plano imperial

82
Página 1 de 82 PROPOSTA

Upload: isabela-fatima-fogaca-rosa

Post on 24-Nov-2015

90 views

Category:

Documents


8 download

TRANSCRIPT

  • Pgina 1 de 82

    PROPOSTA

  • Pgina 2 de 82

    SUMRIO

    I. PETRPOLIS IMPERIAL I.1 APRESENTAO I.2 OBJETIVOS I.3 ANTECEDENTES E MARCO HISTRICO

    II. POLTICAS PBLICAS PARA O TURISMO NO BRASIL II.1 A GESTO DO PRODUTO BRASIL II.2 TURISMO E INCLUSO II.3 RESULTADOS DO TURISMO NO BRASIL NOS LTIMOS ANOS

    II.3.1 FLUXOS TURSTICOS DOMSTICOS II.3.2 ENTRADA DE TURISTAS ESTRANGEIROS II.3.3 DESEMBARQUES NACIONAIS II.3.4 GERAO DE EMPREGO E RENDA II.3.5 DIVISAS II.3.6 PROGRAMAS DE FOMENTO, CRDITO E INVESTIMENTO II.3.7 ORAMENTO DO MTUR II.3.8 NO SETOR PRIVADO II.3.9 NOVOS PRODUTOS II.3.10 PROMOO E MARKETING II.3.11 APESAR DA CRISE...

    III. O PRODUTO PETRPOLIS III.1 HISTRICO III.2 ASPECTOS GERAIS DA CIDADE

    III.2.1 POPULAO III.2.2 QUALIDADE DE VIDA III.2.3 MARCOS DA FORMAO ADMINISTRATIVA

    III.3 O TURISMO EM PETRPOLIS III.3.1 DADOS DO TURISMO

    III.3.1.1 NMERO DE TURISTAS E VISITANTES III.3.1.2 EMPREGOS GERADOS PELO SETOR III.3.1.3 RECURSOS NATURAIS E PATRIMNIO HISTRICO III.3.1.4 CULTURA, EVENTOS E GASTRONOMIA III.3.1.5 OCUPAO E OFERTA HOTELEIRA III.3.1.6 ENTRETENIMENTO E LAZER III.3.1.7 COMPRAS

    III.3.2 PERFIL DO TURISTA III.3.3 PRODUTOS

    III.4 ASPECTOS MERCADOLGICOS DO TURISMO DE PETRPOLIS III.4.1 A MISSO III.4.2 VISO DE FUTURO III.4.3 ORIENTAO PARA O MERCADO III.4.4 APLICABILIDADE DA ESTRATGIA MERCADOLGICA

  • Pgina 3 de 82

    III.4.5 O POSICIONAMENTO III.5 ANLISE DO AMBIENTE

    III.5.1 CENRIO III.5.2 OPORTUNIDADES DO SETOR III.5.3 AMEAAS ESPECFICAS AO SETOR III.5.4 AMBIENTE INTERNO FRAQUEZAS III.5.5 AMBIENTE INTERNO - FORAS

    IV. PROJETOS IV.1 ENQUADRAMENTO DOS PROJETOS E OBJETIVOS GERAIS

    V. AVALIAO DO PLANO IMPERIAL 1998 VI. RECOMENDAES VII. EQUIPE TCNICA VIII. INSTITUIES ENVOLVIDAS IX. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS E FONTES DE CONSULTA

    I. PETRPOLIS IMPERIAL

    1. 1. APRESENTAO

    O Turismo reconhecido, hoje, como um setor capaz de promover a acelerao econmica e

    incrementar as reas social, cultural e ambiental. Portanto, a avaliao da intensidade dos fatores que

    favorecem ou inibem esta atividade de relevncia estratgica para os destinos tursticos do Pas.

    Este documento uma proposta de reviso do Plano Imperial Plano Diretor para o Turismo da

    cidade de Petrpolis, de 1998, luz do novo cenrio apresentado na primeira dcada do sculo XXI,

    integrando-se ainda s novas polticas pblicas de fomento do produto turstico brasileiro.

    Integra-se ao PETROPOLIS IMPERIAL - edio 2009, elementos do PLANO ESTRATGICO1,

    com referncias que fundamentaro a operao do SISTIUR - SISTEMA TURSTICO DA CIDADE

    DE PETRPOLIS, a organizao e priorizao de seu portflio de produtos e servios e o processo de

    tomada de decises.

    Alm do cenrio do Turismo no Brasil e das perspectivas do PLANO NACIONAL DO TURISMO

    2007-2010, o PETRPOLIS IMPERIAL contempla:

    a definio da misso e o estabelecimento de sua viso de futuro;

    a anlise do ambiente em que PETRPOLIS est inserido;

    a anlise dos seus pontos fortes & pontos fracos;

    a definio do portflio de produtos e servios;

    1 O desenvolvimento do PLANO ESTRATGICO foi desenvolvido a partir de reflexes do GT de Marketing constitudo por integrantes do COMTUR.

  • Pgina 4 de 82

    o estabelecimento das diretrizes estratgicas de atuao com os respectivos

    projetos a serem viabilizados.

    Alm da contribuio oferecida pela expertise dos integrantes do GT de Marketing do COMTUR

    Conselho Municipal de Turismo de Petrpolis2, composto por representantes de entidades de classe e

    do trade turstico, foram considerados os seguintes documentos j consolidados:

    O Plano Imperial Plano Diretor de Turismo - realizado em 1998 com o apoio da FIRJAN;

    A pesquisa do Ministrio do Turismo - Projeto Economia da Experincia, apoiado pelo

    SEBRAE;

    O PLANO NACIONAL DO TURISMO 2007-2009, do Mtur;

    O Estudo de Competitividade dos 65 Destinos Indutores do Desenvolvimento Turstico

    Regional - Petrpolis.

    Completa o trabalho um conjunto de entrevistas pessoais realizadas com formadores de opinio,

    especialistas e profissionais que atuam no sistema turstico petropolitano, com o intuito de buscar

    informaes no documentadas, mas percebidas por quem vivencia o turismo da cidade. Desta forma,

    ao adotar uma metodologia mista3 (baseada em anlise documental e em entrevistas pessoais

    planejadas) buscou-se realizar uma reflexo participativa e obter um material que, efetivamente:

    Reflita a realidade turstica da regio e as opinies da sociedade;

    Apie a socializao de informaes;

    Facilite a tomada de decises nas esferas pblica e privada, e;

    Garanta o comprometimento de todos os envolvidos na produo deste documento.

    No PETRPOLIS IMPERIAL, destacam-se as seguintes atividades:

    ORGANIZAO, REVISO E INOVAO DO PORTFLIO DE PRODUTOS E SERVIOS;

    CRIAO DA IDENTIDADE DE PETRPOLIS, OU SEJA, SEU POSICIONAMENTO COMO

    DESTINO TURSTICO;

    2 ABIH, ABRASEL, ASCOM, FCTP, PC&VB, SEBRAE, SECRETARIA DE ESPORTES, SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE, UCP. 3 Contemplou a pesquisa documental e de levantamento, de carter qualitativo, atravs de entrevista pessoal planejada.

  • Pgina 5 de 82

    LEVANTAMENTO DO CENRIO TURSTICO DA CIDADE, ATRAVS DA ANLISE SWOT E

    DETERMINAO DE FATORES CRTICOS DE SUCESSO;

    ALINHAMENTO DAS DIRETRIZES ESTRATGICAS COM O ESTUDO DE COMPETITIVIDADE DOS 65

    DESTINOS INDUTORES DO DESENVOLVIMENTO TURSTICO REGIONAL RELATRIO

    PETRPOLIS4;

    INDICAO DE PROJETOS INTEGRADOS S DIRETRIZES ESTRATGICAS.

    O atual documento receber ainda o acrscimo de sugestes e inseres da sociedade civil organizada

    e dos cidados petropolitanos em geral que, por um perodo de 30 (trinta) a partir de sua apresentao,

    podero apresentar suas consideraes atravs do site da FCTP ou diretamente Diretoria de Turismo

    da mesma fundao, pelo email [email protected]

    Tais observaes e sugestes sero analisadas e inseridas no documento, que passar ainda por etapas

    de apresentao e validao no COMTUR, na FCTP e na Prefeitura de Petrpolis, antes de ser

    encaminhado, como uma proposta oficial, para anlise final e aprovao da Cmara dos Vereadores.

    Este documento prope-se como uma reviso do Plano Imperial Plano Diretor para o Turismo da

    cidade de Petrpolis, de 1998 -, luz do novo cenrio que se apresenta na primeira dcada do sculo

    XXI, integrando-se ainda s novas polticas pblicas de fomento do produto turstico brasileiro no

    Governo Luis Incio da Silva.

    1.2. OBJETIVOS5

    Os objetivos estratgicos do SISTUR de Petrpolis devem estar integrados aos objetivos nacionais

    para o desenvolvimento da atividade turstica no Brasil. Para tanto, ressaltam-se os seguintes

    objetivos como prioritrios:

    revisar o destino PETRPOLIS, diversificando a oferta e aumentando a percepo da

    qualidade do produto turstico da cidade;

    Aumentar a insero competitiva do produto turstico PETRPOLIS no mercado nacional e

    internacional atravs do seu reposicionamento e proporcionar condies favorveis ao

    investimento e expanso da iniciativa privada;

    Apoiar a recuperao e a adequao da infra-estrutura e dos equipamentos no destino turstico

    PETRPOLIS, garantindo a acessibilidade aos portadores de necessidades especiais; 4 Roteiros do Brasil, Programa de Regionalizao do Turismo, MTur, 2008. 5 Conforme orientaes do PLANO NACIONAL DO TURISMO 2007-2010 UMA VIAGEM DE INCLUSO, do Ministrio do Turismo.

  • Pgina 6 de 82

    Ampliar e qualificar o mercado de trabalho local nas diversas atividades que integram a cadeia

    produtiva do turismo.

    Consolidar um sistema de informaes tursticas que permitam o monitoramento dos diversos

    impactos da atividade, facilitando o processo de tomada de deciso.

    1.3 Antecedentes e Marcos Histricos

    Como qualquer outra atividade scio-econmica, o setor de turismo e lazer tem sido influenciado por

    mudanas scio-econmicas. O quadro abaixo resume esta evoluo:

    Perodo Macro cenrio Documentos Objetivos Benefcios

    pretendidos

    Observaes

    Dcadas de

    1970 e

    1980

    Turismo de Massa: modelo

    de Economia de

    Oferta -

    consumo de

    pacotes de

    viagem rgidos e

    padronizados

    - Considerava-

    se que,

    genericamente,

    os motivos que

    motivavam as

    viagens

    tursticas eram

    os quatro S

    ingleses: sun,

    sand, sea, sex

    (sol, areia, mar

    e sexo).

    Dcada de

    1990

    Turismo de

    Demanda,

    viagens

    individualizadas,

    sob medida.

    - Os motivos

    que motivavam

    as viagens

    tursticas

    passam a ser

    representados

    pelos os quatro

    E franceses:

  • Pgina 7 de 82

    quipement,

    environement,

    encadrement,

    envnement

    (equipamento,

    meio ambiente,

    entorno e

    eventos)

    1996-1999 Plano

    Nacional do

    Turismo

    (Ministrio da

    Indstria,

    Comrcio e

    Turismo

    MCT e

    Instituto

    Brasileiro de

    Turismo

    EMBRATUR)

    Promover a

    maior

    participao

    do setor na

    economia

    nacional,

    - Diminuio das

    desigualdades

    regionais;

    - Gerao de

    empregos e renda;

    - Integrao de

    contingentes

    populacionais de

    baixa qualificao

    ao mercado de

    trabalho;

    -

    Desenvolvimento

    sustentvel de

    reas de

    destacado

    patrimnio

    ambiental;

    - Insero do

    Brasil no contexto

    de alta

    competitividade

    mundial, atravs

    da criao de uma

    imagem positiva

  • Pgina 8 de 82

    no exterior.

    1997 Plano

    Maravilha

    (Prefeitura da

    Cidade do Rio

    de Janeiro)

    Incrementar

    o fluxo

    turstico

    para a

    cidade

    - Construir uma

    nova imagem

    turstica da cidade

    do Rio de Janeiro

    como cidade-

    referncia da

    Amrica do Sul;

    - Destacar seus

    atrativos

    integrados para

    motivar os

    segmentos de:

    - Cultura,

    esportes e lazer;

    -

    Congressos,

    convenes e

    incentivos;

    - Feiras;

    - Natureza.

    - O Plano

    Maravilha

    impacta

    Petrpolis

    pela

    proximidade e

    facilidades de

    acesso.

    1998 Plano Imperial

    Plano

    Diretor de

    Turismo

    (Prefeitura de

    Petrpolis)

    - Qualificar e

    ajustar o Produto

    Petrpolis,

    ajustando-o ao

    perfil da

    demanda.

    - A Cidade

    Imperial

    desenvolve e

    implanta seu

    prprio

    documento de

    Referncia.

    Sc. XXI

    sociedade

    da

    - Turismo

    responsvel: no

    degradao

  • Pgina 9 de 82

    Informao ambiental e

    interferncia

    negativa na

    cultura local;

    - Aumento do

    turismo na

    Terceira Idade

    (principalmente

    nos pases

    desenvolvidos);

    - Interesse

    crescente no

    patrimnio dos

    centros

    receptores de

    turistas;

    - Busca de

    contato com

    culturas

    diferenciadas.

    II. POLTICAS PBLICAS PARA O TURISMO NO BRASIL

    O Governo Federal enxerga a atividade turstica no Brasil como ferramenta essencial para a erradicao da extrema pobreza e da fome, a garantia de sustentabilidade ambiental e o estabelecimento de uma parceria mundial

    para o desenvolvimento.

  • Pgina 10 de 82

    2.1 A GESTO DO PRODUTO BRASIL

    O governo do Presidente Luis Incio Lula da Silva implementou, entre 2003 e 2006, um novo modelo

    de desenvolvimento para o Brasil que combina desenvolvimento econmico com distribuio de renda

    e proporciona a incluso de milhes de brasileiros. O pas reduziu sua dependncia do financiamento

    externo, tornando-se menos vulnervel a crises econmicas internacionais; ampliou sua participao

    no comrcio exterior e acumulou supervits recordes na balana comercial. Esse desempenho gerou

    acmulo de reservas internacionais, tornando possvel o pagamento das dvidas com o Fundo

    Monetrio Internacional e com o Clube de Paris.

    O crescimento do turismo est diretamente ligado e intensamente fortalecido pelo crescimento

    econmico. Trata-se de uma atividade multifacetada e se inter-relaciona com diversos segmentos

    econmicos, demandando todo um conjunto de aes setoriais para o seu desenvolvimento.

    Somente por meio de uma ao intersetorial integrada nas trs esferas da gesto pblica e da parceria com a iniciativa privada, conforme a proposta do PAC, os recursos tursticos nas diversas regies do Pas se transformaro, efetivamente, em produtos tursticos, propiciando o desenvolvimento sustentvel da atividade, com a valorizao e a proteo do patrimnio natural e cultural e o respeito s diversidades regionais. (PNT, 2007, p.12)

    Com benefcios diretos para a atividade turstica, os investimentos em infra-estrutura do PAC vo

    propiciar, em quatro anos6:

    - A construo, adequao, duplicao e recuperao de 42 mil quilmetros de estradas e de 2.518

    quilmetros de ferrovias;

    - A ampliao e melhoria de 12 portos e 20 aeroportos;

    - O abastecimento dgua e coleta de esgoto para 22,5 milhes de domiclios;

    - A infra-estrutura hdrica para 23,8 milhes de pessoas;

    - A ampliao e construo de metrs em quatro cidades tursticas;

    Alm de outros benefcios indiretos relacionados infraestrutura energtica e s melhores condies

    de moradias para quatro milhes de famlias.

    6 Secretaria de Imprensa e Porta-Voz da Presidncia da Repblica, Programa de Acelerao do Crescimento PAC

  • Pgina 11 de 82

    O PAC prev um total de R$ 503,9 bilhes em investimentos para o quadrinio.

    TABELA INVESTIMENTOS PREVISTOS 2007-2010 (EM R$ BILHES)7

    Infraestrutura logstica 58,3

    Infraestrutura energtica 274,8

    Infraestrutura social e urbana 170,8

    Total 503,9

    O PAC prev, ainda, medidas de incentivo ao investimento privado que devero impactar

    positivamente o setor8:

    Expanso do crdito, sobretudo habitacional e de longo prazo para investimentos em infra-

    estrutura;

    Aperfeioamento do marco regulatrio e da qualidade do ambiente de negcios, bem como a

    criao do Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrncia;

    Desonerao tributria e aes de modernizao da mquina administrativa, para reduzir a

    burocracia e racionalizar a arrecadao de impostos e contribuies;

    Conteno dos gastos com pessoal do Governo Federal e implementao da poltica de longo

    prazo para o salrio mnimo;

    Aplicao dos recursos com a manuteno da responsabilidade fiscal e a continuidade da

    reduo gradual da relao dvida do setor pblico/PIB9.

    Esse conjunto de investimentos e medidas econmicas gerar um crculo virtuoso que favorecer o

    desenvolvimento do turismo no pas de 2007 a 2010, com benefcios que se distribuem por toda a 7 Fonte: PNT, 2007, p.14. 8 Fonte: idem. 9 O programa prev uma reduo da carga tributria no montante de aproximadamente R$ 6,6 bilhes, em 2007, beneficiando os setores de bens de capital, edificao de infra-estrutura e construo civil.

  • Pgina 12 de 82

    sociedade e regies do Brasil. Destaca-se a gerao de US$ 25,3 bilhes10 em divisas e a criao de

    1,7 milho de novos empregos e ocupaes, de acordo com as metas traadas pelo Plano Nacional de

    Turismo11.

    INVESTIMENTOS PREVISTOS 2007/201012

    Investimentos em promoo externa com recursos do OGU/MTur R$ 689,22 milhes

    Investimentos em infraestrutura com recursos do OGU/MTur R$ 5,63 bilhes

    Investimentos em promoo interna com recursos do OGU/Mtur R$ 294,32 milhes

    Investimentos privados em meios de hospedagem R$ 6,78 bilhes

    Financiamento concedido para o setor privado pelos bancos federais R$ 12,55 bilhes

    Com relao aos investimentos privados, so esperados R$ 6,78 bilhes s para novos meios de

    hospedagem, alm de R$ 12,55 bilhes para empreendimentos novos, melhoria e ampliao e capital

    de giro, em diversas categorias de servios tursticos, com financiamentos concedidos pelos bancos

    federais13

    10 Cotao do dlar de 30/4/2007 (taxa de compra), Banco Central do Brasil. 11 O PNT prev investimentos com recursos provenientes do Oramento Geral da Unio em promoo, interna e externa, da ordem de R$ 983,54 milhes2, alm de R$ 5,63 bilhes em infra-estrutura turstica. Esses valores no incluem os investimentos em infra-estrutura programados pelos Programas Regionais de Desenvolvimento do Turismo PRODETUR e PROECOTUR, com financiamentos do Banco Interamericano de Desenvolvimento BID e contrapartida estadual e federal. Fonte: PNT, 2007, p.14. 12 Fonte: PNT, 2007, p.14. 13 Banco do Brasil, Caixa Econmica Federal, BNDES, Banco do Nordeste e Banco da Amaznia.

  • Pgina 13 de 82

    2.2 - Turismo e Incluso

    Tanto o Estado quanto a iniciativa privada buscam na atividade turstica o lucro14, mas ao primeiro

    compete o investimento social na infra-estrutura de apoio atividade, a melhoria da qualidade de vida

    da populao envolvida e, tambm, a implantao de programas de turismo socializado (que facilitam

    o acesso ao turismo, para todas as classes).

    O modelo de desenvolvimento proposto pelo Governo Federal busca harmonizar a fora e o

    crescimento do mercado com a distribuio de renda e a reduo das desigualdades, priorizando o

    bem-estar social e integrando solues econmicas, sociais, polticas, culturais e ambientais: uma

    perspectiva de resultado alm do lucro e da simples valorizao do negcio: E o turismo deve

    construir caminhos para que possa ser, efetivamente, um direito de todos... Respeitando as diferenas,

    sob a perspectiva da valorizao do ser humano e de seu ambiente.(PNT, 2007,p.15)

    Neste cenrio de estabilidade15 e de perspectiva de expanso do PAC16, foram desenvolvidas polticas

    pblicas especficas para a consolidao, de forma plena, da atividade turstica no pas, no somente

    por sua contribuio significativa para o aumento do PIB, como tambm por seu potencial para a

    gerao de trabalho, ocupao e renda, com impactos na melhoria da qualidade de vida da populao.

    Tem-se como viso para o turismo nacional at 2010:

    14 BENI, Mrio Carlos. Anlise Estrutural do Turismo.So Paulo:SENAC, 2001, p. 25 15 At final de 2007, antes da sinalizao da crise nos EUA. 16 PROGRAMA DE ACELERAO DO CRESCIMENTO, do Governo LULA, que prope aes, metas e um amplo conjunto de investimentos em infra-estrutura, bem como medidas de incentivo aos investimentos privados, aliados a uma busca de melhoria na qualidade do gasto pblico. O PAC objetiva crescimento com desenvolvimento, para poucos e considera os investimentos em obras de infra-estrutura instrumentos de universalizao dos benefcios econmicos e sociais para todas as regies relacionadas infra-estrutura; ao estmulo ao crdito e ao financiamento; melhora do ambiente de investimentos; desonerao e administrao tributria; s medidas fiscais de longo prazo e consistncia fiscal. Fonte: Plano Nacional do Turismo 2007-2010, do MTur.

    O PNT informa que a ao ministerial considera prioritria a proteo de crianas e

    adolescentes por meio da temtica de Turismo Sustentvel e Infncia. O turismo

    para jovens fortalece a expresso da cidadania por meio do conhecimento das

    riquezas naturais e culturais do Brasil e refora que o brasileiro deve ser o principal beneficiado pelo desenvolvimento do turismo no Pas.

  • Pgina 14 de 82

    O turismo no Brasil contemplar as diversidades regionais, configurando-se pela gerao de produtos marcados pela brasilidade, proporcionando a expanso do mercado interno e a insero efetiva do Pas no cenrio turstico mundial. A criao de emprego e ocupao, a gerao e distribuio de renda, a reduo das desigualdades sociais e regionais, a promoo da igualdade de oportunidades, o respeito ao meio ambiente, a proteo ao patrimnio histrico e cultural e a gerao de divisas sinalizam o horizonte a ser alcanado pelas aes estratgicas indicadas.(PNT, 2007, p.16)

    O Governo considera os bons resultados do Turismo relacionando aos seguintes fatores:

    Atividade multiplicadora do crescimento, sempre acima dos ndices mdios de crescimento

    econmico;

    Intensivo em mo-de-obra, com impactos positivos na reduo da violncia;

    Porta de entrada para os jovens com diferentes nveis de qualificao no mercado de trabalho;

    Ajuda a fortalecer a identidade do povo e contribui para a paz ao integrar diferentes culturas.

    2.3 RESULTADOS DO TURISMO NO BRASIL NOS LTIMOS ANOS

    No segundo semestre de 2006, sentiu-se uma leve alterao no desempenho do setor em funo da

    crise da Varig e da conseqente reduo na oferta de assentos e vos nacionais e internacionais,

    particularmente no que se refere entrada de turistas estrangeiros. Este cenrio, no entanto, no

    prejudicou a entrada de divisas.

    A execuo dos Programas e Aes do Plano Nacional de Turismo 2003/2007, propiciou excelente resultado em relao a todo o histrico do

    setor: o turismo brasileiro vem batendo recordes, com crescimento acima da mdia mundial.

  • Pgina 15 de 82

    2.3.1 FLUXOS TURSTICOS DOMSTICOS

    o turismo domstico que propicia volume e ritmo oferta turstica brasileira, no mercado

    internacional. Dados do ano de 2005 demonstram que, naquele ano, foram realizadas 139, 9 milhes

    de viagens domsticas17. Comparando este nmero com os resultados da mesma pesquisa realizada em

    2001, registra-se um crescimento da ordem de 26,5 % nas viagens domsticas realizadas no Pas,

    naquele perodo. Desse volume de viagens domsticas realizadas, 25 % destes turistas se hospedaram

    em hotis, pousadas ou resorts em 2005, gerando um total de 54,87 milhes de pernoites. Em 2001, o

    percentual de turistas que se hospedaram em hotis, pousadas e resorts aumentou para 22,2%. Da

    mesma forma, percebeu-se uma melhoria na qualidade destas viagens quanto utilizao dos meios de

    transportes. O uso de avies subiu de 10,8% para 12,1% e de nibus de excurso de 6% para 8%, entre

    2001 e 2005. importante destacar, com relao aos resultados acima, que as viagens domsticas no

    incluem as realizadas rotineiramente, nem as excurses cuja permanncia mdia inferior a 24

    horas.18

    17 Fundao Instituto de Pesquisas Econmicas FIPE, Caracterizao e Dimensionamento do Turismo Domstico no Brasil, So Paulo, FIPE, 2006. Por viagem domstica entendem-se as viagens no rotineiras dentro do territrio nacional com, no mnimo, um pernoite. 18 Fonte: PNT, 2007, p.23.

  • Pgina 16 de 82

    2.3.2 ENTRADA DE TURISTAS ESTRANGEIROS

    Depois de experimentar queda em 2001 e 2002, a entrada de turistas estrangeiros entrou em

    recuperao e crescimento a partir de 2003. Esta tendncia manteve-se constante at 2005, quando os

    desembarques internacionais atingiram 6,8 milhes de passageiros, com um incremento de 11,28%,

    em relao a 2004. Em 2006, houve uma diminuio neste movimento em funo da reduo na oferta

    de assentos em vos internacionais decorrente da crise da Varig: o pas recebeu cerca de 6,4 milhes

    de passageiros de vos internacionais, incluindo brasileiros voltando do exterior e turistas estrangeiros,

    um valor inferior em 5,90% ao total dos desembarques no ano de 2005.

    2.3.3 DESEMBARQUES NACIONAIS

    A utilizao do transporte areo no pas apresentou um crescimento excepcional e popularizou-se nos

    ltimos quatro anos, com a introduo de estratgias que reduziram os preos, permitindo o acesso

    facilitado de outros pblicos do Sistur. De 2003 a 2006 foram registrados 16,7 milhes de

    desembarques domsticos no pas, representando um aumento de 23% em relao ao quadrinio

    anterior (1999/2002). Em 2006, o desembarque de passageiros de vos nacionais foi de 46,3 milhes,

    7, 4% acima do mesmo perodo do ano anterior, quando o nmero de passageiros desembarcados foi

    de 43,1 milhes. Em 2005, os desembarques de vos nacionais totalizaram 43,1 milhes de

    passageiros, contabilizando um crescimento de 17,7 %, em relao aos 36,6 milhes de passageiros

    desembarcados em 2004.

  • Pgina 17 de 82

    DESEMBARQUES NACIONAIS (EM MILHES)19

    1995 16,8

    1996 19,5

    1997 21,3

    1998 26,5

    1999 27,7

    2000 28,5

    2001 32,6

    2002 33,0

    2003 30,7

    2004 36,6

    2005 43,1

    2006 46,3

    .

    19 Fonte: Infraero, in PNT, 2007, p. 23.

  • Pgina 18 de 82

    2.3.4 GERAO DE EMPREGO E RENDA

    Segundo a Organizao Mundial de Turismo20, o setor responsvel pela gerao de 6 a 8% do total

    de empregos no mundo. Alm disso, uma das atividades econmicas que demandam menor

    investimento para a gerao de trabalho. Segundo pesquisa recente da Fundao Instituto de Pesquisa

    Econmica FIPE21, a hotelaria demanda em torno de R$ 16.198,60 de valor da produo da atividade

    requerida para gerao de uma unidade de emprego, valor bem menor do que o demandado por outros

    setores econmicos, tais como indstria txtil (R$ 27.435,20), construo civil (R$ 28.033,00) e

    siderurgia (R$ 68.205,90).

    O mercado formal de trabalho em turismo no pas empregava 1.716 mil pessoas em 2002. Em 2006,

    este nmero elevou-se para 2.013 mil, o que representa um crescimento da ordem de 17,30%22. Esta

    estimativa pode ser extrapolada, considerando estudos que indicam uma relao de trs empregos

    totais para um emprego formal23, j que o setor intensivo em mo-de-obra e predominantemente

    informal, o que indica que este pode ser considerado um resultado conservador.

    De 2003 a 2006, no Brasil, foram gerados pela atividade turstica 891.000 empregos formais e

    informais.

    20 OMT, Proyecto de Libro Blanco Una mirada al futuro del turismo de la mano de la Organizacin Mundial del Turismo, outubro de 2004 apud PNT, 2007, p.24. 21 Meios de Hospedagem: Estrutura de Consumo e Impactos na Economia, 2006, apud PNT,2007,p.24. 22 De acordo com dados da Relao Anual de Informaes Sociais RAIS, do Ministrio do Trabalho e Emprego, e considerando as Atividades Caractersticas do Turismo ACT, com base em uma matriz que agrega 12 setores da economia, de acordo com metodologia da OMT. A definio das atividades caractersticas do turismo segue as diretrizes da Organizao Mundial do Turismo para a construo das contas satlites do Turismo (WTO, 2000a, 2000b) e est de acordo com as definies providas na literatura especializada, conforme Lage e Milone (1991), Lundenberg et al (1995) e Espanha (1996). 23 De acordo com estudo realizado pelo CET/UnB, segundo Pastore (2005), em 1985 havia um emprego formal para cada 2,7 trabalhadores totais (formais + informais). Em 2002 essa proporo subiu de um emprego formal para trs trabalhadores totais. Utilizando-se essa relao, pode-se fazer uma estimativa sobre a quantidade total de trabalhadores no turismo, como mostra a Tabela 5. Vale ressaltar que se chega a esses valores por uma aproximao, no sendo possvel afirmar que esses nmeros refletem integralmente a situao do mercado de trabalho para o turismo. Assim, estudos especficos sobre o mercado de trabalho para o turismo mostram-se de fundamental importncia para diagnosticar a influncia do setor em relao gerao de novos empregos. Fonte: PNT, 2007,p.25.

  • Pgina 19 de 82

    EVOLUO NO NMERO DE EMPREGOS FORMAIS NA ATIVIDADE TURSTICA (EM MILHES)24

    2001 2002 2003 2004 2005 2006

    1,50 1,72 1,73 1,83 1,94 2,01

    NMERO TOTAL DE EMPREGOS NA ATIVIDADE TURSTICA FORMAIS E INFORMAIS

    (EM MILHES DE PESSOAS OCUPADAS)25

    2002 2003 2004 2005 2006 Acumulado 2003 a 2006

    Pessoas ocupadas

    5,15 5,18 5,48 5,81 6,04 891.000

    2.3.5 DIVISAS

    Em 2006, o Brasil alcanou a receita cambial turstica de US$ 4,32 bilhes, superior em 11,78% ao

    ano de 2005 (US$ 3,86 bilhes). Em 2005, essa receita atingiu o montante de US$ 3,86 bilhes,

    superior em 19,87% em relao ao ano anterior (US$ 3,22 bilhes). So resultados que apontam para a

    performance excepcional da atividade turstica brasileira no mercado internacional e que merece

    destaque26.

    2.3.6 PROGRAMAS DE FOMENTO, CRDITO E INVESTIMENTO

    24 Fonte: PNT,2007,p.24 25 Fonte: PNT,2007,p.25. 26 Fonte: PNT,2007,p.27.

  • Pgina 20 de 82

    No mbito das aes relacionadas infra-estrutura de apoio ao turismo, h que se destacar os

    financiamentos em curso, concedidos pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento BID, para os

    Programas Regionais de Desenvolvimento do Turismo PRODETUR. O Ministrio do Turismo, alm

    de intermediar e apoiar institucionalmente os financiamentos do PRODETUR, atua na aplicao dos

    recursos do OGU na infra-estrutura turstica. Foram empenhados R$ 736,24 milhes em 2006,

    includos os investimentos em sinalizao turstica, recuperao de patrimnio histrico, implantao

    de pontos nuticos, trechos ferrovirios e centros de informaes tursticas e excludos os

    investimentos do PRODETUR27, segundo tabela abaixo.

    INVESTIMENTO EM INFRA-ESTRUTURA28

    2003 2004 2005 2006

    Executado

    (R$)

    Executado

    (R$)

    Executado

    (R$)

    Executado

    (R$)

    20.908.857 187.435.717 419.738.000 736.242.017

    Segundo levantamento realizado pelo MTur.29, foram concedidos, em 2006, R$ 2,2 bilhes em

    crditos para empreendedores do turismo pelos bancos pblicos federais (Banco do Brasil, Caixa

    27 Para investimentos especficos do PRODETUR NEII, PRODETUR SUL, PROECOTUR E PRODETUR JK ver PNT, 2007, p. 30-31. 28 Fonte: PNT, 2007,p. 31. 29 Fonte: PNT, 2007, p.31.

    O incremento do fluxo turstico nacional e internacional em 2005, com ndices

    superiores mdia mundial, foi um dos fatores preponderantes para que o

    Ministrio do Turismo participasse diretamente da reestruturao dos

    aeroportos brasileiros. Um convnio firmado entre o Ministrio do Turismo e

    a Infraero destinou, em 2006, R$ 350 milhes para a ampliao e

    modernizao da infra-estrutura aeroporturia de 11 municpios: Rio de

    Janeiro, Braslia, Boa Vista, Fortaleza, Goinia, Guarulhos, Joo Pessoa,

    Macap, Salvador, So Paulo e Vitria.

  • Pgina 21 de 82

    Econmica Federal, BNDES, Banco do Nordeste e Banco da Amaznia), correspondendo a um

    incremento de 10,5% no volume de recursos direcionados ao setor em 2005.

    No que se refere aos investimentos privados programados para os prximos anos, foram identificados

    R$ 3,6 bilhes em projetos do segmento hoteleiro com previso de concluso at 2009,

    correspondendo perspectiva de aumento de 26,3 mil unidades habitacionais na capacidade

    hospedeira nacional, em 138 novos empreendimentos.

    2006 tambm foi um ano importante para a qualificao no setor. O Programa Nacional de

    Qualificao Profissional e Empresarial investiu R$ 15,3 milhes para atender 46 mil pessoas, em

    parceria com estados, municpios, iniciativa privada e organizaes no-governamentais, consolidando

    aes desenvolvidas no perodo 20032005.

    Priorizou-se tambm a certificao de pessoal do turismo de aventura e de sustentabilidade de meios

    de hospedagem, tendo sido desenvolvidas 19 normas brasileiras, naquele ano. O Programa de

    Alimento Seguro no Turismo, em parceria com a Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria

    ANVISA e a Associao Brasileira de Bares, Restaurantes e Similares ABRASEL, qualificou 5.632

    manipuladores de alimentos e atendeu 662 empresas. Foram apoiados tambm diversos projetos

    voltados formao de jovens para o turismo, tendo como meta alcanar 140 mil alunos de escolas

    pblicas e 11 mil jovens trabalhadores ou em situao de vulnerabilidade social.30

    2.3. 7 ORAMENTO DO MTUR

    O Ministrio do Turismo, no perodo de janeiro de 2003 a dezembro de 2006, aplicou, em apoio s

    atividades/aes e projetos do setor, o valor correspondente a R$ 2,61 bilhes. No exerccio de 2006,

    foi aplicado R$ 1,409 bilho, o que corresponde a um crescimento prximo a 96,8% em relao ao ano

    anterior (R$ 716,3 milhes). Essas aes, no Brasil e no exterior, estiveram focadas no apenas na

    30 Fonte: PNT, 2007, p.32.

    O MTur tem, desde a sua criao, procedido execuo de quase 100% do limite disponibilizado para o rgo. O setor foi contemplado com o maior volume de recursos oramentrios j executados em aes de promoo do produto turstico brasileiro, em especial na promoo do destino Brasil no exterior.

  • Pgina 22 de 82

    promoo, marketing e apoio comercializao de produtos, servios e destinos tursticos, como

    tambm no apoio realizao de eventos que atraem os turistas e que evidenciam as manifestaes

    artsticas e culturais do povo brasileiro. Estas ltimas receberam o montante de R$ 522,5 milhes, de

    2003 a 2006.

    2.3.8 NO SETOR PRIVADO

    Pesquisa da FGV31 revela que as 80 maiores empresas do segmento faturaram, em 2006, o equivalente

    a R$ 29,6 bilhes. importante ressaltar que o crescimento mdio do setor de turismo alcanou

    29,3%, impulsionado pelas agncias de viagens, locadoras de automveis, companhias areas e

    operadoras. O empresariado ampliou em 21,6% o quadro de pessoal, principalmente nos segmentos de

    agncias de viagem, companhias areas e feiras e eventos, sendo este um dos fatores responsveis pela

    majorao dos custos (+7,9%, em mdia) e repassados parcialmente aos preos (alta de 6%).

    Pesquisas realizadas pela Embratur32 ressaltam ainda mais a relevncia da atividade como a que mais

    contribui para melhorar a distribuio regional de renda: 90% das empresas de hospedagem brasileiras

    so micros e pequenos estabelecimentos. Aqueles com at 19 pessoas ocupadas, principais

    compradores de equipamentos e mercadorias durveis, so responsveis pela aquisio de mais da

    metade do estoque de 615 mil unidades de TVs, contrapondo-se aos empreendimentos com mais de

    100 funcionrios, que detm apenas 46 mil desses equipamentos.

    2.3.9 NOVOS PRODUTOS

    Com a proposta de gesto descentralizada33, o MTur lanou em 2004 o Programa de Regionalizao

    do Turismo Roteiros do Brasil. A regionalizao props a ampliao das aes centradas nas

    unidades municipais, composta por 219 regies tursticas, contemplando 3.203 municpios. O Salo do

    Turismo Roteiros do Brasil, criado para impulsionar as aes da regionalizao, apresentou em

    2005, sua primeira edio, 451 roteiros tursticos, envolvendo 959 municpios em 134 regies

    tursticas.

    31 Pesquisa Anual de Conjuntura Econmica do Turismo, citado em PNT, 2007,p.34. 32 Fonte: Pesquisa sobre Meios de Hospedagem Estrutura de Consumo e Impactos na Economia - Dimensionamento da importncia econmica do setor de Turismo no Estado do Rio de Janeiro e diretrizes para o seu desenvolvimento, disponvel em www.firjan.org.br, acessado em 22/09/2009. 33 Gesto descentralizada, estruturada pelos princpios da flexibilidade, articulao e mobilizao. Um dos objetivos do Programa de Regionalizao a desconcentrao da oferta turstica brasileira, localizada predominantemente no litoral, propiciando a interiorizao da atividade e a incluso de novos destinos nos roteiros comercializados no mercado interno e externo.

  • Pgina 23 de 82

    Os rgos oficiais de turismo das Unidades da Federao e o MTur realizaram, de 2005 a 2006, uma srie de reunies, seminrios e oficinas que resultaram na atualizao do Mapa da Regionalizao, destacando 200 regies tursticas e 3.819 municpios. A gesto participativa tambm foi adotada para a seleo dos 396 roteiros tursticos (149 regies e 1.027 municpios) apresentados no 2 Salo do Turismo, realizado em 2006. Desses roteiros tursticos, foram selecionados 87 roteiros (116 regies com 474 municpios) para serem trabalhados com o objetivo de alcanar o padro internacional de qualidade. Nessa segunda edio, o Salo consolidou-se como um marco do desenvolvimento da atividade turstica no Pas, gerando os resultados descritos a seguir. Esses nmeros estabelecem um novo patamar para a expanso da atividade turstica, abrindo perspectivas de desenvolvimento socioeconmico para diferentes regies.(PNT, 2007,p.26)

    ROTEIROS DO BRASIL34

    ROTEIROS DO BRASIL 2005

    ROTEIROS DO BRASIL 2006

    451 ROTEIROS

    134 REGIES

    95 MUNICPIOS

    87 ROTEIROS PADRO

    INTERNACIONAL DE

    QUALIDADE

    396 ROTEIROS PARA O

    MERCADO

    INTERNACIONAL

    2004-2005

    219 REGIES

    3.203 MUNICPIOS

    2005-2006

    200 REGIES

    3.819 MUNICPIOS

    2.3.10 PROMOO E MARKETING

    34 Fonte: PNT, 2007, p. 26, adaptao do quadro 6.

  • Pgina 24 de 82

    O MTur desenvolveu o Plano de Marketing do Turismo para o mercado interno Plano Cores do

    Brasil e o Plano de Marketing do Turismo Brasileiro no exterior Plano Aquarela, que propem uma

    estratgia de investimentos nos principais mercados emissores.

    A partir de 2003, o MTur ampliou a participao em feiras e eventos internacionais, para incrementar

    a divulgao do Pas no exterior. Em 2005, foi lanada a Agenda de Promoo Comercial do Turismo

    Brasileiro no Mercado Internacional, bem como o Plano Aquarela e a Marca Brasil, que passou a

    representar a imagem do turismo brasileiro e de seus principais atributos de exportao. Em

    conseqncia, em 2006, o Ministrio participou de 41 feiras internacionais de turismo e de 21 feiras

    comerciais. O smbolo est sendo incorporado a todo programa de promoo, divulgao e apoio

    comercializao dos produtos, servios e destinos tursticos brasileiros no mercado internacional.

    De acordo com a classificao do ICCA35, em 2006, o Brasil passou a ocupar a 7 posio no ranking

    dos pases que mais realizavam eventos internacionais em todo o mundo, mantendo-se como o melhor

    colocado entre todos os pases latino-americanos e o segundo das Amricas. Em 2003, ocupvamos a

    19 posio. As cidades de So Paulo e Rio de Janeiro lideram essa classificao em sedes de eventos

    no pas, mas outras cidades tambm aparecem na relao, como Salvador, Fortaleza, Braslia,

    Florianpolis, Curitiba e Campinas, o que revela uma saudvel desconcentrao.

    2.3.11 APESAR DA CRISE...

    A partir dos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados CAGED, do Ministrio do

    Trabalho e Emprego , Zamboni e Camargo36 descrevem o cenrio do ltimo trimestre a partir da

    crise desencadeada pelo sistema financeiro, em 2008.

    O artigo revela a destruio de cerca de 655 mil postos de trabalho em dezembro de 2008, apurada a

    partir da diferena entre as admisses e desligamentos levantados por esse registro administrativo. A

    cifra representa mais do que o dobro do ocorrido em dezembro de 2007. Mostra tambm que essa

    perda de empregos deu-se de forma concentrada na regio sudeste, especialmente em So Paulo. O

    PIB brasileiro, que at ento vinha crescendo de forma sustentvel, sinalizava desacelerao em seu

    crescimento, relacionada a uma reduo das demandas interna e externa, conforme apontava o

    comunicado do IPEA de maro de 2009.

    35 International Congress & Convention Association. 36 ZAMBONI, Roberto Aric, Tcnico de Planejamento e Pesquisa DIRUR/IPEA e CAMARGO, Reinaldo Soares, Consultor em Uma leitura dos impactos da crise sobre o setor turismo a partir das estimativas de emprego no setor - Boletim Dirur 9-6FINAL_2_.doc, disponvel em www.ipea.gov.br acessado em 22/09/2009.

  • Pgina 25 de 82

    Os autores buscaram as consequncias da crise no turismo, um setor da economia cuja poltica tem

    como um de seus objetivos centrais a criao de empregos37. Mais precisamente, busca responder:

    como o setor foi afetado, em relao ao conjunto das atividades econmicas; e

    como os impactos da crise se distriburam nas macro-regies brasileiras.

    A resposta para as questes acima fundamentaram-se no exame do comportamento da ocupao

    formal no Ncleo das Atividades Caractersticas do Turismo ACTs, segundo as estimativas

    produzidas pelo IPEA, no mbito do Sistema Integrado de Informaes sobre o Mercado de Trabalho

    do Setor Turismo SIMT38 . O ncleo das ACTs abrange as atividades alojamento, agncias de

    viagem e aluguel de transportes. No se consideraro as variaes ocorridas nas demais ACTs,

    alimentao, transportes, auxiliares de transportes e cultura e lazer porque, nessas ltimas, a parte

    mais importante do consumo de residentes e no de turistas e sua incluso poderia introduzir um

    vis, na medida em que as variaes no nvel de emprego no refletiriam necessariamente o ocorrido

    no setor turismo.

    O aspecto mais surpreendente dos dados que, contrariamente ao que era de esperar, os impactos

    negativos da crise foram mais intensos no conjunto da economia do que nas atividades

    essencialmente tursticas.

    Nos dois primeiros meses observados (outubro e novembro de 2008), a taxa de crescimento da

    ocupao no turismo, relativamente mdia de 2008, superou a ocorrida nesses meses, nos

    quatro anos precedentes. Isso sugere uma capacidade de resistncia crise do setor turismo,

    pelo menos no curto prazo.

    Em novembro de 2008, o nmero de ocupados no turismo foi 2,5% superior ao nmero mdio de

    ocupados no turismo em 2008. Nos quatro anos precedentes, a mdia desse percentual foi de 1,3%.

    Para o conjunto da economia, essas taxas foram de 2,8% e 3,4%, respectivamente.

    37 O Plano Nacional de Turismo 2007/2010 tem como um dos principais objetivos a criao de 1,7 milho de ocupaes nesse perodo. 38

    As estimativas da ocupao formal no setor turismo apresentadas pelo SIMT so elaboradas mediante o cruzamento dos dados da Relao Anual de Informaes Sociais - RAIS e CAGED, do TEM, com coeficientes de consumo turstico, construdos a partir de uma pesquisa de campo realizada em cerca de 8 mil estabelecimentos que operam em sete ACTs (alojamento, alimentao, transportes, auxiliares de transportes, agncias de viagem, aluguel de transportes e cultura e lazer ).

  • Pgina 26 de 82

    De dezembro de 2008 at maro de 2009, mesmo tendo ocorrido uma reduo na taxa de

    crescimento de ocupados no turismo em 2008, comparativamente aos anos anteriores, essa

    reduo foi bem menor do que a verificada no conjunto da economia.

    No ltimo ms observado, maro de 2009, o nmero de ocupados no turismo foi 3,2% superior

    mdia de ocupados no turismo em 2008, enquanto nos quatro anos anteriores, a taxa mdia de

    crescimento foi de 4,1%. J para o conjunto da economia, em maro de 2009, o nmero de ocupados

    foi 0,5% superior mdia de ocupados em 2008, e, nos quatro anos anteriores, a mdia dessa relao

    foi de 3,2%.

    A princpio, como a reduo do ritmo de expanso da economia foi acompanhada de retrao dos salrios, era de se esperar um impacto sobre o setor turismo maior do que o verificado para o conjunto das atividades econmicas, uma vez que se trata de um setor cuja elasticidade da renda da demanda maior do que a do conjunto da economia.39

    Algumas hipteses podem ser levantadas sobre as causas dessa resistncia no nvel da ocupao

    formal, no ncleo das ACTs. A que parece mais plausvel estaria relacionada ao fato de que,

    inicialmente, os reflexos da crise atingiram, sobretudo, os ocupados com menor rendimento40 que,

    durante suas viagens, demandam com menos intensidade os servios prestados pelas atividades que

    constituem o ncleo das ACTs (alojamento, agncias de viagem e aluguel de transportes).

    Pelo lado da oferta, caberia investigar se os impactos da crise afetaram de forma semelhante tanto o

    segmento formal, como o informal do mercado de trabalho no setor turismo.

    Se para o Brasil como um todo se observou uma capacidade de resistncia crise do mercado formal

    de trabalho do setor turismo, isso se deve, principalmente, ao desempenho semelhante ocorrido nas

    regies sul e sudeste, que concentram cerca de 60% das ocupaes no setor. No sudeste, por

    exemplo, o nmero de ocupados no turismo, em maro de 2009, foi 2,2% superior mdia de

    ocupados no turismo em 2008, enquanto, nos quatro anos anteriores, o percentual mdio foi de 3,8%.

    J para o conjunto da economia, em maro de 2009, o nmero de ocupados foi 0,7%, superior mdia

    de ocupados em 2008 e, nos quatro anos anteriores, a mdia dessa relao foi de 3,7%.

    No centro-oeste, em todo o perodo analisado, foram observados os resultados mais positivos para o

    setor turismo, comparativamente aos anos anteriores. De setembro de 2008 a maro de 2009, o nmero

    39 ZAMBONI, Roberto Aric, Tcnico de Planejamento e Pesquisa DIRUR/IPEA e CAMARGO, Reinaldo Soares, Consultor em Uma leitura dos impactos da crise sobre o setor turismo a partir das estimativas de emprego no setor - Boletim Dirur 9-6FINAL_2_.doc, disponvel em www.ipea.gov.br acessado em 22/09/2009. 40 Segundo o comunicado do IPEA sobre a crise, quase 90% dos que perderam emprego, em janeiro de 2009, recebem at 3 (trs) salrios mnimos.

  • Pgina 27 de 82

    de ocupados no turismo em cada um desses meses, relativamente mdia de ocupados em 2008, foi

    sempre sensivelmente superior ao verificado na mdia dos quatro anos anteriores.

    Cabe ressaltar que, nessa regio, o comportamento da ocupao formal no conjunto das atividades

    econmicas, mesmo refletindo a crise, ocorreu de forma mais atenuada do que nas demais regies

    brasileiras. provvel que esse comportamento tenha sido sustentado, tanto pelo menor peso das

    atividades industriais, como pelo peso das atividades associadas atuao do setor pblico no Distrito

    Federal.

    Inversamente, as regies norte e nordeste foram aquelas onde a crise provocou as maiores redues no

    crescimento das ocupaes formais do setor turismo, comparativamente aos anos anteriores. No

    nordeste, por exemplo, o nmero de ocupados no turismo, em maro de 2009, foi 0,9% superior

    mdia de ocupados em 2008, enquanto nos quatro anos anteriores, a mdia dessa relao foi de 3,7%.

    J para o conjunto da economia, em maro de 2009, o nmero de ocupados foi 1,6% inferior mdia

    de ocupados em 2008 e, nos quatro anos anteriores, a mdia dessa relao foi de 4,9%.

  • Pgina 28 de 82

    III. O PRODUTO PETRPOLIS

    3.1 HISTRICO41

    A mais antiga concesso de terras de que se tem conhecimento na zona de Petrpolis - escreve Frei

    Estanislau Shaette - " a da Carta Rgia de 22 de agosto de 1686, doando a Francisco de Matos

    Filgueira e a Joo Matos de Souza sesmaria na subida da serra Estrela. A 12 de setembro do mesmo

    ano tambm ali se tornam sesmeiros o capito Joo da Silveira Garcs e Gonalo Fernandes Pires, no

    serto de Inhomirim da Serra-acima".

    Mais tarde, a Serra da Estrela voltaria a chamar a ateno, na busca do caminho da terra, uma

    alternativa para a chegada s Minas Gerais. At ento, o itinerrio estava condicionado sada do Rio

    de Janeiro por balsa at Paraty, de onde se devia vencer a p a distncia at a regio das datas mineiras

    de ouro e diamantes, atravs da Serra do Mar. Tal caminho, embora muito mais longo, era adotado em

    funo das dificuldades de atravessar a Serra da Estrela, com seus paredes de mais de 800m de altura

    guardados pelos ndios Coroados. Assim, a partir de 1721, os viajantes passaram a fazer um trajeto

    que seguia atravs de Couto e Sacra Famlia e terminava pelo "atalho do caminho novo": uma variante

    aberta pelo sargento-mor Bernardo Soares Proena, "ento sesmeiro da atual zona urbana de

    Petrpolis", por Carta de Sesmaria de 1721, no fim do primeiro quartel do sculo XVIII (este caminho

    teria sido desbravado pelo bandeirante Garcia Rodrigues Paes Leme, filho do "Caador de

    Esmeraldas").

    Em seguimento sesmaria de Bernardo Soares Proena ficava a de Luiz Peixoto da Silva e, na

    extremidade ocidental, abrangendo a regio situada entre as mesmas e a de Marcos da Costa, a de

    Domingos Ribeiro Tvora. Assim, por doaes rgias, de "lguas em quadra" de terras devolutas que

    passaram propriedade particular, nasceram as Fazendas, em virtude de sucesses hereditrias ou

    vendas a terceiros. Da sesmaria de Bernardo Soares Proena surgiram as Fazendas do Crrego Seco e

    do Itamarati; da de Luiz Peixoto da Silva, a do Rio da Cidade, a de Domingos Rodrigues Tvora, as de

    Quitandinha, Velasco e Morro Queimado.

    O Imperador D. Pedro I, nas viagens para Minas, hospedava-se na Fazenda de Correias, originria de

    sesmaria concedida em 1760 a Manoel Antunes Goulo. Encantado com a beleza e exuberncia da

    vegetao e com a amenidade do clima, tentou adquiri-la para erguer, no local, um palcio de vero: o

    Palcio da Concrdia. Porm, a proprietria, irm e herdeira do clebre Padre Corra, no quiz vend-

    la e indicou ao Imperador a propriedade vizinha, a Fazenda do Crrego Seco. Esta, adquirida por

    41 Fonte: IBGE disponvel em http://www.ibge.com.br/cidadesat/topwindow.htm?1 acessado em 26/09/2009.

  • Pgina 29 de 82

    escritura pblica em 6 de fevereiro de 1830, passou ao patrimnio particular do Imperador e foi

    renomeada como Imperial Fazenda da Concrida (e, no ms seguinte, acrescida de gleba no Alto da

    Serra, com 50 braas de testada, por meia lgua de fundo). Com a abdicao em 1831, essas

    propriedades ficaram arrendadas at 1842.

    Petrpolis, ento surge do desejo do Imperador D. Pedro I. Mas D. Pedro II que concretiza o sonho

    de seu pai, I assinando o Decreto Imperial de 16 de maro de 18431843, que criou a Povoao

    Palcio de Petrpolis. O decreto previa a construo do Palcio Imperial, a urbanizao da Vila

    Imperial e de seus quarteires e a doao de terras da fazenda a colonos livres, que seriam no s os

    construtores da nova povoao, como tambm produtores agrcolas. Assim nasce a cidade, com a

    mentalidade de substituir o trabalho escravo pelo trabalho livre.

    Jlio Frederico Koeler, responsvel pela construo de novos trechos e pontes da Estrada da Serra da

    Estrela, aproveitou na execuo dessas obras o trabalho de colonos alemes, acidentalmente chegados

    ao Brasil pelo navio "Justine" e que estavam alojados na Fazenda do Crrego Seco. O xito dessa

    comunidade alem estimulou a colonizao estrangeira. Tanto que a Lei provincial n 56, de 10 de

    maio de 1840, concedeu um crdito qinqenal em parcelas de 60.000$000, tendo o governo assinado

    contrato com a Casa Charles Delrue, de Dunquerque, para a introduo de 600 casais de colonos.

    No mesmo ano, Joo Caldas Viana, presidente da Provncia do Rio de Janeiro, mandou colocar na

    antiga fazenda do Crrego Seco dois cruzeiros de madeira com as inscries: "Cruz de So Pedro de

    Alcntara de Petrpolis" e "Cruz da Capela dos Finados de Petrpolis", para indicar o local da futura

    cidade, cujo nome, homenagem de Paulo Barbosa da Silva ao Imperador, passou a ser logo usado.

    A chegada de colonos alemes, em 1845, fez o governo pensar em transformar as terras em colnia

    agrcola, para isto adquirindo as fazendas do Velasco e do Itamarati e aceitando a doao da Fazenda

    da Quitandinha. O intento no foi consumado, o que no impediu, entretanto, o desenvolvimento da

    aglomerao recm constituda. Em 1846, a povoao passava de simples curato freguesia do

    territrio da Vila da Estrela.

    Petrpolis se desenvolveu rapidamente, com forte tendncia aristocrtica, por fora da presena do

    Imperador e de sua corte nas temporadas do vero petropolitano. Nobres, polticos, ricos negociantes e

    a intelectualidade da poca se transferiam para a cidade durante um semestre. A urbe modernizou-se,

    acompanhando uma tendncia mundial da segunda metade do sculo XIX, com a construo da

    estrada de ferro42 e da linha de barcos a vapor, ligando Petrpolis ao Rio de Janeiro, de estradas

    42 Em 1883 chega a Petrpolis o primeiro trem da Estrada de Ferro Prncipe do Gro-Par, conduzindo o Imperador Dom Pedro II e a famlia imperial.

  • Pgina 30 de 82

    modernas43 que facilitavam o acesso e a construo de inmeros hotis que hospedavam veranistas e

    visitantes.

    O progresso da regio - que teve ligeira estabilizao com o advento da Repblica -intensificou-se

    com a transferncia do Governo Estadual de Niteri para Petrpolis, de 1893 at 1902.

    O ano seguinte assinala importante acontecimento: realiza-se em Petrpolis a histrica reunio

    diplomtica de que resultaria na assinatura do "Tratado de Petrpolis", pelo qual o Acre foi anexado ao

    Brasil.

    O plano inicial da criao de uma colnia agrcola foi substitudo pela produo industrial. A mo-de-

    obra dos colonos alemes era especializada e como o solo da cidade no era propcio para a

    agricultura, os dirigentes da colnia sensibilizaram as autoridades da Provncia do Rio de Janeiro para

    facilitar a instalao de fbricas na Vila Imperial.

    Outros fatores tambm contriburam para o desenvolvimento industrial de Petrpolis como: a

    topografia e a hidrografia que possibilitaram o represamento das guas nos vales para abastecimento e

    gerao de energia; o clima com temperatura mdia baixa garantindo a manuteno do rendimento do

    trabalho no vero; a umidade do clima impedindo que o fio se fragmentasse, provocando ns na

    superfcie do tecido; a distncia do mar e a altitude preservando o maquinrio da ameaa de ferrugem

    e a localizao da cidade em relao ao Rio de Janeiro, valorizada pelas vias de acesso.

    A partir da instalao da Imperial Fbrica de Tecidos So Pedro de Alcntara e da Companhia

    Petropolitana de Tecidos inicia-se um importante ciclo industrial txtil que resultou na implantao

    gradual do plo de vesturio na Rua Teresa, hoje conhecido em todo o pas.

    Com a Proclamao da Repblica e o exlio da Famlia Imperial, Petrpolis no perde seu ambiente

    aristocrtico e refinado, mantendo sua relao com o poder, passando de capital do Imprio a capital

    da Repblica e sede do veraneio dos Presidentes da Repblica, desde o Marechal Deodoro at Costa e

    Silva.

    Os veres presidenciais garantiram a evidncia de Petrpolis no cenrio nacional, atraindo para a

    cidade polticos, empresrios, cientistas e artistas, conquistando posio de plo de desenvolvimento

    distinto, modelo para o restante do pas.

    43 A estrada Rio - Petrpolis , inaugurada em 1928, foi fator preponderante no desenvolvimento do Municpio, transformando-o de simples cidade de veraneio em grande centro industrial e comercial.

  • Pgina 31 de 82

    A partir da dcada de sessenta, com a transferncia da capital do Rio de Janeiro para Braslia, a cidade

    se modifica. Se por um lado a efervescncia enquanto ncleo de acontecimentos sociais e culturais

    decai, por outro, o ritmo de vida acelerado e a violncia das grandes cidades estimulam seus habitantes

    a buscarem o clima ameno, a segurana e a boa qualidade de vida de Petrpolis.

    Nos anos 1970 e 1980, Petrpolis acompanha as modificaes scio-econmicas que o pas atravessa,

    apresentando intensa migrao interna e declnio do setor industrial.

    A imagem da cidade como destinao turstica foi fortalecida com a vinda do Exmo. Sr. Fernando

    Henrique Cardoso a Petrpolis, resgatando a antiga tradio dos veraneios dos Presidentes da

    Repblica.

    A consolidao da vocao do Municpio para alta tecnologia se d em 1998, com a instalao do

    LNCC Laboratrio Nacional de Computao Cientfica, inaugurando um centro de referncia que

    estimule a pesquisa e a formao avanada de recursos humanos, interagindo com a comunidade

    cientfica e tecnolgica nacional e internacional. Consolida-se a Petrpolis-Tecnpolis.

    Nos ltimos dez anos, significativas contribuies do SISTUR para o produto Petrpolis podem ser

    citadas, destacando-se:

    Criao de leis de incentivo municipais para a iniciativa privada do trade turstico;

    Consolidao do PC&VB, da ARTE, dos plos de compras do Bingen (moveleiro e de moda);

    Reurbanizao de Itaipava e Centro Histrico;

    Aplicao de sinalizao viria e turstica;

    Lanamento do espetculo Som & Luz, no Museu Imperial;44

    Criao de circuitos em geral;

    44 A edio do Guia Quatro Rodas - Brasil 2010 conferiu nota mxima a 28 atraes de Norte a Sul do pas. Dentre as 28, foram destacadas as 10 mais relevantes, ficando o Museu Imperial com o 6o lugar, frente do MASP, o outro museu selecionado. Consolida-se o Museu Imperial de Petrpolis como referncia nacional em atrativo turstico.

    O perfil da cidade aponta atualmente para o desenvolvimento da atividade turstica e

    do estudo, pesquisa e desenvolvimento de tecnologia de ponta.

  • Pgina 32 de 82

    Consolidao da Bauernfest;

    Abertura e revitalizao de atrativos: Palcio Rio Negro, Torre da Catedral, Quitandinha,

    Theatro Municipal D. Pedro;

    Implantao de novos projetos tursticos;

    Construo de Prticos e CITs;

    Inaugurao da Praa 14 Bis;

    Estacionamento para nibus tursticos no Centro Histrico;

    Capacitao da guarda turstica no idioma ingls;

    Investimento em novos equipamentos tursticos pela iniciativa privada

    Incentivo ao segmento ecoturismo;

    Soma-se a este cenrio a criao do Plano Nacional do Turismo 2007-2010, integrado s polticas do PAC do Governo Luis Incio da Silva, que prope a regionalizao do turismo no pas, valorizando destinos como Petrpolis. Assim, a cidade ganha, a partir de agora, maior visibilidade e

    fomento das polticas pblicas, sendo o turismo finalmente reconhecido como uma atividade econmica promotora do desenvolvimento social, econmico e cultural.

  • Pgina 33 de 82

    3.2 ASPECTOS GERAIS DA CIDADE

    Fonte: Ministrio do Turismo. Programa de Regionalizao do Turismo. Roteiros do Brasil. Estudo de

    Competitividade dos 65 Destinos Indutores do Desenvolvimento Turstico Regional. Relatrio Brasil.

    Braslia, Ministrio do Turismo, 2008.

  • Pgina 34 de 82

    Seu clima considerado excelente, com temperaturas mdias que atingem a mxima de 27 graus, no

    vero, e 14, no inverno. As maiores precipitaes pluviomtricas ocorrem no perodo de Novembro e

    Maro. Nas quedas de temperatura, a regio envolvida por nuvens de neblina que do, cidade, uma

    caracterstica peculiar.

    Limita-se ao Norte com So Jos do Vale do Rio Preto, ao Leste com Terespolis e Mag, ao Sul com

    Duque de Caxias e Miguel Pereira e a Oeste com Paty dos Alferes, Paraba do Sul, Areal e Trs Rios.

    O municpio de Petrpolis est localizado na regio serrana do Estado do Rio de Janeiro, numa altitude de 809,5m. emoldurado por um relevo onde se destacam encostas abruptas e montanhas que abrigam a exuberante vegetao da Mata Atlntica. Possui uma localizao privilegiada: est a apenas 40 minutos do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro. Alm disso, servido por importante malha viria que possibilita o acesso a vrias regies do pas. Num raio de 500km encontram-se 65% do PIB brasileiro e

    70% da movimentao de cargas do pas. O PIB Municipal gira em torno de R$ 3.596 bi, onde o Turismo representa 5,5% do total.

  • Pgina 35 de 82

    A rea territorial de 775km45, representando 1,8% da rea total do Estado do Rio de Janeiro e est

    distribuda em 5 distritos: Petrpolis, Cascatinha, Itaipava, Pedro do Rio e Posse.

    3.2.1 POPULAO

    Petrpolis possui 306.64546, a maior populao residente da Regio Serrana do Estado do Rio de

    Janeiro, sendo que 97,77% esto na rea urbana e 2,23% na rea rural.

    Fonte:IBGE47

    45 Fonte atualizada: IBGE, citado em Estudos de Competitividade dos 65 Destinos Indutores do Desenvolvimento Turstico Regional Petrpolis. 46 Idem.

  • Pgina 36 de 82

    EVOLUO POPULACIONAL

    Ano Habitantes

    1991 225.468 habitantes

    1996 266.667 habitantes

    2000 286.537 habitantes

    2007 306.645 habitantes

    3.2.2 QUALIDADE DE VIDA

    No final da dcada de 90, pesquisa do IBOPE48 revelou que 41% dos moradores das

    capitais e regies metropolitanas queriam trocar a cidade grande pelo interior com o

    objetivo de usufruir de uma vida mais tranqila (73% dos entrevistados) ou fugir da

    violncia urbana (43%). No se trata de retorno vida rural, mas da possibilidade de

    desfrutar de infra-estrutura urbana, conforto e segurana, em cidades de porte mdio.

    Petrpolis atende integralmente s expectativas e anseios daqueles que buscam melhor

    qualidade de vida.

    A cidade j consagrada como importante destino de veraneio. Ainda apresenta baixos ndices de

    criminalidade, especialmente se comparado com a Regio Metropolitana do Estado do Rio de Janeiro.

    A Guarda Municipal oferece policiamento ostensivo com 273 policiais. Estes se somam aos 450

    policiais militares, alm de uma guarda especial para o atendimento ao turista.

    A taxa de alfabetizao da populao da ordem de 87,10%, sendo a mais alta de toda a regio e

    acima da mdia do estado (86,90%).

    No grfico abaixo, indicadores da Educao em comparativo percentual ao Estado do Rio de Janeiro e

    Brasil.

    47 Fonte:IBGE, disponvel em http://www.ibge.gov.br/cidadesat/topwindow.htm?1, acessado em 02/10/2009. 48 realizada com exclusividade para a revista Veja,

  • Pgina 37 de 82

    Fonte: IBGE49

    Fonte: IBGE50

    49 Fonte:IBGE, disponvel em http://www.ibge.gov.br/cidadesat/topwindow.htm?1, acessado em 02/10/2009. 50 Idem.

  • Pgina 38 de 82

    Fonte: IBGE51

    Quadro indicativo da Educao em Petrpolis em 200752

    Nvel de formao Alunos matriculados Nmero de Docentes

    Ensino fundamental 52.930 2.793

    Ensino mdio 12.178 989

    Pr-escola 6.408 512

    Ainda segundo o IBGE, em 2007, Petrpolis contava com 555 docentes de ensino superior,

    distribudos em 4 instituies privadas e 1 pblica federal.53

    O municpio possui atualmente 191 escolas do ensino fundamental, 40 escolas do ensino mdio e 194

    instituies de ensino pr-escolar.

    51 Fonte:IBGE, disponvel em http://www.ibge.gov.br/cidadesat/topwindow.htm?1, acessado em 02/10/2009.

    52 Fonte: IBGE, disponvel em http://www.ibge.gov.br/cidadesat/topwindow.htm?1, acessado em 02/10/2009. Dados extrados: Ministrio da Educao, Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais - INEP - Censo Educacional 2008 e Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais - INEP - Censo da Educao Superior 2007. 53 Fonte:IBGE, disponvel em http://www.ibge.gov.br/cidadesat/topwindow.htm?1, acessado em 02/10/2009. Dados extrados do Ministrio da Educao, Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais - INEP - Censo da Educao Superior 2007.

  • Pgina 39 de 82

    A cidade conta com uma ampla rede mdico-hospitalar formada por 12 hospitais, cerca de 40 clnicas

    especializadas e 103 postos de atendimento ambulatorial. Apresenta uma mdia de 1.415 leitos, sendo

    1.200 privados e 215 pblicos.54

    Os servios de gua e esgoto foram privatizados. Atualmente, 95% dos domiclios so atendidos com

    gua encanada e 64% das residncias contam com tubulao para estao de tratamento de esgotos.

    Segundo a AMPLA, 100% das residncias so contempladas com energia eltrica.55

    A COMDEP realiza coleta de lixo em 96,4% dos domiclios e a cidade j conta com projeto de

    tratamento e reciclagem deste material.

    54 Fonte: Gestor Sade, DATASUS 55 Apurado no segundo semestre de 2008. Questionrio PDITS. Fundao de Cultura e Turismo de Petrpolis, mar. 2009.

  • Pgina 40 de 82

    3.2.3 MARCOS DA FORMAO ADMINISTRATIVA 56

    Data Acontecimento

    1846 Criao da Freguesia de So Pedro de Alcntara de Petrpolis.

    29/09/1857 Elevao categoria de vila com a denominao de Petrpolis

    29/09/1857. Elevao condio de cidade com a denominao de Petrpolis

    08/05 e

    03/06/1892

    Criao dos distritos de Cascatinha, Itaipava, Pedro do Rio e So Jos do Rio Preto,

    anexados ao municpio de Petrpolis.

    1894 Translado da Capital do Estado do Rio de Janeiro para Petrpolis (instalao em

    20/02/1894)

    1902 Niteri volta a ser a capital do Estado do Rio de Janeiro

    1911 O municpio constitudo de 5 distritos: Petrpolis, Cascatinha, Itaipava, Pedro do

    Rio e So Jos do Rio Preto.

    1938 O distrito de So Jos do Rio Preto passa a denominar-se So Jos. At 1943, o

    municpio constitudo de 5 distritos: Petrpolis, Cascatinha, Itaipava, Pedro do Rio

    e So Jos (ex-So Jos do Rio Preto).

    1943 O distrito de So Jos passou a denominar-se Paranana.

    1947 O distrito de Paranana volta a denominar-se So Jos do Rio Preto.

    1964 Criao do distrito de Posse, com partes do distrito de Pedro do Rio e So Jos do Rio

    Preto.

    1968 O municpio constitudo de 6 distritos: Petrpolis, Cascatinha, Itaipava, Pedro do

    Rio, Posse, So Jos do Rio Preto.

    1987 O distrito de So Jos do Vale do Rio Preto elevado categoria de municpio.

    2009 O municpio constitudo de 5 distritos: Petrpolis, Cascatinha, Itaipava, Pedro do

    56 Fonte: IBGE. Disponvel em http://www.ibge.com.br/cidadesat/topwindow.htm?1 acessado em 25/09/2009.

  • Pgina 41 de 82

    Rio e Posse.

    3.3 O Turismo em Petrpolis57

    A atividade turstica vem sofrendo influncias da mudana de valores, hbitos e necessidades do

    homem moderno. A revoluo das comunicaes, a adoo de novas tecnologias, a globalizao, a

    automao em diversos setores e servios e sua conseqente despersonalizao esto levando os

    indivduos a buscar, em suas viagens de turismo, a convivncia com culturas diferenciadas e com a

    natureza, desfrute de opes de lazer, atendimento personalizado: enfim, vivncias prazerosas que

    ofeream qualidade, segurana e tranqilidade. E Petrpolis apresenta inmeras caractersticas e

    potencialidades que lhe conferem a capacidade de se destacar como importante destino turstico de

    interesse nacional e internacional, atendendo aos anseios e necessidades dos clientes da Economia da

    Experincia.

    Petrpolis como destinao turstica possui um aspecto diferencial como Cidade Imperial que

    se caracteriza pela diversidade de atrativos histrico-culturais aliados sua riqueza natural e

    oferta de opes de compras e gastronomia, capazes de atrair fluxos de outras regies do pas e

    at do exterior. Alm disso o municpio tem o privilgio de se situar entre os trs grandes

    mercados emissores de turistas que so as cidades do Rio de Janeiro, So Paulo e Belo

    Horizonte.

    3.3. 1 DADOS DO TURISMO

    3.3.1.1 Nmero de turistas e visitantes

    Petrpolis registra uma populao flutuante de 1.200.000 (um milho e duzentos mil) visitantes/ano e

    600.000 (seiscentos mil) turistas, com uma freqncia mdia 34.615 pessoas por semana. A facilidade

    de acesso favorece este fluxo, j que a cidade est ligada a vrias regies do Brasil por excelente

    malha viria, o que beneficia o acesso dos turistas com conforto e segurana. Na perspectiva das

    polticas pblicas de regionalizao e integrao do turismo, este fator permite o desenvolvimento de

    novos produtos integrados a outras cidades tursticas, como o Roteiro Serras Cariocas, integrando

    Petrpolis com Terespolis e Nova Friburgo; e o Roteiro Serra Mar, integrando Petrpolis com

    Terespolis, Nova Friburgo, Cabo Frio e Bzios.

    57 Adaptado do Plano Imperial, PETROTUR, 1998.

  • Pgina 42 de 82

    PERCENTUAL DE POPULAO FLUTUANTE NO MUNICPIO COTIDIANAMENTE E NOS MESES DE MAIOR

    INCIDNCIA DE TURISTAS58:

    3.3.1.2 Empregos gerados pelo setor

    O setor emprega cerca de 8.500 pessoas e gera uma receita estimada em R$ 200 milhes/ano.

    3.3.1.3 - Recursos Naturais e Patrimnio Histrico

    58 Casa do Colono: Visitao ms dezembro de 2008 estimada; demais meses de 2008, dados computados; CITs: Atendimentos em novembro e dezembro de 2008 estimados; demais meses de 2008, dados computados; Disque-turismo: Atendimentos em dezembro de 2008 estimados; demais meses de 2008, dados computados; Anos 2000 a 2007, dados computados.

    Locais de

    Apurao

    2003 %200

    2/200

    3

    2004 %200

    3/200

    4

    2005 %2004

    /2005

    2006 %200

    5/200

    6

    2007 %2006

    2007

    2008 %200

    8/200

    7

    Museu

    Imperial 223.306 7,32

    239.65

    0 7,32 194.899 -18,67

    224.91

    2 15,40

    227.81

    5 1,29

    261.94

    0

    4,97%

    Museu

    Casa de

    Santos

    Dumont

    89.482 3,42 124.50

    4 39,14 108.144 -13,14

    133.12

    7 23,10

    117.87

    5 -11,46

    - -

    Palcio

    Rio Negro 21.724 33,61 17.589 -

    19,03 14.543 -17,32 0 0 0 0

    0

    0

    Casa do

    Colono 18.150 63,53 24.858 36,96 24.386 -1,87 27.467 12,63 24.668 -10,19

    36.469 7,83%

    CITs 88.546 3,43 95.740 8,12 84.438 -11,80 92.279 9,29

    129.57

    7 40,42

    205.01

    1

    8,21%

    %

    Disque

    Turismo 24.612 26,10 31.101 26,36 29.607 -4,80 29.814 0,70 29.477 -1,13

    28.298 -3,99%

  • Pgina 43 de 82

    O clima, relevo, vegetao e hidrografia de Petrpolis foram e so fatores determinantes de atrao de

    visitantes ao Municpio. As caractersticas geogrficas privilegiadas beneficiam o desenvolvimento do

    turismo ecolgico e turismo de aventura. Sua prtica vem se expandindo no municpio, atravs da

    consolidao de circuitos ecorurais.

    Aos aspectos naturais, agregou-se o patrimnio histrico decorrente da forte tendncia aristocrtica. O

    centro histrico preservado um testemunho da evoluo da paisagem construda no sculo XIX e

    incio do sculo XX. Avenidas arborizadas entrecortadas por rios e emolduradas por um rico conjunto

    arquitetnico vm atraindo um crescente fluxo de turistas e excursionistas, inclusive porque a se

    concentram os principais atrativos histrico-culturais abertos visitao.

    O interesse pelo veraneio se popularizou, atraindo habitantes de grandes cidades. Assim, o municpio

    manteve o perfil de ncleo de atrao de veranistas que aqui instalam sua segunda residncia. Esse

    segmento j est consolidado, com claro deslocamento para outras reas da cidade, especialmente

    Itaipava e Araras.

    3.3.1.4 Cultura, Eventos, Gastronomia

    A intensa vida cultural e social vivida por Petrpolis durante o Imprio e em parte da Repblica

    tambm foi enriquecida pela herana cultural de imigrantes de vrias nacionalidades: alemes,

    portugueses, italianos, srio-libaneses e outros. Estes influenciaram o surgimento de manifestaes

    culturais especficas, como corais, grupos folclricos e bandas. O turismo tnico j se registra na

    cidade com a realizao de trs festas, com destaque para a BAUERNFEST, alm da Semana Italiana

    de Petrpolis e o Bunka-Sai Festival de Cultura Japonesa.

    A gastronomia tem se destacado como um atrativo diferencial com o surgimento do Vale dos

    Gourmets, plo concentrado em localidades do 2o e 3o distritos (Corras, Bonfim, Nogueira, Itaipava,

    Araras e Vale Florido). Caracteriza-se por pequenos e sofisticados restaurantes que primam pela

    variedade e excelncia. O municpio ainda dispe da oferta de variados servios de alimentao que

    atendem a diferentes padres de gastos e consumo. Para incrementar o segmento de turismo

    gastronmico, dois eventos consolidam-se na programao: o Petrpolis Gourmet e o Wine Week.

  • Pgina 44 de 82

    ALIMENTAO59

    Restaurantes 150

    Bares 29

    Cafs 12

    Lanchonetes/Casas de Sucos -

    Casas de Ch/Confeitarias 15

    Cervejarias 2

    Quiosques e barracas -

    Sorveterias 5

    3.3.1.5 - Ocupao e oferta hoteleira

    A ocupao hoteleira, nos finais de semana e incluindo todos os distritos da cidade, oscilou entre 40%

    a 70% no perodo de maio ao incio de julho de 200660. O mesmo Estudo de Potencialidade Turstica -

    Avaliao da Pr-Viabilidade Tcnica e Econmica, destaca:

    que desde o ano de 1998, quando foi criado o Plano Diretor de Turismo Plano Imperial houve um aumento de 33,3% do nmero de pousadas e hotis em funcionamento na cidade, gerando um acrscimo de 77% do nmero de leitos desde aquele ano. Pode-se concluir que a oferta de meios de hospedagem cresceu em funo da identificao do aumento da demanda e da oportunidade de mercado. (CARVALHO, LEIDENFROST, 2006, p.5)

    O grfico abaixo apresenta a taxa mdia da ocupao hoteleira no municpio (cidade e distritos), nos

    finais de semana, no perodo compreendido entre 07 de maio a 09 de julho de 2006:

    59 Apurado no segundo semestre de 2008. Questionrio PDITS. Fundao de Cultura e Turismo de Petrpolis, mar. 2009. 60 CARVALHO, Evany Noel; LEIDENFROST, Vivian. Estudo de Potencialidade Turstica. Avaliao da Pr-Viabilidade Tcnica e Econmica Reativao da Estrada de Ferro Prncipe Gro-Par, 2006.

  • Pgina 45 de 82

    TAXA MDIA DE OCUPAO HOTELEIRA NOS FINAIS DE SEMANA

    0,00%10,00%20,00%30,00%40,00%50,00%60,00%70,00%80,00%

    05 A

    07/05

    12 A

    14/05

    19 A

    21/05

    26 A

    29/05

    02 A

    04/06

    09 A

    11/06

    15 A

    18/06

    23 A

    25/06

    30/06

    A 02

    /07

    07 A

    09/07

    Datas

    Perc

    entu

    ais

    At meados de 1980, observou-se uma concentrao da hotelaria no centro histrico. A partir da

    iniciou-se um deslocamento de investimentos para os distritos de Cascatinha e Itaipava, ampliando a

    oferta de leitos.

    OFERTA DE LEITOS61

    Hospedagem Quantidade UHs Leitos

    Hotel e Pousada 100 1527 3.650

    Hotel de Lazer/Resort 4 99 260

    Hotel de Selva/Lodge - - -

    Apart Hotel/Flat - - -

    Hospedaria 1 16 40

    Penso - - -

    Motel 4 140 280

    61 Apurado no segundo semestre de 2008. Questionrio PDITS. Fundao de Cultura e Turismo de Petrpolis, mar. 2009.

  • Pgina 46 de 82

    Camping

    Colnia de Frias 1 72 366

    Albergue 1 7 60

    3.3.1.6 - Entretenimento e Lazer

    A cidade oferece uma gama variada de opes neste segmento turstico, como se pode depreender pela

    anlise dos quadros seguintes.

    EVENTOS62

    Centro de Convenes e Congressos (porte mdio) 1

    Parques e Pavilhes de Exposies 1

    Auditrios/Sales de Convenes 36

    Empresas organizadoras de eventos 10

    Empresas de Servios /Equipamentos especializados 3

    62 Apurado no segundo semestre de 2008. Questionrio PDITS. Fundao de Cultura e Turismo de Petrpolis, mar. 2009.

  • Pgina 47 de 82

    LAZER E ENTRETENIMENTO63

    Atrativos histrico-culturais64 3465 + 1566

    Parques de Diverses -

    Parques Temticos -

    Parques Urbanos, Jardins e Praas 3

    Clubes 32

    Pistas de Patinao, Motocross, Bicicros -

    Estdios, Ginsios, Quadras 20

    Hipdromos, Autdromos, Kartdromos 1

    Mirantes 3

    Boates/Discotecas 5

    Casas de Espetculo -

    Casas de Dana -

    Cinemas 4

    Pistas de Boliche 2

    Campos de Golfe 1

    Parques Agropecurios/de Vaquejada

    Prestadores de Servios de Lazer e Entretenimento 10

    63 Apurado no segundo semestre de 2008. Questionrio PDITS. Fundao de Cultura e Turismo de Petrpolis, mar. 2009. 64 Museus, Trono de Ftima, igrejas, casas de personagens ilustres. 65 Disponveis no Centro Histrico 66 Oferecidos nos arredores e distritos.

  • Pgina 48 de 82

    OUTROS EQUIPAMENTOS TURSTICOS67

    Centro de Atendimento ao Turista 968

    Outros 1

    3.3.1.7 - Compras

    A vocao turstica da cidade potencializada ainda pelo segmento de compras, claramente definido

    pelos plos de moda da Rua Teresa e do Bingen, e pelo plo moveleiro, tambm situado no Bingen.

    A Rua Teresa referncia em nveis regional, estadual e nacional, possuindo de 1.400 a 1.500

    imveis, sendo 920 lojas ativas. H 600 confeces e uma fbrica de malhas de grande porte que

    abastecem as lojas, gerando ao todo 40 mil empregos diretos e indiretos. Contribui com 14% do PIB

    municipal, dada a sua empregabilidade. O movimento da Rua Teresa considerado satisfatrio, pela

    Associao da Rua Teresa (ARTE), pois cerca de 30 mil consumidores visitam a Rua Teresa por final

    de semana, e um total de 6 milhes de peas so vendidas por ms.69

    Segundo dados da ARTE70 junto aos seus associados, os dias de maior fluxo turstico na Rua Teresa

    so quintas-feiras e sbados, seguidos de quartas, sextas e teras. A ARTE considerou movimento

    irrisrio s segundas, domingos e feriados.71

    Comestveis tpicos e chocolates, artigos de decorao, cermica e artesanato so outros produtos

    demandados, atraindo comerciantes e pessoas fsicas.

    3.3.2 PERFIL DO TURISTA

    A pesquisa qualitativa mais recente sobre o perfil dos turistas que vm cidade foi realizada em 2003,

    pelos alunos do Curso de Turismo da Universidade Catlica de Petrpolis, sob a superviso da

    Gerncia de Promoo do espetculo Som & Luz, em perodos de alta e baixa temporada. Embora

    67 Apurado no segundo semestre de 2008. Questionrio PDITS. Fundao de Cultura e Turismo de Petrpolis, mar. 2009. 68 No presente momento a cidade dispe de 6 CITs em funcionamento. 69 CARVALHO, Evany Noel; LEIDENFROST, Vivian. Estudo de Potencialidade Turstica. Avaliao da Pr-Viabilidade Tcnica e Econmica Reativao da Estrada de Ferro Prncipe Gro-Par, 2006, p.6. 70 ARTE Associao da Rua Teresa. 71 Fonte: ARTE, 2006 in CARVALHO, Evany Noel; LEIDENFROST, Vivian. Estudo de Potencialidade Turstica. Avaliao da Pr-Viabilidade Tcnica e Econmica Reativao da Estrada de Ferro Prncipe Gro-Par, 2006.

  • Pgina 49 de 82

    trate especificamente dos espectadores deste evento, estudiosos acreditam que tal pesquisa72 pode

    informar algumas tendncias no perfil do turista, considerando-se que o Museu Imperial o principal

    atrativo turstico da cidade.

    Partindo de um universo de trs mil pessoas/ms no Espetculo Som & Luz, com 638 formulrios

    preenchidos e um coeficiente de confiana a 95%, chegou-se ao resultado abaixo sobre o perfil do

    turista do destino Petrpolis, em 2003:

    Provenincia - Cidade do Rio de Janeiro - 59,40% - - -

    Petrpolis - 16,46%

    - So Paulo - 4%

    - Braslia - 1,72%

    - Belo Horizonte - 1,57%

    - Juiz de Fora - 1,10%

    - Exterior - 0,78%

    Gnero - Feminino - 73,82%

    - Masculino - 25,86%,

    Principal meio de comunicao que atraiu

    visitantes ao espetculo

    - Propaganda em televiso - 32,13% -

    Recomendao de amigos - 20,22%

    - Anncios em jornais - 16,61%

    - outros meios (folhetos, revistas, etc.) -

    31,03%

    Principal motivo da vinda a Petrpolis - Turismo - 43,39%

    - Assistir ao espetculo - 29,05%

    72 Pesquisa aplicada por alunos do Curso de Turismo da Universidade Catlica de Petrpolis, sob a superviso da Gerncia de Promoo do espetculo Som e Luz, em perodos de alta e baixa temporada em 2003, citado por CARVALHO e LEIDENFROST, 2006, p.7-9.

  • Pgina 50 de 82

    - Visitas a amigos e parentes - 11,92% -

    Outros motivos (convenes, compras ou

    negcios) - 15,64%

    Os entrevistados tm hbito de viajar: - Com a famlia - 40,13%

    - Acompanhando os esposos - 28,68% -

    Acompanhando amigos - 24,45%

    - Sem companhia - 2,98%

    - Por outros motivos - 3,86%

    A organizao da viagem feita por: - Iniciativa prpria - 83,54%

    - Trazidos por guias - 10,82%

    - Atravs de agncias de turismo - 2,82%

    - No responderam/ no sabem - 2,82%

    Acomodao escolhida - Hotis - 44,18%

    - No se hospedaram - 24,58%

    - Em casa de amigos ou parentes - 13,86%

    - Em residncia secundria - 13,68%

    - Outros meios - 3,69%

    - Faixa etria - 6,27% - at 20 anos

    - 21 a 40 anos - 36,52%

    - 40 a 61 anos - 36,67%

    - Mais de 60 anos - 18,97%

  • Pgina 51 de 82

    - No responderam - 1,57%

    Escolaridade - Nvel superior - 80,41%

    - Ensino Mdio - 14,73%

    - Ensino Fundamental - 4,23%

    - No responderam - 0,63%

    A permanncia mdia dos visitantes ficou assim distribuda:

    PERCENTUAL

    TEMPO MDIO DE

    PERMANNCIA

    31,40% at 2 dias

    21,12% at 12h

    16,26% at 3 dias

    12,34% at 1 semana

    9,72% at 24h

    9,16% mais de 1 semana

    O estudo ressalta que 69,16% dos entrevistados permaneceram em Petrpolis tendo como principal

    motivo a realizao do Som & Luz, acreditando ser esta permanncia uma realidade especfica dos

    espectadores deste evento.

  • Pgina 52 de 82

    Em salrios mnimos, verificou-se a seguinte distribuio:

    PERCENTUAL SALRIO

    36,52% mais de 20

    23,67% de 10 a 20

    18,97% de 5 a 10

    8,93% de 3 a 5

    2,35% at 3

    9,56% NR/NS

    A ltima pesquisa da demanda turstica no municpio de Petrpolis foi realizada durante a elaborao

    do Plano Diretor de Turismo Plano Imperial, em 1998. O perfil dos turistas ficou assim constitudo:

    1. Atividade profissional:

    - Atividades mais enunciadas entre os turistas

    nacionais

    - Empregados da iniciativa privada, professores

    e profissionais liberais - 37%,8

    Atividades mais enunciadas entre os estrangeiros - Profissional liberal - 25,4%

    - Estudantes - 17,5%.

    2. Nvel de escolaridade:

    O perfil da demanda turstica de Petrpolis denota elevado nvel de escolaridade.

    Veranistas e visitantes estrangeiros - Maioria formada no ensino superior - cerca de

    70%

  • Pgina 53 de 82

    Turistas e excursionistas nacionais

    - Equilibrado entre o ensino mdio e superior

    (40% a 50%).

    3. Renda mdia:

    Renda mdia mensal individual dos visitantes

    nacionais

    14,8 salrios mnimos

    Renda mdia anual individual dos visitantes

    internacionais

    US$ 30.015

    4. Faixa etria:

    A faixa etria que concentra a maioria dos visitantes nacionais a de 30 a 49 anos (55,6%), como

    tambm dos estrangeiros (50,9%). O segmento da terceira idade representa 23,1% dos nacionais e

    28,5% dos estrangeiros.

    5. Estado civil:

    Predominncia de indivduos casados: turistas nacionais (62%), excursionistas nacionais (64%),

    veranistas (75,1%), visitantes estrangeiros (50%).

    6. Motivo da viagem:

    O turismo o principal motivo da visita a Petrpolis dos turistas nacionais (39,6%) e

    internacionais (88,7%). Entre os turistas nacionais, a cidade procurada para a realizao de

    compras (33,1%). Eventos destacam-se como 3 motivo do deslocamento dos turistas nacionais.

    7. Tempo de permanncia:

  • Pgina 54 de 82

    Turistas nacionais: 3,6 dias.

    Excursionistas: 6,4 horas

    Estrangeiros: 2,2 dias e 4,9 horas, respectivamente.

    8. Forma de acompanhamento:

    Nacionais: 48,6% com famlia e 30,1% em grupo.

    Estrangeiros: 61% em grupo e 16,4% em famlia.

    3.3.3 PRODUTOS

    Segundo Kuazaqui73 (2000), pode-se segmentar (e portanto, analisar) o turismo de acordo com as

    seguintes variveis: idade, sexo, nvel de renda, meio de transporte, tempo de permanncia, distncia

    do mercado consumidor, tipo de grupo, sentido do fluxo turstico, condio geogrfica da destinao

    turstica, aspecto cultural, grau de urbanizao do destino turstico e motivao da viagem.

    73 KUAZAQUI, 2000,p.178,179.

  • Pgina 55 de 82

    Segundo essa matriz, O destino PETRPOLIS pode, ento, ser caracterizado da seguinte forma:

    VARIVEL SUBVARIVEL

    (Consolidadas em Petrpolis)

    Idade Turismo Juvenil, Turismo de Meia-idade e

    Terceira idade

    Sexo Turismo para homens e mulheres

    Nivel de renda Popular e Classe mdia

    Meio de Transporte Turismo rodovirio

    Tempo de permanncia Turismo de curta durao e de mdia durao

    Distncia do mercado consumidor Regional, Nacional

    Tipo de grupo De casais, De famlias e De grupos

    Condio geogrfica da destinao turstica Turismo de campo e montanha

    Aspecto cultural Histrico

    Grau de urbanizao da destinao turstica Turismo de pequenas cidades, rural e de reas

    naturais

    Na perspectiva da varivel motivao da viagem, so identificados os seguintes segmentos:

    TURISMO HISTRICO-CULTURAL: Palcio de Cristal, Museu Casa de Santos Dumont, Museu

    Imperial, Catedral, Museu da FEB, Palcio Rio Negro, Casa do Colono, Orquidrio Binott,

    Theatro D. Pedro, Casa da Princesa Isabel, Casa da Ipiranga, Praas Histricas, Natal de Luz,

    Festival de Inverno, Passeio de vitrias, Semana dos Museus, Casa do Papai Noel, Fazenda

    Marambaia, circuito das igrejas, Som e Luz, Som e Cristal, circuito a p, Festival

    Internacional de Corais, Festival Literrio, Encontro de Artes Cnicas, CineFest, Semana de

    Msica, circuito das igrejas.

  • Pgina 56 de 82

    TURISMO DE COMPRAS: plo Bingen, plo Itaipava, Feirinha de Itaipava, Rua Teresa, Feira

    de Antiguidade, Feira de Artesanato, Cermica Lus Salvador, Atelier Evandro, Hortomercado

    Municipal, Rua 16 de Maro, Circuito das Artes.

    TURISMO GASTRONMICO: Petrpolis Gourmet, circuito enogastronmico, Wine Week.

    TURISMO DE NEGCIOS, CONGRESSOS E FEIRAS: Expo Petrpolis, Festival de Tecnologia,

    Casar na Serra, Festejar, MasterCasa

    T