re sumo disser ta cao

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS COLEGIADO DE PÓS-GRADUAÇÃO DOUTORADO E MESTRADO EM GEOGRAFIA Av Antônio Carlos 6627 31270-901 Belo Horizonte MG Caixa Postal 719 ) 0055 31 34995404 Fax 0055 3134995494 [email protected] ATENÇÃO: O TEXTO INTEGRAL DAS DISSERTAÇÕES DEFENDIDAS A PARTIR DE 2006 PODE SER CONSULTADO EM: http://dspace.lcc.ufmg.br/index.html DISSERTAÇÕES DEFENDIDAS MESTRADO EM GEOGRAFIA 01 - Título:FATORES CONDICIONANTES DAS VOÇOROCAS NA SUB-BACIA DO RIO SANTO ANTÔNIO, BACIA DO RIO GRANDE, MG. Autora: Ceres Virgínia Rennó Moreira Orientador: Prof. Dr. Allaoua Saadi Data de Defesa: 07/05/92 Banca Examinadora: Prof. Dr. Allaoua Saadi (UFMG) Prof. Dr. Heinz Charles Kohler (UFMG) Prof. Dr. José Marques Correia Neves (UFMG) Prof. Fernando Ximenes Tavares Salomão (IPT/SP) Área de Concentração: Geografia e Análise Ambiental Resumo: Estudo dos fatores condicionantes do desencadeamento e evolução das voçorocas numa bacia hidrográfica do sul de Minas Gerais, na borda sul do cráton do São Francisco, usando variações das escalas espaciais (regional a micro) e temporais. 1- O fator mais importante da instabilidade regional da drenagem parece ser a instabilidade tectônica da região. 2- As diversas gerações de voçorocas são 21/05/2022 1

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAISINSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS

COLEGIADO DE PÓS-GRADUAÇÃODOUTORADO E MESTRADO EM GEOGRAFIA

Av Antônio Carlos 662731270-901 Belo Horizonte MG

Caixa Postal 719) 0055 31 34995404

Fax 0055 [email protected]

ATENÇÃO: O TEXTO INTEGRAL DAS DISSERTAÇÕES DEFENDIDAS

A PARTIR DE 2006 PODE SER CONSULTADO EM:http://dspace.lcc.ufmg.br/index.html

DISSERTAÇÕES DEFENDIDASMESTRADO EM GEOGRAFIA

01 - Título:FATORES CONDICIONANTES DAS VOÇOROCAS NA SUB-BACIA DO RIO SANTO ANTÔNIO, BACIA DO RIO GRANDE, MG.Autora: Ceres Virgínia Rennó MoreiraOrientador: Prof. Dr. Allaoua SaadiData de Defesa: 07/05/92Banca Examinadora: Prof. Dr. Allaoua Saadi (UFMG)

Prof. Dr. Heinz Charles Kohler (UFMG)Prof. Dr. José Marques Correia Neves (UFMG)Prof. Fernando Ximenes Tavares Salomão (IPT/SP)

Área de Concentração: Geografia e Análise AmbientalResumo:Estudo dos fatores condicionantes do desencadeamento e evolução das voçorocas numa bacia hidrográfica do sul de Minas Gerais, na borda sul do cráton do São Francisco, usando variações das escalas espaciais (regional a micro) e temporais. 1- O fator mais importante da instabilidade regional da drenagem parece ser a instabilidade tectônica da região. 2- As diversas gerações de voçorocas são correlacionadas com os níveis de aprofundamento da rede de drenagem. 3- A avaliação do papel das precipitações não pemitem conclusões precisas sobre o seu efeito no desenvolvimento das voçorocas. 4- A variação litológica induz respostas diferenciadas à erosão: escorregamentos sobre anfibolitos, voçorocas sobre granitos e migmatitos. 5- Os solos revelam não representar um fator determinante para a ocorrência de voçorocas. A utilização de análises estatísticas por “análise fatorial de correspondências” reforçou o papel da morfologia das vertentes, do uso da terra e do tamanho da área de drenagem da bacia de contribuição das voçorocas.

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02 - Título:CONDICIONANTES AMBIENTAIS PARA O PLANEJAMENTO HIDRELÉTRICO EM MINAS GERAIS: UMA ABORDAGEM METODOLÓGICA REGIONAL UTILIZANDO O MÉTODO DELPHI.Autora: Victória Tuyama SolleroOrientador: Prof. Dr. Allaoua SaadiData de Defesa: 08/05/92Banca Examinadora: Prof. Dr. Allaoua Saadi (UFMG)

Prof. Dr. João Francisco de Abreu (UFMG)José Armando de Souza (CEMIG)Adelino Guillen Taboada (RTZ Mineração)

Área de Concentração: Geografia e Análise AmbientalResumo:Objetivou-se neste trabalho a identificação dos problemas ambientais mais relevantes que possam vir a constituir-se em condicionantes para o planejamento hidrelétrico em Minas Gerais.Traçou-se um panorama sobre a evolução do planejamento ambiental dentro do Setor Elétrico nacional, procedendo-se à discussão das etapas necessárias à realização de estudos ambientais em empreendimentos hidrelétricos e dos métodos e técnicas mais utilizados para esse fim. Identificaram-se os principais problemas potenciais decorrentes da interferência de usinas e reservatórios sobre o meio ambiente e, a partir dessa base conceitual, fez-se uma análise da evolução metodológica dos Estudos de Impactos Ambientais realizados para empreendimentos hidrelétricos no Estado.Buscou-se em uma segunda fase do estudo, o desenvolvimento teórico e aplicado do método de pesquisa selecionado. Para a reunião, sistematização e avaliação dos problemas ambientais nas diversas regiões do Estado optou-se por utilizar o conhecimento acumulado de um representativo grupo de profissionais ligados ao tema em estudo. Para isso selecionou-se o Método Delphi, instrumento de pesquisa desenvolvido especificamente para articular informações derivadas de julgamentos de valor de grupos de especialistas. A pesquisa foi iniciada com 110 participantes, chegando-se ao final, na 4ª e última etapa, com 59 profissionais.As informações produzidas nessa pesquisa foram tratadas por procedimentos estatísticos específicos, resultando em uma classificação das condicionantes em três grandes categorias de importância - alta, média e baixa relevância. As condicionantes pertencentes à primeira categoria, para as quais estava direcionado o objetivo do trabalho, foram analisadas com maior detalhe, uma vez que deverão interferir mais significamente nos empreendimentos hidrelétricos em uma determinada região, provavelmente condicionado a sua concepção.Conclui-se que o método escolhido para a pesquisa atendeu aos objetivos propostos, embora apresente um real contraste entre a aparente simplicidade de seus procedimentos na teoria e a complexidade de sua aplicação.

03 - Título: AVALIAÇÃO DA DEGRADAÇÃO AMBIENTAL EM ÁREAS DE CONFRONTO ENTRE MINERAÇÕES E OUTRAS ATIVIDADES ANTRÓPICAS: UMA APLICAÇÃO À BACIA DO RIBEIRÃO PIEDADE SW DA RMBH.Autora: Silvana Maria Bernardes CaldeiraOrientador: Prof. Dr. Allaoua SaadiData de Defesa: 14/05/92Banca Examinadora: Prof. Dr. Allaoua Saadi (UFMG)

Prof. Dr. Marcos Roberto Moreira Ribeiro (UFMG)Prof. Dr. Adelbani Braz da Silva (UFMG)

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Área de Concentração: Geografia e Análise AmbientalResumo:A análise das condições naturais específicas de uma região e o processo histórico das atividasdes humanas desenvolvidas na mesma permitem elaborar uma diagnose sobre sua situação em termos ambientais. Neste sentido, o objetivo deste trabalho é a avaliação dos problemas ambientais de uma região onde seus recursos vem sendo explorados intensamente desde os primórdios de sua ocupação, por atividades de mineração, agropecuária, e mais recentemente, por loteamentos para uso recreativo.A área em questão compreende a bacia hidrográfica do ribeirào Piedade, tributário da margem direita do rio Paraopeba, que apresenta hoje um problema de grande relevância dado o alto grau de poluição de suas águas.A partir da identificação e análise dos aspectos naturais da região, bem como das principais fontes de poluição, foi avaliado o grau de comprometimento da mesma frente às diversas atividades envolvidas.Constatou-se, portanto, que a atividade de mineração, especificamente extrações de minério de ferro na serra da Moeda, é a principal fonte de problemas ambientais na bacia do ribeirão Piedade, seguida pelos condomínios de recreio e pelas atividades agropecuárias.A análise evolutiva da área permitiu verificar as tend6encias do seu quadro de ocupação, destacando-se a atividade mineradora da serra da Moeda; devido ao seu elevado potencial mineral, além da expansão dos condomínios e da atividade pecuarista no restante da bacia.

04 - Título: AÇOMINAS: UMA PAISAGEM INDUSTRIAL NA PERCEPÇÃO DOS MORADORES DE OURO BRANCO.Autora: Doralice Barros PereiraOrientador: Profa. Dra. Lucy M. C. P. MachadoData de Defesa: 18/12/92Banca Examinadora: Profa. Dra. Lucy M. C. P. Machado (UNESP)

Profa. Dra. Lívia de Oliveira (UNESP)Profa. Dra. Janine Gisèle Le Sann (UFMG)Prof. Dr. Oswaldo Bueno Amorim Filho (UFMG)

Área de Concentração: Geografia e Organização Humana do EspaçoResumo:A Açominas é uma usina siderúrgica localizada na cidade de Ouro Branco. O que ocorre quando o homem prioriza o atendimento a certas necessidades, e instala uma indústria num pequeno município ou criando uma nova paisagem? Uma pesquisa de abordagem perceptiva resultou em: 1. O equipamento: A sobrevivência se trona prioridade, as pessoas minimizam os demais aspectos ambiental e de vida. 2. Os impactos: a comunidade associa o crescimento industrial ao aumento da oferta de empregos, buscando o processo, como uma obsessão e a qualquer preço. 3. Os riscos: a calma e a serenidade sofrerão modificações físicas e de sentimentos. O arraial vivenciou a chegada do moderno. 4. A expectativa: as respostas reuniram maior número de manifestações otimistas. A partir dos resultados obtidos e procurando minimizar custos e danos, bem como subsidiar futuras instalações industriais, são sugeridas algumas considerações.

05 - Título: PROJETO JAÍBA - A EXPERIÊNCIA DE PEQUENOS AGRICULTORES COM CULTURA IRRIGADA NO SERTÃO MINEIRO.Autora: Soraia Maria de Andrade

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Orientador: Prof. Dr. Marcos Roberto M. RibeiroData de Defesa: 29/10/93Banca Examinadora: Prof. Dr. Marcos Roberto Moreira Ribeiro (UFMG)

Prof. Dr. Oswaldo Bueno Amorim Filho (UFMG)Profa. Dra. Janine Gisèle Le Sann (UFMG)Profa. Dra. Lucy Marion C. P. Machado (UNESP)

Área de Concentração: Geografia e Organização Humana do EspaçoResumo: O projeto Jaíba é uma área de colonização e assentamento rural, que visa trabalhar com cultura irrigada no vale do São Francisco, no norte do Estado de Minas Gerais, e pretende abranger um total de 100.000 ha. Desses, está em fase de implantação, uma área com 1.680 ha irrigados e destinados a pequenos agricultores sobretudo oriundos da própria região. Esta pesquisa busca conhecer melhor o produtor instalado na área do proeto Jaíba, seus anseios e suas satisfações, suas expectativas e a sua própria capacidade de elucidar os aspectos positivos e/ou negativos da qualidade de suas vidas, através do enfoque perceptivo. Pesquisou-se: a) como diferentes grupos de pequenos agricultores vivenciam a experiência do projeto; b) como os aspectos positivos e/ou negativos dessa experiência influenciam no cultivo com cultura irrigada, no sertão mineiro. Os resultados obtidos permitiram que se avaliasse o projeto Jaíba sob a perspectiva do produtor. Constatou-se uma grande satisfação quanto ao seu próprio desempenho agrícola, uma conseqüente melhoria no nível de vida e uma grande lacuna quanto aos seus equipamentos sociais: saneamento básico, moradia, saúde, etc. A despeito disso, o projeto Jaíba é considerado pelos moradores - produtores como altamente positivo, carregado de afetividade, em que se observa, claramente, o que consideramos como “topofilia”.

06 - Título: NOVA PONTE: UMA PAISAGEM A SER VIVIDA.Autora: Simone Maria de Araújo VilelaOrientadora: Profa. Dra. Lucy Marion Calderini Philadelpho MachadoData de Defesa: 29/10/93Banca Examinadora: Profa. Dra. Lucy Marion C. P. Machado (UNESP)

Prof. Dr. Oswaldo Bueno Amorim Filho (UFMG)Profa. Dra. Maria Manuela Martins Alves Moreira (CEMIG)

Área de Concentração: Geografia e Organização Humana do EspaçoResumo:O estudo dentro da temática da percepção do meio ambiente, de justaposição de paisagem - vivida e planejada - identificando como a introdução do elemento novo e de grande porte na paisagem vivida - o reservatório da usina alterou o cotidiano dos moradores de Nova Ponte, promovendo novos padrões de conduta social e inúmeros conflitos perceptivos.

07 - Título: EVOLUÇÃO DA DINÂMICA FLUVIAL CENOZÓICA NO ALTO-MÉDIO VALE DO RIO DAS VELHAS NA REGIÃO DE BELO HORIZONTE.Autor: Antônio Pereira Magalhães JúniorOrientador: Prof. Dr. Allaoua SaadiData de Defesa: 06/12/93Banca Examinadora: Prof. Dr. Allaoua Saadi (UFMG)

Prof. Dr. Heinz Charles Kohler (UFMG)Profa. Dra. Josilda Rodrigues da Silva Moura (UFRJ)

Área de Concentração: Geografia e Análise Ambiental

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Resumo:Dentro de um contexto de valorização dos depósitos superficiais como os registros paleoambientais mais eficientes, visou-se a reconstituição da dinâmica fluvial neocenozóica de trecho do alto-médio vale do rio das Velhas na região de Belo Horizonte, através da análise estratigráfica dos niveis deposicionais levantados. Foram identificados três níveis de terraços escalonados (Superior, Intermediário e Inferior) e um nível de Várzea, embutida no nível de Terraço Inferior. A interpretação das litofácies dos perfis-sintese dos niveis de terraços, com o auxílio da proposta MIALL (1985), permitiu considerar o padrão de sedimentação original como próximo ao entrelaçado. Já no nivel de várzea foram distinguidos 3 ciclos deposicionais, em cujo primeiro são encontradas as únicas sequências associadas a um padrão fluvial mais próximo aomeandrante na área. Em relação à fase deposicional atual, parece acompanhar o gradual processo de redução na presença de finos iniciado na primeira fase deposicional ao nivel de várzea, fato que, pelo menos a partir da terceira fase, está claramente associado à atividade antrópica na região. Esta influência vem ocorrendo desde o início do processo de colonização, principalmente através da mineração de ouro e extração de areia. Tornou-se possível a subdivisão do vale dorio das Velhas em três segmentos, que refletem as características geomorfológicas e geológicas dos grandes domínios morfoestruturais aos quais estão associados: segmentos A - Quadrilátero Ferrífero, B- Depressão de Belo Horizonte e C - Borda da Bacia Sedimentar do Grupo Bambuí. Variações no perfil longitudinal de determinadas propriedades estratigráficas e de evidências de deformações tectônicas, ocorrem associadas à segmentação do vale. Desta forma, verificou-se que a evolução da dinâmica fluvial cenozóica da área vem sendo controlada por tais compartimentos e seus contatos. Além das influências na geração de variações estratigráficas, em que a Serra do Curral atuou como barreira ao escoamento dos sedimentos, este condicionamento vem também sendo exercido através de uma evolução tectônica diferencial, determinante dos ciclos interdeposicionais e de deformações nos sistemas de terraços. Na reconstituição do contexto estrutural cenozóico, tornou-se possível então, a associação do continuo processo de soerguimento regional, com deslocamentos rúpteis localizados, principalmente nos segmentos B e C, fato relacionado à evolução da borda sul da Bacia Sedimentar do Grupo Bambuí.

08 - Título: ESTUDO METODOLÓGICO DA APLICAÇÃO DA CARTOGRAFIA TEMÁTICA ÀS ANÁLISES URBANAS.Autora: Ana Clara Mourão MouraOrientadora: Profa. Dra. Janine Gisèle Le SannData de Defesa: 22/12/93Banca Examinadora: Profa. Dra. Janine Gisèle Le Sann (UFMG)

Profa. Ms. Márcia Maria Duarte dos Santos (UFMG)Prof. Manoel Teixeira Azevedo Júnior (PUC-MG)

Área de Concentração: Geografia e Organização Humana do EspaçoResumo:Este trabalho explora os recursos da linguagem cartográfica como instrumento fundamental na elaboração de análises urbanas e como veículo de transmissão dos resultados obtidos. Aborda metodologias, técnicas e recursos da cartografia temática, conjugando os conceitos da Semiologia Gráfica à cartografia automatizada.Contextualiza o desenvolvimento do tema, caracterizando o momento vivido nos estudos urbanos e, em particular, as áreas marginais urbanas no Brasil. Discute as tendências recentes de visão holística da questão urbana, e a crença na necessidade de

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adoção de métodos que posssibilitem uma melhor compreensão da complexidade e da dinâmica inerentes à mesma.A cartografia temática apresenta-se como eficaz instrumento de organização e apresentação de informações, e, tem suas potencialidades ampliadas quando se soma o interesse em compor uma boa apresentação - através da Semiologia Gráfica - à agilidade da cartografia assistida pelo computador. O desenvolvimento dos recursos de automatização de dados trouxe a valorização da linguagem cartográfica como forma de descrição espacial, pois a complexidade de um espaço urbano é mais facilmente representada através da comunicação visual, uma vez que contém elementos que se interligam e, ao mesmo tempo, podem ser identificados individualmente. O diagnóstico urbano baseado na cartografia temática, através da escolha de mapas-tema e da elaboração de mapas-síntese, resulta em perfis das características físico-ambientais e dos valores sociais das áreas enfocadas, possibilitando a determinação de restrições, potencialidades e probabilidades.No trabalho, são apresentados estudos de aplicação da Semiologia Gráfica a uma coleção de mapas, que já havia sido realizada, anteriormente, dentro dos conceitos da cartografia tradicional, e são discutidas as principais características dos recursos trazidos pela cartografia automatizada.Com base na avaliação das metodologias estudadas é proposta uma metodologia aplicada a um estudo de caso, uma favela em Belo Horizonte. Para avaliar a situação da área elaborou-se um diagnóstico urbano através de mapeamento temático computadorizado, e do tratamento de dados segundo a Semiologia Gráfica. A metodologia proposta no estudo de caso pode nortear trabalhos futuros em análises urbanas e, em particular, em áreas marginais urbanas.

09 - Título: PROPOSTA GRÁFICA PARA UM MAPA POLITEMÁTICO: O CASO DO MAPA DIAGNÓSTICO GEOAMBIETAL DA USINA HIDRELÉTRICA DE IGARAPAVA.Autora: Valéria Amorim do CarmoOrientadora: Profa. Dra. Janine Gisèle Le SannData de Defesa: 17/08/94Banca Examinadora: Profa. Dra. Janine Gisèle Le Sann (UFMG)

Profa. Ms. Márcia Maria Duarte dos Santos (UFMG)Prof. Dr. Miguel Cezar Sanches (UNESP)Dra. Maria Manuela Martins Alves Moreira (CEMIG)

Área de Concentração: Geografia e Análise AmbientalResumo:Esta dissertação enfoca o estudo de uma proposta gráfica para um mapa politemático de diagnóstico ambiental. Desse modo, a pesquisa teve como objetivo a análise das legendas de cada uma das duas versões que foram feitas para o Mapa Diagnóstico Geo-ambiental da Usina Hidrelétrica de Igarapava. Esta análise visou identificar e tentar solucionar os problemas gerados pelo não cumprimento das leis da transcrição gráfica. Problemas estes, que culminaram no comprometimento da legibilidade do mapa. Após a análise das duas versões ficou contatado que os problemas se referem, basicamente, à legibilidade, à visualização e ao uso inadequado das variáveis da retina na tradução dos componentes. As soluções para os problemas de legibilidade levaram em consideração a densidade gráfica, a separação retiniana e a separação angular. A densidade gráfica foi reduzida, a separação retiniana foi melhorada através de um tratamento que proporcionou um maior contraste visual entre os elementos do Fundo de Mapa e os da Síntese Geo-ambiental. A separação angular foi aumentada através do uso de formas

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mais simplificadas e de melhor visualização da estrutura espacial da informação; visualização esta, auxiliada pela coleção de mapas que acompanha cada uma das legendas. A representação dos componentes lineares e pontuais em um único mapa tornou a sua legibilidade mais eficaz, podendo-se perceber com maior facilidade a hierarquização dos componentes. Todas estas alterações foram feitas sem prejudicar a obtenção das informações nos diversos niveis da Síntese Geo-ambiental (SUPORTE, COBERTURA, ASPECTOS HUMANOS, ASPECTOS CULTURAIS E DINÂMICA AMBIENTAL). A visualização do documento como um todo tornou-se mais fácil do que as versões originais em função do formato proposto. Esse trabalho é apenas uma das etapas do processo de elaboração de mapas ambientais que possibilitem ver de uma maneira clara as milhares de palavras existentes nos vários relatórios de um Estudo Ambiental.

10 - Título: MARIANA: GÊNESE E TRANSFORMAÇÃO DE UMA PAISAGEM CULTURAL.Autora: Cláudia Damasceno FonsecaOrientadora: Profa. Dra. Janine Gisèle Le SannData de Defesa: 30/06/95Banca Examinadora: Profa. Dra. Janine Gisèle Le Sann (UFMG)

Profa. Dra. Heloísa Soares de Moura Costa (UFMG)Profa. Dra. Celina Borges Lemos (UFMG)Prof. Dr. Oswaldo Bueno Amorim Filho (UFMG)

Área de Concentração: Geografia e Organização Humana do EspaçoResumo:Este trabalho, que se insere no ramo da Geografia Histórica, objetivou fornecer uma explicação da paisagem cultural de Mariana, através do estudo da evolução de suas estruturas materiais. O núcleo possui uma morfologia urbana bastante peculiar em termos de cidade colonial mineira, apresentando, no chamado “centro histórico, um traçado quase ortogonal, e praças de formas regulares, cujas origens buscamos determinar.Utilizando-se vários tipos de documentos históricos, especialmente os cartográficos e iconográficos, procurou-se investigar o processo de gênese das estruturas materiais da cidade e as condições de sua permanência até nossos dias. Por um lado, demostramos a forma pela qual a cidade foi se construindo concretamente, determinando a sequência da criação de suas ruas, praças e edifícios públicos, privilegiando a questão da formação de seu traçado. Por outro lado, buscamos investigar as teorias, ideais e valores que estiveram por trás de cada ação sobre aquele espaço histórico, visando sua construção, sua conservação ou sua descaracterização. Ao longo do século XVIII e XIX foi constituída a quase totalidade do acervo que hoje se considera “patrimônio cultural’. O espaço urbano setecentista, que se adequava perfeitamente à realidade econômica e sócio-cultural das sociedades marianenses até o século XIX, passou a ser valorizado, a nível local e nacional, nas primeiras décadas do século XX. A partir dos anos 60, entretanto, com as transformações econômicas e populacionais ocorridas no município, a questão da preservação dos espaços tradicionais passou a entrar em conflito com os valores e anseios de modernização de seus habitantes.

11 - Título: A IRRIGAÇÃO PÚBLICA NO PROCESSO DE TRANSFORMAÇÃO DO ESPAÇO AGRÁRIO.Autora: Virgínia de Lima PalharesOrientador: Prof. Dr. Marcos Roberto Moreira Ribeiro

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Data de Defesa: 04/08/95Banca Examinadora: Prof. Dr. Marcos Roberto Moreira Ribeiro (UFMG)

Profa. Dra. Janine Gisèle Le Sann (UFMG)Profa. Dra. Maria Aparecida dos Santos Tubaldini (UFMG)

Área de Concentração: Geografia e Organização Humana do EspaçoResumo:As transformações que vêm ocorrendo no espaço agrário norte-mineiro nas últimas décadas decorrem fundamentalmente da expansão do capital e da ação decisiva do Estado. De fato, é o Estado o responsável pela criação das condições para a reprodução do capital, implementando programas de desenvolvimento que implicarão, em parte, a introdução de projetos públicos de irrigação, como meio de promover a dinâmica sócio-econômica regional e de preencher as áreas ainda pouco ocupadas. Nesse sentido, o esboço da modernizaçào aí delineado, provocou a formação de alguns bolsões de dinamismo configurados em projetos públicos de irrigação. O estudo da dinâmica espacial do Perímetro Irrigadode Gorutuba, dentro de um contexto histórico, revela uma atuação permanente do Estado, resultando na dependência do irrigante no que se refere às decisões a serem tomadas para a resolução das dificuldades encontradas durante o processo produtivo. Esse trabalho identifica, ainda, as desigualdades sociais existentes no Perímetro, refletindo a lógica de expansão do capital, quevai influenciando na organização do espaço, de modo que este expresse uma tendência quanto ao uso da terra, direcionado para a especialização produtiva de frutas tropicais.

12 - Título: O CERRADO DE LAGOA SANTA - MG: TRANSFORMAÇÕES E A PERCEPÇÃO DO HOMEM.Autora: Patrícia Garcia da Silva CarvalhoOrientador: Prof. Ms. Carlos Magno RibeiroData de Defesa: 31/08/95Banca Examinadora: Prof. Ms. Carlos Magno Ribeiro (UFMG)

Prof. Dr. Heinz Charles Kohler (UFMG)Prof. Dr. Ângelo Barbosa Monteiro Machado (UFMG)Dra. Maria Manuela Martins Alves Moreira (CEMIG)

Área de Concentração: Geografia e Análise AmbientalResumo:A preocupação com a conservação do cerrado de Lagoa Santa definiu o escopo deste estudo, realizado através de uma análise física, com mapeamentos da cobertura vegetal e do uso do solo (1954/64/77/89), com consultas bibliográficas diversas e com trabalhos de campo. Além de uma análise que envolve a percepção dos moradores e frequentadores temporários de Lagoa Santa quanto a: utilidade, valores, vínculos, identidades, atitudes e responsabilidade frente ao cerrado. Como resultado da pesquisa aparecem a transformação da dinâmica do uso do solo, da agropecuária para a mineração, para a sivicultura e para o uso urbano, nas últimas décadas. Essa trasformação acelerou o processo de descaracterização e supressão da cobertura vegetal nativa, as áreas de cerrado resumem-se, hoje, a manchas isoladas e em estados de preservação diversos. O cerrado alvo apenas de um extrativismo bem rudimentar passa a ser banido da paisagem pelas atividades mineradoras, urbanizadoras e agropecuárias. O cerrado, imagem da infância, nos pés de pequi, de cagaita e araticum, cede lugar aos loteamentos e aos condomínios. E o habitante de Lagoa Santa percebe essas transformações com pesar pois o cerrado é belo e rico, e a natureza é um modo de vida natural. Urge, assim, preservá-lo, mas essa tarefa cabe às instituições e,

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secundariamente, à comunidade. São apresentadas propostas para preservação do cerrado e um programa de educação ambiental em nível municipal.

13 - Título: INTERPRETAÇÃO MORFOTECTÔNICA DA BACIA DO RIO DOCE.Autora: Carla Juscélia de Oliveira SouzaOrientador: Prof.Dr. Allaoua SaadiData de Defesa: 14/11/95Banca Examinadora: Prof. Dr. Allaoua Saadi (UFMG)

Prof. Dr. Antônio Carlos Pedrosa Soares (UFMG)Geóg. Ms. Ceres Virgínia Rennó Moreira (CETEC)

Área de Concentração: Geografia e Análise AmbientalResumo:O trabalho objetiva investigar os processos geomorfológicos de uma bacia hidrográfica de margem continental passiva, através do estudo de sua geomorfologia, rede de drenagem e estrutura tectônica, com o intuito de elaborar o sistema modelo de evolução morfoneotectônica, considerando as tensões intraplaca como resáveis pela influência da neotectônica sobre o modelado. Dentro do sistema limite a bacia do Rio Doce possui uma diversidade fisiográfica, em que se destacam a ocorrência de relevo de cristais quartizíticas, marés de morros em terrenos graníticos, pontões sobre anfibolitos, além de tabuleiros e planícies fluvio-marinhas sobre terrenos recentes. Essa diversificação fotográfica, condicionada pelos aspectos litoestruturais herdados do pré-cambriano e pelos processos morfogenéticos atuantes durante o cenozóico, esboça feições que fogem do arranjo morfoestrutural regional da bacia do Rio Doce e assumem características que, somadas, evidenciam a atuação da neotectônica sobre o seu modelado. Utilizando-se de vários trabalhos geológicos, geomorfológicos, documentos cartográficos e trabalhos morfométricos, foram identificadas inúmeras descontinuidades nos níveis topográficos, no índice de dissecação, na forma das sub-bacias, na tipologia dos canais, no perfil longitudinal dos rios e nos depósitos sedimentares quaternários. A soma das descontinuidades permitiu identificar áreas com haves que possibilitaram elaborar o modelo de evolução da bacia do Rio Doce, de margem continental passiva, susceptível aos efeitos da dinâmica da placa sul-americana.

14 - Título: A SITUAÇÃO ECONÔMICA AGROPASTORIL E O USO DA TERRA NOS MUNICÍPIOS MINEIROS DE SERRA DA SAUDADE E ESTRELA DO INDAIÁ.Autor: Lúcio do Carmo MouraOrientador: Prof. Dr. Marcos Roberto Moreira RibeiroData de Defesa: 17/11/95Banca Examinadora: Prof. Dr. Marcos Roberto Moreira Ribeiro (UFMG)

Profa. Dra. Janine Gisèle Le Sann (UFMG)Prof. Dr. João Francisco de Abreu (UFMG)Prof. Ms. Aílton Mota de Carvalho (UFMG)

Área de Concentração: Geografia e Organização Humana do EspaçoResumo: Esta dissertação é oresultado de um trabalho, que busca demonstrar a necessidade de estudar a evolução da economia agropastoril e das potencialidades de municípios com características de estagnação ou declínio econômico para prática da agropecuária, para que os mesmos possam conhecer as suas potencialidades e deficiências, tendo como exemplo os municípios mineiros de Serra da Saudade e Estrela do Indaiá.

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Neste trabalho, identificou-se a exclusão dos dois municípios estudados do processo estatal de indução ao desenvolvimento agrícola, fazendo com que o desenvolvimento agropastoril das localidades, fosse viabilizado pelos investimentos daqueles que detêm melhores condições financeiras e propriedades localizadas nas áreas onde o meio-físico possibilita uma maior exploração produtiva.Esses fatos determinaram a adaptação das atividades produtivas às condições físicas dos municípios e o direcionamento de suas atividades, com tendências a exploração da pecuária leiteira em Estrela do Indaiá e de corte em Serra da Saudade, assim como, o direcionamento dos cultivos ao apoio à pecuária nos dois municípios.

15 - Título: PERCEPÇÃO E PLANEJAMENTO EM AMBIENTE URBANO: O PROJETO DE RENOVAÇÃO DO CENTRO DE BELO HORIZONTE.Autora: Maria Luíza Grossi AraújoOrientador: Prof. Dr. Oswaldo Bueno Amorim FilhoData de Defesa: 27/11/95Banca Examinadora: Prof. Dr. Oswaldo Bueno Amorim Filho (UFMG)

Profa. Dra. Janine Gisèle Le Sann (UFMG)Profa. Dra. Heloísa Soares de Moura Costa (UFMG)

Área de Concentração: Geografia e Organização Humana do EspaçoResumo:O presente estudo busca fazer uma reflexão teórica e aplicada sobre o problema do planejamento em ambiente urbano tomando como referencial a percepção, os valores, o horizonte de expectativa e recepção do usuário de um espaço geográfico através da teoria da estética da recepção.Em linhas gerais, a teoria da estética da recepção insere o leitor ao texto, isto é, torna-o co-autor do mesmo. Nessa perspectiva, defendemos que a construção de uma paisagem planejada deva ser delineada a partir do referencial oferecido pelo leitor-usuário dolugar. Dessa maneira, alguns contornos teóricos entre a percepção ambiental em Geografia e o planejamento participativo são aproximados, como também o referencial epistemológico entre Literatura e Geografia, uma vez que a teoria da estética da recepção adotada neste estudo tem sido usada nos estudos literários.O centro de Belo Horizonte é o espaço geográfico enfocado e suas características valorativas (positivas e negativas) são buscadas num questionário que pretende traçar a percepção que o usuário do centro tem dele, assim como, a expectativa e o significado da renovação do centro da Metrópole. Alguns projetos de renovação propostos para o centro a partir do concurso promovido pela Prefeitura Municipal em 1989 - “BH-Centro: revitalização do centro de Belo Horizonte” - são trazidos para uma avaliação participativa do usuário confrontando-os com aquela criada pelos técnicos. Assim, trazemos o leitor para o eixo da criação, reforçamos a trama teórica - o leitor-usuário é também criador da obra (a paisagem em estudo).

16 - Título: EVENTOS PLUVIAIS CONCENTRADOS EM BELO HORIZONTE - MG: CARACTERIZAÇÃO GENÉTICA E IMPACTOS AMBIENTAIS.Autor: Vanderlei de Oliveira FerreiraOrientador: Prof. Dr. Antônio Giacomini RibeiroData de Defesa: 29/03/96Banca Examinadora: Prof. Dr. Antônio Giacomini Ribeiro (UFU)

Prof. Ms. Carlos Magno Ribeiro (UFMG)Prof. Dr. Heinz Charles Kohler (UFMG)Prof. Ms. Getúlio Soriano de Souza Nunes (CETEC)

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Área de Concentração: Geografia e Análise AmbientalResumo:Apesar do vertiginoso crescimento populacional de Belo Horizonte e da decorrente expansão da área urbana, a falta de um gerenciamento eficaz do uso do solo, que considere a necessária melhoria da qualidade ambiental ou, pelo menos, sua manutenção em níveis aceitáveis, sempre foi notória. As conseqüências desse fato são facilmente notadas nas complicações hidrológicas, geológicas e geomorfológicas, principalmente na estação chuvosa, quando os eventos pluviais concentrados trazem enormes transtornos a cidade. Objetivando o entendimento da gênese desses fenômenos atmosféricos e seus impactos fisico-ambientais na cidade, avaliou-se as características climáticas dinâmicas de dois períodos de primavera/verão situados entre 01/10/78 e 31/03/79 e entre 01/10/84 e 31/03/85, caracterizados, em Belo Horizonte, pela excepcionalidade em termos de quantidade e distribuição temporal das chuvas. Os impactos fisico-ambientais associados a tais períodos foram analisados de forma qualitativa e ilustrativa, recorrendo-se ao período pós-1991 para uma avaliação mais atualizada e sistematizada da questão. Utilizando-se da perspectiva teórico-metodológica da analise rítmica, verificou-se que a sucessão habitual dos tipos de tempo, naqueles intervalos semestrais, foi marcada pela participação dos sistemas frontais, seguida pela penetração das massas polares e, finalmente, pela atuação das massas tropicais, estas ultimas, as vezes intercaladas com calhas induzidas. No entanto, observou-se uma diferença fundamental entre os dois períodos: em 1978/79, o fluxo de entrada das frentes foi intenso, induzindo a ocorrência de um número significativo de calhas (linhas de instabilidade); já em 1984/85, o estacionamento das frentes não permitiu a manifestação das condições relacionadas a indução daqueles sistemas. Assim, enquanto no primeiro período as chuvas concentradas estiveram relacionadas as frentes e, secundariamente, as calhas, no segundo, os eventos pluviais associaram-se, predominantemente, aos mecanismos frontais estacionários. Quanto aos impactos, as copiosas chuvas daqueles intervalos de primavera/verão deixaram, em seu rastro, mortos, desabrigados e perdas materiais. No que se refere ao período pós-1991, apontou-se limites críticos de pluviosidade, tendo em vista a expectativa de maximização dos problemas fisico-ambientais que atingem a cidade a medida que os acumulados pluviais aumentam, dando-se ênfase especial aqueles relacionados aos escorregamentos de encostas e inundações de residências. Esses índices devem orientar as ações preventivas no município. Observou-se que, apesar da situação permanecer longe do ideal, a tendência verificada nos últimos anos e de sensível redução dos problemas. Entretanto, sugere-se a execução das obras de urbanização nas áreas consideradas de risco. E preciso ainda investir no planejamento ambiental do município incorporando aspectos da realidade social, mas também, acompanhando e diagnosticando os distúrbios relacionados aos aspectos de ordem puramente fisico-natural. Finalmente, salienta-se a necessária ampliação dos estudos na direção do detalhamento da analise em termos espaciais (esfera interurbana) e temporais (incorporação de outros períodos chuvosos).

17 - Título: ESTUDO DE PAISAGEM CULTURAL - O CAMPUS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS.Autora: Alenka CencicOrientador: Prof. Dr. Lineu BleyData de Defesa: 29/03/96Banca Examinadora: Prof. Dr. Lineu Bley (UFPR)

Profa. Dra. Maria Lúcia Malard (UFMG)

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Profa. Dra. Heloísa Soares de Moura Costa (UFMG)Prof. Dr. Oswaldo Bueno Amorim Filho (UFMG)

Área de Concentração: Geografia e Organização Humana do EspaçoResumo:O tema desta dissertação trata da avaliação pós-ocupação do espaço urbano do Campus da Universidade Federal de Minas Gerais, localizado na Pampulha, em Belo Horizonte. Os procedimentos teórico-metodológicos das leituras espaciais foram embasados na fenomenologia, na qual o espaço urbano e considerado como equipamento de morada, inserido no tempo histórico e culturalmente definido pelos indivíduos que o habitam. O espaço urbano e constituído pelos objetos, cuja organização no espaço tem origem no processo entre as formas sociais e as formas físicas. Tanto a presença quanto a ausência dos objetos e também a sua maneira de organização geram os conflitos e os aspectos espaciais positivos. A analise do Campus desenvolveu-se a partir da identificação dos conflitos e dos aspectos positivos a partir das percepções dos usuários. As colocações dos indivíduos foram obtidas por meio de quatro técnicas de pesquisa: questionário estandartizado, entrevista focalizadora, mapa mental e arquivo. Já a técnica de observação direta foi utilizada somente pela pesquisadora. Os procedimentos teórico-metodológicos desta dissertação aplicam-se para as outras leituras pós-ocupação dos espaços urbanos, e os resultados encontrados, como também as recordações, serão proveitosos para as futuras intervenções no Campus.

18 - Título: GESTÃO METROPOLITANA: UMA REFLEXÃO SOBRE SUA TRAJETÓRIA E PERSPECTIVAS A PARTIR DA EXPERIÊNCIA DA REGIÃO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE.Autora: Fernanda Borges de MoraesOrientador: Prof. Dr. Geraldo Magela CostaData de Defesa: 24/05/96Banca Examinadora: Prof. Dr. Geraldo Magela Costa (UFMG)

Prof. Dr. Ralfo Edmundo da Silva Matos (UFMG)Profa. Dra. Berenice Martins Guimarães (UFMG)Prof. Manoel Teixeira Azevedo Júnior (Fund. João Pinheiro e PUC-MG)

Área de Concentração: Geografia e Organização Humana do EspaçoResumo:O objetivo deste trabalho consiste numa reflexão sobre a trajetória da gestão da Região Metropolitana de Belo Horizonte, frente aos conflitos e impasses gerados a partir do confronto entre as linhas de atuação das instancias federal, estadual, metropolitana e local. Procuramos analisar as recentes experiências de gestão urbana e metropolitana naquilo em que elas apontavam para a superação das dificuldades, lacunas e efeitos perversos gerados pelas estruturas anteriores, buscando indícios balizadores do que poderíamos chamar de construção de um novo modelo de gestão. Discutimos a questão da gestão metropolitana a partir das implicações e os processos gerais de transformação do sistema capitalista e a redefinição do papel do Estado tinham frente a este processo. Para tanto, partimos de uma analise do fenômeno de globalização/fragmentação num mundo, sobretudo em suas repercussões sobre a estrutura espacial, econômica e social brasileira e que, no contexto de redemocratização do pais e fortalecimento do federalismo, conformam um quadro de restruturação do Estado e de seus formatos de gestão do espaço, dai derivando novas experiências e formas institucionais.No exame do quadro institucional propriamente dito, procuramos iniciar por uma descrição analítica do processo de instituição e consolidação do modelo de gestão

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metropolitana centralizado, vigente nos anos 70 e 80, analisando, no geral, a política urbana nacional e, no caso especifico da RMBH, a trajetória do PLAMBEL. Para refletir o papel das entidades metropolitanas frente as disposições da Lei Complementar nº 14/73 e as mudanças introduzidas pela Constituição/88, sobretudo no que se referia ao tratamento conferido aos serviços comuns em sua relação com o planejamento e gestão metropolitanos, tomamos como referencial empírico, a trajetória da gestão de transportes na RMBH. Isto se deu em conformidade ao objetivo geral de compreensão de como as transformações no sistema capitalista e no Estado repercutem na formação, nos anos 90, de um modelo de gestão metropolitana descentralizado, caracterizado pelo fortalecimento das estruturas municipais de gestão, pelas possibilidades de co-gestão metropolitana através de parceria e consórcios entre os municípios e deste com o estado-membro e pelo objetivo (pelo menos "declarado") de maior participação da sociedade neste processo.Fizemos uso de uma metodologia que, através de um acompanhamento sincrônico e diacrônico, nos fornecesse maiores indicadores do papel dos conflitos inter-institucionais e da praxis social na constituição de novos formatos de gestão. O suposto e o de que, precisamente por não trabalhar com a idéia de que o desenvolvimento institucional dá-se a revelia da praxis social, o novo formato que se delineia atualmente não e um processo de "mão única" e, portanto, esta sujeito também a ambigüidades e contradições.Nessa perspectiva, esta dissertação não pretendeu apresentar conclusões que apontem para uma ou outra linha de gestão, mas analisar suas dificuldades e viabilidade frente ao contexto atual, indicando a pertinência de alguns possíveis caminhos e tendências para a construção, para alem das dicotomias, de novos formatos de gestão metropolitana.

19 - Título: DISTRIBUIÇÃO DA INDÚSTRIA NO ESPAÇO URBANO: UM ESTUDO DE UBERLÂNDIA NO PERÍODO RECENTE.Autor: Humberto Eduardo de Paula MartinsOrientadora: Profa. Dra. Janine Gisèle Le SannData de Defesa: 24/05/96Banca Examinadora: Profa. Dra. Janine Gisèle Le Sann (UFMG)

Prof. Ms. Cássio Eduardo Viana Hissa (UFMG)Prof. Dr. Roberto Luís Monte-Mór (UFMG)Profa. Dra. Beatriz Ribeiro Soares (UFU)

Área de Concentração: Geografia e Organização Humana do EspaçoResumo:Este trabalho trata da industria de Uberlândia, focalizando, principalmente, sua distribuição espacial. Primeiramente, apresentam-se os processos de formação e desenvolvimento sócio-econômico da região do Triângulo, e de desenvolvimento industrial de Uberlândia. Esses processos são apresentados segundo uma perspectiva de interação entre industrialização e urbanização. Em seguida, e estabelecido o perfil da industria de Uberlândia no período recente, a partir de diversos dados, com destaque para os censos industriais. A partir desses dados, elabora-se uma Tipologia para a industria de Uberlândia. Apresenta-se, então, o processo de evolução urbana de Uberlândia, identificando características da expansão urbana e se chega a caracterização da estrutura urbana na atualidade, o que envolve a analise de elementos como o uso do solo e a densidade demográfica. Essa caracterização fornece a base e o fundo de mapa sobre o qual e mostrada a distribuição espacial da industria. Então, são mapeados os estabelecimentos industriais, considerando-se dados como gênero, numero de empregados e data de registro dessas unidades. Em seguida, e feita a analise da

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distribuição espacial da industria, ligando-a a elementos que foram tratados anteriormente, pertinentes a caracterização da estrutura urbana. Demonstra-se, com esse procedimento, que esses elementos espaciais influíram nos padrões de distribuição da industria encontrados. Por fim, insere-se esta analise no contexto regional e teórico, aproximando-a da discussão de novos padrões industriais que vem sendo apontados por vários autores.

20 - Título: PERSPECTIVAS DO PLANEJAMENTO URBANO CONTEMPORÂNEO: REFLEXÕES A PARTIR DO CASO DE BELO HORIZONTE.Autora: Jeanne Marie Ferreira FreitasOrientador: Prof. Dr. Geraldo Magela CostaData de Defesa: 14/06/96Banca Examinadora: Prof. Dr. Geraldo Magela Costa (UFMG)

Profa. Dra. Heloisa Soares de Moura Costa (UFMG)Prof. Dr. Roberto Luís Monte-Mór (UFMG)Prof. Ms. Cássio Eduardo Viana Hissa (UFMG)

Área de Concentração: Geografia e Organização Humana do EspaçoResumo:Este trabalho discute perspectivas recentes do planejamento urbano contemporâneo, caracterizando um momento de transição, onde convive-se com sinais de esgotamento de praticas tradicionais e indícios de novas tendências calcadas na necessidade de qualificação do espaço urbano.Tais tendências são inicialmente evidenciadas dentro do contexto mais amplo de transformação da própria Ciência, onde verifica-se a emergência de uma orientação teórico-metodológica plural, permitindo a coexistência de abordagens anteriormente consideradas excludentes (quantitativo-qualitativo, global-local, homogêneo-diferenciado, objetivo-subjetivo).Em seguida, o estudo da evolução geral do planejamento, efetuado através da analise das trajetórias das legislações sanitárias, ambientais e urbanísticas, também elucida um processo de transformação recente, esboçado pela premência de se abordar o espaço urbano de forma mais integrada e menos setorial.Na evolução do planejamento urbano de Belo Horizonte, detecta-se, por sua vez, um "ponto de inflexão" que coincide com o inicio dos anos 90, demonstrado em especial, pelo arrefecimento do zoneamento funcionalista, pela agregação de novos instrumentos urbanísticos, pela incorporação de parâmetros ambientais, pelas propostas de descentralização do planejamento, pela busca de flexibilizado na localização de atividades e pela incorporação de variáveis de natureza qualitativa, dentre outros.Pode-se compreender a natureza destas tendências evidenciadas na evolução do planejamento urbano, não como um fenômeno isolado, mas como um processo influenciado por um movimento mais abrangente de transformação. Torna-se possível contextualizá-las, portanto, dentro das recentes abordagens espaço-temporais, ambientais e vinculadas aos lugares valorizados, inserindo-as num quadro de discussões teóricas mais amplo, que extrapola o âmbito especifico do planejamento urbano.Entretanto, apesar das perspectivas delineadas, como uma lacuna ainda não contemplada pela pratica de planejamento, emerge a não consideração de particularidades intra-urbanas, ou seja, do espaço de vida cotidiano, das interações imediatas, da atribuição de volores de uso, da identificação, da subjetividade, da apropriação, enfim, do locus embrionário de um real processo de qualificação do espaço urbano. Esta lacuna e ilustrada através do estudo do Bairro Carlos Prates, onde são

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contrapostas as propostas para ele formuladas pelo planejamento e as suas especificidades reveladas pela população local.21 - Título: A PERCEPÇÃO CARTOGRÁFICA DE ALUNOS DA 3ª SÉRIE DO 1º GRAU NO MUNICÍPIO DE CACHOEIRO DO ITAPEMIRIM, ES.Autora: Maria Deuceny da Silva LopesOrientadora: Profa. Dra. Janine Gisèle Le SannData de Defesa: 11/10/96Banca Examinadora: Profa. Dra. Janine Gisèle Le Sann (UFMG)

Profa. Dra. Rosalina Braga (UFMG)Profa. Ms. Márcia Maria Duarte dos Santos (UFMG)

Área de Concentração: Geografia e Organização Humana do EspaçoResumo:O tema central da presente dissertação e: "A Percepção Cartográfica dos Alunos da 3ª Serie do 1º Grau no Município de Cachoeiro de Itapemirim, ES". Na realização deste estudo, tentou-se identificar qual o tipo de representação cartográfica que melhor caracterizaria os aspectos gerais do município de Cachoeiro de Itapemirim, e que consequentemente seria melhor assimilada pelo aluno da 3ª serie do 1º Grau.A elaboração do material cartográfico e analise dos dados obtidos, foram fundamentados em Jacques Bertin, Sege Bonin e Janine Le Sann, no que refere-se a Semiologia Gráfica e Tratamento Gráfico da Informação.A pesquisa foi realizada em onze escolas publicas, da zona rural e urbana, com 350 (trezentos e cinqüenta) alunos da 3ª serie do 1º Grau, entre a faixa etária de oito a catorze anos de idade.Os resultados da pesquisa revelam aspectos já estudados por outros pesquisadores em relação ao ensino de Estudos Sociais de 1ª a 4ª serie e ao conceito que as crianças tem de mapa. Revelam ainda, a necessidade de se trabalhar mais o mapa em sala de aula e, principalmente, de se construir um documento que represente o município, já que todas as crianças entrevistadas não reconheceram o formato do documento que lhes foi apresentado.O desconhecimento dos alunos do formato do seu município demonstra que esse não e trabalhado em sala de aula. Ao mesmo tempo, explica a carência de uma representação cartográfica do Município, responsável pelo desconhecimento ate mesmo por parte dos professores.No final do trabalho, através de uma proposta com ênfase na elaboração de uma Atlas do Município de Cachoeiro de Itapemirim, para ser trabalhado com alunos da 3ª serie do 1º Grau, pretende-se resgatar o ensino de Estudos Sociais, especificamente da Geografia nas series iniciais.

22 - Título: OS PRODUTORES FAMILIARES DE PÊSSEGO E FIGO DO MUNICÍPIO DE JACUÍ - MG - 1994/95Autora: Marli SalesOrientadora: Profa. Dra. Maria Aparecida dos Santos TubaldiniData de Defesa: 11/12/96Banca Examinadora: Profa. Dra. Maria Aparecida dos Santos Tubaldini (UFMG)

Prof. Dr. Marcos Roberto Moreira Ribeiro (UFMG)Prof. Dr. Oswaldo Bueno Amorim Filho (PUC-MG)

Área de Concentração: Geografia e Organização Humana do EspaçoResumo:Este trabalho analisa as unidades agrícolas familiares de produção no município de Jacui-Sudoeste de Minas Gerais, utilizando como embasamento teórico a obra de

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Alexandre V. Chayanors, sobre a organização das unidades camponesas. Considerando-se que as unidades em estudo passam pelo processo de introdução de novos cultivos - pêssego e figo- como uma estratégia de sobrevivência e reprodução, e que estes cultivos demandam maior investimento de capital e mão-de-obra, e, tendo em vista que nas unidades familiares, tanto capital quanto mão-de-obra são escassos, analisa-se a organização interna da unidade para a assimilação dos novos cultivos.

23 - Título: EVOLUÇÃO E PERCEPÇÃO DO AMBIENTE EM UM BAIRRO PERICENTRAL DE BELO HORIZONTE - A FLORESTAAutora: Maria Cristina Villefort TeixeiraOrientador: Prof. Dr. Oswaldo Bueno Amorim FilhoData de Defesa: 13/12/96Banca Examinadora: Prof. Dr. Oswaldo Bueno Amorim Filho (UFMG)

Profa. Dra. Heloisa Soares de Moura Costa (UFMG)Profa. Ms. Stael Alvarenga Costa (UFMG)

Área de Concentração: Geografia e Organização Humana do EspaçoResumo:O presente trabalho trata do estudo de um antigo bairro de Belo Horizonte, a Floresta, enfocando, no seu processo de evolução, as transformações mais evidentes ocorridas no local. Essas modificações se referiram principalmente, a configuraçào das edificações, que passaram de residencias unifamiliares para prédios de maior porte e aos aspectos funcionais, que mesclaram o comércio e a prestação de serviços ao uso residencial predominante ate então na região.É evidente que este processo se manifestou em toda a cidade, porém com menor intensidade na Floresta que, na qualidade de bairro percentual de Belo Horizonte, apresentava características peculiares no seu território. Para tal, fez-se necessária uma analise da evolução da cidade e a inserção do bairro neste contexto.O olhar sobre o local de moradores e poetas, em especial os ex-moradores Carlos Drumond de Andrade e Pedro Nava, contempla a vida cotidiana; de seus habitantes e suas relações afetivas com a região. São retratados os lugares mais valorizados pela população e, ao mesmo tempo, sua visão das modificações ocorridas no bairro ao longo do seu processo de desenvolvimento. Na ocasião do centenário de Belo Horizonte, parece oportuna a possibilidade de resgatar a memória da capital e de uma de suas mais antigas e remanescentes regiões.

24 - Título: PARA UMA CARACTERIZAÇÃO DO RACIOCÍNIO GEOGRÁFICOAutora: Ana Maria Simões CoelhoOrientador: Profa. Dra. Janine Gisèle Le SannData de Defesa: 13/06/97Banca Examinadora: Profa. Dra. Janine Gisèlel Le Sann (UFMG)

Prof. Dr. Oswaldo Bueno Amorim Filho (PUC-MG)Profa. Dra. Lana de Souza Cavalcanti (UFGO)

Área de Concentração: Geografia e Organização Humana do EspaçoResumo:Neste trabalho são examinados alguns elementos do raciocínio do geógrafo, com o objetivo de melhor caracterizá-lo. Parte-se da noção de que, enquanto função do pensamento, o raciocínio estrutura-se em diferentes operações, entre elas a seleção de informações e a sua articulação. Supõe-se que a formação profissional em geografia signifique a aprendizagem de uma certa maneira de ver a realidade, e que essa aprendizagem torna necessário o recurso a certas operações mentais, entre elas a seleção

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de determinadas informações, responsável, pelo menos parcialmente, pela especificidade do raciocínio do geógrafo. Para testar essa hipótese, compara-se o processo de solução de um mesmo problema por dois grupos: um de geógrafos, outro de arquitetos. Os procedimentos utilizados incluem, entre outras,a técnica de verbalização, pelos sujeitos, de todo o processo mental de busca de solução do problema, gravado e transcrito. A frequência, maior ou menor, e, também, a maneira como cada grupo se refere a certos temas, são interpretadas como indícios de sua importância para o raciocínio dos sujeitos. Conclui-se que a prioridade dada pelos geógrafos e pelos arquitetos aos elementos temáticos de conteúdo do raciocínio, para a solução do problema proposto, não é suficientemente diferente para que se possa considerar a seleção das informações como um aspecto diferenciador do raciocínio do geógrafo, embora alguns traços específicos possam ser notados. Os resultados sugerem a possibilidade de que a especificidade do raciocínio do geógrafo seja buscada na articulaçào dos elementos utilizados, feita em função das relações espaciais.

25. Título: VERTICALIZAÇÃO DAS CIDADES. O PAPEL DA LEGISLAÇÃO NO CASO DO BAIRRO SION EM BELO HORIZONTEAutora: Maria Márcia Magela MachadoOrientador: Prof. Dr. Geraldo Magela CostaData de Defesa: 16/06/97Banca Examinadora: Prof. Dr. Geraldo Magela Costa (UFMG)

Prof. Dr. Ralfo Edmundo da Silva Matos (UFMG)Profa. Dra. Maria Encarnação Beltrão Spósito (UNESP - Presidente

Prudente)

Área de Concentração: Geografia e Organização Humana do EspaçoResumo:O tema verticalização foi trabalhado a partir de uma abordagem geral através de análise bibliográfica até um estudo de caso. Através do resgate da trajetória do processo de verticalização evidenciou-se o contexto que propiciou o surgimento dos primeiros arranha-céus e os interesses que, desde então, articulam-se na sua produção. Delineou-se a introdução e a consolidação desta modalidade de expansão territorial no Brasil. A abordagem da verticalização na cidade de Belo Horizonte privilegiou a análise de sua evolução e a intervenção do poder público através das legislações urbanísticas. Esta questão foi detalhada e aprofundada na análise realizada a partir da escala de um bairro residencial nesta capital, o Sion. O traçado da evolução da verticalização neste bairro foi viabilizado pelo número de alvarás de construção expedidos pela Prefeitura Municipal, ano a ano, de dez/1947 a set/1994, para as modalidades de uso residencial unifamiliar e multifamiliar vertical, subdivindo-se, esta última, em prédios de até tr6es e de mais de três pavimentos. Estes números foram analisados cronologicamente em relação às alterações ocorridas na lei de uso e ocupação do solo procurando avaliar se as intenções do poder público contidas na legislação, no que se refere à verticalização do Bairro Sion, se materializaram. Neste bairro, até 1973, esta relação não foi evidenciada; a promulgação da lei 2214/73, que liberou a construção de prédios de mais de três pavimentos, parece ter vindo atender uma demanda do setor imobiliário e não motivá-la; as Leis de Uso e Ocupação do Solo - LUOS - 2662/76 e 4034/85 incentivaram a verticalização conforme tendência preexistente; a esta verticalização associou-se um adensamento populacional que se manifestou especialmente através da saturação do sistema viário; o Plano Diretor/96 limita as edificações a 15 pavimentos, afora isto, ele não se ocupa especificamente do verticalização, mas do controle do adensamento - o

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que não deverá contudo ocorrer; o processo de verticalização deverá portanto prosseguir dentro dos parâmetros estabelecidos por esta última legislação.

26. Título: O ESPAÇO INFIEL - QUANDO O GIRO DA ECONOMIA CAPITALISTA IMPÕE-SE À CIDADEAutora: Alícia Duarte PennaOrientadora: Profa. Dra. Heloísa Soares de Moura CostaData de Defesa: 19/06/97Banca Examinadora: Profa. Dra. Heloísa Soares de Moura Costa (UFMG)

Prof. Dr. Geraldo Magela Costa (UFMG)Profa. Ms. Celina Borges Lemos (UFMG)Prof. Dr. Maurício de Almeida Abreu (UFRJ)

Área de Concentração: Geografia e Organização Humana do EspaçoResumo:O objeto da presente dissertação é o espaço sobre o qual se impõe o giro da economia capitalista, a que se deu o nome de espaço infiel. Incialmente, delimita-se esse objeto a partir da reconstituição do processo de transformação do espaço urbano sob a corporificação do modo de produção capitalista. Verifica-se que tal processo vai resultar na constante destruição e reconstrução da cidade, fenômeno que se manifesta no espaço infiel. Em seguida, procura-se mostrar que Belo Horizonte, cidade que se conforma com um bem comercializável, sujeita-se a tal fenômeno já nas primeiras décadas de sua existência. Finalmente, a partir da análise de dados sobre o uso e a ocupação de uma porção dessa cidade, referentes aos anos de 1942, 1979 e 1995, ilustra-se um aspecto da manifestação da sujeição do espaço urbano ao giro da economia capitalista.Coclui-se, então, que as características essenciais do espaço infiel, gestadas na Europa no século XVIII, permanecem em Belo Horizonte no início do século XX e persistem naquela sua porção aqui considerada até quase o final deste século.

27. Título: O SÍTIO E A FORMAÇÃO DA PAISAGEM URBANA: O CASO DE BELO HORIZONTEAutora: Maria das Graças FerreiraOrientador: Prof. Dr. Oswaldo Bueno Amorim Filho (UFMG e PUC-MG)Data de Defesa: 26/06/97Banca Examinadora: Prof. Dr. Oswaldo Bueno Amorim Fiho (UFMG e PUC-MG)

Profa. Dra. Celina Foresti (UNESP - Rio Claro)Prof. João Júlio Vital Amaro (UFMG)

Área de Concentração: Geografia e Organização Humana do EspaçoResumo: Dentro da temática paisagem urbana, abordam-se as interações entre as características do sítio urbano e o processo pelo qual se dá a sua ocupação. Objetiva-se avaliar o papel do sítio enquanto modelador da paisagem, bem como discutir a importância de uma ocupação compatível com o meio físico. Para tal, realiza-se estudo de caso no município de Belo Horizonte: analisando como se deu a ocupação do sítio original ao longo de sua história; identificando elementos do sítio ou da urbanização que condicionaram a paisagem; e verificando a ocorrência de problemas ambientais resultantes da ocupação urbana. Sendo o sítio urbano municipal internamente heterogêneo, parte-se do pressuposto de que cada compartimento fisicamente diferenciado requer uma urbanização peculiar e adpatada ao meio físico. Defende-se, por isso, a hipótese de que uma ocupação inadequada às características do sítio que lhe

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serve de base e com ela interage, levará à ocorrência de problemas ambientais. A paisagem é visualizada através da noção de espaço-tempo, valorizando-se a base empírica para o estudo da cidade. Utilizam-se técnicas de revisão bibliográfica, análise cartográfica, fotointerpretação, trabalho de campo e tratamento gráfico das informações (superposição de mapas, matriz ordenada, coleção de mapas e coleção de diagramas de colunas). Adota-se método geográfico e histórico. Identificam-se 13 tipos de compartimentos do relevo, subdivididos em 21 subcompartimentos e analisados conforme um agrupamento baseado nas duas grandes unidades do relevo do município, a depressão de Belo Horizonte e as serras do Quadrilátero Ferrífero. Comparados com outras compartimentações anteriormente realizadas, esses resultados apresentam maior grau de detalhamento. Recupera-se a evolução urbana local, partindo-se de uma periodização que ressalta as modificações estruturais do espaço, com base no pressuposto de que as variáveis, sítio e ocupação urbanos, interagem em complementariedade dialética. Parte-se da análise da ocupação do sítio de Belo Horizonte anterior à mudança da capital de Minas Gerais; estuda-se o projeto realizado por Aarão Reis; e finaliza-se com a análise de três momentos da evolução local. No primeiro momento, visualiza-se a capital adminstrativa; no segundo, a capital econômica; e no terceiro, a metrópole. Para cada momento, buscam-se os condicionantes naturais da ocupação do sítio urbano, visualizando-se, porém, outros tantos condicionantes, políticos, econômicos, legais... Destacam-se o papel do Estado no processo de urbanização e a lógica empresarial que lhe tem sido subjacente. Evidenciam-se lógicas locacionais e se estudam efeitos perversos da urbanização: a forma como se dá a ocupação dos fundos de vale, os condicionantes da escolha de determiandos sítios para as favelas, as declividades viárias, a erosão acelerada e os movimentos de massa. Cotejando-se os resultados dos estudos da evolução e dos problemas ambientais com análises já realizadas sobre o espaço de Belo Horizonte, verifica-se que a grande maioria refere-se, ora aos aspectos humanos, ora aos aspectos físicos. Ordenando o acervo básico sobre a paisagem loca, e inter-relacionando os aspectos físicos e humanos do espaço urbano, monta-se um quadro capaz de subsidiar um planejamento que se proponha a considerar as limitações do sítio urbano e aproveitar as suas potencialidades de uso, paisagísticas e simbólicas, na medida do possível, livres de situações de risco.

28. Título: MAPEAMENTO DE COBERTURAS SUPERFICIAIS A PARTIR DO PROCESSAMENTO DIGITAL DE IMAGEM: UM ENSAIO METODOLÓGICO SOBRE AS CHAPADAS DO MÉDIO JEQUITINHONHAAutora: Fabiana Silva Ribeiro FariaOrientador: Prof. Dr. Allaoua Saadi (UFMG)Data de Defesa: 27/06/97Banca Examinadora: Prof. Dr. Allaoua Saadi (UFMG)

Prof. Ms. Hélder Lages Jardim (UFMG)Dra. Tereza Florenzano (INPE)

Área de Concentração: Geografia e Análise AmbientalResumo:O presente trabalho recorreu à técnica de Sensoriamento Remoto, para o mapeamento de coberturas superficiais. A região de estudo é o Médio Vale do Rio Jequitinhonha - MG, onde encontra-se espessas camadas do alvo em destaque. Esta cobertura superficial vem sendo estudada desde o século passado, graças a sua importância no contexto geomorfológico, e foi denominada como Formação São Domingos no início dos anos 80.

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Para atingir o objetivo proposto foi necessário investigar na técnica de Sensoriamento Remoto, quais as opções que melhor realçariam o alvo. Dada as investigações, o método de processamento digital tornou-se a melhor escolha por conter várias técnicas de realce. Grande parte do trabalho, concentrou-se em conhecer tais técnicas, selecionar as que melhor enquadrariam no caso e definir o comportamento espectral do alvo nas imagens.O resultado desta investigação foi reproduzido em uma imagem interpretada conclusiva o que gerou um mapa final da região.

29. Título: MORFODINÂMICA FLUVIAL CENOZÓICA NO VALE DO RIO PARAOPEBA, ENTRE O FECHO DO FUNIL E JUATUBA, MINAS GERAISAutora: Márcia Rodrigues MarquesOrientador: Prof. Dr. Allaoua Saadi (UFMG)Data de Defesa: 30/06/97Banca Examinadora: Prof. Dr. Allaoua Saadi (UFMG)

Prof. Ms. Antônio Pereira Magalhães Júnior (UFMG)Prof. Carlos Ernesto Schaeffer (UFViçosa)

Área de Concentração: Geografia e Análise AmbientalResumo:A análise geomorfológica da área localizada no Vale do Rio Paraopeba, entre o Fecho do Funil e o município de Juatuba é o tema deste trabalho. Neste trecho, o rio atravessa dois domínios geomorfológicos, o Quadrilátero Ferrífero e a Depressão de Belo Horizonte, sendo de grande importância a averiguação da morfodinâmica cenozóica desse contato.A análise dos levantamentos teve, como princípio, a caracterização de litofácies de MIALL e a interpretação, os princípios da Estratigrafia Genética que auxilia na reconstituição de paleoambientes deposicionais. Os estudos levantaram aspectos tais como distribuição espacial dos depósitos e o mapeamento destes, bem como das principais feições geomorfológicas.Foram levantados quatro níveis de terraços escalonados e a presença de depósitos lacustres acompanhando o nível superior fluvial. A correlação dos níveis deposicionais, com os patamares de erosão da Serra do Curral, permitiu a identificação de pelo menos três fases geomorfológicas distintas ocorridas na área. Indícios de neotectônica foram identifcados na quebra do perfil longitudinal, assim como em falhamentos ocorridos diretamente sobre os sedimentos, indicando uma área cujos eventos tectônicos apresentam expressividade na evolução geomorfológica.

30. Título: DEPÓSITOS CENOZÓICOS E EVOLUÇÃO MORFODINÂMICA NA BACIA DO RIBEIRÃO SERRA AZUL, MÉDIO PARAOPEBA, MINAS GERAISAutora: Patrícia de Fátima MoreiraOrientador: Prof. Dr. Allaoua Saadi (UFMG)Data de Defesa: 30/06/97Banca Examinadora: Prof. Dr. Allaoua Saadi (UFMG)

Prof. Ms. Antônio Pereira Magalhães Júnior (UFMG)Prof. Carlos Ernesto Schaeffer (UFViçosa)

Área de Concentração: Geografia e Análise AmbientalResumo:A bacia do ribeirão Serra Azul, situada na faixa de contato entre a borda norte do Quadrilátero Ferrífero e a Depressão de Belo Horizonte, foi preservada da erosão quaternária que desmantelou a maior parte dos depósitos cenozóicos das regiões

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vizinhas, preservando grande parte dos registros de sua evolução geomorfológica durante o Cenozóico.A análise morfodinâmica cenozóica foi baseada na reconstituição da dinâmica fluvial, com um abordagem inserida na concepção de estratigrafia genética.Foram identificados cinco níveis deposicionais escalonados (excluindo o nível de deposição atual), nos quais ocorrem sequências fluviais, flúvio-lacustres e leques aluviais. A evolução das bacias do ribeirão Serra Azul, foi pontuada por uma sucessão de episódios contínuos de encaixamento da drenagem e deposição fluvial, conduzidos pela epiogênese terciária. Os resultados sugerem que a reativação de falhas antigas foi a responsável pela geração de leques aluviais, por soerguimento da Serra da Saudade, e depósitos flúvio-lacustres, resultantes do barramento da drenagem.

31. Título: ZONEAMENTO AGRÍCOLA DOS MUNICÍPIOS DE IGARAPÉ E SÃO JOAQUIM DE BICAS - UMA RACIONALIZAÇÃO NO USO DA TERRAAutor: Antônio Bretas Brandão de AndradeOrientador: Prof. Dr. Marcos Roberto Moreira RibeiroData de Defesa: 02/07/97Banca Examinadora: Prof. Dr. Marcos Roberto Moreira Ribeiro (UFMG)

Profa. Dra. Janine Gisèle Le Sann (UFMG)Prof. João Karlos Kerr (UFViçosa)

Área de Concentração: Geografia e Organização Humana do EspaçoResumo:A paisagem está em constante modificação. O espaço se comporta como um ser vivo que sofre influências externas, mas também tem um componente próprio para modificar a paisagem.Atualmente as modificações na paisagem são consideradas agressões ao ambiente, que colocam em risco a própria existência do "homem".O "homem" tem sido apontado como o maior causador das mudanças na paisagem. Suas influências são decisivas, quer venham de fora do espaço quer não.As qualificações naturais do ambiente respondem por boa parte da conformação da paisagem, e fenômenos esporádicos, não inerentes do espaço, podem deixar mais marcas na paisagem.Se torna importante eleger e avaliar as influências externas e internas ao espaço, bem como as influências humanas externas e internas, considerando-se ainda que cada uma pode ter maior ou menor responsabilidade na conformação da paisagem, dentro de um período pré-estabelecido para avaliação na linha do tempo.A interface cidade-campo é um palco bastante apropriado para desenvolver estudos sobre as mudanças que o "homem" é capaz de introduzir na paisagem. É ai que ocorrem as maiores mudanças e numa rapidez quase que incontrolável. Os municípios de Igarapé e São Joaquim das Bicas estão localizados nas proximidades de Belo Horizonte o que faz destes objeto especial de estudo.O estudo da ordenação do espaço é uma ferramenta valiosa para buscar compreensão sobre a conformação do espaço. Pode nos ajudar a planejar melhor a ocupação do espaço pelo homem, considerando as qualificações naturais do espaço bem como o interesse ou necessidade da comunidade, de forma a que se agrida o mínimo possível o ambiente.

32. Título: RIO MANSO: A VIVÊNCIA DO IMPACTO DE UM GRANDE PROJETOAutora: Aurora Maria de Castro Domingos da Silva

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Orientador: Prof. Dr. Ralfo Edmundo da Silva Matos Data de Defesa: 04/07/97Banca Examinadora: Prof. Dr. Ralfo Edmundo da Silva Matos (UFMG)

Prof. Dr. Oswaldo Bueno Amorim Filho (PUC-MG)Profa. Dra. Lucy Marion Calderini Philadelpho Machado (UNESP - Rio

Claro)

Área de Concentração: Geografia e Organização Humana do EspaçoResumo:A dissertação intitulada "Rio Manso: a vivência do impacto de um grande projeto", analisa os impactos que a construção da barragem Rio Manso acarretaram na vida da população atingida pelo investimento. Apresenta uma divisão metodológica em que focaliza-se inicialmente: o meio ambiente e o espaço físico do entorno; a geohistória do município e região; a história do abastecimento de Belo Horizonte e Região Metropolitana. Em sequencia, o trabalho concentra-se no exame do processo de mudança na área desapropriada observando: as interferências no uso e ocupação do solo; o perfil das propriedades e da população diretamente atingida; o momento de remanejamento dos moradores e o processo de licenciamento da obra. Os impactos sobre os ex-residentes foram analisados a partir do reconhecimento da área e de sucessivas entrevistas que, após trabalhadas, permitiram a verificação da identidade dos lugares afetados, o modo de vida e o imaginário dos moradores confrontando-os com a situação anterior e posterior à instalação da barragem. Utilizando-se de um aporte teórico derivado da Geografia Humanística e das técnicas baseadasem reconstituição de história de vida dos entrevistados o trabalho estabelece, ao final, uma síntese conclusiva, arrolando recomendações que incorporam diversos aspectos (críticos e meritórios) que a obra trouxe ao município de Rio Manso e população remanejada.

33. Título: ESTUDO DAS TRANSFORMAÇÕES DO USO DA TERRA NO MUNICÍPIO DE PARACATU/MG ATRAVÉS DA COMBINAÇÃO DE TÉCNICAS DE ANÁLISE DE DADOSAutor: Cássio Soares MartinsOrientador: Prof. Dr. Marcos Roberto Moreira RibeiroData de Defesa: 04/07/97Banca Examinadora: Prof. Dr. Marcos Roberto Moreira Ribeiro (UFMG)

Profa. Ms. Ana Clara Mourão Moura (UFMG)Prof. Dr. João Francisco de Abreu (PUC-MG)

Área de Concentração: Geografia e Organização Humana do EspaçoResumo:Historicamente, foi possível compreender que as transformações do uso da terra no município de Paracatu sempre estiveram condicionadas a políticas econômicas governamentais, inseridas dentro de um contexto mundial. Após o declínio da exploração do ouro, em finais do século XVII, somente na década de 70 em diante, do século XX, que houve mudanças significativas na utilização da terra do município. A análise sócioeconômica, no período de 1960 a 1985, evidenciou que a modernização da agricultura viria modificar o uso da terra no município. Espacialmente, constatou-se que a agricultura de 1985 a 1992, foi substituindo as grandes áreas de pastagens, matas e campos, transformando toda atividade econômica e social do município, estagnada a mais de um século e meio.O uso de técnicas cartográficas, assim como técnicas de sensoriamento remoto através de imagens orbitais e de geoprocessamento, mostraram-se como importantes ferramentas na análise de dados de uso da terra. A combinação destas técnicas, através

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dos Sistemas de Informações Geográficas, torna-se, desta forma, uma poderosa ferramenta no processo e monitoramento do uso da terra, ao longo do tempo, para o município.

34. Título: URBANIZAÇÃO DE FAVELA E QUESTÃO AMBIENTAL: ESTUDO COMPARATIVO DE INTERVENÇÕES URBANÍSTICAS NA VILA NOSSA SENHORA DE FÁTIMA, EM BELO HORIZONTEAutora: Marília de Fátima Dutra de Ávila CarvalhoOrientadora: Profa. Dra. Heloísa Soares de Moura CostaData de Defesa: 10/07/97Banca Examinadora: Profa. Dra. Heloísa Soares de Moura Costa (UFMG)

Prof. Dr. Flávio Saliba Cunha (Fundação João Pinheiro)Profa. Dra. Lúcia Cony Faria Cidade (UnB)

Área de Concentração: Geografia e Organização Humana do EspaçoResumo: Nesse trabalho discutiu-se a evolução conceitual de algumas formas de intervir urbanisticamente em favelas, situadas em áreas de risco. Rastreou-se, ao longo de suas formas particulares de implementação, o modo pelo qual vem-se integrando a questão ambiental às questões sociais, através de uma prática já bastante consolidada na linha da participação comunitária.O estudo de caso refere-se à comparação de três programas de intervenção urbanística em favelas de Belo Horizonte, a saber: Programa de Desenvolvimento de Comunidades/PRODECOM (1979-1984), Programa de Integração Urbana da Região Metropolitana de Belo Horizonte/PIURMBH (1984-1994) e Programa Estrutural em Áreas de Risco - Plano de Atendimento Emergencial, o PEAR/PAE (1993-1996). Tais programas foram estudados a partir da maneira como atuaram, ao longo das décadas de 1980-90, na Vila Nossa Senhora de Fátima, favela situada no bairro da Serra, em Belo Horizonte.Os programas foram contextualizados face a algumas vertentes teóricas das pesquisas urbanas e seus desdobramentos no caso brasileiro, para entender o quadro das políticas públicas urbanas, em especial a política habitacional popular, tendo-se relacionado a experiência dos programas alternativos do BNH com a favela. Abordou-se a experiência mineira de planejamento, observando em especial os programas participativos, que incorporaram os movimentos organizados dos favelados de Belo Horizonte como interlocutores e gestores de determinadas formas de urbanizar favelas.O PIURMB associou-se técnica e financeiramente a agências internacionais de doação (uma alemã/GTZ e outra italiana/AVSI), trazendo à tona um novo ator: a “cooperação internacional”, que foi estudada pela sua atuação em favelas de Belo Horizonte.Através do exemplo da Vila Nossa Senhora de Fátima, exteriorizou-se situações práticas que evidenciam várias mudanças entre o PRODECOM, o PIURMBH e o PEAR/PAE, enfatizando aquelas que refletem a gradativa incorporação das questões ambientais às questões urbanísticas.

35. Título: A CARTOGRAFIA E O ENSINO - ABORDAGEM DA TEMÁTICA INDUSTRIAL.Autora: Maria Aparecida de Almeida GonçalvesOrientadora: Profa. Dra. Janine Gisèle Le SannData de Defesa: 20/02/98Banca Examinadora: Profa. Dra. Janine Gisèle Le Sann (UFMG)

Prof. Dr. Aílton Mota de Carvalho (UFMG)

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Profa. Dra. Rosalina Batista Braga (UFMG)Prof. Dr. Oswaldo Bueno Amorim Filho (PUC-MG)

Área de Concentração: Geografia e Organização Humana do EspaçoResumo:Análise das referências utilizadas pelo professor de Geografia, para o desenvolvimento do tema indústria. Apresentação das tendências téorico-metodológicas da Geografia, que servem de base à avaliação da bibliografia básica da disciplina “Geografia da Indústria”, dos cursos de graduação em Geografia, nas universidades da região Sudeste brasileira. Análise do Programa para o ensino fundamental – Geografia – 5ª à 8ª série, do estado de Minas Gerais, considerada a referência “oficial” apresentada ao professor. Análise comparativa das fontes anteriores, com os livros didáticos de Geografia de 5ª e 6ª séries, relacionando conteúdo, textos, objetivos, exercícios, conceitos e documentos cartográficos. Reflexões sobre ensino, Geografia e Cartografia, exemplificadas pela proposta de atividade, de construção de documentos cartográficos, que visam a elaboração de conceitos sobre o tema indústria.

36. Título: A DINÂMICA DO USO E OCUPAÇÃO DO SOLO E DOS PROCESSOS EROSIVOS NOS MUNICÍPIOS DE LAGOA SANTA E CONFINS/MG.Autor: Jorge Batista de SouzaOrientador: Prof. Dr. Heinz Charles KohlerData de Defesa: 02/03/98Banca Examinadora: Prof. Dr. Heinz Charles Kohler (UFMG)

Prof. Dr. Allaoua Saadi (UFMG)Profa. Dra. Lylian Zulma Doris Coltrinari (USP)

Área de Concentração: Geografia e Análise AmbientalResumo:Estuda a região dos Municípios de Lagoa Santa e Confins, no Estado de Minas Gerais, Brasil Central, com o objetivo de caracterizar a dinâmica do uso e ocupação do solo e dos processos erosivos, com ênfase na área da Bacia Hidrográfica da Lagoa Santa. Caracteriza a geologia, geomorfologia, clima, cobertura vegetal e uso e ocupação do solo. Através da adaptação da “Legenda da Carta do Meio Ambiente de JOURNAUX (1977), faz o mapeamento da Dinâmica do Uso e Ocupação do Solo e dos Processos Erosivos da área, sobrepondo os cenários de 1964 e 1989. Estuda detalhadamente a dinâmica das formas erosivas originadas pelo escoamento superficial concentrado na Bacia Hidrográfica de Lagoa Santa. Estabelece relações entre a intensificação dos processos erosivos e a expansão urbana desordenada. Utiliza de documentação aerofotogramétrica correspondente aos anos de 1954, 1964, 1977 e 1989, atualizada por trabalhos de campo em 1977. Conclui que o uso e ocupação do solo desordenados são os determinantes no desencadeamento dos processos erosivos que resultaram nos voçorocamentos e conseqüente deterioração do ambiente na Região da Lagoa Santa.

37. Título: TERRITÓRIO E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL NO CONTEXTO DO PROCESSO DE GLOBALIZAÇÃO E À LUZ DE ESTUDOS EMPÍRICOS.Autor: Deusdedit Soares dos SantosOrientador: Prof. Dr. Geraldo Magela CostaData de Defesa: 02/03/98Banca Examinadora: Prof. Dr. Ralfo Edmundo da Silva Matos (UFMG)

Prof. Dr. Aílton Mota de Carvalho (UFMG)Prof. Dr. João Júlio Vitral Amaro (UFMG)

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Área de Concentração: Geografia e Organização Humana do EspaçoResumo:O objetivo desta dissertação é o de inter-relacionar os conceitos território e desenvolvimento sustentável em face do contexto do processo de globalização, procurando um melhor entendimento da dialética das relações entre o âmbito local e o global.Neste sentido, procurar-se-á questionar, de um lado, as tendências de fragmentação que envolvem essas relações, tendo-se em vista as pretensões de totalização desse processo de globalização, questões que foram consideradas no Capítulo 1.Como referência empírica que vem ilustrar essa reflexão tomaram-se a experiência de desenvolvimento regional posta em prática no Brasil nas últimas décadas, a partir de uma revisão dos autores, e as experiências mais recentes de municípios mineiros, conduzidas pelas agências de desenvolvimento municipal e pelas respectivas administrações locais em busca de alternativas para se desenvolverem. Esta análise é tema de explanação dos Capítulos 2 e 3, respectivamente.O Capítulo 4 vem colocar que as relações entre sociedade, território e desenvolvimento, dentro dos atuais contextos, incorporando estes, cada vez mais, a sustentabilidade como uma de suas dimensões importantes, estão a exigir abordagens de caráter mais amplo, as quais têm nos debates conduzidos pela geografia em torno da questão territorial e regional uma de suas referências.

38. Título: A PRODUÇÃO FAMILIAR NO CENTRO-LESTE DO MUNICÍPIO DE SERRO/MG - O ARTESANATO DO QUEIJO.Autora: Eliane Silva FerreiraOrientadora: Profa. Dra. Maria Aparecida dos Santos TubaldiniData de Defesa: 02/03/98Banca Examinadora: Profa. Dra. Maria Aparecida dos Santos Tubaldini (UFMG)

Prof. Dr. Marcos Roberto Moreira Ribeiro (UFMG)Profa. Dra. Walquíria Krüguer Corrêa (UFSC)Prof. Ms. Erly do Prado (UFMG)

Área de Concentração: Geografia e Organização Humana do EspaçoResumo:O estudo apresentado: A PRODUÇÃO FAMILIAR NO CENTRO-LESTE DO MUNICÍPIO DE SERRO/MG - O ARTESANATO DO QUEIJO -, compõe-se de três partes, contendo nove capítulos. A primeira parte, trata-se de uma revisão bibliográfica sobre a produção familiar, enfatizando a manutenção destes produtores no tempo e no espaço. Para tanto, apresenta-se os principais enfoques teóricos sobre a produção familiar. Do ponto de vista marxista, estes partem do pressuposto de que este grupo estava condenado ao desaparecimento em decorrência da inserção e ascenção do modo de produção capitalista. Do ponto de vista Chayanoviano, este mesmo grupo adaptou-se às novas exigências do mundo capitalista, diferenciando-se da estrutura deste modo de produção por produzir valores de uso, dirigidos para o auto-consumo, ou seja, a manutenção e satisfação das necessidades da família. Considerando-se a diversificação da organização do espaço e a busca constante do homem em manter-se nele, o presente estudo procurou abordar e analisar as transformações ocorridas no espaço rural do Centro-Leste de Serro, a partir da atividade artesanal do queijo. A base para a definição das unidades de produções familiares, partiu de parâmetros essenciais como, produzir queijo ou leite; utilizar como mão-de-obra principal no estabelecimento os membros da família; e, o produto do trabalho voltar-se para a manutenção do grupo doméstico. Assim, na segunda parte analisou-se a história do município enfatizando a inserção da

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atividade agropecuarista no contexto global da região. Chegou-se aos tempos atuais, caracterizando-se de maneira geral, os aspectos econômicos e sócio-culturais do município. A terceira parte destaca o estudo das unidades de produções familiares do Centro-Leste de Serro, tendo como base a teoria de Alexander Von Chayanov, sobre a organização das unidades camponesas. O estudo empírico partiu do delineamento da porção de Centro-Leste de Serro, que melhor caracteriza a atividade artesanal do queijo. O grupo estudado no Centro-Leste de Serro, vem sendo ameaçado historicamente de existência, tendo em vista a própria formação do espaço serrano. Nesse sentido, o artesanato do queijo vem sendo o artefato de tradição e manutenção secular destas unidades familiares. A partir das práticas e concepções desses produtores sobre seu modo de vida, é analisado o movimento dessa economia, que gera a manutenção destes e a persistência do artesanato do queijo na região. O avanço de técnicas, partindo da própria cooperativa local, objetivando manter o espaço do produto e do produtor no mercado, é vivido como um grande desafio, simbolizado pela modernização das tecnologias. Sendo assim, verificou-se que o produtor familiar do Centro-Leste de Serro, vê no queijo artesanal, a renda principal para a manutenção da família. Em termos de cooperativa, apesar do grande avanço técnico ainda há inúmeras peias a serem desatadas quanto ao processo associativista. Este trabalho é o registro da vida de um grupo.

39. Título: A ORGANIZAÇÃO DA PECUÁRIA LEITEIRA NO MUNICÍPIO DE BOM DESPACHO/MG E A QUESTÃO DA CONCORRÊNCIA NO MERCOSUL.Autora: Micheline GontijoOrientadora: Prof. Dr. Marcos Roberto Moreira RibeiroData de Defesa: 02/03/98Banca Examinadora: Prof. Dr. Marcos Roberto Moreira Ribeiro (UFMG)

Profa. Dra. Maria Aparecida dos Santos Tubaldini (UFMG)Profa. Dra. Walquíria Krüguer Corrêa (UFSC)Prof. Ms. Erly do Prado (UFMG)

Área de Concentração: Geografia e Organização Humana do EspaçoResumo:O presente estudo refere-se à análise da organização da pecuária bovina leiteira no município de Bom Despacho, bem como a constatação de prováveis impactos que sofrerá o setor, tendo em vista a concorrência de produtos mais competitivos provenientes principalmente da Argentina, resultado da consolidação do MERCOSUL. As informações foram obtidas por subsídios literários e pela aplicação direta de questionários aos associados entregadores de leite da cooperativa local. O embasamento teórico e os dados de campo conduziram a uma hierarquização de produtores, baseada na produção diária de leite, ao qual foram associadas diferentes variáveis de ordem tecnológica. Destacou-se nesse contexto, a existência de uma importante classe de produtores familiares, devidamente caracterizados, além de, no extremo oposto, uma categoria bem definida de grandes produtores. Foram consideradas e analisadas as disparidades entre essas duas classe principais, sobretudo quanto as níveis de tecnificação e capitalização, ao grau de submissão à cooperativa como repassadora de tecnologia visando o aumento da produçào e, principalmente, ao poder diferenciado de competição que as diferentes classes de produtores de Bom Despacho possuem frente ao competidor argentino. Constatou-se que, certamente serão os produtores familiares menos competitivos aqueles que vão arcar com o peso maior da formação de um mercado mais concorrido, restanto à cooperativa o papel de criar condições para que esse produtor familiar sobreviva no meio rural. Por outro lado, para os grandes

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produtores que desejam manter-se na atividade o caminho que está sendo seguido pela maioria é, de fato o aumento da produtividade com crescente diminuição de custos de produção. A estrutura semi-intensiva da pecuária leiteira de Bom Despacho, na qual os recursos estão altamente concentrados, assim como a agropecuária brasileira de modo geral, levam à conclusão de que, atualmente, a própria manutenção da atividade pecuarista local requer um esforço por parte do produtor de leite para que se iguale a produtividade aos níveis competitivos vigentes no exterior, papel que o grande produtor de leite de Bom Despacho tende a desempenhar, ao passo que o produtor de origem familiar, em sua maioria, não conseguirá acompanhar o processo se as atuais tendências se mantiverem.

40. Título: A CARTOGRAFIA E O ENSINO DE GEOGRAFIA NA ESCOLA FUNDAMENTAL: UM ESTUDO DE CASO.Autora: Míriam Aparecida Bueno da SilvaOrientadora: Profa. Dra. Janine Gisèle Le SannData de Defesa: 15/06/98Banca Examinadora: Profa. Dra. Janine Gisèle Le Sann (UFMG)

Profa. Dra. Elza Yasuko Passini (Secretaria Est. de Educação-SP)Profa. Dra. Rosângela Doin de Almeida (UNESP-Rio Claro)

Área de Concentração: Geografia e Organização Humana do EspaçoResumo:A crise no ensino brasileiro, seja ele público ou privado, em especial nas séries iniciais do ensino fundamental, tem sido motivo de preocupação de muitos educadores. A literatura a respeito do tema é vasta e, na maioria das vezes, rica, porém, marcantemente teórica. Entretanto, trabalhos mais recentes, têm acrescentado à teoria, a riqueza da prática. Assim, esta pesquisa, partindo da prática e a ela retornando, propõe uma metodologia para a prática docente em Geografia, nas 3as. e 4as. séries do ensino fundamental. Entrevistas, observações, análises de planos de aula e de anotações de alunos, treinamentos e orientações embasam uma pesquisa qualitativa cuja característica essencial é envolver todo o universo humano pesquisado. O produto resultante compõe um material didático alternativo e complementar que, fundamentado na dimensão formadora da Cartografia, certamente, contribuirá para a melhoria da prática docente dos professores de Geografia.

41. Título: CARACTERIZAÇÃO GEOTÉCNICA DOS ARREDORES DA CIDADE DE GOUVEIA, COM BASE GEOMORFO-PEDOLÓGICA.Autora: Adriana Mabel Mezzano BurgueñoOrientadora: Profa. Dra. Cristina Helena Ribeiro Rocha AugustinData de Defesa: 16/12/98Banca Examinadora: Profa. Dra. Cristina Helena Ribeiro Rocha Augustin (UFMG)

Profa. Dra. Terezinha Cássia de Brito Galvão (UFMG)Prof. Dr. João Júlio Vitral Amaro (UFMG)Prof. Dr. Roberto Célio Valadão (UFMG)

Área de Concentração: Geografia e Análise AmbientalResumo:Esta dissertação apresenta uma caracterização e a análise de aspectos geo-ambientais dos arredores da cidade de Gouveia, Serra do Espinhaço, Minas Gerais, Brasil, objetivando oferecer subsídios para orientar um crescimento urbano menos impactante.Para que se garanta a melhor utilização dos recursos naturais, de forma integrada e visando minimizar os impactos inerentes à ação do homem, é necessário uma base de

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dados que permita a avaliação dos efeitos das atividades humanas no meio ambiente (AUGUSTIN, 1978). Este levantamento constitui, entanto, uma tarefa complexa quando considerado que além de caracterizar o impacto ambiental negativo decorrente do uso e ocupação dos recursos naturais, também é necessário se evidenciar o potencial de uso que apresentam (AUGUSTIN, 1985).Dois aspectos importantes foram considerados no estudo:a) a utilização de parâmetros ambientais representativos para este tipo de estudo que,

ao mesmo tempo, fossem fáceis e rápidos de acessar no campo e laboratório. Dessa maneira, pode-se baratear os custos, em geral altos, envolvidos na etapa de coleta e análise de dados ambientais. Isto possibilitaria às prefeituras a realização dessas etapas visando o planejamento urbano no que concerne a base biofísica;

b) a identificação, já nas etapas iniciais do trabalho de áreas de maior vulnerabilidade à degradação, como forma de redução da amostragem. Foram considerados, para esta identificação, parâmetros conhecidos através da bibliografia tais como: declividade, localização próxima às cabeceiras, zonas de barrancos em margens de cursos d’água, entre outros.

A identificação desses locais foi possível através da foto-interpretação, com base em analise geomorfológica das unidades de relevo e de processos erosivos.O material coletado no campo foi submetido a análises geotécnicas e pedológicas.Também, utilizou-se dados sobre as condições da água.Com base nos dados e informações de campo, gabinete e laboratório, elaborou-se um conjunto de cartas temáticas apresentando o zoneamento da região quanto a susceptibilidade para a ocupação urbana, permitindo que se atingisse o objetivo inicial que era justamente o de indicar áreas mais favoráveis para o crescimento da planta urbana.

42 - Título:GEOMORFOLOGIA, EDUCAÇÃO AMBIENTAL E PRODUÇÃO AGRÍCOLA EM MUNICÍPIOS DO ALTO JEQUITINHONHA – SERRA DO ESPINHAÇO MERIDIONAL – MG.Autor: Jairo MelgaçoOrientadora: Profa. Dra. Cristina Helena Ribeiro Rocha AugustinData de Defesa: 25/01/99Banca Examinadora: Profa. Dra. Cristina Helena Ribeiro Rocha Augustin (UFMG)

Profa. Dra. Heloísa Soares de Moura Costa (UFMG)Prof. Dr. Marcos Roberto Moreira Ribeiro (UFMG)Prof. Dr. Paulo Sérgio Lúcio (UFMG)

Área de Concentração: Geografia e Análise AmbientalResumo:

O planejamento Ambiental pode e deve estar associado com a Educação Ambiental. Na implementação das medidas, ela pode ser um canal de comunicação e de ações concretas.

A geografia apresenta uma relação direta e histórica com os dois componentes básicos da Educação Ambiental: o ambiente e a educação.

Importa o(s) homem(ns) é sua participação na mudança de atitudes e de valores na utilização mais adequada dos recursos naturais, no destino dos dejetos e, consequentemente, na construção de um mundo melhor.

A área de abrangência do Planejamento é definida em função de suas características e objetivos. Um Planejamento Ambiental Regional busca uma escala na qual se realiza “o máximo de generalidade compatível com o máximo de verdade

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concreta” (PÉDELABORDE). Também pode fornecer opções para a implementação de Planos Setoriais e Locais.

O caminho metodológico é uma tentativa de conciliação, na forma de uma complementariedade, entre as abordagens geográficas sistemática sistemáticas ou geral e corológica ou regional. O ataque é contra a depredação e a poluição. A primeira, nesse caso em particular, é o foco principal. A busca é pela melhoria das condições sócio-ambientais de vida.

Determinados tipos de planejamentos têm como pré-requisito os inventários ou diagnósticos da situação, para que se possa estabelecer o prognóstico. A geografia física e a geomorfologia, ou vice-versa, apresentam-se como opções, para que seja possível estabelecer um roteiro metodológico para a producção de tais diagnósticos.

A Geomorfologia, ou as ciências geográficas em geral, podem se relacionar com a educação ambiental de duas maneiras: 1 – realizando macrodiagnósticos que identifiquem áreas-problemas e, ao mesmo tempo, forneçam as informações necessárias para projetos locais-participativos de educação ambiental, voltados para a solução desses problemas; 2 – fornecendo resultados de pesquisas pré-selecionados, em função da população-alvo a que se destina, o que poderá levar a uma maior participação e co-responsabilidade para com as soluções propostas.

A PLdRm-cSdEM apresenta pelo menos oito possíveis áreas-alvo para esses projetos de educação ambiental: SW, NW e SE de Gouveia; parte central de Couto de Magalhães de Minas; Felicio dos Santos; NW do Serro (Espinhaço); região central do Serro; parte sul de Datas e Presidente Kubitschek.

O roteiro para o estabelecimento de documentos cartográficos sócio-ambientais permite a identificação de áreas-meta e grupos-meta para aplicação de projetos locais-participativos de educação ambiental.

43 - Título:RESERVAS NATURAIS NO BRASIL: A TRANSIÇÃO DOS CONCEITOS.Autora: Regina Maria de Fátima CamargosOrientador: Prof. Dr. Ralfo Edmundo da Silva MatosData de Defesa: 04/03/99Banca Examinadora: Prof. Dr. Ralfo Edmundo da Silva Matos (UFMG)

Profa. Dra. Heloísa Soares de Moura Costa (UFMG)Prof. Dr. Rodrigo Mata Machado (UFMG)

Área de Concentração: Geografia e Organização Humana do EspaçoResumo:O trabalho discute as circunstâncias do aparecimento do conceito de espaço natural protegido em função dos significados atribuídos à idéia de natureza na modernidade. A seguir resgata-se a institucionalização das áreas protegidas no Brasil. O trabalho termina com um estudo de caso sobre as unidades de conservação em Minas Gerais.

44 - Título: CERRADOS E CAMPONESES NO NORTE DE MINAS: UM ESTUDO SOBRE A SUSTENTABILIDADE DOS ECOSSISTEMAS E DAS POPULAÇÕES SERTANEJAS.Autor: Carlos Eduardo Mazzetto SilvaOrientador: Prof. Dr. Marcos Roberto Moreira RibeiroData de Defesa: 08/03/99Banca Examinadora: Prof. Dr. Marcos Roberto Moreira Ribeiro (UFMG)

Prof. Dr. Carlos Walter Porto Gonçalves (UFF)Profa. Dra. Heloísa Soares de Moura Costa (UFMG)

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Prof. Dr. Marcos Afonso Ortiz Gomes (UFLA)Área de Concentração: Geografia e Organização Humana do EspaçoResumo:A recente introdução e popularização do termo “desenvolvimento sustentável” vem provocando seu uso quase que irrestrito e indiscriminado. Simultaneamente, um fértil debate teórico e ideológico permeia a “disputa” pelo seu conceito.Este trabalho procura inicialmente levantar esse debate em suas várias nuances e propor/alinhar alguns princípios norteadores de uma sustentabilidade socialmente responsável voltada para as realidades do Terceiro Mundo. Em seguida busca trazer essa abordagem para o âmbito do rural, resgatando os conceitos que vêm sendo formulados sobre desenvolvimento rural e agricultura sustentável. Nesse contexto, apresenta duas abordagens próximas capazes de contribuir para a operacionalização da sustentabilidade da agricultura colocando a agricultura familiar/camponesa como sujeito central, que são: a etnoecologia e a agroecologia. Estas abordagens se esforçam em construir um arcabouço teórico/prático capaz de integrar o conhecimento ecológico científico com o conhecimento tradicional dos povos cultivadores.Instrumentalizado por esas abordagens, esse trabalho procura analisar a sustentabilidade de um ecossistema brasileiro específico: os Cerrados. Essa análise se dá, de forma aproximativa, em três dimensões do espaço: no domínio do bioma, na região Norte de Minas e em uma subbacia dessa região (o Vale do Riachão). Nesta última, a análise baseia-se numa pesquisa de campo junto a duas comunidades camponesas inseridas nessa sub-bacia, estudando seus sistemas de produção e sua forma de convivência com os Cerrados.Finalizam o trabalho, algumas proposições centrais, capazes de subsidiar uma reorientação do desenvolvimento do chamado sertão de Minas, no sentido da sustentabilidade de seus ecossistemas e de suas populações sertanejas, revertendo o caráter de exclusão social e degradação ambiental que marcou o seu período de modernização.

45 - Título:INSTRUMENTAIS DE CARTOGRAFIA TEMÁTICA E ANALÍTICA APLICADOS À ANÁLISE DE ÁREAS PERIURBANAS.Autora: Ivana Arruda Silveira SaraivaOrientador: Prof. Dr. João Francisco de Abreu (PUC/MG)Data de Defesa: 09/03/99Banca Examinadora: Prof. Dr. João Francisco de Abreu (PUC/MG)

Profa. Dra. Janine Gisèle Le Sann (UFMG)Profa. Dra. Heloísa Soares de Moura Costa (UFMG)

Área de Concentração: Geografia e Organização Humana do EspaçoResumo:

O presente trabalho parte de uma abordagem exploratória acerca dos temas que permeiam a questão da dinâmica que rege o surgimento e a evolução dos assentamentos marginais urbanos, a partir dos seguintes conceitos básicos: “marginalidade urbana”, “movimentos sociais urbanos”, “a questão ambiental urbana”, “desenvolvimento”, “desenvolvimento sustentável”, chegando ao “desenvolvimento humano e qualidade de vida”, com o objetivo de contribuir com o conhecimento das novas formas de abordagem definidas pela política urbana (que conformam-se enquanto paradigmas metodológicos para a recuperação destes assentamentos informais), a partir da caracterização de duas vilas de Belo Horizonte utilizando, para tal, instrumentais de cartografia temática e analítica.

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Tais caracterizações, a partir de uma mesma metologia de abordagem que privilegia o uso destes instrumentais, permitem o estabelecimento de um estudo comparativo, com possibilidades de correlação tanto com as análises das políticas de desenvolvimento até então adotadas, como também com as necessidades e demandas correlacionadas com a perspectiva do desenvolvimento humano.

Pretende-se, assim, fornecer subsídios teórico-conceituais para novas pesquisas e estudos que partam da presente temática, bem como viabilizar a geração expedita de diagnósticos de áreas, que possam consubstanciar-se em contribuição efetiva para o planejamento e propostas de ação e intervenção nas áreas periurbanas.

O estudo de caso proposto não pretende fechar na sua amplitude um diagnóstico de área, este já realizado pela URBEL, mas evidenciar as possibilidades e potenciais provenientes da utilização dos referidos instrumentais, viabilizando um investimento dos recursos públicos de forma racional e evolutiva favorecendo, assim, as tomadas de decisão e o direcionamento de políticas e planos de governo.

46 - Título:PLANEJAMENTO URBANO: REFLEXÕES SOBRE AS PRÁTICAS NO MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE.Autora: Tânia Maria de Araújo FerreiraOrientador: Prof. Ms. Cássio Eduardo Viana HissaData de Defesa: 10/03/99Banca Examinadora: Prof. Ms. Cássio Eduardo Viana Hissa (UFMG)

Prof. Dr. Ralfo Edmundo da Silva Matos (UFMG)Prof. Dr. Geraldo Magela Costa (UFMG)Prof. João Júlio Vitral Amaro (UFMG)

Área de Concentração: Geografia e Organização Humana do EspaçoResumo:

A constituição Brasileira, promulgada em 1988, provocou, em seu período de elaboração, uma grande mobilização em torno da questão urbana. O resultado deste processo foi insatisfatório, apesar da inclusão inédita de capítulo sobre a política urbana, onde é exigido um plano diretor para as cidades com população acima de 20.000 habitantes. Entretanto, todo este movimento trouxe novo ânimo à discussão sobre o planejamento urbano no Brasil. Belo Horizonte, ainda em 1988, apresentava à Câmara Municipal o primeiro projeto de lei de Plano Diretor. Dois outros projetos foram enviados em 1990 e 1996. No presente trabalho realizou-se uma análise desses documentos com a finalidade de fazer uma reflexão sobre as práticas no âmbito do planejamento urbano. Para subsidiar esta tarefa, no sentido de amadurecer a crítica, foram desenvolvidos estudos abrangendo as dimensões teórica e histórica. Na primeira são colocadas as principais concepções filosófico-científicas, divididas em dois momentos: a modernidade, focalizando-se o positivismo e o marxismo, e a pós-modernidade. Primeiramente, procurou-se traçar as linhas gerais que sustentam cada corrente. Em um segundo capítulo são estabelecidos os principais vínculos destas concepções com o planejamento. A questão histórica é exposta, primeiro em uma revisão sintética da trajetória do planejamento urbano no Brasil. São destacadas as práticas em Belo Horizonte e, mais adiante, elabora-se uma análise do texto constitucional. Assim, chega-se à análise dos projeotos de lei dos Planos Diretores. Procura-se, antes, contextualizar o processo de elaboração dos documentos, sobretudo em suas dimensões políticas e administrativas. A avaliação dos textos legais proporciona a recomposição das idéias básicas que nortearam os trabalhos, possibilitando, quando possível, abordar as referências desenvolvidas anteriormente. Encerra-se o trabalho com a exposição dos aspectos mais expressivos das propostas

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apresentadas, em termos comparativos, e com uma reflexão sobre novos caminhos para o planejamento urbano.

47 - Título:ÓXIDOS DE FERRO PEDOGÊNICOS, SUA INFLUÊNCIA NA AGREGAÇÃO DE PARTÍCULAS DE ARGILA E CONDICIONAMENTO À OCORRÊNCIA DE “PIPING” NOS SOLOS DA REGIÃO DE GOUVÉIA, SERRA DO ESPINHAÇO MERIDIONAL, MG.Autor: Múcio do Amaral FigueiredoOrientador: Profª. Dra. Cristina Helena Ribeiro Rocha AugustinData de Defesa: 12/03/99Banca Examinadora: Profa. Dra. Cristina Helena Ribeiro Rocha Augustin (UFMG)

Prof. Dr. Nelson Ferreira Fernandes (UFRJ)Prof. Dr. Jaime V. de Mello (UFV)Prof. Dr. Luiz Marcelo de A. Sans (EMBRAPA-CNPMS)Prof. Dr. Wagner da Nova Mussel (UFMG)

Área de Concentração: Geografia e Análise AmbientalResumo:

Com o objetivo de estudar o papel dos óxidos de ferro na agregação de partículas de argila, foram estudadas amostras de solos desenvolvidos sob três diferentes litologias (granito, xistos e rochas metabásicas) ocorrentes na porção oeste do município de Gouveia-MG, na denominada Depressão Geomorfológica de Gouveia. Durante o trabalho de campo foram reconhecidas as zonas das respectivas litopedologias amostradas, além da observação da ocorrência de "piping erosion" em áreas de meia-vertente, sem qualquer ligação com voçorocamentos ativos. Durante a fase de laboratório, utilizou-se como técnicas principais, difratometria de raios-X, espectroscopia Mössbauer, tratamentos químicos seletivos (NaOH 5 mol L-1 e DCB) e microscopia eletrônica de varredura. Através dessas técnicas foram observadas as características predominantes de cada domínio litopedológico tais como: mineralogia predominante, anatomia de microagregados, mudanças texturais antes e após tratamento com DCB, entre outras características. A difração de raios X demonstrou uma forte presença de aluminossilicatos, sendo os principais, a caulinita, quartzo e muscovita; mais a gibbsita. A Espectroscopia Mössbauer e DRX identificaram os óxidos de ferro presentes nos solos amostrados dos três litopedodomínios. São a hematita e a goethita. A maghemita (óxido magnético) ocorre apenas nos solos desenvolvidos sobre rochas metabásicas. A anatomia dos microagregados (microscopia eletrônica de varredura - MEV) indica uma hierarquização quanto à distribuição de vazios, sendo a escala em mícrons (m): com microagregados de menor tamanho e poucos vazios (de maior diâmetro) nos solos de xistos, até microagregados maiores e maior número de vazios (de menor diâmetro) nos solos de rochas metabásicas, ficando os solos de granito com características intermediárias, ou seja, os solos de xistos têm microestruturas compactas, onde a água percolante exerceria um menor efeito desestabilizante das mesmas, não havendo, portanto, microestruturas geradas pela agregação de partículas de argila ligadas entre si pelos óxidos de ferro, mais propensas ao colapso. Nos solos de metabásicas, as microestrutras encontradas são menos compactas, com superfícies mais porosas quando observadas ao MEV. Tais microestruturas são nitidamente entendidas como agregação de partículas de argila, formando conglomerados de partículas porosos, mais propensos ao colapso através do aumento de pressão hidrostática nos poros internos das microestruturas, via movimentação lateral da água subsuperficial (percolação) durante períodos chuvosos.

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As análises texturais utilizando-se primeiro H2O (água) e depois NaOH (hidróxido de sódio) como dispersantes, apontam para a ocorrência de intenso fenômeno de agregação de partículas de argila. Quando disperso com NaOH, os solos analisados apresentam uma expressiva transferência de percentagens entre as frações granulométricas, se comparados com os resultados da análise com dispersão em água. Os índices da fração argila aumentam consideravelmente (principalmente em solos derivados de rochas metabásicas). Em contrapartida, há um decréscimo nas frações silte e areia.Os resultados obtidos apontam para o fato de que a presença de óxidos de ferro nos solos associados a outros minerais tais como, a gibbsita e a caulinita, influencia seu comportamento físico. Tal fato tem implicações importantes, entre elas, a interferência no comportamento hidrológico do solo. As características texturais são fatores que influenciam significativamente a micro e macroporosidade do solo, cuja magnitude tem um importante papel no comportamento hidrológico superficial e subsuperficial. Na área estudada, a ocorrência de "piping", principalmente em solos vermelhos, derivados de rochas básicas e metabásicas, aponta para uma estreita associação com a influência dos óxidos de ferro pedogênicos na mudança da micro e macroporosidade, pois em solos argilosos derivados de metabásicas, abundantes em óxidos de ferro, os índices de granulometria com argila dispersa em H2O não mostram a verdadeira distribuição granulométrica. Uma significativa parte da fração argila fica sob forte efeito agregador proporcionado pelos óxidos de ferro e minerais silicatos, figurando como silte ou areia. Tal fato proporciona uma maior porosidade nesses solos, pois a agregação aumentaria a quantidade de vazios entre as pedoestruturas, facilitando a movimentação da água subsuperficial. Entretanto, as microestruturas geradas pela agregação de partículas de argila não têm uma boa estabilidade. Ao longo dos sucessivos períodos de encharcamento e secamento sazonais, tais microestruturas estariam propensas ao colapso definitivo, quando a tensão provocada pelo aumento da pressão hidrostática intraporo ultrapassasse o limite de resistência das mesmas. A partir daí, com o material fino colapsado sendo transportado, na próxima estação chuvosa o vazio resultante seria submetido a uma pressão hidrostática ainda maior, colapsando outras microestruturas adjacentes formadas pelo mesmo fenômeno, e assim por diante. Com a canalização dos vazios subsuperficiais em rede (tendo cavidades de contato com a superfície, por onde parte do material transportado é exfiltrado) ficaria caracterizada a manifestação de “piping-erosion”.

48 - Título: A FORMAÇÃO DA REDE DE CIDADES DO VALE DO JEQUITINHONHA - MGAutor: André Velloso Batista FerreiraOrientador: Prof. Dr. Ralfo Edmundo da Silva MatosData de Defesa: 05/04/99Banca Examinadora: Prof. Dr. Ralfo Edmundo da Silva Matos (UFMG)

Prof. Dr. Ailton Mota de Carvalho (UFMG)Profa. Dra. Clotilde Andrade Paiva (UFMG)

Área de Concentração: Geografia e Organização Humana do EspaçoResumo:Este trabalho analisa as transformações ocorridas no Vale do Jequitinhonha no período compreendido entre o início do sec. XVIII e as primeiras décadas do sec. XX, a partir de um enfoque que privilegia as mudanças estruturais deste espaço principalmente aqueles relacionados aos fatores sócio-econômicos. As alterações ocorridas entre as articulações dos núcleos urbanos, ao longo do tempo constituíram o eixo da análise.

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Primeiramente, foram abordados os procedimentos e parâmetros da pesquisa. O primeiro capítulo apresenta os pressupostos teórico-metodológicos envolvidos no trabalho. No segundo e terceiro capítulo é analisada a dinâmica da estrutura da rede urbana do início do século XVIII. Na conclusão sintetiza-se a configuração da rede, nos diversos momentos considerados, procurando identificar algumas das possíveis conexões desta antiga rede urbana com a atual.

49 - Título: A INFLUÊNCIA DA CIRCULAÇÃO DE MACRO-ESCALA SOBRE O CLIMA DE BELO HORIZONTE – ESTUDO SOBRE AS POSSÍVEIS INFLUÊNCIAS DO FENÔMENO EL NIÑO SOBRE O CLIMA LOCAL.Autor: Alecir Antonio Maciel MoreiraOrientador: Profa. Dra. Magda Luzima de AbreuData de Defesa: 20/04/99Banca Examinadora: Profa. Dra. Magda Luzimar de Abreu (UFMG)

Prof. Dr. Paulo Sérgio Lúcio (UFMG)Profa. Dra. Ela Mercedes M. Toscano (UFMG)Profª. Dra. Cristina Helena Ribeiro Rocha Augustin (UFMG)Prof. Dr. Getúlio Soriano de Souza Nunes (SIMGE)

Área de Concentração: Geografia e Análise AmbientalResumo:Belo Horizonte, por sua localização geográfica sofre a influência de fenômenos meteorológicos de latitudes médias e tropicais. Possui duas estações bem definidas: uma seca (inverno), na qual atuam a Frente Polar Atlântica (FPA) e o anticiclone subtropical do Atlântico Sul; e uma outra chuvosa (verão), na qual predominam os sistemas convectivos associados ao aquecimento continental e a Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS). Além dessa alternância sazonal sofre ainda a influência de outros fenômenos geradores de variabilidade interanual, como ENOS (El Niño – Southern Oscilation).

Neste estudo de detecção da influência de El niño sobre BH destacam-se dois resultados obtidos. O primeiro consistiu no desenvolvimento de uma metodologia própria que permitiu que se atingisse os objetivos de maneira considerada satisfatória. O segundo, foi a detecçao da influência do fenômeno mais nítida sobre o comportamento térmico, indicando elevação das temperaturas. Percebeu-se uma discreta diminuição percentual da umidade relativa do ar durante a ocorrência do El Niño. Os totais pluviométricos mensais tendem a variar negativamente, mas dentro dos limites de controle.

Os resultados indicam ainda a necessidade de aprofundamento da avaliação do comportamento pluviométrico, partindo para uma escala sinótica de área, especialmente no que concerne à distribuição das precipitações. O número de dias de chuva constituiu variável mais importante do que o valor mensal das precipitações. Tais resultados reforçaram a hipótese da importância da atuação da ZCAS na distribuição pluviométrica da região sudeste.

50 - Título: A REGIÃO DA LAGOINHA – UM ESPAÇO NATI-MORTO?Autora: Cláudia Mattos Ferreira GonzagaOrientador: Prof. Dr. Aílton Mota de CarvalhoData de Defesa: 21/06/99Banca Examinadora: Prof. Dr. Aílton Mota de Carvalho (UFMG)

Prof. Dr. Geraldo Magela Costa (UFMG)

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Profa. Dra. Berenice Martins Guimarães (UFMG)Área de Concentração: Geografia e Organização Humana do EspaçoResumo:Análise urbana da região da Lagoinha, tomando como referência a distribuição de suas principais atividades, as condições estruturais, sociais, econômicas e políticas da população residente e o sistema de circulação viária e de transportes, através da especificação dos diversos fatores que atuam e interferem na sua espacialidade e em relação à geografia da cidade, mediante a interligação do contexto geográfico ao seu processo histórico, tendo por base os diversos conceitos de “espaço”; as teorias de análise do espaço citadino; os dados existentes e já divulgados, assim como dados coletados através da realização de pesquisas de campo realizado pela autora em 1996. São abordados os aspectos da evolução histórica da região interligados os fatores históricos marcantes de Belo Horizonte e do país, desde a criação da capital até os dias atuais, ressaltando as relações de causa/efeito entre o processo histórico da produção do dito espaço e os impactos nele provocados nos dias atuais, além das transformações refletidas no seu patrimônio imobiliário, na paisagem urbana e por conseqüência na ocupação e valorização do seu solo, dadas as decisões políticas vigentes em cada período, levando a região à marginalidade tanto sob o aspecto das suas atividades econômicas, como em relação à população residente.

51 - Título: GLOBALIZAÇÃO E MEIO AMBIENTE: O CASO DO MERCOSUL.Autora: Anete Marília PereiraOrientador: Prof. Dr. Aílton Mota de CarvalhoData de Defesa: 25/06/99Banca Examinadora: Prof. Dr. Aílton Mota de Carvalho (UFMG)

Profa. Dra. Heloísa Soares de Moura Costa (UFMG)Prof. Dr. Herbe Xavier (PUC-MG)

Área de Concentração: Geografia e Organização Humana do EspaçoResumo: Há mudanças significativas no cenário internacional que exigem novos requisitos para a competição internacional e novas formas de articulação entre desenvolvimento e recursos naturais. Partindo dessa premissa, o trabalho tem por objetivo analisar as relações que existem entre o processo de globalização e a questão ambiental, englobando uma reflexão sobre o Estado Nacional enquanto uma das instâncias de poder para lidar com os problemas ambientais, bem como os acordos de Cooperação que passam a dominar as relações internacionais da atualidade. A incorporação da temática ambiental nas negociações do Mercosul através da harmonização das diversas políticas ambientais dos países integrantes desse mercado, já evidencia essa tendência.

52 - Título: FORMAS DE PERCEPÇÃO ESPACIAL POR CRIANÇAS CEGAS DA PRIMEIRA SÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL..Autora: Raquel Alves FonsecaOrientador: Profª. Dra. Janine Gisèle Le SannData de Defesa: 31/08/99Banca Examinadora: Profa. Dra. Janine Gisèle Le Sann (UFMG)

Profa. Dra. Rosalina Batista Braga (UFMG)Profa. Dra. Regina Araújo de Almeida (USP)

Área de Concentração: Geografia e Organização Humana do EspaçoResumo:

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O trabalho busca, através de um teste aplicado a sete alunos e dois professores cegos da Escola Estadual São Rafael, identificar os elementos significativos para os processos de construção da noção de tempo, os meios utilizados para a compreensão da organização do espaço e quais as atitudes que os educadores devem utilizar para que as crianças cegas aprendam e sejam realmente livres. O teste é dividido em três etapas. Na primeira as crianças descrevem o espaço vivido na sala de aula, a seguir representam este espaço em três e duas dimensões, utilizando uma maquete e uma planta da sala. Com este teste, identifica-se a potencialidade e as necessidades das crianças cegas. A análise considera estudos sobre o desenvolvimento que pode ser conhecido pelas crianças cegas, a importância da pré-escola e da família, as técnicas cartográficas e os trabalhos sobre cartografia tátil. Procura-se ainda avaliar os recursos disponíveis e as dificuldades existentes na escola estudada.

53 - Título: POTENCIAL HÍDRICO E QUADRO GEO-AMBIENTAL COMO SUPORTES AO GERENCIAMENTO DOS RECURSOS HÍDRICOS NA BACIA DO RIO PARAOPEBA-MG.Autora: Márcia Nogueira de AlmeidaOrientador: Prof. Dr. Allaoua SaadiData de Defesa: 10/12/99Banca Examinadora: Prof. Dr. Allaoua Saadi (UFMG)

Prof. Dr. Nilo Nascimento de Oliveira (UFMG)Prof. Dr. Eduardo Von Sperling (UFMG)

Área de Concentração: Geografia e Análise AmbientalResumo:Esta dissertação faz parte de um projeto mais amplo, denominado “Instrumentos de Gestão das Águas”, financiado pela FINEP, que visa à análise de instrumentos de gestão das águas em diferentes realidades brasileiras e, em função dos resultados obtidos, a formulação de propostas de aplicação desses instrumentos de forma regionalizada. Foram selecionadas quatro bacias hidrográficas para o estudo, sendo uma delas a bacia do rio Paraopeba. Seu objetivo é a estimativa do parâmetro Disponibilidade X Demanda de água da bacia e a definição de seu comportamento ambiental global a partir do conhecimento e a análise do potencial hídrico, do quadro geo-ambiental, do balanço hídrico, das demandas de água, com base na divisão da bacia em comportimentos com características semelhantes. A escolha dessa bacia se deve à variação de suas características fisico-geográficas de qualidade ambiental e à existência de um acervo pertinente de informações.Para tanto, sua metodologia envolve uma série de atividades preliminares, básicas, compreendendo cálculos de diferentes parâmetros, levantamento e seleção de dados primários e secundários, elaboração de mapas temáticos e adoção de premissas. O balanço hídrico é calculado pelo método de Thornthwaite-Mather (1955), que implica cálculo da precipitação média (método de Thiessen ou das áreas de influência), determinação da evapotranspiração potencial (método empírico Thornthwaite-Camargo), adoção de valor para capacidade de armazenamento do solo, entre outras etapas. A determinação da vazão mínima é feita a partir do resultado de dois estudos. No primeiro, a vazão mínima é determinada através de isolinhas de precipitação mínima (TR=50 anos). No segundo, através de um estudo de regionalizações para vazões de sete dias de duração e recorrência. As demandas de água foram consideradas iguais ao consumo, estimado tanto com base em dados fornecidos pela Companhia de Saneamento de Minas Gerais – COPASA/MG como pela aplicação de taxas de consumo “per capita”. O quadro geo-ambiental foi definido e delineado a partir de

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mapas temáticos existentes em diferentes instituições estaduais e federais. Os resultados encontrados atendem ao objetivo da dissertação, não tendo sido necessário, na metodologia adotada, o emprego de sofisticações matemáticas e computacionais, o que amplia sobremaneira a possibilidade de sua aplicação a diferentes bacias hidrográficas.O cálculo do parâmetro Disponibilidades (dadas pela vazão mínima) X Demandas e das características de suporte do meio físico (dados pelo balanço hídrico e pelo quadro geo-ambiental), devido à simplicidade de sua metodologia se torna uma ferramenta imprescindível nas tomadas de decisão pertinentes à aplicação dos instrumentos de gestão em bacias hidrográficas.

54 - Título: AS REPRESENTAÇÕES GRÁFICAS APLICADAS A VARIÁVEIS AMBIENTAIS EM MINERAÇÕES DE FERRO A CÉU ABERTO.Autora: Marcela Mourão MouraOrientadora: Profa. Dra. Marcela Mourão MouraData de Defesa: 30/12/99Banca Examinadora: Profa. Dra. Janine Gisèle Le Sann (UFMG)

Prof. Dr. Roberto Célio Valadão (UFMG)Prof. Dr. Marcello Martinelli (USP)

Área de Concentração: Geografia e Organização Humana do EspaçoResumo:O trabalho apresenta um estudo das representações gráficas aplicadas a variáveis ambientais, no caso de minerações de ferro a céu aberto.

55 - Título: POBREZA E CONDIÇÕES DE VIDA NO VALE DO JEQUITINHONHA; UMA ABORDAGEM REGIONAL.Autor: Samy Kopit MoscovitchOrientador: Prof. Dr. Ralfo Edmundo da Silva MatosData de Defesa: 15/02/2000Banca Examinadora: Prof. Dr. Ralfo Edmundo da Silva Matos (UFMG)

Prof. Dr. Cássio Eduardo Viana Hissa (UFMG)Prof. Dr. Cândido Luiz de Lima Fernandes (UFMG)

Área de Concentração: Geografia e Organização Humana do EspaçoResumo:Partindo de uma breve revisão do conceito de região, procede-se a análise regional e intra-regional da produção da riqueza no Vale do Jequitinhonha, em comparação com as outras regiões de planejamento mineiras. Apresenta aspectos conceituais da discussão atual sobre pobreza e suas inter-relações com a desigualdade e exclusão social. A análise da pobreza na região do Vale do Jequitinhonha combina uma metodologia classificatória com observações dos trabalhos de campo, conduzindo a uma tipologia e su-regionalização dos distintos níveis de pobreza na região.

56 - Título: SERRA DO CIPÓ – MG – ECOTURISMO E IMPACTOS SÓCIOAMBIENTAIS.Autor: Antônio Márcio Ferreira de MouraOrientador: Prof. Dr. Allaoua SaadiData de Defesa: 22/02/2000Banca Examinadora: Prof. Dr. Allaoua Saadi (UFMG)

Profa. Dra. Márcia Maria Duarte dos Santos (UFMG)Prof. Dr. Pedro Paulo de Abreu Funari (UNICAMP)

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Resumo:Nesta encruzilhada histórica em que vivemos, onde a chamada sociedade global se torna escrava da informação e as pessoas se tornam meros consumidores ou dados estatísticos na projeção econômica de algum gigantesco conglomerado transacional, o turismo surge como uma atividade quase redentora da economia mundial, abalada pelos milhões de desempregados, resultantes da modernização dos meios de produção.Como uma verdadeira amálgama pós-moderna o turismo usufrui da melhoria dos meios de transporte e de comunicaçao e, em contra-partida, requisita-os por todos os recantros do planeta; aquece a economia local, regional e global, exige intervenções seja do poder público ou privado; gera empregos, exige qualificação profissional, boa aparência, hospitalidade e bom atendimento. De tão amplo e abrangente se multiplica em segmentos: cultural, rural, urbano, ecológico, religioso e de negócios, é claro.Carece, entretanto, de planejamento sério, profissional, abrangente, multilateral e democrático, em particular no Brasil e mais especificamente em Minas Gerais.A Serra do Cipó, centro geográfico deste estudo, também não escapou do “ fenômeno” turismo. Tornou-se nos últimos dez anos um importante foco de atraçao, principalmente dos adeptos do Ecoturismo, modalidade promissora, muito mais divulgada do que realmente praticada. Milhares de pessoas da capital, de outras regiões do estado, do país e até estrangeiros procuram a Serra anualmente graças as suas inegáveis belezas naturais como rios e cachoeiras cristalinas, vegetação singular e diversificada, trilhas naturais por vales e montanhas, uma populaçao simpática e hospitaleira e a relativa proximidade de Belo Horizonte, da qual dista exatos cem quilômetros.O grande volume de turistas e a falta de planejamento tem gerado conflitos e agressões antrópicas ao patrimônio natural da Serra e aos costumes e cultura da população local.Este estudo avaliou a inserção da atividade turística na Serra do Cipó a partir de um diagnóstico dos impactos sócio – ambientais do segmento denominado Ecoturismo. Pesquisas de campo e entrevistas com os visitantes e moradores avaliaram as suas percepções pessoais quanto aos problemas locais e a sua participação. Foram identificados sete problemas – chaves e elaboradas propostas de solução técnica-científica para cada um deles. As propostas têm como suporte a Educação Ambiental e a informação turística, com destaque para a cartografia.Os resultados, por um lado reforçam o caráter espontâneo, não – científico e pouco profissional do desenvolvimento da atividade turística no Brasil mas também retrata aspectos positivos como o reconhecimento e a conscientização, por parte dos envolvidos, da necessidade de planejamento e pesquisa para a sua sustentabilidade.

57 - Título: O LOCAL E O COTIDIANO: O CASO DA ZONA GRANDE DE BELO HORIZONTE.Autora: Elisabete de AndradeOrientador: Prof. Dr. Ailton Mota de CarvalhoData de Defesa: 25/02/2000Banca Examinadora: Prof. Dr. Aílton Mota de Carvalho (UFMG)

Profa. Dra. Heloisa Soares de Moura Costa (UFMG)Prof. Dr. João Júlio Vitral Amaro (UFMG)

Área de Concentração: Geografia e Organização Humana do EspaçoResumo:Neste trabalho, procuramos uma aproximação com a região definida com objeto de pesquisa e sobre ela fizemos várias investigações. Primeiramente procuramos resgatar sua história, pois trata-se de uma área bastante importante na formação da cidade de Belo Horizonte, por sua ocupação antiga, local onde a cidade começa a ser construída.

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Nesta pesquisa histórica, utilizamos fontes literárias e depoimentos orais, uma vez que trata-se de uma história sobre a qual pouco foi escrito, tanto pela sua contemporaneidade quanto pelo estigma que sua atividade dominante, a prostituição, determina.A pesquisa continua num levantamento minucioso in locu na área abordada, onde são espacializadas as atividades, os usos, os conflitos entre eles, o estado de conservação do conjunto urbano, entre outros. São também utilizadas pesquisas com os usuários do local, para que fosse possível determinar a forma de relação deste com o espaço.A pesquisa procura encaminhar a teoria do pensamento geográfico, principalmente a Geografia Marxista e a Geografia da Percepção e do Comportamento Ambiental, sobre o objeto de estudo, para propor uma forma ampla de análise do espaço urbano.A dissertação foi defendida em fevereiro de 2000.

58 - Título: PRESERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO CULTURAL EM NÚCLEOS URBANOS: DE CONFLITO À SOLUÇÃO.Autora: Maria Cristina Rocha SimãoOrientador: Prof. Dr. Aílton Mota de CarvalhoData de Defesa: 25/02/2000Banca Examinadora: Prof. Dr. Aílton Mota de Carvalho (UFMG)

Prof. Dr. Geraldo Magela Costa (UFMG)Prof. Dr. Flavio Saliba Cunha (UENF)

Área de Concentração: Geografia e Organização Humana do EspaçoResumo:A dissertação é uma reflexão teórica acerca da preservação das pequenas e médias cidades possuidoras de patrimônio cultural edificado, com a investigação sobre a possibilidade de promover gestão urbana que as potencialize através da busca de atividades econômicas adequadas. Divido metodologicamente em três subtemas: preservação do patrimônio cultural, turismo e gestão urbana, o trabalho faz uma articulação entre os assuntos, objetivando compreender as cidades preservadas e suas possibilidades de compatibilizar a manutenção do acervo cultural com qualidade de vida para a população local.Considerando fundamental o entendimento sobre os conceitos que nortearam a proteção do patrimônio cultural em sua origem e em sua história, realizou-se um estudo sobre o processo ocorrido no Brasil, contextualizando as idéias predominantes e enfocando o papel dos núcleos urbanos na política estabelecida. A partir da compreensão dos objetivos iniciais da política de proteção do patrimônio cultural nacional, foi possível analisar a situação atual das cidades preservadas e estudar alternativas para sua viabilização sócio-econômica. O tursimo é proposto, assim, como uma atividade econômica possível de ser desenvolvida nos núcleos urbanos preservados, compatível com a proteção do patrimônio cultural e indutor de melhores condições de vida para a população local. A atividade turística, entretando, traz consigo grandes contradições, que foram levantadas e analisadas no trabalho com objetivo de identificar a pertinência e as estratégias mais adequadas de implementação nos núcleos urbanos preservados. Neste contexto, o estudo e o levantamento de novas formas de gestão e planejamento urbano mostram-se necessários, considerando-se que as cidades, aí incluídas aquelas preservadas, poderão trilhar novos caminhos se alterarem as relações de poder estabelecidas e se inserirem nos processos de decisão todos os segmentos sociais. A introdução do turismo como atividade econômica sustentável e a preservação do patrimônio cultural dar-se-ão se a cidade assumir localmente papel determinante na

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definição de suas metas e efetivar um processo de planejamento integrado e contextualizado.

59 - Título: ESTUDO DA GÊNESE DAS COBERTURAS LATERÍTICAS DA SERRA DO CABRAL – SERRA DO ESPINHAÇO, MG COM BASE EM SUAS CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS, QUÍMICAS E MINERALÓGICAS.Autora: Geórgia Mégre DrumondOrientador: Profa. Dra. Cristina Helena Ribeiro Rocha AugustinData de Defesa: 25/04/2000Banca Examinadora: Profa. Dra. Cristina Helena Ribeiro Rocha Augustin (UFMG)

Profa. Dra. Vitória Régia Peres Rocha O. Marciano (UFMG)Profa. Dra. Lylian Zulma Doris Coltrinari (USP)Prof. Dr. José Domingos Fabris (UFMG)

Área de Concentração: Geografia e Análise AmbientalResumo:As coberturas lateríticas estudadas no trabalho são encontradas na Serra do Cabral e Serra da Água Fria no noroeste do estado de Minas Gerais, e recobrem partes significativas das superfícies de aplanamento meso-cenozóicas.Através do estudo das coberturas, efetuado à partir de dez perfis lateríticos avaliados por meio de análises física, química e mineralógica, foi possível observar quanto a sua possível gênese que: os perfis três, quatro e cinco apresentaram forte influência do substrato rochoso quando analisados principalmente os atributos químicos e mineralógicos. Os demais perfis, apresentaram composição química e mineralógica muito semelhante a do substrato predominante na área caracterizado pelas rochas do Supergrupo Espinhaço e não possibilitaram uma individualização quanto as Formações contidas nesse supergrupo.A interpretação geomorfológica evolutiva da área e a das análises químicas através de leitura por absorção atômica para Fe(d) – ferro cristalino, extraído com DCB (Citrato Ditionito Bicarbonato) e Fe(o) - ferro amorfo, extraído com oxalato de amônio, revelaram que dois dos perfis estão situados em superfícies de aplanamento distintas. A mais antiga corresponde às cotas altimétricas mais elevadas e a mais recente à cotas altimétricas mais baixas. O que permitiu avaliar que provavelmente não ocorreu uma inversão de relevo foi a interpretação evolutiva geomorfológica, bem como a relação utilizada de Fe(d)/Fe(o) para avaliar a cristalinidade do ferro, indicativa do grau de evolução do perfil laterítico e os índices de intemperismo. O perfil situado sobre a superfície mais recente apresenta quantidades menores de ferro cristalino (que corresponde menor tempo de evolução não permitindo a cristalização completa do ferro) os índices de intemperismo apresentam uma maturidade menor para o perfil sobre a superfície mais jovem.

60 - Título: DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DA BACIA DO RIBEIRÃO DO CHIQUEIRO, MUNICÍPIO DE GOUVEIA – MG. UMA ABORDAGEM A PARTIR DA ECOLOGIA DA PAISAGEM.Autor: Luis Fernando Ortiz QuinteroOrientadora: Profa. Dra. Cristina Helena Ribeiro Rocha AugustinData de Defesa: 27/06/2000Banca Examinadora: Profa. Dra. Cristina Helena Ribeiro Rocha Augustin (UFMG)

Profa. Dra. Claudete Aparecida Dallevedove Baccaro (UFU)Prof. Dr. Rodrigo Pinto da Matta Machado (UFMG)Prof. Dr. Roberto Célio Valadão (UFMG)

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Área de Concentração: Geografia e Análise AmbientalResumo:Este trabalho tem como objetivo principal a identificação das unidades paisagísticas da bacia do Ribeirão do Chiqueiro a partir da cobertura vegetal, dos solos e da geomorfologia, propostos pela Ecologia da Paisagem como elementos sínteses. Buscou-se também identificar a problemática ambiental gerada nestas unidades, como consequência das formas de uso e manejo que historicamente vem sofrendo seus recursos naturais. Selecionou-se dez vertentes em toda a bacia como unidades amostrais, identificando-se em cada uma delas, três sítios geomorfológicos correspondentes às suas partes alta, média e baixa, nos quais foram coletados dados sobre vegetação, solos, forma de uso e manejo dos recursos naturais. A análise estatística destes dados permitiu caracterizar o tipo de cerrado da bacia e auxiliar na identificação de unidades de paisagem. Foram reconhecidos cindo geo-ambientes: Serras quartzíticas com vegetação de campo litolítico, Superfície residual quartzítica com vegetação de campo de altitude, Superfície residual do complexo granítico com vegetação de cerrado degradado, Superfície residual retrabalhada em metabásicas com vegetação de cerrado típico e Fundo de vale com mata de galeria muito alterada. Para cada uma das unidades foram caracterizados os aspectos geomorfológicos, edáficos, florísticos, bem como as formas de uso, problemática e oferta ambiental.

61 - Título: DISPONIBILIDADE DE ÁGUA NA BACIA DO RIO SÃO MIGUEL E A PROBLEMÁTICA AMBIENTAL, FÍSICA E SÓCIO-ECONÔMICA.Autora: Norma Angélica Hernández BernalOrientador: Prof. Dr. Aílton Mota de CarvalhoData de Defesa: 04/08/2000Banca Examinadora: Prof. Dr. Aílton Mota de Carvalho (UFMG)

Prof. Dr. Marcos Antônio Pedlowski (UENF)Profa. Dra. Heloisa Soares de Moura Costa (UFMG)

Área de Concentração: Geografia e Análise AmbientalResumo:A distribuição e a disponibilidade da água está em função das diferentes características geográficas que ocorrem no planeta. Nas regiões áridas, a disponibilidade deste recurso ve-se agravada pela condições de degradação do ambiente que tem gerado os sistemas econômicos de produção. Este fenômeno é constante na região norte e nordeste do Estado de Minas Gerais. A área de estudo deste trabalho constitui uma sub-bacia na parte média do rio Jequitinhonha. Elaborou-se uma estimativa da disponibilidade de água para bacia. Para isto, realizaram-se as análises geomorfológica, hidrográfica e hidrológica, assim como da percepção ambiental dos moradores da bacia. Foi evidenciado um processo de diminuição dos volumes de água no rio São Miguel, derivado de mudanças climáticas regionais e acentuado pela influência do fenômeno da seca e dos processos derivados das atividades antrópicas. A problemática da bacia estudada é um reflexo do que acontece num nível de maior abrangência espacial, com condições físicas, econômicas, sociais e culturais que interatuam e que fazem desta uma situação muito complexa.

62 - Título: ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO TURÍSTICO DE MUNICÍPIOS MINEIROS: UMA PROPOSTA METODOLÓGICA.Autora: Cláudia Freitas MagalhãesOrientador: Prof. Dr. Marcos Roberto Moreira Ribeiro

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Data de Defesa: 06/11/2000Banca Examinadora: Prof. Dr. Marcos Roberto Moreira Ribeiro (UFMG)

Profa. Dra. Heloisa Soares de Moura Costa (UFMG)Prof. Dr. Herbe Xavier (PUC-MG)

Área de Concentração: Geografia e Organização Humana do EspaçoResumo:O trabalho desenvolvido propõe o aprimoramento da metodologia “Diagnóstico e Diretrizes Turísticas de Municípios Mineiros” com o objetivo de contribuir para o planejamento sustentável da atividade turística no Estado de Minas Gerais. Desta forma, elaboraram-se mecanismos que possibilitem o conhecimento do espaço municipal para valorização de sua potencialidade turística, permitindo a participação da comunidade no processo de planejamento e organização do espaço e incentivando o envolvimento de todos os segmentos da comunidade para o desenvolvimento da atividade, permitindo assim a distribuição equitativa dos benefícios gerados a partir do incremento do turismo no município.Ademais, todas as possibilidades de aproveitamento turístico do município são espacializadas, utilizando-se técnicas cartográficas para melhor visualização da organização espacial e facilitando o planejamento.Após a preparação do método, julgou-se oportuno testá-lo, com o intuito de estabelecer uma comparação entre os dois procedimentos, além de avaliar sua eficácia.Os resultados alcançados foram satisfatórios, aprimorando-se alguns pontos que se mostravam insuficientes e obscuros, o que possibilitou a inclusão dos princípios do turismo sustentável na base da estrutura do planejamento turístico para os municípios.Justifica-se esta proposta, não só pela concepção preservacionista que a permeia, também em razão de uma demanda crescente por pesquisas e projetos nesta área de conhecimento, em decorrência do estímulo que vem sendo dado à atividade turística. Além disto, pretende-se possibilitar aos estudantes, aos órgãos públicos e aos técnicos em turismo, atender, de forma científica, esta demanda.

63 - Título: SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS PARA AUXILIAR NO DESENVOLVIMENTO LOCAL, ENDÓGENO E SUSTENTÁVEL DE MUNICÍPIOS DE PEQUENO PORTE: O CASO DE JABOTICATUBAS.Autor: Márcio Marques MachadoOrientadora: Profa. Dra. Janine Gisèle Le SannData de Defesa: 31/01/2001Banca Examinadora: Profa. Dra. Janine Gisèle Le Sann (UFMG)

Profa. Dra. Sandra Maria Fonseca da Costa (UNIVAP)Prof. Dr. Rodrigo Pinto da Matta Machado (UFMG)Dr. Clodoveu Augusto David Júnior (PRODABEL)

Área de Concentração: Geografia e Organização Humana do EspaçoResumo:As observações entre a teoria e a prática do desenvolvimento socioeconômico sustentável, e o emprego de tecnologia de geoprocessamento como uma ferramenta auxiliar na compreensão desse fenômeno, trazem neste estudo uma tentativa de demonstrar a viabilidade de se impelementar o Sistema de Processamento de Informações Georeferenciadas – SPRING em municípios de pequeno porte. O estudo do caso de Jaboticatubas tem sua motivação porque, no contexto da região metropolitana de Belo Horizonte, concorrem para uma situação de conflito o uso potencial turístico, representado pelo Parque Nacional da Serra do Cipó, e a pressão avassaladora de expansão urbana, de maneira desordenada e sem continuidade das áreas

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consolidadas. O objetivo é a análise da viabilidade de se implementar aquela ferramenta de geoprocessamento, associada ao de Sistema de Posicionamento Global – GPS para auxiliar a sociedade local representar a sustentabilidade de seus recursos naturais e culturais.

64 - Título: DIRETRIZES PARA ESCOLHA E ELABORAÇÃO DE UM INSTRUMENTO CARTOGRÁFICO DE APOIO AO PLANEJAMENTO REGIONAL METROPOLITANO: O CASO DA GRANDE VITÓRIA-ES.Autor: Tony Vinícius Moreira SampaioOrientadora: Profa. Dra. Janine Gisèle Le SannData de Defesa: 01/02/2001Banca Examinadora: Profa. Dra. Janine Gisèle Le Sann (UFMG)

Profa. Dra. Heloisa Soares de Moura Costa (UFMG)Profa. Dra. Sandra Maria Fonseca da Costa (UNIVAP)

Área de Concentração: Geografia e Organização Humana do EspaçoResumo:O presente trabalho se refere à escolha de uma metodologia cartográfica a ser utilizada enquanto ferramenta de apoio ao planejamento e monitoramento regional metropolitano e, para tanto, foi utilizado como referência dados da Região Metropolitana da Grande Vitória – ES.Para a escolha da metodologia cartográfica, foi analisado o tipo de planejamento que vem sendo adotado nas regiões metropolitanas brasileiras, previsto pela Constituição Federal do Brasil de 1988. Ainda, foram definidos os termos “Planejamento” e “Região Metropolitana” com objetivo de justificar as opções adotadas ao longo do trabalho.Uma relação das variáveis a serem utilizadas no planejamento e monitoramento regional metropolitano, bem com a forma de agrupamento das mesma foi apresentada tomando-se com base de referência às relações utilizadas pelas Regiões Metropolitanas de Belo Horizonte e da Grande Vitória.A forma de agrupamento das variáveis foi baseada nas indicações bibliográficas de autores e instituições envolvidas no modelo de planejamento descrito no trabalho.Uma vez determinado o modelo de planejamento regional metropolitano e uma relação inicial das variáveis a serem utilizadas, foi definido o perfil das pessoas envolvidas neste processo, ou seja, dos usuários da metodologia e do material cartográfico a ser utilizado com apoio ao planejamento e monitoramento.Também foi realizada uma descrição das principais características das metodologias utilizadas como apoio ao planejamento e monitoramento regional metropolitano (Sistemas de Informação Geográfica e Atlas) que, somada a descrição do perfil dos usuários, determinou a escolha das metodologia a ser adotada, no caso, Atlas.Uma vez definida a metodologia, foram estabelecidas as diretrizes para a elaboração dos instrumentos pautados nesta, tomando-se com base os princípios da Semiologia Gráfica que regem a construção de mapas e gráficos, aplicando-se ao perfil do usuário definido.Finalmente, foi apresentada uma discussão sobre o uso de dados quantitativos, objetivando alertar os elaboradores de documentos cartográficos quanto à formação e delimitação de intervalos de classes de dados.

65 - Título: TURISMO RURAL: FAZENDA E POUSADA.Autor: João Lourenço dos AnjosOrientador: Prof. Dr. Allaoua Saadi

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Data de Defesa: 08/02/2001Banca Examinadora: Prof. Dr. Allaoua Saadi (UFMG)

Prof. Dr. Marcos Roberto Moreira Ribeiro (UFMG)Prof. Dr. Herbe Xavier (PUC-MG)

Área de Concentração: Geografia e Análise AmbientalResumo:TURISMO RURAL: fazenda e pousada analisa a possibilidade de aproveitamento das propriedades rurais construídas do século XVIII ao século XX nos municípios de Arcos, Doresópolis e Pains (MG), situados no Alto São Francisco, para a concepção de uma estrutura de hospedagem visando ao desenvolvimento do turismo rural, baseado na exploração do potencial geoecológico dos ambientes cársticos. A intenção, ao realizar o estudo, foi dimensionar e qualificar o potencial para turismo rural nos municípios envolvidos, podendo, com base nisso, avaliar as condições para sua implantação. A implantação de pousadas e outros meios de hospedagem e, consequentemente, o seu detalhamento, seria realizada após planificações específicas para uma fazenda ou um circuito.A hipótese geral é que a exploração do turismo ecológico na região de Arcos, Doresópolis e Pains carece de uma estrutura de recepção e que o aproveitamento das fazendas centenárias pelos seus moradores para oferecer hospedagem em harmonia com a natureza é a melhor forma de se integrarem nesse processo e de preservar os recursos histórico-culturais e ambientais.O trabalho discute os conceitos básicos de turismo e sua contextualização no Brasil e em Minas Gerais, bem como relata sobre o turismo em espaço rural na Europa, especialmente na Espanha e em Portugal, chegando à forma sugerida para a Província Cárstica de Arcos, Pains e Doresópolis: o turismo rural.O potencial para turismo rural das propriedades é analisado como um todo, vinculado às políticas públicas municipais, regional e estadual, respeitando as características próprias e a população da região de estudo. Elabora um elenco de sugestões para a implantação do turismo rural.

66 - Título: CORRELAÇÕES ENTRE A NIDIFICAÇÃO DE TÉRMITAS E FORMIGAS NAS VERTENTES EM GOUVEIA, MINAS GERAIS, E A ALTERAÇÃO DOS TEORES DE NUTRIENTES NOS SOLOS.Autora: Janise Bruno DiasOrientadora: Profa. Dra. Cristina Helena Ribeiro Rocha AugustinData de Defesa: 08/02/2001Banca Examinadora: Profa. Dra. Cristina Helena Ribeiro Rocha Augustin (UFMG)

Profa. Dra. Cristiane Valéria de Oliveira (UFMG)Prof. Dr. José Pires de Lemos Filho (UFMG)

Área de Concentração: Geografia e Análise AmbientalResumo:Este trabalho foi realizado com o propósito de demonstrar a correlação entre a nidificação de térmitas (Isoptera) e formigas (Hymenoptera) sobre as vertentes, e a alteração dos teores de nutrientes no horizonte superficial dos solos próximos aos ninhos e, ainda, a influência sobre a fertilidade dos solos estudados.A região analisada apresenta solos desenvolvidos sobre o “Embasamento Cristalino” constituído pelo Complexo Granitóide de Gouveia e as formações do Supergrupo Paraúna. Os solos são muito intemperizados e possuem baixa concentração de Ca, Mg, K, P, N e altos teores de óxidos de Al e Fe. Este estudo foi desenvolvido em trinta pontos de dez vertentes, na bacia do Ribeirão do Chiqueiro, no município de Gouveia,

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Minas Gerais, onde vários “geomorphological sites” (sítios geomorfológicos) foram identificados e perfis edáficos foram abertos. Foi observado que existe uma relação entre as propriedades físicas e químicas dos solos e a disponibilidade de nutrientes, relacionadas à presença dos ninhos de térmitas e formigas, favorecendo uma melhor colonização vegetal da área. Foi encontrado uma maior concentração de nutrientes (Ca, Mg, K, P, N) nas amostras de horizontes superficiais próximo aos ninhos e nos próprios ninhos.A forma e o tamanho dos ninhos amostrados demonstraram a existência de um padrão de comportamento relacionado à localização dos ninhos dentro da vertente. A evolução do tamanho e a forma dos ninhos são diretamente relacionados às características morfológicas desenvolvidas nos perfis edáficos, estando, também, relacionados à posição na vertente e diferenças litológicas.Os dados demonstraram que essa mesofauna faz a seleção do material edáfico para construção dos ninhos, e, consequentemente, desempenha um papel importante na reciclagem e na formação dos solos da região.

67 - Título: O MEIO NATURAL E O ECOTURISMO EM BELO HORIZONTE.Autora: Lídia Maria dos SantosOrientador: Prof. Dr. Allaoua SaadiData de Defesa: 09/02/2001Banca Examinadora: Prof. Dr. Allaoua Saadi (UFMG)

Prof. Dr. Marcos Roberto Moreira Ribeiro (UFMG)Prof. Dr. Herbe Xavier (PUC-MG)

Área de Concentração: Geografia e Análise AmbientalResumo:O objetivo deste trabalho é registrar a situação atual das áreas naturais existentes no município de Belo Horizonte, a fim de ressaltar sua importância, no contexto global, e a necessidade de sua preservação.Para que esse objetivo preservacionista seja alcançado, a pesquisa aponta o caminho do ecoturismo pedagógico. Este é mostrado como viável pelos recursos e reservas naturais que a Cidade ainda dipõe.O levantamento das áreas naturais e sua caracterização fundamentam-se em estudos de autores consagrados. Esses estudos, de natureza temática, aparecem aqui integrados.Ao final do trabalho, apresenta-se uma sugestão de um plano de gestão ecoturística para Belo Horizonte, baseado nos dados levantados pela pesquisa.

68 - Título: OS TECNOPÓLOS COM ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO.Autor: Normandes Lage ClementeOrientadora: Profa. Dra. Heloisa Soares de Moura CostaData de Defesa: 15/02/2001Banca Examinadora: Profa. Dra. Heloisa Soares de Moura Costa (UFMG)

Prof. Dr. Geraldo Magela Costa (UFMG)Prof. Dr. Oswaldo Bueno Amorim Filho (PUC-MG)

Área de Concentração: Geografia e Organização Humana do EspaçoResumo:Os tecnopólos surgem como importante estratégia de desenvolvimento industrial e tecnológico, a partir da década de 70, quando a crise econômica pela qual passavam as economias centrais leva à busca de novas alternativas de crescimento econômico. Nos países periféricos esta estratégia é tomada como modelo, porém, não apresenta os mesmos resultados devido a diversos entraves que se apresentaram. No Brasil algumas

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experiências foram, de certa forma, bem sucedidas e se configuram hoje como importantes centros de desenvolvimento tecnológico. Outras experiências, como a de Itajubá que aqui é tomada com estudo de caso, não chegam a se consolidar, mas se destacam com iniciativas de valorização das potencialidades regionais. Para a análise deste tema foram desenvolvidos estudos sobre os tecnopólos de diversos países, com Estados Unidos, Canadá, França e Japão, entre outros. O intuito desta avaliação é a busca de certos elementos que se destaquem com essenciais para a formação de tecnopólos. A partir da formação deste quadro de características, avaliou-se a verdadeira situação dos tecnopólos brasileiros. Buscou-se, ainda, avaliar a participação dos diversos agentes constituidores deste espaço, entre eles o Estado e as instituições privadas. Trabalhos de campo, revisão bibliográfica e entrevistas foram as principais técnicas utilizadas na produção dos dados e análises aqui apresentados.

69- Título: DIMENSÕES SÓCIO-ESPACIAIS DERIVADAS DAS TEORIAS NEOCLÁSSICAS EMARXISTAS A CERCA DA LOCALIZAÇÃO INDUSTRIAL.Autor: Carlos Eduardo Flores de AraújoOrientador: Prof. Dr. Allaoua SaadiData de Defesa: 16/02/2001Banca Examinadora: Prof. Dr. Ralfo Edmundo da Silva Matos (UFMG)

Prof. Dr. Geraldo Magela Costa (UFMG)Prof. Dr. Ricardo Carneiro (Fundação João Pinheiro)

Área de Concentração: Geografia e Organização Humana do EspaçoResumo:Apresenta e discute determinadas teorias acerca da localização das atividades industriais, sob o enfoque da teoria econômica neoclássica e da economia política marxista.Discute os pressupostos adotados pela Teoria Neoclássica apresentando os principais modelos representativos da Teoria Clássica da Localização desenvolvidos por Weber e Lösch procedendo a uma análise crítica no que se refere às abordagens direcionadas aos fatores de localização utilizados nos modelos da Teoria Clássica e as abordagens comportamentais do processo decisório atribuído aos agentes econômicos.Relaciona as principais distinções entre os princípios da Teoria Neoclássica e suas respectivas derivações com os princípios empregados na Teoria Marxista.Soba a perspectiva marxista analisa a teoria dos conflitos de Classe desenvolvida por Stoper e Walker, a Teoria da Acumulação de Capital de David Harvey e lógica da localização das atividades industriais contemporâneas baseadas em alguns expoentes da Escola Francesa da Regulação.

70- Título: CARACTERIZAÇÃO HIDROLÓGICA DA ZONA NÃO SATURADA DO SOLO EM TRÊS VERTENTES LOCALIZADAS NA BACIA DO RIBEIRÃO DO CHIQUEIRO, GOUVEIA, MG, SERRA DO ESPINHAÇO MERIDIONAL..Autor: Rodrigo Ádamo GonçalvesOrientadora: Profa. Dra. Cristina Helena Ribeiro Rocha AugustinData de Defesa: 22/02/2001Banca Examinadora: Profa. Dra. Cristina Helena Ribeiro Rocha Augustin (UFMG)

Profa. Dra. Magda Luzimar de Abreu (UFMG)Prof. Dr. Nélson Ferreira Fernandes (UFRJ)Prof. Msc. Paulo Roberto Antunes Aranha (UFMG)

Área de Concentração: Geografia e Análise AmbientalResumo:

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O estudo da tensão da água no solo, conhecida como carga de pressão (Hp) dentre várias outras designações, tem sido desenvolvido desde início do século XX tendo como precursor o cientista Buckingham que definiu o potencial capilar. Para a obtenção dos dados neste tipo de estudo é utilizado o tensiômetro. Este aparelho é amplamente usado devido seu baixo custo, fácil construção e manuseio e por provir, desde que bem construído e usado, dados confiáveis. O mesmo tem tido, basicamente, duas funções, projetos de irrigação e caracterização dos fluxos subterrâneos da água. Nesta pesquisa o tensiômetro foi utilizado neste segundo caso. Obtiveram-se os dados de Hp, Hg e Ht em três vertentes da bacia do ribeirão do Chiqueiro, em Gouveia/MG, município localizado na parte meridional da serra do Espinhaço. Foram implantadas três baterias, com três tensiômetros cada, nas vertentes 1 e 3 e, devido a problemas pedológicos, duas baterias na vertente 2. Cada bateria encontrava-se na alta, média e baixa vertente e os tensiômetros estavam enterrados a 10, 30 e 70 cm da superfície do solo. Fez-se a coleta de dados durante 24 dias (14 de março a 06 de abril de 2000), iniciando este período com chuvas e terminando em seca, ou seja, períodos de recarga e de drenagem. Fez-se, ainda, um estudo do solo onde cada bateria encontrava-se. Através das análises gráfica e estatística e do cruzamento dos dados de Hp com os pedológicos, concluiu-se existirem diferenças significantes entre as duas primeiras vertentes em relação a terceira vertente.

71- Título: A GEOGRAFIA DA IMPRENSA EM MINAS GERAIS NO SÉCULO XIX: UMA CONEXÃO COM A REDE DE CIDADES DA PROVÍNCIA.Autor: João Luiz Traverso GonçalvesOrientador: Prof. Dr. Ralfo Edmundo da Silva MatosData de Defesa: 01/03/2001Banca Examinadora: Prof. Dr. Ralfo Edmundo da Silva Matos (UFMG)

Profa. Dra Márcia Maria Duarte dos Santos (UFMG)Prof. Dr. Oswaldo Bueno Amorim Filho (PUC-MG)

Área de Concentração: Geografia e Organização Humana do EspaçoResumo:Esta dissertação tem por objetivo o estudo da implantação da imprensa em Minas Gerais durante o século XIX e as suas conexões com as redes de cidades da Província. Como a atividade da imprensa provincial está diretamente ligada às localidades que a acolhem, uma vez que este é o seu foco temático preferencial, contemplou-se, neste trabalho, a identificação de prováveis relações entre as cidades e os jornais.Sabendo-se que uma das quatro funções da imprensa é a econômica e social, deu-se ênfase à pesquisa sobre as suas características, desde o advento da invenção dos tipos móveis (no século XV) até a atualidade, verificando-se que, em mais de cinco séculos de existência, ela tem sido uma atividade essencialmente urbana. As funções política, educativa e de entreterimento também direcionam a imprensa para o setor industrial urbano, ainda que, hoje, com os recursos eletrônicos disponíveis, a informação possa dispensar, muitas vezes, o papel como meio físico para a sua veiculação.O século XIX foi singular não só para a imprensa mineira, como para a brasileira: além de sua instalação no país, ela chegava em um período de grandes mudanças políticas, econômicas e sociais. Ocorreram a vinda da família real portuguesa para o Brasil; a Independência; o declínio da extração aurífera e diamantina de aluvião; o início da revolução industrial tardia; o surgimento da classe média; o fim do regime de monopólio, mas a aparição da concorrência do comércio internacional; o endividamento externo e o avanço da inflação interna; o fim da escravatura; a implantação das primeiras ferrovias; o início da produção de energia hidrelétrica; a criação dos pioneiros

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cursos superiores; a aceleração do processo de urbanização, entre outros acontecimentos relevantes.Ao contrário do que muitos chegaram a defender no passado, Minas não havia ingressado, no oitocentos, em um quadro de depressão econômica, depois do boom minerário do século XVIII. Com uma economia dinâmica, a Província cresceu, urbanizou-se e ganhou uma imprensa que, para os recursos tipográficos da época e os níveis de renda e escolaridade da população, impressiona tanto pelos números das publicações quanto pela capacidade que muitas cidades tiveram para manter mais de um jornal por até sete décadas. Impressiona ainda mais quando se tem que Minas só conseguiu publicar a sua primeira gazeta em fins de 1823, em Ouro Preto, que viria a ser a detentora do recorde de títulos – 163, no período 1823 a 1897 -, como cidade primaz da principal rede urbana provincial na primeira metade do século XIX.

72- Título: ESTRUTURAÇÃO E REESTRUTURAÇÕES TERRITORIAIS DA REGIÃO DO JEQUITINHONHA EM MINAS GERAIS.Autor: Marcos Antônio NunesOrientador: Prof. Dr. Ralfo Edmundo da Silva MatosData de Defesa: 02/03/2001Banca Examinadora: Prof. Dr. Ralfo Edmundo da Silva Matos (UFMG)

Prof. Dr. Cássio Eduardo Viana Hissa (UFMG)Prof. Dr. Roberto Nascimento Rodrigues (UFMG)

Área de Concentração: Geografia e Organização Humana do EspaçoResumo:Relata aspectos geo-históricos e a evolução das conformações sócio-espaciais do Vale do Jequitinhonha, através do estudo dos principais fatores condicionantes da estruturação e reestruturação sócio-econômica da região. Acompanha a evolução da fragmentação territorial e a identificação dos aspectos subjacentes aos surtos emancipacionistas ocorridos no Brasil e em Minas Gerais.Enfoca o papel institucional e político dos municípios, desde o Brasil-Colônia em conformidade com as constituições brasileiras até a de 1988; retrata o início do povoamento e o surgimento dos primeiros municípios na região, destacando características e importância do setor agropecuário e suas relações de complementaridade com as atividades mineradoras.Analisa o setor de mineração, as alternativas econômicas adotadas para superação de crise no setor e as migrações advindas dessa crise e a consequente ocupação de outros subespaços da região.Analisa o período pós-1930 até o surto emancipacionista de 1962; descreve acontecimentos políticos e econômicos que influíram na formação de novos municípios mineiros e no declínio da participação econômica e demográfica da região no Estado e inicia discussão acerca das emancipações distritais.Descreve as transformações ocorridas na estrutura agrária, focalizando, principalmente a sivicultura de eucalipto e a cultura de café.Aborda os aspectos jurídicos e sua repercussões na fragmentação territorial de Minas Gerais e do Vale do Jequitinhonha, destacando vantagens e desvatagens das emancipações para a região.

73- Título: PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO E MARKETING DAS CIDADES: MITOS E VERDADES.Autora: Raquel Garcia GonçalvesOrientador: Prof. Dr. Geraldo Magela Costa

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Data de Defesa: 08/03/2001Banca Examinadora: Prof. Dr. Geraldo Magela Costa (UFMG)

Profa. Dra. Heloisa Soares de Moura Costa (UFMG)Prof. Dr. Carlos Vainer (UFRJ)

Área de Concentração: Geografia e Organização Humana do EspaçoResumo:Nos últimos tempos, muito vem se falando e discutindo a respeito de algumas recentes idéias situadas no campo do planejamento e das políticas urbanas.Entre essas idéias incluem-se os planos estratégicos e as estratégias de marketing (city marketing), instrumentos amplamente divulgados por consultores e agências estrangeiras e, incorporados, rapidamente, como uma “grande inovação”, por um número crescente de cidades.Este fato tem levado ao surgimento de diferentes abordagens ou correntes de pensamento. De um lado, estão aqueles que propagam e defendem essas novas formas de planejamento e, na outra vertente, aqueles que criticam e até mesmo repudiam esses mais recentes instrumentos. No entanto, por muitas vezes, o debate acadêmico que vem sendo realizado mostra-se mais polarizado do que a própria prática permite constatar.De forma sintética, podemos colocar que uma das principais preocupações que envolve este trabalho está relacionada à emergência e análise desses “novos” modelos e práticas que se referem ao território e às cidades. Assim, esta dissertação tem como objetivo analisar o planejamento urbano atual, em especial o planejamento estratégico (em suas diferentes abordagens) e o marketing das cidades.A proposta é discutir a literatura vigente sobre o tema e procurar entender, interpretar e ilustrar o estudo teórico, por meio de exemplificações de experiências e práticas concretas de planejamento, realizadas recentemente.O objetivo final é ampliar o debate, as reflexões e a problematização acerca das principais estratégias de desenvolvimento utilizadas (ou das estratégias mais expressivamente divulgadas) no atual contexto em que nos encontramos, verificando e analisando as verdades e os mitos que são gerados e/ou alimentados por esses novos instrumentos das políticas urbanas.

74- Título: ANÁLISE DO CAMPO TÉRMICO E HÍGRICO EM BELO HORIZONTE..Autor: Wellington Lopes AssisOrientador: Profa. Dra. Magda Luzimar de AbreuData de Defesa: 08/06/2001Banca Examinadora: Profa. Dra. Magda Luzimar de Abreu (UFMG)

Profa. Dra. Heloisa Soares de Moura Costa (UFMG)Profa. Dra. Eleonora Sad Assis (UFMG)

Área de Concentração: Geografia e Análise AmbientalResumo:O trabalho teve como objetivo conhecer as interações entre a urbanização e os parâmetros meteorológicos no sítio de Belo Horizonte que conformam as diferenciadas características microclimáticas dentro do município. Avaliou-se as condições topoclimáticas através de aferições locais realizadas em dois trabalhos de campo. No primeiro experimento, foram distribuídos os abrigos meteorológicos ao longo de um transecto longitudinal norte-sul, abarcando tipologias de uso e ocupação do solo e unidades morfológicas diferenciadas. No segundo experimento, a coleta dos dados foi realizada no hipercentro da cidade, observando-se assim as flutuações horárias da ilha de calor. Confirmou-se as suposições dos modelos teóricos que afirmam que a

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excessiva impermeabilização do solo, a verticalização, o adensamento das edificações e a arborização deficitária influenciam de forma significativa o desempenho térmico e hígrico da baixa atmosfera.

75- Título: DESENVOLVIMENTO E QUALIDADE DE VIDA: RELAÇÕES ENTRE AS VARIÁVEIS ECONÔMICAS E OS INDICADORES SOCIAIS DOS MUNICÍPIOS DE MINAS GERAIS.Autor: Carlos Fernando Ferreira LoboOrientador: Prof. Dr. Ralfo Edmundo da Silva MatosData de Defesa: 29/08/2001Banca Examinadora: Prof. Dr. Ralfo Edmundo da Silva Matos (UFMG)

Prof. Dr. Roberto do Nascimento Rodrigues (UFMG)Prof. Msc. Antônio Augusto Prates (UFMG)

Área de Concentração: Geografia e Organização Humana do EspaçoResumo:Essa pesquisa, ao rediscutir conceitos como os de desenvolvimento econômico, sustentável e humano buscou avaliar alguns dos encadeamentos existentes entre determinados indicadores de desenvolvimento e as variáveis relativas à expansão da economia. A partir de um breve apanhado das principais abordagens teóricas, com o objetivo de verificar a possível abrangência do crescimento econômico, utilizou-se um conjunto de indicadores referentes aos municípios de Minas Gerais em 1970, 1980 e 1991, conforme devisão municipal de 1991. As informações utilizada dizem respeito à renda familiar média, taxa de mortalidade infantil e a escolaridade média, analisadas conforme valores absolutos e em relação às variações médias, verificadas para o grupo específico dos municípios de baixa renda. Os resultados obtidos não confirmaram a hipótese testada, apesar de indicarem uma associação entre a renda familiar e os indicadores mortalidade e escolaridade, sobretudo para esse último. Ou seja, não há elementos que assegurem ser a renda determinante para o nível de desenvolvimento municipal. Vários exemplos comprovaram que determinados municípios atingiram bons resultados nos indicadores analisados, mesmo diante de situações de baixo desempenho econômico.

76- Título: DO ARRAIAL À CIDADE HIGIÊNICA: A QUESTÃO SANITÁRIA EM BELO HORIZONTE (1893-1930).Autor: Reginaldo Gonçalves de SouzaOrientador: Prof. Dr. Geraldo Magela CostaData de Defesa: 12/12/2001Banca Examinadora: Prof. Dr. Geraldo Magela Costa (UFMG)

Prof. Dr. Sérgio Manuel Merêncio Martins (UFMG)Prof. Dr. Délcio da Fonseca Sobrinho (UFMG)

Área de Concentração: Geografia e Organização Humana do EspaçoResumo:Este trabalho aborda o processo de idealização e criação da cidade de Belo Horizonte.Parte da premissa de que a cidade foi construída a partir de alguns pressupostos urbano-higienistas característicos do século XIX que tomavam por norte certas idéias como a salubridade urbana, a funcionalidade e ainda o embelezamento monumental e promoviam uma ampla reestruturação da cidade ocidental.Ele também aborda o processo de seleção do antigo arraial do Curral d`El Rei para sediar a nova capital do estado. Evidencia algumas manobras políticas neste processo e tenta reconstruir o verdadeiro quadro sanitário daquela localidade.

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Ele ainda tenta contrapor os sonhos de se estabelecer um espaço totalmente saudável e funcional (presentes desde o início no plano da cidade) às ações dos grupos sociais, principalmente aquelas realizadas pelo poder público – nem sempre condizentes com as proposições originais do projeto.Finalmente, ele constata que até a década de 1930, mesmo sendo gerada a partir dos tais pressupostos higienistas, Belo Horizonte não se tornou realmente um espaço higiênico como previam os progressistas utópicos.

77- Título: DESENVOLVIMENTO DE UM MODELO DE DESFLORESTAMENTO EM ESCALA LOCAL.Autora: Cássia da Conceição PratesOrientador: Prof. Dr. Britaldo Silveira Soares FilhoData de Defesa: 19/12/2001Banca Examinadora: Prof. Dr. Britaldo Silveira Soares Filho (UFMG)

Prof. Dr. Ralfo Edmundo da Silva Matos (UFMG)Profa. Dra. Magda Luzimar de Abreu (UFMG)Prof. Dr. Marcos Antônio Pedlowski (UENF)

Área de Concentração: Geografia e Análise AmbientalResumo:O homem, onde quer que ele esteja, é parte integrante do conjunto de todos os elementos que compõem a natureza. Em outras palavras, é parte vital de um ecossistema global. Um empreendimento, público ou privado, que implique na alteração do ambiente natural, não deveria ser levado a termo sem se conhecer previamente o nível de alteração ou degradação ambiental.O objetivo desta pesquisa foi gerar um modelo de desflorestamento em escala local para uma região de assentamento, Glebas 1 e 2 do Projeto Machadinho, Rondônia-Brasil, através da manipulação e tratamento espaço-temporal de duas bases de dados constituída por variáveis físico-ambientais e sócio-econômicos e demográficas da área de estudo.Dados coletados através de questionários realizados por equipe de pesquisadores do CEDEPLAR (Centro de Pesquisa e Planejamento Regional) – UFMG, durante aproximadamente uma década (1987-1995), foram analisados/avaliados utilizando técnicas de Geoestatística, para que se pudesse encontrar os fatores impactantes do desflorestamento na área de estudo. Desta forma, este estudo apresenta uma abordagem estatística direcionada à avaliação da influência dos fatores ambientais, sócio-econômicos e demográficos envolvidos conjuntamente na evolução da área desflorestada dos lotes domiciliares rurais do Projeto Machadinho.As covariáveis deste modelo relataram, então, que os chefes de lotes domiciliares rurais do Projeto Machadinho, Glebas 1 e 2, que apresentaram uma menor probabilidade de aumento da área desflorestada de seus lotes possuíam: uma racionalidade econômica no uso e ocupação do lote; uma maior experiência/conhecimento na/da região; uma adequação à economia urbano-rural – característica do Projeto Machadinho; e uma adequação destes colonos aos objetivos do projeto de assentamento implantado na área de estudo.

78- Título: SUSTENTABILIDADE DA AGRICULTURA FAMILIAR NA ALTA E MÉDIA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO PACUÍ, MONTES CLAROS-MG.Autora: Jussara Machado Jardim RochaOrientadora: Profa. Dra. Maria Aparecida dos Santos Tubaldini

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Data de Defesa: 20/12/2001Banca Examinadora: Profa. Dra. Maria Aparecida dos Santos Tubaldini (UFMG)

Prof. Dr. Luiz Arnaldo Fernandes (UFMG)Prof. Dr. Ernane Ronie Martins (UFMG)Msc. Maurício Roberto Fernandes (EMATER-MG)

Área de Concentração: Geografia e Organização Humana do EspaçoResumo:Esta pesquisa associou três aspectos da Geografia Agrária bastante discutidos nos últimos anos: agricultura familiar, desenvolvimento sustentável e bacia hidrográfica. Na agricultura familiar ocorreram grandes mudanças técnicas, principalmente após o processo de modernização agrícola, que acarretou inúmeras conseqüências ambientais. Assim, a Geografia Agrária passou a considerar que o desenvolvimento sustentável não deve ser apenas economicamente eficiente, mas também ecologicamente prudente e socialmente desejável. Na atualidade, as bacias hidrográficas têm sido consideradas unidades físicas naturais para a implementação de programas que visam o aumento da produção agrícola na perspectiva da sustentabilidade.A bacia do rio Pacuí é de grande importância enquanto manancial perene para o abastecimento urbano e rural de vários municípios da Zona Fisiográfica Montes Claros e, na área desta pesquisa, importante para irrigação da horticultura dos agricultores familiares, expressivos fornecedores para o mercado montesclarense. Portanto, sob a ótica do desenvolvimento sustentável, o principal objetivo da pesquisa é o de avaliar a sustentabilidade – ambiental, econômica, sociocultural – das unidades familiares de produção da alta e média bacia hidrográfica do rio Pacuí, em Montes Claros-MG.Com base nos estudos teóricos e no trabalho de campo foi definido o conceito de agrossistemas: sistemas sustentáveis, na perspectiva deste estudo, formados a partir de mudanças paulatinas, progressivas, no atual processo produtivo, numa adequação das práticas da agricultura tradicional ao menor uso das práticas modernas, buscando conciliar a conservação dos recursos naturais com a manutenção da produtividade.Esses agrossistemas foram delimitados a partir da classificação da declividade das vertentes da área da pesquisa e feitas considerações de técnicas e de manejos que pudessem, paulatinamente, mudar a atual condição e atingir a sustentabilidade.

79- Título: AVALIAÇÃO DE LIVROS DIDÁTICOS E PROPOSTA DE ATIVIDADES DIDÁTICO-PEDAGÓGICAS EM SOLOS PARA O ENSINO DE GEOGRAFIA.Autora: Alessandra Mendes CarvalhoOrientadora: Profa. Dra. Cristiane Valéria de OliveiraData de Defesa: 21/12/2001Banca Examinadora: Profa. Dra. Cristiane Valéria de Oliveira (UFMG)

Profa. Dra. Cristina Helena Ribeiro Rocha Augustin (UFMG)Prof. Dr. Rodrigo Pinto da Matta Machado (UFMG)

Área de Concentração: Geografia e Análise AmbientalResumo:Este trabalho teve como objetivo avaliar alguns livros didáticos utilizados no ensino de geografia, que tratam do assunto solo, nos níveis fundamental e médio, produzir uma cartilha para professores, com sugestão de atividades práticas e a elaboração de materiais que auxiliem no processo de ensino-aprendizagem do tema, além de avaliar o uso da cartilha em algumas escolas. Para tanto, foram necessárias pesquisas bibliográficas de livros didáticos de geografia do ensino fundamental e médio, obtidos a partir de uma lista fornecida pela Secretaria de Educação do Estado de Minas Gerais,

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onde foram selecionados aleatoriamente 11 livros; pesquisa bibliográfica sobre o estudo de solos; pesquisa bibliográfica sobre metodologia de ensino; aplicação de questionários para professores e alunos, com o objetivo de avaliar o interesse pelo assunto e a avaliação sobre a cartilha. A maior parte dos professores entrevistados considerou a geografia física importante, trabalhando com o assunto solos, e relacionando seu bom desempenho para tratar do assunto, com a formação bem estruturada na disciplina pedologia. Problemas com assuntos ligados à geografia física, muitas vezes se relacionam com a pouca atenção dada aos cursos de licenciatura. Sabe-se que muitos professores usam apenas o livro didático, como um manual a ser seguido, trabalhando quase que exclusivamente com aulas expositivas, o que demonstra que o ensino tradicional ainda domina muitas escolas. Os professores consideraram que seus alunos não se interessavam pelo assunto solos, porém a maioria dos alunos aprovou as aulas. O que se observa é a velha pedagogia tradicional, em que o professor se coloca como detentor do conhecimento e o aluno como agente passivo. Os alunos se interessaram pelo assunto, por ser algo que se relaciona facilmente com sua vivência, associado a uma abordagem clara dos conceitos que o fundamentam, de forma lógica e encadeada, levando à aprendizagem. Após aplicarem a cartilha, todos os professores relataram não precisar de conhecimento mais apurado para tratar o assunto e que se sentiram satisfeitos com o resultado das aulas, observando que os alunos conseguiram desenvolver um raciocínio lógico e encadeado sobre o assunto. Conclui-se que os livros didáticos pouco tratam deste assunto, e que aulas ligadas à sua vivência levam a compreensão e não à memorização. A cartilha é um bom instrumento para ajudar o professor na diversificação de suas aulas, mas não é útil se ele não souber usá-la, pois continuará levando os alunos a simples memorização. Os materiais paradidáticos são utilizados pelos professores, que não o aproveitam bem, e se apoiam basicamente em livros didáticos e programas curriculares, sem nenhum questionamento. A dificuldade dos alunos em aceitar a geografia física, ou assuntos com solos, está diretamente ligada ao tratamento dados pelas universidades ao curso de licenciatura, que em muitos casos fica aquém do bacharelado.

80- Título: AS RELAÇÕES ENTRE ENDOCARSTE E EXOCARSTE NA PROVÍNCIA DE ARCOS-PAINS-DORESÓPOLIS/MG.Autor: Charles Ianne Ferreira dos SantosOrientador: Prof. Dr. Allaoua SaadiData de Defesa: 04/02/2002Banca Examinadora: Prof. Dr. Allaoua Saadi (UFMG)

Prof. Dr. Roberto Célio Valadão (UFMG) Dr. Augusto Sarreiro Auler (UFMG)

Área de Concentração: Geografia e Análise AmbientalResumo:A Província Cárstica de Arcos-Pains-Doresópolis situa-se no sudoeste do estado de Minas Gerais. Geotectonicamente se encontra no limite entre o Cráton do São Francisco e a Faixa de Dobramentos Brasília. A litologia é caracterizada por filitos e calcários do Grupo Bambuí, que recobrem o embasamento gnáissico-migmatítico. A área é controlada por duas direções principais de falhamentos, N50-70W e N30-40W. No âmbito do Projeto de Desenvolvimento Sustentável realizado pelo GAGEA – Núcleo de Geomorfologia Aplicada e Gestão Ambiental – desenvolveu-se pesquisas com o intuito de caracterizar as relações entre endocarste e exocarste. A hipótese que norteou os trabalhos é a de que variações do nível de base locais e regionais deixaram impressos no endocarste (através de níveis de grutas, abrigos e marquises) e exocarste (na forma de

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patamares geomorfológicos e topos residuais) marcos correlatos. Procedeu-se então ao levantamento da altimetria da entrada das grutas além da interpretação da morfologia das mesmas e descrição dos depósitos aí situados. Foi possível identificar estreitas relações entre a morfologia das entradas e a geologia (litologia e estruturas) das rochas. Nos calcários de estrutura horizontal o desenvolvimento se dá sub-verticalmente e nos calcários de estrutura dobrada sub-horizontalmente. Os principais depósitos encontrados são o caos-de-blocos e argilas de descalcificação. Do ponto de vista espeleológico as grutas apresentam-se bastante variadas, havendo aquelas com inúmeros e variados espeleotemas e outras totalmente desprovidas destes. Os levantamentos topográficos revelaram que 55% das grutas pesquisadas encontram-se no nível paleotopográfico II (de 720 a 779m). Em alguns casos o desenvolvimento de grutas e abrigos relacionam-se nitidamente com os níveis geomorfológicos externos, confirmando em parte a hipótese colocada.

81- Título: IMPACTOS SÓCIO-AMBIENTAIS DO TURISMO: A PRODUÇÃO DO ESPAÇO URBANO EM PORTO SEGURO..Autor: Marcelo Viana RamosOrientadora: Profa. Dra. Heloisa Soares de Moura CostaData de Defesa: 26/02/2002Banca Examinadora: Profa. Dra. Heloisa Soares de Moura Costa (UFMG)

Prof. Dr. Marcos Roberto Moreira Ribeiro (UFMG) Prof. Dr. Herbe Xavier (PUC/MG)

Área de Concentração: Geografia e Organização Humana do EspaçoResumo:Esta pesquisa apresenta uma abordagem sobre a produção do espaço urbano na cidade Porto Seguro, um processo que sofreu influências de um “novo” fenômeno social e econômico, o turismo. Partindo de uma discussão que envolve urbanização, turismo e meio ambiente, o caso de Porto Seguro é analisado a partir do conceito de “urbanização turística”, através do qual se desenvolve a discussão em torno da interferência da atividade turística no contexto da produção do espaço nas diferentes áreas da cidade.Resgata-se a transformação do espaço urbano de Porto Seguro nos anos 80 e 90 e centraliza-se na análise das novas áreas urbanas que surgiram neste último período, em especial o conjunto de bairros (loteamentos) conhecido como Baianão, no qual foi feita ampla pesquisa empírica. Esta abordagem envolve a princípio, o processo de desenvolvimento do turismo associado à dependência econômica exercida por esta atividade, destacando a importância da localização litorânea e do turismo de massa no contexto da produção do espaço.Na sequência, destacam-se os impactos sócio-ambientais do turismo através da análise da urbanização, destacando-se a ação dos agentes sociais e a forma como cada um deles atua no processo de apropriação e estruturação das diferentes áreas da cidade. A partir da associação entre processo, forma e função no contexto da produção do espaço urbano, se desenvolve uma análise centrada na segregação sócio-espacial, representada neste caso pelas estratégias dos agentes e como estas resultam na “face oculta” da urbanização turística.Conclui-se o trabalho com uma discussão sobre a noção de sustentabilidade urbana, enfocando questões como justiça sócio-espacial, a contradição entre o desenvolvimento econômico (neste caso promovido pelo turismo) e o desenvolvimento urbano sustentável.

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82- Título: .MEIO AMBIENTE E CRESCIMENTO POPULACIONAL: ASPECTOS TEÓRICOS E EMPÍRICOS.Autor: João StefaniOrientador: Prof. Dr. Ralfo Edmundo da Silva MatosData de Defesa: 27/02/2002Banca Examinadora: Prof. Dr. Ralfo Edmundo da Silva Matos (UFMG)

Profa. Dra. Heloisa Soares de Moura Costa (UFMG)Prof. Dr. Daniel Joseph Hogan (UNICAMP)

Área de Concentração: Geografia e Organização Humana do EspaçoResumo: Esta pesquisa teve como objetivo principal o desenvolvimento de uma discussão acerca do tema “Meio Ambiente e Crescimento Populacional”, através de uma específica aproximação geográfica, em que utiliza-se extensões das categorais de análise lugar e espaço. A possibilidade de integrar momentos teóricos, metodológicos, e empíricos, serviu de fomento ao trabalho de consecução do objetivo principal. Um dos principais momentos desta pesquisa pode ser identificado na utilização do Censo Demográfico de 1991 (IBGE) enquanto fonte de dados “ambientais”. Foi desenvolvida uma tipologia de classificação de “condições ambientais domiciliares”. Tipologia baseada em características qualitativas de determinadas variáveis censitárias, mais precisamente, aquelas referentes à serviços e equipamentos urbanos básicos. Tendo sido aplicada sobre específicos grupos populacionais em selecionadas áreas urbanas, a tipologia indicou, através de seus resultados quali-quantitativos, que o crescimento populacional pode influenciar a produção de condições ambientais domiciliares, pressionando ou não o recurso “serviços e equipamentos urbanos básicos”. Assim, os resultados parecem negar a existência de uma relação automática entre crescimento demográfico e degradação de qualidades ambientais, de condições ambientais domiciliares, respondendo em larga medida as indagações desenvolvidas neste trabalho.

83- Título: .PERDA DE SOLO POR ESCOAMENTO SUPERFICIAL DIFUSO, EM VERTENTE DO MUNICÍPIO DE GOUVEIA – MG.Autor: Eberval MarchioroOrientador: Profa. Dra. Cristina Helena Ribeiro Rocha AugustinData de Defesa: 06/03/2002Banca Examinadora: Profa. Dra. Cristina Helena Ribeiro Rocha Augustin (UFMG) Profa. Dra. Magda Luzimar de Abreu (UFMG) Prof. Dr. Nilo de Oliveira Nascimento (UFMG) Prof. Dr. Frederico Sobreiras (UFOP)Área de Concentração: Geografia e Análise AmbientalResumo:Foram desenvolvidos estudos que visaram apontar as relações entre perda de solo e escoamento superficial, em vertente na sub-bacia do córrego Quebra, situado a noroeste do Gouveia/MG, utilizando-se de parcelas instaladas na alta, meia e baixa vertente. As perdas de solo ao longo dos eventos e os totais mensais foram realizadas nas parcelas de 100m2 (G), e suas respostas acompanharam as oscilações no escoamento superficial. Assim, tanto por evento quanto mensal, as parcelas de 100m2 (G) que apresentaram os maiores valores de perda de solo foram as que tiveram maior escoamento superficial. Utilizando-se dos dados das parcelas de 100m2 (G), foi feita uma análise de perda de solo relativa ao longo de alguns eventos de chuva, indicando que as maiores perdas relativas acontecem nos primeiros t15 minutos das chuvas, diminuindo nos t30 minutos seguintes.

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Realizou-se estudo comparativo entre escoamento superficial e perda de solo entre parcelas de 100m2 (G) e 10m2 (P), para verificar se as respostas são iguais. Os resultados indicaram que tanto a perda de solo quanto o escoamento superficial foram diferentes entre as parcelas analisadas.

84- Título: .A INCORPORAÇÃO DA DIMENSÃO AMBIENTAL NO PLANEJAMENTO: UMA DISCUSSÃO A PARTIR DO CASO DA ZONA DE ESPECIAL INTERESSE SOCIAL DA VILA CALIFÓRNIA, BELO HORIZONTE..Autora: Daniela Maria Penna Amorim Carvalho SantosOrientadora: Profa. Dra. Heloisa Soares de Moura CostaData de Defesa: 11/03/2002Banca Examinadora: Profa. Dra. Heloisa Soares de Moura Costa (UFMG) Prof. Dr. Geraldo Magela Costa (UFMG) Profa. Dra. Suzana Pasternak (USP)Área de Concentração: Geografia e Organização Humana do EspaçoResumo:Nos diversos períodos do planejamento urbano brasileiro a dimensão ambiental foi sendo incorporada, com diferentes enfoques. O momento atual coloca em destaque a questão ambiental, direcionando as ações no espaço urbano a internalizarem este tema, dentro de uma idéia de sustentabilidade urbana, buscando promover a melhoria da qualidade de vida nas cidades. O resgate das legislações urbanísticas de Belo Horizonte, desde o Plano de Aarão Reis, que deu origem à capital mineira, até os dias de hoje, revela como os aspectos ambientais eram considerados no planejamento da cidade. As favelas, representantes de uma urbanização excludente e, muitas vezes, à revelia do planejamento, apresentam-se como um desafio ao planejamento atual que se propõe a alterar a forma de atuação nessas áreas, através da inclusão de novos parâmetros. Dentro deste contexto, as favelas de Belo Horizonte, hoje Zonas de Especial Interesse Social – ZEIS, passaram a ser tratadas como um zoneamento é a regularização urbanística e fundiária. No caso das ZEIS de Belo Horizonte, a proposta de planejamento tem ocorrido em cada vila/favela e conjunto popular, encarando-os como uma realidade similar, mas que possui especificidades. Com este intuito têm sido elaborados Planos Globais Específicos – PGEs, como forma de integrar a cidade “ilegal” à cidade legal. Nesse sentido, utlizando-se do caso da ZEIS da Vila Califórnia, discute-se os limites e vantagens da utilização deste instrumento, elucidando também algumas tendências recentes da intervenção urbana atual no Brasil.

85- Título: .PRODUÇÃO DO ESPAÇO E ESPAÇO DA PRODUÇÃO.Autor: Antonio Luiz Trindade MorenoOrientador: Prof. Dr. Geraldo Magela CostaData de Defesa: 13/03/2002Banca Examinadora: Prof. Dr. Geraldo Magela Costa (UFMG)

Profa. Dra. Heloisa Soares de Moura Costa (UFMG)Profa. Dra. Maria de Lourdes Dolabela Luciano Pereira (UFMG)

Área de Concentração: Geografia e Organização Humana do EspaçoResumo: Este trabalho procura ampliar nosso entendimento sobre a produção do espaço urbano à luz de algumas das principais contribuições presentes atualmente na literatura sobre planejamento e gestão urbanas, com destaque para a competição interurbana. Para isso, abordamos o urbano enquanto ambiente construído, dotado de condições gerais de produção que propiciam os ganhos das atividades econômicas, especialmente as ligadas

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à indústria. Nesse contexto, a expansão mundial do capitalismo e o regime de acumulação correspondente são destacados uma vez que corroboram na inserção de atributos favoráveis à produção nos espaços urbanos.Desenvolvemos uma análise sobre o planejamento urbano para identificar de que modo as intervenções no espaço objetivam o aumento da produtividade das atividades econômicas. Nossa abordagem abrange desde o surgimento da urbanística moderna até os mais recentes modelos de planejamento caracterizados, explicitamente, por buscarem um espaço urbano mais competitivo e produtivo. Nessas análises, que incluem casos brasileiros, as mudanças promovidas nos espaços urbanos não são consideradas meras consequências de avanços tecnológicos, como os dos meios de comunicação e transporte. Procuramos interpretar as transformações espaciais como resultantes de processos econômicos, sociais e políticos.Como forma de ilustrar o processo de produção do espaço voltado para o aumento da produtividade das atividades econômicas, apresentamos um resgate da formação e das transformações do eixo mais industrializado da região metropolitana de Belo Horizonte, o vetor oeste. Analisamos também os mais recentes planos diretores dos principais municípios que compõem esse vetor – Belo Horizonte, Contagem e Betim – no sentido de identificar orientações direcionadas à formação de espaços favoráveis às atividades produtivas.Ao final da dissertação, tecemos considerações sobre o significado da predominância da função produtiva do espaço urbano. Apesar de considerarmos tal função importante, salientamos que ela não deve prevalecer sobre outras de caráter social e muito menos ser parâmetro único para orientar intervenções no espaço. Diante disso, levantamos a hipótese de que existem meios de romper a tendência à hegemonia dessa forma predominante de produção de espaços urbanos e sugerimos novas abordagens do tema desta dissertação a serem desenvolvidas em futuras pesquisas.

86- Título: GÊNESE E EVOLUÇÃO DO CÂNION CÁRSTICO DO ALTO RIO SÃO FRANCISCO.Autor: Marcelino Santos de MoraisOrientador: Prof. Dr. Allaoua SaadiData de Defesa: 13/03/2002Banca Examinadora: Prof. Dr. Allaoua Saadi (UFMG)

Prof. Dr. Ivo Karmann (USP)Prof. Dr. Augusto Sarreiro Auler (UFMG)

Área de Concentração: Geografia e Análise AmbientalResumo:A área enfocada nesta pesquisa está localizada aproximadamente 200 Km a Oeste de Belo Horizonte, constituindo uma unidade morfológica representativa da Província Cárstica de Arcos-Pains-Doresópolis. Num contexto geológico e geomorfológico, o Cânion Cárstico do Rio São Francisco está próximo ao contato do Cráton do São Francisco e dos domínios das faixas móveis proterozóicas sendo então afetado por deformações tectônicas pretéritas e recentes.O objetivo do presente trabalho busca o entendimento da geomorfogênese, dos controles litológicos e estruturais do carste, da determinação das relações funcionais entre as feições exocársticas e endocársticas e dos testemunhos da dinâmica fluvial presente, responsável pela gênese e dinâmica do Cânion Cárstico.Os estudos consistiram na análise e interpretação de fotografias aéreas, mapas topográficos; no mapeamento e descrição dos elementos morfológicos presentes na área. Estes estudos deram o embasamento teórico e prático necessário para a análise e

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crítica dos modelos de gênese e dinâmica de Cânions Cársticos proposto por Nicod, onde o autor propõe a gênese dos Cânions pelo abatimento de tetos de caverna ou pela simples escavação das rochas carbonáticas imposta pela dinâmica fluvial.Com os resultados obtidos foi possível estabelecer uma hipótese sobre a geomorfogênese do Cânion Cárstico do Rio São Francisco, onde o cruzamento de estruturas tectônicas distintas permitiu um rebaixamento rápido do nível de base regional gerando uma nova reorganização da rede fluvial, propiciando assim a escavação superficial e a atual forma do Cânion Cárstico do Rio São Francisco.

87- Título: .OS DESAFIOS DA GRANELIZAÇÃO DO LEITE PARA OS PRODUTORES FAMILIARES DE LEITE DO MUNICÍPIO DE PEDRO LEOPOLDO - MG.Autora: Alicina Barbosa de SouzaOrientadora: Profa. Dra. Maria Aparecida dos Santos TubaldiniData de Defesa: 14/03/2002Banca Examinadora: Profa. Dra. Maria Aparecida dos Santos Tubaldini (UFMG)

Profa. Dra. Walquíria Krigüer Correa (UFSC)Prof. Dr. José Ailton da Silva (UFMG)

Área de Concentração: Geografia e Organização Humana do EspaçoResumo:Esta dissertação tem, como objetivo, caracterizar produtores familiares de leite do Município de Pedro Leopoldo – Minas Gerais e os desafios por eles enfrentados ao absorverem uma nova tecnologia para continuarem produzindo para o mercado formal de leite. Para tanto, foram entrevistados, aleatoriamente, 18 produtores associados ativos da Cooperativa Agrapecuária de Pedro Leopoldo – CAPEPE – os quais entregavam a esta cooperativa em média 50 litros/dia. Os produtores tinham, como atividade principal em suas propriedades, a produção de leite. Para complementar a renda familiar, agregavam valores através de produção de queijo e doce, diversificavam suas produções inserindo, na propriedade, novas atividades como horticultura ou piscicultura e, alguns casos, investem parte do seu tempo no trabalho assalariado – trabalho pluriativo. A produção era exercida artesanalmente pela família tendo às vezes, trabalhadores temporários contratados. Não foi encontrada nenhuma propriedade que fizesse a contabilização de evento ligado à produção de leite nem de custos nem de vendas. Os rebanhos dessas propriedades eram mestiço mas apresentavam uma produtividade leiteira maior do que a média nacional. O gado estava sempre vacinado principalmente contra a febre aftosa. No que diz respeito à qualidade do leite, ficava aquém do que era obrigatório.Inseguros quanto a seu futuro diante da necessidade de adquirirem um tanque de granelização – exigido pelo governo através da Portaria 56 – esses produtores e não acharem formas para cumprir a lei devido à descapitalização em que se encontravam. A técnica de granelização tinha alto custo principalmente para os pequenos produtores e a obrigatoriedade dessa nova tecnologia poderia gerar mudanças sociais e econômicas significativas no espaço rural. Optar pela utilização do tanque de expansão poderia vir a ser uma decisão crucial para a sobrevivência ou não do pequeno produtor leiteiro neste momento de integração do setor pecuarista com o Mercosul. O associativismo desses produtores seria uma alternativa para buscarem, juntos, formas de viabilizar suas produções.

88- Título: .GEOMORFOLOGIA E URBANIZAÇÃO NO VALE DO AÇO: AS PLANÍCIES E A CIDADE IPATINGA-MG.Autor: Sueli Gentil Vasconcelos

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Orientador: Prof. Dr. Allaoua SaadiData de Defesa: 15/03/2002Banca Examinadora: Prof. Dr. Allaoua Saadi (UFMG)

Profa. Dra. Heloisa Soares de Moura Costa (UFMG)Prof. Dr. Antonio José Teixeira Guerra (UFRJ)

Área de Concentração: Geografia e Análise AmbientalResumo:A forte carência de estudos sobre a região do Vale do Aço, associada às particularidades do seu processo de ocupação urbana, impulsionaram a elaboração de um projeto de pesquisa que resultou nessa dissertação de mestrado sobre a área.A região composta por três municípios em avançado processo de conurbação – Ipatinga, Coronel Fabriciano e Timóteo – que totalizam mais 300.000 habitantes, é de grande importância para a economia do estado de Minas Gerais. Isto é devido ao fortíssimo setor secundário que caracteriza e dinamiza o setor de produção siderúrgica, gerando volumosos impostos para o estado e região.Apesar de reconhecer que todo o Vale do Aço é merecedor de estudos minuciosos, a atenção desse trabalho ficou concentrada no município de Ipatinga, em função do tempo disponível e da acessibilidade aos dados para a realização da pesquisa.A cidade de Ipatinga nasceu atrelada à indústria siderúrgica, num momento em que toda a conjuntura econômica interna e externa estavam voltadas para a expansão industrial do pós-guerra, incluindo o Brasil e todos os países do Terceiro Mundo. Como havia, nessa época, uma forte dependência da instalação industrial com relação à proximidade das fontes de matérias-primas (afinal a tecnologia de transporte ainda oferecia grandes limitações), o pequeno núcleo, ainda pertencente ao município de Coronel Fabriciano, foi escolhido para sediar uma das maiores indústrias do setor siderúrgico mundial.A partir daí, as mudanças foram brutais. Principalmente no que se refere à expansão urbana. A minúscula comunidade de 300 habitantes, no final dos anos 50, comporta hoje, menos de 40 anos depois, mais de 205.000 moradores. O impacto sobre o meio natural foi impressionante. Há áreas ocupadas dentro de padrões adequados, lado a lado com áreas de ocupação onde os riscos urbanos são uma realidade permanente.Foram justamente esta “lógica” urbana, associada às características geológicas-geomorfológicas, os grandes pilares do estudo realizado. Essa região do interior de Minas Gerais, abrangendo a área do médio rio Doce, na confluência do rio Piracicaba com o rio Doce, está inserida no domínio dos Mares de Morros, esculpidos sobre as rochas predominantemente graníticas-gnaíssicas do Embasamento Cristalino, e apresenta uma particularidade geomorfológica, representada pelos espessos pacotes de sedimentos aluviais e uma morfologia de planícies no conjunto da área urbana.Para que tal propósito fosse alcançado, foram necessários o levantamento de um rico acervo cartográfico e grande número de sondagens à percussão. Estas, inicialmente realizadas por empresas a pedido da Prefeitura municipal de Ipatinga e da USIMINAS, com fins de avaliação geotécnica do substrato de construções, foram re-interpretadas à luz de conceitos geomorfológicos. Este procedimento permitiu realizar um trabalho incluindo uma prospecção gratuita do sub-solo, cujo custeio específico seria, simplesmente, impossível.O mapa topográfico em escala de 1:10.000 (PMI) permitiu um estudo pormenorizado da morfologia local (e quando necessário da morfologia regional), servindo de fonte para a elaboração de vários perfis geomorfológicos de distintas áreas de Ipatinga, analisados com minúcia. As sondagens foram o suporte utilizado para o estudo das características do substrato, ora sobre as rochas do embasamento, ora sobre sedimentos aluviais.

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Dessa análise, resultou, também, a identificação das áreas de instabilidade sujeitas à erosão e às inundações. Mesmo tendo conhecimento de que a ocupação das encostas é um dos grandes problemas urbanísticos locais, não foi dado prioridade ao seu estudo, concentrando o trabalho nas implicações a que estão condicionadas as vastas planícies que caracterizam a região. Assim, foi elaborado um mapa das áreas atingidas pelas enchentes recentes, ocorridas durante os verões de 1999 e 2000.Como resultado das análises da morfologia e da geologia, foi possível elaborar:- um mapeamento das mudanças a que foi submetido o canal do rio Piracicaba, em

condições naturais, no decorrer do Pleistoceno;- um estudo promenorizado das planícies interiores, individualizadas por várias

soleiras rochosas, incluindo a identificação das características dos sedimentos aluviais que as compõem e as limitações à urbanização que os mesmos implicam;

- a caracterização sedimentológica da Planície Fundamental.Em relação ao processo de expansão urbana, foi possível relacioná-lo com as condições geomorfológicas locais. Isto permite acompanhar as distintas fases da urbanização de Ipatinga, desde a chegada da Usiminas e seus bairros estrategicamente localizados nos remanescentes de terraços, bem adequados à ocupação, passando pela ferrenha especulação imobiliária que se fez presente na cidade e a ocupação das áreas mais distantes e menos propensas às moradias, para findar no início do processo de verticalização que começou a se instalar nos anos 90 e se estende aos dias atuais.

89- Título: .AGRICULTURA FAMILIAR E SUSTENTABILIDADE NOS NICHOS AGRÍCOLAS DE BOM JARDIM – MUNICÍPIO DE MÁRIO CAMPOS – MG-2001.Autor: Ronan Silva RodriguesOrientadora: Profa. Dra. Maria Aparecida dos Santos TubaldiniData de Defesa: 15/03/2002Banca Examinadora: Profa. Dra. Maria Aparecida dos Santos Tubaldini (UFMG)

Profa. Dra. Walquíria Krigüer Correa (UFSC)Profa. Dra. Heloisa Soares de Moura Costa (UFMG)

Área de Concentração: Geografia e Organização Humana do EspaçoResumo:Esse estudo trata da agricultura familiar e sustentabilidade na periferia metropolitana. Os objetivos desse estudo foram os seguintes: discutir a inserção da agricultura familiar no espaço metropolitano onde se pratica agricultura; levantar pontso de sustentabilidade s social, econômica, ambiental e cultural a partir de características encontradas nas unidades de produção familiar da área estudada; verificar como se dá a interação entre os nichos agrícolas e loteamentos na área pesquisada. A área estudada é a região de Bom Jardim – Mário Campos – MG, situada a sudoeste da Região Metropolitana de Belo Horizonte, há apenas 36 Km da capital. É área especializada em horticultura e toda a sua produção é voltada para atender ao mercado metropolitano de Belo Horizonte. A coleta de dados foi de forma direta com o agricultor, por meio de entrevistas/questionários. Os entrevistados são proprietários e meeiros que cultivam hortas. Embora o padrão tecnológico da área pesquisada seja o da Revolução Verde, identificaram-se pontos de sustentabilidade ambiental, como o posicionamento do plantio em sentido contrário à vertente, a forma de impedir perda de solo; pontos de sustentabilidade social, como é o caso da forte presentça do trabalho familiar, que é importante para a manutenção das unidades de produção; pontos de sustentabilidade econômica, como a entrada de renda quase diária em decorrência das características da horticultura; pontos de sustentabilidade cultural como o fato comum da horticultura passar de pai para filho na área estudada.

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90- Título: .ASPECTOS DA CIRCULAÇÃO ATMOSFÉRICA NO MUNICÍPIO DE GOUVEIA – MINAS GERAIS E SUAS RELAÇÕES COM A TOPOGRAFIA LOCAL.Autor: Leonardo Lúcio de Araújo GouveiaOrientadora: Profa. Dra. Magda Luzimar de AbreuData de Defesa: 18/03/2002Banca Examinadora: Profa. Dra. Magda Luzimar de Abreu (UFMG)

Profa. Dra. Cristina Helena Ribeiro Rocha Augustin (UFMG)Profa. Dra. Leila Nunes Menegasse Velásquez (UFMG)

Área de Concentração: Geografia e Análise AmbientalResumo:Foram desenvolvidos estudos que visavam apontar as relações entre a circulação atmosférica em Gouveia e a sua topografia que é caracterizada pela Serra do Espinhaço.Para tal foram analisados séries históricas de dados meteorológicos, destacando-se as normais climatológicas fornecida pelo Inmet e dados fornecidos pela Aneel séries pluviométricas, definindo assim a climatologia local. Posteriormente analisou-se um série temporal de cinco anos destacando-se a direção dos ventos e a pluviosidade. Ressalta-se ainda que a direção dos ventos são da estação do município de Diamantina e através dele formou-se a relação da circulação atmosférica entre Diamantina e Gouveia e com a topografia do local.Realizou-se um modelo qualitativo para se entender um pouco mais sobre a dinâmica da climatologia local e posteriormente servir como base para outros estudos relacionados a esta região.

91- Título: .DESNUDAÇÃO GEOQUÍMICA E EVOLUÇÃO DO RELEVO NO ESPINHAÇO MERIDIONAL - MG.Autor: André Augusto Rodrigues SalgadoOrientador: Prof. Dr. Roberto Célio ValadãoData de Defesa: 26/03/2002Banca Examinadora: Prof. Dr. Roberto Célio Valadão (UFMG)

Prof. Dr. Allaoua Saadi (UFMG)Prof. Dr. Augusto Sarreiro Auler (UFMG)

Área de Concentração: Geografia e Análise AmbientalResumo:A desnudação continental constitui-se como um dos principais elementos responsáveis pela evolução do relevo. No entanto, a desnudação total é a somatória da desnudação mecânica, amplamente estudada, com a desnudação geoquímica, ainda pouco investigada. Esta divisão na investigação dos processos desnudacionais se faz presente até nas diversas teorias acerca da evolução do relevo, visto que umas são consideradas basicamente como mecanicistas e outras como geoquímicas. Neste contexto, se insere o presente trabalho que objetiva investigar a contribuição da desnudação geoquímica na evolução do relevo da Depressão de Gouveia e de seu entorno.Entende-se por Depressão de Gouveia a depressão existente no Espinhaço Meridional, em área pertencente ao município de Gouveia/MG. Essa depressão está moldada sobre o embasamento cristalino e se caracteriza por um relevo de colinas alongadas convexas e poli-convexas, ricas em formas erosivas provenientes de processos erosivos acelerados. O entorno compreende uma superfície aplainada, pontilhada de relevos residuais e moldada sobre os quartzitos do Supergrupo Espinhaço. Entre esses dois

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compartimentos temos as escarpas quartzítcas que alcançam cerca de 200 metros de altura.O presente trabalho utilizou como procedimento metodológico básico a comparação entre resultados de exames laboratoriais físico-químicos da água das duas bacias investigas – Bacia do Córrego Rio Grande e Bacia do Ribeirão Areia – com a análise de mapas temáticos acerca do contexto ambiental na qual elas se inserem. A coleta de água amostrou 21 (vinte e um) pontos, sendo que, para cada ponto forma realizadas três campanhas: a primeira na meia estação (novembro), a segunda no período úmido do ano (março) e a última no período seco (julho). As análises realizadas foram: pH, condutividade elétrica, sílica (Sio2), ferro (Fe3+), sódio (Na+), cálcio (Ca2+), alumínio (Al3+), potássio (K+), magnésio (Mg2+) e sólidos totais dissolvidos. Em todos os pontos amostrados foram também medidas as vazões dos canais fluviais.Os resultados comprovaram que a desnudação geoquímica é intensa no interior do compartimento deprimido, sendo que, de tão intensa começa a esgotar o estoque de elementos facilmente alteráveis. Entretanto, em seu entorno ela é sensivelmente menos agressiva. É possível traçar também uma região onde a desnudação geoquímica s emanteve em um patamar intermediário. Essa região corresponde as áreas localizadas sobre os canais fluviais localizados no entorno e que tem por direção o eixo N?S, mesmo eixo do sistema de falhas e fraturas. Tal fato comprova que a intensidade da desnudação geoquímica na área investigada tem por principal condicionante o arcabouço litoestrutural.Os resultados apontam também para 4 (quatro) cenários de evolução do relevo regional. Estes cenários variam desde intensidade da estabilidade tectônica até para as possibilidades de fluxo subsuperficial da água.Por fim, foi possível concluir que o relevo regional está evoluindo em uma perspectiva poligenética, onde é impossível dissociar a atuação da desnudação geoquímica com a atuação da desnudação mecânica. Essa perspectiva poligenética é válida também para a tentativa de se enquadrar a evolução do modelado da Depressão de Gouveia e entorno em qualquer um dos clássicos modelos de evolução do relevo.

92- Título: .EVOLUÇÃO E DINÂMICA DO USO E OCUPAÇÃO DO SOLO NA BACIA DO RIBEIRÃO NO MUNICÍPIO DE CARATINGA – MG.Autora: Karina Brasil Pires CoelhoOrientadora: Profa. Dra. Cristiane Valéria de OliveiraData de Defesa: 26/03/2002Banca Examinadora: Profa. Dra. Cristiane Valéria de Oliveira (UFMG)

Prof. Dr. Roberto Célio Valadão (UFMG)Prof. Dr. Leopoldo Loreto Charmelo (FUNEC/CARATINGA)

Área de Concentração: Geografia e Análise AmbientalResumo:A paisagem rural ocupa um lugar todo particular no campo da geografia pois o seu conhecimento e interpretação revela as modificações no uso do solo, ocorridas no tempo e no espaço através da análise das relações históricas entre as comunidades do campo, as atividades econômicas e sua política implantada, e a forma de apropriação dos recursos naturais envolvidos, gerando sua evolução e dinâmica. Objetivando fazer um estudo sobre o processo de ocupação e uso do solo da bacia do Ribeirão da Lage, foram confeccionados três mapas mostrando a evolução dos diferentes usos do solo em 1960, 1986 e 2000. Analisou-se, ainda, os dados censitários da região, na tentativa de melhor compreender e explicar as informações obtidas nos mapas. Os resultados apontaram para uma redução das áreas de lavouras temporárias entre 60, 86 e 2000 de

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13%, como também reduziram-se as áreas de pastagens no mesmo período pois representavam 68, 64 e 38% respectivamente, o que indica que cederam terreno provavelmente para a mata e o café que implantou-se na bacia através de grandes incentivos do governo federal na década de 70, teve uma rápida e intensiva expansão sendo que, entre 60, 86 e 2000 ocupava 3, 10 e 31% da área, respectivamente, indicando a transformação da paisagem em função de decisões políticas e econômicas. As áreas com solo exposto que eram de 2% na década de 60, cresceram 5% em 86. Esse crescimento está associado ao preparo do solo para o plantio do café, já que, no final do ano de 1985, a saca de café atinge uma alta cotação no mercado estimulando o cultivo. No mapa de 2000, observa-se o café como o cultivo dominante da bacia. As áreas de mata cresceram 14% entre 60 e 2000, o que aponta para duas possibilidade: em primeiro lugar as áreas de pastagens foram abandonadas e houve a invasão de espécies pioneiras, revegetando a área, e sem segundo, o crescimento de movimentos ambientalistas direcionados para a conscientização e preservação dos recursos naturais. Atualmente observa-se as áreas de várzeas sendo drenadas para o estabelecimento de loteamentos em função da pressão social e econômica gerada pela dificuldade na manutenção da lavoura de café, contrariando a legislação ambiental que as considera como áreas de preservação permanente, mas ficou registrado o fato de que foi o cultivo do café o primeiro a alterar esse ambiente. A análise dos dados censitários confirmaram, na maioria das vezes, a tendência apontada pelos mapas de uso do solo, sendo que, quando isso não aconteceu, foi provavelmente em função dos dados do censo não contabilizarem somente a área da bacia, que representa 3,78% do município, mas sim, os números totais do levantamento no município.

93- Título: CARACTERIZAÇÃO E MAPEAMENTO DA INSTABILIDADE AMBIENTAL DO MUNICÍPIO DE IPATINGA/MG PARA GERAÇÃO DO MAPA DE CONFLITO DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO URBANO.Autora: Maria Francisca de Araújo GomesOrientadora: Prof. Dr. Britaldo Silveira Soares FilhoData de Defesa: 26/03/2002Banca Examinadora: Prof. Dr. Britaldo Silveira Soares Filho (UFMG)

Prof. Dr. Allaoua Saadi (UFMG)Prof. Dr. Elpídio Inácio Fernandes Filho (UFV)Prof. Dr. Luiz de Almeida Prado Bacellar (UFOP)

Área de Concentração: Geografia e Análise AmbientalResumo:A localização da cidade de Ipatinga/MG na região de mares-de-morro, associada ao processo de crescimento desordenado e acelerado potencializa o surgimento e desenvolvimento de áreas de risco. O objetivo deste trabalho é a apresentação de um mapa de conflitos de uso e ocupação do solo urbano de Ipatinga. Para isto foram realizados levantamento de campo, análises de mapas e interpretação de fotografias aéreas, apontando os processos geomorfológicos-geotécnicos e os fatores condicionantes do meio físico e antrópicos. O mapa topográfico, em arquivo digital possibilitou a execução dos mapas de declividade e pedoforma. O cruzamento destes mapas resultou no mapa da situação ideal, apontando as áreas de instabilidade ambiental ao uso e ocupação do solo urbano. Da comparação entre o mapa da situação ideal e do mapa de uso e ocupação do solo chegou-se ao mapa de conflitos de uso do solo, que foi validado através da sobreposição deste com o mapa de ocorrências de riscos. Foi usado um sistema de informações geográficas para o cruzamento das variáveis de declividade, solo, morfologia e uso e ocupação do solo e comparação e

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sobreposição dos mapas gerados. Pretende-se gerar subsídios para realização de novos trabalhos na área, buscando através de intervenções minimizar ou solucionar os problemas decorrentes do uso inadequado do solo urbano em áreas de instabilidade ambiental.

94- Título: A INSERÇÃO DE CONTAGEM NO CONTEXTO URBANO DA RMBH. REFLEXÕES SOBRE AS TRANSFORMAÇÕES SÓCIO-ESPACIAIS RECENTES.Autor: Hamilton Moreira FerreiraOrientador: Prof. Dr. Geraldo Magela CostaData de Defesa: 26/03/2002Banca Examinadora: Prof. Dr. Geraldo Magela Costa (UFMG)

Prof. Dr. Cássio Eduardo Viana Hissa (UFMG)Prof. Dr. Sérgio Manuel Merêncio Martins (UFMG)Prof. Msc. Roberto Luís de Melo Monte-Mór (UFMG)

Área de Concentração: Geografia e Organização Humana do EspaçoResumo:As transformações recentes em Contagem foram apontadas e caracterizadas como indícios de que a produção e reprodução do seu espaço urbano estariam deixando de estar decisivamente vinculadas à industrialização.A revisão de análises e o resgate de estudos sobre a Região Metropolitana de BeloHorizonte e Contagem possibilitaram registrar como o processo de industrialização afetou a realidade metropolitana. Haveria ocorrido um processo de inflexão, cujos resultados seriam a subordinação do agrário à industrialização, a disseminação de um modo de vida urbano e transformações morfológicas na Capital e nos aglomerados populacionais em seu entorno. O Município de contage, especificamente, foi absorvido pela metropolização com intensidade, sobretudo por abrigar a Cidade Industrial Coronel Juventino Dias. Tornou-se o núcleo industrial metropolitano e foi integrado às áreas periféricas da Capital, por meio de um processo de urbanização acelerada que resultou em problemas ambientais e na carência de infra-estrutura e de serviços urbanos. Deixou de abrigar atividades agrárias e seu núcleo populacional principal não se consolidou como uma cidade.Vislumbra-se a emergência de um novo processo de inflexão. Observam-se novas visões frentre à problemática urbana, que resultaram em alterações nos objetivos das ações, nos instrumentos e investimentos do setor público, que estariam contemplando as questões locais com maior intensidade. Paralelamente, verifica-se a mudança do perfil econômico do Município, resultado da retração do setor secundário e da modernização do terciário, assim como novas tendências de expansão urbana: a diversificação dos padrões de crescimento e de ocupação do solo, uma dinâmica urbana renovada mais independente de Belo Horizonte e mais complexa e a melhoria nos indicadores de qualidade de vida e conforto urbano. As transformações econômicas e sócio-espaciais e as novas posturas sobre as questões urbanas, significariam a emergência de “novas” e “velhas” formas de urbanização. Representariam continuidades e rupturas nas características, nos padrões de crescimento e de segregação espacial verificados anteriormente, ou seja, indícios de uma nova etapa no processo de metropolização e de uma reestruturação do espaço metropolitano.Em hipótese, os aspectos abordados representariam uma etapa de um processo de inflexão, cujo resultado seria a subordinação da industrialização ao urbano, que estaria deixando de para ser induzido para ser o elemento indutor na produção e reprodução do espaço.

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95- Título: A INSERÇÃO DE CONTAGEM NO CONTEXTO URBANO DA RMBH. REFLEXÕES SOBRE AS TRANSFORMAÇÕES SÓCIO-ESPACIAIS RECENTES.Autora: Amaziles Conceição PiresOrientadora: Profa. Dra. Heloisa Soares de Moura CostaData de Defesa: 27/03/2002Banca Examinadora: Profa. Dra. Heloisa Soares de Moura Costa (UFMG)

Prof. Dr. Roberto Célio Valadão (UFMG)Prof. Dr. João Júlio Vitral Amaro (UFMG)

Área de Concentração: Geografia e Organização Humana do EspaçoResumo:Não se pode pensar a questão ambiental sem vinculá-la às questões econômicas, políticas e sociais. A apropriação dos recursos naturais pela moderna sociedade industrial fez soar o alerta e trouxe para a pauta de discussões os problemas relacionados à utilização dos recursos naturais e a possibilidade destes se esgotarem. A consciência desse fato abrange diversos campos e apresenta naturezas distintas, mas que se entrelaçam e culminam na necessidade de se criar políticas ambientais apelando para a inserção de mecanismos e instrumentos que atendam a essa nova realidade. A educação ambiental consiste em um dos instrumentos disponíveis para a reversão desse quadro. Ao serem estabelecidas regras e práticas para o trato da questão ambiental foram sendo envolvidos nesse processo vários agentes sociais, cada um deles assumindo sua parcela de atuação, mobilizando-se de acordo com seus interesses. O agente que agora é objeto de questionamento deste trabalho é a indústria, que diante dos constrangimentos ambientais tem sido levada a incorporar e adequar-se à responsabilidade ambiental. Isso se dá em meio a uma série de mudanças no mercado internacional e pode implicar perda de competitividade para a empresa que deixar de responder a esses regulamentos, significando o risco de permanecer ou não no mercado. A competitividade e oportunidade passam agora pelo crivo dos princípios de proteção ambiental, onde se verifica que há uma certa tendência das empresas com inserção no mercado internacional em incorporar a proteção ambiental por meio de sistemas de gestão ambiental. A federação das Indústrias de Minas Gerais (FIEMG) é a instituição responsável pela incorporação dessa postura e vem atuando com intuito de fazer com que as empresas se adequem tecnologicamente e se preparem de forma integrada ambientalmente e socialmente, adotando como metodologia o programa Produção Mais Limpa. Para esse trabalho buscou-se pesquisar empresas instaladas em Minas Gerais que adotaram sistemas de gestão ambiental. Toshiba do Brasil, e Mannesmann S. A. agora denominada V & M do Brasil constituíram os casos estudados. A primeira é considerada uma empresa de médio porte do setor eletro-metalúrgico e a segunda é uma empresa de grande porte no setor de siderurgia. Ambas apresentam discursos similares, adotaram políticas de gestão ambiental e se adequaram à legislação ambiental dentro dos padrões vigentes, no entanto prevalecem as orientações voltadas para valores da economia clássica baseada na maximização dos lucros.

96- Título: AGRICULTURA FAMILIAR NO MUNICÍPIO DE JACUÍ – MG – POLÍTICAS PÚBLICAS E SUSTENTABILIDADE.Autora: Mônica Lucchesi BatistaOrientadora: Profa. Dra. Maria Aparecida dos Santos TubaldiniData de Defesa: 03/04/2002Banca Examinadora: Profa. Dra. Maria Aparecida dos Santos Tubaldini (UFMG)

Prof. Dr. Geraldo Magela Costa (UFMG)Profa. Dra. Veral Salazar Pessoa (UFMG)

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Msc. Nicolau Shaun (EMBRAPA)Área de Concentração: Geografia e Organização Humana do EspaçoResumo:Este estudo analisa-se a organização do espaço rural do município de Jacuí-MG, onde predomina a produção de caráter familiar, tendo também como categorias de modernização desse setor na década de 70 – e a agricultura sustentável – objetivo expresso atualmente no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura do Brasil – PRONAF – e operalizado no local. A modernização do setor rural brasileiro contou com uma intervenção intensa do Estado na formulação de uma política de desenvolvimento para o setor agrícola. Todo esse processo de mudança da agricultura do Brasil privilegiou os grandes produtores do setor rural, relegando aos produtores de caráter familiar o papel de mão-de-obra para os primeiros, além de constituírem reserva de trabalho para as agroindústrias e para os subempregos nas cidades. Mas alguns resistiram a todo esse processo, permanecendo ligados às suas propriedades, praticando uma agricultura de subsistência, mas que foi absorvendo, paulatinamente, algumas das práticas de manejo introduzidas nas grandes propriedades. A modernização no meio rural gerou, também, graves problemas sociais, já que houve uma redução significativa do nível de emprego nesse setor, sem um acompanhamento equivalente de uma absorção, desa mão-de-obra, pelo setor urbano-industrial. Somente na década de 80 as políticas voltadas para o fortalecimento da agricultura familiar no Brasil começaram a tomar forma, objetivando principalmente sua permanência no campo através de uma melhor qualidade de vida. O PRONAF é a atual política pública em operacionalização no município, fundamentada nos conceitos de agricultura sustentável. O apoio de uma política pública a agricultura familiar é fundamental para a sustentabilidade – social, ambiental e econômica -, já que, além dessa agricultura prever uma produção em escala menor, tende à diversificação de culturas e a uma maior conservação dos recursos naturais. A participação dos agricultores familiares de Jacuí-MG nesse Programa ainda não é significativa, embora grande parte desses agricultores já o conheça. A não adesão ao Programa por aqueles que sabem de sua existência deve-se, principalmente, ao descrédito nas ações geraram para alguns a perda de suas terras devido aos altos juros. Embora algumas práticas sustentáveis sejam detectadas na agricultura de Jacuí-MG, não há uma expansão generalizada delas nas unidades de agricultura familir. A forma para disseminar esses conhecimentos limita-se, no local, a ação individual de um extensionista que procura informar alguns agricultores, geralmente membros de uma das associações rurais do município, que por sua vez, auxiliam na divulgação através da conversa entre vizinhos ou amigos. A agricultura familiar de Jacuí-MG caracteriza-se por uma diversidade de culturas onde se pode detectar, ao mesmo tempo, a utilização de práticas oriundas do processo de modernização bem como a existência de alguns pontos de sustentabilidade. Ambos os casos refletem momentos diferenciados da ação pública no local dando uma nova dinâmica a esse espaço.

97- Título: ZONEAMENTO AMBIENTAL DA ESTAÇÃO ECOLÓGICA DA UFMG.Autor: Celso D’Amato Baeta NevesOrientadora: Profa. Dra. Cristiane Valéria de OliveiraData de Defesa: 04/04/2002Banca Examinadora: Profa. Dra. Cristiane Valéria de Oliveira (UFMG)

Profa. Dra. Vilma Lúcia Macagnan Carvalho (UFMG)Prof. Dr. Rodrigo Pinto da Matta Machado (UFMG)

Área de Concentração: Geografia e Análise AmbientalResumo:

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A Estação Ecológica da Universidade Federal de Minas Gerais é uma unidade de conservação urbana em implantação localizada no campus universitário, (19º 52’ S e 43º 58’ W) com cento e dois hectares de área formada por vegetação típica de matas semideciduais e de cerrado, onde são realizadas atividades de pesquisa, ensino e extensão. O estudo pretendeu contribuir para a implantação legal da unidade através de parâmetros científicos utilizando-se o zoneamento ambiental como ferramenta principal. As análises também podem servir como fonte de consulta para o estabelecimento de critérios de manejo em áreas similares. O Zoneamento Ambiental ou Ecológico é um termo genérico que abriga um variado número de métodos de compartimentação do ambiente em estudo, dividindo uma área ambiental em parcelas, conhecidas por zonas, para que possam ser definidos e alcançados os ojetivos básicos de manejo da área. O zoneamento foiefetuado ordenando-se porções homogêneas da unidade de conservação sob uma mesma denominação, segundo suas características naturais ou físicas e com base nos interesses culturais, recreativos e científicos, constituindo-se assim, em um instrumento de manejo que apoia a administração na definição das atividades que podem ser desenvolvidas em cada setor, orienta as formas de uso das diversas áreas, ou mesmo desaconselha determinadas atividades por falta de zonas apropriadas. A metodologia utilizada para o Zoneamento Ambiental da Estação Ecológica da Universidade Federal de Minas Gerais foi o mapeamento de biótopos, que foi realizado incialmente, com o uso do estereoscópio e do Global Position System (GPS). Foi realizado um planilhamento e uma descrição sumária das áreas amostrais, quando foram identificados 13 biótopos na unidade de conservação, o que revelou uma variação de formações vegetacionais. As matas semidecíduas e o cerrado se destacaram por apresentar um bom estado de conservação e um adiantado processo de sucessão ecológica. Em alguns biótopos, tais como, o bambuzal, a capineira, o solo exposto e a lagoa assoareada, verificou-se a presença de formas variadas de impactos. A identificação e valoração dos biótopos utilizando-se graus de relevância e indicadores ecológicos permitiu o estabelecimento de zonas específicas para a área. A Estação Ecológica foi classificada em sete zonas a saber: Zona Primitiva, Zona de Uso Extensivo, Zona de Uso Intensivo, Zona de Recuperação, Zona de Amortecimento, Zona Histórico-Cultural e Corredores Ecológicos. A Zona Primitiva possui a melhor qualidade ambiental da unidade, ocupando 30% de sua extensão, o que reforça a sua importância na conservação da área e indica a necessidade de ações que visem a sua proteção. As Zonas de Uso Extensivo e de Uso Intensivo apresentam níveis variados de conservação, devendo ser manejadas, de maneira a harmonizar as medidas de proteção e as atividades acadêmicas realizadas na área de estudo. A Zona de Recuperação ocupa a maior extensão dentro da unidade de conservação evidenciando a influência dos centros urbanos na degradação de áreas protegidas. Foram diagnosticadas várias fontes de impacto e ações no sentido de sua mitigação. A Zona Histórico-Cultural caracteriza-se pela presença de estruturas pontuais, uma olaria e um pedestral em homenagem a Juscelino Kubitscheck, que são utilizadas em atividades culturais da Estação Ecológica da UFMG. Foram definidas duas zonas especiais, localizadas nos limites da unidade de conservação, a Zona de Amortecimento e os Corredores Ecológicos, que têm como função a minimização dos impactos ambientais e a conexão da Estação com fragmentos florestais existentes no campus. O Zoneamento Ambiental da Estação Ecológica da Universidade Federal de Minas Gerais forneceu registros cartográficos, dados biogeoecológicos, como por exemplo, comunidades florísticas e faunísticas. A unidade poderá dispor de um conjunto de cartas temáticas, comparações e avaliações sobre locais de potencial ambiental elevado, zonas dispersoras de impactos ambientais, pontos críticos para determinadas obras ou construções, regiões com funções paisagísticas,

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indicativos de locais e formas de lazer adequados que contribuirão para a sua implantação legal junto ao conselho universitário da UFMG e como fonte de consulta para elaboração de seu plano de manejo.

98- Título: TURISMO E DESENVOLVIMENTO: ANÁLISE DA RELAÇÃO TURISMO E DESENVOLVIMENTO EM MINAS GERAIS.Autor: Rodrigo RibasOrientador: Prof. Dr. Ralfo Edmundo da Silva MatosData de Defesa: 10/04/2002Banca Examinadora: Prof. Dr. Ralfo Edmundo da Silva Matos (UFMG)

Profa. Dra. Heloisa Soares de Moura Costa (UFMG)Prof. Dr. Herbe Xavier (PUC/MG)

Área de Concentração: Geografia e Organização Humana do EspaçoResumo:Num primeiro momento, estabeleceu-se que o turismo é uma atividade que apresenta alto grau de impacto sócio-ambiental, o que impede de tratar do tema através de um conceito de desenvolvimento sustentável. Desse modo, adota-se como parâmetro de trabalho o conceito de desenvolvimento econômico, com base em sua definição Clássica Liberal. Em um segundo momento, com base estatística, foi analisada a possibilidade de haver algum tipo de relação entre turismo e desenvolvimento nos municípios de Minas Gerais, divididos em duas classes, Turísticos e Não Turísticos, de acordo com Deliberação Normativa da Embratur. Utilizando a estatística t de Student, chegou-se à conclusão que essa relação existe, mas não se pode determinar se ela é causal.

99- Título: A PRESERVAÇÃO AMBIENTAL E A URBANIZAÇÃO NA SERRA DO CIPÓ.Autor: Alexandre Magno de OliveiraOrientadora: Profa. Dra. Heloisa Soares de Moura CostaData de Defesa: 11/04/2002Banca Examinadora: Profa. Dra. Heloisa Soares de Moura Costa (UFMG)

Prof. Dr. Sérgio Manuel Merêncio Martins (UFMG)Prof. Dr. Roberto do Nascimento Rodrigues (UFMG)Prof. Msc. Bernardo Machado Gontijo (UFMG)

Área de Concentração: Geografia e Organização Humana do EspaçoResumo:O discurso ambiental alimentou o mito da natureza intocada pelo homem durante muito tempo, e mesmo na atualidade ainda é comum referir-se à “sustentabilidade” deslocando-se do “urbano”. Essa pesquisa enriquece essa discussão no tocante ao fenômeno da urbanização e sua relação com a gestão ambiental nas áreas protegidas. Em Santana do Riacho, no distrito de Cardeal Mota, encontram-se essas evidências empíricas nas “áreas protegidas” da Serra do Cipó. A Área de Proteção Ambiental Morro da Pedreira e o Parque Nacional da Serra do Cipó localizam-se na Serra do Espinhaço, com acesso principal pela rodovia MG-010, a cerca de 100 km de Belo Horizonte. Comumente presencia-se problemas sócio-ambientais nessa região, destacando-se: a questão fundiária associada à especulação imobiliária; o lixo gerado e dissipado pelo local, a ausência de uma rede de esgoto com tratamento dos efluentes líquidos, a falta de acompanhamento das hospedarias e áreas de camping que abrigam em épocas festivas mais turistas do que o suportado, contribuindo para a dilapidação do meio físico, entre outras formas de poluição. É nesse clima de litígio, diante de um

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discurso de preservação e uma prática predatória, que cada uma das partes possui sua própria razão, sob cada “lógica”. Os atores sociais lidam e ajustam-se com esses problemas e muitas políticas adotadas são à revelia de qualquer trabalho científico, já que por enquanto existem poucas pesquisas sobre este tema. Este processo movimenta e acumula rendas e problemas, mesmo lá, “no mato”, os conflitos tidos como urbanos também se manifestam, associados tanto aos interesses divergentes em termos de uso do espaço, quanto a conflitos entre os modos de vida mais tradicionais e outros mais modernos, típicos das cidades. Tudo se mistura num mesmo espaço e tempo. Qualquer distrito, por menor que seja, faz mais do que simplesmente ocupar um território, ele produz e reproduz processos sócio-espaciais, que se materializam ao longo do tempo. Para compreender esses processos e os conflitos inerentes na formação do “tecido urbano” é necessário desvendarmos os modos historicamente construídos. No que se refere aos procedimentos metodológicos, foi realizada uma revisão da literatura científica, em torno dos conceitos de sustentabilidade, qualidade de vida, justiça sócio-ambiental, entre outros. Foi resgatado as referências histórico-geográficas de Santana do Riacho para compreender a (re)produção do espaço urbano e os problemas sócio-ambientais vividos na atualidade. Neste percurso, foi sintetizado como ocorreu o surgimento da sociedade urbano-industrial e suas repercussões no Estado brasileiro e os reflexos em Santana do Riacho. Posteriormente, foi adicionado o discurso ambiental à questão urbana, inclusive com referências do próprio ordenamento jurídico. O debate da questão conceitual, a visão antagônica de meio ambiente natural e meio ambiente construído, construiu a tese que o urbano é um processo infinitamente maior e que engloba o próprio discurso ambiental. Busca-se em linhas gerais explicar criticamente de que forma a urbanização ocorre no entorno das “áreas protegidas” da Serra do Cipó e como são incorporados (ou não) os discursos ambientais, legitimamente aceitos pelo senso comum. Em Santana do Riacho fica explicita a vulnerabilidade das instituições estatais para tudo isto. Outras localidades já compreenderam que o preço da degradação urbana é muito alto e não pode ser pago com os direitos coletivos dos cidadãos. Apesar da gestão compartilhada, com participação popular, necessitar de muitos aperfeiçoamentos (inclusive em termos de sua real implantação em Santana do Riacho), constitui ainda um caminho possível de mudança social. Assim, com o fortalecimento da gestão coletiva, acredita-se numa sociedade mais justa!

100- Título: A “TERCEIRA ITABIRA” – OS ESPAÇOS POLÍTICO, ECONÔMICO, SÓCIO-ESPACIAL E A QUESTÃO AMBIENTAL.Autora: Maria das Graças Souza e SilvaOrientador: Prof. Dr. Geraldo Magela CostaData de Defesa: 24/04/2002Banca Examinadora: Prof. Dr. Geraldo Magela Costa (UFMG)

Prof. Dr. Ralfo Edmundo da Silva Matos (UFMG)Profa. Dra. Beatriz Alencar d’Araújo Couto (UFMG)

Área de Concentração: Geografia e Organização Humana do EspaçoResumo:Esta pesquisa insere-se no contexto do desenvolvimento de estudos sobre processos e teorias socioespaciais recentes relacionadas à organização e reorganização dos espaços urbanos, sobretudo aqueles decorrentes do domínio e hegemonia da monoindústria.O foco dessa pesquisa são os processos socioespaciais em curso, em Itabira, sobretudo na década de noventa – um momento de incertezas, indefinições, transformações, mudanças e mobilizações geradas pela instabilidade econômica e pelo processo de privatização da Companhia Vale do Rio Doce. Tudo isso indica o surgimento de uma

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“Terceira Itabira”: uma Itabira diversa em que se iniciam novas posturas políticas da sociedade e do poder público frente às questões locais e se procuram a diversificação produtiva e a independência do município em relação à mineração como caminho para se alcançar o desenvolvimento sustentado. Esta análise baseia-se no constante processo desenvolvido em Itabira ao longo do tempo e do espaço: apropriação-expropriação, dependência, subserviência, acomodação e, poucas vezes, reação da sociedade e dos poderes públicos. Uma relação dialética entre o urbano e a grande indústria que se reproduz nas relações políticas, econômicas e socioespaciais locais.

101- Título: PRODUÇÃO DE CARVÃO VEGETAL NO MUNICÍPIO DE MONTEZUMA – IMPACTOS SÓCIO-AMBIENTAIS.Autora: Maria Bárbara de Magalhães BethonicoOrientadora: Profa. Dra. Cristina Helena Ribeiro Rocha AugustinData de Defesa: 26/04/2002Banca Examinadora: Profa. Dra. Cristina Helena Ribeiro Rocha Augustin (UFMG)

Prof. Dr. Marcos Roberto Moreira Ribeiro (UFMG)Profa. Dra. Lylian Zulma Doris Coltrinari (USP)Prof. Dr. Roberto do Nascimento Rodrigues (UFMG)

Área de Concentração: Geografia e Análise AmbientalResumo:A introdução das atividades de reflorestamento e carvoejamento a partir de 1975 em algumas áreas do Estado de Minas Gerais, provocou alterações ambientais, econômicas e sociais. O município de Montezuma está inserido em uma dessas áreas e a avaliação dos impactos ambientais decorrentes destas atividades, com seus efeitos sobre a população local, é o objetivo deste trabalho.Para o levantamento dos impactos, considerou-se os aspectos biofísicos e sócio-econômicos da área de estudo, analisando-os através de uma abordagem geomorfológica. O relevo da região estudada permitiu a divisão do município em duas áreas que diferenciam-se, também, pelas características sócio-econômicas e de uso e ocupação do solo.O carvoejamento ocorre em Montezuma de duas formas: nas áreas de reflorestamento, com produção terceirizada e nas áreas de vegetação nativa, com produção reduzida na maior parte das vezes, pois é realizada por pequenos proprietários rurais. Essas duas formas de carvoejamento se distribuem por todo o município e relacionam-se diretamente com as condições sócio-econômicas da população, que busca, nessa atividade, uma complementação da renda para sobrevivência.Os pequenos proprietários rurais de Montezuma praticam uma agricultura de subsistência, sem nenhum uso de técnicas e, quando essa produção não é suficiente, exercem outras funções como o trabalho nas carvoarias e coleta de frutos em áreas de vegetação nativa, para o consumo e comercialização.Como essas atividades complementares dependem da existência da vegetação nativa, os pequenos produtores se vêem presos a um ciclo no qual a produção de carvão diminui as áreas de coleta que, por sua vez, afeta a complementação alimentar advinda da coleta de frutos e dificulta o desenvolvimento da agricultura.Com o esgotamento de uma área de vegetação nativa, os pequenos proprietários buscam novas áreas ainda preservadas, para a fabricação do carvão ou tornam-se empregados nas carvoarias, sujeitando-se a condições precárias de trabalho.As alterações paisagísticas de algumas áreas podem ser irreversíveis ou de difícil recuperação, pois a pressão do carvoejamento e do setor siderúrgico para novas áreas de

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reflorestamento, paralelamente ao abandono de reflorestamentos já existentes, tem apontado para a ampliação do quadro de degradação ambiental do município e afetado diretamente a vida dos moradores da área rural.A implantação dos reflorestamentos efetuada pelo Governo do Estado de Minas Gerais, teve como um dos objetivos melhorar as condições de vida das comunidades atingidas, principalmente através da geração de empregos. Porém a realidade de Montezuma não foi condizente com o projeto, pois a oferta de empregos apregoada não existiu. Por outro lado, a degradação ambiental decorrente dos reflorestamentos e do carvoejamento tem agravado a situação sócio-econômica da comunidade local, ampliando o ciclo reprodutivo da miséria.

102- Título: ESTUDO DA DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DAS CHUVAS EM BELO HORIZONTE E EM SEU ENTORNO.Autor: Jorge Luiz Batista MoreiraOrientadora: Profa. Dra. Magda Luzimar de AbreuData de Defesa: 29/04/2002Banca Examinadora: Profa. Dra. Magda Luzimar de Abreu (UFMG)

Profa. Dra. Cristiane Valéria de Oliveira (UFMG)Prof. Dr. Luiz Cláudio Costa (UFV)

Área de Concentração: Geografia e Análise AmbientalResumo:O presente trabalho identifica a espacialidade do campo de precipitação nas áreas em torno de Belo Horizonte, capital do estado de Minas Gerais, durante o período compreendido entre os meses de setembro a abril com dados obtidos em 14 estações pluviométricas e 01 climatológica durante um período de 31 anos (1970-2000). A análise desta espacialidade demonstra que, climatologicamente, o campo de precipitação apresenta um alinhamento com as cotas mais elevadas da topografia da área estudada, em particular com a Serra do Curral, principalmente durante o trimestre novembro-dezembro e janeiro período de maior influência da Zona de Convergência do Atlântico Sul na região. O trabalho apresenta também, através da análise das anomalias nas direções do vento predominante, indícios de que eventos de grande escala como o El Niño e La Niña influenciam sobremaneira a distribuição espacial das chuvas na região sobrepujando inclusive o fator topográfico.

103- Título: MUDANÇAS NA POLÍTICA DE SANEAMENTO BÁSICO: NOVAS PERSPECTIVAS ASSOCIADAS À ATUAÇÃO MUNICIPAL..Autora: Vanessa Lucena CançadoOrientador: Prof. Dr. Geraldo Magela CostaData de Defesa: 29/04/2002Banca Examinadora: Prof. Dr. Geraldo Magela Costa (UFMG)

Prof. Dr. Raldo Edmundo da Silva Matos (UFMG)Prof. Dr. Léo Heller (UFMG)Prof. Dr. Fabrício Augusto de Oliveira (Fundação João Pinheiro)

Área de Concentração: Geografia e Organização Humana do EspaçoResumo:Verifica-se atualmente um processo de mudanças na condução das políticas públicas, impulsionado sobretudo pelas transformações políticas e institucionais iniciadas nos anos oitenta. Ao lado (e no interior) das discussões ligadas à propriedade dos prestadores de serviços, centradas principalmente na perspectiva da privatização, está o debate sobre a escala mais adequada para a implementação das políticas. Neste caso, o

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destaque são as potencialidades associadas à gestão local dos serviços. Antes meros assinantes de concessões, os municípios, fortalecidos econômica e politicamente após a Constituição de 1988, hoje têm a possibilidade de interferirem nas políticas setoriais, integrando-as ao conjunto de ações da administração pública na localidade. Esta dissertação discute as transformações em uma destas políticas – a de saneamento básico – resgatando sua trajetória desde o Planasa, quando é estruturada nos moldes autoritários e centralizados do regime militar, até o período recente, quando vem sendo redefinida. Procuro captar a força e a forma com que os municípios se inserem neste momento de mudanças na política e, a partir daí, perceber as perspectivas para uma gestão local dos serviços. Como exemplos, mostro as experiências dos municípios de Betim e Belo Horizonte: o primeiro, com conquistas em negociações com a prestadora para a consecução de investimentos na localidade, e o segundo, com propostas de criação de novos instrumentos institucionais para a gestão local dos serviços. Em ambos, a preocupação em incorporar os princípios da participação democrática e ocntrole social. O que se constatou é que as administrações locais vem aumentando o seu grau de intervenção no setor de saneamento básico – sejam em projetos para uma política nacional, em acordos e convênios com a concessionária ou na busca de um modelo mais adequado de prestação dos serviços. Torna-se cada vez mais difícil a introdução de um modelo par ao setor que não signifique aumento do poder municipal na gestão dos serviços, embora o legado deixado pelo Planasa, consolidado na esfera estadual, atue como limitador.

104- Título: LEVANTAMENTO PEDOLÓGICO DA PORÇÃO NORTE DA BACIA DO RIBEIRÃO CHIQUEIRO – GOUVEIA – MG, E A RELAÇÃO ENTRE AS CLASSES DE SOLO E A EROSÃO.Autor: Alisson Duarte DinizOrientador: Profa. Dra. Cristiane Valéria de OliveiraData de Defesa: 29/04/2002Banca Examinadora: Profa. Dra. Cristiane Valéria de Oliveira (UFMG)

Profa. Dra. Cristina Helena Ribeiro Rocha Augustin (UFMG)Prof. Dr. João Carlos Ker (UFV)

Área de Concentração: Geografia e Análise AmbientalResumo:O levantamento pedológico da porção norte da bacia do Ribeirão Chiqueiro revelou aspectos importantes, não somente em relação à distribuição geográfica dos solos, mas também mostrou a importância dessa ferramenta nos estudos referentes à pedogênese, erosão e às outras características do ambiente. As etapas que precederam o alcance dos objetivos foram: levantamento bibliográfico; fotointerpretação da área, seguido da aferição das mesmas em campo; coleta e descrição dos solos; análises de laboratório; elaboração do mapa pedológico final e, com base no levantamento bilbiográfico, análise e discurssão dos resultados.Os resultados obtidos demonstraram que os solos da região investigada estão associados às formas do relevo e aos aspectos litológicos, estando os Latosssolos Vermelhos em áreas de rochas metabásicas, em relevo suave ondulado e ondulado com vertentes convexas retilíneas e convexo – convexas. Os Latossolos Vermelho – Amarelos estão em áreas de granito, em relevo suave ondulado e ondulado com vertentes convexas retilíneas extensas e mais homogêneas. Os Cambissolos são encontrados em relevo ondulado e forte ondulado, sobre litologia granítica e em encostas convexo – convexas curtas. Em relação aos Neossolos Litólicos e afloramentos de rocha, a forte declividade, associada ao relevo montanhoso, e mesmo o relevo plano sobre uma litologia resistente

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ao intemperismo, proporcionaram o pouco desenvolvimento desses solos. Os Neossolos Flúvicos estão relacionados às regiões de terraço caracterizados por camadas intercaladas de areia grossa e areia fina. Esses solos apresentam-se, em geral, com baixos conteúdos de saturação e soma de bases, principalmente os Latossolos Vermelho – Amarelos e Cambissolos, além de baixa capacidade de troca catiônica. A classe que possui valores ligeiramente superiores de CTC são os Latossolos Vermelhos, que estão relacionados a maiores quantidades relativas de matéria orgânica. Esses baixos níveis de fertilidade dos solos da região estão, por sua vez, ligados a pobreza em nutrientes da rocha de origem (granito) e ao grande processo de lixiviação ocorrido nos Latossolos.O mapeamento pedológico, associado ao mapeamento das voçorocas e ravinas da área, demonstrou aspectos importantes referentes à erosão no município. A sobreposição desses dois mapas revelou que a maioria das voçorocas e ravinas da porção norte da Bacia do Ribeirão Chiqueiro estão nas áreas que correspondem aos Latossolos Vermelho – Amarelos foram os que apresentaram, na Depressão de Gouveia, o menor número dessas formas erosivas, possuindo, em compensação, forte associação com a erosão laminar. A explicação para a atuação diferenciada dos processos erosivos pode estar nas diferenças das características e propriedades das classes de solos, assim como nos aspectos ambientais e de uso relacionados a elas.

105- Título: SISTEMAS AGRÍCOLAS E SUSTENTABILIDADE: ESTUDO DA PRODUÇÃO FAMILIAR NAS COMUNIDADES RURAIS DE BOCAINA, BOM RETIRO E PEDRA BRANCA – CALDAS, MG – 2002.Autor: Ivair GomesOrientadora: Profa. Dra. Maria Aparecida dos Santos TubaldiniData de Defesa: 03/05/2002Banca Examinadora: Profa. Dra. Maria Aparecida dos Santos Tubaldini (UFMG)

Profa. Dra. Heloisa Soares de Moura Costa (UFMG)Prof. Dr. Élvio Carlos Moreira (UFMG)

Área de Concentração: Geografia e Organização Humana do EspaçoResumo:O estudo procurou analisar os sistemas de produção agrícolas e de pecuária existentes na agricultura familiar presentes nas comunidades rurais de Pedra Branca, Bom Retiro e Bocaina, no município de Caldas – MG/2001, e entender suas lógicas produtivas. Caracterizou-se os sistemas agrícolas e buscou mostrar a dinâmica deles, através de suas relações intra-sistema e extra-sistema. Para análise desses sistemas utilizou-se dos subsídios teóricos de Lamarche (1993,1998) sobre a agricultor familiar e as suas lógicas produtivas. Baseando-se nessas lógicas produtivas, detectou-se neste estudo que todos agricultores pesquisados inserem-se dentro de uma lógica muito familiar variando apenas em sua dependência do mercado. A pratica agrícola nestes sistemas como a fruticultura, pequena produção leiteira e viticultura, culturas anuais mantém as características do processo de produção da modernização conservadora, embora indicadores de sustentabilidade sejam detectados em seus sistemas produtivos. A modernização conservadora ainda mantém os agricultores familiares de Pedra Branca, Bom Retiro e Bocaina utilizando técnicas modernas e tradicionais, como resquício de sua origem cultural, possuem baixo nível educacional e o pequeno tamanho dos estabelecimentos juntamente com a pequena renda acabam por forçar a migração de parte da família. A análise da sustentabilidade foi elaborada comparando-se as praticas da agricultura sustentável e a agricultura convencional proposto por Carmo (1988). Dessa comparação, foram encontrados os indicadores: diversidade de produção, rotação

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de culturas, técnicas acessíveis aos produtores e localização dos estabelecimentos, a diversidade de cultivos com produção artesanal caseira(doces, leite, frutas, vinho) é um indicador de sua sustentabilidade sócio-econômica. Mas também foram deparou-se com praticas não sustentáveis como: tratos culturais com pesado uso de defensivos químicos, reduzido controle fitosanitário das espécies cultivadas e predomínio de técnicas convencionais de produção. Fez-se também uma análise da sustentabilidade baseada em Bicalho (1999) com os indicadores capacidade, equidade e sustentabilidade destacando-se: a nutrição dos agricultores familiares, padrão de vida e tomada de consciência acerca dos problemas ambientais que os rodeiam.

106- Título: ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL (APA) SÃO JOSÉ: BASES PARA UMA GESTãO PARTICIPATIVA.Autor: Gustavo Gastão Corgosinho CardosoOrientadora: Profa. Dra. Cristina Helena Ribeiro Rocha AugustinData de Defesa: 06/05/2002Banca Examinadora: Profa. Dra. Cristina Helena Ribeiro Rocha Augustin (UFMG)

Profa. Dra. Cristiane Valéria de Oliveira (UFMG)Prof. Dr. José Pires de Lemos Filho (UFMG)

Área de Concentração: Geografia e Análise AmbientalResumo:Este trabalho aborda a opinião dos proprietários rurais da APA São José com relação às modificações e restrições impostas a eles após a criação da unidade de conservação (UC)Com os resultados obtidos foi possível identificar os locais onde ocorrem conflitos e onde há rejeição à idéia proposta de proteção pela APA.Este trabalho propõe alguns procedimentos que podem ser utilizados como base para se implantar uma gestão ambiental que passe pelo prévio conhecimento da realidade vivida por quem é, também, proprietário da área, ou seja uma gestão participativa. Para a realização deste trabalho abordou-se metodologicamente o uso de questionários com questões sócio-econômicas e perceptivas que envolveram os proprietários da APA. Instrumento este, que permitiu conhecer a população da área numa perspectiva de quem vive sua realidade, conhece-a por dentro. De modo geral, com os resultados pode-se constatar que a maioria dos proprietários entrevistados acha importante proteger a área, muitos acreditam que a melhor alternativa econômica para a área seja a agricultura ou a exploração do turismo. Constatou-se que muitos proprietários, apesar de conhecerem os limites da área, não participaram de nenhuma reunião e não sabem sequer o nome da APA. Apesar da importância da área, muitos proprietários se sentem revoltados com a criação da APA, alguns por motivo de atitudes extremistas, outros por falta de assistência e propostas efetivas para a área. A gestão a ser proposta para a área, deve levar em conta as diversidades de opiniões e situações existentes na área. Deve-se apresentar medidas que propicie a evolução e efetivação da proteção ambiental na APA São José. Sugere-se a inclusão da população diretamente ligada a área no processo de gerenciamento. A Gestão Participativa se apresenta como uma forma de gerenciamento que já vem sendo adotada com sucesso por algumas ONGs e acredita-se ser viável sua implantação na APA São José.

107- Título: BASES GEOMORFOLÓGICAS PARA O LEVANTAMENTO DO POTENCIAL TURÍSTICO DO MUNICÍPIO DE GOUVEIA – MG, SERRA DO ESPINHAÇO. ESTUDO DE CASO.

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Autor: Paulo Sérgio da SilvaOrientadora: Profa. Dra. Cristina Helena Ribeiro Rocha AugustinData de Defesa: 07/05/2002Banca Examinadora: Profa. Dra. Cristina Helena Ribeiro Rocha Augustin (UFMG)

Prof. Dr. Roberto Célio Valadão (UFMG)Prof. Dr. Francisco Scarlato (USP)

Área de Concentração: Geografia e Análise AmbientalResumo:O município de Gouveia-MG, localizado na porção meridional da Serra do Espinhaço Meridional, apresentou, ao longo de sua história de uso e ocupação, restrições à expansão das atividades econômicas, principalmente à agropecuária, em função do predomínio de solos litolíticos e afloramentos rochosos, desenvolvidos sobre quartzitos. Em sua porção central, ocorrem latossolos e cambissolos, de baixa fertilidade, onde o processo de erosão acelerada (voçorocamento) vem contribuindo para dificultar o empreendimento agrícola.Esse quadro vem acarretando o abandono das propriedades rurais e a migração da população para a sede do município ou para centros maiores, como o de Diamantina (IBGE, 1996). A localização de Gouveia em uma área de acesso restrito e com um mercado consumidor reduzido inviabilizou um processo de industrialização.Alguns fatores que contribuem para esse quadro econômico-social, no entanto, poderiam ter um peso relevante para uma redefinição ou possibilidade econômica, pois constituem parte de um potencial turístico para a região. O presente trabalho busca levantar esse potencial, tendo como base uma exploração racional desse recurso.Para isso, utiliza-se uma base do mapeamento de domínios geomorfológicos, onde identifica-se o potencial turístico natural, os trabalhos de campo e as planilhas de valoração possibilitam a caracterização da infra-estrutura local e a amostragem por questionários revela a “percepção” que a comunidade tem a respeito dessa atividade.

108- Título: MAPEAMENTO DAS FORMAÇÕES SUPERFICIAIS DA BACIA DO CÓRREGO DO RIO GRANDE – DEPRESSÃO DE GOUVEIA – SERRA DO ESPINHAÇO MERIDIONAL/MG.Autor: Adevalci de Oliveira FerreiraOrientador: Prof. Dr. Roberto Célio ValadãoData de Defesa: 09/05/2002Banca Examinadora: Prof. Dr. Roberto Célio Valadão (UFMG)

Profa. Dra. Cristina Helena Ribeiro Rocha Augustin (UFMG)Prof. Dr. Luis de Almeida Prado Bacellar (UFOP)

Área de Concentração: Geografia e Análise AmbientalResumo:Vasta literatura tem documentado que a evolução geomorfológica da paisagem ocorre por sucessivos e alternados ciclos de agradação e degradação do relevo. Esses ciclos têm sido analisados tanto sob o ponto de vista das unidades aluviais, representadas sobretudo pelos depósitos fluviais, quanto no âmbito dos domínios de encosta, representadas pelas unidades coluviais. Essa dissertação tem como objetivo geral mapear a distribuição espacial das diferentes unidades encontradas revestindo encostas e calhas fluviais na Bacia do Córrego do Rio Grande – Depressão de Gouveia – Serra do Espinhaço Meridional – MG, bem como construir a coluna estratigráfica da referida bacia, pretendendo fornecer subsídios para a interpretação e compreensão da paisagem geomorfológica nessa área.

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Inicialmente, através de fotointerpretação, levantamentos de campo e análise da literatura pertinente, procurou-se identificar, descrever e mapear as formações superficiais encontradas na referida bacia. Essa etapa do trabalho possibilitou a identificação e individualização de Unidades Eluviais Indiferenciadas e afloramentos de rochas, bem como unidades aluviais, que se distinguem na bacia do Córrego do Rio Grande em Terraço Fluvial T1, Terraço Fluvial T2, e Planície de inundação. Além desses depósitos, encontram-se ainda as unidades de domínio de encosta, representadas na área por duas unidades coluviais, denominadas C1 e C2. A Unidade Coluvial C2 se subdivide em duas fácies: C2a e C2b.Após essa etapa, descreveu-se cada uma delas, procurando detalhar sua distribuição espacial, estrutura, posicionamento geomorfológico, composição, espessura, bem como procurou-se realizar a interpretação das condições deposicionais. Foi possível então, identificar três eventos deposicionais ocorridos na Bacia do Córrego do Rio Grande ao longo do período Quaternário, responsáveis pela atual conformação de sua paisagem geomorfológica, assim organizados cronologicamente: o evento mais antigo com mais de 14.000 anos BP; o intermediário tem idade entre 14.000 anos BP e 8.000 anos BP. O evento mais recente iniciou-se a aproximadamente 8.000 anos BP e se estende até os dias atuais.A identificação desses três eventos foi possível tendo como base, dentre outras coisas, os resultados de datações de 14C realizadas por AUGUSTIN (1995). Finalmente, a partir da identificação e análise dos três eventos em questão, foi possível construir a coluna estratigráfica da Bacia do Córrego do rio Grande.

109- Título: LEGISLAÇÃO URBANA E CAPITAL IMOBILIÁRIO NA PRODUÇÃO DE MORADIAS EM BELO HORIZONTE: UM ESTUDO DE CASO.Autora: Daniela Abritta CotaOrientador: Prof. Dr. Geraldo Magela CostaData de Defesa: 10/05/2002Banca Examinadora: Prof. Dr. Geraldo Magela Costa (UFMG)

Profa. Dra. Heloisa Soares de Moura Costa (UFMG)Prof. Dr. Edésio Fernandes (Universidade de Londres)Profa. Msc. Jupira Gomes de Mendonça (UFMG)

Área de Concentração: Geografia e Organização Humana do EspaçoResumo:O presente trabalho discute o papel do capital imobiliário na estruturação do espaço urbano da cidade de Belo Horizonte, tendo como foco principal a discussão acerca da produção de moradias para os segmentos de média – baixa renda da população na década de noventa.O objetivo principal da pesquisa é contribuir para o entendimento de novas formas de produção do espaço urbano. Busca-se verificar o papel dos empreendedores imobiliários, principalmente os produtores de moradias, neste processo de produção e sua interação com os demais agentes que atuam na estruturação deste espaço, destacando-se o Estado (poder público), especialmente por meio da legislação.Há, muitas vezes, o entendimento de que a legislação age mais como coibidora que como facilitadora da ação de agentes imobiliários no espaço urbano. No entanto, a legislação urbana atual de Belo Horizonte, especialmente naquilo que se refere ao controle de densidades e à criação de outras centralidades pode estar contribuindo, ao mesmo tempo, tanto para uma organização técnica e socialmente mais justa do espaço quanto para orientar ações do capital imobiliário, de uma forma que lhes seja vantajosa.

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O trabalho parte da discussão da questão urbana no Brasil e das formas de atuação do mercado imobiliário, passando, em seguida, à discussão da relação entre planejamento e Direito Urbanístico. Busca-se verificar como a dimensão jurídica vem sendo aplicada no urbano, principalmente após a inserção do conceito da função social da propriedade, especialmente pós-Constituição de 1988. Posteriormente, analisa-se a atuação do capital imobiliário em Belo Horizonte, fazendo um resgate desde a fundação da capital até a década de setenta, quando é aprovada a primeira Lei de Uso e Ocupação do Solo da capital (1976) e a Lei Federal nº 6766/1979, que dispõe sobre o parcelamento (loteamento e desmembramento) do solo urbano. A partir daí desenvolve-se um estudo mais detalhado das legislações urbanísticas municipais, buscando-se entender a interação destas com o capital imobiliário. Por outro lado, procura-se analisar o conteúdo e as intenções das legislações de uso e ocupação do solo de Belo Horizonte e, por outro, as estratégias e resultados das ações dos empreendedores imobiliários, com ênfase na atuação de determinada firma especializada na construção de moradias para uma demanda de média-baixa renda.Ao final do trabalho é feita uma análise geral da interação dos agentes discutidos – Capital imobiliário e Estado (via legislação urbana) – buscando contribuir para o debate da questão da habitação em um contexto de mudanças (baseado na busca de um espaço mais justo) que envolve e planejamento urbano.

110- Título: CONSTRUINDO A CIDADANIA: AVANÇOS E LIMITES DO PROJETO DE COLETA SELETIVA EM PARCERIA COM A ASMARE..Autora: Sônia Maria DiasOrientador: Profa. Dra. Heloisa Soares de Moura CostaData de Defesa: 16/05/2002Banca Examinadora: Profa. Dra. Heloisa Soares de Moura Costa (UFMG)

Prof. Dr. Geraldo Magela Costa (UFMG)Prof. Dr. João Antonio de Paula (UFMG)

Área de Concentração: Geografia e Organização Humana do EspaçoResumo:A questão do papel das políticas públicas no fortalecimento de uma ambiência favorável ao associativismo e ao alargamento da cidadania, é o eixo temático desta dissertação. Parte-se do pressuposto de que a relação Estado/sociedade civil não é de “zoma-zero”. Ou seja, tanto a sociedade civil pode influenciar positivamente a gestão pública, quanto o poder público exercer uma influência fortalecedora da sociedade civil. O objetivo central é analisar os limites e avanços do Projeto de Coleta Seletiva de Belo Horizonte em Parceria com a Associação dos Catadores de Papel na construção da cidadania. A discussão apóia-se num trabalho de pesquisa documental aos arquivos da Superintendência de Limpeza Urbana para reconstituição das ações de retirada de catadores das ruas, empreendidas pelo poder público no período de 1979 a 1992; na realização de entrevistas semi-estruturadas com catadores e funcionários da limpeza urbana para resgate da relação entre ambos e na consulta de uma vasta documentação institucional do projeto. Pôde-se observar que, no estudo de caso em questão, a ação do poder público, através do fornecimento de infra-estrutura de suporte operacional à coleta seletiva e do aporte de recursos financeiros, permitiu à Associação dos Catadores oferecer incentivos que potencializaram o processo associativo, a melhoria das condições de vida e trabalho dos associados e a construção da cidadania deste segmento historicamente marginalizado. A participação citadina dos catadores na co-gestão do projeto de coleta seletiva municipal, contribuiu na constituição de uma cultura institucional mais democrática na Superintendência de Limpeza Urbana e potencializou

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o alcance da ação deste órgão no disciplinamento da atividade de catação no município. A capacidade do projeto em ampliar e consolidar a sua dimensão cidadã repousa no equacionamento de vários limites, dos quais se destaca aqueles relativos à ausência de uma política municipal e nacional de fomento às indústrias de reciclagem e aqueles circunscritos ao campo da política urbana de disciplinamento da atividade dos depósitos de recicláveis na cidade.

111- Título: ALTERAÇÕES NA PAISAGEM NATURAL E AGRÍCOLA DO MUNICÍPIO DE BURITIZEIRO – MG: IMPLICAÇÕES DO PLANTIO GENERALIZADO DE EUCALIPTOS E PINUS NO MEIO AMBIENTE FÍSICO, BIOLÓGICO E SÓCIOECONÔMICO.Autor: Hernando Baggio FilhoOrientador: Prof. Dr. Marcos Roberto Moreira RibeiroData de Defesa: 22/05/2002Banca Examinadora: Prof. Dr. Marcos Roberto Moreira Ribeiro (UFMG)

Profa. Dra. Cristiane Valéria de Oliveira (UFMG)Profa. Dra. Maria Aparecida Santos Tubaldini (UFMG)

Área de Concentração: Geografia e Organização Humana do EspaçoResumo: Esta dissertação é o resultado de um trabalho que analisa as mudanças ocorridas na paisagem natural e agrícola do município de Buritizeiro, em função da ação da políticas públicas governamentais, voltadas principalmente para as indústrias siderúrgicas – ferro-ligas/gusa e agrícolas – reflorestamentos, que acabou por transformar o município num dos maiores maciços verticalizados com espécies de crescimento rápido – Pinus e Eucaliptos do Estado, degradando o meio ambiente físico, biológico, sócio/econômico e cultural. O trabalho fundamenta-se numa revisão bibliográfica, inserida ao longo de cada capítulo; em dados censitários; na análise de mapas temáticos – escala 1:500.000; em relatórios sobre os recursos naturais e sócio-econômicos para a região do Noroeste mineiro elaborados pelo CETEC (1981); entre outros. Fundamenta-se, também, na análise das cartas imagens elaboradas para o município, obtidas pelo satélite LANDSAT – escala 1:100.000 no período de 1989 e 1997, que possibilitaram a identificação e a comparação temporal das áreas plantadas com Pinus e Eucaliptos, além dos aspectos naturais e ambientais; em observações de campo recentes e em relato histórico de antigos moradores. Verificou-se a importância e a influência das políticas públicas no desenvolvimento e integração da região do Noroeste de Minas – em particular o município de Buritizeiro, com o restante do Estado. A política de incentivos fiscais, aliada às condições naturais favoráveis e ao baixo preço da terra, propiciaram a penetração de grandes empresas reflorestadoras no município, alterando a estrutura fundiária, particularmente a posse e uso da terra e as relações de trabalho. Assim, o reflorestamento apresentou-se como um dos principais agentes da concentração fundiária no município, desarticulando a prática do trabalho familiar. A ocupação de enormes áreas contínuas com o monocultivo de pinus e eucaliptos, num regime de cortes/rasos e sucessivos, provocou o surgimento de inúmeros problemas ambientais e sociais inter-relacionáveis.

112- Título: O DESENVOLVIMENTO LOCAL: POLÍTICAS PÚBLICAS E AÇÃO DO TURISMO NO POVOADO DE LAPINHA, MUNICÍPIO DE SANTANA DO RIACHO – MG.Autora: Regina Andréa MartinsOrientador: Prof. Dr. Marcos Roberto Moreira Ribeiro

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Data de Defesa: 27/05/2002Banca Examinadora: Prof. Dr. Marcos Roberto Moreira Ribeiro

Prof. Dr. Ralfo Edmundo da Silva MatosProf. Dr. Herbe XavierProf. Msc. Bernardo Machado Gontijo

Área de Concentração: Geografia e Organização Humana do EspaçoResumo:O turismo de base local surgiu como um modo de desenvolver a atividade a partir de características específicas de um lugar. Deve ser entendido como uma alternativa de encaminhamento do turismo, que incentiva formas equilibradas de utilização de atrativos tanto culturais como naturais. Em localidades que possuem paisagem ambientalmente frágil, como o caso do povoado de Lapinha, faz-se necessário a criação de mecanismos de controle de usos desses recursos, como forma de garantir a manutenção e preservação desses aspectos, que se constituem na atratividade do lugar. Políticas públicas eficazes e envolvimento efetivo de todos os atores diretamente vinculados a atividade turística apresentam-se como fatores essenciais para o desenvolvimento ordenado e equilibrado desse tipo de turismo, abrindo os caminhos para a construção de um verdadeiro desenvolvimento social.

113- Título: AVALIAÇÃO DO USO E OCUPAÇÃO DO SOLO NA BACIA DO RIBEIRÃO SERRA AZUL E OS RESULTADOS NO RESERVATÓRIO DA CIA. DE SANEAMENTO DE MINAS GERAIS - COPASA.Autor: Ricardo Figueira de CarvalhoOrientadora: Profa. Dra. Cristina Helena Ribeiro Rocha AugustinData de Defesa: 28/06/2002

Banca Examinadora: Profa. Dra. Cristina Helena Ribeiro Rocha AugustinProf. Dr. Marcos Roberto Moreira RibeiroProf. Dr. Roberto Célio ValadãoProf. Msc. Paulo Roberto Antunes Aranha

Área de Concentração: Geografia e Análise AmbientalResumo:Este trabalho aborda o comportamento da Bacia do Ribeirão Serra Azul relativo ao uso e ocupação do solo, considerando a atual situação em relação aos dados iniciais produzidos e coletados em princípios da década de 80.Com os dados obtidos em 1983 foi possível adequar às condições de nosso país uma metodologia aplicada no hemisfério norte para cálculos de produçã, transporte e deposição de sedimentos em reservatório, projetando a vida útil do reservatório.O atual trabalho constituiu em um novo mapeamento da bacia de forma a demonstrar como e quanto foram as modificações na superfície, relacionando estas alterações e evoluções de maneira a efetuar uma comparação com os dados do passado, verificando assim se as projeções e perspectivas feitas a partir daquele período e daquela metodologia adpatada se mostraram eficientes.No desenvolvimento do trabalho foram aplicadas metodologias convencionais como o levantamento batimétrico das seções, tendo sido testado ainda o método do Ground Penetration Radar – GPR. Esta metodologia constituiu na emissão de ondas de rádio em frequêncais de 100 a 200 Mhz nas seções do reservatório, tendo na captação das ondas refletidas a geração de imagens demonstrando a profundidade, assoreamento, leitos abandonados e canais preferenciais no fundo do lago.Paralelamente a este levantamento foi efetuada ainda uma amostragem dos sedimentos depositados de maneira a tentar relacionar as características físico-químicas destes

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materiais com o estabelecimento e desenvolvimento de todo um conjunto ictiofaunístico do reservatório.Ao fim, foi possível constatar que a forma de se usar e ocupar o espaço da bacia proporcionou com suas ações positivas e negativas, resultados surpreendentes ao lago.Se a situação atual não se apresenta com a mais ideal, também está muito distante de ser é das piores. O resultado que hoje se apresenta foi fruto da adoção de muitas medidas e sérios trabalhos desenvolvidos pela Cia. de Saneamento de Minas Gerais – COPASA-MG na forma de preservar os recursos naturais deste manancial.

114- Título: CADASTRO ESCOLAR: ATENDIMENTO PÚBLICO E O DIREITO À EDUCAÇÃO.Autor: Marcelo Eduardo ZanettiOrientador: Prof. Dr. Cássio Eduardo Viana HissaData de Defesa: 28/06/2002

Banca Examinadora: Prof. Dr. Cássio Eduardo Viana HissaProfa. Dra. Heloisa Soares de Moura CostaProfa. Dra. Maria Céres Pimenta Spínola Castro

Área de Concentração: Geografia e Organização Humana do EspaçoResumo:Este trabalho busca, a partir da organização de um referencial teórico e histórico acerca da evolução dos direitos, evidenciar a experiência do cadastro escolar como uma ação estratégica e coerente da política pública municipal de educação. A análise da experiência do cadastro escolar, tomado como uma expressão desta política de efetivação do direito de acesso à educação básica, procurou resgatar sua concepção e metodologia, assim como apontar seus avanços, limites e sua relação com o atendimento escolar público.

115- Título: IMAGENS DE UM TERRITÓRIO URBANO: A FEIRA DE ARTE E ARTESANATO DE BELO HORIZONTE.Autora: Luciana Oliveira GuerraOrientador: Prof. Dr. Cássio Eduardo Viana HissaData de Defesa: 08/07/2002

Banca Examinadora: Prof. Dr. Cássio Eduardo Viana HissaProf. Dr. Geraldo Magela CostaProfa. Dra. Maria de Lourdes Dolabela Luciano Pereira

Área de Concentração: Geografia e Organização Humana do EspaçoResumo:Esta dissertação procura refletir sobre a questão da apropriação do espaço urbano na vida cotidiana dentro do contexto da modernidade, onde aspectos tais como a identidade, a sociabilidade e o território assumem uma dimensão maior e decisiva na organização do espaço. Fruto destas preocupações, o trabalho foi elaborado buscando entender como certas categorias tomadas como da geografia (território, por exemplo) e outras, tipicamente sociológicas e antropológicas (como sociabilidade), entrelaçam-se num universo de fronteiras imprecisas e assumem formas inusitadas em uma vida urbana cujos referenciais alteram-se constantemente, a exemplo dos lugares de troca das relações sociais. Assim, a Feira de Arte e Artesanato de Belo Horiznte foi escolhida como uma referência empírica, como um território da cidade em que a produção, a circulação e o consumo de produtos têm uma fluidez mais acelerada mas que possui outras facetas que transcemdem este aspecto mais evidente, impactando a vida e as práticas sociais em Belo Horizonte. As reflexões obtidas com base nas leituras

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realizadas, de cunho interdisciplinar, nas informações colhidas junto a fontes diversas e na observação do lugar, foram articuladas numa dissertação composta de quatro capítulos. O primeiro deles visa constituir uma base teórica que sustente as argumentações sobre a questão proposta, tendo sido eleitos como fundamentais os conceitos de espaço, lugar e território. No segundo capítulo, o tema principal é a cidade sob a perspectiva de sua fragmentação e a constituição dos chamados territórios urbanos. Ainda neste capítulo são traçadas algumas considerações sobre a importância do comércio na constituição e estrutura das cidades, incluindo questões relativas ao consumo e à moda, itens estes que são intrinsecamente relacionados à constituição do território da Feira de Arte e Artesanato de Belo Horizonte. Na terceira parte do trabalho, buscou-se tratar rapidamente do processo de fragmentação da cidade de Belo Horizonte, especificamente, e da construção de alguns de seus referenciais. Por fim, no quarto capítulo são discutidas as características consideradas mais relevantes da Feira procurando reconstituir sua história e evidenciar sua identidade própria enquanto espaço de referência da cidade e que abriga uma pluralidade de usos e apropriações. Espera-se contribuir para o conhecimento sobre Belo Horizonte com algumas especulações de natureza teórica a respeito de um de seus principais espaços públicos e turísticos, cheio de relações e simbologias: o território da Feira de Arte e Artesanato.

116- Título: ANÁLISE DE IMPACTOS AMBIENTAIS NA CABECEIRA DE DRENAGEM DA BACIA DO CÓRREGO VILARINHO – REGIONAL VENDA NOVA – RMBH - MG.Autora: Arlete Vieira da Silva GenrichOrientadora: Profa. Dra. Cristiane Valéria de OliveiraData de Defesa: 22/07/2002

Banca Examinadora: Profa. Dra. Cristiane Valéria de Oliveira (IGC/UFMG)Profa. Dra. Vilma Lúcia Macagnan Carvalho

(IGC/UFMG)Prof. Dr. Frederico Garcia Sobreira (UFOP)

Área de Concentração: Geografia e Análise AmbientalResumo:O principal objetivo deste trabalho foi realizar o levantamento dos principais impactos ambientais negativos associados à ocupação do solo no alto curso da Bacia do Córrego Vilarinho, localizada na Regional Venda Nova, na região metropolitana de Belo Horizonte/MG, tendo por objetivos secundários, o mapeamento da ocupação do solo na bacia, o mapeamento dos pontos degradados identificados através de trabalho de campo e a discussão dos resultados com possiveis proposições de medidas de proteção e/ou recuperação que auxiliem o manejo e a conservação dos recursos, pelo poder público, setor privado, órgãos do meio ambiente e pela comunidade residente no local. Os procedimentos metodológicos tiveram início com uma revisão bibliográfica voltada para os temas pertinentes, que foram análise ambiental, bacia hidrográfica e os elementos solo, vegetação e água, e impactos ambientais, seguida da interpretação de fotografias aéreas na escala de 1:8.000 (PRODABEL, 1994), que permitiu o levantamento fisiográfico dos aspectos de interesse, para realizar a análise do quadro ambiental a área de estudo, produzindo um mapa que conduzisse os levantamentos de dados em campo. Os trabalhos de campo possibilitaram a checagem da evolução do quadro ambiental, no que se refere aos impactos ambientais negativos, verificando “in situ” os aspectos desejados, os quais serviram de base para a elaboração dos mapas finais de ocupação da área, em dois períodos, que após interpoladas as informações originaram um mapa evolutivo da área. A interpretação deste mapa evolutivo,

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possibilitou a comprovação de que o intenso processo de ocupação humana desenvolvida na região estudada, foi o fator decisivo para a aceleração da degradação dos elementos: água, solo e vegetação, ocorrentes no alto curso do Córrego Vilarinho. Os impactos ambientais negativos mais relevantes observados durante o desenvolvimento deste trabalho, foram: o comprometimento das nascentes ocasionado pela extinção ou pela canalização; a degradação da qualidade da água pelo lançamento de esgoto “in natura”, deposição de lixo nos talvegues dos cursos d’água e pela presença de sedimentos oriundos de processos erosivos; a degradação dos cursos d’água devido a canalização e a impermeabilização para implantação de ruas e avenidas; a degradação das áreas de várzeas devido ao intenso processo de ocupação; a degradação da cobertura vegetal, com total remoçãoda mata de galeria e da mata de vertente para implantação dos loteamentos; e a degradação do solo devido a atuação de processos erosivos, advindos da exposição do solo aos processos físicos atuantes, após a remoção da cobertura vegetal.

117- Título: ANÁLISE DO MAPEAMENTO DE RISCO DE INCÊNDIO FLORESTAL NO PARQUE ESTADUAL DA SERRA DO ROLA-MOÇA, MG.Autora: Lúcia do Espírito Santo ArcebispoOrientador: Prof. Dr. Britaldo Silveira Soares FilhoData de Defesa: 26/08/2002

Banca Examinadora: Prof. Dr. Britaldo Silveira Soares Filho (IGC/UFMG)Prof. Dr. Alloua Saadi (IGC/UFMG)Prof. Dr. Marcelo Ávila Chaves (CETEC)

Área de Concentração: Geografia e Análise AmbientalResumo:A diversidade de fatores que afetam o início e expansão de um incêndio florestal impõe o uso de uma análise integrada, facilitando o uso de Sistemas de Informações Geográficas (SIGs). O presente trabalho teve por objetivo desenvolver uma metodologia para mapeamento de risco de incêndios em áreas florestais por meio da utilização de um SIG. A área de estudo escolhida foi o Parque Estadual da Serra do Rola-Moça/MG, administrada pelo Instituto Estadual de Florestal. As informações necessárias foram levantadas por meio de mapas, fotografias aéreas e verificações no campo, sendo digitalizadas e processadas utilizando-se os softwares SPRING, IDRISI, ERMAPPER e DINÂMICA, a partir dos quais gerou-se os planos de informação, julgados necessários à avaliação de risco de incêndios, tais como: uso da terra, estradas, drenagens, solos e cobertura florestal. Cada plano foi ainda classificado de acordo com a sua importância para o risco de incêndio, recebendo um peso apropriado. Os planos foram então integrados através de operação aritmética no SIG, gerando um mapa-base de risco de incêndio. A metodologia deve receber adaptações, como por exemplo a alteração dos planos de informação e inclusão de novas variáveis, de acordo com as particularidades das áreas a serem mapeadas, fornecendo assim, mapas de risco mais detalhados e precisos.

118- Título: EDUCAÇÃO AMBIENTAL POPULAR: ESTUDO DE CASO SOBRE A EXPERIÊNCIA DO CENTRO DE VIVÊNCIA AGROECOLÓGICA – CEVAE/TAQUARIL.Autora: Malba Tahan BarbosaOrientador: Prof. Dr. Roberto Célio ValadãoData de Defesa: 27/08/2002

Banca Examinadora: Prof. Dr. Roberto Célio Valadão (IGC/UFMG)

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Profa. Dra. Heloisa Soares de Moura Costa (IGC/UFMG)Prof. Dr. Marcos Affonso Ortiz Gomes (UFLA)

Área de Concentração: Geografia e Análise AmbientalResumo: Esta pesquisa teve o propósito de, a partir da experiência do Centro de Vivência Agroecológica CEVAE/Taquaril, projeto idealizado e desenvolvido pela Prefeitura Municipal de Belo Horizonte em parceria com a organização não-governamental Rede de Intercâmbio de Tecnologias Alternativas – REDE e comunidades populares da periferia de Belo Horizonte, estudar a Educação Ambiental qualificada enquanto Popular, desenvolvida no/pelo programa, a sua contribuição para o empoderamento da população local e para a construção de uma sociedade sustentável. No desenvolvimento desta pesquisa, optou-se pela metodologia qualitativa, o Estudo de Caso, procurando dar voz, por meio de entrevistas e da observação participante, às diversas pessoas/agentes sociais envolvidos na experiência do CEVAE e no estudo da Educação Ambiental Popular, em nível local, nacional e internacional. Essa escolha deu-se pelo desejo de atribuir aos construtores da experiência do CEVAE a narrativa de explicitação do que seja uma Educação Ambiental Popular, com os seus limites, conflitos, alcances e perspectivas. Além disso, foi utilizado a análise documental, como forma de confrontar os registros escritos existentes e a memória dos sujeitos participantes da pesquisa na reconstrução da trajetória percorrida pelo CEVAE. Após escutar atentamente às diversas falas – e aqui está se referindo a todas as falas que se fizerem ouvir nessa pesquisa, como os autores lidos, os sujeitos entrevistados, as situações observadas, os companheiros, professores e amigos que se teve contato – concluiu-se que a Educação Ambiental numa perspectiva popular, mesmo que não necessariamente tenha de se incluir o adjetivo popular na Educaçào Ambiental, apresenta-se como uma imperiosa necessidade para a construção de um mundo novo, uma nova civilização, onde justiça social, bem-estar, qualidade de vida, cidadania, democracia e vida possam existir para todos e todas.

119- Título: LIMITES E POSSIBILIDADES DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO CONHECIMENTO SOBRE A METROPOLIZAÇÃO: UM ESTUDO A PARTIR DO PROJETO MANUELZÃO.Autora: Adriana Angélica FerreiraOrientador: Prof. Dr. Sérgio Manuel Merêncio MartinsData de Defesa: 30/08/2002

Banca Examinadora: Prof. Dr. Sérgio Manuel Merêncio Martins (IGC/UFMG)Profa. Dra. Odette Seabara (USP)Profa. Dra. Shoko Kimura (FAE/UFMG)Prof. Msc. William Rosa Alves (IGC/UFMG)

Área de Concentração: Geografia e Organização do EspaçoResumo:Partindo do pressuposto de que a educação ambiental (EA) não é panacéia para todos os problemas comumente associados ao processo de metropolização, esta dissertação tem como objetivo central abordar os limites e potencialidades do seu fazer pedagógico, no que diz respeito às questões que envolvem o processo de produção do espaço urbano. Tal análise ampara-se na pesquisa documental e de campo das atividades desenvolvidas pelo projeto de extensão da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais, chamado Projeto Manuelzão. Este projeto tem como objetivo a disseminação de práticas baseadas nos princípios da Engenharia Ambiental voltadas à recuperação da bacia hidrográfica do rio das Velhas, o que coloca Belo Horizonte na condição de um

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espaço importante para a realização de suas ações. Neste trabalho será discutida a recepção que as práticas político-pedagógicas do Projeto Manuelzão assumem para a população diretamente envolvida por suas proposições.120- Título: ESTUDO DO USO DAS NOVAS TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NO ENSINO DE CLIMATOLOGIA.Autora: Rosilene MarcanteOrientadora: Profa. Dra. Magda Luzimar de AbreuData de Defesa: 13/09/2002

Banca Examinadora: Profa. Dra. Magda Luzimar de Abreu (IGC/UFMG)Profa. Dra. Márcia Maria Duarte dos Santos (IGC/UFMG)Profa. Dra. Ângela Imaculada Loureiro de F. Dalben

(FAE/UFMG)Área de Concentração: Análise Ambiental

Resumo: Nesta dissertação, foi trabalhada a possibilidade do uso de tecnologia de software aplicadas à área de climatologia para ensino não presencial. Desta forma, o presente trabalho teve por objetivo a criação de material didático destinado ao ensino de Climatologia no curso de Geografia. Para isso foi desenvolvido o tema “Pressão Atmosférica”, através de uma metodologia própria que pudesse atender a contento às necessidades pedagógicas e de adequação ao meio informático. Com um protótipo definido, este foi avaliado por um grupo de amostragem dos discentes de graduação em Geografia da UFMG e obteve a aprovação dos mesmos. Sendo assim, neste universo da pesquisa e com base nos resultados obtidos, pôde-se concluir que alguns procedimentos pedagógicos, operacionais e arquitetônicos são próprios deste tipo de material e devem se constituir em objetos de extrema relevância para outras pesquisas e propostas voltadas para o ensino não presencial.

121- Título: A PRÁTICA E A FORMAÇÃO DE PROFESSORES: A GEOGRAFIA NAS SÉRIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL..Autora: Mara Moreira Rocha HissaOrientadora: Profa. Dra. Janine Gisèle Le SannData de Defesa: 13/02/2003

Banca Examinadora: Profa. Dra. Janine Gisèle Le Sann (IGC/UFMG)Prof. Dr. Roberto Célio Valadão (IGC/UFMG)Profa. Dra. Rosângela Doin de Almeida (UNESP-RIO CLARO)

Área de Concentração: Organização do Espaço

Resumo: A reflexão sobre a prática dos professores exige um duplo esforço: o da reflexão teórica e o da pesquisa empírica. O objetivo da presente dissertação é avaliar a prática de professores voltados para o ensino da geografia nas séries inciais do Ensino Fundamental. A referida prática é examinada a partir das experiências dos estudantes do Curso Normal Superior da Faculdade de Pedro Leopoldo que, na sua maioria, são professores das séries iniciais do Ensino Fundamental. A revisão bibliográfica fundamenta a abordagem teórica necessária ao fornecimento de subsídios ao trabalho de investigação baseado na aplicação de questionários aos estudantes. O Curso Normal Superior e os seus papéis no processo atual de formação de professores é, também, discutido como contexto no qual se insere o ensino da geografia para a formação profissional. Os Professores que lecionam no Curso Normal Superior – vinculados a

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determinadas áreas do conhecimento – também contribuem, através de entrevistas, para o desenvolvimento das informações necessárias à reflexão. O esforço de pesquisa resulta na produção de informações úteis à compreensão de parte das dificuldades e dos problemas enfrentados pelos professores que ensinam geografia para os estudantes das séries iniciais do Ensino Fundamental. Apesar das limitações da pesquisa, que se associam aos próprios limites de um relativo estudo de caso, é possível dirigir algumas considerações para a compreensão dos próprios problemas da geografia e da sua prática em sala de aula.

122- Título: TRANSPORTE ALTERNATIVO: RISCOS E POSSIBILIDADES; REFLEXÕES SOBRE O CASO DE BELO HORIZONTE.Autor: Leandro CardosoOrientador: Prof. Dr. Ralfo Edmundo da Silva MatosData de Defesa: 14/02/2003

Banca Examinadora: Prof. Dr. Ralfo Edmundo da Silva Matos (IGC/UFMG)Prof. Dr. Geraldo Magela Costa (IGC/UFMG)Prof. Dr. David José Ahouagi Vaz de Magalhães (EE/UFMG)Área de Concentração: Organização do Espaço

Resumo: Percebido enquanto um fenômeno nacional, acredita-se que a proliferação dos transportes não regulamentados pode ser decorrente, em parte, tanto da ineficiência do serviços prestados pelos sistemas regulares de transporte (ônibus, metrô, etc), quanto da carência de oportunidade de emprego e renda.Em Belo Horizonte, de uma tímida atuação em pontos isolados da cidade no início da década de 90, esse modelo de transporte transformou-se numa ameaça ao sistema de transporte regular. Nesse contexto, clandestinos e regulares passaram a travar uma verdadeira batalha nos corredores estruturais e nos principais núcleos habitacionais da capital.Esse quadro foi agravado pelas dificuldades impostas ao Poder Público Municipal no controle da clandestinidade, notadamente em virtude do excessivo número de liminares obtidas pelo chamados “perueiros” junto a diversas esferas do Poder Judiciário, às quais os concediam pleno direito de exercício da atividade. Com efeito, acentuaram-se os problemas relativos à gestão do sistema regular, principalmente no que diz respeito aos aspectos operacionais e econômicos, dentre os quais, destacam-se: redução de fluidez na circulação viária;evasão da receita do sistema regulamentado; dificuldades operacionais pela disputa do espaço nos pontos de parada de grande concentração, notadamente na área central; conflito entre operadores do sistema regulamentado e não regulamentado; e as interferências nas ações regulares da fiscalização pelo deslocamento de equipes para coibir os serviços não regulamentados.Após inúmeros capítulos de confrontos judiciais, ameaças de ambas as partes, apreensões de veículos e motoristas, e mesmo de violência, a Prefeitura Municipal, através da BHTRANS, decidiu-se pela regulamentação de um sistema de transporte suplementar, como estratégia para dar fim ao problema da atividade clandestina.Entretanto, tendo em vista que o novo modal de transporte não contribuiu para uma minimização significativa das históricas precariedades verificadas nos meios de mobilidade da população belo-horizontina, faz-se necessária a estruturação de modelos de transporte adaptados a públicos e necessidades específicas, priorizando a atração de usuários cativos do transporte individual. Medidas do gênero, auxiliariam o acesso dos usuários a sistemas de transporte de qualidade, além de representar mais uma

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contribuição ao processo de reestruturação do transporte público coletivo na cidade, atualmente em implantação pelo Poder Público.

123- Título: TERRITÓRIO, AGRICULTURA FAMILIAR E DESENVOLVIMENTO RURAL EM MUNICÍPIOS DO VALE DO JEQUITINHONHA.Autor: Crispim MoreiraOrientador: Prof. Dr. Marcos Roberto Moreira RibeiroData de Defesa: 17/02/2003

Banca Examinadora: Prof. Dr. Marcos Roberto Moreira Ribeiro (IGC/UFMG)Prof. Dr. Ralfo Edmundo da Silva Matos (IGC/UFMG)Prof. Dr. Bernardo Mançano Fernandes (UNESP-Pres. Prud.)Área de Concentração: Organização do Espaço

Resumo: Pesquisou-se os projetos políticos e as práticas locais experimentadas por relevantes atores sociais que atuam em desenvolvimento rural no Brasil na década de noventa do século vinte. Investigou-se como se dá a leitura e a intervenção na realidade espacial e territorial pelos atores sociais, protagonistas de gestão de planos municipais inseridos em programa nacional de fortalecimento da agricultura familiar de responsabilidade do governo federal em cooperação com os governos locais. Procurou-se examinar as práticas e a capacidade dos atores lidarem com as contradições do uso do território. Constatou-se que estas intervenções situam-se numa lógica de setorialização das políticas públicas. Os resultados e as descobertas revelaram, que este modo de intervenção não-territorial, reproduz-se em territórios municipais cuja a organização espacial é altamente concentrada e com elevadíssimo espaço ocupado por pequenos posseiros, minifundistas, agricultores familiares com pouca terra. O conceito de Desenvolvimento Rural é utilizado pelos conselhos municipais para a gestão do desenvolvimento rural sem a sua plenitude. Plenitude esta que envolve a questão agrária, hidro-ambiental, do poder político e mesmo a questão urbana dos assentamentos humanos rurais. O modo de gerir políticas como o modo setorial, em determinadas realidades sócio-espaciais, tem sérias dificuldades para desenvolver-se o rural lato sensu. Pôde-se concluir que a condição material – natural – do território, inserido em ecossistema e biomas como o semi-árido e a caatinga, remete para necessidade de experiências de formulação de políticas de gestão territorial. Ficou evidenciado empiricamente que programas e intervenções técnico políticas para promover uma reestruturação e um reordenamento territorial não frequentam os planos municipais de desenvolvimento rural local sustentável, ainda que estas estruturas sustentem a miséria e a pobreza. O estudo de caso foi o método escolhido para identificar evidências empíricas em um território, entendido como observatório, integrado por quatro municípios do Vale do Jequitinhonha. Para selecioná-los foi criada uma metodologia que agregou indicadores de desenvolvimento agrário e de condições de vida como as taxas de analfabetismo e mortalidade infantil, facilitando a caracterização e a importância de se usar instrumentos e métodos de planejamento de desenvolvimento territorial local e regional.

124- Título: UM ATLAS ESCOLAR MUNICIPAL INTERATIVO COMO RECURSO PEDAGÓGICO NO 2. CICLO DO ENSINO FUNDAMENTAL: ESTUDO DE CASO DO ATLAS ESCOLAR DE BRUMADINHO.Autora: Altina Naná de Castro Amorim

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Orientadora: Profa. Dra. Janine Gisèle Le SannData de Defesa: 20/02/2003Banca Examinadora: Profa. Dra. Janine Gisèle Le Sann (IGC/UFMG)

Profa. Dra. Magda Luzimar de Abreu (IGC/UFMG)Profa. Dra. Rosalina Braga (FAE/UFMG)

Área de Concentração: Organização do EspaçoResumo: A pesquisa sobre Cartografia para Escolares tem sido objetivo de diversas pesquisas no Brasil e no Mundo. No Brasil, o ensino da Geografia, nas séries iniciais do Ensino Fundamental, cujo desenvolvimento muito tem deixado a desejar, tem sido motivo de preocupação de pesquisadores e professores. Este trabalho apresenta e discute um estudo de caso do Atlas Escolar de Brumadinho, utilizado como recurso pedagógico no 2º ciclo do Ensino Fundamental. A pesquisa foi desenvolvida entre os anos de 2001 e 2002, e buscou traçar um perfil da atuação dos professores de Geografia, que trabalham nos anos iniciais do Ensino Fundamental, na rede municipal de educação de Brumadinho. Em parceria com professores do Município, disponibilizados pela Prefeitura Municipal, que ofereceu apoio integral ao desenvolvimento da pesquisa, elaborou-se o Atlas Escolar de Brumadinho, cujas etapas de implantação e utilização foram, criteriosamente, acompanhadas nas escolas do Município. O Atlas objetiva subsidiar o ensino da Geografia, em práticas pedagógicas, que possibilitam a aquisiçào, pelos educandos, de habilidades e competências de naturezas diversas, bem como, o estudo do espaço local. O resultado desta pesquisa fornece subsídios a reflexões da prática do ensino de Geografia.

125- Título: A CARTOGRAFIA NO ENSINO FUNDAMENTAL NO BRASIL E NO QUEBEC/CA: OATLAS ESCOLAR COMO UM INSTRUMENTO PARA O DESENVOLVIMENTO DO POTENCIAL DIDÁTICO DA CARTOGRAFIA.Autora: Rosilene FelbequeOrientadora: Profa. Dra. Janine Gisèle Le SannData de Defesa: 21/02/2003Banca Examinadora: Profa. Dra. Janine Gisèle Le Sann (IGC/UFMG)

Profa. Dra. Doralice Barros Pereira (IGC/UFMG)Prof. Dr. Marcelo Martinelli (USP)

Área de Concentração: Organização do EspaçoResumo: As reformas no campo educacional estão acontecendo em vários países. No Brasil e na província do Quebec (Canadá), as novas propostas curriculares têm procurado adequar os sistemas de ensino às mudanças ocorridas na sociedade atual. Assim, esta pesquisa, propõe uma análise do papel da Cartografia no contexto das novas orientações oficiais de Geografia no Brasil e no Quebec. Os procedimentos metodológicos utilizados neste trabalho foram: pesquisa bibliográfica, análise comparativa de programas curriculares, entrevistas, análise das propostas teórico-metodológicas de atlas escolares brasileiros e do Atlas Scolaire du Québec e estágio na Université du Québec à Montréal (UWÀM). Os resultados desta pesquisa apontaram para uma diferença significativa em relação à valorização da Cartografia no ensino de Geografia, no Brasil e no Quebec. As orientações curriculares brasileiras de Geografia são mais amplas e coerentes com uma formação do cidadão voltada para a compreensão e aquisição das habilidades espaciais. Outra questão trabalhada nesta pesquisa foi o potencial didático da Cartografia. Foi salientado que a Cartografia proporciona a estruturação de um raciocínio lógico, base

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para a formação de competências espaciais. Este raciocínio pode ser desenvolvido a partir do trabalho com os atlas escolares. A análise das propostas de atlas escolares evidenciou a importância destes, no formato papel ou digital, como um instrumento para o desenvolvimento do potencial didático da Cartografia. Contudo, o principal desafio, a ser repensado, para que a Cartografia seja explorada no ensino está centrado na formação do professor. Os professores precisam aprender a Cartografia de forma simples e objetiva, para que os mesmos sintam segurança e autonomia no trabalho com a educação cartográfica.

126- Título: A METROPOLIZAÇÃO DE BELO HORIZONTE: A APROPRIAÇÃO, PELO USO, DOS CENTROS DE SAÚDE DE RIBEIRÃO DAS NEVES/MG.Autor: Paulo Henrique Lima de OliveiraOrientador: Prof. Dr. Sérgio Manuel Merêncio MartinsData de Defesa: 24/02/2003Banca Examinadora: Prof. Dr. Sérgio Manuel Merêncio Martins (IGC/UFMG)

Profa. Dra. Heloisa Soares de Moura Costa (IGC/UFMG)Profa. Dra. Rousiley Maia (FAFICH/UFMG)

Área de Concentração: Organização do EspaçoResumo: O objetivo deste trabalho é analisar as possíveis relações de sociabilidade desenvolvidas nos Centros de Saúde da rede pública do município de Ribeirão das Neves/MG e demonstrar que o uso (e alguns momentos, a apropriação) destes espaços públicos, não se desvincula do processo de metropolização da capital mineira, Belo Horizonte.Em primeiro lugar busco um entendimento mais aprofundado da cidade pesquisada e as relações sociais que se apresentam no seu cotidiano. Em segundo lugar mostro como o Sistema Único de Saúde (SUS) aponta práticas que interferem no relacionamento entre as pessoas, chegando inclusive, a impor-lhe normas de conduta social. Para finalizar o debate enveredo pelas experiências de trabalho de campo para, através das falas e atitudes das pessoas, explicitar como são tecidas as diversas formas de sociabilidade que se conformam nos Centros de Saúde.

127- Título: O PENSAMENTO DE FRIEDRICH RATZEL – CONSIDERAÇÕES PARA A GEOGRAFIA CONTEMPORÂNEA.Autora: Rosângela Nasser Ganimi BraunaOrientador: Prof. Dr. Cássio Eduardo Viana HissaData de Defesa: 28/02/2003Banca Examinadora: Prof. Dr. Cássio Eduardo Viana Hissa (IGC/UFMG)

Profa. Dra. Márcia Maria Duarte dos Santos (IGC/UFMG)Prof. Dr. Ralfo Edmundo da Silva Matos (IGC/UFMG)Prof. Msc. Rodrigo Corrêa Teixeira (PUC/MG)

Área de Concentração: Organização do EspaçoResumo: A contextualização do debate científico durante as produções de Friedrich Ratzel (final do século XIX e início do XX) constitui a primeira parte deste trabalho. Estará sendo abordado o comportamento da ciência/cientistas, o que se pode assimilar e o que deve ser abandonado das idéias que tiveram mais intensidade e ganharam uma certa unanimidade dos pensadores do período. Dando seqüência a essa análise, faz-se uma avaliação do contexto da ciência na atualidade, com vistas às alterações e tentativas de

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novas maneiras de entendimento que possam trazer melhores formas de reação ao mundo.Um histórico da ciência geográfica – que se inicia antes do período citado e segue um curso ininterrupto – se fez necessário para que se pudesse chegar a um estudo mais específico de um momento que teve importantes reflexões dentro desse ramo do saber: o determinismo geográfico. O nome de maior repercussão dentro dessa corrente de pensamentos é o de Ratzel, e, portanto, são feitas considerações sobre suas principais idéias, quais eram e quais são as ressonâncias de tais intenções dentro da geografia e das ciências sociais. Recupera-se a visão de Ratzel ao se tratar da geografia e do intento de compreensão consistente do mundo dos seres e das coisas, através de uma interlocução entre os diversos cientistas sociais – sociólogos, antropólogos, geógrafos, historiadors, etc.

128- Título: AVICULTURA FAMILIAR INTEGRADA À AGROINDÚSTRIA: UM ESTUDO DE CASO EM PARÁ DE MINAS E SÃO JOSÉ VARGINHA (MG).Autora: Maria da Conceição Diniz AraújoOrientadora: Profa. Dra. Maria Aparecida dos Santos TubaldiniData de Defesa: 10/03/2003Banca Examinadora: Profa. Dra. Maria Aparecida dos Santos Tubaldini (IGC/UFMG)

Prof. Dr. Ralfo Edmundo da Silva Matos (IGC/UFMG)Profa. Dra. France Maria Gontijo Coelho (UFV)Profa. Msc. Maria Luiza Grossi Araújo (IGC/UFMG)

Área de Concentração: Organização do EspaçoResumo: Este estudo analisa a atividade avícola e a inserção dos avicultores familiares integrados às agroindústrias Azul e Branco e Brasília nos municípios de Pará de Minas e São José da Varginha - MG/2002. A viabilização da coleta de dados foi feita de forma direta com o avicultor por meio de entrevistas/questionários. Para o entendimento da categoria familiar, utilizou-se subsídios teóricos de Lamarche (1997; 1998) com o objetivo de verificar a posição daquele avicultor e sua família quanto à organização do trabalho nos estabelecimentos. Constatou-se que todos os avicultores entrevistados se inserem na lógica mediamente familiar, em decorrência de alguns estabelecimentos manterem mão-de-obra assalariada que complementa o trabalho das famílias. Nos estabelecimentos amostrados, além da criação de frangos, constatou-se várias outras produções. A partir das lógicas familiares e do grau de dependência, detectou-se neste estudo, que todos os avicultores aproximam-se mais do modelo agricultura familiar moderna, segundo Lamarche (1998). Este posicionamento dos avicultores integrados é resultado do manejo do processo de produção "moderno" e suas ligações à agroindústria e à economia capitalista. A análise do Complexo Agroindustrial - CAI, busca-se explicar a formação do pólo de avicultura de corte e o processo de produção avícola na área estudada. A partir deste ponto, deu-se ênfase à produção integrada, analisando os avicultores da área, sua origem, suas produções, as relações e a pluriatividade do trabalho, o processo de vinculação às agroindústrias e as condições de vida decorretes da avicultura e das outras atividades desenvolvidas no estabelecimento. Para a análise da qualidade de vida, levam-se em conta os critérios sociais, econômicos e ambientais. Os avicultores familiares se encontram subordinados ao capital (via penetração do capitalismo no campo), resultado de sua dependência em relação às normas impostas pelas agroindústrias. A produção de frangos é recebida pelas agroindústrias e se destina

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ao abatedouro Real Alimentos, localizado em Ibirité, cujos sócios são também proprietários das agroindústrias. Palavras-Chave: Produção Avícola Familiar, Integração, Agroindústria.

129- Título: IMAGENS DOS SERTÕES NA OBRA DE EUCLIDES DA CUNHA.Autora: Mariana Guedes RaggiOrientador: Prof. Dr. Cássio Eduardo Viana HissaData de Defesa: 12/03/2003Banca Examinadora: Prof. Dr. Cássio Eduardo Viana Hissa (IGC/UFMG)

Profa. Dra. Heloisa Soares de Moura Costa (IGC/UFMG)Prof. Dr. Luis Alberto Brandão Santos (FALE/UFMG)

Área de Concentração: Organização do EspaçoResumo: Esta dissertação é uma reflexão sobre as diversas imagens dos sertões na obra de Euclides da Cunha. Inicialmente, a pesquesa se concentra na visualização das paisagens dos sertões. Para que essa leitura possa superar as meras descrições físicas da paisagem sertaneja, faz-se uma reflexão teórica a respeito do conceito de paisagem. Em seguida, a pesquisa concentra-se nas imagens das fronteiras dos sertões na obra de Euclides daCunha. O estudo sobre asfronteiras do sertão solicita, como pressuposto teórico, uma reflexão a respeito da dimensão conceitual do termo fronteira. A partir dessa discussão, pode-se perceber que as imagens do “espaço sertão” são variadas e que a possibilidade de se construir a síntese da nação brasileira está, na visão de Euclides da Cunha, localizada no sertão do Brasil: espaço híbrido, ou seja, espaço do encontro da barbárie com a verdadeira civilização brasileira.

130- Título: O USO DA MÍDIA NO ENSINO DA GEOGRAFIA NA EDUCAÇÃO BÁSICA.Autor: Vicente de Paula LeãoOrientador: Prof. Dr. Roberto Célio ValadãoData de Defesa: 13/03/2003Banca Examinadora: Prof. Dr. Roberto Célio Valadão (IGC/UFMG)

Profa. Dra. Janine Gisèle Le Sann (IGC/UFMG)Profa. Dra. Ângela Imaculada L. Freitas Dalben (FAE/UFMG)

Área de Concentração: Análise AmbientalResumo: A sala de aula é um espaço no qual o processo da comunicação permite uma constante troca de significados. Com a evoluçào dos meios de comunicação de massa passamos a ter uma nova forma de linguagem interagindo como o ensino da Geografia. É fundamental entender o processo de construção da notícia, pois desde a fonte até o receptor final – no caso desde trabalho o aluno-receptor – a informação passa por várias mediações. Nessas mediações se incorporam à notícia as visões de mundo daqueles que codificam a mensagem. O texto mediático e os programas televisivos refletem apenas uma parcela da realidade. Seu aproveitamento como material didático para o ensino da Geografia requer um processo no qual o interdiscurso como o conhecimento geográfico possibilite a criação de novos espaços para novas mediações. O professor, os alunos e o conhecimento geográfico atribuirão novos significados ao material mediático. Nesse processo de ressignificação da linguagem produzida pela mídia, é importante ter claro o papel da Geografia. Ensinar Geografia a partir de um texto mediático nos obriga a

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repensar o objeto e os métodos presentes no ensino dessa disciplina. No interdiscurso com a linguagem da mídia, uma Geografia fragmentada e submetida a interpretações equivocadas, facilitará a superposição das idéias veiculadas pelos grandes meios. Pensar o texto mediático a partir do conhecimento geográfico significa ter as categorias de análise da Geografia como referencial na decodificação do material produzido pelos grandes meios de comunicação. A mídia possui uma linguagem própria e, portanto, é necessário formação para conviver com ela.Essa pesquisa buscou conhecer a relação do professor de Geografia com o material mediático. Através de questionário – aplicados a vários professores das redes pública e particular – buscamos, não só conhecer a realidade do professor, mas, procuramos estabelecer aspectos dessa realidade sua influência na utilização do material mediático. A pesquisa apontou quais veículos dos grandes meios de comunicação os professores mais utilizam nas aulas de Geografia. A partir da tabulação dos dados obtidos com as respostas dos questionários e, através do registro de aulas – nas quais os professores e so alunos utilizam textos produzidos pela mídia – foi possível perceber a ausência de mediações que pudessem dar ao texto mediático novos significados e, assim, ampliar sua possibilidade de utilização. Alguns dados, colhidos ao longo dessa pesquisa, fazem nos acreditar na necessidade de um melhor planejamento no processo de seleção e incorporação do material produzido pela mídia. Nesse planejamento devemos conhecer a linguagem dos grandes meios, assim como, saber qual Geografia pretendemos ensinar. Dessa forma será mais fácil definir, no processo pedagógico, a função do material mediático e quais suas possibilidades para o ensino da Geografia.131- Título: A PROTEÇÃO AO PATRIMÔNIO NATURAL URBANO: ESTUDO DE CASO SOBRE A SERRA DO CURRAL, BELO HORIZONTE/MG.Autora: Maura Bartolozzi FerreiraOrientadora: Profa. Dra. Cristina Helena Ribeiro Rocha AugustinData de Defesa: 14/03/2003Banca Examinadora: Profa. Dra. Cristina Helena Ribeiro Rocha Augustin (IGC/UFMG)

Profa. Dra. Heloisa Soares de Moura Costa (IGC/UFMG)Prof. Dr. Ariovaldo Umbelino de Oliveira (USP)

Área de Concentração: Análise AmbientalResumo: A pesquisa trata da proteção ao patrimônio natural urbano e focaliza o cas da Serra do Curral, situada em Belo Horizonte, capital do Estado de Minas Gerais. Desde o início dos anos 90, a área de estudo tem sido contemplada por diferentes instrumentos legais destinados a sua proteção, mas os problemas de degradação ambiental e paisagística têm persistido sem solução até o presente momento.Nessa década, as normas legais refletem as influências do debae sobre a sustentabilidade do modelo de desenvolvimento econômico, passando a ser priorizadas estratégias de proteção que levassem à internalização das variáveis ambiental e cultural na regulação do uso e ocupação do solo urbano.Os dados levantados na pesquisa incluem a avaliação do estado de conservação do patrimônio natural urbano, constatando-se que ele é reflexo direto da insuficiência ou inadequação dos instrumentos legais destinados à proteção do patrimônio natural urbano, havendo ainda fatores externos à ação do Poder Público Municipal que contribuem para falta de efetividade dessa proteção.A análise é concluída com sugestões para a formulação de uma política específica de proteção para a Serra do Curral, o que inclui o aperfeiçoamento do quadro normativo e a instauração de um processo de negociação com os diversos segmentos sociais interessados na questão.

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132- Título: PERDA DE SOLO POR ESCOAMENTO SUPERFICIAL E OS PADRÕES DE INFILTRAÇÃO E PERCOLAÇÃO DA ÁGUA NO SOLO, MICROBACIA DO CÓRREGO QUEBRA, GOUVEIA, ESPINHAÇO MERIDIONAL, MG.Autor: Sidney PortilhoOrientadora: Profa. Dra. Cristina Helena Ribeiro Rocha AugustinData de Defesa: 21/03/2003Banca Examinadora: Profa. Dra. Cristina Helena Ribeiro Rocha Augustin (IGC/UFMG)

Profa. Dra. Vilma Lúcia Macagnan Carvalho (IGC/UFMG)Profa. Dra. Ana Luiza Coelho Neto (UFRJ)

Área de Concentração: Análise AmbientalResumo: A erosão é um dos processos mais importantes na evolução das encostas. Em ambientes tropicais a ação da água é fundamental para o desencadeamento do processo erosivo sendo diretamente influenciada pelas propriedades dos solos, cobertura vegetal, inclinação e comprimento das encostas e erosividade das chuvas. O objetivo desta pesquisa foi levantar relações entre os agentes envolvidos na geração do escoamento superficial e infiltração da água no solo no município de Gouveia, localizado a Noroeste de Belo Horizonte, MG. Para tal foram utilizadas seis parcelas experimentais, medindo 10x10m cada e tensiômetros de manômetro de mercúrio, distribuídos em duas vertentes.As vertentes selecionadas possuem comprimento, inclinação, pedologia, cobertura vegetal e cobertura de superficie, diferenciados. Na vertente de menor comprimento o solo é do tipo Cambissolo, recoberto em grande parte por cascalho. Já na vertente de maior comprimento, predomina o Latossolo Vermelho-amarelo na alta e média vertente e Cambissolo na Baixa encosta. A cobertura de superfície nesta última vertente é constituída de material silto-argiloso formando películas selantes em alguns pontos da vertente.Os resultados obtidos demonstraram escoamento superficial e perda de solos mais acentuados na vertente longa, principalmente nas parcelas localizadas em porções convexas da encosta. Foi observado que o encrostamento da superficie do solo e a compactação do mesmo fez com que a água possua grande dificuldade de infiltração, tendendo ao escoamento superficial. Na vertente curta, a cobertura superficial constituída predominantemente de cascalho influi diretamente nos resultados, pois suas características favorecem a infiltração da água no solo, diminuindo o escoamento superficial e, consequentemente, a perda de solo.Comportamentos diferenciados foram encontrados, no entanto, em eventos chuvosos muito intensos. Estes eventos provocaram grande escoamento superficial nas encostas e a energia cinética gerada foi capas de transportar partículas de maior tamanho e densidade como os cascalhos que cobrem a vertente curta. Neste caso a baixa coesão entre as partículas também favoreceu seu deslocamento, resultando em perdas mais consideráveis do que as encontradas em coberturas de material argiloso, mais agregado.O desenvolvimento do perfil pedológico dos Cambissolos proporcionou horizontes altamente colapsávies em profundidade. Estes são marcados pela brusca ruptura granulométrica que causam fluxos horizontais em subsuperficie, tendendo à concentração nas porções côncovas. O transporte do material de cobertura expõe com facilidade tais horizontes, concentrando o fluxo superficial e gerando formas erosivas de caráter acelerado. Os Latossolos, com perfil pedológico caracterizado por material

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de estrutura mais estável, apresentaram maior tendência à geração da erosão laminar. Porém, as porções côncovas das vertentes cobertas por este solo, apresentaram grande tendência à acumulação hídrica em subsuperfície que podem originar pequenos canais e desabamentos subterrrâneos, contribuindo para acelerar o processo erosivo.A cobertura vegetal também demostrou ser de grande importância no comportamento hídrico das encostas. A vegetação do tipo arbórea e herbácea provou ser eficiente na estruturação do solo e diminuição do fluxo superficial, o mesmo não ocorrendo com as gramíneas que geralmente são usadas para substituir a vegetação original. As perdas erosivas nas vertentes amostradas chegaram a valores próximos das 10t/ha e ficaram muito próximas dos limites máximos de perda considerados pela literatura. Tais resultados, mesmo que pontuais, servem de base para se repensar práticas de uso e ocupação dos solos da região, onde o desmatamento e as queimadas ainda são métodos rotineiros.

133- Título: LEVANTAMENTO DE IMPACTOS AMBIENTAIS EM ÁREAS RURAIS ASSENTADAS – ESTUDO DE CASO: ASSENTAMENTO VACA PRETA – MUNICÍPIO DE MONTALVÂNIA/MG.Autora: Maria do Carmo GuimarãesOrientadora: Profa. Dra. Vilma Lúcia Macagnan CarvalhoData de Defesa: 28/04/2003Banca Examinadora: Profa. Dra. Vilma Lúcia Macagnan Carvalho (IGC/UFMG)

Prof. Dr. Marcos Roberto Moreira Ribeiro (IGC/UFMG)Prof. Dr. Paulo Roberto Antunes Aranha (IGC/UFMG)

Área de Concentração: Análise AmbientalResumo:Os fatores estruturais do relevo e das paisagens integrados às complexas formas e critérios utilizados para implementar projetos de assentamentos rurais deixam ambiente e comunidades assentadas vulneráveis aos danos ambientais.As causas e conseqüências dos impactos ambientais devem ser analisadas sob a nova perspectiva da sustentabilidade ambiental e da gestão do uso da terra e dos recursos hídricos.Este trabalho procura inicialmente traçar as características físicas do ambiente, as condições históricas da reforma agrária no Brasil, o surgimento e as políticas públicas aplicadas aos assentamentos rurais, a legislação que tutela o meio ambiente e o conceito de impacto ambiental. Em seguida, busca trazer estas questões para o âmbito das questões ambientais no sentido de apontar os impactos ambientais provocados por comunidades assentadas e seus efeitos diretos, levando em conta a percepção que os assentados têm dos mesmos.Este estudo se dá na bacia do Rio Cochá, na Região Norte de Minas Gerais, especificamente na área do assentamento rural Vaca Preta, Município de Montalvânia, e parte da análise das condições físicas e ambientais da área antes e após a instalação do assentamento. Esta análise baseia-se em levantamento das informações disponíveis e pesquisa de campo com a participação da comunidade assentada.Finalizam o trabalho algumas proposições no sentido de subsidiar ações capazes de possibilitar à comunidade assentada gerir seu espaço a partir de manejo assistido tecnicamente, procurando preservar os ecossistemas e ao mesmo tempo gerar renda e melhor qualidade de vida.

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134- Título: URBANIZAÇÃO E PRODUÇÃO SOCIAL DE CONFLITOS EM ITABIRA: DOMINAÇÃO E EXPLORAÇÃO NA E PELA (DES)CONSTRUÇÃO DO ESPAÇO URBANO – O CASO DA VILA PACIÊNCIA.Autora: Maria do Rosário Guimarães de SouzaOrientador: Prof. Dr. Sérgio Manuel Merêncio MartinsData de Defesa: 29/04/2003Banca Examinadora: Prof. Dr. Sérgio Manuel Merêncio Martins (IGC/UFMG)

Prof. Dr. Geraldo Magela Costa (IGC/UFMG)Profa. Dra. Tânia Braga (CEDEPLAR/UFMG)

Área de Concentração: Organização do EspaçoResumo:Esta pesquisa insere-se no contexto dos estudos sobre processos e teorias sócio-políticas e espaciais relacionadas à produção e à apropriação dos espaços urbanos, em Itabira, com a construção e descontrução de bairros, pela Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), em virtude de suas necessidades funcionais e produtivas.O foco deste estudo é a apropriação do espaço da Vila Paciência, pela CVRD, bairro da “cidade pública”, situado em área de Decreto Expropriatório. Os atuais moradores da Vila em “litígio” com a empresa esperam por uma decisão judicial positiva em relação aos problemas enfrentados por eles advindos da extração mineral na mina do Chacrinha, situada a menos de cinquenta metros da referida Vila.A situação da Vila Paciência é instigante, constitui um campo privilegiado para análise de processos socioespaciais a partir da criação e extinção de bairros em função da atividade minerária. Os efeitos da interferência da CVRD na construção, desconstrução e expropriação do espaço de Itabira são identificáveis no nascimento e na dissolução de relações sociais complexas analisadas nesta dissertação.

135- Título: (IM)POSSIBILIDADES DO URBANO NA METRÓPOLE: A (DES)POLITIZAÇÃO DA PROPRIEDADE DA TERRA PELO AMBIENTALISMO. UM ESTUDO DO PARQUE SERRA VERDE EM BH-MG.Autora: Maria Conceição Amaral Renan de MenezesOrientador: Prof. Dr. Sérgio Manuel Merêncio MartinsData de Defesa: 30/05/2003Banca Examinadora: Prof. Dr. Sérgio Manuel Merêncio Martins (IGC/UFMG)

Profa. Dra. Regina Helena Alves da Silva (FAFICH/UFMG)Profa. Dra. Margarida Maria de Andrade (USP)

Área de Concentração: Organização do EspaçoResumo:O que a metrópole está produzindo hoje, ou naquilo em que ela está se constituindo e/ou desconstruindo, parece trazer um sentimento de perda, um certo saudosismo conservador, perante toda modernização advinda, ,consubstanciada pelo acelerado processo de urbanização.Entender o processo de urbanização acelerado pelo qual passou a capital mineira, Belo Horizonte, e que a transformou em metrópole, foi o percurso deste trabalho, onde a ação produtiva dos homens se potencializa dialeticamente, com suas pecularidades que a cada momento emergem e se fazem presentes e onde o conflito do uso pela terra se torna um ponto para explicar a disputa pelos espaços desta cidade.Foi na busca dessas particularidades, que o Parque Serra Verde, localizado na região de Venda Nova, delineou-se enquanto objeto de estudo, numa situação conflituosa quanto à definição do uso da terra, caracterizada pela demanda por mais empregos e

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implantação de área de lazer, onde a temática ambiental permitiu um outro olhar, uma nova perspectiva, ante as situações do viver na metrópole, nas discussões que se seguiram no período dos anos 1989-1990.Esta área, portanto, apresentou-se enquanto proposta relevante e instigante de pesquisa quando, em 2000, parte dela tornou-se alvo de uma ocupação, por grupos de sem-casa, logo desarticulada pela força policial. A discussão voltou a ser manchete nos jornais e a comunidade do entorno foi como que sacudida e emergiu em defesa do meio ambiente, em defesa novamente do Parque Serra Verde, que não havia sido implantado, apesar de já garantido em lei.Dois “movimentos sociais urbanos”, num determinado momento têm como alvo de sua luta uma área da região de Venda Nova. São períodos diferentes mas que desnudam uma situação que a cada dia vem se tornando comum nas metrópoles: a produção e reprodução do uso e ocupação do espaço urbano.Entrevistas/depoimentos, foram desenvolvidas e gravadas onde solicitei que contassem o envolvimento de cada um junto aos grupos e/ou movimentos do qual participavam ou participam, bem como a situação das suas demandas perante o poder público neste contexto.

136- Título: RECURSOS HÍDRICOS, TURISMO E MEIO AMBIENTE: ESTUDO COMPARATIVO DE CASOS NO ESTADO DE MINAS GERAIS.Autora: Helen Nébias BarretoOrientador: Prof. Dr. Roberto Célio ValadãoData de Defesa: 30/05/2003Banca Examinadora: Prof. Dr. Roberto Célio Valadão (IGC/UFMG)

Prof. Dr. Allaoua Saadi (IGC/UFMG)Profa. Dra. Doralice Barros Pereira (IGC/UFMG)Prof. Dr. Pierre André (Universidade de Montreàl)

Área de Concentração: Análise AmbientalResumo:Esse trabalho tem como objetivo uma reflexão sobre a problemática atual da água em termos de sua gestão, identificando os possíveis impactos, interesses e valores conflitantes referentes ao seu uso para fins de balneabilidade. Para alcançar tal objetivo, estabeleceu-se a relação dos recursos hídricos e de seu aproveitamento, baseada na análise do uso do solo, da atividade turística, da avaliação da qualidade da água e da percepção dos principais agentes sociais inseridos no contexto das bacias hidrográficas onde se localizam os balneários. Tendo em vista o potencial e a exploração turística com relação ao uso da água doce, no Estado de Minas Gerais, foram delimitadas três áreas de pesquisa, para realização de estudo comparativos: a bacia do Ribeirão Casa Branca, no município de Brumadinho; a bacia do Córrego do Pântano, no município de Lagoa da Prata; e a bacia do Córrego Lapinha, em Santana do Riacho. Comparado às outras áreas, as cachoeiras da Lapinha apresentam uma maior preservação, tendo em vista a presença de um turista mais consciente, bem como a distância e a dificuldade de acesso ao local. O turismo em massa nos fins de semana e o crescimento urbano entorno da Praia, atrativo turístico do município de Lagoa da Prata, são alguns dos aspectos negativos que interferem nas condições de baneabilidade. A proximidade de Belo Horizonte e o processo de expansão urbana de Casa Branca trouxeram muitos turistas para região, à procura de cachoeiras. O aproveitamento da água doce para recreação tem uma preciosa contribuição a dar. Contudo, deve se pautar pelo controle ambiental, o que implica na necessidade de gestão apropriada e diferenciada nas bacias investigadas.

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137- Título: A GEOGRAFIA NO 2º CICLO DO ENSINO FUNDAMENTAL: UMA REFLEXÃO CRÍTICA SOBRE AS ORIENTAÇÕES OFICIAIS E OS ATLAS ESCOLARES MUNICIPAIS INTERATIVOS COMO MEDIADOR DO ENSINO POR COMPETÊNCIAS.Autora: Meire Marta da Silva RodriguesOrientador: Profa. Dra. Janine Gisèle Le SannData de Defesa: 26/06/2003Banca Examinadora: Profa. Dra. Janine Gisèle Le Sann (IGC/UFMG)

Prof. Dr. Roberto Célio Valadão (IGC/UFMG)Profa. Dra. Shoko Kimura (FAE/UFMG)

Área de Concentração: Organização do EspaçoResumo:Este trabalho tem por principal objetivo avaliar a relevância do Atlas Escolar como mediador do processo de construção de conceitos geográficos, no 2. Ciclo do Ensino Fundamental frente às orientações contidas nos instrumentos oficiais: Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s) de Geografia para o 2. Ciclo do Ensino Fundamental; Sistema de Avaliação de Educação Básica (SAEB) e os Conteúdos Básicos curriculares da escola pública de Minas Gerais. Foi feita uma análise da nova dimensão do “ensinar por competências” a partir do contexto teórico trazido por esses instrumentos oficiais. Fez-se, previamente um estudo dos aspectos inerentes ao processo de ensino-aprendizagem e a definição dos termos “competências”, “habilidades”, “conceitos” e “noções” que conduzem as análises. Esse estudo norteou a realização de inventários de habilidades, ações e conceitos contidos nesses instrumentos e em Atlas Escolares Municipais, verificando se atendem à nova proposta postulada nos instrumentos oficiais. Para entender a estrutura de cada instrumento analisado quanto à coerência para cada ciclo de ensino a que se destina, o texto foi organizado em forma de quadros para uma melhor análise. Constatou-se que os instrumentos oficiais não oferecem suporte suficiente para o professor colocá-los em prática, dada a complexidade em seu entendimento. Quanto ao Atlas, este serve como mediador no processo de construção de competências devido à forma como está estruturado. Não é um material que privilegia apenas o ensino do mapa, pelo contrário, o uso interativo desse meio de comunicação auxilia o entendimento e desvelamento da realidade local, ponto de partida para que o aluno aprenda a geografia em outras escalas de análise.

138- Título: A GESTÃO LOCAL NO AMBIENTE METROPOLITANO: O CASO DE NOVA LIMA NO EIXO SUL.Autora: Pollyanna Dias PachecoOrientador: Prof. Dr. Geraldo Magela CostaData de Defesa: 30/06/2003Banca Examinadora: Prof. Dr. Geraldo Magela Costa (IGC/UFMG)

Prof. Dr. Sérgio Manuel Merêncio Martins (IGC/UFMG)Profa. Dra. Jupira Gomes de Mendonça (EA/UFMG)

Área de Concentração: Organização do EspaçoResumo:A globalização e a competição entre as cidades por uma colacação mais significativa no cenário econômico mundial têm levado os governos locais a assumirem papéis cada vez mais estratégicos no que se refere à condução das políticas públicas.As cidades nesse cenário têm sido comparadas a empresas que devem ser gerenciadas de forma eficiente para se alcançar os resultados programados. Neste caso, o

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gerenciamenteo depende de um governo local forte e atuante que seja capaz de mobilizar os atores envolvidos no processo de fazer a cidade, a saber, a comunidade e a iniciativa privada.Como conseqüência, os desafios postos aos administradores públicos locais por intermediarem as negociações como o capital global têm levado ao surgimento de novas formas de se produzir a cidade que determinam uma nova estruturação do espaço urbano e que por sua vez influenciam a qualidade de vida da população e interferem diretamente no meio ambiente.De forma sintética, esta dissertação procura compreender como o contexto “global” da Região Metropolitana de Belo Horizonte tem afetado e influenciado a prática de gestão local no município de Nova Lima. A partir dos anos 90, procura-se compreender como a adminstração pública muncipal se estruturou para tornar seu espaço urbano competitivo não só em termos econômicos, mas também em termos da compatibilidade ambiental procurando ser uma referência metropolitana para as atividades do terciário avançado.

139- Título: ESTRADA REAL: ACESSO DO ANTIGO PARA O CONTEMPORÂNEO – TRECHO ENTRE OURO PRETO E OURO BRANCO.Autora: Maria Imaculada Carvalho LeãoOrientador: Prof. Dr. Marcos Roberto Moreira Ribeiro (IGC/UFMG)Data de Defesa: 31/07/2003Banca Examinadora: Prof. Dr. Marcos Roberto Moreira Ribeiro (IGC/UFMG)

Prof. Dr. Geraldo Magela Costa (IGC/UFMG)Prof. Dr. Friedrich Ewald Renger (IGC/UFMG)

Área de Concentração: Organização do EspaçoResumo:Dentro das mudanças em curso no panorama econômico procuram-se novas opções de emprego e renda. Nesse sentido, lugares como esse – o trecho da Estrada Real entre Ouro Preto e Ouro Branco – podem encontrar sua inserção no mercado, através de seus atrativos turísticos. Para que essa inserção se dê, respeitando os valores históricos e o patrimônio natural, procuramos traçar um panorama das questões históricas que o envolvem e do seu contexto socioeconômico atual.

140- Título: AVALIAÇÃO DO RISCO DE INUNDAÇÃO EM ÁREAS URBANAS. ESTUDO DE CASO: ITAJUBÁ, MG.Autor: Carlos Alberto MouraOrientador: Prof. Dr. Britaldo Silveira Soares Filho (IGC/UFMG)Data de Defesa: 10/09/2003Banca Examinadora: Prof. Dr. Britaldo Silveira Soares Filho (IGC/UFMG)

Prof. Dr. Antônio Pereira Magalhães Júnior (IGC/UFMG)Profa. Dra. Ana Clara Mourão Moura (IGC/UFMG)Prof. Dr. Marcelo Ávila Chaves (CETEC)

Área de Concentração: Análise AmbientalResumo:O trabalho apresenta o desenvolvimento de metodologia para avaliação do risco de inundações em áreas urbanas, baseada na integração de dados fornecidos por modelos de simulação de inundação e técnicas de geoprocessamento.

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A principal característica da metodologia utilizada foi o desenvolvimento de Modelo Digital de Ambiente da área urbana do município de Itajubá, MG, baseado em análise espacial entre duas superfícies, sendo que a primeira representa o relevo e a segunda a interpolação das cotas de inundação obtidas por meio de modelo de simulação.Após delimitar a planície de inundação foi possível desenvolver análises multisetoriais da cheia. O mapa da população afetada pela simulação da inundação foi obtido dos dados de consumidores de energia elétrica.As informações geradas nessas análises possibilitarão a elaboração de planos de ações emergenciais, visando à otimização de ações públicas.

141- Título: CONDICIONANTES SUPERFICIAIS E SUBSUPERFICIAIS NA EVOLUÇÃO DA PLUMA DE CONTAMINAÇÃO NO “ATERRO DA RANCHARIA”, OURO PRETO/MG: ESTUDO DE CASO UTILIZANDO O GEO-RADAR (GRP).Autora: Kátia Valéria Silva CarvalhoOrientador: Profa. Dra. Cristina Helena Ribeiro Rocha Augustin (IGC/UFMG)Data de Defesa: 10/09/2003Banca Examinadora: Profa. Dra. Cristina Helena Ribeiro Rocha Augustin (IGC/UFMG)

Prof. Dr. Antônio Pereira Magalhães Júnior (IGC/UFMG)Prof. Dr. Frederico Garcia Sobreira (UFOP)

Área de Concentração: Análise AmbientalResumo:Atualmente, a destinação final de resíduos sólidos é um dos principais problemas de saneamento básico que afetam os municípios. Devido ao alto custo de instalação e manutenção dos aterros sanitários, muitas prefeituras adotam procedimentos simples e de baixo custo, como o despejo direto do lixo urabno sobre o solo, traduzindo na contaminação do meio.Em seu processo de decomposição, o lixo gera o chorume, um líquido escuro altamente poluidor e contaminador. A contaminação por chorume advém de seu escoamento superficial e também do contato direto da célula de lixo com o solo subjacente, tendo-se então, a infiltração e percolação do mesmo no solo. O chorume contamina o solo, as águas superficiais e subterrrâneas, ocasionando alterações físico-química-biológica no mei afetado. Através da percolação do chorume no solo ocorre à formação de uma pluma de contaminação, sendo esta pluma dependente das condições físico-químicas e biológicas do meio percolado. A hidrogeologia local e as características do chorume podem determinar a disposição e evolução desta pluma.Este estudo teve como objetivo identificar a pluma de contaminação por chorume utilizando o Radar de Penetração do Solo ou Geo-radar. Procurou-se correlacionar as características pedológicas, geológicas (litologia, feições estruturais), geomorfológicas (forma e dinâmica do relevo) e de cobertura vegetal com o processo de escoamento superficial e subsuperficial (água e chorume) e como este influi na evolução da pluma de contaminação. Na investigação do subsolo, foram utilizadas antenas de 50 MHz e 100 MHz.Para o desenvolvimento da pesquisa escolheu-se Ouro Preto. O local selecionado para o depósito de lixo encontra-se no divisor de 3 micro-bacias das quais, 2 envolvem-se diretamente no processo de contaminação advinda do lixo. Com relação ao depósito de lixo e adjacências, na área observam-se xistos e filitos muito alterados, quartzitos e

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canga. Foram mapeados 4 tipos de solos (neossolos litólicos e regolíticos, cambissolos e latossolos) que apresentam características granulométricas distintas.Os resultados obtidos demonstraram que sob o maciço de lixo, toda a área investigada encontra-se contaminada. Também é observada a contaminação do solo próximo ao canal de escoamento superficial de chorume.Outro aspecto importante é a relação que a pluma de contaminação apresenta com os solos mapeados. Os latossolos encontram-se sob uma maior influência da pluma de contaminação, uma vez que, mesmo nos locais onde não ocorreu a descarga dos resíduos, pode-se observar a evolução desta pluma. O perfil de geo-radar amostrado na vertente 2, em áreas de cambissolos não apresentou contaminação, mesmo distando 30 metros da célula de lixo. Por outro lado, todo o perfil amostrado na vertente 4, limítrofe ao aterro industrial da Alcan, mesmo não estando localizado sobre a célula de lixo, indicou encontrar-se todo contaminado. Isto demonstra que na vertente está havendo interferência do aterro da Alcan.Devido à resolução apresentada pelo Geo-radar, este mostrou ser uma ferramenta eficiente na determinação da pluma de contaminação, devendo ser utilizado como uma ferramenta complementar em estudos preliminares de possíveis áreas para destinação de resíduos e, principalmente, em locais usados para despejo de resíduos, servindo para auxiliar na escolha dos lugares dos pontos a serem monitorados.

142- Título: EVOLUÇÃO DO PROCESSO DE OCUPAÇÃO URBANA DO MUNICÍPIO DE NOVA LIMA: UM ENFOQUE SOBRE A ESTRUTURA FUNDIÁRIA E A PRODUÇÃO DE LOTEAMENTOS.Autora: Cláudia Teresa Pereira PiresOrientador: Profa. Dra. Heloisa Soares de Moura Costa (IGC/UFMG)Data de Defesa: 19/09/2003Banca Examinadora: Profa. Dra. Heloisa Soares de Moura Costa (IGC/UFMG)

Prof. Dr. Cássio Eduardo Viana Hissa (IGC/UFMG)Profa. Dra. Luciana Teixeira Andrade (PUC-MG)

Área de Concentração: Organização do EspaçoResumo:O presente trabalho constituipse em um estudo sobre a expansão urbana de Nova Lima, Região Metropolitana de Belo Horizonte. Apresenta-se como uma recomposição histórica das origens da formação do espaço urbano municipal e estabelece relações entre economia e sociedade, elementos estruturadores do arranjo espacial municipal.O município de Nova Lima pode ser caracterizado como um dos mais peculiares remanescentes da atividade mineradora em Minas Gerais, cujo processo de ocupação posterior foi decorrente do desenvolvimento de uma indústria extrativa mineral de ouro com bases capitalistas que se constituiu na cidade, no século XIX com capital inglês e se tornou a base da economia local nos séculos XIX e XX.O trabalho faz uma análise histórica que se divide em duas partes: a primeira tem por objetivo reconstituir o processo de transformação da mineração industrial na principal base da economia local. E passa, a partir daí, a evidenciar a preponderância desta atividade na construção do espaço urbano da sede. Permite-se nesta parte do trabalho relacionar o capital industrial com as condições que propiciam a concentração fundiária nas mãos da mineradora que tem pela frente uma perspectiva de mineração do ferro, nos arredores da área urbana municipal. Estes são os elementos que construíram o cenário da expansão urbana de Nova Lima, que de fato se inicia a partir do século XX, onde pelas circunstâncias que cercam o momento histórico vivido pelo município e

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pela própria mineradora, o capital industrial se transforma gradualmente em capital fundiário, extremamente valorizado pela localização que as terras da mineradora passam a ter a partir da década de 50. Esta transição é marcada também pelo industrialismo mineiro, pelo início da atividade de minerção de ferro e pelo fim da hegemonia inglesa no município quando da venda da empresa para um grupo minerador americano.A segunda parte do trabalho se constituiu na análise da expansão urbana no século XX investigando quais os elementos transformaram o espaço além da sede em local propício para o desenvolvimento da atividade imobiliária que se colocou em curso a partir da década de 50. O objetivo foi investigar o papel da economia regional e local neste desenvolvimento urbano, apontando e identificando os agentes que interagiram na transformação do arranjo espacial novalimense.A análise dos dados mostrou que a concentração fundiária e a grande influência da mineração como atividade suporte da economia local e até mesmo mineira, foi o principal agente presente na expansão e na definição de novas trajetórias de desenvolvimento para o município minerador, uma vez que o declínio da atividade mineradora local foi anunciado e cada vez mais, em função da proximidade com a capital Belo Horizonte, o município foi sendo considerado o principal eixo de expansão da zona sul da capital mineira.

143- Título: IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS NO EIXO NORTE DA RMBH EM ÁREAS DO MUNICÍPIO DE RIBEIRÃO DAS NEVES-MG.Autor: André Luiz Nascentes CoelhoOrientador: Profa. Dra. Cristiane Valéria de Oliveira (IGC/UFMG)Data de Defesa: 02/12/2003Banca Examinadora: Profa. Dra. Cristiane Valéria de Oliveira (IGC/UFMG)

Prof. Dr. Antônio Pereira Magalhães Júnior (IGC/UFMG)Prof. Dr. Luiz Cláudio Ribeiro Rodrigues (FUNEC-Caratinga)

Área de Concentração: Análise AmbientalResumo:Ribeirão das Neves, município que compõe a Região Metropolitana de Belo Horizonte em Minas Gerais é apenas mais um exemplo do processo de urbanização que ocorre nas grandes regiões metropolitanas brasileiras, materializando-se em um espaço fragmentado em que grande parte dos loteamentos está voltada para uma população de menor poder aquisitivo.Nas últimas décadas, o município experimentou um crescimento populacional extraordinário, favorecido por uma série de acontecimentos, como: aprovação pela prefeitura de vários parcelamentos no eixo da BR-040, duplicação da rodovia, oferta de lotes populares com financiamento facilitado, proximidade com a capital, etc., caracterizando-se em um espaço marcado pela falta de infra-estrutura e de um modelo de ocupação e utilização do solo adequado.Grande parte desses parcelamentos encontra-se em áreas susceptíveis a todas às formas de erosão; localiza-se também nesta área o divisor de águas com importantes nascentes. Este cenário torna-se mais problemático pela forma como vem se consolidando tais parcelamentos que, aproveitando a falta de fiscalização por parte da prefeitura e demais órgãos, promovem mudanças significativas na paisagem, não levando em conta, por exemplo, as características pedológicas das mesmas, removendo toda a vegetação para abertura de ruas, demarcação de lotes, imprecisão nos projetos de drenagem e sistema viário.

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Tudo isso, agravado pela construção de residências sem qualquer auxílio técnico, promove o aumento das superfícies impermeáveis, resultando em alguns pontos dos bairros o surgimento de sulcos, ravinas e até voçorocamentos.O objetivo desta pesquisa é pensar e contribuir para novos estudos, realizando a identificação dos principais problemas ambientais, analisando-os e apresentando propostas dentro da realidade do município, os quais visam a melhoria da qualidade de vida da população e o processo de ocupação ordenado, e ambientalmente mais equilibrado.Um dos resultados foi o desenvolvimento do mapa diagnóstico da área estudada que materializou através da reunião das análises e observações em campo durante meses, destacando-se os elementos de degradação mais representativos nos bairros, e apontando outros usos como indústrias, fazendas e áreas verdes, elementos estes que estão diretamente relacionados uns com os outros, definindo a paisagem atual.A minuciosa análise da área de estudo, as entrevistas e os dados mais representativos que interferiram de forma negativa na paisagem, sobretudo, na qualidade de vida dos moradores, possibilitaram desenvolver algumas sugestões, aparentemente simples, mas concreta de melhoria socioambiental da população que vive nestes locais.

144 - Título: DESENVOLVIMENTO RURAL LOCAL SUSTENTÁVEL: O MANEJO INTEGRADO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIBEIRÃO SANTANAAutor: Allain Wilham Silva de OliveiraOrientador: Profa. Dra. Maria Aparecida dos Santos TubaldiniData de Defesa: 13/02/2004Banca Examinadora: Profa. Dra. Maria Aparecida dos Santos Tubaldini (UFMG)

Prof. Dr. Antônio Pereira M. Junior (UFMG)Profa. Dra. Maria Lúcia Pires Menezes (UFRJ)

Área de Concentração: Organização do EspaçoResumo:Este estudo buscou analisar o Projeto do Manejo Integrado da Bacia Hidrográfica do Ribeirão Santana procurando entender como este interferiu no território, uma bacia de abastecimento, no município de Varginha para a promoção do desenvolvimento rural local sustentável. Desta interação analisada procuramos determinar, a possibilidade da gestão e planejamento dos recursos hídricos, por meio da bacias hidrográficas constituírem arranjo espacial para a promoção do desenvolvimento rural.Para realizar-se este estudo procedemos um estudo do campo teórico do desenvolvimento local rural sustentável e da gestão de bacias enquanto política publica de intervenção territorial. Construímos um estudo de caso a partir de indicadores qualitativos, quanto aos aspectos ambientais, econômicos, institucionais e sociais por meio de questionários, pesquisa documental e observação direta sistemática. O estudo aqui realizado mostrou que a problemática do desenvolvimento deve levar em consideração o arranjo e a intervenção territorial através da unidade bacia hidrográfica, mas qualquer programa de desenvolvimento deve levar em consideração as novas formas de governança do território que possibilite política públicas de concertação e o empoderamento das populações locais. A lei de recursos hídricos instituiu o planejamento participativo da bacia hidrográfica criando os comitês e as agências de bacias que podem impedir a degradação acelerada da quantidade e da qualidade da água no Brasil e ser um importante elemento para promover o desenvolvimento de bases endógenas, em especial nas áreas rurais com predominância de agricultores familiares. Porém, esta gestão deve respeitar as particularidades locais, sociais, institucionais, econômicas e ambientais e buscar um processo de descentralização e participação

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social, que tem um importante papel neste processo para que se efetive esta nova política de desenvolvimento rural sustentável.

145 - Título: ANÁLISE DOS PROCESSO EROSÃO LAMINAR E EM RAVINA SOB DIFERENTES CONDIÇÕES DE COBERTURA DE SOLO E MICRO-TOPOGRAFIA NA BACIA DO CÓRREGO DO QUEBRA, GOUVEIA/MG: UM ENSAIO SOBRE O MÉTODO DE MEDIDA DA MICRO-TOPOGRAFIA APLICADO AO ESTUDO DO PROCESSO EROSIVOAutora: Valéria Cristina Chaves BarbosaOrientadora: Profa. Dra. Cristina Helena Ribeiro Rocha AugustinData de Defesa: 18/03/2004Banca Examinadora: Prof. Dr. José Ronaldo de Macedo(EMBRAPA/SOLOS/RJ)

Profa. Dra. Vilma Lúcia Macagnan Carvalho (UFMG)Profa. Dra. Cristina Helena Ribeiro Rocha Augustin (UFMG)

Área de Concentração: Análise AmbientalResumo:Este trabalho tem o propósito de analisar o trabalho mecânico dos fluxos de superfície difuso e linear desenvolvido em diferentes coberturas de solo (vegetal e não vegetal) e micro-topografia. Os processos de erosão laminar e em ravina foram analisados a partir da interpretação dos dados da micro-topografia, obtidos por meio de procedimentos elaborados nessa pesquisa.O método desenvolvido e aplicado nesse trabalho constitui um método de medida indireta da erosão, baseada na variação da micro-topografia durante o período chuvoso. Dentre as vantagens desse método, ressalta-se a possibilidade de analise da distribuição espacial e temporal das resultantes, erosão e deposição, do processo erosivo.O monitoramento do processo erosivo foi conduzido em duas vertentes da bacia do córrego do Quebra, do município de Gouveia, Espinhaço Meridional, Minas Gerais. Nessas vertentes foram instaladas seis estações experimentais, abertas, de 100 m2 cada uma. O monitoramento do processo erosivo nessas parcelas foi realizado em três momentos do período chuvoso de duas estações chuvosas, de 2001 a 2003. Foi estimado para o processo de erosão laminar e em ravina uma taxa erosiva média de 38 t/ha. Embora esse valor de erosão seja expressivo, ele representa apenas 50% do total de sedimento depositado nas parcelas e a 855 dos sedimentos depositados nos canais de ravina.Em resposta a intensa sedimentação nas áreas das parcelas, o nível de sedimentos na superfície dos solos aumentou em media 0,9cm e a amplitude das micro-ravinas diminuíram. Como conseqüência desse processo, a capacidade erosiva do fluxo superficial difuso e concentrado diminuiu, ficando a atividade erosiva, praticamente, restrita ao transporte de sedimentos.Tendo em vista que a principal atividade do fluxo superficial é o preenchimento de pequenas cavidade do solo outrora exposta pelo transporte de sedimentos soltos na superfície, a distribuição de sedimentos dentro da vertente constitui a principal dinâmica dos processos de erosão laminar e em ravinas.

146 - Título: CARACTERIZAÇÃO MICROMORFOLÓGICA DE MATERIAIS ORIGINADOS DE DIFERENTES LITOLOGIAS, EM ÁREAS COM OCORRÊNCIA DE MOVIMENTOS DE MASSA NA REGIÃO DE BELO HORIZONTE E RIO ACIMAAutora: Renata Marques dos Santos

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Orientadora: Profa. Dra. Cristiane Valéria de OliveiraData de Defesa: 19/03/2004Banca Examinadora: Profa. Dra. Cristiane Valéria de Oliveira(UFMG)

Profa. Dra. Vilma Lúcia Macagnan Carvalho (UFMG)Prof. Dr. Carlos Erneto Schaeffer (UFV)Profa. Ms. Maria Giovanna Parizzi (UFMG)

Área de Concentração: Análise AmbientalResumo:Historicamente a presença de foco erosivos e movimentos de massa, causam grandes perdas sociais e econômicas para a população que se encontra na área atingida, o que obriga os governos locais tomarem medidas emergenciais, muitas vezes onerosas e que nem sempre solucionam o problema. Sendo assim, esta pesquisa buscou caracterizar as causas que levam ao desencadeamento destes processos, através de análises micromorfológicas de materiais (solos e colúvios) localizados em áreas com ocorrência de movimentos de massa e erosão, na região de Belo Horizonte e Rio Acima. Adicionalmente, foi analisado a granulometria destes materiais enfocando classes texturais, argila dispersa em água e grau de floculação. Para tanto, foram selecionadas e analisadas amostras de horizontes/camadas de quatro taludes originados de diferentes litologias. Foram feitas correlações das características micromorfológicas e granulométricas encontradas, com a ocorrência ou não de processos erosivos e movimentos de massa nas áreas selecionadas. De uma forma geral, os materiais analisados são essencialmente finos, compostos em sua grande maioria por silte e areia fina. Além disso, as zonas de fraqueza destes horizontes/camadas, localiza-se principalmente nos contatos gerados por variação da porosidade. Contudo, as análises micromorfológicas mostram forte ligação da rocha de origem e o grau de evolução dos materiais com o desenvolvimento da porosidade, que conseqüentemente influencia a ocorrência de movimentos de massa e erosão. As diferenças geológicas geraram com comportamentos diferenciados com relação a ocorrência de erosão e movimentos de massa.

147 - Título:CARACTERIZAÇÃO PEDOLÓGICA EM DUAS VERTENTES NA BACIA DO CÓRREGO DO QUEBRA – GOUVEIA/MGAutor: Leonardo Cristian RochaOrientadora: Profa. Dra. Vilma Lúcia Macagnan CarvalhoData de Defesa: 25/03/2004Banca Examinadora: Profa. Dra. Vilma Lúcia Macagnan Carvalho(UFMG)

Profa. Dra. Selma Simões de Castro (UFG)Prof. Dr. Roberto Célio Valadão (UFMG)Profa. Dra. Cristina Helena Ribeiro Rocha Augustin (UFMG)

Área de Concentração: Análise Ambiental Resumo:O município de Gouveia inserido na porção meridional da Serra do Espinhaço tem sido objeto de estudo há alguns anos, com o objetivo principal de entender a dinâmica ambiental em trópico úmido. Mudanças significativas ocorreram ao longo do Quaternário, dando ulma nova configuração na paisagem da Depressão de Gouveia. Dentro desse contexto, realiza-se a presente pesquisa com o objetivo principal de caracterizar os solos em duas vertentes do Córrego do Quebra.As vertentes estudadas são assimétricas, sendo a da margem direita do Córrego do Quebra de menor tamanho, com 210 metros de comprimento, e de maior declividade. A

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sua superfície é recoberta de cascalhos desde o inteflúvio até a sua base. A vertente da margem esquerda apresenta um segmento mais retilíneo de menor convexidade e de maior comprimento, cerca de 650 metros.Para que essa caracterização fosse realizada, fizeram-se análises físicas, químicas, micromorfológicas e dados de GPR. Os dados de análises físicas foram essenciais na determinação do grau de evolução dos solos a partir da relação silte e argila. Já, os dados referentes às análises químicas revelaram alto grau de evolução do manto de intemperismo, visto que não se encontram bases em grande quantidade. A micromorfologia foi determinante para ajudar a caracterizar os solos, principalmente, no que se refere à relação do material pedológico com a rocha de origem. Por fim, os dados de GPR foram fundamentais para o mapeamento dos veios de quartzo, importantes para a caracterização pedológica, levantando questionamentos sobre a origem do material, se seria classificado como alóctone ou autóctone.Assim, diante dos dados, grandes evidências apontam para um evolução pedológica muito marcada pela Geomorfologia no que se refere ao encaixamento da drenagem e ao intenso processo de erosão remontante, provocando, muitas vezes, a retirada de material pedológico. Obtém-se assim um rejuvenescimento dos solos, sendo muito comum também a instalação de intensos processos de voçorocamento em toda a Depressão, principalmente, nas cabeceiras dos anfiteatros.Deste modo, encontrou-se, ao longo da vertente curta, a seguinte transformação pedológica do topo para a base: Latossolo – Cambissolo – Neossolo. Ao passo que, na vertente longa, obteve-se a seguinte seqüência: Neossolo – Cambissolo – Latossolo – Cambissolo – Neossolo. Estas classes de solo correspondem, de acordo com a morfologia da paisagem, e a evolução Geomorofológica.Estes dados permitiram inferir que a gênese pedológica ocorreu, possivelmente, in situ e não por processos coluvionares como foi sugerido por alguns autores. Assim, diante dos dados encontrados e dos questionamentos levantados, a presente pesquisa aponta para o direcionamento de novos estudos que permitirão um maior entendimento da dinâmica ambiental da região.

148 - Título:O TURISMO COMO AGENTE (RE)ORGANIZADOR DO USO DO ESPAÇO RURAL: O CASO DE CARRANCAS-MGAutora: Mônica de Castro DomingosOrientador: Prof. Dr. Marcos Roberto Moreira RibeiroData de Defesa: 26/04/2004Banca Examinadora: Prof. Dr. Marcos Roberto Moreira Ribeiro (UFMG)

Prof. Dr. Bernardo Machado Gontijo (UFMG)Prof. Dr. Herbe Xavier (PUC-MG)

Resumo:O espaço rural, pela riqueza das suas formas, cheiros, cores e texturas, é um grande motivador de deslocamentos turísticos. As pessoas que buscam fugir da rotima estafantge dos grandes centros urbanos podem experimentar hábitos e costumes diferetnes e vivenciar uma nova paisagem. Por esse motivo, o turismo nessas áreas vem se destacando e tornando-se uma alternativa para proprietários e trabalhadores rurais. Ao diversificar a base econômica local, a partir da pluriatividade, ele imcrementa o nível de qualidade de vida da população, com emprego e renda, porém, para ser formar um espaço turístico rural, é preciso o seu (re)ordenamento, “construindo” as paisagens turísticas, ou seja, transformando os elementos naturais e rurais em atrativos turísticos. Além disso, é necessária a organização de uma cadeia produtiva, agregando

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equipamentos e serviços turísticos e uma ampla infra-estrutura de apoio. A turistificação dos espaços rurais acarreta mudanças físicas, sociais, econômicas, culturais e políticas, seja negativa ou positivamente. A superação dos problemas e a maximização dos efeitos positivos dependem da capacidade técnica e financeira dos investidores, da manutenção dos patrimônios naturais e histórico-culturais, de políticas públicas eficazes e participativas, da elaboração de uma legislação turística municipal, da inserção de produtores e trabalhadores locais, da divulgação da destinação turística e da existência ou da capacitação de mão-de-obra.

149 - Título:O LUGAR NO MUNDO CONTEMPORÂNEOAutora: Rosana Rios CorgosinhoOrientador: Prof. Dr. Cássio Eduardo Viana HissaData de Defesa: 28/04/2004Banca Examinadora: Prof. Dr. Cássio Eduardo Viana Hissa (UFMG)

Prof. Dr. Ralfo Edmundo da Silva Matos (UFMG)Prof. Dr. Geraldo Magela Costa (UFMG)

Resumo:Esta dissertação discute o conceito de lugar no mundo contemporâneo. A pesquisa aproveita-se de leituras divergentes que buscam o entendimento da realiade sócio-espacial que se configura como resultado das grandes transformações ocorridas nas últimas décadas. Em um primeiro momento procura-se reconstruir o cenário onde se processam tais mudanças – fortemente marcadas pela reestruturação produtiva, pela globalização, pelo desenvolvimento da tecnologia e pela nova onda de liberalismo econômico. Nesse cenário, observa-se que as circunstâncias históricas, criadas nas últimas décadas, apontam para a predominância do capitalismo na organização da sociedade e do espaço. Em seguida, são realizadas algumas leituras que afirmam a perda de significado do lugar. Busca-se desvendar alguns conceitos que conspiram contra o sentido de lugar. Tais conceitos são apropriados pela ideologia capitalista que reduz a realidade ao determinismo econômico e cria condições para o desenvolvimento de um processo de alienação. A análise dessa literatura demonstra tendências de valorização do tempo em detrimento do espaço, de universalização do pensamento e de irreversibilidade da realidade que se configura. Essas tendências sugerem a organização de um mundo determinado pelo capitalismo que se apropria e é apropriado pela tecnologia. Outras leituras que abordam o sentido de lugar, por sua vez, consideram não só a dimensão econômica como, também, as dimensões sociais, políticas e culturais. Ressalta-se que a conjugação de influências entre essas dimensões, através do tempo e do espaço, compõe a realidade – quando as escolhas e as contigências movimentam e direcionam os acontecimentos. Embora seja reconhecida uma forte influência do capitalismo na organização sócio-espacial, observa-se que a permanência do sentido de lugar inserido num processo de permanente (re)significação. Ao contrário das circunstâncias atuais insinuarem a perda de sentido do lugar, tais circunstâncias, paradoxalmente, proporcionam o fortalecimento do referido conceito – diante do fenômento da globalização da economia e do aumento da influência econômica. O lugar, inserido no contexto global, forma-se segundo a articulação de influências distantes e locais. A vivência cotidiana, mesmo atravessada por vetores de ordem global, exerce um considerável peso na caracterização sócio-espacial, ou seja, na particularização de realidades que afirmam a existência dos lugares que, por sua vez, em conjunto, concedem sentido ao mundo.

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150 - Título: GEOGRAFIA DOS FLUXOS TURÍSTICOS: UMA ANÁLISE REGIONAL A PARTIR DA INTERAÇÃO, DA ACESSIBILIDADE E DOS FLUXOS ATUAIS. ESTUDO DE CASO: VALE DO JEQUITINHONHAAutora: Patrícia Elizabeth da Veiga RizziOrientador: Prof. Dr. Allaoua SaadiData de Defesa: 28/04/2004Banca Examinadora: Prof. Dr. Allaoua Saadi (UFMG)

Prof. Dr. Bernardo Machado Gontijo (UFMG)Prof. Dr. Miguel Bahl (UFPR)

Resumo:A perspectiva da Geografia dos Fluxos Turísticos, a partir da interação e da acessibilidade, promete contribuir muito para o planejamento e para a implementação do turismo. Na presente pesquisa, estão definidos os pólos emissores e os pólos receptores de possíveis fluxos turísticos que se pretende implementar no Vale do Jequitinhonha. Esta definição partiu da comprovação do importante padrão do turismo interno brasileiro entre as regiões Sudeste e Centro-Oeste e o sul da Bahia.Entre os pólos emissores, podemos destacar as cidade de Belo Horizonte, Cuiabá, Campo Grande e Brasília, capitais, respectivamente, dos estados de Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e do Distrito Federal. Além de Montes Claros, Uberaba e Urberlândia, importantes cidades mineiras. Já entre os pólos receptores, pode-se citar os importantes destinos turísticos baianos como Porto Seguro, Prado e Ilhéus. Bem como toda a Costa do Dendê e a Baía de Todos os Santos (Salvador), representadas por Vitória da Conquista, importante localidade situada na conexão norte-sul da região central do Estado da Bahia.Há uma forte interação da bacia hidrográfica do Jequitinhonha com o padrão dos fluxos domésticos do Brasil, entretanto, o acesso ao Vale do Jequitinhonha no sentido W-E é dificultado pela existência da Serra do Espinhaço, uma barreira natural que soergue entre os pólos emisssores e os pólos receptores pertencentes ao fluxo comprovado. Estão caracterizados, aqui, os pontos nodais que servem como portões de entrada/saída da região em estudo.Quanto às condições de trafegabilidade na área da bacia, chegou-se, partindo das características das malhas rodiviária e aeroportuária, à classificação dos trechos das rodovias segundo o modelo de pesquisa CNT 2002, elaborando-se o Mapa de Condições de Tráfego da Malha Rodoviária do Rio Jequitinhonha. De uma maneira geral, observou-se que as rodovias da área estudada são realmente bastante vairadas. Há uma enorme diferença entre a pontuação do melhor trecho de rodovia, 420, e o do pior, 54.Por fim, são analisadas, em curto e médio prazo, as diferentes opções de possíveis trajetos para os turistas oriundos de Belo Horizonte, Brasília e Montes Claros, e Cuiabá e Campo Grande.

151 - Título: COMPARTIMENTAÇÃO MORFOPEDOLÓGICA DA BACIA DO RIBEIRÃO CHIQUEIRO, GOUVEIA-MGAutor: Saul Moreira SilvaOrientadora: Profa. Dra. Cristiane Valéria de OliveiraData de Defesa: 11/05/2004Banca Examinadora: Profa. Dra. Cristiane Valéria de Oliveira (UFMG)

Prof. Dr. Roberto Célio Valadão (UFMG)Profa. Dra. Cristina Helena Ribeiro Rocha Augustin (UFMG)Prof. Dr. Nelson Ferreira Fernandes (UFRJ)

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Resumo:Este trabalho objetivou realizar a compartimentação do sistema pedológico da Bacia do Ribeirão Chiqueiro que se encontra inserida na Depressão de Gouveia no Espinhaço Meridional no município de Gouveia – MG.A Bacia do Ribeirão Chiqueiro está instalada sobre o embasamento cristalino que se caracteriza por colinas alongadas convexas e poli-convexas constituindo o assoalho da depressão. Entretanto, as cabeceiras de drenagem, estão situados nas serras quartzíticas que bordejam a depressão.Para se atingir o objetivo, efetuou-se o levantamento pedológico das porções Leste e Sul da Bacia do Ribeirão Chiqueiro que foi ligado ao levantamento já existente para a porção Norte constituindo-se deste modo o mapa pedológico da bacia no qual foram inseridas as curvas de nível a partir das cartas topográficas concernentes a bacia o que possibilitou a confecção do Mapa da Compartimentação do Sistema Pedológico da Bacia do Ribeirão Chiqueiro. Assim, elaborou-se as transecções pedológicas que permitiram relacionar a dinâmica do sistema pedológico com as estruturas de relevo distribuídas em quatro compartimentos altimétricos.A compartimentação pedológica demonstrou que no 1º compartimento compreendendo as estruturas de relevo com cota altimétrica acima dos 1300 metros encontra-se solos pouco desenvolvidos como os NEOSSOLOS LITOLÓGICOS e solos com baixo grau de desenvolvimento como os CAMBISSOLOS.O 2º compartimento é o de menor expressão na paisagem compreendendo o relevo entre as cotas altimétricas de 1250 a 1300 metros, onde nos topos de morros sobre intrusões de rochas metabásicas encontra-se solos bem desenvolvidos como os LATOSSOLOS e nas encostas encontra-se afloramentos rochosos em meio a NEOSSOLOS LITOLÓGICOS.O 3º compartimento é o de maior expressão na bacia, sendo marcado pelo fundo da depressão com colinas e interflúvios modelados sobre xistos e granitos, entre as cotas altimétricas de 1000 a 1250 metros onde se desenvolve LATOSSOLOS, CAMBIOSSOLOS e os NEOSSOLOS LITOLÓGICOS e REGOLÍTICOS.O 4º compartimento é o ambiente dos fundos de vales compreendendo as cotas altimétricas abaixo de 1000 metros, chegando a aproximadamente 960 metros na cota mínima na confluência dos Ribeirões Chiqueiro e Areia. Neste compartimento ocorre LATOSSOLOS e CAMBIOSSOLOS. Entretanto, as planícies aluviais onde se desenvolvem os NEOSSOLOS marcam o cenário do compartimento.Por fim, foi possível concluir que o sistema pedológico da Bacia do Ribeirão Chiqueiro está intimamente correlacionado com a geomorfologia e geologia local, demonstrando claramente o processo de rejuvenescimento atuante sobre a paisagem da Depressão de Gouveia.

152 - Título: O ORÇAMENTO PARTICIPATIVO DA HABITAÇÃO VIA AUTOGESTÃO: REALIDADE E POTENCIALIDADES DE UM INSTRUMENTO DA POLÍTICA HABITACIONAL DE BELO HORIZONTEAutora: Cynthia das Graças SantosOrientadora: Profa. Dra. Heloisa Soares de Moura CostaData de Defesa: 11/05/2004Banca Examinadora: Profa. Dra. Heloisa Soares de Moura Costa (UFMG)

Prof. Dr. Sérgio Manuel Merêncio Martins (UFMG)Profa. Dra. Jupira Gomes de Mendonça (UFMG)

Resumo:

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O trabalho analisa o processo do Orçamento Participativo da Habitação através da forma de gestão denominada Autogestão, a fim de avaliar até que ponto este programa se constitui em uma alternativa que possibilitaria, de fato, o enfrentamento da questão habitacional em Belo Horizonte. Pretende-se aprender como se estabelecem as relações entre os diferentes agentes do processo, o poder público, as Assessorias Técnicas e Movimento Sem Casa dentro deste programa, como se dão os embates e os acordos decorrentes deste intricado relacionamento e os resultados produzidos para as famílias de baixa renda envolvidas neste processo.Em termos de concepção metodológica a dissertação tem dois eixos que se encontram no OPH e na autogestão. De um lado as discussões acerca da participação popular/cidadania que se dão no processo do OP em geral (POR e OPH) e do a discussão sobre habitação frente à falência do modelo estatal via BNH, que vem gerar algumas reações: as políticas de habitação no nível municipal buscando alternativas e o surgimento dos processos autogestionários, derivados dos mutirões e do processo de autoconstrução.Os resultados muito satisfatórios atingidos através do Programa Autogestão como economia de recursos, redução do tempo de construção, preparação dos mutirantes para entrada no mercado de trabalho, bem como a possibilidade de criação de um senso de responsabilidade e de coletividade, conferem um caráter singuar à este instrumento de gestão pública. Neste sentido, ao se deparar com uma alternativa que ofereça tais benefícios (ou a possibilidade deles), pode-se pensar que talvez esta seja a proposta mais viável a ser usada, pelo menos num momento em que se busca alternativas para viabilizar planos e programas voltados para a habitação popular.

153 - Título: ESTABILIZAÇÃO DE PROCESSOS DE VOÇOROCAMENTO NA BACIA DO RIBEIRÃO CHIQUEIRO – GOUVEIA – MG. O PAPEL DA VEGETAÇÃO A PARTIR DA SUA DINÂMICAAutor: Luiz Henrique Orsini RodoarteOrientadora: Profa. Dra. Cristina Helena Ribeiro Rocha AugustinData de Defesa: 31/05/2004Banca Examinadora: Profa. Dra. Cristina Helena Ribeiro Rocha Augustin (IGC-UFMG)

Prof. Dr. Roberto Célio Valadão (IGC-UFMG) Prof. Dr. José Pires de Lemos Filho (ICB-UFMG)

Resumo:

154 - Título: SITUAÇÃO AMBIENTAL DOS MANANCIAIS DE ABASTECIMENTO DOMÉSTICO DA RMBH LOCALIZADOS NA PORÇÃO OESTE DA APA-SUL (QUADRILÁTERO FERRÍFERO – MG) Autora: Vânia Lúcia Souza FigueiredoOrientador: Prof. Dr. Roberto Célio ValadãoData de Defesa: 18/06/2004Banca Examinadora: Prof. Dr. Roberto Célio Valadão (IGC-UFMG)

Profa. Dra. Vilma Lúcia Macagnan Carvalho (IGC-UFMG) Profa. Dra. Maria José Marinho do Rêgo (UFBA)

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ResumoObjetivou-se neste trabalho a identificação da situação ambiental de sete mananciais de água que abastecem a Região Metropolitana de Belo Horizonte – RMBH, inseridos na região do Quadrilátero Ferrífero.Buscou-se enfocar sobre o cenário nacional e regional da água, sua importância, usos múltiplos, com enfoque especial para o abastecimento doméstico; qualidade; poluição causada por usos antrópicos em desenvolvimento na região; uso do solo e da água em áreas urbanas, uso da água na atividade mineraria e industrial; conflitos e ações mitigadoras.Traçou-se um panorama sobre os aspectos físicos, bióticos, antrópicos e aspectos legais, através de dados secundários e o levantamento da vegetação e uso antrópico realizado na escala de 1:50.000. As informações permitiram diagnosticar sobre a região de estudo, subsidiando-se o conhecimento, bem como a identificação de potenciais problemas que podem interferir nas águas dos mananciais investigados.Numa segunda fase do estudo, a metodologia desenvolvida mostrou a necessidade de se avaliar a situação das águas brutas dos mananciais investigados para melhor identificar as possíveis interferências antrópicas nestas águas, bem como as áreas de drenagem dos mananciais de abastecimento de áreas urbanas e avaliar as informações integradas sobre os processos com requerimento de pesquisa/exploração minerárias, em tramitação no DNPM e FEAM e áreas urbanas.Os dados de monitoramento de qualidade de água bruta – físico-químicos e bacteriológicos – das captações principais dos sete mananciais foram disponibilizados pela COPASA e avaliados num período de 13 anos. Obteve-se as médias anuais, mínimas e máximas as quais foram apresentadas através de gráficos, por parâmetro avaliado e manancial estudado.Buscou-se avaliar as áreas de drenagem dos mananciais de abastecimento através dos usos do solo; áreas legalmente protegidas no entorno dos mananciais e sua abrangência bem como, os problemas, interferências e alterações da paisagem.A identificação dos processos com requerimento de pesquisa/exploração minerários, em tramitação no DNPM e FEAM e o registro de áreas urbanas subsidiaram a avaliação integrada e a identificação de mananciais disponíveis para exploração futura.

155 - Título: PAISAGEM: ORGANIZAÇÃO TERRITORIAL E DESENVOLVIMENTO TURÍSTICO EM ITABIRITO – MGAutora: Daniela de Deus VieiraOrientador: Prof. Dr. Allaoua SaadiData de Defesa: 22/06/2004Banca Examinadora: Prof. Dr. Allaoua Saadi (IGC-UFMG)

Prof. Dr. Bernardo Machado Gontijo (IGC-UFMG) Prof. Dr. Friedrich Ewald Renger (IGC-UFMG)

ResumoEsse trabalho consiste em uma contribuição para o desenvolvimento turístico no município de Itabirito – Minas Gerais, visando a maximizar os resultados obtidos com a atividade turística, tendo em vista o rico potencial natural e cultural do município, ainda pouco explorado. Para atingir tal objetivo, é imprescindível compreender a realidade local, através das suas características físicas e da sua organização territorial. Também, a compreensão da paisagem municipal é fundamental para detectar as diferentes potencialidades e as possibilidades da geração de um desenvolvimento turístico mais diversificado, aproveitando melhor os recursos existentes no município e,

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conseqüentemente, aumentando os benefícios gerados pelo turismo como a geração de emprego, renda e a melhoria na qualidade de vida da população.

156 - Título: PAISAGENS DO VALE DO JEQUITINHONHA E SUAS POSSIBILIDADES DE APROVEITAMENTO TURÍSTICOAutora: Patrícia de Sá MachadoOrientador: Prof. Dr. Allaoua SaadiData de Defesa: 29/06/2004Banca Examinadora: Prof. Dr. Allaoua Saadi (IGC-UFMG)

Prof. Dr. Roberto Valadão (IGC-UFMG) Prof. Dr. Evandro José Lemos da Cunha (EBA-UFMG)

ResumoA partir de uma concepção ampliada de paisagem, considerada como uma porção do espaço constituída por valores internos, não perceptíveis apenas pela visão e por métodos mensuráveis, mas também por processos subjetivos e simbólicos, interpretamos paisagens do Vale do Jequitinhonha. Elegemos partes sensíveis dessa paisagem, que chamamos de significantes e buscamos interpretar alguns significados, materiais e simbólicos, por meio de um código geográfico e do contexto. O olhar interpretativo, filtrado pelo código, buscou relações para além do que se encontrava de imediato e encontrou na relação homem/território, o elemento essencial de transformação da paisagem. As descrições foram conduzidas pelo objetivo de valorizar características da paisagem do Vale do Jequitinhonha que suscitassem imagens potencialmente atrativas para o turismo e que recusasse a univocidade imposta pelo o que estamos considerando mito da pobreza do Vale do Jequitinhonha.

157 - Título: TRANSFORMAÇÕES E PERMANÊNCIAS NA PAISAGEM DA SERRA DO CURRALAutora: Cláuzia Paiva BatistaOrientadora: Profa. Dra. Heloísa Soares de Moura CostaData de Defesa: 29/06/2004Banca Examinadora: Profa. Dra. Heloísa Soares de Moura Costa (IGC-UFMG)

Profa. Dra. Doralice de Barros Pereira (IGC-UFMG) Prof. Dr. José Eustáquio Machado Costa (EA-UFMG)

ResumoReferência paisagística, geográfica e visual da cidade de Belo Horizonte desde os tempos de estudo para sua implantação, a Serra do Curral teve seu reconhecimento oficial enquanto patrimônio da cidade através do tombamento federal em 1960 e do municipal na década de 90. No entanto, tal reconhecimento não foi capaz de conter a degradação da paisagem e o solapamento de porções desse patrimônio coletivo, por ações diversas, desde atividades de mineração à ocupação urbana.Nesse sentido, a Serra do Curral tem sido palco de conflitos de uso e ocupação, trazendo para sua caracterização enquanto patrimônio coletivo diferentes enfoques, conforme os valores que lhe são atribuídos, percebendo-se nas últimas décadas um maior fortalecimento em torno de seus valores ambientais.A criação do Parque Municipal das Mangabeiras e sua consolidação como área natural de proteção tiveram papel fundamental na recaracterização do patrimônio da Serra do Curral, insurgindo-se como área polarizada de uso de seu entorno, dentro do perímetro de tombamento.

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A proposta deste trabalho é refletir sobre as transformações e permanências que ocorreram na formação da paisagem da Serra do Curral, balizada pelos seus valores culturais e ambientais, pelos agentes desses processos e discorrer sobre as tendências atuais de uso e preservação desse espaço, trazendo à tona um pouco da memória que foi se construindo na busca de seu reconhecimento como patrimônio de Belo Horizonte. Para tanto será focado um dos espaços mais significativos no imaginário da coletividade, o trecho pertencente à Bacia do Córrego Serra, desde o Parque das Mangabeiras até o entorno da Praça Estado de Israel, compreendendo porções dos bairros Serra e Mangabeiras.

158 - Título: MODELAGEM DA DINÂMICA DE OCUPAÇÃO DO SOLO NO BAIRRO SAVASSI, BELO HORIZONTE, BRASILAutora: Marcela Maria Guimarães GodoyOrientador: Prof. Dr. Britaldo Silveira Soares FilhoData de Defesa: 13/07/2004Banca Examinadora: Prof. Dr. Britaldo Silveira Soares Filho (IGC-UFMG)

Profa. Dra. Ana Clara Mourão Moura (IGC-UFMG) Profa. Dra. Cláudia Maria de Almeida (INPE)

Resumo:Este trabalho tem por objetivo desenvolver um modelo dinâmico espaço-temporal para análise das mudanças no uso e ocupação do solo de 1985 a 2003. A base conceitual para o desenvolvimento deste modelo foi técnica de autômatos celulares, através do software DINAMICA.A área de estudo selecionada foi o bairro da Savassi por representar uma importante referência comercial na cidade de Belo Horizonte e estar necessitando de parâmetros para o desenvolvimento e revitalização deste setor econômico.Os resultados obtidos foram animadores, representando a tendência do bairro como reflexo das mudanças históricas analisadas, certificando que a utilização dos modelos dinâmicos de mudanças podem ser uma boa ferramenta no auxílio de tomadas de decisão.

159 - Título: A PRESENÇA DE REPRESENTAÇÕES GRÁFICAS NA PROVA DE GEOGRAFIA DO CONCURSO VESTIBULAR DA UFMG: ELEMENTO DISCRIMINATÓRIO DO DESEMPENHO DOS VESTIBULANDOSAutora: Bárbara Lúcia Pinheiro de Oliveira FrançaOrientadora: Profa. Dra. Márcia Maria Duarte dos SantosData de Defesa: 18/08/2004Banca Examinadora: Profa. Dra. Márcia Maria Duarte dos Santos (IGC/UFMG)

Prof. Dr. Roberto Célio Valadão (IGC/UFMG) Profa. Dra. Ângela I. Loureiro de Freitas Dalben (FAE/UFMG)

Resumo:Medidas educacionais são freqüentemente utilizadas pela UFMG para a interpretação do desempenho dos candidatos nas provas de seus concursos vestibulares. Este estudo empírico estabelece relação entre algumas dessas medidas – os índices de acerto e discriminação – com itens da prova de Geografia aplicada na primeira etapa do concurso de 1999 a fim de patentear elementos que podem ser associados à elevada discriminação dos itens como representações gráficas. Supõe-se que o conjunto de itens com representações gráficas discrimine melhor os candidatos porque as configurações cognitivas que emergem como mais importantes, e que os caracterizam, são

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preponderantemente diferentes das configurações cognitivas emergentes como as mais importantes no conjunto de itens sem representações gráficas. Os resultados encontrados sugerem que os itens com representações gráficas discriminam melhor os candidatos por diversos fatores, entre os quais se destacam: o processamento visual; a mobilização em maior medida da inteligência fluída e do raciocínio indutivo, o tipo de conteúdo procedimental, a solicitação de habilidades e competências gerais e exigentes em termos cognitivos. Por outro lado, os resultados também indicaram que o conjunto de itens sem representações gráficas dá maior ênfase à utilização da inteligência cristalizada, do raciocínio dedutivo, do conhecimento conceitual e factual, e de habilidades e competências menos exigentes e mais específicas.

160 - Título: A EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA PAMPULHA: ENTRE O DISCURSO E A PRÁTICAAutora: Vânia MintzOrientador: Prof. Dr. Sérgio Manuel Merêncio MartinsData de Defesa: 19/08/2004Banca Examinadora: Prof. Dr. Sérgio Manuel Merêncio Martins (IGC-UFMG)

Profa. Dra. Doralice Barros Pereira (IGC-UFMG) Profa. Dra. Maria de Fátima Martins (FAE/UFMG) Prof. Msc. William Rosa Alves (IGC/UFMG)

Resumo:As implicações ambientais decorrentes do descompasso entre os ideais da modernidade e os problemas provocados na sua implementação, ganharam destaque ao longo do século XX. A abordagem desses problemas vem ocorrendo nas mais variadas instâncias da sociedade, que em sua grande maioria, destacam a importância da implementação da Educação Ambiental (EA) visando sua superação. O discurso hegemônico dos projetos de Educação Ambiental vem acompanhado de questionamentos relativos às práticas educacionais tradicionais, no entanto, dentro da enorme gama de práticas de EA, muitas ficam restritas ao “adestramento ambiental”, conforme descrito por PAULA BRÜGGER. Tendo como base a dinâmica da produção do espaço de uma metrópole, assim como as discussões relativas às origens dos problemas tidos como “ambientais”, o presente trabalho indica para a extensão do problema, assim como para os riscos decorrentes do tratamento superficial do tema. Através do acompanhamento do trabalho desenvolvido pela Escola Municipal Anne Frank, referência em EA na região da Pampulha em Belo Horizonte, buscamos analisar as limitações e as possibilidades da abordagem da EA numa área de miserabilidade. A escola localiza-se no interior da bacia da Pampulha, cuja lagoa se encontra em avançado grau de degradação devido ao assoreamento e a descarga de esgoto. Apesar da promoção de atividades consideradas bem sucedidas, os professores dessa escola vêm elaborando questões relativas à necessidade da promoção de um maior aprofundamento na abordagem dos problemas ambientais junto aos alunos. O levantamento dessas questões se apresenta como uma provocação no sentido da promoção de novos questionamentos relativos à função da Educação Ambiental, que ultrapassem a abordagem conservacionista. Portanto, a prática em busca de uma “educação (ambiental) de qualidade” traz a tona o descompasso entre o discurso institucional da Educação Ambiental e sua prática.

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161 - Título: AS IDÉIAS DENTRO DO LUGAR: PLANO GLOBAL ESPECÍFICO. AS IDÉIAS BROTADAS DO LUGAR: PARTICIPAÇÃO E CONTEÚDO. UM ESTUDO A PARTIR DA VILA DA PAZ EM BELO HORIZONTE – MG. Autora: Luciana Moreira Barbosa OstosOrientador: Prof. Dr. Sérgio Manuel Merêncio MartinsData de Defesa: 23/08/2004Banca Examinadora: Prof. Dr. Sérgio Manuel Merêncio Martins (IGC-UFMG)

Profa. Dra. Heloísa Soares de Moura Costa (IGC-UFMG) Prof. Dr. Jan Bitoun (UFPE)

Resumo:A pesquisa e as questões que a motivaram surgiram de uma experiência participativa, vivida pela autora, de planejamento de vilas e favelas, em especial da Vila da Paz, situada no município de Belo Horizonte, em Minas Gerais. Objetivando compreender o que há de novo nessa experiência em relação às idéias anteriores, foi realizada uma síntese sobre as classes populares urbanas no espaço: os discursos, as representações e as práticas que recaem sobre as vilas e favelas.A pesquisa aponta um relacionamento entre as “políticas públicas” e os ideários que as alimentam, abrangendo o percurso institucional referente ao tratamento das vilas e favelas em Belo Horizonte: Departamento Municipal de Habilitação e Bairros Populares (DBP), Coordenação de Habilitação de Interesse Social de Belo Horizonte (CHISBEL), Programa de Desenvolvimento de Comunidades (PRODECOM), Programa Municipal de Regularização de Favelas (PROFAVELA), Programa Alvorada, Orçamento Participativo (OP), Planos Globais Específicos (PGE). Esse percurso explicita algumas conquistas no campo do reconhecimento dos direitos das classes populares e algumas contradições não superadas, que reduzem a prática atual a ações mais táticas do que estratégicas.Esse percurso que vai das idéias ao lugar da Vila da Paz permitiu extrapolar da imagem ou produto divulgados dos programas e projetos, patrocinados pelo Estado, para o conteúdo e os processos da realidade concreta, apontando os avanços no campo político-pedagógico e as diversas racionalidades existentes, só explicitadas a partir do questionamento dos saberes instituídos e aceitos.

162 - Título: SELEÇÃO DE GEOINDICADORES PARA DETERMINAÇÃO DE ÁREAS DE FRAGILIDADE FACE ÀS PRESSÕES ANTRÓPICAS: CONTRIBUIÇÃO DA ANÁLISE GEOSSISTÊMICA E DA ECOLOGIA DA PAISAGEM NO ESPINHAÇO MERIDIONAL Autora: Regina Maia GuimarãesOrientadora: Profa. Dra. Cristina Helena Ribeiro Rocha AugustinData de Defesa: 25/08/2004Banca Examinadora: Profa. Dra. Cristina Helena Ribeiro Rocha Augustin (IGC/UFMG)

Prof. Dr. Bernardo Machado Gontijo (IGC/UFMG) Prof. Dr. Archimedes Perez Filho (UNICAMP)

Resumo:Trata-se da seleção de geoindicadores para definição de áreas de fragilidade ambiental na região da Serra do Espinhaço, abrangendo 3 500 Km2 de seu setor meridional, tendo como principais núcleos urbanos as cidades de Diamantina, Datas, Gouveia e Presidente Kubitschek.A abordagem metodológica adotada nesse estudo constou da integração dos elementos bióticos, abióticos e econômicos, norteados pelas teorias dos Geossistemas e da

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Ecologia da Paisagem. A análise resultou na seleção de nove geoindicadores, espacialmente expressos por meio da técnica de geoprocessamento, que permitiram a identificação de áreas com baixo, médio e alto graus de fragilidade, em relação às pressões antropogênicas exercidas pelas atividades econômicas vocacionais da região.Dentro da perspectiva analítica da paisagem, incorporou-se o componente econômico traduzido pelo ensaio sobre as práticas de valoração econômica dos componentes ambientais em relação às atividades antrópicas relevantes.Resulta dessa dissertação uma coletânea de nove mapas temáticos que subsidiaram a análise para elaboração do mapa final das áreas de fragilidade ambiental, bem como um plano de ações, voltado para o uso racional dos recursos ambientais inseridos nas áreas identificadas.Espera-se que essa dissertação possa servir de parâmetro para a gestão ambiental da região em foco e para apoio à comunidade científica envolvida com pesquisas aplicáveis à conservação ambiental.

163 - Título: A REPRODUÇÃO SOCIAL DA METRÓPOLE EM BELO HORIZONTE: APA – SUL RMBH, MAPEANDO NOVAS RARIDADES Autor: Eliano de Souza Martins FreitasOrientador: Prof. Dr. Sérgio Manuel Merêncio MartinsData de Defesa: 30/08/2004Banca Examinadora: Prof. Dr. Sérgio Manuel Merêncio Martins (IGC/UFMG)

Profa. Dra. Heloísa Soares de Moura Costa (IGC/UFMG) Profa. Dra. Amélia Luísa Damiani (USP)

Resumo:No final dos anos oitenta e cinco e início dos anos noventa, esboçou-se no chamado eixo sul de expansão metropolitana de Belo Horizonte um movimento para a criação de uma Unidade de Conservação, que deveria ser gerenciada pelo governo de estado, com o intuito de “associar a preservação ambiental ao desenvolvimento econômico”. Tal movimento foi empreendido, sobretudo, por moradores dos “enclaves fortificados” localizados nesta fração de metrópole que, confrontados com a degradação ecológica produzida pela extração mineral e, em menor escala, pela produção de loteamentos imobiliários, organizaram-se através de entidades ambientalistas e lutaram para a criação e regulamentação de uma Área de Proteção Ambiental objetivando “controlar” a produção do espaço.O estudo sobre o processo de criação e desenvolvimento institucional desta Unidade de Conservação, denominada “Área de Proteção Ambiental Sul da Região Metropolitana de Belo Horizonte (APA Sul RMBH)”, configurou-se como um momento privilegiado para análise dos conflitos envolvendo os diferentes atores (moradores dos condomínios fechados, representantes dos Poderes Públicos instituídos, técnicos do governo do estado, representantes das empresas mineradoras etc) que buscam definir os sentidos e finalidades do urbano, no chamado eixo sul, e que para alcançar esses intentos, necessitaram incursionar nesse campo institucionalmente definido pelo Estado.Nesse sentido, procurarei refletir sobre as ações das empresas de mineração, cujos movimentos não se explicam apenas e tão-somente em função de sua atuação no mercado do setor mineral, mas também, e cada vez mais, a partir de suas atuações crescentes no chamado setor imobiliário. Em paralelo, procurarei examinar os sentidos e significados do processo de produção e reprodução do espaço urbano neste eixo da metrópole que se manifesta, desde os estertores da década de 1980, como uma “crise

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ecológica”, analisando, ainda, as ações dos moderadores dos condomínios fechados e seus desdobramentos.Assim, com a perspectiva de aprofundar o conhecimento sobre o processo de metropolozação de Belo Horizonte, deparei-me com a importância da renda da terra ao analisar o processo de constituição da APA Sul, buscando compreender os desdobramentos sobre a produção e reprodução do espaço so sul desta metrópole advindos das perspectivas “ambientais” que, com diferentes matizes, ali se apresentaram (e se apresentam).

164 - Título: A PRODUÇÃO DO ESPAÇO URBANO E REGIONAL A PARTIR DA ÓTICA DO ESPAÇO ENQUANTO REFERENCIAL TEÓRICO DE ANÁLISE: ALGUMAS REFLEXÕES Autor: Venílson Luciano Benigno FonsecaOrientador: Prof. Dr. Geraldo Magela CostaData de Defesa: 30/08/2004Banca Examinadora: Prof. Dr. Geraldo Magela Costa (IGC/UFMG)

Prof. Dr. Ralfo Edmundo da Silva Matos (IGC/UFMG) Prof. Dr. Alexandre Magno Alves Diniz (PUC-MG)

Resumo:Este trabalho teve como objetivo principal refletir sobre a condição do conceito espaço na história da geografia, bem como o sentido da produção de um espaço urbano regional, tendo como exemplo as reestruturações da Fiat Automóveis e as consequentes modificações no espaço metropolitano de Belo Horizonte. Neste sentido, buscou-se trazer as principais noções de espaço nas diferentes correntes do pensamento geográfico, com o fito de expor as variantes deste termo/conceito no seio do pensamento geográfico.Com isso, procuramos também expor a problemática espacial nas concepções teóricas de Lefebvre, Soja, Gottdiener, Harvey, Costa, dentre outros, no intuito de demonstrar a importância de análises do espaço urbano dentro de uma ótica preponderantemente espacial.A metodologia utilizada foi a revisão criteriosa da bibliografia que trata do assunto e uma sucinta comparação com um caso concreto de produção do espaço a partir de reestruturações industriais da produção.Por fim, espera-se que este trabalho reforce ainda mais a importância de análises sobre o espaço urbano que se façam na dimensão espacial, reforçando a relevância destas considerações, sem as quais os estudos terminam considerando o espaço apenas como um mero produto da dinâmica capitalista.

165 - Título: CONTRIBUIÇÕES METODOLÓGICAS PARA O TRATAMENTO SÓCIO-ESPACIAL DE FAVELAS A PARTIR DO CASO DA VILA SENHOR DOS PASSOS EM BELO HORIZONTE Autora: Claudinéia Ferreira JacintoOrientadora: Profa. Dra. Heloisa Soares de Moura CostaData de Defesa: 31/08/2004Banca Examinadora: Profa. Dra. Heloisa Soares de Moura Costa (IGC/UFMG)

Prof. Dr. Geraldo Magela Costa (IGC/UFMG) Prof. Dr. Roberto do Nascimento Rodrigues (CEDEPLAR-MG)

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Resumo:Este trabalho discute a necessidade de se conhecer a especificidade dos processos de produção e apropriação do espaço urbano de uma porção substancial da cidade que é a favela. Demonstra que, como um espaço diferenciado que não corresponde à urbanização formal, a favela adquire alguns contornos e especificidades que devem ser objeto de atenção nas análises e práticas urbanas. Considera-se que a leitura fragmentada ou setorializada do espaço urbano favela pode influenciar nas abordagens do planejamento urbano e, por conseguinte, na intervenção urbana, levando a proposições equivocadas e efeitos perversos da política habitacional urbana. Demonstra-se que as dificuldades metodológicas para mensurar favelas são expressivas, tanto no que se refere ao ‘desafios dos números’ associado à disparidade entre recortes territoriais adotados pelos Censos Demográficos e outros estudos específicos, quanto na adoção de metodologias e recursos cartográficos, causando constrangimentos ao pesquisador, planejador e/ou gestor urbano cujo desafio seja aproximar-se ao máximo da realidade.O estudo analisa os limites e as possibilidades metodológicas para o tratamento socioespacial de favelas a partir de uma prática urbana, a intervenção estrutural em favelas, da vila do Senhor dos Passos de Belo Horizonte. Argumenta-se que o Plano Global Específico, peça fundamental nessa tipologia de intervenção em favelas, é um importante instrumento de planejamento urbano dentre as tendências contemporâneas de planejamento e gestão participativas observadas na década de 90. Tal instrumento reflete o reconhecimento da especificidade da produção do espaço urbano nas ZEIS – Zonas de Especial Interesse Social, e consolida mecanismos mais democráticos de planejamento e gestão, envolvendo diversos atores ou sujeitos sociais, entre estes os moradores de favelas e os planejadores. Para realizar tal análise, discutiu-se, inicialmente, a política habitacional e de urbanização de favelas no contexto nacional e municipal.

166 - Título: LEIS E URBES. UM ESTUDO DO IMPACTO DA LEI DE PARCELAMENTO, OCUPAÇÃO E USO DO SOLO DE BELO HORIZONTEAutora: Natália Aguiar MolOrientador: Prof. Dr. Geraldo Magela CostaData de Defesa: 31/08/2004Banca Examinadora: Prof. Dr. Geraldo Magela Costa (IGC/UFMG)

Profa. Dra. Heloísa Soares de Moura Costa (IGC/UFMG) Profa. Dra. Jupira Gomes de Mendonça (EA/UFMG)

Resumo:O presente trabalho discute a inter-relação entre legislação urbana e produção do espaço, enfocando as mudanças no processo de ocupação de Belo Horizonte frente a proposta do Plano Diretor e Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo, aprovados em 1996. O objetivo principal deste estudo é refletir sobre a atuação da legislação urbanística no processo de formação e estruturação das cidades, remetendo a uma discussão no planejamento urbano referente ao papel do Estado. Procurou-se verificar sua atuação, sob forma da normatização do uso do solo, principalmente, em relação aos demais agentes definidores do espaço urbano. A discussão parte do princípio que dentro do processo de acumulação capitalista, o solo urbano, elemento fundamental para sua reprodução, possui uma dinâmica de ocupação e utilização que resulta da interação de determinados agentes. A atuação do Poder Público dar-se-á frente a este processo, buscando propor regras de ‘ordenamento’ para o espaço urbano. O Plano Diretor de

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Belo Horizonte incorporou o conceito de função social da propriedade, remetendo aos preceitos do capítulo de política urbana da Constituição Federal de 1988, ao propor um aproveitamento socialmente justo e racional do solo urbano. A Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo de 1996 procura traduzir esta intenção na proposição de um macrozoneamento baseado em critérios relacionados à possibilidade de adesamento e infra-estrutura existente relativos aos espaços da cidade. Diante disso, procura-se avaliar a efetividade destas leis analisando seu papel na definição da ocupação do solo urbano. Para tanto, percorre-se um caminho com início na análise do processo de crescimento de Belo Horizonte e das legislações urbanas instituídas na cidade, buscando entender as mudanças em seu espaço decorrente da aplicação destas leis. Propõe-se analisar o processo de elaboração, discussão e aprovação do Plano Diretor (PD/96) e da Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo (LPOUS/96), na tentativa de verificar a inclusão dos principais agentes e atores no processo. Posteriormente, analisa-se o conteúdo da LPOUS/96, abordando principalmente as possibilidades e limitações de ocupação do solo urbano relacionadas ao potencial construtivo dos parâmetros urbanísticos instituídos em alguns zoneamentos. A etapa final deste trabalho busca entender a dinâmica de ocupação recente em Belo Horizonte e sua relação com a proposta do PD e LPOUS/96. Para tanto, foi desenvolvida uma metodologia para o tratamento de informações relacionadas aos projetos aprovados nos anos de 1993 a 2002, para o uso residencial, em todo o território da cidade.

167 - Título: PAISAGEM E POTENCIAL TURÍSTICO NO VALE DO JEQUITINHONHA – MINAS GERAISAutora: Mariana de Oliveira LacerdaOrientador: Prof. Dr. Allaoua SaadiData de Defesa: 22/02/2005Banca Examinadora: Prof. Dr. Alloua Saadi (IGC/UFMG)

Prof. Dr. Ralfo Edmundo da Silva Matos (IGC/UFMG)Profa. Dra. Marilene Marinho Nogueira (Instituto Casa da Glória – UFMG)

Resumo:Este trabalho parte da premissa que o ato de viajar revela uma maneira única de os indivíduos verem e interagirem com o mundo. Dessa forma, o turismo proporciona a manifestação e o encontro dos olhares forasteiros com o olhar regional. A paisagem, através de suas dimensões estéticas, objetivas e simbólicas, assume o papel de mediadora e sua compreensão permite que esses encontros sejam carregadas de valores e significados. O hábito deobservar nos torna mais próximos dos lugares, evita a indiferença e estimula a percepção das expressões da cultura e do meio ambiente. Assim, aprender a ver e a interpretar com consciência o que se vê é a primeira tarefa de um modelo de turismo que visa estabelecer uma relação com a paisagem. Nesse sentido, despertar dos sentido da paisagem tem como ponto de partida o conhecimento teórico sobre suas diferentes dimensões e culmina com a observação in loco desses elementos inseridos em determinado contexto ambiental. Este trabalho apresenta o resultado dessa leitura a partir de três percursos de viagem inseridos na bacia do rio Jequitinhonha. Conclui-se que esse método é capaz de fornecer os recursos necessários para um programa de interpretação ambiental com vistas a aumentar o nível de consciência do visitante e torna-lo estimulado e capaz de atribuir maior nível de respeito aos lugares visitados.

168 - Título: TRANSPORTE E REGULAMENTAÇÃO URBANÍSTICA : IMPACTOS SÓCIO-ESPACIAIS E AMBIENTAIS EM BELO HORIZONTE

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Autor: Humberto Alvim GuimarãesOrientador: Prof. Dr. Ralfo Edmundo da Silva MatosData de Defesa: 23/02/2005Banca Examinadora: Profa. Dra. Heloísa Soares Moura Costa (IGC/UFMG)

Profa. Dra Jupira Gomes de Mendonça (Fac. de Arquitetura/UFMG) Prof. Dr. David José A. Vaz de Magalhães.(Esc.Engenharia/UFMG)

Resumo:

Nas grandes cidades brasileiras e nas dos demais países em desenvolvimento, duas questões estão muito presentes atualmente: a vulnerabilidade social em que vivem as populações urbanas e a degradação ambiental do espaço urbano. Este trabalho procura demonstrar, inicialmente, a grande importância do transporte urbano para a diminuição desses dois fatores negativos.A seguir, o sistema de transporte municipal é analisado num viés histórico e com mais especificidade buscando uma constextualização das caracterísicas atuais. São analisadas as políticas urbanas, relacionadas ao transporte, implantadas no município de Belo Horizonte ao longo da década de 1990, com destaque para a nova Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo (LPOUS) e o Plano de Reestruturação do Sistema de Transporte Coletivo de Belo Horizonte (BHBUS).A análise se deu a partir de três objetivos comuns a ambas as propostas: a redução da participação dos automóveis particulares no conjunto dos deslocamentos da população: a descentralização do uso não-residencial do solo urbano; e a indução de novas centralidades (e fortalecimento das já existentes) no território municipal.Entre outras considerações, concluiu-se que o BHBUS exerceu pouca influência na alteração da dinâmica sócio-espacial de Belo Horizonte. As transformações que ocorreram aparentemente estiveram muito mais relacionadas a novos padrões espacias da economia moderna, apoiadas pela nova regulamentação urbanística advinda com a LPOUS.

169 - Título: PERDA DE SOLO POR EROSÃO NA AGRICULTURA: A IMPORTÂNCIA DAS TÉCNICAS DE MANEJO E CONSERVAÇÃO DOS SOLOSAutora: Fernanda Maria BelottiOrientadora: Profa. Dra. Cristiane Valéria de OliveiraData de Defesa: 25/02/2005Banca Examinadora: Profa. Dra. Cristiane Valéria de Oliveira (IGC/UFMG)

Prof. Dr. Antônio Pereira Magalhães Júnior (IGC/UFMG)Prof. Dr. Ramon Costa Alvarenga (Embrapa – Milho e Sorgo)

Resumo:A conservação do solo é de grande importância na manutenção e melhora das características físicas e químicas do mesmo, buscando a preservação e utilização sustentável deste recurso natural. O emprego de técnicas de conservação reduz a erosão, diminuindo conseqüentemente as perdas de nutrientes, matéria orgânica e água, minimizando os danos ambientais, sociais e econômicos causados pela degradação do solo. Com o objetivo de confirmar a influência do emprego de medidas de conservação na redução dos impactos que os processos erosivos causam ao solo, foram montadas redes de pinos de erosão em duas áreas agrícolas localizados em Brumadinho/MG, distintas quanto ao manejo do solo e com características semelhantes quanto ao clima, solo e relevo. A primeira área não apresenta adoção de medidas de conservação, sendo cultivada com milho em plantio morro abaixo. Na segunda área, também plantada com

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milho, foram adotadas quatro medidas de conservação do solo: preparo reduzido, plantio em curvas de nível, manutenção de faixas de vegetação permanente e incoporação de estrume de curral. Foram também, realizadas análises físicas de amostras de solo coletadas nas duas áreas no inicio e fim do monitoramento. Os dados coletados através do monitoramento das redes de pinos indicam uma perda de 14,2 ton solo/há na área sem conservação e 8,1 ton solo/há na área com conservação de solo. Os dados das análises indicam que a área sem conservação apresentou aumento nos teores de ADA (Argila Dispersa em Água) de 4,6% na alta e 17,6% na média vertente, enquanto que na área com conservação os teores de ADA diminuíram em 30,6% na alta vertente e 13,7% na média vertente, do início ao fim do monitoramento. O Grau de Floculação (GF) dos solos estudados diminuiu em 10,6% na alta vertente e 37,4% na média vertente na área sem conservação, enquanto que área com conservação o GF aumentou de 65,5% na alta vertente e 27,2% na média vertente, no período estudado. Os dados coletados no monitoramento das redes de pinos e nas análises físicas confirmam que o emprego de medidas de conservação exerce influência direta na variação das taxas de perda de solo por erosão em áreas agrícolas.

170 - Título: A PRODUÇÃO DO ESPAÇO PELO TURISMO: A PAISAGEM E OS CONFLITOS DE GESTÃO EM MARIA DA FÉ - MGAutora: Fabiana Andrade Bernardes AlmeidaOrientador: Prof. Dr. Marcos Roberto Moreira RibeiroData de Defesa: 04/04/2005Banca Examinadora: Prof. Dr. Marcos Roberto Moreira Ribeiro (IGC/UFMG)

Prof. Dr. Cássio Eduardo Viana Hissa (IGC/UFMG) Prof. Dr. Rosselvelt José dos Santos (IGEO/UFU)

Resumo:A reflexão sobre a produção e a organização do espaço alvo do turismo exige um duplo esforço: o da reflexão teórica e o da pesquisa empírica. O objetivo da presente dissertação é compreender o alcance do turismo na formação de um espaço mais equilibrado do ponto de vista social e ambiental. A referida prática é examinada pelo estudo da experiência do turismo em Maria da Fé – MG, institucionalizado a partir de 1996, através da intervenção do SEBRAE – MG como agente externo do desenvolvimento. A proposta do turismo nesse município parte de intenções diferenciadas voltadas para uma produção de pequena escala e de base associativa e cooperada. A revisão bibliográfica fundamenta a abordagem teórica necessária ao fornecimento de subsídios ao trabalho. O estudo da paisagem é adotado a partir de uma abordagem fenomenológica como método para a compreensão do espaço vivido em Maria da Fé – MG. O esforço da pesquisa resulta no entendimento da natureza do espaço e do fenômeno do turismo enquanto meio de produção e prática social. Apesar das limitações que associam a complexidade dos inúmeros fatos relacionados à esfera pública e privada, é possível dirigir algumas considerações para a compreensão dos próprios problemas do turismo e dos desafios de sua prática responsável no mundo contemporâneo.

171 - Título: A GEOGRAFIA ENTRE OS KADIWÉUAutor: José Luiz de SouzaOrientador: Prof. Dr. Cássio Eduardo Viana HissaData de Defesa: 20/04/2005Banca Examinadora: Prof. Dr. Cássio Eduardo Viana Hissa (IGC/UFMG)

Prof. Dr. José Antônio de Deus (IGC/UFMG)

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Profa. Dra. Doralice Barros Pereira (IGC/UFMG) Profa. Dra. Vânia Rúbia Farias Vlach (UFU)

Resumo:O processo de inserção da geografia entre os índios Kadiwéu, que vivem na Reserva Indígena Kadiwéu, no município de Porto Murtinho, Estado de Mato Grosso do Sul, motiva um conjunto de questionamentos. Em uma situação de contato entre culturas diferentes – entre saberes distintos - , a ciência que se ensina procura se organizar nas escolar, para que aproximações entre os saberes possam se efetuar. A sociedade Kadiwéu pode, também, por diversas razões, ser compreendida como aquela que se deixou dominar para sobreviver, mas, além disso, transformou, em algumas circunstâncias, nos seus interiores, a cultura estrangeira. A partir de uma reflexão sobre a natureza do conhecimento científico e a natureza do mito – aqui representado pelo saber indígena -, analisam-se as possibilidades de encontros e desencontros entre a ciência e o saber indígena. Apresenta-se um pequeno histórico da inserção da escola tradicional imposta às comunidades indígenas e uma reflexão acerca do processo de integração a que são submetidas essas comunidades. Analisa-se a definição de geografia no Referencial Curricular Nacional para as Escolas Indígenas – RCNEI. Busca-se compreender, através dos estudos realizados pela antropologia, os conceitos de aculturação, assimilação e transformação étnica, a fim de que se possa discutir a atual situação dos índios Kadiwéu frente à inserção do conhecimento cientîfico, estrangeiro no lugar indígena Kadiwéu. Questiona-se a existência de uma geografia indígena, originária da sociedade Kadiwéu, como afirma o RCNEI. Apresentam-se depoimentos de índios Kadiwéu para que se possa avaliar sua compreensão a respeito da geografia e a absorção dessa ciência em suas vidas. Discute-se, ainda, a transformação da ciência, através de referências mais libertárias, para que as esperadas trocas entre os saberes geográfico e indígena possam se desenvolver, sob a referência da transdisciplinaridade.

172 – Título: O TRABALHO DE CAMPO E O ENSINO DE GEOGRAFIAAutora: Janete Regina de OliveiraOrientador: Prof. Dr. Cássio Eduardo Viana HissaData de Defesa: 27/04/2005Banca Examinadora: Prof. Dr. Cássio Eduardo Viana Hissa (IGC/UFMG)

Profa. Dra. Márcia Maria Duarte dos Santos (IGC/UFMG) Prof. Dr. Roberto Célio Valadão (IGC/UFMG)

Resumo:O trabalho de campo tem se constituído como importante instrumendo do conhecimento geográfico. Isso pode ser virificado tanto na produção científica como na sua utilização, do trabalho de campo, como recurso pedagógico. Focaliza-se, nessa pesquisa, o trabalho de campo no ambiente escolar, particularmente no ensino fundamental. Através de entrevistas realizadas com professores de geografia, do 3° ciclo da Rede Municipal de Ensino de Belo Horizonte, objetiva-se identificar os referenciais teóricos presentes na prática, as possibilidades e limites da realização do trabalho de campo e a importância atribuída, por esses profissionais, à atividade. Para tanto, verifica-se a presença do trabalho de campo ao longo da formação do pensamento geográfico. Mais adiante, discute-se a relação entre a escola e o conhecimento, mediada por políticas públicas e documentos oficiais, destacando-se a proposta de ensino de geografia contida nos Parâmetros Curriculares Nacionais e na Escola Plural (política pública educacional implantada, desde 1995, em Belo Horizonte). Busca-se, ainda, através de entrevistas realizadas com professores, a interpretação da prática de utilização de atividades de

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trabalho de campo, tendo como referência a fundamentação teórica que acompanha o planejamento e execução do campo. Duas questões merecem destaque. A primeira diz respeito ao fato de que a decisão de se realizar o trabalho de campo no ensino de geografia está ligada, em grande parte, à vivência dessa atividade na formação acadêmica e no exercício profissional de seus realizadores. Outra questão refere-se à ausência, na formação pedagógica específica, do tratamento desse instrumento como recurso pedagógico. Verifica-se queo o trabalho de campo, apesar de todas as dificuldades que acompanham sua realização no ambiente escolar, mantém-se como possibilidade importante, para os professores, na viabilização do processo de ensino e aprendizagem dos conteúdos geográficos. O trabalho de campo é visto como importante meio para se promover o conhecimento geográfico na escola básica, pois, através dele é possível trabalhar os conteúdos conceituais, procedimentais e atitudinais.

173 - Título: LICENCIAMENTO AMBIENTAL E EXPANSÃO URBANA: UM ESTUDO EM NOVA LIMA, REGIÃO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE, MINAS GERAISAutora: Mônica Campolina Diniz PeixotoOrientadora: Profa. Dra. Heloisa Soares de Moura CostaData de Defesa: 28/04/2005Banca Examinadora: Profa. Dra. Heloisa Soares de Moura Costa (IGC/UFMG)

Prof. Dr. Cássio Eduardo Viana Hissa (IGC/UFMG) Prof. Dr. Edésio Fernandes Júnior (DPU/Universidade de

Londres)Resumo:A história do processo de produção do espaço e do seu impacto sobre os recursos naturais, particularmente o solo e a água, e sobre a qualidade de vida das populações evidencia duas situações, aparentemente isoladas, mas que se desenvolvem, de forma convergente, no sentido da sustentabilidade: a necessidade da gestão urbana e dos instrumentos da gestão ambiental para minimizar ou evitar os impactos negativos da urbanização. Procura-se desenvolver, nesse estudo, uma reflexão sobre a perspectiva de integração entre as temáticas urbana e ambiental, considerando-se os pontos de vista teórico e prático. Nesse contexto, pergunta-se: existiria uma análise urbana e uma análise ambiental? Não estaria nessa compartimentação a razão para as dificuldades que se impõem sobre a regulação da produção do espaço urbano? O Estatudo da Cidade, aprovado em 2001, fortalece a necessidade da adotar, na prática urbana, instrumentos que garantam o cumprimento da função social da propriedade, o bem estar da população e o equilíbrio ambiental com vistas a sustentabilidade urbana. O ponto de partida defendido no Estatuto é, nesse sentido, a articulação urbana e ambiental. Existiria, portanto, um instrumento capaz de promover essa articulação defendida como a solução para a produção de um espaço urbano sustentável? Esta dissertação se volta para o licenciamento ambiental, cuja relação com a prática urbana assume importância crescente diante da continuidade do processo de urbanização. Mas, a adoção de instrumentos de gestão ambiental na prática da gestão urbana por si só garantiria a superação do quadro de degradação ambiental observado no processo de ocupação do espaço urbano? No sentido de melhor fundamentar os limites e possibilidades da integração urbano-ambiental, busca-se refletir sobre as relações homem-natureza e sobre as relações conflitantes na produção do espaço urbano. A referência para as análises são os loteamentos do solo urbano. Desenvolve-se um estudo de caso sobre dois loteamentos situados no município de Nova Lima integrante da Região

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Metropolitana de Belo Horizonte – MG, em um dos seus principais eixos de expansão urbana – o Eixo Sul. Nova Lima pertence a uma unidade de conservação de uso sustentável, a APA Sul, onde se localizam importantes mananciais de abastecimento de água da região, constituindo-se, assim, em um espaço rico em situações que ilustram os múltiplos conflitos de interesses inerentes à apropriação e produção do espaço urbano em uma unidade de conservação de uso sustentável.

174. Título: O BLOCO – DIAGRAMA NA REPRESENTAÇÃO DO RELEVO NO 1º ANO DO ENSINO MÉDIO: UMA ANÁLISE A PARTIR DOS RECURSOS CARTOGRÁFICOS PRESENTES EM LIVROS DIÁTICOS DE GEOGRAFIAAutora: Eliane Ferreira Campos VieiraOrientador: Prof. Dr. Roberto Célio ValadãoData de Defesa: 29/04/2005Banca Examinadora: Prof. Dr. Roberto Célio Valadão (IGC/UFMG)

Profa. Dra. Vilma Lúcia Macagnan Carvalho (IGC/UFMG)Profa. Dra. Lana de Souza Cavalcanti (UFGO)

Área de Concentração: Geografia e Análise AmbientalResumo:As representações cartográficas constituem importantes recursos no ensino de Geografia, e podem auxiliar o processo de construção de conceitos essenciais na exploração do espaço geográfico. Em relação ao tema relevo, existem dificuldades dos alunos em perceberem as formas de relevo representadas através de fotografias, perfil e mapas topográficos. O bloco-diagrama é um dos recursos utilizados na representação do relevo nos livros didáticos de Geografia. Esta pesquisa procura refletir sobre a questão: quais são as contribuições da utilização do bloco-diagrama na representação do relevo no ensino de Geografia? Os procedimentos metodológicos estão referenciados na abordagem qualitativa. Como instrumento de coleta de dados utilizou-se a técnica de grupo focal. Os procedimentos metodológicos envolvem: (i) análise de livros didáticos de Geografia de Ensino Fundamentas (5ª a 8ª série) quanto à representação gráfica do relevo; (ii) realização de uma atividade em sala de aula, a fim de observar como os alunos do Ensino Médio utilizam o bloco-diagrama na resolução da atividade e (iii) realização da técnica de grupo focal para verificar se o bloco-diagrama contribuiu de alguma forma para a construção das respostas que os alunos apresentaram à atividade proposta. Essa pesquisa permitiu identificar que o relevo é apresentado aos alunos através do livro didático a partir dos textos como suporte básico, cujos conceitos são ilustrados por representações gráficas. As análises mostraram a riqueza quantitativa dos livros didáticos de Ensino Fundamental com relação aos recursos de representação do relevo. A atividade desenvolvida demonstrou que os alunos do universo pesquisado não tem familiaridade com tais representações: os alunos têm pouco conhecimento sobre as formas de relevo e, ainda representam deficiências quanto à linguagem escrita e verbal. Aponta-se que a representação gráfica deve ser utilizada para entender os conceitos e não apenas ser uma imagem ilustrativa; as representações gráficas devem estar associadas aos conceitos ao longo do texto; o professor deve aproveitar as qualidades e deficiências do livro didático em benefício do ensino e deve basear seu enfoque na gênese das formas de relevo e nos processos condicionantes. Ao se abordar o relevo, deve-se enfatizar não o conteúdo pelo conteúdo, mas ensinar a pensar e a ler a realidade do espaço geográfico através dos conteúdos.

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175 - Título: O ATLAS “ESTADO DO BRASIL”: UM OLHAR PORTUGUÊS SOBRE A AMÉRICA COLONIALAutora: Amanda Estela GuerraOrientadora: Profa. Dra. Márcia Maria Duarte dos SantosData de Defesa: 29/04/2005Banca Examinadora: Profa. Dra. Márcia Maria Duarte dos Santos (IGC/UFMG)

Prof. Dr. Cássio Eduardo Viana Hissa (IGC/UFMG) Profa. Dra. Maria Eliza L. Borges (FAFICH/UFMG) Prof. Dr. Paulo Márcio Leal Menezes (UFRJ)

Resumo:O Atlas “Estado do Brasil” foi elaborado pelo cosmógrafo do reino de Portugal, João Teixeira Albernas, a mando do donatário da Capitania de Ilhéus, Conde de Autoguia, D. Jerônimo de Ataíde, em 1631. Essa obra foi produzida em um período de grande turbulência política, tanto para o Brasil quanto para Portugal. Insatisfeitos com a política que caracterizou a União Ibérica, fidalgos portugueses se organizaram em um movimento que culminou, em 1640, com a restauração do trono português. Ao idealizar essa obra, D. Jerônimo pretendia atrair investimentos para sua capitania e alertar outros nobres portugueses sobre a enorme extensão de terras ameaçadas pelo despovoamento e pelas invasões estrangeiras. Além disso, havia um desejo de ampliação dos domínios lusitanos na América. Para expressar as preocupações e anseios de seu patrocinador, Albernas soube usar as técnicas cartográficas disponíveis, e, quando essas não foram suficientes para atingir seu intento, criou soluções para expressar o conteúdo e pensamento desejado. Esse cosmógrafo praticava uma cartografia que buscava a exatidão na transmissão das informações geográficas, em um período no qual eram comuns representações ricas em figuras que aguçavam o imaginário. O objetivo deste trabalho é fazer um estudo sobre o Atlas “Estado do Brasil”, realçando as motivações políticas e econômicas de sua produção e como o autor se utilizou das técnicas cartográficas para transmitir uma organização do espaço colonial na América, de forma a atender os objetivos de seu patrocinador. Ele foi feito a partir de pesquisas bibliográficas versando sobre a história da cartografia, com vistas a destacar o desenvolvimento das técnicas utilizadas na confecção dos mapas e sobre temas da história do Brasil nos séculos XVI e XVII, para realçar as questões sócio-culturais relacionadas à produção do Atlas.

176 - Título: BREVE HISTÓRIA DA TRAJETÓRIA CONFLITUOSA DO TRANSPORTE URBANO E O ABANDONO DO “TREM DE FERRO” NO SÉCULO XXAutora: Amélia Maria da Costa SilvaOrientador: Prof. Dr. Ralfo Edmundo da Silva MatosData de Defesa: 29/04/2005Banca Examinadora: Prof. Dr. Ralfo Edmundo da Silva Matos (IGC/UFMG)

Profa. Dra. Doralice Barros Pereira (IGC/UFMG) Prof. Dr. David José Ahouagi Vaz de Magalhães (EE/UFMG)

Resumo:Esse estudo examina a trajetória conflituosa do transporte urbano e o abandono do “trem de ferro” no século XX, e a conseqüente adoção generalizada do transporte rodoviário a pouco mais de meio século. As dificuldades em termos de organização de nosso atual sistema de transportes, em sua associação com a urbanização, são, em boa medida, resultantes dessas transformações.

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A partir de fins do século XIX, uma diversidade de fatores contribuiu para que as condições de deslocamento fossem alteradas e, no século XX, o predomínio do automóvel e dos interesses que lhes são subjacentes ganhou projeção, poder e alcance mundial. Nesse contexto, a cidade industrial americana se reconfigurou em favor do transporte sobre trilhos, dando prosseguimento a um grande processo de suburbanização, revigorado por significativos fluxos migratórios e por mudanças no padrão tecnológico de construção das cidades.A indústria empenhou-se em criar mecanismos para viabilizar a difusão da urbanização e industrialização: as territorialidades caóticas resultantes acabaram exigindo programas de reforma. Transformações políticas, econômicas e sociais impactaram a situação dos transportes, particularmente, no período entre guerras, enquanto as fábricas e os bondes funcionaram sem parar.Os bondes viviam seu apogeu, mas o incremento da demanda ocasionou desgastes nos trilhos, uso excessivo, dano nos veículos. Com isso surgiram as condições propícias para a instalação de um mercado novo acoplado a motorização das cidades e a ruptura com o “trem de ferro” e os “bondes”.Os novos paradigmas da organização e reestruturação do espaço urbano focam os EUA, referência chave para o entendimento da modernização e das mudanças internacionais que, após a Segunda Guerra Mundial, induziram a eliminação do transporte sobre trilhos, imprimindo novos hábitos na questão dos deslocamentos.No Brasil, a situação foi similar. Muito antes da conjunção vitoriosa das grandes corporações que promoveram a ruptura com os bondes e o “trem de ferro”, nas cidades brasileiras andava-se a pé, de bonde, trem ou barca. Com a primazia do transporte rodoviário, explodiram-se as contradições. As periferias se expandiram e ficaram reféns das grandes distâncias a serem percorridas. O automóvel tornou-se um auto-imóvel, em meio a gigantescos congestionamentos, um sugador de energia!

177 – Título: A MODELAGEM DE CENÁRIOS DE MUDANÇAS NA REGIÃO DE BRASILÉIA APLICADA AO ZONEAMENTO ECOLÓGICO – ECONÔMICO DO ESTADO DO ACREAutor: Frederico do Valle Ferreira de CastroOrientador: Prof. Dr. Britaldo Silveira Soares FilhoData de Defesa: 06/05/2005Banca Examinadora: Prof. Dr. Britaldo Silveira Soares Filho (IGC/UFMG)

Profa. Dra. Magda Luzimar de Abreu (IGC/UFMG) Prof. Dr. Adriano Venturieri (Embrapa-Amazônia Oriental)

Resumo:Entender o atual processo de desmatamento ocorrente na Amazônia torna-se imperioso com vistas a uma política de gestão socioambiental para a região. Neste sentido, o Zoneamento Ecológico-Econômico vem a ser um importante instrumento para o planejamento socioambiental, pois realiza um levantamento detalhado do espaço, procura entender sua dinâmica e estrutura orientações quanto aos usos da terra. Diante deste desafio, o presente trabalho foi estruturado tomando por base uma questão que norteou as fases da pesquisa: como os modelos conceituais de paisagem podem ser usados para modelar cenários de mudanças? Através da modelagem de dados espaciais, a partir do mapeamento participativo, os Sistemas Geográficos de Informação têm a contribuir positivamente neste processo de entendimento da atual organização do

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espaço. Inserido no Projeto Cenários para Amazônia – Amazon Scenarios, fruto de uma parceria entre o Centro de Sensoriamento Remoto/CSR da Universidade Federal de Minas Gerais, Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia/IPAM e The Woods Hole Research Center, esta pesquisa tem por objetivo cerne, desenvolver uma metodologia capaz de gerar cenários que possam ser utilizados para avaliar as propostas do Zoneamento Ecológico-Econômico do Estado do Acre, procurando contribuir com o avanço do entendimento sobre o processo de desmatamento amazônico, bem como a geração de alternativas mais sustentáveis de convívio entre o homem e a natureza

178 – Título: O DESENVOLVIMENTO DE HABILIDADES DE ORIENTAÇÃO ESPACIAL PELA MEDIAÇÃO PEDAGÓGICA DO SOFTWARE LOGO: POSSIBILIDADES E LIMITES PARA A EDUCAÇÃO GEOGRÁFICA AMBIENTALAutor: Vandeir Robson MatiasOrientadora: Profa. Dra. Márcia Maria Duarte dos SantosData de Defesa: 25/05/2005Banca Examinadora: Profa. Dra. Márcia Maria Duarte dos Santos (IGC/UFMG)

Profa. Dra. Magda Luzimar de Abreu (IGC/UFMG) Profa. Dra. Alda Betsaida Martins Teixeira (FAE/UFMG)

Resumo:A informática educativa vem sendo adotada progressivamente no processo de ensino da Geografia como forma mediadora da aprendizagem. O presente estudo analítico estabelece a relação entre desenvolvimento de habilidades de orientação espacial, linguagem de programação, psicologia cognitiva e Geografia. Pressupõe-se que o uso do software LOGO favorece a emersão de capacidades cognitivas que propiciarão a aquisição de noções topológicas, projetivas e euclidianas, descritas por Jean Piaget e Barbel Inhelder. Essas noções influenciam diretamente na aquisição e processamento do conhecimento geográfico. Os resultados alcançados sugerem que o LOGO é um recurso apropriado para o desenvolvimento da competência orientação espacial, sobretudo aquelas denominadas projetivas e euclidianas, mais complexas e associadas ao espaço matemático.A pesquisa oferece subsídios para (re)pensar a utilização de ambientes computacionais no contexto educacional brasileiro, asssim como a criação de novas metodologias para avaliação de softwares educativos.

179 - Título: INFLUÊNCIA DO USO E DA COBERTURA DO SOLO NA QUALIDADE DA ÁGUA NA BACIA DO RIO DAS VELHAS.Autora: Nádia Antônia Pinheiro SantosOrientador: Prof. Dr. Philippe Maillard -(IGC/UFMG)Data de Defesa: 03/08/2005Banca Examinadora: Prof. Dr. Antônio Pereira Magalhães Junior (IGC/UFMG)

Prof. Dr. Roberto Luís Monte-Mor (CEDEPLAR/UFMG) Prof. Dr. Bruno Versini (Engenharia Hidráulica/UFMG) Prof. Philippe Maillard (IGC/UFMG)

Área de Concentração: Análise AmbientalResumo: A poluição difusa tem, como agente dominante do transporte, o escoamento superficial e subsuperficial, o que acaba por dificultar a identificação e quantificação dos agentes poluidores, sobretudo por abranger extensas áreas. A complexidade do seu manejo aumenta com a diluição dos poluentes e o distanciamento destes em relação a sua fonte

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de origem. Assumindo o uso e a cobertura do solo – UCS é um fator preponderante na degradação dos cursos d’água, busca-se nesta pesquisa avaliar a influência do UCS na Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas como fonte de alteração dos parâmetros físico-químicos e biológicos da água.O procedimento metodológico adotado baseia-se no emprego de dados cartográficos, de sensoriamento remoto e de qualidade de água – QA. O uso do sistema de Informação Geográfica – SIG auxilia na segmentação da Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas em dezesseis bacias de contribuição e em cinco zonas tampão (90, 150, 220, 300 e 510 metros), e por fim, na quantificação das áreas referentes a cada UCS. Modelos estatísticos de Regressão Linear Múltipla (dos meses de janeiro e julho) foram realizados, buscando predizer a QA, a partir da caracterização espacial do UCS.A classificação do UCS realizada na bacia obteve uma precisão superior a 90% e possibilitou identificar as seguintes classes: cerrado, campo rupestre, mata secundária, mata seca, mata ciliar, monocultura de eucalipto, pasto, agricultura irrigada, mineração, solo exposto, afloramento rochoso e área urbana. Os modelos de regressão múltipla evidenciam o papel do escoamento superficial como veículo de transporte de poluentes e, conseqüentemente, das alterações de parâmetros como nitrito, DBO e coliformes fecais. As análises, considerando a distância em relação aos cursos d’água através dos modelos de regressão linear múltipla, não apresentaram nenhuma tendência bem definida. Cada parâmetro de QA, aliás, possui um comportamento distinto em relação à influência do UCS.

180 - Título: CONFLITOS SOCIOAMBIENTAIS EM LICENCIAMENTO DE HIDRELÉTRICAS: O CASO DE CANDONGA.Autor: Vero Franklin Sardinha PintoOrientador: Profa. Dra. Doralice Barros Pereira -(IGC/UFMG)Data de Defesa 26/08/2005Banca Examinadora: Profa. Dra. Doralice Barros Pereira -(IGC/UFMG)

Prof. Dr. Sérgio Manuel Merêncio Martins (IGC/UFMG) Profa. Dra. Andréa Zhouri (FAFICH/UFMG)

Área de Concentração: Organização do EspaçoResumo: As lutas de resistência aos empreendimentos hidrelétricos são, cada vez, um importante elemento da chamada crise ambiental, compreendida, aqui, como expressão e fator determinante da crise do sistema energético no capitalismo. A importância deste tipo de empreendimento no Brasil manifesta uma divisão territorial do trabalho, onde cabe ao país um papel subalterno, inclusive, na troca ecologicamente desigual, ao interiorizar os custos socioambientais, por exemplo, do segmento de bens intermediários energointensivos, como a indústria de alumínio, em geral vinculada a usinas hidrelétricas. Este estudo que busca contextualizar e entender, com ênfase nos atores sociais, os conflitos socioespaciais no licenciamento da UHE Candonga (rio Doce/Minas Gerais) – pressupõe que o principal fator para a reorientação da pesquisa e de investimentos em fontes alternativas de energia reside na resistência das populações atingidas, principalmente quando articulada a uma crítica social sobre a irracionalidade consumista e produtivista da sociedade capitalista, o que constitui uma segunda contradição fundamental diante dos limites naturais. Os conflitos, assim, se inserem e condicionam a questão ambiental, politizando o cotidiano numa perspectiva contra paradigmática às verticalidades da “globalização”. A resistência (re)constitui sujeitos, valores e referenciais culturais e legais, novos espaços de deliberação, novas territorialidades, colocando em xeque a (des)ordem do sistema de licenciamento –

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conversor de vida em valor – e condicionando os processos de produção e consumo de energia.

181 - Título: REFLEXO DAS CONDIÇÕES SANITÁRIAS E AMBIENTAIS NA SAÚDE DAS CRIANÇAS E PERSPECTIVAS DE AÇÃO: UM DIAGNÓSTICO DO BAIRRO PETROVALE / VILA ESPERANÇA – BETIM/MGAutora: Paula Gonçalves VilelaOrientadora: Profa. Dra. Vilma Lúcia Macagnan Carvalho -(IGC/UFMG)Data de Defesa: 26/08/2005Banca Examinadora: Profa. Dra. Cristiane Valéria de Oliveira -(IGC/UFMG)

Prof. Dr. Roberto Célio Valadão (IGC/UFMG)Profa. Dra. Vilma Lúcia Macagnan Carvalho (IGC/UFMG)Prof. Dr. Volnei Lobato (PUCMINAS)

Área de Concentração: Análise AmbientalResumo: Esse trabalho tem como tema central, a questão sanitária ambiental e suas implicações no adoecimento das crianças de comunidades carentes. A área objeto de estudo, bairro Petrovale / Vila Esperança localiza-se no município de Betim integrante da RMBH.O objetivo principal foi conhecer a realidade socioeconômica dessa comunidade e a percepção que ela tem frente aos problemas ambientais e seus reflexos na saúde das crianças. Dessa forma, estima-se fornecer subsídios de análise para posterior adoção de medidas que possam melhorar a qualidade de vida dessa população de forma efetiva, além de colaborar com os gestores municipais fornecendo-lhes metodologias alternativas de trabalho e um diagnóstico “realista” da área, produzido a partir da análise de vários setores envolvidos: lideranças comunitárias, equipe de saúde e moradores.O bairro Petrovale foi avaliado de forma mais generalizada e a Vila Esperança foi adotada como foco central da pesquisa de percepção ambiental ou fenomenológica, por se tratar de uma das áreas mais críticas do bairro Petrovale, haja vista a precariedade sócio-ambiental da mesma. Para realização da pesquisa foram adotadas metodologias quantitativas e qualitativas procurando minimizar as distorções nos resultados provocados por uma metodologia e outra.Esse trabalho demonstrou ser viável em procedimento metodológico dessa natureza, haja vista a coerência das informações obtidas ao se fazer um tratamento mais adequado dos dados estatísticos e uma interpretação qualitativa a partir do auxílio de profissionais de áreas distintas que vivenciam o dia a dia da comunidade. Trouxe, ainda, a revelação da necessidade de se trazer a questão educacional ao centro das discussões em se tratando de temas dessa natureza em função do total despreparo e desamparo das populações das comunidades mais carentes, revelados nessa pesquisa.

182 – Título: ESCRITOS DE RUA - O GRAFITE EM SABARÁ: UMA REPRESENTAÇÃO DO “OUTRO”Autora: Giovana Maria Nassif HenriqueOrientadora: Profa. Dra. Doralice Barros Pereira -(IGC/UFMG)Data de Defesa: 29/08/2005Banca Examinadora: Profa. Dra. Doralice Barros Pereira -(IGC/UFMG)

Prof. Dr. Sérgio Manuel Merêncio Martins (IGC/UFMG)Profa. Dra. Regina Helena Alves da Silva (FAFICH/UFMG)

Área de Concentração: Organização do EspaçoResumo:

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183 - Título: MORFOGÊNESE E PEDOGÊNESE EM VERTENTES DA BACIA DO CÓRREGO DO QUEBRA – DEPRESSÃO DE GOUVEIA/MG.Autora: Simone Garabini LagesOrientadora: Profa. Dra. Cristiane Valéria de Oliveira -(IGC/UFMG)Data de Defesa: 29/08/2005Banca Examinadora: Profa. Dra. Cristiane Valéria de Oliveira -(IGC/UFMG)

Prof. Dr. Roberto Célio Valadão (IGC/UFMG)Profa. Dra. Vilma Lúcia Macagnan Carvalho (IGC/UFMG)Prof. Dr. João Carlos Ker (UFV)

Área de Concentração: Análise AmbientalResumo: A dissertação “Morfogênese e Pedogênese em Vertentes da Bacia do Córrego do Quebra” objetivou a caracterização da relação existente entre os processos pedológicos e geomorfológicos da área de estudo. Esta relação foi discutida a partir da caracterização das formações superficiais da área, com a realização de análises pedológicas, estratigráficas e geomorfológicas. As análises pedológicas foram orientadas pelo Código Brasileiro de Classificação de Solos da EMBRAPA (1999), já as análises estratigráficas foram norteadas pelo Código Estratigráfico Norte americano (NACSN, 1983). Por último, as análises geomorfológicas contemplaram a identificação dos processos atuais e pretéritos, relativos aos vestígios pedológicos e estratigráficos então descritos. Foram ainda realizadas análises mineralógicas e granulométricas em laboratório. Este estudo permitiu a discussão dos processos pedológicos e morfológicos da área e a identificação de seis classes aloestratigráficas, sendo cinco de natureza coluvionar e uma de natureza aluvionar. As aloformações identificadas também apresentaram relação com os atuais processos de desnudação de paisagem, que são, em parte, favorecidos pelas descontinuidades resultantes dos paleoprocessos de elaboração da paisagem.

184 - Título: PRODUÇÃO DA CIDADE ILEGAL E REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA: UM ESTUDO SOBRE O PARCELAMENTO DO SOLO EM BELO HORIZONTEAutora: Sofia Marta Salomão AlvarengaOrientador: Prof. Dr. Geraldo Magela Costa -(IGC/UFMG)Data de Defesa: 30/08/2005Banca Examinadora: Profa. Dra. Heloísa Soares de Moura Costa -(IGC/UFMG)

Prof. Dr. Ralfo Edmundo da Silva Matos (IGC/UFMG)Profa. Dra. Maria de Lourdes Dolabela Pereira (FAFICH/UFMG) Prof. Dr. Geraldo Magela Costa (IGC/UFMG)

Área de Concentração: Organização do EspaçoResumo:Esse trabalho realiza uma análise concomitante do processo de produção da cidade ilegal, em Belo Horizonte, do ponto de vista dos loteamentos clandestinos e irregulares e das iniciativas de regularização fundiária empreendidas pelo Poder Público. Entende-se que esses dois processos seguiram paralelos ao longo da história da cidade e, juntos, são fundamentais para o conhecimento da produção do espaço do Município. Para a compreensão desse processo, analisam-se, principalmente, dois agentes: o Estado e o mercado imobiliário. Discute-se o papel do Estado como planejador urbano e gestor das políticas públicas e, do mercado imobiliário, através dos seus interesses na ocupação do espaço da cidade. A partir desse enfoque, são tratadas algumas questões fundamentais

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que permeiam a realidade das cidades brasileiras: a lei e a ilegalidade, a segregação espacial, a periferização, a fragmentação e a exclusão socioespacial. Diante da situação estudada, observa-se que em Belo Horizonte há avanços na concepção e gestão do planejamento urbano. Entretanto, percebe-se que ainda existem lacunas a serem preenchidas no sentido de se construir um real direito à cidade.

185 - Título: GESTÃ URBANA COMO PROCESSO INTEGRADO: O ALCANCE SANITÁRIO DA URBANIZAÇÃO DE FAVELAS EM BELO HORIZONTEAutora: Flávia Caldeira MelloOrientadora: Prof. Dr. Geraldo Magela Costa -(IGC/UFMG)Data de Defesa: 31/08/2005Banca Examinadora: Profa. Dra. Heloisa Soares de Moura Costa -(IGC/UFMG)

Prof. Dr. Pedro de Novais Lima Júnior (UFV)Área de Concentração: Organização do EspaçoResumo:A gestão urbana como um processo integrado implica a conjungação de políticas no espaço e no tempo, de modo a lidar com a complexidade dos problemas urbanos. As favelas constituem um destes espaços complexos. Desde a década de 1980, as políticas públicas voltadas para o atendimento destas áreas pressupõem a sua permanência, como alternativa de solução habitacional. As políticas setoriais de habitação (voltadas para a redução do déficit qualitativo através da urbanização de favelas) e de saneamento, e sua possível integração, em Belo Horizonte na década de 1990, constituem a preocupação principal desta pesquisa. Para avaliar o alcance sanitário da urbanização das favelas é escolhido o Orçamento Participativo. Pesquisa-se lacunas deixadas pela atuação da política de saneamento básico, que são especialmente significativas nas favelas. Foram observados avanços importantes na política de urbanização de favelas bem como também foram percebidos alguns avanços no atendimento de favelas por saneamento básico. Contudo, não pôde ser determinada uma significativa integração entre as políticas estudadas, na medida em que as áreas que mais receberam investimentos em urbanização ainda apresentam situações de carências relevantes de serviços de esgotamento sanitário.

186 - Título: TRAJETÓRIA DA FORMULAÇÃO E IMPLANTAÇÃO DA POLÍTICA HABITACIONAL DE BELO HORIZONTE NA GESTÃO DA FRENTE BH POPULAR – 1993/1996Autora: Mônica Maria Cadaval BedêOrientadora: Profa. Dra. Heloísa Soares de Moura Costa -(IGC/UFMG)Data de Defesa: 31/08/2005Banca Examinadora: Profa. Dra. Heloísa Soares de Moura Costa -(IGC/UFMG)

Prof. Dr. Sérgio Manuel Merêncio Martins (IGC/UFMG)Profa. Dra. Jupira Gomes de Mendonça (EA/UFMG)

Área de Concentração: Organização do EspaçoResumo:Os números relativos ao déficit habitacional e à inadequaçãoi de domicílios no Brasil continuam preocupantes e justificam por si só a realização de estudos acadêmicos sobre o tema, como forma de contribuir para a compreensão do problema. Este trabalho aborda a trajetória de concepção e implantação da política habitacional em Belo Horizonte, em todas as suas dimensões, durante a gestão progressista da Frente BH Popular de 1993 a 1996, período marcado pelo processo de municipalização e de intensa mobilização social em curso no país.

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O tema foi abordado principalmente do ponho de vista das idéias e contextos que interferiam diretas ou indiretamente nessa trajetória.

187 - Título: LEITURAS DO “LUGAR-MUNDO-VIVIDO” E DO “LUGAR-TERRITÓRIO” A PARTIR DA INTERSUBJETIVIDADEAutor: Matusalém de Brito DuarteOrientadora: Profa. Dra. Doralice Barros Pereira -(IGC/UFMG)Data de Defesa: 07/03/2006Banca Examinadora: Profa. Dra. Doralice Barros Pereira -(IGC/UFMG)

Profa. Dra. Márcia Maria Duarte dos Santos (IGC/UFMG)Prof. Dr. Marco Aurélio Máximo Prado (FAFICH/UFMG)

Resumo:Este estudo baseado na abordagem da fenomelogia-existencialista em Maurice Merleau-Ponty, na sociologia fenomenológica de Alfred Schutz e na Teoria das Representações Sociais (segundo Serge Moscovici), teve como objetivo refletir, a partir da intersubjetividade, acerca da construção social de categorias espaciais geográficas: o “lugar-mundo-vivido” e o “lugar-território”. A fenomenologia-existencialista, em Merleu-Ponty, discute a sensação e a percepção para explicar a manifestação dos fenômenos, ou facticidade no espaço, considerando a interrelação entre os sentidos compartilhados ou percepções dos sujeitos envolvidos, sendo então possibilitado o fazer existencial. A sociologia fenomenológica de Alfred Schutz parte do cotidiano e da dinâmica do mundo-vivido, associando-o ao intercâmbio entre um sistema de coordenadas subjetivas que organizadas e em comunicação constroem o mundo social. Já a Teoria das Representações Sociais visa um melhor entendimento do processo de construção intersubjetiva da realidade entendida não como a soma de subjetividades, mas como relação entre estas últimas. Ela constitui-se de uma fusão de subjetividades que pasam pelo encontro do imaginário, via comunicação, proporcionando ao fazer existencial, o compartilhar de significado. Consideradas estas colocações, buscou-se identificar a ponte entre a subjetividade e a construção intersubjetiva/social da realidade, a fim de averiguar suas relações com conceitos de “espaço” na Geografia. Neste caso, foram consideradas as categorias “lugar-mundo-vivido” e “lugar-território”, não como categorias antagônicas, mas complementares na ampliação da leitura espacial. Além das idéias dos teóricos abordados, as críticas também foram verificadas em outros autores, apontando os limites e possibildades de cada uma delas. Após estas incursões teóricas foram destacadas as convergências e as divergências entre as abordagens frente às reflexões referentes às categorias “Lugar-mundo-vivido” e “Lugar-território”, trabalhadas por geógrafos nas suas diversas linhas de pesquisa. Diversos estudos de caso constituíram-se nos exemplos, mediando o diálogo entre as relações feitas e as possibildades de ampliação teórico-metodológica. Assim, o estudo avançou no diálogo inter/transdisciplinar trazendo à epistemologia geográfica novas possibilidades de compreensão da realidade espacial numa dimensão intersubjetiva da realidade.

188- Título: SISTEMA URBANO, REDES MIGRATÓRIAS E INTEGRAÇÃO TERRITORIAL: UM ESTUDO DA REDE DE LOCALIDADES CENTRAIS DO BRASILAutor: Fernando Gomes BragaOrientadora: Prof. Dr. Ralfo Edmundo da Silva Matos -(IGC/UFMG)Data de Defesa: 15/03/2006Banca Examinadora: Prof. Dr. Ralfo Edmundo da Silva Matos -(IGC/UFMG)

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Profa. Dra. Marly Nogueira (IGC/UFMG)Prof. Dr. Ricardo Alexandrino Garcia (IGC/UFMG)Prof. Dr. Roberto do Nascimento Rodrigues (CEDEPLAR/UFMG)

Resumo:Durante a última metade do século XX a rede de cidades brasileiras sofreu grandes transformações. Partindo de uma estrutura frágil e rarefeita o sistema urbano nacional ganha forma e consistência, alimentado pela crescente industrialização e pelo expressivo êxodo rural. Atualmente, mais de 80% da população brasileira vive em cidades e as redes urbanas são, sem dúvida, o elemento sintetizador da articulação territorial do Brasil. Tendo em conta a importância do estudo das redes de cidades, esta Dissertação busca reunir subsídios para uma proposta de estudo da rede urbana nacional, apoiando-se em métodos de análise de redes. Inicialmente apresenta-se uma proposta de abordagem do sistema de cidades brasileiro a partir da seleção dos municípios de maior expressão em termos do porte populacional e urbano, reunidos na denominada Rede de Localidades Centrais do Brasil. Esse recorte territorial é analisado entre os anos de 1940 e 2000, ressaltando as principais alterações em termos do surgimento de novos vínculos entre os lugares e novas territorialidades impregnadas de poder de atração para novos movimentos populacionais. Tendo em conta a alta correlação entre as direções dos fluxos migratórios internos e as tendências do processo de urbanização realizou-se um estudo detalhado das características dos movimentos e dos migrantes, qualificando a contribuição destes para as economias locais. Finalmente, valendo-se de técnicas de análise de estruturas de relações sociais em redes representadas por matrizes realiza-se uma abordagem das trocas populacionais entre as Localidades da RLC, descrevendo as mais importantes características estruturais das articulações entre os municípios, como a densidade e a centralidade dos vínculos entre os lugares.

189 - Título: DO ‘PÃO COM LINGÜIÇA’ AO ‘HOTEL FAZENDA’. TRAJETÓRIA ISOLADA OU CAMINHO PARA A CONSTRUÇÃO DE UM DESENVOLVIMENTO DO ESPAÇO TURÍSTICO EM ZONA RURAL?Autora: Daysa Andrade OliveiraOrientadora: Prof. Dr. Allaoua Saadi -(IGC/UFMG)Data de Defesa: 06/04/2006Banca Examinadora: Prof. Dr. Allaoua Saadi -(IGC/UFMG)

Profa. Dra. Maria Aparecida dos Santos Tubaldini (IGC/UFMG)Prof. Dr. Rosselvelt José Santos (UFU)

Resumo:O espaço rural brasileiro há algumas décadas atrás, era destinado ao desenvolvimento de atividades agropecuárias. A renda proveniente desta atividade era responsável pela manutenção e sobrevivência das famílias rurais. Após uma forte crise agrícola, as famílias rurais introduziram no campo, como alternativa de obtenção de renda, a prestação de serviços. Diversas atividades começaram a se desenvolver, reflexo da multifuncionalidade rural, entre elas o turismo no espaço rural. O turismo em espaço rural se desenvolve com o objetivo de gerar renda e emprego para a comunidade local, contribuindo na qualidade de vida da população rural. A partir dessa perspectiva, este trabalho pesquisou dezoito empreendimentos de prestação de serviços aos turistas/visitantes, localizados as margens ou próximos à BR 381, trecho de Ravena, distrito de Sabará, passando por Roças Novas, distrito de Caeté e seguindo em direção à zona rural de Nova União e Bom Jesus do Amparo / Minas Gerais, tendo como objetivo analisar os impactos socioeconômicos proporcionados por esta atividade na localidade.

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Diagnosticou-se que são emprrendimentos de diversas categorias, com características diferentes contribuindo de forma diferenciada no desenvolvimento da região. São estruturados de forma desarticulada, necessitando de planejamento para ordenar as ações empreendedoras, com intuito de promover um desenvolvimento rural local na área de estudo, beneficiando todos os atores envolvidos: a comunidade local, empreendedores e o poder público. Para alcançar os objetivos do trabalho, realizou-se uma pesquisa de caráter exploratório-descritivo, com análises quantitativa e qualitativa.

190- Título: AVALIAÇÃO DA RECUPERAÇÃO DE ÁREA DEGRADADA ATRAVÉS DE INDICADORES AMBIENTAIS BIOLÓGICOS E PEDOLÓGICOS NA APE MUTUCA, NOVA LIMAAutora: Cláudia Almeida SampaioOrientadora: Profa. Dra. Cristiane Valéria de Oliveira -(IGC/UFMG)Data de Defesa: 26/05/2006Banca Examinadora: Profa. Dra. Cristiane Valéria de Oliveira (IGC/UFMG)

Profa. Dra. Vilma Lúcia Macagnan Carvalho (IGC/UFMG)Prof. Dr. Rodrigo Pinto da Matta Machado (ICB/UFMG)Prof. Dr. Luiz Eduardo Dias (UFV)

Resumo:Na busca pela recuperação dos ambientes naturais é imperativo fazer pesquisas voltadas para a avaliação de indicadores ambientais, os quais devem demonstrar o grau de recuperação do solo e da flora. Esta dissertação objetivou avaliar algumas características pedológicas e biológicas como possíveis indicadores ambientais, que possibilitem reconhecer e avaliar o processo de recuperação de uma área degradada. A área de estudo foi dividida em 4 zonas: impactada (estrada), não impactada (mata nativa) e em recuperação. Esta última foi subdividida em Zona de Recuperação I (ZRI, correspondente à borda) e Zona de Recuperação II (ZRII, correspondente ao centro). As amostras foram coletadas na estação seca/2004 e chuvosa/2005, na APE Mutuca, Nova Lima-MG. Para a avaliação dos pedoindicadores foram analisadas porcentagem de argila, porcentagem de estabilidade de agregados, pH e matéria orgânica. Como bioindicadores foram avaliados índice de área foliar, luz incidente, porcentagem de recobrimento do solo e respiração microbiana. Testes de Tukey e Kruskal-Wallis foram realizados em cada indicador para conhecer as similaridades entre as zonas. As análises de correlação entre pH e % estabilidade de agregados, pH e % matéria orgânica, e, índice de área foliar e luz incidente indicam que são inversas e significativas. As correlações entre índice de área foliar e % recobrimento do solo, % recobrimento do solo e respiração microbiana, e, % matéria orgânica e respiração microbiana indicam tendência direta e significativa. As tendências das correlações entre % argila e pH, % argila e % estabilidade de agregados, % argila e % matéria orgânica, % estabilidade de agregados e % matéria orgânica, e, índice de área foliar e % recobrimento do solo não podem ser confirmadas. A análise fatorial utilizando o método de componente principal apenas apresenta a influência espacial dos indicadores, onde o componente 1 indica que a maior concentração de MO leva a maior RM, e, aparentemente, a LI influencia negativamente os processos microbianos. O componente 2 demonstra que a influência do IAF é oposta a %RS, enquanto que, aparentemente, o pH e a %EA indicam que quando maior a acidez do solo, menor será a estabilidade dos agregados. O componente 3 mostra que a % argila é idependente de qualquer outro indicador. A análise da função discriminante canônica mostra que todas as zonas diferem entre si, contudo a ZRI é mais semelhante à MN do que à ZRII e à E. A % argila e %EA representam os indicadores que possuem pouco poder de avaliação. Considera-se que os

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pedoindicadores selecionados informaram, adequadamente, o grau de recuperação do solo, e os bioindicadores demonstraram que a recuperação do componente biótico está sendo alcançada. Por fim, ressalta-se que, os projetos de recuperação de áreas degradadas devem ser avaliados periodicamente, a fim de garantir que seus objetivos sejam atingidos, no menor tempo possível.

191- Título: IMPACTO DAS NOVAS TÉCNICAS DE GEOINFORMAÇÃO NOS ESTUDOS ESPACIAIS E NAS REPRESENTAÇÕES CARTOGRÁFICAS DESTINADOS AO TURISMOAutor: Christian Rezende FreitasOrientadora: Profa. Dra. Ana Clara Mourão Moura -(IGC/UFMG)Data de Defesa: 29/05/2006Banca Examinadora: Profa. Dra. Ana Clara Mourão Moura (IGC/UFMG)

Profa. Dra. Marica Maria Duarte dos Santos (IGC/UFMG)Profa. Dra. Adyr Balastreri Rodrigues (USP)

Resumo:No período pós Segunda Guerra o mundo passa por mudanças significativas quanto a forma de percepção do espaço geográfico. Esta nova visão é acompanhada pelas revoluções tecnológicas que afetam todos os aspectos da vida humana, por conseqüência altera as formas e os usos dados a este mesmo espaço geográfico. Ao se dispor a realizar a gestão deste novo espaço, o planejador se propõe a enfrentar novos e mais complexos desafios. Para enfrentar esta realidade o planejador dispõe de um conjunto variado de técnicas e ferramentas de análise espacial. Este trabalho visa identificar esta nova visão de espaço, particularmente dentro de uma visão turística, onde os processos e fenômenos estudados podem condicionar esta atividade hoje bastante difundida. Até que ponto esta nova visão, associada ao novo conjunto de técnicas de análise e representação espacial influenciam e contribui para o Planejamento Turístico. Quais as vantagens da utilização dos Sistemas de Informações geográficos, em conjunto com as novas formas de comunicação cartográficas introduzidas pela nova mídia, a internet.

192- Título: A EVOLUÇÃO DO RELEVO ADJACENTE À MARGEM CONTINENTAL PASSIVA BRASILEIRA: DAS “CHAPADAS” DO JEQUITINHONHA À PLANICIE COSTEIRA DO SUL DA BAHIAAutor: Caio Mário Leal FerrazOrientador: Prof. Dr. Roberto Célio Valadão -(IGC/UFMG)Data de Defesa: 19/06/2006Banca Examinadora: Prof. Dr. Roberto Célio Valadão (IGC/UFMG)

Prof. Dr. Allaoua Saadi (IGC/UFMG)Profa. Dra. Ambrosina Helena Ferreira Gontijo-Pascutti (USP)

Resumo:Estudos recentes da evolução do relevo adjacente às margens continentais passivas procuram correlacionar soerguimentos, alterações ao nível da base e deposição nas bacias marginais à geomorfologia continental. Estes trabalhos se baseiam em modelos de evolução geomorfológica em contexto contíguo a margens continentais passivas, que objetivam compreender o papel dos processos de soerguimento, subsidência, desnudação e sedimentação na evolução do relevo continental. Apesar desses esforços, cronologias das etapas de evolução do relevo são ainda vagas e imprecisas, em função dos postulados presentes nos modelos morfogenéticos e das limitações teórico-metodológicas da geocronologia. Entretanto, a análise da estratigrafia das bacias

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marginais e datações de sedimentos que recobrem superfícies de aplanamento podem fornecer subsídios para calibração cronológica da geomorfodinâmica continental.É nesse contexto que se insere este trabalho, o qual analisa área localizada no nordeste do Estado de Minas Gerais, sul da Bahia e noroeste do Espírito Santo, configurando um “corredor” que se estende desde o flanco oriental da Serra do Espinhaço à linha de costa do Atlântico Sul. A área investigada apresenta arcabouço geológico composto por unidades litológicas arqueano-proterozóicas e malha estrutural basicamente compreendida por lineamentos de direções principais NE e NW. Nela estão presentes três grandes unidades de relevo principais, a saber: (i) Planalto do Jequitinhonha, caracterizado pela ocorrência de “chapadas” e elevações residuais da Serra do Espinhaço; (ii) unidades de relevo de dissecação fluvial estruturalmente orientada, em sua porção central; e (iii) tabuleiros na fachada sublitorânea.Com o objetivo de remontar a evolução meso-cenozóica do relevo da área investigada, responsável pela configuração da paisagem atual, estabeleceu-se uma metodologia baseada na interpretação cartográfica – incluindo confecção de seções topográficas regionais -, análise de produtos de sensoriamento remoto, revisão bibliográfica e elaboração de trabalhos de campo.Como resultado foram identificadas duas superfícies de aplanamento na área investigada. A mais antiga, neste trabalho denominada Superfície Cimeira, teve sua gênese iniciada durante o Aptiano, a partir da organização da rede de drenagem ao incipiente Atlântico Sul. Sua elaboração se prolongou até o Neógeno (Mio-Plioceno), sendo encerrada por soerguimentos crustais que afetaram a área investigada. Os remanescentes dessa superfície estão preservados em forma de “chapadas” que caracterizam o Planalto do Jequitinhonha, cujas altitudes médias ocorrem na cota dos 950m. A partir dos episódios de soerguimentos ocorridos durante o Mio-Plioceno, teve início a elaboração da Superfície Sublitorânea, cujo desenvolvimento alcançou o Pleistoceno (Calabriano), interrompido por episódios de soerguimentos crustais pleistocênicos. Seus remanescentes ocorrem na fachada sublitorânea da área investigada, sendo muito bem caracterizados por tabuleiros que configuram o relevo da porção oriental da área.

193- Título: A LEGISLAÇÃO URBANÍSTICA E A PRODUÇÃO DO ESPAÇO: ESTUDO DO BAIRRO BURITIS EM BELO HORIZONTEAutora: Letícia Maria Resende EpaminondasOrientador: Prof. Dr. Geraldo Magela Costa -(IGC/UFMG)Data de Defesa: 19/06/2006Banca Examinadora: Prof. Dr. Geraldo Magela Costa (IGC/UFMG)

Profa. Dra. Heloisa Soares de Moura Costa (IGC/UFMG)Profa. Dra. Jupira Gomes de Mendonça (EA/UFMG)

Resumo:O presente trabalho discute, a partir do estudo da estruturação do Bairro Buritis, a inserção do planejamento urbano na produção do espaço de Belo Horizonte. Para tanto, toma como fio condutor da pesquisa a análise das principais leis municipais de parcelamento, ocupação e uso do solo, especialmente no tocante aos seus instrumentos de controle urbanístico e às suas relações com as instândas de participação voltadas para a definição de políticas urbanas. A hipótese norteadora é que a evolução destes instrumentos acompanhou a crescente complexidade dos processos envolvidos na produção do espaço do município e que a capacidade da legislação urbanística em contribuir para a melhoria da qualidade de vida e o aumento da justiça social é

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potencializada pela forma como a sociedade se manifesta nestas instâncias. O estudo destas leis identificou um importante movimento em direção a um tratamentJ mais integrado das questões urbanas, especialmente nos aspectos relacionados ao meio ambiente, às áreas precariamente ocupadas pelas populações mais carentes, ao tratanll~nto das especificidades locais e ao reforço do princípio da função social da propriedade: De modo semelhante, notou-se uma ampliação na capacidade das instâncias d~ participação em contribuir para os alcances das legislações urbanísticas, refletindo o processo de redemocratização do país e a mudança nos paradigmas adotados pelo planejamento urbano nacional. O estudo da formação do Bairro Buritis investigou a transposição dos dispo:;itivos previstos nas leis para as práticas sócio-espaciais e buscou a identificação de novas tepdências para o planejamento urbanú municipal, que seriam propiciadas pela incorporação cios conflitos gerados pelos processos de apropriação e dominação inerentes à produção do espaço. Neste sentido, foram identificadas duas situações que podem contribuir para a emergência de novas práticas e políticas urbanas: a inserção do cidadãc no processo de planejamento urbano, manifestando demandas originadas de práticas cotidianas, e a aplicação integrada das legislações urbanísticas e de controle ambiental

194- Título: DINÂMICA DO MERCADO DE TRABALHO FORMAL, MIGRAÇÕES NO EMPREGO E O PROCESSO DE REESTRUTURAÇÃO TERRITORIAL NO BRASIL CONTEMPORÂNEOAutor: Rodrigo Nunes FerreiraOrientador: Prof. Dr. Ralfo Edmundo da Silva Matos (IGC/UFMG)Data de Defesa: 23/06/2006Banca Examinadora: Prof. Dr. Ralfo Edmundo da Silva Matos (IGC/UFMG)

Prof. Dr. Ricardo Alexandrino Garcia (IGC/UFMG)Prof. Dr. José Irineu Rangel Rigotti (PUC-MG)

Resumo:Acompanhando tendências que nos países centrais já se manifestavam a partir da década de 1960. década de 1990, a economia brasileira passa por um profundo processo de reestrururação produtiya. Este novo contexto macroeconômico e político implicou em profundos impactos na organização territorial da economia - acentuando em determinados setores a desconcentração espacial da produção e incentivando a concentração dos ramos mais modernos - e no mercado de trabalho - crescente terciarização da estrutura ocupacional, aumento da informalidade e crescimento da importância das micro e pequenas empresas. Parte-se do suposto de que tais mudanças estruturais provocaram um reordenamento dos fluxos migratórios. Buscando comprovar tal hipótese, o objetivo deste trabalho é investigar a relação entre a geração de empregos formais na década de 1990 e início do século XXI e a dinâmica das migrações no mercado formal de trabalho no período 1995 e 2003. Como base para a pesquisa empírica, fez-se uma revisão da bibliografia que permitiu sintetizar as discussões sobre a dinâmica das estruturas regionais do Brasil no período recente. Na pesquisa empírica utiliza-se o recorte espacial da Rede de Localidades Centrais (RLC), sendo a principal fonte dos dados secundários a Relação Anual de Informações Sociais (RAIS). Primeiramente apresentam-se as principais características da dinâmica espacial do mercado de trabalho formal no Brasil no período 1990-2002, precedida de uma breve análise, fundamentada na literatura, sobre o funcionamento do mercado de trabalho brasileiro nas últimas décadas. Utilizando-se do recorte espacial e da base de dados citados, a pesquisa busca investigar a questão da Migração e sua relação com as "novas

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territorialidades". Para destacar as potencialidades e limitações da base de dados, a Raismigra, é feita uma comparação entre os dados de migração dessa fonte com os dados censitários para as nove tradicionais regiões metropolitanas no período de 1995 e 2000. Tendo tomado este cuidado, após uma resenha das principais tendências da migração pontuadas pela literatura recente, inicia-se o estudo sobre a mobilidade geográfica de trabalhadores no mercado formal entre 1995 e 2003, utilizando-se o recorte regional e hierárquico da RLC. Entre as principias conclusões, destaca-se o maior dinamismo do mercado de trabalho das localidades fora das grandes aglomerações urbanas, que tem atraído mão-de-obra migrante. Confirma-se que novas estratégias migratórias que estão sendo construí das no Brasil contemporâneo, e que estas nem sempre têm os grandes centros urbanos, pelo menos os tradicionais, como referência de destino. Explorando as potencialidades oferecidas pela base de dados foi possível apresentar a migração como uma alternativa eficaz na manutenção ou melhoria dos rendimentos do trabalho, entretanto tal possibilidade mostrou-se diferenciada de acordo com o nível de instrução e local de origem ou destino dos imigrantes. Também foi possível estimar que o processo de terciarização é mais intenso entre os imigrantes que os não-migrantes. Entre os novos espaços da migração destaca-se a fração norte da RLC, que tem oferecido vantagens salariais à mão-de-obra imigrante no setor formal. Por outro lado, as tradicionais regiões metropolitanas do Centro-Sul permanecem como a melhor alternativa, em termos salariais, para a mão de obra mais instruída.

195 - Título: A OCUPAÇÃO DA BACIA DO RIO DAS VELHAS RELACIONADA AOS TIPOS DE SOLO E PROCESSOS EROSIVOSAutora: Evilânia Alfenas MoreiraOrientadora: Profa. Dra. Cristiane Valéria de Oliveira (IGC/UFMG)Data de Defesa: 30/06/2006Banca Examinadora: Profa. Dra. Cristiane Valeria de Oliveira -(IGC/UFMG)

Profa. Dra. Vilma Lúcia Macagnan Carvalho (IGC/UFMG)Profa. Dra. Maria Giovana Parizzi (IGC/UFMG)

Resumo:O objetivo deste trabalho é identificar e analisar as relações entre os tipos e a forma de ocupação da bacia do Rio das Velhas, buscando a integração de parâmetros físicos e humanos. Para isso foi utilizada a técnica de geoprocessamento de sobreposição de níveis temáticos. A mineração, apesar de ter sido a base da ocupação da região, está concentrada em uma pequena área de Neossolos Litólicos no sul da bacia Estes solos são rasos e favorecem, por isso, a exploração da rocha Portanto, apesar de estar diretamente voltada para os recursos geológicos, a escolha da área a ser minerada pode ter urna influência, ainda que mínima, do tipo de solo predominante naquela região A análise dos solos e do seu uso na bacia do Rio das Velhas mostrou que, apesar de haver urna certa diversidade de solos na região, com predomínio de Latossolos e Carnbissolos, o uso destes é menos diversificado, havendo o predomínio da pastagem em praticamente todos os tipos de solo. A pastagem sobre Cambissolos vem sendo a responsável pela maioria dos processos erosivos acelerados que ocorrem na bacia A opção pela pastagem pode ser justificada pela pouca aptidão agrícola que caracteriza praticamente todos os solos da bacia. As áreas de lavouras são pouco expressivas e estão concentradas em Latossolos, os quais apresentam, no geral, uma melhor aptidão agrícola As áreas mais conservadas da bacia correspondem àquelas em que as condições naturais do solo inviabilizam seu uso. Mas deve-se destacar também que os demais solos concentram suas áreas mais conservadas próximo à Região Metropolitana de Belo Horizonte, sendo que neste caso

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eles são conservados, principalmente graças à criação de Unidades de Conservação, ou seja, por opção do próprio homem.

196 - Título: REGIÕES EM MOVIMENTO: UM OLHAR SOBRE A GEOGRAFIA HISTÓRICA DO SUL DE MINAS E DA ZONA DA MATA MINEIRAAutor: Rafael Rangel GiovaniniOrientador: Prof. Dr. Ralfo Edmundo da Silva Matos (IGC/UFMG)Data de Defesa: 30/03/2006Banca Examinadora: Prof. Dr. Ralfo Edmundo da Silva Matos (IGC/UFMG)

Profa. Dra. Marly Nogueira (IGC/UFMG)Profa. Dra. Fernanda Borges de Moraes (EA/UFMG)

Resumo:Desde o tempo dos relatos de viagem, Minas Gerais atraiu o interesse de vários pesquisadores. Sua história e economia são repletas de fatores que, de certa forma, a particularizam dentro do contexto dos demais estados brasileiros: como exemplos dessa realidade, podemos lembrar de sua ocupação inicial precocemente urbana, ao contrário do restante do então Brasil colônia. Entre os diversos temas que contribuem para a elucidação do mosaico mineiro, o estudo do século XIX tem atraído especial interesse, dada a sua importância para a formação do espaço econômico mineiro nos dias atuais. Parte importante dessa história se dá sobre os terrenos do Sul de Minas e da Zona da Mata. A opção por esses espaços decorre de sua importância no contexto da Minas Gerais do período, em que respondiam pela maior parte da arrecadação estadual e por grande parte da população. As interpretações e análises utilizadas baseiam-se no enfoque geohistórico. Trata-se do estudo das Geografias do passado, ou seja, da análise e interpretação da organização espacial das sociedades do passado. Outro traço marcante dessa abrdagem é a inclusão de variáveis relativas à relação entre o meio natural e o homem, através do uso de trabalhos da Geografia Física. O período tratado vai de 1808 a 1897, e a regionalização utilizada é uma adaptação das Regiões de Planejamento elaboradas pela Secretaria de Estado do Planejamento e Coordenação Geral (SEPLAN).

197 - Título: ESTIMATIVA DA ESTRUTURA DO CERRADO A PARTIR DE DADOS DE MULTISENSORES E DE DADOS HISTÓRICOSAutora: Marília Ferreira GomesOrientador: Prof. Dr. Philippe Maillard (IGC/UFMG)Data de Defesa: 06/07/2006Banca Examinadora: Prof. Dr. Philippe Maillard (IGC/UFMG)

Profa. Dra. Magda Luzimar de Abreu (IGC/UFMG)Profa. Dra. Silvana Amaral Kampel (INPE)

Resumo:O cerrado é uma formação savânica lenhosa detentor de uma grande biodiversidade, mas que está sendo rapidamente convertido em monocultura. Uma metodologia para sua caracterização a partir de dados de sensoriamento remoto não foi ainda definida e continua sendo um assunto de pesquisa ativa. Dados óticos já demonstraram seu potencial e suas limitações, mas poucos trabalhos foram dedicados à avaliação dos dados de radar orbitais e nenhum com os dados do satélite canadense RADARSAT-l. Sendo uma formação aberta, o cerrado pode ser modelado como um mosaico de

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cobertura vegetal e de solo e a resposta de sensores radar deveria resultar de uma combinação de retroespalhamento direto e volumétrico. Certos estudos sugerem que dados de radar são mais eficientes quando utilizados em conjunto com dados óticos, uma abordagem também contemplada na presente pesquisa. Nesta dissertação, dados históricos de degradações (desmatamento, incêndios florestais, etc.), medidas alométricas e dados de umidade gravimétrica dos solos de 35 áreas de amostragem foram usados a fim de caracterizar a idade e as propriedades estruturais do cerrado em estado clímax e de regeneração em uma área de proteção ambiental do norte de Minas Gerais, uma vez usada como plantação de eucalipto: o Parque Estadual Veredas do Peruaçu (PEVP). O objetivo da pesquisa consiste em avaliar dados RADARSAT-l apartir de modelos de resposta de retroespalhamento em dois ângulos de incidência (26° e 45°) e duas estações fenológicas (abril e setembro) assim como o potencial de acrescentar a esses dados, um índice de vegetação (NDVI) extraido do dados óticos do satélite sino-brasileiro CBERS-2. Técnicas de correlação estatísticas e modelos de regressão múltipla foram usados para modelar a possível contribuição desse conjunto de dados de sensoriamento remoto para a caracterização estrutural do cerrado. Os resultados mostraram que a umidade do solo tem um efeito dominante sobre o retro espalhamento das quatro imagens RADARSAT, especialmente nos dados de abril com 26°. A densidade das árvores foi a variável estrutural que teve a maior contribuição no retroespalhamento da estação úmida (abril). O histórico de incêndios também demonstrou ter uma certa influência sobre as características das amostras. A maior parte dos modelos tiveram uma sensibilidade fraca a moderada às diferencias estruturais da vegetação. Os dados de NDVI do CBERS-2 reiteraram resultados encontrados em pesquisas anteriores, mostrando sensibilidade à. composição das comunidades vegetais e aos parâmetros de definem a proporção solo-vegetação. A união dos dados NDVI com os dados radar não demonstrou uma contribuição significativa na caracterização estrutural do cerrado.Essa pesquisa permitiu um melhor entendimento dos mecanismos de retroespalhamento radar na sua relação com a estrutura do cerrado, especialmente nas suas limitações em termos de freqüência e de polarização. A dissertação contribuiu na adoção de uma nova trajetória de pesquisa utilizando dados radar de outras configurações assim como o aprimoramento das técnicas de coletas de dados em campo para os estudos de sensoriamento remoto sobre o cerrado.

198 - Título: GÊNESE, CARACTERIZAÇÃO E CRONOLOGIA DAS TUFAS DA SERRA DAS ARARAS, MATO GROSSOAutor: Daniel CorrêaOrientador: Prof. Dr. Philippe Maillard (IGC/UFMG)Data de Defesa: 10/07/2006Banca Examinadora: Prof. Dr. Philippe Maillard (IGC/UFMG)

Profa. Dra. Cristiane Valéria de Oliveira (IGC/UFMG)Prof. Dr. Augusto Sarreiro Auler (IGC/UFMG)Prof. Dr. Beethoven Piló (USP)

Resumo:Na face leste da Província Serrana mato-grossense, na região da serra das Araras, ocorrem notáveis depósitos de tufas ativas e fósseis. Os primeiros são depósitos essencialmente fluviais, de pequena espessura, estratificados, bastante friáveis, e de reduzida distribuição espacial na área de estudo. Os depósitos fósseis, denominados de formação Xaraiés, são representados por tufas calcárias distribuídas em cerca de 30km

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de extensão, com espessura máxima identificada de 20m, de grande variedade faciológica e de evolução complexa. O objetivo principal deste estudo é caracterizar os depósitos de tufas da serra das Araras e compreender sua gênese. A caracterização compreendeu a definição da área de ocorrência e o limite do depósito, sua estratigrafia interna e no contexto da geologia na qual está inserida, a discriminação faciológica dos litotipos e os processos atuantes sobre o depósito. A fim de melhor caracterizar os depósitos, amostras da formação Xaraiés foram datadas por meio do 230Th/234U por ICP/MS, e análise químicas por fluorescência de raios X foram aplicadas em diversas amostras. O mapeamento original existente para as rochas da formação Xaraiés foi refeito, resultando em ampliação da área do mapeamento anteriormente existente. A espessura do depósito foi revista, indicando uma espessura confirmada de 20m, em contradição com dados existentes na literatura onde o depósito exibiria 100m de espessura. As relações de contato das rochas da formação Xaraiés com as unidades limitantes foram melhor definidas, porém a estratigrafia interna do depósito não foi satisfatoriamente estabelecida neste trabalho, devido ao comportamento maciço e ao processo de desmonte ao qual o depósito foi submetido. A variedade faciológica dos depósitos foi interpretada a partir de diferenciações macroscópicas dos litotipos, com base em critérios de dureza, cor, material fóssil, e condição erosiva (in situ ou rolado). Para os litotipos da formação Xaraiés foram identificadas quatro distintas fáceis. As tufas neoformadas foram identificadas com base em características morfodeposicionais, sendo identificados tipos em barragem, cachoeira, margem de leito fluvial, e pântano. As datações confirmaram o caráter fóssil da formação Xaraiés (idades obtidas entre =100 mil anos e ±600 mil anos), e são indicativos de uma deposição muItitemporal, considerando os efeitos de uma limitação amostral. Os dados de elementos maiores e perda fogo oriundos de 23 amostras de tufas fósseis e neoformadas confirmaram os elevados teores de CaO para todas as amostras, e valores muito baixos de MgO. Indicaram também a sílica como o principal componente não carbonático para as amostras analisadas. São resultados químicos concordantes com a literatura, que não contribuíram na diferenciação dos litotipos. A variedade faciológica dos litotipos Xaraiés não parece estar ligada a diferenciações químicas, mas sim a fatores pós-deposicionais, responsáveis por maiores ou menores alterações da rocha, a exceção do conteúdo fossilífero. As tufas neoformadas estão restritas, mormente aos leitos fluviais e praticamente desaparecem fora do trecho serrano. Sua origem está ligada à existência de dois fatores: (1) fluídos ricos em CaC03; (2) forte gradiente hidráulico responsável pela turbulência de fluxo. Informações de campo levam a crer que períodos de menor precipitação sejam mais propícios à formação dessas tufas devido a menor capacidade erosiva das drenagens, além disso nestes períodos há uma menor diluição da água. A origem das rochas da formação Xaraiés, por sua vez, está ligada a um forte condicionante hidrogeológico, com a surgência pretérita de fluídos ricos em CaC03, extravasados no contato entre os membros inferior (calcítico) e superior (dolomítico) da formação Araras. O estabelecimento de uma relação de causa e efeito entre formação de tufas e mudanças climáticas passadas não pode ser desenvolvida neste trabalho, devido ao caráter ainda preliminar dos dados existentes.

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199- Título: CARACTERIZAÇÃO DE SOLOS NOS ARREDORES DAS SERRAS TRÊS IRMÃOS E MOEDA – QUADRILÁTERO FERRÍFERO/MG: ASPECTOS DE PEDOGÊNESE E LITODEPENDÊNCIAAutor: Cláudio Gregório de SouzaOrientadora: Profa. Dra. Cristiane Valéria de Oliveira (IGC/UFMG)Data de Defesa: 10/07/2006Banca Examinadora: Profa. Dra. Cristiane Valéria de Oliveira (IGC/UFMG)

Prof. Dr. Roberto Célio Valadão (IGC/UFMG)Profa. Dra. Vilma Lúcia Macagnan Carvalho (IGC/UFMG)Prof. Dr. João Carlos Ker (UFV)

Resumo:Com o intuito de contribuir para o conhecimento de aspectos relevantes rle pedogênese e litodependência dos solos ocorrultes nos arredores das Serras Três Irmãos e Moeda - Quadrilátero Ferrífero, procedeu-se à caracterização e análise de nove perfis de solo dispostos em dois transectos representativos do relevo e litologias regionais. Objetivou-se, também, fornecer subsídios, atcwés dos dados apurados, para o planejamento de uso e ocupação do solo na região - eixo sul da RMBH, principalmente em aspectos relacionados à suscetibilidade erosiva dos solos analisados. A metodologia de pesquisa utilizada constou da disposição de perfis de solo distribuídos ao longo de vertentes, de modo que, as trincheiras se localizem em diferentes unidades litológicas e condições topográficas regionais. Efetuou-se a descrição e aferição em campo dos padrões morfológicos dos solos e coleta de amostras para execução em laboratório de análises físicas (granulometria) e químicas. Relevo e material de origem foram os fatores de formação que atuaram de mono determinante no desenvolvimento dos solos. Neossolos e Cambissolos predominaram nas áreas de relevo regional forte ondulado, apresentando fortes correlações com o material de origem, sobretudo nas características de textura, estrutura, cor e fertilidade. Os Latossolos tendem a ocorrer em áreas de relevo ondulado com perfis bastante desenvolvidos. Nestes, o avançado estágio de intemperismo dificultou a correta determinação do material originário do solo. Dados de caracterização morfológica e granulométrica sugerem que a matriz originária do perfil 5 (Latossolo) e perfil 7 (Cambissolo) seja alóctone. O perfil de Gleissolo descrito desenvolveu-se sob condições de hidromorfismo comum para as áreas de várzeas. Neste solo, identificou-se dois horizontes soterrados em decorrência de interferências antrópicas na paisagem, fato que bduziu novo ciclo de pedogênese no material remobilizado. Os Neossolos e os Cambissolos apresentaram expressivas quantidades de areia fina e silte na composição granulométrica e fraco desenvolvimento de suas características morfológicas sendo, portanto, muito suscetíveis á erosão. Os Latossolos, embora apresentem boa evolução de seus atributos fisico-morfológicos, requerem planejamento e manejo para ocupação, tendo em vista as condições predominantes regionalmente de relevo forte ondulado. As estreitas planícies fluviais, onde ocorrem os Gleissolos, são usualmente utilizadas para práticas agropecuárias e ocupação. Entretanto, estas áreas são periodicamente acometidas por inundações e sujeitas a legislação ambiental específica que deve ser respeitada nos projetos de planificação do uso. A ocupação e uso do solo na região deve pautar-se pela identificação, através de estudos pedológicos, das características pedogenéticas e fragilidades dos solos as quais subsidiarão o correto planejamento ambiental.

200 - Título: ASSINATURA GEOQUÍMICA DE UNIDADES COLUVIAIS NA BACIA DO CÓRREGO DO RIO GRANDE – DEPRESSÃO DE GOUVEIA/MG

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Autor: Luiz Otávio Martins CruzOrientador: Prof. Dr. Roberto Célio Valadão (IGC/UFMG)Data de Defesa: 11/07/2006Banca Examinadora: Prof. Dr. Roberto Célio Valadão (IGC/UFMG)

Profa. Dra. Cristiane Valéria de Oliveira (IGC/UFMG)Profa. Dra. Vilma Lúcia Macagnan Carvalho (IGC/UFMG)Profa. Dra. Maria José Marinho do Rego (UFBA)

Resumo:Eventos desnudacionais foram responsáveis, na Depressão de Gouveia/MG, pela deposição de unidades coluviais que recobrem as vertentes da região. Trabalhos anteriores propuseram que os solos dessa região teriam se desenvolvido sobre estes colúvios. No entanto, pesquisa recente demonstrou que alguns solos se desenvolveram sobre materiais autóctones, revendo hipóteses anteriores. O objetivo deste trabalho é caracterizar essas unidades coluviais através de análises fisicas e químicas, visando contribuir com as interpretações acerca da gênese e evolução destes materiais. Amostras de solo foram coletadas em cinco perfis de solo de uma catena e em outros dois perfis. As amostras foram coletadas em todos os horizontes e em linhas de pedra neles presentes e foram submetidas a análises granulométricas e quantitativas dos elementos Si, Ti, AI, FeTotal, Mn, Mg, Ca, Na, K, P e Zr, utilizando-se spectrometria de fluorescência de raios-X. Os resultados forneceram evidências morfológicas, granulométricas e qmmICas que confirmam que os materiais que compõem a cobertura pedológica sobreposta às linhas de pedra são alóctones. As principais evidências foram: (i) identificação de fragmentos líticos reliquiais em estágio incipiente de alteração num solum altamente intemperizado e a presença destes fragmentos em maior quantidade nas linhas de pedra do que no saprólito abaixo; (ii) discordâncias entre os materiais do horizonte C e do solum apontadas pela relação silte/argila e pela relação Zr/Ti; (iii) distribuição de elementos "imóveis" - Fe, Ti, Zr e AI - com padrões diferentes em relação a um padrão desenvolvimento in situ, refletindo, em parte, acumulação de material mais argiloso na base do solum e mais arenoso no topo, interpretada como diferença textural proporcionada por processos de transporte e deposição. A relação Zr/Ti foi considerada melhor marcador de descontinuidades, sobretudo em solos com materiais de diferentes origens e/ou composição mineralógica. A distribuição lateral dos solos - Cambissolo na alta vertente, Latossolo na média, e Cambissolo seguido de Neossolo Regolítico na baixa vertente - e sua relação com a distribuição das linhas de pedra na catena demonstraram que os processos erosivos são responsáveis por essa distribuição dos solos e pela remoção de materiais de antigos depósitos ainda presentes na porção côncava da vertente. Essa relação sugere que os solos se desenvolveram sobre materiais depositados em paleosuperfícies compostas de elementos côncavos e convexos. Esses solos provavelmente foram submetidos a processos pedomorfodinâmicos simultâneos e contínuos, responsáveis por nova pedogênese e remoção de parte da cobertura pedológica, resultando na re-configuração dos solos e da vertente. Apesar dos processos metalogenéticos sugerirem uma maior participação da erosão nas formas de relevo da área investigada, possivelmente as formas atuais seriam produto tanto de processos geoquímicos quanto de processos erosivos.

201 - Título: ESTUDO DA VARIABILIDADE ESPACIAL DAS CHUVAS EM BELO HORIZONTE A PARTIR DA EXPANSÃO DA REDE PLUVIOMÉTRICA: UMA ANÁLISE QUALITATIVAAutor: Carlos Wagner Gonçalves Andrade CoelhoOrientadora: Profa. Dra. Magda Luzimar de Abreu (IGC/UFMG)

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Data de Defesa: 14/07/2006Banca Examinadora: Profa. Dra. Magda Luzimar de Abreu -(IGC/UFMG)

Prof. Dr. Antônio Pereira Magalhães Júnior (IGC/UFMG)Prof. Dr. Washington Luiz Assunção (UFU)Prof. Dr. Ruibran Januário dos Reis (PUC-MG)

Resumo:Em grandes cidades como Belo Horizonte, o cotidiano humano é influenciado diretamente por eventos extremos como as precipitações de chuva na estação chuvosa, que além de ser um dos controladores hídricos pode causar problemas como enchentes e deslizamentos de terra, principalmente nas "áreas de risco", onde se observam grandes tragédias. Estudos feitos para a capital mineira obtiveram bons resultados sobre o comportamento das chuvas, relacionando-as com a topografia e a outros fatores meteorológicos tanto de escala local como de escala global. Devido ao número limitado de pluviômetros dentro da cidade, estes estudos se desenvolveram dentro de um espaço geográfico relativamente maior do que o aqui proposto, ou se limitaram a um único ponto de coleta. Este trabalho tem como objetivo estudar as chuvas em Belo Horizonte sob a perspectiva de uma nova rede de pluviômetros instalados pela CEMIG (Companhia Energética de Minas Gerais) em Novembro de 2003. Os resultados indicam um verdadeiro ganho com estes novos pontos de coletas que totalizam 14 estações diferentemente das seis anteriores, justificando assim, a importância da expansão da rede climatológica principalmente em regiões urbanas.

202 - Título: A CULTURA COMO MERCADORIA: UMA DISCUSSÃO ACERCA DA UTILIZAÇÃO DO PATRIMÔNIO CULTURAL EM PROCESSOS DE REVITALIZAÇÃO DE CENTROS URBANOSAutora: Luana Maia FerreiraOrientadora: Profa. Dra. Heloisa Soares de Moura Costa (IGC/UFMG)Data de Defesa: 27/07/2006Banca Examinadora: Profa. Dra. Heloisa Soares de Moura Costa -(IGC/UFMG)

Prof. Dr. Ralfo Edmundo da Silva Matos (IGC/UFMG)Profa. Dra. Regina Helena Alves da Silva (FAFICH/UFMG)

Resumo:A dissertação em questão discutiu a mercantilização da cultura na realidade das cidades contemporâneas. Para tanto, foi analisado mais especificamente um aspecto relevante para se traçar uma análise da cultura no ambiente urbano: o uso dado ao patrimônio cultural nos processos de revitalização urbana. O estudo se inicia a partir de uma análise das cidades do século XX, de caráter dinâmico e em constante alteração, que se modificam de forma muito rápida e sem um planejamento adequado, acarretando problemas generalizados nesse processo, como: infra-estrutura precária, degradação de áreas anteriormente nobres, espaços mal utilizados e segregação social. Nesse contexto de desestruturação urbana, a partir da segunda metade do século XX, nota-se uma crescente preocupação em escala mundial com a revitalização e reestruturação de áreas urbanas decadentes ou em processo de decadência. Entretanto, esses procedimentos depararam muitas vezes com resultados questionáveis e entraves de naturezas diversas, entre eles a questão da preservação e do uso do patrimônio cultural. Nota-se que, com o planejamento estratégico e conseqüentes .processos de revitalização urbana, o patrimônio cultural tem se tornado auxiliar do fenômeno de gentrificação, sendo utilizado para o enobrecimento e estetização de determinados espaços e atendendo, conseqüentemente, aos interesses financeiros. Portanto, a apropriação que se faz do

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patrimônio cultural deve ser analisada de uma forma mais ampla e detida, não contemplando apenas a preservação e conservação dos bens edificados, mas também o sentido que se pretende dar ao bem cultural, bem como sua inserção no espaço revitalizado. A partir do estudo comparativo entre os casos de revitalização urbana do centro do Rio de Janeiro, através do Projeto Corredor Cultural e do centro de Salvador, particularmente as intervenções no Pelourinho, pretende-se discutir o uso conferido ao patrimônio cultural, identificando experiências positivas ou negativas em relação à manutenção de sua simbologia original.

203 - Título: O CIDADÃO COMO SUJEITO DE GOVERNO: PLANEJAMENTO E GESTÃO PÚBLICA COMPARTILHADA NA BACIA DO RIO CARAÍVAAutor: Paulo Dimas Rocha de MenezesOrientadora: Profa. Dra. Heloisa Soares de Moura Costa (IGC/UFMG)Data de Defesa: 24/08/2006Banca Examinadora: Profa. Dra. Heloisa Soares de Moura Costa -(IGC/UFMG)

Prof. Dr. Cássio Eduardo Viana Hissa (IGC/UFMG)Profa. Dra. Lúcia Maria Capanema Álvares (EA/UFMG)Prof. Dr. Rainer Randolph (IPPUR/UFRJ)

Resumo:Só é cidadão aquele que efetivamente governa. A revitalização da definição aristotélica direciona esta investigação sobre viabilidade da autonomia em processos de gestão pública compartilhada. Acompanha-se a implementação de uma rede de cidadania para gestão da bacia do rio Caraíva, no Corredor Central da Mata Atlântica, extremo sul da Bahia, concomitante a uma reflexão sobre a forma republicana de governo. A inadequação dos modos modernos de planejamento e gestão (ou modos de governo) demanda critica mais rofunda que o inócuo debate entre modelos. A identificação nestes de uma mesma ilegitimidade direciona busca de uma raiz comum a todos, presumida na estrutura do método científico, principalmente naquilo que o caracteriza como heteronomia. A hipótese de identidade do paradigma moderno de ciência e governo permitiria aplicação da crítica epistemológica à suposta ciência do planejamento e gestão. Identificadas três atitudes fundadoras da heteronomia moderna (distanciamento e desnível entre sujeito e objeto; ruptura e desprezo em relação ao senso comum; fragmentação disciplinar corporativa), busca-se a reversão da dupla usurpação de poder do cidadão pela ciência (a autoria dos planos e a autoridade na gestão), recolocando o legítimo sujeito de governo na posição que lhe cabe por direito. A possibilidade do consenso é defendida como requisito para exercício do auto-governo, na forma não competitiva da democracia direta complementar, em cooperação com as legítimas instâncias representativas. A inexistência de um lugar para o consenso na política, que corresponderia à impossibilidade lógica de existência do interesse público, comprometeria a efetiva revelação da autonomia, mas uma pequena constelação de métodos, na contramão da via moderna, aponta para outro rumo. Ao empowerment como meio para um fim que lhe seria superior, se contrapõe o empoderamento como fim em si mesmo, que pressupõe existência prévia de poder original no cidadão. O princípio da autofundação para mobilização social serve de atalho para revelação deste poder imanente. A pesquisa ação participativa indica caminhos para o cidadão como sujeito de conhecimento, propiciando apropriação de instrumentos da ciência por agentes locais. A proposta de planeação colhe sementes destes meios para semear uma práxis que integra competências locais e externas em rede pluri-protagonista de governo. A intenção de simultaneidade entre ação e reflexão direcionou aplicação de

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conhecimentos investigados no experimento de planejamento e gestão publica compartilhada na bacia. Ali uma vontade comum, presente em cidadãos de diferentes culturas, reunidos em um lugar original, se revelou como óbvio interesse público consensual: repor florestas nativas para proteção das águas do rio Caraíva. A confluência de vontades e saberes (conhecimento do ambiente e dos proprietários rurais por agentes locais, geoprocessamento, modelos científicos de recuperação ambiental e mobilização social) propiciou desenho de um mini-corredor ecológico, além de plantios experimentais de florestas nativas em fazendas particulares da bacia, entre os Parques Nacionais de Monte Pascoal e Pau Brasil, patrimônios da humanidade. Resultados iniciais animadores podem se converter no futuro em evidências da viabilidade de processos de gestão pública compartilhada protagonizados por cidadã do lugar. Espera-se ainda consolidar formas específicas de gestão republicana com base em consensos revelados.

204 - Título: ESPAÇO, LUGAR, IDENTIDADE E URBANIZAÇÃO: CONCEITOS GEOGRÁFICOS NA ABORDAGEM DO TURISMOAutora: Flávia Moura de OliveiraOrientador: Prof. Dr. Geraldo Magela Costa (IGC/UFMG)Data de Defesa: 18/09/2006Banca Examinadora: Prof. Dr. Geraldo Magela Costa -(IGC/UFMG)

Prof. Dr. Bernardo Machado Gontijo (IGC/UFMG)Profa. Dra. Fernanda Borges de Moraes (EA/UFMG)

Resumo:O objetivo deste trabalho consiste em uma reflexão sobre a utilização de alguns conceitos caros à Geografia na abordagem e análise dos impactos socioespaciais da atividade turística. Trata-se, portanto, de um trabalho de revisão de bibliografia: no primeiro momento, a revisão da literatura selecionada sobre turismo; no segundo momento, a revisão de estudos de casos, que de alguma forma tem relação com a atividade turística e com os conceitos geográficos que norteiam este trabalho – espaço, lugar, identidade e urbanização; por último, a revisão dos conceitos propriamente ditos, com base em reflexões de autores consagrados da Gegorafia. Dessa forma, este é um trabalho de natureza peculiar, uma vez que as contribuições da autora se concentram no estabelecimento de um diálogo e do confronto entre alguns autores, com base na forma como eles entendem o significado dos conceitos geográficos e a forma como os utilizam ou poderiam utilizar na literatura sobre Turismo, especialmente na relação turismo e espaço. Os resultados alcançados permitiram compreender como o fenômeno da globalização vem influenciando a reformulação destes conceitos, especialmente lugar e identidade, através da ligação, cada vez mais forte, que se estabelece entre o global e o local, o mundo e o lugar, suscitando polítcas urbanas que alteram o processo de urbanização e propõem novas formas de apropriação e consumo do espaço e mercantilização das cidades, da cultura e das paisagens.

205 - Título: O LUGAR-SERTÃO: GRAFIAS E RASURASAutora: Adriana Ferreira de MeloOrientador: Prof. Dr. Cássio Eduardo Viana Hissa (IGC/UFMG)Data de Defesa: 18/09/2006Banca Examinadora: Prof. Dr. Cássio Eduardo Viana Hissa (IGC/UFMG)

Profa. Dra. Heloisa Soares de Moura Costa (IGC/UFMG)Profa. Dra. Sônia Maria de Melo Queiroz (FALE/UFMG)

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Resumo:Termo recorrente no imaginário da sociedade brasileira, utilizado, no Brasil, desde a chegada dos portugueses, sertão continua presente no ideário do País, assumindo tamanha amplitude de significações e territorialidades, nos mais de 500 anos de história do Brasil, que recusa conceituações homogeneizantes e delimitações espaciais precisas. São diversos os sertões construídos, desconstruídos e reconstruídos, ao longo da história, do norte ao sul do País através dos mais diversos tipos de representação: discuros da historiografia, da iconografia, da literatura, das narrativas orais, da música, do cinema e até da cartografia. Tais discursos constituem um rico material para o estudo do sertão e evidenciam o seu caráter espacial migrante e polissêmico. De mata exuberante a deserto, tanto no sentido de área desabitada como árida, de cerrado à caatinga, sertão nomeou e nomeia paisagens e espacialidades distintas, assumindo uma diversidade impressionante de imagens, significações. Uma reflexão sobre o sertão como lugar, no contato com as representações contidas no romance Grande Sertão: Veredas, ensaiando uma abordagem transdisciplinar, contribui para o fortalecimento dos estudos e dos saberes socioespaciais.

206 - Título: SIMULAÇÃO DA EXPANSÃO DA REDE VIÁRIA VICIINAL NO LESTE DO PARÁAutor: Leonardo Corradi CoelhoOrientador: Prof. Dr. Britaldo Silveira Soares Filho (IGC/UFMG)Data de Defesa: 19/09/2006Banca Examinadora: Prof. Dr. Britaldo Silveira Soares Filho (IGC/UFMG)

Profa. Dra. Magda Luzimar de Abreu (IGC/UFMG)Profa. Dra. Ana Clara Mourão Moura (IGC/UFMG)

Resumo:A proximidade às vias terrestres é um dos principais determinantes do desmatamento amazônico A construção de estradas não oficiais se intensificou nos últimos anos, e a comunidade científica começou a buscar meios de projetar não só as tendências do desmatamento, mas também a expansão da malha viária. Este trabalho objetivou simular o processo de abertura de estradas numa porção do estado do Pará, próxima a São Félix do Xingu, verificando os padrões espaciais produzidos, frente aso observados na realidade. A simulação foi realizada com base em dados empíricos da evolução viária em três momentos passados do tempo. O modelo é estocástico, reproduzindo tendências de escolha de destinos de estradas através de probabilidades, obtidas por via de métodos bayesianos que quantificam a inflência dos possíveis determinantes na escolha de agentes construtores de estradas locais. Os caminhos trilhados são aqueles que apresentaram menores custos de construção, baseado na fricção que variáveis do terreno com a declividade, oferecem à abertura de vias, ou a facilidade de acesso à mata. Conclui-se que a expansão da malha viária pode sim ser simulada com base na metodologia e pressupostos do modelo construtor de estradas Disponível no Software DINAMICA, mas com ressalvas. Mostrou-se necessário conhecer melhor a percepção de oportunidades e custos e as formas de orientação espacial dos agentes construtores locais, assim como vencer limitações metodológicas e de dados, como a incapacidade das superfícies de custo em produzir padrões de malha, ou a ausência de datas de fundação de núcleos urbanos, que se traduzem por incerteza nos resultados, como também demostram que métodos de validação da estrutura viária mais adequados têm de ser desenvolvidos.

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207 - Título: CARACTERIZAÇÃO MICROMORFOLÓGICA DAS FORMAÇÕES SUPERFICIAIS DO CÓRREGO DO QUEBRA, DEPRESSÃO DE GOUVEIA, MGAutora: Maria Luiza Navarro de MenezesOrientadora: Profa. Dra. Vilma Lúcia Macagnan Carvalho (IGC/UFMG)Data de Defesa: 25/09/2006Banca Examinadora: Profa. Dra. Vilma Lúcia Macagnan Carvalho (IGC/UFMG)

Prof. Dr. Roberto Célio Valadão (IGC/UFMG)Profa. Dra. Cristiane Valéria de Oliveira (IGC/UFMG)Profa. Dra. Selma Simões de Castro (UFGO)

Resumo:A Depressão de Gouveia é caracterizada pela ocorrência de depósitos Quartenários e pré-Quatemários que recobrem as vertentes da região. Inúmeros trabalhos vem sendo realizados na região e fornecem indícios de que os solos da região se desenvolveram sobre estes colúvios. Este tralho, através da abordagem metodológica da Análise Estrutural da Cobertura Pedológica, tem como objetivo caracterizar as formações superficiais encontradas na vertente curta do Cérrego do Quebra, quanto as propriedades físicas, químicas e micromorfológicas. As amostras deformadas e indeformadas foram coletada em cinco perfis de solo distribuído em uma topossequência no eixo interflúvio-talvegue localizada na borda da voçoroca: Cambissolo Háplico Tb distrófico típico; Cambissolo Háplico Tb distrófico latossólico; Latossolo Vermelho- Amarelo distrófico típico; Cambissolo Háplico Tb distrófico latossólico; e Neossolo Regolítico distrófico típico O fato da topossequencia está na borda da voçoroca permitiu a visualização nos perfis de solo até o horizonte Cr, bem como da presença de linhas de pedra. Os resultados fornederam indícios morfológicos, granulométricos e micromorfológicos de que a cobertura pedológica localizada acima da linha de pedra (esta esta sobrepondo o horizonte C) é de origem alóctone. Dentre estas evidências destaca-se: diferença entre o material do solum e o horizonte C verificada a partir da relação silte/argila; presença de litorrelíquias com estrutura ainda conservada nos horizontes superficiais que estão bastante intemperizados e nas linhas de pedra; presença no esqueleto de quartzos de tamanhos variados, arredondados, de origem eólica da Formação Galho do Miguel, e de fragmentos de rocha bem preservadas no solum. Ressalta-se a presença da concavidade como fator influenciador para a formação do Latossolo, caracterizado por apresentar um profundo manto de intemperismo e ainda o rejuvenescimento dos solos tanto a -montante quanto a jusante deste ponto. Verifica-se que os solos ficam mais espessos à medida que se passa da alta para a média vertente e diminuem de espessura em direção a baixa vertente. O rejuvenescimento dos solos estaria associado ao reajustamento da rede de drenagem. A conf:iguração dos solos sugere que a intensificação dos processos erosivos suplantam os processos pedogenéticos. As características das coberturas superficiais analisadas, localizadas em áreas de anfiteatros e susceptíveis a processos de coluvionamento diretamente associados a ocorrência de linhas de pedras revelam a existência de uma correlação entre a topografia e distribuição dos solos na vertente e espessamento do manto de intemperismo e processos dogenéticos instalados.

208 - Título: HIPERCENTRO DE BELO HORIZONTE: MOVIMENTOS E TRANSFORMAÇÕES ESPACIAIS RECENTESAutora: Nice Marçal VilelaOrientador: Prof. Dr. Sérgio Manuel Merêncio Martins (IGC/UFMG)Data de Defesa: 27/09/2006Banca Examinadora: Prof. Dr. Sérgio Manuel Merêncio Martins (IGC/UFMG)

Prof. Dr. Geraldo Magela Costa (IGC/UFMG)Prof. Dr. Claudinei Lourenço (IGC/UFMG)

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Resumo:Este trabalho aborda as transformações espaciais que se explicitaram a partir da década de 90 na área considerada como o centro de Belo Horizonte: o Hipercentro. Assim, embora considere-se a configuração mais nítida da estruturação da metrópole, verificada a partir dos anos 60 e 70, o estudo analisa a (re)atualização da metrópole, verificada nos dias atuais, tomando como referencial o uso residencial e seu comportamento frente aos projetos de intervenção urbana, associados aos movimentos de renovação que têm resultado na capitalização das propriedades em outros patamares. Em outros termos, este estudo analisa a dinâmica mais recente do processo que tem acarretado tais transformações no espaço urbano, sobretudo a dialética do centro e da centralidade, através de uma incursão nos projetos e intervenções realizadas na área do Hipercentro, desde a década de 80, até as intervenções mais recentes, em curso, como o Programa Centro Vivo. Após a análise e comparação dos dados levantados, pode-se considerar que o processo conhecido como a “decadência” do centro está diretamente relacionado com a desvalorização das propriedades, onde o Programa Centro Vivo apresenta novas possibilidade de atuação dos capitais, principalmente do setor imobiliário, em patamares mais elevados, ou, numa visão mais global, que tudo isso faz parte de um processo mais amplo no qual o centro está inserido: o de (re)atualização da metrópole.

209 - Título: A REALIZAÇÃO DA ECONOMIA POLÍTICA DO/NO ESPAÇO E AS (IM)POSSIBILIDADES DO URBANO NA METRÓPOLE CONTEMPORÂNEAAutora: Gláucia Carvalho GomesOrientador: Prof. Dr. Sérgio Manuel Merêncio Martins (IGC/UFMG)Data de Defesa: 29/09/2006Banca Examinadora: Prof. Dr. Sérgio Manuel Merêncio Martins (IGC/UFMG)

Profa. Dra. Doralice Barros Pereira (IGC/UFMG)Profa. Dra. Odette Carvalho de Lima Seabra (USP)

Resumo:Esta pesquisa tem como objetivo compreender a realização da economia política do/no espaço e as (im)possibilidades do urbano na metrópole contemporânea. A partir da (re)produção do empreendimento Belvedere, busca refletir sobre o processo de reprodução social do espaço de Belo Horizonte.O ponto de partida foi a paisagem, considerando-a como “porta de entrada” para a essência do real. No entanto, o sentido desta incursão foi o de avançar para além de sua manfestação , buscando, além do que revela, também o que oculta.Devido aos fundamentos que se encontram na produção do espaço, este estudo lidou com a economia política e com a economia política de espaço. Entretanto, deparei-me com a necessidade de articular à ordem geral e distante, onde se definem as estratégias do econômico e do político, a ordem próxima, da reprodução da vida, onde a primeira se realiza.Fundamentalmente, este estudo busca demonstrar como o capital, em seu movimento de reprodução, nele inscreveu o espaço e, por ele, tragou crescente a vida cotidiana ao inscrevê-la em seus circuitos reprodutivosE, finalmente, reflete acerca das possibilidades de realização do urbano em um espaço como o Belvedere, quais são as suas possibilidades de irrupção num espaço produzido pelo e para o capital, como forma esvaziada de conteúdo. Quais são e como se realizam num espaço como este as práticas sociais.

210 - Título: A ALTERAÇÃO DO USO DO SOLO NO MUNICÍPIO DE IBIRITÉ E CONSEQÜÊNCIAS ASSOCIADASAutora: Patrícia Mara Lage Simões17/04/2023 147

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Orientador: Profa. Dra. Cristiane Valéria de Oliveira (IGC/UFMG)Data de Defesa: 23/02/2007Banca Examinadora: Profa Dra. Cristiane Valéria de Oliveira (IGC/UFMG)

Prof. Dr. Roberto Célio Valadão (IGC/UFMG)Profa. Dra. Vilma Lúcia Macagnan Carvalho (IGC/UFMG)Profa. Dra. Maria Giovana Parizzi (IGC/UFMG)

Resumo:Os recursos naturais são utilizados pela sociedade cada vez mais intensamente, à medida que a sociedade evolui tecnologicamente. O solo é usado para desenvolver diversos tipos de atividades, que variam de acordo com as necessidades da população. Ibirité, historicamente se caracterizava por ser um município dedicado a atividade agrícola, contudo as mudanças em seu perfil econômico alteração, ao longo do período estudado, alterou o uso do solo no município. Nesse sentido esta pesquisa tem como objetivo investigar a alteração do uso do solo em Ibirité, relacionando tal alteração com a expansão urbana, verificando os possíveis problemas ambientais associados com tal modificação do uso do solo.Para elaborar esta análise foram confeccionados três mapas de uso do solo do município de Ibirité, dos períodos de 1977, 1989 e 2006,os quais demonstraram, juntamente com o gráfico do cálculo das áreas de uso do solo de cada período estudado, a modificação do uso do solo de Ibirité. Posteriormente elaborou-se um mapa de vetores de expansão urbana que possibilitou analisar a dinâmica do processo de ampliação da área urbana do município estudado.Os resultados indicam que ocorreu uma intensa alteração do uso do solo em Ibirité, principalmente com relação a expansão das áreas urbanas, substituindo os demais usos, como: mata, agricultura e pastagem. Em alguns casos a urbanização ocupou áreas de encostas, apresentando o risco de ocorrência de processos erosivos, ou áreas com restrições ao uso, como áreas próximas a cursos d’água ou nascentes.O processo de expansão urbana do município ocorreu sob influências econômicas dos municípios vizinhos, sendo assim, os maiores vetores de expansão se originam na área limite com tais municípios vizinhos, essencialmente com Belo Horizonte. O Poder Público de Ibirité deve observar essas tendências de expansão urbana, objetivando promover um planejamento urbano que consiga atender as demandas da população, garantindo a qualidade de vida para a comunidade, e ainda, colabore para a preservação dos recursos naturais, utilizando-se de maneira racional e consciente.

211 Título: PERSPECTIVAS DE EFETIVAÇÃO DE COBRANÇA PELO USO DA ÁGUA NO BRASIL COM BASE NA INVESTIGAÇÃO DA PERCEPÇÃO E ACEITAÇÃO SOCIAL NA POPÇÃO MINEIRA DA BACIA DO RIO PARAÍBA DO SULAutor: Tarcísio Tadeu Nunes JúniorOrientador: Prof Dr Antônio Pereira Magalhães JúniorData de Defesa: 27/02/2007Banca Examinadora: Prof Dr Antônio Pereira Magalhães Júnior (IGC/UFMG)

Profa. Dra. Heloisa Soares de Moura Costa (IGC/UFMG)Prof. Dr Nilo de Oliveira Nascimento (EE/UFMG)

Resumo:O instrumento da cobrança pelo uso da água no Brasil tem sido foco de polêmicas e críticas por representates de diversos setores da sociedade que o percebem não como instrumento de gestão e planejamento, mas como um imposto ou uma tarifa a ser paga. Ademais, o retorno ambiental e social não é claramente percebido e grande parte da população sequer conhece o significado e os objetivos da cobrança. Este quadro de desinformação e rejeição justifica estudos que investiguem o significado e receptividade

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da cobrança para os setores usuários da água. Os resultados destes estudos podem contribuir para o levantamento de cenários sobre as perspectivas de efetivação da cobrança na bacia, sobre os impactos sociais de sua aplicação e sobre a necessidade de adaptação do instrumento às particularidades sócio-econômicas locais. O presente estudo se propõe a analisar a percepção e aceitação social da aplicação do instrumento de cobrança pelo uso da água em parte da porção mineira da bacia do rio Paraíba do Sul – sub-bacias dos rios Paraibuna e Pomba, visando levantar reflexões sobre as perspectivas de sua efetivação no Brasil, quanto aos seus objetivos. A definição deste recorte espacial foi pautada em investigações preliminares que indicaram a maior resistência dos usuários mineiros à cobrança, além de se tratar de uma região menos estudada que a paulista e fluminense, que poderia apresentar significativas especificidades. As duas sub-bacias selecionadas são de grande importância econômica regional e sede de entrevistados de grande valor para a pesquisa. Esta análise está pautada na investigação da compreensão e disposição a pagar dos diversos setores usuários na área. Estes setores estão representados no CEIVAP- Comitê para Integração da Bacia Hidrográfica do rio Paraíba do Sul, fundado em 1996 e sediado na cidade de Resende – RJ. O trabalho foi realizado com base em um estudo qualitativo, no qual foram aplicadas entrevistas à membros do CEIVAP de diversos setores e empresas pagadoras pelo uso da água na porção estudada. Os resultados demonstraram a importância da gestão participativa dos recursos hídricos e, por consequência, dos Comitês da Bacia Hidrográfica – CBH, apesar dos percalços ainda a serem superados. Além disso, foi constatada a aceitação e compreensão do instrumento de cobrança pela maioria dos entrevistados e o início de tomada de medidas por alguns setores usuários em prol da redução do consumo de água e lançamento de efluentes, conforme objetivado na legislação. Os resultados podem contribuir para possíveis adaptações da cobrança pelo CEIVAP e outros CBHs interessados em adotar este instrumento, bem como contribuir para a própria evolução do processo de operacionalização da Política Nacional de Recursos Hídricos no país.

212- Título: AS RELAÇÕES ARTESANAIS E O ESTÍMULO AO DESENVOLVIMENTO LOCAL NO BRASIL, GOUVEIA-MG E OUTRAS DIFERENTES ESCALASAutora: Carolina Dias de OliveiraOrientador: Profa Dra Doralice Barros Pereira (IGC/UFMG)Data de Defesa: 26/03/2007Banca Examinadora: Profa Dra Doralice Barros Pereira (IGC/UFMG)

Profa. Dra. Heloisa Soares de Moura Costa (IGC/UFMG)Prof. Dr. Klemens Laschefski (UFMG)Prof. Dr. Ricardo Ribeiro (PUC-MG)

ResumoA relação das atividades artesanais e o estímulo a práticas de Desenvolvimento Local no país, associadas (direta ou indiretamente) às mutações sofridas na (re)configuração dos territórios pela globalização compõem o tema foco deste trabalho. O objetivo da pesquisa é correlacionar os impasses ligados ao fazer artesanal com as possibilidades de implementação de iniciativas voltadas para o DL, em especial para a região do Alto Jequitinhonha e as comunidades Cuiabá e Espinho, pertencentes a Gouveia-MG. Para tanto, é importante contextualizar e refletir sobre como tais iniciativas têm sido colocadas em prática nos diferentes contextos e escalas brasileiras. Isso porque o tema Desenvolvimeto Local e o estímulo ao artesanato vêm ganhando notoriedade no cenário federal. E em especial durante o Governo Lula, através do incentivo e elaboração de

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políticas públicas para favorecer a geração de emprego e renda e a consequente inserção de áreas consideradas ‘estagnadas’ economicamente no país. Pretende-se contribuir para um melhor entendimento sobre o processo de descaracterização e mercantilização do artesanato e sua relação com o processo de globalização, seus impactos e banalizações nas esferas regional e local (especialmente no plano vivido), bem como sua relação com práticas voltadas para outras formas de se pensar o futuro econômico em microescalas que sejam menos excludentes. Como procedimento metodológico optou-se pelo uso de fontes qualiquantitativas, predominando a Obervação Participante e a História Oral. Relatos de vida, análise de vida, análise de documentos oficiais, aplicação de questionários , registros fotográficos e entrevistas com atores-chave de Espinho e Cuiabá, e sedes de Gouveia e Diamantina (cidade-pólo) foram, portanto, essenciais para a pesquisa . A aplicação dos relatos orais se justifica em função da análise das condições, impasses e obstáculos inerentes à prática artesanal a partir das trajetórias de vida das artesãs-referência de Gouveia, associada a outras fontes.Em que medida o inventivo às práticas artesanais e o Desenvolvimento Local via municípios no Brasil permitem a melhoria das condições de vida das pessoas, em especial na região do Alto Jequitinhonha? Quais os alcances, inversões, contradições e fatores limitantes para a implementação de iniciativas voltadas para o Desenvolvimento Local no Brasil, em Gouveia, e em outras diferentes escalas analisadas? Estas são algumas reflexões que permeiam e norteiam esta pesquisa. A escolha por Gouveia se justifica por uma gama de fatores (favoráveis e limitantes) em relação ao Desenvolvimento Local, tais como o obscurantismo que possui em relação à Diamantina e a predominância de relações clientelistas, individualistas e de rixas partidárias que o caracterizam. Os povoados Cuiabá e Espinho foram enfocados em função da importância que as práticas artesanais possuem em seu cotidiano. Observações em campo apontam para e existência de uma hierarquização dos artesãos, que se diferenciam no acesso e na participação de grandes eventos de exposição artesanal a partir de incentivos da Prefeitura Municipal, e assim ratificam a assimetria de benefícios e privilégios ainda inerentes na relação entre sociedade civil e Estado, especialmente em microescalas.O posicionamento político, a postura crítica, os benefícios públicos concedidos e consquistados e a própria construção da autonomia conforme as características de cada comunidade e seus principais atores foram averiguados. Logo, conceitos como autonomia, identidade, comunidade, participação e cidadania se tornaram relevantes enquanto base de análise para o objeto da pesquisa. Ao final pretende-se delimitar como as ações voltadas para o Desenvolvimento Local se aproximam de um enfoque mais social ou econômico, quais permanências e obstáculos constituem tais práticas e ainda como as novas gerações e gestões conseguem (ou já conseguiram) romper com este encaminhamento. E assim refletir como estar iniciativas podem (ou não) colocar-se a serviço de uma política progressiva e emancipatória, apesar de suas limitações e críticas.

213 - Título: PROPOSTA METODOLÓGICA PARA DELIMITAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DO AMBIENTE DE VEREDA UTILIZANDO IMAGENS ORBITAISAutor: Thiago de Alencar SilvaOrientador: Prof. Dr. Philippe Maillard (IGC/UFMG)Data de Defesa: 02/04/2007Banca Examinadora: Prof. Dr. Philippe Maillard (IGC/UFMG)

Profa. Dra. Cristina Helena Ribeiro Rocha Augustin (IGC/UFMG)Profa. Dra. Silvana Amaral Kampel (INPE)

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Resumo:As veredas representam um importante e frágil ecossistema entre as comunidades aluviais do cerrado, as quais se desenvolvem sob condições específicas de geologia, geomorfologia e hidrologia. As veredas são de fato, uma vegetação complexa composta por uma sucessão de fisionomias que vão desde as gramíneas até os estratos arbóreos. As veredas são protegidas pelas leis brasileiras, mas sua extensão e condições ainda são desconhecidas. Como um ambiente úmido no contexto do semi-árido, as veredas são facilmente detectadas por dados de sensoriamento remoto, mas sua diferenciação de outras formações ribeirinhas , quando utilizados dados óticos, ainda causa certa confusão. Por ser muito sensível à umidade, radar de abertura sintética, proveniente do RADARSAT, possuem um potencial considerável para a delimitação das veredas, porém, imagens radar não são capazes de distinguir os diversos estratos fisionômicos deste ambiente, o que é possível como dados óticos. Nesta pesquisa, uma metodologia é descrita utilizando tanto dados radar, para a delimitação das veredas , através da abordagem da segmentação, quanto a classificação de dados óticos provenientes do ASTER, para a caracterização. A delimitação e classificação do ambiente de vereda sã otimizadas utilizando o conhecimento espacial prévio na construção de zonas tampão. Três algoritmos de segmentação (K-means, ISODATA e MAMSEG) foram testados em imagensde radar com parâmetros de ângulos de incidência e períodos hidrológico diferenciados, na tentativa de se escolher o melhor segmentador para os melhores parâmetros de imagem. De forma paralela, imagens ASTER foram classificadas com o intuito de se obter as diversas fisionomias inerentes às veredas. Os resultados mostram que, mesmo com valores baixos de validação, os dados RADARSAT foram suficientes para a delimitação das veredas largas e muito úmidas. Uma vez que, não há necessidade de dados de campo. Por sua vez, a classificação dos dados ASTER forneceu bons resultados para a classificação das principais fisionomias vegetais apesar de sua largura ser, muitas vezes, a um ou dois pixels de 15m. A junção destes dois produtos faz com que a carência de um seja suprida pelas vantagens dos outros aumentando a capacidade de se extrair informações sobre as veredas.

214 Título: GEO-GRAFIAS DO TURISMO RURAL NO ESTADO DE MINAS GERAIS: ECOS CONTRADITÓRIOS DE UM SEGMENTO TURÍSTICO (DITO) EM EXPANSÃOAutora: Márcia Maria LousadaOrientador: Prof Dr Allaoua SaadiData de Defesa: 13/04/2007Banca Examinadora: Prof. Dr. Allaoua Saadi (IGC/UFMG)

Profa. Dra. Maria Aparecida dos Santos Tubaldini (IGC/UFMG)Profa. Dra Marlusa Gosling (FACE/UFMG)Prof. Dr. Roberto Célio Valadão (IGC/UFMG)

Resumo:O Turismo Rural pode contribuir para modificar os rumos que a atividade turística assumiu no litoral brasileiro; modelo este que majoritariamente causou severos impactos negativos de ordem natural e cultural, destacando a perversa inclusão sócio-cultural das populações locais no decorrer de seu crescimento econômico. Ou seja, a concepção de um novo tipo de turismo, alternativo a essa proposta , constitui-se uma oportunidade de (re)pensar as estratégias de desenvolvimento da atividade turística em seu processo de interiorização pelo país. Assim, a contribuição do projeto de pesquisa “Geo-grafias do Turismo Rural no estado de Minas Gerais: Ecos contraditórios de um

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Segmento Turístico (Dito) em expansão” está centrada nas reflexões que são tecidas a cerca do propalado fenômeno de expansão contemporânea do Turismo Rural em Minas Gerais. Diante do exposto, o objetivo geral desse estudo é investigar o atual contexto da suposta expansão mercadológica do Turismo Rural no estado de Minas Gerais, a partir do levantamento de iniciativas auto-intituladas pertencentes a esse segmento, e considerar a sua configuração espacial, para buscar, desse modo, contribuir para o estabelecimento de políticas adequadas ao potencial das distintas realidades mineiras quanto ao desenvolvimento desse tipo de turismo.

215 Título: DISTRIBUIÇÃO E FUNCIONALIDADES ESPACIAIS DO SETOR TERCIÁRIO NO BRASIL 1991-2000Autor: Luís Henrique Freitas DinizOrientador: Prof Dr Ralfo Edmundo da Silva MatosData de Defesa: 25/04/2007Banca Examinadora: Prof. Dr. Ralfo Edmundo da Silva Matos (IGC/UFMG)

Prof. Dr. Geraldo Magela Costa (IGC/UFMG)Prof. Dr. Rodrigo Ferreira Simões (CEDEPLAR/UFMG)Prof. Dr. Ricardo AlexandrinoGarcia (IGC/UFMG)

Resumo:Em sua configuração contemporânea, o capitalismo vem passando por transformações importantes, sobre tudo ao que tange a sua divisão internacional do trabalho. Isso em um contexto em que o alto grau de integração da economia em escala global reflete, em grande medida, a revolução nas tecnologias de transporte e informação, que condicionam a própria relação espaço-tempo dos fluxos. A redução desse espaço-tempo vem causando um crescente alargamento dos contextos territoriais, e a formação de territórios-rede.Nesse contexto as atividades terciárias ganham um papel importante na estruturação espacial da produção, o que repercute no crescimento da participação das atividades terciárias no produto e no emprego. No Brasil, isto não é diferente e, ainda que com suas especificidades, esses processos se fazem perceber na estruturação espacial das atividades terciárias.O presente texto tem por objetivo avançar na discussão relativa a esse novo papel das atividades terciárias no Brasil, analisando, sobretudo suas funcionalidades e sua distribuição no território brasileiro, por meio do desenvolvimento de alguns conceitos bem como através da utilização de alguns métodos quantitativos.

216 Título: INFLUÊNCIA ANTRÓPICA NA QUALIDADE DA ÁGUA DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO SÃO MIGUEL, CARSTE DO ALTO SÃO FRANCISCO, MINAS GERAISAutor: Eduardo Abjaud HaddadOrientador: Prof Dr Antônio Pereira Magalhães JúniorData de Defesa: 26/04/2007Banca Examinadora: Prof. Dr. Antônio Pereira Magalhães Júnior (IGC/UFMG)

Prof. Dr. Adolf Heinrich Horn (IGC/UFMG)Prof. Dr. André Augusto Rodrigues Salgado (IGC/UFMG)

Resumo:A qualidade da água foi avaliada na bacia hidrográfica do rio São Miguel localizada em região cárstica na alta bacia do rio São Francisco. Foram identificadas as principais

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fontes de poluição hídrica visando evidenciar as relações entre as atividades humanas desenvolvidas na área e suas influências na qualidade das águas superficiais.Mensalmente durante um ano foram monitorados 13 parâmetros de qualidade de água em 5 pontos de coleta localizados no curso fluvial principal da bacia. Também foram feitas análises para detectar metais pesados em amostras de águas provenientes de outros ambientes hídricos cársticos. O mapeamento de uso do solo realizado com a classificação de imagem de sensoriamento remoto. Foram coletadas amostras em nascentes para establecer um nível de base da qualidade das águas naturais. Os dados hidrológicos da rede hidrometereológica nacional e de qualidade da água do monitoramento estadual foram utilizados para interpretação dos resultados.Os resultados das análises mostram que o fator de poluição mais evidente é o lançamento de esgotos da ocupação urbana, que apesar de representar pequena extensão areal na bacia é responsável pela contaminação microbiológica ocasionando casos de esquistossomose, doença de veiculação hídrica concentrada no trecho médio do rio.A paisagem rural é a predominante na área, constituída pelos campos utilizados para agropecuária e agricultura em toda bacia. O efeito destas atividades se fez mais evidente no período das chuvas em função da erosão do solo e conseqüente aumento da turbidez e coliformes na água, piorando sua qualidade nos trechos do alto e baixo curso do rio.A mineração de rochas carbonáticas do carste, tem na calcinação o processo responsável pela volatização de metais pesados na atmosfera. O resultado mais significativo foi a presença de cádmio na água, identificada de forma pontual, sem padrão de distribuição definido nas águas da bacia. Indicando a necessidade da geração de quantidade maior de dados e estudos sobre metais tóxicos nas águas.Os coliformes termotolerantes, o fósforo total, o oxigênio dissolvido, a turbidez e o zinco total foram os parâmetros que se apresentaram em desconformidade com padrões de concentrações estabelecidos na legislação brasileira para usos diversos da água. Notadamente há comprometimento para a balneabilidade no trecho médio do rio.O Índice de Qualidade da Água foi calculado utilizando 9 parâmetros mensalmente para cada trecho do rio monitorado. Os resultados da pesquisa foram comparados com os dados de IQA gerados pelo Estado de Minas Gerais para o rio, e situou no nível médio a qualidade mais freqüente das águas do rio São Miguel.

217 Título: A CONSTRUÇÃO DO PLANO DIRETOR EM CAETÉ E AS (IM)POSSIBILIDADES À PARTICIPAÇÃO SOCIALAutor: Márlon Sidney ResendeOrientadora: Profa Dra Doralice Barros PereriaData de Defesa: 31/05/2007Banca Examinadora: Profa. Dra. Doralice Barros Pereira (IGC/UFMG)

Prof. Dr. Sérgio Manuel Merêncio Martins (IGC/UFMG)Profa. Dra. Maria Cristina Villefort Teixeira (EA/UFMG)

Resumo:Esta pesquisa objetiva elucidar as possibilidades e entraves à participação social no processo de elaboração do Plano Diretor que se desenvolve em Caeté-MG.Trata-se de um processo sociopolítico com a criação de esferas de participação democrática, tal qual previsto na Lei 10.257 de 10/07/2001. São estruturadores os apontamentos de Henri Lefebvre – os quais tomam o espaço por instrumentno, passível de disputas, entre grupos com divergentes propósitos, e discursos. Bem como a sociologia de Pierre Bourdieu, apta a apontar o campo e as disputas entre os diferentes agentes e seus capitais pela conformação do espaço a seus princípios, a partir da

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instauração do poder simbólico. A cidadania – o “direito a ter direitos” – aí se insinua ou naufraga, conforme Dagnino.A análise aponta para constrangimentos à realização plena da cidadania – seja pela relação de favores que a sociedade mantém com agentes do Estado e/ou pela ausência do dissenso (Ranciére), razão que instaura a política por aceitar a diferença. Tais determinações ensejam somente consultas à sociedade e não o direito à deliberação. A doxa – representada pelo “desenvolvimento sustentável” via mineração – vem se rebatendo sobre a elaboração do Plano Diretor, onde o Metacapital do Estado tem forçado ao consenso, portanto negação da política e da cidadania.

218 Título: AGRICULTURA CAMPONESA/FAMILIAR E AÇÃO DO ESTADO (PRONAF) NO VALE DO JEQUITINHONHA – MG: O CASO DE MINAS NOVASAutor: Geraldo Agostinho de JesusOrientadora: Profa Dra Maria Aparecida dos Santos TubaldiniData de Defesa: 04/06/2007Banca Examinadora: Profa. Dra. Maria Aparecida dos Santos Tubaldini (IGC/UFMG)

Prof. Dr. Antônio Pereira Magalhães Júnior (IGC/UFMG)Prof. Dr. José Antônio Souza de Deus (IGC/UFMG)Prof. Dr. Erly do Prado (EV/UFMG)

Resumo:Este estudo trata de uma análise da agricultura familiar e camponesa no município de Minas Novas – MG, localizado no Vale do Jequitinhonha e sua relação com o Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar –PRONAF e como este programa tem promovido o fortalecimento da agricultura familiar, o desenvolvimento rural sustentável dos agricultores familiares nas unidades estudadas. Foi realizada a análise de uma amostragem aleatória, utilizando aplicação de entrevistas em campo, dados da Declaração de Aptidão ao PRONAF – DAP, no período de 2000 a 2006, outro questionário com perguntas semi-estruturadas diretas e com dados do Banco do Nordeste e Banco do Brasil, com valores de financiamentos do PRONAF relacionados aos produtores amostrados.A bibliografia foi dividida em três grupos, onde se tratou do Vale do Jequitinhonha e Minas Novas, da formação geo-histórica e os aspectos sócio-econômicos; outra do conceitual e teórico-metodológico da agricultura familiar, estudos teóricos sobre os camponeses; e, um terceiro grupo com discussões sobre políticas públicas e PRONAF.O embasamento teórico utilizado baseou-se nos trabalhos de Chayanov e Lamarche, que explicitam a organização interna das unidades produtivas familiares e sua reprodução, bem como nos aspectos de relação com o mercado; tais referenciais teóricos responderam satisfatoriamente ao perfil do agricultor familiar pesquisado.Os dados levantados abrangeram aspectos que ressaltam as práticas agrícolas, sócioambientais e econômicas desenvolvidas junto aos agricultores; também se utilizou de critérios de enquadramento no PRONAF, baseados em questões tais como a organização da estrutura fundiária do município, o uso da terra e estratégias produtivas, organização do trabalho, condições sócio-econômicas das famílias e da infra-estrutura das propriedades, o nível de participação na formação do capital humano e social, a organização dos grupos produtivos aspectos da migração sanzonal.Ressalta-se o importante papel da mulher não apenas por uma questão de gênero, mas sua valiosa contribuição na auto-suficiência alimentar e no desenvolvimento da manutenção da estrutura e modo de exploração família, bem como na reprodução dos valores camponeses.

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Outro aspecto da pesquisa refere-se à migração sazonal como endemia social, alternativas futuras e estatégias das unidades de produção familiar camponesa, num esforço para encontrar indicativos capazes de responder às demandas necessárias para se construir um projeto de desenvolvimento rural sustentável.

219 Título: REGIÃO: LEITURAS POSSÍVEIS DE MILTON SANTOSAutor: Thiago Macedo Alves de BritoOrientador: Prof. Dr. Cássio Eduardo Viana HissaData de Defesa: 28/06/2007Banca Examinadora: Prof. Dr. Cássio Eduardo Viana Hissa (IGC/UFMG)

Prof. Dr. Geraldo Magela Costa (IGC/UFMG)Prof. Dr. José Geraldo Pedrosa (UEMG)

Resumo:A presente dissertação contém uma reflexão sobre o conceito de região, na obra do geógrafo Milton Santos, contido no movimento que vai do universal ao particular. Para sua realização, tornou-se necessário compreender sua crítica a geografia regional, cujo método refere-se primeiro a regularidade empírica dos fenômenos regionais, para só, posteriormente, alcançar o universal. A sua crítica teórica e metodológica propõem uma inversão no método, ressaltando a importância de se recorrer, no movimento de totalização, inicialmente aos universal, para depois chegar à região, ao particular. A elaboração do conceito de região é precedida pelo entendimento da atual estrutura do mundo contemporâneo, que Milton Santos denomina de período técnico-científico-informacional. Para se chegar ao conceito de região nesse período, o geógrafo utiliza-se dos conceitos de desenvolvimento desigual e de divisão internacional do trabalhos, fatores importantes na diferenciação entre as regiões, assim como na formação socioespacial, em que o modo de produção entra em contato com as diversas realidades regionais. A região em Milton Santos é concebida, em princípio, como funcional em relação ao modo de produção global, que dá sentido a sua realidade interna. Isso não significa que cada região não tenha suas particularidades. Pelo contrário, no desenvolvimento de sua obra, Milton Santos chega ao conceito de lugar, que abrange tanto um espaço de determinações externas, quanto um espaço de solidariedade, de vivências internas. Região e lugar se identificam na cidade, onde há o encontro e o desencontro de múltiplos vetores da modernidade, no teatro das ações humanas. Desse modo, na cidade, Milton Santos se encontra com a dialética do global e do local, com a totalidade das relações socioespaciais. Construída no movimento que não omite a relevância das particularidades do lugar ou da região.

220 Título: ALTERAÇÃO DAS PROPRIEDADES FÍSICAS E QUÍMICAS DO SOLO EM FUNÇÃO DE DIFERENTES SISTEMAS AGRÍCOLAS – SÃO JOSÉ DA LAPA/MGAutora: Jeanne Domingues SantosOrientadora: Profa Dra Cristiane Valéria de OliveiraData de Defesa: 03/07/2007Banca Examinadora: Profa. Dra. Cristiane Valéria de Oliveira (IGC/UFMG)

Profa. Dra. Vilma Lúcia Macagnan Carvalho (IGC/UFMG)Prof. Dr. Luis Marcelo Aguiar Sans (EMBRAPA SOLOS/ SETE LAGOAS)

Resumo:

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O aumento da produção de alimentos por meio da agricultura metropolitana com enfoque em sistemas agrícolas convencionais, tem sido intensamente praticado no decorrer dos anos. O uso agrícola provoca alteraçõa nos atributos físicos e químicos do solo. Normalmente, essa alteração induz uma deterioração de sua qualidade, em decorrência da retirada da cobertura vegetal e o excessivo uso da mecanização. Em função da técnica de manejo utilizada ocorre um comprometimento da capacidade produtiva do solo em diferentes sistemas agrícolas. O estudo teve como objetivo avaliar a influência de diferentes sistemas agrícolas nas propriedades físicas e químicas do solo agrícola, na Bacia do Córrego Cabeleira, no município de São José da Lapa. A partir disso foram selecionados seis pontos para análise de alguns atributos de solo considerados indicadores de sua qualidade física e química: análise granulométrica, argila dispersa em água, estabillidade dos agregados, densidade do solo, porosidade, e por fim, o teor de carbono orgânico (matéria orgânica). Foram selecionados dois pontos sob mata, para serem considerados como parâmetro na comparação com os outros quatro pontos de uso agrícola, sendo dois sob horticultura e os outros dois sob pastagem. Os atributos físicos e químicos avaliados tem o intuito de demonstrar o nível de degradação do solo. Para a realização do estudo foram coletadas amostrar de solo nas camadas de 0cm-10cm, 10cm-20cm, 20cm-30cm, 30cm-40cm, 40cm-50cm e por fim 50cm-60cm; para verificar as alterações físico-químicas no horizonte superficial e no horizonte subsuperficial do solo. Nos pontos amostrados os teores de carbono orgânico observou-se que a maior diferença ocorreu entre os pontos H1, H2, PT e PTA ao serem comparados com os pontos de mata (M1 e M2). Os maiores valores do teor de carbono foram encontrados no solo sob pastagem, seguido dos pontos amostrados no solo sob mata e por fim, os perfis de solo da horticultura. Os pontos amostrados indicam que os usos agrícolas promoveram alterações na densidade do solo, resultanto na formação de camadas compactas nos horizontes superficiaise subsuperficial, como constatado, principalmente, no ponto amostral da hortaliça (H1, H2). No entanto no pontos amostrados sob pastagem (PT, PTA) os valores de DS não comprometem a continuidade dessa atividade. Em particular nos solos sob pastagem (PT, PTA), ocorreu uma queda da porosidade nas profundidades de 20cm-30cm e 30cm-40cm, com um acréscimo na densidade do solo nas mesmas profundidades. Os valores de porosidade mostraram ser eficientes na avaliação da compactação do solo. Foi observado um pequeno decréscimo de porosidade da horticultura (H1, H2) em comparação com os valores encontrados na mata (M2), com exceção das profundidades 0-10cm da horticultura (H1). O sistema agrícola que apresentou a maior alteração das características avaliadas foi o cultivo da hortaliça, ao ser comparado com os dados da hortaliça (H1, H2), notou-se que ocorreu uma menor concentração de frações de agregados maior que 1,00mm, nos primeiros 40cm do solo, caracterizando-se como um potencial indicador da desagregação do solo. Os sistemas agrícolas analisados ao serem comparados com as áreas de mata, afetaram a estrutura do solo, principalmente no que se refere ao tamanhho dos agregados, sendo que os menores valores foram encontrados no uso com maior movimentação do solo, a horticultura. Nesse estudo as análises físicas e químicas que mais contribuíram na avaliação da degradação dos solos foram a estabilidade de agregados e a matéria orgânica. A partir das diferenças constatadas entre as propriedades do solo sob mata e de uso agrícola, foi posspível avaliar a perda de sua qualidade após retirada da cobertura vegetal. As características físicas e químicas dos pontos amostrados da mata, horticultura e pastagem, evidenciaram que a escolha de praticas agrícolas convencionais, pode influir significativamente nas propriedades do solo. As características dos solos amostrados permitem afirmar da necessidade de modificações no gerenciamento das práticas agrícolas, principalmente na horticultura. É

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necessário conciliar o uso dos recursos naturais, fornecer a continuidade da produtividade agrícola e promover a satistação econômica nas áreas agrícolas da Bacia do Córrego Cabeleira.Palavras-chave: Sistemas Agrícolas; práticas agrícolas; propriedades físicas e químicas do solo.

221 Título: CHUVAS PERSISTENTES E AÇÃO DA ZONA DE CONVERGÊNCIA DO ATLÂNTICO SUL NA REGIÃO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTEAutora: Taiza de Pinho Barroso LucasOrientadora: Profa. Dra. Magda Luzimar de AbreuData de Defesa: 24/08/2007Banca Examinadora: Profa. Dra. Magda Luzimar de Abreu (IGC/UFMG)

Prof. Dr. Antônio Pereira Magalhães Júnior (IGC/UFMG)Prof. Dr. Ricardo Alexandrino Garcia (IGC/UFMG)Prof. Dr. Luiz Carlos Baldicero Molion (ICA/UFAL)

Resumo:O objetivo com este trabalho é entender o padrão atmosférico em baixos níveis associado às chuvas persistentes na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), sob a possível influência do fenômeno Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS). Atualmente, esse fenômeno vem sendo destacado como o principal desencadeador de chuvas persistentes na RMBH, foram utilizados dados de 1970 a 2005, do 5º Distrito de Meteorologia do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), de 15 postos pluviométricos da Agência Nacional de Águas (ANA) e o critério de precipitação acima de 1 mm em 80% dos postos de coleta em, pelo menos, três dias consecutivos. Pela climatologia, notou-se que esses episódios ocorrem, preferencialmente, nos meses de verão, principalmente em novembro, dezembro e janeiro. Os casos foram categorizados em número de dias seguidos de chuvas e observou-se que quanto maior o número de dias, maior a relação com dezembro e janeiro. A identificação de eventos de ZCAS, mediante observações registradas no boletim CLIMANÁLISE, suger que quanto maior o número de dias e quantidades de precipitação média acumulada, maior relação com esse fenômeno. Com base na análise rítmica, metodologia difundida por Monteiro nas décadas de 1970 e 1980, concluiu-se que os principais padrões atmosféricos desencadeadores dessas chuvas estão relacionados à dinâmica atmosférica típica de ZCAS, estabelecida por Quadro (1994). Em baixos níveis, a principal característica do padrão atmosférico associado à ZCAS é o escoamente predominante dos ventos de NW-SE na RMBH. Nos casos que não houve ocorrência do fenômeno, apesar da identificação da banda de nebulosidade associada, o escoamento predominou de NE-SW. Notou-se que em eventos de ZCAS há maior acúmulo de precipitação, o que ocasiona sérios problemas físico-ambientais, principalmente nas áreas ilegalmente construídas na RMBH.

222 Título: A (RE)PRODUÇÃO DO ESPAÇO E A “POLÍTICA” DO MOVIMENTO AMBIENTALISTA: UM ESTUDO A PARTIR DA ASSOCIAÇÃO MINEIRA DE DEFESA DO AMBIENTEAutora: Maria Diana de OliveiraOrientador: Prof. Dr. Sérgio Manuel Merêncio MartinsData de Defesa: 29/08/2007Banca Examinadora: Prof. Dr. Sérgio Manuel Merêncio Martins (IGC/UFMG)

Profa. Dra. Doralice Barros Pereira (IGC/UFMG)Prof. Dr. José Geraldo Pedrosa (UEMG)

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Resumo:Nas últimas décadas a reprodução do espaço passou a ser discutida pela sociedade e pelo Estado tendo em vista a denominada “questão ambiental”. Nesse processo as ONGs ambientalistas se tornaram os grupos preferenciais de discussão, como mediadores da sociedade civil e do Estado. Entretanto, tal mediação tem apresentado suas contradições, sobretudo, quando estão em debate a reprodução ampliada do capital e alternativas de produção do espaço ainda apoiadas no uso, ou quando tal reprodução coloca em risco elementos vitais como a água. A escolha em priorizar a reprodução do capital, tendo como referência a legalidade, a técnica e a necessidade de consumo, tem colocado em xeque a prioridade de defesa coletiva ao meio ambiente colocada por entidades como Associação de Defesa do Ambiente (AMDA), que representa a sociedade civil em várias instâncias definidoras dos rumos deste processo. Nessa acepção tem se como objetivo desta pesquisa analisar o(s) sentido(s) da questão ambiental no processo de reprodução do espaço na atualidade, tendo como referência a prática “política” da AMDA.

223 Título: CURSO D’ÁGUA E FUNDO DE VALE: UMA COSTURA POSSÍVEL DA LINHA AMBIENTAL NO TECIDO URBANO? A RECONFIGURAÇÃO DESSA PAISAGEM URBANA E O DRENURBS EM BELO HORIZONTEAutora: Ana Maria SchmidtOrientadora: Profa. Dra. Heloisa Soares de Moura CostaData de Defesa: 30/08/2007Banca Examinadora: Profa. Dra. Heloisa Soares de Moura Costa (IGC/UFMG)

Prof. Dr. Antônio Pereira Magalhães Júnior (IGC/UFMG)Profa. Dra. Jupira Gomes de Mendonça (EA/UFMG)Prof. Dr. Geraldo Magela Costa (IGC/UFMG)

Resumo:

224 Título: PERSPECTIVAS PARA O USO TURÍSTICO DOS RECURSOS DA HERANÇA GEOLÓGICA E DA EVOLUÇÃO GEOMORFOLÓGICA DA PAISAGEM DO QUADRILÁTERO FERRÍFERO - MGAutor: Fabiano Reis SilvaOrientadora: Profa. Dra. Vilma Lúcia Macagnan CarvalhoData de Defesa: 30/08/2007Banca Examinadora: Profa. Dra. Vilma Lúcia Macagnan Carvalho (IGC/UFMG)

Prof. Dr. Friedrich Ewald Renger (IGC/UFMG)Prof. Dr. Bernardo Machado Gontijo (IGC/UFMG)

Resumo: Este trabalho foi desenvolvido na região do Quadrilátero Ferrífero, localizada na porção central do Estado de Minas Gerais. Essa região é reconhecida internacionalmente pela sua riqueza geológica, principalmente, pelas importantes reservas de minério de ferro e de ouro, além de abrigar uma variedade de estruturas geomorfológicas que proporcionem características marcantes na paisagem da região. Entre as diversas possibilidades do turismo na atualidade aparece o uso dos recursos de maior representatividade cênica, científica e histórica na paisagem, em especial, as estruturas geomorfológicas, como eventos de motivação turística. A região do Quadrilátero Ferrífero, destaca-se por oferecer um potencial imenso que pode ser explorado pelos diversos ramos do turismo, sobretudo, pelas atividades que possibilitam a interação e a interpretação deste rico acervo da região. Diante disso, são propostos sete roteiros baseados em mapa temático, perfis topográficos e fotografias, que tiveram o objetivo de

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privilegiar a visita e a interpretação das formações na paisagem, de modo que o visitante não só desfrute da paisagem, mas também compreenda sua origem e evolução através do turismo.

225 Título: ACORDES E DISSONÂNCIAS DA GRANDE SINFONIA: OS SENTIDOS E CONTEÚDOS DA VIDA URBANA NO CADENCIAR DA METRÓPOLE CONTEMPORÂNEA – O ORFEÃO DA PAMPULHAAutora: Maria Ivanice de Andrade ViegasOrientador: Prof. Dr. Sérgio Manuel Merêncio MartinsData de Defesa: 31/08/2007Banca Examinadora: Prof. Dr. Sérgio Manuel Merêncio Martins (IGC/UFMG)

Profa. Dra. Heloisa Soares de Moura Costa (IGC/UFMG)Profa. Dra. Margarida Maria de Andrade (USP)

Resumo:A reprodução do mundo moderno impõe reestruturações no uso do tempo e do espaço e, nesse contexto, o indivíduo é remetido às mais diversas confrontações no plano da vida cotidiana. Esta passa a ser c1ivada por uma série de representações que, muitas vezes, usurpam o lugar das próprias coisas representadas e, na medida em que são encaminhadas em direção às práticas espaciais lhes tolhem, em grande medida, a espontaneidade e a politicidade. Esse trabalho aborda a problemática tempo-espaço na metrópole contemporânea, a partir de Belo Horizonte, analisando os conflitos/contradições que daí decorrem em sua manifestação local. Ao se mergulhar nos espaços mais imediatos da vida cotidiana e, considerando o contexto amplo da metrópole, percebe-se a ocorrência de várias fragmentações nos sujeitos sociais e na vida urbana que experimentam. O que definitivamente lhes alteram as possibilidades de experiências mais ricas e de um viver mais pleno. Apesar disso, observa-se que mesmo entre os fragmentos difusos da metrópole, algumas das práticas sócio-espaciais realizadas pelos citadinos/cidadãos emergem para além dos fundamentos do econômico, situadas numa perspectiva outra, que escapa ao próprio sentido da metrópole enquanto lastro da produção da riqueza e da reprodução ampliada do capital. Antes, apontam para um domínio de usos/apropriações que evidenciam que, por entre os fragmentos dessa metrópole, existe uma vida urbana que se realiza. Para melhor compreender essas questões, este trabalho faz uma análise da metropolização de Belo Horizonte a partir da vida cotidiana experimentada nos bairros localizados na porção noroeste da Pampulha, propondo uma perspectiva de abordagem das contradições metropolitanas a partir do conceito de bairro metropolitano, articulador das relações locais e gerais na realidade urbana. Dessa forma, a partir de uma análise da vida cotidiana e das relações que são produzidas nesse âmbito faz uma discussão acerca das ambigüidades com as quais o morador/habitante se vê confrontado, cotidianamente, na sua constituição como sujeito num contexto onde a generalidade metropolitana coexiste, dialeticamente, com as especificidades que são teci das no e pelo lugar.

226 Título: CARACTERIZAÇÃO DOS DEPÓSITOS ALUVIAIS AO LONGO DO CANAL PRINCIPAL E SETORIZAÇÃO DA BACIA DO RIBEIRO BONITO, À MONTANTE DA CAPTAÇÃO DE ÁGUA PARA ABASTECIMENTO PÚBLICO, CAETÉ, MINAS GERAISAutor: Alexandre Abreu Lima Bento de VasconcellosOrientador: Prof. Dr. Roberto Célio ValadãoData de Defesa: 31/08/2007Banca Examinadora: Prof. Dr. Roberto Célio Valadão (IGC/UFMG)

Profa. Dra. Vilma Lúcia Macagnan Carvalho (IGC/UFMG)

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Profa. Dra. Ambrosina Helena Ferreira Gontijo (UERJ)Resumo:

227 Título: FATORES DA NÃO-IMIGRAÇÃO EM PEQUENAS CIDADES MINEIRASAutora: Severina Sarah LisboaOrientador: Prof. Dr. Ralfo Edmundo da Silva MatosData de Defesa: 21/01/2008Banca Examinadora: Prof. Dr. Ralfo Edmundo da Silva Matos (IGC/UFMG)

Prof. Dr. Doralice Barros Pereira (IGC/UFMG)Prof. Dr. Ronan Eustáquio Borges (UFV)

Resumo:O Brasil passou por diferentes períodos no que se refere à dinâmica populacional, observando-se alterações quanto à importância relativa das variáveis demográficas. A migração vivencia épocas de menor e de maior visibilidade, com mudanças nos padrões migratórios, apresentando características ora de concentração, ora de desconcentração espacial. Para se compreender essa dinâmica demográfica, é importante conhecer os fatores que contribuem para a atração populacional para determinadas áreas, que se configuram como locais de destino dos movimentos migratórios, e também os fatores que concorrem para a fixação e retenção da população nos seus locais de origem.Durante muitos anos, a migração de pessoas de áreas rurais para urbanas caracterizou os movimentos migratórios brasileiros. No entanto, verifica-se que as migrações do tipo urbano-urbano têm prevalecido e que movimentos de migração de retorno têm ganhado importância. Além disso, percebe-se que parte da população opta por não migrar. Neste contexto, além da migração, torna-se pertinente discutir e compreender a não-migração, isto é, a permanência da população em suas localidades.Este trabalho buscar identificar nas pesquisas migratórias os motivos já apontados como determinantes para os movimentos migratórios, sobretudo para a mudança da população de pequenas cidades para centros urbanos maiores, comparando estas informações como os resultados obtidos na área de estudo. Com maior ênfase, objetiva-se identificar nas pequenas localidades os fatores que inibem a saída da população do seu local de origem ou moradia, que são associados aos seus aspectos positivos. As localiades selecionadas como objeto de estudo são as pequenas cidades mineiras de Ervália, Piranga e Teixeiras, que vivenciam o contexto de mudanças da realidade demográfica do estado de Minas Gerais e da Zona da Mata mineira.Para tanto, realiza-se levantamentos de dados quantitativos e qualitativos através de trabalho de campo com aplicação de questionário a moradores migrantes e, principalmente, não-migrantes das referidas localidades. Na consideração dos motivos que contribuem para a não-migração são avaliados os grupos de fatores objetivos e subjetivos; estes últimos estão subdivididos em fatores geoculturais (espaciais e paisagísticos) e culturais (cultura esportiva, cívica, religiosa e comunitário-popular). A população migrante ou que possui significativa experiência migratória também participa do levantamento de fatores que determinam a opção por migrar ou não migrar.A partir da realização do trabalho de campo, espera-se identificar a contribuição que as experiências migratórias trazem para compreensão da relevância dos fatores de ordem econômica determinantes da migração. Estas experiências também permitem identificar os fatores subjetivos envolvidos nos movimentos migratórios. A maior contribuição do trabalho concentra-se, no entanto, na abordagem dos fatores subjetivos e identificação da sua importância para o entendimento da não-migração. Ao final do trabalho torna-se possível identificar os fatores de maior destaque apontados pela população residente nas áreas urbanas das pequenas localidades mineiras investigadas. Também é possível verificar

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a importância relativa conferida a fatores econômicos, geoculturais e culturais para a migração e a não-migração.

228 Título: O LICENCIAMENTO AMBIENTAL DE APROVEITAMENTOS HIDRELÉTRICOS: O ESPAÇO DA ADEQUAÇÃOAutor: Morel Queiroz da Costa RibeiroOrientador: Prof. Dr. Allaoua SaadiData de Defesa: 29/01/2008Banca Examinadora: Prof. Dr. Allaoua Saadi (IGC/UFMG)

Prof. Dr. Bernardo Machado Gontijo (IGC/UFMG)Prof. Dr. Célio Bermann (USP)

Resumo:A pesquisa investiga a efetividade do licenciamento ambiental de aproveitamentos hidroelétricos em termos de observância, ou não, dos procedimentos técnicos e administrativos previstos nas normas legais específicas. Para tanto, foram selecionados quatro (4) processos de licenciamento ambiental de usinas hidroelétricas discutidos pelo Conselho Estadual de Política Ambiental – COPAM – do Estado de Minas Gerais, no período compreendido entre 1995 e 2005, considerados como estudos de caso da investigação. O trabalho buscou, especificamente, verificar como foram instruídos os processos de licenciamento junto à Câmara de Infra-Estrutura do COPAM e suas correspondentes deliberações quanto aos pedidos de licença ambiental formalizados. A verificação de uma série de expedientes de flexibilização e adequação registrados pela pesquisa demostra, assim, o contexto de fragilização de um dos mais importantes instrumentos de política ambiental instituídos pela Política Nacional do Meio Ambiente – PNMA. Como metodologia de pesquisa, foram analisados os documentos dos processos de licenciamento existentes nos arquivos do Sistema Estadual de Meio Ambiente de Minas Gerais, incluindo aqueles referentes aos diversos procedimentos do Ministério Público (Federal e Estadual) para os casos considerados.

229. Título: ESTUDO DA DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DE PARASITOSES E CONDIÇÕES DE SANEAMENTO BÁSICO PARA O MUNICÍPIO DE OURO PRETO/MG COM O APOIO DO GEOPROCESSAMENTOAutor: Elivelton da Silva FonsecaOrientadora: Profa. Dra. Ana Clara Mourão MouraData de Defesa: 31/01/2008Banca Examinadora: Profa. Dra. Ana Clara Mourão Moura (IGC/UFMG)

Prof. Dr. José Antônio Souza de Deus (IGC/UFMG)Prof. Dr. Paulo César Peiter (FIOCRUZ/RJ)Prof. Dr. George Lins Machado Coelho (UFOP)

Resumo:O processo saúde-enfermidade vem se apoiando em técnicas de gestão ambiental que mostrem acertadamente onde intervir e como os mecanismos de contágio das doenças se alocam no ambiente. Mergulhamos na interface da saúde com a diversidade de informações fornecidas pelo contexto de Ouro Preto para atingirmos nosso enfoque, que é a população que demanda exames para o SUS e particulares, e atingir a análise no nível de domicílio, das ocorrências das enteroparasitas.O objetivo geral do trabalho é Compreender, dentro da ótica espacial, as relações existentes entre a distribuição de enteroparasitores de veiculação hídrica e por solos contaminados e as condições sócio-ambientais da cidade, através do uso de recursos de Geoprocessamento.

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Para atingirmos este objetivo se faz necessário o uso de ferramentas de estatística, geoestatística e Geoprocessamento na construção do perfil de análise. O conjunto de dados analisado vem de coletas de exames do Lapac-UFOP, dados de infra-estrutura por domicílios coletados pelo LEPI-UFOP e SMS-OP e a base de dados do censo 2000 do IBGE.A primeira etapa metodológica foi a elaboração da base cartográfica e o tratamento da base de dados alfanumérica, para cruzamento em plataforma SIG. Realizamos uma junção dos dados de exames com os dados de infra-estrutura por domicílios através do processo de geocodificação dos endereços.O tratamento dos dados de infra-estrutura de saneamento por setor censitário foi realizado através de conversões vetor/raster. No caso de dados de exames, trabalhados na escala de domicílios, realizamos a análise espacial com suporte na estatística de kernel. Ambas as bases foram cruzadas na metodologia da Árvore de Decisões, visando compreender a relação espacial das variáveis. As camadas de informação geradas foram cruzadas resultando na correlação espacial das variáveis de saneamento e sócio-espaciais com a parasitose.Analisando fotos da área urbana também construímos um mapa mental croquizado, no qual destacamos as tipologias de ocupação do espaço da cidade, agrupadas unidades territoriais a partir de características comuns, para que o leitor se insira no reconhecimento da paisagem. Esta construção nos auxiliou na interpretação dos resultados e auxilia o leitor das informações impressas no espaço.Através da discussão dos resultados obtivemos subsídios para indicar as principais áreas com prioridade de intervenção que são: Morro Santana, Morro da Queimada, Antonio Dias, áreas de ocupação mais recente. Bairros como o Centro e o Pilar possuem menor prioridade de intervenções.Através dos resultados das varreduras espaciais constatamos a forte correlação entre a ocorrência de enteroparasitoses e escolaridade, renda, concentração de pessoas no setor, infra-estrutura de esgoto. Fraca correlação espacial foi observada da infra-estrutura de lixo com as parasitoses, e com o abastecimento de água. Com a infra-estrutura de saneamento (água, lixo e esgotamento) observamos uma correlação significativa.Como conclusão do trabalho, destacamos a grande possibilidade do gestor de saúde de Ouro Preto investir no potencial que são os agentes de saúde, em trabalhos descentralizados, utilizando os mesmos como multiplicadores de políticas de saneamento educativas e incisivas. O apontamento das áreas de prioridade de intervenção também são um instrumento eficaz degestão do espaço. O cruzamento e agrupamento de informações espaciais traz um ganho de conhecimento maior que um estudo seccional de cada variável.

230. Título: PAISAGENS DOS SÍTIOS ARQUEOLÓGICOS DE PINTURA RUPESTRE DA REGIÃO DE DIAMANTINA-MGAutora: Vanessa Linke SalvioOrientador Prof. Dr. Allaoua SaadiData de Defesa: 12/02/2008Banca Examinadora: Prof. Dr. Allaoua Saadi (IGC/UFMG)

Prof. Dr. Antônio Pereira Magalhães Júnior (IGC/UFMG)Prof. Dr. André Pierre Prous Poirier (FAFICH/UFMG)

Resumo:

231 Título: O PROCESSO DE INTERVENÇÃO SOCIAL DO TURISMO NA SERRA DO IBITIPOCA (MG): SIMULTÂNEO E DESIGUAL, DILEMA CAMPONÊS NO “PARAÍSO DO CAPITAL”

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Autor: Bruno Bedim PereiraOrientadora Profa. Dra. Maria Aparecida dos Santos TubaldiniData de Defesa: 12/02/2008Banca Examinadora: Profa. Dra. Maria Aparecida dos Santos Tubaldini (IGC/UFMG)

Prof. Dr. Bernardo Machado Gontijo (IGC/UFMG)Prof. Dr. Jacob Binsztok (UFF)

Resumo:Considerando a trajetória histórico-social de criação e uso público do Parque Estadual do Ibitipoca (MG), a pesquisa discute a subseqüente apropriação de seu entorno pelo turismo – enfocando o movimento processual de transformação das condições materiais de existência humana na Serra de Ibitipoca. Os aspectos discutidos estão ligados à reestruturação da esfera produtiva, ao aumento da complexidade da vida social com o advento do turismo e à análise das características atuais como resultado de processos sincrônicos e diacrônicos de produção do espaço analisado. Demonstra-se com a perspectiva “conservacionista” do órgão gestor do parque (IEF/MG) contrasta com os dilemas socioambientais do campesinato de seu entorno, produzindo discrepâncias no próprio processo histórico e social desenvolvido localmente. O tema central foca ainda a idéia de simultaneidade e desigualdade inerente às interações entre forças produtivas e relações de produção identificadas a partir de dados empíricos coletados no entorno do Paque. Tem-se o campesinato de Ibitipoca enquanto grupo humano que se organiza para atingir a produção dos seus meios de vida, cuja margem de lazer e ócio contrasta com os usos e os sentidos do tempo inerentes à lógica produtiva incorporada pelo turismo. Num contexto em que a racionalidade do turismo passa a conduzir o processo econômico na Serra do Ibitipoca, as outras formas de produção e de vida tendem a ser desqualificadas. O mercado de trabalho então se afirma como equalizador dos conflitos sociais à medida que o poder político é redistribuído no “processo”. Sob as rubricas do “ecologicamente correto”, tem-se o caráter mimético assumido pela renda da terra mediante a inauguração de novas modalidades de uso e ocupação do solo no entorno de Unidades de Conservação. Não obstante, a transição dos critérios de valorização da terra suscita a humanização da natureza via a desumanização do homem. Coisificado pelos artifícios do capital que transformam a si próprio e o seu lugat em reles mercadoria a ser fotografada e vendida aos turistas urbanos, o camponês resiste e/ou se conforma mediante o processo que lhe espreita. Empurrado para os bastidores da vida social, estabelece novas estratégias de enfrentamento das circunstâncias de vida no entorno do parque. O ethos da terra (re) constrói assim o espaço de sua própria diferença: o compartimento de um outro tempo que se faz presente; a enunciação dos enigmas de um futuro incerto pois envolto pelos cercos e desafios a um modo de vida confrontado pelos movimentos mais amplos de expansão do capital. O turismo em Ibitipoca enuncia assim uma complexa transição entre o primário e o terciário que mantém traços diacrônicos do modo de vida camponês como algo funcional à reprodução do capital. A Ibitipoca atual teima em extrapolar os seus limites, articulando suas reminiscências e seus acréscimos, suas desigualdades e suas próprias contradições.

232 Título: ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE (APPs) – DISCUSSÕES SOBRE AS RESOLUÇÕES CONAMA Nº303/2002, 302/2002 E 369/2006 E O PAPEL DAS TÉCNICAS DE GEOPROCESSAMENTO NAS IDENTIFICAÇÕES DAS CLASSES DE PRESERVAÇÃOAutora: Maisa de Almeida CotaOrientadora Profa. Dra. Ana Clara Mourão MouraData de Defesa: 14/02/2008Banca Examinadora: Profa. Dra. Ana Clara Mourão Moura (IGC/UFMG)

Prof. Dr. Bernardo Machado Gontijo (IGC/UFMG)Prof. Dr. Cristiano Christóforo Matosinhos (Ministério Público Estadual)

Resumo:

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Observa-se a grande dificuldade em aplicação e fiscalização das leis ambientais e resoluções CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente) relativa às APPs (Áreas de Preservação Permanente), sobretudo quanto à espacialização das tipologias. Objetiva-se explorar os recursos de geoprocessamento para o mapeamento das tipologias definidas pelas resoluções CONAMA, assim como para promover uma discussão sobre as ambigüidades de interpretação e aplicabilidade destas. A paritr de um estudo de caso, são apresentados procedimentos metodológicos apoiados por geoprocessamento e discutidos os resultados obtidos nas análises espaciais das APPs. A degradação das APPs afeta diretamente os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e flora. Considera-se APPs ao longo de cursos d’água, ao redor de lagos e lagoas naturais e artificiais, em veredas, topo de morros e montanhas, as linhas de cumeada, certas faixas de declividade, as restingas, os manguezais, dentre outras, como especificada nas resoluções CONAMA nº 302/2002, 303/2002 e 369/2006. Através da escolha de uma área-piloto entre os municípios de Pitangui e Conceição do Pará em Minas Gerais, nos rios Pará e São João, integrantes da bacia do Rio São Francisco, propõe-se a análise do processo metodológico, como: a aquisição e tratamento de dados topográficos e hidrológicos a partir da base do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e do SRTM (Shuttel Radar Topographic Mission); mapeamento de uso e cobertura do solo a partir de imagem Landsat de diferentes anos e da imagem Ikonos; análises espaciais das APPs em relação as classes de uso e cobertura do solo. É verificada a adequabilidade do uso de imagens Landsat e Ikonos no reconhecimento de tipologias de APPs; o uso de um modelo digital de elevação na identificação de algumas tipologias de APPs; o uso de dados qualitativos e quantitativos obtidos nas hipótese anteriorres para desenvolver uma análise de situação das APPs. Em paralelo ao estudo da área-piloto, tem-se a oportunidade de discutir as restrições encontradas no processos, o que resultará em análises das limitações de aplicação da legislação ambiental e/ou resoluções CONAMA. O estudo promove a discussão sobre as limitações de identificação de tipologias de APPs com o apoio das geotecnologias, o que gera possibilidades de interpretações truncadas do instrumento de preservação. Como exemplo, citamos a falta de clareza na definição do conceito de mapeamento de “topo de morro” e a definição de valores de faixas de condomínios dos elementos naturais como os cursos d’água.

233 Título: ZONEAMENTO AMBIENTAL E OS DESAFIOS DA IMPLEMENTAÇÃO DO PARQUE ESTADUAL MATA SECA, MUNICÍPIO DE MANGA, NORTE DE MINAS GERAISAutor: Ronaldo Alves BelémOrientadora Profa. Dra. Vilma Lúcia Macagnan Carvalho (IGC/UFMG)Data de Defesa: 29/02/2008Banca Examinadora: Profa. Dra. Vilma Lúcia Macagnan Carvalho (IGC/UFMG)

Prof. Dr. Bernardo Machado Gontijo (IGC/UFMG)Profa. Dra. Cristiane Valéria de Oliveira (IGC/UFMG)Dra. Regina Maria de Fátima Camargos (IEF)

Área de Concentração: Análise AmbientalResumo:O Parque Estadual Mata Seca localiza-se no município de Manga, Norte do Estado de Minas Gerais e apresenta um mosaico vegetacional bastante complexo devido à diversidade de formações vegetais encontradas dentro dos seus limites. Além das diversas fitofisionomias do bioma Caatinga o Parque também possui áreas de pastagens artificiais, manchas de Florestas Decíduas alteradas em diferentes estágios sucessionais e Lagoas Marginais de grande importância para a biota do Rio São Francisco. A área vem sofrendo diversos tipos de pressões antrópicas como a prática da agricultura irrigada, queimadas, carvoejamento clandestino, pisoteio do gado, pesca e caça

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predatórias. Este trabalho pretendeu fazer um zoneamento ambiental que possa subsidiar a implementação dessa unidade de conservação, além de contribuir para a discussão sobre os desafios que surgem à medida que uma área de proteção integral é implementada. Esse zoneamento foi realizado através de uma metodologia que se baseia no mapeamento de biótopos. Foram identificados e mapeados nove biótopos constatando que a unidade de conservação apresenta uma expressiva variedade de ambientes. Posteriormente foi realizada uma caracterização através de um planilhamento e descrição sumária das áreas amostrais dos biótopos. A Floresta Estacional Decidual de alto porte, a Caatinga Arbórea Aberta e as Matas Ciliares se destacaram por apresentar um ótimo estado de conservação e um avançado processo de sucessão ecológica. As Lagoas Marginais e a Floresta de Afloramentos mostraram-se bastante conservados e com poucos impactos. O Biótopo Florestas Alteradas apresentou impactos como o pisoteio do gado e o efeito de borda. A Sede, o Pivô Cultivado e o Pivô abandonado foram os biótopos mais impactados. A identificação e valoração dos biótopos utilizando-se graus de relevância e indicadores ecológicos permitiram o estabelecimento de zonas específicas para a área. O Parque foi dividido em três zonas a saber: Zona Intangível, Zona Primitiva e Zona de Recuperação. A Zona intangível possui a melhor qualidade ambiental da unidade de conservação, ocupando 64,61% de sua extensão, o que reforça a sua importância na conservação da área e indica a necessidade de ações que visem a sua proteção. A Zona Primitiva ocupa 33,59% da unidade de conservação e apresentou uma qualidade ambiental considerável. No entanto, essa zona abrange áreas que precisam de ações que assegurem a completa e equilibrada regeneração das florestas ai existentes. A Zona de Recuperação ocupa a menor extensão dentro da unidade de conservação (1,80%) evidenciando a elevada qualidade ambiental Parque como um todo. No entanto, deve-se ressaltar que a Zona de Recuperação merece um tratamento muito especial por abranger os biótopos que refletem as maiores alterações e impactos sofridos pela vegetação orignal da área. Por fim, o trabalho discute a solução para os problemas que ameaçam a preservação dos recursos naturais do parque a partir de uma perspectiva que considera o contexto socioeconômico e cultural da região visando alcançar os verdadeiros propósitos do zoneamento ambiental que é garantir a qualidade ambiental dos recursos hídricos e do solo e a conservação da biodiversidade, garantindo o desenvolvimento sustentável e a melhoria das condições de vida da população.

234 Título: REFLEXÕES SOBRE A POLÍTICA PARTICIPATIVA DAS ÁGUAS: O CASO CBH VELHAS (MG)Autora: Maria Angélica Maciel CostaOrientador Prof. Dr. Antônio Pereira Magalhães Júnior (IGC/UFMG)Data de Defesa: 03/03/2008Banca Examinadora: Profa. Dra. Ana Clara Mourão Moura (IGC/UFMG)

Profa. Dra. Heloisa Soares de Moura Costa (IGC/UFMG)Prof. Dr. Léo Heller (EE/UFMG)

Área de Concentração: Análise AmbientalResumo:Este trabalho aborda aspectos relacionados à descentralização das políticas públicas ocorridas após o período de didatura miliatar , ocasionando maior autonomia aos municípios brasileiros e o surgimento de novos espaços participativos de deliberação pública. A PNRH e os CBH’s são apresentados, de uma perspectiva histórica, como parte do processo de redemocratização do país. Assim, foi feito uma reflexão sobre os

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avanços legais / institutcionais na operacionalização da PNRH no Brasil e Política das Águas em Minas Gerais, tendo como referência empírica a experiência de um arranjo institucional participativo criado para gerenciar uma das mais importantes bacias hidrográficas do estado – o Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas (CBH Velhas). O rio das Velhas é uma das maiores bacias hidrográficas totalmente inseridas no estado mineiro, marcada por uma diversidade de contextos histórico-geográficos em termos físicos e socioeconômicos.Com o objetivo de investigar e levantar reflexões sobre a dinâmica e o funcionamento da gestão descentralizada e participativa dos recursos hídricos no contexto do CBH Velhas, este estudo contemplou questões de natureza ecológica – a situação das águas e ambientes hídricos; outras de ordem político-cultural – o funcionamento do sistema de gestão participativo e descentralizado no CBH Velhas e a efetividade da bacia hidrográfica como unidade de planejamento e gestão; e por fim, questões de cunho social – o envovolvimento e a participação da sociedade civil na proteção das águas através do Comitê e Sub-comitês da bacia do rio das Velhas.O trabalho foi realizado com base em um estudo qualitativo, onde as principais fontes de dados forma obtidas através de entrevistas temáticas semi-estruturadas com os membros do CBH Velhas, observação participante em eventos deste Comitê e em suas atas de reuniões.Foi visto que, apesar da PNRH ter completado dez anos de institucionalização e CBH Velhas nove anos, houveram avanços, destaque para a abertura a participação de um número maior de interessados na discussão, mas muito problemas ainda continuam.

235 Título: CONQUISTA E POVOAMENTO DE UMA FRONTEIRA: A FORMAÇÃO REGIONAL DA ZONA DA MATA NO LESTE DA CAPITANIA DE MINAS GERAIS (1694-1835)Autor: Patrício Aureliano Silva CarneiroOrientador Prof. Dr. Ralfo Edmundo da Silva MatosData de Defesa: 04/03/2008Banca Examinadora: Prof. Dr. Ralfo Edmundo da Silva Matos (IGC/UFMG)

Profa. Dra. Heloisa Soares de Moura Costa (IGC/UFMG)Prof. Dr. Ângelo Alves Carrara (UFJF)

Área de Concentração: Organização do EspaçoResumo:Este trabalho tem como tema mais abrangente a investigação dos processos de ocupação e de povoamento territorial durante o período colonial no leste da Capitania de Minas Gerais. A literatura histórica criou o dogma de que a ocupação dessa área só ocorreu no decorrer das primeiras décadas do século XIX, em decorrência da quebra da política metropolitana de restrição à abertura de caminhos nas áreas não povoadas, do decréscimo da extração aurífera na antiga região das minas e da introdução do café. Todavia, já nos primeiros tempos da descoberta do ouro, a Mata foi um espaço instável, dinâmico, com surtos variáveis de ocupação territorial a partir de três frentes pioneiras: ao longo das margens do Caminho Novo, no vale do rio Pomba e no alto vale do rio Doce. A sua primeira acepção de região remonta ao período colonial, advinda dos maciços florestais da mata atlântica e da presença de um conteúdo distinto de organização territorial. Na formação regional houve diferenças em termos dos agentes modeladores, das atividades econômicas instaladas, das estruturas fundiárias e da evolução dos meios de transporte rodo-ferroviários, bases para explicação da disparidade intra-regional atual da Mata. A principal fonte documental utilizada para o

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estudo da produção agrária foram os registros de pagamento dos dízimos. A partir deles são analisadas a expansão, as características agropastoris e a formação socioespacial de dois sistemas agrários, mercantil simples ou camponês e escravista ou latifundiário. A crise da mineração promoveu a expansão e a desconcentração da atividade agropecuária, notada na primeira década do oitocentos quando os pequenos lavradores ganharam maior visibilidade. Com a introdução do café, a agropecuária mercantil apresentou novos sinais de concentração, protagonizada pelos extratos sociais dos médios e grandes lavradores, os quais se utilizaram de estratégias para preservar o status familiar e conter o fracionamento do patrimônio. A produção camponesa, por sua vez, esteve condicionada à disponibilidade de terras em áreas de fronteira, esgotada em função da colonização antiga da área e da expansão demográfica. Fatores como a redução de matos virgens, o aumento do preço da terra, o parcelamento do solo e a pulverização dos bens do inventário afetariam a reprodução do seu modo de vida.

236. Título: “GEOMORFOLOGIA FLUVIAL NO ALTO VALE DO RIO DAS VELHAS, QUADRILÁTERO FERRÍFERO – MG: PALEONÍVEIS DEPOSICIONAIS E A DINÂMICA EROSIVA E DEPOSICIONAL ATUAL”

Autora: Gisele Barbosa dos SantosOrientador Prof. Dr. Antônio Pereira Magalhães JúniorData de Defesa: 14/04/2008Banca Examinadora: Prof. Dr. Antônio Pereira Magalhães Júnior (IGC/UFMG)

Prof. Dr. André Augusto Rodrigues Salgado (IGC/UFMG)Prof. Dr. Paulo de TarsoAmorim Castro (DEGEO/UFOP)

Resumo:A bacia do alto Rio das Velhas está situada no centro do Estado de Minas Gerais, compreendendo o domínio geológico do Quadrilátero Ferrífero e suas características morfológicas e hidrológicas refletem o forte condicionamento geológico e tectônico regional. Dentro deste contexto, visou-se caracterização dos níveis e seqüências deposicionais aluviais com o auxílio de técnicas de estratigrafia, a fim de reconstituir a dinâmica fluvial pretérita deste trecho. Além disso, foi realizado o monitoramento da dinâmica de ambientes fluviais marginais e de canal, paralelo ao estudo de variáveis hidrossedimentológicas durante o período de um ano. Tais procedimentos resultaram em uma compartimentação e especialização dos ambientes fluviais, ou seja, uma síntese da geomorfologia fluvial da área em estudo. Foram identificados quatro níveis deposicionais aluviais na área, sendo um Nível de Várzea e três níveis de terraços (Terraço Superior, Terraço Intermediário e Terraço Inferior). Os níveis de Terraços Superior e Intermediário apresentam-se escalonados e o nível de Terraço Inferior apresentou variação tipológica (escalonado, recobrimento e embutido) em relação ao Nível de Várzea. O escalonamento dos níveis de terraços demonstra a permanente ocorrência de um soerguimento crustal de alcance regional (soerguimento do Escudo Brasileiro), enquanto que a variação no terraço inferior associado a anomalias no perfil longitudinal do depósito é resultante da diferença das taxas de encaixamento do canal, devido ao comportamento diferencial de blocos ao longo do vale. Não foram encontradas evidências claras para a interpretação dos paleoambientes deposicionais dos níveis identificados. Apesar disso, alguns elementos permitiram inferir que a origem dos depósitos se associa a condições úmidas, com padrão fluvial meandrante e, em certos trechos, tendendo ao entrelaçamento. O monitoramento da dinâmica das margens e da calha fluvial revelou grande variação da erosão causada tanto por ações antropogênicas, quant por variações litológicas. As margens distinguem-se principalmente em função de sua morfologia e da intensidade dos processos de recuo, tendo como principal condicionante a erosão fluvial na base das mesmas, principalmente durante o período de cheias. O vale foi compartimentado em quatro trechos de acordo com sua morfologia e dinâmica

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predominante, sendo o primeiro caracterizado por uma seqüência de poços e corredeiras. Seguido por um trecho tendendo ao entrelaçament devido à presença de barras arenosas, à variação na capacidade de transporte de carga suspensa e à elevada carga arenosa de fundo. À jusante segue um trecho marcado por vale extremamente encaixado e leito correndo sobre o substrato rochoso, denotado forte controle estrutural e por fim, trecho com dinâmica meandrante típica. O vale do alto Rio das Velhas revelou-se como um complexo mosaico de ambientes erosivos e deposicionais, condicionados pela tectônica e pelos processos hidrossedimentológicos intrínsecos à bacia.

237 Título: AVALIAÇÃO DA ESTIMATIVA DE ÁGUA DISPONÍVEL DOS SOLOS UTILIZANDO-SE CURVAS CARACTERÍTICAS DE RETENÇÃO DE ÁGUA”Autora: Ângela Andréa DinizOrientadora Profa. Dra. Cristiane Valéria de OliveiraData de Defesa: 15/04/2008Banca Examinadora: Profa. Dra. Cristiane Valéria de Oliveira (IGC/UFMG)

Prof. Dr. Antônio Pereira Magalhães Júnior (IGC/UFMG)Prof. Dr. Luiz Marcelo Aguiar Sans (EMBRAPA/CNPMS)Dr. Derli Prudente Santana (EMBRAPA/CNPMS)

Resumo:Com este trabalho objetivou-s fazer um estudo da relação água disponível em solos do município de Caratinga, Bom Jesus do Galho e Peçanha, todos pertencentes área de atuação da CENIBRA S.A. A metodologia consistiu em retirar amostras indeformadas dos horizontes A e B dos solos: LATOSSOLO VERMELHO AMARELO Distrófico Típico, LATOSSOLO AMARELO Distrófico típico, CAMBISSOLO HÁPLICO Tb Distrófico e NITOSSOLO VERMELHO Eutrófico, sob usos de mata e de eucalipto, a fim de estabelecer as curvas características de retenção de água. Paralelamente, procurou-se estabelecer uma relação entre densidade do conteúdo de solo e da água do solo, no intuito de determinar uma equação que possa, de forma rápida, medir o conteúdo de água do solo. Como considerações finais, pode-se afirmar que a equação proposta mostrou-se satisfatória, desde que as informações sobre a densidade dos solos estejam disponíveis. Observou-se que a matéria orgânica tem um papel muito importante na adsorção de água e os resultados apontaram que, a matéria orgânica presente nos solos amostrados é hidrofóbica. Todavia, tem-se a necessidade de fazer um estudo de fracionamento da mesma e, novamente correlacionar com a retenção de água do solo. Os resultados mostraram que o método tradicional de água, baseado no conceito de capacidade de campo menos o ponto de murcha permanente (CC – PMP) superestimam o valor da água disponível, tendo como melhor resultado entre as tensões de – 0,01 e – 0,1 MPa.

238 Título: DINÂMICA DO COMPORTAMENTO DA ÁGUA EM SUBSUPERFÍCIE NA BACIA DO CÓRREGO DO QUEBRA, GOUVEIA, ESPINHAÇO MERIDIONAL, MINAS GERAISAutora: Maíra Lopes NogueiraOrientadora Profa. Dra. Cristina Helena Ribeiro Rocha AugustinData de Defesa: 05/05/2008Banca Examinadora: Profa. Dra. Cristina Helena Ribeiro Rocha Augustin (IGC/UFMG)

Prof. Dr. Paulo Roberto Antunes Aranha (IGC/UFMG)Profa. Dra. Vilma Lúcia Macagnan Carvalho (IGC/UFMG)

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Prof. Dr. Fernando de Morais (UFTO)Prof. Dr. Nilo de Oliveira Nascimento (EE/UFMG)

Resumo:

239 Título: DA EXPLORAÇÃO À (CO)OPERAÇÃO INTERNACIONAL (ALEMÃ) PARA A MATA ATLÂNTICA; O SUBPROGRAMA PDA MATA ATLÂNTICAAutor: Rafael Jacques RodriguesOrientadora Profa. Dra. Doralice Barros PereiraData de Defesa: 09/06/2008Banca Examinadora: Profa. Dra. Doralice Barros Pereira (IGC/UFMG)

Profa. Dra. Heloisa Soares de Moura Costa (IGC/UFMG)Prof. Dr. Francisco Antonio Rodrigues Barbosa (ICB/UFMG)Profa. Dra. Marília Steinberger (UnB)

Resumo:A presente pesquisa buscou contribuir para os debates sobre a cooperação internacional para as florestas tropicais do Brasil e seus desdobramentos territoriais. Para tanto, propõe-se a empreender esforços analíticos para melhor compreender como atores e agentes nacionais e internacionais se interagem politicamente para negociar e implementar, por meio da cooperação internacional, politcas e projetos que influenciam a organização do uso do bioma da Mata Atlântica. São ressaltados no estudo os pressupostos teórico-conceituais da Geografia Política clássica e contemporânea, articulando seus elementos à discussão sobre territórios, poderes, cooperação internacional e participação. Aborda-se o processo histórico de formação, organização e delimitação territorial da Mata Atlântica como pano de fundo ivestigado, buscando identificar conflitos presentes no bioma. O Programa Piloto para a Proteção das Florestas Tropicais (PPG-7) – mais especificamente o Subprograma PDA Mata Atlântica, viablizado por meio da cooperação bilateral teuto-brasileira – é o fio condutor escolhido para discutir a preservação da Mata Atlântica à luz da ordem ambiental internacional, considerando as florestas tropicais como um dos temas que ganham maior destaque internacional desde a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (RIO 92). Como resultados da pesquisa, 101 projetos do PDA Mata Atlântica executados no período de 2005-2008 são classificados e analisados segundo a distribuição geográfica, as linhas temáticas priorizadas, as atividades desenvolvidas, os principais atores beneficiados e os montantes de recursos aportados. Uma proposta de abordagem quali-quantitativa dos projetos do PDA por meio de SIG (Sistema de Informação Geográfica) é apresentada a partir de 7 mapas temáticos, na escala 1:15.000.000, os quais contribuem para identificar de que maneira a cooperação internacional se materializa no bioma da Mata Atlântica. Concomitantemente, busca-se apontar contradições, limitações e perspectivas ensejadas pela cooperação internacional para o bioma. Como resultado, observa-se a passagem de um período de exploração internacional da Mata Atlântica – fundado pela chegada dos portugueses em terras brasileiras – para a co-operação internacional no bioma, perspectiva essa fortalecida nas últimas décadas. Sob esse panorama, verifica-se a atuação conjunta e negociada entre Governo Brasileiro, Governo da Alemanha e ONGs da Mata Atlântica, permeado por situações de cooperação e conflito.

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240 Título: PARQUE NACIONAL CAVERNAS DO PERUAÇU-MG. MOSAICO DE INTERESSES, REPRESENTAÇÕES E CONFLITOSAutora: Mariana França MungaiOrientadora Profa. Dra. Doralice Barros PereiraData de Defesa: 13/06/2008Banca Examinadora: Profa. Dra. Doralice Barros Pereira (IGC/UFMG)

Prof. Dr. Philippe Maillard (IGC/UFMG)Prof. Dr. Bernardo Machado Gontijo (IGC/UFMG)Profa. Dra. Simone Narciso Lessa (UNIMONTES)

Resumo:As possibilidades de participação de distintos segmentos sociais em relação por exemplo às Unidades de Conservação – Ucs tem ampliado desde o processo de democratização brasileiro com o surgimento e a ascenção de movimentos coletivos notadamente nos anos 80. Processos e movimentos oriundos da criação de parques nacionais tendem a redefinir diversos usos e ocupações nem sempre em consonância com os interesses pretéritos que sobre eles incidiam, menos ainda face uma participação mais democrática. Por vezes, os critérios e interesses de criação de uma Unidade de Conservação – UC se motivaram por jogos ou favores políticos, exploração turística sem um devido engajamento das pessoas planejamento ou até mesmo interesses individuais de empreendimentos privados. As Unidades de Conservação – Ucs geram espaços de contestações e conflitos, instituídos na grande maioria das vezes como decorrência da relação homem/natureza. Nelas, os níveis e propostas de intervenção se entrecruzam e despertam interesses, possibilidades e ganhos distintos. As reflexões aqui empreendidas objetivam entender melhor a (re)produção de parques nacionais brasileiros, suas representações, significações e práticas para e por distintos atores. Nessa (re)produção, lida-se com a vida de pessoas de origens e histórias múltiplas, cuja complexidade transcende o discurso e a prática científicos. Através de uma interpretação nunca acabada dessa realidade, as reflexões contam com bibliografias referentes às relações homem/natureza, às UCs (interesses, conflitos socioambientais, conservação, apropriação, gestão), aos depoimentos dos atores entrevistados, além do registro de observações feitas durante reuniões dos movimentos sociais e entidades públicas. O Parque Nacional Cavernas do Peruaçu-PNCP, no norte de Minas Gerais, congrega ricas biodiversidade e sociodiversidade, face a um contexto de explorações e desigualdades sociais, políticas e econômicas. A pesquisa aponta que os conflitos se acirrarão sobremaneira diante da iminência de abertura do Parque à visitação pública, pois não se vislumbr uma concórdia entre os múltiplos usos e significados do/para o Parque e seu entorno. Antes da sua abertura, ainda sem previsão, já se anuncia uma mobilização de caráter profilático, favorável a um des-envolvimento das pessoas que passarão a conviver/sobreviver com valores e normas que demandam disposição individual à renúncia e à espera, num contexto de “preservação ambiental”.

241 Título: LAVOURAS COMUNITÁRIAS: ANÁLISE DE UM PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL NO MUNICÍPIO DE SENHORA DOS REMÉDIOS, MG, BRASILAutora: Flávia Cristina Leão SoaresOrientadora Profa. Dra. Maria Aparecida TubaldiniData de Defesa: 13/06/2008Banca Examinadora: Profa. Dra. Maria Aparecida Tubaldini (IGC/UFMG)

Prof. Dr. José Antônio Souza de Deus (IGC/UFMG)Profa. Dra. Marly Nogueira (IGC/UFMG)

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Prof. Dr. Erly do Prado (EV/UFMG)Resumo:As Lavouras Comunitárias, programa criado e desenvolvido em Senhora dos Remédios no ano de 1996, tem como sujeitos os agricultores familiares e camponeses do município e como espaço de reprodução, as comunidades rurais locais. O objetivo do programa é executar o deserwolvimento rural local sustentável sob seus diversos aspectos. Sua realização acontece dentro de uma dinâmica própria e de critérios específicos: pousui como parceiros institucionais a Prefeitura Municipal e a Empresa de Assistência e Extensão Rural - EMATER/MG, bem como parceiros agricultores familiares e camponeses. Embasado nos preceitos da economia solidária, tem como finalidade criar melhores condições de vida para a população das comunidades selecionadas e para os parceiros, com o intuito de se tornar um programa piloto para todo o· Estado. As características sociais, econômicas, ambientais e culturais, também são analisadas de forma diferenciada nesta pesquisa, pelo fato de influenciarem as relações entre as pessoas e o meio. A dinâmica destas características constitui a base do estudo, e as relações socioculturais que se procedem entre camponeses e agricultores familiares apontam a importância destas relações no espaço de estudo, e se tornam um componente diferencial por interferirem na realização e continuidade do programa. Apesar de sua finalidade ser o desenvolvimento rural sustentável, as lavouras comunitárias apresentam problemas que colocam suas metas em questionamento, como por exemplo a forma de gestão centralizada, a pouca autonomia aos parceiros, ou práticas ambientais mais sustentáveis. Entende-se que este constitui um programa para aliviar tensão sobre a terra e minimizar a necessidade básica de alimentação dos agricultores parceiros. Quanto aos resultados, na proposta de desenvolvimento rural sustentável ainda podem ser ampliadas concretizações e realizações, o que acarretaria vigor ao Programa no cumprimento de seus propósitos.

242 Título: LIMITES E POSSIBILIDADES DA DEMOCRACIA REPRESENTATIVA NA PRODUÇÃO DO ESPAÇO URBANO: UMA ANÁLISE A PARTIR DA ATUAÇÃO DA CÂMARA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTEAutora: Patrícia Garcia GonçalvesOrientador Prof. Dr. Geraldo Magela CostaData de Defesa: 24/06/2008Banca Examinadora: Prof. Dr. Geraldo Magela Costa (IGC/UFMG)

Profa. Dra. Heloisa Soares de Moura Costa (IGC/UFMG)Prof. Dr. Otávio Soares Dulci (FAFICH/UFMG)

Resumo:O debate acerca da construção da democracia e seus desafios ocupou posição central durante todo o século XX. Nas últimas décadas, as críticas à democracia representativa e a valorização da democracia participativa parecem sugerir que a realização democrática passa pelo enfraquecimento da primeira e pelo fortalecimento da segunda. Nesse contexto, o planejamento urbano ressurge no Brasil, traduzindo-se como um processo politizado e de construção coletiva e se apresentando como uma possibilidade de ampliação da democracia política e social. A partir dessa nova concepção, diversas instâncias de discussão de políticas públicas, constituídas de representantes do poder público e da sociedade civil, foram institucionalizadas. Tal situação vem exigindo uma reflexão sobre a crise da democracia representativa e sobre os dilemas da democracia participativa, bem como sobre a necessidade de articulação entre essas práticas democráticas. Elege-se a Câmara Municipal de Belo Horizonte como fonte de investigação para esta pesquisa, entendendo-se que o Poder Legislativo - campo de disputas e espaço

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privilegiado de debate sobre as questões urbanas - precisa ser avaliado enquanto um espaço da política. Esta dissertação procura refletir sobre a democracia, sobre seus fundamentos e sobre os desafios de sua efetivação, por meio do resgate da trajetória do planejamento urbano praticado em Belo Horizonte, da análise da legislação urbanística produzida no Município e da investigação da atuação parlamentar ao discutir e aprovar tal legislação. Busca-se identificar possíveis avanços democráticos no planejamento urbano. O objetivo final é identificar os limites e as possibilidades do Poder Legislativo Municipal contribuir para a produção de um espaço urbano mais democrático.

243 Título: O DESENVOLVIMENTO DO TURISMO EM MARGEM DE LAGO ARTIFICIAL: O CASO DA PENÍNSULA DE GUAPÉ – CAMPOS GERAIS, LAGO DE FURNAS/ MGAutora: Marcella Cristiane Amaral ScottiOrientador Prof. Dr. Allaoua SaadiData de Defesa: 25/06/2008Banca Examinadora: Prof. Dr. Allaoua Saadi (IGC/UFMG)

Prof. Dr. Ralfo Edmundo da Silva Matos (IGC/UFMG)Profa. Dra. Marlus Gosling (FACE/UFMG)

Resumo:Este trabalho tem como objetivo propor um plano de ação para o desenvolvimento do turismo de lago artificial, tomando como exemplo a Península Guapé - Campos Gerais, Lago de Furnas/MG, tendo em vista limitações como a falta de planejamento, intervenção no saneamento do lago e articulação regional. Para isso, adotou-se uma abordagem adaptada à ·realidade da região considerando a análise das paisagens, a identificação dos conflitos e a percepção da comunidade. Tal abordagem compreende o território como um modo de organização das atividades econômicas sobre um espaço geográfico, cuja dinâmica é resultado da ação dos atores. A importância do tema proposto justifica-se pelo fato de que antes da elaboração de um plano de turismo é imprescindível refletir sobre os desafios que o mesmo deve enfrentar, com vistas a diminuir as chances de não implementação do plano. Em termos de método, quatro fases orientaram a análise: o retrato do lugar, o diagnóstico, a definição de eixos estratégicos e o plano de ação. A análise do território considerou a dimensão ambiental, social, ética e econômica e tornou possível interpretar os sinais que se traduzem em ameaças, oportunidades, forças e fraquezas para o desenvolvimento do turismo na área em estudo. A partir da exposição dos fatores favoráveis e desfavoráveis para o desenvolvimento do turismo na microrregião, a formulação de estratégias e do plano de ação visou contribuir para o direcionamento do planejamento da atividade. Considerando que o turismo fica subordinado às operações do reservatório para geração de energia, a atividade terá que se adaptar e poderá vir a beneficiar a região, por meio do potencial para o turismo rural, de pesca e de natureza, coexistindo com outras atividades econômicas.

244 Título: CARACTERÍSTICAS MICROMORFOLÓGICAS DE LATOSSOLOS VERMELHOS E VERMELHO-AMARELOS DA PORÇÃO NORTE DA BACIA DO CÓRREGO DO RIO GRANDE, EM GOUVEIA (MG)

Autora: Ana Lúcia Lages de Souza RamosOrientadora Profa. Dra. Vilma Lúcia Macagnan CarvalhoData de Defesa: 31/07/2008

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Banca Examinadora: Profa. Dra. Vilma Lúcia Macagnan Carvalho (IGC/UFMG)Profa. Dra. Cristiane Valéria de Oliveira (IGC/UFMG)Profa. Dra. Selma Simões de Castro (UFGO)

Resumo:A área de estudo deste trabalho encontra-se localizada na Depressão de Gouveia, a montante da bacia de drenagem do córrego do Rio Grande, no município de Gouveia, Serra do Espinhaço Meridional, na porção central do Estado de Minas Gerais.A complexidade que caracteriza a dinâmica ambiental na Depressão de Gouveia tem motivado a realização de diversos estudos nessa região, já há bastante tempo, sendo que, mais recentemente, tem sido empregada, nesses estudos, a técnica da micromorfologia de solos, ciência que estuda as microestruturas dos solos em seu ambiente natural e não modificado, e que contribui para importantes deduções a respeito dos processos pedológicos envolvidos.A micromorfologia de solos permite caracterizar as organizações pedológicas a partir de amostras de solos em sua estrutura natural indeformada, o que lhe confere vantagens nos estudos pedológicos. Dentre uma infinidade de possibilidades, o estudo microscópico da organização do solo revela a direção da evolução e as alterações de ordem genética e histórica entre seus constituintes minerais e como os processos geoquímicos podem ser visualizados. Representa uma ferramenta para esclarecer a direção dos processos atualmente ativos ou que estiveram em atividade no passado.Nas pesquisas recentes realizadas na região e que fizeram uso desta técnica, a micromorfologia de solos foi considerada como determinante para relacionar o material pedológico com a rocha de origem, contribuindo com a discussão sobre a gênese do material pedológico investigado, no que diz respeito à alotecnia e autoctonia.Assim sendo, é nesse contexto que se insere este trabalho, que tem como objetivo principal realizar a caracterização micromorfológica de Latossolos Vermelhos e Vermelho-Amarelos na bacia do córrego do Rio Grande e, com isso, confrontar os resultados com os dados obtidos nas pesquisas realizadas. Portanto, a micromorfologia de solos representa a técnica principal empregada neste trabalho, embora tenha sido associada a outras técnicas fundamentais no estudo pedológico, imprescindíveis à concretização desta investigação, através da qual pretende-se contribuir para elucidar questões ainda não fechadas acerca da dinâmica pedogenética da região.

245 Título: DE LUGAR DE “BOTA-FORA” À ESTAÇÃO ECOLÓGICA DA UFMG (PEQUENAS CONQUISTAS E A CONSTRUÇÃO DE SIGNIFICADOS AMBIENTAIS URBANOS))

Autora: Karina Rousseng Dal PontOrientador Prof. Dr. Bernardo Machado GontijoData de Defesa: 31/07/2008Banca Examinadora: Prof. Dr. Bernardo Machado Gontijo (IGC/UFMG)

Profa. Dra. Heloisa Soares de Moura Costa (IGC/UFMG)Prof. Dr. Ângelo Barbosa Monteiro Machado (ICB/UFMG)

Resumo:A análise ambiental, inserida as discussões urbanas pode possibilitar uma série de aproximações entre os temas urbanos e ambientais, principalmente ao se analisar as percepções e sentidos relacionados às áreas de preservação ambiental urbana. A Estação Ecológica da UFMG é uma área de preservação urbana, localizada no campus da Universidade Federal de Minas Gerais. Durante o processo de implementação a área passou por diversos usos desde bota-fora da própria universidade até atingir um status

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de preservação ambiental. A questão que se coloca é até que ponto a inserção de uma unidade de conservação urbana, dentro de uma instituição de ensino superior, garante sua preservação? Constitui-se como objetivo desta pesquisa realizar através da sua história ambiental uma análise a respeito das funcionalidades da área e suas relações institucionais no decorrer de sua implementação. Esta pesquisa se baseia em dois níveis de investigação: conversas semi-estruturadas com grupos de atores que acompanharam o processo de tombamento da área em momentos distintos, e pesquisas junto aos arquivos da universidade e da prefeitura de Belo Horizonte. Com este estudo buscou-se levantar indicativos que contribuam para a construção de entendimentos sobre os sentidos dados aos usos e formas de apropriação de espaços naturais dentro das aglomerações urbanas. É também contribuir no processo de institucionalização da área.

246 Título: A DISPUTA PELO CONTEÚDO DA REFORMA AGRÁRIA: PRODUÇÃO DO ESPAÇO SOCIAL DOS ASSENTAMENTOS DO MST

Autora: Roberta Vieira RaggiOrientador Prof. Dr. Sérgio Manuel Merêncio MartinsData de Defesa: 11/08/2008Banca Examinadora: Prof. Dr. Sérgio Manuel Merêncio Martins (IGC/UFMG)

Profa. Dra. Heloisa Soares de Moura Costa (IGC/UFMG)Prof. Dr. Claudinei Lourenço (IGC/UFMG)Prof. Dr. Carlos Eduardo Mazzetto Silva (FAFICH/UFMG)

Resumo:A partir de 2003 o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, MST, tornou-se responsável pela organização e planejamento de seus assentamentos através da elaboração do Plano de Desenvolvimento do Assentamento, PDA. Como conseqüências do planejamento do MST, foram levantadas questões que vão muito além da execução desta tarefa: qual é, por exemplo, o modelo de assentamento desejado pelas famílias e pelo MST? Como este deve ser construído? Numa dinâmica social em que o espaço é utilizado como um instrumento político, a realização do PDA pelo MST é mais que somente a execução de uma tarefa que previamente fora exercida pelo Estado, uma vez que também envolve o conflito entre grupos diferentes e a disputa por distintas produções do espaço. A partir do estudo da questão agrária brasileira e do desenvolvimento do MST, este trabalho descreve e analisa o primeiro PDA executado pelo MST no assentamento Comunidade de Resistência Roseli Nunes, município de Pequi, em Minas Gerais, Brasil. Mais do que restringir-se à mera descrição desse processo, essa pesquisa expõe as contradições do planejamento dos assentamentos pelo MST em que as pessoas envolvidas nesse processo são, simultaneamente, produtos e produtores do espaço agrário no cenário presente no Brasil.

247 Título: AS INTERFACES SOCIOAMBIENTAIS DE UM LUGAR EM RECONSTRUÇÃO: DISTRITO SERRA DO CIPÓ

Autora: Christiane Vilela CardosoOrientador Prof. Dr. Bernardo Machado GontijoData de Defesa: 12/08/2008Banca Examinadora: Prof. Dr. Bernardo Machado Gontijo (IGC/UFMG)

Profa. Dra. Maria Aparecida Tubaldini (IGC/UFMG)Prof. Dr. José Antônio Souza de Deus (IGC/UFMG)

Resumo:

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O distrito Serra do Cipó, ex-Cardeal Mota, vem se constituindo em palco de mudança sócio-espaciais desde a implantação das Unidades de Conservação: Parque Nacional Serra do Cipó (PARNASC) e Área de Proteção Ambiental Morro da Pedreira (APAMP) na região. O crescimento urbano e populacional ao longo da rodovia MG-010, e o incentivo à atividade turística, geram um contexto de desenvolvimento, com aspectos predatórios e grande impacto sobre o meio ambiente e a qualidade de vida da comunidade local.A preocupação com a preservação da identidade cultural definiu o escopo desta pesquisa que, através da perspectiva histórica, visa analisar as transformações e permanências, ocorridas na comunidade local, a partir da criação das U.Cs.à expansão da localidade. A prática conservacionista e a atuação dos órgãos públicos colocam a comunidade, a margem do processo de gestão do lugar.A exclusão de segmentos da comunidade, nos processos decisórios, vem comprometendo o desenvolvimento local, assim como, privilegiando interesses que não apontam para a valorização da sua cultura. Os novos arranjos espaciais refletem no modo de vida de uma comunidade que vem recebendo influências externas, ameaçando a identidade e o saber tradicional. Toma-se urgente e necessário o encontro de novas modalidades de envolvimento dessa comunidade para promover a sustentabilidade cultural, ecológica, social, a partir da retomada dos valores tradicionais e participação política. As reflexões visam apontar para o entendimento de, até que ponto, as Unidades de Conservação podem influenciar na organização socioambiental, e contribuir para as permanências ou transformações, sentidas pela comunidade local, com a chegada de 'outro atores'.Parte da pesquisa foi realizada em momento oportuno, com a elaboração do Plano Diretor do município de Santana do Riacho e a construção dos Planos de Manejo do P ARNASC e AP AMP. Constituíram vetores, de participação comunitária e articulação dos órgãos públicos, que foram analisados, na perspectiva de uma gestão compartilhada.A metodologia adotada, parte do levantamento teórico-bibliográfico, dos temas pertinentes a esse estudo; Observação Participante, proporcionada pela vivência na localidade e a oralidade, instrumento fundamental de percepção de toda complexidade que envolve o estudo. Pretendeu-se fazer um recorte histórico do lugar e perceber a singularidade, dos hábitos e costumes da comunidade, assim como, os reflexos das influências externas, na dinâmica interna, que geram repercurssões, sobre uma estrutura social e espacial.

248 Título: ENTRE O PROJETO URBANO E O LUGAR: PRÁTICAS, REPRESENTAÇÕES E USOS DO ESPAÇO PÚBLICO NO PROCESSO CONTEMPORÂNEO DE RENOVAÇÃO DO HIPERCENTRO DE BELO HORIZONTE

Autor: Marcus Vinícius Sant’AnnaOrientador Prof. Dr. Geraldo Magela CostaData de Defesa: 12/08/2008Banca Examinadora: Prof. Dr. Geraldo Magela Costa (IGC/UFMG)

Profa. Dra. Heloisa Soares de Moura Costa (IGC/UFMG)Prof. Dr. Roberto Luís de Melo Monte-Mór

(CEDEPLAR/UFMG)Resumo:Teremos como ponto de partida a consideração de que a cidade é, antes de tudo, essencialmente contraditória. A produção de seu espaço social supõe espacialidades ambíguas e liminares, que hora têm características de obra, hora se transfiguram em produto. A intensificação de suas contradições tem aumentado à medida que a industrialização e a realidade baseada na troca se generalizam globalmente. Neste sentido, tal realidade utiliza de técnicas, como o urbanismo enquanto campo sistematizado do conhecimento, para emular a dinâmica da cidade, conservando seu

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caráter de reunião de tudo e de todos, o que, em muitos sentidos, é necessário para a reprodução do mundo da mercadoria. Entretanto tal espaço social não é somente resultado ou produto da técnica. Aqui ele é considerado também como agente produtor de relações sociais. Procurando compreender melhor essa relação, tomamos como base conceitual a concepção teórica da produção do espaço lefebvriana, que supõe a inter-relação entre três níveis nesse processo: as práticas espaciais, os espaços de representação, e as representações do espaço. Neste trabalho, procurando não utilizar destes conceitos como categorias de análise, vamos procurar compreender melhor o processo de produção do espaço tendo como objteto de análise a renovação do Hipercentro de Belo Horizonte. Ainda nesse sentido, iremos utilizar do conceito de lugar – o que também supõe as idéias que lhe são contrárias – como auxílio para a compreensão do caráter dualista que se torna ainda mais intenso nas centralidades renovadas dos centros urbanos contemporâneos.

249 Título: AS (IM)POSSIBILIDADES DE IRRUPÇÃO DE NECESSIDADES RADICAIS NA PERIFERIA POR MEIO DO TRABALHO COM JOVENS DO PROGRAMA FICA VIVO E AGENTE JOVEM. ESTUDO DE CASO: CONJUNTO TAQUARIL

Autor: Renato de Paula AbreuOrientador Prof. Dr. Sérgio Manuel Merêncio MartinsData de Defesa: 13/08/2008Banca Examinadora: Prof. Dr. Sérgio Manuel Merêncio Martins (IGC/UFMG)

Profa. Dra. Heloisa Soares de Moura Costa (IGC/UFMG)Prof. Dr. Claudinei Lourenço (IGC/UFMG)

Resumo:Esta pesquisa se propõe perseguir e compreender as (im)possibilidades de irrupção de necessidades radicais na periferia por meio do Conjunto Taquaril. A escolha deste lugar se justifica pelo fato de que os habitantes do Conjunto vêm de toda uma trajetória de reivindicações, num primeiro momento, por moradia e posteriormente pelo amplo acesso a infra-estrutura e serviços urbanos. Pensando os termos da metrópole na periferia no espaço urbano brasileiro hoje, tendo como estudo de caso o Conjunto Taquaril, as reflexões referenciadas à questão de fundo desta pesquisa foram empreendidas a partir de um contraponto entre as vivências dos habitantes antigos e as (re)significações que os jovens do Conjunto têm feito destas vivências. Assim, nesta pesquisa tomo o jovem como “referência do conhecimento” onde procuro fazer um contraponto entre as vivências dos primeiros habitantes e as empreendidas pelos jovens do Conjunto. Como mediação para estas reflexões, nesta pesquisa tomou-se como pano de fundo os trabalhos, com jovens, realizados pelos programas Fica Vivo e Agente Jovem no Conjunto Taquaril por meio das atuais parcerias e/ou convênios entre Estado e terceiro setor na periferia.

250 Título: DIAGNÓSTICO ESPAÇO-TEMPORAL DA LEISHMANIOSE EM BELO HORIZONTE E A CONTRIBUIÇÃO DO CLIMA NA INCIDÊNCIA DA PATOLOGIA

Autor: Alceu Raposo JuniorOrientadora Profa. Dra. Magda Luzimar de AbreuData de Defesa: 13/08/2008Banca Examinadora: Profa. Dra. Magda Luzimar de Abreu (IGC/UFMG)

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Prof. Dr. Antônio Pereira Magalhães Júnior (IGC/UFMG)Dr. Fulvio Cupolillo (INMET)

Resumo:A análise da influência do clima na saúde humana, particularmente no episódio de doenças, compõe expressiva lacuna nos estudos do campo da climatologia geográfica brasileira. A reincidência de inúmeras doenças na atualidade, como é o caso da Leishmaniose, coloca um desafio a mais no campo de saber da climatologia.A incidência da Leishmaniose nas áreas urbanas é considerada por vários especialistas como grave, baseando no fato de que a doença se expande de forma muito rápida quando é introduzida em uma área não endêmica.É dentro desta perspectiva que este estudo propõe realizar uma análise da relação do clima com a Leishmaniose Visceral e, posteriormente, com outras variáveis geográficas.Os etudos realizados em Belo Horizonte demostraram que as condições climáticas existentes na capital são variáveis importantes para o aparecimento e manutenção desta doença. Outros condicionantes geográficos como as condições sociais não se mostraram tão influentes.

251 Título: TRANSFORMAÇÕES SOCIOESPACIAIS NA CIDADE-REGIÃO EM FORMAÇÃO: A ECONOMIA GEOPOLÍTICA DO NOVO ARRANJO ESPACIAL METROPOLITANO

Autor: Felipe Nunes Coelho MagalhãesOrientador Prof. Dr. Geraldo Magela CostaData de Defesa: 14/08/2008Banca Examinadora: Prof. Dr. Geraldo Magela Costa (IGC/UFMG)

Prof. Dr. Roberto Luís de Melo Monte-Mór (CEDEPLAR/UFMG)Prof. Dr. Ralfo Edmundo da Silva Matos (IGC/UFMG)Profa. Dra. Ester Limonad (UFF)

Resumo:Este estudo tem como objetivo abordar a configuração da cidade-região atualmente em curso no Brasil, e os processos socioespaciais diversos que a compõem. Entendemos a cidade-região como a metrópole somada de sua hinterlânida imediata, incluindo uma série de centralidades de pequeno e médio porte no alcance dos processos de metropolização. Privilegia-se uma perspectiva teórica acerca do tema, partindo de uma proposta da morfologia da cidade-região, passando por uma contextualização histórica do objeto de estudo visando esclarecer sua relação com os processos econômico-espaciais contemporâneos (sobretudo no que diz respeito à restruturação produtiva), e chegando ao ponto de vista lefebvriano acerca da produção do espaço. Tendo em vista a intensificação da integração da metrópole com as centralidades vizinhas, e a tendência à localização das unidades industriais pós-fordistas nestas cidades, propomos a cidade-região como uma escala apropriada para o regime de acumulação flexível (da mesma forma que a metrópole foi o espaço produzido pelo regime de acumulação fordista). Deste modo, não se trata simplesmente da metrópole estendida, mas de outro ente geográfico, cujos processos de formação são distintos daqueles ligados ao histórico de formação da metrópole. A produção do espaço no entorno metropolitano se dá a partir do processo de urbanização extensiva, que se situa num embate entre o espaço social e o espaço abstrato, alterando a lógica de reprodução dos lugares a partir da extensão das condições gerais de produção, que fornecem as bases para um aprofundamento do processo de acumulação nestas localidades. Outro fator importante é a saturação das áreas industriais constituídas (a partir da industrialização fordista) no bojo do processo de metropolização, somada à involução metropolitana, que são processos socioespaciais que alteram os núcleos metropolitanos, expulsando determinados elementos para as

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regiões vizinhas. Além da restruturação das economias locais nas cidades dos entornos metropolitanos, a cidade-região envolve a difusão do urbano enquanto substantivo, de um tecido urbano que não se traduz em cidade, cuja expressão mais significativa, em crescimento nos arredores das grandes metrópoles brasileiras, são os parcelamentos residenciais cercados, criando espaços compartimentados, de valor de uso privatizado e contribuindo para a segregação socioespacial na própria metrópole. A formação da cidade-região traz novos embates para o lugar, carregando diversos problemas e conflitos anteriormente restritos ao tecido metropolitano adensado, ao mesmo tempo em que potencializa mobilizações e organizações autônomas em busca de um aprofundamento da democracia. Neste sentido, o direito à cidade, entendido como uma luta do espaço social pela cidade enquanto valor de uso democraticamente aberto à apropriação, permanece no centro desta luta pelo lugar. O planejamento e o desenvolvimento local resultantes deste quadro no lugar inserido no âmbito da cidade-região situam-se entre dois pólos: o aprofundamento da democracia e o planejamento estratégico (que tem como uma de suas ferramentas principais o marketing da cidade), tendência que vem dominando o planejamento urbano atual.

252 Título: O CICLO DE VIDA DO FENÔNEMO TURÍSTICO EM SÃO LOURENÇO (MG): DE ESTÂNCIA HIDROMINERAL A DESTINO DE LAZER E BEM-ESTAR

Autora: Adriana Silva AraújoOrientador Prof. Dr. Roberto Célio ValadãoData de Defesa: 19/11/2008Banca Examinadora: Prof. Dr. Roberto Célio Valadão (IGC/UFMG)

Profa. Dra. Doralice Barros Pereira (IGC/UFMG)Profa. Dra. Cláudia Lamounier Freitas (IGC/UFMG)Profa. Dra. Fernanda Borges de Moraes (EA/UFMG)

Resumo:O município de São Lourenço surgiu e se desenvolveu em função da descoberta de águas minerais capazes de tratar e curar enfermidades. O aproveitamento turístico deste importante recurso natural através da construção de fontes e balneário favoreceu a prática do termalismo e contribuiu para a consolidação do município como estância hidromineral. O termalismo associado à prática dos jogos de azar nos cassinos que se instalaram na cidade a partir da década de 30 favoreceu o incremento da infra-estrutura turística e de apoio ao turismo, gerando emprego e renda para a população local. Na primeira metade do século XX, São Lourenço tornou-se conhecida como local do espetáculo e do glamour. No entanto, o fechamento dos cassinos por determinação do governo federal, na década de 40, acarretou na primeira crise do segmento turístico no município. A lacuna encontrada na literatura voltada a este tema, acerca dos acontecimentos que se seguiram ao fechamento dos cassinos nas estâncias hidrominerais, principalmente no tocante a São Lourenço, instigou a elaboração deste trabalho cujo objetivo é compreender o turismo em São Lourenço a partir de uma perspectiva histórica, buscando identificar as reminiscências do termalismo na estância, bem como as (im) possibilidades de melhor aproveitamento do turismo sob outras bases, como o termalismo moderno associado ao bem-estar. Para tal, utilizou-se o conceito do ciclo de vida das destinações turísticas criado por Butler em 1980. O ciclo de vida das destinações turísticas é composto por estágios que estendem por maior ou menor período à medida que se desenvolve a atividade turística em uma localidade. A partir da reconstituição histórica do turismo em São Lourenço, estes estágios puderam ser identificados o que favoreceu uma maior compreensão acerca da realidade·estudada.

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Em vista do objetivo proposto neste trabalho, optou-se pela pesquisa qualitativa que se envolve em estudo de caso e inclui coleta de dados através de entrevistas semi-estruturadas com atores envolvidos no turismo - poder público, setor privado e comunidades -, pesquisa documental e análise dos dados coletados visando a responder aos questionamentos que nortearam o trabalho. Entre os questionamentos, pode-se citar a relação do município com o turismo, bem como a importância desta atividade para a economia local.

253 Título: EFETIVIDADE SÓCIO-AMBIENTAL DA APA CARSTE DE LAGOA SANTA-MG: UMA AVALIAÇÃO A PARTIR DE SUAS FERRAMENTAS DE PLANEJAMENTO E GESTÃO

Autora: Luciana de Resende AltOrientador Prof. Dr. Roberto Célio ValadãoData de Defesa: 09/12/2008Banca Examinadora: Prof. Dr. Roberto Célio Valadão (IGC/UFMG)

Prof. Dr. Bernardo Machado Gontijo (IGC/UFMG)Dr. Paulo Fernando Pessoa (Instituto do Carste)

Resumo:O objetivo principal desta dissertação é avaliar a efetividade sócio-ambiental da Área de Proteção Ambiental-AP A Carste de Lagoa Santa por meio da análise de seus principais instrumentos de planejamento e gestão. Localizada a cerca de 40 km a norte de Belo Horizonte, essa APA possui área de 35.600 ha e abrange parcialmente os municípios de Lagoa Santa, Pedro Leopoldo, Matozinhos e Funilândia e, integralmente, o de Confins. Criada em 1990, abriga rico patrimônio - cavernas, sítios arqueológicos e paleontológicos, fauna e flora -, mas possui fragilidades que limitam o uso intensivo de seus recursos ambientais - regiões sujeitas a alto risco de contaminação da drenagem subterrânea, alta propensão à ocorrência de erosão e/ou movimentos gravitacionais de massa e possibilidade de indução de abatimentos do solo - podendo gerar riscos para população e rápida degradação da qualidade ambiental regional. Recentemente as pressões antrópicas sobre essa APA aumentaram em razão da realização de obras estratégicas promovidas pelo Govemo do Estado de Minas Gerais no Vetor de Expansão Norte da Região Metropotitana de Belo Horizonte/RMBH. Passados dezoito anos da criação desta APA, bem como aproximadamente dez anos da instituição de seu Zoneamento Ambienta1 e Plano de Gestão Ambiental, é importante avaliar se essa Unidade de Conservação é, hoje, efetiva e, também, se será capaz de conter e disciplinar a expansão urbana e industrial sobre seu território, protegendo o rico patrimônio nele existente. Para a avaliação de sua efetividade foram empregados quatro procedimentos distintos, a saber: (i) análise da série temporal de imagens de satélite; (ii) estudo comparativo entre Planos Diretores Municipais, Zoneamento Ambiental e Zoneamento Geotécnico da APA; (iii) entrevistas com a população local; (iv) entrevistas com o Conselho Consultivo da APA. A adoção desses procedimentos mostrou que a APA Carste de Lagoa Santa não tem sido efetiva do ponto de vista sócio-ambiental. O estudo das imagens de satélite mostra que a evolução do uso do solo foi semelhante dentro e fora da APA. Existem contradições técnicas entre os Zoneamentos Ambiental e Geotécnico da APA, e entre estes instrumentos e os Planos Diretores Municipais, as quais induzem ao crescimento urbano inadequado às fragilidades do meio físico. A maioria da população entrevistada não sabe que reside no interior de uma Unidade de Conservação e, complementarmente, não reconhece as regras vigentes para uso e ocupação do solo. Os problemas ambientais apontados pelo Zoneamento Ambiental, transcorridos mais de 10 anos de sua elaboração, ainda persistem. Seu Plano de Gestão nunca saiu do papel e sequer é conhecido pelos próprios membros do Conselho Consultivo da APA. Não se verificou,

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também, real integração entre todas as esferas de poder que atuam na APA. Conseqüentemente, até hoje a criação da APA tem influenciado pouco a região e, com a forte pressão da expansão do Vetor Norte da RMBH, é fundamental que ela seja efetiva ou que sejam pensados meios complementares de proteger o patrimônio e a qualidade ambiental ainda existente, sob a pena de perdê-los ou danificá-los de vez.

254 Título: GESTÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS EM SETE LAGOAS/MG: UMA ABORDAGEM A PARTIR DA EVOLUÇÃO ESPAÇO-TEMPORAL DA DEMANDA E DA CAPTAÇÃO DE ÁGUA

Autor: Lúcio Antônio Leite Alvarenga BotelhoOrientador Prof. Dr. Roberto Célio ValadãoData de Defesa: 09/12/2008Banca Examinadora: Prof. Dr. Roberto Célio Valadão (IGC/UFMG)

Prof. Dr. Antônio Pereira Magalhães Júnior (IGC/UFMG)Profa. Dra. Leila Nunes Menegásse Velásquez (IGC/UFMG)

Resumo:A cidade de Sete Lagoas, localizada na Região Metalúrgica de Minas Gerais, teve nas últimas décadas acentuada expansão das atividades econômicas e, consequentemente, elevado crescimento da população urbana. Esse fator gerou considerável aumento da demanda de água. O município está inserido sobre área cárstica, ambiente caracterizado por possuir grandes quantidades de água no subsolo, pois a rede de drenagem encaixa-se nas camadas subterrâneas, devido à ação de solubilidade da água. Diante da crescente demanda por água, intensificou-se o uso das fontes subterrâneas com a perfuração contínua de poços, passando a ser o principal meio de acesso à água. Durante todo o período de explotação subterrânea, ocorreram problemas periódicos de falta de água, dentre outros problemas. Este trabalho tem o objetivo de avaliar o sistema de captação e distribuição de água do município, a partir de uma abordagem espaço-temporal, realizando um histórico sobre a evolução da captação e da demanda da água no município; investigando a infra-estrutura do sistema de captação e abastecimento de água do município e refletindo sobre alguns conflitos decorrentes da gestão da água em Sete Lagoas. Assim sendo, busca-se contribuir para a compreensão dos processos que caracterizam a insegurança hídrica da cidade.

255 Título: DIAGNÓSTICO CLIMÁTICO E ESTUDO DAS VARIAÇÕES TERMO-HIGROMÉTRICAS DO MUNICÍPIO DE SETE LAGOAS-MG

Autora: Márcia Silva LeãoOrientadora Profa. Dra. Magda Luzimar de AbreuData de Defesa: 17/12/2008Banca Examinadora: Profa. Dra. Magda Luzimar de Abreu (IGC/UFMG)

Profa Dra. Marly Nogueira (IGC/UFMG)Prof. Dr. Tarik Rezende de Azevedo (USP)

Resumo:Este trabalho apresenta o comportamento do campo térmico urbano de Sete Lagoas nos períodos de agosto e novembro de 2007, a partir de dados climáticos coletados na Estação Climatológica do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) e em experimentos de campo. A análise em questão envolveu a relação entre os elementos climáticos e a tipologia de uso e ocupação do solo. Baseando-se em um mapa de classes predominantes de uso e ocupação, foram selecionados dez pontos amostrais que representaram as diversidades de usos dentro da malha urbana. Nestes pontos, foram realizados três experimentos de campo,

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um em agosto e dois em novembro, meses sazonalmente contrastantes que serviram a uma melhor análise. Nos dois primeiros experimentos (agosto e novembro), as leituras foram realizadas durante um período de 12 horas, identificando-se a partir daí as flutuações horárias do campo térmico. Já o terceiro experimento, realizado em novembro, deu-se em um período de 24 horas, possibilitando a constatação da influência direta dos condicionantes urbanos no clima dos locais observados, uma vez que, as mais expressivas trocas térmicas entre a atmosfera e o meio ao seu entorno se dão durante a madrugada. A análise dos tipos de tempo observados diariamente nos experimentos foi realizada a partir de gráficos de análise rítmica, nos quais foram contemplados os dados de temperatura e umidade relativa do ar, direção e velocidade dos ventos e nebulosidade. Os fluxos de veículos e de pedestres, dados descritivos da natureza urbana, também foram avaliados. A dinâmica atmosférica inserida no contexto destes experimentos foi analisada a partir de cartas sinóticas da Marinha do Brasil e imagens de satélite GOES. Os dados coletados em campo, quando comparados àqueles da Estação Climatológica de Sete lagoas, referencial de área verde entre os pontos pesquisados, apresentaram diferenças significativas, constatando-se, portanto, a influência do uso urbano do solo no desempenho térmico e hígrico da atmosfera local.

256 Título: DESAFIOS, PARADOXOS E COMPLEXIDADE NA GESTÃO DO MOSAICO DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DA ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL CACHOEIRA DAS ANDORINHAS – OURO PRETO/MG

Autora: Raquel Faria ScalcoOrientador Prof. Dr. Bernardo Machado GontijoData de Defesa: 26/01/2009Banca Examinadora: Prof. Dr. Bernardo Machado Gontijo (IGC/UFMG)

Profa Dra. Heloisa Soares de Moura Costa (IGC/UFMG)Dra. Regina Maria de Fátima Camargos (IEF)

Área de Concentração: Análise AmbientalResumo: O objeto de estudo da presente pesquisa é o mosaico de unidades de conservação da Área de Proteção Ambiental Cachoeira das Andorinhas, localizado em de Ouro Preto (MG. Este mosaico inclui, além da APA, outras três categorias de manejo de áreas protegidas – a Floresta do Uaimii, o Parque Cachoeira das Andorinhas e a Fazenda da Brígida – e foi analisado, nesta pesquisa, como um sistema complexo e multidimensional. O principal objetivo deste trabalho foi entender as relações sociais de produção e utilização dos recursos naturais e as contradições que dizem respeito à sua conservação. Foi também objetivo deste trabalho pesquisas as implicações da criação e gestão do masaico no modo de vida das comunidades que moram no seu interior. Para tanto, a metodologia adotada foi pesquisa qualitativa, com coleta de dados primários e secundários, com a utilização de diferentes procedimentos metodológicos: pesquisa bibliográfica; pesquisa de gabinete; trabalhos de campo; leitura e análise de atas de fóruns de participação; entrevistas semi-estruturadas com agentes envolvidos na gestão do mosaico da APA; e observação possibilitada pela participação em eventos locais. Desta forma, foi possível identificar e analisar alguns paradoxos e contradições na gestão deste mosaico, de forma a ressaltar a complexidade implícita na gestão de unidades de conservação, principalmente no que se refere à relação entre necessidades de conservação dos recursos naturais e as demandas das comunidades locais. Destaca-se que a criação das unidades de conservação, bem como outras leis ambientais incidentes na área, são importantes para a conservação dos recursos naturais, porém, coíbem a realização de diversas atividades tradicionalmente desenvolvidas pela comunidade até então. Os paradoxos e as contradições próprios da gestão de realidades complexas

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foram identificados, analisados, agrupados em temas e descritos por meio do que se convencionou chamar de fenômenos retro-interacionais. Esses fenômenos são assim denominados por estarem intrinsecamente relacionados, em constante interação e retro-alimentação, não sendo possível o seu entendimento de forma fragmentada, isolada da realidade que o circunda. Desta forma, foi feita uma análise crítica e reflexiva sobre o mosaico da APA Cachoeira das Andorinhas, verificando a adequação de seus instrumentos de gestão e identificando as contradições e os paradoxos da gestão deste mosaico.

257 Título: ESTUDO DA REDE DE GERENCIAMENTO DE PEQUENOS VOLUMES DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL EM BELO HORIZONTE, MG: UMA ANÁLISE ESPACIAL COM O APOIO DO GEOPROCESSAMENTO

Autora: Carla Araújo SimõesOrientador Profa. Dra. Ana Clara Mourão MouraData de Defesa: 03/02/2009Banca Examinadora: Profa. Dra. Ana Clara Mourão Moura (IGC/UFMG)

Profa. Dra. Ilka Soares Cintra (IGC/UFMG)Profa Dra. Cristiane Valéria de Oliveira (IGC/UFMG)Prof. Dr. Jorge Xavier da Silva (UFRJ)

Área de Concentração: Análise AmbientalResumo:A tentativa de se obter crescimento econômico com sustentabilidade, como previsto nas agendas internacionais, tem sido a linha norteadora tanto das gestões públicas quanto do setor privado, especialmente nos países em desenvolvimento. Na cidade de Belo Horizonte, a política adotada, que orienta o manejo diferenciado do resíduo da construção civil, se instrumentalizou por meio de um programa que é, atualmente, referência nacional e se torna um bom exemplo para essa discussão. Neste sentido, a pesquisa busca compreender melhor o funcionamento de uma das vertentes do programa - a rede receptora de pequenos volumes composta pelas URPV - a partir da localização de suas unidades. O foco é diagnosticar a adequação da rede, frente aos seus principais usuários, os carroceiros e realizar estudos preditivos e propositivos para a contribuição ao seu melhor desempenho. Para apoiar o desenvolvimento deste trabalho foram aplicados modelos de análises espaciais para mapear áreas que apresentassem impedâncias no acesso dos carroceiros às unidades bem como suas áreas de cobertura de atendimento, simular áreas propensas à ocorrência de deposições irregulares e áreas potenciais para receberem novas instalações. A composição dos mapas se baseou na técnica de Análises de Multicritérios e contou com a colaboração de técnicos do setor e carroceiros, por meio de entrevistas de aplicação do método Delphi. Os resultados obtidos apontaram aspectos positivos e negativos sobre o funcionamento da rede em questão. Grande parte das URPV instaladas no município, além de ser acessível aos carroceiros, se localiza nas proximidades de áreas com significativa propensão aos concentrados de entulho clandestino, fato que tem ajudado a minimizar as práticas irregulares. Contudo, mesmo diante de tal adequabilidade, muitas destas estruturas se encontram na condição de sobrecarregadas e exercendo parcialmente as funções com que foram concebidas. A ausência de triagem do material recebido, por exemplo, resulta em baixos percentuais de entulho reciclado proveniente destas unidades. Neste sentido, acredita-se que a pesquisa poderá adicionar novos elementos e abordagens acerca das avaliações sobre o desempenho desta rede e, com isso, trazer contribuições para o seu funcionamento sistêmico e integrado.

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258 Título: CARACTERIZAÇÃO E ANÁLISE DA DINÂMICA DE MUDANÇAS DE OCUPAÇÃO DO MUNICÍPIO DE NOVA LIMA COMO APOIO A ESTUDOS PREDITIVOS DE TRANSFORMAÇÃO ESPACIAL

Autor: Vladimir Diniz Vieira RamosOrientador Profa. Dra. Ana Clara Mourão MouraData de Defesa: 04/02/2009Banca Examinadora: Profa. Dra. Ana Clara Mourão Moura (IGC/UFMG)

Profa Dra. Cristiane Valéria de Oliveira (IGC/UFMG)Dra. Karla Vasconcelos Borges (PRODABEL)

Área de Concentração: Análise AmbientalResumo:

259 Título: AVALIAÇÃO DE PROJETO DE RESTAURAÇÃO DE CURSO D’ÁGUA EM ÁREA URABNIZADA: ESTUDO DE CASO DO PROGRAMA DRENURBS EM BELO HORIZONTE

Autor: Diego Rodrigues MacedoOrientador Prof. Dr. Antônio Pereira Magalhães Júnior (IGC/UFMG)Data de Defesa: 13/03/2009Banca Examinadora: Prof. Dr. Antônio Pereira Magalhães Júnior (IGC/UFMG)

Profa. Dra. Heloisa Soares de Moura Costa (IGC/UFMG)Prof Dr. Nilo Nascimento (EE/UFMG)Prof. Dr. Pablo Moreno de Souza Paula (Fac. de Saúde Ibituruna)

Área de Concentração: Análise AmbientalResumo:Esta pesquisa se insere no âmbito do projeto SWITCH -Sustainable Water Management Improves Tomorrow’s Cities Health ou “Gestão sustentável das águas para o aprimoramento da qualidade de vida nas cidades do futuro”, que é liderado pelo lHE (Institute for Waterem Education) da UNESCO, sediado em Delft, Holanda e compõe-se de uma rede de 32 instituições de 15 países, da qual fazem parte a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) e a UniversidadeFederal de Minas Gerais (UFMG). Dentro das ações sob responsabilidade da PBH, destaca-se o programa Drenurbs. Este visa à recuperação e saneamento ambiental dos fundos de vale do município de Belo Horizonte. Este tipo de intervenção é recente no Brasil, mas não em países como EUA, Austrália, Inglaterra e Alemanha, nos quais a restauração de cursos d'água vem sendo executada desde a década de 1970. Segundo a literatura sobre esta temática, é de grande importância efetuar avaliações sobre estas intervenções, apesar destas não serem freqüentemente executadas. Neste contexto, o objetivo geral desta dissertação é avaliar, quantitativa e qualitativamente, os resultados da intervenção realizada pelo Drenurbs na bacia do córrego Baleares, na região norte do município de Belo Horizonte. As ferramentas de avaliação utilizadas foram escolhidas segundo a literatura sobre o assunto: (i) monitoramento da qualidade de água (parâmetros físicos, químicos e bacteriológicos); (ii) biomonitoramento de macro-invertebrados bentônicos; e (iii) survey com a população inserida na bacia hidrográfica estudada. Desde 2003, o projeto Manuelzão/UFMG, em parceria com o Laboratório de Ecologia de Bentos (ICB/UFMG) vem monitorando sistematicamente a qualidade hídrica e a comunidade bentônica no córrego Baleares, já que este integra a rede amostral da bacia do rio das Velhas. Desta maneira, foi possível avaliar as ferramentas (i) e (ii) em três momentos

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distintos: pré-restauração (setembro 2003-novembro 2006), durante a intervenção (fevereiro-novembro 2007) e pós-restauração (fevereiro-agosto 2008). O survey foi executado apenas em outubro de 2008, permitindo avaliar a percepção e participação popular sobre as intervenções implantadas. Os resultados do monitoramento de qualidade hídrica mostram uma significativa melhora em todos os parâmetros avaliados entre as fases pré e pós-restauração. Também se observou uma mudança nas fontes de poluição na bacia (de pontual para difusa), evidenciada pela inversão no padrão das concentrações sazonais da maioria dos parâmetros entre as fases pré e pós-restauração. Os resultados do biomonitoramento também indicam uma tendência de melhoria nos ambientes fluviais, pois houve uma alteração na distribuição dos organismos dentro da comunidade: na fase pré-restauração, nota-se um aumento relativo de Ceratopogonidae (Díptera) em relação às fases pretéritas. Apesar deste também ser um indicador de sistemas fluviais impactados, seu aumento relativo acompanha a melhora da qualidade hídrica comprovada pelo monitoramento. Deve-se destacar que dentre os organismos mais freqüentes, este é o menos tolerante a poluição orgânica. O survey mostrou que o intercambio entre os atores não é tão eficiente o quanto é sugerido pela PBH. Entretanto, os resultados da intervenção foram bem aceitos pela população, trazendo perspectivas em relação à implantação de projetos nestes moldes em outras bacias urbanas. Porém, é necessário investir em conscientização ambiental, pois a preferência pela avenida sanitária ainda é bastante manifestada pela população local. Estes resultados criaram cenários que futuramente poderão subsidiar novas avaliações da intervenção realizada pelo Drenurbs na bacia do córrego Baleares. Além de permitir a compreensão dos processos envolvendo práticas de restauração de cursos d’água, a avaliação deste tipo de intervenção tem grande importância no avanço de um campo de estudos ainda incipiente no Brasil e em países sul-americanos.

260 Título: PROGRAMA DRENURBS/NASCENTES E FUNDOS DE VALE. POTENCIALIDADES E DESAFIOS DA GESTÃO SÓCIO-AMBIENTAL DO TERRITÓRIO DE BELO HORIZONTE A PARTIR DE SUAS ÁGUAS

Autor: Isaac Henriques de MedeirosOrientador Prof. Dr. Antônio Pereira Magalhães Júnior (IGC/UFMG)Data de Defesa: 20/03/2009Banca Examinadora: Prof. Dr. Antônio Pereira Magalhães Júnior (IGC/UFMG)

Prof. Dr. Geraldo Magela Costa (IGC/UFMG)Prof Dr. Nilo de Oliveira Nascimento (EE/UFMG)

Área de Concentração: Análise AmbientalResumo:Passados 111 anos de sua fundação, percebem-se há algum tempo em Beio Horizonte os equívocos da opção pelo tratamento dos fundos de vale da cidade a partir das soluções de canalização associadas às avenidas sanitárias. Países desenvolvidos verificaram a relação custo-beneficio negativa da opção pela canalização e abandonaram esse tipo de solução por volta dos anos de 1970, em função de novos modelos de gestão de águas urbanas. Esses modelos buscam soluções de drenagem com enfoque ambiental procurando-se manter o curso d'água em leito natural, preservando, despoluindo, protegendo as áreas de inundação e os ecossistemas aquáticos. Experiências nesse sentido se multiplicam nos últimos dez anos no mundo inteiro e em diversas cidades brasileiras, incluindo Belo Horizonte, onde se materializam através dó Programa de Recuperação Ambiental dos Fundos de Vales e Córregos em Leito Natural do Município de Belo Horizonte – Drenurbs/Nascentes. A busca pela consolidação de uma

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nova concepção de intervenção para as águas circulantes no meio urbano através de princípios que venham a favorecer a adoção de alternativas capazes de preservar a condição natural dos leitos de escoamento dos cursos d'água é a grande meta deste Programa. Uma análise pertinente a ser feita em relação ao modo como a admistração municipal tem executado a gestão sócio-ambiental do território de Belo Horizonte surge então da avaliação do plano e da prática deste Programa no momento em que estão concluídas as suas três primeiras obras. Desta análise podem ser percebidas alguamas assimetrias entre planejamento e prática, uma série de sucessos em muitos resultados, bem como diversas limitações, desafios, conflitos e também possibilidades para o Drenurbs/Nascentes. Deste modo, este trabalho busca avaliar enquanto instrumento de operacionalização da legislação ambiental e introdutor de inovações no tratamento das questões sócio-ambientais do município de Belo Horizonte. O propósito de inserir os cursos d'água na paisagem conduz a um novo olhar para o urbano. Um olhar que deve incluir a gestão ambiental no planejamento e nas intervenções urbanas ao mesmo tempo em que consorcie saneamento ambienta! e inclusão social nas políticas públicas. Incorporação de fato da gestão ambiental no planejamento urbano e na gestão da cidade; inserção dos cursos d'água e dos fundos de vales na paisagem urbana e no cotidiano dos cidadãos e melhoria das condições de vida da população, este é o desafio apresentado à cidade de Belo Horizonte através do Programa Drenurbs/Nascentes.

261 Título: AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS DA PERDA DE SOLO SOB DIFERENTES CENÁRIOS DE USO E MANEJO DA TERRA: EFEITOS DA EXPANSÃO AGRÍCOLA NA CABECEIRA DO RIO XINGU, MT-BRASIL

Autor: Gustavo Grillo TeixeiraOrientador Prof. Dr. Britaldo Silveira Soares Filho (IGC/UFMG)Data de Defesa: 13/04/2009Banca Examinadora: Prof. Dr. Britaldo Silveira Soares Filho (IGC/UFMG)

Prof. Dr. Allaoua Saadi (IGC/UFMG)Prof. Dr. Helder Lages Jardim (IGC/UFMG)Prof Dr. João Vianei Soaers (INPE)

Área de Concentração: Análise AmbientalResumo:Neste trabalho buscou-se interpretar e simular a dinâmica de uso do solo na Bacia do Rio Suiá-Miçú (Mato Grosso), avaliando os impactos atuais e futuros de diferentes cenários de uso e manejo da terra. Taxas de perda de solo (OS) por erosão laminar foram calculadas através da USLE e tomadas como indicador. A razão entre a OS e tolerância à perda de solo (TPS) foi utilizada para avaliar a sustentabilidade das principais atividades agrícolas da região. Os resultados mostraram que em 2005 mais de 95% da bacia tinha PS inferiores a 10t/ha.ano. Projeções para 2030 estimam essa proporção em 92%. Os campos de lavoura são os maiores responsáveis pela produção de sedimentos, apresentando-se insustentáveis em muitas áreas. Três sistemas de manejo das lavouras temporárias foram avaliados. O manejo convencional (Cl) apresentou PS na ordem de 6,7 e 11 milhões de toneladas por ano, respectivamente para os anos de 2005 e 2030. Os dois manejos alternativos consideram um ciclo anual com safras de soja seguido de milho e plantio direto sobre palhada (C2 e C3). Em um deles, após a safrinha, há o plantio de pastagem para fortalecimento da cobertura do solo e integração com pecuária (C3). Em ambos cenários alternativos as PS foram próximas, estando na ordem de 3,1 e 4,5 milhões de toneladas para 2005 e 2030, respectivamente. As projeções mostraram que nas áreas de lavoura temporária com manejo Cl, cerca de 1.700km2 da bacia seriam insustentáveis (PS>TPS). Nos manejos C2 e C3 essa área foi

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reduzida em aproximadamente 60%. Apesar da pecuária apresentar maior sustentabilidade calculada, a supressão das matas ciliares e o manejo do gado, com bebedouros nos cursos d' água, representam um grande risco ao assoreamento do leito dos rios. Conclui-se que, embora as características da bacia lhe confiram baixo potencial natural de PS, muitas áreas estão sofrendo degradação do solo e gerando grande quantidade de sedimentos. Uma melhor sustentabilidade da bacia é viável e pode ser alcançada se os produtores forem incentivados e apoiados na implantação de melhores práticas de manejo e na redistribuição dos usos nas propriedades. O que nas lavouras temporárias poderia ser alcançada adotando-se o plantio direto e a integração lavoura-pecuária. Na pecuária ela pode ser alcançada por meio da recomposição das matas ciliares, correção do solo e implantação de bebedouros artificiais e instalação de cordões.

262 Título: RUPTURAS E PERMANÊNCIAS: UM ENSAIO SOBRE O GEOISTÓRIA DO VALE DO SÃO FRANCISCO

Autor: Ricardo Alexandre dos Santos AraújoOrientador Prof. Dr. Ralfo Edmundo da Silva Matos (IGC/UFMG)Data de Defesa: 07/05/2009Banca Examinadora: Prof. Dr. Ralfo Edmundo da Silva Matos (IGC/UFMG)

Prof. Dr. Cássio Eduardo Viana Hissa (IGC/UFMG)Profa. Dra. Marly Nogueira (IGC/UFMG)Prof Dr. Carlos Magno Guimarães (FAFICH/UFMG)

Área de Concentração: Organização do EspaçoResumo:A atual conjuntura que cerca a academia permite considerar que a ciência tradicional encontra-se em um momento de profunda reflexão sobre suas metodologias e práticas. A introdução de novas variáveis no processo de construção do conhecimento e a postura mais flexível proporcionada pela Pós-Modernidade sugerem que a ciência deva passar por transformações para se adaptar. Diante deste cenário, é razoável se questinar a rigidez da divisão disciplinar do conhecimento combinando posturas que incentivam ações para a transdisciplinalidade e favoreçam o compartilhar de experiência entre os saberes. Assim, na intenção de contribuir para o desenvolvimento de uma metodologia de pesquisa geoistórica, esta dissertação, utilizando-se do vale do São Francisco como objeto, propôs realizar um ensaio sober a ocupação da região, a fim de identificar e analisar as prinicipais permanências e rupturas relacionadas às transformações sócioespaciais objetos de estudo das tradicionais disciplinas História e Geografia.

263 Título: ANÁLISE DA COBERTURA PEDOLÓGICA EM UMA TOPOSSEQUÊNCIA NA BACIA DO CÓRREGO DOS PEREIRAS – DEPRESSÃO DE GOUVEIA/MG

Autor: Frederico Fernandes de ÁvilaOrientador Profa. Dra. Vilma Lucia Macagnan Carvalho (IGC/UFMG)Data de Defesa: 08/05/2009Banca Examinadora: Profa. Dra. Vilma Lúcia Macagnan Carvalho (IGC/UFMG)

Profa. Dra. Cristina Helena Ribeiro Rocha Augustin (IGC/UFMG)Profa. Dra. Cristiane Valéria de Oliveira (IGC/UFMG)Profa. Dra. Selma Simões de Castro (UFGO)

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Área de Concentração: Análise AmbientalResumo:Oconhecimento da organização e origem alóctone ou autóctone da cobertura pedológica, sobretudo em escala de vertente, fornece instrumentos para avaliar as formas pelas quais se dá a evolução do relevo e dos perfis de intemperismo. O estudo em topossequência da morfologia do solo fornece grandes subsídios a este conhecimento, auxiliando na compreensão do comportamento e funcionamento dos solos. Neste sentido, objetivo desta pesquisa é analisar a organização da cobertura pedológica em uma vertente do córrego dos Pereiras e verificar qual o papel e a importância dos processos geoquímicos e pedogenéticos na evolução geomorfológica da área da Depressão de Gouveia. Esta pesquisa é essencialmente empírica e foi desenvolvida em três etapas: gabinete; trabalho de campo; e laboratório. Na etapa de gabinete, compreendeu-se por fazer um levantamento teórico e cartográfico das características ambientais da área e fotointerpretação. Os trabalhos de campo seguiram a metodologia de Soulet (1988), baseada no levantamento de topossequêncía com a abertura de quatro perfis, fazendo a descrição morfológica e coleta de amostras deformadas e indeformadas. As atividades de laboratório compreenderam a realização de sete análises: granulometria; ataque sulfúrico; pH; química total; mineralogia; razão Zr/quartzo e Zrrri; e micrómorfologia. A vertente estudada possui aproximadamente 800 m de comprimento, é suavemente convexa e de inclinação crescente em direção à base. Tpdos os quatro perfis foram classificados como Latossolos e a principal característica identificada que os diferencia é a cor, no qual pôde encontrar Latossolos Vermelho, Afnarelo e Vermelho-Amarelo. As principais variações encontradas na cobertura pedológica da topossequência foram identificadas nos Iitopedodomínios. Todos os dados levam a interpretação de que a movimentação hídrica vertical na topossequência predoinina sobre a lateral, atestada pela grande profundidade do manto de intemperismo, demonstrando estar em alto estado de equilíbrio. Os dados demonstram também que o manto de intemperismo é originado de material in situ e o processo de evolução pedogeomorfológica da topossequência evoluiu a partir dos moldes oferecidos pela teoria da etchplanação. A superfície de intemperismo basal é atestada pela grande atividade dos processos subsuperficiais desagregando material para a ação da superfície exumada de lavagem, que rebaixa o relevo através dos processos mecânicos de escoamento pluvial, remobilizando material vertente abaixo. Características encontradas na topossequência levam a crer que a estrutura pedológica da região pode ainda estar se ajustando ao encaixamento da rede de drenagem do Ciclo Paraguaçu, pois a decaptação dos horizontes superiores da alta vertente e a presença de uma voçoroca, podem ser indícios de uma incipiente instabilidade, denotando o inicio de um front de podzolização.

264 Título: O EMBATE DAS FORÇAS RURAIS E URBANAS NA APROPRIAÇÃO DE UM TERRITÓRIO MULTIFUNCIONAL EM IGARAPE E MATEUS LEME-MG

Autora: Alessandra Ferraz Godoy da Silva Orientador Profa. Dra. Maria Aparecida dos Santos Tubaldini (IGC/UFMG)Data de Defesa: 28/05/2009Banca Examinadora: Profa. Dra. Maria Aparecida dos Santos Tubaldini (IGC/UFMG)

Profa Dra. Doralice Barros Pereira (IGC/UFMG)Prof. Dr. José Antônio Souza de Deus (IGC/UFMG)Profa. Dra. Ana Maria Bicalho (UFRJ)

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Área de Concentração: Organização do EspaçoResumo:Esta dissertação trata da apropriação de um território multifuncional, definido a partir de duas sub-bacias do Ribeirão Serra Azul, situadas no limite entre os municípios de Igarapé e Mateus Leme, em Minas Gerais. Esse conjunto está inserido na Área de Proteção Ambiental da represa Serra Azul, responsável pelo abastecimento de água da Região Metropolitana de Belo Horizonte. As características sócioespaciais das sub-bacias propiciaram o surgimento de diversas atividades agrícolas e não-agrícolas. Dentre as quais se destacam a agricultura metropolitana, as residências de fim-de-semana e os loteamentos populares. O trabalho está organizado em quatro eixos principais, a saber: O primeiro aborda a produção do território de Igarapé a partir do processo de urbanização da metrópole, os múltiplos usos do solo são destacados a fim de tratar dos dilemas vivenciados em relação à escassez de água, que tem sido agravada pelo aumento do adensamento populacional; O segundo discute as contradições das propostas do plano diretor na definição do uso das zonas consideradas urbanas, mas que correspondem a usos rurais e quais as implicações desse ordenamento para manutenção da agricultura metropolitana; O terceiro mostra a traj etória de vida dos atores sociais desse território a fim de compreender como sua cultura e trabalho tem contribuído para manutenção da atividade rural; Por último, o quarto dedica-se as considerações finais, no sentido de repensar e requalificar a agricultura familiar frente aos desafios do século XXI. A escolha desse tema contribui para os debates da geografia que tratam da polêmica de que os espaços rurais podem desaparecer por causa do crescimento urbano da região metropolitana, se não encontrar alternativa(s) que possa(m) na prática com (viver) com racionalidade, na presença da ganância financeira, a fim que o espaço rural não seja extinto doravante.

265 Título: MODIFICAÇÕES DAS CARACTERÍSTICAS FÍSICAS E QUÍMICAS DO SOLO SOB DIFERENTES USOS E MANEJOS – EMBRAA – SETE LAGOAS/MG

Autora: Renata Silvano Soares da Cunha Orientador Profa. Dra. Cristiane Valéria de Oliveira (IGC/UFMG)Data de Defesa: 29/05/2009Banca Examinadora: Profa. Dra. Cristiane Valéria de Oliveira (IGC/UFMG)

Dr. Ramon Costa Alvarenga (EMBRAPA)Profa Dra. Vilma Lúcia Macagnan Carvalho (IGC/UFMG)Profa. Dra. Maria Giovana Parizzi (UFRJ)

Área de Concentração: Análise AmbientalResumo:A vegetação natural notadamente o Cerrado, vem sendo substituída por culturas agrícolas e espécies florestais de rápido crescimento. À medida que grandes áreas vão sendo incorporadas ao processo produtivo, as condições naturais vão sendo alteradas, podendo resultar na degradação e perda das propriedades físicas do solo. Objetivando relacionar os diferentes sistemas de uso e manejo de um Latossolo Vermelho típico muito argiloso, com possíveis alterações de suas características físicas e químicas, delimitou-se quatro categorias de uso do solo: cerrado nativo (CN), floresta de pinus (FP), sistema de plantio direto (PD) e sistema convencional (PC) de preparo com arado de discos e duas gradagens. As áreas estão localizadas no campo experimental da

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Embrapa Milho e Sorgo no município de Sete Lagoas - MG, com latitude 19"28'S, longitude 44°15'W. Realizou-se a caracterização morfológica do perfil tanto para os horizontes A e B do solo, quanto para as camadas na profundidade: 0,0-l0cm, l0-20cm, 20-30cm, 30-40cm, 40-60cm. Procedeu-se a coleta de 3 a 6 amostras para a mesma parcela de tratamento do solo, para os horizontes e camadas, com o intuito de analisar o teor de carbono orgânico (CO), granulometria, ârgila dispersa em água (ADA), densidade do solo (Ds), macro e microporosidade, porosidade total (Pr) e estabilidade de agregados em água (EA). Os resultados demonstraram que o teor de CO no CN é maior que nas demais categorias de uso do solo. Apesar da diferença de CO entre a FP, PD e PC não ser significativa, o PC apresentou o menor teor seguidos do PC e FP. No que se refere a ADA os resultados apresentaram que as médias são diferentes, exceto nos usos de FP e PD, sendo CN o que possui a média mais baixa e o PD a maior média de ADA. De acordo com os resultados de PT o CN e o FP apresentam média significativamente diferentes uma da outra. Já os . resultados de PT do PD e do PC, mostraram tendências de serem semelhantes. Para EA, os resultados revelam que o PD apresentou as maiores perdas seguido do PC, quando comparado ao CN, sendo que na FP, registrou-se melhores valores de EA que o CN. Todas as propriedades do solo apresentaram perda de suas propriedades físicas e químicas em relação à área testemunha "Cerrado Nativo", independente do uso e manejo em que o solo estava submetido.

266 Título: ANTICICLONES E UMIDADE RELATIVA DO AR: UM ESTUDO SOBRE O CLIMA DE BELO HORIZONTE

Autor: Rafael Rodrigues da FrancaOrientador Profa. Dra. Magda Luzimar de Abreu (IGC/UFMG)Data de Defesa: 05/06/2009Banca Examinadora: Profa. Dra. Magda Luzimar de Abreu (IGC/UFMG)

Prof. Dr. Ricardo Alexandrino Garcia (IGC/UFMG)Dr. Fulvio Cupolilo (INMET)

Área de Concentração: Análise AmbientalResumo:Este trabalho apresenta um estudo climatológico sobre o comportamento da umidade relativa do ar, pressão atmosférica, precipitação e temperatura em Belo Horizonte, para o período 1986-2005. Foram calculadas médias c1imatológicas, anuais, sazonais e mensais e aplicados testes de correlação para identificar relações entre as variáveis. Análises de variabilidade interanual, acompanhadas por testes de regressão linear, indicaram tendências no comportamento das variáveis ao longo do período. Os valores de pressão permitem observar a atuação de 'anticiclones (sistemas de alta pressão atmosférica) sobre a região. Em geral esses sistemas se caracterizam por apresentar forte subsidência atmosférica, condição pouco favorável a ocorrência de chuva e que reduz a umidade relativa do ar. A cidade de Belo Horizonte, a exemplo de quase toda a faixa oriental do país, está sujeita aos efeitos da atuação do Anticiclone ou Alta Subtropical do Atlântico Sul - ASAS. Esse sistema sem i-permanente tem seu centro localizado sobre o oceano entre a América do Sul e o continente africano e atua com mais intensidade e persistência sobre o Brasil durante o inverno/estação seca. Além do ASAS, o Centro-Sul brasileiro é periodicamente invadido por·· Anticiclones Polares Migratórios (APM). Esses últimos geralmente determinam queda de temperatura e umidade por onde passam, exceto quando apresentam trajetória

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oceânica e mantêm a umidade em patamares normais. O trabalho documenta, por meio de Análises Rítmicas (MONTEIRO, 1969, 1971), a atuação dos dois sistemas em Belo Horizonte em eventos recentes. Por fim, determinouse a duração c1imatológica (em dias) da maior estiagem do ano, seu comportamento i nteranua I e sua relação com as demais variáveis estudadas. Os resultados mostram que em Belo Horizonte há uma forte correlação inversa (r=-0,6) entre umidade relativa e pressão e que, no período analisado, enquanto a primeira reduziu a segunda aumentou. Essas tendências foram ainda mais nítidas considerando apenas Q inverno. A duração da maior estiagem anual, por sua vez, mostrou forte correlação direta com a pressão no inverno (r=+O,4) e inversa com a precipitação (r=-O,6) e a umidade (r=-0,6) nessa estação. Os dados aqui utilizados provêm da estação convencional e uma automática do 5° Distrito de Meteorologia do Instituto Nacional de Meteorologia.

267 Título: O MINISTÉRIO PÚBLICO COMO AGENTE DA PRODUÇÃO DO ESPAÇO URBANO

Autora Maria Luisa Alves de ÁvilaOrientador Prof. Dr. Geraldo Magela Costa (IGC/UFMG)Data de Defesa: 19/06/2009Banca Examinadora: Prof. Dr. Geraldo Magela Costa (IGC/UFMG)

Profa. Dra. Heloisa Soares de Moura Costa (IGC/UFMG)Profa. Dra. Jupira Gomes de Mendonça (EA/UFMG)Profa.Dra. Marinella Machado Simões (PUC-MG)

Área de Concentração: Organização do EspaçoResumo:Tomando como objeto de estudo o Ministério Público de Minas Gerais, representativo da singularidade do MP brasileiro com relação a outros países - sobretudo devido às suas atribuições de defesa dos interesses sociais coletivos e difusos - procura-se mostrar como este órgão se insere enquanto um agente em potencial na produção do espaço urbano, refletindo sobre seu papel juridico e político transformador da realidade social. Procura-se entender, inicialmente, o Ministério Público como parte do aparelho do Estado _ apesar de sua forte relação com a sociedade _ e entender o próprio Estado como agente urbano. Analisa-se então o histórico da atuação do órgão nas áreas ambiental e urbana, considerando-se a mudança do perfil da instituição pós Constituição Federal de 1988, quando, deixando em tese de ser órgão de repressão, se deslocou do Estado para a sociedade civil, passando a ser um intermediador dos conflitos sociais e buscando a pacificação e a transformação da sociedade. Discutem-se então suas novas possibilidades de atuação, tanto judicial como extrajudicialmente, na defesa da ordem urbanística, pautada nos princípios democratizantes propostos na Constituição de 1988 e no Estatuto da Cidade _ a função social da propriedade e a gestão democrática da cidade. Procura-se mostrar o potencial do Ministério Público no combate às manipulações e pressões do capital na gestão municipal, ou seja, no combate aos processos que acarretam ou contribuem para as situações de exclusão sócio-espacial e de passivos ambientais e urbanos. Em suma, sugere-se que o órgão teria competência para atuar, sem perder sua dimensão democratizante, nas situações de descumprimento, desvirtuamento ou injustiça social relacionadas à legislação, assegurando os direitos difusos ameaçados pelo capitalismo. A análise tem como pano de fundo a realidade urbana brasileira, caracterizada

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pela dicotomia ilegalidade/formalidade, em que ocupações irregulares são formas alternativas de acesso à habitação. A apropriação de áreas inadequadas desprezadas pelo mercado imobiliário como espaços de habitação, de sociabilidade, de lazer, com os conseqüentes impactos ao meio ambiente e à qualidade de vida, geram o eterno conflito analisado no trabalho, para o qual não há solução pronta: entre o direito à moradia e o direito ao meio ambiente equilibrado, dois direitos fundamentais assegurados pela Constituição Através da discussão de situações paradigmáticas levantadas pelo MPMG e de entrevistas com promotores e procuradores de justiça, que suprem a falta de dados registrados, questiona-se a tendência de prevalência dos princípios da legislação ambiental em detrimento da questão social de deficiência de moradia. Analisa-se então o papel do órgão na busca de soluções para esse e outros conflitos, por meio da compatibilização de direitos e interesses. Discutem-se os limites enfrentados, os reais alcances e as novas tendências de atuação do órgão. Procura-se colocar o debate de como o Ministério Público, através de uma atuação preventiva, dentro da filosofia de Ministério Público resolutivo, pode contribuir, como agente político, em conjunto com os diversos agentes envolvidos na produção do espaço (movimentos sociais urbanos, associações comunitárias, ONGs, administração pública, agências estatais, setores do capital imobiliário e produtivo) para que se recupere não só o meio ambiente, mas as possibilidades da política e do amplo acesso à cidade, intervindo para a diminuição do quadro de segregação sócio-espacial e a transformação da sociedade. Essas seriam, portanto, possibilidades ainda pouco exploradas pelo Ministério Público.

268 Título: HÁ TERRAS PARA PLANTAR NESTE VERÃO? O ASSENTAMENTO TAPERA E A REPRODUÇÃO DO ESPAÇO (E DA VIDA) NA LUTA PELA TERRA

Autora: Maria das Graças Martins BibianoOrientadora Profa. Dra. Maria Aparecida dos Santos Tubaldini (IGC/UFMG)Data de Defesa: 03/07/2009Banca Examinadora: Profa. Dra. Maria Aparecida dos Santos Tubaldini (IGC/UFMG)

Prof. Dr. José Antônio Souza de Deus (IGC/UFMG)Prof. Dr. Heber Eustáquio de Paula (UFOP)Prof.Dr. Bernardo Mançano Fernandes (UNESP)

Área de Concentração: Organização do EspaçoResumo:A questão agrária no Brasil, a luta pela terra, a produção, a identidade e a cultura camponesas, como estratégias de enfrentamento à moderna racionalidade de produção capitalista do espaço, se traduzem no tema central dessa pesquisa. Este estudo procura refletir sobre os processos nos quais foi criado o Assentamento Tapera: sobre a espacialização do capital no território norte mineiro e as consequentes resistências a uma nova racionalidade de produção do espaço. Tendo como centro a discussão sobre as estratégias construídas de maneira mais geral na luta pela terra e, mais especificamente, na luta pela terra na antiga Fazenda Tapera, que veio dar origem ao Assentamento, procuramos contextualizar sua criação e desenvolvimento no contexto de uma luta que é mais geral e mais ampla. As investigações foram norteadas pelas produções teóricas assentadas no

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materialismo dialético, sobre a produção do espaço, questão agrária, luta pela terra, identidade e cultura camponesa, tendo como apoio o conceito de território. As técnicas de pesquisa pautaram-se especialmente nas entrevistas e conversas com os camponeses do Assentamento Tapera e ainda, posseiros (remanescentes da antiga fazenda), também com técnico do CANNM, além de pesquisa documental do INCRA, registro em fotos contemporâneas e antigas. As pesquisas de campo para a produção desse estudo foram realizadas entre 2007 e 2009, período em que se buscou observar as estratégias de produção material e imaterial daqueles camponeses, suas novas lutas e suas estratégias de enfrentamento político. A partir da reflexão proporcionada pela investigação teórica e empírica, na busca pela compreensão da luta pela terra, também encontramos o sujeito camponês e seu modo vida. E, ainda, como este modo de vida, sustentado no saber do camponês se constitui, mais que elemento de resistência, como condição de reexistência diante do embate de forças desiguais entre o grande capital que se espacializalterritorializa no Norte de Minas e os camponeses que lutam pelo direito de re-existir e que, a partir da resistência e pela luta também se territorializam.

269 Título: GESTÃO DE ÁGUAS URBANAS: PERCEPÇÃO AMBIENTAL E PRÁTICAS DEMOCRÁTICAS NA CIDADE

Autora: Mariana Gomes WelterOrientadora Profa. Dra. Heloisa Soares de Moura Costa (IGC/UFMG)Data de Defesa: 10/07/2009Banca Examinadora: Profa. Dra. Heloisa Soares de Moura Costa (IGC/UFMG)

Profa. Dra. Marly Nogueira (IGC/UFMG)Prof. Dr. Léo Heller (EE/UFMG)Profa. Dra. Miracy Barbosa de Souza Gustin (Fac.Direito/UFMG)

Área de Concentração: Organização do EspaçoResumo:A presente dissertação tem o objetivo de abordar a estão das águas urbanas, compreendida como um conjunto de práticas adotadas em nível local, para o tratamento das águas utilizadas pelos habitantes das cidades. Para isso, partimos de uma observação dos avanços trazidos pela Constituição de 88 no que concerne ao alargamento da proteção dos bens ambientais, inclusive nas áreas urbanas, e no que concerne ao alargamento das possibilidades de participação política da população na definição de políticas públicas de cunho urbano e ambiental.A análise das águas, no interior das cidades, pode significar uma forma peculiar de compreensão da realidade dos bens ambientais absorvidos pelo desenvolvimento urbano, sendo possível inclusive questionar se um olhar mais atento para as águas urbanas pode conduzir a uma nova forma de gestão urbano-ambiental nas cidades. A abordagem das águas esbarra em outros aspectos ambientais urbanos, como a preservação de áreas de preservação permanente (APPs), o crescimento desordenado das cidades sobre áreas de proteção ambiental, questões sanitárias e de drenagem. Esses aspectos também serão trabalhados, com maior ênfase para o saneamento ambiental, por se tratar de um aspecto que afeta sobremaneira a saúde e a qualidade de vida das pessoas que vivem nas cidades. Nesse sentido será feito

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um resgate histórico da evolução das políticas de saneamento ambiental no Brasil e especificamente no município de Belo Horizonte. Para ilustrar a temática proposta utilizamos como exemplo um programa empreendido pela Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, para a Recuperação Ambiental e Saneamento dos Fundos de Vale e dos Córregos em Leito Natural (Drenurbs/Nascentes), bem como a intervenção realizada no Córrego 1º de Maio. Será analisada a concepção do programa, os setores envolvidos, seu estudo de impacto ambiental e processo de licenciamento. Além disso, cuidou-se de observar como a população atingida por uma das intervenções do programa foi trazida a participar de alguns processos. Considerando a importância das águas para o planejamento das cidades, a dissertação é finalizada com a sugestão de que alguns conselhos municipais em Belo Horizonte podem representar esferas públicas nas quais pode ser concretizada a governança das águas urbanas, levando à formulação de políticas públicas que possam refletir os anseios da população que vivencia os problemas relacionados com as águas nas cidades.

270 Título: EVENTOS DEPOSICIONAIS CENOZÓICOS NO MÉDIO VALE DO RIO DAS VELHAS: PALEONÍVEIS DEPOSICIONAIS E DINÂMICA FLUVIAL

Autor: Robson Clayton PintoOrientador Prof. Dr. Antônio Pereira Magalhães Júnior (IGC/UFMG)Data de Defesa: 13/07/2009Banca Examinadora: Prof. Dr. Antônio Pereira Magalhães Júnior (IGC/UFMG)

Prof. Dr. André Augusto Rodrigues Salgado (IGC/UFMG)Prof. Dr. Paulo de Tarso Amorim Castro (UFOP)

Área de Concentração: Análise AmbientalResumo:A Bacia Hidrográfica do Médio Vale do Rio das Velhas está situada no centro do Estado de Minas Gerais, compreendendo parte dos domínios geológicos do Embasamento Cristalino na Depressão de Belo Horizonte e da Borda Sul da Bacia Sedimentar do Bambuí. O Rio das Velhas é um dos principais tributários do Rio São Francisco. Apesar da proximidade de Belo Horizonte ainda não foi realizado estudos específicos de geomorfologia fluvial no trecho estudado da bacia motivando a proposição do seguinte objetivo geral: mapear, descrever e analisar os níveis e seqüências deposicionais fluviais ao longo de um trecho do médio vale do Rio das velhas, do vale do Ribeirão da Mata e do vale do Ribeirão Jequitibá. A área de estudo está situada a jusante dos trechos estudados por outros autores que abordaram os aspectos referentes à dinâmica fluvial do médio-alto Rio das Velhas e a geomorfologia fluvial e a dinâmica atual no alto Rio das velhas. A metodologia baseou-se em análises aerofotogramétricas e trabalhos de campo, quando foram levantados a partir de critérios visuais, aspectos sedimentológicos e estratigráfico, dos pacotes deposicionais. Considerando-se os depósitos superficiais como os registros paleoambientais mais eficientes, estes constituíram a base para reconstituição da dinâmica fluvial Cenozóica ao longo dos vales estudados, através da análise estratigráfica dos níveis deposicionais levantados. A adoção destes procedimentos permitiu compartimentar e espacializar os ambientes fluviais, resultando em uma síntese da geomorfologia fluvial da área em estudo. Foram identificados, mapeados e descritos quatro níveis deposicionais aluviais ao longo dos vales estudados, sendo um Nível de Várzea e três níveis de

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terraços (Terraço Superior, Terraço Intermediário e Terraço Inferior). A interpretação das litofácies dos perfis-síntese dos níveis de tenaços utilizou como base para a sua realização a proposta de Análise Arquitetural. Os níveis indicam a ocorrência de alterações, ao longo do tempo, no padrão de drenagem e de regime hidrológico da área, possivelmente associadas ao condicionamento tectânico. Merecem destaque os terraços sob forma de grandes feições sedimentares acanaladas (Terraço Superior) atualmente na posição de topos de colinas suavizadas. Os espessos pacotes heterogêneos de material fino indicam fases de acentuado entulhamento na evolução da rede de drenagem. Para os vales estudados, os níveis de Terraço Intermediário e Terraço Inferior, apresentam-se escalonados. O escalonamento dos níveis de tenaços demonstra a permanente ocorrência de um soerguimento crustal de alcance regional (soerguimento do Escudo Brasileiro), enquanto que a variação no Terraço Inferior associada a anomalias no perfil longitudinal do depósito é resultante da diferença das taxas de encaixamento do canal, devido ao comportamento diferencial de blocos ao longo do vale que levaram ao abandono do antigo leito fluvial pelo Rio das Velhas. As mudanças ocorridas no padrão fluvial implicam em alterações significativas do gradiente de energia, velocidade, competência e capacidade de transporte da carga sedimentar relacionada a cada nível deposicional investigado.

271 Título: PATRIMÔNIO NATURAL DA SERRA DO GANDARELA E SEU ENTORNO: ANÁLISE AMBIENTAL COMO SUBSÍDIO PARA A CRIAÇÃO DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO NO QUADRILÁTERO FERRÍFERO – MINAS GERAIS

Autor: Wanderson Lopes LamounierOrientador Profa. Dra. Vilma Lucia Macagnan Carvalho (IGC/UFMG)Data de Defesa: 13/07/2009Banca Examinadora: Profa Dra. Vilma Lúcia Macagnan Carvalho (IGC/UFMG)

Prof. Dr. André Augusto Rodrigues Salgado (IGC/UFMG)Prof. Dr. Bernardo Machado Gontijo (IGC/UFMG)Dra. Gisela Hermann (Valor Natural)

Área de Concentração: Análise AmbientalResumo:O Quadrilátero Ferrífero, localizado na porção central de Minas Gerais, sempre foi visto como uma região a ser explorada economicamente, sobretudo pela extração de diversos tipos de minerais, principalmente o minério de ferro. Todavia, estudos mais recentes têm apontado o Quadrilátero como uma região diferenciada do ponto de vista biológico, além da beleza da paisagem proporcionada pelo relevo. Em termos de conservação, a Serra do Gandarela, área de pesquisa desse trabalho, tem grande destaque regionalmente. Assim, a presente pesquisa tem como principal objetivo fazer uma análise ambiental da Serra do Gandarela e seu entorno, evidenciando suas características naturais e auxiliando na identificação de áreas prioritárias para conservação no interior do Quadrilátero Ferrífero. Para atingir esse objetivo foi feito um levantamento da atual cobertura de áreas protegidas na região; uma caracterização do ambiente físico e biótico da área de pesquisa, com descrição dos principais atrativos turísticos da área, além de uma avaliação da visão sobre as questões ambientais da população diretamente ligada a Serra do Gandarela. Os resultados obtidos apontaram para a necessidade da criação de novas Unidades de Conservação de proteção integral no interior do

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Quadrilátero Ferrífero, tanto pela pouca presença e cobertura de área dessas categorias, como pela ausência de resultados positivos na preservação ambiental, esperados a partir da criação da APA Sul. Já o diagnóstico ambiental realizado na Serra do Gandarela e seu entorno, demonstrou, além de uma área ainda muito conservada, um ambiente com ecossistemas altamente diversificados, com existência de um forte entrelaçamento entre as variáveis físicas e biológicas. Foi identificado, também, que a área possui um grande potencial para o desenvolvimento do turismo, pois agrupa em seu interior, além da paisagem diferenciada, uma gama de cachoeiras de águas claras, água essa considerada de alta qualidade conforme os resultados fisico-químicos obtidos. Por fim, os resultados das entrevistas realizadas com os moradores da área demonstraram a preocupação dessas pessoas com o futuro da Serra, em especial com os recursos hídricos. Assim, diante dos resultados obtidos nesta pesquisa, foi possível identificar que a Serra do Gandarela e seu entorno trata-se de uma área prioritária para a conservação no interior do Quadrilátero Ferrífero. Além disso, os resultados demonstraram que a área de estudo ocupa uma posição estratégica no interior do Quadrilátero, com fundamental importância na sustentação da biodiversidade regional. E, para que ocorra um sucesso na sua conservação, os resultados apontaram para a necessidade de criação de três categorias de unidades de conservação na área: um Parque, uma Reserva de Desenvolvimento Sustentável e uma Área de Relevante Interesse Ecológico.

272 Título: DIFERENÇA E CONFLITO: UMA PERSPECTIVA TEÓRICA PARA ANÁLISE DO FENÔMENO DO TURISMO A PARTIR DAS TRANSFORMAÇÕES DO/NO MODO DE VIDA DOS LAPINHENSES

Autora: Cristiana Gomes Ferreira LopesOrientador Prof. Dr. Bernardo Machado Gontijo (IGC/UFMG)Data de Defesa: 05/08/2009Banca Examinadora: Prof Dr. Bernardo Machado Gontijo (IGC/UFMG)

Profa. Dra. Doralice Barros Pereira (IGC/UFMG)Prof. Dr. Sérgio Manuel Merêncio Martins(IGC/UFMG)Prof. Dr. Helton Ricardo Ouriques (UFSC)

Área de Concentração: Análise AmbientalResumo:

273 Título: CARACTERIZAÇÃO AMBIENTAL DAS VEREDAS A PARTIR DO USO DA MINERAÇÃO DE DADOS

Autor: Marcos Elias SalaOrientador Profa. Dra. Cristiane Valéria de Oliveira (IGC/UFMG)Data de Defesa: 24/08/2009Banca Examinadora: Profa Dra. Cristiane Valéria de Oliveira (IGC/UFMG)

Prof. Dr. Roberto Célio Valaldão (IGC/UFMG)Profa. Dra. Ana Clara Mourão Moura (IGC/UFMG)Dra. Karla Albuquerque de Vasconcelos Borges (PRODABEL)

Área de Concentração: Análise AmbientalResumo:As veredas são um importante subsistema do Cerrado, presente em boa parte do Brasil Central. Sua gênese e desenvolvimento estão associados a certas condições de umidade

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que as tornam especiais, especialmente por evidenciar condições hidrológicas únicas. No entanto, a falta de conhecimento sobre este ambiente tem contribuído enormemente para sua destruição sistemática, o que prejudica, dentre vários aspectos, as dinâmicas hidrológicas locais. Torna-se necessário, portanto, conhecer cada vez mais e melhor este ambiente, para que medidas ambientais mais eficazes possam ser tomadas. E a técnica de Mineração de Dados, que é um procedimento relativamente novo em estudos geográficos, busca proporcionar o conhecimento do ambiente que se está estudando, para viabilizar estes e outros objetivos. Esta técnica foi aplicada neste trabalho, e foi comparada com resultados de uma abordagem tradicional e com a avaliação de um especialista em veredas, com o objetivo de avaliar sua eficácia. Os resultados apresentaram-se satisfatórios, pois as veredas estudadas puderam ser identificadas, outras veredas que não compuseram o estudo também foram identificadas, e ainda, alguns indicadores físicos, como zonas de descarga e recarga, que são importantes condicionantes para o surgimento e desenvolvimento das veredas.

274 Título: O ESPAÇO DA POLÍTICA E AS POLÍTICAS DO ESPAÇO: TENSÕES ENTRE O PROGRAMA DE URBANIZAÇÃO DE FAVELAS “VILA VIVA” E AS PRÁTICAS COTIDIANAS NO AGLOMERADO DA SERRA EM BELO HORIZONTE

Autora: Izabel Dias de Oliveira MeloOrientador Prof. Dr. Geraldo Magela Costa (IGC/UFMG)Data de Defesa: 28/08/2009Banca Examinadora: Prof Dr. Geraldo Magela Costa (IGC/UFMG)

Prof. Dr. Cássio Eduardo Viana Hissa (IGC/UFMG)Profa. Dra. Maria de Lourdes Dolabela Luciano Pereira (FAFICH/UFMG)Profa. Dra. Paola Berenstein Jacques (UFBA)

Área de Concentração: Organização do EspaçoResumo:A Pesquisa tem como foco principal a discusssão sobre as intervenções urbanas das politicas públicas e sua relação com o cotidiano das pessoas. Como são consideradas as ações cotidianas nestas intervenções e como as práticas cotidianas a recontroem? Como o direito à cidade, o direito à prática da cidade, estão considerados nestas propostas?A questão central foi pensar as práticas cotidianas, ou mais ainda, a vivência do espaço, como :possibilidade de emancipação e participação na construção de nossas cidades, entendendo a politica não apenas como um percurso para construção de consensos, mas como a renovada experiência de confrontação de desentendimentos (Ranciere: 1996): Extrapolando a proposta de institucionalização de espaços participativos na estrutura ,do Estado, na tentativa de possibilitar maior interlocução com a sociedade civil (o espaço da política), a percepção da prática cotidiana como uma ação política transfonnadora nos pennite extrapolar a esfera do discurso e da argumentação oral, que é a base destes espaços participativos, para trabalhar com a experiência estética múltipla de vivência dos espaços como uma forma de ação política (as políticas do espaço). O espaço entendido como sendo socialmlmte produzido na tensão entre as representações do espaço (concebido), a prática espacial (percebido) e o espaço de representação (vivido), como proposto na totalidade do espaço de Lefebvre (1993), nos permite extrapolar a determinação a priori por uma concepção atrelada às exigências do modo de produção capitalista, ou do espaço concebido e idealizado (mesmo por vias participativas instituídas), para trabalhar com a subversão,

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apropriação e uso deste espaço pela prática cotidiana das pessoas, ampliando as possibilidades da política.A pesquisa foi desenvolvida através da avaliação do programa de urbanização de favelas em implantação em Belo Horizonte, o Prçgrama Vila Viva, a partir do qual discutimos como os estereótipos e representlções em relação às favelas estão sendo tratadas nestas proposições. Extrapolando os acordos e decisões firmados nos espaços de participação definidos na estrutura do Programa, com representantes das comunidades participando da aprovação e acompanhamento das intervenções (o espaço da po/ítca), enfocamos a prática cotidiana dos moradores expressas nas formas como constroem se apropriam dos espaços (as políticas do espaço). A partir do enfoque na forma das habitações; trabalhando coma comparação entre as plantas das casas da favela e as plantas dos novos conjuntos implementados pelo Programa, extrapolamos para o espaço urbano e para as intervenções urbanfsticas-ambientais, discutindo como se relacionam com o cotidiano e a prática dos moradores e como, por isso, contribuem (ou não) para a reversão da situação de exclusão destas pessoas.

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