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Protocolo de APH do Socorrista 2010

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Page 1: Protocolo APH

2010

Protocolo de APH do Socorrista

2010

Page 2: Protocolo APH

O presente documento foi elaborado por comissão instaurada pelo Chefe do Estado

Maior do CBMMG, composta pelos seguintes oficiais e praças:

Nr Nr BM Posto/Grad. Nome

1. 095.660-7 Maj BM Sebastião Carlos Fernandes Reis

Membros:

2. 095.579-9 Maj BM Donizetti Silva de Oliveira

3. 098.437-7 Cap BM Waldeci Gouveia Rodrigues

4. 127.624-5 Cap BM Kleber Silveira de Castro

5. 129.259-5 1º Ten BM Guilherme Inácio do Couto Oliveira

6. 133.356-6 2º Ten BM Herbert Aquino Marcelino

7. 133.349-1 2º Ten BM Bruno César Machado

8. 136.864-6 2º Ten BM Richelmy Murta Pinto

9. 135.975-1 2º Ten BM Leonard de Castro Farah

10. 106.8576 1º Sgt BM Emerson Borges

11. 115.974-8 2º Sgt BM Juliano de Figueiredo Alves

12. 113.242 2º Sgt BM Adair Honório da Silva

13. 104.392-6 3º Sgt BM Joanas Cardoso Neto

14. 120.365-2 3º Sgt BM Amilton Reis

Atuou, ainda, voluntariamente na comissão o 2º Ten BM Alexandre Cardoso Barbosa.

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Page 3: Protocolo APH

SUMÁRIO

MÓDULO 100 – AVALIAÇÃO 1P 101 Avaliação do Paciente ......................................................... 2

MÓDULO 200 – SUPORTE BÁSICO DE VIDA 12P 201 PCR Adulto ........................................................................... 13P 202 PCR Criança e Lactente ....................................................... 15P 203 OVACE Adulto e Criança ..................................................... 18P 204 OVACE Lactente e Neonatal ................................................ 19P 205 Parada Resp. Adulto Criança Lactente .............................. 20P 206 SBV Neonatal ........................................................................ 22P 207 DEA ........................................................................................ 24

MÓDULO 300 - EMERGÊNCIAS CLÍNICAS 27P 301 Emergências Cardiovasculares .......................................... 28P 302 AVC ........................................................................................ 31P 303 Emergências Respiratórias ................................................. 34P 304 Crise Convulsiva .......................................... ....................... 35P 305 Diabetes Mellitus e Hipoglicemia ........................................ 37P 306 Emergências Obstétricas .................................................... 40P 307 Abdome Agudo ..................................................................... 45P 308 Emerg. Psiquiátricas e Comportamentais ......................... 46P 309 Envenenamento e Intoxicação ............................................ 47P 310 Abuso de Álcool e Drogas ................................................... 49

MÓDULO 400 – TRAUMAS 52P 401 Traumatismo Crânio-Encefálico (TCE) ............................... 53P 402 Traumatismo Raquimedular (TRM) ..................................... 55P 403 Trauma Torácico .................................................................. 57P 404 Traumas Abdominais ........................................................... 59P 405 Trauma Pélvico e Genital ..................................................... 60P 406 Choque Elétrico .................................................................... 62P 407 Ferimentos Específicos ....................................................... 64P 408 Hemorragia ........................................................................... 67P 409 Lesões Músculo Esqueléticas ............................................ 70P 410 Lesões na Cabeça e Pescoço ............................................. 72P 411 Queimaduras ........................................................................ 75P 412 Violência Sexual ................................................................... 79

MÓDULO 500 – SUPORTE BÁSICO DE VIDA 80P 501 Afogamento .......................................................................... 81P 502 Acidentes de Mergulho ........................................................ 85P 503 Animais Peçonhentos .......................................................... 88P 504 Emergências Relacionadas ao Calor ................................. 90P 505 Hipotermia e Congelamento ................................................ 93

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Page 4: Protocolo APH

MÓDULO 600 – PROCEDIMENTOS GERAIS 96P 601 Isolamento de Fluidos Corporais ....................................... 97P 602 Triagem Pré-Hospitalar ........................................................ 99P 603 Oximetria de Pulso ............................................................... 101P 604 Administração de Oxigênio ................................................. 102P 605 Aspiração de Vias Aéreas ................................................... 106P 606 Pac. Pediátricos – Generalidades e Abuso ........................ 108P 607 Pac. Portador Deficiência Física e Mental ......................... 111P 608 Paciente Idoso – Generalidade e Abuso ............................ 113P 609 Operação de Veículos de APH ............................................ 115P 610 Extricação ............................................................................. 118P 611 Outro Profissional de Saúde na Cena ................................ 120P 612 Recusa de Atendimento ...................................................... 121P 613 Presunção de Óbito ............................................................. 123

APÊNDICE 124Apêndice 01 Aspectos Médicos, Legais e Éticos ......................... 125Apêndice 02 Sinais Vitais ............................................................... 127Apêndice 03 Estado de Choque ..................................................... 129Apêndice 04 Escala de APGAR ...................................................... 131Apêndice 05 Escala de Coma de Glasgow – Adulto .................... 132Apêndice 06 Escala de Coma de Glasgow – Pediátrica .............. 133Apêndice 07 Escala de Trauma Score ........................................... 134Apêndice 08 Mapa Carga Padrão de UR ....................................... 135Apêndice 09 Duração de Cilindro de O2 ....................................... 138

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Page 5: Protocolo APH

LISTA DE SIGLAS

AHA American Heart AssociationAVC Acidente Vascular CerebralBPM Batimentos Por MinutoBVM Bolsa Válvula MáscaraCOF Cânula OrofagíngeaCTB Código de Trânsito BrasileiroDCAP-QELS Deformidade – Crepritação – Abrasão – Punção / Penetração =

Queimadura – Edema – Laceração – SensibilidadeDEA Desfibrilador Externo AutomáticoDPOC Doença Pulmonar Obstrutiva CrônicaECA Estatuto da Criança E Do AdolescenteECG Escala de Coma de GlasgowEPI Equipamento de Proteção IndividualGu BM Guarnição Bombeiro MilitarHR Hospital de ReferênciaIFC - Isolamento De Fluidos CorporaisILCOR International Liaison Committee on ResuscitationLPM Litros Por minutoMDL Mecanismo da LesãoNDD Natureza da DoençaOPQRST Origem – Provocado por... – Qualidade – Radiação – Severidade -

TempoOVACE Obstrução de Vias Aéreas por Corpos EstranhosPAS Pressão Arterial SistólicaPCR Parada CardiorrespiratóriaPHTLS Prehospital Trauma Life SupportPR Parada RespiratóriaRAPH Relatório de Atendimento Pré-HospitalarRCP Ressucitação CardiopulmonarREDS Relatório de Evento de Defesa SocialRN Recém NascidoSAMPUM Sinais/Sintomas – Alergia – Medicações – Passado Médico –

Ultima Alimentação – Mecanismo da Lesão/Natureza da DoençaSAV Suporte Avançado de VidaSpO2 Saturação Parcial de OxigênioTCE Traumatismo Crânio-EnfefálicoTRM Traumatismo RaquimedularVPM Ventilações Por Minuto

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Page 6: Protocolo APH

MÓDULO 100- Avaliação do Paciente -

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Page 7: Protocolo APH

P 101 – AVALIAÇÃO DO PACIENTE

1. DIMENSIONAMENTO DA CENA

a. Providencie o Isolamento dos Fluídos Corporais – IFC por dispositivos de barreira (luvas, óculos, máscara e avental).

b. Mantenha o local seguro

i. Promova sua segurança pessoal e a da Gu BM;

ii. Proteja o paciente;

iii. Proteja as testemunhas e os demais profissionais presentes na cena;

iv. Se o local está comprovadamente inseguro, torne-o seguro. Se necessário acione outros órgãos para tanto. Do contrário, não entre na cena.

c. Descubra a Natureza da Doença – NDD (Clínico) ou o Mecanismo da Lesão – MDL (Trauma)

i. Casos clínicos – Natureza da Doença - NDD

1. Verifique junto ao paciente, familiares ou testemunhas por que o CBMMG foi acionado - NDD.

2. Determine o número total de pacientes

(a) Solicite recursos adicionais, inclusive suporte avançado de vida, se necessário;

(b) Inicie a triagem, se for o caso.

3. Se recursos são disponíveis, proceda à avaliação inicial.

ii. Trauma - Mecanismo da Lesão - MDL

1. Obtenha informações do paciente, familiares ou testemunhas e inspecione na cena qual é o MDL;

2. Determine o número total de pacientes

(a) Solicite recursos adicionais, inclusive suporte avançado de vida, se necessário;

(b) Acione o plano de catástrofe, se houver necessidade;

(c) Inicie a triagem, se for o caso.

3. Proteja a coluna espinhal do paciente e proceda a avaliação inicial.

2. AVALIAÇÃO INICIAL

a. Forme uma impressão geral do paciente

i. Determine o MDL (Trauma) / NDD (Clínico);

ii. Determine a idade e sexo do paciente;

iii. Se o paciente está em alguma circunstância que ameaça a sua vida, trate-a imediatamente;

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Page 8: Protocolo APH

iv. Mantenha a imobilização da coluna, se necessário.

v. Determine a queixa principal;

vi. Identifique-se pelo nome, explique que você é um Bombeiro Militar e peça consentimento para ajudá-lo.

b. Avalie o nível de consciência – AVDN

i. Alerta

ii. Responde a estimulo Verbal

iii. Responde a estímulo Doloroso

iv. Não responde

c. Avalie as vias aéreas do paciente

i. Paciente responsivo – o paciente está conversando ou chorando?

1. Se sim, avalie se a respiração está adequada;

2. Se não, abra as vias aéreas.

ii. Paciente irresponsivo

1. Abra as vias aéreas.

(a) Pacientes clínicos: a manobra de inclinação da cabeça e elevação do queixo (head-tilt chin-lift).

(b) Pacientes de trauma ou natureza da lesão desconhecida: estabilize a coluna cervical e tracione a mandíbula (jaw thrust / chin lift).

2. Retire ponte fixa, prótese parcial removível e prótese total, se presentes;

3. Aspire as vias aéreas, se necessário;

4. Insira cânula orofaríngea (ECG ≤ 8, sem reflexo de vômito).

d. Avalie a respiração do paciente

i. Se respira, avalie, profundidade, freqüência, esforço e bilateralidade;

1. Se inadequada, auxilie a respiração;

ii. Se não respira, abra e permeabilize as vias aéreas e ventile.

Se o paciente está inconsciente, ou a respiração é inadequada ou ausente, auxilie a respiração utilizando adjuntos respiratórios (máscara facial, cânula orofaríngea e ressuscitador manual) e ofereça oxigênio a 15 lpm.

e. Avalie a circulação do paciente

i. Avalie o pulso carotídeo em adulto e criança, braquial em lactente e neonato.

ii. Avalie e controle hemorragia externa;

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Page 9: Protocolo APH

iii. Avalie a perfusão capilar: temperatura, enchimento capilar, umidade e cor da pele;

f. Identifique a prioridade do paciente

i. Trate e transporte imediatamente se (Load and Go), se:

1. Pobre impressão geral;

2. Não responde, não tosse, nem geme;

3. Responsivo, mas não obedece comando;

4. Respiração dificultosa;

5. Pneumotórax hipertensivo

6. Eviscerações

7. Trauma combinado com

antecedentes médicos relevantes

idade maior que 55 anos

hipotermia

queimaduras

gravidez

8. Estado de choque – hipoperfusão;

9. TCE com ECG < 10

10. Ejeção de veículo

11. Amputação acima do pulso ou tornozelo

12. Fratura de fêmur bi-lateral

13. Instabilidade pélvica

14. Hipotensão mantida PA <90 sistólica

15. Obstrução que não pode ser removida de forma mecânica

16. Parto complicado;

17. Dor torácica, com PA sistólica menor que 100 mm Hg;

18. Hemorragia descontrolada – exanguinante;

19. Dor severa em qualquer parte do corpo;

20. Incapacidade para mover qualquer parte do corpo.

21. Qualquer condição que impeça a vítima de respirar e o SAV não se faz presente.

Se paciente é de alta prioridade, transporte imediatamente. Aferição de sinais vitais, rápida avaliação física, exame físico detalhado, avaliação continuada e demais tratamentos podem ser completados a caminho do hospital de referência.

Intercepte com Suporte Avançado de Vida, se disponível, a caminho do hospital.

g. Execute Histórico e Exame Físico (paciente de trauma e clínico).

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Page 10: Protocolo APH

3. HISTÓRICO E EXAME FÍSICO

a. Paciente de Trauma

i. Reconsidere o mecanismo da lesão (MDL)

1. São MDL significativos:

(a) Ejeção do veículo;

(b) Morte de outro passageiro do mesmo veículo;

(c) Queda de uma altura igual ou superior a altura do paciente, especialmente se cabeça e/ou dorso colidem com superfície rígida;

(d) Capotamento de veículo;

(e) Colisão a alta velocidade;

(f) Atropelamento;

(g) Acidente com motocicletas e bicicletas;

(h) Inconsciência ou alteração do estado mental após trauma;

(i) Trauma penetrante na cabeça, tórax ou abdome.

(j) Lesões ocultas - relacione o local com o paciente e avalie a transferência de energia.

ii. Em paciente com mecanismo de lesão significativo

(a) Execute a rápida avaliação física (90 seg)

1. Continue a estabilização da coluna espinhal;

2. Considere a solicitação do SAV;

3. Avalie o estado mental;

4. Inspecione e apalpe, olhando, procurando por DCAP – QELS:

a. D eformidades

b. C ontusões

c. A brasões

d. P unção /Penetração

-----------------------------------------------------------------------

e. Q ueimaduras

f. E dema

g. L acerações

h. S ensibilidade

5. Avalie a cabeça e pescoço;

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Page 11: Protocolo APH

6. Imobilize a coluna cervical com colar;

7. Avalie o tórax;

8. Avalie o abdome;

9. Avalie a pelve;

10. Avalie as quatro extremidades. Verifique:

a. Pulso distal

b. Sensibilidade

c. Motricidade

d. Perfusão capilar

11. Role o paciente – verifique as costas.

(b) Avalie o SAMPUM

1. S inais e sintomas

2. A lergias

3. M edicamentos que faz uso

4. P roblemas médicos anteriores

5. U ltima alimentação oral

6. M ecanismo da lesão / Natureza da doença

(c) Avalie sinais vitais e oximetria;

(d) Classifique na Escala de Coma de Glasgow – ECG – e Tabela de Trauma Score Revisado.

iii. Em paciente sem MECANISMO DE LESÃO SIGNIFICATIVO

(a) A avaliação é dirigida para lesão específica (queixa principal);

(b) Avalie o SAMPUM

(c) Avalie os sinais vitais e oximetria.

(d) Classifique na Escala de Coma de Glasgow – ECG – e Tabela de Trauma Score Revisado.

b. Paciente de Caso Clínico

i. Paciente responsivo

1. Avalie o histórico do paciente e a doença atual

2. Avalie as queixas do paciente e os sinais e sintomas

(a) Avalie O P Q R S T

1. O rigem (Onde está o problema)

2. P rovocados por...

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Page 12: Protocolo APH

3. Q ualidade

4. R adiação

5. S everidade

6. T empo

(b) Execute uma rápida avaliação física, se necessário (90 seg):

1. Avalie cabeça, pescoço, tórax, abdome, pélvis, extremidades e região posterior do tronco.

(c) Avalie SAMPUM

(d) Avalie os Sinais Vitais e oximetria;

(e) Classifique na Escala de Coma de Glasgow – ECG – e Tabela de Trauma Score Revisado.

ii. Paciente irresponsivo

1. Execute uma rápida avaliação física (90 seg)

(a) Avalie cabeça

(b) Avalie pescoço

(c) Avalie tórax

(d) Avalie abdômen

(e) Avalie pélvis

(f) Avalie quatro extremidades (MI e MS)

(g) Avalie região posterior do tronco

2. Obtenha o histórico do SAMPUM de testemunhas, solicitante e familiares da vítima no local da ocorrência, antes de removê-la, antes de conduzir o paciente;

3. Avalie sinais vitais e oximetria;

4. Classifique na Escala de Coma de Glasgow – ECG – e Tabela de Trauma Score Revisado;

5. Posicione o paciente de forma a proteger suas vias aéreas.

Forneça tratamento das emergências médicas baseado nos sinais e sintomas, e no mecanismo da lesão, conforme protocolos específicos e regulação médica, se disponível.

Classifique o paciente na escala de coma de Glasgow e na Trauma Escore Revisado durante o Histórico e Exame Físico

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Page 13: Protocolo APH

O tempo total de cena máximo deve ser de 10 minutos.

Exceção: vítima em local de difícil acesso e ordem contrária da regulação médica.

4. EXAME FÍSICO DETALHADO

a. Pacientes com lesões especificas, por exemplo, corte no dedo, não exigirão exame físico detalhado

b. Execute o exame físico detalhado para reunir informações adicionais.

c. Pode ser executado na cena, se o tempo o permitir, ou a caminho do hospital,

d. Avalie cabeça, face, ouvidos, pescoço, tórax, abdome, pélvis, extremidades e região posterior do tronco, procurando por DCAP - QELS:

i. D eformidades

ii. C ontusão

iii. A brasão

iv. P unção / Penetração

---------------------------------------------------------------------------------------------

v. Q ueimaduras

vi. E dema

vii. L aceração

viii. S ensibilidade

e. Avalie os olhos

i. Pupilas alteradas

ii. Corpos estranhos

iii. Sangue na órbita

f. Avalie o nariz

i. Saída de líquor ou sangue;

g. Avalie a boca

i. Dentes fraturados;

ii. Obstruções;

iii. Inchaço ou laceração na língua;

iv. Odores;

v. Descoloração.

h. Avalie o pescoço

i. Distensão das veias jugulares;

ii. Crepitação;

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Page 14: Protocolo APH

iii. Desvio de traquéia.

i. Avalie o tórax

i. Crepitação;

ii. Movimento paradoxal;

iii. Avalie o murmúrio vesicular no ápice e base do tórax, nas regiões hemiclaviculares e hemiaxilares, bilateralmente.

j. Avalie o abdômen

i. Rigidez;

ii. Flacidez;

iii. Distensão.

k. Avalie a pelve apalpando suavemente, em busca de:

i. Instabilidade

ii. Dor

l. Avalie todas as quatro extremidades

i. Pulso distal;

ii. Sensibilidade;

iii. Motricidade;

iv. Perfusão capilar.

m. Lateralize, avalie as costas, inclusive região da pelves posterior, inspecione e apalpe, buscando DCAP-QELS;

n. Reavalie os sinais vitais

5. AVALIAÇÃO CONTINUADA

a. Repita a avaliação inicial. Para paciente estável, a cada 15 minutos. Para paciente instável, a cada 5 minutos, no mínimo;

i. Reavalie o estado mental;

ii. Mantenha vias aéreas pérveas;

iii. Monitore a qualidade e freqüência da respiração;

iv. Reavalie a qualidade e freqüência do pulso;

v. Monitore a cor e temperatura da pele;

vi. Reavalie a pressão arterial;

vii. Monitore a oximetria;

viii. Restabeleça as prioridades do paciente.

b. Repita o Histórico e Exame Físico referente às queixas e lesões do paciente;

c. Cheque intervenções

i. Confira se o fornecimento de oxigênio e ventilação estão adequados;

ii. Confira o controle de hemorragia;

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Page 15: Protocolo APH

iii. Confira a adequação de outras intervenções.

6. COMUNICAÇÕES E DOCUMENTAÇÕES

a. Comunicação com a regulação médica / COBOM-CIAD / SOU / SOF

i. Ao chegar ao local repasse à regulação médica / COBOM-CIAD / SOU / SOF a situação geral da ocorrência, quantidade e condição clínica das vítimas, além de necessidade de apoio adicional, inclusive USA;

ii. Informe à regulação médica / COBOM-CIAD / SOU / SOF a necessidade de acionamento dos hospitais de referência, incluindo o tempo de chegada;

iii. Informe à regulação médica / COBOM-CIAD / SOU / SOF os seguintes dados do paciente:

1. Dados pessoais (nome, idade, carteira de identidade, etc)

2. Achados da avaliação

3. Freqüência respiratória;

4. Freqüência cardíaca;

5. Pressão arterial sistólica e diastólica;

6. Oximetria de pulso;

7. Escala de coma de glasgow;

8. Escala de Trauma Escore Revisado;

9. Procedimentos adotados.

10. Outros que a regulação médica / COBOM-CIAD / SOU / SOF solicitar.

b. Comunicações Verbais

i. Depois de chegar ao hospital, relate verbalmente o ocorrido à equipe de saúde;

ii. Refira-se ao paciente pelo nome (se é conhecido);

iii. Resuma a queixa principal, histórico do agravo à saúde, condutas executadas na cena, tratamentos adicionais dados em deslocamento, resposta do paciente, dados vitais e informações adicionais.

c. Comunicações Interpessoais

i. Estabeleça e mantenha contato visual com o paciente;

ii. Quando atuar, posicione no mesmo nível ou no nível mais baixo que o paciente;

iii. Seja honesto com o paciente;

iv. Use uma linguagem que o paciente pode entender;

v. Tenha domínio de sua própria linguagem corporal;

vi. Fale claramente, devagar e com boa pronúncia;

vii. Chame o paciente pelo próprio nome dele;

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Page 16: Protocolo APH

viii. Se o paciente tiver dificuldade para ouvir, fale claramente com os lábios visíveis;

ix. Dê tempo para o paciente responder sua pergunte antes de fazer a próxima.

x. Aja e fale com calma, de maneira confiante.

d. Relatório de Atendimento Pré-Hospitalar / REDS

i. A pessoa que preencheu o relatório deve ser a que atendeu o paciente;

ii. O RAPH / REDS deve ter informações objetivas e subjetivas e ser claro;

iii. As informações do RAPH / REDS pertencem ao paciente ou ao seu representante legal. Seja discreto.

iv. Encaminhamento – Conforme DIAO 01

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Page 17: Protocolo APH

MÓDULO 200- Suporte Básico de Vida -

P 201 – PCR ADULTO

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Page 18: Protocolo APH

1. DIMENSIONAMENTO DA CENA / AVALIAÇÃO INICIAL

a. Conduta

i. Verifique consciência. Se inconsciente:

1. Se há apenas 01 socorrista:

a. Vítima com PCR não testemunhada (ou há mais de 4 min);

i. Inicie RCP com 30 compressões e 02 ventilações de resgate, com elevação visível de tórax.

ii. Após 5 ciclos ou 2 minutos, acionar apoio ou providenciar DEA;

2. Se há 02 ou mais socorristas

a. Um socorrista inicia o atendimento e o outro e providencia um DEA;

3. Deite o paciente de costas em superfície plana rígida.

ii. Abra vias aéreas, com controle da coluna cervical em caso de pacientes de trauma e em pacientes cuja causa da inconsciência for desconhecida;

iii. Verifique respiração (ver, ouvir, sentir – 5 a 10 seg)

1. Se não respira, aplique 02 ventilações de resgate de 01 seg cada com elevação visível do tórax.

a. Use ressuscitador manual com O2 a 15 lpm;

iv. Verifique sinais de circulação (pulso carotídeo – 5 a 10 seg)

1. Se não tem pulso, execute 30 compressões torácicas

a. O tórax deve estar desnudo;

b. Compressões no centro do tórax, na linha dos mamilos;

c. Profundidade das compressões: 4 a 5 cm;

Permita o retorno completo do tórax após cada compressão .

Havendo 03 socorristas, quem não estiver realizando compressão ou ventilação deve estar executando a manobra de sellick e verificando pulso radial.

v. Execute ciclos de 30 compressões e 02 ventilações de resgate durante 02 minutos, numa freqüência de 100 compressões por minuto;

vi. Após 02 minutos, permita que o DEA faça a leitura (Se não tiver feito antes, no caso de PCR testemunhada ou há menos de 04 minutos);

vii. Se choque indicado, aplique-o e continue a RCP.

viii. Se choque não indicado, continue RCP.

ix. Após 3 choques indicados pelo DEA ou 10 minutos de RCP no local:

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Page 19: Protocolo APH

1. Se SAV for demorar mais que tempo necessário para chegar a hospital de referência mais próximo, inicie deslocamento até o hospital;

2. Se SAV estiver entre o hospital de referência e o local da ocorrência, inicie deslocamento e intercepte no trajeto;

3. Se não houver o SAV disponível no APH e o DEA não indicou o choque, inicie o deslocamento realizando manobras de RCP

Uma Gu BM somente deve cessar a RCP em caso de morte óbvia, exaustão dos membros da Gu BM, determinação de SAV ou regulação médica, transferência do

paciente a outra equipe e retorno espontâneo da circulação e respiração, com retorno da consciência do paciente, manifestado por movimentos e/ou tosse.

Em caso de ambiente hostil, a Gu BM fica autorizada a iniciar o deslocamento mesmo fora dos critérios de i.

Se o paciente estiver com via aérea avançada, não cesse as compressões para fazer insuflações. Ministre uma insuflação a cada 6 a 8 seg (8 a 10 vpm).

Execute todos os procedimentos conforme as diretrizes de 2005 do ILCOR.

2. HISTÓRICO E EXAME FÍSICO

3. EXAME FÍSICO DETALHADO

4. TRANSPORTE

5. AVALIAÇÃO CONTINUADA

6. COMUNICAÇÕES E DOCUMENTAÇÕES

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Page 20: Protocolo APH

P 202 – PCR CRIANÇA E LACTENTE

7. DIMENSIONAMENTO DA CENA / AVALIAÇÃO INICIAL

a. Conduta

i. Verifique consciência. Se inconsciente:

1. Se há apenas 01 socorrista:

a. Vítima com PCR

i. Inicie RCP com 30 compressões e 02 ventilações de resgate, com elevação visível de tórax;

1. Em criança, no centro do tórax, na linha dos mamilos;

2. Em lactentes, imediatamente abaixo da linha dos mamilos (técnica dos 2 dedos, mãos circundando o tórax).

ii. Após 5 ciclos ou 2 minutos, acione apoio ou providencie um DEA, se já não foi feito;

2. Se há 02 ou mais socorristas

a. Um socorrista inicia o atendimento e o outro providencia a operação do DEA;

NUNCA UTILIZE O DEA EM LACTENTE (menor que 1 ano de idade)!!!

3. Deite o paciente de costas em superfície plana rígida. Em caso de lactente e criança pequena utilize um coxim na altura dos ombros, se necessário.

ii. Abra vias aéreas, com controle da coluna cervical em caso de pacientes de trauma e em pacientes cuja causa da inconsciência for desconhecida;

iii. Verifique respiração (ver, ouvir, sentir – 5 a 10 seg)

1. Se não respira, aplique 02 ventilações de resgate de 01 seg cada com elevação visível do tórax.

a. Use ressuscitador manual com O2 a 15 lpm;

iv. Verifique sinais de circulação (pulso carotídeo em criança / pulso braquial em lactente – 5 a 10 seg)

1. Se não tem pulso, execute 15 compressões torácicas (em caso de 2 socorristas)

a. O tórax deve estar desnudo;

b. Identifique o local das compressões:

i. Em criança no centro do tórax, na linha dos mamilos;

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Page 21: Protocolo APH

ii. Em lactentes imediatamente abaixo da linha dos mamilos (técnica dos 2 polegares mãos circundando o tórax)

c. Profundidade das compressões: 1/3 a ½ da profundidade do tórax;

Permita o retorno completo do tórax após cada compressão.

Havendo 03 socorristas, quem não estiver realizando compressão ou ventilação deve estar executando a manobra de sellick e verificando pulso (exceto em lactente).

v. Execute ciclos de 15 compressões e 02 ventilações de resgate durante 02 minutos, numa freqüência de 100 compressões por minuto;

vi. Após 02 minutos, permita que o DEA faça a leitura (exceto em lactente);

vii. Se choque indicado, aplique-o e continue a RCP;

viii. Se choque não indicado, continue RCP;

ix. Após 3 choques indicados pelo DEA ou 10 minutos de RCP no local:

1. Se SAV for demorar mais que tempo necessário para chegar a hospital de referência mais próximo, inicie deslocamento até o hospital;

2. Se SAV estiver entre o hospital de referência e o local da ocorrência, inicie deslocamento e intercepte no trajeto.

3. Se não houver o SAV disponível no APH e o DEA não indicou o choque, inicie o deslocamento realizando manobras de RCP.

Uma Gu BM somente deve cessar a RCP em caso de morte óbvia, exaustão dos membros da Gu BM, determinação de SAV ou regulação médica, transferência do paciente a outra equipe e retorno espontâneo da circulação e respiração, com retorno da consciência do paciente, manifestado por movimentos e/ou tosse.

Em caso de ambiente hostil, a Gu BM fica autorizada a iniciar o deslocamento mesmo fora dos critérios de i.

Se o paciente estiver com via aérea avançada, não cesse as compressões para fazer insuflações. Ministre uma insuflação a cada 3 a 5 seg (12 a 20 vpm).

Execute todos os procedimentos conforme as diretrizes de 2005 do ILCOR.

8. HISTÓRICO E EXAME FÍSICO

9. EXAME FÍSICO DETALHADO

10. TRANSPORTE

Protocolo de APH do Socorrista

Page 22: Protocolo APH

11. AVALIAÇÃO CONTINUADA

12. COMUNICAÇÕES E DOCUMENTAÇÕES

Protocolo de APH do Socorrista

Page 23: Protocolo APH

P 203 – OVACE ADULTO E CRIANÇA

13. DIMENSIONAMENTO DA CENA / AVALIAÇÃO INICIAL

a. Conduta

i. Verifique consciência. SE CONSCIENTE, verifique o sinal universal de engasgo (mãos no pescoço). Em seguida constate:

1. A vítima respira normalmente?

2. A vítima consegue falar?

3. A vítima consegue tossir?

ii. Caso positivo para algum critério acima, acalme o paciente e o encaminhe a recurso hospitalar na posição sentado.

iii. SE CONSCIENTE e expressando o sinal universal de engasgo e não consegue falar, nem tossir, nem respirar, faça as compressões abdominais contínuas até o objeto ser expulso.

1. Lembre-se:

a. Na grávida e no obeso a posição é diferenciada com as mãos no osso esterno.

b. Na criança a manobra é executada com força menor do que no adulto

iv. Se o paciente TORNAR-SE INCONSCIENTE, cheque a boca à procura do corpo estranho, mas sem fazer varredura. Caso não o encontre encaminhe o paciente ao Hospital fazendo RCP durante o transporte.

v. Se durante o primeiro contato o paciente JÁ ESTIVER INCONSCIENTE, permeabilize as vias aéreas e faça duas ventilações de resgate.

vi. Se o ar não passou, refaça a permeabilização e ventile novamente.

vii. Se o ar novamente não passou, faça RCP e encaminhe o paciente a hospital fazendo RCP conforme P 201 e P 202.

Lembre-se: após cada 30 compressões cheque a boca à procura do corpo estranho antes de fazer as 2 ventilações de resgate.

14. HISTÓRICO E EXAME FÍSICO

15. EXAME FÍSICO DETALHADO

16. TRANSPORTE

17. AVALIAÇÃO CONTINUADA

18. COMUNICAÇÕES E DOCUMENTAÇÕES

Protocolo de APH do Socorrista

Page 24: Protocolo APH

P 204 – OVACE LACTENTE E NEONATAL

19. DIMENSIONAMENTO DA CENA / AVALIAÇÃO INICIAL

a. Conduta

i. Verifique consciência. SE CONSCIENTE, verifique:

1. A vítima respira normalmente?2. A vítima consegue chorar?3. A vítima consegue emitir som?

ii. Caso positivo para algum critério acima, acalme o paciente e o encaminhe a recurso hospitalar no colo do socorrista / pai / mãe.

iii. SE CONSCIENTE e não consegue nem tossir (no caso do lactente), nem emitir som execute 5 pancadas entre as escápulas e 5 compressões no tórax, com dois dedos imediatamente abaixo da linha dos mamilos.

1. Faça isso até o objeto sair ou o paciente tornar-se inconsciente.

iv. Se o paciente TORNAR-SE INCONSCIENTE cheque a boca à procura do corpo estranho, mas sem fazer varredura. Caso não encontre faça 2 ventilações. Se o ar não passar, execute RCP, verificando vias aéreas antes de insuflar.

v. Em seguida verifique as vias aéreas, mas não faça varredura. Se o objeto não está visível, faça 2 ventilações e repita as compressões.

1. Faça isso por 2 minutos, se não desobstruir em 2 minutos encaminhe o paciente ao hospital fazendo RCP e verificando a boca antes de insuflar.

vi. Se durante o primeiro contato com o paciente o mesmo JÁ ESTIVER INCONSCIENTE, abra as vias aéreas (posição de cheirar) e faça duas ventilações de resgate.

vii. Se o ar não passou, abra novamente as vias aéreas (posição de cheirar) e ventile novamente.

viii. Se o ar novamente não passou, faça RCP e encaminhe o paciente a hospital executando a RCP conforme P 202 e P 206.

São sinais de OVACE em lactente cianose e olhos arregalados, além da dificuldade de chorar, tossir e emitir sons.

Durante a desobstrução do lactente e neotato, a cabeça do mesmo deve permanecer em nível inferior ao do corpo

20. HISTÓRICO E EXAME FÍSICO

21. EXAME FÍSICO DETALHADO

22. TRANSPORTE

Protocolo de APH do Socorrista

Page 25: Protocolo APH

23. AVALIAÇÃO CONTINUADA

24. COMUNICAÇÕES E DOCUMENTAÇÕES

Protocolo de APH do Socorrista

Page 26: Protocolo APH

P 205 – PARADA RESP. ADULTO CRIANÇA LACTENTE

25. DIMENSIONAMENTO DA CENA / AVALIAÇÃO INICIAL

a. Parada respiratória em adulto

i. Aplique uma ventilação de resgate com expansão visível de tórax a cada 5 segundos durante 10 ciclos usando O2 a 15 l/min com bolsa válvula-máscara.

ii. A cada 10 ciclos (ou 1 minuto) cheque sinais de circulação (pulso, respiração, tosse, movimento).

iii. Com dois socorristas, o socorrista Nº 2 faz pressão cricóide e controla o O2.

iv. Se em 2 minutos no local o paciente não respirar normalmente encaminhe-o ao hospital fazendo as manobras durante o deslocamento.

b. Parada respiratória em criança

i. Aplique uma ventilação de resgate com expansão visível de tórax a cada 3 segundos durante 20 ciclos usando O2 a 15 l/min com bolsa válvula-máscara.

ii. A cada 20 ciclos (ou 1 minuto) cheque sinais de circulação (pulso, respiração, tosse, movimento).

iii. Com dois socorristas, o socorrista Nº 2 faz pressão cricóide e controla o O2.

iv. Se em 2 minutos no local o paciente não respirar normalmente encaminhe-o ao Hospital fazendo as manobras durante o deslocamento.

c. Parada respiratória em lactente/neonato

i. Proceda o ABC da vida, constatada a parada respiratória;

ii. Aplique uma ventilação de resgate com expansão visível de tórax a cada 3 segundos durante 20 ciclos, usando O2 a 10 LPM e Bolsa Válvula Máscara.

1. Em caso de lactente, use O2 a 15 l/min com bolsa válvula-máscara;

2. Em ambos os casos, não faça pressão cricóide.

iii. A cada 20 ciclos cheque sinais de circulação (pulso, respiração, choro e movimento).

iv. Se em 2 minutos o paciente não voltar, encaminhe-o ao hospital, fazendo as manobras dentro da UR durante o deslocamento.

Protocolo de APH do Socorrista

Page 27: Protocolo APH

Lembre-se: se a vítima não respira normalmente, mas possui respiração agônica e não possui sinais de respiração evidente, com expansão visível do tórax, ela está em

parada respiratória.

Aqueça ao paciente evitando a hipotermia e estado de choque, PRINCIPALMENTE LACTENTES E NEONATOS

26. HISTÓRICO E EXAME FÍSICO

27. EXAME FÍSICO DETALHADO

28. TRANSPORTE

29. AVALIAÇÃO CONTINUADA

30. COMUNICAÇÕES E DOCUMENTAÇÕES

Protocolo de APH do Socorrista

Page 28: Protocolo APH

P 206 – SBV NEONATAL

31. DIMENSIONAMENTO DA CENA / AVALIAÇÃO INICIAL

a. Conceito

i. Neonatos são os pacientes na idade de 0 a 28 dias

ii. Recém-nascido (RN) é o neonato que acabou de nascer

b. Conduta

i. Se o RN é termo, o líquido aminiótico está claro, o RN está respirando ou chorando e tem bom tônus muscular, aqueça, limpe as vias aéreas se necessário, seque e avalie a cor da pele:

1. Se rosada posicione o RN junto à mãe e monitore;

2. Se cianótico forneça O2 suplementar e avalie respiração, pulsação e cor da pele.

ii. Após 30 seg de O2 se RN está respirando e freq. cardíaca é > 100 bpm, mas o RN está cianótico, ventile por com O2 suplementar e reavalie após 30 seg:

1. Se freq. cardíaca > 100 bpm e a pele está rosada, apenas monitore o paciente;

2. Se freq. cardíaca é de 60 a 100 bpm continue ventilando;

3. Se freq. cardíaca < 60 vá para item iv.

iii. Se RN está apnéico ou freq. card. < 100 bpm ventile com O2 suplementar. Reavalie após 30 segundos:

1. Se freq. card. > 100 bpm e a pele está rosada, apenas monitore o paciente;

2. Se freq. cardíaca é de 60 a 100 bpm continue ventilando;

3. Se freq. cardíaca < 60 vá para item iv.

iv. Se freq. card. < 60 ventile com O2 suplementar e administre compressões torácicas (RCP). Reavalie após 30 segundos:

1. Se freq. cardíaca > 100 bpm e a pele está rosada, apenas monitore o paciente;

2. Se freq. cardíaca é de 60 a 100 bpm continue ventilando;

3. Se freq. card. < 60 continue ventilando com O2 suplementar e administrando compressões torácicas (RCP) até SAV assumir o paciente.

a. Se tempo até o hospital é menor que tempo de chegada da USA, inicie deslocamento executando RCP

Protocolo de APH do Socorrista

Page 29: Protocolo APH

b. Se tempo até o hospital é maior que tempo de chegada da USA, permaneça na cena executando RCP.

32. HISTÓRICO E EXAME FÍSICO

33. EXAME FÍSICO DETALHADO

34. TRANSPORTE

35. AVALIAÇÃO CONTINUADA

36. COMUNICAÇÕES E DOCUMENTAÇÕES

Para avaliar o pulso do RN conte por 6 segundos e multiplique por 10

Forneça 40 a 60 insuflações por minuto no RN com assistência ventilatória

Compressões torácicas são executadas com a técnica dos dois polegares mãos circundando o tórax, na razão de 3 compressões para 1 ventilação. Não ventile e

comprima ao mesmo tempo.

Administre 30 ciclos de RCP por minuto com reavaliação a cada 30 segundos (15 ciclos). Continue a RCP até a freq. card. > 60 BPM ou SAV assumir o RN

Protocolo de APH do Socorrista

Page 30: Protocolo APH

P 207 – DEA

7. DIMENSIONAMENTO DA CENA / AVALIAÇÃO INICIAL

a. Indicações

i. Parada cardiorrespiratória (sem pulso, tosse, respiração e movimento)

ii. Adulto (maiores de 8 anos ou 25 Kg)

1. Use pás de adulto / choques de adulto

iii. Criança (de 1 a 8 anos, com menos de 25 kg)

1. Use pás pediátricas / choques pediátricos

2. Se não houver pás pediátricas ou seleção de choque pediátrico disponível, use pás / choque de adulto.

b. Contra-indicações

i. Lactentes (pacientes com idade menor que 1 ano de idade. Obs,: idade estimada pelo socorrista com base nos dados disponíveis)

ii. Paciente respira e tem pulso.

c. Potenciais efeitos adversos / complicações do uso

i. Queimadura na pele do paciente

ii. Desativação de marca-passo

iii. Lesões no operador ou pessoas próximas em contato com o paciente.

d. Precauções no uso do DEA

i. Afaste o paciente da água e de superfície molhada.

ii. Sempre seque o tórax antes de conectar as pás.

iii. Afaste as pás cerca de 2,5 cm de distância de marcapasso.

iv. Retire adesivo de medicação transcutânea, limpe e seque a superfície onde a pá será instalada.

v. Não movimente o paciente durante a utilização do DEA.

vi. Não toque nem deixe ninguém tocar o paciente durante a análise do ritmo e administração do choque;

vii. Raspe os pelos do tórax do paciente.

viii. Evite operar o DEA próximo a celulares e rádios de comunicação (HT) ligados, linhas de trem e metrô e linhas de alta voltagem.

ix. Retire correntes, adornos e assessórios metálicos do pescoço do paciente antes de analisar o ritmo e executar o choque.

REMOVA AS FONTES DE OXIGÊNIO ANTES DE EXECUTAR A DESFIBRILAÇÃO. HÁ RISCO DE INCÊNDIO E DE EXPLOSÃO!!!

Protocolo de APH do Socorrista

Page 31: Protocolo APH

e. Conduta para utilização do DEA – paciente adulto e criança

i. Se a PCR não foi testemunhada ou ocorreu a mais de 4 minutos, execute RCP por 2 minutos (5 ciclos) antes de aplicar o DEA.

1. Se choque é indicado:

Afaste todas as pessoas do paciente

Pressione o botão de choque

Reinicie imediatamente a RCP

Após 5 ciclos (2 minutos) permita que o DEA reavalie o ritmo cardíaco.

(a) Se choque for indicado, pressione o botão de choque e reinicie a RCP

(b) Se choque não indicado, reinicie a RCP e transporte a hospital, conforme Protocolo ____.

2. Se choque não é indicado

Execute 5 ciclos (2 minutos) de RCP

Permita que o DEA avalie o ritmo cardíaco

(a) Se choque for indicado, pressione o botão de choque e reinicie a RCP

(b) Se choque não indicado, reinicie a RCP e transporte a hospital, conforme Protocolo _____.

ii. Se PCR foi testemunhada e não decorrente de hipóxia:

1. Com 1 socorrista

Primeiro use o DEA, depois execute RCP

2. Com 2 socorrista

Faça RCP e prepare-se para usar o DEA

iii. Posição das pás

1. Uma pá deve ser posicionada na região superior direita do tórax (região hemi-clavicular) e a outra na região inferior esquerda do tórax (região hemi-axilar)

2. Situações especiais

Criança pequena

(a) Posicione uma pá na região superior direita do tórax (região hemi-clavicular) e a outra na região posterior do tórax

Protocolo de APH do Socorrista

Page 32: Protocolo APH

Presença de marca-passo

(a) Afaste as pás cerca de 2,5 cm do marcapasso

Lesão na pele

(a) Afaste as pás de local lesionado da pele.

A posição das pás deve ser tal que a onda de choque passe pelo coração

f. DEA e transporte

i. Se durante o transporte o paciente entra em PCR dentro da UR, pare e desligue a viatura e adote os passos de RCP e de desfibrilação.

ii. Se a UR estiver em deslocamento com RCP em andamento, não pare a viatura nem cesse a RCP para o DEA analisar o ritmo e administrar o choque. Apenas mantenha as pás conectadas e aderidas.

g. Situações especiais

i. Se durante a aplicação do DEA a bateria descarregar, continue a RCP e inicie deslocamento.

8. HISTÓRICO E EXAME FÍSICO

9. EXAME FÍSICO DETALHADO

10. TRANSPORTE

11. AVALIAÇÃO CONTINUADA

12. COMUNICAÇÕES E DOCUMENTAÇÃO

Protocolo de APH do Socorrista

Page 33: Protocolo APH

MÓDULO 300- Emergências Clínicas-

Protocolo de APH do Socorrista

Page 34: Protocolo APH

P 301 – EMERGÊNCIAS CARDIOVASCULARES

1. DIMENCIONAMENTO DA CENA / AVALIAÇÃO INICIAL

a. Distúrbios cardiovasculares

i. Conjunto de doenças e condições que envolvem o coração (cárdio) e os vasos sanguíneos (vascular).

2. HISTÓRICO E EXAME FÍSICO

a. Sinais e sintomas mais comuns

i. Dor no peito (retroesternal – centro – ou precordial – à esquerda)

ii. Dor irradiando para braço esquerdo

iii. Dor irradiando para mandíbula

iv. Pressão ou desconforto no tórax

v. Pressão no abdômen, no pescoço ou nas costas

vi. Desconforto na região epigástrica

vii. Dificuldade respiratória (dispnéia)

viii. Sudorese excessiva

ix. Pulso irregular ou fraco

x. Veias do pescoço dilatadas

xi. Náuseas

xii. Tontura

xiii. Fadiga

xiv. Vômito

xv. Desmaio

b. Fatores de risco não modificáveis (fixo)

i. Idade avançada

ii. Raça

iii. Hereditariedade

iv. Sexo

c. Fatores de risco modificáveis

i. Hipertensão arterial

ii. Tabagismo

iii. Diabetes mellitus

iv. Colesterol alto

v. Obesidade e sedentarismo

d. Fatores contribuintes

i. Estresse excessivo

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Page 35: Protocolo APH

ii. Ingestão de álcool e drogas

e. Fatores precipitantes (presente em cerca de 50% dos casos)

i. Exercícios anormalmente vigorosos

ii. Estresse emocional grave

iii. Doenças graves

f. Conduta

i. Mantenha vias aéreas pérveas;

ii. Previna o estado de choque

1. Forneça oxigênio conforme P 604

2. Aqueça o paciente

3. Afrouxe suas vestes

4. Não permita que o paciente faça esforço físico – caminhe, fale muito, etc.

iii. Forneça apoio emocional e acalme o paciente

iv. Monitore sinais vitais e o esforço respiratório e esteja preparado para RCP, se necessário;

v. Se paciente estiver consciente, mantenha-o em posição de conforto (normalmente semi-reclinado ou sentado);

vi. Se paciente estiver inconsciente, mantenha-o em posição supina, aqueça, forneça O2 conforme P 604, monitore sinais vitais e encaminhe rapidamente ao hospital.

Atente para o relato de histórico médico e de uso de medicamentos. A coleta de dados e anamnese dirigida não deverá atrasar o transporte.

No deslocamento para emergências cardiovasculares o socorrista já deve estar preparado para utilizar o DEA.

Algumas situações especiais como hipotermia, afogamento, trauma, choques elétricos, descargas de raios e gravidez podem provocar uma parada cardíaca.

3. EXAME FÍSICO DETALHADO

4. TRANSPORTE

Protocolo de APH do Socorrista

Page 36: Protocolo APH

a. Se trânsito flui bem, desloque em Código 2 (faróis acesos, luzes de emergência ligadas, sirenes desligadas, P 609). Em caso de trânsito congestionado, ou quando for valer-se das prioridades prevista no CTB, desloque em Código 3 (faróis acesos, luzes de emergência ligadas, sirenes desligadas)

5. AVALIAÇÃO CONTINUADA

6. COMUNICAÇÕES E DOCUMENTAÇÃO

a. O COBOM / CIAD, as SOU / SOF devem sempre notificar ao hospital de referência quanto à chegada de um paciente com possível doença cardiovascular.

b. Colete e/ou documente todas as medicações de uso domiciliar e os repasse ao médico que o atender.

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Page 37: Protocolo APH

P 302 – AVC

7. DIMENCIONAMENTO DA CENA / AVALIAÇÃO INICIAL

8. HISTÓRICO E EXAME FÍSICO

a. Sinais e sintomas mais comuns

i. Vertigem, confusão mental com perda visual parcial.

ii. Forte dor de cabeça resistente a aspirina.

iii. Forte dor de cabeça acompanhada de náuseas e vômitos.

iv. Falta de coordenação, perda de força, fraqueza súbita.

v. Diplopia: Visão dupla e embaçada.

vi. Afasia: Dificuldade de completar palavras por som e por escrita.

vii. Disartria: Dificuldade na articulação da palavra.

viii. Disfasia: Alteração na linguagem e compreensão em qualquer de suas formas.

ix. Hemiparesia: Paralisia / enfraquecimento incompleto ou parcial (mais grave nas mãos e na face).

x. Hemiplegia: Paralisia de um lado do corpo.

xi. Dislexia: Dificuldade na leitura.

xii. Disgrafia: dificuldade para escrever

b. Outros sinais e sintomas encontrados

i. Ausência de movimento nos olhos, exceto nas pálpebras.

ii. Ptose/Queda da pálpebra.

iii. Falta de ar e sudorese.

iv. Nível alterado de responsividade.

v. Anisocoria: Diferença no tamanho das pupilas.

vi. Amaurose: Perda total da visão transitória.

vii. Síncope, torpor, convulsão, coma (ECGlasgow<8).

viii. Hipertensão arterial e hipertermia.

ix. Disfagia: Deglutição difícil.

x. Incontinência urinária.

xi. Cegueira para cor.

c. Fatores de risco

i. Idade avançada

ii. História familiar

iii. Hereditariedade

iv. Doença cardiovascular

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Page 38: Protocolo APH

v. Hipertensão arterial

vi. Tabagismo

vii. Diabetes mellitus

viii. AIT - ataque isquêmico transitório (déficit neurológico)

ix. Histórico de colesterol alto

x. Obesidade

xi. Sedentarismo

xii. Estresse excessivo

xiii. Dificuldade de coagulação

d. Conduta

i. Mantenha vias aéreas pérveas

ii. Monitore o esforço respiratório e esteja preparado para assistência ventilatória.

iii. Forneça oxigênio, conforme P 604

iv. Se paciente estiver inconsciente, mantenha-o em posição de recuperação, deitado sobre o lado afetado;

v. Mantenha o paciente em repouso, sob observação contínua, monitorização constante e fornecimento de oxigênio durante o transporte de acordo com a avaliação a saturação de O2.

vi. Aqueça o paciente. Não superaqueça;

vii. As aferições de pressão arterial devem ser estabelecidas em intervalos de 10 a 20 minutos e nunca em uma única aferição da pressão arterial e em ambas as extremidades superiores.

viii. Avalie a responsividade por meio da Escala Pré-Hospitalar de Cincinatti e Escala de Coma de Glasgow – ECG;

ix. Encoraje membros da família a acompanhar o paciente até o hospital para que possam informar o histórico do paciente à equipe médica;

x. Quando da chegada no hospital mantenha os procedimentos até a equipe médica responsável assumir o paciente, devidamente informada de toda situação.

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Page 39: Protocolo APH

e. Escala pré-hospitalar de Cincinatti

i. Uma anomalia encontrada em qualquer um deles a probabilidade de um AVC é igual a 72%.

SINAIS COMANDO NORMAL ANORMAL

QUEDA FACIALPeça ao paciente que sorria e/ou

mostre os dentes

Ambos os lados do rosto movem-se

igualmente

Um lado do rosto não se move tão bem quanto ao

outro

DEBILIDADE DOS BRAÇOS

Peça ao paciente que feche os olhos e mantenha os braços

estendidos por 10 segundos

Ambos os braços movem-se igualmente

Um braço não se move ou cai em relação ao outro

FALA ANORMAL

Peça ao paciente para dizer “o rato

roeu a roupa do rei de Roma” ou outra

frase similar

O paciente utiliza as palavras

corretamente, com pronúncia clara

O paciente pronuncia palavras ininteligíveis, usa

palavras incorretas ou é incapaz de

falar

A determinação do momento de início dos sintomas é crucial para fins de tratamento. O momento do início dos sintomas é o último momento em que o paciente

foi visto assintomático.

Tempo é cérebro!!! O início do tratamento com fibrinolíticos em hospital deve ocorrer em menos de 3 horas do início dos sintomas.

9. EXAME FÍSICO DETALHADO

10. TRANSPORTE

11. AVALIAÇÃO CONTINUADA

12. COMUNICAÇÕES E DOCUMENTAÇÃO

a. O COBOM / CIAD, as SOU / SOF devem sempre notificar ao hospital de referência quanto à chegada de um paciente com possível AVC.

b. Colete e/ou documente todas as medicações de uso domiciliar e os repasse ao médico que o atender.

Protocolo de APH do Socorrista

Page 40: Protocolo APH

P 303 – EMERGÊNCIAS RESPIRATÓRIAS

1. DIMENSIONAMENTO DA CENA / AVALIAÇÃO INICIAL

2. HISTÓRICO E EXAME FÍSICO

a. Sinais e sintomas

i. Ausência temporária de respiração (apnéia)

ii. Respiração superficial

iii. Respiração rápida e profunda

iv. Respiração ruidosa

v. Sensação vertiginosa

vi. Ansiedade, agitação, letargia e sonolência

vii. Cianose de extremidades (lábios e dedos)

viii. Dor torácica referida como aperto

ix. Tosse contínua

b. Conduta

i. Mantenha o paciente em posição de conforto (sentado ou semi-reclinado)

ii. Administra oxigênio conforme Protocolo ___;

iii. Aqueça o paciente

iv. Ofereça apoio emocional

3. EXAME FÍSICO DETALHADO

4. AVALIAÇÃO CONTINUADA

5. TRANSPORTE

6. COMUNICAÇÕES E DOCUMENTAÇÕES

Se o paciente está inconsciente, ou a respiração é inadequada ou ausente, faça a ventilação assistida (com BMV, cânula orofaríngea) com suplementação

de oxigênio a 15 litros por minuto, conforme Protocolo ___.

Se o paciente é critico deve transportar urgente ao HR, acionar e interceptar o SAV, se disponível, para manobras invasivas de obtenção de Vias Aéreas e

Ventilação

P 304 – CRISE CONVULSIVA

Protocolo de APH do Socorrista

Page 41: Protocolo APH

1. DIMENSIONAMENTO DA CENA / AVALIAÇÃO INICIAL

2. HISTÓRICO E EXAME FÍSICO

a. Reconhecimento

i. Pequeno mal

1. Fase de ausência

2. Grito epiléptico

ii. Grande mal

1. Inconsciência;

2. Movimentos tônico-clônicos;

3. Estupor pós ictal (fase pós-comicial).

b. Sinais e sintomas

i. Dor referida em todo abdome ou em região especifica

ii. Palidez acentuada

iii. Náuseas e vômitos

iv. Taquicardia ou Bradicardia

v. Taquipnéia ou Dispnéia

vi. Sudorese fria

vii. Febre (entre 37,5 ºC a 40ºC.)

viii. Dor abdominal à palpação no exame físico

ix. Abdome contraído, globoso ou escavado

x. Defesa muscular abdominal no exame físico

c. Conduta

i. Administre O2

ii. Mantenha o paciente em posição de conforto (decúbito dorsal ou semi-reclinado)

iii. Não contenha movimentos

iv. Ampare a cabeça

v. Em caso de secreção na boca, lateralize o paciente. Use abridor de mandíbula. Não insira os dedos na boca do paciente.

vi. Aqueça o paciente

vii. Ofereça apoio emocional

3. EXAME FÍSICO DETALHADO

4. TRANSPORTE

5. AVALIAÇÃO CONTINUADA

6. COMUNICAÇÕES E DOCUMENTAÇÕES

Protocolo de APH do Socorrista

Page 42: Protocolo APH

P 305 – DIABETES MELLITUS E HIPOGLICEMIA

1. DIMENSIONAMENTO DA CENA / AVALIAÇÃO INICIAL

2. HISTÓRICO E EXAME FÍSICO

a. Hipoglicemia (Choque insulínico)

i. Sinais, sintomas e eventos relacionados

1. Glicemia capilar <60 mg/dL

2. Paciente tomou insulina demais

3. Alteração no nível de consciência

4. Convulsão

5. Agitação e mudança de comportamento

6. Paciente em jejum (não se alimentou)

7. Pele fria e úmida

8. Taquicardia

9. Cefaléia

10. Palidez

11. Palidez

12. Salivação abundante

13. Fome, borborigma ("ronco" na barriga)

14. Náuseas, vômitos, desconforto abdominal

15. Atividade mental anormal com prejuízo do julgamento

16. Ansiedade, alteração de humor, depressão, choro e medo

17. Negativismo, irritabilidade, agressividade e fúria

18. Cansaço, fraqueza, apatia, letargia, sono,

19. Confusão, amnésia, tontura, delírio

20. Alteração de pupilas (dilatadas)

21. Olhar fixo, visão embaçada, visão dupla

22. Atos automáticos

23. Dificuldade de fala

24. Descoordenação monotora às vezes confundido com embriaguez

25. Déficit motor diminuido, paralisia, hemiparesia, parestesia, estupor

26. Convulsão focal ou generalizada

b. Hiperglicemia

Protocolo de APH do Socorrista

Page 43: Protocolo APH

i. Sinais, sintomas e eventos relacionados

1. Glicemia capilar > 200 mg / dl

2. Paciente não tomou insulina

3. Poliúria (aumento do volume urinário),

4. Polidipsia (sede aumentada e aumento de ingestão de líquidos)

5. Polifagia (apetite aumentado).

6. Mudanças no formato das lentes dos olhos levando a dificuldades de visão. (Paciente relata visão borrada )

7. Cansaço

8. Pele seca e quente

9. Cefaléia

10. Dispneia

11. Hálito cetônico (Alta concentrações de cetona do sangue)

12. Náuseas e Vômitos

13. Dor abdominal

14. Alteração de consciência (confusão, sonolência, letargia, hostilidade, mania, pânico, agresividade, etc).

15. Coma com progressão para PCR

c. Conduta

i. Obtenha o SAMPUM e OPQRST. Considere

1. Histórico de diabetes mellitus

2. Medicações usadas em tratamento

a. Insulina – tipo, dose, freqüência, ultima dose

b. Medicações orais - tipo, dose, freqüência, ultima dose

3. Última alimentação do paciente

4. Recente doença ou lesão

5. Atividade física recente

6. Gravidez

7. Verifique uso de álcool

8. Histórico de reações a diabetes

ii. Conduta geral

1. Obtenha os sinais vitais

2. Se paciente possui glicosímetro prescrito por médico, verifique com o mesmo qual a leitura, caso o mesmo tenha feito a medição

3. Prepare-se para fazer aspiração de vias aéreas;

Protocolo de APH do Socorrista

Page 44: Protocolo APH

4. Não perca tempo no local da ocorrência. Considere situações de “load and go”

5. Se paciente está consciente

a. Não lhe permita exercitar-se; deite-o na maca ou cadeira de rodas e o encaminhe à UR;

b. Proteja vias aéreas

c. Previna o choque. Aqueça o paciente. Ofereça oxigênio, conforme P 604

d. Se regulação médica disponível, forneça suco adocicado ao paciente.

6. Se paciente está inconsciente

a. Proteja as vias aéreas. Aspire se necessário

b. Previna o choque. Aqueça o paciente. Ofereça oxigênio, conforme P 604

c. Posicione o paciente na posição de recuperação (decúbiro lateral), se possível.

3. EXAME FÍSICO DETALHADO

4. AVALIAÇÃO CONTINUADA

5. TRANSPORTE

a. Posicione o paciente em posição de conforto

b. Trate agravos que ameaçam a vida em deslocamento

6. COMUNICAÇÕES E DOCUMENTAÇÕES

Nem todos os sinais ou sintomas podem estar presentes no paciente

Se o paciente é considerado critico deve transportar urgente ao hospital de referência, acionar e interceptar o SAV, se disponível.

Protocolo de APH do Socorrista

Page 45: Protocolo APH

P 306 – EMERGÊNCIAS OBSTÉTRICAS

1. DIMENSIONAMENTO DA CENA / AVALIAÇÃO INICIAL

2. HISTÓRICO E EXAME FÍSICO

a. Parto normal iminente

i. Sinais e sintomas

1. Contrações uterinas cíclicas (primeira fase do parto);

2. Rompimento da bolsa amniótica;

3. Apresentação cefálica do feto (coroamento);

4. Taquicardia e taquipnéia;

5. Dor durante as contrações

ii. Conduta

1. Sempre que possível, leia o cartão pré-natal da gestante

e busque informações sobre a gestação (se houve

internações, doenças infectocontagiosas, hipertensão

arterial, diabetes ou outras complicações);

2. Não faça toque para verificar grau de dilatação do colo;

3. Deite a gestante em decúbito dorsal, com pernas fletidas

e com joelhos afastados;

4. Exponha os materiais do Kit Parto;

5. Ponha um lençol limpo sobre a maca (ou local apropriado

onde irá ser colocado o recém nascido - RN) próximo à

pelve da gestante;

6. Quando a cabeça coroar, apóie a mesma com uma das

mãos, com leve pressão para evitar uma expulsão muito

rápida e causar alguma lesão no RN e na parturiente;

7. Ainda na passagem do feto pelo canal vaginal, se

possível já faça uma limpeza prévia da face do mesmo,

com uma compressa limpa;

8. Após a saída do RN, deite-o no lençol sobre a maca (ou

local apropriado) e aspire suas vias aéreas com aspirador

tipo pêra;

Protocolo de APH do Socorrista

Page 46: Protocolo APH

a. Aspire primeiro a boca, depois as narinas do RN.

9. Mantenha o RN no mesmo nível da pelve da mãe até que

seu cordão umbilical seja clampeado;

10. Clampeie o cordão umbilical

a. O 1º clamp a aproximadamente 17,5 cm da parede

abdominal do RN;

b. O 2º clamp a aproximadamente 7,5 cm após o 1º

clamp, ou seja, o 2º clamp ficará a 25 cm da

parede abdominal do RN;

c. Em seguida, corte entre os dois.

11. Seque rapidamente o RN e o aqueça com lençol, após o

que o envolva a manta aluminizada sobre o lençol;

12. Aguarde a saída da placenta (dequitação), sem puxá-la,

guarde-a em um saco plástico e a deixe no hospital;

13. Cubra a região vaginal com absorvente higiênico após a

dequitação;

14. Oriente a mãe a estender as pernas e uní-las, sem

apertá-las;

15. Faça massagens circulares no sentido horário no

abdômen da mãe, na região do útero, para reduzir a

hemorragia puerperal;

16. Caso não haja restrições, estimule a mãe a amamentar o

RN o quanto antes (esse método reduz a hemorragia

puerperal);

17. Considere fornecimento de oxigênio para o RN e à mãe;

18. Avalie e classifique o RN na escala APGAR 1 minuto

após o nascimento, repita isto após 5 e 10 minutos,

mesmo durante o transporte;

Se o cartão pré-natal informar a presença de doença infecto-contagiosa ou risco de galactosemia (intolerância ao leite), ou se não houver cartão pré-natal, não estimule o aleitamento materno

b. Parto anormal

Protocolo de APH do Socorrista

Page 47: Protocolo APH

i. Sinais e sintomas

1. Apresentação pélvica do RN no ato do parto (as nádegas

ou ambos os membros inferiores apresentam-se

primeiro);

2. Apresentação invertida (nasce um braço ou uma perna

primeiro);

3. Prolapso do cordão umbilical;

4. Presença de mecônio no líquido amniótico;

5. Nascimento múltiplo;

6. Crise convulsiva no trabalho de parto;

7. Parto prematuro;

8. Natimorto;

ii. Conduta

1. Segue-se conduta similar à assistência ao parto normal;

2. Aguarde o parto progredir naturalmente sem jamais puxar

o RN;

3. Em parto pélvico, caso a cabeça do RN não saia até 3

minutos após a saída das nádegas e tronco, deve-se criar

uma via respiratória para o RN; a mãe permanece na

posição semelhante ao parto normal;

4. Quando há apresentação de um dos membros primeiro, a

mãe deverá ser colocada de joelhos e apoiada sobre o

tórax (posição genupeitoral). Isso aliviará a pressão no

feto e no cordão umbilical; Não puxe o membro nem

tente empurrá-lo para dentro da vagina novamente.

5. Em caso de prolapso do cordão, mantenha a mãe na

posição genupeitoral, crie uma via respiratória para o RN

e cubra o cordão com compressa úmida em soro

fisiológico 0,9%;

6. Em nascimentos múltiplos, a conduta será a mesma que

em parto normal, devendo-se clampear e cortar o cordão

Protocolo de APH do Socorrista

Page 48: Protocolo APH

umbilical do primeiro RN antes do nascimento do

próximo;

a. Nascimento de prematuros também tem conduta

semelhante ao parto normal, ressaltando-se a

necessidade de se aquecer o RN;

b. Em caso do RN nascer com PCR, inicie as

manobras de RCP conforme P 206, exceto se for

um caso de natimorto (bolhas, odor forte e

desagradável, etc.);

c. Em todos os casos, mantenha administração de

O2 para a mãe;

d. Dê apoio emocional à mãe;

e. Monitorar sinais vitais e nível de consciência da

mãe e do RN;

c. Hemorragia pré-parto

i. Sinais e sintomas

1. Surgimento de hemorragia vaginal excessiva

(metrorragia) antes do momento do parto;

2. Indícios de estado de choque (fraqueza, tonteira, sede,

ansiedade, taquipnéia, taquicardia, pele pálida, fria e

úmida, etc.);

3. Ausência de movimentação fetal;

ii. Conduta

1. Posicionar a gestante em decúbito lateral esquerdo;

2. Manter as vias aéreas pérvias;

3. Administre oxigênio em caso de sinais de estado de

choque;

4. Aquecer a vítima com manta aluminizada em caso de

grandes hemorragias;

5. Cubra a região vaginal com absorvente higiênico (não se

deve introduzir nada no canal vaginal);

6. Não ofereça nada para a gestante ingerir;

Protocolo de APH do Socorrista

Page 49: Protocolo APH

7. Monitorar sinais vitais e nível de consciência;

d. Aborto

i. Sinais e sintomas

1. Cólica, dor e contrações abdominais;

2. Hemorragia vaginal excessiva (metrorragia);

3. Saída de fragmentos de tecidos do feto pelo canal

vaginal;

4. Indícios de estado de choque (hipotensão, fraqueza,

tonteira, sede, ansiedade, taquipnéia, taquicardia, pele

pálida, fria e úmida, etc.);

ii. Conduta

1. Posicionar a gestante em decúbito lateral esquerdo;

2. Manter as vias aéreas pérvias;

3. Administrar oxigênio em caso de sinais de estado de

choque;

4. Aquecer a vítima com manta aluminizada em caso de

grandes hemorragias;

5. Cubra a região vaginal com absorvente higiênico (não se

deve introduzir nada no canal vaginal);

6. Não oferecer nada para a vítima ingerir;

7. Dar apoio emocional;

8. Caso saia algum tecido fetal, guardá-lo em saco plástico

e levá-lo para o hospital junto com a mãe;

9. Monitorar sinais vitais e nível de consciência;

Em caso de suspeita de aborto provocado, deve-se considerar sinais e sintomas de intoxição exógena e tratá-la conforme P 309.

3. EXAME FÍSICO DETALHADO

4. TRANSPORTE

5. AVALIAÇÃO CONTINUADA

6. COMUNICAÇÕES E DOCUMENTAÇÕES

Protocolo de APH do Socorrista

Page 50: Protocolo APH

Para se criar uma via respiratória para o RN (parto pélvico ou prolapso de cordão umbilical), coloque uma das mãos dentro da cavidade vaginal, com a palma da mão voltada para a face do RN. Coloca-se, então, o dedo indicador do lado de uma narina e o dedo médio do lado da outra narina.

A outra mão do socorrista deverá apoiar o corpo do RN para preservar a sua coluna cervical

P 307 – ABDOME AGUDO

7. DIMENSIONAMENTO DA CENA / AVALIAÇÃO INICIAL

8. HISTÓRICO E EXAME FÍSICO

a. Reconhecimento

i. Dor abdominal de aparecimento súbito e não traumático geralmente com duração longa referenciado como a queixa principal do paciente.

b. Sinais e sintomas

i. Dor referida em todo abdome ou em região específica

ii. Palidez acentuada

iii. Náuseas e vômitos

iv. Taquicardia ou Bradicardia

v. Taquipnéia ou Dispnéia

vi. Sudorese fria

vii. Febre (entre 37,5 ºC a 40ºC.)

viii. Dor abdominal à palpação no exame físico

ix. Abdome contraído, globoso ou escavado

x. Defesa muscular abdominal no exame físico

c. Conduta

i. Administre O2

ii. Mantenha o paciente em posição de conforto (decúbito dorsal, semi-reclinado ou posição fetal)

iii. Aqueça o paciente

iv. Ofereça apoio emocional

9. EXAME FÍSICO DETALHADO

10. TRANSPORTE

11. AVALIAÇÃO CONTINUADA

12. COMUNICAÇÕES E DOCUMENTAÇÕES

Protocolo de APH do Socorrista

Page 51: Protocolo APH

P 308 – EMERG. PSIQUIÁTRICAS E COMPORTAMENTAIS

1. DIMENSIONAMENTO DA CENA / AVALIAÇÃO INICIAL

a. Determine se a cena é segura. Se não, afaste-se e solicite apoio de outras Gu BM, PMMG, SAMU (USA), etc

b. Tente estabelecer um diálogo com o paciente

c. Dialogue com técnica:

i. Use um tom calmo, direto e enfático;ii. Apresente claramente os limites e opções do paciente;iii. Respeite seu espaço pessoal;iv. Evite olhar direto nos seus olhos;v. Não adote uma postura de confronto;

2. HISTÓRICO E EXAME FÍSICO

a. Considere outras causas de comportamento anormal

i. Hipóxia, hipoperfusão, hipoglicemia;ii. Abuso de álcool ou drogas;iii. AVC, TCE, estágio pós-comicial, etc

Solicite suporte avançado, se disponível, para proceder à contenção farmacológica se o paciente estiver agitado, não cooperativo ou violento.

b. Contenha mecanicamente o paciente apenas se for necessário. Utilize ataduras ou outro meio que não cause lesões para imobilizar o paciente na maca somente se o mesmo oferecer perigo para si, para a Gu BM e para outras pessoas.

c. Não use prancha longa se não houver trauma que a justifique. Deite o paciente na maca central da UR e nela imobilize os quatro membros. Após, confirme se não há prejuízo para a respiração e circulação.

d. Se o paciente está cuspindo na Gu BM posicione uma máscara de tecido (EPI) na face dele.

e. Coloque o paciente em uma posição de conforto, se possível.

f. Não coloque o paciente em posição prona (decúbito ventral) na maca.

Se após a contenção mecânica o paciente permanece agitado ou violento, ofereça O2 em máscara facial. Considere hipóxia.

3. EXAME FÍSICO DETALHADO

4. TRANSPORTE

a. Mantenha a contenção mecânica durante o transporte.

5. AVALIAÇÃO CONTINUADA

6. COMUNICAÇÕES E DOCUMENTAÇÕES

Protocolo de APH do Socorrista

Page 52: Protocolo APH

a. Relate no RAPH / REDS as razões pelas quais foi necessária a contenção mecânica do paciente

P 309 – ENVENENAMENTO E INTOXICAÇÃO

7. DIMENSIONAMENTO DA CENA / AVALIAÇÃO INICIAL

a. Promova a segurança do local

i. Não entre em locais confinados ou com atmosfera tóxica sem EPI;

ii. Tente identificar a substância tóxica;

iii. Solicite apoio, se necessário

iv. Proceda ao IFC.

8. HISTÓRICO E EXAME FÍSICO

a. Sinais e sintomas

i. Tonturas;

ii. Náuseas;

iii. Cefaléia;

iv. Vômitos;

v. Formação excessiva de saliva ou espuma na boca;

vi. Estado mental alterado, podendo chegar à inconsciência;

vii. Alterações pupilares (contraída ou dilatada);

viii. Dor abdominal;

ix. Aumento da freqüência cardíaca;

x. Padrões respiratórios anormais e dispnéia;

xi. Espasmos musculares;

xii. Erupção cutânea;

xiii. Lacrimejamento;

xiv. Diarréia;

xv. Podem ocorrer pruridos e ardência na pele;

xvi. Vermelhidão cutânea;

xvii. Choque anafilático.

b. Conduta

i. Mantenha as vias aéreas pérvias;

Protocolo de APH do Socorrista

Page 53: Protocolo APH

ii. Forneça O2 em alta concentração se o nível de consciência estiver alterado, encurtamento da respiração, dificuldade respiratória ou paciente tossindo.

iii. Considere acionar o SAV, se disponível;

iv. Determine:

1. O que – especifique a toxina e a quantidade envolvida

a. Se possível, leve com segurança para o hospital frasco do comprimido envolvida;

b. Não transporte “produtos perigosos”, apenas medicamentos.

2. Quando – tempo de exposição;

3. Por quê – a causa da exposição (acidente, etc)

4. Onde – identifique o ambiente da exposição (local confinado, indústria, silos, plantações, etc).

v. Trate toxinas específicas baseado em cuidados específicos

1. Substâncias ingerível

a. Não dê nada para o paciente beber;

b. Não induza vômito;

2. Substâncias inaláveis

a. Retire o paciente do ambiente tóxico (usando EPI);

b. Trate os sintomas: vômito, tosse, decréscimo do nível de consciência, etc;

c. Ventile, se necessário;

d. Monitore com oxímetro de pulso, exceto em caso de intoxicação por monóxido de carbono ou cianeto, em que a leitura é falsa. Ver P 603.

3. Substâncias absorvíveis

a. Remova as roupas contaminadas;

b. Lave a área contaminada copiosamente, ao menos por 20 min e continue em rota para o hospital;

i. Líquidos – lave abundantemente, mas sem contaminar áreas corporais não afetadas;

ii. Pós – usando EPI, raspe os resíduos da pele e lave com água abundante o que permanecer;

1. Olhos expostos a líquidos ou pós – lave o olho afetado com soro

Protocolo de APH do Socorrista

Page 54: Protocolo APH

fisiológico abundantemente, do nariz para a orelha.

9. EXAME FÍSICO DETALHADO

10.TRANSPORTE

a. Transporte o paciente na posição semi-reclinado ou sentado, se possível

11.AVALIAÇÃO CONTINUADA / 6. COMUNICAÇÕES E DOCUMENTAÇÕES

P 310 – ABUSO DE ÁLCOOL E DROGAS

1. DIMENSIONAMENTO DA CENA / AVALIAÇÃO INICIAL

a. Sinais e sintomas

i. Depressão do sistema nervoso (sonolência, coma, letargia e diminuição da resposta à dor);

ii. Tremores (principalmente se a vitima esta sofrendo de abstinência), abstinência acompanhada à dor;

iii. Problemas digestivos que incluem gastrite, vômito, sangramento e desidratação;

iv. Respiração excessivamente lenta ou ausente, crises convulsivas do tipo grande mal;

v. Delirium tremens;

vi. Distúrbios visuais, confusão mental e falta de coordenação muscular;

vii. Comportamento desinteressado;

viii. Perda de memória e alucinações (vultos e vozes).

ix. Odor característico ( no caso de álcool).

2. HISTÓRICO E EXAME FÍSICO

a. Conduta

i. Geral – Para todos os pacientes

1. Fique alerta para obstrução de vias aéreas e problemas respiratórios

2. Esteja pronto para aspirar e permeabilizar vias aéreas se o paciente perder a consciência, entrar em crise convulsiva ou vomitar.

3. Auxilie o paciente durante o vômito, lateralizando-o e aspirando-o.

Protocolo de APH do Socorrista

Page 55: Protocolo APH

4. Previna o choque. Ofereça O2 e aqueça o paciente.

ii. Paciente consciente

1. Chame o paciente pelo nome

2. Identifique e trate a queixa principal

3. Posicione o paciente na posição de segurança (sentado ou lateralizado) para evitar a aspiração de vômito.

4. Não deixe o paciente ferir a si mesmo.

5. Fique alerta á mudança de comportamento.

iii. Paciente inconsciente

1. Proceda a avaliação do paciente conforme P 101;

2. Examine os bolsos da vítima e ao seu redor para procurar evidencias de medicamentos, que podem complicar o quadro de forma significativa.

3. Forneça SBV

iv. Paciente em overdose

1. Esteja preparado para uma parada cardíaca. Monitore os sinais vitais constantemente; sua prioridade principal é manter as vias aéreas desobstruídas.

2. Não entre em pânico; trate a vitima com calma. Se ela estiver inalando uma substância tóxica ou estiver em perigo iminente, retire-a do local.

3. Se o paciente estiver consciente, tente sentá-lo ou deitá-loa. Não tente contê-lo, a não ser que ela represente uma ameaça.

4. Estabilize e, mantenha as vias aéreas desobstruídas. Remova qualquer corpo estranho da boca ou da garganta que possa ameaçar a respiração, incluindo próteses dentárias, sangue, muco ou vômito.

5. Administre respiração artificial, se necessário.

6. Monitore os sinais vitais freqüentemente; vitimas de overdose podem estar conscientes em um dado momento e entrar em coma em seguida. Em caso de complicações respiratórias ou cardíacas, trate imediatamente qualquer condição que ponha a vida da vitima em risco.

7. Fique alerta às reações alérgicas.

8. Reduza os estímulos ao máximo; diminua a iluminação e leve-o para o hospital de referência.Protocolo de APH do Socorrista

Page 56: Protocolo APH

9. Explique com cuidado cada etapa de tratamento para ajudar a reduzir a paranóia.

3. EXAME FÍSICO DETALHADO

4. AVALIAÇÃO CONTINUADA

5. TRANSPORTE

a. Pacientes conscientes sem suspeita de TRM devem ser conduzidos na posição semi-sentado.

b. Pacientes inconscientes e/ou com suspeita de TRM devem ser transportados na posição supina;

c. O paciente deve realizar o mínimo de esforço. Sempre que for necessário movimentá-lo, os socorristas devem fazê-lo.

d. Mesmo em caso de solicitação de sav, o transporte deve ser iniciado imediatamente. A unidade de resgate deverá ser interceptada pelo suporte avançado.

6. COMUNICAÇÕES E DOCUMENTAÇÕES

a. Informe qualquer sinal de sangue no vômito (sangue vermelho-vivo no vômito pode ser sinal de ruptura de vasos sanguíneos no estômago ou no esôfago).

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Page 57: Protocolo APH

MÓDULO 400- Traumas -

Protocolo de APH do Socorrista

Page 58: Protocolo APH

P 401 – TRAUMATISMO CRÂNIO-ENCEFÁLICO (TCE)

1. DIMENSIONAMENTO DA CENA / AVALIAÇÃO INICIAL

2. HISTÓRICO E EXAME FÍSICO

a. Sinais e sintomas

i. Cortes profundos ou lacerações no couro cabeludo;

ii. Inconsciência ou redução do nível de consciência (Escala de Coma de Glasgow – ECG);

iii. Exposição de massa cefálica;

iv. Ferimento penetrante na cabeça (arma de fogo, arma branca, objetos encravados);

v. Edema, saliências, deformidade ou fragmentos ósseos na superfície craniana;

vi. Sinal de Guaxinim (hematoma periorbitário) ou Sinal de Battle (equimose retro-auricular);

vii. Diâmetros pupilares desiguais (anisocoria);

viii. Pupilas com reação lenta ou nula à luz

ix. Sangramento pelo nariz (rinorragia) e/ou pelos ouvidos (otorragia) ou saída de líquor (fluido claro);

x. Fraqueza (paresias) ou formigamento (parestesias) em um lado do corpo;

xi. Alteração dos sinais vitais;

xii. Náuseas e vômito, quando conjugados com outros sinais/sintomas específicos;

xiii. Crise convulsiva quando conjugada com outros sinais/sintomas específicos;

b. Conduta

i. Estabilização cervical manual/mecânica

ii. Manter as vias aéreas pérvias. Em vítimas inconscientes, com controle cervical (chin-lift, jaw-trust ou jaw-lift);

iii. Utilizar cânula orofaríngea (COF) em vítimas com ECG ≤ 8;

iv. Administrar oxigênio com máscara facial e bolsa reservatória com vazão superior a 10 l/min;

v. Aspirar orofaringe em caso de vômito e/ou hemorragias nas vias aéreas superiores (rinorragia e/ou otorragia);

vi. Controlar hemorragias com curativos oclusivos;

Protocolo de APH do Socorrista

Page 59: Protocolo APH

vii. Estabilizar objetos encravados com compressas volumosas sem removê-los;

viii. Não impedir saída de líquor e/ou sangue do nariz (rinorragia) ou ouvidos (otorragia);

ix. Aquecer a vítima com manta aluminizada;

x. Considerar estado de choque;

xi. Monitorar sinais vitais e nível de consciência (Escala de Coma de Glasgow);

3. EXAME FÍSICO DETALHADO

4. TRANSPORTE

5. AVALIAÇÃO CONTINUADA

6. COMUNICAÇÕES E DOCUMENTAÇÃO

Protocolo de APH do Socorrista

Page 60: Protocolo APH

P 402 – TRAUMATISMO RAQUIMEDULAR (TRM)

7. DIMENSIONAMENTO DA CENA / AVALIAÇÃO INICIAL

a. São eventos presumivelmente relacionados à TRM

i. Ejeção do veículo;

ii. Morte de outro passageiro do mesmo veículo;

iii. Queda superior a 1 metro de altura ou 5 degraus de uma escada, especialmente se cabeça e/ou dorso colidem com superfície rígida;

iv. Capotamento de veículo;

v. Colisão a alta velocidade;

vi. Atropelamento;

vii. Acidente com motocicletas e bicicletas;

viii. Inconsciência ou alteração do estado mental após trauma;

ix. Trauma penetrante na cabeça, tórax ou abdome.

x. Mergulho em água rasa

8. HISTÓRICO E EXAME FÍSICO

a. Sinais e sintomas

i. Lesões ocultas - relacione o local com o paciente e avalie a transferência de energia;

ii. Histórico de lesão ou anormalidade na coluna;

iii. Trauma significativo acima das clavículas;

iv. Parestesia (perda de sensibilidade em extremidades);

v. Paresia (perda de movimento ou função) de membro;

vi. Fraqueza ou paralisia de extremidades

vii. Dor na região cervical

viii. Sinais e sintomas de paraplegia e tetraplegia;

ix. TCE;

x. Hipotensão mesmo após infusão venosa (choque neurogêncio)

xi. Priapismo.

b. Conduta

i. Mantenha a coluna cervical imobilizada. Primeiro manualmente, depois por meio do bashaw ou KED e prancha longa;

ii. Aplique o colar cervical do tamanho apropriado;

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Page 61: Protocolo APH

iii. Caso haja resistência, dor excessiva ou parestesia durante o posicionamento do pescoço, imobilize na posição encontrada;

iv. Mantenha a via aérea pérvea e assista a respiração, se necessário;

v. Administre O2 conforme P 604;

vi. Imobilize inicialmente com o Ked se o paciente estiver sentado; após, imobilize-o em prancha longa;

vii. Imobilize o paciente em prancha longa se o mesmo estiver em pé ou deitado;

viii. Não eleve as pernas do paciente, nem a prancha longa, ainda que em estado de choque;

ix. Aqueça o paciente.

9. EXAME FÍSICO DETALHADO

10.TRANSPORTE

11.AVALIAÇÃO CONTINUADA

a. Reavalie continuamente.

12.COMUNICAÇÕES E DOCUMENTAÇÃO

a. Comunique o hospital de referência a respeito da chegada de paciente instável com TRM.

Em crianças pequenas utilize coxins sob suas costas para manter a coluna cervical na posição neutra.

Não utilize KED em pacientes encarcerados instáveis. Faça retirada rápida.

Protocolo de APH do Socorrista

Page 62: Protocolo APH

P 403 – TRAUMA TORÁCICO

1. DIMENSIONAMENTO DA CENA / AVALIAÇÃO INICIAL

2. HISTÓRICO E EXAME FÍSICO

a. Sinais e sintomas

i. Dor localizada em segmento do tórax;

ii. Dor em inspiração profunda;

iii. Edema, saliências, deformidade ou fragmentos ósseos na

região torácica;

iv. Movimento paradoxal na ventilação quando há tórax instável

(afundamento de tórax);

v. Dilatação das veias jugulares;

vi. Dificuldade respiratória (dispnéia);

vii. Padrões anormais de ventilação (taquipnéia, bradipnéia,

etc.)

viii. Coloração azulada (cianose) dos lábios e extremidades;

ix. Desvio de traquéia;

x. Saída de bolhas (ar e sangue) em ferimentos abertos no

tórax e nas vias respiratórias;

xi. Vítima reclama de gosto de “ferrugem” na boca (hemorragia

interna);

xii. Formigamento (parestesias) em extremidades;

xiii. Diminuição do murmúrio vesicular.

b. Conduta

i. Estabilização cervical manual/mecânica;

ii. Manter as vias aéreas pérvias. Em vítimas inconscientes,

considerar abertura das vias com controle cervical (chin-lift,

jaw-trust ou jaw-lift);

iii. Caso não haja indícios de TCE/TRM, elevar a cabeceira da

maca (posição de ortopnéia);

iv. Considere assistência ventilatória com uso de BVM;

Protocolo de APH do Socorrista

Page 63: Protocolo APH

v. Aspire orofaringe e narinas em caso de vômito e/ou

hemorragias nas vias aéreas superiores (rinorragia e/ou

otorragia);

vi. Utilize cânula orofaríngea (COF) em vítimas inconscientes e

ECG ≤ 8;

vii. Estabilizar objetos encravados com compressas volumosas

sem removê-los, conforme P 407;

viii. Em trauma aberto, aplique “curativo oclusivo de três lados”

com material impermeável;

ix. Em tórax instável (afundamento de tórax) aplique curativo

volumoso bilateralmente, incluindo o segmento lesado;

x. Forneça O2, conforme P 604 e previna o estado de choque.

3. EXAME FÍSICO DETALHADO

4. TRANSPORTE

5. AVALIAÇÃO CONTINUADA

6. COMUNICAÇÕES E DOCUMENTAÇÃO.

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Page 64: Protocolo APH

P 404 – TRAUMAS ABDOMINAIS

12.DIMENSIONAMENTO DA CENA / AVALIAÇÃO INICIAL

13.HISTÓRICO E EXAME FÍSICO

a. Sinais e sintomas

i. Vômito contendo sangue (hematêmese);

ii. Trauma (aberto, fechado, penetrante) no abdômen;

iii. Objetos encravados no abdômen;

iv. Rigidez e/ou dor abdominal;

v. Hemorragia vaginal ou pelo reto;

vi. Exposição de órgãos da parede abdominal (evisceração);

vii. Indícios de estado de choque (fraqueza, tonteira, sede, ansiedade, taquipnéia, taquicardia, pele pálida, fria e úmida,etc.);

b. Conduta

i. Posicionar a vítima em posição supina, sempre que possível;

ii. Manter as vias aéreas pérvias;

iii. Administrar oxigênio em caso de sinais de estado de choque;

iv. Aquecer a vítima com manta aluminizada;

v. Em ferimentos abertos sem evisceração, controlar a hemorragia com curativo compressivo;

vi. Em ferimentos abertos com evisceração, cobrir os órgãos exteriorizados com compressa úmida (com soro fisiológico 0,9%) e cobrir esta compressa com plástico estéril para reter o calor;

vii. Estabilizar objetos encravados com compressas volumosas sem removê-los;

viii. Não oferecer nada para a vítima ingerir;

ix. Remover roupas molhadas (água, sangue, etc.) da vítima para prevenir hipotermia;

x. Monitorar sinais vitais e nível de consciência.

Jamais tente recolocar as vísceras expostas dentro da cavidade abdominal devido ao risco de infecção e de morte.

14.EXAME FÍSICO DETALHADO

15.TRANSPORTE

16.AVALIAÇÃO CONTINUADA

17.COMUNICAÇÕES E DOCUMENTAÇÕES

Protocolo de APH do Socorrista

Page 65: Protocolo APH

P 405 – TRAUMA PÉLVICO E GENITAL

13.DIMENSIONAMENTO DA CENA / AVALIAÇÃO INICIAL

14.HISTÓRICO E EXAME FÍSICO

a. Sinais e sintomas:

i. Queixa de dor na pelve;

ii. Edema progressivo, escoriações e hematomas na pelve;

iii. Ferimentos pélvicos abertos com evidências de fratura;

iv. Deformidade pélvica;

v. Rotação do membro inferior (interno ou externo);

vi. Presença de sangue na urina (hematúria);

vii. Crepitação à palpação;

viii. Hipotensão sem causa aparente;

ix. Outros indícios de estado de choque sem causa aparente;

x. Objetos encravados na pelve;

xi. Hemorragia vaginal ou pelo reto.

b. Conduta

i. Posicionar a vítima em decúbito dorsal, sempre que possível;

ii. Manter as vias aéreas pérvias;

iii. Fornecer oxigênio conforme P 604;

iv. Realizar palpação suave na pelve durante a avaliação física (latero-lateral, antero-posterior e em sínfise púbica).

v. Em ferimentos abertos sem evisceração, controlar a hemorragia com curativo compressivo;

vi. Em ferimentos abertos com evisceração, cobrir os órgãos exteriorizados com compressa úmida (com soro fisiológico 0,9%) e cobrir esta compressa com plástico estéril para reter o calor;

vii. Estabilizar objetos encravados com compressas volumosas sem removê-los;

viii. Em caso de hemorragia vaginal, cubra-a com absorvente higiênico (não se deve introduzir nada no canal vaginal);

ix. Remover roupas molhadas (água, sangue, etc.) da vítima para prevenir hipotermia;

x. Aquecer a vítima com manta aluminizada;

Protocolo de APH do Socorrista

Page 66: Protocolo APH

xi. Não oferecer nada para a vítima ingerir;

xii. Monitorar sinais vitais e nível de consciência;

xiii. Com indícios de fratura pélvica, utilize um cobertor enrolado (ou equivalente) entre as pernas do paciente, desde a virilha ate os pés, e amarre-o com bandagens, podendo ser duas abaixo do joelho (pernas) e duas acima (coxas), começando da extremidade para o interior;

O exame físico da pelve (que é feito com palpações suaves) deve ser realizado somente uma vez, pois se pode agravar a lesão se realizado repetidas vezes.

15.EXAME FÍSICO DETALHADO

16.TRANSPORTE

17.AVALIAÇÃO CONTINUADA

18.COMUNICAÇÕES E DOCUMENTAÇÃO

Protocolo de APH do Socorrista

Page 67: Protocolo APH

P 406 – CHOQUE ELÉTRICO

19.DIMENSIONAMENTO DA CENA / AVALIAÇÃO INICIAL

a. Garanta a segurança de todos os envolvidos no local;

b. Desligue a fonte de energia ou afaste o paciente (com segurança) desta fonte, antes de iniciar o atendimento;

c. Acione outros órgãos, se necessário (concessionárias de energia, Policia Militar, etc.).

20.HISTÓRICO E EXAME FÍSICO

a. Efeitos da corrente elétrica no corpo:

i. Alteração do nível de consciência;

ii. Dispnéia;

iii. Lesões associadas com trauma (quedas, ejeções, etc.);

iv. Queimaduras;

v. Laceração;

vi. Amputação traumática;

vii. Hemorragia decorrente de lesões associadas;

viii. Parada Cardiorrespiratória.

b. Conduta

i. Mantenha vias aéreas pérvias;

ii. Monitore o esforço respiratório e esteja preparado para assistência ventilatória;

iii. Se necessário, forneça oxigênio, conforme P 604;

iv. Se possível, localize o ponto de entrada e de saída da corrente elétrica (para posterior tratamento da lesão);

v. Avalie a queimadura, se houver, e a trate conforme P 411;

vi. Previna estado de choque;

vii. Trate parada cardiorrespiratória, caso haja, conforme Módulo 200;

viii. Trate as lesões potencialmente associadas ao choque elétrico conforme os protocolos específicos (fraturas, hemorragias, TCE, TRM, etc.).

Choques elétricos podem causar parada cardiorrespiratória. Mesmo que o paciente pareça estável, esteja preparado para complicações que envolvam vias aéreas ou circulação. Monitore o paciente com DEA.

Protocolo de APH do Socorrista

Page 68: Protocolo APH

Não toque na vítima antes que o circuito tenha sido interrompido.

Em choques elétricos, nem sempre as queimaduras são o problema mais grave. Arritmias cardíacas, danos ao Sistema Nervoso Central (SNC), traumas a órgãos internos e ate mesmo fraturas podem ocorrer.

21.EXAME FÍSICO DETALHADO

22.TRANSPORTE

23.AVALIAÇÃO CONTINUADA

24.COMUNICAÇÕES E DOCUMENTAÇÃO

Protocolo de APH do Socorrista

Page 69: Protocolo APH

P 407 – FERIMENTOS ESPECÍFICOS

1. DIMENSIONAMENTO DA CENA / AVALIAÇÃO INICIAL

2. HISTÓRICO E EXAME FÍSICO

a. Amputação

i. Sinais e sintomas

1. Evidente falta do membro

2. Dor no membro amputado (dor fantasma)

3. Sangramento excessivo, discreto ou ausente

ii. Conduta

1. Ponha o paciente deitado, em uma posição de conforto, se não há suspeita de TRM;

2. Limpe a superfície do coto do membro amputado, mas não esfregue;

3. Nunca complete uma amputação parcial;

4. Contenha a hemorragia, conforme P 408;

5. Coloque o membro amputado, ou parte dele em um recipiente envolto com gaze estéril embebida com soro fisiológico ou Ringer Lactato dentro de um recipiente estéril (de preferência);

6. Não coloque a parte amputada em contato direto com gelo;

7. Não imersa a parte amputada diretamente em solução salina;

8. Coloque o recipiente com o membro amputado dentro de outro recipiente com gelo, mas não use gelo seco;

9. Imobilize a parte amputada para evitar lesões adicionais;

10.Transporte a parte amputada com o paciente;

11.Trate o choque e ministre O2;

O transporte da paciente não deve atrasado para se procurar a parte amputada. Oriente quem ficou na cena de como preservar e encaminhar a parte amputada para hospital de referência.

b. Avulsão

i. Sinais e sintomas

1. Ferimento em que parte de tecidos é arrancada do corpo;

Protocolo de APH do Socorrista

Page 70: Protocolo APH

2. Dor e hemorragia intensa;

ii. Conduta

1. Adote os mesmos procedimentos para amputação

c. Ferimentos abertos: laceração, escoriação, incisão e punção

i. Sinais e sintomas

1. Sangramento e dor local ou irradiando (conforme local e profundidade);

ii. Conduta

1. Exponha a ferida, retire ou corte as roupas do paciente;

2. Limpe a superfície ferida. Retire objetos sólidos macro, de preferência com pinça, mas não tente desbridamento nem lavá-la.

3. Controle a hemorragia, conforme P 408;

4. Mantenha o paciente deitado e calmo. Não aumente a circulação.

5. Previna o choque e forneça oxigênio.

d. Objetos encravados e empalados

i. Sinais e sintomas

1. Objetos encravados são aqueles que penetram a pele e se fixam criando orifícios não naturais ao corpo.

2. Objetos empalados são aqueles que penetram por orifícios naturais do corpo e nele permanecem.

ii. Conduta

1. Objetos encravados na bochecha com hemorragia profusa ou dificultando a respiração

a. Remova objetos encravados se isto puder ser feito sem resistência;

b. Se objeto estiver em estruturas mais profundas (palato, e.g) imobilize-o no lugar;

c. Mantenha vias aéreas abertas, facilitando a drenagem da boca.

d. Contenha hemorragia com compressa entre os dentes e a bochecha e faça curativo externamente;

e. Considere a possibilidade de dentes e outros objetos sólidos na boca do paciente e os retire;

f. Prepare-se para realizar aspirações.

Protocolo de APH do Socorrista

Page 71: Protocolo APH

2. Objetos encravados no olho

a. Estabilize o objeto com curativo estéril e rolos de ataduras. Cubra-o com um copo firmemente fixado para impedir toques e movimentações.

b. Cubra o olho não afetado;

c. Previna o estado de choque e forneça O2

d. Dê suporte emocional ao paciente.

3. Objetos encravados / empalados em outros locais (que não o olho e a bochecha)

a. Estabilize o objeto com curativo volumoso;

b. Não remova o objeto, a menos que esteja impedindo a RCP;

c. Previna o estado de choque e forneça O2;

d. Dê suporte emocional ao paciente.

4. Objeto estacionário ou fixo encravado / empalado

a. Se possível, tente cuidadosamente cortar o objeto;

b. Se não possível cortar, tente transportá-lo com o paciente;

c. Se não possível transportar nem cortar, tente retirá-lo devagar. Acione o SAV, se disponível.

d. Imobilize o objeto com curativo volumoso.

Em caso de objeto encravado no tórax, que presumivelmente atingiu o coração, que esteja movimentando-se de forma rítmica, conforme os

batimentos cardíacos, não o imobilize. Deixe-o “pulsar” com o coração.

3. EXAME FÍSICO DETALHADO

4. TRANSPORTE

5. AVALIAÇÃO CONTINUADA

6. COMUNICAÇÕES E DOCUMENTAÇÃO

Protocolo de APH do Socorrista

Page 72: Protocolo APH

P 408 – HEMORRAGIA

18.DIMENSIONAMENTO DA CENA / AVALIAÇÃO INICIAL

19.HISTÓRICO E EXAME FÍSICO

a. Hemorragia interna

i. Sinais e sintomas

1. Sangramento por orifícios naturais do corpo

2. Vômito com sangue (hematêmese) ou tosse contendo sangue (hemoptise);

3. Trauma (aberto, fechado, penetrante) em tórax, abdômen ou pelve;

4. Rigidez e/ou dor abdominal;

5. Hemorragia vaginal (metrorragia) ou pelo reto;

6. Fraturas em ossos longos;

7. Indícios de estado de choque (fraqueza, tonteira, sede, ansiedade, taquipnéia, taquicardia, pele pálida, fria e úmida, etc.) sem causa aparente.

ii. Conduta

1. Posicionar a vítima em decúbito dorsal;

2. Manter as vias aéreas pérvias;

3. Administrar oxigênio conforme P 604;

4. Aquecer a vítima com manta aluminizada;

5. Remover roupas molhadas (água, sangue, etc.) da vítima para prevenir hipotermia;

6. Imobilizar fraturas, caso haja, o quanto antes para reduzir lesões internas, conforme P 604;

7. Não oferecer nada para a vítima ingerir;

8. Monitorar sinais vitais e nível de consciência;

b. Hemorragia externa

i. Sinais e sintomas

1. Perda sanguínea (arterial, venosa ou capilar) que saem de pontos de ruptura de tecidos, de origem traumática;

2. Presença de sangue de coloração vermelho vivo, geralmente em jatos sincrônicos (hemorragia arterial);

Protocolo de APH do Socorrista

Page 73: Protocolo APH

3. Presença de sangue de coloração vermelho escuro inicialmente com saída contínua (hemorragia venosa);

4. Presença de sangue de coloração de intensidade intermediaria aos anteriores, mas com escoamento lento (hemorragia capilar);

ii. Conduta

1. Faça compressão direta com compressa seca e bandagem;

2. Conjugue a elevação do membro com compressão direta, caso esta não tenha sido suficiente (exceto em suspeita de fraturas e TRM);

3. Conjugue a compressão indireta (artéria braquial ou femoral) com os métodos anteriores, caso os mesmos não tenham sido suficientes;

4. Utilize torniquete (com manguito do esfigmomanômetro ou bandagem não estreita – ao menos 5 com) caso os métodos anteriores não tenham sido suficientes;

a. Uma vez administrado o torniquete não o afrouxe mais;

b. Mantenha o torniquete exposto;

c. Anote o horário de administração e informe aos profissionais de saúde no hospital.

5. Em hemorragia agudas, deve-se sobrepor as compressas sem a remoção da anterior;

6. Administre oxigênio conforme P 604.

7. Aqueça a vítima com manta aluminizada em grandes hemorragias;

8. Em fraturas expostas, deve-se primeiro conter a hemorragia para depois imobilizar o membro.

O sangue pode ficar retido nas roupas da vítima, no chão, areia, grama, etc)

A vítima pode ter mudado de local, impedindo ao socorrista ver o volume deixado na cena da hemorragia.

Não lave a lesão com soro fisiológico, pois isso favorece o aumento ou retorno da hemorragia. Use compressa seca para remover excesso de detritos da

lesão (sem fricção excessiva)

20.EXAME FÍSICO DETALHADO

Protocolo de APH do Socorrista

Page 74: Protocolo APH

21.TRANSPORTE

22.AVALIAÇÃO CONTINUADA

23.COMUNICAÇÕES E DOCUMENTAÇÕES

CLASSIFICAÇÃO DO CHOQUE HIPOVOLÊMICO HEMORRÁGICO

Classe I Classe II Classe III Classe IV

Perda Sangüínea (ml) 700 ml 750 - 1500 ml 1500 - 2000 ml > 2000 ml

Perda Sangüínea (%)

Até 15% 15 -30% 30-40% > 40%

Freqüência de Pulso < 100 Entre 100 -120 >120 >140

Pressão Arterial Normal NormalDiminuída

(PA sistólica)Diminuída

Freqüência Respiratória

14-20 20-30 30-40 >35

Estado Mental Ansiedade

Leve

Ansiedade Moderada

Ansioso

e Confuso

Ansioso e Letárgico

Protocolo de APH do Socorrista

Page 75: Protocolo APH

P 409 – LESÕES MÚSCULO ESQUELÉTICAS

2. DIMENSIONAMENTO DA CENA / AVALIAÇÃO INICIAL

a. Assegure vias aéreas pérvias, respiração e circulação adequadas.

b. Mantenha a cabeça e coluna cervical imobilizadas manualmente, em caso de mecanismo de lesão significativo, conforme P 101, ou suspeita de TRM.

3. HISTÓRICO E EXAME FÍSICO

a. Procedimentos comuns a todos os tipos de lesões

i. Manualmente imobilize a articulação acima e abaixo do local lesionado;

ii. Avalie pulso, motricidade e sensibilidade distais antes de aplicar talas de imobilização.

considere todo ferimento aberto próximo a local de lesão músculo esquelética como possível fratura aberta.

iii. Remova ou corte as roupas do membro lesionado;

iv. Remova relógio e jóias da extremidade afetada;

v. Trate hemorragia, se presente. Não faça excessiva compressão.

vi. Se houver edema, pode ser aplicado indiretamente gelo ou compressa fria no local.

vii. Imobilize o membro lesionado conforme as seguintes diretrizes:

1. Ossos longos

a. Se o osso está angulado ou a extremidade distal está cianótica ou sem pulso tente alinhar o membro, aplicando tração manual antes de imobilizar com talas. Se houver resistência, imobilize na posição encontrada.

Imobilize fratura exposta (com exposição óssea visivel) na posição encontrada

b. Meça a tala e a aplique, imobilizando o membro e a articulação acima e abaixo do local lesionado;

c. Mantenha o pé e a mão em posição funcional (neutra);

d. Revalie pulso, motricidade e sensibilidade distais depois de aplicar talas de imobilização.

2. Lesões nas ou próximo às articulações

a. Aplique estabilização manual;

Protocolo de APH do Socorrista

Page 76: Protocolo APH

b. Avalie pulso distal antes e depois da aplicação da tala;

c. Imobilize o membro na posição encontrada;

d. Imobilize uma articulação acima e outra abaixo do local lesionado;

b. Aplicação da tala de tração de fêmur

i. Indicação

1. Fraturas fechadas em terço médio (diáfise) do fêmur;

ii. Contra-indicação

1. Fraturas de fêmur associadas a

a. Fraturas em extremidades;

b. Lesões envolvendo o joelho;

c. Lesões envolvendo pelve, ou glúteos;

d. Amputação parcial ou avulsão com separação óssea no membro;

e. Lesões em perna, pé ou tornozelo;

2. Esmagamento de músculo da cocha e/ou fêmur;

3. Fratura aberta do fêmur;

4. EXAME FÍSICO DETALHADO

5. TRANSPORTE

6. AVALIAÇÃO CONTINUADA

7. COMUNICAÇÕES E DOCUMENTAÇÃO

Trate o choque. Administre O2 conforme P 604.

Protocolo de APH do Socorrista

Page 77: Protocolo APH

P 410 – LESÕES NA CABEÇA E PESCOÇO

24.DIMENSIONAMENTO DA CENA / AVALIAÇÃO INICIAL

25.HISTÓRICO E EXAME FÍSICO

a. Lesões nos olhos

i. Conduta

1. Cubra os olhos com curativo oclusivo seco, inclusive o não afetado;

2. Não lave o ferimento em caso de corte ou objeto encravado;

3. Estabilize objeto encravado com várias camadas de gaze/compressas e cubra o objeto com copo plástico, se disponível, para se evitar o toque no msmo;

4. Em vítimas inconscientes ou desorientadas, deve-se prender suas mãos na prancha-longa ou maca para evitar que possam remover o curativo agravando a lesão;

5. Em caso de avulsão do olho, não tente recolocá-lo na cavidade orbital;

6. Não faça compressão direta no globo ocular

7. Trate queimaduras conforme P 411.

b. Lesões faciais

i. Conduta

1. Não havendo suspeita de TCE ou TRM, mantenha a vítima sentada com a cabeça levemente inclinada para frente, permitindo-se a drenagem de sangue pela boca;

2. Em cortes externos, contenha a hemorragia com curativo compressivo no local;

3. Em cortes internos, contenha a hemorragia com curativo compressivo no local, com uma ponta dele para fora da boca (facilitar sua retirada se necessário). Deve-se atentar com o risco de aspiração do curativo;

4. Estando a vítima em prancha-longa, utilize o aspirador para garantir as vias aéreas pérvias;

5. Remova próteses dentárias;

6. Caso o objeto encravado obstrua as vias respiratórias, siga P 407;

7. Em avulsão (perda de tecido) use gaze/compressa em abundância sendo a parte avulsionada guardada em um plástico estéril ou gaze, preferencialmente resfriados;Protocolo de APH do Socorrista

Page 78: Protocolo APH

8. Em caso de avulsão de dente em traumas isolados (acidentes domésticos), transporte o dente avulsionado em copo com leite (preferencialmente) ou soro fisiológico, sem tocar na raiz do dente, nem limpá-lo.

c. Lesões em nariz

i. Conduta

1. Não havendo suspeita de TCE ou TRM, ponha a vítima sentada com a cabeça levemente inclinada para frente, apertando-se suas narinas, orientando a respirar ela boca;

2. Manter a compressão das narinas pelo tempo necessário para se controlar a hemorragia;

3. Estando a vítima em prancha-longa, utilize o aspirador para garantir as vias aéreas pérvias;

4. Estabilize objetos encravados/empalados sem removê-los e sem obstruir as vias respiratórias;

5. Não oclua as narinas com curativos;

6. Em avulsão (perda de tecido) use compressa em abundância sendo a parte avulsionada guardada em um plástico estéril ou gaze, preferencialmente resfriados, conforme P 407.

d. Lesões em orelhas

i. Conduta

1. Em caso de lesão com hemorragia, faça curativo compressivo;

2. Em caso de sangramento pelo ouvido (otorragia), faça curativo oclusivo, sem impedir a saída do sangue e líquor;

3. Em lacerações, utilize diversas camadas de compressa começando, começando atrás da orelha e depois na sua frente;

4. Em avulsão (perda de tecido) use compressa em abundância sendo a parte avulsionada guardada em um plástico estéril ou gaze, preferencialmente resfriados;

e. Lesões no pescoço

i. Conduta

1. Mantenha as vias aéreas pérvias;

2. Faça compressão direta no local com a sua mão enluvada;

3. Aplique a pressão necessária para parar o sangramento, mas não pressione ambos os lados ao mesmo tempo;Protocolo de APH do Socorrista

Page 79: Protocolo APH

4. Faça curativo oclusivo com material não aspirável através do ferimento aberto. A borda do curativo deve ultrapassar ao menos 5 cm da borda do ferimento.

5. Coloque uma bandagem sobre o curativo oclusivo;

6. Não permita que a bandagem obstrua as vias aéreas nem a circulação do pescoço;

7. Se o mecanismo da lesão puder causar lesão cervical, imobilize o pescoço com colar cervical.

26.EXAME FÍSICO DETALHADO

27.TRANSPORTE

28.AVALIAÇÃO CONTINUADA

29.COMUNICAÇÕES E DOCUMENTAÇÕES

P 411 – QUEIMADURAS

Protocolo de APH do Socorrista

Page 80: Protocolo APH

25. DIMENSIONAMENTO DA CENA / AVALIAÇÃO INICIAL

a. Verifique o tipo de queimadura

i. Térmicas (pelo frio e pelo calor)

ii. Elétricas

iii. Químicas

b. Mantenha o local seguro. Retire a vítima do ambiente hostil;

26. HISTÓRICO E EXAME FÍSICO

a. Profundidade da queimadura

i. Primeiro Grau (superficial): atingindo apenas a primeira camada da pele (epiderme); caracteriza-se por ser uma queimadura dolorosa mas que regride em poucos dias.

ii. Segundo Grau (moderada): queimadura mais profunda (epiderme + derme) causa bolhas (flictenas), eritemas e manchas e é muito dolorosa.

iii. Terceiro Grau (profunda): pode atingir todas as camadas como gorduras, músculos, nervos, ossos e órgãos; aparência esbranquiçada, com tecidos negros e sem vida; não há dor porque as terminações nervosas responsáveis pela sensibilidade à dor foram também queimadas; nas bordas poderá haver queimaduras de primeiro e segundo grau.

b. Extensão de uma queimadura – regra dos 9

i. Percentual da superfície corporal

c. Aspectos da queimadura

Protocolo de APH do Socorrista

1-4 Anos 5-14 Anos Adulto

Page 81: Protocolo APH

i. Primeiro Grau (superficial): seca, rubor, edema mínimo ou ausente.

ii. Segundo Grau (moderada): flictenas, aspecto húmido (exsudativo), aspecto rosado, edema.

iii. Terceiro Grau (profunda): seca, branca pálida (aspecto de couro) ou carbonizada, rígida e sem elasticidade, destruição total de terminações nervosas, folículos pilosos e glândulas sudoríparas com possível destruição óssea.

d. São queimaduras graves

i. em mãos, pés, face, virilha, nádegas, coxas, articulações, que circulem o corpo, que envolvam aparelho respiratório e genitália;

ii. em vias aéreas (manifestadas por dificuldade respiratória, dor e pelos nasais chamuscados);

iii. de 2º e 3º graus em mais que 20% da área do corpo;

iv. queimaduras elétricas;

v. queimaduras associada a:

1. idade maior de 55 anos e menor 5 anos;

2. fraturas em ossos longos;

e. Sinais e Sintomas

i. Primeiro Grau (superficial): dor que suaviza com o frio e hipersensibilidade;

ii. Segundo Grau (moderada): dor e hipersensibilidade.

iii. Terceiro Grau (profunda): indolor, edema, choque, possibilidade de porta de entrada e de saída na queimadura elétrica.

A extensão aparente da lesão tecidual em uma queimadura elétrica, não reflete com exatidão a gravidade da lesão. Trate sempre como grave.

Os pacientes queimados podem ter outras lesões e o aspecto da queimadura não pode desviar a atenção dos socorristas de lesões com risco de vida.

f. Conduta

i. Exponha o corpo do paciente, removendo as roupas não aderidas a pele. Corte as roupas aderidas a pele.

ii. Remova anéis, relógios e joalherias;

iii. Determine a área afetada e a profundida;

iv. Resfrie a área afetada com soro fisiológico frio, limitando-se a no máximo 10% da área corporal;

v. Cubra á área queimada com curativo estéril umedecido com soro fisiológico ou uso o Kit de Queimaduras da UR;

Protocolo de APH do Socorrista

Page 82: Protocolo APH

vi. Raspe pós químicos e lave abundantemente líquidos, ao menos por 20 min com solução salina e procure saber a natureza química e o tempo de ação de ambos;

vii. A queimadura deverá ser protegida do ar, do vento e da poeira e outras sujeiras;

viii. Cubra o olho queimado e o não queimado com compressa de gaze umedecida com soro fisiológico.

ix. Dedos queimados devem ser separados com gaze;

x. Em queimaduras elétricas verifique sempre dois possíveis locais de lesão e frequentemente este tipo de queimadura podem levar a vítima a PCR esteja atento para aplicar RCP;

xi. Não fure nenhuma bola;

xii. Trate lesões adicionais;

xiii. Previna o estado de choque e forneça O2 conforme P 604;

xiv. Considere acionar SAV, se disponível;

Cuidado ao resfriar paciente pediátrico. Isso pode acelerar o estado de choque

27. EXAME FÍSICO DETALHADO

28. TRANSPORTE

a. Transporte a um centro de referência;

b. Aqueça o paciente durante o transporte.

29. AVALIAÇÃO CONTINUADA

30. COMUNICAÇÕES E DOCUMENTAÇÃO

P 412 – VIOLÊNCIA SEXUAL

Protocolo de APH do Socorrista

Page 83: Protocolo APH

7. DIMENSIONAMENTO DA CENA / AVALIAÇÃO INICIAL

a. Atenção com sua segurança. O agressor pode estar por perto.

b. Tente preservar o local do crime para a atuação da perícia.

c. Socorrista do mesmo sexo da vítima pode melhor se relacionar com ela se a mesma encontra-se em crise emocional.

d. Não expresse julgamento da situação. Mantenha uma atitude de cuidado do paciente.

e. Tanto quanto possível, desencoraje a vítima a trocar de roupa, lavar-se, urinar e defecar a fim de preservar evidências.

f. Mantenha o fato sobre estrita confidencialidade.

g. Tão logo confirme a violência sexual, acione a polícia, se já não foi feito antes.

8. HISTÓRICO E EXAME FÍSICO

a. Sinais e sintomas

i. Alterações emocionais: vítima chorosa;

ii. Lesões faciais com hemorragia profusa são comuns;

iii. Dor e sangramento no local do abuso;

iv. Outras lesões difusas.

b. Conduta

i. Tranqüilize a vítima e forneça apoio emocional;

ii. Administre O2 se indicado;

iii. Trate lesões específicas conforme protocolos específicos;

iv. Havendo sangramento na vagina, faça curativo compressivo. Não introduza compressa no canal vaginal.

v. Não limpe secreções da área genital e anal.

vi. Administre oxigênio conforme P 604;

vii. Esteja alerta ao choque e trate-o;

9. EXAME FÍSICO DETALHADO

10.AVALIAÇÃO CONTINUADA

11.TRANSPORTE

12.COMUNICAÇÕES E DOCUMENTAÇÕES

a. Não relate detalhes do fato ao COBOM / SOU / SOF próximo a vítima, responsáveis por ela ou parentes;

b. Relate no REDS / RAPH todos os fatos observados e tratamentos oferecidos;

Protocolo de APH do Socorrista

Page 84: Protocolo APH

c. Se a vítima for menor de idade, a Unidade deve acionar o conselho tutelar nos termos do Art. 12 do ECA, se já não foi feito pelos órgãos policiais.

d. Se a vítima for idoso, a Unidade deve acionar as autoridades competentes (Art. 19 do Estatuto do Idoso), se já não foi feito pelos órgãos policiais:

1. Autoridade policial;

2. Ministério Público;

3. Conselho Municipal do Idoso;

4. Conselho Estadual do Idoso;

5. Conselho Nacional do Idoso.

e. Se a vítima for mulher, além dos encaminhamentos acima, acionar a autoridade policial, nos termo da Lei Federal Nº 11.340, de 7Ago06 – Lei Maria da Penha, se já não foi feito pelos órgãos policiais.

Não tente examinar examinar a área genital e anal, a menos que haja sangramento abuindante a ser contido.

Protocolo de APH do Socorrista

Page 85: Protocolo APH

MÓDULO 500- Emergêngias Ambientais-

P 501 - AFOGAMENTO

Protocolo de APH do Socorrista

Page 86: Protocolo APH

31. DIMENSIONAMENTO DA CENA / AVALIAÇÃO INICIAL

a. Afogamento é a aspiração de líquido não corporal por submersão ou imersão.

b. Afogamento primário

i. É o tipo mais comum de afogamento. Ocorre o quadro de asfixia. É encontrado em cerca de 87% dos casos. Não tem causa precipitante. A vítima apresenta cianose e congestão, podendo apresentar espuma em boca e nariz.

c. Afogamento Secundário

i. É o afogamento causado por patologia ou incidente associado que o precipita. Ocorre em 13% dos casos de afogamento.

d. Resgate – ocorre quando a vítima é resgatada da água e não apresenta tosse ou espuma na boca e/ou nariz.

e. Já cadáver - é a morte por afogamento sem chances de iniciar RCP, comprovada por tempo de submersão superior a 1 hora ou sinais evidentes de morte.

f. Classificação do afogamento

Grau Consciência Sinais

1 Sim Tosse sem espuma na boca / nariz

2 Sim Pouca espuma na boca / nariz

3 Sim Grande quantidade de espuma na boca / nariz

4 SimGrande quantidade de espuma na boca / nariz, sem pulso radial

5 Não Parada respiratória, com pulso

6 NãoParada cardiorrespiratória e afogamento < 1 hora

JÁ CADÁVERAfogamento > 1 hora, sinais evidentes de morte.

32. HISTÓRICO E EXAME FÍSICO

a. Sinais e sintomas mais comuns e conduta

i. Resgate

1. Sinais e sintomas

a. Sem tosse, sem espuma na boca/nariz nem dificuldade na respiração

Protocolo de APH do Socorrista

Page 87: Protocolo APH

2. Conduta

a. Avalie e libere do local.

ii. Afogamento Grau 1

1. Sinais e sintomas

a. Tosse sem espuma na boca ou nariz.

2. Conduta

a. Repouso, aquecimento e medidas que visem o conforto e tranqüilidade do paciente.

b. Não há necessidade de oxigenação ou hospitalização.

iii. Afogamento Grau 2

1. Sinais e sintomas

a. Pouca espuma na boca e/ou nariz

2. Conduta

a. Oxigênio a 10 litros/min, com máscara de não re-inalação

b. Aquecimento corporal, repouso e tranquilização.

c. Encaminhar ao Hospital.

iv. Afogamento Grau 3

1. Sinais e sintomas

a. Muita espuma na boca e/ou nariz, sem pulso radial

2. Conduta

a. Oxigênio a 15 litros/min, com máscara de não re-inalação.

b. Posição lateral de segurança sobre o lado direito.

c. Encaminhar ao Hospital.

v. Afogamento Grau 4

1. Sinais e sintomas

a. Muita espuma na boca e/ou nariz sem pulso radial

2. Conduta

a. Oxigênio por máscara de não re-inalação a 15 litros/min no local do acidente.

b. Observe a respiração com atenção - pode haver parada respiratória – utilize o oxímetro de pulso.

c. Posição lateral de segurança sobre o lado direito.

d. Encaminhar ao Hospital.

vi. Afogamento Grau 5

1. Sinais e sintomas

Protocolo de APH do Socorrista

Page 88: Protocolo APH

a. Parada respiratória com pulso carotídeo ou sinais de circulação presente.

2. Conduta

a. Ventilação com BVM com O2 a 15 l/min – utilize oxímetro de pulso.

b. Após retornar a respiração espontânea - trate como grau 4.

c. Posição lateral de segurança sobre o lado direito.

d. Encaminhar ao Hospital.

vii. Afogamento Grau 6

1. Sinais e sintomas

a. Parada Cardiorrespiratória (PCR).

2. Conduta

a. Reanimação Cardiopulmonar (RCP) conforme P 604;

b. Após sucesso da RCP - trate como grau 4;

c. Caso não tenha sucesso até o terceiro choque encaminhe ao Hospital, realizando RCP.

b. Algoritmo do APH ao afogado

Em afogamento grau 2 a grua 6 aqueça o paciente, forneça O2, previna ou trate o choque.

33. EXAME FÍSICO DETALHADO

34. AVALIAÇÃO CONTINUADA

Protocolo de APH do Socorrista

Page 89: Protocolo APH

35. TRANSPORTE

36. COMUNICAÇÕES E DOCUMENTAÇÕES

P 502 – ACIDENTES DE MERGULHO

Protocolo de APH do Socorrista

Page 90: Protocolo APH

Barotrauma: Qualquer lesão ocorrida em ambiente sob pressão do meio.

Ambiente: O ambiente físico do mergulho afeta seu corpo e pode resultar em problemas de

saúde. Nem todos os médicos estão familiarizados com os sinais e sintomas de doenças de

mergulho.

Ar: Após alguns minutos ou horas respirando gás comprimido (mergulho autônomo ou

dependente) a manifestação de sinais e sintomas característicos pode exigir a imediata

remoção para um serviço de medicina hiperbárica.

Doença Descompressiva (Bends): Dores articulares, amortecimento, formigamento ou

fraqueza são sintomas comuns. Dores nas costas ou abdominais, paralisia, perda do

controle de bexiga ou intestino, falta de ar, dores de cabeça, cegueira parcial ou total,

confusão mental, dores no peito, tosse e vertigem, são sintomas menos comuns.

Embolia Arterial Gasosa (EAG): Alteração do nível de consciência, inconsciência,

paralisia, fraqueza, confusão mental, dores de cabeça ou qualquer alteração neurológica.

Pode estar associado com pneumotórax, enfisema do mediastino e/ou subcutâneo na região

do pescoço e tórax. Pode ocorrer em qualquer mergulho respirando gases comprimidos,

inclusive em profundidades pequenas, como a 1 metro.

Mal Descompressivo (MD): Não perca tempo tentando diagnosticar se foi DD ou EAG,

trate como mal descompressivo e inicie os primeiros socorros até conseguir um histórico

detalhado sobre os fatos e auxílio de um médico hiperbárico.

Os principais sinais e sintomas de doença descompressiva acontecem até 2 horas

após o mergulho.

Os principais sinais e sintomas de EAG acontecem até meia hora após o mergulho.

P 502 – ACIDENTES DE MERGULHO

13. DIMENSIONAMENTO DA CENA / AVALIAÇÃO INICIAL

14. HISTÓRICO E EXAME FÍSICO

a. Sinais e sintomas

Protocolo de APH do Socorrista

Page 91: Protocolo APH

i. Constate MD a partir dos sinais e sintomas característicos, queixa principal e Escala de Coma de Glasgow.

ii. Verifique se o paciente respirou debaixo d’água, usando um aparato com ar comprimido

1. Se não

O acidente não é relacionado ao mergulho. Transporte ao hospital mais próximo

2. Se sim

Verifique se os sinais e sintomas são moderados ou graves

(a) Moderados

1. fadiga

2. erupção na pele

3. coceira

(b) Graves

1. fraqueza fora do normal

2. dores nas articulações, abdômen e região lombar

3. tonteira, dificuldade de ver e falar,

4. paralisia e formigamento

5. dificuldade de respirar, tosse severa, boca espumante e sangrenta

6. diminuição ou perda de consciência

7. convulsões

b. Conduta

i. Classifique o paciente na Escala de Coma de Glasgow – ECG

Se sintomas são moderados

(a) Administre O2 a 100%

(b) Aqueça o paciente

(c) Deixe o paciente deitado de lado, com corpo nivelado, com a cabeça amparada

(d) Administre por via líquidos sem álcool, como sucos de fruta, para reidratá-lo.

(e) Esteja atento para sintomas mais sérios

(f) Encaminhe ao hospital mais próximo

Se sintomas são graves

(a) Mantenha uma via aérea aberta

Protocolo de APH do Socorrista

Page 92: Protocolo APH

(b) Caso necessário inicie RCP

(c) Caso o paciente esteja respirando por si mesmo forneça O2 a 100%

(d) Aqueça o paciente

(e) Deixe o paciente de lado, com o corpo nivelado e a cabeça amparada

(f) Em caso de convulsões, não contenha o paciente, ampare sua cabeça e pescoço

(g) Proteja o paciente do calor excessivo, frio umidade e vapores nocivos

(h) Caso o paciente esteja consciente administre por via oral líquidos sem álcool, como sucos de fruta, para reidratá-lo.

(i) Transporte imediatamente para o hospital mais próximo

(j) Continue fornecendo O2 durante o transporte mesmo que haja melhora

ii. Mesmo que aplicando os primeiros socorros o paciente apresente melhoria, não interrompa o fornecimento de O2 até que o mesmo esteja dentro de um hospital, sendo atendido por um médico. A primeira referência é o hospital mais próximo, sempre.

iii. O uso de O2 a 100% para acidentes de mergulho com vítimas respirando, estando conscientes ou não, será sempre com válvula de demanda e sem umidificador, mesmo durante o transporte. Para pacientes em parada respiratória ou cardiorrespiratória será sempre com bolsa válvula-máscara com O2 a 15 l/min, sem umidificador.

iv. Nunca deixe um mergulhador acidentado com a cabeça para baixo, para cima ou sentado. Ficou comprovado que nestas posições ele desenvolve embolia e edema cerebral mais rapidamente.

15. EXAME FÍSICO DETALHADO

16. AVALIAÇÃO CONTINUADA

17. TRANSPORTE

a. Não coloque a vítima de mergulho em uma aeronave de asa rotativa antes de 12 horas após o mergulho, sem antes fornecer O2 e encaminhar ao hospital mais próximo do local do acidente por ambulância terrestre. O vôo após o mergulho pode provocar doença descompressiva através da produção e expansão de bolhas já existentes, desidratação devido a altitude e induzir a DD, principalmente após um mergulho repetitivo longo e de saturação. Caso seja estritamente necessário o deslocamento pelo ar, o piloto não deverá ultrapassar 500 metros de altitude para o bem estar do paciente. Se possível, recomenda-se voar entre 245 a 300 metros.

18. COMUNICAÇÕES E DOCUMENTAÇÃOProtocolo de APH do Socorrista

Page 93: Protocolo APH

P 503 – ANIMAIS PEÇONHENTOS

37.DIMENSIONAMENTO DA CENA / AVALIAÇÃO INICIAL

Protocolo de APH do Socorrista

Page 94: Protocolo APH

a. Mantenha a cena segura. Se impossível à UR, acione Salvamento, PMMG, etc

38.HISTÓRICO E EXAME FÍSICO

a. Sinais e sintomas

i. Dor no local da inoculação;

ii. Hematoma no local da inoculação;

iii. Vermelhidão no local da inoculação (eritema);

iv. Inchaço no local da inoculação (edema);

v. Perda da motricidade;

vi. Fraqueza;

vii. Dormência;

viii. Náuseas;

ix. Vômito;

x. Pulso rápido (taquicardia);

xi. Dificuldade respiratória (dispnéia);

xii. Hemorragia no local da inoculação;

xiii. Hemorragia nasal (epistaxe);

xiv. Hemorragia por vias urinarias (hematúria);

xv. Pálpebras caídas (ptose palpebral);

xvi. Salivação grossa e excessiva;

xvii. Sudorese;

xviii. Ansiedade;

Os sinais e sintomas estão diretamente relacionados com que tipo de veneno/peçonha foi inoculado no paciente.

b. Conduta

i. Mantenha o paciente calmo e em repouso;

ii. Identifique o animal agressor (cobra, aranha, insetos, escorpiões) se possível;

iii. Localize o local da inoculação (identificar com caneta, se possível);

iv. Lave o local da inoculação com água e sabão neutro;

v. Deite o paciente. Caso o paciente esteja dispnéico, colocá-lo na posição semi-sentada;

vi. Forneça oxigênio conforme P 604;

vii. Não deixe o paciente se movimentar excessivamente;

Protocolo de APH do Socorrista

Page 95: Protocolo APH

viii. Remova anéis, jóias, braceletes e outros objetos que possam fazer constrição no membro afetado;

ix. Não corte ou perfure a pele para extrair sangue;

x. Não aperte, esprema ou aspire o local da inoculação;

xi. Não utilize torniquetes;

xii. Pode ser aplicada compressa fria, EXCETO PARA PICADAS DE COBRAS;

xiii. O socorrista deve manter o membro afetado, se possível, abaixo do nível do coração.

xiv. Leve o paciente imediatamente ao hospital de referência mais próximo para continuidade do tratamento, incluindo soroterapia para alguns casos.

Não perca tempo tentando localizar o animal. Em caso de mordida de animal, trate os ferimentos conforme protocolos próprios.

Havendo suspeita de hidrofobia, comunicar no hospital e orientar os responsáveis ou zoonoses a manter o animal preso por 10 dias.

39.EXAME FÍSICO DETALHADO

40.TRANSPORTE

41.AVALIAÇÃO CONTINUADA

42.COMUNICAÇÕES E DOCUMENTAÇÃO

P 504 – EMERGÊNCIAS RELACIONADAS AO CALOR

37. DIMENSIONAMENTO DA CENA / AVALIAÇÃO INICIAL

Protocolo de APH do Socorrista

Page 96: Protocolo APH

38. HISTÓRICO E EXAME FÍSICO

a. Tipos de emergências mais comuns

i. Câimbras musculares pelo calor

1. Causa

a. Incapacidade de repor Na Cl perdido na sudorese;

b. Problemas eletrolíticos e musculares

2. Sinais e sintomas

a. Câimbras musculares dolorosas, normalmente nas pernas e abdômen.

ii. Desidratação

1. Causa

a. Incapacidade de repor a perda de suor com líquido

2. Sinais e sintomas

a. Sede, náusea, fadiga excessiva;

b. Hipovolemia, diminuição da termoregulação;

c. Redução da capacidade física e mental.

iii. Exaustão pelo calor

1. Causa

a. Esforço físico no calor excessivo, sem ingestão adequada de água;

2. Sinais e sintomas

a. Taquicardia, fraqueza, marcha instável;

b. Fadiga extrema, pele úmida e pegajosa;

c. Cefaléia, tontura, náusea e desmaio;

d. Se não tratada, pode provocar INTERMAÇÃO.

iv. Intermação

1. Causa

a. Altas temperaturas centrais > 40,6ºc;

b. Rupturas celulares, disfunção de múltiplos órgãos e sistemas;

c. Distúrbio neurológico com falha no centro termoregulador.

2. Sinais e sintomas

a. Alterações no estado mental;

b. Comportamento irracional ou delírio;

c. Possível tremor;

Protocolo de APH do Socorrista

Page 97: Protocolo APH

d. Inicialmente taquicardia, evoluindo tardiamente para bradicardia;

e. Hipotensão, respiração rápida e superficial;

f. Pele quente, úmida OU seca;

g. Perda da consciência, convulsões e coma.

b. Conduta

i. Câimbras musculares pelo calor

1. Remova para um lugar fresco;

2. Faça alongamento muscular;

3. Permita ao paciente beber líquidos isotônicos (se não houver outro agravo clínico ou traumático associado e se não houver diminuição do nível de consciência).

ii. Desidratação

1. Reponha a perda de suor com líquidos levemente salgados (se não houver outro agravo clínico ou traumático associado e se não houver diminuição do nível de consciência).

2. Mantenha o paciente em posição supina;

iii. Exaustão pelo calor

1. Remova da fonte de calor e posicione o paciente em local fresco (pode ser dentro da UR, com ar condicionado ligado);

2. Resfrie o corpo com água fria e ventilação;

3. Permita ao paciente ingerir líquido levemente salgados ou isotônicos (se não houver outro agravo clínico ou traumático associado e se não houver diminuição do nível de consciência).

iv. Intermação

1. Resfrie imediatamente o paciente com água gelada ou pacotes de gelo nas axilas, virilha e pescoço;

2. Envolva o paciente com panos úmidos e ventile o seu corpo;

3. Não dê nada para o paciente beber;

4. Trate o estado de choque;

5. Transporte imediatamente.

39. HISTÓRICO E EXAME FÍSICO

40. EXAME FÍSICO DETALHADO

41. TRANSPORTE

a. Se o paciente está com náusea ou vômito transporte em decúbito lateral.

42. COMUNICAÇÕES E DOCUMENTAÇÕES

Protocolo de APH do Socorrista

Page 98: Protocolo APH

P 505 – HIPOTERMIA E CONGELAMENTO

30.DIMENSIONAMENTO DA CENA / AVALIAÇÃO INICIAL

Protocolo de APH do Socorrista

Page 99: Protocolo APH

a. Promova a segurança da cena. Se o paciente está em uma câmara de resfriamento, por exemplo, retire-o com EPI adequado;

b. Segundo a AHA, assim se classifica a hipotermia

i. Leve: 34 ºc a 36 ºc

ii. Moderada: 30°C a 34 ºc

iii. Grave: < 30 ºc

c. Segundo o PHTLS

i. Hipotermia primária é causada por condições ambientais adversas;

1. Imersão água < 21 ºc

2. Exposição em atmosfera fria, etc

ii. Hipotermia secundária é causado por condições fisiológicas adversas

1. Recém nascidos e lactentes

2. Associadas ao alcoolismo ou traumas

3. Drogas ou medicamentos

4. Cocaína

5. Todos os idosos

6. Hipotireoidismo, doenças cardíacas e diabetes

7. Queimados

8. Pacientes desnutridos

9. Moradores de rua

iii. O congelamento ocorre quando o membro afetado esfria a menos de 2º C, causando destruição de células com aparecimento de bolhas e hematomas.

31.HISTÓRICO E EXAME FÍSICO

a. Sinais e sintomas

i. Hipotermia leve

1. Sensação de frio;

2. Nível de consciência inalterado;

3. Tremores;

4. Respiração rápida;

ii. Hipotermia moderada

1. Rigidez muscular

2. Perda da coordenação

Protocolo de APH do Socorrista

Page 100: Protocolo APH

3. Paciente confuso, letárgico e sonolento

4. Pacientes normalmente sentados ou deitados (não confundir com uso de drogas e álcool)

iii. Hipotermia grave

1. Irresponsivo

2. PA indeterminável

3. 1 ou 2 movimentos respiratórios por minuto

4. Parada cardiorrespiratória

5. Morte aparente

iv. O congelamento é classificado em 1º, 2º, 3º e 4ºgraus.

b. Conduta geral

1. Retire o paciente do ambiente frio

2. Retire roupas molhadas

3. Leve para interior da UR e aqueça o ar (ideal 29º C)

4. Cubra a cabeça, pescoço e tronco com cobertores quentes;

5. Monitore a temperatura corporal;

6. Evite agitação e movimentação exagerada do paciente;

7. Não permita que ele ande ou se exercite;

8. Cubra todo o corpo com cobertor;

9. Pacientes conscientes sem agravos adicionais podem beber líquidos quentes não alcoólicos e sem cafeína.

c. Conduta específica para hipotermia

1. Em hipotermia moderada e grave, fluidos intravenosos a 40º C (apenas SAV)

a. O BM pode aquecer o soro fisiológico envolvendo o frasco em toalha e colocando sobre o motor da UR parada;

2. Em hipotermia grave, RCP se necessário;

3. Administre O2, conforme P 604;

4. A oximetria pode estar alterada, conforme visto em P 603;

d. Conduta específica para congelamento

1. Cubra frouxamente o membro afetado com uma compressa seca, estéril e não aderente, sem comprimir

2. Os dedos das mãos e dos pés devem ser separados e protegidos por gaze estéril;

Protocolo de APH do Socorrista

Page 101: Protocolo APH

3. Não drene as bolhas;

4. Tente elevar as mãos e os pés para reduzir o edema (se não houver lesão músculo-esquelética associada);

5. Não permita que a parte descongelada volte a congelar (risco de trombose);

“O paciente não está morto até que esteja aquecido e morto”. Ou seja, pacientes hipotérmicos podem parecer mortos, mas tem potencial de serem

viáveis. Faça RCP e aqueça o paciente antes de presumir a morte.

Acione o SAV, se disponível.

32.EXAME FÍSICO DETALHADO

33.TRANSPORTE

a. Proteja os tecidos frágeis de lesões adicionais durante o transporte de vítima de congelamento.

34.AVALIAÇÃO CONTINUADA

35.COMUNICAÇÕES E DOCUMENTAÇÃO

Protocolo de APH do Socorrista

Page 102: Protocolo APH

MÓDULO 600- Procedimentos Gerais-

P 601 – ISOLAMENTO DE FLUIDOS CORPORAIS

1. CRITÉRIO DE EMPREGO DO PROTOCOLO

a. Este procedimento deve ser adotado quando houve contato com

substancias corpóreas do paciente e/ou quando for realizar

limpeza/desinfecção de áreas ou equipamentos contendo sangue e

outros fluidos corpóreos.

Protocolo de APH do Socorrista

Page 103: Protocolo APH

b. A cada paciente atendido, o socorrista pode entrar em contato com

diversos microrganismos patogênicos sem saber, portanto

biossegurança é para todo atendimento.

8. PARA TODOS OS TIPOS DE PACIENTES

a. Use luvas de procedimento com talco em todos chamados em que

houver contato com sangue ou qualquer outro fluido corporal

(drenagem, urine, vômito, fezes, diarréia, saliva, muco nasal e

secreção genital) ou quando precisar tocar objetos que entraram em

contato com esses.

b. Lave suas mãos freqüentemente durante a Prontidão de Incêndio e

sempre após cada chamado. Lave as mãos mesmo se tiver utilizado

luvas durante o atendimento e se possíveis reidrate a pele com creme

de escolha pessoal.

c. Utilize água e sabão neutro durante 15 segundos antes de secar;

d. Antes de lavar, retire relógios, anéis e qualquer adorno das mãos e

braços

e. Molhe completamente as mãos e pulso e dispensar sabão em ambas

f. Ensaboe as mãos friccionando todas as faces (palma, dorso,

interdigitais, articulações e unhas);

g. Enxágüe as mãos totalmente no sentido das extremidades para o

centro;

h. Pegue o papel toalha, feche a torneira sem tocá-la e enxugue ambas

as mãos;

i. Use sempre óculos contra respingo de fluidos corporais provenientes

de hemorragias arteriais ou qualquer outro ferimento. Caso ocorra o

contato entre os fluidos do paciente e a pele do socorrista, tão logo

seja possível, lave a região com água e sabão.

j. Use máscara com válvula de sentido único ou máscara com

reservatório quando precisar realizar ventilação no paciente.

k. Reporte imediatamente qualquer acidente entre pele não integra ou

mucosa do socorrista e o sangue ou fluidos da vítima para

Comandante de Bombeiros da Unidade – CBU. Um serviço médico

Protocolo de APH do Socorrista

Page 104: Protocolo APH

deve ser procurado o mais breve possível a fim de iniciar tratamento

profilático anti-HIV e/ou avaliação.

9. CONDUTA PARA PREVENÇÃO DE ANTI EXPOSIÇÃO À DOENÇAS

RESPIRATÓRIAS

a. As precauções respiratórias são indicadas para o atendimento de

pacientes conhecidamente portadores de patologias de transmissão

respiratória, por exemplo: Tuberculose, H1N1, gripe, SARS entre

outras.

b. Para esses pacientes e para os suspeitos utilize máscara N95 (ou nível

melhor), óculos de proteção e capote de proteção.

c. Se a condição respiratório do paciente permitir coloque a máscara

nele.

d. Limpe e realize a desinfecção, conforme protocolo próprio, de todos os

materiais e equipamentos utilizados na ocorrência que sejam

reutilizados e descarte em saco branco os descartáveis.

10.DESCARTES APROPRIADOS

a. Substitua peças de fardamento contaminadas colocando-os em saco

branco, para posterior lavagem em casa separados, conforme Plano

de Gerenciamento de Resíduos de Serviço de Saúde – PGRSS de sua

Unidade;

b. Todo lixo dos sacos brancos devem ser recolhidos por caminhões da

coleta de lixo hospitalar, para ser descontaminado antes de ir para o

aterro sanitário.

P 602 – TRIAGEM PRÉ-HOSPITALAR

11. DIMENSIONAMENTO DA CENA

a. Providencie o IFC;

b. Mantenha o local seguro;

c. Descubra a NDD (Clínico) ou o MDL (Trauma);

d. Determine o número total de pacientes;

Protocolo de APH do Socorrista

Page 105: Protocolo APH

e. Solicite recursos adicionais;

f. Acione o plano de catástrofe, se houver necessidade;

g. Inicie a triagem

i. Dê um comando de voz para todas as vítimas presentes para que aquelas que conseguem andar saiam da área quente e si dirijam a um local seguro, definido pela Gu BM

ii. Avalie cada uma das vítimas que permaneceram no local da seguinte forma:

1. Verifique se respira:

a. Se a vítima NÃO respira:

i. Proceda abertura de vias aéreas:

1. Se respirou, marque-a como VERMELHA;

2. Se NÃO respirou, classifique-a com a cor PRETA.

b. Se a vítima respira:

i. Se tiver movimentos respiratórios igual ou maior que 30, será classificado com VERMELHA;

ii. Se tiver movimentos respiratórios menor que 30 verifique:

1. Verifique a perfusão capilar

a. Se a perfusão capilar é maior que 02 segundos, classifique a vítima como VERMELHA;

b. Se a perfusão capilar é menor que 02 segundos, verifique se cumpre ordem simples (orientada):

i. Se cumpre, classifique com a cor AMARELA;

ii. Se não cumpre (confusa), classifique com a cor VERMELHA.

MÉTODO STARTPrioridade 1 - Respiração presente,

maior que 30 MRPM;- Perfusão capilar > 2 seg;

Lesões tratáveis, com risco imediato de vida; dificuldade respiratória, hemorragia não

Vítimas em estado crítico. Tratamento e transporte

Protocolo de APH do Socorrista

Page 106: Protocolo APH

- Não obedece a comandos simples.

controlável, diminuição do nível de consciência, sinais de choque, queimaduras graves.

imediato.

Prioridade 2

- Respiração presente, menor que 30 MRPM;- Perfusão capilar < 2 seg;- Obedece a comandos simples.

Lesões graves, sem risco imediato de vida; queimaduras sem problemas de vias aéreas, fraturas ósseas sem choque ou hemorragia.

Segunda prioridade. Permitem adiar atenção, podem aguardar o transporte.

Prioridade 3

- Paciente que pode andar pelo cenário da ocorrência – paciente deambulando.

Lesões de partes moles mínimas, sem risco de vida ou incapacitação.

Lesões menores. Não requerem atenção imediata.

Sem Prioridade(Prioridade 4)

- Paciente que não respira após abertura das vias aéreas.

Pacientes mortos ou apresentando lesões irreversíveis.

XXX

ALGORÍTIMO DO MÉTODO START

P 603 – OXIMETRIA DE PULSO

43. CONCEITO

Protocolo de APH do Socorrista

Page 107: Protocolo APH

a. Oximetria de Pulso é um procedimento não-invasivo para determinar o valor de saturação de oxigênio (SaO2) e a freq. de pulso periférico;

b. Provê aos socorristas um alarme precoce da diminuição da oxigenação porque fornece medida contínua de oxigenação;

c. O oxímetro de pulso pode ser utilizado em ambientes clínicos, domiciliares, ambientes hospitalares, pré-hospitalares, durante transporte terrestre e aéreo.

44. ORIENTAÇÕES PARA O USO DO OXÍMETRO

a. Deverá ser utilizado longe de fonte de calor, fora da luz solar direta e em local onde não haja umidade excessiva;

b. Deverá ser colocado o probe (sensor) do oxímetro no dedo (de preferência o indicador) ou no lóbulo da orelha;

c. Utilize sensores de tamanho e tipos adequados;

d. Não utilize em presença de agentes anestésicos inflamáveis;

e. Não utilize na presença de equipamento de ressonância;

f. Não utilize concomitante a descarga elétrica de um desfibrilador externo automático;

g. Não utilizar debaixo de lâmpada cricóide da UR ou sob luz forte;

h. O aparelho pode ser afetado na presença de fontes eletromagnéticas e de rádio-frequência;

i. Evite quedas e choques mecânicos;

j. Para os pacientes com hipotermia, estado de choque, usando de drogas vasoativas, anemia falciforme, intoxicação por monóxido de carbono, esmalte de unha negro ou metálico, se mexendo e com calafrios, o oxímetro pode não ter acurácia.

k. Dedos calejados, queimados, uso em dias frios e úmidos poderá causar leituras errôneas;

l. Em paciente traumatizados graves, a oximetria de pulso pode não ser confiável por causa da perfusão periférica ruim.

45. A INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS

Percentual

de O2

Classificação da Hipóxia

Cuidado Geral do Paciente

96% a 100% Normal Somente se necessário administre oxigênio

91% a 95% Hipóxia Leve Somente se necessário administre oxigênio

86% a 90% Hipóxia Significativa Administre O2 a 100%

(Considere ventilação assistida)

Protocolo de APH do Socorrista

Page 108: Protocolo APH

≤ 85% Hipóxia Grave Administre O2 a 100%

(Considere ventilação assistida)

P 604 – ADMINISTRAÇÃO DE OXIGÊNIO

46. CONSIDERAÇÕES GERAIS

a. Benefício do O2 no APH

i. Oxigenação dos tecidos hipóxicos;

ii. Redução dos edemas dos tecidos;

Protocolo de APH do Socorrista

Page 109: Protocolo APH

iii. Facilita a respiração;

iv. Alivia sintomas;

v. Reduz os riscos dos sintomas residuais melhorando o prognóstico pós-atendimento.

b. Equipamentos disponíveis para ventilação/administração de O2

i. Para pacientes respirando (conscientes ou não) utilize na ordem:

1. Válvula de inalação por demanda com máscara Tru-Fit ou ventilação de fluxo com pressão positiva (Válvula de Demanda - VD ou MTV-100);

2. Máscara de não re-inalação com bolsa reservatória;

3. Cateter nasal.

ii. Para pacientes que não estão respirando:

1. BVM (bolsa válvula máscara);

2. Máscara oronasal para ressuscitação (Pocket-Mask).

c. Segurança ao manusear oxigênio puro

i. Oxigênio não é inflamável, mas é comburente.

ii. Não permita o uso de qualquer tipo de óleo, lubrificante ou graxa em qualquer cilindro ou equipamento que esteja em contato com O2;

iii. Não permita a presença de brasas, chamas, faíscas ou que se FUME próximo ao O2 e aos equipamentos;

iv. O local onde será utilizado o O2 deverá ser ventilado;

v. Sempre mantenha a válvula fechada e o sistema purgado quando o O2 não estiver sendo utilizado;

vi. Nunca deixe o cilindro de O2 solto e não permita que caia ou role;

vii. Não deixe o cilindro exposto a temperaturas maiores que 52°C;

viii. Assegure-se de que o cilindro de O2 a ser utilizado encontra-se dentro do prazo de validade do teste hidrostático.

47. INDICAÇÃO PARA ADMINISTRAÇÃO DE O2

a. Sinais e sintomas mais comuns com indicativo para uso de O2:

i. Todo paciente com quadro sugestivo de insuficiência respiratória aguda por patologia clínica ou traumática

ii. Emergências diabéticas;

iii. Crise convulsiva;

iv. Alergias e choque anafilático;

v. Estado de choque;

vi. Hemorragias;

vii. DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica)

Protocolo de APH do Socorrista

Page 110: Protocolo APH

viii. AVC (acidente vascular cerebral)

ix. Queimaduras;

x. Afogamento;

xi. Envenenamento e intoxicações;

xii. Emergências obstétricas;

xiii. Aborto natural ou induzido.

48. CONDUTA GERAL

a. Assegure-se que o local seja seguro, adequado, ventilado e ausente de perigo ;

b. Abra as vias aéreas. Remova objetos, corpo estranho, secreções e/ou aspire se necessário;

c. Insira a cânula orofaríngea selecionando o tamanho adequado, se ECG ≤ 8;

d. Utilize o protocolo de OVACE, PR e PCR, conforme Módulo 200, concomitante ao uso de O2;

e. Não retarde o início da RCP para fornecimento de O2

f. Constate se todo o equipamento está montado e pronto para utilização;

g. Verifique se a mangueira de pressão intermediária está conectada a saída de fluxo contínuo e/ou regulador multifuncional e não permita que se dobre durante a utilização;

h. Abra (através do registro) o cilindro de O2 totalmente e volte ½ volta como medida de segurança;

i. Verifique a pressão do cilindro e garanta que não existem vazamentos no sistema;

j. Se utilizando máscara de não re-inalação com bolsa reservatória, coloque um dedo dentro da máscara, fechando a válvula de não retorno até que a bolsa reservatória esteja inflada (faça isto antes de utilizar no paciente);

k. Se utilizando a BVM com bolsa reservatória aguarde que o reservatório de O2 infle primeiro antes de utilizar no paciente;

l. Se utilizando a válvula de demanda ou o MTV-100 ouça a válvula abrir durante a inspiração certificando-se do seu correto funcionamento;

m. Se utilizando uma máscara oronasal para ressuscitação com entrada de O2 certifique-se que está havendo passagem correta de O2 por dentro da máscara;

n. Observe a máscara que esteja utilizando (sempre transparente) embaçar durante a expiração e desembaçar durante a inspiração;

o. Com cateter nasal utilize somente se o mesmo se encontrava lacrado e ajuste adequadamente ao paciente;

p. Observe a expansão e retorno do tórax durante a administração de O2;

q. Monitore e mantenha o conforto do paciente;

Protocolo de APH do Socorrista

Page 111: Protocolo APH

r. Continue verificando o correto funcionamento do sistema de O2 evitando vazamentos, o mau funcionamento do equipamento, falha em inflar e desinflar as bolsas e resposta do paciente quanto ao uso de O2;

s. Se o paciente apresentar quadro de convulsão ou vômito interrompa temporariamente o fornecimento de O2, avalie vias aéreas, aspire se necessário e garanta a permeabilidade das vias aéreas e respiração;

t. Caso o paciente não tolere o fornecimento de O2, troque o tipo de equipamento, diminuindo a concentração e continue o fornecimento de O2. Se persistir a intolerância do paciente, utilize a técnica de tenda aumentando a concentração circulante ao redor da cabeça do paciente.

Uma leitura da SpO2 entre 96% a 100% geralmente indica oxigenação adequada. Uma leitura da SpO2 entre 91% a 95% sugere hipóxia leve. A SpO2

menor do que 91% sugere hipóxia significativa ou grave.

49. CONDUTA EM PACIENTE RESPIRANDO

a. Com cateter nasal: Utilize de 1 a 6 lpm (24 a 44%) na maioria dos casos clínicos com SpO2 normal;

b. No caso de DPOC utilize baixa concentração de O2 com cateter nasal, 1 a 2 lpm. Persistindo a hipóxia / cianose aumente aos poucos.

c. Emergências Clínicas com SpO2 normal pode-se utilizar válvula inaladora de demanda ou máscara de não re-inalação com bolsa reservatória a 10 lpm (60% a 100%);

d. Emergências Clínicas com SpO2 indicativo de hipóxia utilize válvula inaladora de demanda a 15 lpm ou máscara de não re-inalação com bolsa reservatória a 15 lpm (80% a 100%);

e. Emergências traumáticas utilize máscara de não re-inalação com bolsa reservatória a 10 a 15 lpm (80% a 100%);

50. USO DE O2 EM PACIENTE IRRESPONSIVO (PR-PCR)

a. BVM com O2 a 15 lpm (80% a 100%)

51. TABELA DE USO DE O2 SUPLEMENTAR

Equipamento

utilizado

Fluxo

lpm-litros por minuto

Concentração de Oxigênio

Paciente

Cateter nasal 1 24% Respirando

Cateter nasal 2 28% Respirando

Cateter nasal 3 32% Respirando

Cateter nasal 4 36% Respirando

Cateter nasal 5 40% Respirando

Cateter nasal 6 44% Respirando

Protocolo de APH do Socorrista

Page 112: Protocolo APH

Máscara de não re-inalação com bolsa

reservatória 10 a 15 80%-90% Respirando

VD ou MTV-100 15 a 25 99% a 100% Respirando

Máscara oronasal para ressuscitação

15 60%-80% Parado

BVM com bolsa reservatória

15 99% a 100% Parado

Salvo orientação médica contrária, NÃO administre O2 umidificado devido ao risco de contaminação.

A oxigenação não substitui a ventilação de resgate. Controle constantemente o tempo de utilização disponível de oxigênio.

O uso prolongado (>2h) de altas concentrações (>12 lpm) de O2 SEM INTERVALO pode resultar em sérios riscos de lesões e

problemas de saúde aos pacientes.

Não forneça O2 a um NEONATO via cateter nasal ou máscara facial. Caso seja necessário, use a técnica de oferta de O2 em TENDA.

Não utilize cateter nasal em crianças menores de 08 anos ao administrar O2. Utilize máscara facial de não reinalação.

Não utilize O2 durante a aplicação do choque do DEA – risco de explosão

52. EXAME FÍSICO DETALHADO

53. TRANSPORTE

i. Permita ventilação dentro da UR durante transporte de paciente utilizando O2;

Protocolo de APH do Socorrista

Page 113: Protocolo APH

ii. Mantenha boa vedação de máscara/paciente criando um selo hermético evitando escape de O2;

iii. Não permita cilindro solto dentro da UR a fim de se evitar acidentes;

iv. Assegure-se que o equipamento de O2 utilizado no paciente seja descartado, limpo ou testado após o uso.

54. AVALIAÇÃO CONTINUADA

a. Durante o uso de O2

i. Fique atento à necessidade de aspiração de vias aéreas.

55. COMUNICAÇÕES E DOCUMENTAÇÃO

P 605 – ASPIRAÇÃO DE VIAS AÉREAS

19. DIMENSIONAMENTO DA CENA / AVALIAÇÃO INICIAL

a. Indicações

i. Secreções traqueobrônquicas, vômito, saliva, sangue na boca e orofaringe, de difícil expectoração ou em pacientes com tosse ineficaz.

Protocolo de APH do Socorrista

Page 114: Protocolo APH

b. Potenciais efeitos adversos / complicações do uso

i. Reflexo de vômito

ii. Hipóxia, se demorar além de 15 seg

iii. Cessação das insuflações e oxigenação durante aspiração

c. Tipos de equipamentos de aspiração

i. Equipamentos elétricos portáteis

ii. Equipamentos elétricos montados na UR

iii. Régua tripla da UR – por venturi

iv. Equipamento portátil e manual

d. Tipos de cateteres de sucção

i. Cateter rígido

1. Usado na boca e orofaringe de pacientes irresponsivo

2. Usado em lactentes e neonatos

ii. Cateter flexível

1. Usado na nasofaringe e em situações onde o cateter rígido não pode ser usado

2. Usado em adultos e crianças

e. Conduta

i. Isole os fluidos corporais por dispositivo de barreira

ii. Reúna o equipamento necessário à aspiração.

iii. Estabilize o aspirador elétrico numa base firme

iv. Ligue o equipamento (se elétrico) e conecte o cateter

v. Insira o cateter na cavidade oral até a base da língua, se possível, sem acionar o vácuo

vi. Aplique aspiração. Mova o cateter de um lado a outro

vii. Aspire no máximo por 15 segundos

1. Em lactentes e crianças o tempo de aspiração deve ser o menor possível

2. Se o paciente tem vômito (êmese) ou secreção que não pode ser aspirado facilmente, lateralize-o e limpe sua orofaringe

3. Se o paciente produz tanta secreção quanto o aspirador possa aspirar, faça sucção por no máximo 15 segundos, ventile por no máximo 30 segundos (com O2 a 15 lpm) e aspire novamente. Continue desta maneira.

4. Se necessário lave o interior do cateter (aspirando soro fisiológico) para o desobstruir.

Insira o cateter – rígido ou flexível – na orofaringe até o onde pode ser visto, próximo à base da língua.

Protocolo de APH do Socorrista

Page 115: Protocolo APH

Evite o reflexo de vômito! Risco de aspiração e PCR!

20. HISTÓRICO E EXAME FÍSICO

21. EXAME FÍSICO DETALHADO

22. TRANSPORTE

23. AVALIAÇÃO CONTINUADA

24. COMUNICAÇÕES E DOCUMENTAÇÃO

P 606 – PAC. PEDIÁTRICOS – GENERALIDADES E ABUSO

36. DIMENSIONAMENTO DA CENA / AVALIAÇÃO INICIAL

a. Classificação etária

i. Neonato: paciente cuja idade é de 0 a 28 dias de vida;ii. Lactente: paciente cuja idade é de 28 dias e 01 ano;iii. Criança: paciente cuja idade é de 01 a 12 anos.

Para fins de Estatuto da Criança e do Adolescente, a faixa etária da criança é de 0 a 12 anos incompletos e adolescente é entre 12 e 18 anos.

Protocolo de APH do Socorrista

Page 116: Protocolo APH

37. HISTÓRICO E EXAME FÍSICO

a. Características gerais do atendimento a lactentes, crianças e adolescentes

Idade Características Estratégias de abordagem

0 a 01 ano

- Lactentes não gostam de ser separados dos pais;

- Tem mínimo de ansiedade com estranhos;

- Estão acostumados a serem despidos, mas gostam de ser aquecidos;

- Lactentes novos seguem movimentos com os olhos;

- Lactentes mais velhos são mais ativos;

- Não gostam da máscara de oxigênio.

- Manter os pais por perto;

- Manter mãos e estetoscópio quentes;

- Observar sinais primeiramente à distância;

- Abordar pelos pés. Observar coração e pulmões primeiro. Depois a cabeça;

- Segurar máscara de O2 perto do rosto.

01 a 03 anos

- não gostam de ser separados dos pais

- Acreditam que suas doenças são punições por serem más- Não gostam de lactentes. Não gostam de serem despidas- Assustam-se facilmente.- Apresentam reação exacerbadas, sentem medo fácil.- Podem entender mais que conseguem expressar- Sentem-se sufocados pela máscara de 02

- Manter os pais por perto- Explicar que ela não é má- Tirar uma peça de roupa por vez e vestir novamente- examinar primeiro pelo tronco- oferecer conforto e dar seu brinquedo favorito- considerar a escolha da criança- segurar máscara perto da face

03 a 06 anos

- não gostam de serem separados dos pais- Acreditam que suas doenças são punições por serem más- Não gostam de lactentes. Não gostam de serem despidas- Tem medo de dor, sangue e ferimento- São curiosas comunicativas e podem cooperar não gostam da máscara de O2

- Manter os pais por perto- Tirar uma peça de roupa por vez e vestir novamente- manter a calma- explicar o que você está fazendo- Máscara de O2 pediátrica segurada perto do rosto

- cooperam, mas gostam que suas idéias sejam ouvidas- temem sangue, dor desfiguramento e ferimentos permanentes

- permitir que a criança / adolescente tenha a responsabilidade de contar a sua história- Explicar o exame

Protocolo de APH do Socorrista

Page 117: Protocolo APH

06 a 12 anos

- São envergonhados e não gostam que seus corpos sejam expostos.

- Apresentar-se confiante, calmo e com boas maneiras- Respeitar sua vergonha.

38. EXAME FÍSICO DETALHADO

a. São possíveis achados físicos de abuso

i. Equimoses ou hematomas em diferentes estágios de cura;

ii. Equimoses ou marcas de mordida no rosto, lábios da boca, pescoço, punho, coxas, tornozelos ou dorso;

iii. Ferimentos em ambos os olhos ou ambas as faces (normalmente apenas um lado da face é ferido em um acidente;

iv. Marcas agrupadas, que formam padrões regulares, que refletem a forma de artigos como um cabo elétrico, fecho do cinto, garfo dentes, ou dentes humanos;

v. Queimaduras com pontas de cigarro ou por imersão, principalmente na palma das mãos e solas dos pés (marcas tipo luvas e meias);

vi. Queimadura por superfície aquecida: ferro de passar roupa, fogão, panela.

vii. Sinais de mordida;

viii. Lesão ou sangramento na genitália, períneo e região anal;

ix. Marcas de compressão manual: esganadura, estrangulamento, unhadas, agarrões, etc.

x. Luxações, múltiplas fraturas, entorses e distensões

xi. Hemorragia no couro cabeludo compatível com tentativa de se arrancar o cabelo;

xii. Fratura ou perda de dentes;

xiii. Síndrome de “shaken baby” – bebê sacudido.

1. Déficit neurológico sem trauma externo aparente2. Déficit motor

b. São possíveis achados psicológicos / comportamentais de abuso

i. Fadiga crônica;

ii. Comportamento inapropriado, tais como criança mais velha (10 anos, por exemplo) chupar o dedo, balançando e mordendo;

iii. Relatos de ausência em casa dos pais ou responsáveis;

iv. Freqüentes ausência ou atraso na escola;

v. Hipocondria;

vi. De queixoso passa a adotar comportamento agressivo;

vii. Comportamento inapropriado para a idade;

Protocolo de APH do Socorrista

Page 118: Protocolo APH

viii. Paciente implorando por comida;

ix. Atraso no desenvolvimento mental ou emocional;

x. Uso de álcool ou drogas.

c. Conduta

i. Trate lesões específicas conforme protocolos próprios

39. AVALIAÇÃO CONTINUADA

40. TRANSPORTE

41. COMUNICAÇÕES E DOCUMENTAÇÃO

b. Em caso de maus tratos / agressões

i. Encaminhe o RAPH / REDS conforme a DIAO 01

ii. A Unidade deve acionar o conselho tutelar nos termos do Art. 12 do ECA, se já não foi feito por órgão policial.

Segundo o parágrafo único do art. 4º do ECA a criança e o adolescente tem a primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias

P 607 – PAC. PORTADOR DEFICIÊNCIA FÍSICA E MENTAL

7. DIMENSIONAMENTO DA CENA / AVALIAÇÃO INICIAL

8. HISTÓRICO E EXAME FÍSICO

a. Paciente surdo

i. Mantenha-se desinibido

ii. Certifique-se que o paciente é realmente surdo

iii. Verifique se o paciente sabe ler os lábios

iv. Ao falar, mantenha a face iluminada

v. Articule bem as palavras

Protocolo de APH do Socorrista

Page 119: Protocolo APH

vi. Não se vire durante a fala

vii. Se o paciente não sabe ler os lábios, use sinais

viii. Aponte para seu corpo antes de tocar no dele

ix. Não finja entender

b. Paciente cego

i. Aja naturalmente – não se envergonhe

ii. Antecipe para o mesmo o que você vai fazer

iii. Mantenha-o informado do arredor

iv. Lembre-se de 3 coisas:

1. Não grite com ele (o paciente é cego, não surdo)

2. Não mude a maneira de falar habitualmente (inclusive diga “veja”/ “olhe”)

3. Mantenha contato contínuo através da fala ou toque

v. Nunca empurre ou puxe um paciente cego

c. Paciente portador de necessidades especiais (físicas)

i. Apresentam dificuldade maior no exame físico

ii. Pergunte ao paciente sobre a extensão do dano anterior ao atendimento

iii. Portador de necessidades especiais gosta de ser independente – tenha paciência

d. Paciente portador de necessidades especiais (transtornos mentais e comportamentais)

i. Mantenha-se calmo e desenvolva comunicação efetiva com o paciente

ii. Trate o paciente naturalmente

iii. Faça perguntas cujas respostas sejam SIM ou NÃO

iv. Descubra se o paciente tem noção de tempo e lugar

v. Avaliar o nível de compreensão do paciente

vi. Obtenha a história e faça ao exame lentamente. Prepare-se para respostas lentas e para dar repetidas explicações.

9. EXAME FÍSICO DETALHADO

10. AVALIAÇÃO CONTINUADA

11. TRANSPORTE

12. COMUNICAÇÕES E DOCUMENTAÇÕES

Protocolo de APH do Socorrista

Page 120: Protocolo APH

P 608 – PACIENTE IDOSO – GENERALIDADE E ABUSO

1. DIMENSIONAMENTO DA CENA / AVALIAÇÃO INICIAL

a. Paciente geriátrico: acima de 65 anos (Obs.: o estatuto do idoso aplica-se a pacientes de idade igual ou superior a 60 anos.)

2. HISTÓRICO E EXAME FÍSICO

a. Características gerais do idoso

i. Diminuição da:

1. Acuidade visual

2. Reação pupilar

3. Função renal

4. Água total do corpoProtocolo de APH do Socorrista

Page 121: Protocolo APH

5. Capacidade respiratória

6. Estatura

7. Audição

8. Produção de saliva

9. Débito e freqüência cardíaca

10. Elasticidade da pele

11. 15 a 30% da gordura corporal

12. Atividade esofágica

13. Olfato e paladar

b. Conduta

i. Trate como paciente adulto

ii. Demonstre respeito

iii. Não use gírias nem intimidade excessiva

iv. Fale em tom audível, não necessariamente alto

v. Diga as palavras pausadamente e precisamente

vi. Se o cônjuge estiver perto, prepare-se para ter outro paciente

vii. Esteja atentos a familiares e amigos

c. São indícios de maus tratos

i. Explicações não plausíveis sobre lesões físicas;

ii. Demora injustificada para solicitar socorro;

iii. Solicitações freqüentes para socorro;

iv. Medo ou distanciamento do socorrista;

v. Cuidador se recusa a deixar o paciente sozinho com os BM;

vi. Medo do cuidador ou familiar

vii. Reação anormal do cuidador ou familiar

d. Possíveis achados físicos de maus tratos

i. Contusões em áreas incomuns (interna do braço, tronco, nádegas, escalpe);

ii. Hematomas e ferimentos em estágios diferentes de cicatrização;

iii. Roupas sujas ou inadequadas para a temporada;

iv. Padrão precário de higiene pessoal;

v. Lesão ou sangramento na genitália, períneo e região anal;

vi. Desidratação, desnutrição e perda de peso inesperado;

vii. Úlceras de pressão (úlceras de decúbito);

viii. Lesões similares aos objetos que a causaram;

Protocolo de APH do Socorrista

Page 122: Protocolo APH

ix. Queimaduras com pontas de cigarro ou por imersão, principalmente na palma das mãos e solas dos pés (marcas tipo luvas e meias);

x. Sinais de mordida;

xi. Marcas de compressão manual: esganadura, estrangulamento, unhadas, agarrões, etc.

xii. Luxações múltiplas fraturas ou fraturas em aspiral;

xiii. Hemorragia no couro cabeludo compatível com tentativa de se arrancar o cabelo;

xiv. Fratura ou perda de dentes;

e. Conduta

i. Trate lesões específicas conforme protocolos próprios

3. EXAME FÍSICO DETALHADO

4. AVALIAÇÃO CONTINUADA

5. TRANSPORTE

6. COMUNICAÇÕES E DOCUMENTAÇÕES

a. Em caso de maus tratos

i. Encaminhe o RAPH / REDS conforme a DIAO 01

ii. A Unidade deve acionar as autoridades competentes (Art. 19 do Estatuto do Idoso), se já não foi feito pela autoridade policial:

1. Ministério Público;

2. Conselho Municipal do Idoso;

3. Conselho Estadual do Idoso;

4. Conselho Nacional do Idoso.

P 609 – OPERAÇÃO DE VEÍCULOS DE APH

1. AO ASSUMIR O SERVIÇO

a. A assunção do serviço será conforme a INSTRUÇÃO TÉCNICA OPERACIONAL Nr 01/2002.

b. A Gu de UR, coordenada pelo seu comandante, deverá conferir:

i. As condições gerais do veículo: água, óleos, pneus, luzes de emergência e de atendimento (internas e externas), faróis, freios, etc

ii. Os mapas-cargas da viatura (mapa-carga de equipamentos médicos, mapa-carga de ferramentas, etc);

iii. O sistema fixo e móvel de oxigênio;

Protocolo de APH do Socorrista

Page 123: Protocolo APH

iv. A carga das baterias dos equipamentos de emergência.

v. Os rádios de comunicação.

2. DESLOCAMENTO PARA OCORRÊNCIA

a. Adote uma direção defensiva ao longo do deslocamento, com velocidade moderada, a fim de se evitar acidentes e danos em equipamentos do mapa-carga da UR;

b. Em todos os deslocamentos para ocorrência as luzes de advertência e os faróis devem estar ligados;

c. As sirenes devem ser ligadas apenas em casos de emergência real;

d. Segundo o Código de Trânsito Brasileiro (CTB)

i. Os veículos destinados a socorro de incêndio e salvamento, os de polícia, os de fiscalização e operação de trânsito e as ambulâncias, além de prioridade de trânsito, gozam de livre circulação, estacionamento e parada, quando em serviço de urgência e devidamente identificados por dispositivos regulamentares de alarme sonoro e iluminação vermelha intermitente”

ii. A prioridade de passagem na via e no cruzamento deverá se dar com velocidade reduzida e com os devidos cuidados de segurança, obedecidas as demais normas do Código;

Durante o deslocamento todos os ocupantes da UR devem utilizar cintos de segurança, inclusive pacientes e acompanhantes.

3. NA CENA

a. Evite parar na zona quente, devido aos perigos à viatura: produtos químicos, calor, objetos perfurantes dos pneus, etc. Pare na zona morna.

b. Estacione na mesma faixa onde ocorreu o acidente.

c. Sinalize a via com cones conforme quadro abaixo:

Velocidade da Via Distância do 1º cone até

UR*(anterior à cena)

Distância da UR à Cena (Margem de

segurnaça)

Distância total do 1º Cone à Cena

30 15 5 m 20

40 20 10 m 30

60 40 10 m 50

80 50 15 m 65

90 80 20 m 100

110 110 40 m 150

Protocolo de APH do Socorrista

Page 124: Protocolo APH

*Observações:

1º. O 1º cone é o primeiro cone a ser visualizado pelos motoristas usuários da via que estão na faixa onde ocorreu o acidente. Se nas duas, ambas devem ser sinalizadas;

2º. A UR ou outro veículo de emergência (preferencialmente) deve estar entre o fluxo de veículos e a cena.

A sinalização e isolamento deve permitir o trabalho seguro da GU BM.

Os demais motoristas da via devem VER a sinalização, COMPREENDER o que ela quer dizer e ter tempo de REAÇÃO, evitando assim novos acidentes.

d. Mantenha as luzes de emergência ligadas, pois segundo o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) é infração de trânsito deixar de manter ligado, nas situações de atendimento de emergência, o sistema de iluminação vermelha intermitente dos veículos de polícia, de socorro de incêndio e salvamento, de fiscalização de trânsito e das ambulâncias, ainda que parados.

e. Se a UR é a primeira viatura de emergência na cena, pare antes da zona quente, de forma a proteger a Gu BM de eventual colisão provocada por outro veículo e de modo que o farol e as luzes da viatura iluminem a cena;

f. Estacione de maneira a garantir uma rápida partida do local e o máximo de segurança para a Gu BM;

g. Preferencialmente o atendimento da ocorrência deverá ocorrer atrás da UR;

h. À noite ou em baixa iluminação, a Gu BM deve utilizar coletes reflexivos durante atendimento em via pública.

4. AO DESLOCAR PARA HOSPITAL

a. Apenas use as sirenes se estritamente necessário;

b. Segundo a AHA, o uso de sirenes durante transporte de paciente consciente com emergência cardio-vascular (infarto, angina, insuficiência cardíaca congestiva, taquicardia ventricular, etc) não é benéfico e pode ser maléfico ao paciente – evidência classe III.);

c. Desligue a sirene ao aproximar-se de hospitais, inclusive o do destino do paciente.

Protocolo de APH do Socorrista

1º Cone UR (ou outra VTR) CENA

Page 125: Protocolo APH

Não é permitido à Gu BM, ao paciente ou ao acompanhante fumar durante o atendimento da ocorrência ou e no interior da UR, esteja a mesma em deslocamento

ou parada.

Não é permitido à Gu BM, ao paciente ou ao acompanhante alimentar-se no interior da UR.

Após cada atendimento limpe e descontamine a viatura e equipamentos, conforme a necessidade. Reponha materiais se necessário.

P 610 – EXTRICAÇÃO

56. DIMENCIONAMENTO DA CENA

a. Conduta 1 – Mantenha o local seguro

i. Considere os seguintes riscos potenciais

1. Colisão contra postes de iluminação com risco de queda de fiação, transformador e o próprio poste;

2. Colisão contra edificações com risco de queda de estrutura;

3. Vazamento de combustível líquido ou gasoso (GNV);

4. Veículos transportando produtos perigosos;

Protocolo de APH do Socorrista

Page 126: Protocolo APH

5. Veículos com risco de queda em depressões;

6. Veículos ocupados por marginais.

ii. Isole e sinalize a cena.

1. Utilize cones fotoluminescentes e as luzes das viaturas, conforme P 609.

2. Antes da abordagem ao veículo deverá ser armada uma linha direta de prevenção com esguicho de vazão regulável, em carga pressurizada;

3. Solicite apoio ao policiamento e outros órgãos quando necessário bem como demais materiais e equipamentos (ex. guincho).

b. Conduta 2 - estabilize o veículo

i. O veículo deverá ser estabilizado para o trabalho seguro da GU BM;

ii. A GU BM deverá se prevenir contra tombamento, amassamento do teto, deslizamento ou qualquer outro movimento que venha a pôr em risco a operação;

iii. O procedimento pode ser feito por meio de calços, escoras, cabos, fitas tubulares ou outros dispositivos aplicáveis no mínimo em 3 pontos de escora e estabilização;

iv. A GU BM deverá cortar o cabo da bateria e prevenir riscos de incêndio e sempre verificar e procurar por vazamentos e riscos de explosão.

c. Conduta 3 - Triagem dos Pacientes

i. Verifique quantos pacientes há no veículo e priorize o atendimento;

ii. Verifique a necessidade de uma extricação rápida manual e/ou a necessidade de apoio médico;

iii. Considere a necessidade de colar cervical;

A segurança e proteção do paciente durante a extricação é fator prioritário para a GU BM no local.

d. Conduta 4 - Abertura do Veículo

i. Faça a remoção de janela ou porta, com ferramentas combinadas, cortadores, extensores, alargadores e serra sabre, para permitir a intervenção de socorrista ou médico no interior do veículo para avaliar melhor o paciente e iniciar tratamento;

ii. Faça a tração e remoção do volante, elevação do painel, retração dos bancos, remoção dos tetos, remoção dos pedais e abertura da 3ª porta;

iii. Retire as ferragens da vítima e nunca a vítima das ferragens.

e. Conduta 5 - Secção de parte do Veículo

Protocolo de APH do Socorrista

Page 127: Protocolo APH

i. Corte e retire partes do veículo para permitir acesso seguro a GU BM e seus equipamentos médicos, sem causar danos adicionais ao paciente para fora do veículo.

57. AVALIAÇÃO INICIAL

a. Socorrista 1

i. Ainda pelo lado de fora do veículo avalie a responsividade, com imobilização da cabeça e coluna cervical;

ii. Instala o KED e comanda a retirada do paciente das ferragens;

b. Socorrista 2

i. Posiciona-se atrás do paciente. Assume a imobilização da cabeça e coluna cervical durante a abertura da porta e instalação do KED;

ii. Auxilia o giro do paciente e no posicionamento na prancha longa;

c. Socorrista 3

i. Posiciona-se ao lado do paciente, internamente ao veículo;

ii. Avalie a respiração e circulação

iii. Auxilia na colocação do KED e posicionamento na prancha longa;

Os airbags do veículo podem funcionar de 5 a 20 minutos após corte da bateria. Fique atento ao desencarceramento e pontos de corte a fim de evitar trauma

adicional ao paciente e acidentes a GU BM

A retirada rápida será utilizada somente quando o local for inseguro, o paciente estiver instável, ou quando for necessário acessar a um paciente mais grave que

está no banco detrás do veículo.

58. HISTÓRICO E EXAME FÍSICO

59. EXAME FÍSICO DETALHADO

60. TRANSPORTE

61. AVALIAÇÃO CONTINUADA

62. COMUNICAÇÕES E DOCUMENTAÇÃO

Protocolo de APH do Socorrista

Page 128: Protocolo APH

P 611 – OUTRO PROFISSIONAL DE SAÚDE NA CENA

1. Considere a presença de médico, enfermeiro ou outro profissional de saúde não pertencentes ao CBMMG na cena como um potencial apoiador a Gu BM;

2. A Gu BM deve acatar suas orientações de procedimentos, desde que não contrariem as diretrizes do Protocolo de APH do CBMMG;

3. Caso o mesmo dê uma ordem que possa prejudicar o paciente explique a ele, conforme o Protocolo de APH do CBMMG, as razões pelas quais você não a pode cumprir;

4. Em caso de conflito, solicite a intervenção do médico regulador (se disponível) ou do COBOM-CIAD / SOU/SOF, ou mesmo do CBU, se o tempo total de cena o permitir;

Protocolo de APH do Socorrista

Page 129: Protocolo APH

5. Anote o nome completo, o Nº do CRM, do COREM ou de outro Conselho a que pertença o profissional que intervier na ocorrência;

6. Relate no RAPH/REDS os procedimentos técnicos adotados pelo profissional;

7. Faça um relatório ao Cmte da UEOp ou ao CBU do conflito havido, citando dados completos da ocorrência e testemunhas.

P 612 – RECUSA DE ATENDIMENTO

13. QUESTÕES LEGAIS

a. Todas as pessoas têm direito constitucional à assistência à saúde;

b. A vida e a saúde são bens indisponíveis;

c. O BM, como garantidor legal, possui o dever de socorrer;

d. Se a vítima interpõe óbices intransponíveis ao auxílio, não há que se falar em crime de omissão de socorro;

e. Em caso de recusa de paciente vítima de lesões leves (ou potencialmente leves), em que o próprio paciente ou representante legal pode buscar socorro adequado ou providenciar sua própria assistência por meios próprios, também não há crime.

14. EXECUTE A AVALIAÇÃO DO PACIENTE CONFORME P 101.

15. OS SEGUINTES DADOS DEVEM SER CONHECIDOS DO SOCORRISTA, ANTES QUE O PACIENTE POSSA RECUSAR FORMALMENTE O ATENDIMENTO:

Protocolo de APH do Socorrista

Page 130: Protocolo APH

a. O paciente está alerta e orientado quanto à pessoa, tempo e lugar?

b. Há algum sinal que o impeça de compreender as conseqüências de sua decisão, tais como:

i. Uso de álcool ou drogas;

ii. Desordens psiquiátricas ou psicológicas;

iii. Paciente apresenta-se como um perigo para si e para outros;

iv. Trauma de cabeça;

v. Histórico de doença que afeta sua capacidade mental;

vi. Alguma outra condição clínica que possa limitar sua capacidade de pensar racionalmente;

vii. Baixa idade.

c. Os sinais vitais estão normais?

d. O paciente compreende as possíveis conseqüências de sua recusa?

e. O paciente oferece uma resistência instransponível ao atendimento?

f. O quadro clínico do paciente é potencialmente grave?

16. SE O PACIENTE (OU REPRESENTANTE LEGAL) RECUSA O ATENDIMENTO, MAS A GUARNIÇÃO BM ENTENDE QUE ELE NECESSITA DE ATENDIMENTO MÉDICO:

a. Tente contar com os familiares, ou amigos ou pessoas próximas a ele no sentido de ajudar a convencê-lo da gravidade de sua condição;

b. Contate a regulação médica (se disponível) ou o médico do paciente (se disponível), e permita que o paciente fale com um profissional médico que possa auxiliar a Gu BM a convencê-lo da necessidade do atendimento e transporte;

c. Se o paciente ainda recusa atendimento, solicite SAV (se disponível), para auxiliar a Gu BM;

d. Se ainda assim não houver sucesso nas tentativas, solicite autoridade policial para auxiliar no socorro e/ou registrar a recusa de atendimento.

17. SE O PACIENTE POSSUI LESÕES LEVES, SE O MECANISMO DA LESÃO NÃO FOI SIGNIFICATIVO E O MESMO NÃO DESEJA SER ATENDIDO, O SOCORRISTA PODERÁ ACATAR SEU DESEJO.

18. OS DADOS PESSOAIS E CLÍNICOS DO PACIENTE E OS DADOS DA OCORRÊNCIA DEVEM SER COLHIDOS EM TODOS OS CASOS DE RECUSA. CASO O PACIENTE NÃO PERMITA A COLETA DESTES DADOS, TAL FATO DEVE CONSTAR EM RELATÓRIO (RAPH/REDS)

19. ARROLE 2 TESTEMUNHAS E ORIENTE O PACIENTE QUANTO AOS SEGUINTES ASPECTOS:

a. A Gu BM que o atendeu não é composta por médico (Obs.: em caso de SBV);

b. A Gu BM não tem aparelhos médicos de alta resolução nem dispõe de exames laboratoriais precisos para fornecer um diagnóstico médico preciso da gravidade do paciente;

Protocolo de APH do Socorrista

Page 131: Protocolo APH

c. Seu estado médico pode se agravar em decorrência de eventual condição clínica oculta não detectada pela Gu BM;

d. O serviço de emergência do CBMMG está disponível 24 horas / dia e acessível via fone 193.

P 613 – PRESUNÇÃO DE ÓBITO

Protocolo de APH do Socorrista

Page 132: Protocolo APH

20. QUESTÕES LEGAIS

a. Somente profissional médico pode expedir a declaração de constatação de óbito;

b. Em casos óbvios, contudo, o profissional não médico pode constatar o óbito. São situações extremas.

21. PROPOSTA

a. Auxiliar a Gu BM a constatar ou presumir o óbito do paciente em ambiente extra-hospitalar.

22. INDICAÇÕES

a. Presunção de óbito, sem que se inicie as manobras de RCP deve ser considerada apenas nas seguintes condições:

i. Decapitação;

ii. Decomposição;

iii. Rigor mortis;

iv. Livor mortis com lividez dependente;

v. Secção de tronco com parada cardiorrespiratória;

vi. Esmagamento total de crânio com parada cardiorrespiratória;

vii. Carbonização;

viii. Paciente sem pulso e apnéico, mesmo após permeabilização de vias aéreas, em ocorrências com múltiplas vítimas, em que os recursos operacionais são insuficientes para atendimento de todas as vítimas, mas apenas das vivas (respira e tem pulso);

Em caso de mulher grávida, mesmo com lesão incompatível com a vida (e.g. esmagamento total de cabeça) com PCR testemunhada, deve-se iniciar a RCP e transportá-la para o hospital de referência mais próximo, na tentativa de salvar o bebê!!!.

Paciente hipotérmico pode sobreviver mesmo em situações extremas de parada cardiorrespiratória.

Protocolo de APH do Socorrista

Page 133: Protocolo APH

Apêndice

APÊNDICE 01 – ASPECTOS MÉDICOS, LEGAIS E ÉTICOS

23. ASPECTOS MÉDICOS

a. O consentimento do paciente

Ainda que a saúde e a vida sejam bens jurídicos indisponíveis segundo o direito brasileiro, o socorrista deve obter o CONSENTIMENTO do paciente ou seu representante legal para atendê-lo.

b. Considera-se implícito o consentimento de uma vítima inconsciente;

c. Diante da recusa em ser atendido, agir conforme P 612;

d. Somente são consideradas mortes óbvias ao socorrista os casos citados em P 613.

24. ASPECTOS LEGAIS

Protocolo de APH do Socorrista

Page 134: Protocolo APH

a. O socorrista Bombeiro Militar executa suporte básico de vida em pacientes acometidos de agravos clínicos, traumáticos, obstétricos e psiquiátricos. Suas atribuições no APH estão definidas principalmente nas seguintes normas:

i. Constituição Federal de 1988, Art. 144, § 5º;

ii. Constituição Estadual de 1989, Art. 142, Inciso II;

iii. Lei Complementar Nº 54, de 13Dez99, art 3º e 27;

iv. Portaria Nº 2.048/02 – Ministério da Saúde;

v. Resolução Nº 1.671/03 – Conselho Federal de Medicina;

vi. Documentos normativos do CBMMG: Resoluções, Memorandos, Instruções, dentre outros.

b. O Bombeiro Militar tem o DEVER DE AGIR, pois segundo o §2º do art. 29 do Código Penal Brasileiro – CPB “...o dever de agir incumbe a quem tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância...”, mesmo que tenha que enfrentar o perigo, conforme §1º do art. 24 do mesmo CPB;

c. No seu agir, o BM deve guiar-se pelo Princípio da Legalidade Estrita, pelo qual o agente público somente pode fazer o que a norma manda, não o que ela não proíbe.

d. Imprudência é a conduta positiva praticada pelo agente que, por não observar o seu dever de cuidado, vem a causar o resultado lesivo que lhe era previsível. É o agir a mais que o permitido.

e. Negligência, ao contrário, é uma conduta negativa. É sempre deixar de fazer aquilo que a diligência normal impunha. É o agir a menos que o exigido.

f. Imperícia ocorre quando há uma inaptidão, momentânea ou não, do agente no exercício de arte ou profissão. Diz-se que a imperícia está ligada, basicamente, à atividade profissional do agente. É inobservância de regra técnica.

Segundo interpretação do § 2º do Art. 13 do Código Penal Brasileiro, se o Bombeiro Militar se omite em socorrer, ele responde pelos danos sofridos pelo paciente. Se o paciente vem a óbito, por exemplo, o BM responde por homicídio, e não por omissão de socorro apenas.

25. ASPECTOS ÉTICOS

a. A ética bombeiro-militar é definida pelas normas, regras e regulamentos, e em especial pela lei estadual nº 14.310 , de 19/06/02 – Código de Ética e Disciplina dos Militares do Estado de Minas Gerais.

b. Sigilo Profissional – é a obrigação do Bombeiro Militar “não revelar informações pessoais ou relativas à situação clínica da vítima a quem não

Protocolo de APH do Socorrista

Page 135: Protocolo APH

esteja diretamente envolvido no atendimento da emergência e que dessas informações devam ter conhecimento”;

c. Direitos do paciente

i. Segundo o art. 196 da Constituição Federal de 1988, “Saúde é direito de todos e dever do Estado.” São, ainda, DIREITOS DO PACIENTE:

1. Identificar o profissional de saúde – Bombeiro ou não - por nome completo, função ou cargo;

2. Ser identificado e tratado pelo nome e sobrenome, não pelo nome da doença ou do agravo da saúde (Ex: aidético, tuberculoso, leproso, drogado) ou por apelidos e termos pejorativos;

3. Receber explicações claras sobre o tipo de atendimento que está recebendo por parte do socorrista, o que inclui cópia da RAPH/REDS;

4. Atendimento humano, atencioso e respeitoso, por parte de todos os profissionais – BM e outros;

5. Ter seu caso tratado com sigilo e discrição.

Apêndice 02 – Sinais Vitais

1. CONCEITO

a. Sinais vitais são as medidas das mais básicas funções do corpo. São quatro: temperatura, pressão arterial, respiração e pulso. São indicativos importantes também a cor da pele e mucosas, perfusão capilar e oximetria de pulso.

b. Seus valores possuem pequenas alterações conforme as referências bibliográficas adotadas

2. MEDIDAS

a. Temperatura corporal

Adulto Estado Febril

(febre baixa)

Febre

(febre moderada)

Pirexia

(febre alta)

Hiperpirexia

36,5 a 37,2 ºC 37,5 a 37,9 ºC 38,0 a 38,9 ºC 39,0 ºC 39,1 a 41,0 ºC

Protocolo de APH do Socorrista

Page 136: Protocolo APH

b. Movimentos respiratórios por minuto

Idade Movimento Respiratório Por Minuto (MRPM)

Adulto 12 – 20

Criança 15 - 30

Bebê 25 - 50

Neonato 40 - 60

c. Pulso

Idade Limites Normais

Adulto 60-100

Criança 80-110

Bebê 100-140

Neonato 120-160

d. Pressão arterial

Idade Diastólica (mmHg) Sistólica (mmHg)

Adulto 60-90 110-140

Criança / Bebê 2/3 Sistólica 80 + 2X Idade

3. PROCEDIMENTOS PARA SE MEDIR A PRESSÃO ARTERIAL

a. Observações gerais

i. Explique para o paciente o procedimento que será realizado. ii. O manguito deve ter largura de dois terços em relação ao

comprimento da porção da extremidade onde será medida a PA

Protocolo de APH do Socorrista

Page 137: Protocolo APH

b. Método Auscultatórioi. Posicione a vítima com o braço apoiado a nível do coração. ii. Localize o manômetro de modo a visualizar claramente os

valores da medida.iii. Selecione o tamanho da braçadeira indicada para o paciente

(adultos, crianças e bebês) A largura do manguito deve corresponder a 40% da circunferência braquial e seu comprimento a 80%.

iv. Localize a artéria braquial ao longo da face interna superior do braço palpando-a.

v. Envolva a braçadeira em torno do braço, centralizando o manguito sobre a artéria braquial.

vi. Mantenha a margem inferior da braçadeira a 2,5cm acima da dobra do cotovelo e encontre o centro do manguito dobrando ao meio.

vii. Determine o nível máximo de insuflação palpando o pulso radial até seu desaparecimento, registrando o valor (pressão sistólica palpada) e aumentando mais 30 mmHg.

viii. Posicione o estetoscópio sobre a artéria braquial palpada abaixo do manguito na fossa antecubital.

ix. Desinsufle o manguito de modo que a pressão caia de 2 a 3 mmHg por segundo.

x. Identifique a pressão sistólica (máxima) observando no manômetro o ponto correspondente ao primeiro batimento regular audível.

xi. Identifique a pressão diastólica (mínima) observando no manômetro o ponto correspondente ao último batimento regular audível.

xii. Desinsufle totalmente o aparelho com atenção voltada ao completo desaparecimento dos batimentos.

xiii. Retire o aparelho do braço e guarde-o cuidadosamente afim de evitar danos.

xiv. Anote a PA e a hora. Exemplo PA. 126X84, 10h55min.

c. Método Palpatórioi. Coloque as pontas dos dedos no pulso radial. Sinta o pulso.ii. Infle o manguito até ultrapassar um valor em que cesse o pulso.iii. Vagarosamente esvazie o manguito, olhando o mostrador ou a

coluna de mercúrio.iv. Quando perceber o retomo do pulso, leia a pressão sistólica

aproximada.v. Anote a PA, hora e método usado. Exemplo: PA 120 (palpação),

10h55min.

Protocolo de APH do Socorrista

Page 138: Protocolo APH

A posição em que a vítima se encontra (em pé, sentado ou deitado), atividade física recente, a emoção ou dor da ocorrência e o equipamento inadequado podem alterar os níveis da pressão.

APÊNDICE 03 – ESTADO DE CHOQUE

5. SINAIS E SINTOMAS

a. Sinais e sintomas universais de todos os tipos de choques

i. Sinais precoces

1. Taquicardia2. Pulso fraco3. Reenchimento capilar > 2 seg4. Palidez cutânea5. Vasoconstrição cutânea (cianose) 6. Sudorese7. Pele fria

ii. Sinais tardios

1. Hipotensão arterial2. Taquipnéia3. Alterações neurológicas (comportamentais)

b. Sinais e sintomas típicos dos choques específicos

i. Choque cardiogênico

1. Hipertensão seguido de hipotensãoProtocolo de APH do Socorrista

Page 139: Protocolo APH

2. Taquicardia seguida de Bradicardia3. Dispnéia4. Sudorese5. Palidez cutânea6. Alterações neurologicas (comportamentais)

ii. Choque neurogênico

1. Hipotensão2. Bradicardia 3. Pele rosada e bem perfundida.

iii. Choque psicogênico

1. Hipotensão2. Bradicardia seguida de taquicardia

iv. Choque séptico

1. Hipotensão persistente2. Pele quente e ruborizada3. Calafrios4. Febre5. Taquipnéia6. Taquicardia

v. Choque anafilático

1. Pele avermelhada, com coceira ou queimação2. Edema de face e língua3. Respiração ruidosa e difícil4. Hipotensão arterial5. Pulso fraco6. Tontura7. Palidez e cianose8. Coma

vi. Choque hipovolêmico (hemorrágico)

1. Ansiedade e inquietação2. Náuseas e vômitos3. Boca, língua e lábios secos4. Sede intensa5. PA sistólica menor que 90mm/Hg (tardio)6. Taquicardia7. Taquipneia seguida de bradipneia com respiração rápida e

profunda 8. Enchimento capilar acima de 2 segundos9. Pele fria, úmida e pegajosa10. Palidez ou cianose 11. Olhos opacos e pupilas dilatadas12. Torpor e coma

c. Classificação do choque hipovolêmico hemorrágico

Classe I Classe II Classe III Classe IV

Protocolo de APH do Socorrista

Page 140: Protocolo APH

Perda sangüínea (ml) 700 ml 750 - 1500 ml 1500 - 2000 ml > 2000 ml

Perda sangüínea (%)

Até 15% 15 -30% 30-40% > 40%

Freqüência de pulso < 100 Entre 100 -120 >120 >140

Pressão Arterial Normal NormalDiminuída

(PA sistólica)Diminuída

Freqüência Respiratória

14-20 20-30 30-40 >35

Estado Mental Ansiedade

Leve

Ansiedade Moderada

Ansioso

e Confuso

Ansioso e Letárgico

APÊNDICE 04 – ESCALA DE APGAR

1. CONCEITO

É a avaliação do quadro da vitalidade do neonato, logo após o nascimento.

2. CONDUTA

a. Devem ser feitas três medições: no primeiro, no quinto e no décimo

minuto.

b. Avalia-se através da pontuação determinada no momento do nascimento

e aos 5 (cinco) minutos de vida.

3. PARÂMETROS

a. Tabela Escala de APGAR

PARÂMETROSPONTUAÇÃO

0 1 2Freqüência Cardíaca

AusenteMenor que 100 BPM

Maior que 100 BPM

Esforço Respiratório

Ausente Choro fraco Respiração

Choro forte Respiração regular

Protocolo de APH do Socorrista

Page 141: Protocolo APH

irregular

Tônus Muscular FlácidoDiscreta flexão de extremidade

Semiflexão completa

Reflexos de Irritabilidade

AusenteResposta com careta

Tosse ou espirro

Coloração da Pele

Cianose generalizada ou palidez

Corpo róseo, extremidades cianóticas

Completamente róseo

b. Deve ser avaliado no primeiro minuto e, novamente, aos cinco minutos de

vida.

c. Quando a nota de cinco minutos for inferior a 7, novas avaliações devem

ser realizadas a cada cinco minutos, por até 20 minutos, e

adequadamente registradas.

d. Não deve servir para decisão quanto à reanimação do neonato.

4. AVALIAÇÃO CONTINUADA

5. COMUNICAÇÕES E DOCUMENTAÇÕES

a. O resultado encontrado deve ser informado ao médico no hospital, uma

vez que as notas obtidas nos primeiro e quinto minutos são registradas no

“Cartão da Criança”.

APÊNDICE 05 – ESCALA DE COMA DE GLASGOW - ADULTO

63. CONCEITO

Escala de Coma de Glasgow (ECG) é uma escala neurológica com objetivo de registrar o nível de consciência e responsividade de um paciente.

64. PARÂMETROS

a. Abertura Ocular

Espontânea 4 pontos Olhos abertos espontaneamente com movimentos normais.À voz 3 pontos Olhos fechados que só se abrem mediante um estímulo

verbal, não necessariamente à ordem de “abra os olhos”.À dor 2 pontos Olhos fechados que só se abrem mediante estímulo doloroso.Ausente 1 ponto Não abre os olhos.

b. Resposta Verbal

Orientada 5 pontos Consegue descrever quem é, e o que aconteceu etc...Confusa 4 pontos Responde às perguntas, mas não sabe descrever quem

é,onde está ou o que aconteceu.Palavras desconexas

3 pontos Diz palavras isoladas e sem sentido, não conseguindo formar frases completas.

Protocolo de APH do Socorrista

Page 142: Protocolo APH

Sons ininteligíveis

2 pontos Não consegue sequer articular palavras, emitindo apenas murmúrios ou grunhidos.

Ausente 1 ponto Não emite qualquer som vocal.

c. Resposta Motora

Obedece a comandos

6 pontos É capaz de executar movimentos mediante solicitação verbal, do tipo aperte minha mão, levante a perna, mova o pé etc...

Localiza estímulos dolorosos

5 pontos Consegue localizar a região onde está sendo estimulado dolorosamente e tenta remover a mão do examinador para impedi-lo.

Retira à dor 4 pontos Localiza o estímulo doloroso e tenta escapar dele, retirando a região estimulada.

Flexão anormal(descortiça-ção)

3 pontos Ao ser estimulado flexiona as extremidades superiores e estende as extremidades inferiores assumindo a atitude de decorticação.

Extensão anormal(Descere-bração)

2 pontos Ao ser estimulado, estende as extremidades superiores e inferiores assumindo a chamada atitude de descerebração.

Ausência de resposta

1 ponto Irresponsivo.

CLASSIFICAÇÃO DO TCE SEGUNDO A PONTUAÇÃO NA ECG

d. TCE Leve - 13 a 15

e. TCE Moderado - 09 a 12

f. TCE Grave - 03 a 08

Protocolo de APH do Socorrista

Page 143: Protocolo APH

APÊNDICE 06 – ESCALA DE COMA DE GLASGOW - PEDIÁTRICA

65. CONCEITO

a. A Escala de Coma de Glasgow (ECG) pediátrica é uma escala neurológica com objetivo de registrar o nível de consciência e responsividade de um paciente pediátrico menor de 5 anos durante a avaliação inicial sempre que possível, será contínua e após um traumatismo craniano ou traumas diversos.

66. PARÂMETROS

a. Abertura Ocular

Espontânea 4 pontos Olhos abertos espontaneamente. Abre os olhos.À voz 3 pontos Olhos fechados que só se abrem mediante um estímulo

verbal.À dor 2 pontos Olhos fechados que só se abrem mediante um pequeno

estímulo doloroso.Ausente 1 ponto Não abre os olhos.

b. Resposta Verbal

Balbucio 5 pontos Orientado para o som, segue objetos, fixa objetos, interage, sorriso social e “palavra apropriada (>1ano)”.

Choro irritante

4 pontos Choro contínuo, mas consolável; palavra inapropriada.

Protocolo de APH do Socorrista

Page 144: Protocolo APH

Choro a dor 3 pontos Choro persistente irritado, inconsolável gemendo.Gemido a dor

2 pontos Inquieto, agitado, inconsolável e geme.

Ausente 1 ponto Não emite qualquer som.

c. Resposta Motora

Movimento espontâneo

6 pontos É capaz de executar movimentos espontâneos ou proposital sozinho.

Retira ao toque

5 pontos Consegue sentir a região onde está sendo estimulada e tenta se afastar.

Retira à dor 4 pontos Consegue sentir a região onde está sendo estimulada a dor e se afasta.

Flexão anormal

3 pontos Ao ser estimulado flexiona as extremidades superiores e estende as extremidades inferiores assumindo a atitude de decorticação.

Extensão anormal

2 pontos Ao ser estimulado, estende as extremidades superiores e inferiores assumindo a chamada atitude de descerebração.

Ausente 1 ponto Ausência de qualquer resposta

d. Classificação do TCE segundo a ECG pediátrica

i. 13 a 15 - leveii. 09 a 12 - moderadoiii. 03 a 08 – grave

APÊNDICE 07 – ESCALA DE TRAUMA SCORE

67. CONCEITO

a. A escala de Trauma Score visa quantificar o nível da gravidade de um paciente traumatizado, sendo assim fator decisivo para orientar a conduta do socorrista no atendimento e na triagem (situação onde a emergência ultrapassa a capacidade de resposta).

b. É composta de uma combinação de resultados a partir de três categorias: Escala de Coma de Glasgow, Pressão Arterial Sistólica e Freqüência Respiratória.

c. A Escala de Trauma Score não inclui o enchimento capilar e a expansão pulmonar visto a subjetividade destes.

68. PARÂMETROS

a. Tabela de Trauma Score

ValorPontos na Escala

de Coma de Glasgow

Pressão Arterial

Sistólica

Frequência Respiratória

4 13-15 > 89 10-29

3 9-12 76-89 >29

2 6-8 50-75 6-9

Protocolo de APH do Socorrista

Page 145: Protocolo APH

1 4-5 1-49 1-5

0 3 0 0

APÊNDICE 08 – MAPA CARGA PADRÃO DE UR

Ord EQUIPAMENTO / MATERIAL TAM QUANT.

01 Abridor de mandíbula -- 01 a 02

02 Álcool Etílico 70%Litro (1000 ml) 02 a 03

Almotolia (250 ml) 01

03

Aparelho de oxigênio portátil completo composto de cilindro de 03 lts (ou maior), manômetro, fluxômetro e máscara facial. Acondicionado em bolsa ou maleta.

-- 01

04 Avental descartável (EPI do TEM) -- 10 a 15

05 Aspirador elétrico portátil de secreções -- 01

06Ataduras de crepom de 15 cm de diâmetro ( Pct c/ 12)

-- 02 a 03

07 Bóia tipo lifebelt (salcichão) -- 01

Protocolo de APH do Socorrista

Page 146: Protocolo APH

08Bolsa de resgate, em cordura (cor azul ou laranja)

-- 01

09 Campo operatório – pacote com 50 unidades -- 01

10 Capa de chuva -- 04

11 Capacete para salvamento -- 04

12 Catéter nasal -- 10 a 15

13 Cobertor -- 02 a 03

14 Colar cervical de peça única, modelo stiffineck

Pediátrico 01

No Neck 01

Pequeno 02

Médio 02

15 Colchonete -- 01

16 Colete de imobilização dorsal tipo KED -- 01

17 Colete reflexivo -- 04

18 Cone sinaleiro escamoteável reflexivo -- 03

19Conjunto com 06 cânulas de guedel (tam de 01 a 06)

-- 01

20 Desfibrilador Externo Automático (DEA) -- 01

21 EsfigmomanômetroPediátrico 01

Adulto 02

22 Esparadrapo (Rolo de 0,10 a 4,5 mts) -- 02 a 03

23 EstetoscópioPediátrico 01

Adulto 02

24 Extintor de PQS 08 Kg -- 01

25 Fita zebrada para isolamento -- 02 a 03

26 Hipoclorito de sódio a 1% Litro (1000 ml) 02 a 03

Protocolo de APH do Socorrista

Page 147: Protocolo APH

27 Imobilizador de cabeça tipo bashaw -- 02

28 Imobilizador pediátrico de corpo inteiro -- 01

29 Kit de queimadura -- 02 a 03

30 Kit obstétrico -- 02

31 Kit para salvamento em altura -- 01

32 Lanterna a pilha de 03 elementos1 -- --

33 Lanterna de recarga em viatura2 -- 02

Ord EQUIPAMENTO / MATERIAL TAM QUANT.

34 Lanterna de verificação de pupila - 01

35 Lençol de papel (Rolo com 50 mts) -- 01

36Luva de borracha para limpeza e desinfecção (par)

-- 04 a 06

37 Luva descartavel (Caixa com 50 pares)

Pequeno 01

Médio 01

Grande 01

38 Luva de vaqueta (ou de couro e tecido) - par -- 03 a 04

39 Maca escamoteável com rodas -- 01

40 Maca tipo colher3 -- 01

41 Maca tipo Sked -- 01

42 Manta aluminizada -- 03 a 05

43Máscara facial com reservatório para oxigenioterapia

-- 03 a 05

44 Máscara facial (EPI do TEM) -- 40 a 50

1 Este material pode ser substituído por outro similar2 Este material pode ser substituído por outro similar3 Este material pode ser substituído por outro similar

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Page 148: Protocolo APH

45 Óculos de proteção -- 03 a 04

46 Oxímetro de pulso portátil -- 01

47 Pocket mask -- 01

48 Prancha longa4 -- 01 a 02

49 Prancha longa de metal5 -- 01

50 Prancheta de metal -- 01

51 Protocolo de APH -- 01

52Rádio HT completo (com bateria, antena e capa)

-- 01

53Respirador manual adulto tipo AMBU com reservatório

Neo-natal 01

Pediátrico 01

Adulto 01

54 Sabão líquido NeutroLitro (1000 ml) 02 a 03

Almotolia (250ml) 01

55 Saco de lixo de 30 lts -- 10 a 12

56 Sonda de aspiração flexívelTam 08 04 a 08

Tam 12 04 a 08

57 Sonda de aspiração rígida -- 02 a 03

58 Soro fisiológico (Frasco com 50 ml) -- 04 a 06

59 Talas moldáveis de espuma e metal

Pequeno 03

Médio 06

Grande 04

60Tesoura de ponta romba para corte de tecidos e couro

-- 02

61 Tracionador de fêmur adulto -- 01

4 Este material pode ser substituído por outro similar5 Este material pode ser substituído por outro similar

Protocolo de APH do Socorrista

Page 149: Protocolo APH

62 Tracionador de fêmur pediátrico -- 01

1. OBSERVAÇÕES:

1.1 Os materiais de limpeza e assepsia previstos deverão estar registrados no Ministério da Saúde.

1.2 Os materiais e equipamentos acima descritos são o mínimo a ser exigido para uma Unidade de Resgate. Havendo necessidade de se acrescentar outros, tal procedimento será efetuado por autorização do Comandante da UEOp, que decidirá baseado nos seguintes aspectos:

necessidade operacional demonstrada; relação custo x benefício; qualificação dos socorristas para utilizarem os itens incremetnados; possibilidade de acondicionamento adequado nos compartimentos da Unidade

de Resgate.

1.3 Composição dos Kit

Os Kit acima descritos terão a seguinte composição:

1.3.1 Kit para queimadura

01 cobertor térmico aluminizado - tam: 2,10 X 1,40 M ou plástico estéril 01 Pacote de atadura de rayon - tam: 7,5 X 5 CM 01 pacote de gaze vaselinada - tam: 7,6 X 7,6 CM 01 protetor para queimadura e evisceração – tam 1 X 1 M 01 frasco de soro fisiológico - frasco de 250 ML

1.3.2 Kit para parto

02 avental descartável 01 bisturi descartável nº 22 02 bracelete para identificação 01 compressa estéril "TIPO ZOBEC" 15 X 10 CM 01 compressa estéril "TIPO ZOBEC" 30 X 15 CM 01 cobertor térmico - Tam: 2,10 X 1,40 M 02 clamps estéril (prendedor umbilical) 01 lençol descartável 2,00 X 0,90 CM 02 pares de luva estéril Tam M (7,5 ou 8,5) 01 saco de expurgo hospitalar 20 litros 02 absorventes hospitalares

1.3.3 Kit de salvamento em altura

01 Bolsa de nylon 01 corda de poliamida de 11 mm de diâmetro e lance de 30 m 01fita tubular ou cabo solteiro de 5 m 01 boldrier 01 par de luvas de vaqueta 01 freio 8 02 mosquetões de duralumínio

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Page 150: Protocolo APH

APÊNDICE 09 – DURAÇÃO DE CILINDRO DE O2

1. CILINDROS MAIS COMUNS COMERCIALIZADOS

Capacidade Peso Quantidade em m3 Altura

03 litros 05 kg 0.45 m3 0.40 cm

05 litros 07 kg 0.75 m3 0.40 cm

07 litros 10 kg 1.00 m3 0.45 cm

15 litros 17 kg 2.40 m3 0.88 cm

20 litros 30 kg 4.00 m3 0.72 cm

40 litros 48 kg 8.00m3 1.32 cm

50 litros 58 kg 10.00m3 1.42 cm

2. CÁLCULO DA DURAÇÃO RESIDUAL DO CILINDRO

V =P x C1000

,onde

V = Volume, em m3P = Pressão do Cilindro, em bar (utilizando o manômetro)C = Capacidade hidráulica do cilindro, em litros (esta informação está gravada no corpo do

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Page 151: Protocolo APH

cilindro)

Sabendo o volume residual, conforme os modelos de cálculo abaixo:

Exemplos:

Devemos transformar o volume de m3 para litros, através da seguinte proporção:

1m3 = 1000 litros

m3 residuais = X litros

Tendo a vazão terapêutica (observando o fluxômetro), temos o tempo restante do cilindro:

Por exemplo:

10 l / min, ou seja, a cada minuto 10 l de O2 são administrados, se temos 400 litros residuais, teremos X min.

Equacionando:

10l - 1min X min = 400 l x 1 min = 40 min

400l - X min 10 l

Equação Global:

X minutos residuais = Pressão x Capacidade

Vazão

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