revista leiria foot - 2

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Revista Mensal Nº 2 - Outubro 2011

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A sua revista de futebol e futsal do distrito de Leiria

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indice

06 ENTREVISTA DE CARREIRA Marco Aurélio 12 MVP Luciana Garcia 16 PLANTEIS DO NACIONAL Futsal 20 TREINADORES Paulo Rousseau 24 JOVENS PROMESSAS Carlos Daniel 46 ARTIGO TÉCNICO A importância da formação 32 LIGA Crónica da Liga 36 CRAQUE DA LIGA Hélder Barbosa 40 INTERNACIONAL Os Milhões da Champions 45 FUTEBOL FEMININO Crónica 52 FISIOTERAPIA Entorse do joelho

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Foto do mês Imagem

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Carreira

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O Marco Iniciou a sua caminhada no futebol 11, jogou no Juncalense, U.Leiria, Portomo-sense, porquê a mudança para o futsal? .

Joguei ainda no G.D.Pedreiras. Quando o

futebol de 11 acabou nas Pedreiras, recebi o

convite do Dom Fuas, a possibilidade de

experimentar algo praticamente novo (já

tinha jogado no Porto do Carro), a falta de

convites atractivos para me manter no 11,

ditaram a mudança.

Quando jogou nas camadas jovens da U.Leiria não sonhou com outros voos para o seu futuro enquanto futebolista?

Sinceramente não, cedo percebi que para mais altos voos era preciso algo mais do que qualidade, era preciso um empurrão enorme para subir até ao topo, trabalho, dedicação e alguma qualidade não chegam para altos voos, aliás como em muitos sectores da nos-sa sociedade. O sonho de ser futebolista profissional mor-

reu no dia em que optei por deixar a U.D.L.

porque os estudos estavam a ficar para trás.

Que balanço faz dos anos que viveu no fute-bol? .

O balanço muito positivo, acabo a carreira

com 3 títulos distritais, joguei, por exemplo,

.na União de Leiria, o melhor clube do Distri-

to, joguei no Campeonato Nacional de Junio-

res contra grandes equipas, mas sinceramen-

te, os amigos que fiz ao longo de 19 épocas,

o respeito que conquistei de muitas pessoas

e a admiração de algumas, deixam-me com a

sensação de dever cumprido.

6 anos de D.Fuas, o que faz um jogador representar tantos anos um clube? .

É muito fácil representar um clube como o D.

Fuas durante 6 anos, desde o primeiro dia

que entrei naquela casa fui sempre bem

recebido, sempre bem tratado e respeitado,

por dirigentes e adeptos, quando assim é,

torna-se muito fácil. Os convites que foram

aparecendo não justificavam a mudança.

Quais foram os momentos mais marcante com a camisola do clube? .

Pela positiva 2: o dia em que me tornei capi-

tão daquele clube, que me orgulha imenso, e

claro a conquista do Campeonato Distrital de

Futsal da 2.ª Divisão. O facto de a equipa me

ter ajudado a marcar 2 golos na final, com a

possibilidade de partilhar esse momento com

a minha filha, ficará para sempre na minha

memória.

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É uma grande responsabilidade ser se capi-tão? .

Sim, ser capitão é uma enorme responsabili-

dade, é o líder do grupo, é o elo de ligação

entre o treinador e os restantes jogadores, é

quem tem a responsabilidade de manter o

grupo coeso e unido, tem a responsabilidade

de defender o grupo.

Qual o segredo para se ser um bom capitão? .

Julgo que um capitão para o ser tem de ter

algo mais do que tempo de clube, para se ser

um bom capitão tem de se ser respeitado por

todos, dirigentes, treinadores e claro, colegas

de equipa, mas mais importante que ser res-

peitado é preciso saber respeitar todos os

que atrás referi. Só se é respeitado quem

souber respeitar.

Na época passada o D.Fuas teve em grande

plano, conquistou o campeonato da 2ª divi-

são, chegou às meias-finais da taça, na sua opinião qual foi o trunfo para esta excelente prestação? .

A direcção e equipa técnica conseguiram for-

mar um grupo de enorme qualidade, depois

o bom trabalho realizado por todos, a coe-

são, união e amizade que o grupo manteve

de princípio ao fim fizeram o resto, permitin-

do ao clube conquistar um título inédito e

que ficará para sempre na história do Dom

Fuas.

Em tom de antevisão quem são para si os grandes candidatos à subida de divisão esta época? Vai ser um campeonato competiti-vo? .

O campeonato da 1.ª Divisão é sempre muito

competitivo, as diferenças na classificação

são menos acentuadas que noutras divisões.

Candidatos, eu não conheço ao pormenor o

valor das equipas, mas olhando para os

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participantes: Bombarral, Catarinense, Lan-

dal, Biblioteca, Portomosense, são sempre

equipas para andar nos lugares cimeiros,

depois historicamente as equipas que sobem

costumam fazer boas épocas.

Como vê o Marco o futuro do futsal distri-tal?

Olho para o Futsal com um misto de satisfa-ção e preocupação. Satisfação porque facil-mente se percebe que a qualidade tem vindo a melhorar, as equipas trabalham cada vez melhor, as condições para o fazerem também são melhores e os resultados estão à vista. Com preocupação porque, na minha opinião,

o futsal está a ir no mesmo caminho que o

futebol de 11, há equipas a pagar muito a

jogadores e treinadores, com orçamentos

elevadíssimos, e no dia que acabarem os

mecenas , ou os subsídios camarários, o fut-

sal poderá ter problemas, aliás já está a suce-

der com as equipas do Município de Leiria.

Ainda tem algum sonho que ainda não reali-zou enquanto jogador? .

Claro que sim, todo o jogador sonha um dia

jogar pela Selecção Nacional, julgo que esse é

o sonho de qualquer jogador e que no meu

caso fica por concretizar.

Agora que deixou de jogar vai continuar liga-

do ao futsal? .

Sim, vou treinar a equipa feminina do Dom

Fuas, tarefa que me honra e de enorme res-

ponsabilidade.

.

Curiosidades:

Ídolo Futebolístico: Paolo Maldini (futebol 11) e Schumacher (futsal). Clube do coração: S. L. Benfica Treinador com quem mais gostou de traba-lhar: Sr. Jorge UDL (futebol 11) e Sérgio (futsal). O seu 5 ideal: Luis Amado, Schumacher, Ricardinho, Falcão e Betão. Não gosto nada de…. Desonestidade Gosto muito da … minha família (mulher e filha) O meu maior defeito é… ser sincero demais

.

PERFIL .

Nome: Marco Aurélio Carreira Amaro Data de Nascimento: 30-05-1979 Altura: 1,76 m Peso: 76 kg Posição: Fixo Nº: 5 Clube Actual: D.Fuas (Treinador)

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.

Ouro para a equipa da Mata

pelo excelente início de época que está a fazer. Venceram o Caldas para a Taça de Portugal e no dia 5 de Outubro conquistaram a SuperTaça Distrital ao vencerem a equipa do Casal Velho por 5 a 0.

Ouro para o jogador do Guiense

Cédric. O jogador transferiu-se esta época para a equipa da Guia. Cédric já marcou 8 golos em apenas 3 jogos e é o melhor marcador da Honra.

Marca notável para um defesa.

Latão para a Câmara Municipal

de Leiria pela aplicação de taxas excessivas para a utilização dos recintos desportivos.

O valor destas taxas vai obrigar a maioria dos clubes a desistirem das modalidades que têm. Apliquem taxas sim, mas com valores suportáveis pelos clubes e apropriadas à realidade em que vivemos.

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4ª Jornada Dia 16 - Nazarenos x GRAP 5ª Jornada Dia 23 - Ansião x Pedroguense 6ª Jornada Dia 30 - Guiense x Portomosense

2ª Jornada Dia 09 - Gaeirense x SL Marinha

2ª Jornada Dia 15 - CB Caldas x Caranguejeira 3ª Jornada Dia 21 - Igreja Velha x Pocariça

1ª Jornada Dia 15 - Vidais x NS Leiria Dia 15 - Ilha x Amarense 2ª Jornada Dia 22 - Louriçal x Pocariça

8ª Jornada Dia 23 - FC. Porto x Nacional Dia 23 - Rio Ave x U. Leiria 9ª Jornada Dia 30 - U. Leiria x V. Setúbal Dia 30 - Feirense x Sporting

3ª Jornada Dia 18 - FC Basel x Benfica Dia 19 - FC Porto x APOEL

3ª Jornada Dia 20 - Sporting x FC Vaslui Dia 20 - NK Maribor x S.C. Braga

6º Jornada Dia 23 - Fátima x Calda

.

5º Jornada Dia 09 - Peniche x Marinhense

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MVP

.

PERFIL Nome: Hélder Jorge Leal Rodrigues Barbosa Data de Nascimento: 25-05-1987 Altura: 1,72 m Peso: 67 kg Posição: Extremo Nº: 10 Clube Actual: SC Braga Pé: Esquerdo

MVP

.

PERFIL Nome: Luciana Pimenta Garcia Data de Nascimento: 31-10-1985 Altura: 1,58 m Peso: 54 kg Posição: Médio Nº: 9 Clube Actual: Belenenses

MVP

Por: Carla Mesquita Fotos: Nadine Pires

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Luciana é uma das melhores jogadoras de futebol do nosso distrito. Depois de algumas épocas a representar equipas do distrito de Lisboa, a atleta natural da Marinha Grande regressa ao clube onde iniciou a sua carreira “ Os Belenenses”. Luciana encanta quem a vê jogar com a sua enorme classe e técnica aprimorada.

Porquê o futebol? Porque é uma modalidade que me fascina desde criança. O que mais te fascina nesta modalidade? A paixão, a emoção, o jogo em si. Jogaste em dois clubes com história no futebol feminino dis-trital, o Belenenses e o Monte

Real. Qual foi o que te marcou mais e porquê? O que me marcou mais foi o Monte Real. Estive apenas uma época nos Belenenses, não deu para conhecer muito do futebol. Em Monte Real o campeonato era outro, foi quando subiram aos nacionais, as pessoas que na altu-ra lá estavam integraram-me bem na equipa o que facilitou. Foi um

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clube de projecção. Na época passada jogaste numa equipa de Lisboa, como surgiu a pos-sibilidade de representares o Futebol Benfica? Já tinha jogado à duas épocas atrás no Odivelas (que foi extinguido) onde fui campeã e as pessoas que lá estavam são praticamente as mesmas que estão no Futebol Benfica agora, só menos a Prof. Helena Costa. No final da época 2009/2010 o Edgar (Treinador presente-mente do Futebol Benfica) falou comigo e surgiu a possibilidade de ir para lá. Foi difícil a adaptação? A adaptação ao modelo de jogo não foi difícil uma vez que já conhecia do tem

po do Odivelas. Foi mais difícil apesar de tudo a adaptação às minhas colegas pois era pouco o tempo que estava pre-sente. Ia treinar, vinha para a Marinha Grande após cada treino e depois ia jogar ao fim de semana. Passava muito tempo em viagens. Foram finalistas da Taça de Portugal, o que sentiste ao jogar num estádio tão emblemático como o do Jamor? Jogar no Jamor foi a concretização de um sonho, ainda para mais na condição de finalista da Taça de Portugal de Fute-bol Feminino. Quem não tem esse sonho… :) Foi magnífico, indescritível. As futebolistas portuguesas estão bem cotadas no panorama interna-

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cional, já são muitas as que repre-sentam clubes europeus e america-nos. Alguma vez pensaste em jogar no estrangeiro? Sim, já pensei nisso muitas vezes, mas como nunca surgiu a possibilidade tam-bém nunca forcei. Considero que seja importante sair e crescer futebolistica-mente, mas acabamos assim por dar a ideia de que em Portugal não existe pessoal competente por de trás das equipas. Acho que o campeonato nacio-nal acaba por nunca passar do mesmo porque deixa de existir competitividade e qualidade de jogadoras. Começamos a pensar e a olhar para quem está fora e acabamos por nos esquecer das boas jogadoras que ainda por cá ficam. Representas-te a selecção nacional sub 19, o que sente uma jovem ao vestir a camisola do seu país? É um orgulho imenso vestir a camisola das quinas, cantar o hino e sentir aque-le nervosismo… Dá-te força, motiva-te para continuares a lutar por o que gos-tas realmente de fazer. Como vês o futebol feminino do nos-so distrito? Está no bom caminho? Acho que está no bom caminho. Já existem algumas equipas de futebol 7, campeonato distrital dessa modalidade. Tem-se vindo a notar uma boa evolução na prática de futebol feminino, o que acaba por ser benéfico. Para além de cada vez mais aparecerem jovens joga-doras com bastante qualidade nas equi-pas. O que falta para termos uma equipa que possa lutar pelo título nacional? Qualidade no distrito a nível de jogado-ras existe, mas como não está toda jun-ta na mesma equipa torna-se mais difí-cil. As próprias atletas de cá também não vivem tanto o futebol como em Lis-

boa, por exemplo. Na equipa onde esti-ve, Futebol Benfica, tinha sempre cerca de 20 jogadoras nos treinos, 3 vezes por semana, chovesse, não chovesse. Cá se for preciso não levam tão a sério os treinos, muitas vezes treina-se com 10, 15 jogadoras. Acaba por condicionar o próprio desenvolvimento e evolução da equipa. Quais são os sonhos da Luciana jogadora de futebol? Um sonho que tive e nunca alcancei foi o de representar a Selecção Nacional A, mas será sempre um sonho. Ganhar a Taça de Portugal e um campeonato, jogar na Liga dos Campeões são outros sonhos. Devemos lutar por eles, mas nem sempre os conseguimos realizar. Faz parte da vida. Não é por isso que vamos desmoralizar! -

O meu maior defeito é… Teimosia A minha maior qualidade é… Persis-tência Não gosto nada de… Hipocrisia Gosto muito de… Humildade Melhor jogadora Portuguesa: Carla Couto e Edite

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Na 2ª Divisão Nacional de futsal são duas as equipas que esta época vão representar o distrito de Leiria, Amarense e Burinhosa. Desde a época 2007/2008 que não éramos representados por duas equipas nesta prova.

ASSOCIAÇÃO R. AMARENSE

TREINADOR: ANTÓNIO CUNHA

Pedro Lastic António Absalão

Andrézinho Beto

Caracol Hippy

Hélder Makka Noite

Peugeot Rúben Tiago

Xumbeiro Piri

Fred Mica

João Gonçalves

C.C.R.DESPORTIVO BURINHOSA

TREINADOR: KITÓ FERREIRA

Miguel Antunes Reko

Ricardo Louro Rudy Neves

Espanhol Formiga

Gerva João Gonçalo

Putt Rui Pereira

Lúcio André

Fábio Catarino Ricardo Loja

Cristiano Nortenho Vicente

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Nesta prova estão 5 equipas do nosso distrito, são elas, Mata, U.Leiria, Caldas, Externato e Mendiga. A equipa dos Milagres e da Mendiga estão de volta aos campeo-natos nacionais.

ASSOCIAÇÃO D.R. MATA

TREINADOR: RUI GAMA

Sílvio Roda André

Bruno Gago Dennis

Joel Marcos

Mário Tiago Nuno Veiga

Paulito Tico

Marcos Ricardo

Stephane Ivan

ASSOCIAÇÃO R.C.D. MENDIGA

TREINADOR: PEDRO COELHO

Xana André Bruno Mota Paulo

Pedro Nogueira

Renato Sérgio

Telmo Jorge Telmo Matos Tiago Rocha Tiago Silva

Celso Chinês

Luís Silva

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CALDAS SPORT CLUBE

TREINADOR: GABRIEL

Miguel Pereira Wilson Ferreira André Santos Bruno Basílio Diogo Tavares

Ivo Freire João Albuquerque Luís Vieira “Safão”

Marco Oliveira Marco Pereira

Nelson Pereira Ricardo Dias Rui Padeiro

Tiago Caetano

UNIÃO DESPORTIVA LEIRIA

TREINADOR: MIGUEL FERREIRA

Jimmy Pedro Cabete

Pinto Bruno “China”

Nando

Calixto David

João Castro João Cunha

Nini

Nuno Maduro Rui Alves Ruizinho

Teco Tiago Sousa “Tico”

EXTERNATO COOP. BENEDITA

TREINADOR: ANDRÉ VINAGRE

Rúben Salgado

Rui Castelhano Telmo

Filipinho

Asdrubal Paulo Silva

Pedro Eduardo Carreira

Luís Silva Gonçalo

Filipe Sérgio Fininho

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Treinadores

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Paulo Rousseau é o novo treinador da equipa do GRAP. Depois de se ter sagrado campeão de zona da 1ª Divisão na época passada ao serviço das Meiri-nhas, Paulo encara um novo desafio na sua car-reira, treinar uma equipa da Honra.

O seu pai é um homem do futebol, isso teve influência no seu gosto pelo futebol? Iniciei a prática do “desporto Rei” com 8 anos de idade. Desenvolveu-se natural-mente o gosto e a paixão pelo futebol fomentado por todos os sucessos do meu Pai como jogador (também no SLB) e como grande treinador que é (todos os títulos que ganhou o comprovam).

Quando é que se apercebeu que que-ria ser treinador? Quem gosta de uma modalidade despor-tiva procura adquirir conhecimento sobre a matéria, de várias formas, para além de toda a experiência empírica retirada da prática de cerca de 30 anos. Obtive desta forma algum suporte que me per-mitiu aceitar o convite da ADR para trei-nar no primeiro ano como treinador. Tem referências a nível de treino? Quem são? Tive, desde o futebol juvenil até ao final da carreira como jogador, treinadores de renome nacional, alguns até selecciona-dores de Portugal, como António Violan-te e José Moniz. Com eles aprendi mui-to, bem como com outros treinadores, alguns no distrito de Leiria sobejamente conhecidos (Orlando Rousseau com várias subidas de divisão, Armando San-tiago) e outros como Ruas (subida de divisão) ou Félix Mourinho, para dar alguns exemplos. O futebol está em

constante evolução e existem actual-mente treinadores portugueses excep-cionais com métodos de treino eficazes mas de difícil implementação ao nível distrital.

Quais foram as principais dificulda-des que encontrou nas experiências que teve como treinador? A falta de condições ideais ao nível das infra-estruturas dos clubes e os maus

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horários para início dos treinos (de acor-do com a disponibilidade dos jogadores, considerando que a maioria são traba-lhadores).

O Paulo antes de ser treinador foi jogador. Sente que a experiência como futebolista ajuda-o enquanto treinador? Sem dúvida! Quem joga tem uma per-cepção diferente de como tudo acontece durante o jogo. O futebol é um jogo dinâ-mico e o jogador sente o que está a acontecer, o que vai acontecer e perce-be quando pode ou deve fazer ou não determinadas acções. Essa experiência vivida dá outra visão ao treinador.

Esta época tem a sua estreia como treinador no campeonato de Honra, quais são as suas expectativas? Foi proposto pela direcção do clube um objectivo difícil mas alcançável, ou seja, melhorar a classificação do ano transac-to. Os jogadores em épocas anteriores mostraram o seu valor e com os reforços que conseguimos, à medida das possibi-lidades do clube, entendemos que for-mamos uma equipa forte que nos garan-te um bom campeonato e a prossecução daquele objectivo.

Para o Paulo quem são os grandes candidatos ao titulo de campeão da honra? As equipas que habitualmente lutam por esse objectivo e cujo historial lhes confe-re alguma vantagem, como são os casos do Porto de Mós, Guia, Alqueidão, tam-bém o Alvaiázere e o Pataias se reforça-ram com esse intuito.

O que pensa da actualidade do fute-bol distrital? Em termos desportivos, com o desapa-recimento de clubes, a qualidade das equipas melhora porque acrescentam mais-valia com os jogadores que vão buscar aos clubes desistentes. Relativa-mente às dificuldades, essas aumentam devido à conjuntura económica e finan-ceira global que obriga a maior conten-ção de despesas, que até mesmo a carolice daqueles que gostam dos clu-bes das suas terras atinge.

O Paulo fez toda a sua formação e jogou alguns anos nos seniores da U. Leiria como vê o actual momento da equipa principal na Liga? Dada a posição que detém no momento, a tendência é melhorar. O UDL consoli-dou a sua presença na 1ª Liga ao longo

“O GRAP vai conti-nuar a ter uma equipa sénior de qualidade pois a formação do clube é dada por pes-soas muito compe-tentes…”

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dos últimos anos ganhando o respeito dos adversários que vêem uma equipa difícil de bater e que não pode ser menosprezada porque pode surpreender em qualquer jogo.

Como vê o facto de os principais clu-bes portugueses apostarem cada vez menos em jogadores nacionais e mais em jogadores estrangeiros uma vez que há formação de qualidade no nosso país? O futebol é uma indústria poderosa e compensadora. Os clubes procuram reti-rar lucros sobre as suas contratações obtendo mais-valias na venda dos pas-ses dos jogadores. A lei permite, logo, no âmbito da sua aplicação é uma gestão correcta da parte dos clubes. É a forma mais rápida de obter dividendos. Por outro lado, os jogadores jovens portu-gueses vão sendo vistos pelos clubes estrangeiros, cada vez mais, como con-tratações de grande qualidade, pelo que, se em Portugal o aproveitamento é resi-dual, no estrangeiro vai aumentando. O ideal seria haver um equilíbrio tanto nos jogadores que sobem aos seniores dos seus clubes como aqueles que saem para o estrangeiro e aqueles que entram em Portugal vindos de outros países.

Também no Grap o Paulo trabalhou com camadas jovens, o que se sente ao ser treinador de formação? E o que mais motiva? O que achei extraordinário foi a qualida-de da grande maioria dos jogadores ini-ciados que treinei. E a forma como assi-milam e procuram executar as informa-ções que recebem. O GRAP vai conti-nuar a ter uma equipa sénior de qualida-de pois a formação do clube é dada por pessoas muito competentes que assegu-ram um trabalho de qualidade e o futuro desportivo do clube.

Como encara uma derrota? Momento de reflexão e ponto de partida para melhorar.

Qual a qualidade que mais aprecia num jogador? Concentração e capacidade de decidir sobre qual a melhor acção a cada momento do jogo, com ou sem bola. Para terminar qual foi o momento que mais o marcou enquanto treinador? Campeão pela Associação Recreativa das Meirinhas na época 2010 / 2011. Por: Carla Mesquita Fotos: Carla Mesquita

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Jovens Promessas

.

PERFIL Nome: Carlos Daniel Cevada Teixeira Data de Nascimento: 11/07/1994 Altura: 1,78 Posição: Avançado Nº: 7 Clube Actual: U.D.Leiria Escalão: Júnior Pontos Fortes: Grande poder de concretização; Velocidade; Mobilidade

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Page 26: Revista Leiria Foot - 2

. formação de atletas é um dos

assuntos mais importante para o futuro da nossa sociedade desportiva. Para uma correta formação, considero que existem aspetos fulcrais que são: a importância do treinador da formação, pois é ele que transmite o gosto pela modalidade, a escolha correta da escola de formação como pilar fundamental ao desenvolvimento do projeto e o apoio/gosto dos pais no compromisso estabe-lecido na assiduidade aos treinos dos atletas. Na formação, o treinador tem uma gran-de importância pois é ele que atua dire-tamente sobre os futuros comportamen-tos desportivos e sobre os comporta-mentos em sociedade dos seus jovens atletas. Um treinador tem sobre os seus jovens

atletas, um grande poder ao ponto, de

ser um dos principais motivos para uma

atleta escolher determinado clube ou

modalidade a praticar. Mas, também, um

dos principais fatores para o abandono

da prática desportiva por parte de um

atleta. É de salientar que os treinadores

da formação, têm que ter noção, que

são o “modelo” dos seus atletas e que

.

devem ter em conta aspetos bastantes significativos, para a evolução dos mes-mos. Estes aspetos são:

- o aspeto biológico, que envolve o conhecimento dos seus jovens, em ter-mos de desenvolvimento motor e que é essencial para a determinação das car-gas de trabalho adequadas a serem utili-zadas em treino; - o aspeto psicológico, que envolve o conhecimento profundo da personalida-de dos atletas e dos seus limites em ambiente desportivo de competição; - o aspeto pedagógico, que envolve o

conhecimento dos conteúdos específi-

cos, dos métodos e das estratégias ade-

quadas para se utilizar.

É necessário que o treinador conheça e

domine estes aspetos, para que tenha

atitudes mais adequadas e significativas

para o processo de formação desportiva

dos atletas.

Desta forma, saliento mais um vez, a

importância do treinador da formação,

que deve ter os conhecimentos e forma-

ção académica, que lhe permita uma

“Sempre que um treinador é capaz de ajudar os atletas a focalizar o

seu empenho e esforço apenas em objectivos

finais de competição, a probabilidade dessas crianças gostarem

mais da sua presença no desporto fica, por essa via, facilitada”.

Kemp (1991)

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boa atuação e benéfica para os seus atletas, não os prejudicando. Este conhecimento deve ser basicamente em quatro domínios, que são: - o conhecimento de cada atleta, a nível da sua realidade biológica, psicológica e social; - o conhecimento correto da modalidade, a nível dos aspetos físicos, técnicos e táticos; - a definição de métodos e estratégias de trabalho a se utilizar nos exercícios de treino; - a intervenção pedagógica a se ter, ofe-

recendo aos atletas atitudes positivas e

boas condições para a prática da moda-

lidade

Os atletas, até um passado não muito

distante, aprendiam a praticar futsal nas

ruas. Mas, o futsal que tantos valores

revelou nestes espaços, virou refém do

desenvolvimento urbano e a cada dia

vem sendo praticado e desenvolvido no

ambiente das escolas de futsal, que

estão espalhadas pelo nosso pais.

Há cerca de cinco anos, criei um projeto

e apresentei-o à direção do Amarense.

Criamos a escola de formação, com o intuito de dar a maior importância à for-mação dos jovens atletas e torna -los o mais completos possível e conduzi -los ao sucesso. Após este tempo, pode dizer -se que o balanço tem sido muito positivo, já se conquistaram alguns títulos, mas é importante destacar o apoio incondicio-nal dos familiares dos atletas, da direção do Amarense e dos patrocinadores. O principal objetivo das escolas de for-mação de futsal deve ser a formação dos seus atletas, como cidadãos de bom carater, dignos de respeito e merecedo-res de oportunidades no futuro. Considero que se, todas as escolas de formação, fossem assistidas financeira-mente e pedagogicamente, poderiam transformar-se num grande espaço para formação de grandes atletas e/ou Homens que, ao invés de ficarem expos-tos aos malefícios das ruas, passariam a encher os pavilhões do nosso pais, como bons atletas e adeptos.

Por: Professor Filipe Apolinário - Licenciado em Educação Física Fotos: Carla Mesquita

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Coelho8Foot é uma escola de futebol sem fins lucrativos e faz da formação a sua principal “arma”. Equipa sem competição, cuja formação de atletas, educação e vida académica está em primeiro lugar. .

Em 4 anos de existência, a escola de futebol situado nos Moleanos, aldeia do sopé da serra dos candeeiros, que dista 7 kms de Alcobaça, apresenta vários factores que fazem sorrir Gonçalo Coelho, fundador/treinador desta escola de futebol. .

O ponto alto, é sem margem para dúvidas, o torneio que organiza todos os anos no final da época, que faz mover centenas de pessoas em torno da equipa, que brilha apenas nos treinos (um ao sábado de manha) e em jogos amigá-veis.

A vida académica para coelho8foot…

Também de referir a importância da vida aca-démica nos jovens, ai esta um outro factor importante, para o qual o desporto deve alertar os jovens. Na época passada, um atleta pediu se poderia entrar para coelho8foot, as notas escolares são sempre um factor primordial, assim no fim de cada período é solicitado aos atletas que entreguem as notas, este vinha com 7 negativas, mas com o decorrer do ano, e segundo o atleta e a própria mae, coelho8-foot ajudou-o a terminar o ano apenas com uma negativa, transitando de ano.

Objectivos desportivos…

A nível desportivo, coelho8foot, orgulha-se de

colocar 2 dos seus jogadores no Ginásio Clube

de Alcobaça, jogadores os quais saíram por-que a idade já não permitia, pois coelho8foot compreende idades ente os 7 e os 11 anos. É também importante o desenvolvimento dos principais aspectos técnicos de cada uma, adquirir e assimilar um bom passe, um bom remate, aspectos de técnica individual que possibilite aos atletas poderem adaptarem-se a qualquer clube para onde possa ir “espalhar magia”.

A nível colectivo, é essencial a componente relacional entre todos, para que assim, cada atleta seja um melhor cidadão, este é o princi-pal objectivo da escola, falando de aspectos colectivos, visto que a vida social e viver bem em sociedade, é impreterível para que se pos-sa viver bem. Não quero dizer que o resultado não é impor-tante, mas para nós coelho8foot fica para segundo plano, pois independentemente do valor de cada atleta, todos eles jogam em todos os jogos e são sempre convocados.

Plantel 2011/2012 – Época que se espe-ra uma vez mais cheia de sucessos…

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Arbitragem

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Ser árbitro de futsal não é fácil, por vezes é tão amargo que dá vontade de abandonar o barco, mas ser árbitro, (NÃO É ISSO) não é virar as costas na primeira dificuldade, e ao ultrapassa-la, estamos prontos para a próxima.

O gosto pelo futsal é vivido pela prática ao longo de uma carreira que começa bem cedo, num qualquer recreio da escola, na rua, num polidesportivo ou num pavilhão onde a bola possa saltar, que é onde os miúdos aprendem as técnicas e também algumas regras do jogo, por mais rudimentares que sejam.

As regras são fundamentais, sem elas e

sem os árbitros não existe futsal.

Os candidatos a árbitros enfrentam um

percurso difícil que pode culminar com

a chegada à 1ª categoria a nível Nacio-

nal e a possibilidade de dirigir jogos das

competições profissionais.

Antes de mais um árbitro deve ser boa

pessoa, com bom fundo intrínseco

perante o jogo e os seus participantes,

mas também ter ética e moral, ser mui-

to trabalhador, colaborante, comunicati-

vo, inteligente, sensato, sério, corajoso

e equilibrado.

Os candidatos a árbitros começam por

frequentar cursos que lhes dão direito a

arbitrar jogos dos escalões mais jovens,

acompanhados por árbitros dos qua-

dros Nacionais. Depois vão subindo nas

divisões distritais, até aos quadros

nacionais. Este trabalho é feito sempre

com a supervisão de árbitros mais cate-

gorizados. Também é muito importante

frequentar um dos núcleos para árbi-

tros, pois é ai que se aprende e se tiram

as dúvidas, onde se pode também trei-

nar.

Se a carreira for bem sucedida o árbitro pode integrar a elite, o que significa atingir a primeira categoria a nível Nacional, e eventualmente tornar-se parte do núcleo restrito dos que che-gam a árbitro internacional.

É uma actividade de grande responsa-

bilidade, seguida atentamente pelos

meios de comunicação social e por

todos quantos acompanham o futsal.

Por: Lastuf

LEIRIA FOOT 31

Page 32: Revista Leiria Foot - 2

Liga Zon Sagres

Page 33: Revista Leiria Foot - 2

Destaques da 1ª à 7ª Jornada

Os actuais comandantes da Liga Zon

Sagres, SL Benfica e FC Porto,

demonstraram da 1ª até à 7ª jornada,

serem fortes candidatos ao título da épo-

ca 2011/2012.

O FC Porto começou o campeonato

mantendo a tendência da época anterior,

vencendo todos os jogos e não deixando

os mais directos adversários se aproxi-

marem. Contudo, a 4ª jornada revelou-

se um ponto de viragem na Liga, quando

no terreno do Feirense os dragões não

foram além de um empate a zero, e na

jornada seguinte, empataram no seu ter-

reno a dois golos com o Benfica. A 7º

jornada marcou o regresso da equipa às

vitórias, ao baterem a Académica de

Coimbra por 3-0. .

Nestas primeiras jornadas, destacamos

..

.

Hulk e João Moutinho como peças fun-

damentais na equipa de Victor Pereira.

Hulk, por conseguir solucionar muitos

dos problemas atacantes da equipa,

pode se esperar sempre uma jogada

mágica sua. João Moutinho, porque con-

tinua a ser um jogador espectacular

cobiçado por meia Europa futebolística,

com ele em campo, sente-se uma equi-

pa coesa e versátil.

SL Benfica, um dos principais candida-

tos ao título, começou a época com um

empate a dois no terreno do Gil Vicente,

o que fez prever um início turbulento

como na época transacta. No entanto,

as águias enveredaram por um caminho

vitorioso nas seguintes jornadas, que só

terminou com o empate a dois no Está-

dio do Dragão. Na sétima jornada, o

Benfica bombeou, em casa, o Paços de

Ferreira por 4-1. .

No Benfica, merecem especial destaque,

Witsel e Luisão. O médio belga tem vin-

do a deliciar todos com o seu controlo

LEIRIA FOOT 33

Page 34: Revista Leiria Foot - 2

.

de jogo a meio campo, enquanto que Luisão, tem demonstrado o porquê de ser o capitão desta equipa, transmitindo segurança a todo o plantel. Logo a seguir, a apenas três pontos dos líderes, aparecem o SC Braga.

.

Os bracarenses, iniciaram o seu percur-so nesta época com um empate a zero em casa do lanterna vermelha Rio Ave, mas rapidamente demonstraram querer repetir os feitos da época anterior. Embalaram numa onda de vitórias, que só foi interrompida com o empate a uma bola, obtido em casa do vizinho Guima-rães. Apesar de muitos falarem que a equipa de Leonardo Jardim não está a praticar o seu melhor futebol, o que cer-tamente importa, é que apesar de todas as saídas importantes do plantel, o gru-po se mantém a lutar pelos lugares cimeiros da tabela. No Braga de destacar o regresso de

Nuno Gomes à grande forma e aos

golos, mas também de Hélder Barbosa,

que com a saída de Pizzi para o Atlético de Madrid ganhou mais visibilidade na equipa, conseguindo impor-se e demonstrar com grandes e decisivos golos, toda a sua qualidade.

Dito isto, estes são até ao momen-

to, os três grandes candidatos ao título

da Liga Zon Sagres, Porto e Benfica

ocupam a 1ª posição com 17 pontos, e

Braga a 3º, com 14.

Não podemos contudo esquecer o Spor-

ting CP, que teve um mau arranque de

campeonato, com os empates nas pri-

meiras jornadas com Olhanense e Beira-

Mar e a derrota em casa com o Marítimo

por 3-2, mas que nas últimas quatro jor-

nadas só somou vitórias, conseguindo

recuperar na tabela classificativa, ocu-

pando já o 5º lugar, a apenas três pontos

dos líderes.

Van Wolfswinkel e Diego Capel são os

jogadores em destaque destas primeiras

jornadas do lado do SCP. Capel pelas

suas fulgurantes exibições, Wolfswinkel,

pelos seus golos espectaculares que

foram parte importantíssima na recupe-

ração classificativa da equipa.

Page 35: Revista Leiria Foot - 2

Destacamos ainda, o clube “sensação” deste início de campeonato, a Académi-ca de Coimbra. Com um espectacular desempenho, ao fim de sete jornadas, mantém-se no topo da tabela, num óptimo 6º lugar, a apenas cinco pontos dos dois primeiros. É sabido que a “geração” de treinadores ligados ao FCP tem dado que falar, e depois de José Mourinho, André-Villas Boas, Domingos Paciência, ou até mes-mo Jorge Costa, surge esta época Pedro Emanuel, o treinador que tem vindo a deixar óptimas indicações a todos os simpatizantes do clube. Com destaque para jogadores como, Éder, Cédric Soares ou Adrien Silva, a Briosa tem vindo a lutar de igual para igual com todos os adversários, sendo a união do grupo o ponto forte desta equi-pa. Quanto a resultados, de destacar as vitórias por 4-0 em casa ao Nacional da

.

Madeira e ao Feirense. .

Mas nem só de bons resultados é feito o futebol, e depois de todos estes desta-ques positivos, damos ênfase à União Desportiva de Leiria, mas desta vez, por motivos menos bons. Depois da brilhante campanha realizada na época passada, o clube do Lis, ini-ciou da pior maneira o campeonato nacional, conseguindo apenas pontuar frente ao Beira-Mar e ao SC Braga, com duas vitórias pela margem mínima (0-1). O balneário da UDL, que ao fim de sete jornadas se encontra no 12º apenas com seis pontos, transparece intranquilidade, prova disso é a constante mudança de treinador. Pedro Caixinha, que fez um óptimo trabalho ao serviço do Leiria na época transacta, não aguentou a pres-são de um mau início de competição. Victor Pontes, o nome que lhe sucedeu, passou rapidamente pelo comando téc-nico da equipa, até à recente chegada de Manuel Cajuda. Resta-nos desejar boa sorte ao técnico e a todos os jogadores, e esperar que con-sigam recuperar rapidamente a alegria e motivação de jogar, superando desta for-ma esta fase menos boa da sua história. Negativamente falamos ainda do Rio Ave, o último classificado até ao momen-to da Liga Zon Sagres, com apenas dois pontos em sete jogos realizados, con-quistados nos empates a zero frente ao Sp. Braga e ao Beira-Mar.

Por: Rita A.

LEIRIA FOOT 35

Page 36: Revista Leiria Foot - 2

Craque da Liga

.

PERFIL Nome: Hélder Jorge Leal Rodrigues Barbosa Data de Nascimento: 25-05-1987 Altura: 1,72 m Peso: 67 kg Posição: Extremo Nº: 10 Clube Actual: SC Braga Pé: Esquerdo

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Page 38: Revista Leiria Foot - 2

Hélder Barbosa é um dos jogadores em destaque neste início de épo-ca, tanto na Liga portuguesa como na Liga Europa.

O extremo do Sporting de Braga tem mostrado que todos os elo-gios feitos durante a sua formação não foram ao acaso. Sempre foi visto como uma esperança do futebol português mas depois deste início tão produtivo começa a ser uma certeza.

Aos 8 anos, Hélder Barbosa ingressou nas escolas do FC Porto onde fez toda a sua for-mação. Teve sempre em destaque nos esca-lões de formação devido à sua capacidade técnica. O seu pé esquerdo já fazia as delí-cias de muitos. Mourinho não ficou indife-rente às capacidades do jovem canhoto e chamou o algumas vezes para os jogos dos seniores. Apesar de nunca ter jogado oficial-mente foi convocado e utilizado no jogo de estreia do Estádio do Dragão perante o Bar-celona. Nesse jogo também Messi fez a sua estreia. Na época seguinte e já com Co Adriaanse

como treinador principal, Hélder estreou-se

frente ao Boavista.

O jovem jogador ia dando nas vistas na

equipa B do Porto, foi mesmo um dos joga-

dores mais influentes da equipa.

O talento de Hélder Barbosa estava aos

olhos de todos, faltava a maturação.

O Porto fazia rodar o jogador e em 2006 foi

emprestado à Académica de Coimbra.

Manuel Machado logo apostou nele e a sua

afirmação foi imediata. Hélder deliciava

todos com as suas fintas, golos espectacula-

res e muitas assistências. Mas em Novem-

bro Hélder lesionou-se gravemente no joe-

ho o que o afastou dos relvados o resto da

época.

.

Depois da recuperação, o jovem jogador

voltou a Coimbra, desta vez com Domingos

Paciência no comando dos estudantes. O

treinador apostou nele e a aposta foi ganha

pois Hélder voltou em grande nível.

Page 39: Revista Leiria Foot - 2

A excelente época rendeu-lhe o regresso ao

FC Porto. A sua utilização no dragão não foi

grande, esteve em apenas 4 jogos.

Nas seguintes épocas Hélder voltou a ser

emprestado, Trofense e Vitória de Setúbal

foram os destinos.

Em 2010/2011 ingressou no Braga , teve

uma época de altos e baixos. Esta época o

seu futebol ganhou maturidade, que o

digam as equipas com quem jogou o Braga.

A Selecção Nacional

Em 2003, Hélder Barbosa fez parte da Selec-

ção nacional Sub 17 que se sagrou campeã

da Europa. Faziam parte também desta

selecção Miguel Veloso, João Moutinho.

Representou também as selecções de Sub

19 em 2005/2006 e Sub 21 de 2007 a 2010.

2011/2012

Esta parece ser a época de confirmação de

Hélder Barbosa. O canhoto é aposta do téc-

nico Leonardo Jardim e um dos responsá-

veis pelo excelente início de época da equi-

pa Bracarense.

Em 6 jogos Hélder Barbosa já marcou 4

golos, 2 para a Liga Zon Sagres e 3 para a

Liga Europa.

Hélder está confiante e isso vê-se na sua

forma de jogar.

Por: Carla Mesquita

Fotos: todossomosportugal.blogspot.com;

portufutebol.blogspot.com; Facebook Hélder

Page 40: Revista Leiria Foot - 2
Page 41: Revista Leiria Foot - 2

Em tempo de crise, o futebol europeu ainda é envolvido em muitos milhões. .

Fala-se todos os dias em crise mas

no futebol europeu ainda não se

sentiu.

Na época de transferências foram

muitos os milhões que rolaram pela

Europa fora. Os clubes abrem os cor-

dões à bolsa para comprarem os

melhores jogadores.

Há que investir para poderem

sonhar com as competições euro-

peias, principalmente com a Liga dos

Campeões, também conhecida pela

Liga dos Milhões.

Desde a reformulação da antiga Taça

dos Campeões Europeus, a UEFA já

distribuiu 7,7 mil milhões de euros

pelos clubes participantes.

Page 42: Revista Leiria Foot - 2

Na época passada foram 754,1 milhões de euros, nem o Campeonato do Mundo distri-bui tanto dinheiro. Este valor foi distribuído pelas 32 equipas que participaram na fase de grupos. A maior fatia foi para o Manchester United que encai-xou nos seus cofres 53.1 milhões de Euros mais 2 milhões que o campeão Barcelona, devido às diferenças dos valores de direitos televisivos. Mas esta prova não é só aliciante para as

grandes equipas europeias, por exemplo a

equipa do Zilina, campeão da Eslováquia que

conseguiu chegar à fase de grupos, arreca-

dou 7,4 milhões de euros sem ganhar um

único jogo dos 6 que disputou. E só não arre-

cadou mais porque a televisão eslovaca paga

apenas 212 mil euros pelos direitos de televi-

são da Liga dos Campeões, valor baixo em

relação ao pago pelas redes de televisão

inglesa e espanhola, 28,8 e 18.8 milhões res-

pectivamente.

Há clubes que não podem sequer sonhar ficar fora da Champions, pois os seus encar-gos são enormes. Os casos mais sonantes são o Barcelona, Manchester United, pois sem os milhões da prova teriam que apertar o cinto nas despesas. Mas não é só através dos resultados despor-

tivos que os clubes ganham dinheiro ao esta-

rem na Champion.

Alguns clubes estão mais interessados nesta

prova pela oportunidade de negócio que ela

representa.

Vejamos, a Liga dos Campeões é um dos tor-

neios com maior exposição mundial, isso aju-

da os clubes a expandirem as suas marcas e a

conquistarem novos adeptos e fãs pelo mun-

do fora. Por exemplo, o Real

.

Madrid e o Manchester United conseguiram conquistar adeptos em mercados bem dis-tantes dos seus países, na Ásia, na América. Esta exposição que a Champion oferece é também um impulso para conquistarem melhores patrocinadores, pois estes ganha-rão também mais minutos de publicidade quanto maior for a exposição das equipas. Este ano a final da prova foi a mais rica de

todas. Defrontaram-se duas equipas de enor-

me peso mundial, o Manchester United e o

FC Barcelona. Estas duas equipas têm o

maior número de adeptos do mundo. Uma

final de sonho para os fãs do futebol.

Este jogo fez mexer a economia. Londres

onde foi disputada a final ganhou com a visi-

ta de muitos adeptos que se deslocaram para

ver o jogo. Barcelona pela euforia dos adep-

tos depois da conquista de mais um título.

Mas esta final também mexeu com a econo-

mia mundial, como disse anteriormente o

Page 43: Revista Leiria Foot - 2

Manchester e o Barcelona são dois dos clubes com mais adeptos

em todo o mundo, e todos nós sabemos o que pode fazer a eufo

ria de um título conquistado pela nossa equipa.

Também a nível de publicidade houve um grande investimento

por parte das marcas aliadas à prova, como é o caso da Heineken

que lançou o slogan “Open your world” nos intervalos comerciais.

Foram gastos milhões em volta deste jogo.

Para esta nova época, Barcelona e Porto recebem mais milhões pela entrada na Liga dos Campeões do que os restantes clubes. Esta diferença deve-se ao facto das duas equipas terem disputado a Supertaça Europeia. Os campeões europeus encaixam 9,7 milhões e o vencedor da Liga Europa 9,2 milhões de euros. As restantes equipas, inclusive o Benfica recebem 7,2 milhões . Nada mudou em relação aos prémios por resultados desportivos, vitória vale 3 pontos e 800 mil euros, empate 1 ponto e 400 mil euros. Conforme as equipas vão avançando na prova mais milhões vão

arrecadando nos seus cofres. A passagem aos oitavos de final vale 3 milhões, aos quartos mais 3,3 milhões e às meias-finais uma bela quantia de 4,2 milhões de euros. O campeão europeu recebe mais 9 milhões e finalista vencido 5,6 milhões. Mas a estes valores temos de acrescen- tar os direitos televisivos.

Muitos milhões que tornam cada vez

mais apetecível esta prova.

LEIRIA FOOT 43

Page 44: Revista Leiria Foot - 2
Page 45: Revista Leiria Foot - 2

Futebol Feminino

Por: Sandra Costa www.futebolfemininoportugal.com

Page 46: Revista Leiria Foot - 2

Seleção A realiza goleada históri-

ca

A seleção A de futebol Feminino faz uma goleada histórica frente à Arménia. A Selecção Nacional Feminina “A” ini-ciou com o pé direito a sua participação no Grupo 7 de qualificação para o Cam-peonato da Europa de 2013, ao vencer a Arménia, por 8-0. Além da goleada, e dos três pontos con-

quistados, o encontro fica marcado na

história da Equipa das Quinas como a

maior vitória de sempre da nossa Selec-

ção. O anterior registo tinha-se verifica-

do diante do mesmo adversário, a 31 de

Março do ano passado, mas Portugal

tinha-se “ficado” pelos 7-0.

O jogo do MIKA Sport Complex não

teve, aliás, grande história, tal o domínio

e superioridade demonstrados pelas nossas jogadoras, que se colocaram em vantagem logo aos dois minutos, por intermédio de Carolina Mendes. Com muito mais posse de bola e trocan-do bem o esférico no meio-terreno armé-nio, não foi preciso esperar muito mais para ver Andrea Rodrigues fazer o 2-0, aos sete minutos. A primeira parte não terminaria sem que a capitã lusa, Edite Fernandes, aumentasse a vantagem portuguesa para três golos. Na etapa complementar, e perante a total incapacidade de resposta por parte da Arménia, Portugal foi avolumando os números do seu triunfo, com Edite (53’), Andrea Rodrigues (59’), Kimberly Bran-dão (63’), Carla Couto (70’, na transfor-mação de uma grande penalidade) e Laura Luís (84’) a fecharem as contas do encontro.

Page 47: Revista Leiria Foot - 2

Seleção Sub -19 apura-se para

2.º Torneio de Apuramento

O mês de Setembro foi o mês do torneio de Apuramento da Seleção Sub -19. Vejamos como correram os jogos contra a República da Irlanda, Hungria e Israel. Um golo solitário de Aileen Gilroy, aos 71 minutos, deu à República da Irlanda os três pontos na partida de estreia da Selecção Nacional Feminina Sub -19, no primeiro torneio de apuramento para o Euro 2012. Numa partida marcada pelo equilíbrio, a

Equipa das Quinas foi penalizada por

não ter concretizado as ocasiões de que

dispôs, diante de um adversário podero-

so fisicamente e que dificultou ao máxi-

mo a tarefa das nossas jogadoras.

Na outra partida do Grupo 2 de qualifica-ção, a Hungria bateu Israel, por 1-0. .

A Selecção Nacional Feminina Sub -19

empatou, a três bolas, diante da Hun-

gria, em jogo da segunda jornada

do Grupo 2 do primeiro torneio de apura-

mento para o Campeonato da Europa da

categoria de 2012.

Depois de terem chegado a perder ao

intervalo (1-3), as atletas lusas deram

uma resposta extraordinária na etapa

complementar, chegando ao empate e

até poderiam ter chegado à vitória, já

nos instantes finais do encontro.

A Selecção Nacional Feminina Sub -19

apurou-se assim, este mês, para o 2º

e decisivo torneio de apuramento para o

Europeu de 2012, depois de vencer, por

1-0, Israel e beneficiando da goleada (6-

0) aplicada pela República da Irlanda à

Hungria.

Com a conjugação destes resultados, a formação comandada por Susana Cova garantiu o segundo lugar do Grupo 2 e a qualificação para a próxima etapa de apuramento. Na última partida do apuramento, a

Equipa das Quinas mostrou uma supe-

rioridade tal, que o resultado apenas

peca por escasso. Na verdade, Israel

pouco incomodou a defensiva do conjun-

to luso, que viu Mélissa Gomes apontar

o tento solitário do encontro, à passa-

gem dos 21 minutos.

LEIRIA FOOT 47

Page 48: Revista Leiria Foot - 2

SU 1.º Dezembro segue em pri-

meiro lugar

Depois de três jornadas do Campeonato

Nacional da I Divisão de Futebol Femini-

no, a equipa de Sintra está já à frente

com três vitórias. Na 1.ª Jornada salienta

-se a vitória por 4 bolas a zero do Lei-

xões sobre o Escola, a vitória mais dila-

tada da jornada.

Já na 2.ª Jornada, as sintrentes golea-

ram o Cadima por 8-1 e o Boavista vol-

tou a vencer desta vez o Escola por 3-1.

Na 3.º Jornada ressalta a vitória no

derby da invicta, com o Leixões a vencer

o Boavista, por uns expressivos 4 a

zero. As setubalenses saíram derrotadas

frente ao Benfica, por 2-0, enquanto a

outra estreante na I Divisão, o Martim foi

a Viseu derrotar o Escola por 1 bola a

zero. Por fim, o 1.º Dezembro foi a Vila

Verde vencer 2-1, enquanto o Cadima

volta a perder, desta vez com o Alberga-

ria por 3-2.

Sendo assim, temos na classificação

geral o 1.º Dezembro e o Benfica em pri-

meiro lugar com três vitórias, seguidos

do Leixões, Albergaria e Boavista com 6

pontos, depois Martim com 4 pontos,

Setúbal com 3, Vilaverdense com 1 e no

final da tabela Escola e Cadima que ain-

da não fizeram qualquer ponto esta épo-

ca.

Equipas Leiriense iniciam Cam-

peonato de Promoção a ganhar.

Na primeira jornada da prova o A-dos

Francos venceu em casa o 1ª Dezembro

B por 3 a 0, já a equipa dos Belenenses

goleou o Paio Pires por 15 a 1.

Na próxima jornada, dia 9 de Outubro,

há derbie leiriense, Os Belenenses rece-

bem o A-dos-Francos. Antevê-se um

bom jogo de futebol. As duas têm refor-

ços de peso para esta nova época,

Luciana Garcia para a equipa da Mari-

nha Grande e Catarina Lopes para a

equipa do A-dos-Francos.

Page 49: Revista Leiria Foot - 2

FC Cesarense, SM Murtoense, GCR Rossas e CD Feirense seguem para na Taça de Portugal

Os jogos da pré -eliminatória da Taça de Portugal realizaram-se no dia 25 de Setembro. O Cesarense derrotou o Ferreirense por 4 bolas a zero, tendo o Murtoense, equi-pa que no ano passado disputou o cam-peonato da I Divisão vencido nas gran-des penalidades o Pampilhosa, equipa estreante no Campeonato de Promoção. Entre mais duas equipas estreantes no Campeonato de Promoção, o Rossas venceu o Esperança por 5 -0 e o Feiren-se, equipa que no ano passado passou à 2.ª Fase do Campeonato de promo-ção, goleou o Eirolense por 8-1. Sendo assim, o Cesarense, o Murtoen-se, o Rossas e o Feirense passam para disputar a 1.ª Eliminatória da Taça de Portugal que se realizará no dia 30 de Outubro. Fica a dúvida para o jogo entre o Seia e a Fundação, ainda não sendo certa a data deste jogo .

Na 1ª eliminatória da Taça a equipa do Belenenses vai receber o Palmelense e o A-dos-Francos vai a casa do Ponte de Frielas

Próximos Eventos

Durante o mês de Outubro serão realiza-das 4 jornadas do Campeonato Nacional da 1.ª Divisão, serão ainda realizados mais dois jogos de qualificação para o Campeonato Europeu da Seleção princi-pal contra a República Checa e contra a Dinamarca. Desejamos a melhor das sortes para todas as equipas.

Para além deste eventos durante o mês de Outubro, a Associação Portuguesa Mulheres e Desporto, com o apoio da Comissão para a Igualdade de Género e

da Federação Portuguesa de Fute-bol, assinala os 30 anos do 1º jogo da Selecção Nacional de Futebol , realiza-do no dia 24 de Outubro de 1981, em Le Mans (França), frente à selecção francesa, e o 1º jogo da Selecção Nacio-nal de Futsal, realizado no dia 13 de Outubro de 1997, em Lisboa, frente à selecção australiana. Esta homenagem às jogadoras das pri-meiras selecções nacionais será efec-tuada através de um jantar convívio, no restaurante Monte Aventino, no Porto, na noite de 4 de Outubro de 2011. Este momento solene de homenagem vai contar também com uma exposição com fotografias, recortes de jornais e imagens televisivas destas primeiras selecções nacionais. Trata-se, no fundo, de um reconhecimento público às joga-doras das primeiras selecções. Para além deste Jantar de Homenagem, a Associação Portuguesa Mulheres e desporto promove no dia 5 de Outubro um Seminário Internacional com a parti-cipação de Nuno Cristovão, Mónica Jor-ge, Susana Cova, Jorge Braz entre outras individualidades do Futebol e Fut-sal Feminino em Portugal. O Seminário Internacional O Jogo das Raparigas reúne propostas apresenta-das e consensualizadas pelas jogadoras e tem como objectivo promover o debate sobre as medidas necessárias para o aumento da participação das mulheres no futebol/futsal e para o desenvolvi-mento sustentado das equipas femini-nas. A organização deste seminário privilegia a participação de jogadoras, dirigentes e pessoas responsáveis pelo enquadra-mento técnico, no seu contributo impres-cindível para a persecução do princípio da igualdade entre mulheres e homens no desporto, a todos os níveis, funções e esferas de competência.

LEIRIA FOOT 49

Page 50: Revista Leiria Foot - 2

Olho Vivo

ecorridas sete jornadas desde o início do

campeonato, continuo a achar que o futebol por-tuguês é não só deste país, como também de outro planeta. Depois de um início de campeonato algo atribu-lado, o Sporting parece ter desvendado a solu-ção para os seus problemas: o Postiga e o Yan-nick. Este último era tão dispensável que nem a FIFA o quer ver jogar novamente. O primeiro clássico da época realizou-se no estádio do Dragão e juntou Porto e Benfica num encontro bastante interessante. Se alguém foi para o Dragão para ganhar, foi o Porto. Se alguém perdeu, também foi o Porto. Digamos que o Sr. Vítor Pereira, depois deste clássico, ficou com a gravata um pouco mais apertada e se volta a respirar fundo corre o risco de se engasgar. Ainda neste campeonato (marciano talvez), sur-ge uma equipa que, por não conseguir deslum-brar no campo, tenta fazê-lo fora dele. Estou a referir-me à União de Leiria, equipa que iniciou o campeonato numa casa “nova”, fora da sua cida-de natal e longe da sua massa associativa.

. Se isso contribui ou não para os maus resulta-dos da equipa, o que é certo é que o Leiria ocu-pa os últimos lugares da tabela e as histórias de terror continuam a suceder-se. Depois de Caixinha, surgiu Vítor Pontes e com Cajuda são já três os treinadores na presente temporada. Se isto continua assim, o Leiria arris-ca-se a despedir mais funcionários que o próprio Governo. Cajuda e D. Sebastião são agora nomes bastante similares para os adeptos da cidade do Lis. Em contraste aparece a equipa do Marítimo, que à sétima jornada aparece num quinto lugar e com promessas de continuar a realizar um exce-lente campeonato. Quem se deve estar a rir é Alberto João Jardim, que depois de ter dado ori-gem a um “buraco” de renome na Madeira, vê o seu clube do coração dar uso, e bom uso, a par-te dos grãos retirados. Poderia ainda comentar a situação do Ricardo Carvalho vs Paulo Bento na Selecção Nacional, mas suponho que o primeiro já teve atenção mais que suficiente para alguém que humilhou e poderia ter colocado em causa uma nação.

Por: Carolina Costa

Page 51: Revista Leiria Foot - 2

É só rir

Frases

- O meu clube estava à beira do

precipício, mas tomou a decisão

correcta: deu um passo à frente. (João Vieira Pinto)

- Remate rasteiro a meia

altura por cima da barra!!!

(Gabriel Alves)

- Quando o jogo está a mil, a

minha naftalina sobe.

(Jardel)

- O processo de NEUTRALIZA-

ÇÃO do jogador pertence ao

FORNO interno do clube. (Jorge

Jesus)

Imagens

Page 52: Revista Leiria Foot - 2

O joelho é uma articulação de exigên-

cias extremas na prática desportiva e é

associada a dois paradoxos: é estável o

suficiente para suportar o peso do corpo

e tem liberdade de movimento absoluta.

Por este motivo, é uma articulação extre-

mamente susceptível ao trauma, e até

mesmo os movimento aparentemente

inofensivos podem lesar as suas estrutu-

ras, sendo a lesão mais frequente, a rup-

tura do ligamento cruzado anterior

(LCA), comprometendo a performance

do desportista..

tensão acima do que conseguem supor-

tar, desencadeando um arco de reflexo

medular, com contração dos músculos

anteriores (quadricipete) e posteriores

(Isquiotibiais) da coxa, na tentativa de

proteger articulação. Quando a força do

trauma é superior a este mecanismo de

defesa , ocorre rupturas dos ligamentos

e/ou dos meniscos. Esta lesão favorece

o aparecimento de processos degenera-

tivos da cartilagem articular, antecipando

o processo de artrose, caso não seja

devidamente reabilitado.

Fisioterapia como um método preventivo e reabilitador A redução das lesões faz-se de forma, primeiramente, preventiva. Assim a fisio-terapia tem-se mostrado eficiente, já que quando se toma como foco a prevenção. Caso a ruptura do ligamento seja total, o paciente tem que ser sujeito a interven-ção cirúrgica. Este tipo de lesões podem ser preveni-das caso seja feito um bom alongamen-to, fortalecimento e descanso, pois a prática excessiva gera fadiga tanto mus-cular como respiratória. O vídeo postado posteriormente relata o

mecanismo de lesão bem como alguns

exercícios de alongamento e fortaleci-

mento

http://www.youtube.com/watch?v=sxg4

bbQj7lo

.

Por: Sónia Rodrigues

Fisioterapia

Como ocorre este tipo de lesões?

A entorse, é dos traumas mais frequen-

tes no mundo do desporto, pode ocorrer

quando existem mudanças de direcção

bruscas/repentinas, fazendo com que as

estruturas internas do joelho sofram uma

Page 53: Revista Leiria Foot - 2

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Page 54: Revista Leiria Foot - 2