projecto fubimate

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Caracterização do projecto FUBIMATE

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Page 1: Projecto FUBIMATE
Page 2: Projecto FUBIMATE

FUBIMATE

Departamento de Formação do F.C.M 2

Introdução .............................................................................................................................. 4

1. O que é o Projecto .......................................................................................................... 5

2. Descrição do Projecto ..................................................................................................... 5

3. Objectivos Gerais ........................................................................................................... 6

4. Objectivos Específicos .................................................................................................... 6

5.1. Ao Nível Da Preparação Desportiva ....................................................................... 6

6. Enquadramento Biológico ............................................................................................... 8

7. Planeamento das Actividade......................................................................................... 10

7.1. Actividades realizadas entre 2002 e 2006 ............................................................ 10

7.1.1. Actividades realizadas - 2002/ 2003 ................................................................. 10

7.1.2. Actividades realizadas - 2003 /2004 ................................................................. 13

7.1.3. Actividades realizadas - 2004/2005 .................................................................. 16

7.1.4. Actividades realizadas - 2005/2006 .................................................................. 20

7.2. Actividade a realizar em 2006/2007 ...................................................................... 25

8. Jovens Inscritos E Locais de Residência ...................................................................... 29

9. Modelo de Formação .................................................................................................... 31

9.1. Etapas do Processo Ensino-Treino ...................................................................... 31

9.1.1. Etapa da Formação Geral I – Pré - Escolas (7/8) ............................................ 31

9.1.1.1. Princípios Metodológicos e Pedagógicos .................................................. 32

9.1.1.2. Conteúdos Técnico-Tácticos ..................................................................... 33

9.1.1.3. Conteúdos Físicos .................................................................................... 35

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FUBIMATE

Departamento de Formação do F.C.M 3

9.1.1.4. Conteúdos Psicológicos ............................................................................ 35

9.1.1.5. Organização dos Exercícios Técnicos-Tácticos ........................................ 36

9.1.2. Etapa de Formação Geral II e III – Escolas (9/10) e Infantis (11/12) ................. 38

9.1.2.1. Princípios Metodológicos e Pedagógicos .................................................. 38

9.1.2.2. Conteúdos Técnico-Tácticos ..................................................................... 39

9.1.2.3. Conteúdos Físicos .................................................................................... 41

9.1.2.4. Conteúdos Psicológicos ............................................................................ 41

9.1.2.5. Organização dos Exercícios Técnico-Tácticos .......................................... 42

10. Conclusões ............................................................................................................... 45

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FUBIMATE

Departamento de Formação do F.C.M 4

INTRODUÇÃO

“ A Natureza diz-nos que os jovens devem ser jovens antes de ser adultos. Se

procurarmos modificar esta ordem natural vamos atingir a idade adulta

prematuramente, mas, sem substância nem força.”

J.J. Rousseau

A satisfação, o prazer e o divertimento; o desenvolvimento das qualidades corporais

e a medida; e a comparação e a avaliação dessas mesmas qualidades são as três

grandes finalidades do desporto e consequentemente deste projecto que é o

FUBIMATE, no entanto pretendemos mais qualquer coisa, queremos proporcionar

aos jovens vivências que lhes permitiram crescer ao seu ritmo quer como

desportistas quer como pessoas, pois a magnitude do projecto e quantidade de

jovens envolvidos não nos permite, a nós Departamento, alhearmo-nos das nossas

obrigações para com a sociedade.

Assim o verdadeiro desafio consiste em somar pontos atrás de pontos em cada um

dos diferentes campeonatos que a vida nos coloca à frente. Consiste em ensinar aos

jovens os gestos técnicos e as tácticas que eles, certamente, vão usar para

contornarem os obstáculos no decurso do seu desenvolvimento até à idade adulta e

a cidadania. O desporto e a actividade física funcionam como o meio que nos vai

permitir alcançar o fim pretendido.

Assim a competição é entendida como componente da formação desportiva e

pessoal que permite simultaneamente: desenvolver e comparar/medir/avaliar as

capacidades, as habilidades e os esforços de uns praticantes com os outros.

Logo não é possível entender o desporto de formação e os mecanismos de

enquadramento da preparação dos jovens talentos desportivos sem compreender a

necessidade de todas as crianças e jovens atletas iniciarem um processo de

preparação desportiva cedo, processo este que no nosso caso é direccionado não

apenas na vertente desportiva mas também desempenha uma forte função social,

nomeadamente do desenvolvimento de valores, e de promoção da saúde.

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FUBIMATE

Departamento de Formação do F.C.M 5

1. O QUE É O PROJECTO

O FUBIMATE, é um projecto que foi iniciado no de 2002 sobre a égide do

Departamento de Futebol do Futebol Clube de Marinhas.

As linhas orientadoras foram e continuam a ser o:

Saber Ser

Saber Saber

Saber Fazer

Inicialmente o projecto englobava para além do ensino do futebol, actividades a

realizar em bicicletas, tempos em que os alunos teriam acompanhamento escolar

nomeadamente à disciplina de matemática e pretendia-se que os alunos também

tivessem alguma instrução no que concerne as Tecnologias da Informação e

Comunicação. No entanto, devido a falta de apoios de instituições a quem propomos

parcerias, nomeadamente a câmara municipal, apenas nos foi possível, proporcionar

aos inscritos o aprendizagem do futebol e acompanhamento escolar (apenas nos 2

primeiros anos do projecto).

Actualmente, encontramo-nos no 4 ano e apesar de não termos podido oferecer

todo aquilo a que nos propusemos, verificamos com agrado que o projecto foi bem

acolhido pela comunidade e que de ano para ano o número de envolvidos tem vindo

a aumentar.

2. DESCRIÇÃO DO PROJECTO

O FUBIMATE destina-se a jovens atletas (de ambos os sexos) de 6 grupos etários

diferentes. Pré-Escolas I (7 anos), Pré-Escolas II (8 anos), Escolas I (9 anos),

Escolas II (10 anos), Infantis I (11 anos) e Infantis II (12 anos). Os últimos três

participam nos respectivos campeonatos da Associação de Futebol de Braga. São

eles Escolas I, Infantis I e Infantis II. Os grupos que participam nas competições da

AFB têm 2 treinos semanais (de 1 hora) e realizam as competições ao fim de

semana. Os restantes grupos realizam um treino semanal (1.30 horas) onde se

privilegia os aspectos lúdicos e participam em convívios entre escolas.

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FUBIMATE

Departamento de Formação do F.C.M 6

3. OBJECTIVOS GERAIS

Foram traçados os seguintes Objectivos gerais:

Promover a dinamização dos clubes locais, e garantir a formação desportiva

generalizada dentro dos níveis etários prioritários, dos 7 aos 12 anos;

Dinamizar a vida local – aldeia ou cidade - e responder às necessidades

concretas de ocupação dos tempos livres das crianças e jovens;

Contribuir para a integração social, a sociabilidade (convívios, encontros,

intercâmbios, contactos), a afirmação individual e colectiva, expressa através

da vivência desportiva;

Garantir que as actividades praticadas decorram dentro das normas do

"espírito desportivo", dentro das condições técnicas, educativas e culturais,

indispensáveis à formação integral das crianças e jovens.

4. OBJECTIVOS ESPECÍFICOS

5.1. AO NÍVEL DA PREPARAÇÃO DESPORTIVA

“Qualquer processo de formação não pode ter como preocupação prioritária a

obtenção de resultados imediatos na medida em que a aprendizagem não deve ser

norteada por imperativos de rendimento imediato, sob a pena de se estar a

comprometer a evolução futura do jovem praticante” (Mesquita, 1997)

No processo de formação de crianças e jovens, os objectivos de natureza individual

devem preponderar sobre os colectivos. Deve perseguir-se o desenvolvimento do

aluno/atleta, no que respeita aos níveis de conhecimentos a adquirir a ao grau de

eficácia das acções técnico-tácticas individuais e colectivas que constituem os

conteúdos dos temas de ensino.

Tal como na escola, o processo ensino/treino deve constituir um verdadeiro

processo de ensino/aprendizagem, em que permanentemente deve existir uma

interacção entre professores (treinadores) e as crianças e jovens (atletas) como

consequência da transmissão recíproca de informação e de conhecimentos.

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Neste contexto, os principais objectivos a atingir na formação das crianças e jovens

futebolistas são os seguintes:

Elevar o nível funcional das capacidades condicionais e coordenativas:

Velocidade de reacção simples, de execuções de acções

motoras básicas, de movimentos (frequência) e deslocamentos;

Controlo de postura;

Afirmação da lateralidade;

Controlo da orientação espacial;

Equilíbrio dinâmico e agilidade.

Contribuir para a formação das crianças e jovens em todas as suas

facetas, quer como simples cidadão como futuro praticante de alta

competição: o sentido de responsabilidade, a autodisciplina, os hábitos de

concentração e organização, a solidariedade e o companheirismo;

Criar as premissas indispensáveis para os jovens alcançarem, em cada

etapa, o nível óptimo do seu desenvolvimento, a caminho da expressão plena

das suas potencialidades quando praticante adulto, com particular destaque

para o desenvolvimento físico geral, equilibrado e harmonioso e para a

aprendizagem e aperfeiçoamento das técnicas fundamentais;

Desenvolver o gosto e o hábito da prática desportiva regular, mantendo

viva a motivação intrínseca que caracteriza as crianças e jovens. Para tal é

necessário ter sempre presente que muitos deles perdem o gosto pelo

desporto devido a adultos – treinadores, pais e dirigentes – que esquecem

que a alegria, a satisfação e o prazer de participar são pré-requisitos

fundamentais do desporto infantil e juvenil;

Desenvolver nos praticantes uma atitude positiva de participação e

persistência, de empenho na procura de uma melhoria constante, dando

particular realce ao esforço individual que cada um precisa de fazer para

progredir, para realizar aquilo que antes não era capaz de realizar, ajudando-

os a encarar o insucesso como uma situação momentânea que é preciso

ultrapassar. O facto de conseguir melhorar é sempre uma vitória,

independente do resultado que se vier a alcançar;

Page 8: Projecto FUBIMATE

FUBIMATE

Departamento de Formação do F.C.M 8

Orientar correctamente as expectativas dos jovens, formulando-as em

função das suas capacidades efectivas e definindo, para cada um, objectivos

realistas.

Em síntese, o processo de preparação das crianças e jovens não reside só ao nível

do ensino dos conteúdos da modalidade, pois, é necessário educar e acompanhar o

jovem futebolista noutros domínios da sua vida, tais como, o seu trajecto escolar,

social e cultural. Além disso pretende-se dirigir a preparação para uma preparação

planeada e sistematizada racionalmente em harmonia com o processo de

desenvolvimento da criança.

6. ENQUADRAMENTO BIOLÓGICO

“O estado de prontidão para o desporto é biologicamente definido como o equilíbrio

entre, por um lado, os níveis de crescimento, maturação e desenvolvimento de uma

criança e por outro lado, as tarefas e exigências apresentadas pelo desporto

competitivo”. (Tavares, 1993)

As crianças e jovens são submetidas a profundas transformações morfo-funcionais,

psicomotoras e psicossociológicas, a tal ponto, que à vista desarmada se observam

muitas delas.

O desenvolvimento das crianças e jovens é um complicado processo de

transformações de várias ordens, que não se verificam a um ritmo uniforme, há

pausas e crises (falta de alternância) em que quando a altura aumenta mais

intensamente, coincide com um atraso no aumento do peso e vice-versa.

As diferentes alternâncias no crescimento e desenvolvimento permitem-nos inferir

que o indivíduo evolui por ciclos de amplitude e ritmos diferenciados. As dominadas

etapas de crescimento e de desenvolvimento não são mais do que a caracterização

de cada ciclo evolutivo da criança, que se pode dividir em dois grandes períodos:

- Infância (até aos 10 anos):

Período neonatal (primeiros 30 dias de vida);

1ª Infância (1º mês até aos 2 anos)

2ª Infância (fim da 1ª infância até aos 6 anos);

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Departamento de Formação do F.C.M 9

3ª Infância (7 aos 10 anos).

Até aos 3 / 4 anos, o desenvolvimento biológico é muito intenso diminuindo

acentuadamente a partir desta idade (ex: excepto na estatura, uma criança de 6

anos assemelha-se a uma de 9 anos).

- Adolescência (dos 10 anos até à fase adulta):

Pré-puberdade (dos 10 aos 12 anos);

Puberdade (dos 12 aos 14 anos);

Pós-puberdade (dos 14 aos 18 anos).

A fase da adolescência caracteriza-se pela transformação da criança em adulto e

por ser um período durante o qual se dão alguns fenómenos biológicos

característicos:

Aparecimento e desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários;

Crescimento acelerado dos órgãos sexuais;

Grande aumento das hormonas sexuais;

Rápidas modificações da velocidade do crescimento geral e da

morfologia do corpo;

O início da adolescência assinala-se também pela quebra do equilíbrio

existente durante a infância e termina aparecendo um novo estado de

equilíbrio biológico.

Para que o desenvolvimento desportivo das crianças e jovens se processe de forma

equilibrada, física e emocionalmente, sem desrespeito pelas regras básicas,

devemos ter em consideração aos seguintes aspectos:

Relação entre crescimento e desenvolvimento físico (maturação o

organismo e consequente graus de adaptabilidade do organismo);

Nível de desenvolvimento do sistema ósseo, muscular bem como o

tecido conjuntivo;

Respeito pelas etapas fundamentais de desenvolvimento da criança

(maturação nervosa, crescimento ósseo e muscular), conhecendo as

fases sensíveis (períodos óptimos de desenvolvimento) das

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FUBIMATE

Departamento de Formação do F.C.M 10

capacidades condicionais (resistência, força, velocidade e flexibilidade)

e coordenativas (orientação, encadeamento, diferenciação, equilíbrio,

ritmo, reacção e mudança);

Utilização dos meios, métodos e estratégias mais adequados ao

desenvolvimento da criança;

Treino e tratamento individualizado assente no respeito pelo grau de

desenvolvimento do organismo e de acordo com a evolução, no tempo,

das qualidades físicas

Em síntese, toda a orientação do processo de treino nas diferentes etapas de

formação, a dimensão das cargas, o conjunto dos meios e métodos de treino e

respectivos conteúdos, devem ser programados, tendo em conta os processos de

crescimento e maturação dos vários órgãos e sistemas das crianças e jovens.

7. PLANEAMENTO DAS ACTIVIDADE

7.1. ACTIVIDADES REALIZADAS ENTRE 2002 E 2006

No decurso da nossa actividade foram realizadas diversas actividades, que foram

dirigidas essencialmente para três públicos alvo:

Atletas

Pais

Monitores / Treinadores

Foram ainda realizadas actividades destinadas ao público em geral.

Nas próximas páginas vamos passar em revista algumas das actividades

desenvolvidas pelo Departamento de Formação. De modo a facilitar a revista as

actividades vão ser apresentadas por ordem cronológica.

7.1.1. Actividades realizadas - 2002/ 2003

Inicio de época

O início de época coincidiu com o início do projecto Fubimate. Foi no dia 28 de

Setembro de 2002 que se iniciou oficialmente o projecto com a presença do ex-

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Departamento de Formação do F.C.M 11

jogador do Futebol Clube do Porto, Eurico Gomes, e o chefe do departamento de

formação do Futebol Clube do Porto.

I Fubimatemanias

Esta actividade realizou-se em dois sábados (21 e 28 de Dezembro), onde para

além do futebol os atletas também participavam noutras acções tais como: remate

ao alvo, circuito de destreza, toques de bola e velocidade.

Ceia de Natal

Com o objectivo de apelar ao espírito Natalício, realizou-se a ceia de Natal com

todos os atletas do departamento de formação, equipa técnica e órgãos dirigentes

totalizavam 100 pessoas.

Primeira saída oficial

Ao fim de cinco meses de dedicação, aconteceu a grande aspiração dos jovens

atletas, participação no convívio de futebol promovido pelo Vianense Futebol Clube

no dia 02 de Março de 2003. Com esta participação os atletas tiveram a

oportunidade de fazer os primeiros jogos de futebol, partilhando as suas

experiências adquiridas e demonstrando uma atitude de educação e respeito por

todos os seus colegas e adversários.

Taça Snickers

Foi organizado no dia 15 de Março de 2003, no estádio do F.C. Marinhas a taça

snickers, na qual participamos com as diversas equipas do Departamento de

Formação. Esta sessão contou com a presença de várias equipas a nível nacional.

Mesas redondas

O departamento de formação levou a cabo várias mesas redondas durante a época

desportiva. A primeira mesa redonda foi no dia 13 de Dezembro de 2002. Todas as

mesas redondas estavam associadas a um tema que eram dirigidos para um

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Departamento de Formação do F.C.M 12

público-alvo específico. O objectivo destas iniciativas consistia na explanação de

assuntos relacionados com a técnica do futebol, disciplina, motivação,

educação/desporto.

Participação I Encontro Rui Caçador - Footlafões

No dia 25 de Abril 2003, participação no primeiro encontro de futebol jovem, que se

realizou em S. Pedro do Sul/Vouzela e teve como objectivo proporcionar aos atletas

trocas de experiências entre os vários atletas provenientes de várias zonas do país.

Durante o evento realizou-se vários jogos de futebol.

Dia Mundial da Criança

O dia 01 de Junho 2003 foi marcado pela realização do Dia Mundial da Criança que

consiste na realização de jogos e terminou com uma cerimónia de lançamento de

balões.

Torneio Internacional de Futebol Infantil

Participação, no dia 15 de Junho de 2003, no torneio do Vianense com quatro

equipas, duas equipas (94 e 95) de manhã e as outras duas (93 e 92) de tarde. Mais

uma vez a participação nesta iniciativa tinha como objectivo promover o convívio e

troca de experiências e ao mesmo tempo desenvolver as capacidades físicas e

técnicas dos atletas.

Actividade Final – Centro de Estágio de Melgaço

A actividade final realizou-se no Centro de Estágio de Melgaço. Teve como objectivo

concentrar todos os atletas pertencentes ao Departamento de Formação e dar como

encerrada a época de 2002/2003.

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Departamento de Formação do F.C.M 13

Esta actividade realizou-se durante dois dias, nos quais os atletas tiveram a

oportunidade praticar vários desportos, nomeadamente, futebol (toques de bola,

destreza, jogos de futebol, velocidade,…), natação (na piscina do centro de estágio),

canoagem, basquetebol, entre outros.

A cerimónia terminou no domingo onde estiveram presentes os pais dos jogadores e

direcção do clube. A confraternização concretizou-se com a realização de um

piquenique (a cargo dos pais), jogos tradicionais e entrega de prémios aos atletas,

treinadores e directores.

7.1.2. Actividades realizadas - 2003 /2004

13/12/2003 – Colóquio I “Formação desportiva no Futebol”

Esta actividade realizou-se no auditório da Junta de Freguesia das Marinhas e

teve como palestrantes:

Lemos Ferreira, Professor de Educação Física e Treinador de Futebol; e

Hernâni Oliveira, Ex- jogador Profissional de Futebol e treinador do F. C.

Marinhas.

Nesta actividade foi debatido o molde em que a formação desportiva deveria

ser realizada e qual o seu papel na formação do jovem enquanto cidadão.

20/12/2003 e 27/12/2003 – “II Fubimatemanias”

Acção realizada no campo da FCM em que participaram várias equipas

convidadas. Às equipas foi proposto para além de jogos de Futebol, outras

actividades como circuitos de destreza, jogos tradicionais e “xuto ao alvo”.

23/01/2004 – Colóquio II “Motivação/Disciplina no Futebol”

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FUBIMATE

Departamento de Formação do F.C.M 14

Esta actividade realizou-se no auditório da Junta de Freguesia das Marinhas e

teve como palestrantes:

Luís Campos, Professor de Educação Física e Treinador de Futebol (Gil

Vicente);

Paulo Alves, Jogador Profissional de Futebol (Gil Vicente);

Rui Gomes, Psicólogo Desportivo e Docente na Universidade do Minho;

Lúcia Ribeiro, Psicóloga do Fubimate.

Procurou-se alertar para a necessidade de manter uma constante motivação

do atleta principalmente através do exercício e do treino. Focou-se ainda para a

necessidade da disciplina no treino e do treino como uma situação privilegiada para

se desenvolver a disciplina nas crianças.

14/02/2004 – Visita ao Estádio do Dragão.

Os atletas do Fubimate fizeram uma visita guiada ao estádio do dragão onde

visitaram de entre outros locais os balneários, a sala de aquecimento, o painel de

azulejos, capela, relvado e a sala de imprensa.

26/03/2004 – Colóquio III “Educação/Casa/Formação”

Esta actividade realizou-se no auditório da Junta de Freguesia das Marinhas e

teve como palestrantes:

Dr. Jorge Cardoso – Câmara Municipal de Esposende;

Prof. Adília Gaifém- Agrupamento Escola EB 2,3 de Esposende;

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FUBIMATE

Departamento de Formação do F.C.M 15

Manuel Coutinho – Representante dos Pais.

Prof. Raquel Filipe – Representante Fubimate/Matemática

Foi debatida a função socializadora do desporto e a sua importância na

formação do jovem atleta enquanto futuro cidadão. Considerou-se ainda que, o

desporto serve como um reforço dos bons ensinamentos que são dados em casa e

que por isso mesmo os pais são sempre parte activa no processo de

desenvolvimento da criança.

7 e 8/04/2004 – Ureca – Espanha “Torneo Atlântico Alevin 7”

A equipa de Infantis, nascidos em 1992 e 1993, participaram neste torneio

que foi realizado no país vizinho.

24/04/2004 - Vila do Conde “Encontro Escolinha de Futebol Hélder Postiga”

Encontro realizado em Vila do Conde no Campo do Rio Ave que serviu para

festejar o arranque da respectiva escola de futebol.

25/04/2004 – S. Pedro do Sul “Encontro de Futebol Jovem Rui caçador”

Participação no encontro de futebol organizado pela escola de futebol

FootLafões. Participamos com três escalões, nascidos 1996, 1995, 1993.

30/05/2004- “Dia Mundial da Criança”

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Departamento de Formação do F.C.M 16

Actividade realizada para comemorar o dia internacional da criança. Para

além de jogos de futebol foram realizadas outras actividades como lançamento a

lata, construção do logótipo humano (FCM) e largada de balões.

20/06/2004 – Actividade Final – Quinta do Marachão

Actividade que serviu de encerramento e avaliação da época desportiva. Foi

realizada na Quinta do Marachão em Rio Tinto e teve uma forte componente social,

quer entre os atletas quer entre os monitores do Fubimate e os pais dos atletas.

Algumas das actividades realizadas foram canoagem, jogos na água e peddy paper.

A actividade serviu também para os monitores fazerem a avaliação das

aprendizagens dos alunos.

7.1.3. Actividades realizadas - 2004/2005

25/09/2004 – Inicio

A época teve início com as inscrições e apresentações.

26/11/2004 - Reunião de Pais

Pelas 21h e 30m realizou-se a habitual reunião de pais, que teve lugar no auditório

da Junta de Freguesia de Marinhas.

Nesta foi apresentado o Plano de Actividades para todo a época, bem como a

constituição da equipa técnica. Foram também prestados esclarecimentos acerca

das normas de funcionamento.

28/11/2004 – Ida ao Vianense

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FUBIMATE

Departamento de Formação do F.C.M 17

Deslocação do escalão de Pré – Escolas (96) ao Vianense para a participação em

vários jogos.

26/12/2004 - III Fubimatemanias

Nesta actividade participaram todos os escalões, com várias equipas convidadas.

18/12/2004 – Ceia de Natal

Jantar convívio com a presença de toda a família FUBIMATE.

28/01/2005 - Colóquio

O colóquio decorreu pelas 21h e 30m, no auditório da Junta de Freguesia de

Marinhas e teve como tema “Futebol-Formação de Jovens Atletas”. O animado

debate teve como palestrantes:

-Prof. Jesualdo Ferreira (Treinador S.C. Braga)

-Jorge Maria (Vital) (Técnico de Guarda Redes do S.C. Braga)

-Prof. José Miguel Pereira (Footlafões - S. Pedro do Sul)

O colóquio, foi moderado pelo Prof. Fernando Enes (Fubimate/F.C Marinhas) e teve

como destinatários treinadores, directores do F.C Marinhas, outros treinadores e

demais interessados.

05/02/2005- Participação no encontro “Os Baixinhos” – Espinho

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FUBIMATE

Departamento de Formação do F.C.M 18

Participação com várias equipas.

22,23,24 de Março – Participação no III Torneo Internacional Alevín-7 – Ureca –

Caixanova em Nigrán, Espanha.

Participação com a equipa de Infantis (93 e 94), neste torneio realizado além

fronteiras.

25/03/2005 – Participação no IV Torneio de Páscoa “Os Baixinhos” – Espinho

Participação com o escalão de Infantis (93) e Pré-Escolas (94 e 95).

26/03/2005 – Participação no I Torneio “Andorinhas” – Barcelos

Participação com o escalão Pré-Escolas II (96).

25/04/2005 – Participação no III Encontro de Futebol Jovem Rui Caçador

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FUBIMATE

Departamento de Formação do F.C.M 19

Respondendo a um convite, renovado ano após ano, os nossos escalões de 94, 95

e 96, partiram rumo a S. Pedro do Sul – Viseu.

Lá, cada escalão realizou vários jogos, contra adversários das mais diversas

proveniências.

Realce para os nossos jovens atletas que apenas obtiveram vitórias.

04/06/2005 – Participação no II Encontro de Escolas de Futebol “Cidade de Vila

do Conde”, organizado pela Escola Hélder Postiga

Participação com várias equipas, neste evento, que se realizou no estádio do Rio

Ave.

05/06/2005 - III Encontro “Dia Mundial da Criança”

Actividade durante todo o dia, para todos os escalões, com as seguintes equipas

convidadas:

Gil Vicente F.C

Escola Hélder Postiga

Os Galácticos

Darquense

Escola Futebol Fintas

F.C Marinhas

S.C. Vianense

Footlafões

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FUBIMATE

Departamento de Formação do F.C.M 20

19/06/2005 – Participação no XVIII Torneio Internacional de Futebol Infantil do

F.C. Marinhas “Fernando Pilar Cunha”

Participação da equipa de Infantis, no prestigiado torneio que como vem sendo

hábito contou com a presença das principais equipas do futebol nacional.

25 e 26 de Junho -Actividade Final– Melgaço

Nesta data, os participantes deslocaram-se para o Centro de Estágios de Melgaço, a

fim de aí realizarem a sua actividade final.

Lá os jovens atletas desfrutaram da prática de várias actividades (canoagem,

natação, futebol). Depois de um dia bem passado, os jovens atletas puderam

através de um passeio pela cidade ficar a conhecê-la melhor.

No dia seguinte, realizou-se um jogo de futebol, que opôs os pais dos atletas aos

treinadores FUBIMATE.

O fim-de-semana terminou com um agradável almoço ao ar livre, aonde participou

toda a família FUBIMATE (jovens atletas, familiares dos mesmos e treinadores).

Houve ainda tempo para a atribuição de diplomas a todos os jovens atletas, pelo

cumprimento de mais uma época.

7.1.4. Actividades realizadas - 2005/2006

09/12/2005 – Reunião de Pais

Apresentação do Plano de Actividades e outros assuntos na Sede da Junta de

Freguesia de Marinhas.

18/12/2005 – IV Fubimatemanias

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FUBIMATE

Departamento de Formação do F.C.M 21

Nestas Fubimatemanias participaram todos os escalões de formação em conjunto

com as seguintes equipas covidadas: Vianense, Fragoso, Escola Dito, Galácticos e

Bragafute.

As IV Fubimatemanias processaram-se da seguinte forma, da parte da manhã

participariam os 3 escalões mais novos e os respectivos escalões das equipas

convidadas. À tarde teve lugar a participação dos restantes escalões e equipas

convidadas.

Com este evento pretendeu-se aperfeiçoar os conteúdos técnicos. Aproveitamos

para registar de forma sistemática a prestação dos atletas nos respectivos testes

técnicos.

27/12/2005 – Ceia de Natal

Como vem sendo tradição no Fubimate realizou-se a Ceia de Natal. Contamos com

a participação de praticamente todas as crianças bem como dos pais. Esta é uma

excelente altura para promover o convívio entre as crianças dos diferentes escalões,

com os diversos técnicos e com os pais. Normalmente, aproveitamos esta altura

para fazer um pequeno balanço do início da época, escutar os pais quanto aos seus

anseios e eventualmente algumas críticas. Uma vez que se trata de uma época

especial tudo decorre de forma agradável e saudável.

20/01/2005 – Mesa Redonda I

Tema: Futebol/Formação

O ciclo de Mesas Redondas deste ano foi iniciado com um tema importante para o

departamento: A formação no contexto do Futebol. Esta Mesa Redonda contou

com os seguintes participantes.

Palestrantes: Prof. Lemos Ferreira/Dito/Carlos Carvalhal;

Moderador: Prof. Fernando Enes;

Destinatários: Técnicos e seccionistas de FC Marinhas e outros clubes.

Page 22: Projecto FUBIMATE

FUBIMATE

Departamento de Formação do F.C.M 22

19/02/2006 a 27/05/2006

Campeonato Concelhio de Escolas

Participação no Campeonato Concelhio de Escolas. Este campeonato foi constituído

por seis equipas do concelho das quais três pertencentes ao Fubimate.

10 - 17 - 24 - 31 de Março e 01 de Abril

Acção de Formação para Treinadores de Futebol

Esta acção de formação foi subordinada ao tema: Futebol – Como Ensinar/Treinar

Jovens Atletas.

Sendo orientada pelo professor Fernando Enes, dirigiu-se a todos os treinadores do

Departamento de Formação do FC Marinhas e outros treinadores convidados do

concelho de Esposende.

A última sessão, no dia 01 de Abril – um sábado de manhã – foi uma aula prática

onde os treinadores puderam aplicar, durante o treino semanal, todos os

conhecimentos adquiridos durante a formação.

15/04/2006

- I Gincana de Bicicleta

Esta actividade, desenvolvida no Campo de S. Miguel, destinou-se a todos os atletas

que nas suas próprias bicicletas tiveram oportunidade de realizar algumas manobras

e perícias. Esta experiência foi muito agradável para todos os participantes, atletas e

treinadores.

15/04/2006

Page 23: Projecto FUBIMATE

FUBIMATE

Departamento de Formação do F.C.M 23

II Torneio de Páscoa de Futebol 7 – Núcleo Desportivo “Os Andorinhas”

A partir das 14 horas participação neste torneio com o escalão Pré-escolas II (1997).

25/04/2006

IV Encontro de Futebol Jovem Rui Caçador

Como vem sendo usual, o departamento de Formação participou neste encontro de

escolas, organizado pela Associação Académica FOOTLAFÕES, em S. Pedro do

Sul.

Os escalões que tiveram oportunidade de participar neste encontro foram: Pré-

escolas I (1998), Escolas I (1996) e Escolas II (1995).

25/04/2006

Torneio Pré-escolas 25 de Abril – Academia de Futebol “Bragafut”

Participamos com o escalão de Pré-escolas II (1997) neste torneio que se realizou

em Vila-Verde.

04/06/2006

IV Dia Mundial da Criança

Esta actividade destinou-se a todos os atletas do Departamento de Formação e teve

a participação das seguintes equipas convidadas: Escola “Dito”, Escola “Bragafut” e

Escola “Os Galácticos”.

09/06/2006

Palestra “Futebol – Do 7 ao 11”

Page 24: Projecto FUBIMATE

FUBIMATE

Departamento de Formação do F.C.M 24

Aproveitando a presença de alguns treinadores das equipas participantes no

Torneio Internacional FC Marinhas, realizamos esta palestra sobre a temática da

passagem do futebol de 7 para o futebol de 11.

Os palestrantes foram: Paulo Cardoso (Sporting), António Silva (Guimarães); José

Julião (Leixões) e Sérgio Abreu (FC Marinhas).

10 e 11 de Junho de 2006

XIX Torneio Internacional de Futebol Infantil do FC Marinhas – Fernando Pilar

Cunha

Participamos com a nossa equipa de Infantis (1993/1994), obtendo o 5º lugar. Neste

torneio participaram também as equipas infantis dos seguintes: Sporting, Benfica,

Braga, Guimarães, Leixões, Rio Ave Celta de Vigo.

17 e 18 de Junho de 2006

Viagem a Lisboa da Equipa Infantis I (1994)

Participação num Triangular no Colégio S. João de Brito. Além da nossa equipa

participaram também a equipa do colégio e do Sporting.

Houve ainda oportunidade para visitar o Estádio Alvalade XXI e o Estádio da Luz.

18/06/2006

Taça Concelhia de Escolas – Esposende Estádio Padre Sá Pereira

Esta taça realizou-se com as mesmas equipas que participaram no Campeonato

Concelhio de Escolas.

O troféu foi conquistado pela Equipa A (1995) do FC Marinhas.

24 e 25 de Junho de 2006

Actividade Final – Melgaço

Page 25: Projecto FUBIMATE

FUBIMATE

Departamento de Formação do F.C.M 25

Esta actividade decorreu no Centro de Estágio de Melgaço durante os dois dias

onde se desenrolaram diversas Acções, tais como: Futebol, Canoagem, Piscina, etc.

Os participantes ficaram alojados na Escola Secundária de Melgaço, no Pavilhão

Gimnodesportivo.

02/07/2006

I Torneio dr. Albino Campos – Fão

Este torneio foi organizado pela Escola de Futebol “Os galácticos”, tendo o

Departamento de Formação participado com o escalão Pré-escolas I (1998).

7.2. ACTIVIDADE A REALIZAR EM 2006/2007

O planeamento anual integra a identificação das actividades, formas de

desenvolvimento, calendarização e objectivo de cada actividade (Quadro 1).

Quadro 1 – Plano Anual das Actividades

CALENDARIZAÇÃO IDENTIFICAÇÃO DA

ACTIVIDADE

FORMAS DE

DESENVOLVIMENTO OBJECTIVOS LOCAL

Setembro

- Divulgação e

inscrições para a nova

época;

- Inicio das

Actividades (treinos).

- Panfletos, cartazes, spots

de rádio, etc.

- Dar continuidade ao

trabalho iniciado na época

transacta.

Complexo

Desportivo

- Planificação do

processo de treino.

- Identificação ao nível do

número de microciclos,

unidades de treino, nº de

treinadores e conteúdos que

deverão ser treinados em

cada escalão.

- Planificar de uma forma

integrada tendo em

consideração o escalão a

trabalhar.

Outubro

Novembro

- Continuação dos

treinos.

- Divididos em escalões e

horários diferentes.

- Dar continuidade ao

processo de treino.

Complexo

Desportivo

- Reunião de Pais.

- Apresentação das equipas

técnicas por escalão;

- Esclarecimento quanto ao

- Sensibilização dos pais

para as normas e regras de

funcionamento do

Departamento

Auditório da

junta de

freguesia.

Page 26: Projecto FUBIMATE

FUBIMATE

Departamento de Formação do F.C.M 26

plano de actividades

Esclarecimento de dúvidas.

- Convívios com

outras escolas.

- Jogos entre alunos do

mesmo escalão inter-

escolas.

- Aperfeiçoar e desenvolver

os conteúdos apreendidos

nos treinos, e convívio e

partilha de novos

conhecimentos com outros

colegas.

Complexo

Desportivo

Dezembro

- Continuação dos

treinos.

- Divididos em escalões e

horários diferentes.

- Dar continuidade ao

processo de treino.

Complexo

Desportivo

- Convívios com

outras escolas.

- Jogos entre atletas do

mesmo escalão inter-

escolas.

- Aperfeiçoar e desenvolver

os conteúdos apreendidos

nos treinos, e convívio e

partilha de novos

conhecimentos com outros

colegas.

Complexo

Desportivo

- V Fubimatemanias

- A realizar num dia em que

da parte da manhã

participariam 3 escalões e

equipas convidadas e na

parte da tarde os restantes

escalões e equipas

convidadas.

- Aperfeiçoar os conteúdos

técnicos. Registar a

prestação dos atletas nos

respectivos testes técnicos

Complexo

Desportivo

- Festa de Natal

- Ceia de Natal entre altletas,

pais e respectivos corpos

técnicos e directivos.

- Convívio entre os vários

participantes. Restaurante

Page 27: Projecto FUBIMATE

FUBIMATE

Departamento de Formação do F.C.M 27

Cont.

CALENDARIZAÇÃO IDENTIFICAÇÃO DA

ACTIVIDADE

FORMAS DE

DESENVOLVIMENTO OBJECTIVOS LOCAL

Janeiro

- Continuação dos

treinos.

- Divididos em escalões e

horários diferentes.

- Dar continuidade ao

processo de treino.

Complexo

Desportivo

- Convívios com

outras escolas.

- Jogos entre alunos do

mesmo escalão inter-

escolas.

- Aperfeiçoar e desenvolver

os conteúdos apreendidos

nos treinos, e convívio e

partilha de novos

conhecimentos com outros

colegas.

Complexo

Desportivo

Fevereiro

- Continuação dos

treinos.

- Divididos em escalões e

horários diferentes.

- Dar continuidade ao

processo de treino.

MESA REDONDA I-

Futebol /Formação

- Palestrantes: Prof.Lemos

Ferreira/Dito/Carlos

Carvalhal (?)

- Moderador: Prof. Fernando

Enes

- Destinatários: Técnicos e

seccionistas de FC Marinhas

e outros clubes

_ Esclarecer dúvidas

- Aprofundar conhecimentos

Auditório da

junta de

freguesia.

- Curso de reciclagem

de conhecimentos

metodológicos e

pedagógicos.

- Realização de 4 sessões

de 2 horas teórico-práticas.

- Aprofundar e reciclar

conhecimentos relativos ao

jogo de futebol e o seu

ensino a jovens atletas.

Complexo

desportivo e

auditório da

junta da

freguesia.

Março

- Continuação dos

treinos.

- Divididos em escalões e

horários diferentes.

- Dar continuidade ao

processo de treino.

Complexo

Desportivo

Mesa Redonda II-

Futebol/Disciplina/Cas

a/Escola

Palestrantes – (?)

Moderador- Prof. José

Duarte

- Destinatários: Pais,

treinadorers, outros.

- Esclarecer dúvidas;

- Aprofundar conhecimentos;

- Debater a importância do

desporto na educação dos

jovens atletas.

Auditório da

junta de

freguesia.

Abril

- Continuação dos

treinos.

- Divididos em escalões e

horários diferentes.

- Dar continuidade ao

processo de treino.

Complexo

Desportivo

- Convívios com

outras escolas.

- Jogos entre alunos do

mesmo escalão inter-

escolas.

- Aperfeiçoar e desenvolver

os conteúdos apreendidos

nos treinos, e convívio e

partilha de conhecimentos

com outros colegas.

Complexo

Desportivo

Page 28: Projecto FUBIMATE

FUBIMATE

Departamento de Formação do F.C.M 28

CALENDARIZAÇÃO IDENTIFICAÇÃO DA

ACTIVIDADE

FORMAS DE

DESENVOLVIMENTO OBJECTIVOS LOCAL

Abril

- II Gincana De

Bicicleta

- A realizar com a ajuda do

Núcleo de BTT da JUM

- De carácter lúdico

- Diversificar a prática

desportiva.

A definir

- V Encontro de

Futebol Jovem Rui

Caçador.

- Participação num encontro

de futebol

- Aprofundar experiências

com a participação em

eventos desportivos.

S. Pedro do

Sul / Vouzela

Maio

- Continuação dos

treinos.

- Divididos em escalões e

horários diferentes.

- Dar continuidade ao

processo de treino.

Complexo

Desportivo

- Convívios com

outras escolas.

- Jogos entre alunos do

mesmo escalão inter-

escolas.

- Aperfeiçoar e desenvolver

os conteúdos apreendidos

nos treinos, e convívio e

partilha de novos

conhecimentos com outros

colegas.

Complexo

Desportivo

Mesa Redonda III-

Futebol/Formação

- Palestrantes- ?

- Moderador- ?

- Destinatários: Técnicos e

seccionistas de FC Marinhas

e outros clubes

- _ Esclarecer dúvidas

- Aprofundar conhecimentos

Auditório da

junta de

freguesia.

Junho

- Continuação dos

treinos.

- Divididos em escalões e

horários diferentes.

- Dar continuidade ao

processo de treino.

Complexo

Desportivo

- V Dia Mundial Da

Criança

- Para todos os escalões e

escolas convidadas.

- Assinalar a data

- Promover a socialização

entre atletas.

Complexo

Desportivo

Julho

- Passeio Ou

Actividade De

Encerramento Da

Época

- Para todos os escalões e

toda a estrutura do

departamento de formação

- Promover a socialização

entre atletas. A definir

Em síntese, pode-se afirmar que durante todo o ano lectivo, os alunos participam em

convívios desportivos, através de encontros internos para cada escalão.

Gostaríamos ainda de salientar que as competições semanais, inerentes a

participação nos respectivos campeonatos da AFB, não se encontram

contempladas, mesmo acontece com a participação no campeonato concelhio de

escolas.

Page 29: Projecto FUBIMATE

FUBIMATE

Departamento de Formação do F.C.M 29

N.º de Atletas Por Ano de Nascimento - Total 156

23

25

36

33

24

15

1994

1995

1996

1997

1998

1999

8. JOVENS INSCRITOS E LOCAIS DE RESIDÊNCIA

Este capítulo destina-se fazer um apanhado geral da quantidade de Jovens que se

inscreveram no projecto FUBIMATE nos diferentes escalões e localiza-los,

geograficamente, quanto ao seu local de residência.

ATLETAS A FREQUENTAR O D. FORMAÇÃO

Proveniência do Atletas Por Freguesia - Total 156

Esposende; 9

Apúlia; 2

Fão; 3 Rio Tinto; 1

Belinho; 14

Palmeira de Faro; 3

Perelhal; 8

Mar; 5

Vila-Chã; 12

Marinhas; 99

Page 30: Projecto FUBIMATE

FUBIMATE

Departamento de Formação do F.C.M 30

9.

EVOLUÇÃO DO Nº DE ATLETAS

7095

150 153 156

0

20

40

60

80

100

120

140

160

180

2002/2003 2003/2004 2004/2005 2005/2006 2006/2007

ÉPOCA

AT

LE

TA

S

Page 31: Projecto FUBIMATE

FUBIMATE

Departamento de Formação do F.C.M 31

MODELO DE FORMAÇÃO

A formação desportiva do jovem jogador constitui um aspecto fundamental no

quadro global da preparação desportiva do jogador de futebol. A obtenção de

elevados níveis de prestação, passa necessariamente pela realização de um

trabalho a longo prazo, que deverá assentar em bases sólidas e devidamente

estruturadas. Revela-se então imprescindível a definição clara e precisa de

objectivos em cada uma das etapas de formação, ao nível dos alunos intervenientes.

O modelo de formação que propomos foi construído com base em conhecimentos

adquiridos e com base na experiência acumulada durante as funções de treinadores

em equipas de futebol jovem.

Os princípios objectivos deste modelo é aumentar o incentivo para a prática da

modalidade e, ao mesmo tempo, procurar contribuir para a optimização do

rendimento dos jogadores, traduzida na aquisição de níveis de prestação

progressivamente mais elevados numa perspectiva de longo prazo.

9.1. ETAPAS DO PROCESSO ENSINO-TREINO

A operacionalização do projecto a que nos propomos implantar assenta na criação

de um sistema eficaz de desenvolvimento e crescimento do gosto do futebol por

parte do atleta, num sistema de treino por etapas, no qual passamos a descrever:

1ª Etapa: Formação Geral I – Pré - Escolas;

2ª Etapa: Formação Geral II – Escolas;

3ª Etapa: Formação Geral III – Infantis.

9.1.1. Etapa da Formação Geral I – Pré - Escolas (7/8)

Esta etapa é a base na nossa pirâmide desportiva, sendo os seus objectivos

prioritariamente educativos e formativos. Constitui-se como a etapa de formação

desportiva onde os jovens atletas possam viver o desporto de acordo que eles

pensam e sentem e comecem a adquirir gostos pelo futebol e o desporto em geral.

Nesta etapa interessa promover por um lado a melhoria da eficiência e da execução

das tarefas motoras (técnica individual), não em função do nível dos resultados

Page 32: Projecto FUBIMATE

FUBIMATE

Departamento de Formação do F.C.M 32

obtidos mas sim no sentido do desenvolvimento dos argumentos “perceptivos-

motores” que ampliam e enriquecem as capacidades e habilidades que permitem

realizar tarefas, por outro lado, a participação activa, directa, na organização das

actividades. Nesta etapa não faz sentido classificar os resultados obtidos, mas é

importante avaliar os progressos individuais.

Neste período os exercícios deverão ser simples, não descurando o jogo como

forma de reforçar o espírito de grupo e o companheirismo, pois este proporciona ao

jovem atleta múltiplas experiências motoras. Estas experiências adquiridas

normalmente acompanham o desenvolvimento ao longo das suas vidas.

É imprescindível que a bola se converta o mais depressa possível num amigo no

brinquedo preferido das crianças e jovens atletas. O objectivo para esta faixa etária,

consiste em desenvolver a sensibilidade com a bola, despertar o interesse para o

jogo e proporcionar fundamentos para poder jogar. Nestas idades não podemos logo

querer que os miúdos aprendam o futebol, pois a coordenação de movimentos e

capacidade de atenção ainda estão pouco desenvolvidas.

9.1.1.1. PRINCÍPIOS METODOLÓGICOS E PEDAGÓGICOS

No processo de ensino/aprendizagem de futebol, uma das regras básicas é

sobretudo atender à sua especificidade, logo temos que respeitar algumas

directrizes metodológicas e pedagógicas. Para esta etapa, propomos os seguintes

princípios metodológicas e pedagógicas:

O treino não deve constituir uma forma de obter rendimentos máximos imediatos,

rejeitando-se a utilização de exercícios unilaterais, uniformes e monótonos;

Respeito pelas leis do crescimento e desenvolvimento da criança, não se devem

programar sessões de treino com elevadas cargas físicas e psicológicas;

Utilização predominante da metodologia global – jogo (simplificação da

estrutura complexa do jogo: 1x0; 1x1; 2x1 / jogos reduzidos: 2x2; 3x3; 4x4;

5x5);

Definição de lateralidade – Desenvolvimento do lado fraco e aperfeiçoamento

do lado forte;

Page 33: Projecto FUBIMATE

FUBIMATE

Departamento de Formação do F.C.M 33

Grau de complexidade reduzida e número elevado de repetições dos

exercícios técnicos-tácticos;

Intensidade baixa e execução correcta dos exercícios técnicos;

Apropriação consciente das acções tácticas;

Trabalho com grupos pequenos e espaços largos;

1 Sessão de treino por semana com um tempo útil de 75 minutos;

O sistema de competição é informal sem carácter competitivo, através de

encontros organizados internamente e a participação em 2 / 3 torneios com

outras escolas de formação.

9.1.1.2. CONTEÚDOS TÉCNICO-TÁCTICOS

No treino desta modalidade parece-nos ser conveniente que os praticantes

assimilem um conjunto de princípios comuns. Estes reportam-se ao modo como

cada um se relaciona com a bola como à forma de comunicar com os colegas e

contra-comunicar com os adversários, passando pela noção de ocupação racional

do espaço de jogo.

Para esta etapa de formação propomos o ensino/treino do 1º e 2º princípio do

ataque e da defesa e as respectivas acções técnico-tácticas que suportam os

respectivos princípios. (Quadro 4).

Page 34: Projecto FUBIMATE

FUBIMATE

Departamento de Formação do F.C.M 34

Quadro 2 – Conteúdos técnico-tácticos para a 1ª etapa: Formação Geral

Conteúdos

Princípios a Ensinar Programas

Finalização x Impedir a Finalização

Princípios Específicos Ataque / Defesa

Penetração / contenção

1 x 0 + Gr

1 x 1 + Gr

1º Princípio de ataque – Penetração

Acções individuais Ofensivas:

- Condução;

- Remate (pés e cabeça);

- Drible, finta e simulação;

1º Princípio da defesa - Contenção

Acções individuais defensivas

- Técnica de marcação – alguns princípios

gerais;

- Desarme.

- Técnica de Guarda-redes.

Criação de Situações de Finalização

X

Anular Situações de Finalização

Princípios Específicos Ataque / Defesa

Cobertura ofensiva / Cobertura defensiva

2 x 0 + Gr

2 x 1 + Gr

2 x 2 + Gr

- Todas as Acções Técnicos Tácticas Anteriores

2º Princípio do Ataque – Cobertura Ofensiva

Acções Individuais Ofensivas:

- Recepção, controlo e domínio de bola;

- Passe.

Acções Colectivas Elementares Ofensivas:

- Desmarcações simples;

- Combinações Simples (entre dois jogadores –

passe – desmarcação); Directas (entre dois

jogadores – passe – desmarcação – recepção).

2º Princípio da Defesa – Cobertura Defensiva

Acções Individuais defensivas:

- Intercepção

Page 35: Projecto FUBIMATE

FUBIMATE

Departamento de Formação do F.C.M 35

9.1.1.3. CONTEÚDOS FÍSICOS

Nesta etapa é fundamental respeitar o modelo das fases sensíveis de treinabilidade

durante a infância e a juventude. Como se pode observar (Quadro 5), devemos

procurar treinar a velocidade de reacção, deslocamento e execução, o ritmo, a

resistência aeróbia, a flexibilidade, o equilíbrio, a orientação e a coordenação geral.

Quadro 3 - Modelo das fases Sensíveis

Capacidades 5 / 6 / 7 / 8 / 9 10 / 11 / 12

Aprend. Das Técnicas *** ****

Reacção **** **

Ritmo **** ****

Equilíbrio **** ****

Orientação *** *

Diferenciação **** ****

Velocidade **** ****

Força Máxima

Força Rápida ** ****

Resistência Aeróbia ** ***

Resistência Anaeróbia **

O treino destas capacidades sempre que for possível, devem ser treinadas de uma

forma integrada. Por exemplo, o treino da velocidade de execução deve ser treinada

em regime de finalização, o treino da resistência aeróbia deve ser treinado em

regime técnico-táctico através dos jogos reduzidos.

9.1.1.4. CONTEÚDOS PSICOLÓGICOS

Nesta etapa devemos estar preocupados com as competências psicológicas

básicas, nomeadamente a Motivação para a prática desportiva, a Concentração e a

Auto-Estima. A nível das capacidades cognitivas devemos estimular a criatividade, e

a capacidade de raciocínio do jovem atleta.

Page 36: Projecto FUBIMATE

FUBIMATE

Departamento de Formação do F.C.M 36

Em conclusão, é nesta etapa o papel do treinador será “alimentar”, apoiar e

desenvolver todas as facetas dos jovens atletas no desempenho das suas tarefas,

acima de tudo, dar à prática desportiva um carácter de alegria e diversão.

Para que a formação desportiva dos jovens seja o mais completa possível, não se

pode esquecer em nenhuma etapa de formação os aspectos relacionados com o

chamado “treino invisível”, ou seja, o treino teórico, que se traduz na transmissão

constante de informação e na colaboração de questões sobre os conteúdos

abordados em sessões de treino anteriores (efectuar uma avaliação teórica dos

conhecimentos adquiridos pelos jogadores relativamente às leis do jogo, aos gestos

técnicos das equipas de arbitragem, a conteúdos de natureza técnico-tactica e física

relacionados com a metodologia do treino e com a preparação para jogos, as regras

de conduta e de ética desportiva, etc.), a higiene e o regime de vida, como por

exemplo, tipo e regras da alimentação, que líquidos a ingerir, quando e em que

quantidade, a importância do repouso e de outras formas de recuperação após o

esforço, os primeiros cuidados a ter perante jogadores com lesões e os princípios do

espírito desportivo.

9.1.1.5. ORGANIZAÇÃO DOS EXERCÍCIOS TÉCNICOS-TÁCTICOS

Na organização de exercícios para esta etapa, devemos procurar numa primeira

fase:

- Construir a relação com a bola, i.e, pretende-se uma familiarização com a bola,

aprendendo a controla-la e a apreciar as trajectórias que lhe são imprimidas. Esta

relação: jogador – bola deverá ser construída com base em 3 pressupostos:

Recorre a situações / exercícios que apelem à utilização de diferentes

superfícies corporais (pé, coxa, cabeça, peito, etc), em contextos variáveis;

Propor situações que solicitem o equilíbrio corporal num só apoio e permitam

controlar as trajectórias voluntariamente imprimidas à bola;

Não descurar os aspectos perceptivos para além da bola, i.e, não centrar

exclusivamente a atenção na bola (espaço próprio). O praticante deverá estar

progressivamente mais disponível para se aperceber do que se passa à sua

volta (espaço próximo).

Page 37: Projecto FUBIMATE

FUBIMATE

Departamento de Formação do F.C.M 37

Numa segunda fase, devemos procurar Construir a presença de Alvos (balizas),

introduzindo no plano ofensivo a noção do 1º princípio de ataque (penetração), ou

seja pretendemos que os nossos atletas percebam que é importante procurar o golo.

Na terceira fase introduzimos a Presença do Adversário, através de situações de

1x1, e pretende-se que o plano ofensivo, o desenvolvimento da capacidade para a

conquista e conservação da posse de bola e a aptidão para o duelo (contacto

corporal) entre os atletas. Pretende-se um melhoramento da condução de bola e um

alargamento do campo perceptivo dos jogadores.

No plano defensivo, introduz-se a noção do 1º princípio da defesa (contenção), em

que os atletas devem procurar adoptar uma atitude defensiva básica, aprender a

orientar os apoios e a enquadrar-se defensivamente, quer na marcação individual,

quer na marcação à zona.

Na quarta fase, vamos tentar construir a presença dos colegas e adversários,

através da introdução do 2º princípio de ataque e defesa (cobertura ofensiva /

cobertura defensiva), privilegiando as situações de 2x2. No plano ofensivo,

pretende-se a realização de combinações, passa e vai passa e recebe. No plano

defensivo, pretende-se a realização da cobertura defensiva bem como a execução

de intercepções.

Exemplos de Exercícios:

Passe e Desmarcação

Page 38: Projecto FUBIMATE

FUBIMATE

Departamento de Formação do F.C.M 38

Condução e Passe

Condução e Drible

Passe e Jogo c/

Finalização

9.1.2. Etapa de Formação Geral II e III – Escolas (9/10) e Infantis

(11/12)

Nesta etapa deve-se continuar a “perseguir” os objectivos de ordem educativa e

formativa, procurando incidir na integração social dos jovens atletas e na orientação

desportiva dos mesmos. Procura-se dar continuidade ao trabalho feito na etapa

anterior, tentando elevar a qualidade da prestação competitiva.

9.1.2.1. PRINCÍPIOS METODOLÓGICOS E PEDAGÓGICOS

É inquestionável para qualquer treinador que à pretensão de ensinar qualquer

conteúdo de treino, deve ser de uma forma metódica e sequencial. Os princípios

metodológicos e pedagógicos que propomos para esta etapa são:

Page 39: Projecto FUBIMATE

FUBIMATE

Departamento de Formação do F.C.M 39

O treino não deve constituir uma forma de obter rendimentos máximos

imediatos, rejeitando-se a utilização de programas específico e unilaterais –

Uso de uma grande diversidade de meios e métodos;

Respeito pelas leis do crescimento e desenvolvimento do jovem praticante;

Utilização predominante de uma intervenção que apele à razão e

compreensão das situações;

Desenvolvimento do lado fraco e aperfeiçoamento do lado forte – Uso de

exercícios de preparação técnica diversificados;

Graus de complexidade superiores à etapa anterior e número elevado de

repetições dos exercícios técnico-tácticos;

Intensidade moderada pelo aumento progressivo a velocidade na execução

das acções técnico-tácticas individuais e colectivas;

Trabalho com grupos pequenos e diminuição progressiva do espaço;

Situações reduzidas (acções de oposição);

Acções técnico-tácticas combinadas (acções com e sem oposição);

Estimular e fomentar a rotatividade das funções dos atletas;

9.1.2.2. CONTEÚDOS TÉCNICO-TÁCTICOS

Quando observamos um jogo de futebol minimamente organizado, verificamos uma

relação de oposição/cooperação no qual, para esta se tornar eficaz, exige por

parte dos seus intervenientes nas situações de jogo, comportamentos que

respondem positivamente aos objectivos pretendidos pela equipa.

Nesta etapa de formação o ensino/treino do 1º, 2º e 3º princípio do ataque e da

defesa e as respectivas acções técnico-tácticas que suportam os respectivos

princípios.

Page 40: Projecto FUBIMATE

FUBIMATE

Departamento de Formação do F.C.M 40

Quadro 4 - Conteúdos técnico-tácticos para a 2ª e 3ª etapa: Formação Geral II e III

Conteúdos

Princípios a Ensinar Programas

Finalização x Impedir a Finalização

Princípios Específicos Ataque / Defesa

Penetração / contenção

1 x 0 + Gr

1 x 1 + Gr

1º Princípio de ataque – Penetração

Acções individuais Ofensivas:

- Condução;

- Remate (pés e cabeça);

- Drible, finta e simulação;

1º Princípio da defesa - Contenção

Acções individuais defensivas

- Técnica de marcação – alguns princípios

gerais;

- Desarme.

- Técnica de Guarda-redes.

Criação de Situações de Finalização

X

Anular Situações de Finalização

Princípios Específicos Ataque / Defesa

Cobertura ofensiva / Cobertura defensiva

2 x 0 + Gr

2 x 1 + Gr

2 x 2 + Gr

- Todas as Acções Técnicos Tácticas Anteriores

2º Princípio do Ataque – Cobertura Ofensiva

Acções Individuais Ofensivas:

- Recepção, controlo e domínio de bola;

- Passe.

Acções Colectivas Elementares Ofensivas:

- Desmarcações simples;

- Combinações Simples (entre dois jogadores –

passe – desmarcação); Directas (entre dois

jogadores – passe – desmarcação – recepção).

2º Princípio da Defesa – Cobertura Defensiva

Acções Individuais defensivas:

- Intercepção

Acções Colectivas elementares defensivas:

- Princípios gerais da marcação;

- Dobra.

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FUBIMATE

Departamento de Formação do F.C.M 41

Cont.

Conteúdos

Princípios a Ensinar Programas

Construção das Acções Ofensivas

X

Impedir a Construção das Acções Ofensivas

Princípios Específicos Ataque / Defesa

Mobilidade / Equilíbrio

3 x 0 + Gr

3 x 1 + Gr

3 x 2 + Gr

3 x 3 + Gr

Gr + 5 x 5 + Gr

Gr + 7 x 7 + Gr

- Todas as Acções Técnicos Tácticas Anteriores

3º Princípio do Ataque – Mobilidade

Acções colectivas elementares ofensivas:

- Combinações Indirectas – entre 3 jogadores;

- Desmarcações em Ruptura.

3º Princípio do Defesa - Equilibrio

Acções Colectivas Elementares Defensivas:

- Compensações.

Acções Colectivas Complexas:

- Organização geral da equipa: corredores,

sectores, tarefas.

- Circulação tácticas Simples.

9.1.2.3. CONTEÚDOS FÍSICOS

Nesta etapa deve-se continuar a respeitar o modelo das fases sensíveis de

treinabilidade durante a infância e a juventude. Devemos procurar treinar a

velocidade de reacção, deslocamento e execução em regime de finalização, a

resistência base em regime técnico (acções individuais), a flexibilidade, o equilíbrio e

a coordenação geral. Deve-se iniciar o trabalho de força geral para os membros

superiores e médios (flexões, abdominais, dorsais e multi-lançamentos com bola

medicinal). A nível dos membros inferiores deve-se introduzir os seguintes

exercícios: multi-saltos a pés juntos, saltar à corda, tracção da corda, treino de

finalização em todos os treinos.

9.1.2.4. CONTEÚDOS PSICOLÓGICOS

A divisão do treino nos diferentes factores que o constituem, treino físico, técnico,

táctico e psicológico, é um procedimento só aceitável pela necessidade de

compreender o funcionamento particular de cada um destes componentes. Contudo,

na prática, assume-se que o treino é um processo global, no qual todas as suas

componentes interagem simultaneamente para o mesmo fim.

Por conseguinte, a preparação psicológica nestas etapas deve ser realizado através

do exercício específico, quer em treino, quer em competição. Desta forma, o treino

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psicológico deve estar presente em todos os exercícios. Podemos também afirmar

que quanto mais o treino simular o esforço e o ambiente de competição mais

específico é o treino psicológico.

Todavia, à semelhança das outras capacidades, é necessário realizar um treino

isolado com o fim de melhorar aspectos deficitários.

Um dos primeiros aspectos que há a referir quando se fala de treino psicológico é a

possibilidade real de modificar, através do treino, as competências psicológicas dos

atletas.

Nesta etapa devemos continuar preocupados com as competências psicológicas

básicas, nomeadamente a Motivação para a prática desportiva, a Concentração e a

Autoconfiança. A nível das capacidades cognitivas devemos continuar a estimular a

criatividade e a capacidade de raciocínio do jovem atleta.

9.1.2.5. ORGANIZAÇÃO DOS EXERCÍCIOS TÉCNICO-TÁCTICOS

Como consequência do trabalho indicado na etapa anterior, vamos procurar reforçar

e aperfeiçoar cada vez mais os princípios específicos, de modo a podermos garantir

uma evolução a nível do domínio táctico dos nossos atletas. Assim, na organização

de exercícios para esta etapa, devemos procurar numa primeira fase Construir a

relação com a bola, i.e, pretende-se uma familiarização com a bola, aprendendo a

controla-la e a apreciar as trajectórias que lhe são imprimidas. Esta relação jogador-

bola deverá ser construída com base em 3 pressupostos:

Recorrer a situações / exercícios que apelem à utilização de diferentes

superfícies corporais (pé, coxa, cabeça, peito, etc), em contextos variáveis;

Propor situações que solicitem o equilíbrio corporal num só apoio e permitam

controlar as trajectórias voluntariamente imprimidas à bola;

Não descurar os aspectos perceptivos para além da bola, i.e, não centrar

exclusivamente a atenção na bola (espaço próprio). O praticante deverá estar

progressivamente mais disponível para se aperceber do que se passa à sua

volta (espaço próprio).

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Numa segunda fase, devemos procurar Construir a presença dos alvos (balizas),

introduzindo no plano ofensivo a noção do 1º princípio de ataque (penetração), ou

seja pretendemos que os nossos atletas percebam que é importante procurar o golo.

Na terceira fase introduzimos a presença do adversário, através de situações de

1x1, e pretende-se que no plano ofensivo, o desenvolvimento da capacidade para a

conquista e conservação da posse da bola e a aptidão para o “duelo” (contacto

corporal) entre os atletas. Pretende-se um melhoramento da condução de bola e um

alargamento do campo perceptivo dos jogadores.

No plano defensivo, introduz-se a noção do 1º princípio da defesa (contenção), em

que os atletas devem procurar adoptar uma atitude defensiva básica, aprender a

orientar os apoios e a enquadrar-se defensivamente, quer na marcação individual,

quer na marcação à zona.

Na quarta fase, vamos tentar construir a presença dos colegas e adversário,

através da introdução do 2º princípio de ataque e defesa (cobertura ofensiva /

cobertura defensiva), privilegiando as situações de 2x2. No plano ofensivo,

pretende-se a realização de combinações, passa e vai e passa e segue. No plano

defensivo, pretende-se a realização da cobertura defensiva bem como a execução

de intercepções.

Após, a situação de 2x2, introduzimos a noção do 3º princípio de ataque e defesa

(mobilidade / equilíbrio), privilegiando a situação 3x3 (estrutura fundamental do

jogo), esta garante a essência do jogo, na medida em que reúne o portador da bola

e dois recebedores potenciais, permitindo passar de uma escolha binária para uma

escolha múltipla.

No plano ofensivo, pretende-se a criação de linhas de passe em apoio e em ruptura,

assumindo particular importância a velocidade de execução.

No plano defensivo, pretende-se que os jogadores encurtem as distâncias entre si, e

defendam constituindo um bloco compacto, de modo a facilitarem a execução de

dobras, bem como a anulação das linhas de passe do adversário.

Na quinta fase vamos desenvolver as noções espaço / tempo, através da relação

Eu – bola – equipa – adversários, no qual o desenvolvimento das noções espaço –

tempo revelam uma importância capital para a evolução do nível de jogo.

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FUBIMATE

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Introduzimos, nesta fase a noção do 4º princípio de ataque e defesa (espaço /

concentração).

No plano ofensivo, pretende-se que os atletas, assegurem uma articulação ofensiva

em profundidade e largura, e “abram o jogo” a fim de obter mais espaço para o

desenvolvimento das acções ofensivas, ou seja, pretende-se que a lógica do ataque

seja baseada na fluidez e no evitamento.

No plano defensivo, pretende-se por parte dos atletas, uma articulação defensiva em

profundidade e largura, e “fechar o jogo” a fim de reduzir e anular o espaço à equipa

adversária, ou seja, pretende-se que a lógica da defesa, seja de contacto no sentido

de induzirem desequilíbrio no ataque adversário, procurando o duelo.

Nesta fase privilegia-se o jogo condicionado e o jogo formal (5x5, 7x7), visando a

circulação da bola e dos jogadores, a percepção das linhas de força do jogo

(espaços livres e ocupados) e a correcta aplicação dos princípios de jogo.

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FUBIMATE

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10. CONCLUSÕES

O FUBIMATE pretenderá não só seguir na sua generalidade a formação dos nossas

crianças e jovens nas suas etapas do processo ensino / treino desportivo, mas

essencialmente acompanhar e educar as crianças e jovens noutros domínios da sua

vida (escolar, familiar, social e cultural).

O processo de preparação das crianças e jovens atletas será enquadrado numa

planificação sistematizada de acordo com o seu processo de desenvolvimento.

Toda a orientação do processo de treino nas diferentes etapas de formação, a

dimensão das cargas, o conjunto dos meios e métodos de treino e respectivos

conteúdos, devem ser programados, tendo em conta os processos de crescimento e

maturação os vários órgãos e sistemas do jovem atleta.

Deve existir uma base de dados que registará todos os passos do processo de

formação das crianças e jovens.

A ligação entre o FUBIMATE e as diversas entidades (Câmara, Entidades oficiais,

Escolas, etc) tem que existir, de modo a contribuir para o desenvolvimento

harmonioso nas mais variadas facetas dos jovens.

O treino de futebol como a escola, devem construir um verdadeiro processo de

ensino-aprendizagem, em que permanentemente deve existir uma interpretação

entre treinadores e atletas como consequência de transmissões recíprocas de

informações.

O jogo representa para a formação de todos as crianças e jovens, um exercício para

o desenvolvimento das suas faculdades e uma rica fonte de actividade superior.

O professor (treinador) de crianças e jovens deve ser um pedagogo e a sua relação

com os jogadores, deve ser cordial, educada, de compreensão e respeito mútuo.

Deve preocupar-se na medida do possível em acompanhar a vida escolar, familiar e

social dos seus atletas.

Os pais devem acompanhar os seus filhos nas suas carreiras desportivas de modo a

tudo fazerem para que haja um desenvolvimento integral e harmonioso do seu filho.