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PROJETO GIPSITA

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Recife -1995

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Alarico Antônio Frota Mont’Alverne Geólogo Chefe da SGPM

Eldemar de Albuquerque Menor

Geólogo Consultor/Coordenador

Antônio José Rodrigues do Amaral

Geólogo

Valdemir Cavalcante de Souza

Geólogo

Recife -1995

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$35(6(17$d­2 Este relatório, de caráter parcial, interessa os elementos de trabalho envolvidos no 352-(72�*,36,7$, cuja concepção foi estabelecida em maio de 1991, e posteriormente ratificada pelo MME/DNPM, como programação aprovada para execução, realizável no prazo de 3 (três) anos. Em cumprimento a uma sistemática administrativa, o prazo foi limitado para 2 (dois) anos, correspondendo à Etapa I de sua realização. Para esse período a previsão de investimentos em pesquisa foi estipulada em CR$ 33.288.600,00, ou seja: equivalentes a aproximadamente US$ 242,000 (duzentos e quarenta e dois mil dólares). O projeto teve o destacado privilégio de contar com apoio do CNPq , através da concessão de bolsa DTI, nível 3A, ao consultor, possibilitando sua exclusiva disponibilidade para o DNPM-PE. Conforme estabelecido no anteprojeto, a equipe de trabalho deveria ser constituída de:

1 (um) Geólogo senior (tempo parcial). 1 (um) Auxiliar técnico (tempo integral). 2 (dois) Geofísicos (tempo parcial). 1 (um) Consultor (tempo integral).

A título de cooperação, o consultor assumiu interina e oficiosamente, de forma cumulativa, a função de Coordenador. A programação foi temporariamente suspensa, para reavaliação de concepções e de resultados, em novembro de 1994, decorridos cerca de 28 (vinte e oito) meses de trabalho mais ou menos contínuo. Da previsão inicial de investimentos foram dispendidos cerca de US$ 40,000 (quarenta mil dólares), correspondendo a cerca de 16% do que se pretendia investir. Desse montante, aproximadamente 45% foi consumido efetivamente por serviços e análises de laboratório, e cerca de 15% foi bancado pelo DNPM/PE para tempo complementar do consultor, um pouco antes e após a concessão de sua bolsa pelo CNPq. Inevitável e absolutamente necessário asseverar que o conteúdo desse relatório, ao termo de sua Etapa I de desenvolvimento está ainda limitado por uma massa de informações assaz reduzida face às expectativas de resultados que se pretendia atingir, tendo exigido um esforço considerável para aproveitamento do material que se conseguiu reunir ou produzir. Neste sentido, um especial agradecimento deve ser declinado a empresas da região pelo alto espírito de cooperação, permitindo acesso a dados inéditos privativos de interesse técnico-científico, que muito ajudaram a enriquecer o conhecimento do processo de formação de depósitos regionais de gipsita. Entre essas empresas, mister mencionar : Mineradora Rancharia, Mineração Ponta da Serra (Grupo Votorantim), Terra Nobre Ind. e Com., Calmina Ltda., pela especial atenção dedicada ao nosso trabalho, como representantes de tantas outras que muito esperam dos resultados desse projeto. Os autores agradecem à PETROBRÁS pela sua cooperação através da cessão de valioso material técnico-científico referente à Bacia do Araripe, apoio analítico, assim como pelo instrutivo diálogo com todos aqueles técnicos que, direta ou indiretamente, se mantêm acompanhando a evolução dos conhecimentos geológicos sobre aquela bacia. Finalmente, cumpre agradecer à SUDENE, em especial seu corpo do Laboratório de Análises químicas, pela destacada compreensão de fazer executar análises químicas por abnegada gentileza, gesto esse que todos sabemos representar custos não negligenciáveis, confrontando situações de tanta contenção econômica.

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,��/2&$/,=$d­2�(�',0(16®(6�'$�È5($���� � A área programada inicialmente para o projeto correspondia a toda a cobertura sedimentar da região meridional da Chapada do Araripe, inclusa no Estado de Pernambuco. Com a progressão dos trabalhos, e em parte em função da disponibilidade de informações, a área efetivamente trabalhada foi limitada ao setor Trindade-Ipubi e adjacências (fig. 1), pelo menos durante essa etapa de seu desenvolvimento. Dessa forma, a superfície investigada abrange 60 km2, embora a foto-interpretação e respectivo cotejamento geológico tenham coberto aproximadamente 2.200 km2 . ,,��2%-(7,926�'2�352-(72����� � Basicamente, a concepção do Projeto “Gipsita do Araripe” reúne os seguintes objetivos:

• Reavaliação dos depósitos de gipsita da Bacia do Araripe, em Pernambuco; • Desenvolvimento de estudos sobre a origem dos episódios evaporíticos; • Desenvolvimento de metodologias prospectivas para rastreamento e/ou

descoberta de novos jazimentos; • Qualificação de minérios gipsíferos.

,,,��0(72'2/2*,$�'2�75$%$/+2 Com os meios colocados à disposição, visando alcançar os objetivos colimados e a preparação da equipe do trabalho, ainda com vistas no estabelecimento de uma memória de estudos para o DNPM, foram desenvolvidos os seguintes trabalhos: ,,,����3HVTXLVD�ELEOLRJUiILFD� � � A pesquisa bibliográfica foi desenvolvida sobre 3 linhas básicas de informação:

• Relatórios de pesquisa mineral sobre gipsita (documentação oficial DNPM); • Publicações sobre a Geologia da Bacia do Araripe, especialmente sobre

alitologia da Formação Santana (original produzido pelo Dr. Francisco Celso Ponte, disponível no DNPM);

• Textos técnicos básicos sobre evaporitos. Foram examinados todos os relatórios de pesquisa (finais e/ou parciais) de processos arquivados no DNPM, dos quais foram listados dados referentes às sondagens para gipsita. Essa listagem deu origem a 36 (trinta e seis) separatas, com 524 (quinhentos e

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vinte e quatro) sondagens, sob forma de planilhas, contendo: no do processo, titular do Alvará, localidade, coordenadas e cotas das bocas das sondagens/poços, profundidade e cota de topo e/ou base da camada de gipsita, espessuras do minério e cobertura estéril, além de indicações sobre litologias de topo e/ou base da gipsita (anexo-1). Do montante inicial de 524 sondagens cadastradas, apenas 364 foram consideradas tecnicamente utilizáveis, e foram subsequente e uniformemente locadas sobre um mapa base geral, na escala de 1:10.000. Tal procedimento permitiu um melhor controle de distorções sobre o comportamento geométrico da camada principal de gipsita (horizonte superior de gipsita = Hgy-2), assim como dos desvios (imprecisões de levantamento topográfico) em relação às coordenadas planas (UTM) dessas sondagens. Sobre a Geologia da Bacia do Araripe foram cadastradas 374 (trezentos e setenta e quatro) publicações (doc. DNPM, autor: C. PONTE). Deste montante, foram aproveitadas informações que tratavam especificamente sobre a sequência litológica da Formação Santana. Textos básicos contendo capítulos exclusivos ou, especificamente, livros especializados sobre evaporitos, incluem uma relação de 23 volumes consultados. Alguns desses compêndios foram solicitados por empréstimo a bibliotecas externas, enquanto outros (4 volumes) foram encomendados por conta própria pelo consultor. ,,,����7UHLQDPHQWR�GD�HTXLSH�GH�WUDEDOKR Considerando-se o caráter específico da investigação técnica exigida pelos propósitos do projeto, fez-se necessário introduzir “seminários de estudo” interessando os seguintes assuntos:

• Sedimentação evaporítica; • A jazida de gipsita de Casa de Pedra, Ipubi-PE; • Perfil litológico da Formação Santana na jazida de Pedra Branca-CE; • Sedimentação lacustre; • Depósitos evaporíticos lacustres, e marinhos de águas rasas/profundas; • Prospecção de gipsita por eletro-resistividade: princípios metodológicos.

Esses seminários (abertos a todo corpo técnico do DNPM), além de discussões técnicas sobre os temas principais interessando os objetivos do projeto, tiveram também o objetivo uniformizar a linguagem técnica de comunicação com a equipe do trabalho, e inclusive estimular o bom acompanhamento técnico pela direção do DNPM. ,,,����(WDSDV�GH�FDPSR��� As etapas de campo tinham como objetivo a uniformização do mapeamento geológico, o estudo dos perfis litológicos nas áreas mineralizadas, coleta de amostras,

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levantamento de experiências prospectivas dos mineradores, observações sobre o aproveitamento do minério “LQ�QDWXUD” assim como sua aplicação industrial local e, enfim , checagens diversas de interesse prospectivo, tais como: localização exata de sondagens positivas/negativas, cavas de mineração, etc. Na programação global do Projeto estavam previstas 11 (onze) operações de campo, totalizando 120 (cento e vinte) dias de atividade. Foram cumpridas 7 (sete) , faltando justamente aquelas de complementação do controle regional com interesse prospectivo (2 etapas, inclusive com Geofísica), e as de rastreamento/descoberta de jazimentos explotáveis de gipsita (2 etapas, sendo pelo menos uma com apoio de Geofísica). Essas operações restantes poderão ser abordadas em função dos resultados que estarão sendo apresentados neste Relatório de Etapa I. � ,,,����0DSHDPHQWR�JHROyJLFR���� � O mapeamento geológico foi executado conforme critérios clássicos de trabalho, envolvendo: fotointerpretação geológica (aerofotos 1:70.000), compilação e ajustes de mapeamentos pré-existentes, execução de perfis geológicos transversais aos contatos estratigráficos, descrição de perfis de lavra (minas: S.Jorge, Ponta da Serra, Lagoa do Massapê e Sítio Barbosa) e de cortes topográficos. Levando-se em conta a existência de uma cobertura extensiva de sedimentos incoerentes tércio-quaternários (TQ), mascarando os afloramentos da Formação Santana, foram executados poços de investigação, em geral limitados a 3.5 metros de profundidade. Assim sendo, foram abertos 33 (trinta e três) poços, totalizando 99 (noventa e nove) metros lineares. Em função das observações realizadas nesses poços, e alternativamente em cacimbas, foi possível constatar que a espessura dos sedimentos (de TQ) pode, em determinados locais, exceder os 20 metros. Conforme essa metodologia, o mapa-base geológico adotado (anexo-2), considera as informações obtidas por foto-interpretação e mapeamento geológico, com a concepção lito-estratigráfica desenvolvida pela equipe de trabalho, durante a vigência do projeto. Evidentemente, uma certa proporção da área de interesse já havia sido objeto de mapeamentos de detalhe, na escala 1:50.000, através dos “Relatórios de Graduação” do curso de Geologia da UFPE, e algumas folhas publicadas pela SUDENE-DG. Em se tratando de trabalhos que foram executados há mais de uma década, o nível de informação, mesmo em se considerando o nível de detalhe, necessitou de homogeneização e compatibilização com a escala de apresentação: 1:100.000. Um problema adicional, nesses casos, residiu na evidência que essas áreas mapeadas, mesmo quando adjacentes, formam verdadeiros agrupamentos isolados, uma vez que exibem diferentes critérios de mapeamento. Também foram consideradas algumas modificações e atualizações, conforme recentes critérios de mapeamento (RIBEIRO & VASCONCELOS, 1991), encabeçados pelo programa PLGB (Programa de Levantamentos Geológicos Básicos) da CPRM, cujos mapas estão sendo publicados na escala 1:100.000. Todos esses mapeamentos foram checados nas áreas de cobertura sedimentar, enquanto o detalhamento lito-estratigráfico do embasamento cristalino foi considerado negligenciável, para os objetivos do projeto. Finalmente, o conjunto de todas essas informações foi adaptado para uma representação unificada sobre a base cartográfica regional da SUDENE, em escala de 1:100.000.

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A representação cartográfica da Formação Santana segue critérios indicados por AMARAL (1994), restringindo-se às áreas onde efetivamente são aflorantes a imediatamente sub-aflorantes os seus sedimentos, considerando-se que o capeamento máximo não exceda 5 metros. Nestes casos, critérios de foto-interpretação, observações de campo, além de dados de sondagens e poços, podem atestar a subjacência próxima desta formação. Assim tendo sido feito, reflete-se melhor o que se observa em campo, e não se negligencia a representação cenozóica, o que é relevante face aos recursos hídricos que eventualmente abriga, além de implicações óbvias nas relações estéril:minério para a explotação de gipsita. O mapeamento geológico produzido pelo Projeto Gipsita constitui um documento que, por ineditismo de sua concepção, e pela melhor precisão conferida à representação sedimentar da Bacia do Araripe no setor de pesquisa, mereceu a produção de um documento à parte, disponível no DNPM/PE. ,,,�����$PRVWUDJHP Durante as verificações de campo foram coletadas 124 (cento e vinte e quatro) amostras, distribuídas em poços, cortes de mina, e afloramentos naturais. Na medida do possível, foram evitadas amostras com sinais evidentes de alteração meteórica. Para tanto, os poços recém-escavados, assim como cortes recentes em frentes ativas de mineração, foram priorizados. Todas as amostras estão plotadas em mapas 1:100.000, e planilhados os respectivos planejamentos analíticos (anexo-3). O material coletado está ensacado (sacos plásticos), inclusive com as destinações previstas de laboratório, em acondicionamentos individualizados. Na fase II do Projeto, com a previsão de verbas suficientes, tal amostragem já está preparada para expedição. ,,,����/LQKDV�GH�LQYHVWLJDomR�SURVSHFWLYD���� � O problema básico proposto interessa o desenvolvimento de metodologias eficientes e se possível de baixo custo, visando: a detecção (em sub-superfície), a avaliação e o rastreamento de depósitos de gipsita, na Bacia do Araripe. Nessa ótica, foram desenvolvidas as seguintes hipóteses de trabalho e respectivas linhas de investigação:

• Herança paleo-geográfica: Neste caso, pressupõe-se que após o evento evaporítico principal as condições morfológicas da bacia não tenham sido modificadas substancialmente, de modo que o registro sedimentar subseqüente preserve determinadas características (geoquímicas, particularidades e natureza dos aportes terrígenos, etc) que possam ser acompanhadas nos perfís geológicos. Naturalmente, para que a metodologia possa funcionar é necessário que essas características apresentem crescimentos, ou decréscimos, nos valores das variáveis consideradas, razoavelmente controláveis ao longo dos perfís.

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• Analogias com modelos clássicos: Esse método consiste em comparar modelos

de mineralização bem controlados, com a disposição geométrica dos evaporitos

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ANEXO - 3 : Acompanhamento analítico em execução e previsional de amostras selecionadas pelo Projeto Gipsita

Am. [No] Descrição de Campo Local/Município Int. amost. Petr. Pal. RX [<2µ]

Granul. Moagem RX [RT] An. Quim. [RT]

An. Quím. [< 2µ]

OBS.

PG-02 Calcário ostracoidal S. Jorge/Trindade superfície +/4 +/1 +/2 +/1 PG-02A Calcário ostracoidal S. Jorge/Trindade superfície + PG-03 biomicrito S. Jorge/Trindade superfície +/4 2 lâminas petrogr.

PG-05A Argilito sílt. carbonát. S. Jorge/Trindade perfil mina +/4 + +/3 +/1 +/2 +/1 PG-05B nódulo ostracoidal S. Jorge/Trindade perfil mina +/4 + +/1 +/2 +/1 PG-06A Siltito argil. carbonát. S. Jorge/Trindade perfil mina +/4 + +/3 +/1 +/2 +/1 PG-06B calcário argiloso S. Jorge/Trindade perfil mina +/4 + +/1 +/2 +/1 PG-07A Siltito argil. esverd. S. Jorge/Trindade perfil mina + +/3 +/1 +/2 +/1 PG-07B Siltito argil. bege-esv. S. Jorge/Trindade perfil mina +/4 + +/3 +/2 +/1 +/2 +/1 PG-08A Argilito esverd. S. Jorge/Trindade perfil mina +/4 + +/3 +/1 +/2 +/1 PG-08B Nódulo carbonático S. Jorge/Trindade perfil mina +/2 PG-08C Nódulo ostracoidal S. Jorge/Trindade perfil mina +/4 + +/1 +/2 +/1 PG-09A Argilito cinza-esv. S. Jorge/Trindade perfil mina + +/3 +/1 +/2 +/1 +/1 PG-09B Argilito sílt. averm. S. Jorge/Trindade perfil mina +/3 +/1 +/2 +/1 +/1 PG-10 argilito sílt. vermelho S. Jorge/Trindade perfil mina +/3 +/1 +/2 +/1 +/1

PG-11A Siltito argil. esverd. S. Jorge/Trindade perfil mina +/4 + +/3 +/1 +/1 +/1 PG-11B Arenito fino argiloso S. Jorge/Trindade perfil mina +/4 +/3 +/2 +/1 +/1 PG-11D Arenito fino carbonát. S. Jorge/Trindade perfil mina +/4 +/2 +/1 +/2 +/1 PG-12 Argilito S. Jorge/Trindade perfil mina + +/3 +/1 +/2 +/1 +/1

PG-13A Arenito S. Jorge/Trindade perfil mina +/4 +/2 PG-13B Marga pelítica S. Jorge/Trindade perfil mina + +/3 +/1 +/2 +/1 +/1 PG-14A Gipsita secundária S. Jorge/Trindade perfil mina +/4 +/1 +/2 +/1 PG-14B1 Marga sulfatada S. Jorge/Trindade perfil mina +/4 +/3 +/1 +/2 +/1 PG-14B2 Marga sulfatada S. Jorge/Trindade perfil mina +/4 +/3 +/1 +/2 +/1 +/1 PG-15A Gy - “ algal mat” S. Jorge/Trindade perfil mina +/4 +/1 +/2 +/1 PG-15B Gy - rapadura S. Jorge/Trindade perfil mina +/4 +/1 +/2 +/1 PG-15C Arenito carbonático S. Jorge/Trindade perfil mina +/4 +/1 +/2 +/1 PG-16 Folhelho cinzento S. Jorge/Trindade perfil mina +/4 + +/3 +/1 +/2 +/1 +/1 Det. tipo C orgân.

PG-17A Gy - “ algal mat” S. Jorge/Trindade perfil mina +/4 +/1 +/2 +/1 PG-17B Gy - rapadura S. Jorge/Trindade perfil mina +/4 +/1 +/2 +/1 PG-17C Gy - “ lité” S. Jorge/Trindade perfil mina +/4 +/1 +/2 +/1 PG-17D Gy sacaroidal S. Jorge/Trindade perfil mina +/4 +/1 +/2 +/1

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PG-17E Gy - “ branquinha” S. Jorge/Trindade perfil mina +/4 +/1 +/2 +/1

ANEXO -3 : Acompanhamento analítico em execução e previsional de amostras selecionadas pelo Projeto Gipsita (continuação)

Am. [No] Descrição de Campo Local/Município Int. amost. Petr. Pal. RX [<2µ]

Granul. Moagem RX [RT] An. Quím [RT]

An. Quím [<2µ]/

OBS.

PG-17F Gy “ Johnson” S. Jorge/Trindade perfil mina +/4 +/1 +/2 +/1 PG-17G Gy “ neguita” S. Jorge/Trindade perfil mina +/4 +/1 +/2 +/1 PG-18A Argilito síltico esverd. Getomisa/Trindade perfil mina + +/3 +/1 +/2 +/1 +/1 PG-18B Nódulo ostracoidal Getomisa/Trindade perfil mina +/4 + +/1 +/2 +/1 PG-19A argilito esverd. Getomisa/Trindade perfil mina + +/3 +/1 +/2 +/1 +/1 PG-19B bloco oblato carbon. Getomisa/Trindade perfil mina +/4 + +/1 +/2 +/1 PG-19C bloco oblato carbon. Getomisa/Trindade perfil mina +/4 + +/1 +/2 +/1 PG-20 Calcário lumachél. S. Lambedor/Ipubi superfície +/4 + +/1 +/2 +/1

PG-22A biomicrito Lucena/Ouricuri superfície +/4 + +/1 +/2 +/1 PG-22B biomicrito Faz. Pati/Ipubi superfície + PG-23B Calcário sub-litográf. Faz. Pati/Ipubi superfície +/4 + +/1 +/2 +/1 PG-24 Arenito grosseiro Morro Agudo/Our. afloram. +/4 + PG-25 Arenito Alto Bonito/Ipubi afloram. +/4 + PG-26 Arenito Alto Bonito/Ipubi afloram. +/4 + PG-27 Calcário compacto Alto Bonito/Ipubi superfície +/4 + +/1 +/2 +/1

Observações: Laboratórios selecionados 1 = SUDENE, 2 = UFPE, 3 = CPRM/LAMIN, 4 = CPRM/PE,

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conhecidos na Bacia do Araripe, desque que sejam possíveis as correlações com as facies coetâneas estéreis.

• Métodos geofísicos: Neste caso, parte-se do pressuposto da existência de

marcantes diferenças nas características físicas entre os horizontes de gipsita e os sedimentos de cobertura. Tais métodos, evidentemente, para que possam assegurar uma razoável margem de segurança, necessitam preferivelmente da inexistência de rochas com comportamento físico análogo nos setores de sedimentação evaporítica.

Com base nessas linhas de investigação, foram desenvolvidos trabalhos, investigações analíticas, e interpretação de dados, visando-se atingir os objetivos determinados, conforme se demonstra a seguir. ,9��352'8726�(�5(68/7$'26�2%7,'26 I9����0DSHDPHQWR�JHROyJLFR�HVWUDWLJUiILFR�� A contribuição do Projeto Gipsita nesta etapa I de seu desenvolvimento logrou produzir um mapa geológico setorial (região Araripina-Trindade-Ipubi) atualizado, em escala 1:100.000 , para facilitar os trabalhos regionais de prospecção. Sua concepção, ao detalhar os sedimentos tércio-quaternários (TQ), dantes genericamente mapeados como uma cobertura indiferenciada lito-estratigraficamente, é indiscutivelmente mais adaptada para a prospecção de evaporitos na região considerada. Sobretudo, resgata a importância desses sedimentos e seu desenvolvimento, com perspectivas inclusive para a detecção de aquíferos que, mesmo de pequeno porte, são de vital importância para uma região assolada periodicamente por fustigantes sêcas. De qualquer forma, constituía um êrro técnico o seu desprezo na representação cartográfica, uma vez que não raramente pode apresentar espessuras superiores aos 30 metros, e muito comumente incluem espessuras entre 5 a 15 metros. A clássica divisão entre Membros da Formação Santana foi respeitada (Ipubi-Crato-Romualdo), embora pareça cada vez mais evidente que não se comportem em disposição espacial do tipo “ cake Stratigraphy” . O mapeamento geológico não chegou a esse nível de detalhe, entretanto propõe, sob o peso das evidências de campo e de documentação, um detalhamento da Estratigrafia da Bacia do Araripe. O Projeto Gipsita encampou essas novas concepções, diante das evidências pragmáticas que envolvem o ato de prospectar.

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I9����0DSD�GH�FRQWRUQR�HVWUXWXUDO�GR�WRSR�GD�JLSVLWD���� � Levando-se em consideração que muito poucas sondagens atravessam o horizonte principal de gipsita (Hgy-2 de MENOR & AMARAL, 1991), e ainda apresentam o óbice de estarem concentradas em torno de uma restrita região (Mina Casa de Pedra, do Grupo Votorantim), tornou-se lamentavelmente inexequível a preparação de um mapa de contorno estrutural da base de Hgy-2. Como alternativa, o mapa de contorno estrutural do topo de Hgy-2, sustenta principalmente um interesse prospectivo, por indicar a profundidade prevista desse horizonte para trabalhos de pesquisa. Sua interpretação regional, assim como a significação desse mapa para reconstituições paleo-ambientais, devem ser inevitavelmente cercadas de muita precaução e reservas. Em primeiro lugar, porque a espessura original de Hgy-2 não é a mesma sobre toda a extensão do domínio evaporítico, e adicionalmente porque esse horizonte pode apresentar truncamento erosivo. Esse mapa foi preparado a partir de informações colhidas principalmente em Relatórios de Pesquisa arquivados no DNPM, e subsidiariamente em descrições de sondagens avulsas, realizadas para fins diversos: hidrogeológicos, prospectivos, etc. Após criterioso controle de correto posicionamento geográfico para cada sondagem, foram selecionados e listados seus respectivos pontos (rever anexo-1), cujas coordenadas e cotas de boca de furo foram uniformizadas em uma única base cartográfica: os mapas 1:10.000, realizados pelo convênio INCRA/ESTADO DE PERNAMBUCO/SUDENE (1985). Como já asseverado anteriormente, de um universo de 524 pontos cadastrados, foram selecionados 364 cuja representatividade e confiabilidade se prestavam para a preparação do mapa temático em questão. O tratamento dessas informações foi realizado através de programação de computador (Surfer, versão 5.0). Entretanto, fizeram-se necessários 250 pontos adicionais, para incorporar os limites conhecidos do bordo aflorante da bacia e os domínios do embasamento cristalino, a partir dos quais a “ inexistência” de jazimentos evaporíticos, em termos de informática, impunha uma representação matemática (fig. 2). O mapa resultante (fig. 2A) revela alguns detalhes inéditos, de certa forma algo surpreendentes à luz dos conceitos prospectivos até então praticados na Bacia do Araripe:

1. Dentro de um espaço geográfico algo restrito, o topo do horizonte Hgy-2 pode ser encontrado em cotas absolutas com até 90 metros de desnível, como por exemplo no caso das jazidas Alto Alegre e São Jorge, separadas entre si por cerca de 6 km. Embora essa situação possa corresponder a um mergulho regular algo suave de 15m/km, tal circunstância não parece sedimentologicamente responder ao substantivo declive batimétrico sugerido, a julgar as características monotonamente repetitivas dos horizontes imediatamente sobrejacentes, verificados em ambas as jazidas. De toda forma, esse declive não se comporta como uma rampa regular sendo, muito ao contrário, caracterizado por uma superfície que exibe pináculos, amplos sulcos, e “ batentes” que se aprofundam sucessivamente para NW, porém com passagens que podem apresentar rápidos declives. Seja como for, o que pelo menos se depreende é que tais características invalidam critérios rígidos de previsão de profundidade do topo de Hgy-2 na região, senão em setores muito circunscritos, provavelmente limitados por raios de influência inferiores aos 500 metros.

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Ao contrário do que acreditam prospectores menos afeitos a uma visão mais regional, e contrariando inclusive interpretações técnicas algo equivocadas sobre o comportamento geométrico do horizonte evaporítico, Hgy-2 parece exibir amplas continuidades, somente perturbadas substancialmente nos depósitos próximos ao atual bordo preservado da bacia. Nesses setores, sintomaticamente, são observados profundos sulcos erosivos capazes de deixar, em sua esteira, segmentos isolados do jazimento evaporítico (“ torres” , no jargão mineiro local), principalmente recobertos por sedimentos friáveis TQ, ou mesmo por argilas residuais de procedência indefinida, provavelmente oriundas da dissolução e/ou retrabalhamento de sedimentos da própria Formação Santana. Seja como for, a simples observação de perfís, ao nível de cada jazimento (ver figs. 3 e 4a,b), indica que as descontinuidades devem ser muito mais atribuídas à ação de sistemas erosivos (ravinamentos), ou ainda a fenômenos de dissolução cárstica estes, de consequências mais restritas que a descontinuidades do horizonte mineralizado. Assim sendo, a idealização paleo-geográfica de uma bacia rasa, dotada de um sistema de lagos salinos mais ou menos interconectados, possibilitando a formação de “ bolsões” evaporíticos isolados, parece pouco consistente.

I9����0DSD�GH�UHIOH[mR�VtVPLFD� � � Esse mapa foi produzido pela ANDRADE GUTIERREZ ENERGIA na escala 1:250.000, através de contrato de risco com a PETROBRÁS, e ampliado para 1:100.000 para utilização no Projeto Gipsita. O produto original foi obtido com o concurso de equipamento sismográfico DSF-V com 96 canais, formato SEG-B, densidade de 1600 BPS, intervalo de amostragem de 4 ms, filtro corta-altas de 90 Hz - 72 dB/oct., filtro corta-baixa de 18 Hz - 18 dB/oct., câmara oscilográfica R-10 SIE, sistema de detonação SSS-200 da I/O com unidades Enconder/Decoder, chave roll-along RLS-240 da I/O (MIRANDA & ASSINE, 1986). Foram realizados 10 (dez) perfís, sobre o platô da Chapada do Araripe, a maior parte destes concentrada em seus domínios orientais (fora da área de atuação do Projeto Gipsita), tomando-se como base indicações prévias do levantamento gravimétrico regional. O valor intrínseco desse produto reside em seu ineditismo, que simplesmente transformou completamente os limitados conceitos estruturais anteriores, que indicavam uma preservação da bacia em uma “ depressão limitada ao norte por falhas gravitacionais” . Pode-se considerar que esse produto expressa um ³PDSD� GH� FRQWRUQR�HVWUXWXUDO�GR�WRSR�GR�HPEDVDPHQWR�FULVWDOLQR´�(anexo-4) com base na interpretação de perfís sísmicos, embora fundamentado em um número relativamente reduzido de travessas que, notadamente, exibem uma distribuição regionalmente pouco densa.�MIRANDA et al. (1986), com base nessas restrições preferem considerá-lo um “ mapa estrutural interpretativo” . Seja como for, os resultados foram suficientemente expressivos para permitir as seguintes observações relevantes e inequívocas:

• O assoalho da Bacia do Araripe é tectonicamente bastante movimentado, com mergulhos e desníveis expressivos, compondo falhas de grande rejeito em grabens e horsts. Essa enérgica movimentação tectônica afeta a sequência pré-

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Santana, e corresponde ao chamado período riftiano do desenvolvimento estrutural da bacia sedimentar.

Embora a metodologia de trabalho não possibilite uma interpretação precisa de

falhas de pequena magnitude (da ordem de até 30 metros), o comportamento da Formação Santana foi indicado como uniforme, sua litologia sendo mais pelítica na porção leste da chapada. Dentro dessas expectativas, MIRANDA & ASSINE (op. cit.) admitiram a possibilidade de estruturas de colapso, em calcários dessa formação.

• A espessura prevista para o pacote sedimentar foi de quase 2.000 metros, cálculo

bastante próximo da realidade, conforme seria constatado por sondagens profundas ulteriores. Na realidade, os cálculos subestimaram a profundidade do embasamento em cerca de 10 a 15% , aproximação que pode ser considerada muito boa.

• Os resultados de reflexão sísmica são concordantes com o levantamento

gravimétrico regional, que indicavam uma subdivisão em duas sub-bacias, correspondentes a dois depocentros principais: um a leste outro a oeste, separados por um alto estrutural que foi denominado de “ Alto de Dom Leme” (MIRANDA & ASSINE, 1986), ou Horst de Dom Leme (rever anexo-4). Na região de Feitoria se localiza um desses depocentros, preservado no interior de um graben (Graben de Feitoria), com orientação NE-SW e assoalho com inclinação para NE.

Os grandes domínios estruturais que afetam as sequências do período rifteano, delineados por essa essa prospecção geofísica, tiveram destacada influência nos sistemas deposicionais da Formação Santana, estabelecidos subsequentemente. ,9����0DSD�UHVLGXDO�%28*(5 Originalmente, o levantamento gravimétrico regional da Chapada do Araripe resultou de uma associação de interesses entre a PETROBRÁS e a UFPE, sob o comando do geofísico Prof. Helmo HAND. Nesse trabalho foi utilizado um gravímetro Worden Master, efetuando-se medições em 800 estações, plotadas em mapas 1:100.000 da SUDENE. A PETROBRÁS encarregou-se dos cálculos de correção Bouger ao NMM (nível médio dos mares), como também das correções de elevação e latitude. Algumas restrições, como a de não incorporação das correções de terreno, conforme asseverado por OLIVEIRA (doc. inédito, PETROBRÁS), recomendam cautela nas interpretações a nível de detalhe. Neste sentido:

• Os bordos da bacia poderão apresentar modificações não negligenciáveis, em função de correções de terreno;

• Os contrastes de densidade adotados entre embasamento cristalino/rochas

sedimentares (= - 0.20g/cm3 a - 0.30g/cm3) resultaram em indicações de espessuras máximas entre 2.700 a 4.600 metros de sequência sedimentar na

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Bacia do Araripe. Esses resultados revelaram-se ainda assim, exagerados, conforme comprovado por sondagens profundas subseqüentes.

• Nas correções Bouguer, calculadas para o NMM, utilizou-se a densidade de 2.0

g/cm3 , extrapolando a base da chapada sem modificações nesse critério. A necessária modificação dessa densidade, para valor algo superior, embora não venha a provocar novas anomalias, deverá contudo acarretar uma certa translação dos resultados calculados e, consequentemente, gerar algumas pequenas modificações no traçado de mapas corrigidos. Embora seja admissível que tais correções serão de moderada derivação, é pouco provável que possam ser adequadamente corrigidas por simulações matemáticas.

Do ponto de vista regional, pode-se considerar que os objetivos do reconhecimento foram atingidos, permitindo interpretar que a Bacia do Araripe é formada de duas sub-bacias, com depocentros profundos, separadas por um alto estrutural que D�SRVWHULRUL�seria denominado de $OWR�GH�'RP�/HPH. Esse arcabouço estrutural, sustentado por falhamentos, tem como destaque de interesse para o Projeto Gipsita a sub-bacia centrada na região de Feitoria. Graças ao reconhecimento gravimétrico regional, foi possível programar racionalmente a campanha de reflexão sísmica, ulteriormente executada no quadro de um contrato de risco ANDRADE GUTIERREZ ENERGIA/PETROBRÁS. Apesar das restrições apresentadas à utilização dos mapas residuais Bouger (OLIVEIRA, op. cit), o estudo de detalhe a nível da escala 1:100.000, circunscrito ao setor Trindade/Ipubi, revela algumas informações relevantes. Para simplificação das observações, fez-se a opção de representar, a partir dos mapas originais PETROBRÁS realizados por computador, apenas as curvas representativas das anomalias mais positivas e mais negativas, e comparar os resultados com a distribuição dos jazimentos conhecidos de gipsita (anexo-5) daquela região. Por escolha arbitrária foi selecionada a curva de: 0 mgal. Os resultados mais expressivos indicam que:

• Mais de 90% dos jazimentos conhecidos, em explotação ou explotáveis, estão concentrados na zona de anomalia: > 0 mgal.

• O conspícuo baixo gravimétrico que ocupa a região a oeste do povoado de

Bonita (Município de Trindade), exibe uma configuração alongada NE-SW, e uma transposição de valores positivos/negativos que JURVVR�PRGR coincide com uma continuidade no traçado do limite entre o Graben de Feitoria e o Horst de Dom Leme. Dessa forma, essa configuração confirmaria não somente um considerável espessamento da sequência sedimentar a oeste da Mina São Jorge, mas também que o Graben de Feitoria teria continuidade meridional até pelo menos próximo do bordo preservado da bacia.

• Tendo em vista um “ vazio” na disposição dos jazimentos aflorantes a sub-

aflorantes na representação da Formação Santana, desde o povoado de Bonita para oeste, essas observações induzem à concepção que espessamentos no conjunto da representação sedimentar, por razões que ainda demandam explicações mais consubstanciadas, não seriam favoráveis à formação de

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depósitos evaporíticos de interesse econômico. Do ponto de vista pragmático, isso significaria que as áreas de baixos gravimétricos, na representação da Formação Santana, seriam desfavoráveis como alvos para uma prospecção regional de depósitos evaporíticos economicamente viáveis para explotação.

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,9����0DSD�UHJLRQDO�GH�UHVLVWLYLGDGH�HOpWULFD�DSDUHQWH���� � Esse produto resulta de uma continuidade de esforços prospectivos, no sentido de se tentar estabelecer um conhecimento regional do comportamento estrutural do embasamento cristalino, sob a cobertura sedimentar da Bacia do Araripe. Sua concepção se baseia no contraste de resistividade elétrica entre essa cobertura sedimentar, e o substratum do embasamento cristalino. De uma forma genérica, as camadas sedimentares apresentam resistividades aparentes que podem variar desde 4-10 OHM.m (pelitos da Formação Santana), passando para valores mais elevados quando em presença de significativas espessuras de gipsita e/ou coberturas arenosas TQ, e finalmente valores significativamente mais elevados quando em domínio exclusivo do embasamento cristalino (valores em geral superiores a 400 OHM.m). Na realidade, a interpretação das anomalias é um tanto mais complexa do que a forma simplista de apresentação teórica do processo metodológico empregado. Por essa razão, fez-se necessário o assessoramento de geofísico especialista, o Prof. Edilton Feitosa da UFPE. O mapa produzido (anexo- 6) conta com 80 medidas, dispostas em perfís, na área de domínio da Formação Santana, aflorante a sub-aflorante. Por questões de dispositivos de interpretação, esses perfís se dispõem na região contígua à escarpa da chapada. No platô, a metodologia empregada não está adaptada à interpretação contando com a espessa cobertura de arenitos da Formação Exu, notadamente face à resistividade desses sedimentos e de sua complicada transmissividade elétrica. A metodologia empregada foi a de utilização de eletrodos em AB fixo (dispositivo Schullumberger) de 2.000 metros, com leituras a cada 1.000 metros. Na área de investigação depreende-se que esse dispositivo assegure que a penetratividade das correntes elétricas emitidas atinjam francamente o embasamento cristalino, considerando-se que as espessuras regionais da cobertura sedimentar não excedam os 500 metros. Na realidade, essas espessuras, na região investigada, pressupostamente são inferiores aos 300 metros, conforme dados de sondagens para fins hidrogeológicos. Os resultados obtidos permitiram a confecção de um mapa com curvas de iso-resistividade aparente, que na realidade expressa o comportamento do substratum do embasamento cristalino e, indiretamente, variações relativas de espessura do pacote sedimentar cretácico. A densidade da malha de trabalho ainda não é a desejável, de tal forma que o traçado das curvas de iso-resistividade aparente deverão sofrer adaptações sensíveis, especialmente no sentido dos bordos preservados da bacia. Entretanto, a visualização do produto atual já permite a sumarização de resultados concludentes, que se seguem:

• Do ponto de vista regional, o Graben de Feitoria tem sua continuidade confirmada no setor da depressão periférica da Chapada do Araripe. Essa estrutura foi originalmente indicada por gravimetria, e posteriormente ratificada por reflexão sísmica, no platô da chapada. O ajuste de traçado do bordo oeste do graben, entre os resultados de iso-resistividade aparente e os de reflexão sísmica, pode ser considerado no mínimo bastante coerente. Em contrapartida, a configuração do bordo leste ainda não é tão bem ajustável com o posicionamento proposto pelos resultados de reflexão sísmica. No domínio do Graben de Feitoria, mercê de um aprofundamento do substratum do embasamento

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cristalino, e do consequente espessamento do pacote sedimentar, os valores predominantes de iso-resistividade aparente são, JURVVR� PRGR, inferiores a 50 OHM.m. Evidentemente, no sentido NE, progredindo-se para os domínios mais profundos desse graben, tais valores tornam-se inferiores a 30 OHM.m.

• Concordantemente com as indicações do mapa residual Bouger (rever anexo-5),

a região de Mina Casa de Pedra-Ipubi-Mina da Matsulfur se destaca como um “ alto estrutural” , com valores acima de 80 OHM.m , por vezes ultrapassando os 120 OHM.m. Naturalmente, esse “ alto estrutural” concentra praticamente todos os depósitos em explotação, ou potencialmente explotáveis, da região.

• A passagem do “ alto estrutural” Casa de Pedra-Ipubi-Matsulfur para o domínio

do Graben de Feitoria é marcada por uma rápida transição dos valores de eletro-resistividade aparente, saltando de um padrão de 40 a 60 OHM.m para 100 a 120 OHM.m , por vezes em um intervalo inferior ao quilômetro. Tal comportamento pode corresponder a um rápido declive do substratum do embasamento cristalino, mas também a falhas gravimétricas, sendo essa última interpretação a adotada. Esta alternativa não força D�SULRUL�a concepção de falhamentos de porte em sedimentos da Formação Santana (a escala de trabalho da reflexão sísmica não exclui a possibilidade de falhas de pequeno porte), podendo ser consequência da adaptação do regime sedimentar a uma paleo-morfologia esculpida durante o período rifteano da bacia, com leitos sujeitos a falhas de acomodação.

• No interior do domínio do graben, é notória a presença de “ depressões” e de

“ altos estruturais” interiores. Chama a atenção a “ Depressão da Bonita” , situada a NE do povoado de Bonita, a qual coincide com indicações gravimétricas. De uma forma geral, pode-se inferir a existência de um sistema de extensos sulcos acanalados que se interconectam, migrando para o interior do Graben de Feitoria, ou seja: para o depocentro da sub-bacia.

• As indicações morfológicas do substratum da Formação Santana, através da

interpretação de resultados de eletroresistividade aparente, devem ser ponderadamente analisadas. Se é verdadeiro que, no sentido do bordo preservado da bacia, seus sedimentos se apresentam diretamente assentados sobre o embasamento cristalino, é igualmente verdadeiro que, no sentido de depocentros, bem mais precocemente do que se imaginava dantes, ocorrem sedimentos “ pré-Santana” . Essa sedimentação, sobretudo siliciclástica fina, não oferece contraste notável de resistividade em relação ao conjunto de horizontes da formação, de modo que passam a constituir uma única “ unidade” em termos de detecção geofísica. A não ser que possam ser realizadas várias SEV’s (sondagens eletroresistivas de investigação vertical, em pontos cujo perfil litológico seja conhecido através de sondagem geológica e, a partir disso seja possível um modelamento matemático, as interpretações não deverão conseguir prever limites lito-estratigráficos cretácicos. E ainda assim, seria necessária a existência de uma razoável densidade de sondagens geológicas, para aferimento do método.

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,9�����$QiOLVH�OLWR�HVWUDWLJUiILFD A observação comparativa de perfís geológicos, a partir do momento em que se poderia considerar delineado o arcabouço estrutural da representação estratigráfica do período rifteano, fornece elementos valiosos para a interpretação do regime sedimentar vigente durante a sedimentação da Formação Santana. O comportamento lito-seqüencial parece intimamente dependente de um substratum paleo-geomorfológico herdado daquele período rifteano, e modelado de tal forma a constituir ambientes para recepção de uma contribuição sedimentar principalmente siliciclástica fina. Neste contexto se inserem episódios evaporíticos (Membro Ipubi), onde a contribuição siliciclástica se revela praticamente anulada, e ingressões marinhas (notadamente na parte superior do Membro Romualdo) de natureza e intensidades ainda muito discutidas. Rudimentos de uma análise lito-seqüencial foram lançados por MENOR & AMARAL (1991), MENOR (1993), CAVALCANTI et al (1994), envolvendo sobretudo termos seqüenciais sobrepostos ao minério, como ainda o comportamento sedimentar da Formação Santana. Uma síntese dessas informações, da mesma forma que dos seus mais importantes elementos inéditos, traz efetivamente mudanças substanciais na concepção das características do processo sedimentar dessa formação:

• Níveis evaporíticos mais espessos (Hgy-1 = horizonte evaporítico inferior, e Hgy-2) são observados em altos estruturais, associando-se a uma cobertura sobretudo pelítico-carbonática menos espessa, e eventualmente truncada pela erosão TQ. Na área investigada, um horizonte de “ red-bed” (SPS-2, DSXG MENOR & AMARAL, 1991) cuja base se situa 4 a 5 metros sobre o topo de Hgy-2, parece a melhor indicação prospectiva.

• Nesses altos estruturais o Membro Crato pode estar representado (fig. 5),

incluindo típicas intercalações delgadas de níveis silicificados no interior de uma sequência calcária, formada por bancos cuja espessura total acumulada atinge 30 a 50 metros. Sua constatação em Casa de Pedra representa uma extensão lito-estratigráfica dantes não reconhecida, da mesma forma que no “ poço Wanderlei” (fig. 6).

• Nos baixos estruturais constata-se a descaracterização de dois horizontes

evaporíticos distintos, que passam a ser representados ora por alguns poucos horizontes com discretas espessuras (vide poço Torre; fig. 7), da ordem de poucos metros, ora por uma sucessão múltipla de delgados níveis. Em outros casos, constata-se simplesmente a falta de representação desses horizontes (Poço Cavaco, fig. 8; Poço Serrolândia, fig. 9). O Membro Crato se faz representar por uma sucessão de calcários argilosos cinza-esverdeados a acinzentados, micáceos; entretanto, pode apresentar discretos horizontes de gipsita (rever fig. 7). Porém, a característica mais marcante é o espessamento da sedimentação do Membro

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Romualdo, passando dos 15 a 20 metros verificáveis em altos estruturais, para 30 a 50 metros.

• O horizonte de “ red-bed” não foi observado nas sondagens disponíveis,

efetuadas em baixos estruturais. A disposição espacial desses comportamentos sugere uma compartimentação de ambientes, cujas interações ainda precisam de um número considerável de informações para serem delineadas. ,9����$QiOLVH�VHGLPHQWROyJLFD�H�JHRTXtPLFD� O estudo do comportamento das camadas suprajacentes ao horizonte gipsífero Hgy-2 (Membro Romualdo) foi concentrado em um único perfil representativo, tomado na Mina São Jorge (fig. 10). Esse estudo envolve: descrição macroscópica dos horizontes e estruturas sedimentares, além de análises químicas (anexo-7), cujos resultados foram integrados em composição mineralógica rocha-total (tab. 2), através de reconstituição estequiométrica. Esses cálculos são feitos a partir de composições químicas ideais para os minerais envolvidos, tendo sido abordadas 7 (sete) fases constituintes das rochas totais (RT):

1. Carbonatos: dolomita e calcita; 2. Evaporitos: gipsita, e anhidrita (no caso dos minérios); 3. Fosfatos: apatita; 4. Óxidos de Fe e Mn: goethita e pirolusita; 5. Siliciclastos muito finos: argilas (dominância de montmorilonita ≥ 80%); 6. Siliciclastos finos: quartzo + (muscovita/feldspatos); 7. Outros resistatos dos siliciclastos finos: ilmenita, turmalina.

7DEHOD����� &RPSRVLomR� PLQHUDOyJLFD� GH� VHGLPHQWRV� GR� 0HPEUR� 5RPXDOGR� GD� )RUPDomR�

6DQWDQD�� QR� SHUILO� GD� 0LQD� 6mR� -RUJH�� 7ULQGDGH�3(�� FDOFXODGD� SRU�HVWHTXLRPHWULD��FRP�DSRLR�GH�REVHUYDo}HV�PDFURVFySLFDV��

Amostr./

Comp. Min. PG 05A PG 06A PG 06-

B PG 07A PG

08A PG 09A PG

09B PG 10 PG 11A

Calcita 4.5 52.0 60.5 tr 0.5 --- --- 5.0 4.5 Dolomita 2.0 2.0 5.0 --- 7.0 4.0 4.0 1.5 12.0 Gipsita 1.0 1.5 1.0 1.0 1.0 1.0 0.5 1.0 --- Apatita 3.5 0.5 1.0 0.5 0.5 0.5 0.5 0.5 0.5 Argilas 86.5 42.0 24.0 89.5 82.5 81.0 90.0 85.5 73.5 Quartzo 1.0 1.5 4.5 7.5 7.0 12.0 4.0 3.0 8.5 Ilmenita 1.5 0.5 0.5 1.5 1.5 1.5 1.0 1.5 1.5

Turmalina --- --- 2.5 --- --- --- --- 2.0 --- Goethita --- --- 1.0 --- --- --- --- tr --- Pirolusita tr --- --- --- --- --- --- tr ---

M. Organica --- --- --- --- --- --- --- --- --- �

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7DEHOD����&RQWLQXDomR��Amostr./

Comp. Min. PG 12 PG

13B PG

14B2 PG 16 PG 02 PG

05B PG 07B

PG 08C

Calcita --- 21.0 10.5 --- 89.5 86.5 3.0 61.5 Dolomita 7.0 9.0 14.0 4.5 3.0 tr 2.5 3.0 Gipsita 1.0 1.0 16.5 7.0 1.0 1.0 0.5 1.0 Apatita tr 2.0 1.0 1.0 0.5 0.5 0.5 0.5 Argilas 87.0 60.0 47.0 79.0 6.0 11.5 88.5 30.0 Quartzo 3.0 6.0 10.0 6.0 --- --- 4.0 2.5 Ilmenita 1.0 1.0 1.0 1.5 tr tr 1.0 0.5

Turmalina --- --- --- --- --- --- --- --- Goethita --- --- tr --- --- --- --- --- Pirolusita --- --- --- tr --- --- --- 1.0

M. Organica --- --- --- 1.0 --- --- --- ---

Obs.: Amostras PG-05A a PG-16 = pelitos e pelitos carbonáticos; Amostras PG-02 a PG-08C = nódulos carbonáticos ou não (PG-02 e PG-05B = calcários) O fluxograma de cálculos foi realizado conforme a seguinte seqüência de 9 a 11 minerais: argilas, turmalina, quartzo, dolomita, apatita, ilmenita, gipsita (anhidrita), goethita, psilomelano, e calcita. A composição calculada de cada rocha total (RT) foi considerada boa para ajustes quando, em tentativa padrão, fechou em 100 ± 1%, desde que também o resultado de ∆PF (PFcalculada − PFanalisada) tenha ficado limitado a um êrro: ∆PF (diferença de Perda ao Fogo) ≤ 10%. Genericamente, o comportamento das fases minerais pode ser assim sumarizado:

• &DUERQDWRV� presença dominante de dolomita e calcita, a última sendo marcadamente majoritária em horizontes individualizados (bancos delgados, na seção superior do Membro Romualdo) ou em concreções, tais como: nódulos, ictiólitos, etc. Ocorrem com regularidade, em quantidades subordinadas, nos minérios de gipsita.

• (YDSRULWRV� presença considerada exclusiva de gipsita, geralmente fibrosa, na

seqüência sedimentar do Membro Romualdo, onde costuma apresentar discreto preenchimento de fissuras/fraturas, e mais raramente filmes milimétricos a sub-milimétricos ao longo de planos de sedimentação. Parte de sua participação na composição dessas RT não é sin-sedimentar, mas diagenética e, face às proporções acessórias de sua presença, a não previsão de anhidrita (se por acaso se faz presente) incorre em imprecisões desprezíveis de cálculo. Em contraposição, quantidades subordinadas de anhidrita são frequentes nos minérios de gipsita, inclusive passando a eventualmente dominante no sentido da base de Hgy-2.

• )RVIDWRV� calculados como fluor-apatita, correspondendo em geral à presença

acessória de bioclastos de peixe (fragmentos de espinha e escamas). É quase certo que também corresponda, pelo menos parcialmente, a grãos terrígenos de apatita, não configurados para efeito de cálculos no grupo dos resistatos dos siliciclastos finos.

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• Ï[LGRV� GH� )H� H� 0Q� calculados como goethita e pirolusita (MnO2) , respectivamente. Ambos são acessórios nas RT, seja como dispersão pontual muito fina (goethita), seja como preeenchimento de fissuras (pirolusita, principalmente). Geoquimicamente, parte do Fetotal está preso à estrutura cristalográfica das argilas, restanto certamente uma certa proporção expressa sob forma de “ coats” de goethita, que muito frequentemente são observados aderentes à fase mineral argila. Entretanto, no fluxograma de cálculos estequiométricos o Fetotal , expresso analiticamente como Fe2O3 , é considerado como integrando exclusivamente a fase mineral argila, e suas quantidades excedentes alocadas como goethita. O êrro decorrente dessa metodologia pode ser considerado negligenciável porque, oportunamente, na amostragem investigada, verifica-se uma certa deficiência em disponibilidade de Fe livre para formar goethita assim como eventualmente sulfetos (pirita, por exemplo).

• 6LOLFLFODVWRV�PXLWR�ILQRV� correspondem à fase argila das RT, exibindo franca

dominância de montmorilonita. Compõem pelitos, e pelitos carbonáticos,

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Anexo - 7 Resultados analíticos (em % ou ppm [*] ) de rochas da F. Santana

Am. Ref. PF SiO2 Al2O3 Fe2O3 CaO MgO Na2O K2O P2O5 TiO2 MnO B2O3 V2O5 ZnO BaO SO3 SrO 02 Cal. 41,00 2,00 1,32 0,76 52,00 1,16 0,54 0,17 0,32 0,05 0,21 N.D. N.D. 0,03 N.D. 0,42 120*�

05-A Cal. 14,50 44,82 18,85 6,15 6,50 2,73 0,27 2,65 1,53 0,82 0,10 N.D. N.D. 430* N.D. 0,55 N.D. 05-B Cal. 39,88 3,64 2,49 1,21 49,78 1,00 0,46 0,46 0,19 0,19 0,35 N.D. N.D. 310* N.D. 0,40 60* 06-A St. 29,88 22,60 8,85 2,14 31,36 1,49 0,31 1,06 0,42 0,42 0,38 N.D. N.D. 310* 0,31 0,69 170* 06-B Mar. 32,07 17,08 5,07 4,15 36,20 1,66 0,36 1,15 0,42 0,35 0,55 0,70 N.D. 0,04 N.D. 0,36 120* 07-A Arg. 13,42 53,28 19,24 4,57 1,39 2,32 0,44 3,37 0,14 0,90 350* N.D. N.D. 120* N.D. 0,49 N.D. 07-B Mar. 14,86 48,69 18,82 5,72 3,78 2,90 0,41 3,37 0,30 0,71 0,12 N.D. N.D. 0,04 N.D. 0,36 N.D. 08-A Arg. 13,91 49,70 17,90 5,14 4,20 3,73 0,46 3,25 0,13 0,78 0,05 N.D. N.D. 180* N.D. 0,60 N.D. 08-C Mar. 32,58 17,67 6,45 1,71 36,61 1,74 0,32 1,15 0,21 0,22 0,96 N.D. N.D. 0,04 N.D. 0,42 120* 09-A Arg. 13,02 52,63 17,19 6,15 2,50 2,98 0,42 3,13 0,18 0,68 350* N.D. N.D. 310* N.D. 0,55 N.D. 09-B Arg. 14,36 49,54 19,20 6,30 2,10 3,23 0,43 3,25 0,18 0,55 0,05 N.D. N.D. 0,01 N.D. 0,42 N.D.

10 Arg. 14,90 47,08 19,00 6,86 4,54 4,06 0,07 1,75 0,26 0,76 0,11 0,70 N.D. 0,01 N.D. 0,44 N.D. 11-A Arg. 17,71 45,79 16,00 4,72 6,85 4,06 0,51 3,25 0,27 0,78 0,16 N.D. N.D. 0,02 N.D. N.D. N.D. 11-B Mar. 11,73 52,59 12,08 0,65 10,41 1,50 0,17 3,61 0,42 0,74 0,05 N.D. N.D. 0,01 N.D. 6,02 N.D. 11-D St. 10,89 58,51 14,67 0,81 6,98 1,57 0,20 3,90 0,51 0,81 0,09 N.D. N.D. 0,01 0,35 0,37 N.D.

12 Arg. 16,59 47,09 18,99 7,15 2,10 2,73 0,46 3,13 0,10 0,64 0,05 N.D. N.D. 0,01 N.D. 0,46 N.D. 13-B Mar. 23,44 35,88 13,00 4,72 16,10 2,98 0,20 1,15 0,82 0,62 0,13 N.D. N.D. 0,03 N.D. 0,53 50* 14-A Gy 20,88 0,04 N.D. 350* 32,83 N.D. 0,08 N.D. N.D. N.D. N.D. N.D. N.D. 150* N.D. 45,93 N.D. 14-B1 Gy 22,05 6,83 2,50 0,89 30,38 0,58 0,11 1,20 0,10 0,10 0,05 N.D. N.D. 150* 0,46 34,40 170* 14-B2 MarS 22,00 32,97 10,01 4,14 16,31 3,10 0,17 1,97 0,50 0,52 0,14 N.D. N.D. 150* N.D. 7,64 120* 15-A Gy 21,87 0,20 N.D. 0,11 34,72 0,66 0,15 0,01 N.D. N.D. 0,05 ------- N.D. N.D. ------- 42,00 0,03 15-B Gy 21,53 0,26 N.D. 0,11 34,30 0,11 0,13 N.D. N.D. N.D. 0,02 ------- N.D. N.D. ------- 43,50 0,02 15-C Gy 29,52 1,88 1,32 0,46 33,32 6,13 0,21 0,02 N.D. N.D. 0,23 ------- N.D. 0,10 ------- 27,02 0,02 16 Arg. 17,98 45,68 16,82 6,57 3,08 4,14 0,80 0,95 0,40 0,85 0,06 ------- N.D. N.D. ------- 3,22 N.D.

17-A Gy 19,34 0,34 N.D. 0,11 34,44 0,01 0,16 0,01 N.D. N.D. N.D. ------- N.D. N.D. ------- 45,50 0,02 17-B Gy 20,77 0,22 N.D. 0,11 34,44 0,08 0,15 N.D. N.D. N.D. N.D. ------- N.D. 0,05 ------- 44,00 0,02 17-C Gy 19,81 0,48 N.D. 0,11 35,56 0,11 0,15 N.D. N.D. N.D. N.D. ------- N.D. 0,05 ------- 43,60 0,02 17-D Gy 21,13 0,58 N.D. 0,11 34,72 0,11 0,15 N.D. N.D. N.D. N.D. ------- N.D. N.D. ------- 43,00 0,02 17-E Gy 21,51 0,84 N.D. 0,11 34,16 0,11 0,14 N.D. N.D. N.D. N.D. ------- N.D. N.D. ------- 43,00 0,03 17-F Gy 19,77 0,18 N.D. 0,11 35,56 0,11 0,14 N.D. N.D. N.D. N.D. ------- N.D. N.D. ------- 44,00 0,03 17-G Gy 4,07 0,09 0,09 0,07 40,18 0,05 0,24 0,02 N.D. N.D. N.D. ------- N.D. 0,03 ------- 55,00 0,08

Observações : Am: Número da amostra; Rf: Referência; Cal: calcário; Arg: argilito; Mar: marga; MarS: marga sulfatada St: siltito, Gy:

gipsita; Aren.: arenito ; N.D. : Não detectado ; (-------) : não analisado

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• homogêneos e laminados, com discretos sinais ou sem evidências de

bioturbação. Esses sedimentos costumam exibir tonalidades escuras, de cinza-esverdeadas a esverdeadas, ou ainda cinzentas. A fauna é muito esparsa, sobretudo representada pela presença isolada de delgadas carapaças de ostracodes, que menos frequentemente formam discretas colonias em alguns planos de sedimentação, com expansões apenas centimétricas a sub-métricas. Fatores estequiométricos de conversão adotados: k = Al2O3 x 4.7 ± 0.05 e k = Al2O3 x 4.6 ±.0.05.

• 6LOLFLFODVWRV� ILQRV� dominados principalmente pelo quartzo, com subordinada

participação nas RT analisadas. As quantidades de feldspato e muscovita constituem parte expressamente menor (não integrada separadamente nos cálculos) na composição desta fase mineral.

• 5HVLVWDWRV�GRV�VLOLFLFODVWRV�ILQRV� restritos, para efeito de cálculos, à presença

de ilmenita e turmalina. A primeira tem participação acessória, porém se encontra regularmente representada ao longo do pacote sedimentar analisado. A segunda ocorre muito circunstancialmente, como conseqüência da interpretação para valores anômalos em Boro como, por exemplo, no “ red-bed” .

Os resultados estequiométricos se dividiram em 3 grupamentos principais e um sub-grupo de rochas/nódulos francamente carbonáticos:

• Na parte superior do perfil do Membro Romualdo (SPS-3, DSXG� MENOR & AMARAL, 1991), invariavelmente, as composições mineralógicas RT foram obtidas sem nenhuma necessidade, ou mínimo, de ajustes de cálculo. Esse comportamento revela variações negligenciáveis na composição da fração mineralógica argila, majoritária, de dominância nitidamente montmorilonítica, como já havia sido constatado mais genericamente por.BAUDIN et al. (1990), e mais localizadamente por MENOR (1991). Além disso, revela uma certa estabilidade geoquímica no ambiente de sedimentação, o que sugere uma manutenção genérica das condições deposicionais durante a sedimentação desse termo sequencial. O fator de conversão adotado para cálculo da fração argilo-mineral (k= 4.7 ± 0.05) indica predominância de montmorilonitas do tipo Wyoming.

• Na parte mediana do perfil, correspondente à seção inferior do Membro

Romualdo (SPS-1 e SPS-2), o padrão de cálculo exigiu reformulação na concepção do comportamento médio da fração mineral argila. Embora a dominância de montmorilonitas continue expressa, a redução do fator de conversão específico para k = 4.6 ± 0.05 indica uma influência média levemente mais aluminosa, provavelmente influenciada por condições de um aporte terrígeno argilo-mineral algo diferenciado. Nesse sentido, os necessários ajustes para atender exigências de aproximação dos valores de ∆PF indicam argilas nitidamente mais pobres em Ca++ e Mg++, refletindo uma maior afinidade desses cations para trapeamento geoquímico na fase carbonática dessas RT. Contudo, a

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predominância das montmorilonitas continua mantida, permanecendo ainda classificável no domínio do tipo Wyoming.

• Na parte inferior do perfil, que inclui os minérios de gipsita do Membro Ipubi, a

sistemática de cálculos incluiu uma necessária avaliação das quantidades de SO3 repartidas entre gipsita e anhidrita. O balanço: Σ fases minerais contra ∆PF só foi possível com a destinação de cerca de 6 a 18% do SO3 analisado para anhidrita, na maior parte da amostragem estudada. A fase carbonática, surpreendentemente, assumiu frequentemente valores entre 5 a 10% na composição dos minérios, envolvendo necessariamente dolomita e calcita, considerando-se um raciocínio apenas estequiométrico. Contando com quantidades irrisórias de fração terrígena, traços de óxidos de Fe e Mn, etc, a maior parte dos minérios apresentaram taxas inferiores a 90% em sulfatos totais (tab. 3).

• O sub-grupo das rochas/nódulos francamente carbonáticos (fase carbonática >

60%) interessa: − Delgados e descontínuos bancos calcários a turritelídeos e ostracodes, por vezes com aspecto lumachélico, beges a acinzentados, situados no topo de SPS-3. − Nódulos calcários, ictiolíticos ou não, habitualmente ostracoidais, imersos em pelitos algo carbonáticos cinza-esverdeados, com distribuição sugerindo níveis de concentração, abaixo do horizonte de bancos lumachélicos (parte mediana de SPS-3). − Nódulos calcários da seção inferior de SPS-3, ostracoidais, de tonalidade esverdeada, aparentemente dispersos em horizonte de argilito síltico cinza-esverdeado, porém talvez também distribuídos segundo níveis de concentração, os mais inferiores desse termo sequencial. O cálculo estequiométrico para recomposição mineralógica RT desses nódulos/calcários (rever tab. 2) possui marcantes particularidades. A dominância montmorilonítica na fase argilo-mineral continua mantida, porém com notório enriquecimento em Mg++ e Ca++, particularmente para a amostragem do topo de SPS-3. Nesse caso, para se alcançar níveis satisfatórios de precisão nos cálculos, o balanço do ∑ fases minerais contra ∆PF exigiu elevados fatores de conversão para Caargilas e Mgargilas , com padrões francamente compatíveis com montmorilonitas do tipo Cheto. Ainda assim, é necessário admitir um excesso residual de Mg++, pode-se suspeitar da presença de Mg-calcita. Em contrapartida, no caso dos nódulos da seção inferior (rever posicionamento na seção litológica na fig. 9), a rigor, poder-se-ia caracterizar a dominância montmorilonítica como intermediária entre os tipos Wyoming e Cheto.

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7DEHOD��� &RPSRVLomR� PLQHUDOyJLFD� �UHFRQVWLWXLomR� HVWHTXLRPpWULFD�� GH� PLQpULRV� GH�

JLSVLWD�GR�0HPEUR�,SXEL��+*\����GD�)RUPDomR�6DQWDQD��QR�SHUILO�GD�0LQD�6mR�-RUJH��,SXEL�7ULQGDGH��3(��

Amostr./ Comp. Min.

PG 15A

PG 15B

PG 17A

PG 17B

PG 17C

PG 17D

PG 17E

PG 17F

PG 17G

Gipsita 82.0 88.0 84.0 86.0 77.0 85.0 88.0 77.5 13.0 Anhidrita 6.5 4.5 11.0 7.0 13.5 6.0 3.5 13.5 83.0 Calcita 8.0 6.5 4.5 6.5 8.5 8.0 7.0 8.5 3.0

Dolomita 3.0 0.5 tr 0.5 0.5 0.5 0.5 0.5 0.5 Argilas --- --- --- --- --- --- --- --- 0.5 Quartzo 0.5 0.5 tr tr 0.5 0.5 1.0 tr --- Apatita --- --- --- --- --- --- --- --- ---

Goethita tr tr --- tr --- --- tr tr tr Pirolusita tr tr --- --- --- --- --- --- ---

,9����4XDOLILFDomR�GH�PLQpULRV Esse domínio dos objetivos do projeto ainda não foi adequadamente desenvolvido face às rígidas exigências de apoio laboratorial. Nesse particular, as únicas disponibilidades são análises químicas que, embora existentes em grande número, possuem os indefectíveis óbices de descrição insuficiente e falta de localização precisa em perfís. Assim sendo, apenas foi possível um estudo de aproximação a partir de análise químicas de uma amostragem realizada no horizonte Hgy-2 da Mina São Jorge 9 (rever fig. 10). A reconstituição da composição mineralógica do minério foi realizada estequiometricamente (rever tab 3), considerando-se as seguintes variáveis principais: gipsita e anhidrita, com quantidades subordinadas de carbonatos, e acessórias de: quartzo, argilas, óxidos de Mn (pirolusita) e de Fe (goethita).

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9��&21&/86®(6� � � As conclusões ora apresentadas devem ser consideradas parciais, como a natureza do presente relatório, ainda que algumas delas possam desde já serem consideradas definitivas. Dada a diversidade dessas conclusões somente serão tratadas nesse item aquelas que, direta ou indiretemente, possuem relevante interesse prospectivo. 9����$UFDERXoR�JHROyJLFR�� � � Do ponto de vista estratigráfico vale a pena tecer breves considerações sobre a evolução dos conceitos (vide quadros-1, 2 e 3). Somente recentemente, com o advento da primeira sondagem estratigráfica: 2-AP-1-CE, e trabalhos exploratórios regionais de geofísica, foi possível uma abordagem mais aprofundada da evolução do processo sedimentar na Bacia do Araripe, assim como de sua compartimentação estrutural. As contribuições de PONTE & APPI (1990) e PONTE (1991), constituem peças relevantes nos sentidos sedimentológico e estratigráfico. Porém é logicamente previsível que deverão sofrer inevitáveis revisões. No que concerne o processo evaporítico, descrito como “ bacia lacustre de fundo euxínico” permanece incompreensível que a ausência de paragêneses minerais típicas de ambientes continentais lacustres (vide por exemplo: EUGSTER, 1970; MAGLIONE, 1971) não tenha sido justificada. Da mesma forma, trabalhos de inquestionável interesse tais como os de LIMA (1978) no domínio da micropaleontologia, e de BERTHOU & PIERRE (1990), envolvendo isótopos de 34S sobre gipsitas (amostragem de Hgy-2), que advogam determinadamente, cada um deles, dentro das suas respectivas áreas de argumentação, ingressões marinhas na Bacia do Araripe durante o período deposicional do Membro Ipubi, não vêm sendo formalmente discutidos. A questão deve, no mínimo, ser considerada em aberto. Da pertinência dessas conclusões, e sobretudo do detalhamento dos processos genéticos, depende de forma taxativa qualquer tentativa de modelamento geométrico dos depósitos evaporíticos e, consequentemente, de previsões rastreadoras mais racionais. No que concerne a compartimentação estrutural da bacia, é necessário asseverar que ela apenas começou a ser determinada, apesar de resultados muito interessantes. Na verdade, esses trabalhos estão em início do processo exploratório dessas informações. Mister ressalvar que os vários tipos de cobertura geofísica não foram empreeendidos de forma concatenada, uma vez que perseguiam objetivos diversos. Ainda assim, limitações espaciais das áreas de interesse nem sempre permitiram recoberturas substanciais, de modo que os esforços de intereração de métodos torna-se um exercício de alcance limitado. Contudo, parece clara a relação entre a existência de depósitos

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explotáveis de gipsita e os “ altos estruturais” , pelo menos no setor Trindade-Ipubi-Araripina. O Membro Ipubi da Formação Santana permanece como correspondente ao único período evaporítico da história sedimentar da bacia que possui jazimentos explotáveis de gipsita: Hgy-1 e Hgy-2. Ambos correspondem a episódios de curta duração em termos geológicos, algo que pode ser estimado entre 12.000 a 20.000 anos para Hgy-1, e 32.000 a 53.000 anos para Hgy-2, conforme parâmetros controlados de taxa de sedimentação para depósitos mesozóicos e cenozóicos de gipsita, indicados por KENDALL (1988). Esses parâmetros já incluem o processo de compactação diagenética, e pressupõem negligenciáveis os eventuais estágios de dissolução sin-sedimentar. Apesar de constituírem episódios que podem ser considerados efêmeros do ponto de vista do tempo geológico, não deixa de ser impressionante a regularidade de uma manutenção quase imutável de tão severas condições climáticas (que deram origem a esses depósitos evaporíticos), nesses períodos considerados. Em contrapartida, o registro do término do último evento evaporítico (Hgy-2) é marcado por uma notória mudança no regime sedimentar, incluindo não raramente evidências de exposição de leitos de gipsita e de agressivo processo erosivo: acanalamentos na superfície dos evaporitos (rever figs. 3 e 4a,b), formação de micro-conglomerados e/ou até mesmo presença de litoclastos intraformacionais na base do Membro Romualdo, enfim, uma quebra notória de um sistema climático substancialmente sêco, e no isolamento de um ambiente sedimentar quase perfeitamente ao abrigo de contribuições terrígenas continentais. 9����$PELHQWH�GH�VHGLPHQWDomR�QD�iUHD�SHVTXLVDGD���� � O conjunto das observações de campo, e análises diversas, incluindo: figuras de sedimentação, petrografia, composição mineralógica por estequiometria, análises químicas e micropaleontológicas, permitem algumas indicações sobre a natureza do processo sedimentar que propiciou a formação de depósitos evaporíticos na Bacia do Araripe. De uma forma genérica, pode-se afirmar que os depósitos (HGy-1 e Hgy-2) foram depositados em espaços de tempo muito curtos, do ponto de vista geológico, ou seja: algo em torno de 10.000 a 50.000 anos. Do ponto de vista climatológico, porém, esses eventos são marcados por notável estabilidade, ou pelo menos apenas interrompidos por variações de impacto negligenciável em termos de registros sedimentológicos. Os dados disponíveis, por ora, não são suficientes para decidir se houve uma influência marinha, mesmo apenas do tipo ingressão, ou se ocorria infliltrações de águas de origem marinha por vadose, etc. Considera-se que o clima reinante teria sido quente e sêco, o que D�SULRUL parece bastante provável. Indiscutivelmente, a área de sedimentação

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CRONO ESTRATIGRAFIA LITO-ESTRATIGRAFIA

E O N

E R A

S I S T E M A

S É R I E

A N D A R

G R U P O

F O R M A Ç Ã O

M E M B R O

FÁCIES

SIMBOLO- GIA

ESTRATI- GRÁFICA

COLUNA LITOLÓGICA ESQUEMÁTICA

DESCRIÇÕES LITOLÓGICAS

(ASSOCIAÇÕES DE LITOFÁCIES)

Q U A T E R

H O L O

ALUVIAL

Qa

Areias de vários calibres, eventualmente algo sílico-pelíticas

C E N O Z

N Á R I O

C E N O

- - - -

EÓLICA (?)

Qd

Areias finas, homogêneas, bem classificadas, de colorações cremes, formando montículos agrupados

O I C O

T

QUA T

P L E I

D E P Ó

C O

S I

-

PALEO-ALUVIAL

TQsa

Blocos e seixos arredondados a subarredondados, dominantemente de arenito silicificado (cascalheiros)

F A N

E R C I

E R N Á

M I O

S T O C

-

S I T O

B E R T

P A Ú B

-

COLUVIAL

TQsc

Arenitos avermelhados, mal consolidados, intercalados por cascalheiros; e sedimentos sílticos-argiliosos

E R O Z

O R I O

E N O ?

S

D E

U R A

A -

TALUVIAL

TQst

Bancos e camadas de arenito em geral fino a médio ou sequências de leitos síltico-argilosos recorrentes

O I C O

M E S O Z

C R E T Á

M É D

C E N O M A -

N I A N O ?

A R

E X U

MA R COLANDIA

SERRA

BRANCA

S Í L T I C O

P E L Í T I C A

P S A M Í T I C A

K e m

K e s

Siltitos argilosos e folhelhos com intercalações de arenitos finos; colorações variegadas, finamente estratificados

Arenitos em geral avermelhados, com intercalações de camadas mais claras até brancas, finos a médios, estratifica-ção cruzada planar e acanalada; diagênese média-fraca; caulinicos

Ó I C

C I C

I O

A R I

Argilítica não Carbonática

Ksr4 Arenitos cinza-esverdeados a marrons

O

O

A L B

P E

S

Argilítica-Carbonática Ksr3 Arenitos cinza-esverdeados, carbonáticos, maciços e laminados com intercalações pelíticas e bancos calcários

I A N

A N T

ROMUALDO Síltico Argilosa Ksr2

Siltitos argilosos avermelhados, dominantemente não-carbonáticos, micromicáceos

O

A N A

Pelítico-Carbonática Ksr1

Pelítos carbonáticos cinza-esverdeados com intercalação psamítica basal

IPUBI EVAPORÍTICA Ksi Evaporitos (Gipsita) associados com margas, calcários e folhelhos escuros a negros, na base

CRATO

CALCILUTITOS LAMINADOS

Ksc Calcários laminados com intercalações de pelitos, inclusive folhelhos betuminosos e papiráceos

P R E C A M B R I A N O

Granito-gnássico e Biotita-Gnaisses, etc

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evaporítica corresponde a um setor da bacia que permaneceu ao abrigo de contribuições terrígenas fluviais, salvo um acidente intermediário no horizonte Hgy-2. O Membro Ipubi é encerrado por uma fase de aparente reativação geomorfológica (de causa tectônica ?), de modo que a base do Membro Romualdo pode apresentar micro-conglomerados, ou até mesmo a presença de blocos rolados imersos em pelitos (por gravidade), indicando pelo menos desestabilização de flancos da área de sedimentação. O transcurso da sedimentação durante o período do Membro Romualdo parece corresponder a ambientes de água salôbra, porém sem mais retornos às condições evaporíticas. Condições efêmeras de caráter marinho são reconhecidas na parte superior do intervalo estratigráfico, onde horizontes carbonáticos com turritelídeos são interpretados como de ambientes lagunares. 9����,QGLFDo}HV�GH�LQWHUHVVH�SURVSHFWLYR���� � À luz das observações atuais pode-se afirmar que a distribuição dos jazimentos acompanha áreas aparentemente proximais do sistema deposicional que deu origem aos depósitos evaporíticos. No sentido dos depocentros a sedimentação torna-se francamente pelítica, e os horizontes de evaporitos, quando presentes, tornam-se rarefeitos e mais delgados. Neste sentido, definir o bordo da bacia, pelo menos no que dela ficou preservado, notadamente sob o capeamento TQ, parece ser muito importante para trabalhos prospectivos. Considerando-se que estas áreas costumam estar recobertas por sedimentos incoerentes TQ, pode-se afirmar ser ponderável a perspectiva de descoberta de novos jazimentos nesses sítios Estrategicamente, o rastreamento regional por métodos geofísicos deverá oferecer resultados compensadores, desde que acompanhado por modelamento matemático. Seria de toda forma recomendável que o acompanhamento das características lito-sequenciais pudesse ser compatibilizada com os trabalhos de prospecção geofísica. � 9����,QGLFDo}HV�VREUH�D�TXDOLILFDomR�GRV�PLQpULRV� Os diversos tipos de gipsita existentes no perfil da Mina São Jorge (Hgy-2) encerram algumas evidências marcantes, que merecem destaque (rever tab. 3):

• De uma forma geral, os minérios apresentam boa concentração em sulfatos, habitualmente entre 90-95%, sendo entretanto ligeiramente inferior a 90% no topo do intervalo Hgy-2. A gipsita é francamente dominante, porém há sempre quantidades subordinadas de anhidrita, geralmente compreendida entre 4-7%, embora alguns níveis possam apresentar teores entre 11-14%. Na base do intervalo evaporítico Hgy-2, o minério conhecido como “ tipo Johnson” é francamente anhidrítico (>80%).

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• As impurezas de origem terrígena são irrisórias. A presença de quartzo não costuma ultrapassar 0.5% da RT, e em apenas uma amostra (PG-17E) atingiu excepcionalmente 1%. Os resistatos não foram detectados. Os argilo-minerais parecem praticamente ausentes, apenas com discreta participação acessória (0.5%) no minério tipo “ Johnson” .

• Estequiometricamente faz-se necessário admitir a presença de carbonatos, face

ao excesso de CaO em relação ao SO3 , acompanhado de um excesso em PF. A calcita parece ser o principal mineral da fase carbonática (os teores em MgO são muito baixos), devendo estar finamente disseminada no minério, geralmente em proporções entre 4-8% da RT. Os teores residuais em MgO foram imputados à dolomita, uma vez que não poderiam ser alocados em argilo-minerais, praticamente ausentes nas composições mineralógicas RT. Poderiam, entretanto, sinalizar a presença acessória de epsomita (MgSO4 . 7 H2O) ou de hexahidrita (MgSO4 . 6 H2O).

As consequências que advêm dessas observações indicam que durante o evento evaporítico a bacia de sedimentação, no local investigado, permaneceu ao abrigo de contribuições fluviais. A contribuição terrígena parece então ter se restringido a uma poeira eólica quartzosa, sem evidências de tempestades. Apenas em um curto intervalo de tempo a área foi invadida por águas francamente doces (horizonte PG-16, com presença de conchostráceos), provavelmente como transbordamento de barreiras que isolavam o ambiente evaporítico. Esse “ incidente” afeta a área de vários jazimentos na região Trindade-Ipubi, porém não parece generalizado em toda a Bacia do Araripe. 9,��68*(67®(6���� � A primeira, imprescindível, e mais óbvia de todas as sugestões, é a de que o projeto não sofra uma solução de continuidade, em função de sua importância para o distrito mineiro, e das mais elevadas expectativas que gerou nos meios profissionais e empresariais. Mais relevante que quaisquer sugestões técnicas a serem pormenorizadas em itens subseqüentes são as evidências econômicas, sociais e políticas, que reclamam a subsistência deste projeto. É comprovável que minérios e sub-produtos da gipsita (gesso, placas, giz, etc) envolvem cerca de 4.000 empregos diretos e indiretos na região, o que representa algo em torno de 5 % da população ativa de 4 municípios: Araripina, Trindade, Ouricuri e Ipubi. A importância social deste segmento mineral se amplia para cerca de 20.000 habitantes, que de alguma forma são economicamente assistidos, considerando-se uma média de 5 pessoas/família. Isto simplesmente significa que 10 % da população global desses municípios depende da sobrevivência do distrito mineiro, índice esse que de resto é absolutamente não negligenciável. Além disso, uma considerável geração de impostos advém dessas atividades, alimentando substancialmente as receitas municipais. Consideradas essas assertivas, subtende-se que a continuidade dos trabalhos deve passar pela apreciação dos resultados obtidos até o presente estágio de conhecimentos, adaptando-se melhor a uma programação mais realista com os meios disponíveis de investimento. Por outro lado, a condução do projeto merece ser melhor

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direcionada para os objetivos precípuos do tipo de trabalho que norteia a atuação do DNPM/PE com relação ao fomento da produção mineral e a fiscalização dessa produção mineira. Assim sendo, basicamente pode-se adiantar à guisa de agenda para discussões os seguintes tópicos e sugestões:

• Atualizar as informações acerca de sondagens (em grande parte para fins hidrogeológicos) e de prospecções mineiras que, com toda certeza, em quase um ano de paralização, vêm se acumulando significativamente.

• Com base nesses novos elementos de informação, atualizar as cartas temáticas

concernentes (mapa de contorno estrutural do topo da gipsita, por ex.), para confronto com as interpretações preliminares.

• Reformular porém efetivamente completar o planejamento analítico, em

particular no que concerne a qualificação dos diversos minérios de gipsita. Embora muito se comente sobre tais minérios, e alguma coisa seja conhecida empiricamente, a realidade é que muito pouco é divulgado sobre a natureza intrínseca deles.

• Completar a cobertura regional da eletroresistividade aparente, com AB=2.000

metros, no setor Araripina-Trindade-Ipubi. Esse produto pode ser considerado muito útil para o planejamento estratégico de zonas potenciais para jazimentos explotáveis. Pode ser considerado perfeitamente equivocada a concepção de que “ não há mais o que descobrir” , em termos de novos jazimentos

• Planejar, em uma primeira etapa, a realização de um número suficiente de

SEV’s, (sondagens eletroresistivas verticais) em locais geologicamente controlados por sondagens geológicas, para modelamento matemático, visando a reconstituição de perfis lito-estratigráficos. Em segunda etapa, testar a metodologia nos alvos regionais, para melhor delineação das feições estruturais da bacia, e possível rastreamento de jazimentos de gipsita.

• Testar a alternativa geofísica da refração sísmica para rastreamento de

jazimentos explotáveis de gipsita, através de modelamento sobre jazidas existentes em setores geologicamente controlados.

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