plano imperial
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PROPOSTA
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SUMRIO
I. PETRPOLIS IMPERIAL I.1 APRESENTAO I.2 OBJETIVOS I.3 ANTECEDENTES E MARCO HISTRICO
II. POLTICAS PBLICAS PARA O TURISMO NO BRASIL II.1 A GESTO DO PRODUTO BRASIL II.2 TURISMO E INCLUSO II.3 RESULTADOS DO TURISMO NO BRASIL NOS LTIMOS ANOS
II.3.1 FLUXOS TURSTICOS DOMSTICOS II.3.2 ENTRADA DE TURISTAS ESTRANGEIROS II.3.3 DESEMBARQUES NACIONAIS II.3.4 GERAO DE EMPREGO E RENDA II.3.5 DIVISAS II.3.6 PROGRAMAS DE FOMENTO, CRDITO E INVESTIMENTO II.3.7 ORAMENTO DO MTUR II.3.8 NO SETOR PRIVADO II.3.9 NOVOS PRODUTOS II.3.10 PROMOO E MARKETING II.3.11 APESAR DA CRISE...
III. O PRODUTO PETRPOLIS III.1 HISTRICO III.2 ASPECTOS GERAIS DA CIDADE
III.2.1 POPULAO III.2.2 QUALIDADE DE VIDA III.2.3 MARCOS DA FORMAO ADMINISTRATIVA
III.3 O TURISMO EM PETRPOLIS III.3.1 DADOS DO TURISMO
III.3.1.1 NMERO DE TURISTAS E VISITANTES III.3.1.2 EMPREGOS GERADOS PELO SETOR III.3.1.3 RECURSOS NATURAIS E PATRIMNIO HISTRICO III.3.1.4 CULTURA, EVENTOS E GASTRONOMIA III.3.1.5 OCUPAO E OFERTA HOTELEIRA III.3.1.6 ENTRETENIMENTO E LAZER III.3.1.7 COMPRAS
III.3.2 PERFIL DO TURISTA III.3.3 PRODUTOS
III.4 ASPECTOS MERCADOLGICOS DO TURISMO DE PETRPOLIS III.4.1 A MISSO III.4.2 VISO DE FUTURO III.4.3 ORIENTAO PARA O MERCADO III.4.4 APLICABILIDADE DA ESTRATGIA MERCADOLGICA
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III.4.5 O POSICIONAMENTO III.5 ANLISE DO AMBIENTE
III.5.1 CENRIO III.5.2 OPORTUNIDADES DO SETOR III.5.3 AMEAAS ESPECFICAS AO SETOR III.5.4 AMBIENTE INTERNO FRAQUEZAS III.5.5 AMBIENTE INTERNO - FORAS
IV. PROJETOS IV.1 ENQUADRAMENTO DOS PROJETOS E OBJETIVOS GERAIS
V. AVALIAO DO PLANO IMPERIAL 1998 VI. RECOMENDAES VII. EQUIPE TCNICA VIII. INSTITUIES ENVOLVIDAS IX. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS E FONTES DE CONSULTA
I. PETRPOLIS IMPERIAL
1. 1. APRESENTAO
O Turismo reconhecido, hoje, como um setor capaz de promover a acelerao econmica e
incrementar as reas social, cultural e ambiental. Portanto, a avaliao da intensidade dos fatores que
favorecem ou inibem esta atividade de relevncia estratgica para os destinos tursticos do Pas.
Este documento uma proposta de reviso do Plano Imperial Plano Diretor para o Turismo da
cidade de Petrpolis, de 1998, luz do novo cenrio apresentado na primeira dcada do sculo XXI,
integrando-se ainda s novas polticas pblicas de fomento do produto turstico brasileiro.
Integra-se ao PETROPOLIS IMPERIAL - edio 2009, elementos do PLANO ESTRATGICO1,
com referncias que fundamentaro a operao do SISTIUR - SISTEMA TURSTICO DA CIDADE
DE PETRPOLIS, a organizao e priorizao de seu portflio de produtos e servios e o processo de
tomada de decises.
Alm do cenrio do Turismo no Brasil e das perspectivas do PLANO NACIONAL DO TURISMO
2007-2010, o PETRPOLIS IMPERIAL contempla:
a definio da misso e o estabelecimento de sua viso de futuro;
a anlise do ambiente em que PETRPOLIS est inserido;
a anlise dos seus pontos fortes & pontos fracos;
a definio do portflio de produtos e servios;
1 O desenvolvimento do PLANO ESTRATGICO foi desenvolvido a partir de reflexes do GT de Marketing constitudo por integrantes do COMTUR.
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o estabelecimento das diretrizes estratgicas de atuao com os respectivos
projetos a serem viabilizados.
Alm da contribuio oferecida pela expertise dos integrantes do GT de Marketing do COMTUR
Conselho Municipal de Turismo de Petrpolis2, composto por representantes de entidades de classe e
do trade turstico, foram considerados os seguintes documentos j consolidados:
O Plano Imperial Plano Diretor de Turismo - realizado em 1998 com o apoio da FIRJAN;
A pesquisa do Ministrio do Turismo - Projeto Economia da Experincia, apoiado pelo
SEBRAE;
O PLANO NACIONAL DO TURISMO 2007-2009, do Mtur;
O Estudo de Competitividade dos 65 Destinos Indutores do Desenvolvimento Turstico
Regional - Petrpolis.
Completa o trabalho um conjunto de entrevistas pessoais realizadas com formadores de opinio,
especialistas e profissionais que atuam no sistema turstico petropolitano, com o intuito de buscar
informaes no documentadas, mas percebidas por quem vivencia o turismo da cidade. Desta forma,
ao adotar uma metodologia mista3 (baseada em anlise documental e em entrevistas pessoais
planejadas) buscou-se realizar uma reflexo participativa e obter um material que, efetivamente:
Reflita a realidade turstica da regio e as opinies da sociedade;
Apie a socializao de informaes;
Facilite a tomada de decises nas esferas pblica e privada, e;
Garanta o comprometimento de todos os envolvidos na produo deste documento.
No PETRPOLIS IMPERIAL, destacam-se as seguintes atividades:
ORGANIZAO, REVISO E INOVAO DO PORTFLIO DE PRODUTOS E SERVIOS;
CRIAO DA IDENTIDADE DE PETRPOLIS, OU SEJA, SEU POSICIONAMENTO COMO
DESTINO TURSTICO;
2 ABIH, ABRASEL, ASCOM, FCTP, PC&VB, SEBRAE, SECRETARIA DE ESPORTES, SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE, UCP. 3 Contemplou a pesquisa documental e de levantamento, de carter qualitativo, atravs de entrevista pessoal planejada.
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LEVANTAMENTO DO CENRIO TURSTICO DA CIDADE, ATRAVS DA ANLISE SWOT E
DETERMINAO DE FATORES CRTICOS DE SUCESSO;
ALINHAMENTO DAS DIRETRIZES ESTRATGICAS COM O ESTUDO DE COMPETITIVIDADE DOS 65
DESTINOS INDUTORES DO DESENVOLVIMENTO TURSTICO REGIONAL RELATRIO
PETRPOLIS4;
INDICAO DE PROJETOS INTEGRADOS S DIRETRIZES ESTRATGICAS.
O atual documento receber ainda o acrscimo de sugestes e inseres da sociedade civil organizada
e dos cidados petropolitanos em geral que, por um perodo de 30 (trinta) a partir de sua apresentao,
podero apresentar suas consideraes atravs do site da FCTP ou diretamente Diretoria de Turismo
da mesma fundao, pelo email [email protected]
Tais observaes e sugestes sero analisadas e inseridas no documento, que passar ainda por etapas
de apresentao e validao no COMTUR, na FCTP e na Prefeitura de Petrpolis, antes de ser
encaminhado, como uma proposta oficial, para anlise final e aprovao da Cmara dos Vereadores.
Este documento prope-se como uma reviso do Plano Imperial Plano Diretor para o Turismo da
cidade de Petrpolis, de 1998 -, luz do novo cenrio que se apresenta na primeira dcada do sculo
XXI, integrando-se ainda s novas polticas pblicas de fomento do produto turstico brasileiro no
Governo Luis Incio da Silva.
1.2. OBJETIVOS5
Os objetivos estratgicos do SISTUR de Petrpolis devem estar integrados aos objetivos nacionais
para o desenvolvimento da atividade turstica no Brasil. Para tanto, ressaltam-se os seguintes
objetivos como prioritrios:
revisar o destino PETRPOLIS, diversificando a oferta e aumentando a percepo da
qualidade do produto turstico da cidade;
Aumentar a insero competitiva do produto turstico PETRPOLIS no mercado nacional e
internacional atravs do seu reposicionamento e proporcionar condies favorveis ao
investimento e expanso da iniciativa privada;
Apoiar a recuperao e a adequao da infra-estrutura e dos equipamentos no destino turstico
PETRPOLIS, garantindo a acessibilidade aos portadores de necessidades especiais; 4 Roteiros do Brasil, Programa de Regionalizao do Turismo, MTur, 2008. 5 Conforme orientaes do PLANO NACIONAL DO TURISMO 2007-2010 UMA VIAGEM DE INCLUSO, do Ministrio do Turismo.
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Ampliar e qualificar o mercado de trabalho local nas diversas atividades que integram a cadeia
produtiva do turismo.
Consolidar um sistema de informaes tursticas que permitam o monitoramento dos diversos
impactos da atividade, facilitando o processo de tomada de deciso.
1.3 Antecedentes e Marcos Histricos
Como qualquer outra atividade scio-econmica, o setor de turismo e lazer tem sido influenciado por
mudanas scio-econmicas. O quadro abaixo resume esta evoluo:
Perodo Macro cenrio Documentos Objetivos Benefcios
pretendidos
Observaes
Dcadas de
1970 e
1980
Turismo de Massa: modelo
de Economia de
Oferta -
consumo de
pacotes de
viagem rgidos e
padronizados
- Considerava-
se que,
genericamente,
os motivos que
motivavam as
viagens
tursticas eram
os quatro S
ingleses: sun,
sand, sea, sex
(sol, areia, mar
e sexo).
Dcada de
1990
Turismo de
Demanda,
viagens
individualizadas,
sob medida.
- Os motivos
que motivavam
as viagens
tursticas
passam a ser
representados
pelos os quatro
E franceses:
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quipement,
environement,
encadrement,
envnement
(equipamento,
meio ambiente,
entorno e
eventos)
1996-1999 Plano
Nacional do
Turismo
(Ministrio da
Indstria,
Comrcio e
Turismo
MCT e
Instituto
Brasileiro de
Turismo
EMBRATUR)
Promover a
maior
participao
do setor na
economia
nacional,
- Diminuio das
desigualdades
regionais;
- Gerao de
empregos e renda;
- Integrao de
contingentes
populacionais de
baixa qualificao
ao mercado de
trabalho;
-
Desenvolvimento
sustentvel de
reas de
destacado
patrimnio
ambiental;
- Insero do
Brasil no contexto
de alta
competitividade
mundial, atravs
da criao de uma
imagem positiva
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no exterior.
1997 Plano
Maravilha
(Prefeitura da
Cidade do Rio
de Janeiro)
Incrementar
o fluxo
turstico
para a
cidade
- Construir uma
nova imagem
turstica da cidade
do Rio de Janeiro
como cidade-
referncia da
Amrica do Sul;
- Destacar seus
atrativos
integrados para
motivar os
segmentos de:
- Cultura,
esportes e lazer;
-
Congressos,
convenes e
incentivos;
- Feiras;
- Natureza.
- O Plano
Maravilha
impacta
Petrpolis
pela
proximidade e
facilidades de
acesso.
1998 Plano Imperial
Plano
Diretor de
Turismo
(Prefeitura de
Petrpolis)
- Qualificar e
ajustar o Produto
Petrpolis,
ajustando-o ao
perfil da
demanda.
- A Cidade
Imperial
desenvolve e
implanta seu
prprio
documento de
Referncia.
Sc. XXI
sociedade
da
- Turismo
responsvel: no
degradao
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Informao ambiental e
interferncia
negativa na
cultura local;
- Aumento do
turismo na
Terceira Idade
(principalmente
nos pases
desenvolvidos);
- Interesse
crescente no
patrimnio dos
centros
receptores de
turistas;
- Busca de
contato com
culturas
diferenciadas.
II. POLTICAS PBLICAS PARA O TURISMO NO BRASIL
O Governo Federal enxerga a atividade turstica no Brasil como ferramenta essencial para a erradicao da extrema pobreza e da fome, a garantia de sustentabilidade ambiental e o estabelecimento de uma parceria mundial
para o desenvolvimento.
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2.1 A GESTO DO PRODUTO BRASIL
O governo do Presidente Luis Incio Lula da Silva implementou, entre 2003 e 2006, um novo modelo
de desenvolvimento para o Brasil que combina desenvolvimento econmico com distribuio de renda
e proporciona a incluso de milhes de brasileiros. O pas reduziu sua dependncia do financiamento
externo, tornando-se menos vulnervel a crises econmicas internacionais; ampliou sua participao
no comrcio exterior e acumulou supervits recordes na balana comercial. Esse desempenho gerou
acmulo de reservas internacionais, tornando possvel o pagamento das dvidas com o Fundo
Monetrio Internacional e com o Clube de Paris.
O crescimento do turismo est diretamente ligado e intensamente fortalecido pelo crescimento
econmico. Trata-se de uma atividade multifacetada e se inter-relaciona com diversos segmentos
econmicos, demandando todo um conjunto de aes setoriais para o seu desenvolvimento.
Somente por meio de uma ao intersetorial integrada nas trs esferas da gesto pblica e da parceria com a iniciativa privada, conforme a proposta do PAC, os recursos tursticos nas diversas regies do Pas se transformaro, efetivamente, em produtos tursticos, propiciando o desenvolvimento sustentvel da atividade, com a valorizao e a proteo do patrimnio natural e cultural e o respeito s diversidades regionais. (PNT, 2007, p.12)
Com benefcios diretos para a atividade turstica, os investimentos em infra-estrutura do PAC vo
propiciar, em quatro anos6:
- A construo, adequao, duplicao e recuperao de 42 mil quilmetros de estradas e de 2.518
quilmetros de ferrovias;
- A ampliao e melhoria de 12 portos e 20 aeroportos;
- O abastecimento dgua e coleta de esgoto para 22,5 milhes de domiclios;
- A infra-estrutura hdrica para 23,8 milhes de pessoas;
- A ampliao e construo de metrs em quatro cidades tursticas;
Alm de outros benefcios indiretos relacionados infraestrutura energtica e s melhores condies
de moradias para quatro milhes de famlias.
6 Secretaria de Imprensa e Porta-Voz da Presidncia da Repblica, Programa de Acelerao do Crescimento PAC
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O PAC prev um total de R$ 503,9 bilhes em investimentos para o quadrinio.
TABELA INVESTIMENTOS PREVISTOS 2007-2010 (EM R$ BILHES)7
Infraestrutura logstica 58,3
Infraestrutura energtica 274,8
Infraestrutura social e urbana 170,8
Total 503,9
O PAC prev, ainda, medidas de incentivo ao investimento privado que devero impactar
positivamente o setor8:
Expanso do crdito, sobretudo habitacional e de longo prazo para investimentos em infra-
estrutura;
Aperfeioamento do marco regulatrio e da qualidade do ambiente de negcios, bem como a
criao do Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrncia;
Desonerao tributria e aes de modernizao da mquina administrativa, para reduzir a
burocracia e racionalizar a arrecadao de impostos e contribuies;
Conteno dos gastos com pessoal do Governo Federal e implementao da poltica de longo
prazo para o salrio mnimo;
Aplicao dos recursos com a manuteno da responsabilidade fiscal e a continuidade da
reduo gradual da relao dvida do setor pblico/PIB9.
Esse conjunto de investimentos e medidas econmicas gerar um crculo virtuoso que favorecer o
desenvolvimento do turismo no pas de 2007 a 2010, com benefcios que se distribuem por toda a 7 Fonte: PNT, 2007, p.14. 8 Fonte: idem. 9 O programa prev uma reduo da carga tributria no montante de aproximadamente R$ 6,6 bilhes, em 2007, beneficiando os setores de bens de capital, edificao de infra-estrutura e construo civil.
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sociedade e regies do Brasil. Destaca-se a gerao de US$ 25,3 bilhes10 em divisas e a criao de
1,7 milho de novos empregos e ocupaes, de acordo com as metas traadas pelo Plano Nacional de
Turismo11.
INVESTIMENTOS PREVISTOS 2007/201012
Investimentos em promoo externa com recursos do OGU/MTur R$ 689,22 milhes
Investimentos em infraestrutura com recursos do OGU/MTur R$ 5,63 bilhes
Investimentos em promoo interna com recursos do OGU/Mtur R$ 294,32 milhes
Investimentos privados em meios de hospedagem R$ 6,78 bilhes
Financiamento concedido para o setor privado pelos bancos federais R$ 12,55 bilhes
Com relao aos investimentos privados, so esperados R$ 6,78 bilhes s para novos meios de
hospedagem, alm de R$ 12,55 bilhes para empreendimentos novos, melhoria e ampliao e capital
de giro, em diversas categorias de servios tursticos, com financiamentos concedidos pelos bancos
federais13
10 Cotao do dlar de 30/4/2007 (taxa de compra), Banco Central do Brasil. 11 O PNT prev investimentos com recursos provenientes do Oramento Geral da Unio em promoo, interna e externa, da ordem de R$ 983,54 milhes2, alm de R$ 5,63 bilhes em infra-estrutura turstica. Esses valores no incluem os investimentos em infra-estrutura programados pelos Programas Regionais de Desenvolvimento do Turismo PRODETUR e PROECOTUR, com financiamentos do Banco Interamericano de Desenvolvimento BID e contrapartida estadual e federal. Fonte: PNT, 2007, p.14. 12 Fonte: PNT, 2007, p.14. 13 Banco do Brasil, Caixa Econmica Federal, BNDES, Banco do Nordeste e Banco da Amaznia.
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2.2 - Turismo e Incluso
Tanto o Estado quanto a iniciativa privada buscam na atividade turstica o lucro14, mas ao primeiro
compete o investimento social na infra-estrutura de apoio atividade, a melhoria da qualidade de vida
da populao envolvida e, tambm, a implantao de programas de turismo socializado (que facilitam
o acesso ao turismo, para todas as classes).
O modelo de desenvolvimento proposto pelo Governo Federal busca harmonizar a fora e o
crescimento do mercado com a distribuio de renda e a reduo das desigualdades, priorizando o
bem-estar social e integrando solues econmicas, sociais, polticas, culturais e ambientais: uma
perspectiva de resultado alm do lucro e da simples valorizao do negcio: E o turismo deve
construir caminhos para que possa ser, efetivamente, um direito de todos... Respeitando as diferenas,
sob a perspectiva da valorizao do ser humano e de seu ambiente.(PNT, 2007,p.15)
Neste cenrio de estabilidade15 e de perspectiva de expanso do PAC16, foram desenvolvidas polticas
pblicas especficas para a consolidao, de forma plena, da atividade turstica no pas, no somente
por sua contribuio significativa para o aumento do PIB, como tambm por seu potencial para a
gerao de trabalho, ocupao e renda, com impactos na melhoria da qualidade de vida da populao.
Tem-se como viso para o turismo nacional at 2010:
14 BENI, Mrio Carlos. Anlise Estrutural do Turismo.So Paulo:SENAC, 2001, p. 25 15 At final de 2007, antes da sinalizao da crise nos EUA. 16 PROGRAMA DE ACELERAO DO CRESCIMENTO, do Governo LULA, que prope aes, metas e um amplo conjunto de investimentos em infra-estrutura, bem como medidas de incentivo aos investimentos privados, aliados a uma busca de melhoria na qualidade do gasto pblico. O PAC objetiva crescimento com desenvolvimento, para poucos e considera os investimentos em obras de infra-estrutura instrumentos de universalizao dos benefcios econmicos e sociais para todas as regies relacionadas infra-estrutura; ao estmulo ao crdito e ao financiamento; melhora do ambiente de investimentos; desonerao e administrao tributria; s medidas fiscais de longo prazo e consistncia fiscal. Fonte: Plano Nacional do Turismo 2007-2010, do MTur.
O PNT informa que a ao ministerial considera prioritria a proteo de crianas e
adolescentes por meio da temtica de Turismo Sustentvel e Infncia. O turismo
para jovens fortalece a expresso da cidadania por meio do conhecimento das
riquezas naturais e culturais do Brasil e refora que o brasileiro deve ser o principal beneficiado pelo desenvolvimento do turismo no Pas.
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O turismo no Brasil contemplar as diversidades regionais, configurando-se pela gerao de produtos marcados pela brasilidade, proporcionando a expanso do mercado interno e a insero efetiva do Pas no cenrio turstico mundial. A criao de emprego e ocupao, a gerao e distribuio de renda, a reduo das desigualdades sociais e regionais, a promoo da igualdade de oportunidades, o respeito ao meio ambiente, a proteo ao patrimnio histrico e cultural e a gerao de divisas sinalizam o horizonte a ser alcanado pelas aes estratgicas indicadas.(PNT, 2007, p.16)
O Governo considera os bons resultados do Turismo relacionando aos seguintes fatores:
Atividade multiplicadora do crescimento, sempre acima dos ndices mdios de crescimento
econmico;
Intensivo em mo-de-obra, com impactos positivos na reduo da violncia;
Porta de entrada para os jovens com diferentes nveis de qualificao no mercado de trabalho;
Ajuda a fortalecer a identidade do povo e contribui para a paz ao integrar diferentes culturas.
2.3 RESULTADOS DO TURISMO NO BRASIL NOS LTIMOS ANOS
No segundo semestre de 2006, sentiu-se uma leve alterao no desempenho do setor em funo da
crise da Varig e da conseqente reduo na oferta de assentos e vos nacionais e internacionais,
particularmente no que se refere entrada de turistas estrangeiros. Este cenrio, no entanto, no
prejudicou a entrada de divisas.
A execuo dos Programas e Aes do Plano Nacional de Turismo 2003/2007, propiciou excelente resultado em relao a todo o histrico do
setor: o turismo brasileiro vem batendo recordes, com crescimento acima da mdia mundial.
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2.3.1 FLUXOS TURSTICOS DOMSTICOS
o turismo domstico que propicia volume e ritmo oferta turstica brasileira, no mercado
internacional. Dados do ano de 2005 demonstram que, naquele ano, foram realizadas 139, 9 milhes
de viagens domsticas17. Comparando este nmero com os resultados da mesma pesquisa realizada em
2001, registra-se um crescimento da ordem de 26,5 % nas viagens domsticas realizadas no Pas,
naquele perodo. Desse volume de viagens domsticas realizadas, 25 % destes turistas se hospedaram
em hotis, pousadas ou resorts em 2005, gerando um total de 54,87 milhes de pernoites. Em 2001, o
percentual de turistas que se hospedaram em hotis, pousadas e resorts aumentou para 22,2%. Da
mesma forma, percebeu-se uma melhoria na qualidade destas viagens quanto utilizao dos meios de
transportes. O uso de avies subiu de 10,8% para 12,1% e de nibus de excurso de 6% para 8%, entre
2001 e 2005. importante destacar, com relao aos resultados acima, que as viagens domsticas no
incluem as realizadas rotineiramente, nem as excurses cuja permanncia mdia inferior a 24
horas.18
17 Fundao Instituto de Pesquisas Econmicas FIPE, Caracterizao e Dimensionamento do Turismo Domstico no Brasil, So Paulo, FIPE, 2006. Por viagem domstica entendem-se as viagens no rotineiras dentro do territrio nacional com, no mnimo, um pernoite. 18 Fonte: PNT, 2007, p.23.
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2.3.2 ENTRADA DE TURISTAS ESTRANGEIROS
Depois de experimentar queda em 2001 e 2002, a entrada de turistas estrangeiros entrou em
recuperao e crescimento a partir de 2003. Esta tendncia manteve-se constante at 2005, quando os
desembarques internacionais atingiram 6,8 milhes de passageiros, com um incremento de 11,28%,
em relao a 2004. Em 2006, houve uma diminuio neste movimento em funo da reduo na oferta
de assentos em vos internacionais decorrente da crise da Varig: o pas recebeu cerca de 6,4 milhes
de passageiros de vos internacionais, incluindo brasileiros voltando do exterior e turistas estrangeiros,
um valor inferior em 5,90% ao total dos desembarques no ano de 2005.
2.3.3 DESEMBARQUES NACIONAIS
A utilizao do transporte areo no pas apresentou um crescimento excepcional e popularizou-se nos
ltimos quatro anos, com a introduo de estratgias que reduziram os preos, permitindo o acesso
facilitado de outros pblicos do Sistur. De 2003 a 2006 foram registrados 16,7 milhes de
desembarques domsticos no pas, representando um aumento de 23% em relao ao quadrinio
anterior (1999/2002). Em 2006, o desembarque de passageiros de vos nacionais foi de 46,3 milhes,
7, 4% acima do mesmo perodo do ano anterior, quando o nmero de passageiros desembarcados foi
de 43,1 milhes. Em 2005, os desembarques de vos nacionais totalizaram 43,1 milhes de
passageiros, contabilizando um crescimento de 17,7 %, em relao aos 36,6 milhes de passageiros
desembarcados em 2004.
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DESEMBARQUES NACIONAIS (EM MILHES)19
1995 16,8
1996 19,5
1997 21,3
1998 26,5
1999 27,7
2000 28,5
2001 32,6
2002 33,0
2003 30,7
2004 36,6
2005 43,1
2006 46,3
.
19 Fonte: Infraero, in PNT, 2007, p. 23.
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2.3.4 GERAO DE EMPREGO E RENDA
Segundo a Organizao Mundial de Turismo20, o setor responsvel pela gerao de 6 a 8% do total
de empregos no mundo. Alm disso, uma das atividades econmicas que demandam menor
investimento para a gerao de trabalho. Segundo pesquisa recente da Fundao Instituto de Pesquisa
Econmica FIPE21, a hotelaria demanda em torno de R$ 16.198,60 de valor da produo da atividade
requerida para gerao de uma unidade de emprego, valor bem menor do que o demandado por outros
setores econmicos, tais como indstria txtil (R$ 27.435,20), construo civil (R$ 28.033,00) e
siderurgia (R$ 68.205,90).
O mercado formal de trabalho em turismo no pas empregava 1.716 mil pessoas em 2002. Em 2006,
este nmero elevou-se para 2.013 mil, o que representa um crescimento da ordem de 17,30%22. Esta
estimativa pode ser extrapolada, considerando estudos que indicam uma relao de trs empregos
totais para um emprego formal23, j que o setor intensivo em mo-de-obra e predominantemente
informal, o que indica que este pode ser considerado um resultado conservador.
De 2003 a 2006, no Brasil, foram gerados pela atividade turstica 891.000 empregos formais e
informais.
20 OMT, Proyecto de Libro Blanco Una mirada al futuro del turismo de la mano de la Organizacin Mundial del Turismo, outubro de 2004 apud PNT, 2007, p.24. 21 Meios de Hospedagem: Estrutura de Consumo e Impactos na Economia, 2006, apud PNT,2007,p.24. 22 De acordo com dados da Relao Anual de Informaes Sociais RAIS, do Ministrio do Trabalho e Emprego, e considerando as Atividades Caractersticas do Turismo ACT, com base em uma matriz que agrega 12 setores da economia, de acordo com metodologia da OMT. A definio das atividades caractersticas do turismo segue as diretrizes da Organizao Mundial do Turismo para a construo das contas satlites do Turismo (WTO, 2000a, 2000b) e est de acordo com as definies providas na literatura especializada, conforme Lage e Milone (1991), Lundenberg et al (1995) e Espanha (1996). 23 De acordo com estudo realizado pelo CET/UnB, segundo Pastore (2005), em 1985 havia um emprego formal para cada 2,7 trabalhadores totais (formais + informais). Em 2002 essa proporo subiu de um emprego formal para trs trabalhadores totais. Utilizando-se essa relao, pode-se fazer uma estimativa sobre a quantidade total de trabalhadores no turismo, como mostra a Tabela 5. Vale ressaltar que se chega a esses valores por uma aproximao, no sendo possvel afirmar que esses nmeros refletem integralmente a situao do mercado de trabalho para o turismo. Assim, estudos especficos sobre o mercado de trabalho para o turismo mostram-se de fundamental importncia para diagnosticar a influncia do setor em relao gerao de novos empregos. Fonte: PNT, 2007,p.25.
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EVOLUO NO NMERO DE EMPREGOS FORMAIS NA ATIVIDADE TURSTICA (EM MILHES)24
2001 2002 2003 2004 2005 2006
1,50 1,72 1,73 1,83 1,94 2,01
NMERO TOTAL DE EMPREGOS NA ATIVIDADE TURSTICA FORMAIS E INFORMAIS
(EM MILHES DE PESSOAS OCUPADAS)25
2002 2003 2004 2005 2006 Acumulado 2003 a 2006
Pessoas ocupadas
5,15 5,18 5,48 5,81 6,04 891.000
2.3.5 DIVISAS
Em 2006, o Brasil alcanou a receita cambial turstica de US$ 4,32 bilhes, superior em 11,78% ao
ano de 2005 (US$ 3,86 bilhes). Em 2005, essa receita atingiu o montante de US$ 3,86 bilhes,
superior em 19,87% em relao ao ano anterior (US$ 3,22 bilhes). So resultados que apontam para a
performance excepcional da atividade turstica brasileira no mercado internacional e que merece
destaque26.
2.3.6 PROGRAMAS DE FOMENTO, CRDITO E INVESTIMENTO
24 Fonte: PNT,2007,p.24 25 Fonte: PNT,2007,p.25. 26 Fonte: PNT,2007,p.27.
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No mbito das aes relacionadas infra-estrutura de apoio ao turismo, h que se destacar os
financiamentos em curso, concedidos pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento BID, para os
Programas Regionais de Desenvolvimento do Turismo PRODETUR. O Ministrio do Turismo, alm
de intermediar e apoiar institucionalmente os financiamentos do PRODETUR, atua na aplicao dos
recursos do OGU na infra-estrutura turstica. Foram empenhados R$ 736,24 milhes em 2006,
includos os investimentos em sinalizao turstica, recuperao de patrimnio histrico, implantao
de pontos nuticos, trechos ferrovirios e centros de informaes tursticas e excludos os
investimentos do PRODETUR27, segundo tabela abaixo.
INVESTIMENTO EM INFRA-ESTRUTURA28
2003 2004 2005 2006
Executado
(R$)
Executado
(R$)
Executado
(R$)
Executado
(R$)
20.908.857 187.435.717 419.738.000 736.242.017
Segundo levantamento realizado pelo MTur.29, foram concedidos, em 2006, R$ 2,2 bilhes em
crditos para empreendedores do turismo pelos bancos pblicos federais (Banco do Brasil, Caixa
27 Para investimentos especficos do PRODETUR NEII, PRODETUR SUL, PROECOTUR E PRODETUR JK ver PNT, 2007, p. 30-31. 28 Fonte: PNT, 2007,p. 31. 29 Fonte: PNT, 2007, p.31.
O incremento do fluxo turstico nacional e internacional em 2005, com ndices
superiores mdia mundial, foi um dos fatores preponderantes para que o
Ministrio do Turismo participasse diretamente da reestruturao dos
aeroportos brasileiros. Um convnio firmado entre o Ministrio do Turismo e
a Infraero destinou, em 2006, R$ 350 milhes para a ampliao e
modernizao da infra-estrutura aeroporturia de 11 municpios: Rio de
Janeiro, Braslia, Boa Vista, Fortaleza, Goinia, Guarulhos, Joo Pessoa,
Macap, Salvador, So Paulo e Vitria.
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Econmica Federal, BNDES, Banco do Nordeste e Banco da Amaznia), correspondendo a um
incremento de 10,5% no volume de recursos direcionados ao setor em 2005.
No que se refere aos investimentos privados programados para os prximos anos, foram identificados
R$ 3,6 bilhes em projetos do segmento hoteleiro com previso de concluso at 2009,
correspondendo perspectiva de aumento de 26,3 mil unidades habitacionais na capacidade
hospedeira nacional, em 138 novos empreendimentos.
2006 tambm foi um ano importante para a qualificao no setor. O Programa Nacional de
Qualificao Profissional e Empresarial investiu R$ 15,3 milhes para atender 46 mil pessoas, em
parceria com estados, municpios, iniciativa privada e organizaes no-governamentais, consolidando
aes desenvolvidas no perodo 20032005.
Priorizou-se tambm a certificao de pessoal do turismo de aventura e de sustentabilidade de meios
de hospedagem, tendo sido desenvolvidas 19 normas brasileiras, naquele ano. O Programa de
Alimento Seguro no Turismo, em parceria com a Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria
ANVISA e a Associao Brasileira de Bares, Restaurantes e Similares ABRASEL, qualificou 5.632
manipuladores de alimentos e atendeu 662 empresas. Foram apoiados tambm diversos projetos
voltados formao de jovens para o turismo, tendo como meta alcanar 140 mil alunos de escolas
pblicas e 11 mil jovens trabalhadores ou em situao de vulnerabilidade social.30
2.3. 7 ORAMENTO DO MTUR
O Ministrio do Turismo, no perodo de janeiro de 2003 a dezembro de 2006, aplicou, em apoio s
atividades/aes e projetos do setor, o valor correspondente a R$ 2,61 bilhes. No exerccio de 2006,
foi aplicado R$ 1,409 bilho, o que corresponde a um crescimento prximo a 96,8% em relao ao ano
anterior (R$ 716,3 milhes). Essas aes, no Brasil e no exterior, estiveram focadas no apenas na
30 Fonte: PNT, 2007, p.32.
O MTur tem, desde a sua criao, procedido execuo de quase 100% do limite disponibilizado para o rgo. O setor foi contemplado com o maior volume de recursos oramentrios j executados em aes de promoo do produto turstico brasileiro, em especial na promoo do destino Brasil no exterior.
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promoo, marketing e apoio comercializao de produtos, servios e destinos tursticos, como
tambm no apoio realizao de eventos que atraem os turistas e que evidenciam as manifestaes
artsticas e culturais do povo brasileiro. Estas ltimas receberam o montante de R$ 522,5 milhes, de
2003 a 2006.
2.3.8 NO SETOR PRIVADO
Pesquisa da FGV31 revela que as 80 maiores empresas do segmento faturaram, em 2006, o equivalente
a R$ 29,6 bilhes. importante ressaltar que o crescimento mdio do setor de turismo alcanou
29,3%, impulsionado pelas agncias de viagens, locadoras de automveis, companhias areas e
operadoras. O empresariado ampliou em 21,6% o quadro de pessoal, principalmente nos segmentos de
agncias de viagem, companhias areas e feiras e eventos, sendo este um dos fatores responsveis pela
majorao dos custos (+7,9%, em mdia) e repassados parcialmente aos preos (alta de 6%).
Pesquisas realizadas pela Embratur32 ressaltam ainda mais a relevncia da atividade como a que mais
contribui para melhorar a distribuio regional de renda: 90% das empresas de hospedagem brasileiras
so micros e pequenos estabelecimentos. Aqueles com at 19 pessoas ocupadas, principais
compradores de equipamentos e mercadorias durveis, so responsveis pela aquisio de mais da
metade do estoque de 615 mil unidades de TVs, contrapondo-se aos empreendimentos com mais de
100 funcionrios, que detm apenas 46 mil desses equipamentos.
2.3.9 NOVOS PRODUTOS
Com a proposta de gesto descentralizada33, o MTur lanou em 2004 o Programa de Regionalizao
do Turismo Roteiros do Brasil. A regionalizao props a ampliao das aes centradas nas
unidades municipais, composta por 219 regies tursticas, contemplando 3.203 municpios. O Salo do
Turismo Roteiros do Brasil, criado para impulsionar as aes da regionalizao, apresentou em
2005, sua primeira edio, 451 roteiros tursticos, envolvendo 959 municpios em 134 regies
tursticas.
31 Pesquisa Anual de Conjuntura Econmica do Turismo, citado em PNT, 2007,p.34. 32 Fonte: Pesquisa sobre Meios de Hospedagem Estrutura de Consumo e Impactos na Economia - Dimensionamento da importncia econmica do setor de Turismo no Estado do Rio de Janeiro e diretrizes para o seu desenvolvimento, disponvel em www.firjan.org.br, acessado em 22/09/2009. 33 Gesto descentralizada, estruturada pelos princpios da flexibilidade, articulao e mobilizao. Um dos objetivos do Programa de Regionalizao a desconcentrao da oferta turstica brasileira, localizada predominantemente no litoral, propiciando a interiorizao da atividade e a incluso de novos destinos nos roteiros comercializados no mercado interno e externo.
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Os rgos oficiais de turismo das Unidades da Federao e o MTur realizaram, de 2005 a 2006, uma srie de reunies, seminrios e oficinas que resultaram na atualizao do Mapa da Regionalizao, destacando 200 regies tursticas e 3.819 municpios. A gesto participativa tambm foi adotada para a seleo dos 396 roteiros tursticos (149 regies e 1.027 municpios) apresentados no 2 Salo do Turismo, realizado em 2006. Desses roteiros tursticos, foram selecionados 87 roteiros (116 regies com 474 municpios) para serem trabalhados com o objetivo de alcanar o padro internacional de qualidade. Nessa segunda edio, o Salo consolidou-se como um marco do desenvolvimento da atividade turstica no Pas, gerando os resultados descritos a seguir. Esses nmeros estabelecem um novo patamar para a expanso da atividade turstica, abrindo perspectivas de desenvolvimento socioeconmico para diferentes regies.(PNT, 2007,p.26)
ROTEIROS DO BRASIL34
ROTEIROS DO BRASIL 2005
ROTEIROS DO BRASIL 2006
451 ROTEIROS
134 REGIES
95 MUNICPIOS
87 ROTEIROS PADRO
INTERNACIONAL DE
QUALIDADE
396 ROTEIROS PARA O
MERCADO
INTERNACIONAL
2004-2005
219 REGIES
3.203 MUNICPIOS
2005-2006
200 REGIES
3.819 MUNICPIOS
2.3.10 PROMOO E MARKETING
34 Fonte: PNT, 2007, p. 26, adaptao do quadro 6.
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O MTur desenvolveu o Plano de Marketing do Turismo para o mercado interno Plano Cores do
Brasil e o Plano de Marketing do Turismo Brasileiro no exterior Plano Aquarela, que propem uma
estratgia de investimentos nos principais mercados emissores.
A partir de 2003, o MTur ampliou a participao em feiras e eventos internacionais, para incrementar
a divulgao do Pas no exterior. Em 2005, foi lanada a Agenda de Promoo Comercial do Turismo
Brasileiro no Mercado Internacional, bem como o Plano Aquarela e a Marca Brasil, que passou a
representar a imagem do turismo brasileiro e de seus principais atributos de exportao. Em
conseqncia, em 2006, o Ministrio participou de 41 feiras internacionais de turismo e de 21 feiras
comerciais. O smbolo est sendo incorporado a todo programa de promoo, divulgao e apoio
comercializao dos produtos, servios e destinos tursticos brasileiros no mercado internacional.
De acordo com a classificao do ICCA35, em 2006, o Brasil passou a ocupar a 7 posio no ranking
dos pases que mais realizavam eventos internacionais em todo o mundo, mantendo-se como o melhor
colocado entre todos os pases latino-americanos e o segundo das Amricas. Em 2003, ocupvamos a
19 posio. As cidades de So Paulo e Rio de Janeiro lideram essa classificao em sedes de eventos
no pas, mas outras cidades tambm aparecem na relao, como Salvador, Fortaleza, Braslia,
Florianpolis, Curitiba e Campinas, o que revela uma saudvel desconcentrao.
2.3.11 APESAR DA CRISE...
A partir dos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados CAGED, do Ministrio do
Trabalho e Emprego , Zamboni e Camargo36 descrevem o cenrio do ltimo trimestre a partir da
crise desencadeada pelo sistema financeiro, em 2008.
O artigo revela a destruio de cerca de 655 mil postos de trabalho em dezembro de 2008, apurada a
partir da diferena entre as admisses e desligamentos levantados por esse registro administrativo. A
cifra representa mais do que o dobro do ocorrido em dezembro de 2007. Mostra tambm que essa
perda de empregos deu-se de forma concentrada na regio sudeste, especialmente em So Paulo. O
PIB brasileiro, que at ento vinha crescendo de forma sustentvel, sinalizava desacelerao em seu
crescimento, relacionada a uma reduo das demandas interna e externa, conforme apontava o
comunicado do IPEA de maro de 2009.
35 International Congress & Convention Association. 36 ZAMBONI, Roberto Aric, Tcnico de Planejamento e Pesquisa DIRUR/IPEA e CAMARGO, Reinaldo Soares, Consultor em Uma leitura dos impactos da crise sobre o setor turismo a partir das estimativas de emprego no setor - Boletim Dirur 9-6FINAL_2_.doc, disponvel em www.ipea.gov.br acessado em 22/09/2009.
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Os autores buscaram as consequncias da crise no turismo, um setor da economia cuja poltica tem
como um de seus objetivos centrais a criao de empregos37. Mais precisamente, busca responder:
como o setor foi afetado, em relao ao conjunto das atividades econmicas; e
como os impactos da crise se distriburam nas macro-regies brasileiras.
A resposta para as questes acima fundamentaram-se no exame do comportamento da ocupao
formal no Ncleo das Atividades Caractersticas do Turismo ACTs, segundo as estimativas
produzidas pelo IPEA, no mbito do Sistema Integrado de Informaes sobre o Mercado de Trabalho
do Setor Turismo SIMT38 . O ncleo das ACTs abrange as atividades alojamento, agncias de
viagem e aluguel de transportes. No se consideraro as variaes ocorridas nas demais ACTs,
alimentao, transportes, auxiliares de transportes e cultura e lazer porque, nessas ltimas, a parte
mais importante do consumo de residentes e no de turistas e sua incluso poderia introduzir um
vis, na medida em que as variaes no nvel de emprego no refletiriam necessariamente o ocorrido
no setor turismo.
O aspecto mais surpreendente dos dados que, contrariamente ao que era de esperar, os impactos
negativos da crise foram mais intensos no conjunto da economia do que nas atividades
essencialmente tursticas.
Nos dois primeiros meses observados (outubro e novembro de 2008), a taxa de crescimento da
ocupao no turismo, relativamente mdia de 2008, superou a ocorrida nesses meses, nos
quatro anos precedentes. Isso sugere uma capacidade de resistncia crise do setor turismo,
pelo menos no curto prazo.
Em novembro de 2008, o nmero de ocupados no turismo foi 2,5% superior ao nmero mdio de
ocupados no turismo em 2008. Nos quatro anos precedentes, a mdia desse percentual foi de 1,3%.
Para o conjunto da economia, essas taxas foram de 2,8% e 3,4%, respectivamente.
37 O Plano Nacional de Turismo 2007/2010 tem como um dos principais objetivos a criao de 1,7 milho de ocupaes nesse perodo. 38
As estimativas da ocupao formal no setor turismo apresentadas pelo SIMT so elaboradas mediante o cruzamento dos dados da Relao Anual de Informaes Sociais - RAIS e CAGED, do TEM, com coeficientes de consumo turstico, construdos a partir de uma pesquisa de campo realizada em cerca de 8 mil estabelecimentos que operam em sete ACTs (alojamento, alimentao, transportes, auxiliares de transportes, agncias de viagem, aluguel de transportes e cultura e lazer ).
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De dezembro de 2008 at maro de 2009, mesmo tendo ocorrido uma reduo na taxa de
crescimento de ocupados no turismo em 2008, comparativamente aos anos anteriores, essa
reduo foi bem menor do que a verificada no conjunto da economia.
No ltimo ms observado, maro de 2009, o nmero de ocupados no turismo foi 3,2% superior
mdia de ocupados no turismo em 2008, enquanto nos quatro anos anteriores, a taxa mdia de
crescimento foi de 4,1%. J para o conjunto da economia, em maro de 2009, o nmero de ocupados
foi 0,5% superior mdia de ocupados em 2008, e, nos quatro anos anteriores, a mdia dessa relao
foi de 3,2%.
A princpio, como a reduo do ritmo de expanso da economia foi acompanhada de retrao dos salrios, era de se esperar um impacto sobre o setor turismo maior do que o verificado para o conjunto das atividades econmicas, uma vez que se trata de um setor cuja elasticidade da renda da demanda maior do que a do conjunto da economia.39
Algumas hipteses podem ser levantadas sobre as causas dessa resistncia no nvel da ocupao
formal, no ncleo das ACTs. A que parece mais plausvel estaria relacionada ao fato de que,
inicialmente, os reflexos da crise atingiram, sobretudo, os ocupados com menor rendimento40 que,
durante suas viagens, demandam com menos intensidade os servios prestados pelas atividades que
constituem o ncleo das ACTs (alojamento, agncias de viagem e aluguel de transportes).
Pelo lado da oferta, caberia investigar se os impactos da crise afetaram de forma semelhante tanto o
segmento formal, como o informal do mercado de trabalho no setor turismo.
Se para o Brasil como um todo se observou uma capacidade de resistncia crise do mercado formal
de trabalho do setor turismo, isso se deve, principalmente, ao desempenho semelhante ocorrido nas
regies sul e sudeste, que concentram cerca de 60% das ocupaes no setor. No sudeste, por
exemplo, o nmero de ocupados no turismo, em maro de 2009, foi 2,2% superior mdia de
ocupados no turismo em 2008, enquanto, nos quatro anos anteriores, o percentual mdio foi de 3,8%.
J para o conjunto da economia, em maro de 2009, o nmero de ocupados foi 0,7%, superior mdia
de ocupados em 2008 e, nos quatro anos anteriores, a mdia dessa relao foi de 3,7%.
No centro-oeste, em todo o perodo analisado, foram observados os resultados mais positivos para o
setor turismo, comparativamente aos anos anteriores. De setembro de 2008 a maro de 2009, o nmero
39 ZAMBONI, Roberto Aric, Tcnico de Planejamento e Pesquisa DIRUR/IPEA e CAMARGO, Reinaldo Soares, Consultor em Uma leitura dos impactos da crise sobre o setor turismo a partir das estimativas de emprego no setor - Boletim Dirur 9-6FINAL_2_.doc, disponvel em www.ipea.gov.br acessado em 22/09/2009. 40 Segundo o comunicado do IPEA sobre a crise, quase 90% dos que perderam emprego, em janeiro de 2009, recebem at 3 (trs) salrios mnimos.
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de ocupados no turismo em cada um desses meses, relativamente mdia de ocupados em 2008, foi
sempre sensivelmente superior ao verificado na mdia dos quatro anos anteriores.
Cabe ressaltar que, nessa regio, o comportamento da ocupao formal no conjunto das atividades
econmicas, mesmo refletindo a crise, ocorreu de forma mais atenuada do que nas demais regies
brasileiras. provvel que esse comportamento tenha sido sustentado, tanto pelo menor peso das
atividades industriais, como pelo peso das atividades associadas atuao do setor pblico no Distrito
Federal.
Inversamente, as regies norte e nordeste foram aquelas onde a crise provocou as maiores redues no
crescimento das ocupaes formais do setor turismo, comparativamente aos anos anteriores. No
nordeste, por exemplo, o nmero de ocupados no turismo, em maro de 2009, foi 0,9% superior
mdia de ocupados em 2008, enquanto nos quatro anos anteriores, a mdia dessa relao foi de 3,7%.
J para o conjunto da economia, em maro de 2009, o nmero de ocupados foi 1,6% inferior mdia
de ocupados em 2008 e, nos quatro anos anteriores, a mdia dessa relao foi de 4,9%.
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III. O PRODUTO PETRPOLIS
3.1 HISTRICO41
A mais antiga concesso de terras de que se tem conhecimento na zona de Petrpolis - escreve Frei
Estanislau Shaette - " a da Carta Rgia de 22 de agosto de 1686, doando a Francisco de Matos
Filgueira e a Joo Matos de Souza sesmaria na subida da serra Estrela. A 12 de setembro do mesmo
ano tambm ali se tornam sesmeiros o capito Joo da Silveira Garcs e Gonalo Fernandes Pires, no
serto de Inhomirim da Serra-acima".
Mais tarde, a Serra da Estrela voltaria a chamar a ateno, na busca do caminho da terra, uma
alternativa para a chegada s Minas Gerais. At ento, o itinerrio estava condicionado sada do Rio
de Janeiro por balsa at Paraty, de onde se devia vencer a p a distncia at a regio das datas mineiras
de ouro e diamantes, atravs da Serra do Mar. Tal caminho, embora muito mais longo, era adotado em
funo das dificuldades de atravessar a Serra da Estrela, com seus paredes de mais de 800m de altura
guardados pelos ndios Coroados. Assim, a partir de 1721, os viajantes passaram a fazer um trajeto
que seguia atravs de Couto e Sacra Famlia e terminava pelo "atalho do caminho novo": uma variante
aberta pelo sargento-mor Bernardo Soares Proena, "ento sesmeiro da atual zona urbana de
Petrpolis", por Carta de Sesmaria de 1721, no fim do primeiro quartel do sculo XVIII (este caminho
teria sido desbravado pelo bandeirante Garcia Rodrigues Paes Leme, filho do "Caador de
Esmeraldas").
Em seguimento sesmaria de Bernardo Soares Proena ficava a de Luiz Peixoto da Silva e, na
extremidade ocidental, abrangendo a regio situada entre as mesmas e a de Marcos da Costa, a de
Domingos Ribeiro Tvora. Assim, por doaes rgias, de "lguas em quadra" de terras devolutas que
passaram propriedade particular, nasceram as Fazendas, em virtude de sucesses hereditrias ou
vendas a terceiros. Da sesmaria de Bernardo Soares Proena surgiram as Fazendas do Crrego Seco e
do Itamarati; da de Luiz Peixoto da Silva, a do Rio da Cidade, a de Domingos Rodrigues Tvora, as de
Quitandinha, Velasco e Morro Queimado.
O Imperador D. Pedro I, nas viagens para Minas, hospedava-se na Fazenda de Correias, originria de
sesmaria concedida em 1760 a Manoel Antunes Goulo. Encantado com a beleza e exuberncia da
vegetao e com a amenidade do clima, tentou adquiri-la para erguer, no local, um palcio de vero: o
Palcio da Concrdia. Porm, a proprietria, irm e herdeira do clebre Padre Corra, no quiz vend-
la e indicou ao Imperador a propriedade vizinha, a Fazenda do Crrego Seco. Esta, adquirida por
41 Fonte: IBGE disponvel em http://www.ibge.com.br/cidadesat/topwindow.htm?1 acessado em 26/09/2009.
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escritura pblica em 6 de fevereiro de 1830, passou ao patrimnio particular do Imperador e foi
renomeada como Imperial Fazenda da Concrida (e, no ms seguinte, acrescida de gleba no Alto da
Serra, com 50 braas de testada, por meia lgua de fundo). Com a abdicao em 1831, essas
propriedades ficaram arrendadas at 1842.
Petrpolis, ento surge do desejo do Imperador D. Pedro I. Mas D. Pedro II que concretiza o sonho
de seu pai, I assinando o Decreto Imperial de 16 de maro de 18431843, que criou a Povoao
Palcio de Petrpolis. O decreto previa a construo do Palcio Imperial, a urbanizao da Vila
Imperial e de seus quarteires e a doao de terras da fazenda a colonos livres, que seriam no s os
construtores da nova povoao, como tambm produtores agrcolas. Assim nasce a cidade, com a
mentalidade de substituir o trabalho escravo pelo trabalho livre.
Jlio Frederico Koeler, responsvel pela construo de novos trechos e pontes da Estrada da Serra da
Estrela, aproveitou na execuo dessas obras o trabalho de colonos alemes, acidentalmente chegados
ao Brasil pelo navio "Justine" e que estavam alojados na Fazenda do Crrego Seco. O xito dessa
comunidade alem estimulou a colonizao estrangeira. Tanto que a Lei provincial n 56, de 10 de
maio de 1840, concedeu um crdito qinqenal em parcelas de 60.000$000, tendo o governo assinado
contrato com a Casa Charles Delrue, de Dunquerque, para a introduo de 600 casais de colonos.
No mesmo ano, Joo Caldas Viana, presidente da Provncia do Rio de Janeiro, mandou colocar na
antiga fazenda do Crrego Seco dois cruzeiros de madeira com as inscries: "Cruz de So Pedro de
Alcntara de Petrpolis" e "Cruz da Capela dos Finados de Petrpolis", para indicar o local da futura
cidade, cujo nome, homenagem de Paulo Barbosa da Silva ao Imperador, passou a ser logo usado.
A chegada de colonos alemes, em 1845, fez o governo pensar em transformar as terras em colnia
agrcola, para isto adquirindo as fazendas do Velasco e do Itamarati e aceitando a doao da Fazenda
da Quitandinha. O intento no foi consumado, o que no impediu, entretanto, o desenvolvimento da
aglomerao recm constituda. Em 1846, a povoao passava de simples curato freguesia do
territrio da Vila da Estrela.
Petrpolis se desenvolveu rapidamente, com forte tendncia aristocrtica, por fora da presena do
Imperador e de sua corte nas temporadas do vero petropolitano. Nobres, polticos, ricos negociantes e
a intelectualidade da poca se transferiam para a cidade durante um semestre. A urbe modernizou-se,
acompanhando uma tendncia mundial da segunda metade do sculo XIX, com a construo da
estrada de ferro42 e da linha de barcos a vapor, ligando Petrpolis ao Rio de Janeiro, de estradas
42 Em 1883 chega a Petrpolis o primeiro trem da Estrada de Ferro Prncipe do Gro-Par, conduzindo o Imperador Dom Pedro II e a famlia imperial.
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modernas43 que facilitavam o acesso e a construo de inmeros hotis que hospedavam veranistas e
visitantes.
O progresso da regio - que teve ligeira estabilizao com o advento da Repblica -intensificou-se
com a transferncia do Governo Estadual de Niteri para Petrpolis, de 1893 at 1902.
O ano seguinte assinala importante acontecimento: realiza-se em Petrpolis a histrica reunio
diplomtica de que resultaria na assinatura do "Tratado de Petrpolis", pelo qual o Acre foi anexado ao
Brasil.
O plano inicial da criao de uma colnia agrcola foi substitudo pela produo industrial. A mo-de-
obra dos colonos alemes era especializada e como o solo da cidade no era propcio para a
agricultura, os dirigentes da colnia sensibilizaram as autoridades da Provncia do Rio de Janeiro para
facilitar a instalao de fbricas na Vila Imperial.
Outros fatores tambm contriburam para o desenvolvimento industrial de Petrpolis como: a
topografia e a hidrografia que possibilitaram o represamento das guas nos vales para abastecimento e
gerao de energia; o clima com temperatura mdia baixa garantindo a manuteno do rendimento do
trabalho no vero; a umidade do clima impedindo que o fio se fragmentasse, provocando ns na
superfcie do tecido; a distncia do mar e a altitude preservando o maquinrio da ameaa de ferrugem
e a localizao da cidade em relao ao Rio de Janeiro, valorizada pelas vias de acesso.
A partir da instalao da Imperial Fbrica de Tecidos So Pedro de Alcntara e da Companhia
Petropolitana de Tecidos inicia-se um importante ciclo industrial txtil que resultou na implantao
gradual do plo de vesturio na Rua Teresa, hoje conhecido em todo o pas.
Com a Proclamao da Repblica e o exlio da Famlia Imperial, Petrpolis no perde seu ambiente
aristocrtico e refinado, mantendo sua relao com o poder, passando de capital do Imprio a capital
da Repblica e sede do veraneio dos Presidentes da Repblica, desde o Marechal Deodoro at Costa e
Silva.
Os veres presidenciais garantiram a evidncia de Petrpolis no cenrio nacional, atraindo para a
cidade polticos, empresrios, cientistas e artistas, conquistando posio de plo de desenvolvimento
distinto, modelo para o restante do pas.
43 A estrada Rio - Petrpolis , inaugurada em 1928, foi fator preponderante no desenvolvimento do Municpio, transformando-o de simples cidade de veraneio em grande centro industrial e comercial.
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A partir da dcada de sessenta, com a transferncia da capital do Rio de Janeiro para Braslia, a cidade
se modifica. Se por um lado a efervescncia enquanto ncleo de acontecimentos sociais e culturais
decai, por outro, o ritmo de vida acelerado e a violncia das grandes cidades estimulam seus habitantes
a buscarem o clima ameno, a segurana e a boa qualidade de vida de Petrpolis.
Nos anos 1970 e 1980, Petrpolis acompanha as modificaes scio-econmicas que o pas atravessa,
apresentando intensa migrao interna e declnio do setor industrial.
A imagem da cidade como destinao turstica foi fortalecida com a vinda do Exmo. Sr. Fernando
Henrique Cardoso a Petrpolis, resgatando a antiga tradio dos veraneios dos Presidentes da
Repblica.
A consolidao da vocao do Municpio para alta tecnologia se d em 1998, com a instalao do
LNCC Laboratrio Nacional de Computao Cientfica, inaugurando um centro de referncia que
estimule a pesquisa e a formao avanada de recursos humanos, interagindo com a comunidade
cientfica e tecnolgica nacional e internacional. Consolida-se a Petrpolis-Tecnpolis.
Nos ltimos dez anos, significativas contribuies do SISTUR para o produto Petrpolis podem ser
citadas, destacando-se:
Criao de leis de incentivo municipais para a iniciativa privada do trade turstico;
Consolidao do PC&VB, da ARTE, dos plos de compras do Bingen (moveleiro e de moda);
Reurbanizao de Itaipava e Centro Histrico;
Aplicao de sinalizao viria e turstica;
Lanamento do espetculo Som & Luz, no Museu Imperial;44
Criao de circuitos em geral;
44 A edio do Guia Quatro Rodas - Brasil 2010 conferiu nota mxima a 28 atraes de Norte a Sul do pas. Dentre as 28, foram destacadas as 10 mais relevantes, ficando o Museu Imperial com o 6o lugar, frente do MASP, o outro museu selecionado. Consolida-se o Museu Imperial de Petrpolis como referncia nacional em atrativo turstico.
O perfil da cidade aponta atualmente para o desenvolvimento da atividade turstica e
do estudo, pesquisa e desenvolvimento de tecnologia de ponta.
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Consolidao da Bauernfest;
Abertura e revitalizao de atrativos: Palcio Rio Negro, Torre da Catedral, Quitandinha,
Theatro Municipal D. Pedro;
Implantao de novos projetos tursticos;
Construo de Prticos e CITs;
Inaugurao da Praa 14 Bis;
Estacionamento para nibus tursticos no Centro Histrico;
Capacitao da guarda turstica no idioma ingls;
Investimento em novos equipamentos tursticos pela iniciativa privada
Incentivo ao segmento ecoturismo;
Soma-se a este cenrio a criao do Plano Nacional do Turismo 2007-2010, integrado s polticas do PAC do Governo Luis Incio da Silva, que prope a regionalizao do turismo no pas, valorizando destinos como Petrpolis. Assim, a cidade ganha, a partir de agora, maior visibilidade e
fomento das polticas pblicas, sendo o turismo finalmente reconhecido como uma atividade econmica promotora do desenvolvimento social, econmico e cultural.
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3.2 ASPECTOS GERAIS DA CIDADE
Fonte: Ministrio do Turismo. Programa de Regionalizao do Turismo. Roteiros do Brasil. Estudo de
Competitividade dos 65 Destinos Indutores do Desenvolvimento Turstico Regional. Relatrio Brasil.
Braslia, Ministrio do Turismo, 2008.
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Seu clima considerado excelente, com temperaturas mdias que atingem a mxima de 27 graus, no
vero, e 14, no inverno. As maiores precipitaes pluviomtricas ocorrem no perodo de Novembro e
Maro. Nas quedas de temperatura, a regio envolvida por nuvens de neblina que do, cidade, uma
caracterstica peculiar.
Limita-se ao Norte com So Jos do Vale do Rio Preto, ao Leste com Terespolis e Mag, ao Sul com
Duque de Caxias e Miguel Pereira e a Oeste com Paty dos Alferes, Paraba do Sul, Areal e Trs Rios.
O municpio de Petrpolis est localizado na regio serrana do Estado do Rio de Janeiro, numa altitude de 809,5m. emoldurado por um relevo onde se destacam encostas abruptas e montanhas que abrigam a exuberante vegetao da Mata Atlntica. Possui uma localizao privilegiada: est a apenas 40 minutos do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro. Alm disso, servido por importante malha viria que possibilita o acesso a vrias regies do pas. Num raio de 500km encontram-se 65% do PIB brasileiro e
70% da movimentao de cargas do pas. O PIB Municipal gira em torno de R$ 3.596 bi, onde o Turismo representa 5,5% do total.
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A rea territorial de 775km45, representando 1,8% da rea total do Estado do Rio de Janeiro e est
distribuda em 5 distritos: Petrpolis, Cascatinha, Itaipava, Pedro do Rio e Posse.
3.2.1 POPULAO
Petrpolis possui 306.64546, a maior populao residente da Regio Serrana do Estado do Rio de
Janeiro, sendo que 97,77% esto na rea urbana e 2,23% na rea rural.
Fonte:IBGE47
45 Fonte atualizada: IBGE, citado em Estudos de Competitividade dos 65 Destinos Indutores do Desenvolvimento Turstico Regional Petrpolis. 46 Idem.
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EVOLUO POPULACIONAL
Ano Habitantes
1991 225.468 habitantes
1996 266.667 habitantes
2000 286.537 habitantes
2007 306.645 habitantes
3.2.2 QUALIDADE DE VIDA
No final da dcada de 90, pesquisa do IBOPE48 revelou que 41% dos moradores das
capitais e regies metropolitanas queriam trocar a cidade grande pelo interior com o
objetivo de usufruir de uma vida mais tranqila (73% dos entrevistados) ou fugir da
violncia urbana (43%). No se trata de retorno vida rural, mas da possibilidade de
desfrutar de infra-estrutura urbana, conforto e segurana, em cidades de porte mdio.
Petrpolis atende integralmente s expectativas e anseios daqueles que buscam melhor
qualidade de vida.
A cidade j consagrada como importante destino de veraneio. Ainda apresenta baixos ndices de
criminalidade, especialmente se comparado com a Regio Metropolitana do Estado do Rio de Janeiro.
A Guarda Municipal oferece policiamento ostensivo com 273 policiais. Estes se somam aos 450
policiais militares, alm de uma guarda especial para o atendimento ao turista.
A taxa de alfabetizao da populao da ordem de 87,10%, sendo a mais alta de toda a regio e
acima da mdia do estado (86,90%).
No grfico abaixo, indicadores da Educao em comparativo percentual ao Estado do Rio de Janeiro e
Brasil.
47 Fonte:IBGE, disponvel em http://www.ibge.gov.br/cidadesat/topwindow.htm?1, acessado em 02/10/2009. 48 realizada com exclusividade para a revista Veja,
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Fonte: IBGE49
Fonte: IBGE50
49 Fonte:IBGE, disponvel em http://www.ibge.gov.br/cidadesat/topwindow.htm?1, acessado em 02/10/2009. 50 Idem.
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Fonte: IBGE51
Quadro indicativo da Educao em Petrpolis em 200752
Nvel de formao Alunos matriculados Nmero de Docentes
Ensino fundamental 52.930 2.793
Ensino mdio 12.178 989
Pr-escola 6.408 512
Ainda segundo o IBGE, em 2007, Petrpolis contava com 555 docentes de ensino superior,
distribudos em 4 instituies privadas e 1 pblica federal.53
O municpio possui atualmente 191 escolas do ensino fundamental, 40 escolas do ensino mdio e 194
instituies de ensino pr-escolar.
51 Fonte:IBGE, disponvel em http://www.ibge.gov.br/cidadesat/topwindow.htm?1, acessado em 02/10/2009.
52 Fonte: IBGE, disponvel em http://www.ibge.gov.br/cidadesat/topwindow.htm?1, acessado em 02/10/2009. Dados extrados: Ministrio da Educao, Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais - INEP - Censo Educacional 2008 e Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais - INEP - Censo da Educao Superior 2007. 53 Fonte:IBGE, disponvel em http://www.ibge.gov.br/cidadesat/topwindow.htm?1, acessado em 02/10/2009. Dados extrados do Ministrio da Educao, Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais - INEP - Censo da Educao Superior 2007.
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A cidade conta com uma ampla rede mdico-hospitalar formada por 12 hospitais, cerca de 40 clnicas
especializadas e 103 postos de atendimento ambulatorial. Apresenta uma mdia de 1.415 leitos, sendo
1.200 privados e 215 pblicos.54
Os servios de gua e esgoto foram privatizados. Atualmente, 95% dos domiclios so atendidos com
gua encanada e 64% das residncias contam com tubulao para estao de tratamento de esgotos.
Segundo a AMPLA, 100% das residncias so contempladas com energia eltrica.55
A COMDEP realiza coleta de lixo em 96,4% dos domiclios e a cidade j conta com projeto de
tratamento e reciclagem deste material.
54 Fonte: Gestor Sade, DATASUS 55 Apurado no segundo semestre de 2008. Questionrio PDITS. Fundao de Cultura e Turismo de Petrpolis, mar. 2009.
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3.2.3 MARCOS DA FORMAO ADMINISTRATIVA 56
Data Acontecimento
1846 Criao da Freguesia de So Pedro de Alcntara de Petrpolis.
29/09/1857 Elevao categoria de vila com a denominao de Petrpolis
29/09/1857. Elevao condio de cidade com a denominao de Petrpolis
08/05 e
03/06/1892
Criao dos distritos de Cascatinha, Itaipava, Pedro do Rio e So Jos do Rio Preto,
anexados ao municpio de Petrpolis.
1894 Translado da Capital do Estado do Rio de Janeiro para Petrpolis (instalao em
20/02/1894)
1902 Niteri volta a ser a capital do Estado do Rio de Janeiro
1911 O municpio constitudo de 5 distritos: Petrpolis, Cascatinha, Itaipava, Pedro do
Rio e So Jos do Rio Preto.
1938 O distrito de So Jos do Rio Preto passa a denominar-se So Jos. At 1943, o
municpio constitudo de 5 distritos: Petrpolis, Cascatinha, Itaipava, Pedro do Rio
e So Jos (ex-So Jos do Rio Preto).
1943 O distrito de So Jos passou a denominar-se Paranana.
1947 O distrito de Paranana volta a denominar-se So Jos do Rio Preto.
1964 Criao do distrito de Posse, com partes do distrito de Pedro do Rio e So Jos do Rio
Preto.
1968 O municpio constitudo de 6 distritos: Petrpolis, Cascatinha, Itaipava, Pedro do
Rio, Posse, So Jos do Rio Preto.
1987 O distrito de So Jos do Vale do Rio Preto elevado categoria de municpio.
2009 O municpio constitudo de 5 distritos: Petrpolis, Cascatinha, Itaipava, Pedro do
56 Fonte: IBGE. Disponvel em http://www.ibge.com.br/cidadesat/topwindow.htm?1 acessado em 25/09/2009.
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Rio e Posse.
3.3 O Turismo em Petrpolis57
A atividade turstica vem sofrendo influncias da mudana de valores, hbitos e necessidades do
homem moderno. A revoluo das comunicaes, a adoo de novas tecnologias, a globalizao, a
automao em diversos setores e servios e sua conseqente despersonalizao esto levando os
indivduos a buscar, em suas viagens de turismo, a convivncia com culturas diferenciadas e com a
natureza, desfrute de opes de lazer, atendimento personalizado: enfim, vivncias prazerosas que
ofeream qualidade, segurana e tranqilidade. E Petrpolis apresenta inmeras caractersticas e
potencialidades que lhe conferem a capacidade de se destacar como importante destino turstico de
interesse nacional e internacional, atendendo aos anseios e necessidades dos clientes da Economia da
Experincia.
Petrpolis como destinao turstica possui um aspecto diferencial como Cidade Imperial que
se caracteriza pela diversidade de atrativos histrico-culturais aliados sua riqueza natural e
oferta de opes de compras e gastronomia, capazes de atrair fluxos de outras regies do pas e
at do exterior. Alm disso o municpio tem o privilgio de se situar entre os trs grandes
mercados emissores de turistas que so as cidades do Rio de Janeiro, So Paulo e Belo
Horizonte.
3.3. 1 DADOS DO TURISMO
3.3.1.1 Nmero de turistas e visitantes
Petrpolis registra uma populao flutuante de 1.200.000 (um milho e duzentos mil) visitantes/ano e
600.000 (seiscentos mil) turistas, com uma freqncia mdia 34.615 pessoas por semana. A facilidade
de acesso favorece este fluxo, j que a cidade est ligada a vrias regies do Brasil por excelente
malha viria, o que beneficia o acesso dos turistas com conforto e segurana. Na perspectiva das
polticas pblicas de regionalizao e integrao do turismo, este fator permite o desenvolvimento de
novos produtos integrados a outras cidades tursticas, como o Roteiro Serras Cariocas, integrando
Petrpolis com Terespolis e Nova Friburgo; e o Roteiro Serra Mar, integrando Petrpolis com
Terespolis, Nova Friburgo, Cabo Frio e Bzios.
57 Adaptado do Plano Imperial, PETROTUR, 1998.
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PERCENTUAL DE POPULAO FLUTUANTE NO MUNICPIO COTIDIANAMENTE E NOS MESES DE MAIOR
INCIDNCIA DE TURISTAS58:
3.3.1.2 Empregos gerados pelo setor
O setor emprega cerca de 8.500 pessoas e gera uma receita estimada em R$ 200 milhes/ano.
3.3.1.3 - Recursos Naturais e Patrimnio Histrico
58 Casa do Colono: Visitao ms dezembro de 2008 estimada; demais meses de 2008, dados computados; CITs: Atendimentos em novembro e dezembro de 2008 estimados; demais meses de 2008, dados computados; Disque-turismo: Atendimentos em dezembro de 2008 estimados; demais meses de 2008, dados computados; Anos 2000 a 2007, dados computados.
Locais de
Apurao
2003 %200
2/200
3
2004 %200
3/200
4
2005 %2004
/2005
2006 %200
5/200
6
2007 %2006
2007
2008 %200
8/200
7
Museu
Imperial 223.306 7,32
239.65
0 7,32 194.899 -18,67
224.91
2 15,40
227.81
5 1,29
261.94
0
4,97%
Museu
Casa de
Santos
Dumont
89.482 3,42 124.50
4 39,14 108.144 -13,14
133.12
7 23,10
117.87
5 -11,46
- -
Palcio
Rio Negro 21.724 33,61 17.589 -
19,03 14.543 -17,32 0 0 0 0
0
0
Casa do
Colono 18.150 63,53 24.858 36,96 24.386 -1,87 27.467 12,63 24.668 -10,19
36.469 7,83%
CITs 88.546 3,43 95.740 8,12 84.438 -11,80 92.279 9,29
129.57
7 40,42
205.01
1
8,21%
%
Disque
Turismo 24.612 26,10 31.101 26,36 29.607 -4,80 29.814 0,70 29.477 -1,13
28.298 -3,99%
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O clima, relevo, vegetao e hidrografia de Petrpolis foram e so fatores determinantes de atrao de
visitantes ao Municpio. As caractersticas geogrficas privilegiadas beneficiam o desenvolvimento do
turismo ecolgico e turismo de aventura. Sua prtica vem se expandindo no municpio, atravs da
consolidao de circuitos ecorurais.
Aos aspectos naturais, agregou-se o patrimnio histrico decorrente da forte tendncia aristocrtica. O
centro histrico preservado um testemunho da evoluo da paisagem construda no sculo XIX e
incio do sculo XX. Avenidas arborizadas entrecortadas por rios e emolduradas por um rico conjunto
arquitetnico vm atraindo um crescente fluxo de turistas e excursionistas, inclusive porque a se
concentram os principais atrativos histrico-culturais abertos visitao.
O interesse pelo veraneio se popularizou, atraindo habitantes de grandes cidades. Assim, o municpio
manteve o perfil de ncleo de atrao de veranistas que aqui instalam sua segunda residncia. Esse
segmento j est consolidado, com claro deslocamento para outras reas da cidade, especialmente
Itaipava e Araras.
3.3.1.4 Cultura, Eventos, Gastronomia
A intensa vida cultural e social vivida por Petrpolis durante o Imprio e em parte da Repblica
tambm foi enriquecida pela herana cultural de imigrantes de vrias nacionalidades: alemes,
portugueses, italianos, srio-libaneses e outros. Estes influenciaram o surgimento de manifestaes
culturais especficas, como corais, grupos folclricos e bandas. O turismo tnico j se registra na
cidade com a realizao de trs festas, com destaque para a BAUERNFEST, alm da Semana Italiana
de Petrpolis e o Bunka-Sai Festival de Cultura Japonesa.
A gastronomia tem se destacado como um atrativo diferencial com o surgimento do Vale dos
Gourmets, plo concentrado em localidades do 2o e 3o distritos (Corras, Bonfim, Nogueira, Itaipava,
Araras e Vale Florido). Caracteriza-se por pequenos e sofisticados restaurantes que primam pela
variedade e excelncia. O municpio ainda dispe da oferta de variados servios de alimentao que
atendem a diferentes padres de gastos e consumo. Para incrementar o segmento de turismo
gastronmico, dois eventos consolidam-se na programao: o Petrpolis Gourmet e o Wine Week.
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ALIMENTAO59
Restaurantes 150
Bares 29
Cafs 12
Lanchonetes/Casas de Sucos -
Casas de Ch/Confeitarias 15
Cervejarias 2
Quiosques e barracas -
Sorveterias 5
3.3.1.5 - Ocupao e oferta hoteleira
A ocupao hoteleira, nos finais de semana e incluindo todos os distritos da cidade, oscilou entre 40%
a 70% no perodo de maio ao incio de julho de 200660. O mesmo Estudo de Potencialidade Turstica -
Avaliao da Pr-Viabilidade Tcnica e Econmica, destaca:
que desde o ano de 1998, quando foi criado o Plano Diretor de Turismo Plano Imperial houve um aumento de 33,3% do nmero de pousadas e hotis em funcionamento na cidade, gerando um acrscimo de 77% do nmero de leitos desde aquele ano. Pode-se concluir que a oferta de meios de hospedagem cresceu em funo da identificao do aumento da demanda e da oportunidade de mercado. (CARVALHO, LEIDENFROST, 2006, p.5)
O grfico abaixo apresenta a taxa mdia da ocupao hoteleira no municpio (cidade e distritos), nos
finais de semana, no perodo compreendido entre 07 de maio a 09 de julho de 2006:
59 Apurado no segundo semestre de 2008. Questionrio PDITS. Fundao de Cultura e Turismo de Petrpolis, mar. 2009. 60 CARVALHO, Evany Noel; LEIDENFROST, Vivian. Estudo de Potencialidade Turstica. Avaliao da Pr-Viabilidade Tcnica e Econmica Reativao da Estrada de Ferro Prncipe Gro-Par, 2006.
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TAXA MDIA DE OCUPAO HOTELEIRA NOS FINAIS DE SEMANA
0,00%10,00%20,00%30,00%40,00%50,00%60,00%70,00%80,00%
05 A
07/05
12 A
14/05
19 A
21/05
26 A
29/05
02 A
04/06
09 A
11/06
15 A
18/06
23 A
25/06
30/06
A 02
/07
07 A
09/07
Datas
Perc
entu
ais
At meados de 1980, observou-se uma concentrao da hotelaria no centro histrico. A partir da
iniciou-se um deslocamento de investimentos para os distritos de Cascatinha e Itaipava, ampliando a
oferta de leitos.
OFERTA DE LEITOS61
Hospedagem Quantidade UHs Leitos
Hotel e Pousada 100 1527 3.650
Hotel de Lazer/Resort 4 99 260
Hotel de Selva/Lodge - - -
Apart Hotel/Flat - - -
Hospedaria 1 16 40
Penso - - -
Motel 4 140 280
61 Apurado no segundo semestre de 2008. Questionrio PDITS. Fundao de Cultura e Turismo de Petrpolis, mar. 2009.
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Camping
Colnia de Frias 1 72 366
Albergue 1 7 60
3.3.1.6 - Entretenimento e Lazer
A cidade oferece uma gama variada de opes neste segmento turstico, como se pode depreender pela
anlise dos quadros seguintes.
EVENTOS62
Centro de Convenes e Congressos (porte mdio) 1
Parques e Pavilhes de Exposies 1
Auditrios/Sales de Convenes 36
Empresas organizadoras de eventos 10
Empresas de Servios /Equipamentos especializados 3
62 Apurado no segundo semestre de 2008. Questionrio PDITS. Fundao de Cultura e Turismo de Petrpolis, mar. 2009.
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LAZER E ENTRETENIMENTO63
Atrativos histrico-culturais64 3465 + 1566
Parques de Diverses -
Parques Temticos -
Parques Urbanos, Jardins e Praas 3
Clubes 32
Pistas de Patinao, Motocross, Bicicros -
Estdios, Ginsios, Quadras 20
Hipdromos, Autdromos, Kartdromos 1
Mirantes 3
Boates/Discotecas 5
Casas de Espetculo -
Casas de Dana -
Cinemas 4
Pistas de Boliche 2
Campos de Golfe 1
Parques Agropecurios/de Vaquejada
Prestadores de Servios de Lazer e Entretenimento 10
63 Apurado no segundo semestre de 2008. Questionrio PDITS. Fundao de Cultura e Turismo de Petrpolis, mar. 2009. 64 Museus, Trono de Ftima, igrejas, casas de personagens ilustres. 65 Disponveis no Centro Histrico 66 Oferecidos nos arredores e distritos.
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OUTROS EQUIPAMENTOS TURSTICOS67
Centro de Atendimento ao Turista 968
Outros 1
3.3.1.7 - Compras
A vocao turstica da cidade potencializada ainda pelo segmento de compras, claramente definido
pelos plos de moda da Rua Teresa e do Bingen, e pelo plo moveleiro, tambm situado no Bingen.
A Rua Teresa referncia em nveis regional, estadual e nacional, possuindo de 1.400 a 1.500
imveis, sendo 920 lojas ativas. H 600 confeces e uma fbrica de malhas de grande porte que
abastecem as lojas, gerando ao todo 40 mil empregos diretos e indiretos. Contribui com 14% do PIB
municipal, dada a sua empregabilidade. O movimento da Rua Teresa considerado satisfatrio, pela
Associao da Rua Teresa (ARTE), pois cerca de 30 mil consumidores visitam a Rua Teresa por final
de semana, e um total de 6 milhes de peas so vendidas por ms.69
Segundo dados da ARTE70 junto aos seus associados, os dias de maior fluxo turstico na Rua Teresa
so quintas-feiras e sbados, seguidos de quartas, sextas e teras. A ARTE considerou movimento
irrisrio s segundas, domingos e feriados.71
Comestveis tpicos e chocolates, artigos de decorao, cermica e artesanato so outros produtos
demandados, atraindo comerciantes e pessoas fsicas.
3.3.2 PERFIL DO TURISTA
A pesquisa qualitativa mais recente sobre o perfil dos turistas que vm cidade foi realizada em 2003,
pelos alunos do Curso de Turismo da Universidade Catlica de Petrpolis, sob a superviso da
Gerncia de Promoo do espetculo Som & Luz, em perodos de alta e baixa temporada. Embora
67 Apurado no segundo semestre de 2008. Questionrio PDITS. Fundao de Cultura e Turismo de Petrpolis, mar. 2009. 68 No presente momento a cidade dispe de 6 CITs em funcionamento. 69 CARVALHO, Evany Noel; LEIDENFROST, Vivian. Estudo de Potencialidade Turstica. Avaliao da Pr-Viabilidade Tcnica e Econmica Reativao da Estrada de Ferro Prncipe Gro-Par, 2006, p.6. 70 ARTE Associao da Rua Teresa. 71 Fonte: ARTE, 2006 in CARVALHO, Evany Noel; LEIDENFROST, Vivian. Estudo de Potencialidade Turstica. Avaliao da Pr-Viabilidade Tcnica e Econmica Reativao da Estrada de Ferro Prncipe Gro-Par, 2006.
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trate especificamente dos espectadores deste evento, estudiosos acreditam que tal pesquisa72 pode
informar algumas tendncias no perfil do turista, considerando-se que o Museu Imperial o principal
atrativo turstico da cidade.
Partindo de um universo de trs mil pessoas/ms no Espetculo Som & Luz, com 638 formulrios
preenchidos e um coeficiente de confiana a 95%, chegou-se ao resultado abaixo sobre o perfil do
turista do destino Petrpolis, em 2003:
Provenincia - Cidade do Rio de Janeiro - 59,40% - - -
Petrpolis - 16,46%
- So Paulo - 4%
- Braslia - 1,72%
- Belo Horizonte - 1,57%
- Juiz de Fora - 1,10%
- Exterior - 0,78%
Gnero - Feminino - 73,82%
- Masculino - 25,86%,
Principal meio de comunicao que atraiu
visitantes ao espetculo
- Propaganda em televiso - 32,13% -
Recomendao de amigos - 20,22%
- Anncios em jornais - 16,61%
- outros meios (folhetos, revistas, etc.) -
31,03%
Principal motivo da vinda a Petrpolis - Turismo - 43,39%
- Assistir ao espetculo - 29,05%
72 Pesquisa aplicada por alunos do Curso de Turismo da Universidade Catlica de Petrpolis, sob a superviso da Gerncia de Promoo do espetculo Som e Luz, em perodos de alta e baixa temporada em 2003, citado por CARVALHO e LEIDENFROST, 2006, p.7-9.
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- Visitas a amigos e parentes - 11,92% -
Outros motivos (convenes, compras ou
negcios) - 15,64%
Os entrevistados tm hbito de viajar: - Com a famlia - 40,13%
- Acompanhando os esposos - 28,68% -
Acompanhando amigos - 24,45%
- Sem companhia - 2,98%
- Por outros motivos - 3,86%
A organizao da viagem feita por: - Iniciativa prpria - 83,54%
- Trazidos por guias - 10,82%
- Atravs de agncias de turismo - 2,82%
- No responderam/ no sabem - 2,82%
Acomodao escolhida - Hotis - 44,18%
- No se hospedaram - 24,58%
- Em casa de amigos ou parentes - 13,86%
- Em residncia secundria - 13,68%
- Outros meios - 3,69%
- Faixa etria - 6,27% - at 20 anos
- 21 a 40 anos - 36,52%
- 40 a 61 anos - 36,67%
- Mais de 60 anos - 18,97%
-
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- No responderam - 1,57%
Escolaridade - Nvel superior - 80,41%
- Ensino Mdio - 14,73%
- Ensino Fundamental - 4,23%
- No responderam - 0,63%
A permanncia mdia dos visitantes ficou assim distribuda:
PERCENTUAL
TEMPO MDIO DE
PERMANNCIA
31,40% at 2 dias
21,12% at 12h
16,26% at 3 dias
12,34% at 1 semana
9,72% at 24h
9,16% mais de 1 semana
O estudo ressalta que 69,16% dos entrevistados permaneceram em Petrpolis tendo como principal
motivo a realizao do Som & Luz, acreditando ser esta permanncia uma realidade especfica dos
espectadores deste evento.
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Em salrios mnimos, verificou-se a seguinte distribuio:
PERCENTUAL SALRIO
36,52% mais de 20
23,67% de 10 a 20
18,97% de 5 a 10
8,93% de 3 a 5
2,35% at 3
9,56% NR/NS
A ltima pesquisa da demanda turstica no municpio de Petrpolis foi realizada durante a elaborao
do Plano Diretor de Turismo Plano Imperial, em 1998. O perfil dos turistas ficou assim constitudo:
1. Atividade profissional:
- Atividades mais enunciadas entre os turistas
nacionais
- Empregados da iniciativa privada, professores
e profissionais liberais - 37%,8
Atividades mais enunciadas entre os estrangeiros - Profissional liberal - 25,4%
- Estudantes - 17,5%.
2. Nvel de escolaridade:
O perfil da demanda turstica de Petrpolis denota elevado nvel de escolaridade.
Veranistas e visitantes estrangeiros - Maioria formada no ensino superior - cerca de
70%
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Turistas e excursionistas nacionais
- Equilibrado entre o ensino mdio e superior
(40% a 50%).
3. Renda mdia:
Renda mdia mensal individual dos visitantes
nacionais
14,8 salrios mnimos
Renda mdia anual individual dos visitantes
internacionais
US$ 30.015
4. Faixa etria:
A faixa etria que concentra a maioria dos visitantes nacionais a de 30 a 49 anos (55,6%), como
tambm dos estrangeiros (50,9%). O segmento da terceira idade representa 23,1% dos nacionais e
28,5% dos estrangeiros.
5. Estado civil:
Predominncia de indivduos casados: turistas nacionais (62%), excursionistas nacionais (64%),
veranistas (75,1%), visitantes estrangeiros (50%).
6. Motivo da viagem:
O turismo o principal motivo da visita a Petrpolis dos turistas nacionais (39,6%) e
internacionais (88,7%). Entre os turistas nacionais, a cidade procurada para a realizao de
compras (33,1%). Eventos destacam-se como 3 motivo do deslocamento dos turistas nacionais.
7. Tempo de permanncia:
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Turistas nacionais: 3,6 dias.
Excursionistas: 6,4 horas
Estrangeiros: 2,2 dias e 4,9 horas, respectivamente.
8. Forma de acompanhamento:
Nacionais: 48,6% com famlia e 30,1% em grupo.
Estrangeiros: 61% em grupo e 16,4% em famlia.
3.3.3 PRODUTOS
Segundo Kuazaqui73 (2000), pode-se segmentar (e portanto, analisar) o turismo de acordo com as
seguintes variveis: idade, sexo, nvel de renda, meio de transporte, tempo de permanncia, distncia
do mercado consumidor, tipo de grupo, sentido do fluxo turstico, condio geogrfica da destinao
turstica, aspecto cultural, grau de urbanizao do destino turstico e motivao da viagem.
73 KUAZAQUI, 2000,p.178,179.
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Segundo essa matriz, O destino PETRPOLIS pode, ento, ser caracterizado da seguinte forma:
VARIVEL SUBVARIVEL
(Consolidadas em Petrpolis)
Idade Turismo Juvenil, Turismo de Meia-idade e
Terceira idade
Sexo Turismo para homens e mulheres
Nivel de renda Popular e Classe mdia
Meio de Transporte Turismo rodovirio
Tempo de permanncia Turismo de curta durao e de mdia durao
Distncia do mercado consumidor Regional, Nacional
Tipo de grupo De casais, De famlias e De grupos
Condio geogrfica da destinao turstica Turismo de campo e montanha
Aspecto cultural Histrico
Grau de urbanizao da destinao turstica Turismo de pequenas cidades, rural e de reas
naturais
Na perspectiva da varivel motivao da viagem, so identificados os seguintes segmentos:
TURISMO HISTRICO-CULTURAL: Palcio de Cristal, Museu Casa de Santos Dumont, Museu
Imperial, Catedral, Museu da FEB, Palcio Rio Negro, Casa do Colono, Orquidrio Binott,
Theatro D. Pedro, Casa da Princesa Isabel, Casa da Ipiranga, Praas Histricas, Natal de Luz,
Festival de Inverno, Passeio de vitrias, Semana dos Museus, Casa do Papai Noel, Fazenda
Marambaia, circuito das igrejas, Som e Luz, Som e Cristal, circuito a p, Festival
Internacional de Corais, Festival Literrio, Encontro de Artes Cnicas, CineFest, Semana de
Msica, circuito das igrejas.
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TURISMO DE COMPRAS: plo Bingen, plo Itaipava, Feirinha de Itaipava, Rua Teresa, Feira
de Antiguidade, Feira de Artesanato, Cermica Lus Salvador, Atelier Evandro, Hortomercado
Municipal, Rua 16 de Maro, Circuito das Artes.
TURISMO GASTRONMICO: Petrpolis Gourmet, circuito enogastronmico, Wine Week.
TURISMO DE NEGCIOS, CONGRESSOS E FEIRAS: Expo Petrpolis, Festival de Tecnologia,
Casar na Serra, Festejar, MasterCasa
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