revista fera! 07

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PREÇO PARA ESTUDANTE R$ 2,00 MARCEL CALBUSCH (E), 21, E JORGE FALCÃO, 24, JÁ ENTRARAM NO MERCADO DE JOGOS DIGITAIS ANO 02 Nº 7 – AGO/SET 2010 LEVADA A SÉRIO DIVERSÃO CONFIRA O QUE A NOVA COLUNISTA DA FERA!, MARINA MOTTA, TEM A DIZER INTERCÂMBIO O QUE MUDA NA VIDA DO ADOLESCENTE COM A CHEGADA DE UM FILHO GRAVIDEZ leia mais no portalfera.com.br

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Edição 07 da Fera!

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Page 1: Revista Fera! 07

preço para estudante

R$ 2,00

marcel calbusch (e), 21, e jorge falcão, 24, já entraram no mercado de jogos digitais

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levada a sério

diversão

confira o que a nova colunista da fera!, marina motta, tem a dizer

intercâmbio

o que muda na vida do adolescente com a chegada de um filho

gravidez

leia mais noportalfera.com.br

Page 2: Revista Fera! 07
Page 3: Revista Fera! 07

Enfim, a 7ª edição da Revista Fera! já está em suas mãos. E, desta vez, não foi diferente: mantivemos o ritmo acelerado – característico de nossos jovens leitores – e resolvemos trazer as novidades do campo da Educação, além de mostrar os principais acontecimentos à nossa volta. Diante de tantos assuntos, não foi fácil selecionar apenas alguns para mostrá-los de forma mais aprofundada. Mas outras publicações virão, e, assim como ocorre com todos os que leem a Revista Fera! e buscam se atualizar, achamos que o conhecimento será sempre o combustível que nos move.

Então, vamos ao que interessa. A matéria de capa fala sobre uma área que atrai cada vez mais pessoas, em especial, em Pernambuco: a tecnologia da informação. O setor de TI, como é chamado, além de já estar consolidado como um dos mais promissores, gera bons frutos para a economia do Estado. Reconhecida em todo o Brasil, a mão de obra pernambucana voltada para a tecnologia ganhou força no exterior e é respeitada em vários lugares do mundo.

Dentro do contexto da informação, apresentamos os jovens de sucesso que aproveitam as ferramentas disponibilizadas pelos computadores desenvolvendo, com muita criatividade, produtos de qualidade que chamam a atenção dos usuários da internet.

Outros temas entraram na pauta, e o vestibular está entre eles. Afinal, com o início de um novo semestre, as atenções, aos poucos, já se voltam para o Enem do fim do ano. Então, nada mais apropriado do que desvendar os mistérios das disciplinas vistas como “bicho-papão” pelos candidatos às vagas das principais instituições de ensino superior do país. Matemática, português, redação. Como se dar bem nas provas? Nós vamos ajudar você a responder essa pergunta.

Por fim, sabemos que a vida não é só repleta de coisas boas e não podemos fechar os olhos para os problemas. Sendo assim, dessa vez, iremos tratar ainda de dois assuntos delicados. Em primeiro lugar, a gravidez na adolescência. Quem passa por isso sabe: não é fácil, mas também não é nenhuma catástrofe. Em segundo lugar, as chuvas que destruíram vários municípios do Estado. Pessoas desabrigadas, cidades devastadas e a dura realidade de um recomeço. Em momentos como esses, alguns jovens mostram ser capazes de agir como gente grande, demonstrando solidariedade e provando que, de fato, são feras.

Boa leitura!Mateus Lima.

revista Fera!diretoria executiva – Ira Oliveira e Sandra Paivaeditor de artes – Ira Oliveira / [email protected] Comercial – Sandra Paiva / [email protected]órteres – Mateus Lima / [email protected] Lima – [email protected]ção – Ira Oliveirarevisão – Dolores Orange e Martha [email protected] e [email protected]. administrativo – Fernanda Estertratamento de Imagem – Jair Teixeira eClaudio CoutinhoColaboradores – Fotos: Fabíola Melo. Textos: Amanda Arruda.Colunas: Dolores Orange, Luciano Gouveia, Marina Motta e Silvana Marpoara.Artigos: Wilson Barreto e Cléa Guimarães.para anunciar – Rede3 Mídia81 3031.0968Sandra Paiva - 81 9291.4325e-mail: [email protected] – ExemplaresPublicada pela Rede3 Mídia - Rua Estevão Oliveira, 75 - Santo Amaro - Recife/PE - CEP 52050-160Os textos publicados na Revista Fera! não expressam necessariamente a nossa opinião.

22 – jovens de sucesso

Capa:Fotos de Fabíola Melo com design de Ira oliveira

índice

preço para estudante

R$ 2,00

marcel calbusch (e), 21, e jorge falcão (D), 24, já entraram no mercaDo De jogos Digitais

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Diversão

confira o que a nova colunista Da fera!, marina motta, tem a Dizer

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leia mais noportalfera.com.br

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EM PERNAMBUCO TAMBÉM SE FAZ

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Camila coutinho, 22,

faz sucesso com seu blog de

moda, “Garotas Estúpidas”

O CURSO QUE TÁ

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jovens e empreendedores

Mateus Dfdff,

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6º período de Jornalism

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Mateus Dfdff, 21 anos, cursa o6º período de Jornalismo na Unicap

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Unicap

um novo começo para voltar a estudar

o futuro para o crescimento

do país

projovem

empresa jr.

enem - confira as dicas para se preparar para o novo exame

Desbancando os tabús impostos pela sociedade, um grupo de jovens talentosos vem mostrando que o sucesso não precisa de tempo para acontecer, basta apenas acreditar

expediente

15 – incubadoras

16 – tecnologia da

informaÇão

26 – visita À Palmares

31 – inclusão social

06 – gravidez

10 – enem

33 – diversão

artigos

informaÇão Profissional – 14

a crueldade de uma sociedade Perversa – 25

colunasintercâmbio – 12marketing – 30sétima arte – 32rodaPé – 34

editorial

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BONSVENTOSSOPRAM A FAVOR

JOVENS TIVERAM QUE ALTERAR ROTINA DE ESTUDOS

DANILO CABRAL, SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO

ENEM

ENTREVISTA

HELOISO IKEDA, DA APROMO, JÁ SABE QUE O SUCESSO COMEÇA DESDE CEDO

Diante dos investimentos,

Pernambuco parte para um novo cenário

econômico. Então, é hora de se preparar para o

mercado e aproveitar o bom momento

A FAVOR

HELOISO IKEDA, DA APROMO, JÁ SABE QUE

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ANO 02 Nº 6 – JUN/JUL 2010 PORTALFERA.COM.BR

O PERIGO QUE RONDA O CAMINHO DOS JOVENS

DROGAS

O QUE FAZER NESSE PERÍODO:

ESTUDAR OU RELAXAR?

FÉRIAS

PREÇO PARA ESTUDANTE

R$ 2,00

FISGADO PELO PALADARLUCAS, 18 ANOS, FOI ATRAÍDO PELOS PRAZERES DA CULINÁRIA. ESTUDANTE DO CURSO DE GASTRONOMIA DO SENAC, ELE JÁ É SUCESSO NO RESTAURANTE “É”

Page 4: Revista Fera! 07

Música iMpopular“Recomendo o livro do maestro Júlio Medaglia porque o enredo aborda e opina sobre fatos e pessoas que tiveram uma importância singular na história da música. Fatos e pessoas que contribuíram de forma substancial para uma grande mudança de paradigmas.” nenéu Liberalquino é formado em Letras pela UFPE , em Composição pela Berklee College of Music e é regente titular e diretor artístico da Banda Sinfônica Cidade do Recife-BSCR.

a Dupla ViDa De Véronique“O filme lida, de um modo muito sensível, com a ideia de que não estamos sós, utilizando como argumento a vida paralela de duas jovens (Véronique, em Paris; Weronika, em Varsó-via) que se desconhecem, mas que de alguma maneira estão ligadas. Há elementos narrativos encantadores, que dão estofo artístico à história, como a música erudita e o teatro de bonecos, além de valores profundos ressaltados, como o amor, a amizade e a beleza. Por fim, os mistérios, as incógnitas, o inexplicável.” adriana dória é mestre em Teoria da Literatura, professora do curso de Jornalismo da Unicap e editora da Revista Continente Multicultural.

são BernarDo“Além de ser uma das obras sugeridas para leitura no programa do vestibular da Universidade de Pernambuco-UPE, São Bernardo é um dos nossos clássicos. Conta, com narração em primeira pessoa, a trajetória sem sentido de Paulo Honório, um fazendeiro do agreste de Alagoas que não pensou duas vezes quando precisou passar por cima de tudo e de todos para enriquecer. Tes-temunhar a amargura e a tristeza do narrador nos faz avaliar criticamente os valores de nossa sociedade.” Flávia suassuna é escritora e professora de literatura do Colégio Único e do curso de matérias isoladas Vicente & Flávia.

indicações

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TWiTTer Curso Sistemas de Informação na UPE de Caruaru, mas moro em Garanhuns. Por achar o Twitter uma ferramenta que auxilia muito os processos de interação, estou sempre acompanhando a Re-vista Fera!, assim como o Portal Fera!, através da rede social. Desde que resolvi fazer o meu Twitter, sou segui-dora do Portal e não me arrependo. Lá, costumo encontrar notícias que realmente me interessam. Como pretendo fazer Enem esse ano, ficar por dentro é uma ótima opção. ellen Mariana, 19.

reVisTa Fera! Com uma sele-ção de matérias muito interessan-te, a Revista Fera! trata de temas atuais, que chamam a atenção dos alunos, além de trazer conteúdos relevantes sobre o mercado de trabalho de Pernambuco. Para os

cartas

estudantes, este veículo pode ser uma importante diretriz no que diz respeito ao crescimento profis-sional, sem falar nas abordagens de cunho cultural, que servem para ampliar o conhecimento de cada leitor. Tudo isso, distribuído em páginas que apresentam um excelente design gráfico. Hebe rêgo - Coordenadora Pedagógica do Colégio Único

roDapé Bem estruturada, a Revista Fera! traz assuntos polêmicos e funda-mentais para os jovens. A linguagem leve e concisa facilita bastante o nosso entendimento. Gostei, particular-mente, da coluna Rodapé, da edição 6, que tem como temática “A pressa do mundo rouba páginas de leitura da nossa vida”. Me identifiquei com o que foi escrito pela colunista Dolores Orange, pois sou amante literária e,

em consequência do modo de vida da sociedade atual, me encontro em um dilema: como aproveitar o meu tempo li-vre, que é quase inexistente? Quem sabe se o dia tivesse 48 horas... thaís neves, 17, Colégio Único.

GasTronoMia Confesso que não sabia que Pernambuco já é consi-derado um dos três maiores polos gastronômicos do Brasil. Tenho muita vontade de ingressar no curso de Gastronomia, e após ler a matéria de capa da última edição, comecei a me sentir mais seguro e acho que já me decidi. Quero ser um chef de cozinha. Vale ressaltar que a entrevista feita com Douglas Van Der Ley foi, de fato, esclarecedora, e também serviu para mostrar porque ele foi escolhido, por duas vezes, o chef do ano pelo prêmio “Comer e Beber”. paulo Victor, 17.

A sua opinião é muito importante para a Revista Fera!. Mande o seu recado para: [email protected]

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e agora?Muitas podem ser a

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causas que resultam em

uma gravidez precoce.

Depois que isso acontece,

é preciso saber a

melhor

forma de seguir em

frente, s

em deixar os

sonhos de lado

gravidez

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Page 7: Revista Fera! 07

FABíOLA MELO

Mateus lima

dayani Renaux é uma mãe dedicada e não mede es-forços para ver a filha, Maria Clara, de dois anos e quatro meses, saudável e feliz. Tem boa convivência

com a família e, na casa onde mora, com o marido e a filha, leva uma vida comum. Porém, uma coisa chama a atenção em Dayani: ela tem apenas 18 anos. A garota é, na verdade, uma das milhares de adolescentes brasileiras que engravidaram precocemente.

A história é quase sempre a mesma. Dois jovens se conhecem, se identificam e aí vem a relação sexual. Os preservativos são deixados de lado e, nestes casos, a falta de maturidade pode ser determinante para que ocorra o “inesperado”.

Sabe-se que os adolescentes costumam ser impulsi-vos, focam suas atenções no “agora”. O “depois”? Ah, esse fica para depois. É realmente uma época conturbada e são tantas barreiras a serem ultrapassadas: formação de caráter, escolha da profissão, vestibular e, em algumas vezes, pres-são da família.

Mas uma dúvida insiste em surgir: nos dias de hoje, onde existem tantos meios fornecedores de informação, em que campanhas de conscientização sempre são feitas

e em que as escolas se preocupam tanto com o assunto, qual o motivo disso ainda acontecer com tanta frequência?

Para Carmem Lira, psicóloga do Colégio Único, as causas podem ser variadas. Curiosidade, repressão por parte dos pais, sensação de onipotência – pois boa parte dos jovens acredita que o pior ocorre apenas com o próxi-mo, e nunca com eles próprios - entre outras coisas.

Carmem afirma que uma parcela considerável de culpa também pode ser atribuída aos pais, e que, após a confirmação da gravidez, não adianta passar sermão, pois a colaboração e o auxílio dos avós no processo de cresci-mento do neto será fundamental.

Ela finaliza: “Ninguém nasce sabendo de tudo. É preci-so diálogo para se evitar problemas. E é importante lembrar que os pais devem sim apoiar os filhos no caso da gravidez não planejada, porém, não podem, em hipótese alguma, se encarregar inteiramente pela criação do neto, isentando os pais da criança de suas responsabilidades”.

Júlia Vasconcelos, 16, é do Colégio Santa Emília e está no 1º ano do Ensino Médio. Para ela, um dos princi-pais motivos que fazem os adolescentes se tornarem pais precocemente é a falta de um relacionamento mais franco com a família. Segundo a estudante, em sua casa, o assunto já foi objeto de conversas, ajudando a garota a ser mais

Page 8: Revista Fera! 07

ciente de seus atos. Júlia completa: “Se fosse comigo, não seria fácil. Mui-

tas decidem abortar e isso nem passaria pela minha cabeça. Se engravidou, assuma. Então, é necessário refletir sobre o que estamos prestes a fazer e a forma como vamos fazer, sendo conhecedores de nossas ações”.

Não se pode negar. Quando alguém comenta algo sobre gravidez na adolescência, logo pensamos na menina, e os meninos, às vezes, são até esquecidos, como se não tivessem envolvimento naquilo. O aluno do 1º ano do Co-légio Santa Emília, Jonatha Philipe, 15, não concorda com tal atitude e comenta: “Os futuros pais não são obrigados a ficarem juntos, mas ambos devem participar na educação da criança. O menino é tão responsável quanto a menina”.

A coordenadora e assessora pedagógica do Colégio Santa Emília, Susana Farias, ressalta quais são as mudanças mais perceptíveis nos jovens que se transformam em pais mais cedo. “Sou educadora e, ao presenciar situações as-sim, pude notar a enorme desestabilização emocional cau-sada. Ela é gerada porque a chegada de um filho durante a

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Gravidez na adolescênciadados do Brasil (2009)

a cada três adolescentes de 19 anos, ao menos uma já engravidou pela primeira vez.

entre as adolescentes de 15 a 19 anos, a taxa de gravidez é de 18%.

a cada dez adolescentes de 15 a 19 anos, pelo menos uma já engravidou duas vezes.

dentre as adolescentes sem escolaridade, a percentagem de gravidez é de 54%.

dentre as adolescentes que vivem em áreas urbanas, o índice de gravidez é de 13%.

dentre as adolescentes que vivem em locais rurais, o percentual de gravidez é de 20%.

A psicóloga Carmem Lira e a estudante Dayani Renaux, 18, ambas do Colégio Único, costumam ter boas conversas

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adolescência significa, de certa maneira, a interrupção de um momento ímpar da vida da pessoa.”

Susana explica que, em seu modo de ver, a mídia atua negativamente nesse aspecto. “Os meios de comunicação, em especial a televisão, são elementos bastante presentes em nosso cotidiano. Os adolescentes assistem a determi-nados programas e começam a agir de forma semelhan-te aos personagens daqueles programas. Infelizmente, as mensagens passadas por estes personagens nem sempre são as mais adequadas.”

A psicóloga Aline Lopes, também do Colégio Santa Emília, destaca outros fatores relevantes: “Hoje, as ativida-des sexuais têm início mais cedo, aumentando o risco de resultar na gravidez. A maioria dos jovens é facilmente in-fluenciada. Eles querem se firmar e ser aceitos em grupos, nem que para isso precisem ir de encontro às suas próprias opiniões”. Aline dá um recado: “Mesmo com todas as di-ficuldades a serem enfrentadas, a gravidez na adolescência não é o fim do mundo”.

Realmente não é. Quer um exemplo disso? Lembra da Dayani Renaux, aquela que conhecemos na abertura desta matéria? Pois é. Além de mãe dedicada, ela é ótima aluna. Cursa o 3º ano do ensino médio no Colégio Único, pretende prestar vestibular para o curso de Letras e está confiante no sucesso. O conselho dela para quem está pas-sando pelo que ela passou é: “Não desista dos estudos. O tempo vai parecer curto, tudo ficará mais corrido. Então, faça o seu melhor. Dedique-se!”.

Dayani está certa. Afinal, a chegada de uma criança costuma ser sinônimo de muita alegria. Por que não enxer-gá-la, então, como um período de renovação?

serviçoColégio Único – Rua Doutor Carlos Chagas, 112, Santo Amaro, Recife-PE. Telefone: 3231.5525 www.colegiounico.com.brColégio santa emília (unidade II) – Rua Marfim, 375, Jardim Atlântico, Olinda-PE. Telefone: 3491.3416www.colegiosantaemilia.com.br

A coordenadora do Colégio Santa Emília, Susana Farias (à

direita), e as psicólogas Aline Lopes (em pé) e Emanuela Freire

Jonatha Philipe, 15, e Júlia Vasconcelos, 16, do Colégio Santa Emília

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Raíssa Nyria (à

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Helen Tatiani,

17, e José Hugo,

17, são alunos do

Colégio Luiza Cora

Matemática, português,

redação. Qual destas

disciplinas é vista como

o maior pesadelo dos

estudantes que concorrem

às vagas das principais

instituições de ensino

superior do Estado

bicho-PaPão

do enem

amanda arruda – especial

o Exame Nacional do Ensino Médio ( Enem) vem aí e

já está deixando muita gente de cabelo em pé. As

provas, que serão aplicadas nos dia 6 e 7 de no-

vembro, às 13h (horário de Brasília), preocupa estudantes e

professores. Utilizado, desde 2009, como método seletivo

por 15 faculdades em Pernambuco (entre elas a Universida-

de Federal e a Universidade Federal Rural de Pernambuco),

o Enem mudou e ainda é considerado um projeto pouco

maduro. No entanto, a ideia de avaliação do Exame é con-

siderada boa por pessoas como Flávia Suassuna, que ensina

Português no Colégio Único e dá aulas de matérias isoladas

no curso Vicente & Flávia: “O Enem veio para mudar o DNA

do ensino médio, que costumava ser muito cientificado”.

O único problema é que, talvez, a mudança seja drás-

tica demais. Ou pelo menos é o que mostram as notas dos

estudantes que prestaram o Exame do ano passado, mais

especificamente em português, redação e matemática, ma-

térias que serão testadas no segundo dia do Enem 2010. No

ano passado, por exemplo, alguns estudantes saíram do Exa-

me sem completar a prova de matemática. “Muitos alunos

meus não terminaram a prova de matemática. Não porque

disciplinas

eles não soubessem as respostas, mas porque simplesmente

não deu tempo de resolver as questões”, afirma Flávia Suas-

suna. Uma das razões apresentadas para tal problema é que

as questões do Enem são muito longas para o tempo dispo-

nibilizado, já que, ao todo, no segundo dia, são 90 questões

(45 de português e 45 de matemática) e uma redação de,

no mínimo, vinte linhas. “Considero o tamanho das questões

exagerado, principalmente no que diz respeito à extensão dos

enunciados de matemática, química e física”, diz a aluna Raíssa

Nyria, 17 anos, do 3º ano do ensino médio do Colégio Luiza

Cora. Estudantes que, como Helen Tatiani, preferem come-

çar pela redação para só depois resolver as questões objetivas,

a fim de elaborar o texto com calma, com a cabeça ainda fres-

ca, são os que mais sofrem com o tamanho das provas. Por-

que, segundo Suassuna, “um texto bom, de vinte linhas, você

faz em uma hora e meia ou duas horas. Então, o tempo que

resta é praticamente para fazer apenas a prova de português”.

Claro que nem todos consideram tempo um proble-

ma. José Hugo, 17 anos, também aluno do 3º ano do ensino

médio do Colégio Luiza Cora, fez o Enem por experiência

no ano passado e achou fraco o nível das questões. Ele foi

bem em matemática, português e revelou que conseguiu

terminar tudo tão rápido que ainda sobrou tempo para dar

uma pequena descansada antes de fazer a redação. O es-

tudante é muito dedicado e não teme nenhuma disciplina

cobrada no Enem. José Hugo está confiante e diz: “Não

vou ter problemas para passar em uma faculdade pú-

blica”. O Enem está sendo utilizado como nota da pri-

meira fase da Universidade Federal de Pernambuco

(UFPE) e como método seletivo para as vagas na

Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFR-

PE). Dessa forma, a Revista Fera! foi atrás de umas

dicas para que você consiga explorar todo o seu

potencial nas provas que vêm por aí!

Treine o seu tempo: é primordial que

o aluno esteja acostumado com o tempo

do qual ele disporá. Assim sendo, deve-se

treinar a resolução de questões no tempo

MAT

EUS

LIM

A

Page 11: Revista Fera! 07

correspondente ao da prova.Leia muito: ler é essencial. A prova do Enem é mais

leitura e compreensão do que complexidade de questões. “As questões não são difíceis, mas são longas e cansativas. E muitas vezes as respostas não são claras”, explica Suassuna.

Faça as questões mais fáceis primeiro: resolva primeiro o que você domina. Quem dá a dica é o professor Ednaldo Ernesto, do Colégio Único: “Muitas vezes o aluno perde tempo com questões mais difíceis e termina não sobrando tempo para as fáceis”, lamenta.

Faça a prova com calma: tem muita gente que, vendo que não vai dar tempo, tenta resolver as questões mais rá-pido, num tempo que não está acostumado. “Não adianta de nada. O aluno tem que resolver as questões na veloci-dade com a qual ele está acostumado”, explica Ernesto. As chances de se errar uma questão que você fez apressado é muito maior. Escreva: para desenvolver um ritmo positivo de redação, só com a prática mesmo. Então, escreva tanto para melhorar a qualidade do seu texto quanto para apren-der a dispor melhor do seu tempo.

O PROBLEMA DA MATEMáTICA É O PORTUGUêS“O grande problema da prova do Enem é a dificuldade

que, hoje, o candidato tem de ler e interpretar textos”, afir-mou o professor Ednaldo Ernesto, que ensina matemática há 33 anos. Segundo ele, os alunos teriam se acostumado com um estilo de prova muito direta e agora estão tendo problemas para se adaptar a uma prova que é muito mais leitura e interpretação do que a resolução de problemas re-almente difíceis. Ou seja, o exame de matemática do Enem é cansativo, pelo tamanho e pela quantidade de questões. Porém, o nível da prova não é muito alto: “São questões ligadas ao cotidiano, sempre puxadas para o dia a dia, utilizan-do situações com as quais o fera está familiarizado”, explica.

FABí

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eles não soubessem as respostas, mas porque simplesmente

não deu tempo de resolver as questões”, afirma Flávia Suas-

suna. Uma das razões apresentadas para tal problema é que

as questões do Enem são muito longas para o tempo dispo-

nibilizado, já que, ao todo, no segundo dia, são 90 questões

(45 de português e 45 de matemática) e uma redação de,

no mínimo, vinte linhas. “Considero o tamanho das questões

exagerado, principalmente no que diz respeito à extensão dos

enunciados de matemática, química e física”, diz a aluna Raíssa

Nyria, 17 anos, do 3º ano do ensino médio do Colégio Luiza

Cora. Estudantes que, como Helen Tatiani, preferem come-

çar pela redação para só depois resolver as questões objetivas,

a fim de elaborar o texto com calma, com a cabeça ainda fres-

ca, são os que mais sofrem com o tamanho das provas. Por-

que, segundo Suassuna, “um texto bom, de vinte linhas, você

faz em uma hora e meia ou duas horas. Então, o tempo que

resta é praticamente para fazer apenas a prova de português”.

Claro que nem todos consideram tempo um proble-

ma. José Hugo, 17 anos, também aluno do 3º ano do ensino

médio do Colégio Luiza Cora, fez o Enem por experiência

no ano passado e achou fraco o nível das questões. Ele foi

bem em matemática, português e revelou que conseguiu

terminar tudo tão rápido que ainda sobrou tempo para dar

uma pequena descansada antes de fazer a redação. O es-

tudante é muito dedicado e não teme nenhuma disciplina

cobrada no Enem. José Hugo está confiante e diz: “Não

vou ter problemas para passar em uma faculdade pú-

blica”. O Enem está sendo utilizado como nota da pri-

meira fase da Universidade Federal de Pernambuco

(UFPE) e como método seletivo para as vagas na

Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFR-

PE). Dessa forma, a Revista Fera! foi atrás de umas

dicas para que você consiga explorar todo o seu

potencial nas provas que vêm por aí!

Treine o seu tempo: é primordial que

o aluno esteja acostumado com o tempo

do qual ele disporá. Assim sendo, deve-se

treinar a resolução de questões no tempo

O professor de matemática do Colégio Único, Ednaldo Ernesto, em uma de suas aulas

Ernesto admite que o Enem, com sua interdisciplinariedade, mudou sua forma de ensinar: “Agora, quando vamos dar um assunto, estamos sempre pensando em uma forma de en-volver física, química e biologia no meio. Inclusive, o Colégio Único já fez algumas aulas ministrradas, ao mesmo tempo, por diferentes professores de matérias distintas. O que deu muito certo”, afirma.

serviçoColégio Único – Rua Doutor Carlos Chagas, 112, Santo Amaro, Recife-PE. Telefone: 3231.5525www.colegiounico.com.brColégio Luiza Cora – Av. Governador Carlos de Lima Cavalcante, 2293, Casa Caiada, Olinda-PE. Telefone: 3431.1052www.colegioluizacora.com.brCurso de português Vicente & Flávia – Av. Montevidéu, 51, Boa Vista, Recife-PE. Telefone: 3423.0607. Blog de Flávia Suassuna: fsuassuna.blogspot.com

Para a professora Flávia Suassuna,

o novo Enem modificou o “DNA”

do ensino médio

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ranking do desempenho das regiões brasileiras no enem 2009

sudeste 66 escolas

nordeste 16 escolas

Centro-oeste 12 escolas

sul 5 escolas

norte 1 escola

entre as 100 escolas mais bem colocadas

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Page 12: Revista Fera! 07

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É unânime! Todo mundo que vai estudar em Toron-to, no Canadá, fica simplesmente apaixonado por esta cidade. Quando eu fui, tinha acabado de passar no ves-tibular (fera 99 em Administração e em Relações Interna-cionais), daí coloquei segunda entrada para fazer um curso de seis meses no Canadá.

Escolhi o Canadá, pois, primeiro, é uma das opções mais baratas (o dólar é bastante favorável) e, segundo, porque queria conhecer um novo país para dar um up-grade no meu inglês fazendo um curso de Business. Nes-tes seis meses mágicos, estudei na escola de línguas Pacific Language Institute (PLI), que existe tanto em Vancouver quanto em Toronto. Por isso resolvi passar três meses em Toronto e três meses em Vancouver... Neste capítulo, vou falar apenas de Toronto e vou deixar Vancouver (que tam-bém merece um belo espaço) para uma próxima coluna. Nas duas cidades optei por acomodação em casa de famí-lia, porque o contato com uma família permite que você acelere (e muito!) o seu aprendizado... As conversas do dia a dia com a sua host family são tão importantes quanto a sua frequência na escola...

Em Toronto, minha família era ótima! Tinha a “mãe”, o “pai” e três “irmãs”... Ao mesmo tempo, também esta-vam na casa outros dois estudantes: uma mexicana e um francês. Cada um tinha o seu quarto individual, mas era muito animado e divertido ter a casa sempre cheia! Sem-pre combinávamos de fazer várias coisas juntos: andar de caiaque no lago, ir ao cinema, passar o dia em uma cidade vizinha... Minha família era de origem irlandesa, mas outras estudantes pegaram famílias de origem filipina, grega, in-diana... Uma amiga japonesa estava na casa de uma família de descendência marroquina, gente finíssima... Um dia, fui

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deixe-se levar Por toronto, no canadá!

É com muita alegria que aceitei o convite de iniciar este projeto maravilhoso de assinar uma nova coluna na Revista Fera!. O nosso objetivo com este espaço é muito simples:

ajudar os jovens que pretendem colocar o pé na estrada e co-nhecer o mundo fazendo intercâmbio cultural em outros países! Seremos o seu elo de comunicação para todas as novidades e informações sobre viagens e intercâmbios ao redor do globo! Isto porque, a coluna vai dar dicas MEGA úteis sobre tudo o que envolve o processo de intercâmbio. Desde a ansiedade da preparação para viagem e as dúvidas de como arrumar a mala até os diferentes tipos de acomodação (casas de família, dormi-tórios estudantis, albergues etc.) e os diferentes tipos de cursos oferecidos pelas escolas de idioma e programas de colegial no exterior. Além de, é claro, os programas de trabalho e estágio em países como EUA, Austrália, Canadá, Inglaterra, áfrica do Sul etc... Além disso, daremos dicas sobre visto, passaporte, de como fazer amizades lá fora, como se organizar com relação aos gastos, como entender melhor a diversidade cultural e res-peitar as diferenças para se dar bem neste mundo globalizado! Enfim, já deu para perceber que esta coluna vai ser a sua cara, não é?! Portanto, preparem-se, apertem os cintos e embar-quem com a gente nesta coluna que vai ser UMA VERDADEI-RA VIAGEM repleta de oportunidades e de esclarecimentos de TODAS as dúvidas que você SEMPRE quis saber (e não sabia a quem perguntar)! É isto mesmo galera! “Seus problemas acaba-ram!!!” Não somos das Organizações Tabajara, mas seremos o caminho mais fácil para você se tornar um cidadão do mundo! Desse mundão que você sempre teve o sonho de conhecer e que, agora, vai estar ainda mais perto de você! Portanto, desejamos a todos uma boa viagem. A leitura certamente irá transportá-los a vários lugares. De A a Z.

Marina Motta, autora do livro: Intercâmbio de A a Z (www.intercambioaz.com.br), tem 28 anos, é Internacionalista, Administradora de Empresas e gerente do depto. de Intercâm-bio do STB (Student Travel Bureau) em Pernambuco. Com bagagem de 11 Intercâmbios realizados de 1996 a 2001, na Inglaterra, EUA, Austrália, França, Canadá e Alemanha, Marina é atuante em matérias sobre Intercâmbio nos jornais Folha de São Paulo, Estado de Minas, Estadão, Jornal do Commercio, Diário de Pernambuco, Folha de Pernambuco e O Povo. Também em matérias na TV Globo; SBT; Band TV Univeristária; TV Clube; e revistas de circulação nacional como Viagem e Turismo, Revista Capricho, além de sites como UOL, TV Limão, Veja.Com, entre outros.

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convidada para jantar na casa dela e foi o máximo! Cuscuz marroquino regado a uma música superexótica com ca-racterística do norte da áfrica... Isso é o que eu chamo de globalização!

Outra grande vantagem da cidade é que Toronto é perto de tudo! Você pode ir até a capital do Canadá (Ot-tawa), visitar as belíssimas cidades de Montreal e Quebec ou ir até os EUA, descendo até Nova Iorque e passando por Atlantic City, Washington D.C., Filadélfia e, é claro, pelas cataratas de Niagara Falls (para isso, não se esqueça de tirar o seu visto americano também!). Eu fiz essa aventura em um final de semana com algumas amigas da escola, através de uma excursão baratíssima que pegamos em Chinatown — cerca de 200 dólares canadenses com viagem de ôni-bus, hotéis quatro estrelas e até entrada para cassino! Uma pechincha! Pena que o guia falava tudo em chinês! Mas tudo bem... Valeu mesmo assim, foi uma comédia!

Acredito que a visão de um estudante que passa pelo menos um mês na cidade é muito diferente da de um tu-rista, porque Toronto é uma daquelas cidades em que você certamente não sentirá “amor à primeira vista”. Isso porque, no início da viagem, Toronto parece uma cidade normal, grande para os padrões canadenses, mas pequena para os padrões brasileiros. No entanto, se levarmos em conta a diversidade cultural e gastronômica, além da vida noturna que existe em Toronto, a cidade mais parece um mundo! É como se fosse uma arca de Noé com representantes de todo o globo! Assim como o Brasil, o Canadá é um país supernovo; e, assim como São Paulo, é natural que a cidade mais importante do país tenha uma riqueza maior de cultu-ras incorporadas. Por isso, do mesmo modo que não existe um típico brasileiro, também não existe o canadense típico, principalmente em Toronto, devido à forte imigração de italianos, gregos, portugueses, indianos, chineses, enfim... Tem de tudo por lá! O mais peculiar no caso específico de Toronto é que essas nacionalidades estão segmentadas por

bairros bem característicos de cada povo... É como se você pudesse ter um pouquinho de cada país em uma só cidade! Tem a Little Italy, Little Portugal, Little India e, é claro, não podia faltar, uma Chinatown...

O mais incrível nessa mistura é que temos a nítida sensação de que não há preconceito nem racismo... É como se a lendária música de John Lennon, “Imagine”, tivesse, de fato, se concretizado: “Imagine all the people li-ving today, you may say I´m a dreamer, but I´m not the only one, I hope someday you will join us and the world will be as one...”

Lá você vai encontrar um típico indiano gerente de um banco, uma típica africana atendendo em uma loja chiquér-rima e até um típico europeu vendendo taco na Tacobell (vale a pena ir... parece um Habib´s mexicano baratíssimo, bem ao estilo fast-food...)

As baladas de Toronto são simplesmente maravilho-sas. Basta você descer na St. Patrick Station e vai ter uma rua repleta de boates e barzinhos superdescolados.

Já quando você quiser dar um tempo de uma cidade grande, você não precisa de mais de 30 minutos de barco para chegar em Toronto Island. Eu adorava ir para lá e pas-sar a tarde toda andando de bike ou fazendo piquenique com o pessoal da escola.

Se você chegar ao aeroporto e for pegar um táxi, pode ir tranquilo: Toronto é super seguro! A criminalidade é quase zero! Você não imagina como é maravilhoso res-gatar esta sensação de liberdade tão característica de países desenvolvidos... Liberdade com segurança não tem preço! Aproveite a sua enquanto estiver por lá! Você vai sentir falta quando voltar para o Brasil...

Existe um mundo lá fora! Viaje! Junte-se a mim nesta coluna que é uma viagem!!!

Beijos, Marina.

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Os jovens, ao ingressarem no ensino médio, são en-volvidos por uma turbulência de ideias sobre “o que ser quando crescer?”. Os adultos estão sempre lhes pergun-tando sobre “Que vestibular você vai fazer?”, “Já se deci-diu?”. Esses jovens estão, na verdade, sujeitos a receberem inúmeras influências da mídia (televisão, internet, filmes, músicas...); da família, que pressiona ou demonstra seus desejos pessoais, muitas vezes direcionando-os para os filhos; do mercado de trabalho; do surgimento de novas profissões e de outros fatores...

Ao longo de vários anos trabalhando com a Orien-tação Profissional, tivemos oportunidade de observar que uma das maiores causas da desistência, do abandono, do trancamento de matrícula ou da mudança de cursos uni-versitários é a falta de oportunidade para conhecer bem a profissão escolhida.

Nessa perspectiva, o nosso projeto de Informação Profissional cria condições para que o adolescente reflita so-bre o processo e o ato da escolha profissional. As pessoas, de um modo geral, procuram uma identidade para se re-alizarem no trabalho. Por um lado, há uma busca subjetiva de realização pessoal, por outro, a própria seletividade do mercado de trabalho dificulta a inserção das pessoas naquilo que elas realmente gostam de fazer.

Durante o processo de Orientação Profissional, exis-tem questões a serem trabalhadas junto aos adolescentes como: a busca do autoconhecimento (reconhecimento de suas habilidades, tendências, interesses...); as informações sobre os cursos (entrevistas, “O que faz?”, “Como atuar?”, “Onde estudar?”, “Quais as competências a serem desen-volvidas?”); uma pesquisa sobre como está o mercado de trabalho hoje e numa perspectiva de futuro; e, por fim, as exigências que estão surgindo nesse mundo globalizado. Daí a existência da necessidade de disponibilizar aos jovens uma oportunidade de vivenciar experiências e observar os profissionais em seu ambiente de trabalho.

É muito comum jovens já decididos ficarem inseguros na hora da inscrição para o vestibular. Sentem certo medo pelo fato de a escolha ser para “o resto da vida”. Precisará, então, de um ambiente tranquilo onde possa rever qual

seria o seu real projeto de vida. Como se imaginaria daqui a dez anos? Ao mesmo tempo em que as dúvidas apon-tam, será necessário ao estudante sentir-se apoiado pelas pessoas que o rodeiam para rever, com segurança, todos os passos utilizados para chegar à sua decisão.

Fazer mudanças é um comportamento inerente ao ser humano. O jovem, ao ser mediado por um especia-lista sobre a escolha profissional, irá conhecer melhor o seu potencial, independente da idade e do meio em que vive. A dúvida é um sentimento que se instala nas pessoas após algumas fases de desenvolvimento, quando a evolu-ção da percepção afetiva e de natureza confusional atinge a capacidade de discriminação e discernimento. Essa condi-ção adquirida é um sinal de maturidade, daí se pressupõe a capacidade de suportar as ambivalências frente à escolha profissional.

É acreditando nesse processo de aprender a escolher que, nos encontros com os adolescentes do Ensino Mé-dio, promovemos um grande número de vivências intera-tivas para facilitar a passagem da fase final da adolescência para a vida adulta. A conquista da autonomia, ao definir suas escolhas, deverá despertar o interesse de ingressar numa atividade produtiva e mais ampla para atuar enquan-to cidadão.

Constata-se a necessidade de uma maior interven-ção, ao nível de informação e orientação profissional, junto aos vestibulandos e aos jovens em geral. Segundo Inalda Dubeux (psicóloga e orientadora profissional), “o profissional do futuro, independente da área em que se encontre, deverá ter espírito de iniciativa, ser criativo, há-bil em buscar novas formas e soluções para efetivação de novas tarefas”. Nossos jovens precisam, então, ingressar em uma atividade produtiva e mais ampla para atuar en-quanto cidadão.

A análise de todas as possibilidades do ser humano faz parte de sua identidade pessoal, que se constitui na ela-boração de um projeto de vida, efetivando escolhas mais conscientes e responsáveis.

Os jovens encontrarão prazer em ter optado com segurança, atingindo sua realização profissional e pessoal.

artigo

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informaÇão Profissional

Psicopedagoga/Orientadora Profissional - Ensino Médio do Colégio Salesiano - [email protected]

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A Faculdade Esuda

resolveu dar aos seus

estudantes a oportunidade

de amadurcer como

profissionais. Isso porque

a instituição é adepta do

sistema de incubadoras

empresariais

a Faculdade Esuda, com 35 anos de atuação na Educação em Pernambuco, investe na profis-

sionalização dos alunos com a criação de incubadoras nos cursos oferecidos. No Brasil, este processo teve início na década de 80, com alguns empreen-dimentos incentivados por fundações, universidades, associações e entidades promotoras de programas de geração de renda.

Com a crise econômica mun-dial, grandes empresas têm reduzido o número de vagas de emprego e os recém-formados, portanto, têm en-contrado dificuldades no ingresso ao mercado. “A falta de vagas aliada à falta de experiência dos recém-formados tem sido um grande obstáculo. O pro-jeto de incubadoras surge exatamente para dar a estas pessoas a oportunida-de de amadurecimento de seus co-nhecimentos”, explica o professor e diretor da Esuda, Wilson Barretto.

Na área de Psicologia, esta Insti-tuição de Ensino Superior abriga a Clí-nica de Psicologia com 12 consultórios - sendo dois especiais para crianças – para os setores de psicoterapia, avalia-ção neuropsicológica, orientação voca-cional e o plantão. “Recebemos cerca de 400 pacientes por semana”, afirma a coordenadora da clínica-escola, Sel-me Lisboa. Lá, é possível encontrar uma equipe de quatro supervisores, 27 profissionais, dois psicólogos de as-sistência ao aluno, um psiquiatra e 50 estagiários.

O atendimento à população é feito apenas com a cobrança de ta-xas simbólicas e funciona da seguinte

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incubadoras aPosta nas

maneira: os melhores estudantes que completam a graduação na Esuda são convidados a trabalhar já como contra-tados. “Eles são inseridos no mercado de modo supervisionado, já que é fei-to um acompanhamento do seu dia a dia”, acrescenta Selme Lisboa.

Segundo ela, os concluintes são selecionados pela Faculdade e perma-necem na clínica com a orientação dos professores, participando de todas as outras atividades como jornadas cien-tíficas e encontros acadêmicos.

“A ideia já existe há quatro anos e tem sido uma feliz experiência, tan-to para quem termina o curso como para a própria clínica, que se torna mais reconhecida por sua qualidade. Em geral, ambientes assim só dispõem do serviço de estagiário que se encerra a cada semestre. Nós podemos dar um bom atendimento psicoterápico sem

interrupção ou repasse de pacientes. Os clientes que nos procuram também são beneficiados, pois são extrema-mente bem acolhidos por um valor ne-gociável e justo”, diz a coordenadora.

De acordo com Wilson Barretto, a Faculdade decidiu investir em ações afirmativas, estimulando os jovens a cria-rem mecanismos para fomentar e assistir as organizações nascidas no sistema de incubação. “O programa de incubação empresarial desenvolvido por nós dis-ponibiliza a infraestrutura, o corpo do-cente e o material administrativo, desde a maturação até a absoluta solidez do empreendimento”, finaliza.

serviçoFaculdade esuda – Rua Bispo Car-doso Ayres, s/n, Santo Amaro, Recife/PE. Telefone: 3412.4242www.esuda.com.br

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Mateus lima

um mundo mágico, onde as coisas estão sempre se renovando. Um mundo cheio de caminhos nos quais bastam alguns cliques para ser possível fazer

inúmeras viagens e criar o inesperado. Esse é o mundo da Tecnologia da Informação, ou de TI, modo como o setor costuma ser chamado.

Quem não se interessa muito pelas ciências exatas talvez não saiba como funciona, de fato, a Tecnologia da In-formação e nem quais são as variantes oferecidas por ela – que, diga-se de passagem, não são poucas. Realmente, não é fácil definir a TI, pois a área da qual estamos falando não se restringe apenas ao que é feito através das ferra-mentas digitais. Muito mais do que isso. Ao nos depararmos com este objeto de análise, precisamos também pensar nos efeitos causados por estas mesmas ferramentas sobre o ser humano.

Os avanços da modernização são úteis em qualquer ambiente. Em organizações, instituições de ensino, na mídia e até dentro de casa, eles facilitam a comunicação, agilizam processos que, na teoria, seriam lentos e cansativos e dão vida a diferentes modos de entretenimento.

Nas empresas, a TI é fundamental, entre outras coi-sas, na elaboração de estratégias, na estruturação de pro-jetos e na tarefa de facilitar as relações entre os próprios membros da organização e entre funcionários e clientes.

Nas instituições de ensino não é diferente. São muitas

capa

da inovaÇão

Um só mercado e várias

soluções. Assim pode

ser definido o setor de

Tecnologia da Informação,

que a cada dia atrai mais

pessoas e chama atenção

por propiciar aos jovens boas

oportunidades de trabalho

as formas de se utilizar os bens proporcionados pela tecno-logia. O aprimoramento de conteúdos específicos, a busca pela educação informatizada de qualidade e a capacidade de armazenar enormes quantidades de dados são só algumas das vantagens trazidas pela TI.

Existe ainda a Tecnologia da Informação e Comuni-cação - TIC, que serve para potencializar a informática – principalmente a internet – ao mesmo tempo em que se estabelecem progressos nos meios de comunicação de massa. Um exemplo básico é a crescente aceitação do público pelas conhecidas redes sociais, como o Orkut e os

no rumo ti:

Romero Guimarães, diretor de Tecnologia

da Informação e Comunicação da ATI

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mais recentes Twitter e Facebook. Em Pernambuco, temos a Agência Estadual de Tec-

nologia da Informação, a ATI-PE. A Agência tem o objetivo de propor soluções integradoras, fazendo uso intensivo e adequado da Tecnologia da Informação, além de ser res-ponsável pela coordenação da implementação do modelo de informática pública e pela qualidade e racionalidade de custos em todas as produções voltadas à TI.

Segundo o diretor de Tecnologia da Informação e Comunicação da ATI, Romero Guimarães, o sistema ele-trônico é hoje uma das maiores prioridades no Estado. “O intuito é facilitar a vida dos cidadãos, evitando que as pes-soas necessitem fazer deslocamentos durante as atividades do dia a dia e fornecendo vantagens proporcionadas por técnicas modernas e eficientes de trabalho, através dos ser-viços virtuais disponibilizados pelo Departamento Estadual de Trânsito - Detran, pelas delegacias interativas, pela rede pública de ensino, por hospitais e por qualquer órgão man-tido pelo governo.

Romero lembra que, nos últimos anos, o Recife se tornou um polo de informática em potencial, onde a TI colabora efetivamente para a ascensão do PIB pernambu-cano. “O Nordeste já é referência para as outras regiões. A tendência é que as capitais nordestinas sejam cada vez mais atrativas. Em Pernambuco, a Tecnologia da Informa-ção representa quase 4% da economia. Parece pouco, mas ao compararmos com índices de anos atrás, notamos uma grande melhora.

A Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente, a Sectma-PE, é outro setor do Governo focado na TI. A Sectma não só cria e põe em prática as políticas locais de inovação, como apoia e incentiva ações de cunho educacional.

Para o secretário executivo de Tecnologia, Inovação e

Ensino Superior de Pernambuco, Aurélio Molina, é essencial difundir a TI e a TIC em universidades e escolas. “Gosto de falar no conceito da ‘cultura da inovação’. Toda a popula-ção deseja tirar proveito dos benefícios da informatização e, justamente por isso, as mídias de última geração devem, o quanto antes, estar acessíveis a todos.”

Molina afirma: “Ao despertarmos este conceito, esta-mos fomentando o espírito científico de cada cidadão, abrin-do brechas para a participação mais ativa das pessoas no que diz respeito aos produtos tecnológicos e ficando mais próximos do ideal da inclusão digital”.

Por fim, o secretário ressalta: “Se queremos expan-dir os conhecimentos ligados à Tecnologia da Informação, é preciso ter, por base, os jovens, tentando extrair qualidades naturais de quem tem pouca idade e buscando aprimorá--las. A tarefa de dar continuidade ao crescimento da Tec-nologia da Informação é, sobretudo, daqueles que estão começando agora”

TI NAS UNIVERSIDADESJá que começamos a falar de jovens, não poderíamos

deixar de citar as muitas ramificações da Tecnologia da In-formação dentro do âmbito acadêmico. Os interessados em ingressar nesse universo possuem um leque variado de opções e de áreas de atuação. Atualmente, as instituições de ensino superior vêm, cada vez mais, expandindo o núme-ro de cursos voltados à TI e chamando a atenção dos que apreciam os aparatos digitais e querem se profissionalizar.

Talvez a graduação de TI mais difundida seja a de ba-charelado em Ciência da Computação. Nela, o aluno ana-lisa e desenvolve os chamados softwares, programas que auxiliam e possibilitam o bom funcionamento das máquinas. O real objetivo da ciência da computação é gerar pessoas capazes de criar soluções que facilitem o uso das tecnologias

Sala de operações da Agência Estadual de Tecnologia da Informação-ATI

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e resultem no progresso de suas vertentes. Ela envolve ainda outros campos de conhecimento,

em especial no que diz respeito às ciências exatas como matemática, física e economia. As principais disciplinas dessa graduação estão ligadas à programação, algoritmos, enge-nharia de software e linguagem da computação.

O curso de TI que também é bastante popular é o de Engenharia da Computação. Ele é focado no desen-volvimento, adaptação e industrialização de produtos com-putacionais. Na universidade, são passados ensinamentos, inclusive, do setor de telecomunicação e de manutenção da parte física de aparelhos de informática, ou seja, do hardwa-re. Durante a formação, o universitário precisa aprender certos conceitos específicos e essenciais para estar apto a entrar no mercado de trabalho. Dentre os conceitos estão o conhecimento para utilizar modelos adequados de har-dware e software em diferentes ocasiões, além da habili-dade de gerenciar e operar com clareza os procedimentos informatizados.

E não para por aí. Falemos agora sobre a graduação de Sistemas de Informação. O intuito é preparar o estu-dante para desenvolver e aplicar sistemas digitalizados em firmas de médio e grande porte, agindo internamente, entre os funcionários, e externamente, na relação da organização com a clientela.

Os sistemas de informação podem ser divididos em áreas distintas: a informação operacional, dirigida às tarefas rotineiras de cada instituição; a informação estratégica, vin-culada a projeções da empresa e contribuição na atividade de montar simulações de mercado e elaborar projetos; a

informação comercial, atrelada à interação de organizações, fornecedores e clientes; e a informação gerencial, respon-sável por ajudar na tomada de decisões dos gestores das empresas.

Estes são apenas três exemplos de extensões educa-cionais e formadoras acopladas à Tecnologia da Informação. Agora, para o pleno funcionamento dos cursos citados den-tro dos ambientes acadêmicos, é fundamental haver uma infraestrutura física adequada, que forneça aos alunos as ferramentas necessárias. Essa infraestrutura é representada por salas e laboratórios de computação ou até núcleos de informática mais equipados.

No caso da Universidade Católica de Pernambuco - Unicap, os estudantes do campo da TI têm à sua disposi-ção a Coordenação de Tecnologia da Informação, ou CTI, como é conhecida. Na CTI, a Unicap dá vida a processos de armazenamento e de banco de dados, a serviços de su-porte técnico e, é claro, a táticas de apoio visando o bem--estar e o conforto dos universitários.

Segundo Gilson Vasconcelos, professor da graduação de Ciência da Computação da Unicap, centros assim são importantes para promover um maior contato dos jovens com os recursos tecnológicos. “Na CTI, por exemplo, o aluno tem a oportunidade de conviver diretamente com a Tecnologia da Informação. Hoje em dia, é primordial conci-liar educação e modernidade.”

O professor ainda ressalta: “O amadurecimento do profissional do setor de TI deve ter início já na facul-dade. É lá que ele vai começar a descobrir a informática e vê-la de outro modo, passando a ter noção dos ele-

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um dos quatro maiores parques tecnológicos do mundo

possui mais de 130 instituições voltadas ao setor de tecnologia da Informação, sendo 49% delas microempresas, 40% pequenas empresas e 11% médias e grandes empresas

agrega duas incubadoras empresariais

Conta com a participação das grandes organizações do eixo tecnológico como IBM, samsung, Microsoft, dell, nokia, Motorola, Borland e oracle

É responsável pela criação de mais de 4 mil empregos

Contribui com mais de 3,5% no pIB de pernambuco, significando uma receita anual de, em média, r$ 800 milhões

exporta cerca de 70% de sua produção de softwares

46% de seus profissionais têm até 25 anos

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Aurélio Molina é secretário executivo de Tecnologia, Inovação e Ensino Superior de Pernambuco

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mentos que farão parte do seu trabalho”.

BRINCANDO DE FAZER JOGOSDesde a década de 90, os jogos digitais se transforma-

ram em uma febre mundial. Crianças, adolescentes e adul-tos descobriram que dá para se divertir e interagir com os personagens do outro lado da tela sem precisar, sequer, sair da frente do computador. Bolar estratégias, aniquilar mons-tros, dirigir carros supermodernos, pilotar naves espaciais e até levar uma vida virtual paralela à vida real. Nos games, tudo é possível.

Então, recentemente, as instituições de ensino co-meçaram a perceber que a brincadeira deveria passar a ser coisa de gente grande. Os jogos foram introduzidos ao co-tidiano dos jovens a partir das seguintes indagações: o que é necessário para se fazer os games? Onde e como são produzidos? Qualquer um é capaz de criá-los?

As respostas surgiram gradativamente e, hoje, não restam dúvidas: a maioria das pessoas já não se satisfaz em só brincar no computador. Agora, elas querem ser as inven-toras de seus próprios jogos e, quem sabe, se aprimorar na atividade.

Diante da nova mania, o Senac resolveu implantar cursos de especialização e capacitação voltados à Tecnologia da Informação, especificamente na área de games. Os cur-sos oferecidos são Desenvolvimento de Games, Design de Games e Programação de Games.

O primeiro, de Desenvolvimento de Games, tem duração de 240 horas/aula (ou três meses e meio) e dá aos alunos noções de design e programação. Nele, os futuros desenvolvedores aprendem sobre os conceitos técnicos e peculiares de um jogo, modelagem de figuras, construção de ambientes virtuais e lógica da programação.

O segundo, de Design de Games, é, por sua vez, mas diretamente ligado à composição de personagens e tem 253 horas/aula – quatro meses e meio. Os detalhes na textura são mais exercitados e, no projeto de finalização do

curso, os alunos geram um ser computadorizado completo, incluindo figurino, modo de agir e se movimentar, anima-ção, traços faciais e determinando a época a qual pertence.

Por fim, o curso de Programação de Games leva 250 horas/aula - quatro meses e meio - para ser concluído e educa os estudantes no que diz respeito à lógica e à elabo-ração de jogos. O projeto de finalização consiste no preparo de um game e no arranjo dos elementos contidos nele.

De acordo com Roberta Araújo, gerente do Núcleo de Informática do Senac - Ninf, os cursos têm sido bastan-te procurados, especialmente pelos jovens. “De 2008 para cá, o número de alunos por turma aumentou consideravel-mente, e a tendência é aumentar cada vez mais.”

A gerente do Ninf ressalta: “O crescimento do inte-resse pela TI e a busca pela profissionalização se devem, uni-camente, aos avanços do eixo tecnológico em Pernambuco e no Brasil. A prova disso é que, desde 2007, os brasileiros vêm se destacando no Imagine Cup, o maior campeonato estudantil de tecnologia do planeta”.

Quer outra prova? Atualmente, o Porto Digital, polo tecnológico muito respeitado em todo o mundo, agrega mais de 130 empresas relacionadas ao setor de TI. E já que estamos falando de jogos, não poderíamos deixar de citar

Segundo o professor da Unicap, Gilson Vasconcelos, hoje é essencial unir educação e modernidade

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uma destas empresas: a Jynx Playware. A Jynx é uma verdadeira fábrica de

games. Nascida em 2000, dentro da Uni-versidade Federal de Pernambuco (UFPE), e tida como uma das pioneiras no segmen-to, a instituição é fruto do encontro de cinco ex-universitários – sendo três deles da gra-duação de Ciência da Computação e dois da graduação de Administração – que se co-nheceram em uma sala de aula e decidiram colocar suas ideias em prática.

Antes de ser o que é no momento, a organização viveu um tempo de testes, (ou incubação, nome dado a este período na linguagem acadêmica). Depois disso, a Jynx foi instalada no Centro de Estudos de Siste-mas Avançados do Recife, o C.E.S.A.R, e a partir daí as coisas, de fato, tomaram enor-mes proporções.

Foi lançado o produto de estreia da agência: o Futsim. Ele possuía uma estrutura totalmente inovadora e inédita na Améri-ca Latina, baseando-se no gerenciamento virtual de clubes de futebol. Foi pensado exclusivamente para o entretenimento de seus usuários e fez sucesso, mostrando que aquela equipe era realmente promissora.

Quando o empreendimento se tor-nou autônomo e sua sede se mudou para o Porto Digital, o foco passou a ser diferente: os jogos sérios, ou seja, os que têm um vas-to campo de serventias e são ferramentas de comunicação, marketing, treinamento e qualificação. São chamados de “sérios” por-

que, através do caráter lúdico, visam ocasio-nar benefícios profissionais e/ou comerciais a quem os utiliza.

A modalidade de jogo sério a qual a Jynx Playware vem dando mais atenção nos últimos anos e que a levou a ser referência em países do exterior é o advergame. O estilo é fundamentado em games que esta-beleçam qualquer tipo de conteúdo publi-citário e consigam aproximar fornecedores e consumidores de uma maneira descon-traída.

Apesar de ser absoluta no ramo de jogos sérios, a Jynx também pretende ex-pandir o espaço de atuação. O diretor de operações da companhia, Rui Belfort, expli-ca que os planos apontam para as novidades do mercado. “Queremos estar ainda mais presentes no meio dos jogos educativos, casuais (aqueles acessíveis ao público, em geral) e sociais (disponíveis nas redes sociais de massa). Inclusive, temos ideias já exe-cutadas, e uma delas é a reformulação do Futsim.”

O diretor enfatiza que, para tudo dar certo, é preciso ter um grupo competente ao seu redor. “Nossa corporação é com-posta por pessoas com características diver-sas. Programadores, designers, engenheiros de som, jornalistas, publicitários, todos, sem exceção, têm o mesmo intuito: o reconhe-cimento do trabalho bem feito.”

Mais trabalhos virão. Afinal, a brinca-deira está só começando.

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software Hardware2007 6% 11%2008 28% 9%2009 31% 8%

em 2009:

560 profissionais (a maioria artistas gráficos e programadores)

42 empresas criam softwares para jogos eletrônicos

43% da produção de softwares para games são destinados à exportação

r$ 87,5 milhões foi o produto nacional bruto gerado pelo setor

r$ 2.272,00 é o salário médio de quem atua na área

MercaDo De GaMes no Brasil

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O diretor de operações da Jynx Playware, Rui Belfort

Roberta Araújo, do Senac

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Crescimento da indústria de jogos (em r$)

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Média nacional de salário por cargos do campo de tI setor operacional (desenvolvedores seniores, desenvolvedores plenos, desenvolvedores juniores e estagiários) r$ 800,00 a r$ 1.500,00

setor tático (gerentes de desenvolvimento, analistas seniores, plenos e juniores)r$ 3.000,00 a r$ 8.000,00

setor estratégico (vice-presidentes de tecnologia, diretores de projetos ou tecnologia e gerentes da área)r$ 8.000,00 a r$ 20.000,00

serviçoagência estadual de tecnologia da Informação (atI-pe)Av. Rio Capibaribe, 147, São José, Recife--PE Fone: (81) 3181-8000 www.ati.pe.gov.brsecretaria de Ciência, tecnologia e Meio ambiente-sectmaRua Vital de Oliveira, 32, Bairro do Recife, Recife-PEFone: (81) 3183-5560 www.sectma.pe.gov.br

senac-peAv. Visconde de Suassuna, 500, Santo Amaro, Recife-PEFone: 0800-0811688 www.pe.senac.brunicapRua do Príncipe, 526, Boa Vista, Recife-PE Fone: (81) 2119-4000www.unicap.brJynx playwareRua do Apolo, 181, Bairro do Recife, Recife-PE (sala 10)Fone: (81) 3419-8115www.jynx.com.br

eu inDicoTecnoloGia

Mona LIsa douradoa Vida digital – “o livro é de nicolas negroponte, um dos fundadores do Media Lab do Massachusetts Institute of technology-MIt e idealizador do projeto de inclusão digital ‘one Laptop per Child’. em suas páginas, são discutidos temas como a interface homem-máquina, a utilização das comunicações sem fio, a tV digital, a questão dos direitos autorais na rede e o futuro do mundo dos bits. o conteúdo é indispensável para quem quer debutar no universo das tecnologias da informação.” Mona Lisa dourado é editora assistente do caderno de suplementos do Jornal do Commercio.

aurÉLIo MoLInadia a dia, Bit a Bit - smeira.blog.terra.com.br – “este é o blog de sílvio Meira, cientista-chefe do Centro de estudos e sistemas avançados do recife, o C.e.s.a.r. Faço esta indicação porque, em minha concepção, lá podemos encontrar o que há de mais atualizado e abrangente sobre a tecnologia da Informação e Comunicação-tIC. além disso, os textos escritos por sílvio conseguem interligar os assuntos genuinamente tecnológicos aos de caráter cultural, econômico e político. Vale a pena fazer uma visita.” aurélio Molina é secretário de tecnologia, Inovação e ensino superior de pernambuco.

Page 22: Revista Fera! 07

alana lima

A brincadeira tem começado desde cedo. A ideia de jogos, em geral, está atrelada à noção de passatempo. E deve ser este o impulso maior para que grande parte dos profissio-nais dos games entrem no ramo tão jovens - digamos que, hoje em dia, até as “crianças” já produzem seus próprios brinquedos.

Estagiários da Jynx Playware, Marcel de Lacerda Calbusch, 21, estudante do último período de design pela UFPE, e Jorge Falcão Lindoso, 24, estudante do último período de ciências da computação, também na UFPE, já tiveram a satisfação de se divertir com jogos produzidos por eles mesmos. Jorge começou a estagiar na empresa há quatro meses para cumprir estágio curricular. O primeiro contato direto com a área veio mesmo na faculdade em uma disciplina chamada “projeto de desenvolvimento de jogos” quando, com um grupo de mais quatro

pessoas, desenvolveu um jogo estilo o Super Mario da Nintendo: a personagem pega itens do cenário

para ganhar pontos e mata oponentes. Mas, ao contrário do jogo do videogame, Jorge conta que ele e os colegas decidiram co-locar um pouco mais de violência na brin-cadeira com personagens utilizando armas de fogo. No processo seletivo para estagiar na empresa, participou de entrevista e mandou

o seu currículo e o seu portfólio com imagens de aplicações que já tinha realizado para a faculdade

e por diversão. Assim, conseguiu a vaga de ga-meprogramer.

De acordo com Marcel Calbusch: “Currículo é muito importante para

essa área, essencial”. O es-tudante de design, que

está há dois meses

Marcel de Calbusch (à esquerda), 21,

e Jorge Falcão, 24, aliam diversão e profissionalismo

brincadeira!esses caras estão de

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corretamente, sem travar. Já o gerente de projeto coorde-na tudo isso e fica de olho nos prazos de entrega. Dentro da empresa, os estagiários já participaram da produção de jogos promocionais para empresas como a Volkswagen e o Rapidão Cometa e participaram da produção de jogos para a Olimpíada de Jogos Digitais e Educação (OJE), que tem a intenção de, através de jogos e competições, estimular o aprendizado de alunos tendo em vista o aproveitamento educacional do potencial de jogos digitais.

Depois que passaram a trabalhar na área, os jovens têm uma nova relação com a pirataria. “Jogo realmente é caro no Brasil se você pegar como referência os outros países. Mas há alternativas: programas onde você baixa um jogo original por R$15, por exemplo. Antes eu comprava piratas quando estava no Ensino Médio, mas depois que comecei a trabalhar com jogos, vejo o trabalho que as pessoas têm pra fazer isso”, explicou Marcel e concordou Jorge. Os jovens ainda não sabem ao certo o que será fei-to de suas carreiras. Por enquanto desfrutam o prazer de trabalhar com o que gostam e de se divertirem com isso.

Como já mencionado, a área da Tecnologia da Infor-mação é bastante ampla e promissora. Jorge e Marcel já estão se destacando antes de terminar a faculdade. Agora você vai conhecer um estudante que nem começou o es-tudo superior e já participa de competições internacionais.

Edmiel Leandro, 18 anos, aluno da Escola Técnica Estadual Professor Agamemnom Magalhães (Etepam/PE), apesar da pouca idade, já vem se destacando. Através do

e meio na Jynx, trabalha na área de design de tecnologia desde o segundo período da faculdade. Amante dos qua-drinhos, na época do vestibular não sabia bem qual curso deveria escolher. “Achei que design tinha um pouco a ver com desenho. Quando fui pesquisar, percebi que não tinha tanta relação, mas acabei me apaixonando por esse novo conceito que é projetar”. Marcel é gameartist e explica o seu trabalho: “A minha função é pegar um conceito de jogo geralmente criado por um gamedesigner e dar uma cara, dar uma identidade ao jogo. Eu procuro as diferenças de arte, de videoclipe, etc. e complemento na arte do jogo para ficar um personagem, um cenário e uma interface in-teressantes que não façam o jogador ficar entediado”.

Para fazer um jogo, é necessária uma equipe de, no mínimo, quatro pessoas com diferentes funções: um game-programer, um gameartist, um gamedesigner e um gerente de projeto. Marcel explica a diferença entre gameartist e gamedesigner: “O designer vai criar a mecânica do jogo e o artist vai colocar isso no papel, vai transformar em persona-gem, em cenário”. Para um jogo funcionar, são necessárias três características: a estética - como o jogo se configura; a mecânica - regras do jogo; e a dinâmica - como essas re-gras influenciam o jogador e como ele lida com elas. O de-signer define essas três bases e o artist vai transformar em produto real - personagem, cenário. Jorge Lindoso, game-programer, faz “a mágica”: pega a arte e a transforma em mecânica. Integra tudo e dá vida. O trabalho dos progra-madores é muito importante para que os jogos funcionem

Os desenhos expostos nesta

página (23) foram elaborados pelo

estudante Marcel de Calbusch

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curso de Students to Business (S2B), oferecido pelo Centro de Inovação da Microsoft (Microsoft Innovation Center – MIC) - o primeiro do país em escolas técnicas, os demais são em instituições de ensino superior – Edmiel teve sua vida mudada. Com o curso, além de conhecer ferramen-tas específicas nas plataformas Microsoft, o estudante pôde dar o primeiro passo em direção ao início de sua carrei-ra. Pelo destaque durante o curso, conseguiu um estágio no próprio Centro de Inovação da Etepam (MIC), no qual surgiu a oportunidade de participar da competição mundial de tecnologia organizada, todos os anos, pela Microsoft, a Imagine Cup. Sua equipe, a Uptiva Dreams IT, era formada por mais quatro pessoas: Eduardo Sonnino (UNICAMP, 21 anos), Daniel Ferreira (UFPE), Hugo Rodrigues - Consultor de Desenvolvimento (UFPE/MIC ETEPAM) e Lucas Mello (Mentor, UFPE). Em julho deste ano, a equipe viajou para a Polônia, onde participou da final mundial da competição. O grupo ganhou o segundo lugar na categoria Interoperabili-dade com o projeto Biorider.

iMaGine cupA competição organizada todos os anos pela Micro-

soft propõe que estudantes, orientados por professores ou não – no caso da Uptiva Dreams IT, a orientação partiu de um integrante da equipe, Lucas Mello -, desenvolvam pro-jetos sobre temáticas determinadas pela organização utili-zando ferramentas da Tecnologia da Informação. O tema foi: “Imagine um mundo onde a tecnologia ajuda a resolver os problemas do planeta que mais nos desafiam hoje”. Na categoria Interoperabilidade, que propõe que sistemas tra-balhem em conjunto, estavam concorrendo 90 projetos. O projeto apresentado na competição pela equipe brasileira foi o Biorider.

Biorider: o trânsito de cidades como Recife e São Paulo é caótico. E segundo Hugo Rodrigues, integrante da equipe, trânsito nada mais é do que um monte de pes-soas saindo dos mesmos lugares e indo para outros mes-mos lugares ou proximidades. Essa problemática na rede de tráfego, além de fazer com que desperdicemos tempo de nossas vidas, causa estresse e problemas ao meio am-biente, já que o carro, rodando em baixa velocidade, polui mais. A solução encontrada pelos participantes da equipe foi um sistema de caronas. Já existem programas via inter-net que organizam esta prática, mas de acordo com Hugo Rodrigues, não são dinâmicos. O Biorider funciona em três dispositivos diferentes e é isso que gera dinamicidade. Por celular, você pode receber mensagens sobre a localização dos seus amigos cadastrados; nas redes sociais já existentes, como Orkut, Facebook e Myspace, o programa funcionaria como um aplicativo onde você veria um mapa e a locali-zação das pessoas. A terceira opção é a de um pequeno computador acoplado ao carro com mapa, localizações e melhores caminhos. Além dos benefícios já mencionados, há a possibilidade de parcerias com estabelecimentos co-merciais como restaurantes e lojas. Determinada lancho-nete, por exemplo, teria sua localização explicitada e, em troca, os usuários do sistema teriam descontos em compras realizadas lá. Essa é apenas uma ideia. O projeto real existe só como protótipo, mas, no ano que vem, os participantes pretendem operacionalizá-lo.

Segundo Hugo, Edmiel começou o curso na Etepam sabendo muito pouco e, hoje em dia, é uma das pessoas mais capacitadas na tecnologia Silverlight. O aluno pretende agora se dedicar ao vestibular, ainda não sabe qual curso fará: está em dúvida, como é possível prever, entre ciências da computação e sistemas da informação.

Apesar de bastante jovem, Edmiel Leandro,

18, é integrante da equipe vice-campeã do

Imagine Cup

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Antigamente as características inatas ao ser hu-mano eram atribuídas à herança dos pais. Hoje, en-tretanto, já se sabe que as pessoas são capazes de mudar seu caráter genético através dos costumes, durante suas vidas. Isso significa que, em conformi-dade com o comportamento social atual, a descen-dência terá atitudes bastante próximas das de seus antecessores.

Assim, seremos responsáveis não só pelo de-senvolvimento das comunidades atuais, mas tam-bém das futuras, geração após geração. Os bens de hoje serão, cada vez mais, aperfeiçoados e os males vivenciados agora serão também exacerbados. En-fim, todo o futuro será decorrente do presente.

Isso posto, devemos estar sempre atentos às tendências da sociedade para interagir sempre com o meio social, tentando direcioná-lo para o bem atu-al que, com certeza, levará consequências do hoje para o amanhã. A propósito disso, temos observado que a sociedade terrena, com raras exceções, tem se comportado, a cada dia, de forma cada vez mais perversa.

Lembramos as agressões e os assassinatos des-feridos por estudantes universitários que tiveram como vítimas seus colegas e, não poucas vezes, seus próprios pais. E ainda, os acidentes que acontecem por falta de zelo ao bem público que têm prejudi-cado a nossa sociedade. Todo ato inconsequente é cruel.

O que está tornando a sociedade tão perversa? Temos assistido a diversos programas de televisão onde a agressividade sempre tem lugar. Verdadeiras lutas corporais entre mulheres e entre homens têm ocupado lugar comum nas novelas e nos filmes. É o público que exige, é o público que dá Ibope.

Essas agressões no dia a dia não são um resulta-do alimentado simplesmente por esses espetáculos. A insurreição contra os descasos dos comandantes ou responsáveis pela educação não formal (estado e pais) faz explodir a barbárie nas relações humanas,

como o dizer: “isso eu posso!”.Não se imagina o resultado cruel que procede

dos péssimos exemplos dados pelas Instituições que têm credibilidade maior. Quando se alcança o direito de ter o respeito e a crença do povo, a responsabi-lidade aumenta, pois seus atos serão seguidos como a vontade de se estar perto do “líder”.

Por outro lado, o êxodo familiar, hoje tão co-mum na grande maioria dos países, leva os educan-dos à crise do abandono, pois os humanos, como os demais seres vivos, não abrem mão do acolhimento de seus pares. Esses se constituem os dois grandes motivos da perversidade. Como minorar esse esta-do de coisas?

Primeiro, elegendo-se políticos mais conscien-tes de seu papel nas Instituições Estatais e sabedores da responsabilidade social que terão quando ocu-parem cargos de liderança. Difícil é congregar um número suficiente de políticos com bons predicados.

Segundo, lembrando aos pais, que hoje têm de buscar o emprego, que a solução do impasse traba-lhar ou educar os filhos tem solução natural com o diálogo familiar. Mostrar que as exigências do jovem de hoje não podem ser atendidas com apenas o tra-balho paterno.

Dessa forma, imaginar a mãe em busca de tra-balho pelo simples desejo de estar fora do lar e pro-var que pode tanto quanto o homem perde lugar. Os filhos devem se conscientizar de que as neces-sidades de consumo de hoje exigem maior ganho para permitir a compra de computador, celular, iPod, automóvel e tantos outros aprestos modernos.

A luta por uma mudança capaz de melhorar o perfil das próximas gerações tem que existir. Vamos tentar fazer um Brasil mais humano e “mais respon-sável”, pois, só assim, estaremos contemplando os nossos netos com uma vida melhor. Nem sempre as heranças que consideram o poder econômico serão capazes de fazer com que os nossos descendentes vivam de uma maneira melhor.

artigo

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a crueldade de uma sociedade Perversa

Engenheiro, professor de Acústica Arquitetônica da Faculdade de Ciências Humanas - ESUDA. Blog: quimera-wilsonmar.blogspot.com

Wilson José maCedo BaRReto

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leia mais noportalfera.com.br

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um ato solidário

diário de bordo

alana Lima

Os manuais de redação jornalística são claros: jornalista não é notícia - nada de primeira pes-soa. Peço licença às tais regras e me ponho a

fazer um relato da minha experiência como voluntária aos desabrigados de Palmares de-correntes das chuvas que aconteceram a par-tir de 18 de junho. Atividades, depoimentos e impressões.

reciFe, 2 De aGosTo De 2010Palácio do Campo das Princesas – sede do Governo do Estado

Um dos pré-requisitos para viajar como vo-luntário para as cidades do Estado que foram de-vastadas pelas chuvas de meados de junho é tomar vacinas contra hepatite B, tétano e difteria. A fila que se formava no hall no palácio do Governo era para isso. Em meio a adultos e jovens, estava a re-pórter com medo das agulhas. Foi assim o primeiro contato: socializando com os também medrosos. ísabe Augusta, 18 anos, foi uma delas. Na conversa, foi revelada uma curiosidade: a menina estava acostumada a fazer tra-balhos voluntários, mas sempre de modo escondido. Não contava nem a seus familiares nem a seus amigos. No caso da viagem, como passa-ria um dia inteiro fora, teve que contar à mãe, que logo ficou preocupada e só permi-

tiu que a menina fosse para Palmares na compa-nhia de um adulto: o tio resolveu ajudar. O familiar, que a princípio só acompanharia a menina na eta-pa das vacinas, acabou se inscrevendo na hora e se vacinando. Estava pronto, então, para viajar durante a semana. Vacinas tomadas, um dos braços doendo, agora era se preparar para o dia seguinte.

Não só as crianças se

divertiram com a recreação

Voluntários antes do embarque.

Eu, Alana Lima, estou no detalhe

Na volta do almoço

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O ônibus estava marcado para sair às 7h do Pa-lácio do Campo das Princesas. Cheguei na hora em ponto, meio apressada, com medo de ter perdido o transporte e a matéria. Preocupação à toa, há sempre o atraso que salva muitos e abor-rece outros. Chamada feita, camisas entregues, foto tirada. Instruções: existiam dois ônibus. Um

iria para Palmares (114 km do Recife) e o outro para São Be-nedito do Sul (157 km do Recife), os voluntários podiam se dirigir ao ôni-bus que quisessem desde que houvesse mais ou menos o mesmo número de pessoas em cada um. Entrei no que seguiria para Palmares.

Saída do ônibus. A viagem parecia que não atrasaria muito, mas depois de poucos metros andados, na esquina

com a Avenida Conde da Boa Vista, já paramos. Uma pausa de 20 minutos sem

muita explicação. Um dos voluntários aproveitou para pedir dinheiro para comprar doces para as crianças do abrigo. Dinheiro arrecadado, doces comprados. Mônica Muniz, 36 anos, coordena-dora do ônibus, inicia uma conversa sobre o que encontraríamos em Palmares. “Quem está indo como voluntário pela primeira vez?”, “Quem já foi a Palmares?”. Nossas atividades seriam realizadas em uma creche com duas entradas. Dois blocos

diferentes. No primeiro, estavam alojadas 27 famí-lias; e, no segundo, 30. A proposta era de que re-alizássemos atividades de recreação com as crian-ças, conversássemos sobre saúde e higiene com os alojados e ajudássemos na limpeza do abrigo.

Quanto à limpeza, a coordenadora foi mui-to clara: não estava saindo com um grupo de Recife para faxinar em Palmares. Era um trabalho de conscientização, nada de fazer sozinhos, mas chamar os moradores para ajudar. Essa era até uma forma de estimular os desabrigados a man-terem o abrigo em boas condições. Mas tudo isso com respeito e paciência. Estaríamos lá com um objetivo: ajudar.

O ônibus estava visivelmente dividido: frente e trás. As pessoas da frente, em silêncio, muitas até dormindo: inician-tes. Os de trás já se conheciam e se

tratavam com intimidade. Faziam festa, gritavam e brincavam entre si: veteranos.

Foi de lá que partiu o grito sobre o lanche: pi-poca, biscoito, refrigerante e água com direito

à repetição. Todos acordaram, comeram, mas Palmares ainda estava distante. Os “calouros” estavam ansiosos e meio perdidos. “Quanto tempo se leva, em média, para chegar lá?”, per-gunto. Um dos rapazes ao meu lado responde que uma hora. Vânia Lúcia, 29, diz que uma hora e meia. Meu pai havia me dito que duas. Ou seja, não sabíamos.

Cozinha móvel entre os dois prédios da creche Atividades de recreação

com as muitas crianças

Desabrigados buscam privacidade formando tendas

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reciFe, 3 De aGosTo De 2010

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Chegamos ao abrigo. Do lado de fora, o que se via eram banheiros químicos, roupas estendidas e uma quadra de es-portes lotada de barracas. Segundo in-formações dadas pela coordenadora do

ônibus, algumas famílias seriam transferidas para lá. Muitos alojamentos estavam funcionan-

do em escolas, mas, com a volta às aulas, seria ne-cessário desocupá-los. A solução provisória eram as barracas.

Os voluntários se dividiram em dois grupos para que, guiados por Mônica Muniz, conheces-sem a creche. Depois disso, nos dividimos de

acordo com as atividades que realizaríamos: re-creação, saúde, limpeza e convivência. A proposta deste último era uma conversa com os alojados a respeito da vida em conjunto, mas, na verdade, tudo começava assim: “Bom, como estão as coisas por aqui?”, e isso era um gancho para que as pesso-as contassem como eram suas vidas antes e depois da enchente. Tudo soava como um desabafo. Cada história com sua particularidade, mas incrivelmen-te com dois pontos em comum: todas tristes, mas esperançosas. Como podem perceber, estava no grupo da convivência, mas prefiro chamar de escu-ta. O resto da manhã passou muito rápido.

Almoço. Entramos no ônibus e se-guimos para almoçar em um res-

taurante perto da BR. Tudo já pago, comida à vontade e boa.

Fomos de novo à creche, mas as ati-vidades só recomeçaram às 14h. O período da tarde, além de realmen-te maior que o da manhã — já que

chegamos tarde à cidade — parecia não passar. Culpa da preguiça que bate depois

da hora do almoço e do cansaço da viagem. No abrigo, existia uma sala bem grande. Lá, es-

tavam várias famílias. Tentando encontrar o mínimo de privacidade, cada uma recobria a sua parte com lençóis, formando espécies de tendas. Por causa disso, era difícil falar com os alojados dessas salas maiores (duas — uma em cada parte da creche), as tendas estavam sempre fe-chadas e me sentia invasiva ao tentar contato.

Mas existiam salas menores. Nessas, por alojarem menos famílias, não existiam as “tendas”, e era mais fá-cil iniciar o contato. As histórias eram diferentes: algumas famílias perderam totalmente suas casas,

enquanto a de outras ainda estava de pé, o que não adiantava muito, já que se encontravam em áreas de ris-co e não seria permitido que voltassem a morar lá. Esse era um problema: no geral, quem ainda possuía casa em boas condições pensava em voltar para elas: “É a minha história, sempre vivi lá”. “Mas e se vier outra cheia?” — tento argumentar. “A gente sai de novo.” Para mim, que vejo de fora, não faz muito sentido, mas cada um vê a vida de modo diferente e se apega a alguma coisa. No fim, é compreensível. O que, incrivelmente, não posso dizer que vi em nenhuma das famílias com quem conversei foi falta de esperança. Ninguém reclamando e todos prontos pra recomeçar a vida a partir dali. Quanto à estadia no abrigo, diziam que era difícil principalmente pela falta de privacidade. Quanto a isso, alguns estavam ansiosos pelas transferências para as barracas: lá haveria mais privacidade,

uma família em cada. Outros se preocupavam com o calor que possivelmente faria dentro delas.

Finalmente chegamos. Um carro de som anunciando uma candidatura política foi a primeira cena de Palmares. Uma cidade com lama, ruas estreitas e ladeiras sem

asfalto. Não posso dizer que toda a cidade é ou estava assim, mas o ca-minho que percorremos até a cre-che, era, estava.

Área externa

do abrigo Frente do abrigo

Doações

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Depois da conversa com várias pessoas, meu grupo e eu resolvemos lavar um dos corredores. Estava com um pouco de lama. Aproveitamos para tentar limpar uma área onde havia lodo. Esse foi, a meu ver, o ponto mais crítico: o sane-amento. Mônica, a coordenadora do ônibus, nos orientou bastante a esse respeito para que con-versássemos com os moradores: existiam várias pias, mas muitos insistiam em lavar louça, roupa, escovar dentes e banhar crianças em um mesmo

local. Conversamos para que separassem um lo-cal exclusivo para cada atividade. Não sei se fez efeito. O pior era um esgoto estourado em um dos lados da creche, o cheiro era forte, além dos problemas de saúde que isso poderia causar.

O grupo responsável pela limpeza tentou amenizar o cheiro, mas foi realmente difícil. No fim da tarde, chegaram profissionais especializa-dos para tentar resolver a situação. Não sei se houve sucesso.

Fui brincar com as crianças. Sem dú-vida nenhuma era o que existia de mais bonito lá. Todas, sem nenhuma exceção, felicíssimas e carinhosas.

Umas receosas a princípio, mas era apenas questão de tempo. Fiquei em uma

mesa enquanto umas cinco desenhavam, montavam quebras-cabeças, jogos de montar ou brigavam por algum dos brinquedos. Uma das primeiras coisas que

perguntava era se elas possuíam irmãos. Nenhuma me disse que não, e mais: tinham cinco, seis, sete ir-mãos, cada! Pedi que uma delas escrevesse seu nome. O fez. Pedi que escrevesse o meu. Ela disse que não sabia. Uma das voluntárias que estava comigo, Adria-na, 22, disse: “Faz o A, o L, outro A, o N e outro A. Pronto!” O sorriso dele se abriu quando perguntamos por que ele queria nos enganar. Não, não era ele. Era a alfabetização defasada que enganava.

Hora de ir embora. Todas as crianças davam tchau enquanto o

ônibus partia. Chegamos no Re-cife por volta das 19:00.

Na volta, vim conversando com outros vo-luntários: Luciano Costa, 44, sem trabalhar; Paulo Gustavo, 33, fotógrafo; Dgiorgio Teodomiro, 24, gerente de loja; Vânia Lúcia, 29, técnica em enfer-magem; Isabel Leite, 26, professora de informática; Adriana Duarte, 22, designer de moda; e Mônica Muniz, 36, coordenadora do ônibus.

A história da Mônica me chamou atenção. Por ser coordenadora, acreditava que ela trabalhava na Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, mas não, é voluntária. Viaja todos os dias para essas regiões em estado de urgência. No dia anterior, inclusive, havia ido a Correntes (109 km do Recife) e chegado às 22:20. Há viagens aos sábados e domingos também. Mas em um dos dias da semana ela folga. Turismóloga, já trabalhou em hotéis na Costa do Sauípe, mas, segundo ela,

só se sente realizada agora ao ter o respeito dos demais voluntários e ao ajudar o próximo. Para ela, o que mais mudou desde que viajou a primeira vez foi a receptividade dos alojados. Uma vez, em Palmares, chegou ao abrigo e desejou bom-dia, a resposta foi: “Bom-dia só se for para você”.

Mônica contou que a mesma senhora que lhe respondeu assim foi a primeira a lhe dar um gran-de abraço assim que chegamos. Presenciei a cena. A coordenadora chamou a atenção para o baixo número de voluntários. Natural, segundo ela, em virtude da volta às aulas e do fim do período de férias de alguns trabalhadores.

Sobre as impressões dos demais voluntários, cada um possuía as suas próprias, mas uma res-

posta foi unânime: “Pensa em vir de novo?”. “Sim.”

Dona Maria

da Rosa

Barracas para alojar algumas famílias

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Gerente Comercial da Facottur e-mail: [email protected]

luCiano Gouveia

É muito simples para ficar apenas no conceito. A pro-paganda trabalha com a mudança de atitude do consumidor, enquanto o marketing promocional trabalha numa etapa se-guinte, ou seja, na mudança de comportamento. Enquanto uma ferramenta gera desejo, inspiração, motivação, des-pertando interesse, a outra gera ação, portanto, compor-tamento. Estamos falando de maneira abrangente: atitude e comportamento do consumidor diante de marcas e/ou de produtos. A profissionalização nessa área se faz premente e urgente, pois percebemos que cada vez mais o mercado cobra dos profissionais militantes do marketing promocional uma resposta efetiva sobre como planejar e, principalmen-te, como executar e gerir uma estratégia promocional.

Na verdade, os eventos em refe-rência trataram de aspectos globais e tam-bém particulares do marketing promocio-nal, que utiliza diversas ferramentas, tais como promoções de vendas; projetos de relacionamento; incentivos à produti-vidade; congressos, convenções, feiras e exposições; merchandising; degustação, amostragem e experimentação; vitrinis-mo, decoração e lojismo, entre outras.

A sedução começa a fazer parte do dicionário dos profissionais de marketing e eles precisam, obrigatoriamente, fazer com que os clientes e consumidores se-jam encantados por esta sedução. Mas tal tarefa não é tão simples quanto se ima-gina.

Enfim, marketing promocional é uma atividade do ma-rketing aplicada a produtos, serviços ou marcas, visando, por meio da interação junto ao seu público-alvo, alcançar os objetivos estratégicos de construção de marca, vendas e fidelização.

Eles serviram para o público presente poder cons-tatar que a comunicação precisa mudar, pois mudou a cabeça do consumidor, ou seja, a sua percepção em relação ao consumo. O consumidor quer ser, cada vez

marketing

marketing Promocional

mais, tratado como único.Portanto, a comunicação hoje não é mais uma questão

que começa nas agências, contando com o aval do cliente e terminando no consumidor, mas, ao contrário, é o consu-midor que está comandando essa operação de maneira in-direta, induzindo as agências e os clientes a pensarem muito mais estrategicamente todas as suas ações, quer sejam para marcas ou produtos.

Essa nova situação tem exigido que o marketing pro-mocional seja incluído nas discussões de planejamento es-tratégico de comunicação das empresas, gerando sinergia e integração entre cliente, agência de propaganda e agência de

marketing promocional. E esse processo é irreversível.

O consumidor hoje não está pa-rado esperando pelo impacto de uma marca. Ele está em vários lugares e em nenhum ao mesmo tempo, o que tem exigido que as ações de marketing tam-bém se diversifiquem, se pulverizem, sejam cada vez mais criativas, ousadas, inteligentes, pertinentes, integradas, inesperadas. E mais: não é mais apenas uma, são várias, são muitas, são todas. Para cercar o consumidor, para reter a sua atenção por um minuto sequer.

Conseguindo esse minutinho, há que ir além: seduzir, envolver, encantar, conquistar para que o consumidor faça

a opção pela sua marca e considere a compra não apenas como um ato, mas como um momento especial, uma ex-periência inesquecível, um show de emoções.

Afinal, com o consumidor cada vez mais exigente, é fundamental utilizar estratégias promocionais claras e efetivas para atraí-lo. Com este enfoque, a oportunidade de conhe-cer e aprender as melhores formas de aplicar as principais estratégias de Promoção de Vendas para pequenas, médias e grandes empresas, sempre com o foco no incremento imediato no volume de vendas dos seus produtos e na fide-lização de seus clientes, é maior. F!

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Vestir a camisa da Responsabilidade Social. Este é o prin-cipal objetivo do projeto Ação FG, a iniciativa da Fa-culdade dos Guararapes que realiza, pelo quarto ano

consecutivo, atividades com comunidades de baixa renda em Jaboatão dos Guararapes. O evento vai reunir, no dia 25 de setembro, cerca de 1.500 pessoas, que participarão de ativi-dades culturais, palestras e oficinas profissionalizantes. O en-contro, com inicio às 9h, mobilizará estudantes e professores da faculdade.

Apresentações de peça teatral, grupo de dança e canto coral fazem parte das atrações do dia da abertura. Em seguida, os participantes poderão se inscrever em oficinas de Informáti-ca Básica, Rotinas Administrativas, Economia do Lar, Educação Ambiental e Orientações Sobre Primeiro Emprego. As temá-ticas das palestras são: Dicas Posturais, Aleitamento Materno e a Importância da Vacinação. Quem participar receberá certifi-cado emitido pela Coordenação de Extensão da FG.

Durante o evento, uma equipe, composta por profes-sores e estudantes do curso de Direito, esclarecerá dúvidas a respeito de questões jurídicas, divididas em três grupos. São eles: questões cíveis – divórcio, pensão alimentícia e guarda de crianças e adolescentes; Penais – habeas corpus e liberda-de provisória; Previdenciárias - aposentadorias por idade ou invalidez e pensão por morte. Além da Ação FG, a faculdade realiza atendimentos nas próprias comunidades. Com a inicia-tiva, cerca de 10 mil pessoas, foram beneficiadas em oito anos.

Feirantes, bordadeiras, pescadores e estudantes. Esse é o público atendido pelos projetos de Responsabilidade So-cial, desenvolvidos pela FG. Durante o ano, eles participam de atividades que os preparam para o mercado de trabalho, estimulando a geração de renda e o crescimento profissional.

A Jornada Profissionalizante, destinada aos alunos da rede pública, debate temas relacionados à elaboração de cur-rículo e à maneira de como se apresentar numa entrevista de emprego. Os vendedores da orla de Piedade, em Jaboatão dos Guararapes, são acompanhados por estudantes de Nutri-

ção da FG, que ensinam métodos de higiene e manipulação de alimentos.

O programa de Inclusão Digital atende jovens e adultos de 12 comunidades, em três polos. As aulas são ministradas por estudantes da FG que têm a oportunidade de aliar teoria acadêmica à prática de mercado. “Em seleções de emprego, os avaliadores enxergam com bons olhos a participação de um candidato em projetos sociais”, diz o estudante do 6º período de Ciência da Computação, Caio Veras. Além de trabalhar os módulos de formação profissional, proposto pelo curso, Caio também debate, com os alunos, assuntos relacionados a crimes virtuais, como a pornografia infantil.

Conhecer os conceitos da informática foi decisivo para a estudante do programa de Inclusão Digital, Daniella Adélia, 16 anos, conseguir um estágio. “Para a vaga de recepcionista, tive que fazer uma prova de computação. Como já havia estuda-do, ficou mais fácil conquistar o cargo”, revela a aluna.

Para o professor Gilvan Ricardo, secretário da escola es-tadual Poeta Mauro Mota – um dos polos do programa em Jaboatão – a evasão escolar em 2009 diminui, devido às aulas oferecidas no estabelecimento de ensino. “Os nossos estu-dantes estão mais motivados. Com a capacitação eles ocupam o tempo e ainda aprenderam a pesquisar os trabalhos escola-res na internet”, conta o professor.

Novos trabalhos serão desenvolvidos, ainda este ano nas comunidades de Aritana, Comporta, Socorro, Cajueiro Seco, Barra de Jangada, Piedade, Muribeca Rua, Prazeres, Nossa Senhora do Loreto e Candeias, todas em Jaboatão dos Guararapes. “Os grupos envolvidos em nossos projetos possuem realidades muito próximas no tocante às suas neces-sidades”, explica a professora Mauricéa Tschá.

serviço Faculdade Fg - R. Comendador José Didier, 27, Piedade, Jaboatão dos Guararapes-PE. Telefone: 3461.5555. www.uniguararapes.com.br

especial

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Oficinas de orientação

profissional para jovens e adultos

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O projeto Ação FG,

promovido pela Faculdade

dos Guararapes, oferece

oficinas de capacitação

profissional e palestras às

pessoas de baixa renda de

12 comunidades de

Jaboatão dos Guararapes

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sétima arte

Foi-se o tempo em que ir ao cinema era a garantia de assistir a um filme com todo o contrato social que essa prática implica como sala escura, tela grande, ingressos, pipoca e a narrativa de história documental ou ficcional cheia de tramas e personagens. Nem mesmo os irmãos Lumière imaginavam no que sua invenção se transformaria: um verdadeiro mundo de possibilidades.

Quando falamos sobre cinema, muitas definições po-dem ser atribuídas, desde o conceito físico da sala de exibi-ção, o produto fílmico em si, até os mais variados dispositivos que existem na atualidade (internet, celulares, DVDs e tan-tos outros). Sobre essa diversidade, alguns pesquisadores já propõem estudos e observações que refletem o quanto esse cinema já mudou no decorrer dos tempos, assim como a sociedade.

Mas a mudança que mais me interessa é a relação do público com esses vários cine-mas. Afinal, por mais adventos que a tecno-logia nos proporcione, o objetivo prin-cipal de quem produz cinema é atingir o público. Pensando nisso, o cinema tem se transformado num espaço de múltiplas funções. Recentemente fui a uma apresen-tação de um grupo de comediantes que fizeram da sala de cinema o seu palco. A experiência foi bastante interessante e parece ter agradado o público presente.

Há pouco tempo também recebi um e-mail corpora-tivo, da empresa que administra as salas de cinema da rede UCI, oferecendo o serviço de locação das salas de cinema para convenções, palestras e demais eventos. Achei fabulosa a ideia e fiquei imaginando a maravilha de realizar uma série de eventos no local.

Eis que vejo um anúncio sobre a transmissão de um show (isso mesmo, um show) de quatro bandas de heavy metal — realizado na Bulgária — e exibido simultaneamente em várias cidades do mundo através das salas de cinema. Fi-quei interessadíssima na experiência, não pelas bandas, mas pelo evento e, quando soube que o Recife também estaria

nesse circuito, logo me interessei em conhecer. Numa noi-te de sábado, às 23h, estava eu numa fila de cinema para compartilhar o espaço da sala com verdadeiros fãs das bandas Anthrax, Megadeth, Slayer e Metallica (da qual acabei me tor-nando fã após esse show no cinema).

Se falamos anteriormente sobre contrato social, esque-ça isso quando ocorre um evento que alia cinema e música. Pois o público ali interagia de verdade com as imagens na tela grande. Eles cantavam, vibravam a cada aparição dos astros, comentavam algum detalhe do show e ainda balançavam as cabeças como se estivessem — de verdade — diante do palco. Acreditem, as cadeiras balançavam. Nunca vi nada igual e tão genuíno. Meu namorado, esse sim fã e conhecedor de

heavy metal, era a mais perfeita tradução da satisfa-ção, e só por isso já valia a ida ao cinema-show.

Mas, enquanto professora e pesquisa-dora de comunicação, cabia a mim, também, ver o espetáculo como um todo: imagem em

altíssima qualidade, os diversos ân-gulos, o som perfeito, a produção impecável do show, esse público

que tanto me chamava a atenção, e tudo isso sentada — confortavel-mente — numa cadeira de cinema, numa sala climatizada, comendo

pipoca, bebendo refrigerante e ao lado do namorado. Ou seja, perfeito!

Além da experiência, realmente única, fiquei imaginan-do a que outros shows gostaria de assistir assim, no cinema, e que outras coisas pode uma sala de cinema nos propor-cionar. Minha vontade era de contar aos amigos, parentes e alunos sobre essa noite tão diferente. As ideias, sobre essas possibilidades do cinema, não paravam de fervilhar na minha mente (assim como algumas músicas que ouvi ali em tão alto som!). Mas a certeza que eu tenho é de que não existem re-gras, de que devemos estar abertos a essas e a tantas outras experiências culturais e de que existe, mesmo, um mundo de possibilidades lá fora. Então... Descubra o que lhe agrada e aproveite!

Um abraço e até a próxima sessão.

todas as Possibilidades da sala de cinema...

Silvana Marpoara – é jornalista, produtora cultural, professora universitária, recém mestra e aluna do doutorado em educação da UFPE. [email protected]

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cineMa

resident evil – Estreia – 19 de setembroA protagonista Alice (Milla Jovovich) dá continuidade à sua ba-talha para tentar impedir um vírus mortal e perigoso de ma-tar os poucos sobreviventes que ainda restam no mundo. O confronto não vai ser fácil, mas ela passará a receber a ajuda de uma velha conhecida. No elenco, estão Ali Larter – viven-do Claire Redfield – e Wentworth Miller, que encarna Chris Redfield, uma das mais importantes figuras do jogo Resident Evil. A filmagem foi feita em 3D. Terror – 16 anos – 118 min.

Gente Grande (Grown ups) – Estreia – 24 de setembro O sempre engraçado Adam Sandler está em mais uma co-média. Trinta anos após a sua formatura no colegial, cinco amigos marcam de passar um fim de semana juntos. Já casa-dos e com filhos, eles definem que o encontro será no feria-do do Dia da Independência, em uma casa no lago. Lá, eles relembram a época em que eram jovens e falam sobre os bons momentos que viveram juntos. Também descobrem que ficar mais velho não implica somente no fato de estarem maiores. Comédia – Livre – 102 min.

Tropa de elite 2 – Estreia – 8 de outubroDesta vez o capitão Nascimento (Wagner Moura) vai pre-cisar enfrentar um novo desafio: as milícias. O personagem que ficou famoso em 2007, depois do lançamento de Tropa de Elite, tentará conciliar o seu tempo contendo os crimi-nosos da cidade do Rio de Janeiro e dando atenção ao filho Rafael (encenado pelo ator estreante Pedro Van-Held), um adolescente rebelde e problemático. O resultado disso será o confronto entre a vida pessoal e o ambiente profissional de Nascimento. Drama – 14 anos – 115 min.

eVenTo

roteiro BluesContinua até o início de outubro, nos bares Burburi-nho e Caravela’s, o Roteiro Blues, que tem progra-mação voltada para quem curte o blues que é produ-zido no Brasil. Aliás, o estilo musical não é nenhuma novidade para os recifenses. Isso porque a capital pernambucana conta, todos os anos, com o festival Oi Blues By Night, tido como um dos maiores da América Latina e que foca, exclusivamente, o ritmo americano. Essa é imperdível. Serviço: Bar Burburinho – R. Tomazina, 106, bair-ro do Recife Antigo, Recife-PEFone: (81) 3224-5854 ou (81) 3334-9786Bar Caravela’s – R. do Bom Jesus, 183, Bairro do Recife Antigo, Recife-PE. Fone: (81) 3424-1952

diversão

DanÇa

entre nósO espetáculo de dança contemporânea concebido e co-reografado por Ivaldo Mendonça é dirigido por Heloísa Duque e ficará em cartaz durante os dias 3, 10 e 17 do mês de setembro, às 20h, no Teatro Barreto Júnior. A montagem é uma espécie de ode ao amor com os cor-pos dos bailarinos sendo vistos como reduto de dor e alegria, complementando-se uns aos outros. É a emoção dividida entre dois ou mais amores, não importando a cor ou o sexo dos indivíduos.serviço: Teatro Barreto Júnior – R. Estudante Jeremias Bastos, s/n, Pina, Recife-PE. Fone: (81) 3355-6398. In-gressos: R$ 7,00 (preço único)

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Black eyed peas Está confirmado. A banda americana Black Eyed Peas vai mesmo se apresentar no Recife. O show será no dia 17 de outubro, no Jockey Club de Pernambuco. Há algum tempo, Fergie e companhia vêm bombando dentro do cenário pop e tocando seus sucessos nas rádios de todo o mundo. A ex-pectativa é que muitas pessoas, fãs ou não, se interessem em conferir de perto o som feito pelo grupo. serviço: Jockey Club de Pernambuco – R. Carlos Gomes, 640, Prado, Recife-PE. Informações: (81) 3446-9624 ou (81) 3426-1577. www.jcpe.ccom.brIngressos: Pista Golden – R$ 500,00; Pista Premium – R$ 350,00; Pista Comum – R$ 180,00; Meia – R$ 90,00(à venda nas lojas Nagem).

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doloRes oRanGeRevisora de textos da Revista Fera!e-mail: [email protected]

Dentro de uma sala de aula, em silêncio profundo e na companhia de algumas dezenas de pessoas, um aluno abre o caderno de provas e encontra o tema da redação. Esse é, sem dúvida, um lance de tempo decisivo, aquele instante no qual um relógio invisível começa a tiqueta-quear na cabeça. Momento difícil e nervoso, eu diria. Melhor: o instante mais importante da redação.

Por que o mais importante? A resposta é bem sim-ples: para se produzir um bom texto, é indispensável a criação de uma boa estrutura, de um bom planejamento do que irá ser dito. O conto de fadas dos três porqui-nhos pode nos explicar de maneira mais divertida esse segredinho da escrita. Lá no conto infantil, dois dos ir-mãos porquinhos não tive-ram paciência para construir suas próprias casas de modo bem estruturado e, assim, com poucos “sopros”, o lobo mau derrubou as duas moradias. Com medo, res-tou aos porquinhos pedirem abrigo na casa do irmão mais paciente, aquele que cons-truiu seu lar com bases mais sólidas. A tentativa do lobo mau de destruir a última casa foi em vão e coube aos por-quinhos a felicidade eterna. Assim é a escrita - sem pa-ciência e sem planejamento, uma redação corre o grave risco de desmoronar nas mãos do avaliador.

Preste atenção: não estou chamando os avaliadores de lobo mau. O vilão da redação, em geral, é a falta de organização do pensamento. Quando você, na hora da prova, se depara com o tema da dissertação, um turbi-lhão de ideias, espontaneamente, aparece na sua cabeça, e não é difícil ficar perdido num oceano de possibilidades. O que fazer com tanta coisa pra dizer em pouco tempo e em poucas linhas? Primeiro, manter a calma; Segundo, fixar um objetivo e delimitar o tema. É importante criar, a

partir das suas ideias, uma linha de pensamento coerente, ou seja, escolher argumentos que “combinem” entre si, que se relacionem de alguma forma.

Dado esse importante primeiro passo, chega a hora de construir um plano de ação. É preciso, então, colocar no papel o lugar de cada argumento, dividindo-os em introdução, desenvolvimento e conclusão. Quando as divisões são estabelecidas, fica mais fácil dar início à reda-ção por um motivo simples: não é muito “encorajador” começar a escrever sem uma premeditação sobre o as-sunto, deixando-se guiar apenas pela intuição. Uma vez já rascunhado o “percurso” do texto, você sentirá muito mais facilidade para fazer a redação e, melhor, economi-

zará tempo.Depois de planejado

o texto, é preciso garantir que as ideias estejam co-nectadas umas às outras. E é por essa razão que o su-cesso da escrita tem outro aliado: a coesão. O texto coeso é aquele que está bem amarradinho, que não deixa lacunas para a am-biguidade. Ou seja, uma boa redação é aquela que mantém um fio de conti-

nuidade, uma sequência de ideias entrelaçadas. Então, na etapa da revisão do seu texto (a última lida antes de trans-formar o rascunho em redação “oficial”), é importante que você se pergunte: os meus argumentos estão bem ligados uns aos outros? O texto está claro ou há pontas soltas, desconexas?

Se durante a revisão você achou que seu texto des-pertou uma sensação de estranhamento, de algo mal ex-plicado, tente reorganizar as ideias e criar laços de união mais fortes entre seus argumentos. Depois disso, é só descansar na felicidade eterna própria aos contos de fa-das! Para exemplos concretos, entre no Portal Fera!. F!

os três Porquinhos e a escrita

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