,1 milhão de alunos e 1.299 escolas estaduais, segundo o comandante da unidade, tenente-coronel Douglas Sabatini Dabul.

Junto a estes estabelecimentos são desen-volvidas atividades integradas de prevenção para que a comunidade escolar tenha um am-biente seguro. Atualmente, 60% da população de estudantes da rede pública de ensino se benefi ciam do Programa de Patrulha Escolar Comunitária.

A cada ano um tema relacionado à esco-la norteia as atividades do BPEC em parceria com a Secretaria da Educação. Em 2010 foi “A Família na Escola”, com o objetivo de estimular a aproximação dos pais ou responsáveis com a escola.

Neste ano, o tema “Vizinhança Escolar Segura” trata sobre a participação conjunta, principalmente no que diz respeito à seguran-ça no entorno das escolas, que também é res-ponsabilidade da comunidade, a qual deve ser parceira no repasse de informações e cuidados com os jovens.

Como funciona - A Patrulha Escolar Co-munitária (PEC) aplica cinco etapas do progra-ma nas escolas, além de realizar atividades complementares como patrulhamento dife-renciado, interação com a comunidade e au-toridades locais, aconselhamento aos alunos,

mediação e resolução de confl itos, operação busca pessoal (preventiva e por fundada sus-peita), operação vizinhança escolar segura, palestras interativas, palestras sobre seguran-ça na escola e de prevenção às drogas, entre outras atividades.

Segundo o tenente-coronel Dabul, das ati-vidades realizadas pelo programa PEC, 97% são de cunho preventivo e apenas 3% de mediação de confl itos e atendimento de ocor-rências. “Os resultados são sempre positivos quando comunidade, escola e polícia militar se unem para proteger e orientar os adolescen-tes”, garante o comandante.

Neste ano as atividades de integração foram iniciadas pelo BPEC já na primeira se-mana de aula, quando os policiais militares realizaram 2130 visitas, em todos os turnos, às direções dos estabelecimentos de ensino, pas-sando por todas as turmas e explicando aos estudantes a fi nalidade do trabalho da PEC e dicas de segurança, especialmente em relação à circulação no trajeto casa-escola, transporte coletivo e uso de drogas.

Atuação - Entre os dias 1º e 7 de feverei-ro o BPEC realizou a Semana Pedagógica em 900 colégios atendidos pela Patrulha Escolar Comunitária. “Nesse período foi defi nido o ca-

lendário, as atividades e os projetos da escola para o ano letivo, e a Patrulha Escolar Comu-nitária conversou com os professores para traçar diretrizes de trabalho conjunto”, explica o tenente-coronel. Nestas escolas foram feitas 890 reuniões nos três turnos do dia. Outras es-colas foram atendidas nas semanas seguintes.

Na semana de 8 a 15 de fevereiro, 155 mil alunos foram orientados por policiais militares do Batalhão sobre segurança na escola e em seu entorno, além de segurança pessoal e uso de drogas. No total, 1.026 escolas foram visita-das, nas quais 4.836 turmas receberam orien-tação. Durante a atividade os policiais também repassaram informações sobre os telefones de emergência 190 e 181 Narco denúncia aos adolescentes.

Neste ano o BPEC buscará contato com moradores, empresas e comerciantes, vizi-nhos aos estabelecimentos de ensino, para que eles ajudem a polícia militar na promoção da segurança e bem-estar deles mesmos, bem como dos alunos, professores e funcionários das escolas. “Se a comunidade participar do policiamento comunitário, e o comerciante não vender bebidas alcoólicas aos menores, as condições melhoram e cria-se uma cultura de segurança publica”, diz o comandante Dabul.

Fonte:AEN PR

Foto: Giuliano Gomes/SEED

Segurança

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O poder investigatório do Ministério PúblicoArtigo

Existem muitas discussões a respeito da legitimidade do Ministério Público para reali-zar por conta própria atos investigatórios. Pois bem, em um Estado Democrático de Direito, como é o do Brasil, a lei fundamental ocupa o topo da pirâmide do ordenamento jurídico e, assim, é também a sua diretriz.

Provém da vontade soberana do povo, que na feliz expressão de Hans Kelsen, “é âmbito pessoal de validade da ordem jurídica, cujo exercício se dá através de um Poder Constituin-te previamente instituído para tal fi m”.

Desta forma toda e qualquer norma deve não apenas derivar da CF, como nela encontrar fundamento e validade.

Segundo a CF/88, em seu art. 127, prevê que “O Ministério Público é instituição perma-nente, essencial à função jurisdicional do Esta-do, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático vigente e dos interesses sociais e individuais indisponíveis”.

A CF/88 introduziu de maneira inovadora algumas modifi cações muito importantes em relação ao Ministério Público, que até então era órgão vinculado ao Poder Executivo, motivo pelo qual tinha sua atuação limitada. Essas mu-danças vieram no caput do artigo supracitado.

Deste modo os promotores e procuradores, seja na esfera estadual ou federal, passaram a desfrutar de determinadas prerrogativas, tais como, a vitaliciedade, a inamovibilidade e a ir-redutibilidade de subsídios, previstas no artigo 128, § 5º, incisos I e alíneas.

A CF/88 traz as atribuições do represen-tante ministerial, presentes no artigo 129, que incluem, dentre outras: “zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados nesta Constituição, promovendo as medidas necessárias a sua garantia, inciso II; requisitar diligências investigatórias, inciso VIII; ainda, exercer outras funções que lhe forem conferi-das, desde que compatíveis com sua fi nalidade, inciso IX”.

O Legislador, não limitou a atuação do MP àquelas hipóteses enumeradas no artigo 129 da CF. Antes cuidou de estendê-las, tornando vasto e diversifi cado o seu ofício. Na esfera Penal pode investigar diretamente as infrações penais, bem como tem o mister de promover em juízo a apuração dos delitos e a responsabi-

lização de seus setores, zelando pelos interes-ses da sociedade.

O MP tem a posição de acusador, e por mais absurdo que se mostre, isto é para o acusado uma garantia de que terá observado o seu direi-to de contar com um julgamento justo, por um juiz imparcial, e que lhe serão assegurados os princípios do Contraditório e da Ampla Defesa.

O MP tem como principal objetivo a bus-ca pela verdade real, portanto, pretende atuar com mais intensidade. Muitos que não concor-dam com a legitimidade do órgão ministerial na condução de investigações criminais, formam essa concepção com base na condução de par-te que o Promotor de Justiça tem nas ações penais públicas.

A matéria em questão também é alvo de inúmeras críticas tecidas por determinadas ca-tegorias profi ssionais, a exemplo da ADEPOL - Associação dos Delegados de Policia do Brasil -, que rebate a pretensão do MP, sob o argu-mento de que há uma clara afronta ao Princípio constitucional da Separação dos Poderes, bem como o art. 144, § 1º, IV, o qual dispõe que o exercício da função de polícia judiciária, tem exclusividade, pela Polícia Federal da União.

Da mesma forma representantes das clas-ses de advogados e da Magistratura entendem pela impossibilidade de investigações criminais serem conduzidas pelo MP, tendo em vista que órgão é parte na ação penal pública.

É de fundamental importância considerar, que a condição de parte assumida pelo MP, é decorrente de lei, mas esconde por trás a socie-dade. Ela sim é a ofendida imediata. O agente, ao cometer uma conduta incriminadora, não fere bem jurídico próprio do órgão ministerial. O resultado da ação vem em prejuízo no meio social no qual vive a comunidade, que é a prin-cipal interessada na reparação dos males cau-sados à sociedade.

A questão em apreço neste artigo encontra-se sob calorosas discussões no cenário jurídico brasileiro, porem já esta pacifi cada no Direito de outras nações, como nos expõe o nobre doutrinador Fernando Capez “O atual código de processo Penal francês, em seu atr. 12, es-tabelece que a polícia judiciária é encarregada de constatar as infrações penais, juntar provas e buscar seus autores, e cabe ao MP o cuidado de dirigir essa tarefa”.

Aqueles que são tidos como principais res-ponsáveis pelo combate ao crime e pela segu-rança pública no Brasil, são órgãos que falam línguas distintas entre si, Polícia Civil, Federal e Militar, Ministério Público e Judiciário vivem, em regra, uns desconfi ados dos outros pelo comportamento de seus agentes e membros. Difi cilmente trabalham de forma coordenada, harmônica e estratégica, em prol de objetivos comuns entre eles. Essa situação trás inúme-ros prejuízos para a instrução de inquéritos e investigações.

É necessária uma maior integração entre policiais e órgão ministerial, no desempenho de suas atividades, cujo fi m é o mesmo: a busca pela verdade real e com isso a efetivação da justiça.

De fato o Ministério Público tem legitimi-dade para efetuar investigações criminais, tan-to que a Secretaria de Segurança Pública do Estado do Paraná criou em 1994, através da resolução nº 97 de 20 de Janeiro de1994, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Cri-me Organizado (GAECO).

O Grupo é composto por membros da Polí-cia Militar, Polícia Civil e Ministério Público do Estado do Paraná, designados e integrados de forma a propiciar uma investigação eivada de recursos pessoais, profi ssionais e estruturais, que permitem uma atuação mais efi caz e de re-percussão penal mais efi caz e capaz de alcan-çar o objetivo do Estado de Direito, qual seja, a segurança física e jurídica da sociedade.

Esse grupo é o exemplo clássico já utilizado em países europeus como mostramos acima, e que foi instituído no Estado do Paraná, a fi m de combater o crime organizado em diversas áreas de atuação, vindo a escrever um histórico promissor e funcional desde sua criação até os tempos atuais.

A Justiça só pode atuar quando o Estado, devidamente estruturado e organizado, alcança as provas e os elementos necessários ao pro-cessamento dos infratores, que serão julgados e somente condenados quando alcançado pe-los julgadores o convencimento para a melhor decisão.

Fabio Masoller BonettoAdvogado criminalista

Lenine Mateus Albernaz ‒ Advogado Aduaneiro e de Comércio Exterior e Juiz

Arbitral do Juizado Especial Cível de Curitiba.

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PRF tem novo comando nacionalNovidade

A Polícia Rodoviária Federal tem novo comando. A superintendente da PRF no Pa-raná, inspetora Maria Alice Nascimento Sou-za, socióloga e policial há 26 anos, passa a responder interinamente pela instituição.

No dia 28 de março, Maria Alice Souza, durante reunião realizada na sede da Polícia Rodoviária Federal, em Brasília (DF), lembrou que sempre assumiu novos cargos em situa-ções delicadas, e reconheceu a importância do desafi o por ser a primeira comandante ge-ral de uma polícia com alcance nacional.

“Fui a primeira motociclista policial do Brasil. A primeira superintendente regional da Polícia Rodoviária Federal. Ser também a primeira diretora geral desta instituição é uma honra, mas também enorme responsa-bilidade”, admitiu Maria Alice.

O helicóptero Patrulha 09 EC 120 – Colibri – configurado para missões policiais: patrulhamento, busca, perseguição, anti-se-questro, combate ao tráfico de armas e drogas na fronteira. Atuou na operação de invasão do Complexo do Alemão em conjunto com Marinha e Exército e outras forças de segurança.

Destaca-se o cerco e interceptação dos assassinos do dele-gado Dr Zuba em Santa Catarina.

A DOA recebeu mais um reforço para multi-missões, para uso em eventos ou grandes operações de segurança pública. Um helicóptero modelo BELL 412 EP bi-turbina, homologado para voos por instrumentos. Com capacidade de 2 pilotos e 13 poli-ciais. Na configuração de suporte avançado à vida: 3 macas e equipe médica.

Pedido de exoneração – O inspetor Hé-lio Cardoso Derenne entregou ao Ministro da Justiça pedido de exoneração do cargo de diretor geral da PRF. Após oito anos no comando da instituição, Derenne foi res-ponsável pelo ingresso de mais de 4 mil agentes nos quadros da Polícia Rodoviária Federal. No entanto, os números de efetivo somente atingiram as marcas que a PRF detinha em 1996.

“Há 15 anos, a Polícia Rodoviária Fe-deral tinha o mesmo número de servidores que dispomos hoje. O grande problema é que neste período, a malha viária sob res-ponsabilidade da PRF cresceu 77% e a frota de veículos em circulação aumentou 134%”, apontou Derenne.

Fonte: ACS/DPRF

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Apoio

Curso preparatório para entrar no BopeA Polícia Militar do Paraná promoverá no

mês de maio, pela primeira vez, o Curso de Ações Táticas Especiais, destinado a recrutar policiais militares para o Comando de Opera-ções Especiais (COE), do Batalhão de Opera-ções Especiais (BOPE).

No dia 22 de março foi realizada uma pa-lestra com o objetivo de despertar o interesse pelo curso, preparar os policiais para as provas intelectuais e físicas e, consequentemente, di-minuir a reprovação e a desistência.

A iniciativa surgiu em decorrência do núme-ro de policiais que não conclui o curso para o COE por falta de preparação. “O que mais exclui candidatos é a parte física. A escala e a falta de tempo para treinar impedem que o policial se

prepare adequadamente para os testes”, disse o comandante do COE, capitão Anderson Puglia.

As orientações em relação ao treinamento físico foram passadas aos policiais pelo fi sicul-turista e professor de educação física Madson Matos, que já que treinou o lutador Anderson Silva, e pelo nadador Cássio Ricci.

O soldado José Givanildo Garcia, do 16º BPM, que pretende se inscrever para o Cate, saiu satisfeito e elogiou a iniciativa da Polícia Militar do Paraná. “Estou há dez anos na polí-cia e esta é a primeira vez que vejo o interesse dos organizadores em dar aos pretendentes ao curso uma visão do que será avaliado”, disse.

Estrutura - Para os policiais que se inte-

ressarem pelo curso e quiserem treinar, a Po-lícia Militar tem a Seção de Educação Física e Desportos, com profi ssionais da área para orientar os candidatos.

“A academia tem uma estrutura muito boa e, para participar, o policial militar precisa provi-denciar a carteirinha e trazer um exame médi-co”, explica a soldado Jéssica Daiane Jordão, que integra a Seção. “A população também pode usar a academia e, neste caso, há uma taxa de colaboração”.

Outras informações sobre a academia da Polícia Militar podem ser obtidas pelo telefone (41) 3304.4671, das 7h às 19h45, de segunda a sexta, ou pelo site da PM (www.pm.pr.gov.br).

Fonte: AEN PR

A CULPA DA POLÍCIAh i j k l m n l n j n i o p q r s j n i k j p l l r l q p t l u v w o l x n l o j w q u q lh i j y l m n q n j n i r l o l p i u i t l u v w o l x n l o j w q u q l zh i j y l m n q n j x k j p { j n v p l m { i { q p j { i q j t l o j w | u q l x u v w o l n l } ~u j q { l n j n j u p q k q m j r j � ~h i r j y p i � q � i t l o j w | u q l x q m j o i p l m { i t o j q r ~ n i � i p q l { i p l u l y l �n j u j k i w i � zh i l o j w | u q l l � i u j k p q � j p o l p l k l m { i p l j p n i k t x { p v u v w i m { l zh i m s j l � i u j k p q � j p t x k v q { j ~ k j w i � t q m i � u q i m { i zh i l o j w | u q l i r { l � l o p i r i m { i m l � j p l n j � l { j t x u � k o w q u ih i m s j i r { l � l t x j k q r r l zh i p i � q r { l v k r v r o i q { j t n i r p i r o i q { l j n q p i q { j n j u q n l n s j zh i m s j p i � q r { l t ~ � l � � q r { l � p j r r l � zh i o p i m n i o j y p i t x q m � v r { l zh i o p i m n i p q u j t x ~ o j p � v i � v i p l o l p i u i p ~ zh i o p i m n i v k w l n p s j t { i k � v i l o p i r i m { l p o p j � l r zh i j u p q k q m j r j l u v r l j o j w q u q l w n i { j p { v p l t i � { j p r s j i p j v y j i w ix o p i r j i i � o v w r j k i r k j r i k o p j � l r zh i p � j w q u q l w m j � p l r q w u j k o x r r q k j r h l w � p q j r t k l q r � v i r j �y p i � q � i p l k q r i p q l t x v k i � i p u | u q j n i y p l � v p l t p q r u j o i p k l �m i m { i r i k j l o j q j k j p l w i q m r { q { v u q j m l w t r i k p i u j m � i u q k i m { j to l n i u i m n j n j l y l m n j m j t n l n q r u p q k q m l � s j t n l q m � v r { q � l t n lq m n q � m q n l n i t n l m i � w q � � m u q l n j � r { l n j u j m { l k q m l n j o i w l l � s jm i � l r { l n l o j w | { q u l z h i � j u � u j m u j p n l u j k q r r j t i � i p � l u q n l n l �m q l t � l � l l r v l o l p { i t p i o l r r l m n j l u j w i � l r t l k q � j r t l k | n q l tl v { j p q n l n i r i l j o v y w q u j i k � i p l w z

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Projeto de prevenção em saúde benefi cia mulheres presas do Paraná

O termo de acordo de cooperação técnica para projeto de prevenção em saúde de mu-lheres presas foi assinado no dia 21 de março, entre Conselho Nacional de Justiça, Conselho Penitenciário do Paraná, a Secretaria de Esta-do da Justiça e da Cidadania do Paraná, Se-cretaria de Estado da Saúde, Secretaria de Es-tado de Segurança, Governo do Estado, Rede Feminina de Combate ao Câncer, Itaipu e Fe-deração das Indústrias do Estado do Paraná.

O objetivo do acordo é unir esforços para a realização de exames de prevenção do cân-cer de mama e do colo do útero, como exames ginecológicos e mamografi as, além de orienta-ções na área de saúde e planejamento familiar para as 1.992 mulheres presas do Paraná.

O governo do Paraná inicia o projeto piloto na cidade de Foz do Iguaçu, no oeste, se es-tendendo a todo o Estado. Em Foz do Iguaçu são 150 presas, a maioria estrangeiras. O go-vernador Beto Richa conta que a situação atu-

al do presídio da cidade é degradante. “Juntos vamos normalizar a situação prisional do Para-ná, recuperando a dignidade destas pessoas”. Richa diz que estas ações também vão garantir os direitos da mulher. “Este convênio veio a ca-lhar”, completou o governador.

De acordo com Maria Tereza Falcão, idealizadora do projeto e presidente da Liga Nacional Feminina de Combate ao Câncer, é uma maneira de cumprir a lei 196 da Cons-tituição Federal que garante a saúde para todos.“Vamos levar saúde para estas mulhe-res, elas não têm direito a liberdade, mas têm direito a saúde”, ressalta.

Walkyria Gaertner Boz, presidente da Liga Paranaense Feminina de Combate ao Cân-cer afi rma que o câncer, quando detectado em tempo, tem 95% de cura. ”A prevenção é a maneira de diminuir o índice da doença que esta cada vez maior” e completa, “É uma honra começarem o projeto pelo Paraná”.

Luciano André Losekann, coordenador do departamento de monitoramento do sistema pe-nitenciário nacional, agradeceu a Liga Nacional de Combate ao Câncer por apresentar o projeto e explicou que Foz do Iguaçu foi escolhida para a primeira etapa por apresentar características peculiares, em razão da tríplice fronteira e da crescente população feminina encarcerada.

Losekann acredita que é possível fazer uma política diferenciada que salve-guarde a vida das internas. “Muitas delas nunca realiza-ram um exame. A mulher presa muitas vezes tem a assistência negada”.

A secretária da Justiça e Cidadania, Maria Tereza Uille Gomes, ressaltou que é o momen-to da união de esforços, buscando a melhoria nas condições dos presídios e igualdade de direitos.“Precisamos que os sonhos destas mulheres sejam restaurados”, afi rma.

O trabalho nos presídios será desenvolvi-do com palestras, material educativo, acompa-nhamento e apoio da Rede Feminina Parana-ense de Combate ao Câncer.

Doação - Erivaldo Ribeiro dos Santos, juiz auxiliar da corregedoria do Tribunal de Justiça do Paraná, aproveitou a oportunidade do even-to para fazer uma doação de R$18 mil reais para a compra de instrumentos musicais para os internos dos presídios.

A doação foi uma premiação recebida, que, segundo Ribeiro, é o resultado de ações reali-zadas com os presídios do Paraná. “Nada mais justo do que dividir com eles”.

Ribeiro conta que descobriu grandes artis-tas dentro do sistema de carceragem. “A musi-calização sensibiliza o ser humano”.

Da Redação

Mulher

Foto: Ciciro Back

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Paraná terá três Gabinetes de Gestão Integrada para coordenar ações de combate à criminalidade

O secretário de Segurança Pública, Reinal-do de Almeida César, participou em fevereiro, da primeira reunião de trabalho com a secre-tária nacional de Segurança Pública, Regina Miki, para defi nir as estratégias conjuntas de combate à criminalidade na região de fronteira.

A reunião aconteceu na sede da Polícia Federal em Foz do Iguaçu. O Paraná, um dos poucos estados brasileiros que não têm um Gabinete de Gestão Integrada (GGI), passará a contar com três: um funcionará em Curitiba,com abrangência estadual, um no Li-toral e outro em Foz do Iguaçu, voltado para coordenar operações nas fronteiras do Para-ná com o Paraguai e Argentina e nas divisas com Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e São Paulo. O GGI de Foz foi o primeiro a ser insta-lado, no dia 26 de março.

Segundo o secretário Reinaldo de Almeida César, a visita técnica marca o início de uma parceria efetiva com o governo federal para integração de políticas públicas de combate ao tráfi co de drogas e armas e ao crime orga-

nizado. “Essa integração com o Ministério da Justiça não existia. A partir da visita do ministro José Eduardo Cardozo ao governador Beto Richa, na semana passada, começamos a trabalhar para que o relacionamento entre as instâncias federal e estadual seja mais harmô-nico e efetivo. A partir de agora, trabalharemos juntos no planejamento e execução de ações de combate à criminalidade, especialmente na fronteira”, explica o secretário.

Os Gabinetes de Gestão Integrada vão reunir um colegiado técnico, permanente, com todos os órgãos representativos da segurança, como a Polícia Federal, polícias Militar e Civil, Polícia Rodoviária Federal, além da Receita Federal, para o diagnóstico e planejamento operacional. “Reunimos representantes de to-dos esses órgãos em Foz e esses encontros serão periódicos. Essa integração é necessária e fundamental para troca de experiências e de-fi nição de estratégias”, afi rmou Almeida César.

Nos dias 24 e 25 de março,foi realiza-do em Foz do Iguaçu, um seminário com o

grupo de trabalho para o planejamento das ações, para discutir problemas e definir ope-rações conjuntas.

Almeida César lembra que o Paraná tem 20 municípios de fronteira e 139 na faixa de fronteira, que enfrentam o aumento da crimi-nalidade ligada ao tráfi co de drogas e armas.

Após a reunião na sede da Polícia Federal, a secretária Regina Miki e o secretário Reinal-do de Almeida César percorreram um trecho do Rio Paraná para verifi cação dos locais mais vulneráveis e fi zeram um sobrevôo pelo Lago de Itaipu. Eles foram acompanhados do supe-rintende da Polícia Federal no Paraná, Mau-rício Valeixo, do superintendente da Polícia Federal em Foz do Iguaçu, Alberto Iegas, da superintendente da Polícia Rodoviária Federal no Paraná, Maria Alice, do delegado-geral da Polícia Civil, Marcos Vinicius Michelotto, e de comandantes da Polícia Militar. “A secretária pode verifi car in loco todas as difi culdades que enfrentamos”, disse Almeida César.

Fonte: AEN PR

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Richa diz que Segurançapública é prioridade nº 1

A segurança pública é a principal priorida-de das famílias paranaenses e deste governo, que tem o compromisso de reduzir os índices de violência, de criminalidade e de combater o tráfi co de drogas e de armas. A afi rmação foi feita no dia 12 de janeiro pelo governador Beto Richa ao participar, juntamente com o secretário da Segurança Pública, Reinaldo de Almeida César Sobrinho, das solenidades de transmissão de cargo do novo delegado-geral da Polícia Civil, Marcus Vinicius Michelotto; e do comandante-geral da Polícia Militar, Marcos Teodoro Scheremeta.

“Tivemos especial cuidado na escolha de nomes, que estão entre os nossos melhores quadros da Polícia, e com eles estamos pron-tos e preparados para dar as respostas que o povo desse estado aguarda por muito tempo”, afi rmou o governador na Escola de Polícia Civil.

Richa disse que tem certeza de que com a

integração das polícias estaduais e a parceria que será feita com a Polícia Federal - instituição à qual pertence o secretário da Segurança - e também com as Guardas Municipais, o Gover-no do Paraná irá apresentar grandes resultados a todos os paranaenses na área de segurança.

O secretário Reinaldo de Almeida César Sobrinho disse que a integração entre os orga-nismos de segurança está se materializando. “Temos uma missão importantíssima no Pa-raná, que é de nos unirmos em torno de um projeto de segurança pública. O Paraná unido será muito mais forte e sendo mais forte será mais seguro”, destacou.

“O currículo do delegado Michelotto, sua história, sua retidão de conduta, o êxito profi s-sional na polícia falam por si e representam o prenúncio de um novo tempo na Polícia Civil do Paraná”, afi rmou o secretário. “Vejo nesse auditório repleto o olhar sincero e a mão amiga,

o desejo de ajudar e a torcida pelo êxito da sua gestão, Michelotto”.

O secretário salientou que o novo delega-do-geral poderá levar a instituição para o es-tágio que todos desejam: reconhecida, presti-giada, com tradição, presença na comunidade, relacionamento e integração com a vida comu-nitária, e com números importantes na redução dos índices de criminalidade e do combate sem tréguas ao crime organizado.

O delegado Marcus Michelotto, que subs-titui o delegado Jorge Azor, foi prestigiado com a presença de mais de 500 pessoas entre poli-ciais civis, autoridades, amigos e familiares na transmissão de cargo. Ele disse que tem con-vicção da capacidade dos policiais civis parana-enses. “Eles estão entre os melhores do país”.

Michelotto disse que conhece os desafi os à frente, como a falta de efetivo e do excesso de presos nas delegacias. “Para superar os desafi os, vamos formar uma equipe técnica e criar setores especializados na elaboração projetos, para buscar recursos, e em setores de inteligência em todas as principais cidades do estado”, explicou. O delegado disse ainda que irá regulamentar a Agência de Inteligência da Polícia Civil.

Polícia Militar - Na cerimônia no Quartel da Polícia Militar, o governador disse que a PM ini-cia um novo momento. O coronel Marcos Sche-remeta, afi rmou Beto Richa, tem competência para exercer o comando e o governo não vai medir esforços para garantir os investimentos necessários para que as polícias tenham melho-res condições de trabalho. Com aparelhamento, equipamento, investimentos e tecnologia e inte-ligência - acrescentou – será possível garantir a segurança para as famílias do Paraná.

O governador lembrou a relação especial que seu pai, o ex-governador José Richa,

Mudanças

O novo comandante, coronel Marcos Teodoro Scheremeta e o governador Beto Richa

Foto: Orlando Kissner

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••• Sociedade Policial ••• 27Ú Ú Ú Û Ü Ý Þ ß à á à â á Þ ã ß ä Þ á à Ý á Þ á Þ ß á å ä æ á ç è é ê ß à ë á ß ê ä ç è é Ú Ú Ú

mantinha com os servidores em geral, mas em especial com a Polícia Militar, sempre tratada com grande respeito e consideração. Lembrou da amizade que ele mantinha e da satisfa-ção de estar com policiais militares, seja em reuniões de trabalho, seja na valorização dos membros da corporação e nos momentos de dividir o lazer.

Respeito - “Tenho boas lembranças e aqui sempre fui tratado com carinho e respeito. Dou a vocês a certeza de que neste governo o res-peito será a marca principal da nossa adminis-tração”, disse Richa.

O governador reforçou: Sei da dedicação, do empenho, da competência do coronel Sche-remeta e do quanto se esforça e é estudioso, mas principalmente da liderança e da capacida-de de comando que tem para conduzir a Polícia Militar do Paraná. O governo dará total e irres-trito apoio e os meios necessários para garantir a sensação de tranquilidade e segurança para todas as famílias paranaenses, reforçou Beto.

Aos policiais presentes à cerimônia, o go-vernador disse que sabe que conta com os me-

MARCUS VINICIUS DA COSTA MICHELOTTOBacharel em Direito pela Universi-

dade Federal do Paraná, é delegado concursado da Polícia Civil do Paraná desde 1994. Foi delegado titular do Cen-tro de Operações Especiais (Cope), teve passagem pela Delegacia de Estelionato e Desvio de Cargas e chefi ou a Divisão Estadual de Narcóticos. É secretário mu-nicipal de Defesa Social de Curitiba. Tem 42 anos.

MARCOS TEODORO SCHEREMETA Bacharel em Direito, com especiali-

zação em Administração Policial e Estra-tégias de Segurança Pública. Foi subco-mandante do 14º BPM de Foz do Iguaçu, chefe da seção de Planejamento e Ope-rações do Comando da Capital, chefe da 3ª Seção do Estado-Maior, chefe de ga-binete e assistente do comandante geral, comandante do 17º BPM de São José dos Pinhais e Região Metropolitana de Curitiba. É comandante do 1º Comando Regional da Polícia Militar. Tem 48 anos.

lhores quadros de policiais do Brasil, pessoas que vestem com orgulho e honra a farda da Polícia Militar do Paraná.

“Vocês contam com nosso apoio e tenham a certeza e convicção de que juntos vamos proporcionar resultados positivos em relação à redução da criminalidade e da violência no Paraná, além do grande desafi o de combater com energia e competência o tráfi co de drogas, que é a base de toda a criminalidade”, disse.

Lembro ainda que no combate ao crime, destacou Richa, não é possível pensar ape-nas em combater os efeitos. Temos que com-bater as causas, que são o desemprego e as desigualdades sociais. “É preciso estarmos pronto a mostrar a que viemos. Prontos a não decepcionar tantos paranaenses que deposi-taram nas nossas mãos as suas legítimas e sinceras esperanças em um Paraná para toda nossa gente.

Integração - O novo comandante da PM falou do amor e da dedicação irrestrita que tem para com a Polícia Militar e pediu a cola-boração irrestrita de todos os praças e ofi ciais,

bombeiros, para que estejam comprometidos com a linha do governo e com os ditames cons-titucionais e com os deveres militares.

Marcos Scheremeta disse que irá incre-mentar o policiamento comunitário e trabalhará pela integração com as demais forças policiais e com a comunidade, desenvolvendo ações de combate à violência e à criminalidade. “Busca-rei a modernização tecnológica para a melhoria das condições de trabalho e para obtenção de respostas aos anseios da população”.

Relatou que jamais deixará de lado a exi-gência da prestação de um serviço público de segurança, de defesa social e de socorro público com a máxima efi ciência e qualidade. “É o que obrigatoriamente passa pela capa-citação profi ssional constante de todo o efe-tivo”, afi rmou.

Fonte:AEN PR

Governador Beto Richa participa da posse do novo Delegado Geralda Polícia Civil, Marcus Vinicíus da Costa Michelotto.

Foto: Ricardo Almeida/SECS

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Ambiental

Protocolo cria turma do Força Verde Mirim em São José dos Pinhais

O Batalhão de Polícia Ambiental Força Ver-de (BPAmb/FV) assinou, em parceria com a pre-feitura de São José dos Pinhais (RMC) e a Com-pagás, o protocolo de intenções para implantar uma turma do Programa Força Verde Mirim na cidade. A solenidade ocorreu no hotel Paraná Golf no dia 8 de abril e reuniu cerca de 80 crian-ças, das quais 40 já fazem parte do programa em Piraquara e são indígenas, e a outra metade comporá a turma de São José dos Pinhais.

“Esta é a primeira turma do programa no município”, afi rmou o Tenente-Coronel Daniel Jacinto Berno, Comandante do BPAmb/FV. Um dos destaques da cerimônia foi quando a turma indígena cantou o hino do Força Ver-de Mirim em Guarani. A parceria entre Polícia Ambiental e escolas tem suma importância na conscientização de meninos e meninas em re-lação à preservação e proteção da natureza.

Para o Tenente-Coronel Júlio Ozga Nó-brega, Sub-Comandante Geral da Polícia Mi-

litar do Paraná, a infl uência das crianças pode ser fator preponderante para que os adultos tomem conhecimento sobre a seriedade da preservação ambiental. “É importante embutir na cabeça dessas crianças a ideia de preser-vação para que na qualidade de crianças con-sigam cobrar de seus pais e de seus amigos o cuidado do meio ambiente”, enfatiza.

Educadores também veem como positiva a inserção de temas relativos à natureza dentro das escolas, e ressaltam como é efi caz a presen-ça dos policiais ambientais dentro dos centros educacionais. “Está sendo uma transformação geral não só por parte dos alunos, mas por parte dos pais que nos procuram agradecendo pelos fi lhos estarem no Força Verde Mirim. Então esta-mos sentindo uma mudança neste pouco tempo,

até com os próprios amigos, quando o colegui-nha faz algo de errado, eles já dizem: Olhe, não faça isso”, observa a diretora da Escola de São José dos Pinhais, Regina da Costa.

Além de escolas regulares, o Batalhão Am-biental também aglutinou estudantes do Colégio Indígena do Paraná. Essa aproximação foi enal-tecida pela professora Isabel Goulart da Costa, que parabenizou a Polícia Militar pela iniciativa. “O policial levou eles [os alunos] para ver um rio que está poluído. As informações, o comprometi-mento deles com a aldeia aumentou”, conta.

O empresário Marco Aurélio, da Compagás, parceira do Polícia Ambiental, afi rma a intenção da empresa, juntamente com a PM, em imprimir valores que discutam as questões ambientais em locais de cunho educativo. “O que nós es-peramos, é colocar desde o começo na cabeça das crianças, pré-adolescentes e adolescentes que a parte ambiental seja cada vez mais valo-rizada nos processos de aprendizagem”.

Estado - Ainda dentro das comemorações dos 54 anos do Batalhão de Polícia Ambiental Força Verde, outras atividades foram desenvol-vidas pelas companhias da unidade, durante toda a semana, em diversas regiões do estado. Foram palestras, plantio e entrega de mudas, campanhas educativas, demonstração de tra-balhos desenvolvidos e atos cívicos militares.

Fonte: Comunicação PMPR

Tenente-Coronel Berno assinando parceria

Fotos: Daniel Meneghetti

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A cidade e o automóvel: a convivência necessáriaArtigo

O Brasil tem hoje mais de 61 milhões de automóveis. Em 2009, passou de oitavo lugar (2007), para a quinta posição na lista dos países com maior número de veículos no mundo, atrás somente dos Estados Uni-dos, Japão, China e Alemanha.

Proporcionalmente, Curitiba é a cidade com maior número de carros por habitan-tes no Brasil (a capital paranaense tem 1,2 milhão de automóveis para quase dois mi-lhões de pessoas). Na cidade de São Paulo, até junho de 2010, o número de veículos chegou à marca de quase 6,7 milhões.

As grandes cidades param em horas de pico e os prejuízos passam de R$ 35 bilhões, por ano, no que diz respeito ao consumo extra de combustíveis, acidentes, estresse e doenças, físicas e psicológicas, provocadas pelo trânsito caótico de metró-poles e cidades de grande porte.

Para agravar o problema, o trânsito brasileiro é um dos mais violentos do mun-do, fazendo até seis vezes mais vítimas do que as frotas de carro da maioria dos paí-ses europeus. De acordo com o Denatran, o Brasil atingiu em 2008, a marca de 57 mil mortes por acidentes ‒ o que equivale a 156 mortes por dia ou seis a cada hora. Um ano antes, em 2007, as mortes chegaram a 66.836, ou 183 por dia e 7,6 por hora.

Instalado o problema é preciso en-

contrar soluções, medidas potentes e não paliativas para tornar a relação cidade x automóvel x qualidade de vida possível e harmoniosa.

Discutir e propor alternativas para o problema da mobilidade nas cidades brasi-leiras é o objetivo do livro “O Automóvel, o Planejamento Urbano e a Crise das Cida-des”. A publicação tem autoria do jornalista Raimundo Caruso e incentivo da Fiscaltech, empresa de fi scalização e monitoramento que idealiza a Cidade Inteligente.

O livro é uma reunião de opiniões e su-gestões de medidas inteligentes para tornar melhor o dia a dia nas cidades brasileiras. São vinte entrevistas com renomados urba-nistas, planejadores urbanos e arquitetos de cinco estados brasileiros.

Entre as medidas apontadas no livro para diminuir o caráter patológico do tráfe-go no Brasil, o trabalho aponta a retomada da bicicleta como meio de transporte, a re-vitalização e melhor planejamento de ruas, estradas e do transporte coletivo, além do uso estratégico de trens (subterrâneos e de superfície).

José Carlos Belotto ‒ líder dos ciclistas paranaenses e coordenador do Programa Ciclovida - é um dos entrevistados do traba-lho. Para ele, uma vez melhoradas as con-dições de transporte e das ruas, é preciso

criar o hábito do uso de transportes alter-nativos, como a bicicleta. “Nosso papel foi trazer outras opções às cidades e soluções para o caos em que o trânsito tem se trans-formado. Propomos o uso da bicicleta como uma alternativa e o incentivo do hábito do transporte coletivo”, declarou.

Laura Varella, diretora de marketing da Fiscaltech, fala sobre os motivos do incenti-vo à publicação. “Dedicada em memória do nosso fundador Roberto Varella, esta obra é a conclusão de mais um projeto da empresa. Estamos inseridos no desafi o da sustentabi-lidade, buscando um mundo melhor para as futuras gerações. É uma grande contribuição para a sociedade, é uma proposta de que precisamos reinventar a todo instante”, diz.

O autor, Raimundo Caruso, resume como uma das intenções do livro, a “(re) humanização” das cidades e a melhoria da qualidade de vida. “Quero incentivar a vol-ta do convívio entre as pessoas, através do uso da bicicleta e de caminhadas diárias, por exemplo. É preciso resgatar valores e uni-los à melhoria do planejamento urbano e do transporte público”, frisa o jornalista.

O livro “O Automóvel, o Planejamento Urbano e a Crise das Cidades” está disponí-vel com exclusividade nas lojas da rede das Livrarias Curitiba.

Fonte: Listo Comunicação

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Um novo conceito no tratamento da de-pendência química está sendo desenvolvido pela especialista em dependência química e psicóloga Cleuza Canan, de Curitiba, que há 30 anos realiza trabalhos na área.

Em parceria com o Hospital Saint Paul, de Barcelona, e a Universidade de New York, o modelo de tratamento inovador vem obten-do resultados satisfatórios, fazendo com que Cleuza receba reconhecimento internacional.

A especialista comemora 85% de suces-so, em 180 casos de tratamento já realiza-dos utilizando o novo modelo nos dez anos de trabalho da sua clínica. “Juntei minha ex-periência ao estudo desse novo método de tratamento”.

A especialista explica que o modelo de tratamento aplicado é diferente do tradicional, pois o tradicional trata a doença associando as lembranças no período de uso da droga,

revivendo os problemas e as difi culdades. “Este processo difi culta a pessoa desvincular da fase de ativa, fi ca mais difícil de dissociar sua vida da droga”, contou.

Para a psicóloga, o dependente químico precisa programar sua vida a partir da absti-nência resgatando sua auto-confiança e pro-pondo um novo estilo de vida social, familiar e pessoal para conseguir manter-se absti-nente. “Precisamos motivar para um novo estilo de vida, uma vida sem drogas fazendo com que o paciente tenha novos objetivos e expectativas construtivas para sua vida”, explica ela.

O tratamento usado é considerado pela ICEERS (International Center for Ethobota-nical Education, Research & Service) como o melhor protocolo disponível para tratamento de dependência química para cocaína e cra-ck. Hoje, Cleuza e o médico Bruno Chaves,

seu assistente, são referências no mundo em terapia para tratamento de dependência química.

Em outubro de 2010, a especialista foi convidada pela ICEERS, com apoio da Espai de Gestalt, para treinar médicos, psiquiatras e terapeutas que trabalham na área de depen-dência química. Durante três dias ela minis-trou um curso abordando técnicas psicoterá-picas em Barcelona, na Espanha.

Em julho deste ano será inaugurado o Centro de Tratamento Cleuza Canan, em Pi-raquara, na Região Metropolitana de Curitiba. Com uma estrutura diferenciada, Cleuza quer dar continuidade aos tratamentos e oferecer o modelo para mais dependentes. “Vamos aju-dar a resgatar a identidade, a sobriedade e a dignidade no processo de recuperação dos pacientes”, fi naliza.

Da Redação

Novo conceito de tratamento para dependentes químicos mostra resultados positivos

Novidade

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